A biodiversidade não é estática. É um sistema em constante evolução tanto do ponto de vista
das espécies como também de um só organismo. A meia-vida média de uma espécie é de um milhão de anos e 99% das espécies que já viveram na Terra estão hoje extintas.
Conservar a biodiversidade significa proteger a multiplicidade de formas de vida que se
manifestam entre a crosta terrestre e a fina camada de gases que a reveste, a chamada biosfera. Implica adoptar acções complexas com o objectivo de assegurar a perpetuidade desse frágil sistema no qual a vida se aloja no planeta e no qual nós, humanos, estamos imersos. Essas acções envolvem interferências directas nas actividades humanas, especialmente nas formas como extraímos e exploramos os recursos naturais e como devolvemos resíduos e energia ao meio ambiente.
Apesar do estabelecimento de unidades de conservação ser a estratégia de protecção da
biodiversidade mais utilizada no mundo, ela não é a única, e somente pode ser bem sucedida se acompanhada de outras estratégias de conservação. A Convenção sobre Diversidade Biológica consolidou em três grandes grupos as diferentes formas possíveis de conservação: - A clássica, com o estabelecimento de áreas com restrição de acesso e uso, - A de uso sustentável - A repartição de benéficos oriundos do uso da biodiversidade.
Na conservação clássica, encontramos além da criação de áreas protegidas, estratégias ligadas
à protecção e à recuperação de espécies, que podem ser tanto in situ, no próprio lugar onde vivem, como ex situ, ou seja, em outros lugares que não de sua ocorrência natural, como zoológicos, jardins botânicos e mesmo laboratórios.