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SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

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Emissão: 01/03/2015
Título do Documento: DIABETES MELLITUS
Revisão Nº: 02 – 05/09/2017

I. AUTORES

• Carolina de Alencar Ohi Garcia


• Paulo Cruz de Queiroz
• Jordana Parente Paiva
• Francisco Edson de Lucena Feitosa

II. INTRODUÇÃO

Diabetes Mellitus (DM) é uma doença sistêmica complexa caracterizada, principalmente, por
hiperglicemia. Tem caráter progressivo, podendo haver complicações micro e macrovasculares.
A gravidez aumenta a resistência à insulina e altera a tolerância à glicose (estado diabetogênico),
sendo de fundamental importância o diagnóstico e acompanhamento do DM na gestação, para diminuir as
complicações materno-fetais.
Classifica-se de acordo com o processo patogênico envolvido:
 DM tipo 1→ Devido a destruição das células beta-pancreáticas, usualmente levando a
deficiência absoluta de insulina. É necessário uso de insulina exógena no tratamento. É mais
comum antes dos 30 anos. A ocorrência em gestantes é de 0,1% ao ano.
 DM tipo 2 → Devido a um defeito progressivo na secreção de insulina dentro de um
contexto de resistência insulínica. Ocorrência aumenta com a idade e está associada a obesidade.
Incide em 2-3% das gestantes/ano.
 DM gestacional (DG) → Diabetes diagnosticado no 2º ou 3º trimestre da gravidez, que não
se trate de DM nitidamente pré gestacional. A prevalência na população de gestantes é de 17%.
Os efeitos do DM pré-gestacional iniciam precocemente, podendo afetar organogênese e levar a
um maior risco de abortamento, malformações graves e restrição de crescimento fetal. DMG é
diagnosticada na segunda metade da gravidez e afeta o crescimento fetal, levando a macrossomia e
hipoglicemia neonatal.
Se o diagnóstico for feito no primeiro trimestre da gestação, sugere diabetes pré-gestacional que
não foi previamente identificado.

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A. CLASSIFICAÇÃO MODIFICADA DE PRISCILA-WHITE:

Tabela 1. PRISCILA-WHITE
Classe A1 DMG controlado com dieta
Classe A2 DMG com necessidade de tratamento farmacológico
Classe B DM iniciado após os 20 anos de idade E duração inferior a 10 anos
Classe C DM iniciado entre 10 e 19 anos de idade E duração entre 10 e 20 anos
Classe D DM iniciado antes dos 10 anos de idade OU duração superior a 20 anos OU retinopatia
benigna
Classe F Nefropatia
Classe R Retinopatia proliferativa
Classe RF Retinopatia e Nefropatia
Classe T Transplante renal prévio
Classe H Doença arterial coronariana

III. RASTREAMENTO E DIAGNÓSTICO

Recomenda-se testar mulheres com fatores de risco para DM tipo 2 na primeira consulta de pré-
natal, utilizando os mesmos critérios diagnósticos de DM da população geral (Tabela 2).
São considerados FATORES DE RISCO: idade acima de 35 anos, sobrepeso/obesidade, história
familiar de DM em parentes de 1º grau, crescimento fetal excessivo (macrossomia, polidrâmnio), passado
obstétrico adverso (abortamentos, malformações, óbito fetal/neonatal), uso de medicamentos
hiperglicemiantes (corticoides, hormônios tireoidianos em altas doses), hipertensão arterial sistêmica,
dislipidemia, síndrome dos ovários micropolicísticos, histórico de doença cardiovascular e baixa estatura
(menos de 1,5 m).
Mulheres com diabetes no primeiro trimestre devem ser classificadas como DM pré-gestacional.
É recomendável que mulheres com glicemia ≥ 92 mg por decilitro e < 126 mg por decilitro no
início da gravidez sejam classificadas como DMG.

