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Disciplina

Matemática I

Coordenador da Disciplina

Prof. José Othon Dantas Lopes

Edição 2012.1
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados desta edição ao Instituto UFC Virtual. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida,
transmitida e gravada por qualquer meio eletrônico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, dos autores.

Créditos desta disciplina

Coordenação

Coordenador UAB
Prof. Mauro Pequeno
Coordenador Adjunto UAB
Prof. Henrique Pequeno
Coordenador do Curso
Profª. Eloneid Felipe Nobre
Vice-Coordenador do Curso
Prof. Francisco Herbert Vasconcelos
Coordenador de Tutoria
Prof. Dimas Vasconcelos
Coordenador da Disciplina
Prof. José Othon Dantas Lopes

Conteúdo

Autor da Disciplina
Prof. Celso Antônio da Silva Barbosa

Setor TecnologiasDigitais - STD

Coordenador do Setor
Prof. Henrique Sergio Lima Pequeno

Centro de Produção I - (Material Didático)


Gerente: Nídia Maria Barone
Subgerente: Paulo André Lima
Transição Didática Formatação Design, Impressão e 3D
Elicélia Lima Gomes Camilo Cavalcante Andrei Bosco
Karla Colares Elilia Rocha Eduardo Ferreira
Fátima Silva e Souza Emerson Oliveira Fred Lima
José Adriano de Oliveira José Almir Iranilson Pereira
Rafaelli Monteiro José André Loureiro Márllon Lima
Tercio Carneiro da Rocha

Publicação
João Ciro Saraiva

Gerentes
Audiovisual: Jay Harriman
Desenvolvimento: Wellington Wagner Sarmento
Suporte: Paulo de Tarso Cavalcante
Sumário
Aula 01: Função e Operações com Funções............................................................................................ 01
Tópico 01: Conceito de Função ............................................................................................................. 01
Tópico 02: Operações com Funções ...................................................................................................... 09

Aula 02: Gráfico e Exemplos De Funçõesl .............................................................................................. 14


Tópico 01: Gráfico de Função ................................................................................................................ 14
Tópico 02: Exemplos De Funções ......................................................................................................... 18

Aula 03: Limites De Função, Cálculo De Limites E Continuidades..................................................... 28


Tópico 01: Limites de Funções .............................................................................................................. 28
Tópico 02: Cálculo De Limites .............................................................................................................. 34
Tópico 03: Continuidades ...................................................................................................................... 49

Aula 04: Retas Tangente e Normal, Taxa de Variações e Derivadas de Funções ............................... 54
Tópico 01: Retas Tangente e Normal ..................................................................................................... 54
Tópico 02: Taxa de Variações ................................................................................................................ 57
Tópico 03: Derivadas de Funções .......................................................................................................... 61

Aula 05: Fórmulas de Derivação e Derivação Implícita ........................................................................ 67


Tópico 01: Fórmulas de Derivação ........................................................................................................ 67
Tópico 02: Derivação Implícita.............................................................................................................. 77

Aula 06: Valores Extremos e Teorema do Valor Médio........................................................................ 82


Tópico 01: Valores Extremos ................................................................................................................. 82
Tópico 02: Teorema do valor médio ...................................................................................................... 87

Aula 07: Testes para Extremos Locais, Convexidade, Concavidade e Gráfico................................... 92


Tópico 01: Testes para Extremos Locais ............................................................................................... 92
Tópico 02: Convexidade, Concavidade e Gráfico.................................................................................99

Aula 08: Regras de L’Hospital................................................................................................................113


Tópico 01: Regras de L’Hospital..........................................................................................................113

Aula 09: Funções Trigonométricas e Trigonométricas Inversas.........................................................120


Tópico 01: Funções Trigonométricas...................................................................................................120
Tópico 02: Funções Trigonométricas Inversas....................................................................................126

Aula 10: Funções Logarítmica Natural,Exponencial na Base Neperiana,


Exponencial e Logarítmica Mais Gerais................................................................................................132
Tópico 01: Função Logarítmica Natural...............................................................................................132
Tópico 02: Função Exponencial na Base Neperiana.............................................................................140
Tópico 03: Funções Exponencial e Logarítmica mais Gerais...............................................................143
MATEMÁTICA I
AULA 01: FUNÇÃO E OPERAÇÕES COM FUNÇÕES

TÓPICO 01: CONCEITO DE FUNÇÃO

MULTIMÍDIA
Ligue o som do seu computador!

OBS.: Alguns recursos de multimídia utilizados em nossas aulas, como


vídeos legendados e animações, requerem a instalação da versão mais
atualizada do programa Adobe Flash Player©. Para baixar a versão mais
recente do programa Adobe Flash Player, clique aqui!
(http://www.adobe.com/products/flashplayer/)

PALAVRA DO COORDENADOR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA


I

DESCRIÇÃO

Sejam todos Bem-vindos.

Estamos iniciando a disciplina Matemática I do curso Licenciatura


Plena em Física semipresencial

Meu nome é Othon. Sou Professor do Departamento de Matemática da


Universidade Federal do Ceará. Nesta disciplina atuarei como
coordenador. Juntamente com os respectivos tutores estarei sempre à
disposição no intuito de colaborar para que vocês consigam alcançar
um nível de rendimento melhor possível.

Sabemos que uma boa base Matemática é essencial para quem quer se
aprofundar em qualquer ramo da ciência. Na Física, particularmente,
a necessidade de conhecimentos matemáticos se faz sentir de forma
mais acentuada.

Nesta disciplina apresentaremos o Cálculo Diferencial, cuja gênese


está diretamente relacionada com a solução do problema clássico de
Física, que é o de calcular a velocidade instantânea de um objeto em
movimento. Isso mostra que o conteúdo que será apresentado nesta

1
disciplina será de fundamental importância para que o aluno consiga
construir uma base sólida de conhecimento, o que o ajudará de forma
decisiva no decorrer do seu curso e de toda sua vida acadêmica futura.

O conteúdo da disciplina será dividido em 10 aulas.

Nas duas primeiras aulas trabalharemos o conceito de função,


destacando algumas funções particulares e seus gráficos.

Na terceira aula introduziremos o conceito de limite e a noção de


continuidade de uma função. Serão apresentadas as definições, as
propriedades e alguns exemplos de cálculo de limite. Também
apresentaremos os principais teoremas sobre continuidade.

Na quarta aula definiremos a derivada de uma função e apresentando


aplicações referentes a cálculo de reta tangente, velocidades
instantâneas e taxas de variação.

Nas quatro aulas seguintes apresentaremos as regras de derivação,a


derivação implícita e a regra de L´Hôpital. Apresentaremos também
aplicações da derivada, relacionadas com valores extremos e traçado
de gráfico de funções.

Finalmente, nas duas últimas aulas estudaremos funções


transcendentes, mais especificamente as funções trigonométricas, as
funções exponenciais e as funções logarítmicas .

Espero que a disciplina seja bastante proveitosa para todos vocês e que
todos os nossos objetivos sejam alcançados.

Muito Obrigado.

Neste tópico será apresentada a função que é o elemento fundamental no


estudo do Cálculo Diferencial e Integral (Visite a aula online para realizar
download deste arquivo.).

A função está presente em quase todos os ramos da Matemática e em


outras ciências, inclusive em Física, daí sua relevância na vida prática;
esta aula é o passo inicial de um longo percurso que o estudante terá na
sua formação. Em relação a outras partes da Matemática que já
estudamos até o Ensino Médio, o surgimento da função é recente; a
palavra “função” foi introduzida pelo matemático alemão Gottfried
Wilhelm Leibniz (1646-1716) em 1694, para descrever quantidades
relacionadas a uma curva, que não tem nada haver com o significado
moderno; a palavra função foi posteriormente usada pelo matemático
suíço Leonhard Euler (1707-1783) e criou a notação usada até a época
atual; o entendimento moderno do significado de função foi uma
contribuição do matemático alemão Peter Gustav Lejuine Dirichlet
(1805-1859); entretanto, foi somente com a teoria dos conjuntos da
análise moderna do matemático inglês George Boole (1815-1864) e
outros, que o conceito finalmente teve sua formalização. Estendendo a
definição de função, os matemáticos foram capazes de estudar objetos

2
matemáticos, inicialmente considerados como puramente imaginários e
até chamados genericamente de “monstros”, tais objetos matemáticos
foram já no final do século XX, considerados de grande importância
para a construção de modelos matemáticos aplicados para explicar
fenômenos físicos.

O conceito de função será introduzido de forma geral, de modo que à


medida que serão estudados os tipos particulares de funções neste módulo
e nos subsequentes de Cálculo, serão feitas apenas as particularizações dos
conjuntos que estão envolvidos no conceito. Logo após o conceito geral de
função, será definido o tipo particular de função que se estudará neste
módulo e no seguinte (ou seja, em Cálculo II), que é a função real de uma
variável real.

Antes de definir o que é função, considere alguns exemplos de relações


funcionais que o estudante neste estágio já tenha utilizado. Relações
Funcionais

São relações dadas através de equações (ou regras ou leis de formações)


envolvendo duas ou mais grandezas e satisfazendo certas condições ,
tais condições serão explicadas em seguida nos exemplos e comentários

EXEMPLO USADO NO COMÉRCIO. Suponha que se deseja adquirir um


determinado produto, então o valor do produto (indicando esse valor por V)
depende da quantidade do produto que você necessita (indicando essa
quantidade por q), observe que uma mesma quantidade do produto não terá
dois preços diferentes, neste caso, diz-se que V é função de q.

EXEMPLO USADO EM FÍSICA. Se um carro se desloca da sua residência à


rodoviária de seu município, então até que o carro chegue num determinado
local do itinerário, já terá transcorrido algum tempo a partir do momento em
que ele estava na residência, isto é, à distância percorrida pelo carro
(chamando essa distância de s) depende do tempo (que se indica pela letra
t), além disso após um certo tempo de iniciado o movimento do carro, ele
terá percorrido uma única distância, assim diz-se que s é função de t.

EXEMPLO USADO EM GEOMETRIA PLANA. A área de um círculo


(indicando pela letra A) de raio r é dada pela fórmula , como dois
círculos de mesmo raio não terão áreas diferentes, diz-se que A é função de
r.

Como ficou claro através destes exemplos, para falar em relação funcional,
deve-se ter no mínimo duas grandezas, considerando tal quantidade de
grandezas e chamando essas grandezas de y e x, onde elas estão
relacionadas para que uma dependa da outra, então suponha que y depende
de x; diz-se que Y É FUNÇÃO DE X, se para cada x a relação faz
corresponder um ÚNICO y. Como foi mencionado, essa relação funcional
pode ser dada por uma: equação, regra ou lei de formação.

3
Foi definido o que é uma grandeza depender funcionalmente de outra
através de uma relação, é de interesse algo mais formal, como segue: sejam
A e B conjuntos, uma FUNÇÃO F DE A EM B, que se indica por é
uma relação associada a A e B tal que essa relação faz corresponder a cada
elemento x em A um único elemento y em B. Para indicar que um
determinado y foi obtido de algum x através da função f, usa-se o símbolo
“ ” que se lê “y é igual a f de x”.

A figura ilustra que todo elemento de A está associado a algum elemento


de B, mas não necessariamente todo elemento de B tem um
correspondente em A.

O conjunto A é chamado de DOMÍNIO da função f e é indicado por D(f), e o


conjunto B é dito o CONTRADOMÍNIO da função f. O elemento f(x) que
corresponde a x por intermédio da relação funcional é denominado a
IMAGEM DE X ATRAVÉS DE F (ou ainda, valor de f em x se , onde R
indica o conjunto dos números reais - (Clique aqui para abrir) (Visite a aula
online para realizar download deste arquivo.).

A IMAGEM DA FUNÇÃO F é o conjunto indicado por I(f) e constituído pelas


imagens de todos os elementos x de A através de f, ou seja,

Uma função real de uma variável real (função real de uma variável real -- (ou
simplesmente, uma função real de uma variável) ) é uma função em que seu
domínio é um subconjunto de R e o contradomínio é o conjunto R. Neste
caso, diz-se que o elemento arbitrário x (gerador do domínio de f) é a
variável independente de f ( variável independente de f -- (isto é, o elemento
gerador da imagem de f)) de f e que y= f(x) é a variável dependente de f. A
partir deste momento, neste módulo e no seguinte, somente será estudada a
função real de um variável.

OBSERVAÇÃO

Observe que uma função f está completamente definida, somente


quando são dados o domínio D(f), o contradomínio B e a relação que
estabelece a correspondência dos elementos do D(f) com elementos de
B. Entretanto, quando f é uma função real de uma variável,
normalmente f é definida apenas pela relação (que é comum ser uma
equação) e possivelmente o domínio; quando na definição da função,
somente a relação for dada (isto é, o domínio não for estabelecido),
significa que o domínio da função é o conjunto de todos os valores
onde a relação faz sentido e a função é indicada somente pela relação.
Por exemplo: se a função f é definida por y = x2 com , significa que

4
a relação definindo f é dada pela equação y =x2 e que o
mas, se f é definida apenas pela equação y = x2, então D(f)= R, pois
todo número real pode ser elevado ao quadrado e invés de escrever "a
função f definida por y =x2 com D(f)= R ”, escreve-se apenas "a função
f(x) = x2".

DICA
Este é o momento para revisar sobre: conjugado como é o produto de
conjugados, o conceito de valor absoluto e os diversos tipos de
intervalos . Você vai precisar a partir do próximo exemplo.

Sejam a e b valores ou expressões obtidas através de operações


(adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação)
com valores numéricos ou literais, então A + B é o conjugado de A - B
e A - B é o conjugado de A + B.

Usando a propriedade distributiva dos números reais, obtém-se que

DADO UM NÚMERO REAL A, o valor absoluto DE A É INDICADO POR


|a| E DEFINIDO POR

Por exemplo: (a) |3| = 3 pois 3 0; (b) | -3| = -(-3) = 3 pois -3 0.

O valor absoluto tem as seguintes propriedades:

Os intervalos são conjuntos numéricos definidos da seguinte forma:


se (onde R é o conjunto do reais) com a < b os intervalos
são definidos como a seguir. Nas figuras, os eixos na cor “azul”
representam o conjunto dos reais e os intervalos estão ilustrados na
cor “laranja”:

5
B

Os intervalos são conjuntos numéricos definidos da seguinte forma:


se (onde R é o conjunto do reais) com a < b os intervalos
são definidos como a seguir. Nas figuras, os eixos na cor “azul”
representam o conjunto dos reais e os intervalos estão ilustrados na
cor “laranja”:

Os intervalos são conjuntos numéricos definidos da seguinte forma:


se (onde R é o conjunto do reais) com a < b os intervalos
são definidos como a seguir. Nas figuras, os eixos na cor “azul”
representam o conjunto dos reais e os intervalos estão ilustrados na
cor “laranja”:

EXEMPLO RESOLVIDO.

Dada a função encontrar:

(a) f(1), f (a+1) se e f(b2 + 2b + 2) se

(b) se

(c) O domínio e a imagem de f.

OBSERVAÇÃO

(a) Para achar os valores de f indicados, deve-se substituir em os


valores de x que são dados entre parênteses. Assim,

pois uma vez que

(b) Como tem-se

6
(c) Sendo D(f) o conjunto de todos os valores de x onde tem
sentido, se x-1 0, pois a raiz quadrada só está definida para
valores não negativos (isto é, valores maiores ou iguais a zero), assim x
1 ou seja,

Para achar a imagem de f, considera-se os valores x no seu domínio e


então se obtém os valores y= correspondentes. Sendo assim,
se x 1 , ou seja, se x-1 0 daí logo

EXEMPLO PROPOSTO.

Se mostrar que:

(a) g(3)=2, g(a2-1)=a se a 0 e g(b2+2b) = b+1 se b -1;

(b) [g(x+t) - g(x)]= se t 0

(c) D(g) = [-1, + ) e I(g) = [0, + ).

DICA
Leia o texto sugestões ao estudante . Para isso vá na seção Material de
Apoio do ambiente SOLAR e baixe o arquivo
SUGESTOESAOESTUDANTE.DOC ou (clique aqui para abrir (Visite a aula
online para realizar download deste arquivo.)). Reflita se não tenho razões
de sobra.

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO

Vá para a seção Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe o arquivo


EXERCITANDO(AULA01_TOP1).DOC ou Clique aqui (Visite a aula online
para realizar download deste arquivo.)para abrir o exercitando e resolva a
quantidade máxima de exercícios que puder, individualmente ou em
grupo. Os exercícios 5, 9 e 13 do exercitando, são as respectivas QUESTÕES
1 ATÉ 3 do trabalho desta aula a ser postado no PORTFÓLIO INDIVIDUAL
do ambiente SOLAR. As questões 4 e 5 do trabalho, serão indicadas no

7
tópico seguinte desta aula. É exigido que o trabalho desta aula seja
postado no PORTFÓLIO, no período indicado na AGENDA do ambiente
SOLAR, num único documento de texto (doc ou docx) ou manuscrito e
escaneado.

Responsável:Prof. José Othon Dantas Lopes


Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual

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MATEMÁTICA I
AULA 01: FUNÇÃO E OPERAÇÕES COM FUNÇÕES

TÓPICO 02: OPERAÇÕES COM FUNÇÕES

Neste tópico, serão definidas as operações algébricas (São as operações


com funções que recebem os mesmos nomes das operações básicas no
conjunto dos reais, isto é, adição, subtração, multiplicação e divisão.
Lembre-se que o resultado da: adição é chamado de “soma”; subtração é
chamado de “diferença”; multiplicação é chamado de “produto”; divisão é
chamado de “quociente”.) com funções e os conceitos de composição de
funções e de função inversa; tais operações e conceitos têm como objetivo
maior, gerar novas funções a partir de funções já conhecidas.

Sejam f e g funções que tenham parte de seus domínios (ou os seus


domínios) em comum, então as operações algébricas com as
funções f e g são dadas por:

(a) O quociente de f por g é a função indicada por e definida por

A DIFERENÇA de f por g é a função indicada por F - G e definida por

O PRODUTO de f por g é a função indicada por F.G e definida por

(a) O quociente de f por g é a função indicada por e definida por

Nas operações definidas de (a) até (d), o domínio da função resultante é


formado pelos valores de x que estejam na interseção dos domínios de f e
g. No caso particular do quociente, são excluídos os valores de x da
interseção dos domínios de f e g tais que g(x) = 0.

DICA
Leia os textos sobre “PROPRIEDADES DOS NÚMEROS REAIS” e
“POTÊNCIA, RAIZ E FATORAÇÕES” . Para isso vá para a seção Material de
Apoio do ambiente SOLAR e baixe os arquivos
PROPRIEDNUMREAIS.DOC e POTENCIARAIZFATORACOES.DOC ou
clique aqui para abrir (Visite a aula online para realizar download deste
arquivo.). Não há o que perder, muito provavelmente, ganhar.

9
EXEMPLO RESOLVIDO 1.

Dadas às funções f(x)= x2 + 2x - 3 e g(x)= x + 3, encontrar: f + g, f - g, fg e

SOLUÇÃO

Das definições, tem-se

EXEMPLO PROPOSTO 1

Se f(x)= x - 2 e g(x) = x2 - 3x +2 mostrar que:

Sejam f e g funções tais que o domínio de f contém parte da (ou toda a)


imagem de g, então a FUNÇÃO COMPOSTA de f com g (ou a composição de f
com g) é indicada por fog e definida por

O domínio de FOG é formado pelos valores de x no domínio de g e que g


(x) pertence ao domínio de f.

OBSERVAÇÃO

A
Para achar a imagem de um valor x domínio da função composta FOG
primeiro se acha a imagem de x através da função à direita da
composição (isto é, acha-se g(x)) depois se encontra a imagem do

10
resultado obtido com g através da função à esquerda da composição
(ou seja, encontra-se f(g(x))).

Por exemplo, se f(x) = e g(x) = x - 1 para obter (fog)(5), tem-se


, então

B
Na legenda da figura anterior, foi escrito que o domínio de fog não é
necessariamente igual ao domínio de g. Por exemplo, sendo ainda
, então mas
, daí .

EXEMPLO RESOLVIDO 2.

Se f e g são as funções f(x) = x2 + 1 e g(x) = , encontrar: fof, fog e gof.

EXEMPLO RESOLVIDO 2.

Se f e g são as funções f(x) = x2 + 1 e g(x) = , encontrar: fof, fog e gof.

SOLUÇÃO

Tem-se

EXEMPLO PROPOSTO 2.

Se f(x)= e g(x)= x2 -1 provar que:

Observe do exemplo resolvido 2 que (fog)(x) (gof)(x), ou seja, em geral a


operação composição não é comutativa. Um caso especial da composição de
duas funções f e g, ocorre quando (fog)(x) = (gof)(x) = x para todo
neste caso, diz-se que g é a INVERSA de f em C e é usada
a notação (ou que f é a inversa de g em C, neste caso, escreve-se ).

DICA
Leia o texto “símbolos lógicos”. Para isso vá para a seção Material de Apoio
do ambiente SOLAR e baixe o arquivo SIMBOLOSLOGICOS.DOC ou
(Clique aqui para abrir (Visite a aula online para realizar download deste

11
arquivo.)), onde são apresentados vários símbolos matemáticos que serão
usados a partir deste momento juntamente com os seus respectivos
significados. Lembre-se só aprende quem é paciente e persistente, além
disso nunca sabemos tudo.

FUNÇÃO INJETIVA
Uma função f é dita INJETIVA (ou biunívoca), se para quaisquer x1 e x2 no D
(f), tem-se (ou equivalente, . Em
outras palavras, f é injetiva, se para cada existe um único tal que
f(x) = y; neste caso, a regra dada por x= g(y) agregada ao caráter de
unicidade de x, define uma função g tal que D(g) = I(f) e I(g) = D(f); então
observe que se tem as duas funções f e g tais que além disso,
como para todo e para todo
pela definição de função inversa, e .

Resumindo, acaba de ser justificado o seguinte: se uma função f é injetiva,


então f possui inversa com domínio igual a imagem de f; e mais, a equação
que define a inversa de f é obtida resolvendo a equação y= f(x) para a variável
x.

EXEMPLO RESOLVIDO 3.

Encontrar a inversa da função e verificar que

SOLUÇÃO

Sendo , para achar a inversa de f, deve-se resolver esta equação


para a variável x. Assim, como

a função f -1 é definida por ou então (trocando y por x) -


(Clique aqui para abrir) .

Tem-se

e similarmente, verifica-se que

EXEMPLO PROPOSTO 3.

12
Se demonstrar que e verificar que para todo
x 1.

DICA
Leia a dica colocada logo antes da atividade do tópico anterior

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Vá para a seção Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe o arquivo
EXERCITANDO(AULA01_TOP2).DOC ou Clique aqui para abrir (Visite a
aula online para realizar download deste arquivo.) o exercitando e resolva
a quantidade máxima de exercícios que puder, individualmente ou em
grupo. Os exercícios 7 e 9 do exercitando, são as respectivas QUESTÕES 4
E 5 do trabalho desta aula a ser postado no PORTFÓLIO INDIVIDUAL do
ambiente SOLAR. É exigido que o trabalho desta aula seja postado no
PORTFÓLIO, no período indicado na AGENDA do ambiente SOLAR, num
único documento de texto (doc ou docx) ou manuscrito e escaneado.

Responsável:Prof. José Othon Dantas Lopes


Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual

13
MATEMÁTICA I
AULA 02: GRÁFICO E EXEMPLOS DE FUNÇÕES

TÓPICO 01: GRÁFICO DE FUNÇÃO

Neste tópico será apresentado o conceito de gráfico, será feita a


identificação do gráfico com a sua representação geométrica e a
caracterização de tal representação geométrica a partir do conceito de
função; além disso, serão estabelecidos alguns caminhos para achar o
gráfico de funções a partir de gráficos já obtidos ou simplificar o trabalho
na construção de gráficos. A construção de gráficos é uma das tarefas mais
importantes do Cálculo, o que será rigorosamente possível apenas na aula
07; entretanto, este tópico e o seguinte serão amplamente utilizados
mesmo após ser efetuado o estudo mais geral.

O gráfico de uma função f é o subconjunto do R2 (Um par ordenado de


números reais são dois números onde é especificado qual é o primeiro e o
segundo dos números. Se x e y representam números reais quaisquer, o par
ordenado onde x é o primeiro número e y o segundo é indicado por (x,y);
assim, por exemplo, (1,2) é diferente de (2,1). O conjunto de todos os pares
ordenados de números reais é indicado por escrevendo-se:<br> <img
src=imagens/02/formula.jpg>) indicado por G(f) e formado por todos os
pares ordenados (x, f(x)) obtidos quando x varia no domínio de f, isto é,

Como o gráfico de uma função f é um subconjunto do R2 este pode ser


representado no plano cartesiano (clique para abrir) (Visite a aula online
para realizar download deste arquivo.), como o lugar geométrico (É a figura
no plano cartesiano representando geometricamente um subconjunto de
pontos do R<sup>2</sup>) determinado pelos pontos (x, f(x)) com x D(f).
Traçar (ou fazer) o gráfico de uma função, significa encontrar o mencionado
lugar geométrico ou um esboço significativo do lugar geométrico. É COMUM
CHAMAR O TRAÇO (OU ESBOÇO) DO GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO, APENAS
DE “GRÁFICO DA FUNÇÃO”.

A figura acima destaca nos eixos coordenados correspondentes às váriaveis


x e y, o domínio e a imagem da função nos eixos (indicados pelas chaves), e
a curva representando o gráfico da função.

