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Apostila
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Sumário
1. Definições
2. Anamnese e Avaliações Prévias
2.1. PAR-Q
2.2. IPAQ versão 6 (curta)
3. Avaliação da Composição Corporal
3.1. IMC
3.2. RCQ
3.3 Perimetria
3.4 Dobras Cutâneas
3.4.1. Fórmulas Para Predição do Percentual
de Gordura à Partir das Dobras Cutâneas
3.4.1.1. Pollock (3 dobras)
3.4.1.2. Faulkner (4 dobras)
3.4.1.3. Siri e Brozeck (4 dobras)
3.4.1.4. Yuhanz (6 dobras)
3.4.1.5. Pollock 7 dobras
3.5. Pesagem Hidrostática
3.6. Bioimpedância
4. Avaliação da Capacidade Flexível
4.1. Flexiteste proposto por Pável e Araújo
4.1.1. Flexão do Quadril
4.1.2. Extensão do quadril
4.1.3. Abdução do quadril
4.1.4. Flexão do tronco
4.1.5. Flexão lateral do tronco
4.1.6. Extensão + Adução posterior do
ombro
4.1.7. Adução posterior à partir da abdução
de 180° no ombro
4.1.8. Extensão posterior do ombro
4.1.9. Normas de classificação
4.2. Teste de Thomaz (artigo SARRAF et al.)
4.3. Banco de Wells
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1. Definições
Nesta seção teremos a definição e descrição de alguns termos que serão
importantes para a utilização do restante da apostila e o real entendimento dos
assuntos abordados posteriormente. Os primeiros conceitos importantes dizem
respeito a definição dos termos teste, medidas e avaliação. Os termos foram
determinados com base nas descrições de Johson e Nelson (1979).
Teste é o instrumento usado na avaliação, medida é a informação, formal ou
informal coletada durante o teste. Ela necessita ser precisa e objetiva dentro das
limitações do teste. Avaliação é a importância ou valor da informação e a definição
de que forma essa informação vai ser utilizada.
Tomemos um exemplo da avaliação da massa corporal. O teste utilizado
pode ser o de medição a partir de uma balança antropométrica. O sujeito subirá na
balança, sem calçado e permanecerá imóvel até que a régua seja ajustada em uma
massa equivalente à massa do avaliado (esse é o teste). Quando a régua ficar
equilibrada, será possível visualizar um valor em kg e em gramas que corresponde
à massa do indivíduo (essa é a medida). A partir dessa informação o sujeito será
classificado como abaixo, acima ou com a massa ideal, e as atividades executadas
poderão ser prescritas com base nestas informações.
Existem basicamente 3 tipos de avaliações que podem ser realizadas ao
longo de um processo avaliativo: a avaliação DIAGNÓSTICA é realizada no início do
programa e identifica o grau de desenvolvimento de certa característica específica
do sujeito ou grupo. A avaliação FORMATIVA indica o progresso do indivíduo e
permite a correção e a adaptação do processo de treinamento, e a avaliação
SOMATIVA é utilizada ao final de cada unidade para obter a evolução do indivíduo.
Veja o exemplo abaixo de uma curva de desenvolvimento da altura de
indivíduos da infância até o início da vida adulta. Poderíamos ter por objetivo
avaliar se a dieta de uma determinada população carente pode ser melhorada para
atender a correta curva de desenvolvimento. Essas crianças seriam observadas ao
longo de 10 anos de desenvolvimento, dos 5 aos 15 anos de idade.
Entre os 5 e 6 anos realizou-se a primeira avaliação (DIAGNÓSTICA) para se
verificar qual a média do desenvolvimento neste ano e comparar o resultado com o
quadro abaixo. O teste utilizado foi da estadiometria, a medida foi em centímetros
e o resultado comparado com o gráfico abaixo (avaliação). Notou-se que entre os 5
e 6 anos de idade o crescimento médio dos indivíduos foi de 4cm/ano, o que é
menos do que a média normal desta população que seria entre 6 e 8cm/ano. A
partir daí uma nova dieta foi adotada para essas crianças e ao final de cada ano
uma nova avaliação da estatura foi realizada (avaliações SOMATIVAS). Essas
avaliações foram utilizadas para a realização de correções da dieta (mais ou menos
calorias) para que o desenvolvimento se adequasse aos critérios estabelecidos na
tabela normativa abaixo.
Ao final de todo processo, quando as crianças completaram 15 anos, uma
última avaliação foi realizada e constatou-se que as crianças agora tem um
desenvolvimento dentro da normalidade para a faixa respectiva etária. Dessa
forma, identificou-se que todo o processo de mudança e adequação da nova dieta
foi importante para o correto desenvolvimento das crianças participantes do estudo
(avaliação SOMATIVA).