Tabela 2. Critérios diagnósticos para DM


A1C ≥ 6,5%*
Glicemia de jejum ≥ 126 mg por decilitro *
Glicemia 2 horas após TOTG 75 g ≥ 200 mg por decilitro *
Glicemia ao acaso ≥ 200 mg por decilitro acompanhada de sintomas de hiperglicemia
* Repetir para confirmação diagnóstica, exceto se sintomas de hiperglicemia

Para as mulheres com a avaliação anterior normal, o rastreamento de DMG deve ser feito através
do teste oral de tolerância à glicose (TOTG) com 75 g de glicose, com medição das glicemias em jejum e
nos tempos de 1 e 2 horas, entre 24 a 28 semanas de gestação. É necessário jejum de 8 a 14 horas.

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Tabela 3. Valores normais para TOTG 75 g


TOTG 75 g Valores
Jejum 92 mg por decilitro
1 h após 180 mg por decilitro
2 h após 153 mg por decilitro

Em 2017, o Ministério da Saúde passou a recomendar a realização da glicemia de jejum (até 20


semanas de idade gestacional) para diagnóstico de DMG e de DM diagnosticado na gestação. Todas as
gestantes com glicemia de jejum inferior a 92 mg/dL devem realizar o TOTG com 75g de glicose de 24 a
28 semanas. Se o início do pré-natal for tardio (após 20 semanas de idade gestacional) deve-se realizar o
TOTG com a maior brevidade possível. Estima-se que assim sejam detectados 100% dos casos.

Figura 1. Fluxograma de reastreamento diagnóstico

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IV. CONDUTA PRÉ-CONCEPCIONAL DA PACIENTE DIABÉTICA PRÉ-GESTACIOAL

1 Planejamento familiar e contracepção rigorosa até a mulher estar preparada para engravidar;
2 Controle glicêmico rigoroso (não há um controle glicêmico ideal estabelecido);
3 Hemoglobina glicosilada <6,5%;
4 Pacientes em uso de insulina devem fazer terapia intensiva com múltiplas aplicações ao dia, de
preferência os análogos, para controle adequado;
5 Os hipoglicemiantes orais podem ser mantidos se forem a metformina ou, em casos selecionados,
a glibenclamida;
6 Ácido Fólico, no mínimo 400 microgramas diário, iniciado 1 mês antes da concepção, para
prevenção de defeitos no fechamento do tubo neural;
7 Avaliação Oftalmológica: se retinopatia, avisar paciente da possibilidade de piora durante a
gestação. Se necessidade de intervenção, adiar a gestação até estabilização do quadro;
8 Avaliação Cardiovascular: rastrear doença arterial coronariana (DAC) em mulheres com fatores de
risco (ex: idade avançada, tempo prolongado de diabetes). Se DAC presente, considerar
potenciais riscos da gravidez;
9 Avaliação Renal: relação albumina/ creatinina urinária, creatinina sérica e taxa de filtração
glomerular (TFG) estimada. Se alterada, encaminhar para avaliação com nefrologista;
10 Avaliação Tireoideana: TSH (pedir anticorpo anti-tireoperoxidase nos casos de DM tipo 1);
11 Medida da pressão arterial < 130x80mmHg antes de tentar engravidar;
12 Rever medicações potencialmente teratogênicas, como anti-hipertensivos (IECA, BRA), estatinas
e fibratos;
13 Redução de peso para pacientes com sobrepeso e obesas;
14 Aconselhamento genético.
15 Obs.: A paciente diabética deverá ser orientada a engravidar apenas quando tiver o controle de
sua doença por pelo menos 3 meses.

V. ROTINA PRÉ-NATAL

 Rotina pré-natal igual para as pacientes com diabetes gestacional e aquelas com diabetes pré-
gestacional;
 A frequência de visitas para pacientes compensadas deve ser mensal até 28 semanas, quinzenal entre
28 e 34 semanas, e semanal acima de 34 semanas de gestação;
 A paciente descompensada deve ser acompanhada especificamente e com mais rigor;
 Além da rotina de pré-natal no 1º trimestre, solicitar proteinúria de 24h, fundoscopia, ECG, creatinina,
lipidograma e Hemoglobina glicosilada;
 Pacientes com Retinopatia devem ser avaliadas a cada 3 meses, inclusive no pós parto.

