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Aula 02

Obras Hídricas p/ Perito Polícia Federal (Engenharia Civil)


Professor: Marcus Campiteli

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Obras Hídricas PF/2016
Teoria e Questões
Prof. Marcus Campiteli Aula 2

AULA 2: TRATAMENTO DE ÁGUA

SUMÁRIO PÁGINA

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 1

1. INTRODUÇÃO 2

2. GRADES 8

3. UNIDADES DE MICROPENEIRAMENTO 8

4. AERADORES 9

5. MISTURA RÁPIDA 11

6. FLOCULADORES 17

7. DECANTADORES 22

8. FILTRAÇÃO 33

9. DESINFECÇÃO 42

10. TRATAMENTO POR CONTATO 42

11. CONTROLE DA CORROSÃO 43

12. QUESTÕES COMENTADAS 43

13. QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 61

14. GABARITO 64

15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 08349938480

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Olá pessoal,

Esta aula trata do assunto de Tratamento de Água, que


complementa o assunto da Aula 0, de Abastecimento de Água.

Boa aula!

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TRATAMENTO DE ÁGUA

1 - INTRODUÇÃO

As estações de tratamento de água – ETA destinam-se a


garantir o fornecimento à comunidade de água potável, com boa
qualidade sob o ponto de vista físico, químico, biológico e
bacteriológico.

A análise química e os exames físicos e bacteriológicos da água


dos mananciais abastecedores determinarão a necessidade de
submetê-la a processos corretivos.

As características qualitativas e quantitativas das águas dos


mananciais variam no decorrer do ano, em especial, as águas de
mananciais superficiais.

O tratamento da água é feito para atender a várias finalidades:

a) higiênicas: remoção de bactérias; eliminação ou redução de


substâncias tóxicas ou nocivas; redução do excesso de impurezas;
redução de teores elevados de compostos orgânicos, algas,
protozoários e outros microrganismos;

b) estéticas: correção da cor, turbidez, odor e sabor;


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c) econômicas: redução da corrosividade, dureza, cor,


turbidez, ferro, manganês, odor e sabor.

De um modo geral, o tratamento da água em uma ETA


convencional, passa pelas seguintes fases: Mistura rápida;
Floculação; Decantação; Filtração; e Desinfecção.

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Fonte: Sandro Filippo (IME)

Além destas fases principais, tem-se ainda a Fluoretação e a


Correção de pH, que fazem parte do tratamento químico da água,
assim como a Desinfecção.

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A Fluoretação deve, também, ser realizada sempre. Isto


porque, além de ser a maneira mais segura de garantir grande
redução na incidência da cárie dentária em crianças de idade escolar,
a fluoretação das águas é determinada por lei federal.

A Correção de pH da água tratada, também algumas vezes


esquecida, deve ser sempre realizada, com o objetivo de reduzir a
agressividade ou incrustabilidade do produto final. Protege, dessa
forma, as redes distribuidoras e as instalações hidráulicas prediais.

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Fonte: < http://www.aquastore.com.br/>

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Fonte: Azevedo Netto

1.1 – Definições da NBR 12216

- Estação de tratamento de água – ETA: conjunto de unidades


destinado a adequar as características da água aos padrões de
potabilidade.

- Unidade de estação de tratamento: cada um dos elementos da


ETA em que certo processo de tratamento se realiza.

- Tempo de funcionamento: tempo necessário para que a ETA


produza o volume de água demandado em um dia.

- Etapas de construção: ampliações sucessivas que podem ser


feitas a fim de que a ETA atenda, sem sobrecarga, às demandas
impostas pelo consumo.

- Capacidade nominal: vazão, em condições normais de


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funcionamento, para a qual a ETA é projetada.

- Capacidade máxima: vazão máxima que a ETA pode produzir,


mantido o efluente dentro dos padrões de potabilidade.

- Capacidade hidráulica: vazão máxima relacionada com o


dimensionamento hidráulico da instalação, independentemente das
condições sanitárias.

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- Período de detenção: relação entre o volume útil, referido a


determinada unidade da ETA, e sua vazão.

- Taxa de aplicação superficial: relação entre a vazão, referida a


determinada unidade da ETA, e a área de sua superfície útil.

1.2 – Definição dos processos de tratamento – NBR 12216

Devem ser considerados os seguintes tipos de águas naturais


para abastecimento público:

a) Tipo A - águas subterrâneas ou superficiais,


provenientes de bacias sanitariamente protegidas, com
características básicas definidas na Tabela seguinte, e as demais
satisfazendo aos padrões de potabilidade;

b) Tipo B - águas subterrâneas ou superficiais,


provenientes de bacias não protegidas, com características básicas
definidas na Tabela seguinte, e que possam enquadrar-se nos
padrões de potabilidade, mediante processo de tratamento que não
exija coagulação;

c) Tipo C - águas superficiais provenientes de bacias não


protegidas, com características básicas definidas na Tabela
seguinte, e que exijam coagulação para enquadrar-se nos padrões de
potabilidade; 08349938480

d) Tipo D - águas superficiais provenientes de bacias não


protegidas, sujeitas a fontes de poluição, com características
básicas definidas na Tabela seguinte, e que exijam processos
especiais de tratamento para que possam enquadrar-se nos padrões
de potabilidade.

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Águas receptoras de produtos tóxicos, excepcionalmente,


podem ser utilizadas para abastecimento público, quando estudos
especiais garantam sua potabilidade, com autorização e controle de
órgãos sanitários e de Saúde Pública competentes.

O tratamento mínimo necessário a cada tipo de água é o


seguinte:

a) Tipo A - desinfecção e correção do pH;

b) Tipo B - desinfecção e correção do pH e, além disso:

- decantação simples, para águas contendo


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sólidos
sedimentáveis, quando, por meio desse processo, suas
características se enquadrem nos padrões de potabilidade; ou

- filtração, precedida ou não de decantação, para águas


de turbidez natural, medida na entrada do filtro, sempre inferior
a 40 Unidades Nefelométricas de Turbidez (UNT) e cor sempre
inferior a 20 unidades, referidas aos Padrões de Platina;

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c) Tipo C - coagulação, seguida ou não de decantação, filtração


em filtros rápidos, desinfecção e correção do pH;

d) Tipo D - tratamento mínimo do tipo C e tratamento


complementar apropriado a cada caso.

1.3 – Disposição das unidades de tratamento e dos sistemas


de conexões

As unidades devem ser dispostas de modo a permitir o


escoamento por gravidade, desde a chegada da água bruta até a
saída da água tratada; é permitido o recalque de água apenas para
lavagem e usos auxiliares.

Qualquer unidade de um conjunto agrupado em paralelo deve


ter dispositivo de isolamento.

Quando existe apenas uma unidade, esta deve ter dispositivo


de isolamento com passagem direta da água.

Os centros de operações devem situar-se próximos das


unidades sujeitas ao seu controle.

O acesso às diferentes áreas de operações ou de observação do


desenvolvimento dos processos deve ser estudado de modo a evitar
escadas ou rampas pronunciadas.
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2 – GRADES

Destinam-se a reter materiais grosseiros existentes nas águas


superficiais; são utilizadas na ETA quando circunstâncias especiais
não permitem a sua localização na captação.

3 – UNIDADES DE MICROPENEIRAMENTO

Destinam-se a reter sólidos finos não-coloidais em suspensão e


podem ser adotadas num dos seguintes casos:

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a) quando a água apresenta algas ou outros microrganismos de


tipo e em quantidade tal que sua remoção seja imprescindível ao
tratamento posterior;

b) quando permite a potabilização da água sem necessidade de


outro tratamento, exceto desinfecção;

c) quando permite redução de custos de implantação ou


operação de unidades de tratamento subsequentes.

Os parâmetros para o dimensionamento das unidades de


micropeneiramento devem ser estabelecidos por meio de ensaios.

As unidades devem contar com sistema de limpeza por água


em contracorrente.

4 – AERADORES

Destinam-se a introduzir ar na água para remoção de


compostos voláteis e oxidáveis (ferro) e gases indesejáveis (CO2,
H2S).

Geralmente, a aeração é aplicável para as águas que,


originalmente, não tenham contato direto com o ar, tal como águas
do lençol freático captadas por galerias de infiltração, águas do lençol
artesiano, águas profundas de grandes lagos e represas.
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A experiência mostra que podem ser obtidos bons resultados


com tempo de aeração de 1 a 2 s.

Os principais tipos de aeradores são: aeradores de queda, por


gravidade (tipo cascata e tabuleiros); aeradores de repuxo; ar difuso;
e aeradores mecânicos.

A NBR 12216 admite os seguintes dispositivos de aeração:

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a) plano inclinado, formado por uma superfície plana


com declividade de 1:2 a 1:3, dotado de protuberâncias
destinadas a aumentar o contato da água com a atmosfera;

b) bandejas perfuradas sobrepostas, com ou sem


leito percolador, formando conjunto no mínimo com quatro
unidades;

c) cascatas, constituídas de pelo menos quatro


plataformas superpostas, com dimensões crescentes de cima
para baixo;

d) escadas, por onde a água deve descer sem aderir às


superfícies verticais;

e) ar comprimido difundido na água contida em


tanques;

f) tanques com aeradores mecânicos;

g) torre de aeração forçada, com anéis Rashing ou


similares;

h) outros de comprovada eficiência.

