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The case study of Itabiruçu dam: geotechnical risk management of tailing


dams

Article · August 2018

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3 authors:

Marlisio O. Cecilio Jr. Arsenio Negro Jr


Tüv-Süd Bureau de Projetos 17 PUBLICATIONS   20 CITATIONS   
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Makoto Namba
Bureau de Projetos TÜV Süd Group
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Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica

Vale S.A.

TÜV SÜD / Bureau de Projetos e Consultoria Ltda.

– Inscrição ao Prêmio José Machado –

O ESTUDO DE CASO DA BARRAGEM ITABIRUÇU:


GESTÃO DE RISCO GEOTÉCNICO DE BARRAGENS DE REJEITO

1. Introdução determinístico, ou seja, por meio de análises


realizadas com propriedades médias ou
Barragens de rejeito de mineração são conservadoras. Tais análises fornecem
estruturas complexas onde o material resultados únicos, tomados como definitivos e
armazenado no reservatório não tem comparados a limites estabelecidos por normas
comportamento geotécnico trivial. Este é um técnicas.
aspecto importante quando os alteamentos da Sabe-se que este paradigma deve ser
barragem são realizados para montante ou por superado, uma vez que um resultado
linha de centro, pois o rejeito que antes atuava determinístico aceito como satisfatório pode
como sobrecarga no reservatório passa a atuar estar associado a uma probabilidade de ruptura
também como fundação de um alteamento da considerada como alta, conforme discutido por
barragem. Cecílio et al. (2012). A Engenharia Geotécnica
Além disto, outra particularidade das lida com materiais que naturalmente apresentam
barragens de rejeito diz respeito à variação de variabilidade de suas propriedades e,
suas condições ao longo de sua vida útil. consequentemente, os resultados de análises
Normalmente, a barragem não é construída com também são variáveis. Quanto maior a
sua altura final, sendo alteada à medida que o variabilidade dos parâmetros de entrada, maior
volume de preenchimento do reservatório vai se será a dispersão dos possíveis resultados de
esgotando. Isto se deve especialmente às cálculo e, portanto, maior será a probabilidade de
flutuações do valor de mercado do minério, o ocorrência de uma possível falha.
qual é responsável pelo ritmo de operação da Por sua vez, a probabilidade de ruptura
mina e pelo consequente plano de disposição também não pode ser avaliada isoladamente,
dos rejeitos. sem estar associada às suas consequências.
Desta evolução ao longo do tempo, decorre Uma estrutura com probabilidade de falha alta,
que uma única barragem pode ser construída em executada em local ermo, intuitivamente
épocas distintas por construtoras diferentes, com apresenta menor criticidade que uma estrutura
base em projetos executivos também elaborados com probabilidade de falha reduzida, executada
por empresas diversas. em local de elevada densidade populacional. Por
Esta complexidade traduzida em termos de esta razão, a avaliação do risco deve ser
propriedades dos materiais e do histórico de priorizada.
construção e operação, demanda uma gestão de Define-se o risco, em consonância com a
risco geotécnico elaborada especificamente para NBR 31.000 (2009), como o produto da
este tipo de estrutura. probabilidade de ruptura pelo custo de suas
Ainda é prática corrente avaliar a segurança consequências, sendo portanto um valor
de uma estrutura geotécnica de modo monetário.

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O estudo de caso da barragem Itabiruçu: Gestão de Risco Geotécnico de barragens de rejeito 30/março/2018 página 1 de 10
Prêmio José Machado