OBSERVAÇÃO

Da definição de função, cada valor de x no domínio de uma função f,


correspondente a um único valor f(x) na imagem de f, assim o gráfico

14
de f não pode ser interceptado em mais de um ponto por uma reta
paralela ao eixo vertical do plano cartesiano.

DICA
Vá na a seção Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe os arquivos
"equacao_primgrau.doc" (ou clique aqui para abrir) (Visite a
aula online para realizar download deste arquivo.) e
"equacaodeseggrau.doc" (ou clique aqui para abrir) (Visite a
aula online para realizar download deste arquivo.) que você não
terá dificuldades para seguir adiante.

Sendo assim, em particular, é possível verificar quando uma equação do


primeiro ou segundo grau em x e y define uma função. Por exemplo, o
gráfico de uma equação do primeiro grau do tipo (isto é, uma reta
vertical) não é gráfico de nenhuma função, como também acontece com o
gráfico de uma equação do segundo grau quando este é uma circunferência,
uma elipse ou uma hipérbole. O gráfico de uma equação de primeiro grau do
tipo (isto é, uma reta não vertical), sempre define uma função;
também a equação de segundo grau que pode ser reduzida à forma
quadrática com

Pelos conceitos e comentários efetuados, se uma função é definida por uma


equação, o seu gráfico é o gráfico da equação considerando os valores da
variável independente no domínio da função.

EXEMPLO RESOLVIDO 1.

1. Fazer o gráfico da função f(x)=x2 com x 0.

SOLUÇÃO

Como foi visto no texto indicado na dica anterior, o gráfico da equação


y=x2 é uma parábola, então o gráfico de f é a parte dessa parábola em
que x 0 ou seja, a parte da parábola à direita do eixo Y juntamente
com a origem. O gráfico está na figura a seguir.

EXEMPLO PROPOSTO 1.
15
1. Fazer o gráfico da função f(x)=-x2 com x 0.

No exemplo resolvido 1 foi usado o gráfico de uma das equações da


Geometria Analítica para obter o gráfico da função; na verdade de
informação precisa que se tem até este momento, para traçar gráficos de
funções, são apenas os modelos de figuras associados às respectivas
equações estudadas na Geometria Analítica.

A seguir serão vistas seis outras maneiras de obter o gráfico de uma função a
partir do conhecido gráfico de outra função. É claro que neste estágio, pouco
se conhece de gráfico de equações, mas os procedimentos poderão e deverão
ser aplicados num estágio mais avançado.

Suponha que seja dado o gráfico de uma função f definida por y=f(x) (clique
para visualizar).

DICA
Leia o texto “REFLEXÃO DE PONTOS", que ajudará no entendimento das
reflexões de gráficos. Para isso vá para a seção Material de Apoio do
ambiente SOLAR e baixe o arquivo "reflexaodepontos.doc" ou clique aqui
para abrir. (Visite a aula online para realizar download deste arquivo.)

EXEMPLO RESOLVIDO 2.

Fazer o gráfico da função f(x)= .

SOLUÇÃO

Observe que o domínio e a imagem de f são formados pelos valores de


x e y no intervalo (0, ). Elevando ao quadrado os dois lados da
equação y= obtém-se y2=x ou seja, x=y2. Assim, a inversa de f é
definida por f-1(y)=y2 com 0 y< ou então (trocando y por x) f-1(x)
=x2 com 0 x cujo gráfico é conhecido do exemplo resolvido 1.
Para obter o gráfico de f, basta fazer a reflexão do gráfico de f-1
(dependendo de x) em torno da reta y=x. Os gráficos de f-1 e f, que
estão na figura a seguir, são as curvas de cores laranja e preta,
respectivamente.

EXEMPLO PROPOSTO 2.

Fazer o gráfico da função f(x)=- .

EXEMPLO RESOLVIDO 3.

Fazer o gráfico da função f(x)= -1.

SOLUÇÃO

16
O gráfico de f é uma translação vertical do gráfico de y= deslocado
uma unidade para baixo. Usando o gráfico de y= já obtido no
exemplo resolvido 2, tem-se o gráfico de f na figura a seguir..

EXEMPLO PROPOSTO 3.

Fazer o gráfico da função f(x)=1-

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Vá para a seção Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe o arquivo
EXERCITANDO(AULA02_TOP1).DOC ou clique aqui para abrir (Visite a
aula online para realizar download deste arquivo.) o exercitando e resolva
a quantidade máxima de exercícios que puder, individualmente ou em
grupo. Os exercícios 5 e 7 do exercitando, são as respectivas QUESTÕES 1 E
2 do trabalho desta aula a ser postado no PORTFÓLIO INDIVIDUAL do
ambiente SOLAR. As questões 3 até 5 do trabalho, serão indicadas no
tópico seguinte desta aula. É exigido que o trabalho desta aula seja
postado no PORTFÓLIO, no período indicado na AGENDA do ambiente
SOLAR, num único documento de texto (doc ou docx) ou manuscrito e
escaneado.

Responsável:Prof. José Othon Dantas Lopes


Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual

17
MATEMÁTICA I
AULA 02: GRÁFICO E EXEMPLOS DE FUNÇÕES

TÓPICO 02: EXEMPLOS DE FUNÇÕES

Neste tópico serão introduzidos exemplos de funções reais de uma variável


real juntamente com seus gráficos, que serão utilizadas nos exemplos e
exercícios no decorrer do curso. Os gráficos a serem estudados,
essencialmente serão decorrentes dos gráficos das equações de primeiro e
segundo graus vistas na Geometria Analítica Plana. Além disso, será
também apresentada a função cujo gráfico é conhecido como parábola
cúbica e as funções seno e co-seno, cujo papel neste estágio é ampliar o
universo de exemplos de funções.

Uma função f é dita CONSTANTE, se f(x) = c para todo valor de x e alguma


constante c. Se f é a função definida por f (x) = x para todo x, então f é
chamada de FUNÇÃO IDENTIDADE. Uma FUNÇÃO ALGÉBRICA é uma
função definida através de um número finito de operações envolvendo as
funções constante e identidade. Essas operações são: adição, subtração,
multiplicação, divisão, potenciação e radiciação. Por exemplo, a função
definida por

é uma função algébrica.

As funções polinomiais e racionais, que serão definidas a seguir, são casos


particulares de funções algébricas.

Uma FUNÇÃO POLINOMIALf é definida por uma equação da forma

Onde n é um numero inteiro maior ou igual zero e é um


número real fixo se então f é dita uma função polinomial de grau N.Para
N=0,tem-se f(x)=a0 e se n=1,obtém-se f(x) = a1x +a0 cujos gráficos são retas

pois se tratam de euações de primeiro grau em x e y ;se n= 2 ,então f(x)=a2x2


+a1x + a0,cujo gráfico é uma parabola (veja equações de segundo grau -
parábola)com eixo Y.Os gráficos das funções polinomiais de grau n >=3 , não
têm um modelo padronizado ,como acontece com os gráficos das funções
polinomiais de grau n com n=0,1,2;apenas no caso particular da função
polinomial de grau três que pode ser escrita na forma onde
,o gráfico de f tem um formato padrao e é chamado de parabola cubica.

parábola cúbica

18
As curvas de duas figuras apresentam os possíveis modelos da
parábola cúbica, de acordo com o valor positivo ou negativo do
coeficiente "a" de (x-b)3.

O ponto (b , c) é dito o PONTO DE INFLEXÃO da parábola cúbica e pode


ser verificado a simetria do gráfico em relação ao ponto (b , c). A
verificação está proposta no exercício 29 do exercitando deste tópico.
Os gráficos das funções polinomiais de grau em geral, poderão ser
estudados no tópico 1 da aula 09, onde será visto que a parábola cúbica
é o gráfico da citada função, veja os exemplos resolvido e proposto 1 do
tópico 1 da aula 09.

EXEMPLO RESOLVIDO 1.

Fazer os gráficos das seguintes funções:

SOLUÇÃO

a) O gráfico da função f seria uma reta se não houvesse nenhuma


restrição aos valores de x, pois f é definida por uma equação de
primeiro grau, assim limitando a variação de x ao intervalo [ -1, 2 ] que
é o domínio de f, tem-se o segmento de (-1 , 3) a (2 , -3) como o gráfico
de f e que está na figura a seguir.

b) O gráfico da função g seria uma parábola se não houvesse restrição


aos valores de x, pois g é uma função definida por uma equação
polinomial de grau 2, logo limitando a variação de x ao intervalo [0 , 2)
que é o domínio de g, tem-se o arco da parábola do ponto (0 , 1) ao
ponto (2 , 1), exceto o ponto (2 , 1) pois x não chega a ser igual a 2 no
domínio de g (no gráfico este fato é indicado colocando uma pequena
circunferência no lugar do ponto). O vértice da parábola é (1 , -2)
marcando os pontos encontrados e seguindo o modelo da parábola,
tem-se o gráfico de g que está na figura a seguir.

19
(c) O gráfico da função h(x) = x3 é uma parábola cúbica, onde
comparando com a equação geral, tem-se a = 1, b = 0 e c = 0. Assim, o
ponto de inflexão do gráfico é (0 , 0) e o gráfico contém os pontos (-1 ,
-1) e (1 , 1) Marcando os pontos encontrados e seguindo o modelo da
figura, obtém-se o gráfico de h que está na figura a seguir.

EXEMPLO PROPOSTO 1.

Fazer os gráficos das seguintes funções:

Uma FUNÇÃO RACIONAL é o quociente de duas funções polinomiais. Por


exemplo, a função definida por

é uma função racional.

O exemplo seguinte ilustra como obter o gráfico de uma função racional, que
através de uma simplificação da sua equação, esta se torna uma função
polinomial de grau 2 e de grau 3 do tipo apresentado.

No tópico 2 da aula 07, será visto como fazer os gráficos de funções racionais,
em que não é possível fazer tal simplificação.

DICA
Leia o texto “POTÊNCIA, RAIZ E FATORAÇÕES" a partir do Teorema
Fundamental da Álgebra. Para isso vá para a seção Material de Apoio do
ambiente SOLAR e baixe o arquivo "POTENCIARAIZFATORACOES.DOC"
ou CLIQUE AQUI PARA ABRIR. (Visite a aula online para realizar
download deste arquivo.)

EXEMPLO RESOLVIDO 2.

Fazer os gráficos das funções:

20
SOLUÇÃO

a) Usando a fatoração a2 - b2 = (a - b)(a + b) com a = x e b = 2 obtém-


se x2 - 4 = x2 - 22 = (x - 2)(x = 2). De outra forma é como a seguir:
sendo x = -2 uma raiz da equação a expressão x2 - 4 = 0 pode ser
fatorada com um fator igual a x + 2 assim a divisão de x2 - 4 por x + 2 é
exata, isto é,

assim x2 - 4 = (x - 2)(x + 2). Portanto, tem-se

Logo, o gráfico de f é o gráfico da equação y = x - 2 exceto o ponto em


que x = -2 ou seja, o gráfico de f é uma reta sem o ponto (-2 , -4) e que
está na figura a seguir. A pequena circunferência no lugar do ponto (-
2 , -4) significa que este ponto não faz parte da reta.

(b) Sendo x = 2 uma raiz da equação x3 - x2 - 4x + 4 = 0 a expressão x3


- x2 - 4x + 4 pode ser fatorada com um fator igual a x + 2 logo a divisão
de x3 - x2 - 4x -4 por x + 2 é exata, isto é,

assim x3 - x2 - 4x + 4 = (x - 2)(x2 + x - 2). Logo

assim o gráfico de g é o gráfico da equação y = x2 + x - 2 sem o ponto


em que x = 2, isto é, uma parábola sem o ponto (2 , 4) e que se
encontra na figura a seguir.

21
EXEMPLO PROPOSTO 2.

Fazer os gráficos das seguintes funções:

O exemplo seguinte, ilustra como determinar os gráficos de algumas funções


algébricas que não são polinomiais e nem racionais, pois as equações que
definem tais funções envolve radiciação.

EXEMPLO RESOLVIDO 3.

Fazer os gráficos das funções:

SOLUÇÃO

(a) Observe que x está no domínio de f se ou seja, se .

Fazendo e elevando ao quadrado os dois lados, resulta em


2 2 2 2
y = 1 - x , daí x + y = 1. O gráfico desta última equação é a
circunferência (EquacaoDeSegGrau.doc veja a seção sobre
circunferência no arquivo <strong>EquaçaoDeSegGrau.doc</strong>
disponível no material de apoio do SOLAR) de centro na origem e raio
igual a 1. Logo, o gráfico da equação é a parte desta
circunferência cujos pontos têm a segunda coordenada menor do que
zero ou igual a zero (isto é, a semi-circunferência abaixo do eixo X
juntamente com os pontos ) e que está na figura a seguir.

(b) Um valor de x está no domínio de se isto é, se


. Elevando os dois lados da equação ao quadrado, obtém
-se y2 = x - 2 assim x = y2 + 2. O gráfico desta última equação é uma
parábola (EquaçaoDeSegGrau.doc -- veja a seção sobre parábola no
arquivo <strong>EquacaoDeSegGrau.doc</strong> disponível no
material de apoio do SOLAR) com o eixo na posição horizontal, assim
o gráfico da função dada é a parte desta parábola cujos pontos têm a
segunda coordenada maior do que zero ou igual a zero (isto é, a parte
da parábola que está acima do eixo X juntamente com o ponto (2 , 0))
e que está na figura a seguir. Observe que o gráfico de g é também uma
translação horizontal do gráfico da função do exemplo resolvido 2 do
tópico 1 da aula 02 (clique para abrir).

22
(c) Observe que o domínio de h é o conjunto dos números reais.
Elevando ao cubo os dois lados da equação obtém-se y3 = x ou
seja, x = y3. Assim, a inversa de h é definida por h-1(x) = x3, cujo gráfico
é a parábola cúbica obtida no exemplo resolvido 1(c) deste tópico.
Pelas discussões efetuadas no tópico 1 desta aula (clique para abrir),
para ter o gráfico de h, basta fazer a reflexão do gráfico de h-1 em torno
da reta y = x e que está na figura a seguir.

EXEMPLO PROPOSTO 3.

Fazer os gráficos das seguintes funções:

Além de definir uma função usando as operações, também é possível definir


uma função usando outras funções da seguinte forma: sejam f1 e f2 funções
com domínios D(f1) e D(f2), respectivamente, tal que então a
função f cujo domínio é e é definida por

é chamada uma função definida por duas equações. É comum escrever a


função f na seguinte forma simplificada,

Observe que a condição é indispensável para que f esteja bem


definida. Analogamente, pode-se definir uma função usando outras três ou
mais funções.

EXEMPLO RESOLVIDO 4.

Fazer o gráfico da função:

SOLUÇÃO

O gráfico de f é formado pelos gráficos de cada uma das equações,


considerando os respectivos intervalos em que x está variando. Assim,
fazendo o gráfico de f1(x) = -1 se e f2(x) = x - 1 se obtém-se
o gráfico de f que está na figura a seguir.

23
EXEMPLO PROPOSTO 4.

Fazer o gráfico da função

e concluir que está na figura a seguir.

Uma FUNÇÃO ENVOLVENDO VALOR ABSOLUTO (clique aqui para revisar) é


qualquer função definida por uma ou mais equações em que aparece o
símbolo de valor absoluto. O exemplo seguinte, ilustra como obter o gráfico
de algumas dessas funções.

EXEMPLO RESOLVIDO 5.

Fazer os gráficos das funções:

SOLUÇÃO

a) Observe que o domínio de f é o conjunto dos números reais. Usando


a definição de valor absoluto, tem-se

que reduz f a uma função definida por duas equações. Assim, fazendo
os gráficos de f1(x) = x se e f2(x) = -x se tem-se o gráfico de f
que está na figura a seguir.

b) Da definição de valor absoluto, obtém-se

Fazendo o gráfico de cada uma das equações de g, considerando as


restrições aos valores de x, tem-se o gráfico da função g, que está na
figura a seguir.

24
EXEMPLO PROPOSTO 5.

Fazer o gráfico das funções:

O símbolo [b] (lê-se, maior inteiro menor ou igual a b) é definido como o


maior número inteiro que é menor ou igual a b. Por exemplo: [-2] = -2, [-2 ,
3] = -3, [2] = 2 e [2 , 5] = 2. Uma FUNÇÃO ENVOLVENDO MAIOR INTEIRO é
qualquer função definida por uma equação em que aparece o símbolo maior
inteiro. O exemplo seguinte, ilustra como obter os gráficos de algumas dessas
funções.

EXEMPLO RESOLVIDO 6.

Fazer os gráficos das funções:

SOLUÇÃO

a) O domínio de f é o conjunto dos números reais. Tomando, por


exemplo, a variação de x no intervalo [-3 , 2), tem-se que, sendo:

assim, obtém-se o gráfico de f que está na figura a seguir.

b) Tem-se que, sendo:

Fazendo o gráfico de cada uma das partes e considerando as


respectivas variações de x, obtém-se o gráfico de g que está na figura a
seguir

25
EXEMPLO PROPOSTO 6.

Fazer os gráficos das funções:

São consideradas como funções TRANSCENDENTES, as funções


trigonométricas, logarítmicas, hiperbólicas e as inversas de tais funções; ou
ainda, as funções obtidas através de um número finito de operações
envolvendo tais funções. As funções trigonométricas seno e co-seno serão
definidas a seguir, a fim de que possam ser utilizadas em exemplos e
exercícios, as demais funções transcendentes serão estudadas nas aulas 9 e
10.

DICA
Leia o texto “ÂNGULO, MEDIDA DE ÂNGULO E TRIGONOMETRIA" para
uma revisão desses temas. Para isso vá para a seção Material de Apoio do
ambiente SOLAR e baixe o arquivo "ANGMEDTRIGONOMETRIA.DOC" ou
CLIQUE AQUI PARA ABRIR. (VISITE A AULA ONLINE PARA REALIZAR
DOWNLOAD DESTE ARQUIVO.)

Seja x uma variável real, onde x representa a medida em radianos de um arco


da circunferênciada unitário de centro na origem a partir do ponto (1 , 0)
então as funções SENO e CO-SENO são definidas, respectivamente, pelas
equações Y = SEN X e Y = COS X. Os gráficos destas funções, estão nas
figuras a seguir com os respectivos domínios e imagens. No tópico 1 da aula
09 (exemplo resolvido 3) os gráficos serão justificados.

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO

26
Vá para a seção Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe o arquivo
EXERCITANDO(AULA02_TOP2).DOC ou CLIQUE AQUI PARA ABRIR
(VISITE A AULA ONLINE PARA REALIZAR DOWNLOAD DESTE
ARQUIVO.) o Exercitando e resolva a quantidade máxima de exercícios
que puder, individualmente ou em grupo. Os exercícios 10, 16 e 25 do
exercitando, são as respectivas QUESTÕES 3 ATÉ 5 do trabalho desta aula
a ser postado no PORTFÓLIO INDIVIDUAL do ambiente SOLAR. É exigido
que o trabalho desta aula seja postado no PORTFÓLIO, no período
indicado na AGENDA do ambiente SOLAR, num único documento de texto
(doc ou docx) ou manuscrito e escaneado.

Responsável:Prof. José Othon Dantas Lopes


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27
MATEMÁTICA I
AULA 03: LIMITES DE FUNÇÃO, CÁLCULO DE LIMITES E CONTINUIDADES

TÓPICO 01: LIMITES DE FUNÇÕES

O estudo de limites, para a maioria dos estudantes, é o primeiro impacto


de abstração para quem inicia o estudo do Cálculo Diferencial, devido a
esse motivo e a fim de facilitar a assimilação, este módulo considera tal
estudo em duas etapas, este tópico e o seguinte tratam da primeira etapa, e
o texto complementar (sugerido para leitura no final do tópico 2 desta
aula) trata da segunda etapa. Neste tópico, o estudante apenas vai se
familiarizar com a simbologia e os termos, que são introduzidos visando
apresentar a linguagem básica e permitir que seja adquirida a noção
intuitiva de proximidade, isto será indispensável à compreensão de várias
aplicações que surgirão nos tópicos seguintes O conceito de limite e sua
compreensão, são fundamentais para o estudo do Cálculo, pois os
conceitos de derivada (que será visto no tópico 3 da aula 04) e da integral
definida (que será visto na continuidade deste módulo), constituem a
finalidade maior da parte básica do Cálculo e estão diretamente ligados a
limites.

Sejam x uma variável real (Significa uma letra que pode assumir qualquer
valor num determinado subconjunto de números reais, os subconjuntos mais
comuns são os intervalos.) e c um número real fixo (É qualquer letra
representando penas um número real.) diz-se que X TENDE A C (ou X se
aproxima de C), indica-se pelo símbolo “ ”, se à medida que X muda de
valor, a distância de X a c se torna cada vez menor, isto é, se os valores de X a
serem assumidos, ficam cada vez mais próximos de C. Por exemplo, tomando
a tabela seguinte ilustra X tendendo a 1.

Os seguintes símbolos também serão usados: (clique aqui para abrir)

Os símbolos (menos infinito) e (mais infinito), serão usados da


seguinte forma:(clique aqui para abrir)

DICA
Leia o texto "SIMBOLOS LÓGICOS". Vá na seção Material de Apoio do
ambiente SOLAR e baixe o arquivo "SIMBOLOS_LOGICOS.DOC" ou
CLIQUE AQUI PARA ABRIR (Visite a aula online para realizar download
deste arquivo.)

Seja f uma função definida pela equação y = f(x), então, se a variável x tende
a um valor fixo ( -- (pela esquerda, direita ou os dois lados)) ou ainda a mais
ou menos infinito, as mesmas possibilidades ocorrem com a variável y. É de
interesse as sentenças indicadas no esquema a seguir.

28
OBSERVAÇÃO
Observe no esquema que se y tende a um valor fixo L, não importa neste
momento, se é através de valores menores ou maiores do que L.

No esquema, significa que se tem as seguintes alternativas.

As figuras seguintes ilustram algumas alternativas.

VEJA AS IMAGENS

Na primeira figura, à medida que as imagens correspondentes f


-
(x) L a segunda figura, se então f(x) L2

29
+
e se então f(x) L1, assim quando as imagens
correspondentes f(x) não se aproximam de um único valor; e na
-
terceira figura, se as imagens f(x) estão crescendo e se afastando
de qualquer valor fixo (tal fato é indicado na figura, pelo crescimento
do gráfico à medida que ele se aproxima da reta x=c, entretanto sem
+
interceptar a reta) e se então f(x) L.

As alternativas do esquema descritas de (a) até (c), exceto a (b) nos itens (b2)
e (b3), podem ser escritas usando os símbolos “ ” e “ ” (clique aqui para
abrir).

Cada alternativa do esquema que pode ser escrita usando os símbolos “ ” e “


” define um limite, onde é usado um símbolo conveniente e é exigido que o
domínio da função contenha um tipo de intervalo aberto compatível com a
variação de x (clique aqui para abrir).

OBSERVAÇÃO
Não se usa o símbolo de limite para as alternativas do esquema em (b) nos
itens (b2) e (b3) embora tais alternativas possam ser propostas em termos
de limites. Em tais alternativas juntamente quando y decresce ou cresce de
forma ilimitada em qualquer situação para x, diz-se que o LIMITE NÃO
EXISTE. Só é dito que o LIMITE EXISTE se em qualquer situação para x,
obtém-se y L unicamente.

O limite é classificado ainda de acordo com a variação de x ou de y, em limite


(clique aqui para abrir):

EXEMPLO
(a) Limite unilateral à esquerda e finito,

(b) Limite bilateral e infinito,

(c) Limite infinito e no infinito,

OLHANDO DE PERTO
Portanto, tem-se: o limite existe se ele é finito e único; o limite não
existe se ocorrem as alternativas do esquema em (b) nos itens
(b2) ou (b3) ou ainda se ele é infinito.

OLHANDO DE PERTO
No caso particular do limite bilateral, tem-se: O EXISTE E É IGUAL
A L SE, E SOMENTE SE, OS E EXISTEM E SÃO IGUAIS A L.
Este critério será enunciado como o teorema 6 do texto complementar
desta aula indicado no final do tópico 2 desta aula.

30
A SEGUIR ESTÃO ILUSTRADOS ALGUNS LIMITES DE FUNÇÕES E VALORES DE
CASOS PARTICULARES:

(a)Se f é a função definida por , então o gráfico de f está


na figura seguinte.

Observando o gráfico de f, tem-se: se os valores de x estão sendo


tomados cada vez mais próximos de 2, porém menores do que 2, então
as imagens correspondentes f(x) estarão cada vez mais próximas de 1.
Assim, se x 2- f(x) 1, isto é, .

(b) Sendo g a função definida por o gráfico de g está na


figura seguinte.

Do gráfico de g, observa-se que se os valores de x estão sendo tomados


cada vez mais próximos de 1 e maiores do que 1, então as imagens
correspondentes g(x) estarão cada vez mais próximas de 0. Logo, se x
1+ g(x) 0, isto é,

(c) Seja h a função definida por , o gráfico de h


está na figura seguinte.

Observando o gráfico de h, concluí-se: à medida que x assume valores


cada vez mais próximos de 2 (menores e maiores do que 2), então as
imagens correspondentes h(x) estão assumindo valores cada vez mais
próximas de 3. Portanto, se x 2 h(x) 3, ou seja, .

