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Prefácio de
Hal Holbrook; Introdução de Uta Hagen. Englewood Cliffs, New Jersey: Prentice-
Hall, Inc., 1975. Páginas 1–22. Tradução de Laédio José Martins (Traduzido para
fins didáticos – 09/2013)
PARTE 1
PRINCÍPIOS BÁSICOS
CAPÍTULO 1
ANATOMIA FACIAL
OSSOS DO ROSTO
FIGURA 1-3. Modelagem de uma cabeça em argila. (A) Argila sendo pressionada
contra a prancha para ter certeza de que grude, (B) Cabeça formada e nariz
começado. (C) Cabeça concluída e sendo envelhecida com uma ferramenta de
modelagem.
MODELAGEM DE UMA CABEÇA EM ARGILA
Figura 1-4. Fazendo uma cabeça decepada. O instrutor de maquiagem Bill Smith
modelando uma cabeça de barro (A), na qual a cabeça de papier-mâché (B) foi mais
tarde construída.
À medida que cada pedaço de argila é agregado, a área geral do rosto a ser
desenvolvida, deverá ser mantida em mente. Um rosto de cerca de 7 a 9 polegadas
de comprimento e cerca de 5 ou 6 polegadas de largura funcionará muito bem. A
argila amolecida (exceto cerca de um quarto de quilo, que será usada mais tarde)
deve ser moldada num amontoado parecido com a metade de um ovo cortado
longitudinalmente. E é cortando e construindo as diversas áreas neste amontoado
que o rosto é desenvolvido.
A Figura 1-5A mostra a construção de uma cabeça estilizada, enfatizando sua
qualidade tridimensional. Em 1-5B você pode ver como isso está relacionado a uma
cabeça real. Em muitos aspectos a cabeça, especialmente a metade frontal, está
mais próxima de um cubo do que de um ovo. Embora provavelmente se vá preferir
usar a forma básica de ovo para o modelo de argila, é frequentemente útil visualizar
o cubo a fim de ter certeza de que a cabeça está realmente tridimensional. É
importante estar ciente de que a testa, por exemplo, tem um plano frontal e dois
planos laterais (as têmporas). A depressão para os olhos na verdade forma um tipo
de base para a caixa da testa, e a parte superior da cabeça forma um topo
arredondado.
FIGURA 1-5. Planos do rosto. A, C e E mostram os planos da cabeça, nariz e olho
achatados para esclarecer a construção.
O nariz forma uma pequena e alongada caixa com uma frente, laterais e
fundo definidos. A frente, as laterais e a parte inferior da mandíbula devem ser
nítidas, com os lábios seguindo o arco circular dos dentes.
O rosto clássico é dividido horizontalmente em três partes iguais, e esta
divisão deve ser o primeiro passo. A testa ocupa o terço superior, os olhos e o nariz
o terço médio, e as maxilas superior e inferior (incluindo a boca, é claro), o terceiro,
mais baixo. É uma boa ideia modelar as áreas maiores e desenvolver a forma geral
da cabeça, definindo a testa, as mandíbulas e as órbitas oculares antes de iniciar a
modelagem detalhada.
Nariz Esta normalmente é a mais simples característica para modelar,
porque seu tamanho e localização podem facilmente ser alterados sem
comprometer seriamente o restante da modelagem. Aqui é onde se irá usar a parte
extra de argila que foi reservada. Ao agregar a argila aqui ou acolá, é melhor
adicionar mais do que parece necessário, pois tende a ser mais fácil retirar o
excesso de argila do que adicionar [mais] sobre uma feição que tenha sido
cuidadosamente modelada e então se percebe que está muito pequena.
A Figura 1-5C mostra uma decomposição do nariz em suas partes
componentes. O Plano 1 representa o delicado/fino osso nasal, e 2 e 3 mostram os
dois planos da cartilagem que formam a ponta [do nariz]. Em 4 vemos a carne
bruscamente [tornada] cilíndrica nas narinas, com 5 representando os planos
laterais. D mostra o nariz como na verdade se parece ao observador. Mas observe
tanto em C como em D as sutilezas da forma.