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VI. CRITÉRIOS DE MAU PROGNÓSTICO

 Proteinúria > 3 g por 24 h.


 Creatinina > 1,5 mg por decilitro.
 HT< 25%.
 PAM > 107 mmHg.

VII. AVALIAÇÃO FETAL

Tabela 4. Métodos de Avaliação Fetal


1º Trimestre Datar Gestação
(11 – 14sem) Translucência Nucal
2º Trimestre Morfológico (20 – 24Sem)
Ultrassonografia
(20 – 28Sem) Eco Fetal (24 – 26Sem)
3º Trimestre Avaliar Peso e ILA
(34 – 36Sem)
Mobilograma A partir de 28 Semanas
A partir de 32 Sem, se compensada e Classes A, B, C, D.
CTG
A partir de 28 Sem se pertencente as classes F, R, H, T
PBF Se CTG não tranquilizadora
Doppler Se Vasculopatia, HAS e pré eclâmpsia.

VIII. COMPLICAÇÕES DO DIABETES NA GESTAÇÃO

Tabela 5. Principais complicações relacionadas a diabetes


Hiperglicemia,
Hipertensão/pré-eclâmpsia
Infecções recorrentes
Maternas
Cetoacidose diabética (afastar infecção) Abortamentos espontâneos
Coma
Morte
Parto prematuro
Macrossomia

Fetais Morte fetal


Complicações neonatais: hipoglicemia, síndrome do desconforto
respiratório, hipocalcemia, hiperbilirrubinemia, policitemia,
cardiomiopatia, ICC, malformações fetais*

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 Cardíacas: defeitos dos septos atrial e ventricular, transposição das grandes artérias, coarctação da
aorta, tetralogia de Fallot, tronco arterial, dextrocardia e cardiomegalia;
 Sistema nervoso central: defeitos do tubo neural, anencefalia, holoprosencefalia;
 Renal: hidronefrose, agenesia renal, duplicação ureteral;
 Gastrintestinal: atresia duodenal, atresia anorretal, onfalocele;
 Espinhal: síndrome da regressão caudal, espinha bífida e agenesia sacral.

IX. TRATAMENTO

 Maior objetivo: manter a gestação sem intercorrências;


 Orientação e educação da paciente;
 Acompanhamento por uma equipe multidisciplinar;
 Na paciente com diabetes gestacional, o tratamento se inicia com dieta que permita ganho de peso
adequado e normalização da glicemia;
 Tratamento farmacológico: iniciar quando dieta e exercícios não forem suficientes para controle
glicêmico adequado, após período de 1-2 semanas, ou quando houver crescimento fetal excessivo (USG
entre 29 – 33 semanas com circunferência abdominal acima do percentil 75);
 Terapia Nutricional: indicado para todas as pacientes com DMG ou DM pré-existente; Obesas devem
reduzir 1/3 da sua ingesta calórica, mantendo um mínimo de 1600 e 1800Kcal/dia. Limitar a ingesta de
Carboidratos em 35 – 45% do total de calorias, distribuídas em 3 pequenas ou médias refeições, bem
como 3 – 4 lanches;
 Exercícios Físicos: por no mínimo 30 minutos por dia. EVITAR se os movimentos fetais estiverem
reduzidos (< 10 mov por dia), se glicemia < 60 mg por decilitro ou > 250 mg por decilitro, exercício com
mergulho e descompressão, riscos de queda ou traumas abdominais.