(d) Seja o gráfico de p foi apresentado no exercitando do tópico


1 da aula 02 (exercitando(aula02-top1).doc -- Para saber mais sobre
este assunto, consulte a seção Material de Apoio do ambiente Solar e
baixe o arquivo exercitando(aula02-top1).doc.) , conforme está na
figura seguinte:

31
O gráfico de p ilustra várias situações a respeito de limite, tais
situações não só neste exemplo como nos anteriores, podem ser
também verificadas atribuindo valores a x e analisando o que acontece
com p(x) assim: x 0- p(x) isto é, ;x 0+ p(x)
ou seja, os dois últimos limites, significa que
conforme foi convencionado na alternativa (b) item (b5)
neste tópico, x p(x) 0, daí e p(x) 0,
logo . Os resultados dos limites e são de
grande importância no cálculo de limites no infinito, que será visto no
próximo tópico e serão justificados analiticamente no texto
complementar desta aula indicado no final do tópico 2 desta aula.

(e) Como foi mencionado na alternativa (b) item (b2) neste tópico, a
variável y pode tender a dois valores fixos no limite bilateral, por
exemplo, se q a função definida por , o gráfico de q
está na figura seguinte:

Observando o gráfico de q, concluí-se que e .A


função q está definida em qualquer intervalo aberto contendo 2, logo
tem sentido estabelecer entretanto, quando x tende a 2, q(x)
não se aproxima de um único valor, neste caso, conforme foi definido
neste tópico, o não existe.

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Vá na seção MATERIAL DE APOIO do ambiente SOLAR e baixe o arquivo
"EXERCITANDO(AULA03_TOP1).DOC" ou CLIQUE AQUI (Visite a aula
online para realizar download deste arquivo.). Resolva a quantidade
máxima de exercícios que puder, individualmente ou em grupo. O
exercício 4 do exercitando, será a PRIMEIRA QUESTÃO do trabalho desta
aula a ser postado no PORTFÓLIO INDIVIDUAL do ambiente SOLAR. As
questões 2 até 5 do trabalho, serão indicadas nos tópicos seguintes desta
aula. É exigido que o trabalho desta aula seja postado no PORTFÓLIO, no

32
período indicado na AGENDA do ambiente SOLAR, num único documento
de texto (doc ou docx) ou manuscrito e escaneado.

Responsável:Prof. José Othon Dantas Lopes


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33
MATEMÁTICA I
AULA 03: LIMITES DE FUNÇÃO, CÁLCULO DE LIMITES E CONTINUIDADES

TÓPICO 02: CÁLCULO DE LIMITES

Neste tópico serão estudadas as técnicas de cálculo de limites de funções


algébricas, usando alguns teoremas que serão demonstrados ou sugeridos
para demonstração no texto complementar sugerido para leitura no final
deste tópico. O tópico é finalizado, tratando do cálculo de limites de
funções envolvendo seno e co-seno. O estudo inicial do cálculo de limites,
pode ser considerado em três fases, além de uma abordagem para calcular
limites de funções envolvendo seno e co-seno, de acordo como segue.

Inicialmente, serão vistos os limites unilaterais e bilaterais finitos (conforme


classificação estabelecida no tópico 1 desta aula - clique para abrir ), isto é,
os limites representados pelo símbolo:

onde x c pode ser substituído por x c- ou x c+.

Os teoremas 1 e 2 a seguir, são utilizados no cálculo de limites finitos, suas


demonstrações serão feitas no “texto complementar” deste tópico e que está
indicado no final do tópico.

TEOREMA 1
Se a e b são números reais fixos, então

TEOREMA 2

Se então:

(a) O limite da soma ou diferença é a soma ou diferença dos limites se o


limite de cada parcela da soma existe, isto é,

(b) O limite o produto é o produto dos limites se o limite de cada fator do


produto existe, ou seja,

34
(c) O limite do quociente é o quociente dos limites se o limite da função do
numerador existe e o limite da função do denominador existe e é diferente de
zero, isto é,

(d) O limite da raiz n-ésima de uma função está bem definido, o seu valor é a
raiz n-ésima do limite da função, desde que exista a raiz n-ésima do limite da
função, ou seja,

Do teorema (1), obtém-se:

I) se a = 0 e II) se a = 1 e b = 0.

Em (i) significa que o limite da função constante (É a função cujo domínio é


o conjunto dos reais e a imagem de todo valor do domínio é um único
número real. (conforme definida no tópico 2 da aula 02)) é igual à própria
constante. E (ii) significa que o limite da função identidade (É a função cujo
domínio é o conjunto dos reais e a imagem de todo número real é o próprio
número, assim definida pela equação y = f(x) = x (conforme definida no
tópico 2 da aula 02)) quando x c é igual a c.

Os itens (a) e (b) do teorema 2, podem ser estendidos para um número finito
de funções. Mais precisamente, se
então:

(iii)

(iv)
Se , decorrente de (iv), tem-se

(v)
Nos teoremas 1 e 2, x c pode ser substituído por x c- ou x c+ O
exemplo seguinte ilustra a aplicação dos teoremas 1 e 2 no cálculo de limites.

EXEMPLO RESOLVIDO 1:

Calcular os limites indicados:

a)

b)

SOLUÇÃO

(a) Dos resultados (i) e (ii), tem-se:

Pelo resultado (v),

Logo, pelo teorema 2(b),

35
Portanto, pelo resultado (iii),

EXEMPLO PROPOSTO 1:

Calcular os limites dados para concluir os valores indicados:

Se f é uma função definida por duas ou mais equações, então para


determinar o limite bilateral de f, em certos casos, deve-se considerar o
critério de existência do limite bilateral (O <img src=imagens/02/02_22.gif
align=absmiddle> existe e é igual a L se, e somente se, os <img
src=imagens/02/02_23.gif align=absmiddle> e <img
src=imagens/02/02_24.gif align=absmiddle> existem e são iguais a L. )
estabelecido no tópico 1 desta aula. O exemplo seguinte ilustra o
procedimento.

EXEMPLO RESOLVIDO 2:

Dada a função, verificar se o limite indicado existe e caso exista, dar o seu
valor:

SOLUÇÃO

(a) Para calcular o limite de f(x) quando x tende a 2 pela esquerda,


deve-se considerar f(x) = -x2 + 2x + 3, pois quando x 2-tem-se x 2.
Assim

36
Por motivos análogos,

Como os limites unilaterais de f quando x tende a 2, existem e são


iguais a 3, obtém-se

(b) Tem-se

Como os limites unilaterais de g quando x tende a -1 têm valores

diferentes, o não existe.

EXEMPLO PROPOSTO 2:

Dada a função, verificar se o limite indicado existe, caso exista, dar o seu
valor:

Se e diz-se que o tem a FORMA

INDETERMINADA 0/0,onde x c pode ser substituído por x c-ou x c+


Existem ainda outras formas indeterminadas, que serão estudadas na aula
08. O exemplo seguinte, ilustra o procedimento para calcular alguns limites
que têm a forma indeterminada 0/0.

EXEMPLO RESOLVIDO 3:

Calcular os limites indicados:

SOLUÇÃO

Uma verificação simples mostra que os quatro limites têm a forma


indeterminada do tipo 0/0.

(a) Usando a fatoração a2 - b2 = (a - b)(a + b) com a = x e b = 2 obtém-


se x2 - 4 = x2 - 22 = (x - 2)(x + 2). De outra forma é como a seguir:
como x = 2 é uma raiz da equação x2 - 4 = 0, a expressão x2 - 4 pode
ser fatorada com um fator igual a x - 2, assim a divisão de x2 - 4 por x -
2 é exata, isto é,

37
logo x2 - 4 = (x - 2)(x + 2). Portanto, tem-se

onde foi possível a simplificação porque x - 2 0, pois quando x 2o


valor de x está apenas próximo de 2.

(b) Usando a fatoração a3 + b3 = (a + b)(a2 - ab + b2), com a = x e b = 1,


tem-se x3 + 1 = (x + 1)(x2 - x + 1). De outra forma é como a seguir:
como x = -1 é uma raiz da equação x3 + 1 = 0, a expressão x3 + 1 pode
ser fatorada com um fator igual a x - (-1) = x + 1, assim a divisão de x3
+ 1 por x + 1 é exata, ou seja,

logo x3 + 1 = (x + 1)(x2 - x + 1). Usando um dos procedimentos, tem-se


ainda que x2 - 1 = (x - 1)(x + 1). Portanto, obtém-se

(c) Inicialmente é necessário racionalizar o numerador do quociente


usando a fatoração a2 - b2 = (a - b)(a + b), onde se multiplica o
numerador e denominador do quociente por a + b com eb=2
(isto é, o conjugado de ), ou ainda usando a fórmula
com e b = 2 para achar assim (optando pela primeira
alternativa)

logo

O limite pode ser efetuado ainda, fazendo o que se chama uma


mudança de variável , como a seguir. Seja , então x=z2 e x 4-
z 2-, logo

38
O limite é classificado de acordo com a variação de x ou de y,
mais precisamente, em limite:

Assim, pode-se ter, por exemplo:

(d) Inicialmente é necessário racionalizar o numerador do quociente


, usando a fatoração a3 - b3 = (a - b)(a2 + ab + b2), onde se
multiplica o numerador e denominador do quociente por a2 + ab + b2
com e ou então se utiliza a fórmula

com assim (optando pela segunda alternativa)

logo

Não é sugestivo usar a última sistemática do ítem anterior (isto é,


mudança de variável) para calcular limites com dois ou mais radicais
de expressões diferentes.

EXEMPLO PROPOSTO 3:

Calcular os limites dados para concluir os valores indicados:

39
Considere agora os limites finitos no infinito (conforme classificação
estabelecida no tópico 1 desta aula ), isto é, os limites representados pelos
símbolos

O limite é classificado de acordo com a variação de x ou de y, mais


precisamente, em limite:

Assim, pode-se ter, por exemplo:

No teorema 1 com a = 0 (isto é, se a função é constante) e no teorema 2, x


c pode ser substituído por ou . O teorema seguinte, mais
precisamente o seu corolário, poderá ser útil para calcular limites no infinito,
a demonstração do teorema 3(a) será feita no texto complementar deste
tópico e que está indicado no final deste tópico.

TEOREMA 3
Se n é um número inteiro positivo fixo, então:

Combinando os teoremas 1, 2(c) e 3, segue-se o seguinte resultado.

COROLÁRIO. Se r um número real e n é um número inteiro positivo fixos,


então:

O exemplo seguinte ilustra o cálculo de limites finitos no infinito.

EXEMPLO RESOLVIDO 4:

Calcular os limites indicados:

40
SOLUÇÃO

(a) Dividindo por x o numerador e o denominador do quociente ,


tem-se

Pelo corolário,

Pelo teorema 1,

Pelo teorema 2(a),

Logo, pelo teorema 2(c),

(b) Dividindo o numerador e o denominador do quociente

por x4 tem-se

(c) Dividindo o numerador e o denominador do quociente por x


e no numerador pondo (pois os valores que x está assumindo
são positivos, veja propriedade (a) do valor absoluto , tem-se

Dado um número real a, o valor absoluto de a é indicado por


e definido por

Por exemplo:

O valor absoluto tem as seguintes propriedades:

41
(d) Dividindo o numerador e o denominador do quociente por x
e no numerador pondo (pois os valores que x está assumindo
são negativos), obtém-se

EXEMPLO PROPOSTO 4:

Calcular os limites indicados para concluir os valores dados:

Finalmente, sejam os limites infinitos (conforme classificação estabelecida


no tópico 1 desta aula ), ou seja, os limites representados pelos símbolos

onde x c pode ser substituído por x c-, x c+, x - ou x + .


Observe que nesta etapa estão incluídos os limites infinitos no infinito, ou
seja, os limites representados pelos símbolos .

42
Os teoremas 1 e 2 não podem ser usados para calcular limites infinitos, pois
os limites infinitos não existem. O seguinte teorema poderá ser útil para
calcular limites infinitos, a demonstração da parte (a) será feita no texto
complementar deste tópico e que está indicado no final deste tópico.

TEOREMA 4

Sejam e , então:

OBSERVAÇÃO

O teorema continua válido se x c for substituído porx c-, x c+, x -


ou x + .

O teorema 4 não se aplica quando , neste caso tem-se a forma

indeterminada 0/0 para que já foi abordada. O limite bilateral


infinito só pode ser determinado a partir dos limites unilaterais, devido a
utilização do símbolo , conforme foi definido no tópico 1 desta aula item
(b5) da alternativa do esquema (Tal item define que: se para x tendendo a
c de um lado, y = f(x) <img src=02_seta.gif align=absmiddle> -<img
src=02_99a.gif align=absmiddle> (ou y <img src=02_seta_0000.gif
align=absmiddle> +<img src=02_99a_0000.gif align=absmiddle>) e do
outro lado y <img src=02_seta_0001.gif align=absmiddle> +<img
src=02_99a_0001.gif align=absmiddle> (ou y <img
src=02_seta_0002.gif align=absmiddle> -<img src=02_99a_0002.gif
align=absmiddle>), diz-se que x <img src=02_seta_0003.gif
align=middle> c implica que y = f(x) <img src=02_seta_0004.gif
align=middle> <img src=02_99a_0003.gif align=middle> (infinito sem
os símbolos - ou +), isto é x <img src=02_seta_0005.gif align=middle> c
<img src=02_seta2.gif align=middle> y = f(x) <img
src=02_seta_0006.gif><img src=02_99a_0004.gif align=middle>, ou
ainda, <img src=02_ff.gif align=absmiddle) .
s

O exemplo seguinte ilustra o cálculo de limites infinitos.

EXEMPLO RESOLVIDO 5:

Calcular os limites indicados:

SOLUÇÃO

(a) Tem-se

43
então de acordo com o teorema 4, o é infinito e conforme foi
mencionado é necessário calcular os limites unilaterais.

Se x < 2 então x - 2 < 0 e x - 3 < 0, daí x2 - 5x + 6 = (x - 2)(x - 3) > 0 se


x < 2. Assim, se x 2-então x2 - 5x + 6 0+. A conclusão que x2 - 5x +
6 0+ pode ser obtida também da seguinte forma, embora com
ausência de rigor: como x2 - 5x + 6 = 0 se x = 2 ou x = 3, então em
outros valores x2 - 5x + 6 é < 0 ou > 0 daí nos intervalos (- , 2), (2 , 3)
e (3 , + ), a expressão x2 - 5x + 6 assume somente valores negativos
ou positivos, assim atribuindo um valor a x em cada intervalo se obtém
o sinal desta expressão no intervalo, de acordo com a figura a seguir.

Logo, se x < 2 então x2 - 5x + 6 > 0 e daí x2 - 5x + 6 0+ se x 2-.

Assim, e x2 - 5x + 6 0+ se x 2-, pelo teorema

4(a),

Se x > 2 então x - 2 > 0 e se x < 3 então x - 3 < 0, daí x2 - 5x + 6 = (x -


2)(x - 3) < 0 se 2 < x < 3. Assim, se x 2+ então x2 - 5x + 6 0-.
Também, observando a figura anterior, tem-se x2 - 5x + 6 < 0 se 2 < x
< 3, então x2 - 5x + 6 0- se x 2+. Logo e se x2 -

5x + 6 0- se x 2+, pelo teorema 4(b),

Portanto, por (I) e (II),

(b) Dividindo o numerador e o denominador do quociente por x2


tem-se

Como e se x - implica que pois

se x < -3, pelo teorema 4(b),

44
EXEMPLO PROPOSTO 5:

Calcular os limites dados para concluir os valores indica¬dos:

O restante deste tópico será dedicado aos limites do grupo de funções


envolvendo as funções seno e co-seno que têm a forma indeterminada 0/0. é
sugestivo que o aluno leia novamente o texto
“AngMedTrigonometria.doc” (OU CLIQUE AQUI PARA ABRIR) (Visite a aula
online para realizar download deste arquivo.) indicado no final do tópico 2
da aula 02. Tais limites não podem ser calculados através do uso dos
métodos já abordados, o limite seguinte, conhecido como LIMITE
FUNDAMENTAL, pode ser útil no cálculo de tais limites:

Para mostrar este último limite é necessário o seguinte teorema, sua


demonstração será feita no texto complementar indicado no final deste
tópico.

TEOREMA 5
Sejam f, g e h funções definidas num intervalo aberto I contendo c, exceto
talvez em c, onde f(x) g(x) h(x) para todo x em I com x c. Se

e , então .

O teorema continua válido se x c for substituído por x c-, x c+, x -


ou x + .

DEMONSTRAÇÃO DO LIMITE FUNDAMENTAL

Para mostrar que , será usado o critério de existência do


limite bileteral estabelecido no tópico 1 desta aula, isto é, será provado
que

Inicialmente, considere e a figura seguinte.

Comparando as áreas do triângulo OBP, do setor circular OBP e do


triângulo OBQ, tem-se

(área do OBP) < (área do setor circular OBP) < (área do OBQ),>

ou seja,

45
mas , logo fazendo as substituições
nas desigualdades, obtém-se

como é positivo (pois ), multiplicando por cada


membro da última desigualdade, encontra-se

, ou seja,

Como , desta última desigualdade e do teorema 5,


tem-se

Seja agora , então . Logo, do resultado obtido, tem-se

mas sen(-t) = - sen t e t 0-quando -t 0+, assim

O exemplo seguinte ilustra a aplicação do limite demonstrado.

EXEMPLO RESOLVIDO 6:

Mostrar que:

SOLUÇÃO

(a) Tem-se

mas e logo (pelo teorema 2(b) deste tópico)

Portanto,

(b) Para mostrar esse limite, será usada a identidade .


Do teorema 2(b) deste tópico e item (a) deste exemplo, tem-se

, assim (ainda pelo teorema 2(b))

assim (pelo teorema 2(a) deste tópico)

46
fazendo x = 2t, tem-se t 0 x 0, logo

EXEMPLO PROPOSTO 6:

Provar que:

EXEMPLO RESOLVIDO 7:

Calcular os limites indicados:

SOLUÇÃO

(a) Observe que o limite dado tem a forma indeterminada 0/0. Como

e além disso

tem-se

(b) O limite dado tem a forma indeterminada 0/0. Como

se t = 2x e x 0 equivale a t 0,

tem-se

EXEMPLO PROPOSTO 7:

Calcular os limites dados para concluir os valores indica¬dos:

Outros resultados importantes sobre limites que serão tratados no texto


complementar indicado no final deste tópico, são os seguintes (clique aqui
para abrir) .

47
EXEMPLO RESOLVIDO 8:

É possível mostrar que não existe (veja o exercício 66(a) do


exercitando deste tópico), entretanto mostrar que

SOLUÇÃO

Tem-se e para qualquer valor de x 0 (isto é,


é limitada para todo x 0), portanto do resultado (ii),
segue-se que

EXEMPLO PROPOSTO 8:

Mostrar que . Sugestão: fazer

LEITURA COMPLEMENTAR
O texto “Limites com e ” trata da segunda etapa do estudo dos limites,
fazendo uma abordagem rigorosa do tema. Não exigiremos nenhum
conhecimento deste assunto neste módulo, mas alguns resultados além de
já terem sido usados neste tópico, continuarão sendo indispensáveis e
serão aplicados. É recomendável, pelo menos uma leitura atenciosa.

Para isso vá para a seção Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe o


arquivo "LimitesComEpsilonEDelta.doc" ou clique aqui (Visite a aula
online para realizar download deste arquivo.).

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Vá na seção MATERIAL DE APOIO do ambiente SOLAR e baixe o arquivo
"EXERCITANDO(AULA03_TOP2).DOC" ou CLIQUE AQUI PARA ABRIR
(Visite a aula online para realizar download deste arquivo.). Resolva a
quantidade máxima de exercícios que puder, individualmente ou em
grupo; QUARTA QUESTÃO do trabalho. A QUINTA QUESTÃO do trabalho
será indicada no tópico seguinte desta aula. É exigido que o trabalho desta
aula seja postado no PORTFÓLIO, no período indicado na AGENDA do
ambiente SOLAR, num único documento de texto (doc ou docx) ou
manuscrito e escaneado.

Responsável:Prof. José Othon Dantas Lopes


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48
MATEMÁTICA I
AULA 03: LIMITES DE FUNÇÃO, CÁLCULO DE LIMITES E CONTINUIDADES

TÓPICO 03: CONTINUIDADES

Este tópico trata dos conceitos de continuidade de funções num valor e


num intervalo, a compreensão de tais conceitos não apresenta nenhuma
dificuldade para o estudante que tenha assimilado a noção intuitiva de
limite. A parte teórica é finalizada com o “teorema do valor intermediário”,
trata-se de um importante resultado que será usado no tópico da aula 08 e
no próximo módulo que dá continuidade a este, seu enunciado neste
estágio deve-se ao fato de ser necessário apenas o conceito de continuidade
na formulação de suas hipóteses; entretanto, encontram-se nos exercícios
40 a 46 do exercitando deste tópico, algumas aplicações desse teorema.

Para um determinado grupo de funções é possível estabelecer o limite em


relação a um valor, sem que a função esteja definida no valor; ou ainda,
mesmo sendo definida no valor e podendo estabelecer o limite, tal limite não
coincida com a imagem da função no valor.

EXEMPLO

Se , então

sendo

então

assim

Uma função f é contínua num valor c do seu domínio, se o limite de f(x)


quando existe e é igual ao valor de f em c, isto é, se

EXEMPLO RESOLVIDO 1

Verificar que a função dada é contínua no valor indicado

SOLUÇÃO

(a) Como tem-se

Logo a função f é contínua em c = 0.

(b) Sendo , além disso como

49
obtém-se . Logo g é contínua em c = 1.

EXEMPLO PROPOSTO 1

Mostrar que a função dada é contínua no valor indicado:

EXEMPLO RESOLVIDO 2

Mostrar que as funções seno e co-seno são contínuas em zero.

SOLUÇÃO

No exemplo resolvido 6 do tópico 2 desta aula, foi provado que

logo, pela definição, isto mostra que as funções seno e co-seno são
contínuas em zero.

Provar que as funções seno e co-seno são contínuas em qualquer número


real c. Sugestão. Veja o exemplo proposto 6 - Clique aqui para abrir do
tópico 2 desta aula.

Exemplo Proposto 6.

Provar que:

Sugestão: fazer x - c = t;

Se uma função f não é contínua num valor c do seu domínio, diz-se que f é
DESCONTÍNUA em c.

Geometricamente, para que uma função f seja contínua num valor c, o


gráfico de f não deve apresentar interrupção em c. Nas figuras seguintes,
estão ilustrados os gráficos de algumas funções, que apresentam algum tipo
de interrupção relativa a um valor c, por serem descontínuas em c.

Decorrente da definição de continuidade num valor e do teorema 2 do tópico


2 desta aula, tem-se o seguinte teorema.

50
TEOREMA 1
SE F E G SÃO FUNÇÕES CONTÍNUAS NUM VALOR C, ENTÃO: E FG SÃO
CONTÍNUAS EM C, E É CONTÍNUA EM C SE .

Com aplicações sucessivas deste teorema e baseando-se que as funções


constante e identidade são contínuas em qualquer valor, tem-se os seguintes
corolários.

COROLÁRIO 1. Uma função polinomial é contínua em qualquer número real.

COROLÁRIO 2. Uma função racional é contínua em qualquer número real


em que ela esteja definida.

Por exemplo: a função é contínua em qualquer número


real, pois ela é uma função polinomial; já a função é contínua
em qualquer número real exceto 1, pois ela é uma função racional e não está
definida somente em 1.

Quanto à composição de funções, tem-se o teorema seguinte, cuja


demonstração será feita no texto complementar deste tópico e que será
indicado no final deste tópico.

TEOREMA 2

SEJAM E F CONTÍNUA EM A, ENTÃO

Do teorema 2, segue-se o seguinte resultado.

COROLÁRIO. Sejam g contínua em c e f contínua em g(c) , então fog é


contínua em c.

DEMONSTRAÇÃO

Como g é contínua em c, logo, como f é contínua em g


(c) pelo teorema 2,

51
EXEMPLO RESOLVIDO 3

Determinar os maiores intervalos em que é contínua a função

SOLUÇÃO

Para que f seja contínua num valor c, é necessário que c esteja no


domínio de f, daí c2 - 1 > 0 ou seja, c < -1 ou c > 1 Por outro lado, se c <
-1 ou c > 1 tem-se

Logo f é contínua em todo valor c menor do que -1 ou maior do que 1,


isto é, f é contínua nos intervalos

EXEMPLO PROPOSTO 3

Mostrar que [-1,1] é o maior intervalo em que é contínua a função

O gráfico de uma função contínua num intervalo não apresenta interrupção


em sua extensão, essa noção geométrica sobre continuidade pode ser
justificada pelo teorema seguinte.

Teorema (Sejam f uma função contínua num intervalo I, a e b valores em I.


Então, dado qualquer valor r entre f(a) e f(b) , existe pelo menos um valor c
em (a,b) tal que f(c)= r.) (do Valor Intermediário) 3.

Sejam f uma função contínua num intervalo I, a e b valores em I. Então, dado


qualquer valor r entre f(a) e f(b) , existe pelo menos um valor c em (a,b) tal
que f(c)= r.

LEITURA COMPLEMENTAR
O texto "CONTINUIDADES COM E ”, trata da segunda etapa do estudo
de continuidades, fazendo uma abordagem rigorosa do tema. Não
exigiremos nenhum conhecimento deste assunto neste módulo, mas é
sugestivo uma leitura atenciosa. Para acessar o conteúdo, consulte a seção
Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe o arquivo
CONTINUIDADESCOMEPSILONEDELTA.DOC ou CLIQUE AQUI PARA
ABRIR (Visite a aula online para realizar download deste arquivo.).