O projeto GRG – Gestão de Riscos análise estatística dos resultados. A Barragem


Geotécnicos é uma iniciativa da Vale S.A. cujo Itabiruçu teve seu risco geotécnico avaliado pela
intuito é avaliar a condição de segurança de suas TÜV SÜD Bureau de Projetos e Consultoria
estruturas geotécnicas e assim possibilitar geri- Ltda., seu risco hidrológico pela Potamos
las, tendo um valor monetizado de risco como Engenharia e Hidrologia Ltda. e a avaliação das
balizador para tomadas de ações preventivas ou consequências de sua ruptura pela empresa
de aprimoramento. A metodologia elaborada Amplo Engenharia.
para o GRG, apesar de ser embasada em teorias Destaca-se o forte aspecto de inovação
consagradas, possui aplicação pioneira no Brasil presente no projeto GRG, especialmente quanto
e no mundo, tendo sido desenvolvida pela à aplicação da metodologia desenvolvida,
Vale S.A. com a colaboração de um painel de norteando a concepção e a execução de obras e
consultores. priorizando a disponibilização dos recursos
As análises de risco têm um caráter necessários.
prognóstico (de previsão), uma vez que diagnósticos Conforme detalhado adiante, cabe ressaltar
(comprovações) são realizados frequentemente que a avaliação de risco da Barragem Itabiruçu
pelas equipes da Vale S.A. e por auditores externos. foi realizada em etapas multidisciplinares,
A Vale S.A. possui 150 barragens, sendo 110 incluindo observações de campo por meio de
em operação ou em implantação e 40 inativas, monitoramento e interpretação da instrumentação
localizadas em 29 minas pelo Brasil. O projeto instalada.
GRG já avaliou o risco de 38 barragens, estando
em etapa final de avaliação mais 27, com
previsão de totalizar 143 avaliadas até 2020. 2. A Barragem Itabiruçu
Para início dos estudos, foram priorizadas as
barragens classificadas como de Dano Potencial A Barragem Itabiruçu (Figura 1) faz parte do
Associado (DPA) Alto, conforme critérios de Complexo Itabira, Mina Conceição, barrando o
classificação estabelecidos na Portaria nº 70.389 Ribeirão do Peixe e situada no Município de
do DNPM (2017). Itabira, na região central do Estado de Minas
Para apresentar a metodologia de análise de Gerais, distante cerca de 100 km de Belo
risco, foi escolhida como estudo de caso a Horizonte (coordenadas 679.800E / 7.822.400N,
Barragem Itabiruçu, cuja construção de seu zona UTM 23K).
último alteamento foi finalizada em maio/2016 e Seu projeto foi desenvolvido já prevendo sua
cuja avaliação do risco foi finalizada em implantação por etapas, com alteamentos pelo
dezembro/2016. A barragem é convencional, em método de jusante, sendo o rejeito disposto em
aterro compactado, tem altura de 71 m, ponto único, ao fundo do reservatório, por
comprimento de crista de 810 m e reservatório gravidade.
com 130 milhões de m³, dispondo de quantidade Desde o início de sua operação, a barragem
apreciável de investigações realizadas ao longo recebia os rejeitos totais provenientes da Mina
de sua construção, o que possibilitou uma

Figura 1 – Vista aérea da Barragem Itabiruçu (junho/2017).


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O estudo de caso da barragem Itabiruçu: Gestão de Risco Geotécnico de barragens de rejeito 30/março/2018 página 2 de 10
Prêmio José Machado

Conceição. Em meados da década de 1980, a El. 833,0 m e extravasor tulipa na El. 825,0 m),
disposição dos rejeitos foi alterada para o ambos com projetos executivos elaborados pela
sistema de ciclonagem, cujo overflow (material Engecorps, com construção finalizada em 2005
de fração mais fina) passou a ser disposto no (parcial) e em 2013 pela Construtora Mello
reservatório da Barragem Conceição enquanto o Azevedo.
underflow (material de fração mais grossa, A condição atual da barragem foi alcançada
masque também incluía partículas finas de após a execução de alteamento provisório do maciço
minério de ferro) no reservatório da Barragem (crista na El. 836,0 m), desativação do extravasor
Itabiruçu. Desde 2009, após a interrupção da tulipa por tamponamento e execução de vertedor
ciclonagem, a Barragem Itabiruçu é responsável tipo torre-galeria na ombreira esquerda (soleira
pela contenção de rejeito total e acumulação e na El. 833,0 m), com projeto executivo elaborado
recirculação de água para atendimento às pela Engecorps e construção finalizada em 2016
demandas das usinas da Mina Conceição. pelas empresas Salum Construções e Progeo
A primeira etapa da Barragem Itabiruçu (crista Engenharia.
na El. 812,0 m e extravasor tulipa na El. 808,8 m) A geometria da barragem é apresentada em
teve seu projeto executivo desenvolvido pela planta na Figura 2, a qual indica a seção
Milder Kaiser e Eletroprojetos, cuja construção transversal de análise apresentada na Figura 3.
foi finalizada em 1981 pela Queiroz Galvão. Para seu monitoramento, encontram-se
A segunda etapa refere-se a um alteamento instalados 19 piezômetros (PZs), 8 medidores de
parcial (crista na El. 817,5 m e extravasor tulipa nível d’água (INAs), 6 réguas de reservatório
na El. 813,8 m) e um alteamento final (crista na 2 medidores de vazão e 21 marcos topográficos.

seção de
análise 103

09 12 13 06
08 07 80
81 82
06 07 14 15
104 20 21
10 11
02
04

111
16 17

03
Legenda:
piezômetros
medidores de nível d’água 18 19

escala gráfica

0 50 100 150 200 250m

Figura 2 – Planta de locação da instrumentação instalada, com indicação da seção transversal de análise.