A aplicabilidade dos diferentes tipos de aeradores e suas taxas


de aplicação devem ser determinadas preferencialmente através de
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ensaios. Não havendo possibilidade de determinar as taxas de


aplicação por meio de ensaios, os aeradores podem ser
dimensionados através dos parâmetros seguintes:

a) aeradores conforme a, b, c, e d: admitem no máximo 100


m3 de água por metro quadrado de área em projeção horizontal/dia;

b) aerador por ar difuso:

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- os tanques devem apresentar período de detenção de


pelo menos 5 min, profundidade entre 2,5 m e 4,0 m, relação
comprimento/largura maior que 2;

- o aerador deve garantir a introdução de 1,5 L de ar por


litro de água a ser aerado, próximo ao fundo do tanque e ao
longo de uma das paredes laterais;

c) aerador mecânico:

- o tanque deve apresentar período de detenção de pelo


menos 5 min, profundidade máxima de 3,0 m e relação
comprimento/largura inferior a 2;

- o aerador mecânico deve garantir a introdução de pelo


menos 1,5 L de ar por litro de água a ser aerado.

As tomadas de ar para aeração em tanques com ar difuso não


podem ser feitas em locais que apresentem impurezas atmosféricas
prejudiciais ao processo de tratamento e devem ser protegidas com
filtro ou tela.

O sistema mecânico para produção de ar comprimido deve


evitar a introdução de óleo na água.

5 – MISTURA RÁPIDA
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Operação destinada a dispersar produtos químicos na água a


ser tratada, em particular no processo de coagulação.

A coagulação é um processo químico que visa aglomerar


impurezas que se encontram em suspensões finas, em estado
coloidal, em partículas sólidas que possam ser removidas por
sedimentação ou filtração.

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As partículas agregam-se, constituindo formações gelatinosas


inconsistentes, denominadas flocos. Os flocos iniciais são formados
rapidamente e a eles aderem as partículas.

Os reagentes em geral empregados são:

a) coagulantes, compostos de elementos que produzem


hidróxidos gelatinosos, como sulfatos de alumínio (mais comuns –
baixo custo e fácil obtenção) e de ferro;

b) álcalis, para prover e manter a alcalinidade necessária ao


processo (hidróxido de cálcio e carbonato de sódio), sempre que
necessários.

As condições de floculação podem ser melhoradas pelo


emprego de agentes auxiliares de coagulação, tais como: sílica
ativada, polieletrólitos e argila fina preparada (bentonita).

A determinação da dosagem correta do floculante é feita


através da realização de ensaios de jarros - Jar Test.

Todo processo de tratamento químico e preparação da água


para a decantação e filtração compreende duas fases distintas:

a) mistura rápida, que consiste na adição de compostos


químicos ou reagentes e sua dispersão uniforme na água;
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b) formação dos flocos e seu desenvolvimento ou


condicionamento.

A Mistura Rápida, que tem por finalidade promover a


dispersão homogênea do coagulante na massa fluida, pode ser
realizada por:

a) Ressaltos Hidráulicos de canal retangular com mudança


de declividade (Calha Parshall);

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b) Mecanizada: por agitadores do tipo hélices, palhetas e


turbinas de fluxo axial ou radial;

c) Vertedores retangulares ou triangulares.

A Floculação, a ser tratada no capítulo seguinte, tem por


finalidade a formação dos flocos mediante a introdução de energia na
massa fluida (agitação) capaz de favorecer o contato entre os
colóides desestabilizados na coagulação, pode ser:

a) Mecânica: através de paletas paralelas ou perpendiculares


ao eixo ou turbinas;

b) Hidráulica: através de floculadores de chicanas horizontais


ou verticais.

5.1 – Dimensionamento de Unidades de Mistura Rápida e de


Floculadores

Os principais parâmetros para dimensionamento de Câmaras ou


Unidades de Mistura Rápida e de Floculadores são o Gradiente de
Velocidade (G) e o Tempo de Detenção ou de Mistura (T).

a) Gradiente de Velocidade (G): é a diferença dV entre as


velocidades V1 e V2 de duas partículas P1 e P2, distanciadas por dy,
segundo uma perpendicular à direção do escoamento do líquido. Tem
o mesmo valor para qualquer sistema de unidades (s-1). Exprime o
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grau de agitação entre as partículas necessárias para cada fase do


tratamento.

b) Tempo de Mistura ou Detenção (T): tempo que uma partícula


da massa fluida permanece dentro da câmara de mistura rápida ou
dentro dos floculadores, ou seja, intervalo de tempo entre a entrada
e a saída de uma partícula da massa fluida nestas fases do
tratamento.

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Fonte: Sandro Filippo (IME)

A fórmula geral do Gradiente Hidráulico (G) para Misturadores


Mecânicos é:

G = [P/(µ.V)]1/2

Onde:

(P/V) = Potência induzida no líquido por unidade de volume


(Kgf.m/s/m3 = 1 N.m)

µ = viscosidade absoluta ou dinâmica do líquido = 10-4 kgf.s/m2


= 10-3 N.s/m2, para a água a 20ºC

5.2 – Disposições gerais da NBR 12216 08349938480

As condições ideais em termos de gradiente de velocidade,


tempo de mistura e concentração da solução de coagulante devem
ser determinadas preferencialmente através de ensaios de
laboratório. Quando estes ensaios não podem ser realizados, deve ser
observada a seguinte orientação:

Para Misturas Rápidas:

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- G entre 700 s-1 e 1.100 s-1

- Tempo de Mistura (T) ≤ 5 s

Para Floculadores:

- G entre 70 s-1 (primeiro compartimento) e 10 s-1 (último


compartimento);

- Floculadores Hidráulicos: Tempo de detenção total (T) entre


20 min e 30 min;

- Floculadores Mecânicos: Tempo de detenção total (T) entre 30


min e 40 min.

5.3 – Misturador Hidráulico – Calha Parshall

O dispositivo hidráulico mais utilizado no Brasil, para promoção


da mistura rápida é a Calha Parshall. Hidraulicamente o medidor
Parshall é definido como um medidor de vazão de regime crítico.

A largura da garganta W do medidor é a grandeza que o define.


A lâmina d’água a montante do Parshall é alta, e em conseqüência, a
velocidade média de escoamento é baixa e o regime de escoamento é
subcrítico. A jusante da garganta a lâmina d’água é baixa, e em
conseqüência, a velocidade média de escoamento é alta e o regime
de escoamento é supercrítico.
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Para efetuar a mistura rápida com mais eficiência, o floculante


deve ser aplicado na garganta do medidor (figura a seguir), isto
porque, sendo o local o de seção mais estreita, e sendo aí a lâmina
d’água bastante pequena, é possível fazer com que o floculante
aplicado nesse local se disperse em praticamente todo o volume de
água em tratamento que a atravessa. Para isso deve-se assegurar
um ressalto hidráulico diretamente a jusante da garganta, de
preferência no trecho divergente do Parshall.

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Fonte: Sandro Filippo (IME)

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Fonte: Sandro Filippo (IME)

5.4 – Floculadores Mecânicos

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a) Agitadores do tipo Paletas

- Paletas paralelas ao eixo:

Fonte: Sandro Filippo (IME)

- Paletas perpendiculares ao eixo:

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Fonte: Sandro Filippo (IME)

6 – FLOCULADORES

São unidades utilizadas para promover a agregação de


partículas formadas na mistura rápida.

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O período de detenção no tanque de floculação e os gradientes


de velocidade a serem aplicados devem ser determinados por meio
de ensaios realizados com a água a ser tratada.

Conforme vimos no capítulo anterior, dependendo do porte da


estação e a critério do órgão contratante, não sendo possível
proceder aos ensaios destinados a determinar o período de
detenção adequado, podem ser adotados valores entre 20 min e 30
min, para floculadores hidráulicos, e entre 30 min e 40 min,
para os mecanizados.

Não sendo realizados ensaios, deve ser previsto gradiente de


velocidade máximo, no primeiro compartimento, de 70 s-1 e
mínimo, no último, de 10 s-1.

A agitação da água pode ser promovida por meios mecânicos


ou hidráulicos.

Deve ser previsto dispositivo que possa alterar o gradiente de


velocidade aplicado, ajustando-o às características da água e
permitindo variação de pelo menos 20% a mais e a menos do fixado
para o compartimento.

Os tanques de floculação mecanizados devem ser subdivididos


preferencialmente em pelo menos três compartimentos em série,
separados por cortinas ou paredes, interligados, porém, por aberturas
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localizadas de forma a reduzir a possibilidade de passagem direta da


água de uma abertura para outra.

Para definição do local conveniente das aberturas, de modo a


reduzir a passagem direta, devem ser levadas em conta as direções
de fluxo impostas pelo sistema de agitação e pela própria entrada da
água no tanque.

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Quando o fluxo de água incide diretamente sobre a abertura,


deve-se colocar um anteparo capaz de desviá-lo.

As dimensões das aberturas devem ser suficientes para que o


gradiente de velocidade, na passagem da água, tenha valor igual ou
inferior ao do compartimento anterior.

Nos floculadores hidráulicos, a agitação deve ser obtida por


meio de chicanas ou outros dispositivos direcionais de fluxo que
confiram à água movimento horizontal, vertical ou helicoidal; a
intensidade de agitação resulta da resistência hidráulica ao
escoamento e é medida pela perda de carga.