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO

52
Vá na seção Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe o arquivo
"EXERCITANDO(AULA03_TOP3).DOC" para baixar o exercitando ou
CLIQUE AQUI PARA ABRIR (Visite a aula online para realizar download
deste arquivo.). Resolva a quantidade máxima de exercícios que puder,
individualmente ou em grupo. O exercício 32 é a QUINTA QUESTÃO do
trabalho desta aula que deverá postado no PORTIFÓLIO INDIVIDUAL do
ambiente Solar. É exigido que o trabalho desta aula seja postado no
PORTFÓLIO, no período indicado na AGENDA do ambiente SOLAR, num
único documento de texto (doc ou docx) ou manuscrito e escaneado.

Responsável:Prof. José Othon Dantas Lopes


Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual

53
MATEMÁTICA I
AULA 04: RETAS TANGENTE E NORMAL, TAXA DE VARIAÇÕES E DERIVADAS DE FUNÇÕES

TÓPICO 01: RETAS TANGENTE E NORMAL

A partir desta aula, será visto como o limite pode ser aplicado em diversos
tipos de problemas que surgem em outras ciências além de Matemática,
como Física, Química, Biologia, etc. Este tópico trata de um problema
geométrico, cujo objetivo é chegar ao conceito de reta tangente ao gráfico
de uma função num ponto.

A reta tangente (A reta tangente dA palavra latina ''tangere'' que significa


''tocar''.) a uma circunferência, parábola, elipse e a um ramo de uma
hipérbole num ponto, é definida em Geometria Analítica, como a reta que
intercepta essas cônicas somente nesse ponto (Ponto -- Este conceito foi
usado para as cônicas e outras curvas especiais atraves de vários séculos
pelos gregos antigos e era satisfatório devido ao desconhecimento nessa
época de curvas mais gerais.) , nesse estágio, a unicidade desse ponto de
interseção é um argumento indispensável para chegar nas equações das
retas. Este conceito de reta tangente, não se aplica a uma curva qualquer;
entretanto, para uma reta ser tangente a uma curva num ponto Po, será
exigido que pelo menos em algum arco da curva em torno de Po a reta não
intercepte a curva noutro ponto, além disso, outras considerações são
exigidas conforme será visto a seguir.

DICA
Lembra-se que o texto EQUAÇÃO DE PRIMEIRO GRAU foi também
sugerido para leitura no tópico 1 da aula 02, caso ache necessário, leia
novamente que a sua compreensão neste tópico será cem por cento. Para
acessar o texto equação de primeiro grau vá na seção MATERIAL DE
APOIO do ambiente SOLAR e baixe o arquivo EquacaoDePrimGrau.doc ou
clique aqui para abrir (Visite a aula online para realizar download deste
arquivo.).

A equação de uma reta fica determinada, quando são conhecidos um ponto e


a declividade da reta. Portanto para encontrar a equação da reta tangente a
uma curva num ponto dado, resta obter a declividade da reta.

Seja f uma função contínua em para definir a declividade da reta tangente


ao gráfico de f no ponto considere a reta contendo Po e outro
ponto do gráfico de f, tal reta é chamada de RETA SECANTE.

54
DECLIVIDADE DA RETA SECANTE

Como o triângulo na figura é retângulo, a declividade da reta


secante contendo Po e P, é

mas e assim:

Considerando o ponto Po fixo e o ponto P tendendo ao ponto Po ao longo


da curva (isto é, P aproximando-se de Po sem sair da curva, ou equivalente,
fazendo ), se a reta secante tem uma posição limite, esta posição limite
é definida como a da reta tangente à curva no ponto Po.

Assim, a declividade da reta tangente ao gráfico de f no ponto Po pode


ser vista como o limite da declividade da reta secante quando , ou seja,

se o limite existe.

Existem situações onde é útil mudar neste limite a variável x para uma
variável , fazendo ou seja, e equivale a
assim,

OBSERVAÇÃO
Evidentemente que se existe, a reta tangente não pode ser vertical;
assim é relevante examinar o tipo de não existência do limite de se a
reta tangente é vertical. Isto significa que deverá ser analisado os limites
unilaterais de se a reta tangente é vertical.

VEJAMOS COMO FUNCIONA

55
Inicialmente, considere a reta tangente vertical como o limite da
secante girando no sentido anti-horário.

Observe (na figura) que se ou , então assim

pois e se Seja agora a reta tangente vertical


como o limite da secante girando no sentido horário.

Note (na figura) que se ou , então logo

pois e se

Portanto, é sugestivo que a definição de reta tangente seja como a seguir.


Seja f uma função contínua em então a RETA TANGENTE ao gráfico de f
no ponto é a reta de equação:

(a) se existe;

(b) se ou

OBSERVAÇÃO
Observe que a reta tangente ao gráfico de uma função f num ponto, está
definida apenas nos casos de inexistência do limite de em que
ou , isto é, nos outros casos em que não existe, diz-se que o
gráfico de "f" não tem reta tangente em Po .

SOLUÇÃO

Fazendo tem-se

é a declividade da reta tangente ao gráfico da equação no


ponto A. Portanto é uma equação da reta tangente, que
simplificando dá Como é a declividade da

56
reta perpendicular à reta de declividade igual a 2, tem-
se como uma equação da reta normal ao gráfico da
equação dada em A, que simplificando dá Os gráficos
estão na figura a seguir.

Exemplo proposto

Mostrar que e Po são as equações das retas tangente e normal à


curva no ponto em que x=1 respectivamente. Fazer os gráficos da
curva e das retas.

LEITURA COMPLEMENTAR
Para acessar o conteúdo, consulte a seção Material de Apoio do ambiente
SOLAR e baixe o arquivo MOVIMENTO RETILÍNEO ou clique aqui para
abrir (Visite a aula online para realizar download deste arquivo.).

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Vá para a seção MATERIAL DE APOIO do ambiente SOLAR e baixe o
arquivo EXERCITANDO(AULA04_TOP1).DOC ou clique aqui (Visite a
aula online para realizar download deste arquivo.) parta abrir o
exercitando. Resolva a quantidade máxima de exercícios que puder,
individualmente ou em grupo. Os exercícios 11 e 21 do exercitando, são as
respectivas QUESTÕES 1 E 2 do trabalho desta aula a ser postado no
PORTIFÓLIO INDIVIDUAL do ambiente SOLAR. As questões 3 até 5 do
trabalho, serão indicadas nos tópicos seguintes desta. É exigido que o
trabalho desta aula seja postado no PORTFÓLIO, no período indicado na
AGENDA do ambiente SOLAR, num único documento de texto (doc ou
docx) ou manuscrito e escaneado.

Responsável:Prof. José Othon Dantas Lopes


Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual

57
MATEMÁTICA I
AULA 04: RETAS TANGENTE E NORMAL, TAXA DE VARIAÇÕES E DERIVADAS DE FUNÇÕES

TÓPICO 02: TAXA DE VARIAÇÕES

Os conceitos de declividade da reta tangente ao gráfico de uma função


num ponto e velocidade de uma partícula em movimento retilíneo num
instante, embora pareçam bastante distintos, têm muito em comum e
historicamente serviram de inspiração para a criação de uma teoria mais
geral. Esta aula é finalizada fazendo uma única interpretação dos limites
envolvidos nos conceitos de reta tangente e velocidade.

Limites análogos aos das definições de mA,vI e aI vistos no tópico 1 desta aula
e na leitura complementar indicada no final do tópico 1 desta aula, são
usados em outras aplicações, assim é sugestivo fazer uma uniformização.

UNIFORMIZAÇÃO

Seja f uma função definida de a , se x varia de a ,


então y varia de f( ) a f( ) indicando por a variação de
correspondente a variação de tem-se

Assim, a taxa (ou razão) média de variação de Y0 pela variação de X0 é


dada por

Quando se faz diz-se que é uma variação instantânea de


(ou uma variação infinitesimal do valor ). Suponha que f seja
contínua em , então implica que , logo sendo f contínua
em é possível interpretar que é taxa (ou razão) de duas
quantidades infinitesimais. Se tal limite existe é dito é dito a taxa (ou
razão) instantânea de variação de y em relação a x em , então sendo
tem-se

PARADA OBRIGATÓRIA
Assim, pode-se dizer: declividade da reta tangente, velocidade e aceleração
instantâneas são taxas de variações infinitesimais.

Outros exemplos aparecem em: Química, quando é de interesse achar a taxa


em que uma substância se modifica em relação ao tempo ao reagir com
outra; Biologia, para saber a taxa em que a quantidade de bactérias diminui
ou aumenta numa cultura com o passar do tempo; Física, para achar num
circuito a taxa de variação da corrente elétrica em relação ao tempo. Em
geral, a taxa de variação de uma grandeza em relação ao tempo, também é
chamada de VELOCIDADE DE VARIAÇÃO da grandeza. É possível também

58
considerar taxas de variação em relação a uma grandeza que não seja o
tempo, por exemplo: a taxa de variação do volume de um gás em relação à
pressão; a taxa de variação da corrente elétrica em relação à resistência, etc.

EXEMPLO RESOLVIDO

A variação da pressão num gás confinado, faz com que ele sofra uma
dilatação (isto é, altere de volume), a LEI DE BOYLE-MARIOTTE para a
dilatacão de um gás estabelece: em temperatura constante, o produto da
pressão pelo volume do gás é constante, ou seja, pV = c onde p é a
PRESSÃO (isto é, a força em newtons por unidade de volume) que age sobre
o gás, V é o volume do gás e c é uma constante. Se um gás confinado, num
determinado instante, está submetido a uma pressão de 5 N/cm3 , achar a
taxa de variação do volume do gás nesse instante, fazendo c = 75.

SOLUÇÃO

Substituindo c por 75 e colocando V em termos de p, tem-se ,


assim a taxa de variação

O valor negativo de VI(5) significa que o volume está diminuindo nesse


instante.

EXEMPLO PROPOSTO

A LEI DE OHM afirma: num condutor, a razão da diferença de potencial (ou


força eletromotriz, que é escrita abreviadamente como FEM) V entre dois
pontos do condutor pela intensidade da corrente elétrica I é constante e igual
a resistência elétrica R, isto é, V/I = R. Se um condutor está submetido uma
fem de 220 volts, provar que a taxa de variação da intensidade da corrente
elétrica I em relação a resistência (resistência -- A resistência de um
condutor pode variar quando ele é submetido a variações de temperatura.)
quando ela é 10 ohms é igual a -2,2 ampères por ohms.

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Vá para a seção Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe o arquivo
EXERCITANDO(AULA04_TOP2).DOC ou Clique aqui para abrir (Visite a
aula online para realizar download deste arquivo.) o exercitando. Resolva
a quantidade máxima de exercícios que puder, individualmente ou em
grupo. O exercício 6 do exercitando, é a TERCEIRA QUESTÃO do trabalho
desta aula a ser postado no PORTFÓLIO INDIVIDUAL do ambiente Solar.
As questões 4 e 5 do trabalho, serão indicadas no tópico seguinte desta.
É exigido que o trabalho desta aula seja postado no PORTFÓLIO, no

59
período indicado na AGENDA do ambiente SOLAR, num único documento
de texto (doc ou docx) ou manuscrito e escaneado.

Responsável:Prof. José Othon Dantas Lopes


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60
MATEMÁTICA I
AULA 04:RETAS TANGENTE E NORMAL,TAXA DE VARIAÇÕES E DERIVADAS DE FUNÇÕES

TÓPICO 03: DERIVADAS DE FUNÇÕES

Neste tópico inicialmente será definida uma função usando limite, tal
função desempenha um papel de grande importância em várias áreas da
Matemática, além de ter relevantes aplicações em outras ciências; essa
função chama-se derivada. A imagem da derivada de uma função num
valor, pode ser vista, por exemplo, como a inclinação da reta tangente a
uma curva num ponto, a velocidade de uma partícula, a razão (ou taxa) de
quantidades muito pequenas; onde a interpretação depende do tipo de
grandeza representada por tal função. Posteriormente, serão examinados o
problema de existência da derivada e a relação entre derivada e
continuidade. O tópico é finalizado com os conceitos de derivadas de
ordens superior a primeira, que serão indispensáveis a várias aplicações
futuras.

SOLUÇÃO

A derivada primeira (ou simplesmente, a derivada) de uma função f é a


função indicada por F' (lê-se, f linha) e definida num valor x D(f) por

se este limite existir. Além do símbolo f'(x) utiliza-se também as


seguintes notações para indicar a derivada de f num valor x onde ela
existe:

Como foi mencionado no tópico 1 desta aula, a fim de simplificar, se


for desnecessário usar a variável x, será usada apenas uma letra
minúscula do nosso alfabeto, por exemplo H ou T invés de x.

EXEMPLO RESOLVIDO 1.

Calcular a derivada da função dada:

(a)

(b)

SOLUÇÃO

(a) Como , tem-se

61
assim

(b) Sendo , tem-se

logo

EXEMPLO PROPOSTO 1. Mostrar que se:

(a) então

(b) então

O limite que estabelece a derivada de uma função f num valor particular xo


onde ela existe, pode ser encontrado de uma das seguintes maneiras -
(Clique aqui para abrir) .

Substituindo x por x 0 na fórmula para f'(x), que fica

62
Fazendo x = x o + h, assim h = x - x o eh 0 equivale a x x o ,
que resulta em

PARADA OBRIGATÓRIA
Uma função f é dita DERIVÁVEL NUM VALOR(ou diferenciável num
valor) x0, se f' (x0) existe. Uma função f é DERIVÁVEL NUM
SUBCONJUNTO(ou diferenciável num subsconjunto) , se ela é
derivável em todos os valores de I; e f é DERIVÁVEL se .

EXEMPLO RESOLVIDO 2.

Mostrar que a função f(x) = não é derivável em 0.

SOLUÇÃO

Deve-se mostrar que f'(0) não existe. Tem-se que

mas (do teorema 1(i) do tópico 2 da aula 03)

e (do teorema 2(d) do tópico 2 da aula 03)

onde se x 0; logo (pelo teorema 4(a) do


tópico 2 da aula 03)

portanto, f'(0) não existe.

EXEMPLO PROPOSTO 2.

Provar que a função não é derivável em 0.

Observe que embora a função f do exemplo resolvido 2 seja contínua em todo


o conjunto dos números reais, f não é derivável. Isto é, em geral,
continuidade não implica em diferenciabilidade; entretanto, se uma função é
derivável num valor, ela é contínua nesse valor, conforme verificado no
teorema a seguir.

Se f é uma função derivável em xo , então f é contínua em xo.

TEOREMA

DEMONSTRAÇÃO. Deve-se mostrar que se


existe, então

63
pois f(xo) é constante; logo (aplicando o teorema 2(a) do tópico 2 da
aula 03 )

TEOREMA 2. Se e ,então:

(a) O limite da soma ou diferença é a soma ou diferença dos


limites se o limite de cada parcela da soma existe, isto é,

O que conclui a demonstração.

A derivada de uma função num valor é um limite bilateral, assim uma fomra
de verificar a existência da derivada, é o critério da existência do limite
bilateral decorrente do limites unilaterais dado no tópico 1 da aula 03;
mais precisamente, indicando e definindo a DERIVADA À ESQUERDA e a
DERIVADA À DIREITA de f em xo por

O existe e é igual a L se, e somente se, os e

existem e são iguais a L.

respectivamente, então: (existe) se, e somente se, e


existem e são iguais a L. Os números e são também chamados
DERIVADAS LATERAIS de f em xo. Uma função é DERIVÁVEL NUM

INTERVALO aberto I D(f) (ou diferenciável em I) se ela é derivável em


todos os valores de I; caso I seja semi-fechado ou fechado, a derivada no
valor extremo inferior ou superior do intervalo é a derivada à direita ou à
esquerda, respectivamente.

EXEMPLO RESOLVIDO 3.

Verificar se a função é derivável em 1.

SOLUÇÃO

64
Tem-se

Como f'(1-) = 1 -2 = f'(1+), obtém-se que f'(1) não existe, assim f não é
derivável em 1.

EXEMPLO PROPOSTO 3.

Provar que a função é derivável em 1.

Como as funções dos exemplos resolvidos 2 e 3 são contínuas em 0 e 1,


respectivamente, mas não são deriváveis em 0 e 1, tais funções justificam que
a recíproca do último teorema não é verdadeira, ou seja, continuidade não
implica em diferenciabilidade. Observe ainda, que o teorema afirma: SE F
NÃO É CONTÍNUA EM XO, ENTÃO F NÃO É DERIVÁVEL EM XO. Isto não é

aplicável nos exemplos citados, mas pode ser usado (por exemplo) para
mostrar que a função

não é derivável em zero, pois f não é contínua em zero.

Derivando uma função f pela segunda vez, isto é, derivando a função f' tem-
se a DERIVADA SEGUNDA de f, que é indicada por f" ((lê-se, f duas linhas)) e
definida por

para todo x no domínio de f' onde este limite existe. Similarmente, define-se
a DERIVADA TERCEIRA de f, que é indicada por f(3), como a derivada
primeira de f". Em geral, se n é um número inteiro maior ou igual a 2, a
derivada n-ésima ((ou a derivada de ordem n)) de f, que é indicada por f(n) é
a derivada primeira da função f(n-1) onde em particular f(1) = f' e f(2) = f". Usa-
se ainda, as seguintes notações para a derivada de ordem n da função f:
(<img src='imagens/03/img_nova4.gif'>)

EXEMPLO RESOLVIDO 4.

Encontrar se
65
SOLUÇÃO

Inicialmente, deve-se ter a derivada primeira de f para x arbitrário. Do


exemplo resolvido 1(b) deste tópico, tem-se

Portanto

EXEMPLO PROPOSTO 4.

Mostrar que se

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO

Vá para a seção Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe o arquivo


EXERCITANDO(AULA04_TOP3).DOC ou Clique aqui para abrir (Visite a
aula online para realizar download deste arquivo.) o exercitando. Resolva
a quantidade máxima de exercícios que puder, individualmente ou em
grupo. Os exercícios 23 e 33 do exercitando são respectivamente as
QUESTÃO 4 E 5 do trabalho desta aula a ser postado no PORTFÓLIO
INDIVIDUAL do ambiente Solar. É exigido que o trabalho desta aula seja
postado no PORTFÓLIO, no período indicado na AGENDA do ambiente
SOLAR, num único documento de texto (doc ou docx) ou manuscrito e
escaneado.

Responsável:Prof. José Othon Dantas Lopes


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66
MATEMÁTICA I
AULA 05: FÓRMULAS DE DERIVAÇÃO E DERIVAÇÃO IMPLÍCITA

TÓPICO 01: FÓRMULAS DE DERIVAÇÃO

A derivada de uma função, até este momento, foi efetuada através da sua
definição; entretanto, tal procedimento quando usado para funções mais
complexas requer excessivo trabalho ou dificuldades. Neste tópico, serão
apresentados os teoremas e corolários que permitem encontrar a
derivada de uma função (num valor onde ela existe) através de fórmulas,
onde as suas demonstrações serão efetuadas no texto complementar
indicado no final deste tópico; as fórmulas para derivar as funções seno e
co-seno, serão estabelecidas no final do tópico.

O que se chama derivação (ou diferenciação) é o processo usado para


encontrar a derivada de uma função. Os teoremas que serão estabelecidos a
seguir, dão um conjunto de fórmulas que permitem encontrar a derivada de
uma função num valor onde ela existe, as demonstrações de alguns itens
serão efetuadas no texto complementar indicado no final deste tópico.

Teorema 1: Se a e b são constantes, r é racional e é


derivável, então:

Observação

Do teorema (1), obtém-se:

(i) se a = 0; e (ii) se r = a = 1 e b = 0.

A fórmula (i) significa que a derivada da função constante é igual a


função nula. E (ii) significa que a derivada da função identidade é igual
a função constante igual a um.

Teorema 2: Sejam f e g funções deriváveis num valor x, então a


derivada:

(a) Da soma de f com g é dada por:

(b) Do produto de f por g é dada por:

(c) Do quociente de f por g é dada por:

Observação

(1) O teorema 2(a) pode ser estendido para um número finito de


funções, ou seja, se f1,f2,....,fn são funções deriváveis, então

(2) Do teorema 2(b) e (i), se g é a função constante g(x) = c então

67
Exemplo Resolvido 1

Calcular a derivada das seguintes funções:

SOLUÇÃO

a) Aplicando o resultado (iii) - (Clique aqui para abrir) tem-se :

Usando o teorema 1 - (Clique aqui para abrir) tem-se :

Se a e b são constantes, r é racional e é derivável,


então

Do teorema (1), obtém-se:

Logo, substituindo os resultados obtidos, encontra-se

b) Sendo tem-se

mas

e . Logo, substituindo os resultados encontrados, obtém-


se

c) Se tem-se

logo

mas

68
Assim, substituindo os resultados encontrados, tem-se

d) Sendo do teorema 2(b) - (Clique aqui


para abrir) , tem-se

Sejam f e g funções deriváveis num valor x, então a derivada:

(b) Do produto de f por g é dada por

mas e .

Logo, substituindo os resultados obtidos, encontra-se

e) Sendo aplicando o teorema 2(c) - (Clique aqui para


abrir) tem-se

Sejam f e g funções deriváveis num valor x, então a derivada:

(c) Do quociente de f por g é dada por

mas e Logo, substituindo os


resultados obtidos,

encontra-se

Exemplo Proposto 1.

Mostrar que se:

69
O teorema a seguir permite encontrar a derivada da composta de duas
funções a partir das derivadas das funções, isto é, sem efetuar a composição;
a fórmula estabelecida pelo teorema é conhecida como a “regra da cadeia”.

Teorema 3. Sejam f e g funções deriváveis e definidas por y=f(u) e u=g


(x) então fog é derivável, além disso

Como aplicações imediatas da regra da cadeia, tem-se os dois Resultados -


(Clique aqui para abrir)

-1
Se f é uma função definida por y= f(x) com inversa f tal que ambas
são deriváveis e então assim (derivando os
dois lados e aplicando a regra da cadeia)

Substituindo y= (fx) tem-se

pois uma vez que Isto mostra que a


derivada da inversa de uma função é o inverso da derivada da função.
Vale ressaltar que esta fórmula da derivada da inversa de uma função,
já tinha sido estabelecida no exercício 50 do exercitando do tópico 3
da aula 04, onde pode ser verificado que invés da diferenciabilidade
-1
de f basta continuidade para obter tal fórmula.

II

Se P(x,y) é um ponto qualquer de uma curva, é muito comum x e y


serem funções de uma terceira variável. Neste caso, chamando de u
essa variável, tem-se:

x= f(u) e y=g(u)

Estas equações são chamadas de EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS DA


CURVA e a variável u é dita o PARÂMETRO DA CURVA. Um exemplo
deste fato, ocorre se a curva é a trajetória do deslocamento de uma
70
partícula, que se movimenta em função do tempo t; neste caso o
ponto P(x,y) dá a posição da partícula no tempo t e a variável t é o
parâmetro.

Sejam f e g funções deriváveis definidas por x = f(u) e y = g(u) onde f


tem inversa derivável e não nula, então (pela regra da cadeia)
mas (pelo resultado (i)) logo:

Exemplo Resolvido 2

Calcular:

SOLUÇÃO

a) Como
obtém-se

Uma segunda solução pode ser obtida, considerando a variável


intermediária u mencionada no enunciado do teorema 3 deste
tópico, assim fazendo

Sejam f e g funções deriváveis num valor x, então a derivada:

(c) Do quociente de f por g é dada por

logo substituindos os resultados encontrados, obtém-se

71
substituindo acha-se

b) Do resultado (ii) do teorema 3 , tem-se

obtém-se

Portanto, fazendo t=1 acha-se

Exemplo Proposto 2

Teorema 4.Sejam r um número racional, f e g funções deriváveis tal que


então

Exemplo Resolvido 3

Calcular:

SOLUÇÃO

Aplicando o teorema 2(c) - (Clique aqui para abrir) , tem-se

Sejam f e g funções deriváveis num valor x, então a derivada:

(c) Do quociente de f por g é dada por

72
mas teorema 1(ii) e do teorema 4

Se a e b são constantes, r é racional e é derivável,


então

Do teorema (1), obtém-se: se e se r = a = 1


eb=0

logo substituindo os resultados encontrados, obtém-se

Portanto, a derivada segunda da função f é dada por

Exemplo Proposto 3

Exemplo Resolvido 4

Achar a derivada das seguintes funções:

SOLUÇÃO

a) Como considerando u = x2 tem-se Logo

73
b) Tem-se

além disso, Logo, substituindo os resultados encontrados,


acha-se

Exemplo Proposto 4

Provar que se:

As derivadas das funções seno e co-seno são dadas por:

DEMONSTRAÇÃO

Da definição de derivada, obtém-se

mas

logo

como pois sen x e cos x são constantes


em relação a t, além disso (conforme exemplo resolvido 7
(a) do tópico 2 da aula 03) e (como foi visto no tópico 2 da
aula 03), tem-se

74
Se u é uma função de x e derivável, pela regra da cadeia,

A derivada da função co-seno é obtida, aplicando-se a fórmula da


derivada da função seno e as identidades e
. Sendo assim,

Sendo ainda u uma função de x e derivável, pela regra da cadeia,

Exemplo Resolvido 5

Calcular a derivada da função dada:

SOLUÇÃO

a) Tem-se

substituindo os resultados encontrados, obtém-se

75
b)

Exemplo Proposto 5

Provar que se:

LEITURA COMPLEMENTAR
Vá na seção Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe o arquivo
DemonstDasFormDeDerivacao.pdf ou Clique aqui para abrir (Visite
a aula online para realizar download deste arquivo.), estão as
demonstrações a maioria das fórmulas apresentadas neste tópico. É uma
boa oportunidade para rever recursos algébricos gerais com limites que
possuem a forma indeterminada 0/0. É recomendável, pelo menos uma
leitura atenciosa.