Figura 3 – Seção transversal de análise, com interpretação da piezometria (no maciço e na fundação).
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O estudo de caso da barragem Itabiruçu: Gestão de Risco Geotécnico de barragens de rejeito 30/março/2018 página 3 de 10
Prêmio José Machado

A partir da instrumentação instalada em dados, cálculo da probabilidade de ruptura,


campo, foi possível interpretar a piezometria estudo de ruptura hipotética, valoração das
atuante na seção transversal de análise, consequências e cálculo e análise do risco.
conforme apresentado na Figura 3. Foram
observadas piezometrias distintas para o maciço
(linha azul) e para a fundação (linha vermelha), 3.1. Consolidação de dados
justificada pela diferença entre as condutividades
hidráulicas dos materiais. Esta etapa inicial tem a finalidade de analisar
O maciço da barragem, para as duas etapas toda a documentação existente de projeto,
de alteamento executadas, é conformado por um controle e instrumentação disponibilizada pelo
aterro argilo-silto-arenoso, proveniente do empreendedor, com o intuito de definir as reais
decapeamento das ombreiras constituídas por condições atuais a que a barragem está
solos residuais de gnaisse e micaxisto. O aterro submetida.
apresentou teor de finos > 50% e índice de São realizadas inspeções técnicas a campo
plasticidade IP > 30%. para avaliar suas condições de operação e
A fundação da barragem, na região central do desempenho e sanar possíveis dúvidas
vale referente à seção de análise, é conformada decorrentes de divergências entre diferentes
por solos residuais e solos saprolíticos, fontes de informação. Novas investigações
resultantes da alteração de xistos. O solo podem ser solicitadas durante esta etapa, seja
residual foi caracterizado como silto-arenoso, quanto à documentação existente ou quanto à
com teor de finos entre 30 e 64%, índice de realização de ensaios adicionais ou
plasticidade IP de 11 a 37% e condutividade complementação do monitoramento,
hidráulica baixa com coeficientes de necessários para um melhor entendimento do
permeabilidade k entre 10-6 e 10-7 m/s. problema.
Quanto à geologia local, a Barragem Itabiruçu Após a compilação de toda a informação
está assentada sobre xistos e filitos do Grupo necessária para prosseguimento dos estudos,
Nova Lima, com eventuais intercalações de também são estabelecidas as premissas e
níveis de anfibolitos, quartzitos e formações critérios a serem adotados para as próximas
ferríferas, no contexto do Complexo Itabira. Os etapas.
contatos litológicos não são bruscos, gradando Esse estágio inicial é de extrema importância,
de gnaisses típicos a micaxistos, passando por tendo em mente que a qualidade dos resultados
xistos máficos e anfibolitos. A foliação milonítica depende da acurácia das informações utilizadas.
é uma feição estrutural persistente tanto nos
xistos como no gnaisse migmatítico, em geral
com configuração anastomosada e atitude média 3.2. Cálculo da probabilidade de ruptura
ao redor de N45ºE/40ºSE e mergulhos
subverticais (NW e SE). A segunda etapa consiste em calcular a
Na região da ombreira esquerda foram probabilidade de ruptura da estrutura geotécnica
mapeados xistos muito alterados e fraturados, utilizando métodos quantitativos, que minimizam
com corpos lenticulares de xistos máficos e os aspectos qualitativos no processo. Quatro
ultramáficos, concordantes com a estruturação modos de falha principais são analisados, sendo
geral, com topo rochoso quase aflorante. Na adotada a maior probabilidade de ruptura obtida
região da ombreira direita há franco domínio de por eles: galgamento, erosão interna,
gnaisses, correspondente ao embasamento instabilização e liquefação.
gnáissico-migmatítico, com topo rochoso a Estudos recentes desenvolvidos por Taguchi
profundidades maiores sotoposto a solos de (2014) validam a definição destes modos de
alteração desta unidade. falha principais, com base em compilações do
ICOLD, UNEP e do US Department of Interior.

3. A metodologia GRG 3.2.1. Modo de falha Galgamento

O desenvolvimento do projeto GRG é realizado Para a Barragem Itabiruçu, o modo de falha