O plano frontal do nariz (1 e 2), não é da mesma largura por todo o caminho
de descida. É estreito na ponte, então se alarga e estreita-se levemente outra vez
conforme se encaixa na cartilagem ainda maior da ponta (2). Examine
cuidadosamente uma série de narizes para observar esta construção. Em alguns
narizes ela será bastante evidente. Em outros a mudança será tão sutil que vai ser
difícil distingui-la. Na cabeça de argila, modele estes planos cuidadosamente para
dar a impressão do osso e da cartilagem sob a pele. Uma vez que você vai usar
essa parte em particular da modelagem frequentemente em seu trabalho de
maquiagem, torna-se especialmente importante tornar-se proficiente nisso agora.
PROBLEMAS
2. Colete fotografias e obras de arte que possam ser usadas para ilustrar a estrutura
da face.
CAPÍTULO 2
LUZ E SOMBRA
Como é que somos capazes de dizer apenas pela visão se uma superfície é
plana ou curva? O contorno geral de um objeto pode fornecer uma pista bastante
confiável. Mas suponha que estejamos tentando distinguir um cilindro de uma caixa
de aproximadamente o mesmo tamanho. Se cobrirmos as extremidades, o contorno
será exatamente o mesmo. Mas nós ainda não teremos dificuldade em determinar
qual é qual simplesmente porque os padrões de luz e sombra serão completamente
diferentes, conforme ilustrado na Figura 2-2. O que é, então, chiaroscuro ou luz e
sombra?
Talvez a maneira mais simples de aproximação seja imaginar as duas formas
da Figura 2-2 na escuridão total, o que significa que ambas estão completamente
pretas. Em outras palavras, há uma total ausência de luz; e a luz, afinal de contas,
fornece nosso único meio de ver a estes ou quaisquer outros objetos. Agora vamos
acender uma luz na posição da seta E, à direita. A luz atinge os objetos e é refletida
deles aos nossos olhos, nos capacitando vê-los. Mas observe que a luz não ilumina
o objeto todo em qualquer caso. Somente aquelas superfícies sobre as quais os
raios de luz incidem diretamente são completamente visíveis, porque só elas
recebem os raios de luz para refletir ao olho. As superfícies que estão situadas longe
da fonte de luz permanecem na escuridão. É isso que nos capacita a determinar em
que direção a superfície plana de um objeto se situa e se eles são planos, curvos ou
irregulares. Esta informação nos informa automaticamente a forma do objeto.
FIGURA 13-8. Johannes Fugger. Baseada num retrato [pintado] por Dürer.
Sobrancelhas e costeletas bloqueadas com derma cera. Nariz remodelado com
massa para nariz. Maquiagem pelo aluno Lee Austin. (Para outras maquiagens do
Sr. Austin ver figuras H-5 e H-10).
Ao fazer seus próprios desenhos, você pode começar com a caixa de lados
planos. Comece com a sua luminosidade clara (lightest light) no que é para ser a
borda sólida, e espalhe-a gradualmente em direção à borda externa, permitindo que
ela se torne um pouco menos luz conforme você avança. Isso pode ser feito
aplicando o giz diretamente com todo cuidado, então vá matizando com os dedos ou
com um coto de papel para alcançar transições suaves. A técnica exata que se usa
é de pouca importância, desde que se alcance os resultados desejados. Quando o
lado da luz estiver concluído, faça o lado escuro do mesmo modo, começando com
uma pesada/forte aplicação de carvão na borda sólida próximo do branco.
No cilindro há uma transição gradual da luz ao escuro. O escuro pode ser
aplicado em traços horizontais ou verticais, então matizados. A luz pode ser
conduzida do mesmo modo. Deixe o papel cinzento servir como o meio tom entre a
luz e o escuro. Em outras palavras, o carvão e o giz nunca devem se encontrar
completamente uma vez que o cinza do papel é cerca de metade do caminho entre
[ambos] e pode servir como um tom de transição.
A Figura 12-76 ilustra o princípio da modelagem de uma terceira forma básica
– a esfera – e como esse princípio pode ser aplicado à maquiagem. Observe
também como o mesmo princípio é usado na pintura da bochecha maçã na Figura
H-3. Na esfera todas as sombras e destaques incidem em um padrão circular.
Lembre-se que sempre que uma única luz incide sobre um objeto
tridimensional, aquelas partes do objeto que não estão na linha direta da luz irão
permanecer na sombra. Reciprocamente, sempre que houver pouca luz, ou sombra,
haverá um destaque correspondente. Quando a superfície muda de direção
abruptamente, a sombra e o destaque são imediatamente adjacentes. Mas quando a
superfície muda de direção gradualmente, a sombra e o destaque são separados
por uma graduação de sombras intermediárias.