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Vá para a seção Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe o arquivo
Exercitando(Aula05_Top1).doc ou Clique aqui para abrir (Visite a
aula online para realizar download deste arquivo.) o exercitando. Resolva
a quantidade máxima de exercícios que puder, individualmente ou em
grupo. Os exercícios 41, 55 e 61 do exercitando, são as respectivas
questões 1 até 3 do trabalho desta aula a ser postado no Portfólio
Individual do ambiente Solar. As questões 4 e 5 do trabalho, serão
indicadas no tópico seguinte desta aula. É exigido que o trabalho desta
aula seja postado no Portfólio, no período indicado na Agenda do
ambiente Solar, num único documento de texto (doc ou docx) ou
manuscrito e escaneado.

Responsável:Prof. José Othon Dantas Lopes


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76
MATEMÁTICA I
AULA 05: FÓRMULAS DE DERIVAÇÃO E DERIVAÇÃO IMPLÍCITA

TÓPICO 02: DERIVAÇÃO IMPLÍCITA

Esta aula é finalizada, vendo o processo para encontrar a derivada de uma


função definida por uma equação em que a variável dependente não esteja
isolada, diretamente da equação (isto é, sem resolver a equação), processo
esse conhecido como derivação implícita.

Se na equação que define uma função f, a variável dependente y está isolada,


diz-se que f (ou y) está definida explicitamente como uma função de x.
Por exemplo, na equação , y está definida explicitamente como
uma função de x.

Se numa equação que define uma ou mais funções, a variável dependente y


não está isolada, diz-se que y está definida implicitamente como uma ou
mais funções de x.

EXEMPLO

Na equação x2+y2=4, y está definida implicitamente como uma ou mais


funções de x; neste caso, resolvendo a equação x2+y2=4, tem-se ,
assim y pode ser explicitada através das equações
que definem duas funções com domínios (por exemplo) iguais ao intervalo
[-2, 2].

É comum, numa equação em que a variável y está implícita, haver


dificuldades para explicitar y em termos de x, como por exemplo na equação
x2y-xy2+y4=x3y3, daí a necessidade de um processo para encontrar Dxy sem
resolver a equação para y, esse processo usa também as fórmulas de
derivação dadas no tópico 1 desta aula e é chamado derivação implícita.

Os exemplos seguintes ilustram o processo de derivação implícita. Os


teoremas e resultado (iii) citados no exemplo 1, são do tópico 1 desta aula.

EXEMPLO RESOLVIDO 1

Encontrar Dxy se x e y são dadas nas equações seguintes:

(a) x2+y2=4

(b) x2y-xy2+y4=x3y3

SOLUÇÃO

a) Derivando os dois lados da equação dada em relação a x, tem-se Dx

(x2+y2)=Dx4, assim (pelo teorema 2(a) ( -- <img

src='imagens/02/img_nova0_5.gif'>) ) Dxx2+Dxy2=Dx4; mas (pelo


teorema 1) ( -- <img src='imagens/02/img_nova1.gif'>) Dx4=0 e

77
Dxx2=2x, (pelo teorema 4 ( -- <img src='imagens/02/img_nova2.gif'>)
colocando y no lugar de f(x)) , substituindo os resultados
encontrados, obtém-se
.

b) Derivando os dois lados da equação dada em relação a x, obtém-se


, logo (pelo resultado (iii) do teorema 2(a)
( -- <img src='imagens/02/img_nova3.gif'>) )
. Aplicando o teorema 2(b) ( -- <img
src='imagens/02/img_nova4.gif'>) para derivar os produtos, tem-se
; mas (pelo
teorema 1 ( -- <img src='imagens/02/img_nova1.gif'>) ) ,
, , (pelo teorema 4 ( -- <img
src='imagens/02/img_nova2.gif'>) )
.

Portanto, substituindo os resultados obtidos, obtém-se


, passando todos as
parcelas que têm Dxy para o primeiro membro e as que nâo têm para o
segundo membro da equação, acha-se
, colocando Dxy em
evidência, tem-se , portanto
.

EXEMPLO PROPOSTO 1.

Provar que se:

O exemplo seguinte ilustra como obter derivadas de ordem superior a


primeira de funções implícitas.

EXEMPLO RESOLVIDO 2

Calcular para x e y dadas na equação:

SOLUÇÃO

a) Inicialmente, deve-se encontrar Dxy. Sendo assim, tem-se:

; ; ,
, , .

Agora, derivando Dxy em relação a x, obtém-se:

78
Portanto, substituindo Dxy já encontrada neste último resultado,
encontra-se:

b) Tem - se

Agora, derivando Dxy em relação a x, acha-se

Logo, substituindo Dxy já encontrada, resulta em

EXEMPLO PROPOSTO 2.

Provar que se:

(a)

(b)

OBSERVAÇÃO
Um grupo de problemas sobre razão instantânea de variação e que usa
derivação implícita na sua solução é o seguinte: se duas variáveis y e x
estão relacionadas através de uma única equação e por sua vez cada uma
destas variáveis são funções do tempo t, quando se deseja encontrar a
razão (ou taxa) instantânea de variação de y ou de x em relação a t, usa-se
derivação implícita; esse tipo de problema, chama-se PROBLEMA DE
TAXAS RELACIONADAS.

Lembrando do tópico 2 da aula 04, que a razão instantânea de variação de


uma grandeza em relação ao tempo, também é chamada de VELOCIDADE DE

79
VARIAÇÃO DA GRANDEZA. O exemplo a seguir ilustra o referido tipo de
problema.

EXEMPLO RESOLVIDO 3

Se um gás confinado, num certo instante, tem a pressão de 50N/cm2, o


volume de 10cm3 e a pressão está aumentando a razão de 4(N/cm2) por
minuto, encontrar a velocidade de variação do volume do gás nesse instante.

SOLUÇÃO

A lei de Boyle-Mariotte (enunciada no exemplo


resolvido do tópico 2 da aula 04) relaciona a pressão e o
volume do gás. Deseja-se achar DtV no instante em que:

p= 50N/cm2, V=10cm3 e Dtp=4(N/cm2) por minuto.


Como pV=c obtém-se: , ,
, assim é a razão instantânea de
variação do volume do gás em relação ao tempo, num
tempo qualquer. Substituindo os dados do problema,
tem-se a razão de variação do volume do gás em relação
ao tempo no instante considerado, que é
. O valor negativo de DtV,
significa que o volume do gás está diminuindo à medida
que o tempo passa.

EXEMPLO PROPOSTO 3

Se num condutor de resistência constante igual a 10 ohms, num determinado


instante, a taxa de variação da diferença de potencial é de 20 volts por
segundo, mostrar que a velocidade de variação da intensidade da corrente
elétrica nesse instante é de 2 ampères por segundo.

Sugestão: use a lei de Ohm ( A lei de Ohm afirma: num condutor, a razão da
diferença de potencial (ou força eletromotriz, que é escrita abreviadamente
como fem) V entre dois pontos do condutor pela intensidade da corrente
elétrica I é constante e igual a resistência elétrica R, isto é, V/I=R) enunciada
no exemplo proposto do tópico 2 da aula 04.

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Vá para a seção Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe o arquivo
Exercitando(Aula05_Top2).doc ou Clique aqui para abrir (Visite a
aula online para realizar download deste arquivo.) o exercitando. Resolva
a quantidade máxima de exercícios que puder, individualmente ou em
grupo. Os exercícios 10 e 22 do exercitando são as respectivas questões 4
e 5 do trabalho desta aula a ser postado no Portfólio Individual do
ambiente Solar. É exigido que o trabalho desta aula seja postado no
Portfólio, no período indicado na Agenda do ambiente Solar, num
único documento de texto (doc ou docx) ou manuscrito e escaneado.

Responsável:Prof. José Othon Dantas Lopes

80
Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual

81
MATEMÁTICA I
AULA 06: VALORES EXTREMOS E TEOREMA DO VALOR MÉDIO

TÓPICO 01: VALORES EXTREMOS

Este tópico trata dos conceitos e resultados básicos necessários às


aplicações da derivada que serão estudadas neste módulo. Inicialmente
serão introduzidos os conceitos de VALORES MÍNIMO E MÁXIMO locais de
uma função, posteriormente serão definidos os valores mínimo e máximo
absolutos de uma função. Esses valores locais e absolutos são também
chamados de valores extremos da função, são fundamentais ao estudo de
gráficos de funções usando derivadas (a ser feito no tópico 2 da aula 07) e
aparecem também numa variedade de problemas muito comuns que serão
exemplificados no texto complementar indicado no final do tópico 2 da
aula 07.

Sejam f uma função com domínio e diz-se que f tem um VALOR


MÍNIMO LOCAL (ou um valor mínimo relativo) em m, se existe um intervalo
aberto com tal que para todo ; e que f tem um
VALOR MÁXIMO LOCAL (ou um valor máximo relativo) em m, se existe um
intervalo aberto com tal que para todo . Um valor
mínimo ou máximo local de uma função, é chamado de VALOR EXTREMO
LOCAL (ou valor extremo relativo) da função e um ponto correspondente a
um desses valores é dito um PONTO EXTREMO LOCAL (ou um ponto
extremo relativo) do gráfico da função.

Geometricamente, um ponto extremo local significa que localmente esse é o


ponto mais baixo ou mais alto do gráfico, conforme o ponto seja de mínimo
ou de máximo, respectivamente.

EXEMPLO
Seja a função

o gráfico de f está na figura seguinte.

Como pode ser observado no gráfico, a função f tem valor mínimo local
igual a -2 em 1 e valor máximo local igual a 1 em 0, assim (1,-2) é ponto de
mínimo local e (0,1) é ponto de máximo local do gráfico de f.

O teorema a seguir mostra como determinar os possíveis valores de m, onde


uma função derivável em m tem um extremo local.

TEOREMA 1

82
Seja f uma função definida num intervalo aberto contendo m e derivável em
m. Se f tem um valor extremo local em m, então

DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA 1
■ Suponha que f tenha valor mínimo local em m, então para
todo x num intervalo aberto I contendo m.

Daí para todo x em I. Como f é derivável em m,


os limites de quando x tende a m pela esquerda e pela direita,
existem e são iguais a f'(m), logo (pelo corolário 2 do teorema 5 do
texto complementar indicado no final do tópico 2 da aula 03)

Se para todo x num intervalo aberto contendo c, exceto


talvez em c, e então

O corolário é aplicado nas desigualdades


considerando na hipótese do corolário: como a função à
esquerda e g(x) = 0 como a função à direita; depois,
como a função à direita e f(x) = 0 como a função à
esquerda.

assim e ou seja,

■ Analogamente, demonstra-se o teorema se f tem valor máximo local em


m.

OBSERVAÇÃO

Se uma função f tem um valor extremo local em m, onde ela é


derivável, então a reta tangente ao gráfico de f no ponto (m,f(m)) é
uma reta horizontal. Observe que a recíproca do teorema 1, em geral,
não é verdadeira; por exemplo, se f é a função definida por f(x) = x3
(veja exemplo resolvido 1(c) do tópico 2 da aula 02 ), então f é
derivável e f'(0) = 0, mas f não tem valor extremo local em 0.

EXEMPLO RESOLVIDO. Fazer o gráfico da função

SOLUÇÃO. O gráfico da função é uma parábola cúbica,


onde comparando com a equação geral, tem-se
Assim, o ponto de inflexão do gráfico é e o gráfico contém os
pontos e Marcando os pontos encontrados e seguindo
o modelo da figura, obtém-se o gráfico de h que está na figura a
seguir.

83
A diferenciabilidade de uma função, num valor onde ela tem um
extremo local, é indispensável para que a derivada se anule nesse
valor, isto é, uma função f pode ter um extremo local num valor, sem
que f'(m) seja igual a 0; por exemplo, a função definida por
(veja exemplo resolvido 5(a) do tópico 2 da aula 02 ) tem mínimo
local em 0 e f'(0) não existe.

EXEMPLO RESOLVIDO. Fazer os gráficos da função


(função valor absoluto).

SOLUÇÃO. Observe que o domínio de f é o conjunto dos números


reais. Usando a definição de valor absoluto, tem-se

que reduz f a uma função definida por duas equações. Assim,


fazendo os gráficos de se e se
tem-se o gráfico de f que está na figura a seguir.

Um valor m no domínio de uma função f, onde f'(m) se anula ou não existe,


chama-se um VALOR CRÍTICO de f. Assim, dos comentários já feitos, concluí
-se: OS VALORES CRÍTICOS DE UMA FUNÇÃO, SÃO OS POSSÍVEIS VALORES
ONDE A FUNÇÃO PODE TER UM EXTREMO LOCAL.

EXEMPLO RESOLVIDO 1

Encontrar os valores críticos da função

SOLUÇÃO DO EXEMPLO RESOLVIDO 1

Tem-se

assim: se ou seja, f'(x) = 0 se x = 8; e f'(x) não existe


se isto é, não existe se x= 0. Como 0 e 8 estão no domínio
de f, estes são os valores críticos de f. No exemplo resolvido 1 do tópico
1 da aula 07, onde a teoria estará mais desenvolvida, será verificado de
forma simples, se nestes valores críticos a função f tem extremos
locais.

EXEMPLO PROPOSTO 1

Provar que 0 e 1 são os únicos valores críticos da função

Sejam I um subconjunto no domínio de uma função f e , então se


ou para todo diz-se que é um VALOR MÍNIMO
ABSOLUTO ou um VALOR MÁXIMO ABSOLUTO de f em I, respectivamente,
ou ainda, que é um VALOR EXTREMO ABSOLUTO de f em I; além disso,

84
é chamado de PONTO EXTREMO ABSOLUTO do gráfico de f em I.
Geometricamente, num ponto extremo absoluto num intervalo, significa que
esse ponto é o mais baixo ou o mais alto do gráfico no intervalo, conforme o
ponto seja de mínimo ou de máximo no intervalo, respectivamente. Os
seguintes exemplos ilustram tais conceitos:

Exemplos (Clique aqui para abrir)

É comum nas soluções de problemas envolvendo valores extremos absolutos,


a necessidade de determinar se uma função definida num intervalo, tem
valor extremo absoluto nesse intervalo. 0 TEOREMA DE WEIRSTRASS
(KARL WEIRTRASS (1815-1897), MATEMÁTICO ALEMÃO.) , cuja
demonstração não faz parte dos objetivos deste texto, dá a condição
suficiente para que uma função tenha valores extremos absolutos num
intervalo fechado; devido à importância desse teorema, ele será enunciado a
seguir.

A função tem como gráfico em o segmento na


figura a seguir.

Observa-se então que g tem valor mínimo absoluto igual a g(0) = 1 e


valor máximo absoluto igual a g(2) = 3 em [0,2];

A função tem como gráfico a parábola na figura


seguinte.

Observa-se que h tem valor máximo absoluto igual a h(1) = 1 em seu


domínio;

A função teve seu gráfico dado no tópico 2 da aula 02,


onde se observa que p tem valor mínimo absoluto igual a
e valor máximo absoluto igual a no seu
domínio para todo inteiro

TEOREMA 2 (TEOREMA DE WEIRSTRASS)


Se f é uma função contínua num intervalo fechado , então f tem valores
mínimo e máximo absolutos em .

85
Os valores extremos absolutos de uma função contínua f em , podem ser
os valores da função nos extremos do intervalo ou os valores extremos locais
da função assumidos em algum número do intervalo aberto . Assim,
tomando como base os resultados já discutidos, tem-se o seguinte
procedimento para encontrar os valores extremos absolutos de f em :
ENCONTRAR OS VALORES E E DETERMINAR OS VALORES DA
FUNÇÃO NOS VALORES CRÍTICOS DE F EM [A, B] ENTÃO O MENOR
DESSES VALORES É O MÍNIMO ABSOLUTO E O MAIOR É O MÁXIMO
ABSOLUTO.

EXEMPLO RESOLVIDO 2

Determinar os valores extremos absolutos de no

intervalo

SOLUÇÃO DO EXEMPLO RESOLVIDO 2

Tem-se e Como

obtém-se que para

Por outro lado, sendo

tem-se que ou seja, não existe. Os respectivos


números 0 e 1 onde e não existe, pertencem ao intervalo
, logo estes são os valores críticos de f em . Os valores de f
nos seus números críticos são e Portanto, comparando
as imagens de f nos extremos do intervalo e nos valores críticos,
concluí-se que os valores mínimo e máximo absolutos de f em são
e respectivamente.

EXEMPLO PROPOSTO 2

Mostrar que os valores extremos absolutos de em ,

são atingidos nos extremos do intervalo.

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Vá para a seção Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe o arquivo
EXERCITANDO(AULA06_TOP1).DOC ou Clique aqui para abrir (Visite a
aula online para realizar download deste arquivo.) o exercitando. Resolva
a quantidade máxima de exercícios que puder, individualmente ou em
grupo. Os exercícios 7 e 21 do exercitando são as respectivas QUESTÕES 1
E 2 do trabalho desta aula a ser postado no PORTFÓLIO INDIVIDUAL do
ambiente Solar. As questões 3 até 5 do trabalho desta aula, serão indicadas
no tópico seguinte. É exigido que o trabalho desta aula seja postado no
PORTFÓLIO, no período indicado na AGENDA do ambiente SOLAR, num
único documento de texto (doc ou docx) ou manuscrito e escaneado.

86
Responsável:Prof. José Othon Dantas Lopes
Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual

87
MATEMÁTICA I
AULA 06: VALORES EXTREMOS E TEOREMA DO VALOR MÉDIO

TÓPICO 02: TEOREMA DO VALOR MÉDIO

Neste tópico inicialmente será visto o importante resultado conhecido como


o “teorema do valor médio de Lagrange”, trata-se de um resultado teórico de
extrema importância na demonstração de vários outros resultados que serão
tratados posteriormente. O tópico é finalizado com a generalização do
teorema do valor médio.
Joseph Louis Lagrange (1736-
1813), matemático italiano.

Antes de enunciar o teorema do valor médio de Lagrange, será demonstrado


um resultado básico conhecido como o teorema de Rolle.

TEOREMA 1 (DE ROLLE).

Seja f uma função contínua em [a, b] e derivável em (a, b). Se f(a)=f(b)=0


então existe pelo menos um valor c em (a, b) tal que f'(c)=0.

Michel Rolle (1652-1719),


DEMONSTRAÇÃO
matemático francês. O
teorema de Rolle foi • Se f é constante em [a, b] isto é, se para todo x em
publicado em 1691 num livro [a, b], então f'(x)=0 para todo x em [a, b], neste caso, c pode ser
sobre geometria e álgebra qualquer valor do intervalo (a, b).
intitulado “Méthode pour • Se f não é constante em [a, b] então existe x em (a, b) tal que
résoudre les égalitéz”. ou . Sendo f contínua em [a, b] pelo
teorema 2 do tópico 1 desta aula , f tem valores mínimo e máximo
absolutos em [a, b]. Se , então f tem o valor mínimo
absoluto em algum (a, b) esse valor será também mínimo local; se
, então f tem o valor máximo absoluto em algum
, logo esse valor será também máximo local.

TEOREMA (DE WEIRSTRASS) 2.

Se f é uma função contínua num intervalo fechado [a, b], então f


tem valores mínimo e máximo absolutos em [a,b].

• Como f é derivável no intervalo (a, b) e tem pelo menos um valor


extremo local em algum pelo teorema 1 do tópico 1 desta
aula, tem-se que f'(c)=0 O que concluí a demonstração.

TEOREMA 1.

Seja f uma função definida num intervalo aberto contendo m e


derivável em m. Se f tem um valor extremo local em m, então
f'(m)=0

TEOREMA 2 (DO VALOR MÉDIO DE LAGRANGE).


Seja f uma função contínua em [a,b] e derivável em (a, b), então existe pelo
menos um valor tal que:

88
DEMONSTRAÇÃO

• A demonstração é efetuada aplicando o teorema de Rolle a uma


função g em [a, b] onde g é definida como a seguir. Seja C a inclinação
da reta secante ao gráfico de f contendo P(a, f(a)), e Q(b, f(b)).

• Então e a equação da reta secante pode ser escrita na


forma .

Considere g a função que dá a distância vertical orientada do ponto (x,


f(x)) ao ponto (x, y) na reta secante, então
.

• A função g é contínua em [a, b] e derivável em (a, b), além disso,


logo, pelo teorema de Rolle, existe pelo menos um valor
tal que , daí C=f'(c), ou seja, .O
que conclui a demonstração.

GEOMETRICAMENTE, O TEOREMA 2 TEM A SEGUINTE INTERPRETAÇÃO

Se f é contínua em [a, b] e derivável em (a, b) então existe pelo menos


uma reta tangente ao gráfico de f que é paralela à reta secante ao
gráfico de f por P e Q; uma vez que f'(c) é a inclinação da reta tangente
ao gráfico de f no ponto (c, f(c)) e é a inclinação da reta secante
ao gráfico de f por P e Q, e além disso tais inclinações são iguais. A
diferenciabilidade de f em (a, b) é indispensável ao resultado
estabelecido pelo teorema do valor médio, ou seja, se f não é derivável
em (a, b) pode não existir onde ; por exemplo, se
, a=-1 e b=1, então , mas

para todo , isto é, não existe , tal que f'(c)


=0.

EXEMPLO RESOLVIDO.

Provar que existe um valor c que satis¬faz o teorema do valor médio, se


, a=1 e b=2. E encontrar o valor de c.

SOLUÇÃO

A função f é descontínua somente em x=0, logo contínua em [1, 2]


Como , f é derivável em (1, 2). Assim existe um valor c
satisfazendo o teorema. Tem-se e , logo , daí

c2=2, isto é,

89
Como apenas , tem-se que é o valor que satisfaz o teorema
do valor médio.

EXEMPLO PROPOSTO

Mostrar que existe um único valor c que satisfaz o teorema do valor médio,
se , a=-2 e b=-1 e que esse valor é

O resultado seguinte será útil posteriormente, ele estabelece que duas


funções com a mesma derivada num intervalo, diferem apenas de uma
constante.

COROLÁRIO. Sejam f e g funções deriváveis num intervalo I, tais que f'(x)


=g'(x) para todo então existe uma constante C tal que

f(x)=g(x)+C para todo .

DEMONSTRAÇÃO

• Sejam , x1 e x2 valores em I com . Aplicando o


teorema do valor médio de Lagrange para h no intervalo [x1, x2],
obtém-se para algum . Mas
pois para todo , logo .

• Isto mostra que para dois valores quaisquer em I, a função h tem a


mesma imagem, ou seja, h é constante em I; considerando essa
constante igual a C, tem-se h(x)=C para todo , daí para
todo . O que conclui a demonstração.

O teorema do VALOR MÉDIO DE LAGRANGE pode ser generalizado de


acordo com o teorema seguinte.

TEOREMA 3 (DO VALOR MÉDIO GENERALIZADO).

Seja uma função f em que suas n primeiras derivadas são contínuas em [a, b]
e que existe em (a, b). Considere ainda então existe pelo menos
um valor c em:

a) (a, xo) tal que

b) (xo, b) tal que

DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA 3

Observação: A demonstração da parte (a) será feita a seguir, a outra


parte tem prova análoga e está sugerida no exercício 19 do exercitando
deste tópico.

• Seja C o valor dado por:

90
• Considere h(x) a expressão do segundo membro da última equação
após a substituição de xo por x, então:

• Definindo a função g por para x em [a, xo] obtém-se:

A função g é contínua em [a, xo] e derivável em (a, xo) além disso,


; logo, pelo teorema de Rolle, existe pelo menos um valor
tal que g'(c)=0; mas:

que simplificando resulta em


portanto , ou seja,
. O que conclui a demonstração.

Para ver que o teorema 3 é a generalização do teorema do valor médio de


Lagrange, basta fazer n=0 (onde f(0)=f) com xo=b na parte (a) ou xo=a na
parte (b).

LEITURA COMPLEMENTAR
Para acessar o conteúdo, consulte a seção Material de Apoio do ambiente
SOLAR e baixe o arquivo TEOREMA DE TAYLOR ou clique aqui. (Visite a
aula online para realizar download deste arquivo.)

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Vá para a seção Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe o arquivo
EXERCITANDO(AULA06_TOP2).DOC ou Clique aqui para abrir (Visite a
aula online para realizar download deste arquivo.) o exercitando. Resolva
a quantidade máxima de exercícios que puder, individualmente ou em
grupo. Os exercícios 7, 12 e 14 do exercitando são as respectivas
QUESTÕES 3 ATÉ 5 do trabalho desta aula a ser postado no PORTFÓLIO
INDIVIDUAL do ambiente Solar. É exigido que o trabalho desta aula seja
postado no PORTFÓLIO, no período indicado na AGENDA do ambiente
SOLAR, num único documento de texto (doc ou docx) ou manuscrito e
escaneado.