A velocidade da água ao longo dos canais deve ficar


entre 10 cm/s e 30 cm/s.

O espaçamento mínimo entre chicanas deve ser de 0,60 m,


podendo ser menor, desde que elas sejam dotadas de dispositivos
para sua fácil remoção.

As cortinas destinadas a subdividir os tanques de floculação em


compartimentos devem suportar os esforços decorrentes da
movimentação da água. Quando a passagem da água de um
compartimento para outro se dá por cima da cortina, esta deve ter,
na parte inferior, abertura que permita o escoamento por ocasião de
esvaziamento do compartimento, abertura essa que, se necessário,
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pode ser provida de dispositivo basculante que impeça a passagem


de quantidade significativa de água em qualquer sentido, durante o
funcionamento normal.

Os tanques de floculação devem ser providos de descarga


com diâmetro mínimo de 150 mm e fundo com declividade
mínima de 1%, na direção desta.

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Os tanques de floculação devem apresentar a maior parte da


superfície livre exposta, de modo a facilitar o exame de processo.

6.1 – Floculadores Hidráulicos

Constituem o tipo mais numeroso de floculadores


especialmente no caso de pequenas e médias estações de tratamento
de água. O dimensionamento é feito através do cálculo dos
gradientes de velocidade e dos tempos de detenção em seus diversos
compartimentos.

Nestas câmaras a turbulência da água é obtida às custas de


perda de carga acentuada, o que pode ser constatado pela diferença
de cotas entre o nível d’água de montante e de jusante.

O tipo mais empregado no Brasil é o Floculador de Chicanas,


que podem ser Horizontais ou Verticais. O floculador de chicanas
verticais é mais comum em estações de pequena capacidade. O
floculador de chicanas horizontais é mais empregado para o
tratamento de vazões mais elevadas.

Cabe relembrar as prescrições da norma NBR 12.216/92 para


floculadores hidráulicos do tipo chicanas :

- Velocidade dentro dos canais: mínima de 0,10 m/s (para


evitar decantação dos flocos no floculador) e máxima de 0,30 m/s
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(para evitar a quebra dos flocos formados);

- O espaçamento mínimo entre chicanas deve ser de 0,60 m,


caso não seja dotado de dispositivo de fácil remoção (na prática
adotam-se espaçamentos menores do que este, pois os dispositivos
são removíveis para limpeza e variação do gradiente hidráulico).

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Fonte: Sandro Filippo (IME)

- O espaçamento entre a extremidade da chicana e a parede do


canal, ou seja, a passagem livre entre 2 chicanas consecutivas, deve
ser igual a 1,5 vezes o espaçamento entre as chicanas, conforme a
figura a seguir. Isto vale analogamente para os dois tipo de chicanas.

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Fonte: Sandro Filippo (IME)

Fórmula do Gradiente Hidráulico (G) para Floculadores


Hidráulicos:

G = [(g.h)/(v.t)]1/2

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Onde:

g: aceleração da gravidade (m/s2);

h: soma das perdas de carga ao longo do floculador (m)

n: viscosidade cinemática do líquido (m2/s)

(n= 10-6 m2/s - água a 20º C)

t: tempo de detenção no floculador (s)

7 – DECANTADORES

São unidades destinadas à remoção de partículas presentes na


água, pela ação da gravidade. Podem ser convencionais, clássicos ou
de baixa taxa, e de elementos tubulares, ou de alta taxa.

Essas partículas, sendo mais pesadas que a água, tenderão a


cair para o fundo, verificando-se então a sedimentação. A água, livre
dessas partículas, é removida por vertedouros superficiais, o que
constitui decantação. Trata-se então de duas operações simultâneas
na mesma unidade.

Aumentando-se ou diminuindo-se a velocidade de escoamento


das águas, alteram-se os efeitos de turbulência, provocando a
deposição dessas partículas, quando a turbulência é reduzida.
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Na técnica de purificação das águas de abastecimento,


emprega-se a sedimentação com as seguintes finalidades:

a) remoção da areia;

b) remoção de partículas sedimentáveis finas, sem coagulação


(decantação simples);

c) retenção de flocos: sedimentação após coagulação.

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Sob o ponto de vista prático, os decantadores podem ser


classificados como:

a) decantadores de escoamento horizontal, onde a água,


igualmente distribuída na seção transversal, movimenta-se
longitudinalmente, de uma extremidade a outra;

b) decantadores de escoamento vertical, nos quais a água


dirigida para a parte inferior desloca-se a seguir em movimento
ascendente para a saída;

c) decantadores tubulares ou de alta taxa, onde a sedimentação


é feita com o emprego de módulos tubulares (decantação laminar).

A remoção de lodo sedimentado pode ser mecanizada ou por


simples pressão hidráulica.

7.1 – Decantador Convencional ou Clássico

O tipo mais utilizado é o de seção retangular, em planta,


conforme figura anterior. Entretanto algumas estações de tratamento
de água possuem decantadores de seção circular, também em planta.
Embora menos utilizado, este último tipo permite, em determinadas
situações, que se crie um manto de lodo em seu interior, capaz de
melhorar muito a qualidade da água decantada.

São dotados na zona de entrada de uma cortina distribuidora


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(parede perfurada), que tem por objetivo uniformizar o fluxo da água


em tratamento que entra no decantador. O principal fator para o
adequado desempenho dos decantadores clássicos é a Taxa de
Escoamento Superficial (Tes), dada pela fórmula:

Tes = Q/As

Onde:

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Tes= taxa de escoamento superficial (m3/m2.dia);

Q = vazão que o decantador recebe (m3/dia);

As = área em planta do decantador, contada a partir da cortina


distribuidora de água floculada (m2).

Se a taxa de escoamento superficial for inferior à velocidade de


sedimentação dos flocos que se deseja remover, então ele terá
desempenho satisfatório.

Para assegurar o adequado desempenho do decantador, não é


suficiente observar apenas a taxa de escoamento superficial, mas
também a velocidade de escoamento horizontal em seu interior, para
evitar que sejam arrastados os flocos sedimentados.

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Fonte: Sandro Filippo (IME)

7.2 – Decantador Tubular

Nos decantadores tubulares, a água floculada é introduzida por


baixo das placas. Ao escoar entre elas, ocorre a sedimentação dos

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flocos. A água decantada sai pela parte de cima do decantador, após


haver escoado entre as placas paralelas, e é coletada por calhas
coletoras.

Em algumas situações, em que se faz necessário ampliar a


capacidade de tratamento de ETAs, cujos decantadores são clássicos,
e em que não há interesse, ou possibilidade, de se construir novos
decantadores desse tipo, eles podem ser convertidos para
decantadores tubulares. Com isto é possível, muitas vezes, dobrar a
vazão tratada pelo decantador, ou até mesmo mais do que isto.

O adequado funcionamento dos módulos tubulares depende,


entre outros fatores :

- Do ângulo de inclinação dos módulos em relação à horizontal.


Embora, do ponto de vista teórico, o melhor ângulo seja o de 2 graus
e 54 minutos, do ponto de vista prático ele não funciona, pois seria
difícil efetuar a limpeza dos flocos que ficariam retidos em seu
interior. Por este motivo, utiliza-se um ângulo superior a 50 graus
(quase sempre 60 graus, por facilidades construtivas). Com esse
ângulo, a maioria dos flocos sedimentados consegue, por seu peso
próprio, despregar-se das placas e cair para o poço de lodo,
localizado no fundo do decantador.

- Da combinação dos fatores da velocidade de escoamento, do


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espaçamento entre os dutos ou placas e do comprimento dos dutos.

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Fonte: Sandro Filippo (IME)

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Fonte: Net.plastic

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Fonte: Net.plastic

7.3 – Condições Gerais da NBR 12216

O número de decantadores da ETA depende de fatores


operacionais e econômicos, observando-se o seguinte:

a) estações com capacidade inferior a 1.000 m3/dia, em


operação contínua, ou estações com capacidade e até 10.000 m3/dia,
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com período de funcionamento inferior a 18 h/dia, podem dispor de


apenas uma unidade de decantação, desde que não-mecanizada;

b) estações com capacidade superior a 10.000 m3/dia, ou com


período de funcionamento superior a 18 h/dia ou ainda em que os
decantadores são mecanizados, devem contar pelo menos com duas
unidades iguais.

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A taxa de aplicação nos decantadores é determinada em função


da velocidade de sedimentação das partículas que devem ser
removidas pela relação:

Q/A = f.Vs

Onde:

Q = vazão que passa pela unidade, em m3/s

A = área superficial útil da zona de decantação, em m2

f = fator de área, adimensional

Vs = velocidade de sedimentação, em m/s

Em decantadores convencionais, o fator de área é igual à


unidade.

A velocidade de sedimentação, determinada por meio de


ensaios de laboratório, deve ser multiplicada por um fator K,
conforme segue:

a) estações com capacidade de até 1.000 m3/dia, K = 0,50;

b) estações com capacidade de 1.000 a 10.000 m3/dia, em que


é possível garantir bom nível de operação, K = 0,70; caso contrário,
K = 0,50;
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c) estações com capacidade superior a 10.000 m3/dia, K =


0,80.

