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Modelos de Negócios

As Redes de Cooperação

UNIVERSIDADE DE AVEIRO

Manuel António de Almeida Figueiredo Araújo

Nª 52757

18-10-2010
Indice
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 2

2. NETWORKS............................................................................................................................................... 3

2.1 Vantagens das empresas em rede ................................................................................................................................ 3

2.2 Tipologias de Redes: ..................................................................................................................................................... 4

2.3 Factores Críticos de Sucesso ......................................................................................................................................... 4

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................... 6

4. BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................ 7
1. Introdução
Nas últimas décadas ocorreram mudanças significativas, que levaram a uma maior
competitividade entre as empresas. Entre essas mudanças destaca-se a globalização e as inovações
tecnológicas, estas mudanças levaram a uma maior abertura dos mercados, alterações nos hábitos de
consumo e uma maior movimentação de capitais Todas esta alterações criaram novas exigências as
empresas, que levaram a uma necessidade de reorganização das suas estruturas. Portanto as empresas
competem num ambiente mais dinâmico, mais complexo e, logo mais incerto Neste cenário a imagem
de empresas a competir isoladamente não é a mais adequada. Obtendo maior sucesso as empresas
focadas na inovação e aptas a cooperarem.

As redes de empresas surgem então como uma nova forma de organização, nesta nova dinâmica
tendo por objectivo uma maior produtividade e flexibilidade, maior rapidez na introdução de inovações e
partilha de riscos, num mercado onde os produtos têm um ciclo de vida cada vez mais curto.

Essas redes podem ser configuradas diversas formas: Clusters, condomínios industriais,
agrupamentos de empresas, joint ventures e até empresas virtuais.

Esta nova Dinâmica organizacional é caracterizada por estruturas flexíveis adaptativas, fluidas e
inovativas, contrapondo-se as estruturas mecanicistas, consideradas rígidas e hierárquicas.

Os princípios fundamentais da aplicação dos conceitos de Redes são: a interacção, o


relacionamento, a ajuda mútua, a partilha, a integração e a complementaridade.

Para o surgimento desta nova forma de organização contribuíram um conjunto de factores


podendo-se destacar entre eles:

 A maior capacidade de interacção entre empresas dispersas com o surgimento das tecnologias
de informação e comunicação (TICs) como, por exemplo: as bases de dados compartilhadas, o
correio electrónico, as intranets, a Internet;

 Fusão Tecnológica: processo caracterizado pela incorporação, em produtos e serviços, de


tecnologias vindas de diferentes áreas do conhecimento. O que torna as tecnologias envolvidas
nas cadeias produtivas tão complexas que uma empresa individualmente principalmente se
tratando das PME‘s não consegue obter individualmente todas as capacitações necessárias.

 Globalização dos mercados: a abertura e consequente intensificação da competição estimulam


alianças que permitem a sobrevivência de empresas em mercados mais abrangentes. Quando as
empresas se juntam elas conseguem complementar suas competências, possibilitando
diversificar seus produtos, serviços e mercados sem a necessidade de paralisar grande
montante do seu capital em investimentos.

 Especialização flexível: a necessidade dos agentes se adequarem as mudanças nos mercados e


nas tecnologias favorece a estruturação de sistemas produtivos em redes dinâmicas e flexíveis.
Pois as redes costumam responder melhor as mudanças bruscas na demanda e necessidade de
inovar do às empresas individualmente.
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Estes factores mostram como a era da tecnologia da informação e do conhecimento, além da
globalização, impulsionam as empresas a interagirem e criarem um ambiente de cooperação,
adquirindo assim competências essenciais, exigidas neste novo cenário competitivo.

2. NETWORKS
As redes ou neteworks são sistemas organizacionais que se tem destacado nos últimos anos em
consequência da crescente procura de estratégias que sejam simultaneamente flexíveis e efectivas na
obtenção de um melhor resultado global 0 alcance desse objectivo e possível, a partir da coordenação
do trabalho e do aproveitamento dos recursos distribuídos entre as organizações (materiais,
financeiros, conhecimento, etc.), que compõem cada uma dessas redes.

Os componentes fundamentais
de uma rede são: os nos, as conexões,
ou relações, a posição e os fluxos,
(ver Figura 1). Dentro do contexto das
ciências sociais, os nos podem ser
substituídos por actores, podendo
estes ser indivíduos ou conjuntos de
indivíduos, ou empresas, ou instituições; e as conexões podem ser substituídas por laços ou ligações
sociais.