PROBLEMAS
1. Com carvão e giz sobre papel cinza (obtida a partir de seu negociante de arte
local ou loja de artigos de papelaria) esboce um número de caixas em várias
posições, determinando cada vez a direção de onde a luz está vindo. Então desenhe
um cilindro e uma esfera. Em cada caso, faça os realces/destaques primeiro,
completando-os antes de começar as sombras. Ao fazer o cilindro, mantenha o giz
de um lado e o carvão do outro, deixando o papel cinza servir como um meio tom
entre eles. Pode-se permitir que o papel cinza também apareça nas bordas
exteriores dos três objetos. Com a caixa e o cilindro, isso irá diminuir a intensidade
aparente da iluminação no lado da luz e representará a luz refletida no lado escuro.
2. Agora, se quiser, desenhe alguns objetos simples, como vasos, livros e garrafas,
empregando os princípios de luz e sombra que se aprendeu.
Tempo adequado deve ser gasto com esses problemas, para a proficiência
em esboçar em luz e sombra, [que] pode ser muito útil no trabalho com maquiagem.
CAPÍTULO 3
COR EM PIGMENTO
CARACTERÍSTICAS DA COR
Matiz [ou Gama] O matiz de uma cor é simplesmente o nome pelo qual a
conhecemos – vermelho ou verde ou azul ou amarelo. Rosa e marrom são, ambos,
variações da matiz vermelha básica; marrom é um escuro laranja acinzentado;
orquídea é uma tonalidade de violeta.
Se pegarmos amostras de todos os principais matizes com os quais estamos
familiarizados e deixá-los de forma aleatória em uma mesa, o resultado, é claro, é o
caos. Mas como colocamos próximos uns aos outros matizes que são um pouco
similares, começamos a ver uma progressão que, por sua própria natureza torna-se
circular – em outras palavras, um círculo de cores. Essa é a forma tradicional de
arranjo dos matizes e para os nossos propósitos o mais prático.
Já que, de qualquer maneira, a progressão de um matiz para o outro é uma
constante, o círculo pode conter um número ilimitado de matizes, dependendo
apenas de um limiar da percepção – o ponto em que dois matizes se tornam tão
proximamente parecidos [a ponto de] serem quase indistinguíveis a olho nu e, para
todos os efeitos práticos, [são] idênticos. Mas uma vez que um círculo contendo
centenas de cores seria impraticável, certos matizes são selecionados a intervalos
regulares em torno da circunferência. O círculo das cores simplificado ilustrado na
Figura 3-1A foi escolhido porque é o mais familiar para a maioria dos estudantes.
Valor [ou Luminosidade] Além de ser azul e baixa em intensidade, uma cor
específica também pode ser clara ou escura – cinza-azulado claro, medio cinza-
azulado, cinza-azulado escuro. Esta escuridão ou claridade de uma cor é chamada
de valor. O valor do claro é alto; o valor do escuro é baixo. Rosa é um alto valor de
vermelho; orquídea é um alto valor de violeta; azul da meia-noite é um baixo valor de
azul. Uma vez que o círculo das cores é somente bidimensional, ele obviamente não
pode ser usado para demonstrar os valores, a terceira dimensão da cor. Mas esta
terceira dimensão pode ser adicionada simplesmente colocando dois cones sólidos
base a base com a roda plana do círculo das cores entre eles, como na Figura 3-1B.
FIGURA 3-1B. Diagrama das cores. (B) Duplo cone de Cores.
MISTURA DE CORES
Se você não tem a cor exata que você precisa, você pode desde que tenha
três cores primárias para trabalhar, misturar praticamente qualquer cor que você
quiser. Esses três matizes primários são vermelho, amarelo e azul, que podem ser
misturados para alcançar três matizes secundários – laranja, verde e violeta, assim
como um número infinito de matizes intermediários. Estes matizes não serão, no
entanto, tão brilhantes quando obtidos por mistura quanto quando compostos
diretamente a partir de suas fontes na natureza. Cores misturadas sempre perdem
alguma intensidade.
Uma olhada para o círculo das cores (Figura 3- 1A) vai mostrar por quê. O
azul-esverdeado, por exemplo, encontra-se a meio caminho em uma linha reta entre
o azul e o verde, uma vez que é obtido pela mistura dessas duas cores. Obviamente
que isso o traz mais próximo ao cinza no centro do círculo do que se tivesse sido
colocado na periferia, onde as cores primárias e secundárias estão localizadas. Se o
[matiz] laranja no círculo das cores foi obtido através da mistura de vermelho e
amarelo, ele muito cairia [para] mais próximo do centro.
