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direito constitucional
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
DIREITO CONSTITUCIONAL
Princípios Fundamentais
Prof. Wellington Antunes

SUMÁRIO
1. Nota Introdutória.....................................................................................8
2. Princípios Fundamentais – Análise Contextual..............................................8
2.1. Forma de Governo.............................................................................. 11
2.2. Forma de Estado................................................................................. 16
2.3. Princípio Fundamental do Estado Democrático de Direito.......................... 22
2.4. Princípio Democrático ou da Soberania Popular....................................... 25
2.5. Princípio da Separação (funcional) dos Poderes....................................... 26
2.6. Fundamentos..................................................................................... 35
2.7. Objetivos fundamentais....................................................................... 44
2.8. Princípios Aplicáveis às Relações Internacionais....................................... 49
Lista de Questões...................................................................................... 60
Gabarito da lista de questões...................................................................... 87
Gabarito comentado da lista de questões...................................................... 88

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para ELUCIANO JOSE RIBEIRO - 60813458234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Princípios Fundamentais
Prof. Wellington Antunes

WELLINGTON ANTUNES
Professor de Direito Constitucional, Licitações, Contratos e Convênios.
Servidor efetivo do MPU. Aprovado para Consultor Legislativo da Câma-
ra dos Deputados/2014 (aguardando nomeação). Aprovado para Ana-
lista de Finanças e Controle da CGU (aguardando nomeação). Graduado
em Administração Pública. Pós-graduado em Direito Administrativo no
IDP (Especialista). Instrutor interno do MPU (atuante na área de Licita-
Autor ções e Contratos. Entre outras funções, pregoeiro, elaboração de edi-
tais, Projetos Básicos e Termos de Referência, instrução de processos
de dispensa e de inexigibilidade)

BOAS-VINDAS E APRESENTAÇÃO

Olá, tudo bem?

É uma grande satisfação para nós do Gran Cursos Online ter você estudando
aqui conosco. Entre os valores1 que conduzirão todo o nosso trabalho, gostaria de
destacar:
–– Amor à educação – nosso compromisso com a educação é o que move o
coração da nossa empresa;
–– Respeito pelo aluno – o aluno é nossa razão de ser;
–– Excelência – perseguimos a excelência na transmissão de conhecimento
com o objetivo de sempre aumentar nossos índices de aprovação.

Em nosso curso, abordaremos os 3 (três) pilares da disciplina de Direito Cons-


titucional, qual sejam: as disposições literais da Constituição, a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, bem como a doutrina constitucional.
Tudo isso de forma clara e objetiva, entretanto com a profundidade adequada (e
necessária) para que você tenha uma preparação sólida e condizente com o nível
de exigência das bancas examinadoras.
Em nossas aulas, além dos pilares antes citados, trabalharemos com muitos exer-
cícios de questões anteriormente cobradas. Isso é fundamental para que você possa
aprender, desde já, a linguagem, bem como a forma como que as questões são exigidas.

1
Se tiver interesse em conhecer um pouco mais sobre o Gran Cursos Online, acesse: https://www.grancur-
sosonline.com.br/quem-somos.
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Nessa jornada, você perceberá que a banca examinadora, normalmente, repete


questões. Com isso em mente, nós trabalharemos, também, com questões de anos
anteriores para que possamos explorar os temas em sua integralidade.
É importante ressaltar que nosso curso contempla as disposições do
Novo Código de Processo Civil (Novo CPC). Com isso, este material torna-
-se único e completo para a sua preparação. Use-o sem moderação, bele-
za! (rsrs)
Em breve apresentação, meu nome é Wellington Antunes, sou professor de
Direito Constitucional aqui do Gran Cursos Online. Trabalho atualmente no Ministé-
rio Público da União (tomei posse em 2005). No MPU, eu atuo na área de contrata-
ções públicas há, aproximadamente, 11 anos, e, também, sou Instrutor nessa área.
Destaquei o “atualmente” porque estou aguardando a nomeação para a Câmara
dos Deputados, para o cargo de Consultor Legislativo, concurso (dificílimo) no qual
eu fui aprovado em 7º lugar (atualmente estou em 2º na ordem de classificação. E
já sentindo o “cheirinho” da nomeação, rsrs). Estou na caminhada no mundo dos
concursos desde 2003. Já fui reprovado em alguns concursos e, também, já tive a
alegria de ser aprovado em outros. Essas experiências anteriores, em especial as
reprovações, contribuíram substancialmente para a minha aprovação na Câmara.
Sou apaixonado pelo que faço. Realizo-me compartilhando o conhecimento. Por
fim, convido você a conhecer um pouquinho da minha trajetória como concursan-
do, em nosso programa “Eu cheguei Lá”, no canal do Gran Cursos Online, no You-
tube (https://youtu.be/CZDwMoLXUGU).
Muito bem, feitas as devidas apresentações iniciais, vamos dar uma olhadinha
no nosso roteiro visando a sua aprovação no concurso para Técnico Judiciário –
Área Administrativa, do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Adotaremos, como ponto de partida, a matéria cobrada no último edital/TST –
1/2012, o qual foi organizado pela Fundação Carlos Chagas - FCC.
Em havendo a publicação do novo edital durante o nosso curso, faremos as de-

vidas alterações para atender a todo o conteúdo.


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Ainda falando do edital e do novo concurso, o próprio Presidente do TST disse

que um dos objetivos do Tribunal, para 2017, é a realização desse concurso. Veja:

Segundo informações do diretor de Gestão de Pessoas do TST, José Railton Sil-


va Rego, o órgão está elaborando o projeto básico do concurso, visando à escolha
da organizadora. Além disso, Railton também falou das especialidades da seleção.
Segundo o diretor, serão contempladas as mesmas áreas do último concurso, rea-
lizado em 2012, com exceção da Medicina do Trabalho, no caso do Analista.
Um detalhe que “pode te interessar”: em início de carreira, um Técnico
Judiciário ganha R$ 6.376,00, chegando a R$ 11.398,00, no final da car-
reira (além disso, há diversos benefícios: como o auxílio-alimentação, o auxílio-
-saúde, e auxílio-natalidade).
Um outro “detalhe”: você já possui um aumento remuneratório aprovado, o

qual está sendo implementado, conforme quadro a seguir.

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Para nós que somos humildes, é um bom início, né? (rsrs)

Vamos trabalhar “duro” para alcançar a aprovação”. Essa é nossa meta”.

Fé na missão!

Veja a matéria que foi exigida no último edital.

Noções de Direito Constitucional: Princípios fundamentais. Dos direitos e

garantias fundamentais: dos direitos e deveres individuais e coletivos, dos direitos

sociais, da nacionalidade, dos direitos políticos. Da Administração Pública: disposi-

ções gerais, dos servidores públicos. Da Organização dos Poderes: Do Poder Judi-

ciário. Funções Essenciais à Justiça.

Acompanhe comigo o cronograma de nossas aulas.

Cronograma

Aula 1 – Princípios fundamentais

Aula 2 – Direitos e garantias fundamentais - teoria geral e direitos e deveres individu-


ais e coletivos

Aula 3 – Direitos e deveres individuais e coletivos e Remédios Constitucionais

Aula 4 – Direitos Sociais

Aula 5 – Nacionalidade

Aula 6 – Direitos Políticos

Aula 7 – Da Administração Pública: disposições gerais, dos servidores públicos

Aula 8 – Da Organização dos Poderes: Do Poder Judiciário (parte 1)

Aula 9 – Da Organização dos Poderes: Do Poder Judiciário. (parte 2)

Aula 10 – Funções Essenciais à Justiça

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Nesta aula, nós trataremos dos Princípios Fundamentais. Nosso ponto de


partida são os artigos 1º a 4º da Constituição, em relação aos quais faremos uma
abordagem sistemática e contextual, para que, ao final de nossa aula, você esteja
preparado para enfrentar as questões acerca desse tema. Siga as orientações e as
pratique, beleza?!
A nossa aula está dividida em 3 partes, quais sejam:
1 – 1ª Parte: será abordada a base teórica do tema. Lembrando que, ao final,
você encontrará um resumo dos principais tópicos.
2 – 2ª Parte: lista de questões com gabarito ao final;
3 – 3ª Parte: gabarito comentado da lista de questões.

Em relação à 3ª parte de nossa aula, a fim de que possamos abordar o tema


na sua maior amplitude possível, eu “garimpei” muitas questões do FCC, das mais
recentes às mais antigas. Além disso, coloquei questões de outras bancas também.
Tudo isso para que a matéria seja plenamente explorada.
Você verá que a banca examinadora, ao longo dos anos, vai repetindo as ques-
tões. Por isso, de propósito, deixei algumas questões praticamente idênticas para
que você constate essa realidade: no geral, mudam-se os concursos, mas as ques-
tões, em sua maioria, são repetidas.
Assim, é fundamental resolver questões anteriores.
Fazendo isso, vou te contar um segredinho...
A prova vai sofrer na sua mão!!! (rsrs)
Ah!!! Se você tiver alguma dúvida no decorrer da jornada, “corre” lá no Fórum
de Dúvidas e me chama, ok? “Wellingtooooonnnnn”, rsrs. Eu estou aqui “do
outro lado” à disposição.
Vamos lá!

Lembre-se:
O que muda efetivamente a nossa vida são as atitudes que tomamos. Desejos
e sonhos não acompanhados de atitudes são como palavras lançadas ao vento.

Você pode mudar o curso de sua vida! Nunca desista dos seus sonhos!
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PARTE I

1. Nota Introdutória

Olha só.
Grande parte das questões exploram esse tema de forma bem literal. Dessa
forma, para que você alcance o maior êxito possível, é fundamental dar especial
atenção à leitura completa dos artigos 1º ao 4º. Aqui não há contraindicações!!!
Pode ler sem medo! Essas “doses” de leitura se converterão em lindos pontos na
hora da prova.
Para facilitar, eu coloquei o texto integral desses artigos logo após o resumo de
nossa aula. Se quiser já dar uma olhadinha, basta digitar no campo localizar “dis-
positivos de leitura obrigatória”.

2. Princípios Fundamentais – Análise Contextual

De início, é importante destacar que os princípios fundamentais designam as


características mais essenciais do Estado Brasileiro. Nesse sentido, ao estu-
darmos esses princípios, poderemos conhecer, juridicamente, como o nosso Estado
é formado, bem como suas principais singularidades. Os princípios fundamen-
tais tratam, conforme a teoria decisionista de Carl Schmitt, das decisões políti-
cas fundamentais que conformam (desenham) o nosso Estado.
Note que esses princípios são chamados de “fundamentais”. Fundamental é algo
essencial, algo que não pode faltar, algo imprescindível. Esses princípios são essen-
ciais à formação, à existência, bem como à atuação de nosso Estado.
Nesse sentido, os princípios fundamentais são o verdadeiro mandamento nu-
clear de todo o sistema normativo, administrativo e judicial do Estado Brasileiro.

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Dirley da Cunha Júnior2 ensina que “apesar de os princípios fundamentais ex-


pressarem decisões políticas fundamentais que estabelecem as bases políticas do
Estado, esses princípios são verdadeiras normas jurídicas operantes e vinculantes,
que todos os órgãos encarregados de criar e aplicar o Direito devem ter em conta e
por referência, seja em atividades de interpretação, seja em atividades de positiva-
ção do direito infraconstitucional (leis e demais atos normativos)”. E conclui: “pode-
mos assegurar que toda atividade de criação, interpretação e aplicação do
Direito tem nos princípios fundamentais do Título I o seu ponto de partida”.
O resumo é: todos os Poderes, no exercício de função típica ou atípica, devem
observar os princípios fundamentais, sob pena de atuarem em desrespeito à Cons-
tituição, pois esses princípios não são meros conselhos ou recomendações.
Na verdade, são normas jurídicas vinculantes dirigidas a todos poderes do Estado3.
Ah, um detalhe! O Estado Brasileiro, tecnicamente, chama-se4 República Fede-
rativa do Brasil (RFB).
Aqui, é importante ressaltar uma esclarecedora visão sistemática dos princípios
fundamentais desenvolvida por José Afonso da Silva5, para quem esses princípios
podem ser assim discriminados:
a) Princípios relativos à existência, forma e tipo de Estado – princípio federalista
(República Federativa do Brasil), soberania, Estado Democrático de Direito (art. 1º);
b) Princípio relativo à forma de governo – princípio republicano (República,
art. 1º);
c) Princípio relativo à organização dos poderes – separação de poderes (art. 2º);
d) Princípios relativos à organização da sociedade – princípio da livre organiza-
ção social, princípio da convivência justa e princípio da solidariedade (art. 3º, I);
e) Princípios relativos à vida política – princípio da cidadania, princípio da digni-
dade das pessoas e princípio do pluralismo político (art. 1º, II, III e V);
2
Curso de Direito Constitucional. 10 ed. Salvador: JusPODIVM, 2016. p. 457.
3
Para nosso estudo, Estado ou Estado Brasileiro refere-se à República Federativa do Brasil; estados ou esta-
dos-membros são entes regionais que compõe a nossa federação.
4
Na Constituição de 1824, chamava-se “Império do Brasil”. Da Constituição de 1891 à de 1967, chamou-se
“Estados Unidos do Brasil”. Com a Constituição de 1988, foi “batizado” República Federativa do Brasil.
5
Comentário Contextual à Constituição. 8 ed. São Paulo: Malheiros, 2012. p. 31.
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f) Princípios relativos ao regime democrático – princípio da soberania popular,


princípio da representação política e princípio da participação popular direta (art.
1º, parágrafo único);
g) Princípios relativos à prestação positiva do Estado – princípio do desenvolvi-
mento nacional (arts. 3º, II e 4º, I), princípio da justiça social (art. 3º, III), prin-
cípio da integração regional (art. 3º, III, segunda parte) e princípio da não discri-

minação (art. 3º, IV);

h) Princípios relativos à comunidade internacional – tais são os da independên-

cia nacional, da prevalência dos direitos humanos, da autodeterminação dos povos,

da não intervenção, da igualdade entre os Estados, da defesa da paz, da solução

pacífica dos conflitos e do repúdio ao terrorismo e ao racismo (art. 4º), e o da in-

tegração da América Latina (art. 4º, parágrafo único).

Levando em conta essa visão sistemática, cuidaremos, de agora em diante, dos

seguintes temas:

• A forma de governo;

• A forma de Estado;

• O regime político ou de governo;

• Os fundamentos da República Federativa do Brasil;

• Os objetivos fundamentais da RFB;

• Os princípios aplicáveis às relações internacionais;

• O princípio democrático ou da soberania popular;

• O princípio da separação de poderes.

Uma última informação valiosa:

Todos os temas do Título I de nossa Constituição (art. 1º a 4º) são princípios

fundamentais. Dessa forma, podemos, por exemplo, dizer que:


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• soberania é um fundamento, mas também é um princípio fundamental;

• o princípio da separação de poderes é um princípio fundamental;

• a cidadania, a construção de uma sociedade livre e a concessão de asilo polí-

tico são princípios fundamentais.

Fique atento! Isso é bastante explorado nas provas.

O que não pode ser admitido é a “mistura” dos fundamentos com os objetivos

fundamentais ou com os princípios aplicáveis às relações internacionais.

O examinador adora fazer isto:

(COPESE-UFPI/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2015) São objetivos fundamentais

da República Federativa do Brasil, dentre outros, não intervenção, defesa da paz e

cidadania6.

2.1. Forma de Governo

Para início de nossa conversa, já anote aí: o Brasil, desde 18897, adota a Re-

pública como forma de governo. Essa informação inicial já vale um pontinho na

prova!

Mais um ponto importante: nos termos do art. 2º do Ato das Disposições

Constitucionais Transitórias (ADCT8), no dia 7 de setembro de 1993, o eleitorado

6
Questão errada. Não intervenção e defesa da paz são princípios regentes das relações internacionais. Cida-
dania é fundamento da RFB.
7
Decreto n. 1, de 15 de novembro de 1889.
8
É um conjunto de normas constitucionais que têm como finalidade principal a regulamentação da transição
entre uma Constituição pretérita e um novo texto constitucional. O ADCT possui numeração própria de arti-
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brasileiro deveria definir, por meio de plebiscito, a forma (república ou monarquia

constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que

deveriam vigorar no país. Esse plebiscito ocorreu em 21 de abril de 1993 (data

alterada pela Emenda Constitucional n. 2/1992), e o eleitorado brasileiro, por

ampla maioria, decidiu manter a República (forma de governo) e o presi-

dencialismo (sistema de governo).

A forma de governo designa a maneira pela qual os governantes “chegam” ao

exercício do poder, bem como a relação existente entre governantes e governados.

Além disso, demonstra como se dará a permanência do governante no exercício do

poder.

Atualmente, temos duas formas básicas de governo: a república e a monarquia.

A república (res publica) é a coisa do povo. Ora, se “a coisa é do povo”, a esse

caberá a escolha daqueles que poderão cuidar dos interesses populares (gover-

no representativo). Além disso, o titular do poder, de tempos em tempos, poderá

substituir os seus representantes (princípio da alternância).

Em face dessas breves notas, podemos enumerar algumas características im-

portantes da forma de governo republicana. Vejamos:

1ª – Eletividade – os governantes são investidos no poder por meio de elei-

ções diretas (é a regra) ou indiretas9 (excepcionalmente). Observe que se trata de

governo representativo, na medida em que os governantes devem exercer suas

funções em nome (e em favor) de quem os elegeu.

2ª – Temporariedade do mandato – os governantes são investidos no poder

para exercê-lo por um tempo determinado10, após o qual haverá a escolha de novos

representantes. Nota-se a necessidade de alternância no exercício do poder.


gos, localizando-se logo após o artigo 250 da parte permanente da Constituição.
9
Exemplo de eleição indireta para Presidente e Vice-presidente da República: Art. 81, § 1º – Ocorrendo a
vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias
depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
10
Em regra, os mandatos eletivos são de quatro anos. Para senador, entretanto, o mandato é de oito anos.
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3ª – Prestação de contas – considerando que o governante cuida de algo que

não é seu, ele deverá prestar contas de sua administração. Em relação à prestação

de contas, vale destacar alguns dispositivos constitucionais relacionados:

Art. 17, III – prestação de contas relativas aos partidos políticos;


Art. 30, III – obrigação de o Município prestar contas acerca da utilização de suas re-
ceitas tributárias;
Art. 31, § 2º – obrigação de o Prefeito prestar contas anualmente;
Art. 34, VII, d – princípio constitucional sensível – prestação de contas da administra-
ção pública, direta e indireta, o qual, se desobedecido, pode levar à intervenção federal;
Art. 35, II – possibilidade de intervenção estadual se não forem prestadas contas mu-
nicipais devidas, na forma da lei;
Art. 70, parágrafo único – prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública
ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e va-
lores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obri-
gações de natureza pecuniária;
Art. 84, XXIV – obrigação de o Presidente da República prestar, anualmente, ao Con-
gresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as con-
tas referentes ao exercício anterior.

Continuando com as características da forma de governo republicana.