Não sendo possível proceder a ensaios de laboratório, as


velocidades de sedimentação para o cálculo das taxas de aplicação
devem ser as seguintes:

a) estações com capacidade de até 1.000 m3/dia, 1,74 cm/min


(25 m3/m2 x dia);

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b) estações com capacidade entre 1000 e 10.000 m3/dia, em


que é possível garantir bom controle operacional, 2,43 cm/min (35
m3/m2 x dia); caso contrário, 1,74 cm/min (25 m3/m2 x dia);

c) estações com capacidade superior a 10.000 m3/dia, 2,80


cm/min (40 m3/m2 x dia).

Não sendo possível determinar a velocidade de sedimentação


através de ensaios de laboratório, a velocidade longitudinal máxima
Vo, em decantadores horizontais convencionais, deve ser :

a) em estações com capacidade até 10.000 m3/dia, 0,50 cm/s;

b) em estações com capacidade superior a 10.000 m3/dia, em


que é possível garantir bom controle operacional, 0,75 cm/s e,
havendo ainda remoção contínua de lodo por sistemas mecânicos ou
hidráulicos, 1,00 cm/s.

Em decantadores de elementos tubulares, a velocidade


longitudinal máxima, para fluxo laminar, deve ser de 0,35 cm/s, e
para fluxo não laminar, de 0,60 cm/s.

A entrada de água nos decantadores deve ser feita por


dispositivo hidráulico capaz de distribuir a vazão uniformemente,
através de toda a seção transversal, e garantir velocidade
longitudinal uniforme e coincidente em intensidade, direção e sentido
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com a que, teoricamente, lhe seria atribuída.

A entrada de água nos decantadores convencionais ou nos de


elementos tubulares de fluxo horizontal pode ser feita por uma
cortina perfurada que atenda às condições:

a) ter o maior número possível de orifícios uniformemente


espaçados segundo a largura e a altura útil do decantador; a
distância entre orifícios deve ser igual ou inferior a 0,50 m;

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b) estar situada a uma distância “d” da entrada, calculada por:

d = 1,5.(a/A).H

Onde:

a = área total dos orifícios, em m2

A = área da seção transversal do decantador, em m2

H = altura útil do decantador, em m

c) gradiente de velocidade nos orifícios iguais ou inferiores a 20


s-1;

d) quando a parede da cortina tem espessura inferior à


dimensão que caracteriza as aberturas de passagem da água, estas
devem receber bocais de comprimento pelo menos igual à referida
dimensão;

e) a câmara de entrada que antecede a cortina deve ser


projetada de modo a facilitar a sua limpeza;

f) relação a/A igual ou inferior a 0,5.

A entrada de água nos decantadores convencionais de fluxo


vertical ou nos de elementos tubulares inclinados deve ser feita por
pontos, fendas ou por borda inferior de cortina, de modo a assegurar
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a distribuição uniforme da água em toda a área superficial do


decantador.

A coleta de água decantada deve ser feita por um sistema de


tubos perfurados submersos ou de vertedores não afogados
organizados de modo a garantir vazão uniforme ao longo deles.

As canaletas de coleta de água decantada devem proporcionar


escoamento à superfície livre, ter bordas horizontais, ao longo das

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quais podem existir lâminas sobrepostas ajustáveis, para garantir a


coleta uniforme. A colocação das lâminas deve ser feita de modo a
impedir a passagem de água nas juntas com a canaleta.

O nível máximo de água no interior da canaleta deve situar-se à


distância mínima de 10 cm abaixo da borda vertente.

Os tubos perfurados submersos podem descarregar em canal


ou câmara, preferencialmente em descarga livre.

Em decantadores convencionais e nos de elementos tubulares


de fluxo horizontal, para os quais a velocidade de sedimentação VS
tenha sido determinada através de laboratório, a vazão por metro de
vertedor ou de tubo perfurado de coleta deve ser igual ou inferior a:

q = 0,018 H.VS

Onde:

q = vazão, em L/s x m

H = profundidade do decantador, em m

VS= velocidade de sedimentação, em m3/m2 x dia

Não sendo possível proceder a ensaios de laboratório, a vazão


nos vertedores ou nos tubos perfurados de coleta deve ser igual ou
inferior a 1,8 L/s por metro. 08349938480

Em decantadores de fluxo vertical e nos de elementos tubulares


inclinados, a vazão nos vertedores ou nos tubos perfurados de coleta
deve ser inferior a 2,5 L/s por metro. A distância entre as canaletas
ou tubos de coleta não deve ser superior a duas vezes a altura livre
da água sobre os elementos tubulares ou sobre a zona de lodo, nos
decantadores de fluxo vertical.

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O decantador com remoção manual de lodo deve


apresentar as seguintes características:

a) ser provido de descarga de fundo, dimensionada para


esvaziamento no tempo máximo de 6 h;

b) a descarga do decantador deve situar-se preferencialmente


na zona de maior acumulação de lodo;

c) o fundo deve ter declividade mínima de 5% no sentido


do ponto de descarga.

Nos decantadores convencionais, com remoção manual de lodo,


deve ser prevista altura adicional suficiente para acumular o lodo
resultante de 60 dias de funcionamento. Nos de elementos tubulares,
o lodo de dez dias.

Deve ser previsto dispositivo de lavagem por jateamento.

A remoção hidráulica do lodo acumulado exige o fundo do


decantador inclinado de ângulo superior a 50°, formando poço em
forma de tronco de pirâmide ou de cone invertido, na extremidade
inferior do qual deve situar-se a abertura da descarga.

A carga hidráulica de descarga deve ser igual ou superior a


1,50 m, acrescida da soma das perdas de carga na canalização desde
a entrada até o ponto de descarga. 08349938480

Em caso de a carga disponível não alcançar o valor fixado de


1,50 m do parágrafo anterior, é necessário fazer a descarga por meio
de bombas próprias para esse fim, devendo existir pelo menos duas,
sendo uma de reserva.

A canalização para descarga de lodo, com comprimento até 10


m, deve ter diâmetro mínimo de 150 mm e, quando situada sob

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estruturas ou locais de difícil acesso, ou ainda, com comprimento


superior a 10 m, o diâmetro mínimo deve ser de 200 mm.

A adoção de raspador mecânico deve obedecer às seguintes


condições:

a) ter poço de lodo com sua descarga obedecendo às condições


fixadas acima;

b) velocidade máxima do raspador, 30 cm/min;

c) descarga do poço do lodo sempre automática e sincronizada


com o movimento do raspador.

8 – FILTRAÇÃO

A filtração da água como processo de purificação consiste em


fazê-la atravessar camadas porosas capazes de reter impurezas. O
material poroso comumente adotado como meio filtrante é a areia,
mas podem ser adotados outros materiais, como carvão duro
(antracito) e a granada.

Em sistemas públicos de abastecimento de água são


empregados dois tipos principais de filtros de areia: filtros lentos e
filtros rápidos.

Os filtros lentos são utilizados nos casos em que a água bruta


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apresenta pouca turbidez e baixa cor, águas do tipo B, ou que se


enquadrem nesse tipo após pré-tratamento, não exigindo
tratamento químico (coagulação-sedimentação). A camada filtrante
é constituída de areia fina e a velocidade que a água atravessa a
camada filtrante é relativamente baixa. A lavagem da areia é
externa ao filtro, pela retirada sucessiva das camadas colmatadas.

Já os filtros rápidos diferem dos filtros lentos não só pela


velocidade de filtração, mas pela sua construção e modo de operação.

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São constituídos com condições de autolavagem através de inversão


do fluxo normal de funcionamento. Os filtros rápidos recebem
geralmente água tratada quimicamente e podem ser de camada
filtrante simples (areia) ou dupla (areia e antracito), fluxo
ascendente ou descendente. Os ascendentes são sempre de camada
simples.

Outra classificação dos filtros é de acordo com o sentido do


fluxo da água descendente ou ascendente.

Fonte: Sandro Filippo (IME)

8.1 – Disposições gerais da NBR 12216


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a) Filtros Lentos

São unidades destinadas a tratar águas tipo B, ou águas que,


após pré-tratamento, se enquadrem nas desse tipo.

A camada filtrante deve ser constituída de areia, com as


seguintes características:

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a) espessura mínima de 0,90 m;

b) tamanho efetivo da areia de 0,25 a 0,35 mm;

c) coeficiente de uniformidade da areia menor que 3.

Na falta de areia no local, deve ser previsto tanque destinado a


lavagem de areia retirada dos filtros, dotado de extravasor, descarga
de fundo e entrada de água bruta e de água filtrada, sendo a areia
lavada acumulada em local com capacidade para o volume
correspondente a duas retiradas sucessivas.

A transição entre a camada filtrante e o sistema de drenagem


dos filtros deve ser feita através de camada suporte, salvo com
sistema drenante projetado de forma a dispensá-la.

A camada suporte, constituída de estratos com granulometria


decrescente, no sentido ascendente, deve ter espessura mínima
de 20 cm acima do sistema de drenagem.

O sistema de drenagem deve permitir que o filtro trabalhe com


taxa uniforme, evitando percolações preferenciais.

Em filtro com taxa constante, a entrada deve ser feita por meio
de dispositivo que distribua a água igualmente por todos os filtros.

A saída de água filtrada deve ser feita de modo a manter


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sempre uma lâmina líquida sobre a superfície do leito filtrante.

