Vous êtes sur la page 1sur 4

CARREIRAS DIPLOMÁTICAS

Disciplina: Tribunal Penal Internacional


Prof. Rogério Sanches
Data:02 /02/2010
Aula nº 01

MATERIAL DE APOIO – MONITORIA

Índice

1. Artigo Correlato
1.1 Comentários à reforma do judiciário (iv). Tribunal penal internacional
2. Leia !!!
2.1 As aparentes antinomias entre o tpi (tribunal penal internacional) e a cf/88.
3. Simulados

1. ARTIGO CORRELATO

1.1 COMENTÁRIOS À REFORMA DO JUDICIÁRIO (IV). TRIBUNAL PENAL


INTERNACIONAL

Autor: Alexandre Nery de Oliveira - juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, pós-
graduado em Teoria da Constituição, membro da Comissão de Estudos da AMB para o novo Estatuto da
Magistratura Nacional

A EC 45/2004 também acrescentou ao artigo 5º da Constituição o parágrafo 4º, com o seguinte teor:

"Art. 5º. (...)

(...)

§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado
adesão."

Com relação ao referido parágrafo 4º agregado ao artigo 5º da Constituição Federal, de novo a técnica
redacional adotada não logrou êxito, e mesmo o conteúdo do dispositivo inserido, ainda que envolvendo
política judiciária, ao retirar ou admitir a retirada de parcela de jurisdição nacional em favor de Corte
internacional de Justiça, parece ter passado ao largo da já existência de norma similar constante do artigo
7º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, quando assevera que "O Brasil propugnará pela
formação de um tribunal internacional de direitos humanos".

Por isso, melhor teria sido a adoção de regra condizente com a norma já existente, ainda que para dar
definitividade àquele dispositivo constitucional transitório.

Alguns poderão salientar que a índole de cada um dos tribunais internacionais propostos é diversa, mas
há que se considerar que a atuação jurisdicional no campo dos direitos humanos notadamente se
consubstancia não apenas pela reparação material, mas, sobretudo, pela sanção às condutas impróprias.

Essa vem sendo a razão da adoção, no plano internacional, de Cortes de Justiça Penal para punir
inobservância aos direitos humanos, como maus-tratos, escravidão, genocídio, crimes de guerra.

Todos revelam condutas que atentam à dignidade humana e por isso alcançam repercussão além dos

CARREIRAS DIPLOMÁTICAS – Tribunal Penal Internacional – Rogério Sanches– Aula n. 01


limites territoriais de um País, para atingir toda a sociedade internacional.

De todo modo, enquanto a norma do artigo 7º do ADCT indicava mera norma programática, o parágrafo
4º ao artigo 5º da Constituição estabelece que a adesão do País a normas de direito internacional criadora
de Tribunal Penal não pode ser questionada sob o manto de preservação da jurisdição nacional.

Com isso, a adesão descrita poderá estabelecer, no futuro, a discussão se certa autoridade brasileira
estará sujeita aos Tribunais brasileiros, no campo criminal, ou se, tendo a discussão paralelo na norma
internacional ensejadora do Tribunal Penal Internacional, para o mesmo será deslocada a jurisdição para o
caso concreto.

É certo que se espera a ponderação do Governo e do Congresso na subscrição de norma pertinente à


criação de Tribunal Penal Internacional, mas há que se considerar que, estabelecida a adesão, a própria
Constituição passa, doravante, a estabelecer a ressalva, por norma inferior, àquele rol competencial
próprio dos Tribunais brasileiros.

A questão assume maior relevo quando a eventual autoridade brasileira denunciada tiver foro próprio e
especial perante o Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça, já que para esses o rol
competencial é descrito pela própria Constituição Federal.

Temos que considerar duas hipóteses: a primeira, é a adesão sem consideração do tribunal no campo dos
direitos humanos, e assim a aprovação do Congresso Nacional à norma internacional sem o quorum
descrito no novo parágrafo 3º do artigo 5º constitucional; outra, é a consideração da pertinência temática
e a aprovação pelo Congresso mediante quorum qualificado, dando ao tratado ou à convenção
internacional status similar à de emenda constitucional.