4ª – Responsabilização do governante – o governante, ao assumir o cargo,

tem por compromisso manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis,

promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a inde-

pendência do Brasil11. Dessa forma, caso haja o descumprimento dessa promessa,

poderá haver a responsabilização do governante, tanto por crimes comuns quanto

por crimes de responsabilidade.

5ª – Princípio da impessoalidade e da igualdade – considerando que a

República é a coisa do povo, seus integrantes devem receber igual tratamento

perante a lei (igualdade formal). Nessa linha, ensina Dirley da Cunha Júnior12 que

“na República é intolerável o tratamento distintivo entre pessoas que se encontram

11
Art. 78. Compromisso do Presidente e do Vice-presidente perante o Congresso Nacional.
12
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numa mesma posição jurídica. Não pode haver distinções de qualquer natureza,

exatamente porque essa forma de governar é incompatível com discriminações de

classes, pois inexiste, na República, classe dominante e classe dominada. Todos

são cidadãos. Assim, a República impõe o princípio da igualdade como postulado

básico da organização política e jurídica”.

Quadro resumo:

Principais características da forma republicana de governo


• Eletividade
• Temporariedade do mandato
• Prestação de contas
• Responsabilização do governante
• Princípio da igualdade e da impessoalidade

Veja agora o que o nosso órgão de cúpula do Poder Judiciário já decidiu acerca do

princípio republicano. Ah, órgão de cúpula é o órgão máximo do Judiciário, beleza?

Segundo o Supremo Tribunal Federal, “o postulado republicano – que repele

privilégios e não tolera discriminações – impede que prevaleça a prerrogativa

de foro, perante o STF, nas infrações penais comuns, mesmo que a prática delituo-

sa tenha ocorrido durante o período de atividade funcional, se sobrevier a cessação

da investidura do indiciado, denunciado ou réu no cargo, função ou mandato cuja

titularidade (desde que subsistente) qualifica-se como o único fator de legitimação

constitucional apto a fazer instaurar a competência penal originária da Suprema

Corte (CF, art. 102, I, b e c). Cancelamento da Súmula 394/STF (RTJ 179/912-

913). Nada pode autorizar o desequilíbrio entre os cidadãos da República.

O reconhecimento da prerrogativa de foro, perante o STF, nos ilícitos penais co-

muns, em favor de ex-ocupantes de cargos públicos ou de ex-titulares de mandatos

eletivos transgride valor fundamental à própria configuração da ideia repu-


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blicana, que se orienta pelo vetor axiológico da igualdade. A prerrogativa

de foro é outorgada, constitucionalmente, ratione muneris, a significar, portanto,

que é deferida em razão de cargo ou de mandato ainda titularizado por aquele que

sofre persecução penal instaurada pelo Estado, sob pena de tal prerrogativa – des-

caracterizando-se em sua essência mesma – degradar-se à condição de inaceitável

privilégio de caráter pessoal” (Inq 1.376 AgR).

Vale salientar que Aristóteles, em sua famosa obra A Política, destacou três for-

mas de governo: a Monarquia – o governo de um só; a Aristocracia – o governo

de uma pequena parcela, de poucos; e a República – o governo da “multidão”, de

muitos, visando à utilidade (interesse) público. Segundo o filósofo grego, estsas

três formas de governo poderiam se degenerar: a Monarquia em tirania; a Aristo-

cracia em oligarquia; a República em demagogia.

Essa visão tricotômica13 das formas de governo perdurou até o século XVIII

quando Maquiavel, em O Príncipe, declarou que “todos os domínios que exerceram

e exercem poder sobre os homens foram e são ou Repúblicas ou Principados”. A

partir daí, tem predominado a visão dualista das formas de governo: repú-

blica e monarquia.

Resumindo:

Formas de governo – principais características


República Monarquia
Eletividade Hereditariedade
Temporariedade do mandato Vitaliciedade
Responsabilização do governante “Irresponsabilidade” do rei perante o povo

13
Divisão em três partes ou elementos.
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Por fim, um destaque importante!

Embora a forma republicana não seja uma cláusula pétrea expressa, ela é um

princípio constitucional sensível, o qual, se desrespeitado, pode desencadear uma

intervenção federal (Art. 34, VII, a).

Se houver dúvidas, já sabe: corre lá no Fórum de Dúvidas e me chama, ok?

2.2. Forma de Estado

De início, já anote: o Brasil adota a forma federativa de Estado desde 1889,

quando também houve a proclamação da República.

Outro detalhe, que vale um pontinho na prova: a forma federativa de Estado

é uma cláusula pétrea expressa (art. 60, § 4º, I). Dessa forma, não será objeto

de deliberação proposta de emenda à Constituição tendente a abolir ou a esvaziar

o conteúdo essencial da forma federativa de Estado.

Por exemplo: nem mesmo por emenda à Constituição seria admitido o retorno

de nosso estado para unitário; da mesma forma, é vedada a permissão para “sepa-

ração” (secessão) no pacto federativo, em virtude do princípio da indissolubilidade

do vínculo federativo (art. 1º, caput e art. 34, I).

Fique atento! Não confunda:

Quadro resumo
• FOrma de GOverno • República (a República é FOGO)
• Forma de Estado • Forma FEderativa (FE)
• SIstema de GOverno • Presidencialismo (SIGO o Presidente)
• Regime político • Estado Democrático de Direito

O examinador adora “brincar” com esses termos!


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A forma de Estado designa a maneira pela qual o poder político é exercido em


certo território. Se o poder é exercido de forma centralizada, havendo apenas um
centro de poder político, que irradia suas decisões sobre todo o território do Estado,
estaremos diante de um estado unitário (exemplos: França, Inglaterra, Uruguai).
Se, ao contrário, nesse território houver repartição do poder político entre pes-
soas dotadas de autonomia política, encontraremos o núcleo do estado federativo
(exemplos: Brasil, Estados Unidos da América).
Vale ressaltar que a autonomia política, no sentido amplo, envolve as seguintes
capacidades:
1 – Auto-organização, por meio da qual os entes federativos poderão elaborar sua
lei fundamental (exemplo: Constituição Estadual, Leis Orgânicas Municipais ou do DF);
2 – Autonormatização, por meio da qual os entes federativos elaboram suas leis;
3 – Autogoverno, por meio do qual os entes federativos organizam seu gover-
no e elegem seus representantes; e
4 – Autoadministração, por meio da qual os entes federativos prestam servi-
ços públicos próprios, contratam servidores, realizam licitações.
Parcela da doutrina tem mencionado, além do estado unitário simples e do es-
tado federativo, o estado regional e o estado autonômico. Essas duas formas de
estado seriam uma espécie de estado unitário descentralizado, na medida em que
haveria uma maior descentralização de poderes (administrativos e, nesse caso,
legislativos) para as divisões regionais. Citam-se, como exemplos, a Itália e a Espa-
nha. Nota-se que o estado regional e o autonômico são verdadeiros intermediários
entre o estado unitário simples e o estado federativo.
Além dessas, também tem sido inserida, entre as formas de estado, a confede-
ração14. Essa é uma forma de pacto entre estados soberanos (países), formalizada
por meio de tratado internacional. Como as partes integrantes não abdicam de sua
soberania, elas, em tese, podem sair do pacto a qualquer momento. Vale dizer, nas
confederações, há o direito de secessão.
14
Embora a confederação, no geral, seja considerada uma forma de Estado por parcela da doutrina (isso deve
ser levado em conta para a prova), discordamos desse posicionamento na medida em que, tecnicamente,
não se trata de modo de exercício do poder político em determinado território. Na verdade, conforme vimos,
trata-se de um vínculo formalizado entre estados soberanos.
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A distribuição de competências entre pessoas jurídicas titulares de autonomia polí-


tica é a característica fundamental da forma federativa de Estado.

2.2.1. Origem do Federalismo – nota objetiva

O federalismo nasceu com a Constituição dos Estados Unidos da América, em


1787. Após a declaração de independência das treze colônias inglesas, estas, já
detentoras de soberania (na verdade, como Estados soberanos), inicialmente reu-
niram-se em uma confederação (pacto de Estados soberanos, normalmente for-
malizado por meio de tratado internacional). Entretanto, em 1787, na conhecida
Convenção de Filadélfia, esses Estados decidiram desfazer a confederação de Esta-
dos soberanos e “criar” um pacto indissolúvel no qual haveria apenas um Estado
Federal soberano, formado por estados-membros autônomos. Esse pacto
(a federação) seria formalizado por uma Constituição escrita – no caso, a primeira
constituição escrita do mundo: a Constituição dos Estados Unidos da América. Por
meio dessa Constituição, surgiu o federalismo norte-americano e, consequente-
mente, os Estados Unidos da América.
Note que o movimento de formação do federalismo norte-americano ocorreu
“de fora para dentro”. Vale dizer, os Estados soberanos “abriram mão” de sua so-
berania em prol da formação do pacto federativo. Percebe-se que houve ali um
movimento de agregação, de integração, um movimento centrípeto15.

2.2.2. Federalismo brasileiro

Em 1889, inspirado no federalismo norte-americano, foi proclamada, no Brasil,


a República Federativa. Com isso, as províncias até então existentes foram trans-
formadas em estados federados.
15
Centrípeto é aquilo que tende a se aproximar do centro.
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Temos de ficar bem atentos com o seguinte: até 1889, o Brasil era um esta-

do monárquico-unitário. Com a edição do Decreto n. 1, de 15 de novembro de 1889,

nosso Estado transformou-se em República Federativa. Essa decisão foi confirmada

na Constituição de 1891 e mantida nas demais constituições, até a de 1988.

Vê-se que o nosso Estado era unitário e descentralizou-se politicamente. Obser-

ve que o movimento de formação do federalismo brasileiro se deu de “dentro para

fora”, ou seja, ocorreu por desagregação, segregação. A esse movimento desagre-

gador chamamos de centrífugo16.

O federalismo norte-americano surgiu por agregação (centrípeto). O federalismo

brasileiro, por desagregação (centrífugo).

(FUNCAB/ATIVIDADE TÉCNICA – DIREITO, ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁ-

BEIS E ECONOMIA/MPOG/2015) Sobre a forma de Estado, é correto afirmar que o

Brasil se apresenta como um(a):

a) Confederação.

b) Estado unitário com delegação de poder por descentralização.

c) Estado unitário com delegação de poder por devolução.

d) Federação por movimento centrífugo.

e) Federação por movimento centrípeto17.

16
Centrífugo é aquilo que se afasta ou se desvia do centro.
17
Letra “d”, pois o nosso federalismo nasceu por um movimento de desagregação.
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Vamos agora analisar as principais características da forma federativa de Estado.

1ª – Atribuição de soberania apenas ao Estado Federal (no nosso caso, à

República Federativa do Brasil, que é a pessoa jurídica de direito público internacio-

nal ou externo – art. 1º, I, e art. 4º, I);

2ª – Repartição do poder político entre pessoas federativas dotadas de auto-

nomia política (nossos entes federativos18 – União, Estados, DF e Municípios – são

autônomos – art. 18, caput – pessoas jurídicas de direito público interno);

Vamos destacar dois pontos:

1º – Percebeu que a União possui somente autonomia? Pois é, a banca

examinadora insiste em dizer que a União tem soberania. Isso é errado ou

falso? Os dois, né? Anota aí, beleza!? A União possui autonomia.

Em virtude disso, não há hierarquia entre os entes federativos. Se a União fosse

soberana, os demais entes deveriam se subordinar ao governo federal. O que nossa

Constituição, EXPRESSAMENTE, não contemplou.

2º – Em virtude da composição de nossa federação, a qual, além da União, dos

Estados e DF, inclui os Municípios, diz-se que nosso federalismo, quanto a esse as-

pecto, é tricotômico ou de segundo ou duplo grau.

3ª – Pacto indissolúvel formalizado por uma Constituição escrita e rígida (não

existe direito de secessão – art. 34, I – princípio da indissolubilidade do pacto

federativo e possibilidade de intervenção federal para manter a sua inte-

gridade);
18
Território Federal não é ente federativo, na forma do § 2º do artigo 18. Trata-se, segundo a doutrina, de
autarquia territorial da União.
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4ª – Existência de um tribunal da Federação (no caso, o Supremo Tribunal


Federal, a quem cabe julgar os conflitos federativos – art. 102, I, f);
5ª – Participação (paritária) dos entes federativos na formação das de-
cisões nacionais (no caso, por meio do Senado Federal – a casa política da Fede-
ração – art. 46);
6ª – A forma federativa de Estado é uma cláusula pétrea expressa (art. 60,
§ 4º, I).

(CESPE/JUIZ DO TRABALHO/TRT 5ª REGIÃO – BA/2013) Como o federalismo esta-


belecido na CF é assimétrico, é conferido aos estados, aos municípios e ao Distrito
Federal, como entes federativos, o direito de secessão19.

Quadro resumo:

Principais características da forma federativa de Estado


Atribuição de soberania apenas ao Estado Federal
Pessoas federativas dotadas de autonomia política
Pacto indissolúvel
Existência de um tribunal da Federação
Participação dos entes federativos na formação das decisões nacionais
A forma federativa de Estado é uma cláusula pétrea expressa

(CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA/TRE-MT/2015) Nos termos da


CF, em casos de crise institucional ou por decisão da população diretamente inte-
ressada, é garantido ao ente federativo o direito de secessão, ou seja, de desagre-

gar-se da Federação20.

19
Questão errada. O pacto federativo é indissolúvel, não se admitindo o direito de secessão.
20
Questão errada. O pacto federativo é indissolúvel. Dessa forma, nem mesmo por meio de emenda à Cons-
tituição seria possível autorizar o direito de secessão, pois se trata de núcleo essencial da forma federativa
de Estado, a qual é uma cláusula pétrea.
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2.3. Princípio Fundamental do Estado Democrático de Direito

A Constituição Federal de 1988 estabelece que a República Federativa do Brasil


constitui-se em Estado Democrático de Direito. Parcela da doutrina entende que se
trata do regime político (ou de governo) adotado no Brasil.
Segundo Dirley da Cunha Júnior21, o Estado de Democrático de Direito é princí-
pio fundamental que reúne os princípios do estado de direito e do estado democrá-
tico, não como simples reunião formal, mas como providência de transformação do
status quo22 e garantia de uma sociedade pluralista, livre, justa e solidária, em que
todo o poder emane do povo e seja exercido em benefício do povo, com o reconhe-
cimento e a afirmação dos direitos humanos fundamentais que possam realizar, na
sua plenitude, a dignidade da pessoa humana.
O núcleo do Estado Democrático de Direito é um Estado governado pela vontade
da lei (império da lei – aspecto formal), a qual deve ser elaborada por represen-
tantes do povo (legitimidade democrática – aspecto material) e, além disso,
encontrar-se em sintonia com os interesses populares.
A origem do estado de direito está vinculada à luta da burguesia contra o ab-
solutismo que dominou até a metade do século XVIII. Tinha por bandeira, ba-
sicamente, a submissão de todos, sobretudo o Estado, ao império da lei, a
separação de poderes e a declaração de direitos individuais23.
Antes do advento do estado de direito, o rei ou monarca possuía um poder ab-
soluto, em virtude do qual decidia as questões de interesse do Estado da forma lhe
conviesse. Nesse tipo de estado (absoluto), em tese, “o rei pode tudo”.
Com a implantação do estado de direito, no entanto, a fonte primária das de-
cisões desloca-se da vontade do governante para a vontade da lei. Note a

vinculação direta entre o estado de direito e o princípio da legalidade.

21
Curso de Direito Constitucional. 10 ed. Salvador: JusPODIVM, 2016. p. 462.
22
Expressão latina que pode ser traduzida como “no mesmo estado que antes”.
23
Dirley da Cunha Júnior. Op. cit. p. 462.
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Entretanto, nessa fase do estado de direito, não havia uma preocupação com

o aspecto material (conteúdo) ou de legitimidade da lei. Vale dizer, o governante

tinha que fundamentar suas decisões em uma lei (preocupação apenas com o as-

pecto formal), independentemente de o conteúdo da lei ser legítimo ou não.

Em razão disso, deu-se mais um passo nessa evolução (começamos no estado

absolutista, avançamos para o estado de direito), e chegamos ao Estado Demo-

crático de Direito. Nessa nova fase, que representa uma verdadeira transforma-

ção em relação às etapas anteriores, exige-se que a lei, além de respeitar as exi-

gências formais (processo legislativo), apresente um conteúdo (aspecto material)

que esteja em sintonia com os anseios democráticos, ou seja, que materialize os

interesses do povo.

A Constituição de 1988 inovou e reuniu, em um mesmo princípio, as bases do

estado de direito e do estado democrático, provocando a conexão entre os seus

postulados. Assim, se é certo que o elemento básico do estado de direito é a lei,

não menos certo é que a lei deixa de ser entendida como mero enunciado formal

do legislador, desprovida de conteúdo material ou substancial, para ser concebida e

exigida como um ato de concretização dos valores humanos, morais e éticos funda-

mentais consagrados na Constituição, numa perspectiva democrática imposta pela

soberania popular. Desse modo, lei que não atende a essa exigência é lei inconsti-

tucional e deve ser desprezada24.

Atualmente, em virtude do neoconstitucionalismo, a doutrina já defende uma

nova ótica, qual seja: o Estado Constitucional de Direito, no qual a Constituição

Federal, e não mais a lei, assume o papel de centralidade na definição das condutas

sociais e estatais.
24
Dirley da Cunha Júnior. Op. Cit. 463.
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Por fim, acompanhe comigo algumas características relevantes do Estado

Democrático de Direito25:

a) Constitucionalidade: vinculação do Estado Democrático de Direito a uma

Constituição como instrumento básico de garantia jurídica;

b) Organização democrática da sociedade;

c) Sistema de direitos fundamentais individuais e coletivos, seja como

Estado “de distância”, porque os direitos fundamentais asseguram ao homem uma

autonomia perante os poderes públicos, seja como um Estado “antropologicamente

amigo”, pois respeita a dignidade da pessoa humana e empenha-se na defesa e

garantia da liberdade, da justiça e da solidariedade;

d) Justiça social como mecanismo corretivo das desigualdades;

e) Igualdade não apenas como possibilidade formal, mas também como arti-

culação de uma sociedade justa;

f) Especialização dos Poderes ou de funções, marcada por um novo rela-

cionamento e vinculada à produção dos “resultados” buscados pelos “fins constitu-

cionais”;

g) Legalidade que aparece como medida do direito, isto é, através de um meio

de ordenação racional, vinculativamente prescritivo, de regras, formas e procedi-

mentos que excluem o arbítrio e a prepotência;

h) Segurança e certeza jurídicas.