em cinco etapas sequenciais: consolidação de Galgamento foi avaliado pela empresa Potamos
Engenharia e Hidrologia Ltda. A análise
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O estudo de caso da barragem Itabiruçu: Gestão de Risco Geotécnico de barragens de rejeito 30/março/2018 página 4 de 10
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probabilística foi realizada a partir da simulação entretanto ela ainda se encontra em fase de
do trânsito de cheias nos reservatórios presentes desenvolvimento no mundo. A utilização do
no complexo da Mina Conceição (barragens método tem como vantagem a reflexão
Conceição, Rio do Peixe, Itabiruçu e diques aprofundada sobre o desenvolvimento do modo
internos), com o intuito de identificar as de falha e dos fatores que influenciam cada uma
características dos eventos pluvio-fluviométricos das etapas do fenômeno.
capazes de promover o galgamento dessas Esta metodologia foi desenvolvida com base
estruturas. em Foster e Fell (1999), Fell et al. (2005) e em
Como resultado desta simulação de trânsito Fell e Fry (2007), com as devidas adaptações e
de cheias, foram obtidos os hidrogramas especificidades para barragens de mineração.
afluentes e defluentes do reservatório da Existem, basicamente, quatro mecanismos
Barragem Itabiruçu, bem como a sua sobrelevação principais de erosão interna: erosão regressiva
máxima para cada duração de cada chuva com entubamento (piping), sufusão
associada a um tempo de retorno (TR). (instabilidade interna), erosão em fluxos
A probabilidade de ruptura é calculada como concentrados e erosão de contato entre solos.
o inverso do tempo de retorno (1/TR). Não foi Para a Barragem Itabiruçu, foram avaliados
verificado o fenômeno de galgamento da três cenários distintos, referentes a eventos
Barragem Itabiruçu nem mesmo para a cheia iniciadores julgados como mais prováveis de
decorrente da precipitação máxima provável ocorrer: (i) erosão interna pelo maciço, por
(PMP), restando uma borda livre de 1,90 m. erosão regressiva com entubamento; (ii) erosão
Entende-se, assim, que a probabilidade de interna pela fundação, por erosão regressiva
galgamento da barragem é desprezível. De todo com entubamento; e (iii) erosão interna em fluxo
modo, optou-se por adotar como valor mínimo a concentrado pelo maciço, ao longo de conduto
probabilidade de ruptura de 1 ₓ 10-8, como enterrado (galeria tamponada do antigo sistema
estabelecido pela metodologia do GRG. extravasor).
Para cada cenário, uma Árvore de Eventos é
3.2.2. Modo de falha Erosão Interna elaborada representando a sequência de
evolução do processo erosivo por meio dos nós:
Quando um evento de falha, neste caso a erosão (a) iniciação; (b) continuação; (c) formação do
interna, não pode ser definido por uma tubo; (d) progressão do tubo; (e) detecção do
formulação racional de Engenharia, analítica ou processo e sua intervenção; e (f) formação do
numérica, para sua avaliação probabilística, mecanismo de ruptura.
recorre-se à combinação de Árvores de Eventos Apresenta-se na Figura 4 a Árvore de Eventos
com Árvores de Falhas. Esta metodologia para de resultado mais desfavorável, referente à
avaliação do potencial de erosão interna tem erosão interna pela fundação na região da
sido utilizada por várias organizações, incluindo ombreira esquerda, com probabilidade de
o USACE (2006), o USBR (2015) e organizações ruptura de 1 ₓ 10-5.
australianas desde o final da década de 90,

Ruptura da barragem
sim com formação de Pf = 1ₓ10-5
brecha e vertimento de (= 0,02ₓ0,99ₓ0,13ₓ
0,72
material para jusante ₓ0,01ₓ0,45ₓ0,72)
sim Alargamento
(f)
0,45 do tubo
Danos graves à estrutura
sim
Incapacidade 0,28 da barragem sem Pf = 4ₓ10-6
de detecção (e) (= 0,02ₓ0,99ₓ0,13ₓ
0,01 e intervenção não vertimento de material
A erosão é para jusante ₓ0,01ₓ0,45ₓ0,28)
O tubo 0,55
sim detectada e
permanece (d)
não interrompida
0,13 aberto
O tubo P = 2ₓ10-5
sim Formação 0,99
(c) colapsa
0,99 do tubo não
Interrupção do
Continuação P = 2ₓ10-3
sim 0,87 processo
do processo (b)
não erosivo
0,02 erosivo
Erosão regressiva Aumento das
P = 2ₓ10-2
pela fundação com 0,01 vazões
(a)
entubamento não percoladas
O processo
(piping ) P = 2ₓ10-4
0,98 erosivo não é
não iniciado
P = 0,98

Figura 4 – Árvore de Eventos para erosão interna pela fundação, com probabilidades de ocorrência dos nós.
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A probabilidade de ocorrência de cada nó da piezométricos para a realização das análises de