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2.1. PAR-Q
Muitos benefícios de saúde estão associados com o exercício regular, e a
realização de PAR-Q constitui uma primeira etapa sensível se estiver planejando
aumentar a quantidade de atividade física em sua vida. Para a maioria das pessoas
a atividade física não representa qualquer problema ou perigo. PAR-Q foi elaborado
com a finalidade de identificar o pequeno número de adultos para os quais a
atividade física poderia ser inapropriada ou aqueles que deveriam receber
aconselhamento médico acerca do tipo de atividade mais apropriado a eles. O bom
senso é o seu melhor guia para responder poucas perguntas. Queira examiná-las
com extremo cuidado e checar SIM ou NÃO adiante da questão se isto se aplica a
você.
1. Seu médico já lhe disse que você tem um problema cardíaco e que somente
deveria realizar a atividade física recomendada por um médico?
2. Você sente dor em seu tórax ao realizar atividade física?
3. No mês passado, você teve dor torácica quando não estava realizando
atividade física?
4. Você perde o equilíbrio em virtude de vertigem ou já perdeu a consciência?
5. Você tem algum problema ósseo ou articular que poderia ser agravado por
uma mudança em sua atividade?
6. Atualmente seu médico está prescrevendo medicamentos (ex. pílulas
diuréticas) para sua pressão arterial ou condição cardíaca?
7. Você tem conhecimento de qualquer outra razão pela qual você não deveria
realizar atividade física?
Se você respondeu SIM para uma ou mais questões do PAR-Q, você deve
consultar seu medico, caso não tenha o feito recentemente, antes de iniciar um
programa de exercícios e/ou de ser submetido a uma avaliação da aptidão.
Nós queremos saber quanto tempo você gasta fazendo atividade física em
uma semana NORMAL. Por favor responda cada questão mesmo que
considere que não seja ativo. Para responder considere as atividades como
meio de transporte, no trabalho, exercício e esporte.
1a. Em quantos dias de uma semana normal, você realiza atividades LEVES ou
MODERADAS por pelo menos 10 minutos, que façam você suar POUCO ou
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1b. Nos dias em que você faz este tipo de atividade, quanto tempo você gasta
fazendo essas atividades POR DIA?
(a)_____ horas _____ minutos
(b) Não quero responder
(c) Não sei responder
2b. Nos dias que você faz este tipo de atividades quanto tempo você gasta fazendo
essas atividades POR DIA?
(a)_____ horas _____ minutos
(b) Não quero responder
(c) Não sei responder
2b. Nos dias que você faz este tipo de atividades quanto tempo você gasta fazendo
essas atividades POR DIA?
_______ horas _____ minutos
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2c. Em quantos dias de uma semana normal você faz atividades no jardim ou
quintal por pelo menos 10 minutos de esforço moderado como varrer, rastelar,
podar:
(a) _____ dias por SEMANA
(b) Não quero responder
(c) Não sei responder
2d. Nos dias que você faz este tipo de atividades quanto tempo você gasta POR
DIA?
_______ horas _____ minutos
2e. Em quantos dias de uma semana normal você faz atividades no jardim ou
quintal por pelo menos 10 minutos de esforço vigoroso ou forte como carpir, arar,
lavar o quintal:
(a) _____ dias por SEMANA
(b) Não quero responder
(c) Não sei responder
2f. Nos dias que você faz este tipo de atividades quanto tempo você gasta POR
DIA?
_______ horas _____ minutos
3b. Nos dias que você caminha para ir de um lugar para outro quanto tempo POR
DIA você gasta caminhando?
(Não inclua as caminhadas por prazer ou exercício)
_______ horas _____ minutos
3c. Em quantos dias de uma semana normal você pedala rápido por pelo menos 10
minutos para ir de um lugar para outro? (Não inclua o pedalar por prazer ou
exercício)
(a) _____ dias por SEMANA
(b) Não quero responder
(c) Não sei responder
3d. Nos dias que você pedala para ir de um lugar para outro quanto tempo POR
DIA você gasta pedalando? (Não inclua o pedalar por prazer ou exercício)
_______ horas _____ minutos
maiores causas da variação da massa corporal (MALINA, 1969). Veja abaixo alguns
modelos de distribuição das massas corporais de um sujeito.
3.1. IMC
O IMC (índice de massa corporal) nos dá uma idéia aproximada da
composição corporal do indivíduo em razão da massa distribuída pela área corporal.
É uma medida de fácil aquisição e adequada para a grande maioria da população
sedentária ou moderadamente ativa. Indivíduos com massa muscular acima da
média podem apresentar resultados que não refletem a realidade. As tabelas
abaixo apresentam os valores normais a serem identificados na população normal.
O IMC é obtido pela divisão do valor da massa corporal total (em kg) pelo quadrado
da altura (em metros).
3.2. RCQ
O RCQ (relação cintura/quadril) nos dá um referencia sobre os depósitos de
gordura na região do abdomen e cintura pélvica. Esse depósito de gordura se
configura um dos mais problemáticos em relação à saúde do indivíduo, pois tem
uma relação direta com os depósitos intra-abdominais e vicerais de gordura. O RCQ
é obtido com a divisão da medida da circunferência da cintura na altura da cicatriz
umbilical pela medida da circunferência da medida do quadril na maior
proeminência da musculatura do glúteo máximo (ambas as medidas em
centímetros).