As cores caindo opostas umas ás outras no círculo das cores são chamadas
de complementares e quando misturadas irão produzir um cinza neutro, como
indicado no círculo das cores. O azul e o laranja, por exemplo, podem ser
misturados para produzir cinza. No entanto, se só um pouco de azul é adicionado ao
laranja, o resultado é um laranja queimado. Ainda mais azul vai resultar em
diferentes intensidades de marrom.
O mesmo resultado pode ser obtido pela mistura de preto e branco com o
matiz brilhante. Qualquer cor pode ser obtida pela mistura de três pigmentos – um
matiz brilhante, preto, e branco. O triângulo de cores na Figura 3-1C ilustra o
princípio. Este triângulo deve ser imaginado como uma fina fatia de papel cortada
verticalmente a partir do lado de fora do cone para o centro. Uma vez que o triângulo
delimita a variação completa de qualquer matiz, uma mistura de matiz, preto e
branco para os três pontos pode fornecer uma cor para qualquer ponto dentro do
triângulo.
O rosa, por exemplo, pode ser obtido pela mistura de branco com vermelho.
Misturando preto com vermelho dará marrom. A fim de alcançar um rosa
empoeirado, tanto o preto como o branco podem ser adicionados. A Figura 3-1D
mostra onde várias tonalidades, tons e sombras de vermelho caem no triângulo de
cores.
FIGURA 3-1D. Diagrama das cores. (D) Localização dos Valores do Vermelho no
Triângulo das Cores.
PROBLEMAS
Púrpura-avermelhado (Purple-Red)
Amarelo-cromado (Yellow-Chrome)
Turquesa (Turquoise)
Vermelho (Red)
Cromo-amarelado (Chrome-Yellow)
Azul-Turquesa (Blue-Turquoise)
Escarlate-avermelhado (Scarlet-Red)
Amarelo (Yellow)
Turquesa-Azulado (Turquoise-Blue)
Vermelho-Escarlate (Red-Scarlet)
Limão-amarelado (Lime-Yellow)
Azul (Blue)
Escarlate (Scarlet)
Amarelo-Limão (Yellow-Lime)
Índigo-Azul (Indigo-Blue)
Chama-Escarlate (Flame-Scarlet)
Limão (Lime)
Azul-Índigo (Blue-Indigo)
Escarlate-Chama (Scarlet-Flame)
Verde-Limão (Green-Lime)
Índigo (Indigo)
Chama (Flame)
Limão-Esverdeado (Lime-Green)
Violeta-Índigo (Violet-lndigo)
Laranja-Chama (Orange-Flame)
Verde (Green)
Índigo-Violeta (lndigo-Violet)
Chama-Laranja (Flame-Orange)
Turquesa-Esverdado (Turquoise-green)
Violeta (Violet)
Laranja (Orange)
Púrpura-Violeta (Purple-\/iolet)
Cromo-Laranja (Chrome-Orange)
Verde-turquesa (Green-turquoise)
Violeta-Púrpura (Violet-Purple)
Laranja-Cromado (Orange-Chrome)
Púrpura (Purple)
Cromo (Chrome)
Vermelho-Púrpura (Red-Purple)
Para aqueles que podem não estar familiarizados com todas as cores
adicionadas, talvez devesse ser salientado que escarlate é um vermelho alaranjado
brilhante; chama, um laranja quente; cromo, um amarelo ardente; limão, um verde
amarelado; turquesa, um azul esverdeado; e índigo, um violeta-azulado escuro.
Observe que nos nomes das cores compostas, tais como turquesa-azulado e azul-
turquesa, a segunda palavra representa o matiz mais forte e é modificado pela
primeira palavra. Isto quer dizer que o turquesa-azulado é um azul que é um pouco
turquesa, enquanto que o azul-turquesa é um turquesa que é ligeiramente azulado.
Na designação de qualquer cor de maquiagem em particular neste sistema de
classificação das cores, o matiz é indicado pela primeira letra do nome do matiz ou
as duas primeiras letras para os nomes compostos – por exemplo, V (R) (vermelho),
E (S) (escarlate), C (F) (chama), ou VE (RS) (vermelho-escarlate), EAv (SR)
(escarlate-avermelhado), CE (FS) (chama-escarlate).