A taxa de filtração a ser adotada deve ser determinada por


experiências em filtro-piloto, em período superior ao necessário para
a ocorrência de todas as variações da qualidade da água. Não sendo
possível realizar essas experiências, a taxa de filtração não deve
ser superior a 6 m3/m2 x dia.

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Devem ser previstos pelo menos dois filtros funcionando


em paralelo.

b) Filtros Rápidos

São unidades destinadas a remover partículas em suspensão,


em caso de a água a tratar ser submetida a processo de
coagulação, seguido ou não de decantação, ou quando comprovado
que as partículas capazes de provocar turbidez indesejada possam
ser removidas pelo filtro, sem necessidade de coagulação.

Os filtros podem ser de camada filtrante simples ou dupla, de


fluxo ascendente ou descendente, sendo os de fluxo ascendente
sempre de camada simples.

A camada filtrante simples deve ser constituída de areia, com


espessura e características granulométricas determinadas com base
em ensaios em filtro-piloto; quando os ensaios não são realizados,
pode-se utilizar camada filtrante com espessura mínima de 45
cm, tamanho efetivo da areia de 0,45 mm a 0,55 mm e
coeficiente de uniformidade da areia de 1,4 a 1,6. Outras
combinações desses parâmetros podem ser utilizadas, desde que
demonstrado que a eficiência do filtro não é menor que com a
camada especificada acima.

Nota: Em caso de filtro de fluxo ascendente, na falta de ensaios


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em filtro-piloto, pode-se utilizar a camada filtrante com


espessura mínima de 2,0 m, tamanho efetivo de 0,7 mm a 0,8
mm e coeficiente de uniformidade inferior ou igual a 2.

A camada filtrante dupla deve ser constituída de camadas


sobrepostas de areia e antracito, com espessuras e características
granulométricas determinadas por ensaios em filtro-piloto; quando os

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ensaios não são realizados, pode ser utilizada a especificação básica


seguinte:

a) areia:

- espessura mínima da camada, 25 cm;

- tamanho efetivo, de 0,40 mm a 0,45 mm;

- coeficiente de uniformidade, de 1,4 a 1,6;

b) antracito:

- espessura mínima da camada, 45 cm;

- tamanho efetivo, de 0,8 mm a 1,0 mm;

- coeficiente de uniformidade, inferior ou igual a 1,4.

Outras combinações desses parâmetros podem ser utilizadas,


desde que demonstrado que a eficiência do filtro não é menor do que
com as camadas especificadas acima.

A camada suporte deve ser constituída de seixos rolados,


com as seguintes características:

a) espessura mínima igual ou superior a duas vezes a distância


entre os bocais do fundo do filtro, porém não inferior a 25 cm;
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b) material distribuído em estratos com granulometria


decrescente no sentido ascendente, espessura de cada estrato igual
ou superior a duas vezes e meia a dimensão característica dos seixos
maiores que o constituem, não inferior, porém, a 5 cm;

c) cada estrato deve ser formado por seixos de tamanho


máximo superior ou igual ao dobro do tamanho dos menores;

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d) os seixos maiores de um estrato devem ser iguais ou


inferiores aos menores do estrato situado imediatamente abaixo;

e) o estrato situado diretamente sobre os bocais deve ser


constituído de material cujos seixos menores tenham o tamanho pelo
menos igual ao dobro dos orifícios dos bocais e dimensão mínima de
1 cm;

f) o estrato em contato direto com a camada filtrante deve ter


material de tamanho mínimo igual ou inferior ao tamanho máximo do
material da camada filtrante adjacente.

A camada suporte em filtro de fluxo descendente pode ser


prescindida, quando o sistema coletor de água filtrada e distribuidor
de água de lavagem tem características adequadas para impedir a
passagem do material filtrante através de suas aberturas; neste caso,
a espessura mínima da camada filtrante de areia fixada acima para
filtros rápidos deve ser aumentada de altura igual a 1,5 vez o
espaçamento existente entre os bocais do sistema coletor.

Nota: Em caso de filtro de fluxo ascendente, a espessura mínima da


camada suporte deve ser de 0,40 m, sendo que cada estrato deve ter
a espessura mínima de 7,5 cm.

O fundo do filtro deve ter características geométricas e


hidráulicas que garantam a distribuição uniforme da água de
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lavagem.

A taxa de filtração a ser adotada é determinada por meio de


filtro-piloto operado com a água a ser filtrada, com camada filtrante
igual à dos filtros a serem construídos. Não sendo possível proceder a
experiências em filtro-piloto, as taxas máximas são as seguintes:

a) para filtro de camada simples, 180 m3/m2 x dia;

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b) para filtro de camada dupla, 360 m3/m2 x dia.

Nota: Em caso de filtros de fluxo ascendente, a taxa de


filtração deve ser de 120 m3/m2 x dia.

O nível de água sobre a camada filtrante e o de saída do filtro


são estabelecidos de modo a eliminar ou reduzir a ocorrência de
pressão inferior à atmosférica no leito filtrante.

No dimensionamento do reservatório de água de lavagem, o


tempo mínimo de lavagem deve ser de 10 min e a velocidade de
lavagem não deve ser inferior a 60 cm/min.

Nota: Em caso de filtro de fluxo ascendente, a velocidade mínima de


lavagem deve ser de 80 cm/min e o tempo de lavagem mínimo, de
15 min.

A vazão do sistema de recalque de água para o reservatório de


água de lavagem deve ser capaz de enchê-lo em 60 min.

As calhas de coleta de água de lavagem devem ter o fundo


localizado acima e próximo do leito filtrante expandido.

O espaçamento entre as bordas das calhas deve ser no mínimo


de 1,00 m e no máximo igual a seis vezes a altura livre de água
acima do leito expandido, não devendo, entretanto, ser superior a
3,00 m. 08349938480

É admitida a reutilização de água de lavagem, desde que


submetida a pré-sedimentação e cloração intensa.

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Fonte: Sandro Filippo (IME)

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Fonte: Sandro Filippo (IME)

O funcionamento dos filtros deve ser controlado por meio dos


seguintes elementos:

a) entrada de água no filtro feita através de comporta, adufa,


válvula de gaveta ou válvula-borboleta;

b) saída de água filtrada através de válvula-borboleta ou


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válvula de gaveta, quando sua função é somente fechamento e


abertura;

c) entrada de água de lavagem através de válvula borboleta


com dispositivo de abertura lenta;

d) entrada de água para lavagem superficial através de válvula


de gaveta ou válvula de borboleta, caso haja controle de vazão;

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e) entrada de ar para agitação suplementar através de válvula


de esfera ou válvula de diafragma;

f) saída de água de lavagem através de comportas, adufas,


válvula de gaveta ou qualquer outro dispositivo de vedação.

A operação dos filtros deve ser controlada por meio dos


seguintes elementos:

a) dispositivos para medição de perda de carga;

b) medidor de vazão, quando esta é controlada à saída dos


filtros;

c) tomada de água na saída de cada filtro, para determinação


da turbidez.

9 – DESINFECÇÃO

A desinfecção da água deve ser adotada em todo sistema


público de abastecimento, seja corretiva ou preventiva.

Os produtos normalmente utilizados são: cloro (gasoso ou


líquido), hipoclorito de sódio ou cal clorada.

Para a adição desses produtos, adotam-se dosadores,


denominados cloradores ou hipocloradores, de acordo com o produto
utilizado. 08349938480

10 – TRATAMENTO POR CONTATO

Consiste em promover o contato da água com um leito de


material predeterminado a fim de reter substâncias indesejáveis
presentes na água. No caso de abastecimento público, pode-se
adotar:

a) leitos de coque (pedra ou pedrisco) para remoção de ferro;

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b) carvão ativado, para remoção de odor e sabor; e

c) leitos de areia para retenção de impurezas.

11 – CONTROLE DA CORROSÃO

Consiste na adição de determinados produtos na água a fim de


minimizar o seu efeito corrosivo. Os produtos normalmente
empregados são: cal, carbonato de sódio, metafosfato, silicato etc.

12 - QUESTÕES COMENTADAS

1) (55 – CGU/2012 – ESAF) Em uma Estação de Tratamento


de Água (ETA), a água passa por várias etapas: coagulação,
floculação, decantação, filtração, desinfecção, fluoretação e
correção de pH. Entre as opções abaixo, assinale a incorreta.

a) Fluoretação, adição de flúor à água, com a finalidade de


prevenir a formação de cáries.

b) Desinfecção é a etapa em que o cloro e o ozônio são


aplicados à água para eliminar micro-organismos causadores
de doenças.

c) Decantação, fenômeno físico, onde flocos, impurezas e


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partículas ficam depositadas no fundo de tanques, separando-


se da água.

d) Floculação é um tipo de processo que permite que


partículas instáveis, sob o ponto de vista eletrostático, no
meio da massa líquida, sejam forçadas a se movimentar, para
que possam ser atraídas entre si, formando flocos que, com a
manutenção da agitação, tendem a aglutinarem-se uns aos

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outros, tornando-se grandes e pesados, para em seguida


serem sedimentadas.

e) Filtração é a etapa em que a água passa por filtros


formados por carvão, areia e pedras de diversos tamanhos.
Nessa etapa, as impurezas de tamanho pequeno ficam retidas
no filtro. Trata-se de uma tratamento físico-químico.