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91
MATEMÁTICA I
AULA 07: TESTES PARA EXTREMOS LOCAIS, CONVEXIDADE, CONCAVIDADE E GRÁFICO

TÓPICO 01: TESTES PARA EXTREMOS LOCAIS

No tópico 1 da aula 06, foram introduzidos os conceitos dos valores


extremos locais de uma função, onde foi estabelecido que tais valores são
atingidos somente nos valores críticos da função; além disso, foi visto
(através de exemplos no tópico 1 da aula 06) que nem todo valor crítico dá
um valor extremo local. Em geral, usando a definição, não é fácil verificar
se uma função tem num valor crítico um valor extremo local. Este
parágrafo estabelece os testes, onde a derivada é aplicada, para determinar
se num valor crítico de uma função, essa função tem um valor extremo
local.

OLHANDO DE PERTO
Para saber mais sobre:

1."Conceitos dos valores extremos locais"Veja

2."Valores críticos" veja

Um valor m no domínio de uma função f, onde f '(m) se anula ou não


existe, chama-se um VALOR CRÍTICO DE F. Assim, dos comentários
já feitos, concluí-se: OS VALORES CRÍTICOS DE UMA FUNÇÃO, SÃO
OS POSSÍVEIS VALORES ONDE A FUNÇÃO PODE TER UM EXTREMO
LOCAL.

OBSERVAÇÃO
Sejam f uma função definida num intervalo I e valores quaisquer x1 e x2
em I com x1 < x2 , conforme foi definido no tópico 1 da aula 02, f é
crescente em I se f(x1) < f(x2) e decrescente em I se f(x1) > f(x2)

Como foi comentado e é evidente das definições, o fato de uma função f ser
decrescente ou crescente num intervalo I, faz com que o seu gráfico (relativo
a I) esteja decaindo ou se elevando (com relação ao eixo X), respectivamente,
à medida que x cresce em I, conforme se encontra ilustrado na figura
seguinte.

92
A figura ilustra o gráfico de uma função f com alguns intervalos onde f é
decrescente ou crescente.

A função f é decrescente nos intervalos [a,b] e [c,d] e crescente nos intervalos


[b,c] e[d,e]; o teorema do valor médio de Lagrange ( -- Seja f uma função
contínua em [a,b] e derivável em (a,b) então existe pelo menos um valor
<img src=imagens/01/ce.gif> tal que<br><img src=imagens/01/flinha.gif>)
(enunciado no tópico 2 da aula 06), permite mostrar que esse aspecto
ascendente ou descendente que pode ocorrer no gráfico de uma função, pode
ser previamente detectado a partir do sinal da derivada primeira da função,
de acordo com o teorema seguinte.

DICA
Para ver as definições de intervalos vá na seção Material de Apoio do
ambiente SOLAR e baixe o arquivo “Intervalos.doc” ou clique aqui (Visite
a aula online para realizar download deste arquivo.).

TEOREMA 1.

Se f uma função contínua num intervalo I (onde I é aberto, fechado ou semi-


fechado) e derivável no intervalo aberto correspondente (isto é, é o
intervalo aberto de mesmos extremos de I), então f é:

(a) Decrescente em I, se para todo x em ;

(b) Crescente em I, se para todo x em .

DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA 1

O teorema seguinte permite identificar, usando o sinal da derivada primeira


de uma função, quando a função tem um extremo local num valor, mesmo
que a função não seja derivável nesse valor.
93
TEOREMA 2. (TESTE DA DERIVADA PRIMEIRA PARA EXTREMOS
LOCAIS).

Seja f uma função contínua num intervalo (c,d). Se f é derivável em (c,d)


com provável exceção num valor , então f tem:

(a) Mínimo local em m, se f' é negativa em (c,m) e positiva em (m,d).

(b) Mínimo local em m, se f' é positiva em (c,m) e negativa em (m,d).

DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA 2

A demonstração da parte (a) do teorema será feita a seguir, a


demonstração da segunda parte é análoga e está sugerida no exercício
32 do exercitando deste tópico. Se f' é negativa em (c,m), pelo teorema
1, f é decrescente em (c,m], daí f(x)>f(m) para todo x em (c,m). Por
outro lado, se f' é positiva em (m,d), pelo teorema 1, f é crescente em
[m,d), assim f(m) < f(x) para todo x em (m,d). Portanto, f(m) < f(x)
para todo x em (c,d) com isto é, f tem mínimo local em m. O que
conclui a demonstração.

Sabe-se que os valores extremos locais de uma função num


intervalo aberto, ocorrem nos valores críticos da função, daí os
possíveis valores de m citados no teorema 2, são os valores onde a
derivada primeira da função se anula ou não existe. E mais, para
saber quando uma função f (que tem as hipóteses do teorema 2) tem um
valor extremo local num de seus valores críticos m, de acordo com o teorema
2, basta verificar se f' muda de sinal em torno de m.

EXEMPLO RESOLVIDO 1.

Sendo encontrar os:

(a) Intervalos de decrescimento e crescimento de f;

(b) Valores extremos locais de f.

SOLUÇÃO

(a) Do exemplo resolvido 1 do tópico 1 da aula 06 , tem-se

e os valores críticos de f são 0 e 8.

Encontrar os valores críticos da função

Solução. Tem-se

assim: f'(x)=0 se ou seja, f'(x)=0 se x = 8 e f'(x) não


existe se ,isto é, f'(x) não existe se x = 0. Como 0 e 8 estão
no domínio de f, estes são os valores críticos de f.

A reta seguinte representa geometricamente o domínio de f, que é o


conjunto dos números reais, e foi separada em segmentos nos pontos

94
correspondentes aos valores 0 e 8; estes segmentos representam os
intervalos acima de cada segmento
correspondente aos respectivos intervalos, estão indicados os sinais de
f'(x). Veja como tais sinais são determinados, de forma análoga com foi
visto na solução do exemplo resolvido 5(a) do tópico 2 da aula 03.

SOLUÇÃO DO EXEMPLO RESOLVIDO 5(A) DO TÓPICO 2 DA


AULA 3

SOLUÇÃO DO EXEMPLO RESOLVIDO 1(A) - (INTERVALOS DE DECRESCIMENTO


E CRESCIMENTO DE F)

Portanto, do teorema 1, obtém-se: sendo x < 0 então f'(x) > 0, logo f


é crescente em se 0 < x < 8 então f'(x) < 0 daí f é decrescente
em [0,8]; e sendo x > 8 então f'(x) > 0, assim f é crescente em

(b) Agora, usando o teorema 2, tem-se: como f' é positiva em e


negativa em (0,8), f tem valor máximo local igual a f(0)=0. sendo f'
negativa em (0,8) e positiva em f tem valor mínimo local igual a
f(8)=-4

EXEMPLO PROPOSTO 1.

Se , provar que f é decrescente em ,


crescente em [0,1], tem valor mínimo local igual a f(0)=0 e máximo local
igual a f(1)=1.

O teorema seguinte dá outro teste para identificar se uma função tem um


extremo local num valor, mas ele é menos geral que o teorema 2, pois só é
possível aplicá-lo quando a função tiver derivada e de ordens superiores à
primeira sob condições especiais no valor.

TEOREMA 3 (TESTE DA DERIVADA N-ÉSIMA PARA EXTREMOS LOCAIS).

Seja f uma função vezes derivável em algum intervalo aberto


contendo um valor m. Se existe e é
então:

(a) Quando n é par, f tem mínimo local em m se ou f tem


máximo local em m se

(b) Se n é ímpar, f não tem extremo local em m.

DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA 3

Como tem-se

Logo, se (pelo corolário 1 do teorema 5 do texto


complementar indicado no final do tópico 2 da aula 03), existe um

95
intervalo aberto (a,b) contendo m tal que para todo x em
(a,b) com Se , tem-se x - m < 0 , daí e da última
desigualdade, resulta que para todo . Se
tem-se x - m > 0, daí e da desigualdade, resulta que
para todo .

Por outro lado, devido o anulamento das derivadas de f em m até a


ordem menor que n - 1 a fórmula de Taylor para f em torno de m fica

para algum c entre x e m.

Suponha agora que n é par, então: se , tem-se


, pois a < x < m assim f(x)- f(m) > 0 (isto
é f(m) < f(x)), para todo , se obtém-se
e , pois m < x < b, daí f(x) - f(m) > 0 (ou seja, f(m) < f(x))
para todo Logo, existe o intervalo aberto (a,b) contendo m
tal que para todo ou seja, f tem mínimo local em
m.

A demonstração que f tem máximo local em m, quando n é par e


é feita similarmente e está proposta no exercício 33 do
exercitando deste tópico.

Para demonstrar a parte (b), seja n ímpar, então para


ou além disso se e
se Logo, f(x) < f(m) se e f(x) > f(m) se ou
seja, f(m) não é valor extremo local. O que conclui a demonstração.

É muito comum aplicações do caso particular do teorema 3 quando n=2,


devido a isso ele será enunciado a seguir como corolário.

COROLÁRIO (TESTE DA DERIVADA SEGUNDA PARA EXTREMOS LOCAIS).

Seja f uma função derivável em algum intervalo aberto contendo um valor m.


Se f'(m)=0 e f''(m) existe e é , então f tem:

(a) Mínimo local em m, se F''(M) > 0;

(b) Máximo local em m, se F''(M) < 0;

EXEMPLO RESOLVIDO 2.

Verificar se a função dada tem extremos locais:

SOLUÇÃO

a) Tem-se F'(X)=12X - 3X2 e F''(X)=12 - 6X assim F'(0)= F'(4)=0,


F''(0)=12 e F''(4)=-12. Sendo f derivável em qualquer intervalo
aberto contendo 0 e 4: como F'(0)=0 e F''(0)>0 , tem-se que f tem
mínimo local em 0; e como F'(4)=0 e F''(4) < 0, obtém-se que f tem
máximo local em 4. Sendo f derivável, 0 e 4 os únicos valores que

96
satisfazem o teorema 3 (ou o corolário), isto conclui que F(0)=0 e F
(4)=32 são os únicos valores extremos de f.

b) Como G(X)=X5 tem-se G'(X)=5X4 , G''(X)=20X3 , G(3)X=60X2, G


(4) (5)
X=120X e G X=120
assim

Como g é quatro vezes derivável em qualquer intervalo aberto


contendo 0 e n=5 é ímpar, f não tem extremo local em 0. Sendo g
derivável e zero é o único valor que satisfaz o teorema 3, g não tem
nenhum valor extremo local.

EXEMPLO PROPOSTO 2.

Se provar que -3 e 0 são os valores críticos de f, f(-3)= -10


é mínimo local e f(0)=17 não é valor extremo.

EXEMPLO RESOLVIDO 3.

Encontrar os valores extremos locais da função

SOLUÇÃO

Tem-se assim f'(x)=0 se


senx=-1 ou ou seja, em
para n=0,1,2..... Como f''(x)=-cosx - 2sen2x, obtém-se:
logo f tem valor máximo local igual a
, daí f tem valor mínimo local
igual a neste caso nada pode ser
concluído, mas daí , logo (como
a ordem da primeira derivada não nula é ímpar) f não tem valor
extremo local em

EXEMPLO PROPOSTO 3.

Provar que tem valores críticos iguais


a além disso,
é máximo local e é mínimo local.

O teorema 1 juntamente com o teorema 2 ou o teorema 3, às vezes permite


determinar quando um extremo local de uma função é um extremo absoluto
dessa função num intervalo. Mais precisamente, suponha que uma função f
tem um único extremo local num valor m pertencente a um intervalo I
(que é identificado pelo teorema 2 ou teorema 3), então se f é:

(a) Decrescente para todo e crescente para todo onde , f(m) é


valor mínimo absoluto de f em I;

(b) Crescente para todo e decrescente para todo onde , f(m) é


valor máximo absoluto de f em I.

EXEMPLO RESOLVIDO 4.

97
Sendo f(x)= (x-1)4 verificar se f tem valores extremos absolutos em .

SOLUÇÃO

Tem-se f'(x)=4(x-1)3, daí f'(x)=0 se x=1, como f é derivável em ,


este é o único valor crítico de f. Sendo f'(x) < 0 se x < 1 e f'(x) > 0 se
, f é decrescente em e crescente em [1,3], logo f tem
mínimo local igual a f(1)=0 que também é mínimo absoluto. Observe
que f(3)=16 não é máximo absoluto, pois f(x) > 16 se x < -3.

EXEMPLO PROPOSTO 4.

Mostrar que f(x)=(1-x)5 tem valor máximo absoluto igual a f(-1)


=32 em .

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Vá para seção Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe o arquivo
"EXERCITANDO(AULA07_TOP1).DOC" para resolver o exercitando ou
Clique aqui para abrir (Visite a aula online para realizar download deste
arquivo.) o exercitando. Resolva a quantidade máxima de exercícios que
puder, individualmente ou em grupo. Os exercícios 15 e 27 do exercitando
são respectivamente as QUESTÕES 1 E 2 do trabalho desta aula a ser
postado no PORTFÓLIO INDIVIDUAL do ambiente Solar. As questões 3
até 5 do trabalho desta aula, serão indicadas no tópico seguinte. É exigido
que o trabalho desta aula seja postado no PORTFÓLIO, no período
indicado na AGENDA do ambiente SOLAR, num único documento de texto
(doc ou docx) ou manuscrito e escaneado.

Responsável:Prof. José Othon Dantas Lopes


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98
MATEMÁTICA I
AULA 07: TESTES PARA EXTREMOS LOCAIS, CONVEXIDADE, CONCAVIDADE E GRÁFICO

TÓPICO 02: CONVEXIDADE, CONCAVIDADE E GRÁFICO

Este tópico tem o objetivo de mostrar como a derivada pode ser usada na
construção de gráficos de funções. Alguns requisitos necessários à
construção de gráficos, já foram apresentados em tópicos de aulas
anteriores; além desses requisitos, neste tópico serão introduzidos os
conceitos de convexidade, concavidade e ponto de inflexão que constituem
informações indispensáveis para traçar gráficos de funções.

Serão introduzidos também os conceitos de assíntotas vertical e


horizontal, que auxiliam a esboçar com mais precisão os gráficos de um
grupo amplo de funções. O tópico é finalizado com as construções dos
gráficos das funções seno e co-seno, que foram apresentados no tópico 2
da aula 02, sem nenhuma justificativa. O esboço de gráficos será
necessário a vários assuntos que serão tratados posteriormente, de
imediato podem ser citados os cálculos de área e volume a serem vistos no
próximo módulo.

Seja f uma função com derivada contínua num intervalo fechado [a,b] e
suponha que o gráfico de f seja a curva C da figura seguinte.

OBSERVAÇÃO
Quando o ponto P(x,y) se desloca sobre a curva C, a reta tangente a C em P
varia continuamente de posição, assim: a reta tangente está acima de
algum arco de C em torno de P, como nas partes do gráfico entre A e Q1
e entre Q2 e B; a reta tangente está abaixo de algum arco de C em torno de
P, como na parte do gráfico entre Q1 e Q2; e nos pontos de transição, onde
a reta tangente muda de cima para baixo (ou de baixo para cima) de C
localmente, ela secciona C, como nos pontos Q1 e Q2.

Sendo S à parte do gráfico de uma função f correspondente a um intervalo


aberto I, têm-se os seguintes conceitos: se para todo ponto P de S, a reta
tangente a S em P está abaixo de S, diz-se que o gráfico de f é CONVEXO
em I (ou ainda, que a função f é convexa em I); se para todo ponto P de
S, a reta tangente a S em P está acima de S, diz-se que o gráfico de f é
CÔNCAVO em I (ou que a função f é côncava em I); e o ponto do gráfico
onde ele muda de convexo para côncavo ou vice-versa, chama-se um PONTO
DE INFLEXÃO. Uma função f é dita CONVEXA ou CÔNCAVA, quando o
gráfico de f é convexo ou côncavo no seu domínio, respectivamente.
99
O teorema seguinte mostra que as partes convexas e côncavas do gráfico de
uma função, podem ser previamente identificadas a partir do sinal da
derivada segunda da função.

TEOREMA 1. Seja f uma função tal que f" existe num intervalo aberto I, então
o gráfico de f é:

(a) Convexo em I, se para todo

(b) Côncavo em I, se para todo

DEMONSTRAÇÃO

• Seja S a parte do gráfico de f correspondente ao intervalo I.


Considere e a reta tangente a S no ponto Considere
ainda, um ponto de S com e o ponto
correspondente da reta tangente. Então, para concluir a
demonstração, basta provar que Q está abaixo de P, ou seja, a
diferença é maior que zero.

• A fórmula de Taylor para f em torno de xo com n = 1 - (Clique aqui


para abrir) (dada no tópico 2 da aula 06) é

onde c está entre x0 e x, e é a equação da

reta tangente ao gráfico de f em .Assim, fazendo x=1 tem-

se por outro lado, como p1(u)=yu , obtém

-se

• Sendo f"(c)>0 pois (por hipótese) f"(x)>0 para todo x em I, tem-se


O que conclui a demonstração da parte (a) do
teorema.

A demonstração da parte (b) do teorema é análoga a da parte (a) e está


proposta no exercício 54 do exercitando deste tópico.

Uma recíproca parcial do teorema 1 também é verdadeira, conforme o


exercício 55 do exercitando deste tópico. São comuns as definições de
convexidade e concavidade num ponto (invés de num intervalo) de

100
acordo com o teorema 1, isto é, diz-se que o gráfico de f é convexo no
ponto (a,f(a) se f"(a)> 0 e côncavo no ponto (a,f(a)) se f"(a)< 0.

O teorema seguinte estabelece como determinar os possíveis valores de c,


onde uma função f tal que f" é contínua em c, tem um ponto de inflexão.

TEOREMA 2.

Seja f uma função tal que f" existe num intervalo aberto contendo c e é
contínua em c. Se (c,f(c)) é um ponto de inflexão do gráfico de f, então

DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA 2

lario1.html?
keepThis=true&TB_iframe=true&height=260&width=470"
class="thickbox">(veja corolário 1 do teorema 5 do texto
complementar indicado no final do tópico 2 da aula 03) ou clique aqui
par abrir existe um intervalo aberto I contendo c tal que para
todo ou para todo , conforme ou ,
respectivamente. Logo, pelo teorema 1, em I o gráfico de f é somente
côncavo ou apenas convexo, assim (c,f(c)) não pode ser ponto de
inflexão. Isto mostra que com as hipóteses do teorema, (c,f(c)) só pode
ser ponto de inflexão se

OBSERVAÇÕES

a) A recíproca do teorema 2, em geral, não é verdadeira, por exemplo:


se então portanto ex=1
mas (1,0) não é ponto de inflexão do gráfico de f, pois (1,0) não separa
partes convexa e côncava do gráfico de f.

b) O gráfico de uma função pode ter um ponto de inflexão num valor


onde a derivada segunda da função não existe, por exemplo: se
assim g"(x) não existe se x = 0 ; além
disso, o gráfico de g é convexo em e côncavo em pois
para x < 0 para x > 0, portanto (0,0) é ponto de
inflexão do gráfico de g.

c) Assim, pode-se concluir do teorema 2 e do comentário anterior: os


possíveis valores de c tais que (c,f(c)) é ponto de inflexão do gráfico de
uma função f, são os valores onde f"(c) é igual à zero ou não existe;
além disso estes são os valores que determinam os intervalos onde o
gráfico de f pode ser convexo ou côncavo.

OBSERVAÇÃO
As derivadas de uma função dão várias informações a respeito do gráfico
da função, tais como: os intervalos de crescimento e decrescimento,
localização dos pontos extremos, os intervalos em que o gráfico é convexo

101
ou côncavo e os pontos de inflexão. O exemplo seguinte ilustra como
esboçar o gráfico de uma função a partir de tais informações, onde o item
(a) justifica o modelo da parábola cúbica (vá na a seção MATERIAL DE
APOIO do ambiente SOLAR e baixe o arquivo (ou clique aqui para abrir)
(Visite a aula online para realizar download deste arquivo.)quando a > 0 ;
se a < 0 a justificativa do modelo está sugerida no exemplo proposto 1(a) a
seguir.

EXEMPLO RESOLVIDO 1.

Fazer o gráfico da função dada:

SOLUÇÃO DO EXEMPLO RESOLVIDO 1.

Tem-se logo f'(x) = 0 se x = b. Sendo


obtém-se se x = b. A reta indicada na figura e
representando o domínio de f (que é o conjunto dos números reais),
foi dividida considerando o valor b, nas partes resultantes da divisão
que representam os intervalos e acima aparecem os
sinais da derivada primeira e abaixo os sinais da derivada segunda de
f.

Assim, concluí-se:

(1) f é crescente no seu domínio;

(2) O gráfico de f é convexo em e côncavo em ,ou seja,


(b,c) é ponto de inflexão do gráfico de f;

(3) O gráfico é simétrico em relação à (b,c) conforme exercício 29 do


exercitando do tópico 2 da aula 02.

Com base em tais informações, obtém-se a justificativa do gráfico de f


conforme o modelo estabelecido.

• Tem-se logo se x = -1 e x = 1.
Como obtém-se se x = o. A reta seguinte,
representando o domínio de g, foi dividida considerando os valores -1,
0 e 1, nas partes resultantes da divisão, acima aparecem os sinais da
derivada primeira e abaixo os sinais da derivada segunda de g.

102
Assim concluí-se;

(1) A função g é crescente nos intervalos e e


decrescente em (-1,1). Logo g(-1)=4 é máximo local g(1)=0 é mínimo
local ;

(2) O gráfico de g é côncavo em e convexo em Assim


(0,2) é ponto de inflexão do gráfico de g.

Com base nestas conclusões, faz-se o gráfico de g, que está na figura a


seguir.

• Sendo tem-se

• logo = 0 se x+2 = 0, isto é, se x=-2 e não existe se

ou seja, se x = o. Como

obtém-se =0 se x = 1 e não existe se x = 0.

• A reta seguinte, representando do domínio de h, foi dividida pelos


valores -2, 0 e 1 , nas partes resultantes da divisão estão indicados os
sinais das derivadas primeira e segunda de h.

Assim, têm-se as seguintes informações:

103
(1) h é crescente nos intervalos e decrescente em
(-2,0). Logo é máximo local h(0) = 0 é mínimo local;

(2) O gráfico de h é côncavo em e (0,1) é convexo em


Dái apenas (1,6) é ponto de inflexão do gráfico de h.

Considerando as informações, faz-se o gráfico de h, que está na figura


à seguir.

EXEMPLO PROPOSTO 1

Verificar que os gráficos das funções indicadas são como nas respectivas
figuras:

A interpretação geométrica de certos limites de algumas funções, pode ser


útil para ajudar a traçar os gráficos de tais funções. Antes é necessário
introduzir alguns conceitos.

ASSÍNTOTA VERTICAL

A reta x = c é uma ASSÍNTOTA VERTICAL do gráfico de uma função f,


se pelo menos uma das seguintes condições se verifica:

As figuras a seguir ilustram a forma do gráfico de uma função f, para x

próximo de c, na primeira na

seunda se e

104
ASSÍNTOTA HORIZONTAL

A reta y = L é uma ASSÍNTOTA HORIZONTAL do gráfico de uma


função f, se pelo menos uma das seguintes condições se verifica:

As figuras a seguir ilustram a forma do gráfico de uma função f,


relativamente à reta y = L, a primeira se e na segunda

se a primeira situação, refere-se quando

através de valores menores do que L e a segunda é quando


através de valores maiores que L.

O gráfico de uma função pode ter uma assíntota não necessariamente


vertical ou horizontal, conforme está definida no enunciado dos exercícios 50
e 51 do exercitando deste tópico.

EXEMPLO RESOLVIDO 2

Fazer o gráfico da função dada:

SOLUÇÃO

• Tem-se assim f'(x) não existe para x = 0. Como

obtém - se que f"(x) não existe para x = 0. A reta seguinte

foi dividida considerando o valor 0, nas partes resultantes da divisão,

105
acima aparece o sinal da derivada primeira e abaixo os sinais da
derivada segunda de f.

Assim conclui-se

(1) f é decrescente no seu domínio;

(2) O gráfico de f é côncavo em e convexo em O gráfico


de f não tem ponto de inflexão em zero, pois f não está definida nesse
valor;

(3) A reta x = 0 é assíntota vertical do gráfico de f, pois (por exemplo)


a reta y = 0 é assíntota horizontal do gráfico de f, pois
(por exemplo)

(4) Como para todo o gráfico de f é simétrico em


relação à origem.

Com base em tais informações, obtém-se a justificativa do gráfico de f


que foi usado nos exercícios 5 a 10 do exercitando do tópico 1 da aula
02. Observe que devido à simetria do gráfico em relação à origem,
bastaria analisar a função para x > 0.

Sendo obtém-se

logo, g'(x) = 0 para x = 0 e g' (x) não existe para .Como

tem - se que para todo x e g"(x) não existe para


Observe que g não está definida para A reta seguinte foi
dividida pelos valores -2, 0 e 2,nas partes resultantes da divisão estão
indicados os sinais das derivadas primeira e segunda de g.

Logo, têm-se as seguintes informações:

106
(1) g é crescente em e (-2,0) e decrescente em (0,2) e

Assim é máximo local;

(2) O gráfico de g é côncavo em (-2,2) e convexo em e


O gráfico não tem ponto de inflexão em -2 e 2, pois g não está
definida nestes valores;

(3) O gráfico de g não intercepta o eixo X, pois para todo x.