Valor O valor das cores varia de 1 a 20, sendo 1 muito claro, e 20, muito
escuro. Os números de 8 a 11 indicam uma cor de valor médio. Assim, EC-1 (SF-1)
é um Escarlate-Chama claro (ou, em termos mais familiares, um rosa coral claro),
EC-20 (SF-20), um Escarlate-Chama escuro (um marrom enferrujado) e EC-9 (SF-
9), um tom de pele quente de valor médio.
A CARTELA DE CORES
MISTURA DE CORES
PROBLEMAS
2. Escolha cinco ou seis cores de base de seu kit. Então, usando somente vermelho,
amarelo, azul, branco e preto *, duplique cada uma das cores.
* Se sua tinta preta não é um preto verdadeiro (não completamente neutra, é isso),
ela vai colocar a perder (throw off) a cor da mistura. As tintas mais pretas em
maquiagem tendem um pouco para o azul. Para saber se se tem ou não um preto
verdadeiro, misture um pouco com um pouco de branco para obter um cinza médio.
Se o cinza for inteiramente neutro, se tem um verdadeiro preto, mas se ele parecer
ter um matiz de alguma cor específica (como o azul), ele precisa ser ajustado. Isto
pode ser feito pela adição de uma pequena porção da cor complementar com o
preto. Por exemplo, se o cinza aparece azulado, adicione uma quantidade muito
pequena do laranja mais escuro que você tiver ao preto e teste novamente
misturando com branco. Se isso não for feito, e se o preto não for verdadeiro, não se
irá obter os resultados que se deseja em qualquer mistura na qual o preto esteja
envolvido.
3. Usando uma cor de base C (F) média ou EC (SF) mais vermelho, amarelo, azul,
branco, e preto, misture nas costas de sua mão, uma aproximação de cada uma das
seguintes cores de maquiagem, conforme mostrado na cartela de cores do Anexo J:
V-16-b (R-16-b), V-13-f (R-13-f), VE-8-d (RS-8-d), EC-9-f (SF-9-f), E-6-e (S-6-e), CE-
14-g (FS-14-g), C-17-f (F-17-f). Ao julgar as cores, sempre espalhe uma fina
[camada] de tinta sobre a pele.
4. Se estiver trabalhando numa aula, misture várias amostras de tinta; então, troque
as amostras com outro estudante, e copie suas amostras sem saber exatamente
quais cores ele usou para obtê-las. Se estiver trabalhando sozinho, ao invés de em
grupo, misture várias cores de forma aleatória, sem prestar qualquer atenção
especial às [cores] selecionadas. Então volte e tente duplicá-las.
CAPÍTULO 5
ILUMINAÇÃO E MAQUIAGEM
COR NA LUZ
LUZ NO PIGMENTO
1. Cores de baixo valor terão efeito máximo sobre a maquiagem; cores de alto valor,
um mínimo.
2. Uma determinada cor de luz irá causar uma cor de pigmento semelhante para se
tornar maior em intensidade, enquanto que uma cor complementar de pigmento será
menor em termos de valor e intensidade.
3. Qualquer tom de pigmento parecerá cinza ou preto se ele não contiver qualquer
uma das cores que compõem um determinado raio de luz que incide sobre ele.
Para uma melhor compreensão dos efeitos da luz colorida sobre as cores de
maquiagem, você pode examinar a cartela de cores e as ilustrações coloridas
(Anexos H e J) sob as várias cores de luz. Se um refletor e o intermediário da cor
não são acessíveis, a lista que segue de alguns dos intermediários de cores usadas
com frequência com seus efeitos sobre várias cores de maquiagem pode ser usado
como um guia. Você deve se lembrar, no entanto, que os efeitos listados são apenas
aproximações e os efeitos reais podem variar dos indicados aqui, de acordo com a
ocasião.
O rosa tende a acinzentar as cores frias e a intensificar as quentes. O
amarelo torna-se mais laranja.
O rosa carne afeta menos fortemente a maquiagem do que os tons mais
escuros/profundos e tem um efeito embelezador (flattering) sobre a maioria das
maquiagens.
O vermelho fogo vai arruinar praticamente (nearly) qualquer maquiagem.
Todos, mas os tons de pele mais escuros vão praticamente desaparecer. Carmins
médios e claros se tornam um laranja pálido e desvanecem imperceptivelmente com
a base, enquanto os vermelhos escuros se tornam um marrom avermelhado. O
amarelo fica laranja, e as cores frias sombreadas se tornam variações de cinza e
preto.