Os `nos' podem ser representados por uma empresa ou uma actividade entre empresas. As ligações·
(linkages) ou conexões de uma rede são compreendidas pelas ligações (laços) entre os actores. A posição de um
actor na rede a compreendida pelo conjunto de relações estabelecidas com os outros actores da rede. Os Fluxos:
mostram que através das ligações fluem recursos, informações, bens, serviços e contactos. Os fluxos podem ser
tangíveis e intangíveis.

O termo rede pode ser definido sob a óptica de vários autores em diversos conceitos. Em função
da bibliografia pesquisada pode-se definir redes de cooperação como uma nova forma organizacional,
formada por um conjunto de empresas que mantém a sua independência podendo estar localizadas em
diferentes partes do mundo, tendo por objectivo alcançar um conjunto de resultados acordados
conjuntamente. Através da participação e cooperação mútuas.

2.1 Vantagens das empresas em rede


A criação de redes de empresas permite que cada actor obtenha um determinado conjunto de
vantagens, que podem ser agrupadas em algumas categorias:

 Acesso a recursos: através da rede, a empresa pode ter acesso a um conjunto de recursos tanto tangíveis
(maquinaria, instalações, etc.) como intangíveis (marca e conhecimentos). O acesso a este recursos permite
uma maior eficiência das empresas pois não existe uma duplicação de recursos na rede.

 Redução dos custos e transacção: à medida que os parceiros da rede mantêm relações de longo prazo, as
relações de confiança vão-se desenvolvendo assegurando-se assim uma maior previsibilidade nas trocas, e
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consequentemente, uma redução dos riscos envolvidos. A diminuição da variabilidade leva à redução dos
custos de transacção.

 Aumento do poder de negociação: com a criação da rede o seu poder aumenta de escala, tanto em termos do
poder político (lobby) como económico (compra \ venda \ participação no mercado.

 Aumento da especialização e flexibilidade: com acesso assegurado a recursos e redução da variabilidade das
relações, cada empresa pode-se dedicar a um conjunto limitado e especializado de actividades, aprimorando
assim as suas competências e melhorando o seu desempenho o que se traduz numa maior flexibilidade.

2.2 Tipologias de Redes:


Pensar em tipologias de rede é um risco pois existem um conjunto de definições e conceitos que
se equivalem, como redes simétricas, rede orbital rede dispersa. Com vista a unificar os conceitos e
terminologia empregue, ao longo dos últimos foram desenvolvidos vários trabalhos nesta área.

Neste trabalho serão abordadas as tipologias descritas por Hoffmann et al. (2004), pois esta
consegue explicar de uma forma simples esse conceito. A tipologia proposta pelos autores explora
quatro características: a direccionalidade, a localização, a formalização e o poder.

A primeira característica da rede está relacionada com a direcção das relações que se
estabelecem entre os diferentes actores envolvidos na rede, podendo classificar-se como:

 Vertical - Caracteriza-se pela colaboração entre empresas com produtos complementares ou em fases
diferentes de uma cadeia produtiva.

 Horizontal - Compostas por empresas que competem em termos de produtos e / ou mercados que se
vinculam através da cooperação com a finalidade de obter ganhos pela união entre as partes.

Quanto á localização as redes podem ser dispersas ou aglomeradas. Na rede dispersa as


empresas encontram-se localizadas em diferentes pontos do país ou até mesmo do globo, nesta
tipologia as empresam necessitam de um processo de logística e comunicações avançado, como por
exemplo o EDI, e o Milk Run, para assim puderem superar as distâncias. Nas redes aglomeradas as
empresas que a constituem localizam-se todas numa determinada região, como exemplo deste tipo de
redes podemos referir os clusters e os condomínios industriais.

Quanto ao grau de formalização a rede vária de um extremo ao outro. Num extremo tem a rede
formal que está vincula por um contrato, no outro extremo temos as redes informais onde as relações
estabelecidas estão baseadas somente em mecanismos sociais.

Por último, no critério poder de decisão as redes podem-se dividir em redes orbitais e redes não
orbitais. Nas redes orbitais existe um centro de poder em torno do qual as restantes empresas da rede
giram. Já na rede não – orbital, cada empresa tem a mesma capacidade de tomada de decisão.

2.3 Factores Críticos de Sucesso


Para que o estabelecimento e o desenvolvimento de redes possam ocorrer de forma crescente,

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reduzindo incertezas e riscos, torna-se necessária a presença de uma estrutura de coordenação,
sobretudo em redes empresariais que envolvem os mais variados segmentos económicos e portes de
empresas diferentes, esta coordenação tem relevância para activar e estimular a cooperação entre os
mais diversos stakeholders.