Esta questão acaba sendo bastante didática, pois os itens A a D


estão corretos, e o item E apresenta erro somente na última frase,
em que a filtração trata-se de tratamento físico, pois não há mistura
da água objeto de tratamento com outra substância química.

Gabarito: E

2) (100 - CEF/2014 - Cespe) A floculação é uma etapa do


processo de tratamento de água no qual a água se movimenta
nos tanques, fazendo que os flocos se misturem e ganhem
peso, volume e consistência, para que, na próxima etapa,
denominada decantação, esses flocos já formados se separem
da água, se sedimentem no fundo dos tanques e a água limpa
fique na superfície.

Pessoal, esta questão é do tipo didática, explicando como


ocorre o processo de floculação.
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Esta questão foi anulada pela banca sob a justificativa de que o


termo "limpa" prejudicou o seu julgamento.

De fato esse detalhe pode confundir os candidatos mais


preparados, pois após essa etapa, há ainda a filtração e a
desinfecção.

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Conforme vimos, de um modo geral, o tratamento da água em


uma ETA convencional, passa pelas seguintes fases: Mistura rápida;
Floculação; Decantação; Filtração; e Desinfecção.

Gabarito Preliminar: Correta

Gabarito Definitivo: Anulada

3) (106 - MPU/2010 - Cespe) Floculação, decantação e


filtração são etapas do tratamento de água necessárias e
suficientes para a garantia da sua potabilidade.

Conforme vimos, de um modo geral, o tratamento da água em


uma ETA convencional, passa pelas seguintes fases: Mistura rápida;
Floculação; Decantação; Filtração; e Desinfecção.

Portanto, as etapas descritas não são suficientes para a


garantia da potabilidade da água.

Gabarito: Errada

4) (55 – CGU/2008 – ESAF) A localização de uma estação


de tratamento de água, entre o ponto de captação e a área
urbana a ser abastecida, é estabelecida após a ponderação
dos fatores abaixo, exceto: 08349938480

a) custo razoável do terreno e condições de vizinhança.

b) condições topográficas e geológicas satisfatórias.

c) disponibilidade de energia elétrica e facilidade de acesso e


transporte.

d) disponibilidade de terreno para ampliação futura.

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e) cota topográfica favorável para adução e maior


afastamento dos centros urbanos.

Verifica-se que não fazem parte dos fatores a serem analisados


para escolha do terreno para a instalação da ETA a cota topográfica
para adução, pois esta ocorre antes do tratamento de água,
importando, neste caso, a cota da captação. O maior afastamento de
centros urbanos refere-se aos mananciais de água para evitar a sua
contaminação.

A norma NBR 12216 apresenta as seguintes informações sobre


a definição da área necessária à implantação da ETA:

5.2.1 A ETA deve ser localizada em ponto de fácil acesso, em


qualquer época do ano.

5.2.1.1 O terreno para implantação da ETA deve estar situado


em local livre de enxurradas e acima da cota de máxima
enchente, de modo que esta não comprometa a operação.

5.2.1.2 Na escolha do local para implantação da ETA, devem


ser levados em conta a disponibilidade de vias de acesso, a
facilidade de fornecimento de energia elétrica, as posições
relativas ao manancial e ao centro de consumo, o corpo
receptor de descargas da ETA e a disposição do lodo dos
decantadores. Particular atenção deve ser dada à natureza do
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solo, a fim de prevenir problemas de fundação e construção e


oferecer a possibilidade de situar as unidades acima do nível máximo
de água do subsolo.

5.2.1.3 Inexistindo terreno livre de enchentes, exige-se pelo


menos que:

a) as bordas das unidades e dos pisos dos recintos, onde são


feitos armazenamentos ou se localizam as unidades básicas para o

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funcionamento da ETA, estejam situadas pelo menos 1,00 m acima


do nível máximo de enchente;

b) a estabilidade da construção, estudada levando em conta a


ocorrência de enchentes, deve prever, quando necessárias, obras
especiais para evitar erosão das fundações;

c) as descargas da ETA possam realizar-se sob qualquer cota de


enchente.

5.2.2 O acesso à ETA deve contar com estrada em condições de


garantir o trânsito permanente das viaturas utilizadas no transporte
dos produtos químicos necessários ao tratamento da água.

5.2.2.1 No caso de ETA em que o consumo global diário de


produtos químicos exceda 500 kg, o leito da estrada de acesso deve
permitir carga de pelo menos 10 t por eixo, e ter as seguintes
características:

a) largura mínima - 6 m;

b) rampa máxima - 10%;

c) raio mínimo - 30 m.

5.2.2.2 Em caso de ocorrência da condição 5.2.1.3, o acesso à


ETA deve ser previsto de modo que permita, em qualquer época do
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ano, o transporte de pessoal e o abastecimento de produtos


químicos.

5.2.3 A área mínima reservada para a ETA deve ser a


necessária para permitir a sua implantação, ampliações futuras
e a construção de todas as obras indispensáveis ao seu
funcionamento, tais como portaria, estações elevatórias, cabine de
força, reservatórios, canalizações, áreas e edifícios para
armazenamento, oficinas de manutenção, pátios para

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estacionamento, descarga e manobra de veículos e vias para trânsito


de veículos e pedestres.

5.2.3.1 A área prevista para disposição do lodo da ETA não faz


parte, necessariamente, da área a que se refere a seção 5.2.3.

5.2.3.2 As residências para o pessoal que trabalha na ETA,


quando previstas, devem situar-se fora da área reservada
exclusivamente à instalação, com acesso independente.

5.2.3.3 Toda a área da ETA deve ser fechada de modo a


impedir o acesso de pessoas estranhas.

5.2.4 A ETA deve ser projetada levando-se em conta, entre


outros fatores, a disposição das tubulações, a topografia natural do
terreno, as descargas de fundo e o recebimento de produtos
químicos.

5.2.1 A ETA deve ser localizada em ponto de fácil acesso, em


qualquer época do ano.

5.2.1.1 O terreno para implantação da ETA deve estar situado


em local livre de enxurradas e acima da cota de máxima enchente, de
modo que esta não comprometa a operação.

5.2.1.2 Na escolha do local para implantação da ETA, devem


ser levados em conta a disponibilidade de vias de acesso, a facilidade
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de fornecimento de energia elétrica, as posições relativas ao


manancial e ao centro de consumo, o corpo receptor de descargas da
ETA e a disposição do lodo dos decantadores. Particular atenção deve
ser dada à natureza do solo, a fim de prevenir problemas de
fundação e construção e oferecer a possibilidade de situar as
unidades acima do nível máximo de água do subsolo.

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5.2.1.3 Inexistindo terreno livre de enchentes, exige-se pelo


menos que:

a) as bordas das unidades e dos pisos dos recintos, onde são


feitos armazenamentos ou se localizam as unidades básicas para o
funcionamento da ETA, estejam situadas pelo menos 1,00 m acima
do nível máximo de enchente;

b) a estabilidade da construção, estudada levando em conta a


ocorrência de enchentes, deve prever, quando necessárias, obras
especiais para evitar erosão das fundações;

c) as descargas da ETA possam realizar-se sob qualquer cota de


enchente.

5.2.2 O acesso à ETA deve contar com estrada em condições de


garantir o trânsito permanente das viaturas utilizadas no transporte
dos produtos químicos necessários ao tratamento da água.

5.2.2.1 No caso de ETA em que o consumo global diário de


produtos químicos exceda 500 kg, o leito da estrada de

NBR 12216/1992 3

acesso deve permitir carga de pelo menos 10 t por eixo, e ter


as seguintes características:
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a) largura mínima - 6 m;

b) rampa máxima - 10%;

c) raio mínimo - 30 m.

5.2.2.2 Em caso de ocorrência da condição 5.2.1.3, o acesso à


ETA deve ser previsto de modo que permita, em qualquer época do
ano, o transporte de pessoal e o abastecimento de produtos
químicos.

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5.2.3 A área mínima reservada para a ETA deve ser a


necessária para permitir a sua implantação, ampliações futuras e a
construção de todas as obras indispensáveis ao seu funcionamento,
tais como portaria, estações elevatórias, cabine de força,
reservatórios, canalizações, áreas e edifícios para armazenamento,
oficinas de manutenção, pátios para estacionamento, descarga e
manobra de veículos e vias para trânsito de veículos e pedestres.

5.2.3.1 A área prevista para disposição do lodo da ETA não faz


parte, necessariamente, da área a que se refere a seção 5.2.3.

5.2.3.2 As residências para o pessoal que trabalha na ETA,


quando previstas, devem situar-se fora da área reservada
exclusivamente à instalação, com acesso independente.

5.2.3.3 Toda a área da ETA deve ser fechada de modo a


impedir o acesso de pessoas estranhas.

5.2.4 A ETA deve ser projetada levando-se em conta, entre


outros fatores, a disposição das tubulações, a topografia natural do
terreno, as descargas de fundo e o recebimento de produtos
químicos.

5.2.4.1 As unidades e o reservatório de água tratada devem ser


projetados de modo que as cotas de fundo sejam superiores ao nível
máximo do lençol freático. Não sendo isto possível, as estruturas
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devem ser projetadas de modo a permitir inspeções periódicas, com


vista à identificação de defeitos causadores de infiltração pelas
paredes ou pelo fundo.

