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DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

Direitos Humanos
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DIREITOS HUMANOS

Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948

I) Conceito de Direitos Humanos


• Direitos humanos representam um conjunto de direitos inerentes à digni-
dade humana.
• Trata-se do conjunto de direitos reputados imprescindíveis para que se
concretize a dignidade das pessoas.

Os direitos humanos são aqueles princípios ou valores que permitem a uma


pessoa afirmar sua condição humana e participar plenamente da vida. Tais direi-
tos fazem com que o indivíduo possa vivenciar plenamente sua condição bioló-
gica, psicológica, econômica, social, cultural e política. Os direitos humanos se
aplicam a todos os homens e servem para proteger a pessoa de tudo que possa
negar sua condição humana.
Os direitos humanos servem, assim, para assegurar ao homem o exercício da
liberdade, a preservação da dignidade e a proteção da sua existência. Trata-se,
portanto, daqueles direitos considerados fundamentais, que tornam os homens
iguais, independentemente de sexo, nacionalidade, etnia, classe social, profis-
são, opção política, crença religiosa ou convicção moral. Eles são essenciais
à conquista de uma vida digna, daí serem considerados fundamentais à nossa
existência.
É um rol de direitos que assegura à pessoa a sua condição biológica, psicoló-
gica, econômica, social, cultural, política. Mas não é um rol taxativo, pois não se
limita às condições citadas. É um rol exemplificativo.

Atenção!
Parte da doutrina diferencia as terminologias:
• “Direitos Humanos”;
• “Direitos Fundamentais”.
ANOTAÇÕES

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“Direitos humanos”: em regra é a expressão utilizada para se referir aos direitos


universalmente aceitos, positivados na ordem internacional.
“Direitos fundamentais”: em regra é a expressão utilizada para se referir aos
direitos positivados na ordem interna dos Estados.

Exemplos:
“Direitos humanos”: Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948:
• A Assembleia Geral proclama: A presente Declaração Universal dos Direi-
tos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e
todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da
sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do
ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades

“Direitos fundamentais”: CF/88:


TÍTULO II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais

II) Gerações de Direitos Humanos


Primeira Geração

• Primeiramente, procurou-se proteger os direitos civis e políticos. Exemplos


de direitos civis: direito de ir e vir, de religião, de pensamento, liberdade
de expressão, inviolabilidade de correspondência, direito à propriedade,
direito de herança, de nacionalidade e outros listados nos arts. 5º e 12 da
CF/88. Exemplos de direitos políticos listados no art. 14 da CF/88: votar e
ser votado e propor leis.
• São chamados direitos negativos porque demandam que o Estado se abs-
tenha de praticar certos atos, como prender alguém inadvertidamente. Os
direitos civis asseguram que o Estado não intervirá na vida privada dos
cidadãos.
• Exemplos de documentos em que, historicamente, se verificou o surgi-
mento desses direitos:
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–– Magna Carta, inglês, de 1215, assinado pelo rei João “Sem Terra”, o pri-
meiro documento que enumerou os direitos civis e políticos;
–– Habeas Corpus Act, inglês, de 1679;
–– Bill of Rights, inglês, de 1689;
–– Bill of Rights, norte-americano, 1789;
–– Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, francês, em 1789.

Segunda Geração
• Com os movimentos da Revolução Industrial, a partir do século XIX, inicia-se
a busca para proteção dos direitos sociais, culturais e econômicos.
• São os chamados direitos positivos. Diferentemente dos direitos de primeira
geração, em que o Estado se abstém de agir, os direitos de segunda gera-
ção demandam ações do Estado. São direitos sociais, culturais, e econômi-
cos, como os listados nos arts. 6º a 11, 170 e 215 da Constituição Federal.
• Com o início do século XX, fica evidente a instituição desses direitos com:
–– Constituição Mexicana, 1917, primeira constituição a trazer direitos tra-
balhistas;
–– Declaração de Direitos do Povo Trabalhador e Explorado, Rússia, 1918;
–– Constituição de Weimar, em 1919, na Alemanha;
–– Tratado de Versalhes, celebrado após a 1ª Guerra Mundial. Nesse tra-
tado foi criada a Organização Internacional do Trabalho.