(QUADRIX/ANALISTA TÉCNICO/CFP/2016) O Estado Democrático de Direito ba-

seia-se em uma sociedade livre, justa e solidária, como afirma nossa Constituição,

na qual o poder deve emanar do povo, sendo exercido em seu proveito, diretamen-

25
STRECK, Lenio L. Comentário ao artigo 1º. In: CANOTILHO, J.J. Gomes; MENDES, Gilmar F; SARLET, Ingo
W. Comentários à Constituição do Brasil. São Paulo: Saraiva/Almedina, 2013. p. 114.
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te, ou por meio de representantes eleitos. Deve ser um Estado promotor de justiça
social, tendo a legalidade como princípio basilar. Porém, a lei não deve ficar adstrita
em uma esfera puramente normativa e abstrata, mas, sim, deve influir na realidade
social do povo. Os princípios que alicerçam o Estado Democrático de Direito são,
exceto:
a) Princípio da constitucionalidade.
b) Sistema de direitos fundamentais.
c) Igualdade.
d) Unificação de poderes.
e) Segurança jurídica26.

Lembrando: se precisar, estou aqui no Fórum de Dúvidas à sua disposição,


beleza? É só me chamar!
Vamos avançar…

2.4. Princípio Democrático ou da Soberania Popular

Diz a Constituição que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição. Esse é o ponto
de partida para analisarmos o princípio democrático ou da soberania popular.
De início, temos de diferenciar duas “coisitas”: a titularidade do poder e a forma
pela qual ele é exercido.
Em relação à titularidade, vimos que o poder pertence ao povo. Trata-se de
uma decorrência do regime democrático27, o qual foi elevado à condição de princí-

pio constitucional sensível pelo nosso constituinte (art. 34, VII, a).

26
Gabarito: letra “d”, pois a especialização de funções entre os poderes é uma das características do Estado
Democrático de Direito.
27
A palavra democracia tem origem na Grécia Antiga. (demo = povo e kracia ou cratos = poder ou governo).
Daí a ideia de poder do povo como algo inerente ao regime democrático.
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Só lembrando: o desrespeito aos princípios constitucionais sensíveis pode le-


var à decretação de intervenção federal, na forma indicada nos artigos 34 e 36 de
nossa Constituição.
Quanto ao exercício do poder, a Constituição deixa claro que há duas for-
mas, quais sejam:
a) o exercício diretamente pelo povo (democracia direta);
b) o exercício indireto, por meio de representantes eleitos (democracia repre-
sentativa).
Em decorrência da conjugação dessas duas formas de exercício do poder, diz a
doutrina que a democracia brasileira é semidireta ou participativa, na medi-
da em que conciliamos a democracia direta com a democracia representativa.
No exercício direto do poder (democracia direta), o povo28, sem interme-
diários, participa diretamente das decisões políticas do Estado.
Nos termos do caput do artigo 14, a soberania popular será exercida pelo sufrá-
gio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos
da lei, mediante: I – plebiscito; II – referendo; III – iniciativa popular.
Encontramos, nesse dispositivo, alguns meios exemplificativos de exercício di-
reto do poder.
No exercício indireto (democracia representativa), são eleitos represen-
tantes (no sentido geral, Presidente, Governadores, Prefeitos, Deputados, Senado-
res, Vereadores) que atuarão em nome do povo (e para o povo).

2.5. Princípio da Separação (funcional) dos Poderes

O princípio da separação funcional de poderes, o qual é uma cláusula pétrea


expressa (art. 60, §, 4º, III), está previsto no artigo 2º de nossa Constituição.
Nos termos do art. 2º, são Poderes da União, independentes e harmônicos entre
si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
28
Povo, um dos elementos constitutivos do Estado, pode ser definido como o conjunto dos nacionais de um
determinado Estado. No ordenamento jurídico brasileiro, pode-se dizer que se tratam dos brasileiros natos e
naturalizados. Mais abrangente que o conceito de povo é o de população. Neste, incluem-se todas as pessoas
que se encontram em um determinado Estado num dado momento. Nesse caso, além dos nacionais, podem
ser incluídos os estrangeiros e os apátridas.
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Os Estados-membros também possuem os três poderes mencionados.


Os Municípios, por sua vez, possuem apenas Legislativo (Câmara de Vereado-
res) e Executivo (Prefeito e Vice). Não há Poder Judiciário municipal (isso é básico,
mas cai muito na prova!).
No Distrito Federal, temos uma situação meio atípica. Segundo o artigo 53 da
Lei Orgânica do DF, são poderes do Distrito Federal, independentes e harmônicos
entre si, o Executivo e o Legislativo.
Note que o DF também não possui Poder Judiciário (próprio). Por exemplo, o
TJDFT é um órgão federal que atua no DF. Os servidores do TJDFT não são
vinculados ao governo do Distrito Federal. São, na verdade, servidores públicos
federais.
Isso decorre do inciso XIII do artigo 21 da Constituição Federal, segundo o
qual compete à União organizar e manter o Poder Judiciário e o Ministério
Público do Distrito Federal e Territórios (o examinador vai te perguntar sobre
isso!!!).
Resumindo…

Organização dos Poderes


Poderes da Poderes dos Poderes dos Poderes do
União Estados-membros Municípios Distrito Federal
• Legislativo • Legislativo • Legislativo • Legislativo
• Executivo • Executivo • Executivo • Executivo
• Judiciário • Judiciário -------------- --------------

Nossa Lei Maior (desde a Constituição de 1891) adota a teoria tripartida dos
Poderes, conforme a formulação de Montesquieu (no Livro Espírito das Leis). En-
tretanto, em nossa Constituição Imperial havia a previsão de quatro poderes (visão
quadripartida): Legislativo, Executivo, Judiciário e Moderador.
A previsão desses Poderes do Estado decorre da soberania estatal, a qual é
una e indivisível. Em virtude disso, a doutrina ensina que, na verdade, existe uma
divisão de funções estatais, pois o poder, em si, é uno e indivisível (assim como a

soberania da qual decorre).


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Vamos conversar um pouquinho mais sobre isso?

No Estado, há três funções básicas: a legislativa ou legiferante (ato de criação

das leis), a executiva ou administrativa, e a jurisdicional.

Durante muito tempo, essas três funções encontravam-se concentradas nas

mão de uma só pessoa. Normalmente, nas mão do rei (especialmente, até o século

XVIII).

Perceba que, nessa época, já havia as três funções estatais básicas, o “proble-

ma” era a centralização delas nas mãos de uma só pessoa.

A grande mudança ocorrida, em especial após o século XVIII, foi a entrega de

cada uma dessas funções a órgãos distintos (a isso que se chama de separação

funcional dos poderes).

A Revolução Francesa, em 1789, “embalada” pelos ensinos do Montesquieu, foi

o principal marco nessa mudança.

Nessa linha, destaca-se o artigo 16 da Declaração de Direitos do Homem e do

Cidadão, de 26 de agosto de 1789, segundo o qual “a sociedade em que não esteja

assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos poderes não

tem Constituição”.

Perceba que a separação de poderes, já nesse texto de 1789, foi elevada à

categoria de norma materialmente constitucional, indispensável à identidade da

Constituição.

Aqui vale lembrar (e anotar!) que o princípio da separação de poderes é uma

cláusula pétrea expressa (art. 60, § 4º, III). Vale dizer, integra a identidade de

nossa Constituição.

Essa separação de funções entre órgãos estatais distintos (divisão de poderes),

conforme destacado, é o núcleo da teoria do Montesquieu.

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Segundo os ensinos do professor José Afonso da Silva29, a divisão de Poderes

fundamenta-se, pois em dois elementos: a) especialização funcional, significando

que cada órgão é especializado no exercício de uma função; b) independência or-

gânica, significando que, além da especialização funcional, é necessário que cada

órgão seja efetivamente independente dos outros, o que postula ausência de meios

de subordinação.

É fundamental ter em mente que nem a divisão de funções entre os órgãos

do Poder nem sua independência são absolutas. Há interferências, que visam

ao estabelecimento de um sistema de freios e contrapesos, à busca do equilíbrio

necessário à realização do bem da coletividade e indispensável para evitar o arbítrio

e o desmando de um em detrimento do outro, e especialmente dos governados30.

2.5.1. Funções típicas e atípicas

Nos termos do artigo 2º, já citado, os Poderes devem atuar com independência

e harmonia. Além da tradição constitucional, essa fórmula (principalmente, consi-

derando os Poderes Legislativo e Executivo) é uma decorrência direta do sistema

presidencialista de governo.

Nós vimos que há três funções estatais básicas: legislativa, executiva ou admi-

nistrativa e jurisdicional.

Levando em conta os ensinos do Montesquieu, cada função deve ser entregue a

um órgão distinto, para que este a exerça com independência e em harmonia com

demais poderes.

Desse binômio, independência e harmonia, criou-se a teoria das funções típicas

e atípicas.

29
Comentário Contextual à Constituição. 8 ed. São Paulo: Malheiros. p. 46.
30
José Afonso da Silva. Op. Cit. 46.
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A função típica (principal, direta, imediata) é a que prepondera no Poder. Já

a função atípica (secundária, indireta) seria o exercício de parcela de função de

outro Poder.

Vamos analisar alguns exemplos para esclarecer melhor:

1º – A função típica do Poder Legislativo é a legislativa (e a fiscalizatória). Pelo

exercício da função legislativa ou legiferante, o Poder Legislativo, normalmente, cria

direito novo (legisla), por meio das espécies normativas previstas no artigo 5931.

Entretanto, além dessa função predominante, o Legislativo também exerce fun-

ção jurisdicional, quando, por exemplo, o Senado Federal processa e julga o Pre-

sidente da República nos crimes de responsabilidade (art. 52, I). Note que, nesse

caso, o Legislativo não está exercendo sua função típica. Na verdade, está exer-

cendo parcela de poder que, tipicamente, pertence ao Judiciário. Por isso, diz-se

que se trata de função atípica, pois o Legislativo não estaria exercendo sua função

principal ou preponderante.

Podemos ainda citar o Legislativo organizando sua estrutura de pessoal (reali-

zando concursos públicos) ou mesmo patrimonial. Nesses últimos casos, o Legisla-

tivo exerce função atípica administrativa.

2º – Ao Poder Judiciário compete a função típica de dizer o direito diante dos

casos concretos que lhe são apresentados. “Dizer o direito” é o núcleo da função

jurisdicional – a função típica, principal, preponderante ou predominante no Po-

der Judiciário.

No entanto, o Judiciário cria normas (por exemplo, seus regimentos internos),

bem como administra suas secretarias, contrata servidores e realiza licitações.


Nesses dois casos, temos o Judiciário exercendo funções atípicas normativas
e administrativas, respectivamente.

31
À exceção da medida provisória, a qual é editada pelo Presidente da República em casos de relevância e
urgência (art. 62).
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O núcleo da teoria das funções típicas e atípicas é: os três32 Poderes exercem as

três funções. Ora de forma típica, ora atípica.

2.5.2. Teoria dos freios ou contrapesos

Ainda na lição de Montesquieu, o poder deveria controlar o poder, para que

não fossem repetidas as arbitrariedades cometidas no antigo regime de centraliza-

ção de funções. Com base nessa máxima, criou-se a teoria dos controles recíprocos,

dos freios e contrapesos ou, na formulação americana, dos checks and balances.

Funciona basicamente assim:

Um Poder deve controlar o outro e, por este, será controlado.

Devemos ressaltar que o exercício desse controle interpoderes está sujeitos aos

limites impostos no texto constitucional, a fim de que não haja ingerências indevi-

das de um Poder sobre o outro.

O Supremo Tribunal Federal, sobre isso, já decidiu que a fiscalização legislativa

da ação administrativa do Poder Executivo é um dos contrapesos da CF à separa-

ção e independência dos Poderes: cuida-se, porém, de interferência que só a

Constituição da República pode legitimar (ADI 3.046).

Note que somente a Constituição pode legitimar o controle exercido por

um Poder sobre o outro. A lei não pode criar novas formas de freios e contrape-

sos que não encontrem fundamento na Constituição Federal.

32
Parcela da doutrina administrativista tem defendido que o Poder Executivo não exerce função jurisdicional,
pois não houve essa previsão na Constituição. Embora respeitemos essa posição, com ela discordamos, pois,
embora o Executivo não exerça a função jurisdicional no sentido restrito (aquela que faz coisa julgada), ele
a exerce no contencioso administrativo, julgando os processos administrativos que lhes são próprios.
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Exemplificando a teoria:

1º exemplo – O Legislativo, após aprovar projeto de lei, deve remetê-lo ao

Chefe do Poder Executivo para sanção ou veto. Sanção ou veto são meios de con-

trole do Poder Executivo sobre o Legislativo. Ressalta-se, ainda, a possibilidade de

o Congresso Nacional “derrubar” o veto presidencial (art. 66, § 5º). Agora, a situ-

ação se inverte: Legislativo controlando o Executivo.

2º exemplo – O projeto de lei foi aprovado pelo Legislativo, sancionado, pro-

mulgado e publicado pelo Executivo. O Judiciário pode declarar a inconstituciona-

lidade dessa lei, invalidando-a em face da Constituição. Trata-se de controle do

Judiciário sobre atos do Legislativo e do Executivo.

3º exemplo – Surgindo uma vaga no Supremo Tribunal Federal, caberá ao Pre-

sidente da República a indicação de um nome que preencha os requisitos constitu-

cionais. Após a indicação, caberá ao Senado Federal aprovar, por maioria absoluta,

o nome indicado pelo Presidente (art. 101). Havendo a aprovação pelo Senado, o

Presidente da República nomeará o novo ministro do STF. Trata-se de controle do

Executivo sobre o Judiciário, e do Legislativo sobre o Executivo e o Judiciário.

(CESPE/ANALISTA – DIREITO/MPU/2013) A CF instituiu mecanismos de freios e

contrapesos, de modo a concretizar-se a harmonia entre os Poderes Legislativo,

Executivo e Judiciário, como, por exemplo, a possibilidade de que o Poder Judiciário

declare a inconstitucionalidade das leis33.

33
Questão certa. O controle de constitucionalidade é uma forma de materialização da teoria dos freios e con-
trapesos.
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Por fim, é importante destacarmos algumas decisões do Supremo Tribunal Fe-

deral acerca do princípio da separação dos Poderes. Vejamos.

Segundo o STF:

• Não ofende os princípios da separação e da harmonia entre os Poderes do

Estado a decisão do Supremo Tribunal Federal que, em inquérito destinado a

apurar ilícitos penais envolvendo deputado federal, determinou, sem prévia

autorização da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, a coleta de dados

telemáticos nas dependências dessa Casa Legislativa (AC 4.005 AgR);

• A convocação de sessão extraordinária pela edilidade (o caso envolvia uma

Câmara de Vereadores) configura ato interna corporis, não passível, portanto,

de revisão pelo Poder Judiciário, maculando-se o princípio da separação

dos Poderes, assegurado no art. 2º da CF (SL 846 AgR);

• É lícito ao Judiciário (não viola a separação de Poderes) impor à Administra-

ção Pública obrigação de fazer, consistente na promoção de medidas ou na

execução de obras emergenciais em estabelecimentos prisionais. Suprema-

cia da dignidade da pessoa humana que legitima a intervenção judicial (RE

592.581, com repercussão geral);

• O Poder Judiciário, em situações excepcionais, pode determinar que a adminis-

tração pública adote medidas assecuratórias de direitos constitucionalmente

reconhecidos como essenciais, sem que isso configure violação do princí-

pio da separação dos poderes, inserto no art. 2º da CF (RE 669.635 AgR);

• É inconstitucional (por ferir a separação de poderes) qualquer tentativa

do Poder Legislativo de definir previamente conteúdos ou estabelecer prazos

para que o Poder Executivo, em relação às matérias afetas a sua iniciativa,

apresente proposições legislativas, mesmo em sede da Constituição estadu-

al, porquanto ofende, na seara administrativa, a garantia de gestão superior

dada ao chefe daquele Poder (ADI 179);


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• Quando o Executivo e o Judiciário expedem atos normativos de caráter não

legislativo – regulamentos e regimentos, respectivamente –, não o fazem no

exercício da função legislativa, mas no desenvolvimento de “função normati-

va”. O exercício da função regulamentar e da função regimental não decorrem

de delegação de função legislativa; não envolvem, portanto, derrogação do

princípio da divisão dos Poderes (HC 85.060);

• A aprovação, pelo Legislativo, da indicação dos presidentes das entidades da

Administração Pública indireta restringe-se às autarquias e fundações públi-

cas, dela excluídas as sociedades de economia mista e as empresas públicas.

A intromissão do Poder Legislativo no processo de provimento das

diretorias das empresas estatais colide com o princípio da harmonia e

interdependência entre os Poderes. A escolha dos dirigentes dessas em-

presas é matéria inserida no âmbito do regime estrutural de cada uma delas

(ADI 1.642);

• Os requisitos constitucionais legitimadores da edição de medidas pro-

visórias, vertidos nos conceitos jurídicos indeterminados de “relevância” e

“urgência” (art. 62 da CF), apenas em caráter excepcional se submetem

ao crivo do Poder Judiciário, por força da regra da separação de poderes

(art. 2º da CF) (ADI 2.213);

• Afronta os princípios constitucionais da harmonia e independência entre os

Poderes e da liberdade de locomoção norma estadual que exige prévia licença

da Assembleia Legislativa para que o Governador e o Vice-Governador pos-

sam ausentar-se do país por qualquer prazo. Espécie de autorização que, se-

gundo o modelo federal, somente se justifica quando o afastamento exceder

a quinze dias. Aplicação do princípio da simetria (ADI 738).

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2.6. Fundamentos

Os fundamentos representam as bases sobre as quais o Estado Brasileiro está

assentado.

Nos termos do art. 1º de nossa Constituição, a República Federativa do Brasil,

formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,

constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I – a soberania;

II – a cidadania;

III – a dignidade da pessoa humana;

IV – os valores sociais do trabalho e da livre-iniciativa;

V – o pluralismo político.

Acompanhe comigo alguns pontos relevantes.

Soberania

A soberania pode ser conceituada como um poder político supremo e inde-

pendente, entendendo-se por supremo aquele poder que não está limitado por ne-

nhum outro na ordem interna, e por poder independente aquele que, na sociedade

internacional, não tem de acatar regras que não sejam voluntariamente aceitas e

está em pé de igualdade com os poderes supremos dos outros povos34.

Jean Bodin foi o primeiro teórico acerca do conceito de soberania. Ele o de-

senvolveu, no século XVI, em sua obra Os Seis Livros da República. Para Bodin, a

soberania é um poder absoluto e perpétuo da República. Destaca-se que, já àquela

época, Bodin defendia a limitação do poder absoluto do monarca pelas leis naturais

e pelas leis de Deus (leis divinas).

34
CAETANO, Marcelo. Direito Constitucional. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 1987. p. 169. V.1.
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A soberania tem sido estudada, atualmente, sob duas óticas distintas: sobera-

nia interna e soberania externa. Não são duas soberanias diferentes, pois a

soberania é una e indivisível! Trata-se de apenas uma soberania, mas estudada

por dois ângulos distintos (como se fossem dois lados de uma mesma moeda).

A soberania interna vincula-se ao poder do povo (soberania popular ou prin-

cípio democrático, conforme estudamos anteriormente).

No plano externo, a soberania vincula-se à independência nacional (art. 4º, I).

Essa visão dualista ou dicotômica já foi abordada pelo Supremo Tribunal Federal.