Tabela 6. Contraindicações à prática de atividade física na gravidez


Absolutas Relativas
Rotura Prematura de Membranas Ovulares Aborto espontâneo prévio
Trabalho de parto prematuro Parto prematuro prévio
Doença hipertensiva da gestação Doença cardiovascular leve-moderada
Incompetência istmocervical Anemia (Hb < 10 mg por decilitro)
Restrição de crescimento fetal Doença respiratória leve-moderada
Gestação múltipla (≥ trigemelar) Desnutrição ou distúrbio alimentar
Placenta prévia > 28ª semana Gestação gemelar > 28ª semana
Sangramento persistente no 2º ou 3º trim. Neuropatia diabética leve-moderada
Doença sistêmica descompensada
Retinopatia proliferativa
Neuropatia diabética autonômica grave
Hipoglicemias graves

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Tabela 7. Ganho de peso na gravidez


IMC pré-gestacional (kg) Ganho total (kg) Ganho semanal no 2º e 3º trimestres
Baixo peso (< 18,5) 12,5 – 18 0,5
Normal (18,5 – 24,9) 11,5 – 16 0,4
Sobrepeso (25 – 29,9) 7 – 11,5 0,3
Obesidade (≥ 30) 5–9 0,2

» INSULINOTERAPIA:

 Necessária em 15 a 20% dos casos de diabetes gestacional, quando há falha no controle glicêmico
com a dieta e os exercícios. Todas as insulinas são categoria B pelo FDA, exceto Glulisina, Glargina e
Degludeca, que são categoria C;
 Iniciar insulina basal com NPH ou, de preferência, Detemir®, caso a paciente esteja em uso de
Glargina, manter;
 Iniciar insulina prandial com regular ou, de preferência, Lispro® ou Asparte®;
 Manter bomba de insulina em pacientes que já a usavam antes de engravidar, nunca iniciar na
gestação, exceto se falha de todos os outros métodos.

Como calcular dose?

1º trimestre: 0,5-0,6 Unidade por Kg por dia


2º trimestre: 0,7-0,8 Unidade por Kg por dia
3º trimestre: 0,9-1,0 Unidade por Kg por dia
Iniciar com a 0,5 Unidade por Kg por dia.

Esquemas:

○ Insulina Basal (50% da dose total):

- NPH: ½ em jejum, ¼ antes do almoço e ¼ antes de d ormir;


- Detemir®: ½ em jejum, ½ antes de dormir;
- Glargina®: uma vez em jejum;

○ Insulina Prandial (50% da dose total):

- Regular®, Lispro® ou Asparte®: 1/3 em jejum, 1/3 antes do almoço, 1/3 antes do jantar
(as doses devem ser aplicadas 30 min antes das refeições).

» ANTIDIABÉTICOS ORAIS:

 Metformina é uma alternativa ao uso da insulina, exceto nos casos de DM diagnosticados antes de 25
semanas ou quando glicemia de jejum > 110 mg por decilitro.
 Glibenclamida é uma alternativa para as pacientes que recusam ou não podem fazer uso da insulina
ou da metformina. Apresentam maiores taxas de macrossomia e hipoglicemia neonatal.
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» ÁCIDO ACETILSALICILICO (AAS):

 Utilizar AAS (81 – 100 mg por dia) como profilaxia para pré- eclampsia nas pacientes com DM tipo 1
ou 2, iniciado entre 12 – 14 semanas e manter até 34 semanas e 6 dias.

X. CONTROLE GLICÊMICO DESEJADO

Tabela 8. Controle glicêmico ideal em pacientes com DMG.


PACIENTES COM DMG
Pré Prandial, antes de dormir e de madrugada 60 – 95 mg por decilitro
1 hora pós prandial ≤ 140 mg por decilitro
2 horas pós prandial ≤ 120mg por decilitro

Tabela 9. Controle glicêmico ideal em gestantes pré-diabéticas.