Gabarito: E

(42 - PF/2002 - Cespe) Julgue os itens seguintes, relativos a


tratamento de água.

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5) 1 - O processo de tratamento da água por filtração física


remove totalmente as bactérias presentes na água, podendo-
se, com isso, prescindir da cloração da água.

Conforme vimos, a eliminação das bactérias é realizada pelos


agentes químicos.

Gabarito: Errada

6) 2 - A areia e a terra diatomácea são materiais que podem


ser utilizados em filtros para tratamento da água.

A filtração da água como processo de purificação consiste em


fazê-la atravessar camadas porosas capazes de reter impurezas. O
material poroso comumente adotado como meio filtrante é a areia,
mas podem ser adotados outros materiais, como carvão duro
(antracito) e a granada.

A terra diatomácea também pode ser utilizada na filtração,


conforme se verifica no artigo a seguir, da Sanesul
(http://www.sanesul.ms.gov.br/conteudos.aspx?id=12):

"Atualmente, o mercado, principalmente para os consumidores


de maior poder aquisitivo, oferece uma grande variedade de
aparelhos domiciliares.

Existem os que empregam recursos para a desinfecção, como a


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ozonização e o nitrato de prata.

[...]

Há os dispositivos que se propõem a reduzir sabor e odor, por


adsorção com carvão ativado.

[...]

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Existem, finalmente, os dispositivos de filtração, com diversos


meios filtrantes, como terra diatomácea, carvão, areia e
materiais sintéticos."

Gabarito: Correta

7) 3 - A coagulação é um processo químico de pré-


tratamento da água empregado para a remoção de
substâncias no estado coloidal, produtoras de turbidez, e de
materiais finamente divididos em suspensão, que resultam da
decomposição de vegetais ou de despejos industriais
traçadores.

A coagulação é um processo químico que visa aglomerar


impurezas que se encontram em suspensões finas, em estado
coloidal, em partículas sólidas que possam ser removidas por
sedimentação ou filtração.

A turbidez representa o grau de interferência com a passagem


da luz através da água, conferindo uma aparência turva à mesma,
devido principalmente à existência de sólidos em suspensão e de
organismos microscópicos. Pode estar associada a compostos tóxicos
e organismos patogênicos.

Gabarito: Correta
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8) 4 - A floculação é um tratamento em que a adição de


substâncias químicas à água provoca a retenção de sólidos em
suspensão em filtros lentos.

A Floculação tem por finalidade a formação dos flocos mediante


a introdução de energia na massa fluida (agitação) capaz de
favorecer o contato entre os colóides desestabilizados na coagulação.

A retenção de sólidos ocorre na etapa filtração.

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A filtração da água como processo de purificação consiste em


fazê-la atravessar camadas porosas capazes de reter impurezas. O
material poroso comumente adotado como meio filtrante é a areia,
mas podem ser adotados outros materiais, como carvão duro
(antracito) e a granada.

Os filtros lentos são utilizados nos casos em que a água bruta


apresenta pouca turbidez e baixa cor, águas do tipo B, ou que se
enquadrem nesse tipo após pré-tratamento, não exigindo tratamento
químico (coagulação-sedimentação). A camada filtrante é constituída
de areia fina e a velocidade que a água atravessa a camada filtrante
é relativamente baixa.

Os filtros rápidos diferem dos filtros lentos não só pela


velocidade de filtração, mas pela sua construção e modo de operação.

Gabarito: Errada

9) 5 - As características químicas e a temperatura da água


não influenciam a eficiência do processo de tratamento da
água por desinfecção.

De acordo com Fillipo (IME):

As características químicas da água se traduzem em: pH,


alcalinidade, acidez, dureza, ferro e manganês, iodo e flúor, nitratos,
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oxigênio dissolvido e micropoluentes inorgânicos.

O pH indica o potencial de íons hidrogênio H+. A faixa de pH vai


de 0 a 14 e indica a condição de acidez, neutralidade ou alcalinidade
da água. A água com pH baixo pode causar corrosividade e
agressividade nas águas de abastecimento e com pH alto tem a
possibilidade de provocar incrustações nas tubulações de
abastecimento.

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A Alcalinidade é uma medição da capacidade da água de


neutralizar os ácidos, em decorrência da presença de bicarbonatos,
carbonatos e hidróxidos, quase sempre alcalinos ou alcalinos terrosos
(sódio, potássio, cálcio, magnésio, etc). A distribuição entre as três
formas na água é função do pH. Em elevadas concentrações confere
um gosto amargo para a água. É causada pela dissolução de rochas
minerais, reação do CO2 com a água e efluentes industriais.

A Acidez ou Agressividade é uma característica causada


principalmente pela presença em solução, de oxigênio, gás carbônico
e gás sulfídrico, podendo causar corrosão em tubulações e materiais.

A Dureza é uma característica conferida à água pela presença


de sais alcalinos-terrosos (cálcio, magnésio, etc.) e alguns metais de
menor intensidade. Caracteriza-se pela extinção da espuma formada
pelo sabão, o que dificulta o banho e a lavagem de utensílios
domésticos e roupas, criando problemas higiênicos. Origina-se da
dissolução de rochas minerais (calcáreas, gipsita e dolomita) e
efluentes industriais. As águas duras, principalmente em
temperaturas elevadas, podem incrustar as tubulações, devido as
precipitação de cátion Ca2+ e Mg2+ que reagem com os ânions na
água, formando os precipitados.

Quanto ao Ferro e ao Manganês, na ausência de oxigênio


dissolvido (água subterrânea) o ferro e o manganês se apresentam
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na forma solúvel (Fe2+ e Mn2+). Quando expostas ao ar atmosférico o


ferro e o manganês voltam a se oxidar às suas formas insolúveis
(Fe3+ e Mn4+), o que pode causar cor na água, além de manchar
roupas durante a lavagem.

O Iodo e o Flúor são substâncias que presentes na água dentro


de determinados limites de concentração apresentam benefícios para
a saúde humana. Os iodetos são necessários para a prevenção do

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bócio endêmico. Os fluoretos são necessários para a prevenção da


cárie dentária, porém em concentração excessiva podem causar a
fluorose dental nas crianças.

Os nitratos presentes na água, em grandes quantidades,


provocam em crianças o estado mórbido denominado de cianose
também conhecida como síndrome do bebê azul. Em um corpo
d’água, a determinação da forma predominante do nitrogênio
(nitrogênio orgânico – amônia – nitrito NO2- e nitrato NO3-) pode
fornecer informações sobre o estágio da poluição. O nitrogênio na
forma orgânica ou de amônia está associada a uma poluição recente
enquanto que a forma de nitrato indica uma poluição mais remota.
Originam-se dos despejos domésticos, industriais, excrementos de
animais e fertilizantes.

O oxigênio dissolvido (OD) é de essencial importância para os


organismos aeróbios (que vivem na presença de oxigênio). Durante a
estabilização da matéria orgânica, as bactérias fazem uso do oxigênio
nos seus processos respiratórios, podendo vir a causar uma redução
da sua concentração no meio. Dependendo da magnitude deste
fenômeno, podem vir a morrer diversos seres aquáticos, inclusive os
peixes. Caso o oxigênio seja totalmente consumido, tem-se as
condições anaeróbias (ausência de oxigênio), com geração de maus
odores. O oxigênio dissolvido
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é o principal parâmetro de
caracterização dos efeitos da poluição das águas por despejos de
matéria orgânica.

Com relação aos micropoluente inorgânicos, em grande parte


são tóxicos. Entre eles, os metais pesados como o arsênio, cádmio,
cromo, chumbo, mercúrio e prata. Geralmente, constituem o produto
de lançamentos industriais poluidores ou de atividades humanas
(garimpo por exemplo, no caso do mercúrio).

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Quanto à eficiência da desinfecção em função das


características químicas da água, de um modo geral, nas ETAs
brasileiras, o cloro desinfetante está sob a forma de ácido hipocloroso
e íon hipoclorito. O ácido hipocloroso é mais eficiente que o íon
hipoclorito como agente bactericida. Em determinadas condições, o
íon hipoclorito é apenas cerca de 2 % tão bactericida quanto o ácido
hipocloroso. Quanto mais baixo o pH da água, maior a concentração
de ácido hipocloroso, que desinfeta melhor que o íon hipoclorito.

A temperatura da água influencia na velocidade de reação dos


agentes desinfetantes com outras substâncias da água.

Gabarito: Errada

10) (56 – CGU/2008 – ESAF) Sabendo-se que a qualidade de


uma água é definida por sua composição química, física e
bacteriológica, é correto afirmar que:

a) as análises químicas de determinação de cloretos, nitritos


e nitratos, bem como o teor de oxigênio dissolvido, permitem
avaliar o grau de poluição de uma fonte de água.

De acordo com Fillipo (IME):

Os nitratos presentes na água, em grandes quantidades,


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provocam em crianças o estado mórbido denominado de cianose


também conhecida como síndrome do bebê azul. Em um corpo
d’água, a determinação da forma predominante do nitrogênio
(nitrogênio orgânico – amônia – nitrito NO2- e nitrato NO3-)
pode fornecer informações sobre o estágio da poluição. O
nitrogênio na forma orgânica ou de amônia está associada a uma
poluição recente enquanto que a forma de nitrato indica uma poluição

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mais remota). São originados através dos despejos domésticos,


industriais, excrementos de animais e fertilizantes.