Em decorrência dessa face externa da soberania, os Estados estrangeiros, no plano

internacional, atuam em regime de cooperação ou colaboração. Não há subordina-

ção entre os países.

Segundo o STF, o art. 1º da Constituição assenta como um dos fundamentos do

Estado Brasileiro a sua soberania – que significa o poder político supremo dentro do

território, e, no plano internacional, no tocante às relações da República Federativa

do Brasil com outros Estados soberanos, nos termos do art. 4º, I, da Carta Magna.

A soberania nacional no plano transnacional funda-se no princípio da independên-

cia nacional, efetivada pelo Presidente da República, consoante suas atribuições

previstas no art. 84, VII e VIII, da Lei Maior. A soberania, dicotomizada em interna

e externa, tem na primeira a exteriorização da vontade popular (art. 14 da CRFB)

através dos representantes do povo no parlamento e no governo; na segunda, a

sua expressão no plano internacional, por meio do Presidente da República (Rcl

11.243).

Veja alguns dispositivos constitucionais relacionados à soberania:

• Art. 5º, LXXI – mandado de injunção, quando a falta de norma regulamenta-

dora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das

prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

• Art. 14, caput – formas de exercício direto da soberania popular;


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• Art. 17, caput – os partidos políticos devem resguardar a soberania nacional;

• Art. 91, caput – o Conselho Nacional de Defesa opina nos assuntos relativos

à soberania nacional;

• Art. 170, I – soberania nacional como um dos princípios da ordem econômica.

Cidadania

A cidadania, assim como a soberania, pode ser estudada sob duas óticas dis-

tintas:

1ª – Cidadania vinculada ao exercício dos direitos políticos – nesse sen-

tido, cidadão é o brasileiro, nato ou naturalizado35 detentor de título de eleitor que

possa, ao menos, votar. Esse status é imprescindível, por exemplo, para o exercí-

cio da soberania popular por meio do voto, do plebiscito, do referendo, da iniciativa

popular, bem como para a propositura de ação popular. Nota-se aqui uma íntima

relação entre a cidadania e o princípio democrático. Essa primeira face é chamada

de cidadania em sentido restrito (stricto ou jurídico).

2ª – Cidadania relacionada ao direito de “possuir direitos” – trata-se aqui

de um conceito mais amplo de cidadania, o qual não se restringe ao exercício dos

direitos políticos. Nesse segundo sentido, todas as pessoas são vistas como titula-

res de direitos em relação ao Estado. Pode-se, a título ilustrativo, fazer um link36

com a capacidade de gozo ou de direito extraída do artigo 1º do Código Civil, se-

gundo o qual “toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”. Essa visão

ampliada da cidadania decorre do princípio da dignidade da pessoa humana.

35
Ou, excepcionalmente, o português equiparado a quem seja atribuído direitos políticos no Brasil (art. 17
do Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta, entre a República Federativa do Brasil e a República Portu-
guesa, celebrado em Porto Seguro em 22 de abril de 2000 – Decreto n. 3.927/2001).
36
Palavra da língua inglesa que pode ser traduzida como ligação.
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Nessa dimensão mais ampla, a cidadania consiste na consciência de pertinência

à sociedade estatal como titular de direitos fundamentais, da dignidade como pes-

soa humana, da integração participativa no processo do poder, com a igual cons-

ciência de que essa situação subjetiva envolve também deveres de respeito à

dignidade do outro, de contribuir para o aperfeiçoamento de todos. Essa cidadania

requer providências estatais no sentido da satisfação de todos os direitos funda-

mentais em igualdade de condições37.

Nessa linha, já decidiu o STF que ninguém é obrigado a cumprir ordem ilegal, ou a

ela se submeter, ainda que emanada de autoridade judicial. Mas: é dever de cidadania

opor-se à ordem ilegal; caso contrário, nega-se o estado de direito (HC 73.454).

Por fim, é importante ressaltar que cidadania e nacionalidade também não se

confundem. A cidadania no sentido estrito está vinculada ao exercício dos direitos po-

líticos. Trata-se de um status adquirido com o alistamento eleitoral. A nacionalidade,

por sua vez, é vínculo jurídico-político existente entre uma pessoa física e um país.

Embora esses termos possuam conteúdo distinto, eles são inter-relacionados.

Nesse sentido, a nacionalidade é um pressuposto da cidadania, na medida em que

os estrangeiros, em regra38, não podem se alistar no Brasil (são inalistáveis), na

forma do § 2º do artigo 14.

A dignidade da pessoa humana

A dignidade da pessoa humana – princípio fundamental da República Federa-

tiva do Brasil – é preceito basilar que impõe o reconhecimento de que o valor do

indivíduo, enquanto ser humano, prevalece sobre todos os demais39. Isso

37
José Afonso da Silva. Op. Cit. p. 38.
38
Excepcionalmente, admitir-se-á o exercício de direitos políticos no Brasil pelos portugueses equiparados que
também possam exercer esses direitos em terra brasileira (art. 12, §, 1º).
39
Motta & Barchet. Op. Cit. p. 85.
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significa que todas as pessoas devem ser tratadas “como pessoas” (não como me-

ros objetos) independentemente de cor, raça, estado civil, orientação religiosa ou

sexual, idade, condições financeiras e de quaisquer outros caracteres pessoais.

Segundo o Supremo Tribunal Federal, o postulado da dignidade da pessoa hu-

mana, que representa – considerada a centralidade desse princípio essencial (CF,

art. 1º, III) – significativo vetor interpretativo, verdadeiro valor-fonte que

conforma e inspira todo o ordenamento constitucional vigente em nosso

país, traduz, de modo expressivo, um dos fundamentos em que se assenta,

entre nós, a ordem republicana e democrática consagrada pelo sistema de

direito constitucional positivo (RE 477.554 AgR).

Falar desse princípio fundamental é realçar um valor supremo que atrai o con-

teúdo de todos os direitos fundamentais do homem. Nesse sentido, a dignidade da

pessoa humana exige condições mínimas de existência, existência digna con-

forme os ditames da justiça social como fim da ordem econômica40.

Acerca da necessidade de se assegurar o mínimo existencial, tema que tem

sido bastante explorado nas provas, é importante destacar decisão do STF, que

entendeu que “a cláusula da reserva do possível – que não pode ser invocada, pelo

Poder Público, com o propósito de fraudar, de frustrar e de inviabilizar a implemen-

tação de políticas públicas definidas na própria Constituição – encontra insuperável

limitação na garantia constitucional do mínimo existencial, que representa, no con-

texto de nosso ordenamento positivo, emanação direta do postulado da essencial

dignidade da pessoa humana. A noção de ‘mínimo existencial’, que resulta, por im-

plicitude, de determinados preceitos constitucionais (CF, art. 1º, III, e art. 3º, III),

compreende um complexo de prerrogativas cuja concretização revela-se capaz de

garantir condições adequadas de existência digna, em ordem a assegurar, à pes-

soa, acesso efetivo ao direito geral de liberdade e, também, a prestações positivas

40
José Afonso da Silva. Op. Cit. p. 41.
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originárias do Estado, viabilizadoras da plena fruição de direitos sociais básicos, tais

como o direito à educação, o direito à proteção integral da criança e do adolescen-

te, o direito à saúde, o direito à assistência social, o direito à moradia, o direito à

alimentação e o direito à segurança” (ARE 639.337 AgR).

Pela importância e centralidade que possui no nosso ordenamento, a dignidade

da pessoa humana – verdadeiro princípio jurídico – possui densidade normativa

suficiente para o exame da constitucionalidade das leis e atos do Poder Público, ou

seja, pode ser utilizada como fundamento para a declaração de inconstitucionalida-

de de leis e atos normativos do poder público.

Nesse sentido, o STF já decidiu que sendo a dignidade da pessoa humana fun-

damento da República Federativa do Brasil, o exame da constitucionalidade de ato

normativo faz-se considerada a impossibilidade de o Diploma Maior permitir a ex-

ploração do homem pelo homem (RE 359.444).

Valores sociais do trabalho e da livre-iniciativa

Os valores sociais do trabalho e da livre-iniciativa visam assegurar a importân-

cia do trabalho humano, como valor social e a liberdade de iniciativa econômica

como valor de produção e desenvolvimento41.

A ideia de valor social do trabalho relaciona-se com a liberdade de escolha do

trabalho pelo trabalhador, com o direito a condições equitativas (igualdade de tra-

tamento nas relações de trabalho) e com o direito a uma remuneração que assegu-

re ao trabalhador e à sua família uma existência conforme com a dignidade humana

do trabalhador e seus familiares.

Os valores sociais da livre-iniciativa – fundamento do Estado Democrático de

Direito e da ordem econômica (art. 170) – estão relacionados com o Estado liberal.

41
Dirley da Cunha Júnior. Op. Cit. p. 475.
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Entretanto, no contexto de uma Constituição preocupada com a realização da jus-


tiça social, não se pode ter como puro valor o lucro pelo lucro. Seus valores (possi-
bilidade de o proprietário usar e trocar seus bens, autonomia jurídica, possibilidade
de os sujeitos regularem suas relações do modo que lhes seja mais conveniente,
garantia a cada um para desenvolver livremente a atividade escolhida), hoje, ficam
subordinados à função social da empresa e ao dever do empresário de propiciar me-
lhores condições de vida aos trabalhadores, exigidas pela valorização do trabalho42.
O STF endente que “é certo que a ordem econômica na Constituição de 1988 de-
fine opção por um sistema no qual joga um papel primordial a livre-iniciativa. Essa
circunstância não legitima, no entanto, a assertiva de que o Estado só intervirá na
economia em situações excepcionais. Mais do que simples instrumento de governo,
a nossa Constituição enuncia diretrizes, programas e fins a serem realizados pelo
Estado e pela sociedade. Postula um plano de ação global normativo para o Estado
e para a sociedade, informado pelos preceitos veiculados pelos seus arts. 1º, 3º e
170. A livre-iniciativa é expressão de liberdade titulada não apenas pela empresa,
mas também pelo trabalho. Por isso a Constituição, ao contemplá-la, cogita também
da ‘iniciativa do Estado’; não a privilegia, portanto, como bem pertinente apenas à
empresa. Se de um lado a Constituição assegura a livre-iniciativa, de outro deter-
mina ao Estado a adoção de todas as providências tendentes a garantir o efetivo
exercício do direito à educação, à cultura e ao desporto (arts. 23, V; 205; 208; 215;
e 217, § 3º, da Constituição). Na composição entre esses princípios e regras há de
ser preservado o interesse da coletividade, interesse público primário” (ADI 1.950).
Segundo ensinos de Eros Roberto Grau43, o conteúdo dos valores sociais do
trabalho e da livre-iniciativa não corresponde, singelamente, à opção pelo modelo
capitalista de produção e, em decorrência, à outorga da autorização para o de-
sempenho de uma atividade empresarial ou profissional, mas o que ela contém de
socialmente valioso.

42
José Afonso da Silva. Op. Cit. p. 41
43
GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na Constituição de 1988. 7ª ed. São Paulo: Malheiros, 202. p. 242.
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O princípio da livre-iniciativa não pode ser invocado para afastar regras de regula-

mentação do mercado e de defesa do consumidor (STF – RE 349.686).

(CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA/TRE-RS/2015) Por ser um prin-

cípio geral da atividade econômica regulado pelo mercado e não pelo Estado, o

valor social do trabalho não é considerado um princípio fundamental da República

Federativa do Brasil44.

Pluralismo político

O pluralismo político está relacionado diretamente à liberdade de expressão,

na medida em que, por meio desse fundamento, assegura-se a pluralidade e a

diversidade de ideologias, inclusive distintas, muitas vezes até mesmo contrárias

(contraste de ideias).

Essa multiplicidade de manifestações se aplica, por exemplo, no campo político-

partidário, no religioso, no cultural, no artístico, no científico, no sindical, no asso-

ciativo, entre outras situações. Note que o pluralismo político não se restringe

a manifestações de cunho político-partidário (isso merece uma notinha aí, be-

leza?). Na verdade, o conteúdo do pluralismo político é bem mais amplo, e engloba

todas essas formas de manifestação antes indicadas.

44
Questão errada. Lembre-se: todos os conteúdos que estão previstos entre os artigos 1º a 4º são princípios
fundamentais. Dessa forma, podemos dizer que os valores sociais do trabalho são fundamentos da RFB e,
também, que são princípios fundamentais.
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O pluralismo político não se confunde (nem se restringe ao) com o pluripartidaris-

mo. Este, na verdade, é uma espécie de expressão do pluralismo político.

Resumindo: pluralismo político é gênero. Pluripartidarismo é espécie.

Note que o pluralismo político não está vinculado apenas à participação

partidária. Ao contrário: é inerente ao conceito de pluralismo político tanto a ideia

de participação partidária como, também, apartidária.

O pluralismo político, assim, implica o direito inalienável para o homem de per-

tencer a todas as comunidades de ordem moral, cultural, intelectual e espiritual,

únicas que permitem o desenvolvimento da pessoa45.

(CESPE/CONHECIMENTOS BÁSICOS/FUB/2015) O pluralismo político é princípio

fundamental que assegura aos cidadãos até mesmo o apartidarismo46.

Embora o pluralismo político seja um fundamento da República Federativa do

Brasil, ele não pode servir de “escudo” para a prática de atos ilícitos, espe-

cialmente as manifestações do pensamento “carregadas” dos chamados discursos

do ódio, por meio dos quais são difundidos atos racistas e discriminatórios, impreg-

nados de intolerâncias raciais, étnicas, ou decorrentes de orientação sexual, nas

quais há uma vontade deliberada de atingir determinados segmentos sociais.

45
José Afonso da Silva. Op. Cit. p. 43.
46
Questão certa. O pluralismo político permite a multiplicidade de ideologias, partidárias ou não.
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Quanto a essa temática, é importante destacar ementa de decisão do STF, no

Habeas Corpus 82.424, acerca do caso Siegfried Ellwanger Casten, no qual se dis-

cutiu a legitimidade constitucional de livros que disseminavam o ódio aos judeus.

Veja o que ficou decidido.

“Liberdade de expressão. Garantia constitucional que não se tem como absoluta. Li-
mites morais e jurídicos. O direito à livre expressão não pode abrigar, em sua
abrangência, manifestações de conteúdo imoral que implicam ilicitude penal.
As liberdades públicas não são incondicionais, por isso devem ser exercidas de maneira
harmônica, observados os limites definidos na própria CF (CF, art. 5º, § 2º, primeira
parte). O preceito fundamental de liberdade de expressão não consagra o ‘di-
reito à incitação ao racismo’, dado que um direito individual não pode consti-
tuir-se em salvaguarda de condutas ilícitas, como sucede com os delitos contra
a honra. Prevalência dos princípios da dignidade da pessoa humana e da igualdade
jurídica” (HC 82.424).

Para não esquecer:

O famoso... Fundamentos
SO SOberania
CI CIdadania
DI DIgnidade da pessoa humana
VA VAlores sociais do trabalho e da livre-iniciativa
PLU PLUralismo político

2.7. Objetivos fundamentais

Nos termos do art. 3º, constituem objetivos fundamentais da República Fede-

rativa do Brasil:

I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II – garantir o desenvolvimento nacional;

III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais

e regionais;
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IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,

idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Esses objetivos, que são verdadeiras metas que o Estado Brasileiro deve atingir,

visam, direta ou indiretamente, materializar os fundamentos do Estado Democrá-

tico de Direito.

2.7.1. Notas sobre os objetivos fundamentais

I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;

Podemos extrair desse dispositivo três princípios, que são:

1 – princípio da livre organização social;

2 – princípio da convivência justa;

3 – princípio da solidariedade social.

A Constituição, com base nesse objetivo, quer que a República Federativa do

Brasil construa uma ordem de homens livres, em que a justiça distributiva e retri-

butiva seja um fator de dignificação das pessoas e em que o sentimento de res-

ponsabilidade e apoio recíprocos solidifique a ideia de comunidade fundada no bem

comum. Surge aí o signo do Estado Democrático de Direito, voltado à realização da

justiça social, tanto quanto a fórmula liberdade, igualdade e fraternidade o fora no

Estado liberal proveniente da Revolução Francesa47.

47
José Afonso da Silva. Op. Cit. p. 48.
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II – garantir o desenvolvimento nacional;

Em decorrência desse objetivo, bem como da meta relativa à redução das desi-

gualdades regionais, parcela da doutrina48 classifica o federalismo brasileiro como

assimétrico, em razão da falta (ausência) de homogeneidade (uniformidade) en-

tre os entes federativos, em especial, quanto ao desenvolvimento econômico, so-

cial, cultural (essa nota vai virar uma questão na sua prova!).

Ora, se a Constituição Federal estabelece como objetivo fundamental a garantia

desse desenvolvimento, infere-se que ainda não o alcançamos. Nesse sentido, o

desenvolvimento buscado pela norma constitucional é um processo econômico, so-

cial, cultural e político abrangente, que visa ao constante incremento do bem-estar

de toda a população e de todos os indivíduos com base em sua participação ativa,

livre e significativa no desenvolvimento e na distribuição justa dos benefícios daí

resultantes49.

Para Pedro Lenza50, no Brasil há um “erro de simetria”, pelo fato de o cons-

tituinte tratar de modo idêntico os estados, como se verifica na representação do

Parlamento (cada estado, não importa o seu tamanho e o seu desenvolvimento,

elege o número fixo de três Senadores, cada qual com dois suplentes – art. 46, §§

1º e 3º). Para Lenza, o constituinte deveria ter considerado a dimensão territorial,

o desenvolvimento econômico, a cultura etc., tratando, dessa forma, de modo as-

simétrico os entes federativos.

48
Dirley da Cunha Júnior. Op. Cit. p. 777. BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de Direito Constitucional. 4 ed. São
Paulo: Saraiva, 2009. p. 784.
49
Declaração sobre o Direito ao Desenvolvimento da ONU, de 4 de dezembro de 1986.
50
Direito Constitucional Esquematizado. 20 ed. São Paulo: Saraiva, 2016. p. 501.
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(CESPE/ANALISTA DE INFRAESTRUTURA/MPOG/2012) A Federação brasileira —

formada, de acordo com o disposto na CF, pela união indissolúvel da União, dos

estados-membros, do Distrito Federal e dos municípios — é um federalismo do tipo

assimétrico, em razão da falta de homogeneidade entre os entes federativos51.

Ressalta-se que compete à União elaborar e executar planos nacionais e re-

gionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social, bem

como instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, sa-

neamento básico e transportes urbanos (art. 21, IX, XX). Cabe à lei estabelecer as

diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual

incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento

(art. 174, § 1º).

Em prol da concretização desse objetivo, excepcionalmente, a União poderá

conceder incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento

socioeconômico entre as diferentes regiões do país (art. 151, I).

Além disso, é importante deixar anotado que leis complementares fixarão

normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Mu-

nicípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito

nacional (forma de federalismo cooperativo, em face da assimetria fática existente

em nosso país – art. 23, parágrafo único).