Árvore de Eventos é determinada a partir de estabilidade foi baseada na interpretação do
Árvores de Falha específicas, que dependem do monitoramento da barragem, conforme
tipo de evento iniciador analisado. Cada Árvore apresentado anteriormente na Figura 3. O
de Falha é formada por ramos que combinam as critério de resistência de Mohr-Coulomb foi
avaliações quanto ao potencial de erosão escolhido para representar os materiais.
interna, incluindo as propriedades do solo Conforme apresentado na Figura 5, realizou-
submetido à percolação, o gradiente hidráulico se uma análise estatística dos resultados dos
atuante, a presença de filtro invertido na saída do ensaios laboratoriais executados, de modo a
fluxo, a capacidade da equipe técnica em obter o valor médio (μ), o desvio-padrão (σ) e o
detectar e intervir no processo erosivo, entre tipo de distribuição de probabilidades dos
outras. Nos estudos realizados, foram parâmetros geotécnicos peso específico (γ),
detalhadas cada uma das Árvores de Falha e coesão efetiva (c’) e ângulo de atrito efetivo (φ’).
analisados os demais eventos iniciadores Adotou-se a distribuição Normal para
(diferentes cenários). representar o peso específico e o ângulo de atrito
efetivo, e a distribuição Log-normal para a
3.2.3. Modo de falha Instabilização coesão efetiva. Observou-se uma ligeira
correlação negativa entre os valores de coesão
A probabilidade de ruptura por instabilização foi e ângulo de atrito (coeficiente de correlação
avaliada utilizando o método probabilístico de entre ρ = -0,134 e ρ = -0,245). De maneira
simulações de Monte Carlo. O embasamento conservadora, optou-se por considerar tais
teórico necessário foi obtido principalmente em parâmetros como independentes entre si
Baecher e Christian (2003), Assis et al. (2004) e (coeficiente de correlação ρ = 0).
USACE (2006). Foram realizadas 500.000 simulações,
O método de Monte Carlo é uma variando-se aleatoriamente os parâmetros
experimentação numérica, sendo avaliados geotécnicos por meio de um gerador de números
diversos resultados da função resposta (FS - aleatórios. Para cada nova simulação, calculou-
Fator de Segurança) variando-se os parâmetros se uma nova superfície de ruptura crítica global.
de entrada. Este método proporciona um A convergência dos resultados pode ser
resultado “exato” à medida que o número de avaliada pela Figura 6. Nota-se que o número
simulações tende ao infinito. Por esta razão, ele total de simulações é considerado satisfatório,
também é conhecido como um método de “força tendo em conta que a média e desvio-padrão do
bruta”, apresentando robustez e simplicidade. fator de segurança encontram-se estáveis após
Ele permite solucionar problemas muito aproximadamente 100.000 simulações. Outra
complexos, sem limite de número de variáveis observação importante é que a probabilidade de
nem do seu tipo de distribuição de ruptura frequentista (número de observações de
probabilidades. FS<1,0 dividido pelo número de simulações) não
Os fatores de segurança foram calculados se estabilizou, o que demandaria um número
com o programa Slide ® da Rocscience, pelo maior de simulações para a convergência do
método do Equilíbrio Limite, utilizando o método resultado. De todo modo, sabe-se que a
de cálculo de Spencer, consagrado e probabilidade de ruptura teria ordem de
considerado rigoroso. A definição dos níveis grandeza de 4 ₓ 10-6.

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Prêmio José Machado

1,00 1,00 1,00

Probabilidade acumulada
Probabilidade acumulada
Probabilidade acumulada

0,90 0,90 0,90


0,80 0,80 0,80
0,70 0,70 0,70
0,60 0,60 0,60
0,50 0,50 0,50
0,40 0,40 0,40
0,30 0,30 0,30
0,20 0,20 0,20
0,10 0,10 0,10
0,00 0,00 0,00
12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40
Peso específico (kN/m³) Coesão efetiva (kPa) Ângulo de atrito efetivo (graus)
0,65 0,18 0,45
Densidade de probabilidade

Densidade de probabilidade

Densidade de probabilidade
0,60
0,16 0,40
0,55
0,50 0,14 0,35
0,45 0,12 0,30
0,40
0,35 0,10 0,25
0,30 0,08 0,20
0,25
0,20 0,06 0,15
0,15 0,04 0,10
0,10
0,02 0,05
0,05
0,00 0,00 0,00
12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40
Peso específico (kN/m³) Coesão efetiva (kPa) Ângulo de atrito efetivo (graus)
Maciço 1a etapa (30 ensaios) Maciço 1a etapa (7 ensaios) Maciço 1a etapa (9 ensaios)
Maciço 2a etapa (74 ensaios) Maciço 2a etapa (14 ensaios) Maciço 2a etapa (19 ensaios)
Solo residual (48 ensaios) Solo residual (13 ensaios) Solo residual (13 ensaios)
Solo saprolítico (71 ensaios) Solo saprolítico (20 ensaios) Solo saprolítico (20 ensaios)
Maciço 1a etapa (distribuição Normal) Maciço 1a etapa (distribuição Log-normal) Maciço 1a etapa (distribuição Normal)
Maciço 2a etapa (distribuição Normal) Maciço 2a etapa (distribuição Log-normal) Maciço 2a etapa (distribuição Normal)
Solo residual (distribuição Normal) Solo residual (distribuição Log-normal) Solo residual (distribuição Normal)
Solo saprolítico (distribuição Normal) Solo saprolítico (distribuição Log-normal) Solo saprolítico (distribuição Normal)

