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Teste genético é saída para depressão que não melhora, como a de Pontual
02/02/2018 04h00
Thamires Andrade
Do VivaBem, em São Paulo
O correspondente da Globo em Nova York (EUA), Jorge Pontual revelou ter depressão e se tratar Reprodução/TV Globo
há 40 anos com o remédio errado. Ele fez um teste genético que revelou que metaboliza os
remédios tão depressa a ponto de não surtirem efeitos. "O resultado do teste veio com a lista de
antidepressivos que não funcionavam para mim, e eram justamente aqueles que tomei durante
décadas. A boa notícia é que veio também a lista dos antidepressivos que funcionam", afirmou.
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"O progresso da genômica permitiu que descobríssemos os genes das enzimas das células hepáticas responsáveis por metabolizar os
medicamentos. Cerca de 75% das pessoas faz esse processo em uma velocidade normal, enquanto o restante ou metaboliza ultrarrápido ou
lentamente", fala Gattaz.
O paciente que metaboliza rapidamente tem uma enzima que faz com que o fígado trabalhe muito rápido aquela substância e o medicamento nem
tem tempo para fazer efeito no corpo. Já os que metabolizam devagar, por sua vez, provocam acúmulo do medicamento no corpo, o que pode gerar
efeitos colaterais sérios, como intoxicação.
Por isso, se o paciente tem a característica de destruir rapidamente um determinado antidepressivo, como era o caso de Pontual, a
eficácia da droga será afetada. O teste, então, indica a característica de cada um e mostra quais são os remédios que o paciente tem chance de
responder melhor e quais são os que ele terá uma intolerância.
"Se o paciente não teve remissão dos sintomas nesse primeiro mês, cabe ao médico fazer uma avaliação para identificar se precisa trocar o
medicamento", fala Portela.
O membro da ABP explica que só indica o teste para pacientes que já tenham trocado de medicamentos pelo menos três vezes.
"Normalmente um bom psiquiatra consegue avaliar e diagnosticar bem seu paciente. Mas há casos em que é preciso recorrer aos testes para
entender por que ele não está respondendo a nenhuma droga".
Já Gattaz é a favor de recorrer ao teste sempre que possível, já que o interesse do médico e do paciente é descobrir o quanto antes qual é o
medicamento capaz de colocar "um fim no sofrimento gerado pela depressão".
O entrave, no entanto, é o preço dos testes que variam de R$ 1.300 a R$ 3.990. Além de não estar incluso no SUS (Sistema Único de Saúde)
também não consta no rol da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), ou seja, os planos de saúde não cobrem o exame. No entanto,
segundo os psiquiatras ouvidos pelo VivaBem, alguns planos reembolsam parte do procedimento.
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23/01/2019 Teste genético é saída para depressão que não melhora, como a de Pontual - Entretenimento - BOL Notícias
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