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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA

12ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO

PROCESSO Nº...

PEDRO, já qualificado nos autos da ação penal


nº______, que lhe move a Justiça Pública, por seu advogado que esta
subscreve (conforme procuração anexa – doc. 01), vem, respeitosamente,
dentro do prazo legal, oferecer

RESPOSTA À ACUSAÇÃO

com fundamento nos artigos 396 e 396-A,


ambos do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a
seguir expostas.

I – DOS FATOS
Segundo narra a denúncia, o acusado,
juntamente com outros rapazes, teria danificado um telefone público. A
denúncia é lacônica e não indica como teria sido perpetrado o delito em
apreço, valendo-se tão somente de termos genéricos e vagos.
Ademais, cumpre destacar, inclusive, que os
demais agentes foram excluídos do polo passivo da ação penal sem
qualquer razão justificada.
II – DO DIREITO
A. DA INÉPCIA DA DENÚNCIA
Excelência, o caso dos autos é de patente
nulidade por inépcia da denúncia, posto que a peça acusatória é lacônica,
visto que não apresenta a conduta individualizada do acusado. Ao
realizar tal ação, viola o que dispõe o artigo 41 do Código de Processo
Penal.
O citado dispositivo legal enuncia que a
denúncia deverá ser apresentada com todos os seus requisitos, sob pena
de incorrer na figura doutrinária da "criptoimputação". Dentre os
requisitos se encontra a descrição do fato criminoso com todas as suas
circunstâncias.
Desse modo, não há a apresentação do fato
delitivo com todas as suas circunstâncias, incorrendo a acusação em
notória violação ao citado dispositivo de lei. Além disso, a denúncia se
vale de termos vagos, como "eles fizeram" ou "eles agiram dolosamente
contra o bem público", de tal maneira que não há individualização da
conduta de cada envolvido.
Nesse contexto, resta impossível o exercício do
direito de defesa, havendo violação do princípio da ampla defesa,
conforme previsto no artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal.
Ora, sendo assim, diante da denúncia genérica e
vaga que é apresentada no fluente caso, é possível apontar duas
consequências, ambas decorrentes da inépcia que lhe faz jus:
a) A primeira diz respeito à nulidade do feito,
pois, a denúncia, ao se apresentar de impossível defesa, tem-se sua
nulidade "ab initio", nos termos do artigo 564, inciso IV, do Código de
Processo Penal;
b) Caso não seja o primeiro o entendimento
adotado, então deve ser a denúncia rejeitada, conforme teor do artigo
395, inciso I, do Código de Processo Penal, que prevê tal possibilidade
quando houver flagrante inépcia da inicial.
Tendo em vista que não foram narrados os fatos
de maneira coerente e a propiciar o exercício do direito de defesa, então
deve ser rejeitada a denúncia.

III – DO PEDIDO
Ante o exposto, requer seja anulado "ab initio" o
processo, com fulcro no artigo 564, inciso IV, do Código de Processo
Penal, ou, caso não seja esse o entendimento, requer seja rejeitada a
denúncia nos termos do artigo 395, inciso I, do Código de Processo
Penal, como medida de justiça.
Requer a defesa a intimação das testemunhas
abaixo arroladas.

Termos em que, pede e espera deferimento.

Rio de Janeiro, data...


Advogado
OAB nº...
ROL DE TESTEMUNHAS:
1 – ____________________.
2 – ____________________.
3 – ____________________.

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