No primeiro caso, tenho que a norma internacional agregada ao ordenamento jurídico pátrio padecerá do
vício de inconstitucionalidade sempre que interferir na competência do STF ou do STJ descrita pela própria
Constituição Federal, ainda que o deslocamento tenha sido para Tribunal Penal Internacional a que tenha
o Brasil aderido, já que a cláusula de reserva constitucional impedirá a adesão completa descrita – ou
seja, a adesão deverá sempre considerar a ressalva de preservação da competência dos referidos
tribunais brasileiros, sob pena de norma inferior à Constituição alterar seu conteúdo.

No segundo caso, contudo, tendo a norma internacional sido agregada ao ordenamento jurídico pátrio
segundo o modelo descrito no parágrafo 3º do artigo 5º da Constituição, estabelecer-se-á inequívoca
ressalva à jurisdição descrita constitucionalmente para o Supremo Tribunal Federal ou para o Superior
Tribunal de Justiça, quanto às autoridades brasileiras com foro privilegiado, ante o deslocamento admitido
para Tribunal Penal Internacional, então em sentido amplo.

Cabe notar que a mera descrição contida no parágrafo 4º do artigo 5º da Constituição, de submeter-se o
País à jurisdição de Tribunal Penal Internacional ao qual tenha aderido, se inequívoca, não impediria a
discussão oblíqua quanto à constitucionalidade da norma internacional assim aprovada, quando em
desacordo com norma constitucional pertinente ao rol competencial do STF ou do STJ, se qualificado o
tratado ou a convenção internacional no campo infraconstitucional, já que apenas a aprovação sob
quorum especial poderia resolver ressalva ao contido nos artigos 102 e 105 da Constituição Federal, nos
casos que a norma internacional descrevesse como, doravante, competência do Tribunal Penal
Internacional eventualmente criado e subscrito pelo Brasil.

Por isso a cautela na leitura da norma, sob pena de desvirtuamento da soberania nacional eleita como
princípio supremo no artigo 1º, I, da Constituição Federal, inclusive nas relações internacional, conforme
expressa disposição contida no art. 4º, I, também da Carta Política vigente.

A submissão, portanto, a Tribunal Penal Internacional, não estabelece a ruptura com as normas
competenciais descritas na Constituição Federal, mas antes revela a necessidade de o legislador observar
seus parâmetros para não ingressar em inconstitucionalidade quando da incorporação de norma
internacional ao ordenamento jurídico pátrio.

CARREIRAS DIPLOMÁTICAS – Tribunal Penal Internacional – Rogério Sanches– Aula n. 01


Fonte: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=9775

2. LEIA !!!

2.1 AS APARENTES ANTINOMIAS ENTRE O TPI (TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL) E A CF/88.

Elaborado em: 29/05/2007-18:02

Comentários do professor Luiz Flávio Gomes sobre as aparentes contradições entre certos dispositivos do
Tratado de Roma, que instituiu o TPI e a Constituição Federal brasileira, principalmente no que se refere à
extradição de nacionais e à proibição das penas de caráter perpétuo.

Alguns dispositivos do Estatuto de Roma, que instituiu o TPI são, com grande freqüência, questionados
frente à Constituição Federal pátria, por, aparentemente, conflitarem com valores por ela consagrados.
Nessa esteira, podemos destacar cinco tópicos: r
a) o instituto da entrega ao TPI e a vedação constitucional de extradição de nacionais: a Constituição
Federal, no seu artigo 5º, LI e LII, proíbe a extradição de brasileiro, salvo quando naturalizado e, em
apenas duas hipóteses (prática de crime comum antes da naturalização e comprovado envolvimento com
tráfico ilícito de entorpecentes). No entanto, entrega e extradição são institutos que não se confundem.
No primeiro, há a entrega de uma pessoa por um Estado a um Tribunal internacional, ao passo que na
extradição fala-se na entrega de uma pessoa por um Estado a outro Estado. De tal modo, na entrega a
relação que se forma é entre um Estado e um órgão internacional (desprovido de soberania). Já na
extradição, a relação envolve dois Estados, ou seja, o indivíduo fica sujeito à soberania daquele que o
solicita. Uma vez estabelecida a diferença entre os institutos, vê-se que é plenamente admissível a
entrega de um nacional ao TPI, não sendo possível cogitar qualquer incompatibilidade com o ordenamento
constitucional brasileiro. r