Figura 5 – Análise estatística dos 1,00


1,00
resultados de ensaios, para definição dos parâmetros geotécnicos.
1,00
0,90
0,80
0,70
0,60
0,50
0,40 0,90
0,80
0,70
0,60
0,50
0,40 0,90
0,80
0,70
0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00 0,30
0,20
0,10
0,00 0,30
0,20
0,10
0,00
12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
1,56 0,14 1,30 6E-6
FS, Fator de Segurança

Probabilidade de Ruptura
FS, Fator de Segurança

Desvio-padrão do FS

1,20 5E-6
1,55 0,13
1,10 4E-6

Média do FS
1,54 0,12 1,00 3E-6
Desvio-padrão do FS
0,90 2E-6
1,53 0,11
FS mín
0,80 1E-6
Probabilidade de ruptura frequentista
1,52 0,10 0,70 0E+0
0 100.000 200.000 300.000 400.000 500.000 0 100.000 200.000 300.000 400.000 500.000
Número de simulações Número de simulações

Figura 6 – Avaliação da convergência das simulações.

Com o intuito de evitar a influência de um Após aplicação do teste de aderência


número finito de simulações, optou-se por Kolmogorov-Smirnov, determinou-se que a
determinar a probabilidade de ruptura a partir da distribuição Beta, dentre as analisadas, foi a que
adoção de uma distribuição de probabilidade de melhor representou a probabilidade de
ocorrência para os resultados de Fator de ocorrência dos Fatores de Segurança. Para esta
Segurança, conforme apresentado na Figura 7. distribuição, calculou-se a probabilidade de
A partir dos resultados de todas as ruptura de 4 ₓ 10-6, como esperado.
simulações, foram obtidos os seguintes valores:
FS determinístico, FS = 1,605
Média de FS, μ = 1,546
Desvio-padrão de FS, σ = 0,110

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O estudo de caso da barragem Itabiruçu: Gestão de Risco Geotécnico de barragens de rejeito 30/março/2018 página 7 de 10
Prêmio José Machado

1,00

Probabilidade acumulada
500.000 Simulações 0,95
6E-5 0,90
P [FS]
Distribuição Normal 0,85
5E-5 Distribuição Log-normal 0,80
0,75
Distribuição Beta 0,70
4E-5 0,65
Distribuição Gama 0,60
3E-5 0,55
0,50
0,45
2E-5 0,40
0,35
1E-5 0,30
0,25
0E+0 0,20
0,15
0,90 0,95 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 0,10
FS 0,05
0,00
0,9 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 2,0 2,1
FS, Fator de Segurança
4,00

Densidade de probabilidade
500.000 Simulações
4E-3 Distribuição Normal 3,50
p [FS]

Distribuição Log-normal
3,00
3E-3 Distribuição Beta
Distribuição Gama 2,50
2E-3
2,00

1E-3 1,50

1,00
0E+0
0,90 0,95 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 0,50
FS
0,00
0,9 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 2,0 2,1
FS, Fator de Segurança

Figura 7 – Resultados de Fator de Segurança obtidos com as simulações.

3.2.4. Modo de falha Liquefação vibrações induzidas que possam causar


liquefação dinâmica; e (iv) aumentos repentinos
A liquefação é um fenômeno que tem sido causa de tensões cisalhantes no maciço da barragem
de grande preocupação da sociedade. Para que não são considerados prováveis.
ele ocorra, é necessário que os materiais sejam Apesar de não ter sido avaliado esse modo de
suscetíveis à liquefação e que um gatilho se falha para a Barragem Itabiruçu, a metodologia
deflagre. GRG prevê sua avaliação para as estruturas que
Para ser suscetível à liquefação, o material se enquadram nos pontos (i) a (iv) mencionados
deve estar saturado, ser não-coesivo e acima, possuindo diretrizes técnicas baseadas
apresentar índice de vazios in-situ superior ao no estado da prática atual.
crítico (comportamento contrátil durante uma O potencial de liquefação é avaliado com
ruptura não-drenada). base principalmente em Fear e Robertson (1995)
Os gatilhos podem estar associados a e Olson (2001 e 2016). A estabilidade é
eventos estáticos ou dinâmicos, como: excesso analisada pelo método do Equilíbrio Limite,
de poropressões por carregamentos rápidos representando os materiais suscetíveis por uma
(alteamento rápido da barragem, elevação do razão de resistência não-drenada (su/σ’v0),
nível do reservatório, etc.), excesso de enquanto que os demais materiais são mantidos
poropressões por abalos sísmicos ou vibrações com suas resistências drenadas (c’ e φ’). As
induzidas (tráfego de equipamentos, detonações, resistências não-drenadas são determinadas a
rupturas de estruturas adjacentes, etc.), aumento partir de ensaios in-situ e de laboratório,
das tensões cisalhantes (remoção de material do apresentando maior confiabilidade os primeiros.
pé da barragem, movimentação da fundação, A análise de risco de liquefação ainda
etc.), entre outras. demanda contribuições, já que análises de
O modo de falha de liquefação não foi equilíbrio limite não consideram o comportamento
considerado para a análise quantitativa da tensão-deformação do rejeito. É necessária uma
probabilidade de ruptura da Barragem Itabiruçu, evolução com relação à determinação da
porque: (i) o maciço da barragem foi construído resistência não-drenada (fortemente dependente
com solo compactado de empréstimo, não do tipo de ensaio e do estado do solo in-situ, o
suscetível à liquefação; (ii) não houve alteamentos qual é difícil de ser determinado) e também
para montante; (iii) não são esperados abalos quanto ao modo como deveria ser conduzida a
sísmicos consideráveis para a região, nem avaliação da estabilidade (são necessárias
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O estudo de caso da barragem Itabiruçu: Gestão de Risco Geotécnico de barragens de rejeito 30/março/2018 página 8 de 10
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análises em termos de tensões efetivas 3.4. Valoração das consequências