PACIENTES COM DM PRÉ GESTACIONAL
Pré Prandial, antes de dormir e de madrugada 60 – 99 mg por decilitro
Pós Prandiais 100 – 129 mg por decilitro
HbA1C < 6 – 6,5%
OBS.: Se para atingir essas metas estiverem ocorrendo hipoglicemias significativas, podem ser consideradas metas
mais elevadas:
- Pré-prandiais, antes de dormir e de madrugada ≤ 105 mg por decilitro
- 1 hora pós-prandial ≤ 155 mg por decilitro
- 2 horas pós-prandial ≤ 130 mg por decilitro

XI. ESQUEMA MÓVEL DA INSULINA REGULAR PARA A GESTANTE

Tabela 10.
GLICEMIA (MG/DL) INSULINA RÁPIDA (Unidade Internacional - UI)
60 – 100 00 UI
101 – 140 + 02 UI
141 – 180 + 04 UI
181 – 220 + 06 UI
221 – 260 + 08 UI
261 – 300 + 10 UI
> 300 + 12 UI
OBS.: 1. Administrar metade da dose entre 22 e 6 horas.
2.Havendo necessidade de utilizar a insulina regular (esquema móvel) continuamente nos mesmos horários,
deve-se tentar ajustar a dose de NPH prescrita.

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XII. CRITÉRIOS DE INTERNAMENTO

 Controle metabólico inadequado;


 Alteração da função renal;
 HAS;
 Restrição de crescimento fetal;
 Polidrâmnio moderado a grave;
 ITU complicada;
 Cardiotocografia suspeita.

XIII.PARTO PRÉ-TERMO EM PACIENTES COM DIABETES

Nas pacientes com diabetes, o uso de corticóide para maturação pulmonar não está contra-
indicado. Mas deve ser administrado com monitoramento intensivo da glicemia e com ajustes necessários
as doses de insulina. Tocólise não está contra-indicada, mas os Beta- agonistas não devem ser utilizados.

XIV. PARTO

 A via de parto tem indicação obstétrica:


o Peso fetal > 4000 g, histerotomias prévias, apresentações não cefálicas, implantação
anormal de placenta, oligoâmnio, indicam cesariana;
o Resolver gestação com IG = 39 semanas nas pacientes compensadas, sem vasculopatia
ou pré- eclampsia e com boa vitalidade fetal,
 As pacientes descompensadas, com patologias recorrentes ou alterações de crescimento e vitalidade
fetal, devem ter conduta individualizada. Recomenda-se abordagem preferencial em torno de 38
semanas, após teste de maturidade pulmonar;
 Pacientes com glicemia controlada, mas com macrossomia ou polidrâmnio: resolução com 38
semanas;
 O parto abdominal eletivo ou indução do trabalho de parto devem ser programadas para o período da
manhã;
 No trabalho de parto espontâneo ou induzido, ou na cesárea, fazer:

 Durante o Parto:

o Cesáreo: NÃO administrar insulina na manhã do parto.


o Vaginal: suspender insulina com diagnóstico de trabalho de parto.
o Solução glicosada 5% 50 ml por hora e Gcap a cada 2 horas (manter entre 72- 126 mg por
decilitro).

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 Insulina regular conforme Gcap ou bomba de infusão contínua (BIC):


o BIC de insulina: 50 UI Insulina Regular + 500 ml SF 0,9% (solução 1 unidade internacional
por 10 ml). (Tabela 10)
o Suspender bomba de infusão contínua imediatamente após o parto.

Tabela 11. BIC de Insulina conforme glicemia.


Glicemia capilar BIC insulina (ml/h) Insulina SC (Ultra-rápida)
< 80 mg por decilitro não infundir 0
81-140 mg por decilitro 1 unidade internacional por hora = 10 ml
0
por hora
141-180 mg por decilitro 15 ml por hora 1-2
181-220 mg por decilitro 20 ml por hora 2-3
221-300 mg por decilitro 30 ml por hora 4-6
301-340 mg por decilitro 40 ml por hora 6-8
> 340 mg por decilitro 50 ml por hora 8-10

XV. PARTO

 Monitorização de glicemias antes das refeições e antes de dormir.


