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Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário

Tribunal de Justiça
Comarca da Capital
Cartório da 34ª Vara Cível
Erasmo Braga, 115 sala 201 BCEP: 20020-903 - Castelo - Rio de Janeiro - RJ Tel.: 2588-2971 e-mail:
cap34vciv@tjrj.jus.br

Fls.

Processo: 0091860-31.2010.8.19.0001

Classe/Assunto: Procedimento Ordinário - Prestação de Serviços / Direito Civil, cobrança.


Autor: RIOCONSULLTIMÓVEIS ADMINISTRAÇÃO E CONSULTORIA IMOBILIÁRIA LTDA
Representante Legal: DÉLCIO ALEXANDRE BORGES
Réu: VIRGINIA MARIA BAPTISTA PINHÃO

___________________________________________________________

Nesta data, faço os autos conclusos ao MM. Dr. Juiz


Veleda Suzete Saldanha Carvalho

Em 27/04/2012

Sentença
Proc. 0091860-31.2010.8.19.0001

SENTENÇA

RIO CONSULTIMÓVEIS ADMINISTRAÇÃO E CONSULTORIA IMOBILIÁRIA LTDA propôs ação


de cobrança, pelo rito ordinário, em face de VIRGINIA MARIA BAPTISTA PINHÃO.

Alega que a ré, de posse da mala direta enviada pela autora, a convocou para promover a vendar
de seu imóvel situado a rua Oswaldo Cruz, n. 149/502, no bairro do Flamengo; que a ré foi
atendida pelo sócio da empresa autora DELCIO ALEXANDRE BORGES, que marcou uma visita
no imóvel para avaliação, tendo sido acertado que o imóvel seria vendido por R$800.000,00
(oitocentos mil reais), sendo certo que seria oferecido por R$850.000,00 (oitocentos e cinquenta
mil reais) para se ter uma margem de negociação; que foi ajustado, ainda, que a remuneração
pelos serviços de corretagem seria de 5% (cinco por cento) sobre o valor da venda.

Desta forma, o autor começou a prestar o serviço de corretagem, mostrando o imóvel a alguns
clientes cadastrados; que no dia 04.08.2009 mostrou o imóvel ao casal Daniel da Hora Alves Lima
e à Daniela Arantes Alves Lima, sendo certo que no dia seguinte recebeu um e-mail da Sra.
Daniela com uma proposta para aquisição do imóvel no valor de R$800.000,00 (oitocentos mil
reais); que a proposta foi passada à ré e por ela aceita no dia 06 daquele mês, ficando avençado
que a entrega do imóvel se daria em até 90 dias após a escritura definitiva; que a ré passou o
contato de sua advogada ao autor, para que ele promovesse a remessa da minuta do sinal e da
promessa de compra e venda àquela profissional para analise. Narra, ainda, que a ré pediu ao
autor para acompanhá-la na visita de alguns imóveis, já que teria que entregar o seu aos novos
proprietários e precisava comprar outro; que no dia 07.08.2009 a ré pediu para o autor a

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VELEDA
Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário
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Comarca da Capital
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Erasmo Braga, 115 sala 201 BCEP: 20020-903 - Castelo - Rio de Janeiro - RJ Tel.: 2588-2971 e-mail:
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acompanhar para ver o apartamento dos compradores (que estava sendo vendido), foi quando
souberam que tinham amigos em comum e que depois desse encontro, no dia 11.08.2009, a ré
disse que só venderia o imóvel se comprasse outro para morar, até que no dia 20.09.2009 a ré
enviou um e-mail ao autor afirmando que tinha desistido de vender seu imóvel. Entretanto, o
autor soube através da Sra. Daniela que ela e o marido fecharam o negócio diretamente com a ré
e, ao perguntar sobre sua comissão, a advogada da ré disse que nada lhe seria pago.

Pede condenação da ré a pagar ao autor o valor de R$40.000,00 (quarenta mil reais) a título de
comissão pela venda do imóvel.

Instruem a petição inicial os documentos de fls. 06-46.

A ré foi citada por OJA (fls.55).

Contestação às fls. 56-60, acompanhada dos documentos de fls. 61-65, na qual a ré impugna as
alegações da parte autora, afirmando que os próprios documentos juntados pelo autor
contradizem sua tese, afirmando que a relação jurídica foi firmada entre os compradores e o autor
e não entre a ré e o autor. Pugna pela improcedência do pedido.

