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28/01/2019 Homero – Wikipédia, a enciclopédia livre

Homero
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Homero (em grego: Ὅµηρος, transl. Hómēros) foi um poeta épico Homero
da Grécia Antiga, ao qual tradicionalmente se atribui a autoria dos
poemas épicos Ilíada e Odisseia.

Os gregos antigos geralmente acreditavam que Homero era um


indivíduo histórico, mas os estudiosos modernos são céticos:
nenhuma informação biográfica de confiança foi transmitida a partir
da antiguidade clássica,[1] e os próprios poemas manifestamente
representam o culminar de muitos séculos de história contadas
oralmente e um bem desenvolvido sistema já muitas vezes usado de
composição poética. De acordo com Martin West, "Homero" não é "o
nome de um poeta histórico, mas um nome fictício ou construído".[2]
Para o historiador e filósofo Richard Tarnas, Homero -
independentemente da polêmica sobre sua existência histórica - foi
Representação idealizada de Homero feita no
"uma personificação coletiva de toda a memória grega antiga".[3]
período helenístico (Museu Britânico).

Homero teria nascido em Esmirna, atual Turquia, ou em alguma ilha Nascimento 928 a.C.
do mar Egeu e vivido no século 8 a.C. Mas a sua origem é tão Morte 898 a.C. (29 ou 30
controversa que oito cidades disputam a honra de terem sido a terra anos)
Grécia Antiga
natal do poeta.[4]
Influências
A data da existência de Homero foi controversa na antiguidade e não Lista
o é menos hoje. Heródoto disse que Homero viveu 400 anos antes de
Gênero Poesia épica
seu próprio tempo, o que o colocaria em torno de 850 a.C., mas outras literário
fontes antigas deram datas muito mais próximas da suposta época da Serviço militar
Guerra de Troia.[5] A data da Guerra de Troia foi dada como 1194-
País Grécia
1184 a.C. por Eratóstenes, que se esforçou para estabelecer uma
cronologia científica dos eventos e esta data tem obtido apoio por
causa de pesquisas arqueológicas mais recentes.[carece de fontes?]

Para a ciência moderna, "a data de Homero" refere-se à data de concepção dos poemas tanto quanto à vida de um
indivíduo. O consenso dos estudiosos é que "a Ilíada e a Odisseia datam dos últimos anos do século IX a.C., ou a partir
do século VIII a.C., a Ilíada sendo anterior à Odisseia, talvez por algumas décadas",[6] ou seja, um pouco mais cedo do
que Hesíodo,[7] e que a Ilíada é o trabalho mais antigo da literatura ocidental. Ao longo das últimas décadas, alguns
estudiosos têm defendido uma data do século VII a.C. Aqueles que acreditam que os poemas homéricos
desenvolveram-se gradualmente durante um longo período de tempo, entretanto, geralmente dão uma data posterior
para os poemas: de acordo com Pausânias, os textos foram compilados na época do tirano ateniense Pisístrato;[8] de
acordo com Gregory Nagy, tornaram-se textos fixos apenas no século VI a.C.[9]

Alfred Heubeck afirma que a influência formativa dos trabalhos de Homero modelando e influenciando todo o
desenvolvimento da cultura grega foi reconhecida por muitos dos próprios gregos, que o consideravam seu
instrutor.[10]

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Além dessas duas grandes obras, mas sem respaldo histórico ou literário, são a ele atribuídas as obras Margites,
poema cômico a respeito de um herói trapalhão; a Batracomiomaquia, paródia burlesca da Ilíada que relata uma
guerra fantástica entre ratos e rãs, e os Hinos homéricos.

Já antes do início do pensamento filosófico, as riquíssimas obras de Homero (Ilíada e Odisseia) tendem a aproximar
os deuses dos homens, num movimento de racionalização do divino. Os deuses homéricos, que viviam no Monte
Olimpo, possuíam uma série de características antropomórficas.