 Correção pré-prandial conforme o esquema (metade da dose antes de dormir):

Tabela 12.
GLICEMIA (mg/dL) INSULINA RÁPIDA (Unidade Internacional - UI)
60 – 100 00 UI
101 – 140 02 UI – se jejum
141 – 180 + 02 UI
181 – 220 + 04 UI
221 – 260 + 06 UI
261 – 300 + 08 UI
> 300 + 10 UI

 Descontinuar o tratamento farmacológico (insulinas e/ou antidiabéticos orais) nas pacientes com DMG,
exceto nos casos de hiperglicemia franca persistente, quando deverá ser tomada conduta caso a caso;
 A amamentação deve ser estimulada;
 Lactantes com DM prévio podem fazer uso de glibenclamida ou metformina;
 Pacientes com DM tipo 1 devem fazer rastreamento para tireoidite pós-parto com medida do TSH com 3
e 6 meses após o parto;
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 Nos casos de DMG:


 Realizar TOTG com 75 g 6 semanas após o parto;
 Orientar estilo de vida saudável para prevenir incidência futura de diabetes;
 Recomendar avaliação glicêmica a cada 1-3 anos, dependendo dos fatores de risco.

XVI. PARTO

Tabela 13. TOTG com 75 g após o parto


Glicemia de Jejum (mg por decilitro)
< 100: normal
100 -125: glicemia de jejum alterada
≥ 126: diabetes
Glicemia após 2 horas (mg por decilitro)
< 140: normal
141-199: intolerância à glicose
≥ 200: diabetes

XVII. CONTRACEPÇÃO

 Métodos de barreira (escolha);


 ACO de baixa dosagem para pacientes sem vasculopatia e sem história familiar de infarto agudo;
 DIU para pacientes compensadas e com bom nível de informação;
 Progestágenos de longa duração não devem ser utilizadas por dificultarem o controle glicêmico.
Pelos critérios de elegibilidade da OMS de 2015, o uso de progesterona de longa duração (DIU, injetável e
implante) são categoria 1 e 2;
 Progestágenos de baixa dosagem podem ser utilizados;
 Método definitivo (laqueadura tubária) para pacientes com vasculopatias e prole definida;
 Se teste de tolerância à glicose 75 g for normal, considerar contracepção como na população em geral.

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XVIII. FLUXOGRAMA DE CONDUTA EM ENFERMARIA, BASEADO NO PERFIL GLICÊMICO

 Figura 2. Gestantes com DMG:

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Figura 3. Gestantes com DMG em Dieta Zero:

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Figura 4. Puérperas que tiveram DMG:

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Figura 5. Puérperas com DM prévio a gestação:

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

1. COUSTAN, D. R., et al. Diabetes Mellitus in pregnancy: Screening and Diagnosis. Disponível
em: http://www.uptodate.com/contents/diabetes-mellitus-in-pregnancy-screening-and
diagnosis?source=search_result&search=diabetes+gestacao&selectedTitle=2%7E150. Acesso
em: 8 set. 2016.
2. COUSTAN, D. R., et al. Gestational Diabetes Mellitus: glycemic control and maternal
prognosis. Disponível em: http://www.uptodate.com/contents/gestational-diabetes-mellitus-
glycemic-control-and-maternal-
prognosis?source=search_result&search=diabetes+gestacao&selectedTitle=4%7E150. Acesso
em: 8 set. 2016.
3. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Medical eligibility criteria for contraceptive use. 5ª edition,
World Health Organization, 2015.
4. Organização Pan-Americana da Saúde. Ministério da Saúde. Federação Brasileira das Associações

de Ginecologia e Obstetrícia. Sociedade Brasileira de Diabetes Rastreamento e diagnóstico de


diabetes mellitus gestacional no Brasil. Brasília, DF: OPAS, 2016.

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