As retas x = -2 e x = 2 são assíntotas verticais do gráfico, pois (por
exemplo) e ; y = 0 é assíntota horizontal do

gráfico, pois Acha-se ainda

(4) Sendo para todo x no domínio de f, o gráfico é


simétrico em relação ao eixo Y.

Considerando as informações obtidas, faz-se o gráfico de g, que está na


figura a seguir.

Observe que devido à simetria do gráfico g em relação ao eixo Y,


bastaria analisar a função para

Sendo tem-se

logo para x = -1 e h'(x) não existe para x = 1. Como

107
obtém-se =0 se x = -2 e h"(x) não existe se x = 1. Observe que h
não está definida para x = 1. A reta seguinte foi dividida pelos valores -
2, -1 e 1, nas partes resultantes da divisão estão indicados os sinais das
derivadas primeira e segunda de h.

Assim, têm-se as seguintes informações:

(1) h é crescente em (-1,1) e decrescente em e Logo,


é mínimo local;

(2) O gráfico de h é côncavo em e convexo em (-2,1) e

Daí é ponto de inflexão do gráfico de h;

(3) O gráfico intercepta o eixo X na origem pois h(0) = 0, a reta x = 1 é


assíntota vertical do gráfico pois e y = 0 é assíntota

horizontal do gráfico pois Tem-se ainda

Considerando estas informações, faz-se o gráfico de h, que está na


figura a seguir.

EXEMPLO PROPOSTO 2

Se verificar que o gráfico de f está na figura a seguir.

EXEMPLO RESOLVIDO 3

108
Fazer os gráficos das seguintes funções:

a)
b)

c) se

Solução.

O domínio da função seno é o conjunto dos números reais, pois todo


número real x é possível na equação Como o seno tem
período igual a (isto é, para todo x), cada
intervalo de comprimento igual a antes de 0 e a partir de , dá a
mesma parte do gráfico que for obtida com assim, para
obter o gráfico da função seno, basta ter a parte do gráfico
correspondente a e o restante é encontrado através da
periodicidade.

Considerando tem-se se e

se x = 0, O segmento de 0 a

em seguida, foi dividido considerando os valores que anulam as


derivadas primeira e segunda do seno e nas partes resultantes da
divisão estão indicados os sinais de tais derivadas.

Assim conclui-se

(1) O seno é crescente nos intervalos e , e decrescente em


;

(2) O gráfico do seno é côncavo em

Considerando as informações obtidas, tem-se a justificativa do gráfico


da função seno - (Clique aqui para abrir) , conforme foi apresentado
no tópico 2 da aula 02.

Seja x uma variável real, onde x representa a medida em radianos


de um arco da circunferênciada unitário de centro na origem a
partir do ponto (1,0) então as funções seno e co-seno são
definidas, respectivamente, pelas equações y=sen x e y=cos x. Os
gráficos destas funções, estão nas figuras a seguir com os
respectivos domínios e imagens. No tópico 1 da aula 09 (exemplo
resolvido 3) os gráficos serão justificados.

109
B

A função co-seno tem o mesmo domínio e período de função seno,


assim para obter o gráfico da função co-seno, basta ter a parte do
gráfico correspondente a o restante é encontrado através
da periodicidade. Considerando tem-se
se x = 0, x = ex= ,e se
O segmento de 0 a a seguir, foi dividido considerando os
valores que anulam as derivadas primeira e segunda da função co-seno
e nas partes resultantes da divisão estão indicados os sinais de tais
derivadas.

Assim conclui-se

(1) O co-seno é decrescente no intervalo

(2) O gráfico do co-seno é côncavo em e , e convexo em


.

Considerando as informações obtidas, tem-se o gráfico da função co-


seno , conforme foi apresentado no tópico 2 da aula 02.

Seja x uma variável real, onde x representa a medida em radianos


de um arco da circunferênciada unitário de centro na origem a
partir do ponto (1,0) então as funções SENO e CO-SENO são
definidas, respectivamente, pelas equações y=sen x e y=cos x. Os
gráficos destas funções, estão nas figuras a seguir com os
respectivos domínios e imagens. No tópico 1 da aula 09 (exemplo
resolvido 3) os gráficos serão justificados.

110
C

Sendo assim o gráfico de h é


simétrico em relação à origem, logo basta analisar a função h em
a simetria pode ser usada. Como , tem
-se em para x = 0 e . Sendo , obtém-se
em para . O segmento de 0 a a
seguir, foi dividido por e nas partes resultantes da divisão estão
indicados os sinais das derivadas primeira e segunda de h.

Assim, têm-se as seguintes informações:

(1) h é crescente em

(2) O gráfico é convexo em é


ponto de inflexão do gráfico.

Considerando tais informações e usando a simetria do gráfico em


relação à origem, faz o gráfico de h, que está na figura a seguir.

EXEMPLO PROPOSTO 3.

Sendo e verificar que o gráfico de f está na figura a


seguir.

111
LEITURA COMPLEMENTAR
Para acessar o conteúdo, consulte a seção Material de Apoio do ambiente
SOLAR e baixe o arquivo PROBLEMAS DE OTIMIZAÇÃO ou clique aqui
para abrir (Visite a aula online para realizar download deste arquivo.).

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Vá na seção Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe o arquivo
"EXERCITANDO(AULA07_TOP2).DOC" para resolver o exercitando ou
(Clique aqui para abrir) (Visite a aula online para realizar download deste
arquivo.) e resolva a quantidade máxima de exercícios que puder,
individualmente ou em grupo. Os exercícios 2, 7 e 42 do exercitando são as
respectivas QUESTÕES 3 ATÉ 5 do trabalho desta aula a ser postado no
PORTFÓLIO INDIVIDUAL do ambiente Solar. É exigido que o trabalho
desta aula seja postado no PORTFÓLIO, no período indicado na AGENDA
do ambiente SOLAR, num único documento de texto (doc ou docx) ou
manuscrito e escaneado.

Responsável:Prof. José Othon Dantas Lopes


Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual

112
MATEMÁTICA I
AULA 08: REGRAS DE L’HOSPITAL

TÓPICO 01: REGRAS DE L’HOSPITAL

No tópico 2 da aula 03 foram vistos limites de algumas funções que têm a


forma indeterminada 0/0, este parágrafo tem o objetivo aplicar a derivada
no cálculo de limites que apresentam não só essa forma indeterminada
como outros tipos de indeterminações, tais indeterminações serão
definidas a seguir; os métodos que permitem remover as indeterminações
são decorrentes dos resultados conhecidos como “as regras de L’Hospital
((G. F. A. de L’Hospital (1661-1704), matemático francês).) ”. De imediato,
essas regras serão também usadas para acrescentar informações a respeito
dos gráficos de algumas funções que aparecem na aula 10; outras
aplicações aparecem nos módulos que dão continuidade a este.

Vale lembrar que o tem a forma indeterminada se


onde c pode ser substituído por

(conforme foi visto no tópico 2 da aula 03), como nos exemplos: e

A relação das formas indeterminadas é dada a seguir:

EXEMPLO

Observação: Nas funções dos exemplos (d) a (f), foi usada a definição de
potência com expoente real em geral, como tal potência ainda não foi
definida, o estudante tem todo direito de não aceitar tais exemplos. A
definição de potência com expoente real em geral, será feita no tópico 2 da
aula 10 e tais funções serão estudadas no tópico 3 da aula 10.

Antes de enunciar a “primeira regra de L`Hospital”, será demonstrado um


resultado básico, conhecido como o “teorema do valor médio de Cauchy”,
este é uma extensão do teorema do valor médio de Lagrange ( -- Seja f uma
função contínua em <strong>[a, b]</strong> e derivável em <strong>(a, b)
</strong> então existe pelo menos um valor <img
src=imagens/01/limite8.gif> tal que <img src=imagens/01/limite9.gif>.)
(enunciado no tópico 2 da aula 06).
Fonte
(HTTP://DMA.ING.UNIROMA1.IT/USERS TEOREMA (DO VALOR MÉDIO DE CAUCHY) 1.
/SCICOSTR_C1/AUGUSTIN_LOUIS_CAU Sejam f e g funções contínuas em [A, B] deriváveis em (A, B). Se
CHY.JPG)
para todo , então existe tal que .

DEMONSTRAÇÃO

113
Inicialmente, observe que , pois se G(A)=G(B), pelo teorema
do valor médio de Lagrange, existe c em (A, B) tal que

, isto contradiz que para todo .

Considere a função h definida por

então h é contínua em [A, B]. Como ,hé


derivável em (A, B). Além disso H(A)=H(B)=0. Logo, h tem as
hipóteses do teorema de Rolle (enunciado no tópico 2 da aula 06),
assim existe tal que h'(u)=0 ou seja,
, ou ainda, pois
por hipótese. O que conclui a demonstração.

Seja f uma função contínua em [A,B] e derivável em (A, B) Se F


(A)=F(B)=0, então existe pelo menos um valor c em (A, B) tal
que F'(C)=0.

Para verificar que o teorema do valor médio de Cauchy é uma extensão do


teorema do valor médio de Lagrange, basta considerar g definida por G(X)
=X. Geometricamente, o teorema do valor médio de Cauchy tem a mesma
interpretação do teorema do valor médio de Lagrange, para justificar isto:
considere as equações paramétricas de uma curva , dadas por X=G(U) e
Y=F(U) com (conforme foi definido no tópico 1 da aula 05), então a
inclinação de uma reta tangente à curva é e a inclinação da reta
secante à curva que contém os pontos e é dada por
; assim, o teorema do valor médio de Cauchy afirma que as
inclinações são iguais para algum valor de , ou seja, existe uma reta
tangente à curva que é paralela a reta secante à curva contendo A e B.

Se P(X, Y) é um ponto qualquer de uma curva, é muito comum x e y


serem funções de uma terceira variável. Neste caso, chamando de u essa
variável, tem-se X=F(U) E Y=G(U). Estas equações são chamadas de
EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS da curva e a variável u é dita o
PARÂMETRO DA CURVA. Um exemplo deste fato ocorre se a curva é a
trajetória do deslocamento de uma partícula, que se movimenta em
função do tempo t; neste caso o ponto P(X, Y) dá a posição da partícula
no tempo t e a variável t é o parâmetro.

TEOREMA (PRIMEIRA REGRA DE L’HOSPITAL) 2.

Sejam f e g funções deriváveis num intervalo aberto I, exceto provavelmente


num valor c em I. Suponha que para todo em I, tem a
forma indeterminada e , onde L pode ser
finito, , pode ser substituído por ou e
nestes casos .

DEMONSTRAÇÃO

114
EXEMPLO RESOLVIDO 1.

Calcular

SOLUÇÃO

O limite dado tem a forma indeterminada pois

e .

Como a regra de L’Hospital pode ser aplicada, tem-se:

EXEMPLO PROPOSTO 1.

Provar que

Às vezes é necessário aplicar a regra de L’Hospital no mesmo limite mais de


uma vez, isto acontece se o limite do quociente das derivadas das funções f e
g ainda tiverem a indeterminação da forma . No exemplo seguinte, a regra
será aplicada três e duas vezes nos itens (a) e (b), respectivamente.

EXEMPLO RESOLVIDO 2.

Calcular os limites indicados:

SOLUÇÃO

115
EXEMPLO PROPOSTO 2.

Mostrar que .

A regra de L’Hospital também pode ser aplicada, se nos limites for


substituído por ou de acordo com o corolário a seguir.

COROLÁRIO. Valendo as condições do teorema 2, onde o intervalo I é


ilimitado inferiormente ou superiormente, então suas conclusões valem se
for substituído por ou respectivamente.

DEMONSTRAÇÃO

Seja então é equivalente a assim

; mas (pela regra da cadeia enunciada no tópico 1

da aula 05) e logo (pela regra de


L’Hospital).

Analogamente, mostra-se que .

Um procedimento análogo à primeira regra de L’Hospital, pode ser aplicado


nos limites que têm as indeterminações das formas de acordo com o
teorema seguinte.

TEOREMA (SEGUNDA REGRA DE L’HOSPITAL) 3.

116
Se valerem as condições do teorema 2 ou do seu corolário e tem a
forma indeterminada , então valem as conclusões do teorema 2 ou do seu
corolário.

DEMONSTRAÇÃO

A demonstração quando tem a forma e é finito


é feita a seguir, os outros casos têm demonstrações análogas. Sendo
, pelo resultado (i) do tópico 2 da aula 03 , existem
e tais que:

O teorema a seguir permite encontrar a derivada da composta de


duas funções a partir das derivadas das funções, isto é, sem
efetuar a composição; a fórmula estabelecida pelo teorema é
conhecida como a “regra da cadeia”.

TEOREMA 3. Sejam f e g funções deriváveis e definidas por y=f


(u) e u=g(x) então fog é derivável, além disso (FOG)'(X)=F'(G
(X))G'(X) OU DXY=DUYDXU.

Além disso (pela definição de limite usando épsilon e delta (<img


src=imagens/01/mouse_over_teo3.gif>) dada no texto complementar
indicado no final do tópico 2 da aula 03), dado existe tal
que . Assim, para tem-

se e . Considere x e a em

com a < x pelo teorema do valor médio de Cauchy (<img


src=imagens/01/teorema_cauchy.gif>) (enunciado no início deste
tópico), tal que:

117
Considerando agora x e a em com x > a analogamente se
conclui que . Portanto, pelo critério de existência do limite
bilateral estabelecido no tópico 1 da aula 03, demonstrou-se que
. O que conclui a demonstração do teorema.

O existe e é igual a L se, e somente se, os e


existem e são iguais a L.

EXEMPLO RESOLVIDO 3.

Calcular

SOLUÇÃO

EXEMPLO PROPOSTO 3.

Provar que

As formas indeterminadas dos tipos devem ser


modificadas para uma das formas ou a fim de que uma das regras de
L’Hospital sejam aplicadas. O exemplo seguinte ilustra o procedimento.

EXEMPLO RESOLVIDO 4.

Calcular

SOLUÇÃO

118
EXEMPLO PROPOSTO 4.

Mostrar que

As remoções das indeterminações das formas são


efetuadas usando logaritmo e serão tratadas posteriormente no tópico 1 da
aula 10.

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Vá para a seção Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe o arquivo
EXERCITANDO/AULA 08-TOPUNICO.DOC ou (Clique aqui para abrir)
(Visite a aula online para realizar download deste arquivo.) e resolva a
quantidade máxima de exercícios que puder, individualmente ou em
grupo. Os exercícios 4, 16, 21, 23 e 26 do exercitando, serão as respectivas
questões 1 até 5 do trabalho desta aula a ser postado no PORTFÓLIO
INDIVIDUAL do ambiente Solar. É exigido que o trabalho desta aula seja
postado no PORTFÓLIO, no período indicado na AGENDA do ambiente
SOLAR, num único documento de texto (doc ou docx) ou manuscrito e
escaneado.

Responsável:Prof. José Othon Dantas Lopes


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119
MATEMÁTICA I
AULA 09: FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS E TRIGONOMÉTRICAS INVERSAS

TÓPICO 01: FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

É importante lembrar a importância do texto “Ângulo, Medida de Ângulo e


Trigonometria (Visite a aula online para realizar download deste arquivo.)”
para entender as funções trigonométricas e suas aplicações, já
recomendado para leitura no tópico 2 da aula 02. As funções
trigonométricas seno e co-seno ( -- Seja x uma variável real, onde x
representa a medida em radianos de um arco da circunferênciada unitário
de centro na origem a partir do ponto (1, 0) então as funções seno e co-
seno são definidas, respectivamente, pelas equações y=senx e y=cosx. Os
gráficos de tais funções, com os respectivos domínios e imagens, estão a
seguir, mas foram pela primeira vez apresentados no final do tópico 2 da
aula 02 e justificados no exemplo resolvido 3 do tópico 1 da aula 07.) já
foram definidas no tópico 2 da aula 02 e suas derivadas foram encontradas
no tópico 01 da aula 05. O objetivo deste parágrafo é introduzir o restante
das funções trigonométricas. Como já foi vista a construção de gráficos no
tópico 02 da aula 07, depois de obtidas as derivadas dessas funções, seus
gráficos poderão ser feitos com as devidas justificativas. Vale destacar a
lista de exercícios do exercitando no final deste tópico, que fazem uma
abordagem de temas já vistos com as novas funções, assim dão uma
oportunidade do estudante melhor assimilar o conhecimento de tópicos
anteriores. Além disso, as funções trigonométricas serão amplamente
usadas no restante deste módulo, outros subseqüentes do Cálculo e áreas
afins.

As funções trigonométricas: tangente, co-tangente, secante e co-secante são


definidas pelas equações: Y = TG X, Y = CTG X, Y = SEC X, Y = CSEC X, onde
x é a variável real que dá a medida em radianos de um arco da circunferência
unitária centrada na origem a partir do ponto (1 , 0).

No restante deste tópico, sempre que for usada a função u de variável


independente x, estará sendo suposto que u é derivável; além disso, a fim de
simplificar, será usada apenas u invés de u(x).

As derivadas das funções seno e co-seno são dadas, respectivamente, por

conforme foram demonstradas no tópico 1 da aula 05. Como as funções


tangente, co-tangente, secante e co-secante, dependem unicamente das
funções seno e co-seno, suas derivadas são obtidas através das derivadas do
seno e co-seno e das fórmulas de derivação (Visite a aula online para realizar
download deste arquivo.) encontradas no tópico 1 da aula 05; tais fórmulas
são:

(a) Dxtgu = sec2u Dxu.

120
DEMONSTRAÇÃO

(b) Dxctgu = -csec2u Dxu. (-- Tem demonstração análoga à demonstração da


derivada da função tangente)

(c) Dxsecu = secu tgu Dxu.

DEMONSTRAÇÃO

Tem-se

mas e logo Dxsecu = secu tgu Dxu.

(d) Dxcsecu = -csecu ctgu Dxu. (-- Tem demonstração análoga à


demonstração da derivada da função secante)

EXEMPLO RESOLVIDO 1:

Encontrar a derivada da função dada:

SOLUÇÃO

(b) Sendo g(x) = ctg2x + csecx2, tem-se

como

121
e (usando a fórmula para derivar a co-secante com u = x2 )

Dxcsecx2 = -csecx2ctgx2Dxx2 = -csecx2 ctg x22x = -2x csecx2 ctg x2,


logo (substituindo Dxctg2x = -2ctg x csec2x e Dxcsecx2 = -2x csecx2

ctgx2)

g'(x) = -2ctg x csec2x - 2x csecx2 ctg x2 = -2(ctg x csec2x + x csecx2 ctg x2).
(c) Sendo tem-se

como (usando a fórmula para derivar a secante com u = x)


Dxsecx = sec x tgx
e (usando as fórmulas para derivar a soma de funções, a co-tangente e
co-secante com u = x, respectivamente)

Dx(ctgx + secx) = Dxctgx + Dxcsecx) = - csec2x - csecx ctg x)


logo (substituindo Dxsecx = secx tgx e Dx(ctgx + csecx) = - csec2x -
csecx ctg x )

EXEMPLO PROPOSTO 1:

Se f(x) = tg2x + sec2x e provar que f'(x) = 4tgx sec2x e


g'(x) = (3sec3x - 2ctg2x)g(x).

EXEMPLO RESOLVIDO 2:

Achar Dxy se sen y cos y - tg x + x = 1.

SOLUÇÃO

Tem-se

122
além disso Dxtgx = sec2x, Dxx = 1 e Dx1 = 0; substituindo os resultados
encontrados, tem-se

logo

EXEMPLO PROPOSTO 2:

Se tg y sec y - ctg2x + csec2x = x, mostrar que

DICA
Leia o teorema 1 do tópico 1 da aula 07 ( -- <img
src=imagens/01/imagem04.gif>) , os teoremas do tópico 2 da aula 07 ( --
<img src=imagens/01/imagem05.gif>) e os conceitos de assíntotas
vertical e horizontal (Visite a aula online para realizar download deste
arquivo.), os teoremas e conceitos são indispensáveis para entender e
construir os gráficos a seguir.

Este tópico é concluído com a apresentação dos gráficos das funções


trigonométricas tangente, co-tangente, secante e co-secante.

GRÁFICOS DAS FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

Como y = tgx = , x está no domínio da função tangente se cosx 0,


ou seja, se (n = 0, 1, 2,...). Como a tangente tem período
igual a (isto é, para todo x no domínio da tangente),
cada intervalo de comprimento antes de - e a partir de (por
exemplo), dá a mesma parte do gráfico que for obtida com - < x < ;
assim para obter o gráfico da função tangente, basta ter a parte do
gráfico correspondente a (- , ) e o restante é encontrado através da
periodicidade. Considerando tem-se

123
e

O segmento na figura a seguir entre - e , foi dividido considerando


o valor que anula a derivada segunda da função tangente, no segmento
e nas partes resultantes da divisão estão indicados os sinais das
derivadas primeira e segunda. Os sinais são determinados,
substituindo valores para achar as derivadas primeira e segunda da
tangente, como já foi feito em situações análogas.

Assim, concluí-se:

(1) A função tangente é crescente em (- , ) ;

(2) O gráfico é côncavo em (- , 0) e convexo em (0 , ), logo (0 , 0) é


ponto de inflexão do gráfico;

(3) Como (pois e

se )e (pois

e se ), as retas x = - ex= são


assíntotas verticais do gráfico da função tangente.

Com as informações obtidas, faz-se o gráfico da função tangente, que


está na figura seguinte. Observe as assíntotas verticais que são as retas
na cor “laranja”.

De modo análogo, são obtidos os gráficos das outras funções


trigonométricas, que estão nas figuras a seguir com os respectivos
domínios e imagens. Observe nas figuras as assíntotas verticais que
são as retas na cor “laranja”, as retas horizontais na cor “preta” nas
duas últimas figuras não são assíntotas.

124
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Vá na seção Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe o arquivo
EXERCITANDO(AULA09_TOP1).DOC" para resolver o exercitando ou
(Clique aqui para abrir) (Visite a aula online para realizar download deste
arquivo.) e resolva a quantidade máxima de exercícios que puder,
individualmente ou em grupo. Os exercícios 4, 12 e 18 do exercitando são
as respectivas QUESTÕES 1 ATÉ 3 do trabalho desta aula a ser postado no
PORTFÓLIO INDIVIDUAL do ambiente Solar. As questões 4 e 5 do
trabalho, serão indicadas no tópico seguinte desta aula. É exigido que o
trabalho desta aula seja postado no PORTFÓLIO, no período indicado na
AGENDA do ambiente SOLAR, num único documento de texto (doc ou
docx) ou manuscrito e escaneado.

Responsável:Prof. José Othon Dantas Lopes


Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual

125
MATEMÁTICA I
AULA 09: FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS E TRIGONOMÉTRICAS INVERSAS

TÓPICO 02: FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS INVERSAS

Foi estabelecido no tópico 2 da aula 01 que se uma função é injetiva, então


ela possui inversa (Visite a aula online para realizar download deste
arquivo.). Em geral, as funções trigonométricas não são injetivas nos seus
domínios, devido as suas periodicidades, daí a impossibilidade de definir a
inversa de qualquer uma das funções trigonométricas considerando todo o
seu domínio. Logo, a fim de que seja possível definir a função que se
chama a inversa da função trigonométrica correspondente, é necessário
restringir o domínio da função trigonométrica a um intervalo onde a
função seja injetiva. Neste parágrafo serão escolhidas as restrições que
aparecem normalmente nos textos do Cálculo, serão estabelecidas as
fórmulas de derivação e para finalizar serão apresentados os gráficos das
inversas das funções trigonométricas. As funções trigonométricas inversas
têm várias aplicações, dentre as quais, no Cálculo são usadas na técnica de
integração chamada substituição trigonométrica, que será estudada no
próximo Módulo.

DICA
Leia o texto “trocando y por x” (Clique aqui para abrir (Visite a aula online
para realizar download deste arquivo.)) na equação y = f(x), isto é, fazer x
= f(y) para obter y = f-1(x).

A restrição da função seno ao intervalo é injetiva, pois ela é


crescente em assim a função seno restrita a possui inversa. A
inversa da função seno restrita a é chamada de INVERSA DO SENO (ou
função ARCO SENO) e é indicada pelo símbolo ARCSEN . Desta forma, tem-
se:

ou

SE, E SOMENTE SE, Y = ARCSEN X.

Observe que as posições de y e x foram invertidas em y = sen x, a fim de


obter a função arco seno em função de x; além disso, a restrição não alterou a
imagem da função. E assim, obtém-se: arcsen(seny) = y para e sen
(arcsenx) = x se -1 x 1. Além disso, o domínio da função arco seno é o
intervalo [-1 , 1] e a imagem é o intervalo conforme estão indicados
acima.

126
De modo análogo, são escolhidas restrições aos domínios do restante das
funções trigonométricas para definir as funções ARCO CO-SENO, ARCO
TANGENTE, ARCO CO-TANGENTE, ARCO SECANTE e ARCO CO-SECANTE,
como as inversas das restrições das funções co-seno, tangente, co-tangente,
secante e co-secante, respectivamente, que estão relacionadas a seguir com
as respectivas restrições dos domínios e as imagens:

se, e somente se, y = arccosx;

se, e somente se, y = arctgx;

se, e somente se, y = arcctgx;

se, e somente se, y = arcsecx;

se, e somente se, y= arccsecx.

Embora as restrições das funções trigonométricas tenham sido aos intervalos


que foram indicados, a fim de definir as suas inversas, poderão ser
escolhidos quaisquer outros intervalos onde cada uma das funções for
injetiva. Por exemplo, a função arco seno poderá ser definida por: x = seny
com se, e somente se, y = arcsenx.