Apesar de "Homero" ser um nome grego, atestado em regiões de fala eólica,[11] nada de concreto se sabe sobre ele;
entretanto, tradições surgiram pretendendo dar detalhes sobre o local de seu nascimento e seu contexto: o satírico
Luciano, em sua fabulosa Verdadeira História, faz de Homero um Babilônio que assumiu o nome de Homero apenas
quando tomado "refém" (homeros) pelos gregos.[12] Quando o imperador Adriano perguntou ao oráculo de Delfos
quem Homero era realmente, Pítia proclamou que ele era um ítaco, filho de Jocasta e Telêmaco, da Odisseia.[13] Essas
histórias proliferaram e foram incorporadas a um número[14] de Vidas de Homero compiladas a partir do período
alexandrino.[15] A versão mais comum diz que Homero nasceu na região jônia da Ásia Menor, em Esmirna, ou na ilha
de Quios, morrendo em Ios, nas ilhas Cíclades.[15][16] A conexão com Esmirna parece ser em alusão a uma lenda que
seu nome original era "Melesigenes" ("nascido no Meles", um rio que corria por essa cidade), e da ninfa Creteia.
Evidências contidas em seus poemas dão algum apoio a esta versão: a familiaridade com a topografia da área do litoral
da Ásia Menor é vista nos nomes dos locais e nos detalhes, e comparações evocativas do cenário local: as aves dos
prados, na foz do Caister (Ilíada 2.459ff.), uma tempestade no mar e abisarque Ícaro (Ilíada 2.144ff.), e conhecimento
sobre os ventos (Ilíada 2.394ff : 4.422ff: 9,5),[17] ou que as mulheres tanto da Meônia quanto da Cária tingem marfim
com escarlate (Ilíada 4,142).[18]

Questão Homérica
A pessoa de Homero está para sempre imersa nas trevas impenetráveis da
lenda. Ignoramos quando viveu; não sabemos que terra privilegiada lhe
ouviu os primeiros vagidos (...) Venerandas tradições representavam-no
como um velho cantor, pobre e cego que, peregrinando de terra em terra,
recompensava a quem o agasalhava com a declamação de seus poemas,
(Augusto Magne).

Entre os gramáticos alexandrinos, Zenão e Helânico consideravam


improvável a Ilíada e a Odisseia haverem sido compostas por um único
autor, já que a Odisseia lhes parecia um ou dois séculos posterior à Ilíada.
Foram então alcunhados Kho-rizontes – separatistas, por insularem a Ilíada
e a Odisseia.

Aristarco, contemporâneo de Zenão e Helânico, não acreditava nesta


separação, mas supunha que aos poemas iniciais fora acrescido outros
poemas independentes. No caso da Ilíada estariam entre os possíveis
Homero acréscimos: o duelo entre Menelau e Páris, a gesta de Diomedes, o duelo de
Heitor e Ájax, a embaixada a Aquiles, o relato da ira de Meleagro, a descrição
Busto com suposta aparência de
da confecção do escudo de Aquiles etc. sendo que esses poemas autônomos
Homero, cópia romana do século II de
teriam sido concatenados a uma Ilíada original, Proto-Ilíada, esta atribuída
uma obra grega do século II a.C.,
conservada no Museu do Louvre. a Homero.

A nova teoria, dos acréscimos posteriores, teve amplo respaldo. Tinha-se


basicamente três teorias: a primeira que Homero era autor dos dois poemas; a segunda que só da Ilíada; a terceira que
dos dois poemas, mas em dimensões menores. Unanimidade nunca houve sobre o assunto, nem entre os alexandrinos

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tampouco entre aqueles que o sucederam. Com doutos estudos filológicos e não menos fábulas, sentenciaram-se
veredictos pela Antiguidade. Provavelmente, na Idade Média e no Renascimento também, mas esse processo é, quase
sempre, circular e infrutuoso.