Por fim, o direito ao desenvolvimento tem sido classificado como direito fun-

damental de terceira geração.

51
Questão certa.
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(CESPE/JUIZ/TJ-AL/2008) O parágrafo único do art. 23 da CF prevê que leis com-


plementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o DF e
os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em
âmbito nacional. Esse dispositivo trata do federalismo
a) assimétrico.
b) centrípeto.
c) centrífugo.
d) dualista.
e) horizontalista52.

III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades


sociais e regionais;
Visando dar efetividade a esse objetivo fundamental, a Emenda Constitucional
n. 31/2000 instituiu o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (art. 79 do
ADCT, regulamentado pela Lei Complementar n. 111/2001).
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
A promoção do bem de todos ou do bem comum é um objetivo primordial de
todo Estado. É isso que justifica sua existência, quer a Constituição formal o diga,
quer não. Em certo sentido, esse objetivo sintetiza os demais, pois garantir o de-
senvolvimento nacional, erradicar a pobreza e a marginalização e, especialmente,
construir uma sociedade livre, justa e solidária são objetivos que colimam com a

promoção do bem de todos53.

52
Letra “a”.
53
José Afonso da Silva. Op. Cit. p. 50.
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É importante ressaltar que essa enumeração é meramente exemplifi-


cativa. Vale dizer, o Estado Brasileiro possui outros objetivos; entretanto, esses
enumerados no artigo 3º são os prioritários. Por isso o constituinte os adjetivou de
objetivos fundamentais.
Enquanto os fundamentos representam as bases (os alicerces) sobre as quais o
Estado Brasileiro se mantém construído, os objetivos fundamentais são diretrizes
que devem guiar os atos estatais. Assim, cabe ao Estado, em sua ação administra-
tiva, legislativa e jurisdicional, implementar esses objetivos e concretizá-los, pois
eles são verdadeiras normas constitucionais que devem ser seguidas.

(FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/ TRT 23ª REGIÃO – MT/2016)


O princípio da solidariedade social é um dos três componentes estruturais do prin-
cípio democrático quando a Constituição preconiza o modelo de construção de uma
sociedade livre, justa e solidária54.

2.8. Princípios Aplicáveis às Relações Internacionais

O artigo 4º estabelece que a República Federativa do Brasil rege-se nas suas


relações internacionais pelos seguintes princípios:
I – independência nacional;
II – prevalência dos direitos humanos;
III – autodeterminação dos povos;
IV – não intervenção;
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz;

VII – solução pacífica dos conflitos;

54
Questão certa. O fundamento constitucional é o artigo 3º, I.
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VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;


IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X – concessão de asilo político.
Esses princípios são verdadeiros parâmetros que devem pautar as relações in-
ternacionais da República Federativa do Brasil. Vale dizer, o Presidente da Repú-
blica, como nosso Chefe de Estado, não pode “esquecer-se” desses princípios nos
atos internacionais que praticar, sob pena de frontal desrespeito à Constituição.
O parágrafo único do art. 4º estabelece que a República Federativa do Brasil
buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América
Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações
(o MERCOSUL, é um exemplo).
Segundo o professor José Afonso da Silva55, reconhecem-se no rol de princípios
consagrados no art. 4º quatro inspirações: a) uma nacionalista, nas ideias de in-
dependência nacional, autodeterminação dos povos e de não intervenção; b) outra
internacionalista, nas ideias de prevalência dos direitos humanos e repúdio ao
terrorismo e ao racismo; c) uma pacifista, nas ideias de defesa da paz, solução
pacífica dos conflitos e de concessão de asilo político; d) uma orientação comu-
nitarista, nas ideias de cooperação entre os povos para o progresso da humanida-
de e na formação de uma comunidade latino-americana de nações.

2.8.1. Notas sobre os princípios aplicáveis às relações inter-


nacionais

I – independência nacional;

A independência nacional é a face externa da soberania nacional. Por meio dela,


o Estado Brasileiro deve atuar “em pé de igualdade” com os demais Estados estran-
geiros, não se submetendo a imposições de outros países, mas antes atuando em
regime de cooperação no âmbito internacional.

55
José Afonso da Silva. Op. Cit. p. 52.
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II – prevalência dos direitos humanos;


A prevalência dos direitos humanos, como princípio a reger o Brasil no âmbito
internacional, não implica apenas o engajamento do país no processo de elaboração
de normas do Direito Internacional dos Direitos Humanos, mas sim a busca da plena
integração de tais regras na ordem jurídica interna brasileira. Implica, ademais, o
compromisso de adotar uma posição política contrária aos estados em que
os direitos humanos sejam gravemente desrespeitados.
A partir do momento em que o Brasil se propõe a fundamentar suas re-
lações com base na prevalência dos direitos humanos, está ao mesmo tem-
po reconhecendo a existência de limites e condicionamentos à noção de
soberania estatal. Isto é, a soberania do Estado Brasileiro fica submetida a
regras jurídicas, tendo como parâmetro obrigatório a prevalência dos direi-
tos humanos. Rompe-se com a concepção tradicional de soberania estatal
absoluta, reforçando o processo de sua flexibilização e relativação, em prol
da proteção dos direitos humanos. Esse processo é condizente com as exigências
do Estado Democrático de Direito constitucionalmente pretendido. Surge, pois, a ne-
cessidade de interpretar os antigos conceitos de soberania estatal e não intervenção,
à luz de princípios inovadores da ordem constitucional – dentre eles, destaque-se o
princípio da prevalência dos direitos humanos56. Perceba que a soberania estatal e a
não intervenção, sob essa nova ótica, devem ser interpretados levando-se em conta
algo que merece precedência: a prevalência dos direitos humanos.
Segundo o STF, no Estado de Direito Democrático, devem ser intransigentemen-
te respeitados os princípios que garantem a prevalência dos direitos humanos. A
ausência de prescrição nos crimes de racismo justifica-se como alerta grave para
as gerações de hoje e de amanhã, para que se impeça a reinstauração de velhos
e ultrapassados conceitos que a consciência jurídica e histórica não mais admitem
(HC 82.424).
56
PIOVESAN, Flávia. Comentário ao artigo 4º, inciso II. In: CANOTILHO, J.J. Gomes; MENDES, Gilmar F;
SARLET, Ingo W; STRECK, Lenio L. Comentários à Constituição do Brasil. São Paulo: Saraiva/Almedina,
2013. p. 158.
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III – autodeterminação dos povos;

O princípio significa que todos os povos têm o direito de estabelecer livremen-

te sua condição política e de determinar seu desenvolvimento econômico, social e

cultural; e, para a realização de seus fins, podem dispor livremente de suas rique-

zas e recursos naturais, sem prejuízo das obrigações que derivam da cooperação

econômica internacional baseada no princípio de benefício recíproco, assim como

do Direito Internacional, pois em nenhum caso se poderá privar um povo de seus

próprios meios de subsistência57.

IV – não intervenção;

A não intervenção está intimamente vinculada à autodeterminação dos povos.

Significa, segundo José Afonso da Silva58, que nenhum Estado ou grupo de estados

tem o direito de intervir, direta ou indiretamente, por qualquer razão ou motivo,

nos assuntos internos ou externos de qualquer outro. É princípio que protege os

países pobres nas relações internacionais dominadas por grandes potências.

V – igualdade entre os Estados;

Trata-se de uma decorrência da independência nacional. Deve-se ressaltar que

a igualdade aqui prevista é no sentido jurídico (igualdade formal), pois sabe-se

que, na realidade fática, não há uma igualdade entre os países no campo material,

financeiro, bem como quanto ao desenvolvimento econômico-social.

VI – defesa da paz;

VII – solução pacífica dos conflitos;

A doutrina dominante entende que o direito à paz é um direito fundamental

de terceira geração. Nesse sentido, o Estado Brasileiro, em suas relações inter-

nacionais, deve guiar-se em direção a esses dois princípios: defender a paz e solu-

cionar pacificamente os conflitos. Ressalta-se que cabe à União declarar a guerra e

celebrar a paz (art. 21, II; art. 49, II; art. 84, XX).

57
José Afonso da Silva. Op. Cit. p. 52.
58
José Afonso da Silva. Op. Cit. p. 53.
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VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;

O princípio do repúdio ao terrorismo e ao racismo deriva da concepção demo-

crática e assecuratória das liberdades públicas, pois todos são iguais etnicamente,

sem qualquer distinção. Nesse sentido, a prática do racismo constitui crime ina-

fiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão (art. 5º, XLII), enquanto o

terrorismo é tido como crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia, por ele

respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-lo, se omitirem

(art. 5º, XLIII)59. Destaca-se, ainda, o inciso III do art. 5º, segundo o qual ninguém

será submetido a tortura ou a tratamento desumano ou degradante (princípio da

proteção da integridade pessoal).

IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

O objetivo desse princípio é combater disparidades que tolhem o progresso da

humanidade. Seu fundamento está na Carta das Nações Unidas de 1945 (art. 1º),

que apregoa a cooperação internacional entre os povos para resolver problemas

internacionais, estimulando a defesa dos direitos humanos e a igualdade de raça,

sexo, língua e religião60.

X – concessão de asilo político.

Segundo José Afonso da Silva61, o asilo político compreende dois institutos

inconfundíveis, mas conexos: o asilo diplomático e o asilo territorial. Am-

bas as formas estão abrangidas aqui, com a diferença de que o asilo diplomático

depende de acordos internacionais, e o asilo territorial é instituto de Direito Interno.

O Brasil é signatário da Convenção sobre Asilo Diplomático, assinada em Caracas

(1954), já ratificada. Consiste ele na acolhida do refugiado político em represen-

tação diplomática do Estado asilante. Já o asilo territorial consiste no recebimento

59
BULOS, Uadi Lammêgo. Direito Constitucional ao Alcance do Todos. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 2012. p. 324.
60
BULOS, Uadi Lammêgo. Op. Cit. p. 324.
61
Op. Cit. p. 54-55.
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de estrangeiro no território nacional, a seu pedido, sem os requisitos de ingresso,

para evitar punição ou perseguição no país de origem por delito de natureza política

ou ideológica. Cabe ao Estado asilante a classificação da natureza do delito e dos

motivos da perseguição.

Nos termos do art. 14 da Declaração Universal de Direitos Humanos, toda pes-

soa vítima de perseguição tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros

países. Esse direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente

motivada por crime de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princí-

pios das Nações Unidas.

Acerca da condição do asilado, a Lei n. 6.815/1980 estabelece que:

Art. 28. O estrangeiro admitido no território nacional na condição de asilado político


ficará sujeito, além dos deveres que lhe forem impostos pelo Direito Internacional, a
cumprir as disposições da legislação vigente e as que o Governo brasileiro lhe fixar.
Art. 29. O asilado não poderá sair do País sem prévia autorização do Governo brasileiro.
Parágrafo único. A inobservância do disposto neste artigo importará na renúncia ao asilo
e impedirá o reingresso nessa condição.

Fique atento, ainda, com esses pontos importantes:

1º – O Estado Brasileiro não é obrigado a conceder asilo político. Trata-se de ato

de soberania. Nesse caso, a negativa da concessão sequer precisa ser motivada.

2º – A competência para a concessão de asilo político é do Presidente da Repú-

blica, na condição de Chefe de Estado.

3º – Atos terroristas são podem ser consideração como crimes políticos.

Segundo o STF, o repúdio ao terrorismo se trata de um compromisso ético-jurí-

dico assumido pelo Brasil, quer em face de sua própria Constituição, quer perante a

comunidade internacional. Os atos delituosos de natureza terrorista, considerados

os parâmetros consagrados pela vigente CF, não se subsumem à noção de crimi-

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nalidade política, pois a Lei Fundamental proclamou o repúdio ao terrorismo como

um dos princípios essenciais que devem reger o Estado Brasileiro em suas relações

internacionais (CF, art. 4º, VIII), além de haver qualificado o terrorismo, para efeito

de repressão interna, como crime equiparável aos delitos hediondos, o que o expõe,

sob tal perspectiva, a tratamento jurídico impregnado de máximo rigor, tornando-o

inafiançável e insuscetível da clemência soberana do Estado e reduzindo-o, ainda,

à dimensão ordinária dos crimes meramente comuns (CF, art. 5º, XLIII).

A CF, presentes tais vetores interpretativos (CF, art. 4º, VIII, e art. 5º, XLIII),

não autoriza que se outorgue, às práticas delituosas de caráter terrorista, o mes-

mo tratamento benigno dispensado ao autor de crimes políticos ou de opinião,

impedindo, desse modo, que se venha a estabelecer, em torno do terrorista, um

inadmissível círculo de proteção que o faça imune ao poder extradicional do Estado

Brasileiro, notadamente se se tiver em consideração a relevantíssima circunstância

de que a Assembleia Nacional Constituinte formulou um claro e inequívoco juízo

de desvalor em relação a quaisquer atos delituosos revestidos de índole terrorista,

a estes não reconhecendo a dignidade de que muitas vezes se acha impregnada a

prática da criminalidade política (Ext 855).

4º – a concessão de asilo político não impede a posterior extradição.

Não há incompatibilidade absoluta entre o instituto do asilo político e o da ex-

tradição passiva, na exata medida em que o STF não está vinculado ao juízo for-

mulado pelo Poder Executivo na concessão administrativa daquele benefício regido

pelo direito das gentes. Disso decorre que a condição jurídica de asilado político

não suprime, só por si, a possibilidade de o Estado Brasileiro conceder, presentes e

satisfeitas as condições constitucionais e legais que a autorizam, a extradição que

lhe haja sido requerida. O estrangeiro asilado no Brasil só não será passível de ex-

tradição quando o fato ensejador do pedido assumir a qualificação de crime político

ou de opinião ou as circunstâncias subjacentes à ação do Estado requerente de-

monstrarem a configuração de inaceitável extradição política disfarçada (Ext 524).


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Segue um breve resumo da nossa aula. Na sequência, faremos muitos exercí-

cios de revisão e aprofundamento da matéria.

Se tiver alguma dúvida, eu estou aqui à sua disposição. Pode me chamar no

Fórum de Dúvidas, beleza!?

Resumo da Aula

1. Princípios fundamentais: designam as características mais essenciais do

Estado Brasileiro.

2. Forma de governo: o Brasil, desde 1889, adota a República como forma

de governo.

Principais características da forma republicana de governo


Eletividade
Temporariedade do mandato
Prestação de contas
Responsabilização do governante
Princípio da igualdade e da impessoalidade

2.1. Comparativos entre república e monarquia.

Formas de governo – principais características


República Monarquia
Eletividade Hereditariedade
Temporariedade do mandato Vitaliciedade
Responsabilização do governante “Irresponsabilidade” do rei perante o povo

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3. Forma de Estado: o Brasil adota a forma federativa de Estado.

Forma de Governo República


Forma de Estado Forma federativa
Sistema de Governo Presidencialismo
Regime Político Estado Democrático de Direito

3.1. Federalismo brasileiro: é assimétrico, e surgiu por um movimento cen-

trífugo ou por desagregação.

Principais características da forma federativa de Estado


Atribuição de soberania apenas ao Estado Federal
Pessoas federativas dotadas de autonomia política
Pacto indissolúvel
Existência de um tribunal da Federação
Participação dos entes federativos na formação das decisões nacionais
A forma federativa de Estado é uma cláusula pétrea expressa

4. Princípio fundamental do Estado Democrático de Direito: Estado go-

vernado pela vontade da lei (império da lei), a qual deve ser elaborada por re-

presentantes do povo (legitimidade democrática) e, além disso, encontrar-se em

sintonia com os interesses populares.

5. Princípio democrático ou da soberania popular: todo o poder emana do

povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos

da Constituição.

5.1. A democracia brasileira é semidireta ou participativa.

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6. Princípio da separação (funcional) dos Poderes: são Poderes da União,

independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Organização dos Poderes


Poderes da União Poderes dos Esta- Poderes dos Muni- Poderes do Distrito
dos-membros cípios Federal
• Legislativo • Legislativo • Legislativo • Legislativo
• Executivo • Executivo • Executivo • Executivo
• Judiciário • Judiciário –––––––––– ––––––––––

6.1. Funções típicas e atípicas: o núcleo da teoria das funções típicas e atí-

picas é: os três Poderes exercem as três funções. Ora de forma típica, ora atípica.

6.2. Teoria dos freios ou contrapesos: um Poder deve controlar o outro e,

por este, será controlado.

7. Comparativo: fundamentos, objetivos fundamentais e princípios apli-

cáveis às relações internacionais.

Princípios aplicáveis às relações


Fundamentos Objetivos fundamentais
internacionais
I – a soberania; I – construir uma sociedade I – independência nacional;
II – a cidadania livre, justa e solidária; II – prevalência dos direitos humanos;
III – a dignidade da II – garantir o desenvolvi- III – autodeterminação dos povos;
pessoa humana; mento nacional; IV – não intervenção;
IV – os valores sociais III – erradicar a pobreza e a V – igualdade entre os Estados;
do trabalho e da livre- marginalização e reduzir as VI – defesa da paz;
iniciativa; desigualdades sociais e regio- VII – solução pacífica dos conflitos;
V – o pluralismo polí- nais; VIII – repúdio ao terrorismo e ao
tico. IV – promover o bem de racismo;
todos, sem preconceitos de IX – cooperação entre os povos para o
origem, raça, sexo, cor, idade progresso da humanidade;
e quaisquer outras formas de X – concessão de asilo político.
discriminação.

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Princípios Fundamentais
Prof. Wellington Antunes

Dispositivo de leitura obrigatória

Dos Princípios Fundamentais


Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre-iniciativa;
V – o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regio-
nais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais
pelos seguintes princípios:
I – independência nacional;
II – prevalência dos direitos humanos;
III – autodeterminação dos povos;
IV – não intervenção;
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz;
VII – solução pacífica dos conflitos;
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X – concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, polí-
tica, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comu-
nidade latino-americana de nações.

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PARTE II

LISTA DE QUESTÕES

(2016/FCC/PGE-MT/Analista – Bacharel em Direito)

1. Um grupo de servidores da Procuradoria-Geral do Estado do Mato Grosso, recém

empossados, participou de uma palestra de boas-vindas, oportunidade em que fo-

ram abordados temas relacionados à República Federativa do Brasil. Houve conso-

nância com o disposto na Constituição Federal quando mencionado que

a) a soberania é princípio que rege as relações internacionais do Brasil.

b) a independência nacional é fundamento do Estado Democrático de Direito bra-

sileiro.

c) a solução pacífica dos conflitos é fundamento do Estado Democrático de Direito

brasileiro.

d) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativas são fundamentos do Estado

Democrático de Direito brasileiro.

e) a dignidade da pessoa humana é princípio que rege as relações internacionais

do Brasil.

(2016/FCC/PGE-MT/Técnico - Técnico Administrativo)

2. É um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, previsto no

art. 3o da Constituição Federal,

a) garantir uma renda mínima a todo cidadão.

b) combater à fome.

c) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e

quaisquer outras formas de discriminação.

d) erradicar o analfabetismo.

e) garantir a paz no território nacional.