O oxigênio dissolvido é o principal parâmetro de


caracterização dos efeitos da poluição das águas por despejos
de matéria orgânica.

Gabarito: Correta

b) os principais exames físicos são: cor, turbidez, pH, sabor,


odor e alcalinidade.

As principais características físicas das águas são: cor, turbidez,


sabor, odor e temperatura. Já os parâmetros químicos são: pH,
alcalinidade, acidez ou agressividade, dureza, ferro e manganês,
iodo e flúor, nitratos, oxigênio dissolvido e micropoluentes
inorgânicos.

Gabarito: Errada

c) a acidez é uma das determinações mais importantes no


controle da água, estando relacionada com a coagulação,
redução de dureza e prevenção de corrosão nas tubulações de
ferro fundido da rede de distribuição.

A acidez é uma característica causada principalmente pela


presença em solução, de oxigênio, gás carbônico e gás sulfídrico. É
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responsável pela corrosão de tubulações e materiais.

Gabarito: Errada

d) as características biológicas das águas são determinadas


por meio de exames bacteriológicos como a contagem do
número total de bactérias e a pesquisa de coliformes, sendo a
primeira de maior interesse.

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A determinação do indicador de coliformes se faz por técnica


bem estabelecida, que o expressa em número mais provável (NMP)
de coliformes por 100 ml de amostra de água. Além do indicador de
contaminação fecal, são realizados exames hidrobiológicos para
determinação de microorganismos como algas, bactérias,
protozoários, vermes, larvas de inseto e etc.

Portanto, é o contrário: realiza-se a contagem de coliformes e a


pesquisa bacteriológica.

Gabarito: Errada

e) com relação ao exame físico de pH, as condições ácidas


aumentam de atividade à medida que o pH cresce e as
condições alcalinas se apresentam a pH baixos.

O pH indica o potencial de íons hidrogênio H+.

A faixa de pH vai de 0 a 14. Indica a condição de acidez,


neutralidade ou alcalinidade da água.

O pH baixo resulta em corrosividade e agressividade nas águas


de abastecimento (água ácida).

O pH alto resulta na possibilidade de incrustações nas águas de


abastecimento (água alcalina).
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Gabarito: Errada

Gabarito: A

11) (119 - MPOG/2012 - Cespe) No tratamento químico da


água, o produto químico comumente empregado na
coagulação é o sulfato de alumínio, podendo também ser
empregados o sulfato férrico e o aluminato de sódio.

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A coagulação é um processo químico que visa aglomerar


impurezas que se encontram em suspensões finas, em estado
coloidal, em partículas sólidas que possam ser removidas por
sedimentação ou filtração.

As partículas agregam-se, constituindo formações gelatinosas


inconsistentes, denominadas flocos. Os flocos iniciais são formados
rapidamente e a eles aderem as partículas.

Os reagentes em geral empregados são:

a) coagulantes, compostos de elementos que produzem


hidróxidos gelatinosos, como sulfatos de alumínio (mais comuns –
baixo custo e fácil obtenção) e de ferro;

b) álcalis, para prover e manter a alcalinidade necessária ao


processo (hidróxido de cálcio e carbonato de sódio), sempre que
necessários.

Segue uma tabela com os produtos químicos utilizados no


processo de tratamento de água:

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Fonte: <http://www.snatural.com.br/Produtos-Quimicos-tratamento-agua.html>

Gabarito: Correta

12) (104 - MPU/2010 - Cespe )Na desinfecção da água,


utiliza-se agente físico ou químico cuja finalidade é a
destruição de microrganismos patogênicos que possam
transmitir doenças. São agentes desinfetantes: o cloro, o
ozônio, a luz ultravioleta, os íons de prata e o flúor.
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Fonte: <http://www3.caesb.df.gov.br/_conteudo/produtosServicos/tratamentoAgua.asp>

Para efetuar a desinfecção de águas de abastecimento utiliza-se


um agente físico ou químico (desinfetante) cuja finalidade é a
destruição de microrganismos patogênicos que possam transmitir
doenças através das mesmas.

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Normalmente são utilizados em abastecimento público os


seguintes agentes desinfectantes, em ordem de frequência: cloro,
ozônio, luz ultravioleta e íons de prata.

A fluoretação da água de abastecimento público é efetuada


através de compostos à base de flúor. A aplicação destes compostos
na água de abastecimento público contribui para a redução da
incidência de cárie dentária em até 60%, se as crianças ingerirem
desde o seu nascimento quantidades adequadas de íon fluoreto.

Portanto, o erro da questão está em incluir o flúor como agente


desinfetante.

Gabarito: Errada

9 - QUESTÕES APRESENTADAS NESSA AULA

1) (55 – CGU/2008 – ESAF) A localização de uma estação


de tratamento de água, entre o ponto de captação e a área
urbana a ser abastecida, é estabelecida após a ponderação
dos fatores abaixo, exceto:

a) custo razoável do terreno e condições de vizinhança.


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b) condições topográficas e geológicas satisfatórias.

c) disponibilidade de energia elétrica e facilidade de acesso e


transporte.

d) disponibilidade de terreno para ampliação futura.

e) cota topográfica favorável para adução e maior


afastamento dos centros urbanos.

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2) (100 - CEF/2014 - Cespe) A floculação é uma etapa do


processo de tratamento de água no qual a água se movimenta
nos tanques, fazendo que os flocos se misturem e ganhem
peso, volume e consistência, para que, na próxima etapa,
denominada decantação, esses flocos já formados se separem
da água, se sedimentem no fundo dos tanques e a água limpa
fique na superfície.

3) (106 - MPU/2010 - Cespe) Floculação, decantação e


filtração são etapas do tratamento de água necessárias e
suficientes para a garantia da sua potabilidade.

4) (55 – CGU/2008 – ESAF) A localização de uma estação


de tratamento de água, entre o ponto de captação e a área
urbana a ser abastecida, é estabelecida após a ponderação
dos fatores abaixo, exceto:

a) custo razoável do terreno e condições de vizinhança.

b) condições topográficas e geológicas satisfatórias.

c) disponibilidade de energia elétrica e facilidade de acesso e


transporte.
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d) disponibilidade de terreno para ampliação futura.

e) cota topográfica favorável para adução e maior


afastamento dos centros urbanos.

(42 - PF/2002 - Cespe) Julgue os itens seguintes, relativos a


tratamento de água.

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5) 1 - O processo de tratamento da água por filtração física


remove totalmente as bactérias presentes na água, podendo-
se, com isso, prescindir da cloração da água.

6) 2 - A areia e a terra diatomácea são materiais que podem


ser utilizados em filtros para tratamento da água.

7) 3 - A coagulação é um processo químico de pré-


tratamento da água empregado para a remoção de
substâncias no estado coloidal, produtoras de turbidez, e de
materiais finamente divididos em suspensão, que resultam da
decomposição de vegetais ou de despejos industriais
traçadores.

8) 4 - A floculação é um tratamento em que a adição de


substâncias químicas à água provoca a retenção de sólidos em
suspensão em filtros lentos.

9) 5 - As características químicas e a temperatura da água


não influenciam a eficiência do processo de tratamento da
água por desinfecção.

10) (56 – CGU/2008 – ESAF) Sabendo-se que a qualidade de


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uma água é definida por sua composição química, física e


bacteriológica, é correto afirmar que:

a) as análises químicas de determinação de cloretos, nitritos


e nitratos, bem como o teor de oxigênio dissolvido, permitem
avaliar o grau de poluição de uma fonte de água.

b) os principais exames físicos são: cor, turbidez, pH, sabor,


odor e alcalinidade.

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c) a acidez é uma das determinações mais importantes no


controle da água, estando relacionada com a coagulação,
redução de dureza e prevenção de corrosão nas tubulações de
ferro fundido da rede de distribuição.

d) as características biológicas das águas são determinadas


por meio de exames bacteriológicos como a contagem do
número total de bactérias e a pesquisa de coliformes, sendo a
primeira de maior interesse.

e) com relação ao exame físico de pH, as condições ácidas


aumentam de atividade à medida que o pH cresce e as
condições alcalinas se apresentam a pH baixos.

11) (119 - MPOG/2012 - Cespe) No tratamento químico da


água, o produto químico comumente empregado na
coagulação é o sulfato de alumínio, podendo também ser
empregados o sulfato férrico e o aluminato de sódio.

12) (104 - MPU/2010 - Cespe )Na desinfecção da água,


utiliza-se agente físico ou químico cuja finalidade é a
destruição de microrganismos patogênicos que possam
transmitir doenças. São agentes desinfetantes: o cloro, o
ozônio, a luz ultravioleta, os íons de prata e o flúor.
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10 - GABARITO

1) E 2) Anulada 3) Errada 4) E

8) Errada
5) Errada 6) Correta 7) Correta

12) Errada
9) Errada 10) A 11) Correta

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11 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Azevedo Netto, José Martiniano de. Manual de Hidráulica. São


Paulo: Edgard Bucher, 1998.

- Filippo, Sandro. Saneamento Básico I. Apostila do Curso de


Fortificação e Construção do Instituto Militar de Engenharia: IME.
2005.

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