Terceira Geração
• Com o crescente desenvolvimento tecnológico e científico, as relações
econômico-sociais passam a ser alteradas. Surgem, então, novos proble-
mas, como a necessidade de proteção ao meio ambiente e a proteção dos
consumidores.
• Passam, assim, a existir os direitos transindividuais (difusos e coletivos).
São direitos que ultrapassam a individualidade do sujeito. Enquanto os
direitos de primeira e segunda geração eram centrados nas pessoas, sendo
que a diferença entre os dois é que um é positivo e o outro negativo, os
direitos de terceira geração são centrados na coletividade.
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Quarta Geração
• Hoje, devido aos avanços nos estudos da engenharia genética, começa-se
a dizer que haveriam os direitos de quarta geração.
• A função desses direitos, de acordo com os estudiosos do tema, é, entre
outros exemplos, a proteção do patrimônio genético de cada indivíduo.

“Já se apresentam novas exigências que só poderiam chamar-se de direitos


de quarta geração, referentes aos efeitos cada vez mais traumáticos da pesquisa
biológica, que permitirá manipulações do patrimônio genético de cada indivíduo”.
(Norberto Bobbio)
• Esses direitos não estão enumerados na Constituição Federal.

QUESTÕES DE CONCURSO

1. (MPE/RO) Direitos humanos de terceira geração, por seu ineditismo e pelo


caráter de lege ferenda que ainda comportam, não recebem tratamento cons-
titucional.

Comentário
Diz-se “lege ferenda” sobre direitos que não estão positivados, mas esse não
é o caso dos direitos de terceira geração, pois eles estão enumerados na
Constituição Federal.

2. (MPE/RO) Os direitos humanos de primeira geração referem-se às reivin-


dicações de condições dignas de trabalho e originam-se das lutas sociais
desencadeadas com a Revolução Industrial.

Comentário
Quando se fala de direitos de primeira geração, fala-se de direitos civis e
políticos, não de direitos sociais.
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3. (MPE/RO) Os direitos humanos de segunda geração ainda não foram incor-


porados à legislação nacional, permanecendo, pois, como normas progra-
máticas do direito internacional humanitário.

Comentário
Como falado na aula, os direitos de segunda direção estão enumerados em
vários artigos da Constituição Federal.

4. (PRF/2013) A expressão direitos humanos de primeira geração refere-se aos


direitos sociais, culturais e econômicos.

Comentário
Direitos sociais, culturais e econômicos não são de primeira geração, são de
segunda.

5. (PM/AL/2012) Os chamados direitos de solidariedade correspondem, no pla-


no dos direitos fundamentais, aos direitos de segunda geração, que se iden-
tificam com as liberdades concretas, acentuando o princípio da igualdade.

Comentário
Direitos de solidariedade, ou direitos de fraternidade, têm caráter coletivo e são
direitos de terceira geração.

6. (PM/AL/2012) A individualidade é uma das características dos direitos huma-


nos fundamentais, e, nesse sentido, eles são dirigidos a cada ser humano
isoladamente considerado, o que se justifica em razão das diferenças de
nacionalidade, sexo, raça, credo ou convicção político-filosófica.

Comentário
Os direitos humanos são caraterizados pela universalidade, e não pela
individualidade.
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7. (PM/AL/2012) Os direitos fundamentais são os direitos humanos reconheci-


dos como tais pelas autoridades às quais se atribui o poder político de editar
normas, tanto no interior dos Estados quanto no plano internacional; são,
assim, os direitos humanos positivados nas Constituições, nas leis, nos tra-
tados internacionais.

Comentário
Esta questão demanda saber se os direitos fundamentais são aqueles
reconhecidos como tais pelas autoridades competentes.

Atenção!
O Cespe não é adepto da teoria que difere os direitos humanos dos direitos
fundamentais.

GABARITO

1. E
2. E
3. E
4. E
5. E
6. E
7. C

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Luciano Monti Favaro.
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