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(2016/FCC/PGE-MT/Técnico - Técnico Administrativo)


3. O fundamento do Estado Democrático de Direito, previsto no art. 1o da Consti-
tuição Federal, que torna o cidadão titular de direitos e o qualifica como participan-
te da vida do Estado é
a) a livre iniciativa e os valores sociais do trabalho.
b) a soberania.
c) a dignidade da pessoa humana.
d) a cidadania.
e) o pluralismo político.

(2010/FCC/AL-MS/Agente de Apoio Legislativo)


4. Nos termos da Constituição Federal, a República Federativa do Brasil tem como
um de seus fundamentos
a) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
b) constituir uma sociedade livre, justa e solidária.
c) o repúdio ao terrorismo e ao racismo.
d) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.
e) a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.

(2016/FCC/SEGEP-MA/Técnico da Receita Estadual - Arrecadação e Fisca-


lização de Mercadorias em Trânsito - Conhecimentos Gerais)
5. NÃO consta entre os princípios que regem as relações internacionais da Repú-
blica Federativa do Brasil:
a) A defesa da paz.
b) O repúdio ao terrorismo e ao racismo.
c) A prevalência dos direitos humanos.
d) A redução das desigualdades regionais na América Latina.

e) A autodeterminação dos povos.


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(2016/FCC/Prefeitura de Teresina - PI/Técnico de Nível Superior - Analis-

ta Administrativo)

6. Nas suas relações internacionais, a República Federativa do Brasil é regida, den-

tre outros, pelos seguintes princípios:

a) prevalência dos direitos humanos; solução pacífica dos conflitos; autodetermi-

nação dos povos latinoamericanos; repúdio ao terrorismo e ao racismo.

b) igualdade entre os Estados; defesa da paz; solução pacífica dos conflitos; não-

-intervenção quanto ao terrorismo e ao racismo.

c) cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; não concessão de

asilo político; independência nacional; defesa da paz.

d) independência nacional; prevalência dos direitos humanos; autodeterminação

dos povos; não-intervenção.

e) igualdade entre os Estados; cooperação entre os povos para o progresso da hu-

manidade; independência tecnológica; justiça econômica proporcional.

(2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Analista Judiciário - Área Administra-

tiva)

7. O princípio da solidariedade social

a) não está contemplado no segmento normativo da Constituição Brasileira.

b) tem previsão restrita ao preâmbulo da Constituição e como tal não pode ser

invocado judicialmente para seu asseguramento.

c) é corolário do princípio da soberania nacional que, garantindo a indissolubilida-

de do Estado, obriga a formação de laços de solidariedade na sua defesa.

d) não é princípio constitucional, mas mero fundamento da República.

e) é um dos três componentes estruturais do princípio democrático quando a Cons-

tituição preconiza o modelo de construção de uma sociedade livre, justa e solidária.


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(2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Técnico Judiciário - Área Administra-

tiva)

8. Ao dispor sobre os Princípios Fundamentais da República Federativa do Brasil, a

Constituição prevê, expressamente, como (1) fundamento, (2) objetivo e (3) prin-

cípio de relações internacionais da República:

a) (1) Fundamento - a soberania

(2) Objetivo - a construção de uma sociedade livre, justa e igualitária

(3) Princípio de relações internacionais da República - a solução dos conflitos

pela arbitragem

b) (1) Fundamento - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa

(2) Objetivo - a garantia do desenvolvimento nacional

(3) Princípio de relações internacionais da República - a cooperação entre os

povos para o progresso da humanidade

c) (1) Fundamento - a cidadania

(2) Objetivo - a promoção de formas alternativas de geração de energia

(3) Princípio de relações internacionais da República - a independência nacional

d) (1) Fundamento - a dignidade da pessoa humana

(2) Objetivo - a proteção da infância e da juventude

(3) Princípio de relações internacionais da República - a concessão de asilo po-

lítico

e) (1) Fundamento - o parlamentarismo

(2) Objetivo - a construção de uma sociedade livre, justa e igualitária

(3) Princípio de relações internacionais da República - a defesa da paz


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(2015/FCC/TRT - 9ª REGIÃO (PR)/Analista Judiciário - Área Administra-

tiva)

9. Considere os itens abaixo.

I – Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

II – Pluralismo político.

III – Garantir o desenvolvimento nacional.

IV – Prevalência dos direitos humanos.

Em relação à República Federativa do Brasil, o que consta nos itens I a IV repre-

sentam, respectivamente,

a) fundamento, fundamento, objetivo fundamental e princípio aplicável às relações

internacionais.

b) fundamento, princípio aplicável às relações internacionais, princípio aplicável às

relações internacionais e objetivo fundamental.

c) princípio aplicável às relações internacionais, princípio aplicável às relações in-

ternacionais, fundamento e objetivo fundamental.

d) objetivo fundamental, objetivo fundamental, princípio aplicável às relações in-

ternacionais e objetivo fundamental.

e) princípio aplicável às relações internacionais, objetivo fundamental, fundamen-

to e fundamento.

(2015/FCC/TRT - 3ª Região (MG)/Analista Judiciário - Área Administrati-

va)

10. São fundamentos constitucionais expressos da República Federativa do Brasil:

a) soberania; cidadania; dignidade da pessoa humana; monopólio da economia

estratégica; bicameralismo.

b) soberania; cidadania; dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho

e da livre iniciativa; pluralismo político.


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c) dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;


centralismo político e democrático; defesa da família.
d) cidadania; livre iniciativa; pluricameralismo; defesa da propriedade privada; de-
fesa da família.
e) dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
monopólio da economia estratégica; defesa social; defesa do meio ambiente.

(2014/FCC/TJ-AP/Técnico Judiciário - Área Judiciária e Administrativa)


11. A República Federativa do Brasil tem como um de seus fundamentos ...I... ;
constitui um dos seus objetivos fundamentais ...II... ; e rege-se nas suas relações
internacionais, entre outros, pelo princípio ...III...
Preenche, correta e respectivamente, as lacunas I, II e III:
a) I - a dignidade da pessoa humana / II- conceder asilo político / III - da preva-
lência dos direitos humanos
b) I- a cidadania / II - conceder asilo político / III - do repúdio ao terrorismo e ao
racismo
c) I - a soberania/ II- construir uma sociedade livre, justa e solidária / III - do re-
púdio ao terrorismo e ao racismo
d) I - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa /II - defender a paz / III -
da prevalência dos direitos humanos
e) I - o pluralismo político /II- defender a paz/ III - da prevalência dos direitos
humanos.

(2014/FCC/DPE-RS/Defensor Público)
12. Na Constituição Federal está previsto que “A República Federativa do Brasil
buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América
Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.” Para
tanto, ela traz como princípios pelos quais se rege nas relações internacionais, ex-

pressamente a
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a) construção de uma sociedade livre, justa e solidária e garantir o desenvolvimen-

to nacional.

b) erradicação da pobreza e a marginalização e redução das desigualdades sociais

e regionais.

c) prevalência dos direitos humanos, a solução pacífica dos conflitos e o repúdio ao

terrorismo e ao racismo.

d) soberania, a cidadania e a dignidade da pessoa humana.

e) garantia dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo polí-

tico.

(2013/FCC/TRT - 5ª Região (BA)/Técnico Judiciário - Área Administrati-

va)

13. Um desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região - TRT/BA,

no seu discurso de posse, explicou que a República Federativa do Brasil, formada

pela união indissolúvel dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, constitui-

-se em Estado Democrático de Direito e tem como um de seus fundamentos a

a) independência nacional.

b) prevalência dos direitos humanos.

c) igualdade entre os Estados.

d) defesa da paz.

e) dignidade da pessoa humana.

(2013/FCC/MPE-SE/Técnico Administrativo)

14. Considere o seguinte trecho de ementa de acórdão proferido pelo Supremo

Tribunal Federal:

A duração prolongada, abusiva e irrazoável da prisão cautelar de alguém ofende, de

modo frontal, o postulado da dignidade da pessoa humana, que representa - consi-


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derada a centralidade desse princípio essencial (CF, art. 1o , III) - significativo vetor
interpretativo, verdadeiro valor-fonte que conforma e inspira todo o ordenamento
constitucional vigente em nosso país e que traduz, de modo expressivo, um dos
fundamentos em que se assenta, entre nós, a ordem republicana e democrática
consagrada pelo sistema de direito constitucional positivo. (HC 85237/DF, Relator
Ministro Celso de Mello, julgamento em 17/03/2005)
Nesse caso, afirmou o Tribunal que a duração abusiva da prisão cautelar ofende
a) a dignidade da pessoa humana, fundamento da ordem republicana e democrá-
tica consagrada pelo sistema de direito constitucional positivo.
b) a dignidade da pessoa humana, cujo valor interpretativo é superior ao valor de
todos os demais fundamentos da República Federativa do Brasil.
c) a ordem republicana e democrática consagradas pelo sistema de direito consti-
tucional positivo como fundamentos da dignidade da pessoa humana.
d) a vedação a penas de prisão de caráter perpétuo, que se funda na dignidade da
pessoa humana.

(2013/FCC/PGE-BA/Analista de Procuradoria - Área de Apoio Jurídico)


15. Em relação à República Federativa do Brasil, considere:
I – A dignidade da pessoa humana é um dos seus fundamentos.
II – A promoção do bem de todos - sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação - constitui um de seus ob-
jetivos fundamentais.
III – O repúdio ao racismo deverá reger as suas relações internacionais.
IV – A igualdade de todos perante a lei é um dos seus princípios sociais.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, III e IV.
b) I, II e IV.
c) I, II e III.
d) II, III e IV.

e) I e II.
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(2013/FCC/PGE-BA/Analista de Procuradoria - Área de Apoio Calculista)

16. Em relação à República Federativa do Brasil, considere:

I – É formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Fe-

deral.

II – Constitui - se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos,

dentre outros, a soberania, a cidadania e a dignidade da pessoa humana.

III – Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos

ou diretamente, nos termos da Constituição Federal.

IV – É um Estado soberano, democrático e organizado em Estados e Municípios

que devem respeitar a dignidade da pessoa humana e a cidadania.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I, II e III.

b) I, II e IV.

c) I, III e IV.

d) I e II.

e) II, III e IV.

(2013/FCC/SEFAZ-SP/Agente Fiscal de Rendas - Gestão Tributária)

17. Considere as seguintes afirmações à luz do que dispõe a Constituição da Repú-

blica a respeito de princípios fundamentais e de direitos e garantias fundamentais:

I – As práticas de tortura e racismo são consideradas crimes inafiançáveis pela

Constituição, sendo o seu repúdio um princípio de regência das relações in-

ternacionais do Estado brasileiro.

II – Todo poder emana do povo, que pode exercê-lo indiretamente, por meio de

representantes eleitos, ou diretamente, valendo-se de plebiscito, referendo e

iniciativa popular, mecanismos previstos para tanto na Constituição.

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III – A determinação constitucional para que a lei puna qualquer discriminação

atentatória dos direitos está relacionada ao objetivo fundamental da Repú-

blica de promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,

cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

IV – A Constituição estabelece que os direitos e garantias nela expressos não

excluem outros decorrentes dos tratados internacionais em que a República

Federativa do Brasil seja parte, o que é compatível com o princípio de pre-

valência dos direitos humanos, expressamente consignado no texto consti-

tucional.

Está correto o que se afirma em

a) I e II, apenas.

b) I e III, apenas.

c) II e IV, apenas.

d) II, III e IV, apenas.

e) I, II, III e IV.

(2013/FCC/SEFAZ-SP/Agente Fiscal de Rendas - Gestão Tributária) (adap-

tada)

18. Considere as seguintes afirmações à luz do que dispõe a Constituição da Repú-

blica a respeito de princípios fundamentais e de direitos e garantias fundamentais:

I – A Constituição Federal não estabeleceu expressamente princípios que devem

guiar as relações internacionais do Estado brasileiro.

II – A separação de poderes é um princípio fundamental.

III – O Estado brasileiro adota a forma republicana de Estado.

IV – A cooperação ente os povos para o progresso da humanidade é um dos obje-

tivos fundamentais que regem o Brasil em suas relações internacionais.

Está correto o que se afirma em


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a) I e II, apenas.

b) I e III, apenas.

c) II e IV, apenas.

d) II, III e IV, apenas.

e) II, apenas.

(2012/FCC/PGE-SP/Procurador do Estado)

19. Consoante a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o fundamento da

livre iniciativa, previsto no artigo 1o , inciso IV, da Constituição Federal, é de ser

interpretado no sentido de que

a) o Estado jamais pode, por via legislativa, regular política de preços de bens e

de serviços.

b) é vedado ao Estado interferir nas atividades econômicas.

c) o Estado não pode explorar diretamente atividade econômica.

d) todas as atividades econômicas devem ser livremente exercidas.

e) não pode ser invocado para afastar regras de regulação de mercado.

(2012/FCC/TRT - 1ª REGIÃO (RJ)/Juiz do Trabalho)

20. Em 1993, o eleitorado brasileiro participou de plebiscito para definição da forma

e do sistema de governo que deveriam vigorar no País. Se o resultado do plebiscito

houvesse modificado o sistema de governo brasileiro de presidencialista para par-

lamentarista, mas mantido a forma republicana de governo, o texto da Constituição

Federal, necessariamente, deveria ser reformado para

a) incluir a previsão de eleições indiretas, realizadas pelo Parlamento, para a es-

colha do Chefe de Estado.

b) acrescentar a possibilidade de o Chefe de Estado ter mandato por tempo inde-

terminado e escolher seu sucessor, a fim fiscalizar a atuação do Chefe de Governo

com imparcialidade.
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c) modificar competências, no âmbito da União, tanto do Poder Executivo, quanto

do Poder Legislativo, para que fossem especificadas as atribuições a serem exerci-

das pelo Chefe de Governo em conjunto com o Parlamento.

d) implantar uma monarquia constitucional, para que a chefia do Poder Executivo

fosse dividida entre o Primeiro Ministro, responsável pelas funções do governo, e o

Chefe de Estado, responsável pelas funções de representação do Estado brasileiro.

e) alterar regras de competência do Congresso Nacional para que este pudesse

processar e julgar o Primeiro Ministro por crime de responsabilidade, sendo proi-

bido, em regimes democráticos, exonerá-lo do cargo apenas pela perda do apoio

parlamentar.

(2012/FCC/TST/Analista Judiciário - Taquigrafia)

21. Dentre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil NÃO se

inclui

a) construir uma sociedade livre, justa e solidária.

b) garantir o desenvolvimento nacional.

c) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e re-

gionais.

d) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e

quaisquer outras formas de discriminação.

e) promover o pluralismo político.

(2012/FCC/TRE-SP/Técnico Judiciário - Área Administrativa)

22. O mecanismo pelo qual os Ministros do Supremo Tribunal Federal são nomea-

dos pelo Presidente da República, após aprovação da escolha pelo Senado Federal,

decorre do princípio constitucional da


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a) separação de poderes.

b) soberania.

c) cidadania.

d) inafastabilidade do Poder Judiciário.

e) solução pacífica dos conflitos.

(2012/FCC/TRE-PR/Técnico Judiciário - Área Administrativa)

23. A Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos, assinada por Estados do

continente africano em 1981, enuncia, em seu artigo 20, que todo povo tem um

direito imprescritível e inalienável, pelo qual determina livremente seu estatuto

político e garante seu desenvolvimento econômico e social pelo caminho que livre-

mente escolheu.

Na Constituição da República Federativa do Brasil, o teor de referido enunciado en-

contra equivalência no princípio de regência das relações internacionais de

a) repúdio ao terrorismo e ao racismo.

b) construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

c) erradicação da pobreza e da marginalização.

d) autodeterminação dos povos.

e) concessão de asilo político.

(2011/FCC/DPE-RS/Defensor Público)

24. O ideal preconizado na Constituição Federal de 1988 é o de instituir um Esta-

do Democrático de Direito, cujo ponto de equilíbrio são os direitos fundamentais,

que também limitam o poder estatal. Vários de seus dispositivos indicam o cidadão

como um dos maiores protagonistas na tomada de decisões relevantes para o País,

por isso ela também é denominada de Constituição Cidadã. Na prática, porém, a

participação popular ainda é incipiente, tanto que poucas são as leis de iniciativa

popular.
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De acordo com tais aspectos, é correto afirmar que

a) a Constituição Federal contempla um modelo de democracia participativa, tam-

bém denominada semidireta.

b) a participação popular é exercida através do sufrágio universal, garantido a to-

dos, sem exceção, bem como por meio do referendo.

c) todo o poder emana do povo, que o exerce sempre por meio de representantes

eleitos pelo voto secreto.

d) a iniciativa popular propriamente dita consiste, no âmbito federal, na apresenta-

ção de projeto de lei ao Congresso Nacional, subscrito por 1% do eleitorado nacio-

nal, distribuído por pelo menos dez Estados- Federados, com não menos de 0,3%

dos eleitores de cada um deles.

e) a competência para autorizar referendo e convocar plebiscito é privativa do

Congresso Nacional e é materializada por meio de resolução.

(2010/FCC/TJ-MS/Juiz)

25. Relativamente aos princípios fundamentais da Constituição brasileira de 1988,

é INCORRETO afirmar que

a) a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social

e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade

latino-americana de nações.

b) a República Federativa do Brasil tem como fundamentos a soberania, a cidada-

nia, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre inicia-

tiva e o pluralismo político.

c) todo o poder emana do povo, que o exerce diretamente ou por meio dos seus

representantes nos Poderes Executivo (Presidente da República, Governadores de

Estado e Prefeitos municipais), Legislativo (parlamentares) e Judiciário (juízes).


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d) constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil construir

uma sociedade livre, justa e solidária, garantir o desenvolvimento nacional, erra-

dicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais

e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e

quaisquer outras formas de discriminação.

e) a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos

seguintes princípios: independência nacional, prevalência dos direitos humanos,

autodeterminação dos povos, não intervenção, igualdade entre os Estados, defesa

da paz, solução pacífica dos conflitos, repúdio ao terrorismo e ao racismo, coope-

ração entre os povos para o progresso da humanidade, concessão de asilo político.

(2010/FCC/SEFAZ-SP/Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças

Públicas)

26. Considere:

I – O Brasil é uma República, adotada desde 15 de novembro de 1889, consa-

grada na Constituição de 1891, e em todas as constituições subsequentes.

II – O Brasil é uma federação composta pela União, Estados-membros, Distrito

Federal e Municípios.

Essas afirmações dizem respeito, técnica e respectivamente, às formas de

a) regime político e governo.

b) estado e de governo.

c) governo e de estado.

d) separação de poderes e de governo.

e) estado e de regime político.


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(2010/FCC/DPE-SP/Agente de Defensoria - Cientista Social)

27. São sistemas de governo:

a) parlamentarismo e presidencialismo.

b) unitarismo e federalismo.

c) monarquia e república.

d) hegemonia e democracia.

e) monocracia e plutocracia.

