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“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e
for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. Estes sinais hão de
acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas
línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará
mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados” (Mc 16.15-18).
“e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os
mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão
de pecados a todas as nações, começando em Jerusalém. Vós sois testemunhas destas
coisas. Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade,
até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.46-49).
Nestes três textos vemos três aspectos distintos daquilo que chamamos de “a Grande
Comissão” ou “a Grande Missão da Igreja”. Mateus enfatiza o ensino: fazer discípulos,
ensinando; Marcos salienta a pregação: evangelismo acompanhado de sinais e
maravilhas, libertação de demônios e cura; e Lucas, por sua vez, confirma e sintetiza as
ênfases anteriores: ensino e pregação (“que em seu nome se pregasse arrependimento
para remissão de pecados a todas as nações”), acrescentando, porém, o permanecer, na
cidade, até serem revestidos de poder do alto. Ou seja, o congregar, o ser igreja, o ser
corpo de Cristo com todos os membros capacitados por Deus e cheios do Espírito Santo.
Lemos nas cartas de Paulo aos Romanos (Rm 12.3-8), aos Efésios (Ef 4.11-12), e aos
Coríntios (1Co 12.4-31) a cerca dos dons de Deus, de Cristo e do Espírito, concedidos
aos santos para que estes desempenhem sua função no corpo de Cristo, cumprindo dessa
forma o “Ide!”, a ordem da grande missão da Igreja. Está bastante claro nestes textos
que Deus quer ver seu plano de ter muitos filhos semelhantes a Jesus, sendo executado
por todos nós. Para isso, ele distribui, como lhe apraz, vários e diferentes dons
sobrenaturais, habilidades e talentos naturais para a execução de seu propósito eterno.
A partir dessa verdade, somando-a ao “ide” de Jesus, podemos concluir que todos, sem
exceção, devemos ir, devemos fazer discípulos, devemos servir. Missionário não é
somente aquele que vai para outro país pregar o Evangelho. Missionário é aquele que
tem uma missão!