Manifestação da autora sobre a contestação às fls. 67-70.

Instados a se manifestarem em provas, a ré pugnou pela produção de prova oral com a oitiva de
testemunhas, cujo rol acostou às fls. 73. O autor pediu também a produção da prova oral, às fls.
74, tendo acostado o rol às fls. 77.

Decisão saneadora às fls. 78, designando AIJ para oitiva das testemunhas das partes.

Audiência de instrução e julgamento conforme assentada de fls. 87-89, com termos de oitivas de
testemunhas às fls. 90-94, tendo sido apresentadas alegações finais na ocasião.

É O RELATÓRIO. DECIDO.

Considerando inexistir necessidade de produção de outras provas além das já existentes, a causa
encontra-se madura para julgamento.

Afirma o autor ter sido contratado pela ré para vender seu apartamento e que apresentou
pretendentes compradores, mas, apesar de a ré ter dito que desistira de vender seu imóvel, meses
depois fechou o negócio com os pretendentes por ele apresentados.

A ré resiste à pretensão, alegando que não contratou os serviços de corretagem do autor e que o
mesmo prestava serviço apenas para os compradores.

Ouvido o comprador (fls. 92-94), este afirmou que um colega de trabalho (Sr. Décio) lhe informara
sobre a existência de um apartamento à venda naquele prédio e lhe passou o contato do gerente
do condomínio, com quem o pretendente comprador agendou uma visita ao imóvel, mas, ao
chegar ao local, estava também o corretor. Aduz que imaginou que o corretor prestava serviços
para a proprietária, ora ré, uma vez que aquele depoente já havia visitado outros imóveis naquele
prédio, em que o corretor era o representante da autora.

De fato, não há prova concreta de que a ré tenha contratado previamente os serviços de


corretagem da parte autora.

No entanto, somente não é devida a comissão de corretagem caso iniciado e concluído o negócio

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diretamente pelas partes (artigo 726 do Código Civil), o que não ocorreu.

Por outro lado, há prova robusta nos autos de que o negócio foi intermediado pela parte autora,
conforme se verifica nos documentos de fls. 22, 29, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41 e 42.

Vale destacar que em momento algum a ré demonstrou conhecer o Sr. Décio, colega de trabalho
dos compradores, e, menos ainda, ter avisado a este que imóvel estava à venda, para que este
fizesse indicação de interessados na compra.

É certo, ainda, que, mesmo dispensado o corretor, se o negócio se concluir posteriormente, fruto
de sua mediação, terá direito à comissão (artigo 727 do Código Civil).

Ademais, segundo regras de mercado, ainda que o corretor não tenha sido previamente
contratado pelo vendedor, é devida a comissão para o corretor que apresente o comprador,
comissão esta a ser paga pelo vendedor, salvo expressa disposição em contrário, o que inexiste.

Isto posto, JULGO PROCEDENTE o pedido, para condenar a ré a pagar à autora o valor de
R$40.000,00 (quarenta mil reais), acrescido de correção monetária pelo índice do CGJ-TJ/RJ, a
contar da escritura de compra e venda, e de juros legais (atualmente de 1% simples ao mês), a
partir da citação. Outrossim, condeno a ré ao pagamento das despesas processuais,
devidamente corrigidas pelo índice CGJ-TJ/RJ, a partir do desembolso, e de juros legais
(atualmente simples de 1% ao mês, a contar da intimação para pagamento, e dos honorários
advocatícios, estes arbitrados em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da condenação, na
forma do artigo 20, par. 4o, do Código de Processo Civil.

Publique-se, registre-se e intimem-se. Certificado o trânsito em julgado e o recolhimento das


despesas de estilo, não havendo manifestação, dê-se baixa na distribuição e arquivem-se os
autos.

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012.

Veleda Suzete Saldanha Carvalho


Juiz de Direito

Rio de Janeiro, 27/04/2012.

Veleda Suzete Saldanha Carvalho - Juiz em Exercício

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Autos recebidos do MM. Dr. Juiz

Veleda Suzete Saldanha Carvalho

Em ____/____/_____

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VELEDA
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Øþ

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VELEDA

Assinado por Veleda Suzete Saldanha Carvalho:27294


Data: 02/05/2012 11:54:53. Local: TJ-RJ

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