No século XVIII surgem três importantes publicações: uma de François d'Aubignac, outra de Giambattista Vico e
outra de Friedrich August Wolf. Todas, aliando razões históricas, filológicas ou estéticas; idênticas ou não, trazem uma
tese nova e controvertida: Homero jamais teria existido, seria seu nome somente uma alegoria. Traziam como outra
hipótese, que Homero houvesse sido apenas um compilador das rapsódias tomadas aos aedos e até mesmo ao próprio
povo do período heroico grego.

Estes últimos argumentos foram gratíssimos aos românticos; já que consideravam que uma verdadeira epopeia
deveria emergir espontaneamente de um povo. Talvez por esse motivo obtiveram respaldo tão amplo.

Durante o século XIX e primeira metade do XX, afervorou-se a discussão. Foi quando se publicaram desde
compêndios a volumosas edições com teses para tratar da questão. Intelectuais digladiavam-se formando dois grupos
opostos: um defendia a autoria única, outro a compilação.

Recentemente tem-se arrefecido a discussão, voltando lumes apenas às questões linguísticas. Mesmo porque em
antiguidade tão remota pouca certeza há, e conjecturas muitas.

Referências
Oxford University Press. 3 páginas
1. comentário de G. S. Kirk de que "a Antiguidade não
11. Silk, Michael (1987). Homer: The Iliad. Cambridge:
sabia nada definido sobre a vida e a personalidade
Cambridge University Press. 5 páginas
de Homero" representa o consenso geral (Kirk, The
Iliad: a Commentary (Cambridge 1985), v. 1). 12. Lucian, Verae Historiae 2.20, cited and tr.Barbara
Graziosi‚Inventing Homer:The Early Reception of
2. West, Martin (1999). «The Invention of Homer».
Epic,’ Cambridge University Press, 2002 p.127
Classical Quarterly. 49 (364)
13. Parke, Herbert W. (1967). Greek Oracles. [S.l.: s.n.]
3. Homero - Origens e influências:
pp. 136–137 citando o Certamen, 12
http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/homero-
origens-influencias-643062.shtml 14. Havia sete, além de um conto sobre uma competição
bárdica entre Homero e Hesíodo.
4. Afinal, quem foi Homero?:
(F.Stoessl,'Homeros'in Der Kleine Pauly: Lexikon der
http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/afinal-
Antike in fünf Bänden, Deutscher Taschenbuch
quem-foi-homero-642766.shtml
Verlag, München 1979, Bd.2, p.1202)
5. Graziosi, Barbara (2002). «The Invention of Homer».
15. Kirk, G.S. (1965). Homer and the Epic: A Shortened
Cambridge: 98–101
Versão de the Songs of Homer. Londres: Cambridge
6. Vidal-Naquet, Pierre (2000). Le monde d'Homère. University Press. 190 páginas
[S.l.]: Perrin. 19 páginas
16. Homêreôn foi um dos nomes para um mês no
7. M. L. West (1966). Hesiod's Theogony. Oxford: calendário de Ios. H.G. Liddell, Robert Scott, A
Oxford University Press. pp. 40, 46 Greek-English Lexicon, rev.ed.Sir Henry Stuart-
8. Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 7.26.13 Jones, Clarendon Press, Oxford, 1968 ad loc
9. Nagy, Gregory (2001). «Homeric Poetry and 17. Kirk, op.cit.pp.191f.; G.S.Kirk,The Songs of Homer,
Problems of Multiformity: The "Panathenaic Cambridge University Press, 1962 pp.272ff.)
Bottleneck». Classical Philology (journal). 96: 109– 18. Barry B. Powell, ‘Did Homer sing at Lefkandi?’,
119 Electronic Antiquity, julho 1993, Vol. 1, No. 2.
10. Heubeck, Alfred; West, Stephanie; Hainsworth, J. B.
(1988). A Commentary on Homer's Odyssey. Oxford:

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Obras relacionadas com Homero no Wikisource
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