As identidades seguintes, podem ser facilmente demonstradas:

Como ilustração, a primeira das identidades é demonstrada a seguir, as


provas das demais estão sugeridas no exercício 5 do exercitando desta aula.
Considere o triângulo retângulo da figura seguinte.

Sendo x = cos = sen , tem-se = arccos x e = arcsen x. Mas ,


logo substituindo e nesta última equação, a demonstração está
concluída.

As derivadas das funções trigonométricas inversas, são determinadas


passando para a função trigonométrica correspondente e usando derivação
implícita. No restante desta seção, sempre que for usada a função u de
variável independente x, estará sendo suposto que u é derivável, a fim de
simplificar, será escrito apenas u invés de . As fórmulas de derivação
estão a seguir:

(a)

DEMONSTRAÇÃO

127
Seja isto é, para . Assim

daí

mas e pois para ,


logo substituindo y e cos y, obtém-se

(b) (Tem demonstração análoga à demonstração da

derivada da função arco secante)

EXEMPLO RESOLVIDO 1:

Calcular a derivada da função

SOLUÇÃO

Tem-se

EXEMPLO PROPOSTO 1:

Se f(x) = arcsen2x + arccosx2, provar que

DEMONSTRAÇÃO

Seja y = arctg u, então u = tg y para . Assim

128
mas y = arctgu e sec2y = 1 + tg2y = 1 + u2, logo substituindo y e sec2y,
tem-se

(d) (Tem demonstração análoga à demonstração da


derivada da função arco tangente)

EXEMPLO RESOLVIDO 2:

Sendo determinar Dxy.

SOLUÇÃO

Tem-se

mas

EXEMPLO PROPOSTO 2:

Se mostrar que

(d)

DEMONSTRAÇÃO

Seja para então se ou logo

ou seja,

mas e além disso

portanto substituindo y e obtém-se

129
(e) (-- Tem demonstração análoga à

demonstração da derivada da função arco secante)

EXEMPLO RESOLVIDO 3:

Achar Dxy se y = arcsec(x arccsec x).

SOLUÇÃO

Tem-se

mas

logo (substituindo )

EXEMPLO PROPOSTO 3:

Se y = arcsec(x arcsec x), provar que

OS GRÁFICOS DAS FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS INVERSAS ESTÃO NAS


FIGURAS SEGUINTES

Os gráficos das funções trigonométricas inversas estão nas figuras


seguintes. As retas de cor “laranja” são assíntotas horizontais dos
gráficos.

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO

130
Vá na seção Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe o arquivo
EXERCITANDO(AULA09_TOP2).DOC" para resolver o exercitando ou
(clique aqui para abrir (Visite a aula online para realizar download deste
arquivo.)) e resolva a quantidade máxima de exercícios que puder,
individualmente ou em grupo. Os exercícios 4 e 22 do exercitando são as
respectivas QUESTÕES 4 E 5 do trabalho desta aula a ser postado no
PORTFÓLIO INDIVIDUAL do ambiente Solar. É exigido que o trabalho
desta aula seja postado no PORTFÓLIO, no período indicado na AGENDA
do ambiente SOLAR, num único documento de texto (doc ou docx) ou
manuscrito e escaneado.

Responsável:Prof. José Othon Dantas Lopes


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131
MATEMÁTICA I
AULA 10: FUNÇÕES LOGARÍTMICA NATURAL,EXPONENCIAL NA BASE NEPERIANA,
EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA MAIS GERAIS

TÓPICO 01: FUNÇÃO LOGARÍTMICA NATURAL

Neste tópico serão estudados novos exemplos de funções transcendentes,


trata-se das funções logarítmicas e exponenciais; inicialmente, aparece o
conceito de logaritmo natural, a partir daí haverá condições de definir a
função logarítmica natural, calcular sua derivada e fazer o seu gráfico.
Destaca-se como aplicação do logaritmo natural o cálculo de limites que
apresentam as indeterminações do tipo 00, e , tais limites não
foram estudados no tópico da aula 08. Posteriormente, será apresentada a
inversa da função logarítmica natural, chamada de função exponencial na
base neperiana; por último, as funções logarítmica natural e exponencial
na base neperiana serão estendidas às funções logarítmicas e exponenciais
mais gerais. É sugestivo que o estudante aproveite o máximo a lista de
exercícios, a fim de assimilar melhor o conhecimento de tópicos anteriores
e das novas funções. Vale também ressaltar que as funções logarítmicas e
exponenciais, aparecem de forma substancial no restante do Cálculo e
áreas afins.

Considere um sistema de coordenadas cartesianas ortogonais, com eixo


horizontal T e eixo vertical U; seja R a região limitada pelas retas t =1 e t = x
para x > 0, o eixo T e a hipérbole O gráfico da hipérbole foi
justificado no exemplo resolvido 2(a) do tópico 2 da aula 07. A figura (clique
aqui para abrir) ilustra a região R nos casos onde X < 1 ou X > 1.

Então, define-se o logaritmo natural de x (logaritmo natural de x -- Uma


introdução minuciosa da definição de logaritmo natural, encontra-se na

132
referência “Logaritmos – Lima, Elon Lages, Coleção Fundamentos de
Matemática Elementar, Sociedade Brasileira de Matemática, Rio de Janeiro,

1985”.) por onde A(R) indica a área de R.

A definição da área de uma região no plano, limitada por segmentos e parte


do gráfico de uma função contínua, tal como foi usada para definir logaritmo
natural, exige um tratamento especial, o que será feito no próximo Módulo.
Neste estágio, será necessário apenas aceitar que a região tem uma medida e
que essa medida é chamada de área de R. Apenas para servir de consolo,
observe que seria natural dizer que a área de R é um número que está entre
as áreas dos retângulos ABCD e ABEF indicados na figura a seguir, pois a
região está entre os retângulos; além disso, a área do trapézio - (Clique aqui
para abrir ) ABDE é uma boa aproximação para a área de R, pois as
figuras diferem apenas no segmento e arco da hipérbole

Da Geometria Plana, a área de um trapézio de bases b e B, e altura h, é


dada por . A figura a seguir ilustra dois trapézios.

FUNÇÃO LOGARÍTMICA NATURAL


A função logarítmica natural é indicada pelo símbolo e definida pela
equação y= x

É possível mostrar que

usando o mesmo princípio que foi utilizado no tópico 2 da aula 03 para


mostrar que

DEMONSTRAÇÃO

Inicialmente, suponha que h > 0, então (x +h) - x é a área da


região (indicada na figura seguinte) entre as retas t=x e t=x+h, acima
do eixo T e abaixo da hipérbole

133
Assim, comparando as áreas da região e dos retângulos ABCD e ABEF
(indicados na última figura), obtém-se:

ou
seja,

Como h > 0, multiplicando os membros desta última desigualdade por


1/h tem-se

mas logo do teorema 5 do tópico

2 da aula 03 , obtém-se

Sejam f, g e h funções definidas num intervalo aberto I contendo


c, exceto talvez em c, onde para todo x em I com
. Se então

Seja agora h < 0, então a área da região (indicada na figura seguinte)


entre as retas t= x+h e t=x acima do eixo T e abaixo da hipérbole
é dada por x- (x + h).

134
Assim, fazendo a comparação entre as áreas da região e dos retângulos
ABCD e ABEF (indicados na última figura), encontra-se

Como h < 0, multiplicando os membros desta última desigualdade por


-1/h, obtém-se

mas logo do teorema 5 do

tópico 2 da aula 03, obtém-se:

Sendo

isto mostra que para x > 0.

Se u é uma função derivável e pela regra da cadeia (dada no


teorema 3 do tópico 1 da aula 05), tem-se
isto é,

O teorema a seguir permite encontrar a derivada da composta de


duas funções a partir das derivadas das funções, isto é, sem
efetuar a composição; a fórmula estabelecida pelo teorema é
conhecida como a “REGRA DA CADEIA”.

TEOREMA 3. Sejam f e g funções deriváveis e definidas por Y=F


(U) e U= G(X) então FOG é derivável, além disso

Uma fórmula mais geral para a função logarítmica natural composta com
outra função é

Demonstração

Sendo u derivável e da última fórmula, tem-se

135
EXEMPLO RESOLVIDO 1:

Calcular

SOLUÇÃO

Tem-se

mas
logo

EXEMPLO PROPOSTO 1:

Se provar que

Se a e b são números reais positivos, o logaritmo natural tem as seguintes


propriedades:

DEMONSTRAÇÃO

As demonstrações das propriedades (1) a (3), podem ser feitas usando


o corolário do teorema 2 do tópico 2 da aula 06

Sejam f e g funções deriváveis num intervalo I, tais que f'(x)=


g'(x) para todo x I, então existe uma constante C tal que f(x)=g
(x) + C para todo x I.

A demonstração de (1) é feita a seguir, (2) e (3) têm demonstrações


análogas e estão sugeridas no exercício 41 do exercitando deste tópico.
Como

pelo corolário citado acima, lnax e lnx diferem de uma constante, isto
é,

mas se x=1 tem-se ou seja, pois portanto


e assim . Fazendo x=b na última
igualdade, a demonstração está concluída.

As propriedades do juntamente com a derivação logarítmica, poder ser


usadas para simplificar o cálculo de Dxy em equações envolvendo produtos
ou quocientes de vários termos. O exemplo seguinte dá uma ilustração.

136
EXEMPLO RESOLVIDO 2:

Calcular Dxy se

SOLUÇÃO

Tem-se

tomando o logaritmo natural dos membros desta última equação e


usando as propriedades do logaritmo, obtém-se

Derivando os dois membros desta última equação em relação a x e


usando a fórmula para tem-se

multiplicando os dois membros por y e substituindo por seu valor,


acha-se

EXEMPLO PROPOSTO 2:

Se mostrar que

Para obter o gráfico da função que está na figura seguinte, foram usadas
as seguintes informações .

01

O domínio da função é conjunto dos números reais positivos,


assim o gráfico está à direita do eixo Y. Além disso, como 1=0o
gráfico contém os pontos (1,0);

02

Sendo para todo x > 0, o gráfico é sempre crescente.

137
Sendo para todo x > 0, o gráfico é sempre côncavo.

Além disso, como a declividade da reta tangente ao


gráfico tende a zero quando isto é, o gráfico tende a uma posição
horizontal (ou seja, a variável y cresce menos rapidamente) à medida
que x cresce;

03

Como a função é derivável para todo x no seu domínio, ela é


contínua no seu domínio. Isto faz com que o gráfico seja uma curva
sem interrupção;

04

Sendo (isto é, a reta X=0 é assíntota vertical do


gráfico) e (ou seja, o gráfico não tem assíntota
horizontal), além disso a função é contínua, tem-se que a imagem
da função é o conjunto do números reais, isto é,
A prova de tais limites está sugerida no exercício 38 do exercitando
deste tópico.

05

Sendo a tem-se que logo pelo teorema do valor


intermediário - (Clique aqui para abrir) enunciado no tópico 3 da aula
03) existe um valor ( -- O número “e” é irracional e pode ser
considerado o terceiro número irracional mais famoso da História da
Matemática, atrás da A primeira demonstração que o número “e” é
irracional, foi obtida pelo matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783) em
1737. O uso da letra “e” foi idealizado por Euler e impresso pela primeira vez
em sua obra “Mechanica” de 1736, embora o seu conceito já fosse conhecido
a mais de um século. ) tal que além disso, o valor “e” é único pois a
função é crescente no seu domínio. Pode-se já neste estágio achar de
várias maneiras, uma aproximação para o valor de “e” , neste caso, uma
aproximação com cinco algarismos decimais é 2,71828 tal aproximação
pode ser calculada usando o exemplo resolvido 3(b) do tópico 3 desta aula ou
o exercício 40 do exercitando deste tópico. Nos tópicos seguintes aparecem
várias aplicações do número “e”.

Sejam f e g funções deriváveis num intervalo I, tais que f'(x)= g'(x) para
todo x I, então existe uma constante C tal que f(x)=g(x) + C para todo
x I.

138
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Vá na seção Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe o arquivo
EXERCITANDO(AULA10_TOP1).DOC" ou (Acesse (Visite a aula online
para realizar download deste arquivo.)) e resolva a quantidade máxima de
exercícios que puder, individualmente ou em grupo. Os exercícios 10, 28 e
34 do exercitando são as respectivas QUESTÕES 1 ATÉ 3 do trabalho desta
aula a ser postado no PORTFÓLIO INDIVIDUAL do ambiente Solar. As
questões 4 e 5 do trabalho, serão indicadas nos tópicos seguintes desta
aula. É exigido que o trabalho desta aula seja postado no PORTFÓLIO, no
período indicado na AGENDA do ambiente SOLAR, num único documento
de texto (doc ou docx) ou manuscrito e escaneado.

Responsável:Prof. José Othon Dantas Lopes


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139
MATEMÁTICA I
AULA 10: FUNÇÕES LOGARÍTMICA NATURAL,EXPONENCIAL NA BASE NEPERIANA,
EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA MAIS GERAIS

TÓPICO 02: FUNÇÃO EXPONENCIAL NA BASE NEPERIANA

A função logarítmica natural é injetiva, pois ela é crescente no seu domínio


(como pode ser observado no gráfico da função ℓn que foi justificado no
tópico 1 desta aula), logo tal função possui inversa. A inversa da função
logarítmica natural é chamada de FUNÇÃO EXPONENCIAL e é indicada pelo
símbolo EXP. Assim, tem-se

Observe que as posições de y e x foram invertidas em a fim de obter a


função exponencial em função de x. Portanto,
exp( y)=y para y > 0 e para todo x. Em particular, como 1=0
tem-se e como e=1, obtém-se .

Se a e b são números reais quaisquer, a função exponencial tem as seguintes


propriedades:

OBSERVAÇÃO
As demonstrações das propriedades (1) a (3), decorrem da definição da
função exponencial e das propriedades do logaritmo natural. A
demonstração de (1) será feita a seguir, (2) e (3) têm provas análogas e
estão sugeridas no exercício 40 do exercitando deste tópico.

DEMONSTRAÇÃO

Sejam A=expa e B=expb, então a= a e b= b mas a+b= a+ b logo:

OBSERVAÇÃO
Se a é um número real positivo e r é um número racional, como ,
tem-se da definição de função exponencial e de tal propriedade que:

A última igualdade vale somente para um número racional r qualquer, pois


só vale para r racional; entretanto, o domínio da função
exponencial é o conjunto dos reais, logo sendo para r racional, é

140
aceitável que tal igualdade seja estendida para um número real x qualquer.
Assim, sendo e x um número real qualquer, define-se:

Usando a definição de ax é possível escrever a função exponencial em termos


do número “e” ( -- O número “e” é definido como o valor cujo logaritmo
natural é igual a 1, isto é, lne=1) definido no final do tópico 1 desta aula.
Assim, como e=1 fazendo a=e na equação tem-se
ou seja:

A partir deste momento, como é tradicional, escreve-se ex invés de exp x e


isto justifica chamar esta função de EXPONENCIAL NA BASE NEPERIANA
(ou na base e). Logo, com a nova notação para a função exponencial, pelo
que já foi tratado, tem-se:

Para achar a derivada da função exponencial na base neperiana, seja y=ex


então x= y. Derivando em relação a x os dois lados da equação x= y, tem-
se:

logo, substituindo y por ex obtém-se:

Se u é uma função de x e derivável, da regra da cadeia (dada no teorema 3


do tópico 1 da aula 06), tem-se mas do último
resultado obtido, ou seja:

O teorema a seguir permite encontrar a derivada da composta de duas


funções a partir das derivadas das funções, isto é, sem efetuar a
composição; a fórmula estabelecida pelo teorema é conhecida como a
“regra da cadeia”.

Teorema 3. Sejam f e g funções deriváveis e definidas por y=f(u) e u=g


(x) então fog é derivável, além disso ou

EXEMPLO RESOLVIDO 1

Calcular f '(x) e

SOLUÇÃO

141
EXEMPLO PROPOSTO 1

Se , provar que .

O gráfico da função exponencial na base neperiana, pode ser obtido pela


reflexão do gráfico da função logarítmica natural em relação à reta y=x
(conforme foi visto no tópico 2 da aula 01), pois a função exponencial é a
inversa da função logarítmica natural ou então usando as informações dadas
pelas derivadas primeira e segunda. Na figura seguinte está o gráfico da
função exponencial na base neperiana.

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Vá na seção Material de Apoio do ambiente SOLAR e baixe o arquivo
EXERCITANDO_AULA10_TOP2.DOC" ou (clique aqui para abrir) (Visite a
aula online para realizar download deste arquivo.) e resolva a quantidade
máxima de exercícios que puder, individualmente ou em grupo. O
exercício 30 do exercitando é a QUESTÃO 4 do trabalho desta aula a ser
postado no PORTFÓLIO INDIVIDUAL do ambiente Solar. A questão 5 do
trabalho será indicada no tópico seguinte desta aula. É exigido que o
trabalho desta aula seja postado no PORTFÓLIO, no período indicado na
AGENDA do ambiente SOLAR, num único documento de texto (doc ou
docx) ou manuscrito e escaneado.

Responsável:Prof. José Othon Dantas Lopes


Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual

142
MATEMÁTICA I
AULA 10: FUNÇÕES LOGARÍTMICA NATURAL,EXPONENCIAL NA BASE NEPERIANA,
EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA MAIS GERAIS

TÓPICO 03: FUNÇÕES EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA MAIS GERAIS

O objetivo deste tópico é definir as funções transcendentes que estendem


os conceitos das funções logarítmica natural e exponencial na base
neperiana, para funções logarítmica e exponencial numa base não
necessariamente igual a “e”. Inicialmente, aparece o conceito de função
exponencial na base a, onde a é um número real positivo, tal conceito se
justifica devido à definição de potência com expoente real dada no
tópico 2 da aula 10, a partir daí será definida a função logarítmica numa
base a. Então serão obtidas as derivadas dessas funções e será possível a
construção dos seus gráficos. O tópico é finalizado com a função
exponencial de base e expoente variáveis, usando tais funções aparecem
limites com as indeterminações dos tipos , tais limites
não foram estudados no tópico da aula 8. A lista de exercícios será
proveitosa, a fim de melhor assimilar parágrafos anteriores e as novas
funções.

Se a é um número real positivo e r é um número racional, como


, tem-se da definição de função exponencial e de tal
propriedade que

A última igualdade vale somente para um número racional r


qualquer, pois só vale para r racional; entretanto, o
domínio da função exponencial é o conjunto dos reais, logo sendo
é aceitável que tal igualdade seja estendida para um
número real x qualquer. Assim, sendo a > 0 e x um número real
qualquer, define-se:

FUNÇÃO EXPONENCIAL NA BASE A

Se a um número positivo fixo e diferente de um (É comum considerar


a diferente de 1 pois se a = 1 a função será constante.) a relação
(estabelecida no tópico 2 desta aula) para todo número real x,
permite definir a FUNÇÃO EXPONENCIAL NA BASE A pela equação Y
= AX.

PROPRIEDADES

Usando ainda a relação é possível mostrar que a função


exponencial na base a, tem as mesmas propriedades da função
exponencial na base neperiana. Ou seja, se m e n são números reais
quaisquer e a > 0 então:

143
A propriedade (1) é demonstrada a seguir, as demais têm
demonstrações análogas e estão sugeridas no exercício 39 do
exercitando deste tópico. Assim,

DERIVADA DA EXPONENCIAL

A relação também permite obter a derivada da função


exponencial na base a. Assim

ou seja,

Logo, sendo u uma função de x e derivável, da regra da cadeia (dada


no teorema 3 do tópico 1 da aula 05), tem-se

O teorema a seguir permite encontrar a derivada da composta de


duas funções a partir das derivadas das funções, isto é, sem
efetuar a composição; a fórmula estabelecida pelo teorema é
conhecida como a “REGRA DA CADEIA”.

TEOREMA 3. Sejam f e g funções deriváveis e definidas por


Y=F(U) e U=G(X) então FOG é derivável, além disso

mas do último resultado obtido, ou seja,

EXEMPLO RESOLVIDO 1:

Calcular f'(x) se ;

SOLUÇÃO

Tem-se:

mas

logo substituindo obtém-se

144
EXEMPLO PROPOSTO 1:

Se mostrar que

FUNÇÃO LOGARÍTMICA NA BASE A

Sendo ainda a um número positivo fixo e diferente de 1. A função


exponencial de base a é derivável no seu domínio, além disso Dxax < 0

se 0 < a < 1 e Dxax se a > 1 ou seja, a função exponencial na base a é


decrescente ou crescente, conforme seja 0 < a < 1 ou a >1,
respectivamente; logo, como foi visto no tópico 1 da aula 02 (Visite a
aula online para realizar download deste arquivo.) , tal função é
injetiva e assim é invertível. A inversa da função exponencial na base a
( a > 0 e 1) é chamada de FUNÇÃO LOGARÍTMICA NA BASE A e é
indicada pelo símbolo LOGA . Assim, tem-se

Observe que as posições de y e x foram invertidas em y=ax a fim de


obter a função logarítmica na base a com variável independe x.

Sendo A=E obtém-se a função logarítmica na base e, que é a função


logarítmica natural, isto é, Seja a > 0 e 1, para estabelecer
a relação entre logaritmo na base a e logaritmo natural, considere x
um número real positivo, então Y=LOGAX é equivalente a ay=x Logo,

Assim, achando y e substituindo por LOGAX tem-se a relação

Particularmente, sendo x=e obtém-se

PROPRIEDADES

Se m e n são números reais positivos, e a > 0 e 1, a função


logarítmica na base a tem as seguintes propriedades:

As demonstrações das propriedades (1) a (4) da função logarítmica na


base a, estão sugeridas no exercício 40 do exercitando deste tópico.

DERIVADA DA FUNÇÃO LOGARÍTMICA

Para achar a derivada da função logarítmica na base a, pode-se usar a


sua definição ou a relação com logaritmo natural. Optando pela
primeira alternativa, seja Y=LOGAX então X=AY . Derivando em
relação a x os dois membros da última equação, tem-se

145
logo, substituindo y por LOGAX e AY por x, obtém-se

Portanto, sendo u uma função derivável e U(X) > 0, da regra da cadeia


(Visite a aula online para realizar download deste arquivo.) (dada no
teorema 3 do tópico 1 da aula 05), tem-se mas
do último resultado obtido, ou seja,

EXEMPLO RESOLVIDO 2:

Calcular f'(x) se

SOLUÇÃO

Tem-se :

mas

logo substituindo obtém-se

EXEMPLO PROPOSTO 2:

Se provar que

FUNÇÃO EXPONENCIAL DE BASE U E EXPOENTE V


Sejam u e v funções de x onde u(x) > 0 então a FUNÇÃO EXPONENCIAL DE
BASE U E EXPOENTE V é definida pela equação

Y = UV

Com a definição de função exponencial de base e expoente variáveis, pode-se


tratar dos limites que têm indeterminações dos tipos como
foi mencionado no tópico da aula 08, tais limites são calculados com o uso de
logaritmo. Tais indeterminações podem ser transformadas para uma das
formas que por sua vez, podem ser modificadas para uma das formas
0/0 ou que foram tratadas no tópico da aula 08. O exemplo seguinte
ilustra o procedimento.

EXEMPLO RESOLVIDO 3:

Calcular os limites indicados:

146
SOLUÇÃO

(a) Como

o limite dado tem a forma indeterminada 00. Seja y= xsenx, então


. Sendo o tem a
forma indeterminada Assim, transformando para a forma
e aplicando a segunda regra de L’Hospital (<img
src=imagens/03/primeira_regra_lhospital.gif>) tem-se

Mas a função logarítmica natural é contínua no seu domínio, assim do


teorema 2 do tópico 3 da aula 03 (<img
src=imagens/03/Teo2Top3Aula03.gif>) tem-se

(b) Como

o limite tem a forma indeterminada . Seja então


Sendo o tem a
forma indeterminada Logo, modificando para a forma 0/0 e
aplicando a primeira regra de L’Hospital (<img
src=imagens/03/primeira_regra_lhospital.gif>) , tem-se

147
EXEMPLO PROPOSTO 3:

Provar que:

Sendo u e v funções deriváveis, usando logaritmo natural, acha-se a derivada


de Y=UV em relação a x, que é dada por

Demonstração

Assim, aplicando logaritmo natural nos membros da equação Y=UV ,


tem-se logo derivando y em relação a x, obtém-se

portanto substituindo y por


acha-se

EXEMPLO RESOLVIDO 4:

Calcular Dxy se

SOLUÇÃO

Usando a última fórmula encontrada com U= COSX e V = SENX tem-


se

EXEMPLO PROPOSTO 4:

Se y=xy provar que

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Vá na seção Material de Apoio no ambiente Solar e baixe o arquivo
“EXERCITANDO(AULA10_TOP3).DOC” ou Clique aqui (Visite a aula
online para realizar download deste arquivo.) para baixar o exercitando e
resolva a quantidade máxima de exercícios que puder, individualmente ou
em grupo. O exercício 29 do exercitando é a questão 5 do trabalho desta
aula a ser postado no PORTFÓLIO INDIVIDUAL do ambiente Solar. É
exigido que o trabalho desta aula seja postado no Portfólio, no período
indicado na AGENDA do Ambiente Solar, num único documento de texto
(doc ou docx) ou manuscrito e escaneado.

Responsável:Prof. José Othon Dantas Lopes


Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual

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