b) a previsão pelo Estatuto de Roma da pena de prisão perpétua e a vedação constitucional do artigo 5º,
XLVII, "b": assim como a nossa Constituição Federal, o Estatuto de Roma não admite a pena de morte,
mas traz a possibilidade de prisão perpétua. Vale lembrar que no Brasil, em consonância com o
ordenamento jurídico interno, não vislumbramos qualquer hipótese de pena de caráter perpétuo, mas
essa realidade não pode ser considerada um óbice para a aplicação dos preceitos trazidos pelo Estatuto de
Roma: em consonância com o entendimento do STF, um brasileiro submetido ao TPI pode receber pena
de caráter perpétuo, já que tal vedação apenas se aplica apenas no âmbito interno, ou seja, em relação
aos julgamentos realizados por órgãos do Poder Judiciário nacional, não alcançando aqueles regidos pelo
Direito Internacional. r

c) imunidades e foro privilegiado: o Estatuto de Roma não prevê imunidades ou foro privilegiado, mas,
entende-se que, ao se tornar signatário do tratado e aderir ao TPI, o Estado renuncia a tais prerrogativas.

d) ofensa à reserva legal: sob a alegação de que em Direito Penal deve-se obediência ao princípio da
reserva legal, ou seja, somente lei (em sentido estrito) pode prever crimes e cominar penas, há quem
aponte incompatibilidade do Estatuto de Roma com a Constituição brasileira. Esse não é o melhor
entendimento. O Estatuto, nos artigos 22 e 23 determina expressamente que não há crime nem pena sem
prévia determinação legal e detalha todas as hipóteses de sua competência, atendendo, dessa forma,
rigorosamente a tal preceito. r

e) desrespeito à coisa julgada: não há qualquer ofensa ao instituto da coisa julgada quando o nacional é
submetido a julgamento no Brasil e absolvido, e, depois, julgado pelo TPI e condenado: trata-se de
esferas diferentes, uma interna e outra internacional e, entre elas, não se pode reconhecer a ocorrência
da coisa julgada. r

Diante do exposto, muito embora num primeiro momento possa parecer que certos aspectos do Estatuto
de Roma e do TPI contradizem os valores constitucionalmente consagrados pelo Brasil, tudo não passa de
uma aparente antinomia entre as normas de direito interno e o diploma de Direito Internacional.

CARREIRAS DIPLOMÁTICAS – Tribunal Penal Internacional – Rogério Sanches– Aula n. 01


Fonte: http://www.lfg.com.br/public_html/article.php?story=20070529180222887

3. SIMULADOS

3.1 O Tribunal Penal Internacional tem competência para julgar pessoas acusadas de crimes de guerra,
contra a humanidade e genocídio, ocorridos a partir da entrada em vigor do Estatuto de Roma, em 2002.

Resp: Certo

3.2 O Tribunal Penal Internacional poderá dirigir um pedido de detenção e entrega de uma pessoa,
instruído com os documentos comprovativos a qualquer Estado em cujo território essa pessoa se possa
encontrar, e solicitar a cooperação desse Estado na detenção e entrega da pessoa em causa.

Resp: Certo

3.3 O Tribunal Penal Internacional possui personalidade jurídica internacoinal, bem como capacidade
jurídia necessária ao desempenho das suas funções e à prossecução dos seus objetivos.

Resp: Certo

CARREIRAS DIPLOMÁTICAS – Tribunal Penal Internacional – Rogério Sanches– Aula n. 01

Vous aimerez peut-être aussi