O âmbar bastardo é uma das cores mais embelezadoras para a maquiagem.
Ele pode acinzentar as cores frias sombreando-as um pouco, mas ele destaca os
rosas quentes e tons de pele e adiciona vida à maquiagem.
O âmbar e o laranja têm um efeito semelhante ao do vermelho, embora
menos severo. A maioria das cores de carne, exceto os castanho escuros, tornam-
se mais intensas e mais amarelas. Carmins tendem a se tornar mais laranja. As
cores frias são acinzentadas. O âmbar escuro tem, é claro, um efeito mais forte do
que a luz âmbar.
A luz palha tem muito pouco efeito sobre a maquiagem, exceto para fazer as
cores um pouco mais quentes. As cores frias podem acinzentar um pouco.
O limão e o amarelo fazem as cores quentes mais amarelas, os azuis mais
verdes e os violetas um pouco acinzentados. Quanto mais escura a cor do meio, é
claro, mais forte é o efeito sobre a maquiagem.
O verde acinzenta todos os tons de pele e carmins em proporção à sua
intensidade. O violeta também acinzenta. O amarelo e o azul se tornarão mais
verdes, e o verde será intensificado.
A luz azul-esverdeada tende a reduzir a intensidade das cores de base. A luz
vermelha torna-se mais escura, e o vermelho-escuro se torna marrom. Use muito
pouco carmim sob luz azul-esverdeada.
O verde-azulado irá acinzentar os tons de pele médios e os tons de pele
escura, bem como todos os vermelhos, e irá banhar os tons de pele pálidos.
Os azuis irão acinzentar a maioria dos tons de pele e causar-lhes uma
aparência mais vermelha ou roxa. Azuis e verdes se tornam maiores em valor,
violetas tornam-se mais azul, e os roxos tornam-se mais violeta. Quanto mais escuro
o azul, mais forte o efeito.
O violeta (claro e surpresa) irá causar laranja, fogo, e o escarlate se tornará
mais vermelho. O carmim pode parecer mais intenso. Os verdes são propensos a se
tornarem um pouco inferiores em termos de valor e intensidade. Tenha cuidado para
não usar um vermelho muito intenso na base ou no rouge.
O violeta escuro irá intensificar a maioria dos vermelhos, laranja-
avermelhados, e laranjas. Os verdes serão acinzentados.
O roxo surpresa terá um efeito semelhante ao do violeta surpresa, exceto que
os vermelhos e laranjas serão intensificados a um grau muito maior.
O rosa escuro e o rosa púrpura tenderão a tornar as cores mais quentes
parecerem um pouco alaranjadas, os verdes ficarão cinza, e a maioria dos azuis irá
parecer violeta.
Um problema permanece. Uma vez que as luzes do palco estão propensas a
mudar de tempos em tempos durante uma apresentação, estar ciente de quaisquer
mudanças radicais, especialmente na cor, e ter sua maquiagem verificado sob as
diversas condições de iluminação que predominam. Se tais mudanças afetam
negativamente a sua maquiagem e não há oportunidade para você ajustar a
maquiagem às luzes, tente modificar sua maquiagem básica para minimizar o
problema sob todas as condições de iluminação. Se isso não for bem sucedido,
consulte o diretor sobre a possibilidade de algum ajuste da iluminação.
Embora muitas vezes você possa considerar a iluminação cênica um
obstáculo para a sua arte, tente fazer o melhor de todas as vantagens que ela tem
para oferecer. Planeje suas maquiagens para que a iluminação venha a contribuir ao
invés de prejudicar a sua eficácia.
PROBLEMAS
1. Qual a cor da maquiagem e quais as cores de luzes que você usaria para fazer
um homem aparentemente branco mudar de repente para um homem negro?
2. Qual a cor que cada um dos chapéus a seguir parece ter sob as cores de luz
indicadas: Um chapéu amarelo sob luzes vermelha e verde? Um chapéu verde sob
luzes vermelha e amarela? Um chapéu vermelho sob luzes azul e verde? Um
chapéu vermelho e verde sob luzes amarelas? Um chapéu vermelho e amarelo sob
luzes verdes? Um chapéu verde e amarelo sob luzes vermelhas? Um chapéu
vermelho e azul sob luzes azuis? Um chapéu vermelho, amarelo e azul sob luzes
vermelha, verde e ultramarinho? Um chapéu roxo e branco sob luzes vermelha,
verde e ultramarinho?