(2016/IF-TO/Auditor)

28. Quantos aos princípios do Estado brasileiro constantes na Constituição Federal,

assinale a alternativa incorreta.

a) A cidadania e a dignidade da pessoa humana são exemplos de fundamentos da

República Federativa do Brasil.

b) São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o

Executivo e o Judiciário.

c) A República Federativa do Brasil apenas é formada pela união dos Municípios e

do Distrito Federal.

d) Construir uma sociedade livre, justa e solidária, bem como garantir o desenvol-

vimento nacional, são exemplos de objetivos fundamentais da República Federativa

do Brasil.

e) A prevalência dos direitos humanos, assim como o repúdio ao terrorismo e ao

racismo, são exemplos de princípios que devem reger o Brasil nas relações inter-

nacionais.

(2016/FAFIPA/Câmara de Cambará - PR/Procurador Jurídico)

29. Sobre os princípios fundamentais na Constituição brasileira, assinale a alterna-

tiva que NÃO constitui um objetivo fundamental da República Federativa do Brasil,

segundo o contido literalmente no art. 3º:


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a) Construir uma sociedade livre, justa e solidária.


b) Garantir o desenvolvimento nacional.
c) Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e re-
gionais.
d) Promover a segurança nacional e a defesa dos cidadãos brasileiros no exterior.

(2016/IOBV/Prefeitura de Chapecó - SC/Engenheiro)


30. Assinale a alternativa que está incorreta:
a) A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal.
b) São Poderes da União, independentes e sucessivos entre si, o Legislativo, o Exe-
cutivo e o Conselho Nacional de Justiça.
c) A soberania e o pluralismo político são fundamentos da República Federativa do
Brasil.
d) É objetivo fundamental da República Federativa do Brasil garantir o desenvolvi-
mento nacional.

(2016/VUNESP/UNESP/Assistente Administrativo I)
31. Conforme dispõe a Constituição Federal em relação aos Princípios Fundamen-
tais, assinale a alternativa correta.
a) A cidadania e a soberania são princípios que regem as relações internacionais
do Brasil.
b) Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes elei-
tos indiretamente, nos termos da Constituição.
c) São Poderes da União, dependentes e interligados entre si, o Legislativo e o
Judiciário.
d) Os valores sociais do trabalho e o repúdio ao terrorismo constituem objetivos da

República Federativa do Brasil.


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e) A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social

e cultural entre os povos da América Latina, visando à formação de uma comuni-

dade latino-americana de nações.

(2016/CESPE/TRE-PI/Técnico Judiciário - Administrativa)

32. A respeito dos princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988 (CF),

assinale a opção correta.

a) A soberania nacional pressupõe a soberania das normas internas fixadas pela

CF sobre os atos normativos das organizações internacionais nas situações em que

houver conflito entre ambos.

b) A dignidade da pessoa humana não representa, formalmente, um fundamento

da República Federativa do Brasil.

c) Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa visam proteger o trabalho

exercido por qualquer pessoa, desde que com finalidade lucrativa.

d) Em decorrência do pluralismo político, é dever de todo cidadão tolerar as dife-

rentes ideologias político-partidárias, ainda que, na manifestação dessas ideolo-

gias, haja conteúdo de discriminação racial.

e) A forma federativa do Estado pressupõe a repartição de competências entre os

entes federados, que são dotados de capacidade de auto-organização e de autole-

gislação.

(2016/CESPE/TRE-PI/Analista Judiciário - Administrativa)

33. A respeito dos princípios fundamentais constantes da Constituição Federal de

1988 (CF), assinale a opção correta.

a) O Estado brasileiro, atendidos os requisitos legais, é obrigado a conceder asilo

político a estrangeiro, em decorrência de princípio orientador de suas relações in-

ternacionais constante na CF.


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b) Princípios relativos à prestação positiva do Estado não figuram entre os princí-

pios fundamentais constantes da CF.

c) A eletividade e a temporariedade são conceitos inerentes ao princípio republica-

no extraído da CF.

d) Em decorrência do princípio federativo, há relação de hierarquia entre a União e

os demais entes integrantes da Federação.

e) Os objetivos da República Federativa do Brasil estão previstos expressamente

em rol taxativo na CF.

(2016/Quadrix/CFP/Analista Técnico - Suporte em TI)

34. O Estado Democrático de Direito baseia-se em uma sociedade livre, justa e

solidária, como afirma nossa Constituição, na qual o poder deve emanar do povo,

sendo exercido em seu proveito, diretamente, ou por meio de representantes elei-

tos. Deve ser um Estado promotor de justiça social, tendo a legalidade como prin-

cípio basilar. Porém, a lei não deve ficar adstrita em uma esfera puramente norma-

tiva e abstrata, mas, sim, deve influir na realidade social do povo. Os princípios que

alicerçam o Estado Democrático de Direito são, exceto:

a) princípio da constitucionalidade.

b) sistema de direitos fundamentais.

c) igualdade.

d) unificação de poderes.

e) segurança jurídica.

(2015/CESPE/TRE-MT/Analista Judiciário - Administrativa)

35. No que se refere aos princípios fundamentais estabelecidos na Constituição

Federal de 1988 (CF), assinale a opção correta.

a) O princípio da construção de uma sociedade livre, justa e solidária está contem-

plado na CF de forma implícita.


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b) Em decorrência do princípio da defesa da paz e da resolução pacífica dos confli-

tos, o Brasil é proibido de participar de qualquer guerra externa, devendo-se posi-

cionar como país neutro em conflitos bélicos.

c) Conforme o princípio da democracia representativa, explicitamente previsto na

CF, todo o poder emana do povo, e seu exercício ocorre exclusivamente por meio

dos representantes eleitos.

d) Os Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, são o Executivo, o

Judiciário, o Ministério Público e o Legislativo.

e) A integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina,

com a finalidade de constituir uma comunidade latino-americana de nações, cons-

titui um princípio fundamental da República brasileira.

(2015/FUNCAB/ANS/Ativ. Tec. de Suporte - Administração, Economia ou

Contabilidade)

36. Constituem objetivos fundamentais da República Federação do BRASIL:

a) construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir os valores sociais do

trabalho e da livre iniciativa; garantir o desenvolvimento nacional; promover o bem

de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras

formas de discriminação.

b) garantir a independência nacional; permitir a prevalência dos direitos humanos;

promover a autodeterminação dos povos; erradicar a pobreza e a marginalização e

reduzir as desigualdades sociais e regionais.

c) construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento na-

cional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e

regionais; promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor,

idade e quaisquer outras formas de discriminação.


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d) promover a soberania e a cidadania; garantir a dignidade da pessoa humana;


garantir a igualdade entre os Estados; repudiar o terrorismo e o racismo; promo-
ver o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.
e) construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o pluralismo político;
promover a cidadania e a soberania; erradicar a pobreza e a marginalização e re-
duzir as desigualdades sociais e regionais; garantir a dignidade da pessoa humana.

(2015/COPESE – UFPI/Prefeitura de Teresina - PIP Guarda Civil Munici-


pal)
37. Sobre os fundamentos, princípios e objetivos fundamentais da República Fede-
rativa do Brasil consagrados na Constituição de 1988, assinale a opção CORRETA.
a) São objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, dentre outros,
não-intervenção, defesa da paz e cidadania.
b) A autodeterminação dos povos é direito fundamental, segundo o texto constitu-
cional vigente no Brasil.
c) São fundamentos da República Federativa do Brasil: a soberania, a dignidade da
pessoa humana, a cidadania, pluralismo político e os valores sociais do trabalho e
da livre iniciativa.
d) As relações internacionais da República Federativa do Brasil regem-se, também,
pela construção de uma sociedade livre e justa.
e) O repúdio ao terrorismo e ao racismo são fundamentos da República Federativa
do Brasil.

(2015/ESAF/ESAF/Analista de Planejamento e Orçamento)


38. No tocante à organização do Estado Brasileiro, é incorreto afirmar que:
a) o Brasil adota princípio de separação de Poderes que pode ser caracterizado

como flexível.
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b) a Constituição Federal criou mecanismos de freios e contrapesos, que permitem

a materialização da harmonia entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário,

como, por exemplo, a possibilidade do veto às leis pelo chefe do Poder Executivo.

c) diferentemente do Parlamentarismo, no Presidencialismo o chefe do Poder Exe-

cutivo acumula as funções de Chefe de Estado e de Chefe de Governo, além de

cumprir mandato fixo, sem precisar depender da confiança do Poder Legislativo

para sua investidura ou para o exercício de seu cargo.

d) no modelo e Estado federativo previsto na Constituição Federal, os Estados-

-Membros possuem soberania e autonomia financeira, administrativa e política.

e) a eletividade e a temporalidade do mandato do chefe do Poder Executivo, bem

como seu dever de prestar contas de seus atos, são características da forma de

governo republicana adotada no Brasil.

(2015/FAUEL/Câmara Municipal de Marialva - PR/Atendente Legislativo)

39. “Com efeito, onde impera a soberania popular, os governantes são escolhidos

pelo povo para exercerem as atividades públicas na condição de mandatários ou

representantes dos cidadãos, de forma legítima, ou seja, com base no sufrágio uni-

versal, igual, direto e secreto.”

(NETO, Manoel Carlos de Almeida. Direito Eleitoral Regulador. São Paulo. RT, (2014,

p. 22)

Essa forma de operacionalizar a soberania popular é chamada de:

a) Democracia representativa.

b) Democracia participativa.

c) Democracia deliberativa.

d) Democracia consultiva.
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(2015/REIS & REIS/Prefeitura de Santana do Jacaré - MG/Psicólogo)

40. O povo não exerce seu poder de modo imediato, mas pelos seus representan-

tes, eleitos periodicamente, a quem são delegadas as funções de governo.

A definição acima refere-se à:

a) Democracia Direta;

b) Democracia Indireta;

c) Ditadura Direta;

d) Monarquia Direta.

(2015/FUNIVERSA/UEG/Analista de Gestão Administrativa – Direito)

41. Levando em conta a diferença doutrinária entre formas de Estado, formas de

governo e regimes de governo, assinale a alternativa que corresponde à forma de

governo adotada na Constituição Federal de 1988 (CF).

a) Federação.

b) Parlamentarismo.

c) República.

d) Presidencialismo.

e) Confederação.

(2015/LEGALLE Concursos/Prefeitura de Joaçaba - SC/Técnico de Enfer-

magem)

42. A Constituição Federal do Brasil em seu Art. 3 dispõe os objetivos fundamentais

da República Federativa do Brasil. São eles, exceto:

a) Construir uma sociedade livre, justa e solidária.

b) Aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio,

ou suspender qualquer uma dessas medidas.

c) Garantir o desenvolvimento nacional.


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d) Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e re-

gionais.

e) Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e

quaisquer outras formas de discriminação.

(2015/CS-UFG/AL-GO/Procurador)

43. Conforme consta do art. 4º da Constituição Federal, a República Federativa do

Brasil rege-se, nas suas relações internacionais, pelos seguintes princípios:

a) soberania, solução pacífica dos conflitos e prevalência dos direitos humanos.

b) autodeterminação dos povos, não intervenção e dignidade da pessoa humana.

c) repúdio ao terrorismo e ao racismo e concessão de asilo político e independên-

cia nacional.

d) igualdade entre os Estados, cidadania e defesa da paz.

(2015/FUNCAB/MJ/Gerente de Projetos em Tecnologia da Informação)

44. De acordo com o disposto na Constituição Federal, é correto afirmar, com rela-

ção aos princípios fundamentais, que:

a) nas suas relações internacionais, a República Federativa do Brasil rege-se, den-

tre outros, pelo princípio da defesa do terrorismo e do racismo.

b) todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos

nos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

c) o pluralismo político não constitui um dos fundamentos da República Federativa

do Brasil.

d) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e re-

gionais constitui um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil.

e) a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social

e cultural dos povos da América Latina e da África, visando à formação de uma co-

munidade internacional de nações latinas e africanas.


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(2015/VUNESP/Prefeitura de Caieiras - SP/Assistente Legislativo)


45. Conforme o artigo 4o , parágrafo único, da Constituição Federal, a República
Federativa do Brasil buscará a integração econômica
a) com todos os países com os quais mantém relações diplomáticas, visando ao
desenvolvimento do comércio internacional.
b) e o intercâmbio comercial entre os países da Europa.
c) e também política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à for-
mação de uma comunidade latino-americana de nações.
d) e também cultural dos povos de todo o mundo, visando à formação de uma co-
munidade mais justa e solidária.
e) e também política dos povos das Américas, visando ao pluralismo político e à
cidadania.

(2015/FUNCAB/FUNASG/Advogado)
46. Sobre os princípios fundamentais da Constituição Brasileira, pode-se afirmar
que:
a) a República Federativa do Brasil constituída dos seguintes poderes, independen-
tes e harmônicos entre si: Legislativo, Administrativo, Executivo e Judiciário.
b) a República Federativa do Brasil tem como fundamentos a soberania, a cidada-
nia, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre inicia-
tiva, e o pluralismo político.
c) a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social
e cultural dos povos da América Latina e da África, visando à formação de uma co-
munidade internacional de nações latinas e africanas.
d) todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos
nos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
e) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e re-
gionais não constitui um dos objetivos fundamentais da República Federativa do

Brasil.
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(2014/CEPERJ/FSC/Advogado)

47. Dentre os fundamentos da República Federativa do Brasil está aquele que não
está limitado por nenhum outro na ordem interna. Trata-se da:
a) democracia
b) cooperação
c) dignidade
d) cidadania
e) soberania

(2014/IDECAN/Câmara Municipal de Serra - ES/Procurador)


48. Sobre os Princípios Fundamentais previstos na Constituição da República Fede-
rativa do Brasil, assinale a alternativa INCORRETA.
a) O pluralismo político e os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa são
fundamentos da República Federativa do Brasil.
b) A defesa da paz e a não intervenção são princípios que regem a República Fe-
derativa do Brasil nas suas relações internacionais.
c) Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais são
objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil.
d) O repúdio ao terrorismo e ao racismo são fundamentos da República Federativa
do Brasil, enquanto a defesa da concessão de asilo político é um objetivo funda-
mental.

(2014/VUNESP/TJ-PA/Auxiliar Judiciário)
49. Considerando os princípios fundamentais da Constituição Federal brasileira,
assinale a alternativa correta.
a) A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social
e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade

latino-americana de nações
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b) A Federação brasileira constitui-se em um Estado democrático de Direito e é

formada pela união indissolúvel do Exército, da Marinha e da Aeronáutica

c) Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, entre ou-

tros, o repúdio ao terrorismo e ao racismo e a cooperação entre os povos para o

progresso da humanidade

d) Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos

diretamente nos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

e) O pluralismo político e a independência nacional, entre outros, são princípios

que regem as relações internacionais da República Federativa brasileira.

(2014/VUNESP/PC-SP)

50. Estado Democrático de Direito é um sistema institucional

a) em que o poder político não possui limites previstos em lei.

b) em que há previsão e proteção aos direitos fundamentais.

c) em que é necessário que as leis sejam em forma de código.

d) que independe do respeito à dignidade da pessoa humana.

e) em que votam somente as pessoas que possuem nível superior.

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GABARITO DA LISTA DE QUESTÕES

1. D 26. C

2. C 27. A

3. D 28. C

4. D 29. D

5. D 30. B

6. D 31. E

7. E 32. E

8. B 33. C

9. A 34. D

10. B 35. E

11. C 36. C

12. C 37. C

13. E 38. D

14. A 39. A

15. C 40. B

16. A 41. C

17. D 42. B

18. E 43. C

19. E 44. D

20. C 45. C

21. E 46. B

22. A 47. E

23. D 48. D

24. A 49. A

25. C 50. B

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GABARITO COMENTADO DA LISTA DE QUESTÕES

�Obs.: 1: considerando que os temas das questões, no geral, são bem similares,

nós vamos comentar as 20 primeiras questões de nossa lista. Entretanto, se

que você tiver alguma dúvida em relação a quaisquer pontos da aula, pode

me chamar no Fórum de dúvidas, ok? Quantas vezes precisar, estou à dis-

posição.

 Obs.: 2: a FCC, no geral, explora mais a literalidade do texto constitucional. Em

virtude disso, grande parte dos comentários ocorrerá por meio da citação do

dispositivo constitucional que está sendo objeto de análise em cada questão.

(2016/FCC/PGE-MT/Analista – Bacharel em Direito)

1. Um grupo de servidores da Procuradoria-Geral do Estado do Mato Grosso, recém

empossados, participou de uma palestra de boas-vindas, oportunidade em que fo-

ram abordados temas relacionados à República Federativa do Brasil. Houve conso-

nância com o disposto na Constituição Federal quando mencionado que

a) a soberania é princípio que rege as relações internacionais do Brasil.

b) a independência nacional é fundamento do Estado Democrático de Direito bra-

sileiro.

c) a solução pacífica dos conflitos é fundamento do Estado Democrático de Direito

brasileiro.

d) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa são fundamentos do Estado

Democrático de Direito brasileiro.

e) a dignidade da pessoa humana é princípio que rege as relações internacionais

do Brasil.
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Letra d.

– A soberania é um fundamento da República Federativa do Brasil.

– A independência nacional é princípio aplicável às relações internacionais.

– A solução pacífica dos conflitos é princípio que rege as relações internacionais do

Brasil.

– A dignidade da pessoa humana é um fundamento.

(2016/FCC/PGE-MT/Técnico - Técnico Administrativo)

2. É um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, previsto no

art. 3º da Constituição Federal,

a) garantir uma renda mínima a todo cidadão.

b) combater à fome.

c) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e

quaisquer outras formas de discriminação.

d) erradicar o analfabetismo.

e) garantir a paz no território nacional.

Letra c.

– Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - cons-

truir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacio-

nal; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais

e regionais;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade

e quaisquer outras formas de discriminação.

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(2016/FCC/PGE-MT/Técnico - Técnico Administrativo)

3. O fundamento do Estado Democrático de Direito, previsto no art. 1º da Consti-

tuição Federal, que torna o cidadão titular de direitos e o qualifica como participan-

te da vida do Estado é

a) a livre iniciativa e os valores sociais do trabalho.

b) a soberania.

c) a dignidade da pessoa humana.

d) a cidadania.

e) o pluralismo político.

Letra d.

– A cidadania, no sentido mais restrito, é o status adquirido pelo brasileiro, com o

alistamento eleitoral (título de eleitor), que o habilita a participar das decisões po-

líticas do Estado. Ora votando, ora sendo votado.

(2010/FCC/AL-MS/Agente de Apoio Legislativo)

4. Nos termos da Constituição Federal, a República Federativa do Brasil tem como

um de seus fundamentos

a) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e

quaisquer outras formas de discriminação.

b) constituir uma sociedade livre, justa e solidária.

c) o repúdio ao terrorismo e ao racismo.

d) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

e) a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.

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Letra d.

Nos termos do Artigo 1º de nossa Constituição, a República Federativa do Brasil,

formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,

constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valo-

res sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político.