 Confiança: Um alto nível de confiança entre os actores pode levar a resultados muito mais
eficazes e lograr a manutenção de estabilidade desses relacionamentos, do que outros
mecanismos formais ou legais que se podem estabelecer neste tipo de cooperação. Quanto
major o grau de confiança numa relação, maior será a satisfação entre os actores.

 Cooperação: Para poder ser competitiva num mercado tão amplo, as empresas
necessitam de dispor de um leque mais extenso de recursos (pessoal altamente
qualificado; acesso a financiamentos; boas relações com clientes e fornecedores;
acesso a conhecimento tecnológico e cientifico; habilidades de produção, etc.).
Com acordos de cooperação, as empresas podem ter acesso aos recursos de seus
sócios, preservando sua independência e suas aspirações estratégicas. A
cooperação a um caminho para empresas que buscam respostas rápidas e
efectivas, para aproveitar as oportunidades que se apresentam num ambiente tão
competitivo como o actual, onde muitas vezes, elas não estão preparadas para
desenvolver as capacidades e não detêm o conhecimento necessário para
responder de forma eficaz aos problemas que surgem.

 Competência: concernente ao core competence, à competência essencial de cada parceiro


envolvido., esta engloba desde aspectos materiais como as instalações e equipamentos, até
aqueles imateriais como os processos, o saber como fazer os processos (know how).

 Tecnologias da informação: fazer com que as informações transitem com a maior velocidade
possível, bem como proporcionar que as mesmas sejam disponibilizadas em bancos de dados
onde os parceiros possam utilizá-las.

Outro ponto que necessita ser destacado vai ao encontro do tema competitividade Embora não
haja um consenso para definição de competitividade, a estratégia competitiva deve levar em
consideração variáveis como: o ambiente, o segmento do negócio, a tecnologia disponível e o porte
das empresas participantes Pode-se compreender competitividade ou vantagem competitiva como a
procura das empresas em produzirem em patamares superiores de eficiência, em comparação aos
concorrentes. Outros factores chaves para sustentar a vantagem competitiva são os aspectos de custo,
preço, qualidade, logística de distribuição e o tempo.

As empresas cooperam entre si para que, diante da complementaridade de seus produtos e


serviços e da gama de benefícios da estratégia de redes, possam reunir condições de maior
competitividade frente aos mercados. Assim, há uma imbricada relação de cooperar para melhor
competir.

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3. Considerações Finais
As constantes pressões por redução de custos e aumento da eficiência tem conduzido a novos
arranjos organizacionais. Esta nova realidade assenta essencialmente na cooperação entre empresas
levando estas ao ganho de vantagens competitivas.

As redes de cooperação são uma forma das empresas, nomeadamente as PME, poderem
competir á escala global, sem terem que acarretarem sozinhas com os custos e risco que esta
empreitada acarreta. As sinergias entre as empresas geraram um out put em que se combinam a
diferenciação (devido às competências essenciais de cada participante) com o custo reduzido da
operação (devido à optimização do uso comum dos recursos como tecnologia de processo,
abastecimentos e habilidades pessoais e organizacionais, que a acção conjunta propicia).

A partir da pesquisa efectuada parece claro que estas formas de cooperação em rede têm
efectivas possibilidades de conduzir as organizações a um desenvolvimento sustentável também em
Portugal, já que sua a sua inserção num panorama globalizado e cada vez mais concorrencial e uma
realidade indiscutível. Esta possibilidade também é uma realidade para as PME.

Esta estratégia de cooperação que visa a optimização da geração de valor para o cliente final da
cadeia de produtiva é sem dúvida um caminho plausível para o desenvolvimento das empresas numa
economia globalizada, concorrencial e em busca de competitividade como é a economia Portuguesa.

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4. Bibliografia
 GUEDES, T. Networks of Innovation and Science and Technology Policy, NPGCT, FEA/USP, 1999.

 GUIMARÃES, E.A. Crescimento e Acumulação da Firma (Um estudo de Organização Industrial), Ed.
ZAHAR, Rio de Janeiro, 1982.

 GRANDORI E SODA Inter-firm Network: Antecedents, Mechanisms and Forms, Organization Studies,
1995.

 GRANDORI E SODA Inter-firm Network: Antecedents, Mechanisms and Forms, Organization Studies,
1995.

 MILES, R.E.; SNOW, C.C. Organizations: New Concepts for New Forms, California Managemet
Review, v. 28, n. 3, pp. 62-73, 1986

 MORGAN R.M.; HUNT S.D.; The Commitment-Trust Theory of Relationship Marketing, Journal of
Marketing, v. 58, pp. 20-38, july, 1994

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