considerando o comportamento tensão-deformação
do solo com amolecimento pós-pico de Esta etapa do projeto GRG compreende a
resistência, acopladas à teoria do adensamento valoração das consequências causadas por uma
para previsão da dissipação do excesso de eventual falha da barragem. Tais consequências
poropressões). são avaliadas dentro da área de inundação em
termos de custos, os quais são enquadrados em
seis esferas: (i) econômica; (ii) saúde e
3.3. Estudo de ruptura hipotética segurança; (iii) social; (iv) meio ambiente;
(v) órgãos reguladores; e (vi) imagem da
A terceira etapa do projeto GRG consiste em empresa. São avaliados oito cenários distintos,
elaborar a ruptura hipotética da barragem (Dam- considerando-se a ruptura como noturna ou
Break), simulando diferentes cenários que diurna, em dia seco ou chuvoso, com alerta
incluem dias chuvosos ou secos, com ou sem a emitido no instante da ruptura ou 4 horas antes.
ruptura. O objetivo principal deste estudo é A metodologia utilizada detalha a avaliação
estimar a influência da ruptura, delimitando a dos custos em cada esfera, para cada cenário. A
área inundada. população em risco, inserida no vale a jusante,
O estudo é desenvolvido em três etapas: foi diferenciada em diurna ou noturna em função
(i) definição do hidrograma de ruptura, após das atividades desenvolvidas na área do inventário.
desenvolvimento do modelo de evolução da Para a Barragem Itabiruçu, os resultados
brecha; (ii) propagação da onda de cheia, após obtidos para valoração das consequências
caracterização hidrológica dos cursos de água, indicaram que os cenários mais críticos foram
construção do modelo geomorfológico do vale e aqueles associados à ruptura durante a noite,
desenvolvimento de modelagem hidráulica cujos valores são sumarizados na Tabela 1.
computacional utilizando-se o programa
Riverflow ®; e (iii) mapeamento da inundação. 3.5. Cálculo do risco
O estudo de Dam-Break para a Barragem
Itabiruçu resultou em um potencial de danos Nesta quinta etapa do projeto GRG, o risco é
relacionados a inundações decorrentes de uma determinado como o produto entre a
eventual ruptura se estende até cerca de 155 km probabilidade de ruptura e o custo de suas
a jusante da estrutura, no Rio Doce, próximo à consequências.
sede municipal de Ipaba. Inundações mais Para a Barragem Itabiruçu, o risco
expressivas foram identificadas nos 50 km monetizado é apresentado na Figura 8, no
iniciais ao longo da calha do Rio do Peixe até a chamado Painel de Riscos, associado aos três
confluência com o Rio Piracicaba, passando modos de falha analisados e para dois cenários
pelas localidades de Itabira e Nova Era, com de análise (de um total de oito). O Painel de
maior adensamento de moradias, benfeitorias e Riscos permite uma visualização clara dos riscos
infraestrutura urbana. de um empreendimento e facilita tomadas de
decisão de como mitigá-los, em termos de
redução tanto da probabilidade de falha, quanto
das consequências de uma eventual ruptura.

Tabela 1 – Custo das consequências (R$) por esfera de valoração e para diferentes cenários.
Cenário
Ruptura Noturna Ruptura Noturna Ruptura Noturna Ruptura Noturna
Dia Seco Dia Seco Dia Chuvoso Dia Chuvoso
SEM alerta prévio COM alerta prévio SEM alerta prévio COM alerta prévio
Econômica 6.265.639.046 6.240.561.426 9.061.933.537 6.848.278.343
Saúde e segurança 26.407.083.888 1.663.427.350 27.440.466.859 1.718.358.939
Esfera
Social 40.169.939 38.665.282 85.512.469 83.954.694
de
Meio ambiente 100.513.032 100.513.032 118.379.849 118.379.849
valoração
Órgãos reguladores 547.850.001 547.850.001 547.850.001 547.850.001
Imagem da empresa 7.103.370.988 4.925.775.984 7.103.370.988 6.334.812.340
TOTAL 40.464.626.894 13.516.793.074 44.357.513.702 15.651.634.166