(2016/FCC/SEGEP-MA/Técnico da Receita Estadual - Arrecadação e Fisca-

lização de Mercadorias em Trânsito - Conhecimentos Gerais)

5. NÃO consta entre os princípios que regem as relações internacionais da Repú-

blica Federativa do Brasil:

a) A defesa da paz.

b) O repúdio ao terrorismo e ao racismo.

c) A prevalência dos direitos humanos.

d) A redução das desigualdades regionais na América Latina.

e) A autodeterminação dos povos.

Letra d.

O Artigo 4º estabelece que a República Federativa do Brasil rege-se nas suas rela-

ções internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; II - pre-

valência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV – não-inter-

venção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica

dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os

povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político.

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(2016/FCC/Prefeitura de Teresina - PI/Técnico de Nível Superior - Analis-

ta Administrativo)

6. Nas suas relações internacionais, a República Federativa do Brasil é regida, den-

tre outros, pelos seguintes princípios:

a) prevalência dos direitos humanos; solução pacífica dos conflitos; autodetermi-

nação dos povos latino-americanos; repúdio ao terrorismo e ao racismo.

b) igualdade entre os Estados; defesa da paz; solução pacífica dos conflitos; não-

-intervenção quanto ao terrorismo e ao racismo.

c) cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; não concessão de

asilo político; independência nacional; defesa da paz.

d) independência nacional; prevalência dos direitos humanos; autodeterminação

dos povos; não-intervenção.

e) igualdade entre os Estados; cooperação entre os povos para o progresso da hu-

manidade; independência tecnológica; justiça econômica proporcional.

Letra d.

– Veja questão 5.

(2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Analista Judiciário - Área Administra-

tiva)

7. O princípio da solidariedade social

a) não está contemplado no segmento normativo da Constituição Brasileira.

b) tem previsão restrita ao preâmbulo da Constituição e como tal não pode ser

invocado judicialmente para seu asseguramento.

c) é corolário do princípio da soberania nacional que, garantindo a indissolubilida-

de do Estado, obriga a formação de laços de solidariedade na sua defesa.

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d) não é princípio constitucional, mas mero fundamento da República.

e) é um dos três componentes estruturais do princípio democrático quando a Cons-

tituição preconiza o modelo de construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

Letra e.

Segundo a doutrina, o princípio da solidariedade social decorre o inciso I do Art.

3º, segundo o qual constituem objetivos fundamentais da República Federativa do

Brasil, entre outros, construir uma sociedade livre, justa e solidária.

(2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Técnico Judiciário - Área Administra-

tiva)

8. Ao dispor sobre os Princípios Fundamentais da República Federativa do Brasil, a

Constituição prevê, expressamente, como (1) fundamento, (2) objetivo e (3) prin-

cípio de relações internacionais da República:

a) (1) Fundamento - a soberania

(2) Objetivo - a construção de uma sociedade livre, justa e igualitária

(3) Princípio de relações internacionais da República - a solução dos conflitos

pela arbitragem

b) (1) Fundamento - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa

(2) Objetivo - a garantia do desenvolvimento nacional

(3) Princípio de relações internacionais da República - a cooperação entre os

povos para o progresso da humanidade

c) (1) Fundamento - a cidadania

(2) Objetivo - a promoção de formas alternativas de geração de energia

(3) Princípio de relações internacionais da República - a independência nacional


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d) (1) Fundamento - a dignidade da pessoa humana

(2) Objetivo - a proteção da infância e da juventude

(3) Princípio de relações internacionais da República - a concessão de asilo po-

lítico

e) (1) Fundamento - o parlamentarismo

(2) Objetivo - a construção de uma sociedade livre, justa e igualitária

(3) Princípio de relações internacionais da República - a defesa da paz

Letra b.

Quadro resumo para não confundir

Objetivos Princípios aplicáveis às


Fundamentos
Fundamentais relações internacionais

I - independência nacional;
I - construir uma sociedade II - prevalência dos direitos
livre, justa e solidária; humanos;
II - garantir o desenvolvimento III - autodeterminação dos
I - a soberania; nacional; povos;
II - a cidadania III - erradicar a pobreza e a IV - não-intervenção;
III - a dignidade da pessoa marginalização e reduzir as V - igualdade entre os Estados;
humana; desigualdades sociais e regio- VI - defesa da paz;
IV - os valores sociais do traba- nais; VII - solução pacífica dos con-
lho e da livre iniciativa; IV - promover o bem de todos, flitos;
V - o pluralismo político. sem preconceitos de origem, VIII - repúdio ao terrorismo e
raça, sexo, cor, idade e quais- ao racismo;
quer outras formas de discrimi- IX - cooperação entre os povos
nação. para o progresso da humani-
dade;
X - concessão de asilo político.

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(2015/FCC/TRT - 9ª REGIÃO (PR)/Analista Judiciário - Área Administrativa)

9. Considere os itens abaixo.

I – Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

II – Pluralismo político.

III – Garantir o desenvolvimento nacional.

IV – Prevalência dos direitos humanos.

Em relação à República Federativa do Brasil, o que consta nos itens I a IV repre-

sentam, respectivamente,

a) fundamento, fundamento, objetivo fundamental e princípio aplicável às relações

internacionais.

b) fundamento, princípio aplicável às relações internacionais, princípio aplicável às

relações internacionais e objetivo fundamental.

c) princípio aplicável às relações internacionais, princípio aplicável às relações in-

ternacionais, fundamento e objetivo fundamental.

d) objetivo fundamental, objetivo fundamental, princípio aplicável às relações in-

ternacionais e objetivo fundamental.

e) princípio aplicável às relações internacionais, objetivo fundamental, fundamen-

to e fundamento.

Letra a.

Veja o quadro comparativo da questão 8.

(2015/FCC/TRT - 3ª Região (MG)/Analista Judiciário - Área Administrativa)

10. São fundamentos constitucionais expressos da República Federativa do Brasil:

a) soberania; cidadania; dignidade da pessoa humana; monopólio da economia

estratégica; bicameralismo.

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b) soberania; cidadania; dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho

e da livre iniciativa; pluralismo político.

c) dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

centralismo político e democrático; defesa da família.

d) cidadania; livre iniciativa; pluricameralismo; defesa da propriedade privada; de-

fesa da família.

e) dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

monopólio da economia estratégica; defesa social; defesa do meio ambiente.

Letra b.

Lembrando que os fundamentos do estado democrático de direito são verdadeiros

alicerces sobre os quais nosso Estado está assentado.

(2014/FCC/TJ-AP/Técnico Judiciário - Área Judiciária e Administrativa)

11. A República Federativa do Brasil tem como um de seus fundamentos ...I... ;

constitui um dos seus objetivos fundamentais ...II... ; e rege-se nas suas relações

internacionais, entre outros, pelo princípio ...III...

Preenche, correta e respectivamente, as lacunas I, II e III:

a) I - a dignidade da pessoa humana / II- conceder asilo político / III - da preva-

lência dos direitos humanos

b) I- a cidadania / II - conceder asilo político / III - do repúdio ao terrorismo e ao

racismo

c) I - a soberania/ II- construir uma sociedade livre, justa e solidária / III - do re-

púdio ao terrorismo e ao racismo

d) I - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa /II - defender a paz / III -

da prevalência dos direitos humanos

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e) I - o pluralismo político /II- defender a paz/ III - da prevalência dos direitos

humanos.

Letra c.

Veja quadro comparativo da questão 8.

(2014/FCC/DPE-RS/Defensor Público)

12. Na Constituição Federal está previsto que “A República Federativa do Brasil

buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América

Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.” Para

tanto, ela traz como princípios pelos quais se rege nas relações internacionais, ex-

pressamente a

a) construção de uma sociedade livre, justa e solidária e garantir o desenvolvimen-

to nacional.

b) erradicação da pobreza e a marginalização e redução das desigualdades sociais

e regionais.

c) prevalência dos direitos humanos, a solução pacífica dos conflitos e o repúdio ao

terrorismo e ao racismo.

d) soberania, a cidadania e a dignidade da pessoa humana.

e) garantia dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo polí-

tico.

Letra c.

– construção de uma sociedade livre, justa e solidária e garantir o desenvolvimento

nacional são objetivos fundamentais.

– erradicar a pobreza e a marginalização e redução das desigualdades sociais e

regionais são objetivos fundamentais.


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– soberania, a cidadania e a dignidade da pessoa humana são fundamentos.

– garantia dos “valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo polí-

tico” são fundamentos.

Importante destacar que a Constituição não menciona “a garantia”.

(2013/FCC/TRT - 5ª Região (BA)/Técnico Judiciário - Área Administrativa)

13. Um desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região - TRT/BA,

no seu discurso de posse, explicou que a República Federativa do Brasil, formada

pela união indissolúvel dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, constitui-

-se em Estado Democrático de Direito e tem como um de seus fundamentos a

a) independência nacional.

b) prevalência dos direitos humanos.

c) igualdade entre os Estados.

d) defesa da paz.

e) dignidade da pessoa humana.

Letra e.

Conforme destacamos, a República Federativa do Brasil, formada pela união in-

dissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado

Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre

iniciativa; V - o pluralismo político.

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(2013/FCC/MPE-SE/Técnico Administrativo)

14. Considere o seguinte trecho de ementa de acórdão proferido pelo Supremo

Tribunal Federal:

A duração prolongada, abusiva e irrazoável da prisão cautelar de alguém ofende, de

modo frontal, o postulado da dignidade da pessoa humana, que representa - consi-

derada a centralidade desse princípio essencial (CF, art. 1o , III) - significativo vetor

interpretativo, verdadeiro valor-fonte que conforma e inspira todo o ordenamento

constitucional vigente em nosso país e que traduz, de modo expressivo, um dos

fundamentos em que se assenta, entre nós, a ordem republicana e democrática

consagrada pelo sistema de direito constitucional positivo. (HC 85237/DF, Relator

Ministro Celso de Mello, julgamento em 17/03/2005)

Nesse caso, afirmou o Tribunal que a duração abusiva da prisão cautelar ofende

a) a dignidade da pessoa humana, fundamento da ordem republicana e democrá-

tica consagrada pelo sistema de direito constitucional positivo.

b) a dignidade da pessoa humana, cujo valor interpretativo é superior ao valor de

todos os demais fundamentos da República Federativa do Brasil.

c) a ordem republicana e democrática consagradas pelo sistema de direito consti-

tucional positivo como fundamentos da dignidade da pessoa humana.

d) a vedação a penas de prisão de caráter perpétuo, que se funda na dignidade da

pessoa humana.

Letra a.

Segundo o STF, a duração abusiva de prisão cautelar ofende, diretamente, a digni-

dade da pessoa humana.

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(2013/FCC/PGE-BA/Analista de Procuradoria - Área de Apoio Jurídico)

15. Em relação à República Federativa do Brasil, considere:

I – A dignidade da pessoa humana é um dos seus fundamentos.

II – A promoção do bem de todos - sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,

idade e quaisquer outras formas de discriminação - constitui um de seus ob-

jetivos fundamentais.

III – O repúdio ao racismo deverá reger as suas relações internacionais.

IV – A igualdade de todos perante a lei é um dos seus princípios sociais.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I, III e IV.

b) I, II e IV.

c) I, II e III.

d) II, III e IV.

e) I e II.

Letra c.

Veja o quadro comparativo na questão 8.

Destaca-se que a igualdade de todos perante a lei é um direito fundamental previs-

to no caput do artigo 5º.

(2013/FCC/PGE-BA/Analista de Procuradoria - Área de Apoio Calculista)

16. Em relação à República Federativa do Brasil, considere:

I – É formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Fe-

deral.

II – Constitui - se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos,

dentre outros, a soberania, a cidadania e a dignidade da pessoa humana.

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III – Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos

ou diretamente, nos termos da Constituição Federal.

IV – É um Estado soberano, democrático e organizado em Estados e Municípios

que devem respeitar a dignidade da pessoa humana e a cidadania.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I, II e III.

b) I, II e IV.

c) I, III e IV.

d) I e II.

e) II, III e IV.

Letra a.

– Lembre-se de que o pacto federativo é indissolúvel, por isso não se admite a se-

cessão, ou seja, a dissolução do vínculo federativo.

– A democracia, no Brasil, é semidireta ou participativa, pois conjugamos a demo-

cracia indireta ou representativa com a democracia direta.

– O item IV está errado porque, literalmente, não foi citado o Distrito Federal.

(2013/FCC/SEFAZ-SP/Agente Fiscal de Rendas - Gestão Tributária)

17. Considere as seguintes afirmações à luz do que dispõe a Constituição da Repú-

blica a respeito de princípios fundamentais e de direitos e garantias fundamentais:

I – As práticas de tortura e racismo são consideradas crimes inafiançáveis pela

Constituição, sendo o seu repúdio um princípio de regência das relações in-

ternacionais do Estado brasileiro.

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II – Todo poder emana do povo, que pode exercê-lo indiretamente, por meio de

representantes eleitos, ou diretamente, valendo-se de plebiscito, referendo e

iniciativa popular, mecanismos previstos para tanto na Constituição.

III – A determinação constitucional para que a lei puna qualquer discriminação

atentatória dos direitos está relacionada ao objetivo fundamental da Repú-

blica de promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,

cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

IV – A Constituição estabelece que os direitos e garantias nela expressos não

excluem outros decorrentes dos tratados internacionais em que a República

Federativa do Brasil seja parte, o que é compatível com o princípio de pre-

valência dos direitos humanos, expressamente consignado no texto consti-

tucional.

Está correto o que se afirma em

a) I e II, apenas.

b) I e III, apenas.

c) II e IV, apenas.

d) II, III e IV, apenas.

e) I, II, III e IV.

Letra d.

– O item I está errado, pois o correto seria repúdio ao terrorismo e ao racismo

(Art. 4º, VIII).

– O item II ressalta ponto já comentado anteriormente, qual seja: a democracia

brasileira ora se manifesta de forma direta, ora, indireta, por meio de representan-

tes eleitos. Por isso, diz-se que a democracia brasileira é semidireta ou participativa.
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– A promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade

e quaisquer outras formas de discriminação busca dar efetividade ao princípio da

igualdade ou da isonomia.

(2013/FCC/SEFAZ-SP/Agente Fiscal de Rendas - Gestão Tributária )(adap-

tada)

18. Considere as seguintes afirmações à luz do que dispõe a Constituição da Repú-

blica a respeito de princípios fundamentais e de direitos e garantias fundamentais:

I – A Constituição Federal não estabeleceu expressamente princípios que devem

guiar as relações internacionais do Estado brasileiro.

II – A separação de poderes é um princípio fundamental.

III – O Estado brasileiro adota a forma republicana de Estado.

IV – A cooperação ente os povos para o progresso da humanidade é um dos obje-

tivos fundamentais que regem o Brasil em suas relações internacionais.

Está correto o que se afirma em

a) I e II, apenas.

b) I e III, apenas.

c) II e IV, apenas.

d) II, III e IV, apenas.

e) II, apenas.

Letra e.

– O artigo 4º prevê expressamente esses princípios, conforme já destacamos.

– Lembre-se: todos os temas que estão entre os artigos 1º a 4º do texto constitu-

cional princípios fundamentais.

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– O Estado Brasileiro adota a forma federativa de estado, e forma republicana de


governo.
– A cooperação ente os povos para o progresso da humanidade não é objetivo fun-

damental. Trata-se de princípio que rege o Brasil em suas relações internacionais.

(2012/FCC/PGE-SP/Procurador do Estado)
19. Consoante a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o fundamento da
livre iniciativa, previsto no artigo 1º, inciso IV, da Constituição Federal, é de ser
interpretado no sentido de que
a) o Estado jamais pode, por via legislativa, regular política de preços de bens e
de serviços.
b) é vedado ao Estado interferir nas atividades econômicas.
c) o Estado não pode explorar diretamente atividade econômica.
d) todas as atividades econômicas devem ser livremente exercidas.
e) não pode ser invocado para afastar regras de regulação de mercado.

Letra e.
Segundo o STF, o princípio da livre iniciativa não pode ser invocado para afastar

(descumprir) regras de regulação do mercado, nem de defesa do consumidor.

(2012/FCC/TRT - 1ª REGIÃO (RJ)/Juiz do Trabalho)

20. Em 1993, o eleitorado brasileiro participou de plebiscito para definição da forma

e do sistema de governo que deveriam vigorar no País. Se o resultado do plebiscito

houvesse modificado o sistema de governo brasileiro de presidencialista para par-

lamentarista, mas mantido a forma republicana de governo, o texto da Constituição

Federal, necessariamente, deveria ser reformado para

a) incluir a previsão de eleições indiretas, realizadas pelo Parlamento, para a es-

colha do Chefe de Estado.

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b) acrescentar a possibilidade de o Chefe de Estado ter mandato por tempo inde-

terminado e escolher seu sucessor, a fim fiscalizar a atuação do Chefe de Governo

com imparcialidade.

c) modificar competências, no âmbito da União, tanto do Poder Executivo, quanto


do Poder Legislativo, para que fossem especificadas as atribuições a serem exerci-
das pelo Chefe de Governo em conjunto com o Parlamento.
d) implantar uma monarquia constitucional, para que a chefia do Poder Executivo
fosse dividida entre o Primeiro Ministro, responsável pelas funções do governo, e o
Chefe de Estado, responsável pelas funções de representação do Estado brasileiro.
e) alterar regras de competência do Congresso Nacional para que este pudesse
processar e julgar o Primeiro Ministro por crime de responsabilidade, sendo proi-
bido, em regimes democráticos, exonerá-lo do cargo apenas pela perda do apoio
parlamentar.

Letra c.
– Em uma república, o Presidente é eleito diretamente pelo povo (essa é a regra).
– Em uma república, o mandato do chefe de Estado é determinado. Já o chefe de
governo, no parlamentarismo, não possui mandato com prazo predefinido, na me-
dida que ele depende da confiança do parlamento para permanecer no poder.
– No sistema de governo parlamentarista, o Poder Executivo é chamado de dual,
porque há duas autoridades que o exercem: o Chefe de estado (presidente ou mo-
narca, a depender da forma de governo adotada), e o primeiro-ministro, o qual,
em regra, é indicado pelo parlamento. Em virtude desse exercício compartilhado
do Poder Executivo, o parlamento ocupa um papel de destaque, assumindo diver-
sas significativas atribuições que seriam próprias do Poder Executivo. Por isso, se
tivesse sido adotado no Brasil o sistema parlamentarista de governo, haveria a ne-
cessidade de alterar a Constituição para reestruturar a repartição de competências
esses os poderes legislativo e executivo.
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– República é forma de governo, dessa forma, não necessidade alguma de alterar


a Constituição para implantar uma monarquia, já que, pelo texto da questão, o re-

sultado do plebiscito teria decidido manter a forma de governo republicana.

– No sistema parlamentarista, o primeiro-ministro depende da confiança do parla-

mento para poder continuar exercendo o mandato. Dessa forma, é perfeitamente

possível (e não muito incomum) a perda do mandato pelo fato de o primeiro minis-

tro ter perdido o apoio parlamentar.

Parabéns!

Você é um campeão!

Wellington Antunes.

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