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1E+0
Legenda:
1E-1
ruptura noturna, dia seco,
Erosão Interna sem alerta prévio
1E-2
Probabilidade (Pf = 1ₓ10-5) ruptura noturna, dia seco,
com alerta prévio
1E-3

ruptura noturna, dia seco,


1E-4 Instabilização sem alerta prévio
135.168
404.646 (Pf = 4ₓ10-6) ruptura noturna, dia seco,
1E-5
com alerta prévio
54.067 161.859
1E-6 ruptura noturna, dia seco,
Galgamento sem alerta prévio
1E-7 (Pf = 1ₓ10-8) ruptura noturna, dia seco,
135 405 com alerta prévio
1E-8
1E+4 1E+5 1E+6 1E+7 1E+8 1E+9 1E+10 1E+11 1E+12
Consequência (R$)

Figura 8 – Painel de Riscos, com os riscos monetizados para a Barragem Itabiruçu.

Os cenários de dia chuvoso não são BAECHER, G.B. e CHRISTIAN, J.T. (2003). Reliability and
visualizados no gráfico, pois as probabilidades Statistics in Geotechnical Engineering. England: John
Wiley and Sons Ltd., 605p.
de falha foram multiplicadas pela probabilidade CECÍLIO Jr, M.O. et al. (2012). Avaliação de risco da
de uma chuva decamilenar (1ₓ10-4). estabilidade de escavações de túneis em solo baseada
na variabilidade de parâmetros geotécnicos. In: 3º
Congresso Brasileiro de Túneis. São Paulo: CBT/ABMS.
DNPM (2017). Portaria Nº 70.389, em 17/05/2017.
4. Considerações Finais Disponível em http://www.anm.gov.br/acesso-a-
informacao/legislacao/portarias-do-diretor-geral-do-
O estudo permitiu determinar probabilidades de dnpm/portarias-do-diretor-geral/portaria-70-389-de-
falha para a Barragem Itabiruçu, tendo sido 2017/view. (último acesso em 30/03/2018).
FEAR, C.E. e ROBERTSON, P.K. (1995). Estimating the
encontrados valores baixos. Isto reitera a undrained strength of sand: a theoretical framework.
segurança da barragem, até então avaliada Canadian Geotechnical Journal, 32(4), pp.859-870.
deterministicamente por Fatores de Segurança. FELL, R. et al. (2005). Geotechnical Engineering of Dams.
Complementarmente, foi possível identificar CRC Press, 1348p. ISBN 9781138749344.
os riscos presentes na Barragem Itabiruçu FELL, R. e FRY, J.J. (2007). Internal erosion of dams and
their foundations. CRC Press, 245p. ISBN
(inferiores a R$404.646) e estabelecer ações 9780415437240
para minimizá-los. FOSTER, M.A. e FELL, R. (1999). Assessing embankment
A quantificação do risco, além de minimizar o dam filters which do not satisfy design criteria. UNICIV
uso de avaliações qualitativas que são Report No. R-376, ISBN 85841 343 4, ISSN 0077-880X,
The University of New South Wales, Sydney.
essencialmente subjetivas, representa uma OLSON, S.M. (2001). Liquefaction analysis of level and
ferramenta fundamental para a gestão das sloping ground using field case histories and penetration
estruturas sob responsabilidade da Vale S.A. resistance. PhD Thesis – University of Illinois at Urbana-
Ainda que existam incertezas nas avaliações, Champaign, Urbana.
estas subsidiam a gestão do risco presente nas OLSON, S.M. (2016). Minicurso 1: Liquefaction Analysis of
Tailings Facilities. In: XVIII Cobramseg Congresso
estruturas, permitindo otimizar a alocação de Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia
investimentos em função de seu valor Geotécnica.
monetizado. TAGUCHI, G (2014). Fault Tree Analysis of Slurry and
Dewatered Tailings Management – A Frame Work.
Thesis (MSc), University of British Columbia, Canada,
89 p.
5. Referências Bibliográficas USACE (2006). Reliability Analysis and Risk Assessment
for Seepage and Slope Stability Failure Modes for
NBR 31.000 (2009). Gestão de riscos - Princípios e Embankment Dams. COE ETL 1110-2-561, 128p.
diretrizes. Rio de Janeiro: ABNT, 32p. USBR (2015). Best practices in dam and levee safety risk
ASSIS, A.P. et al. (2004). Métodos estatísticos e analysis. Disponível em: http://www.usbr.gov/ssle/
probabilísticos aplicados a Geotecnia. Universidade de damsafety/Risk/methodology.html (último acesso em
Brasília, 177p. 30/03/2018).

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