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3.3. Perimetria
A perimetria se ocupa em medir o perímetro (circunferência) de diversos
pontos anatômicos e pode ter inúmeras aplicações, como o desenvolvimento de
vestuário, equipamentos, determinação da composição corporal entre outros.
Uma das fórmulas utilizadas para a determinação da composição da
composição corporal a partir de uma medida de perímetro, neste caso abdominal,
foi determinada por Weltman e colaboradores. As medidas necessárias para a
determinação da composição corporal dos homens é a circunferência abdominal
(aferida em centímetros na altura da cicatriz umbilical) e a massa corporal total
(em kg). Nas mulheres, além dessas medidas é utilizada a altura total do sujeito
(em centímetros). Abaixo estão descritas as fórmulas:
Homens:
%G = 0,31457 (Abd) – 0,10969 (P) + 10,8336
Mulheres:
%G = 0,11077 (Abd) – 0,17666 (A) + 0,14354 (P) + 5,103301
Fórmula:
((4,95/Densidade Corporal)-4,5)x100
Fórmula:
(Dobras) x 0,153 + 5,783
Fórmula Feminina:
(0,29669 x Dobras) – (0,00043 x Dobras2) + (0,02963 x idade) + 1,4072
Fórmula Masculina:
(0,29288 x Dobras) – (0,0005 x Dobras2) + (0,15845 x idade) – 5,76377
Fórmula Feminina:
(4,56 + Dobras) x 0,143
Fórmula Masculina:
(3,64 + Dobras) x 0,097
Fórmula:
((4,95/Densidade Corporal)-4,5)x100
3.6. Bioimpedância
A bioimpedância baseia-se na analise da estimativa da composição corporal
através da condutibilidade e da resistência promovida pelos diversos tecidos
corporais a variação da freqüência da corrente elétrica.
O formato do corpo humano assemelha-se a um cilindro com comprimento e
área de secção transversal uniformes. Partindo do pressuposto que o corpo seja um
cilindro perfeito, o fluxo de corrente através do corpo é diretamente proporcional ao
comprimento do condutor e inversamente proporcional a sua secção transversal.
Tecidos que contenha mais água e eletrólitos como o fluido cérebro-espinhal,
sangue, músculos, são altos condutores elétricos, contudo gordura, ossos, e o ar
que preenche alguns espaços do corpo (pulmão) são de alta resistência à corrente
elétrica.
A condutibilidade dos tecidos biológicos é praticamente iônica, ou seja, as
cargas elétricas são transferidas pela ionização dos sais, bases, ácidos dissolvidos
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Avaliador: ajoelhado por trás do avaliado, com suas mãos nas suas costas,
executando a flexão do tronco.
Observação: é conveniente que o avaliado inicie o movimento, de modo a diminuir
o emprego de força pelo avaliador. Também é melhor o avaliador colocar suas
mãos supinadas na região escapular e no oco axilar do avaliado. E extremamente
importante encostar bem as nádegas na parede, assim como evitar a flexão dos
joelhos. Quando apenas deslocar-se do solo a coluna cervical temos o valor 1; para
a lombar 3 e com a superposição completa entre tórax e coxas, 4. no caso em que
o avaliado sequer assuma a posição inicial, atribuímos o valor 0.
Thiago Augusto Sarraf, Valério Henrique Dezan, Julimar Luis Pereira, André
Rodacki
Universidade Federal do Paraná/Departamento de Educação Física do Setor de
Ciências Biológicas
RESUMO
O encurtamento dos músculos dos flexores de quadril pode resultar emdesordens
na coluna e lombalgias. A verificação deste se torna fundamental para intervenções
preventivas ou prognóstico da terapia. Este estudo possui a finalidade de
desenvolver uma metodologia para quantificar de modo objetivo o comprimento
muscular dos flexores de quadril uni e bi articulares. Por meio de fotometria
durante o teste de Thomas quantificou-se em graus o comprimento muscular dos
flexores e quadril uni e biarticulares. O comprimento dos músculos neste estudo
foram quantificados em graus através da ferramenta “dimensão angular” do
programa Corel Draw 9. Através da metodologia apresentada neste estudo, foi
proposta uma avaliação mais apurada do comprimento muscular dos flexores de
quadril.
Palavras-chave: Flexores do quadril; Encurtamentos musculares; Postura;
Fotometria.
INTRODUÇÃO
A postura física resulta da interação de todas as articulações do corpo (Kendall et
al, 1995), associada com atitudes psicológicas, culturais e ambientais (Rasch,
1989). Uma postura eficiente se caracteriza por um estado de equilíbrio dos
seguimentos corporais, refletindo em uma quantidade mínima de esforço com uma
máxima sustentação (McGraw,1952). O encurtamento muscular dos flexores de
quadril uni e/ou bi articulares podem resultar em alterações nas curvaturas
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MATERIAIS
Para a demarcação dos pontos anatômicos especificados foram utilizadas etiquetas
brancas autoadesivas redondas de 13 mm de diâmetro. As fotos foram realizadas a
partir de uma câmera digital OLYMPUS CAMEDIA MASTER, de 1,3 milhões de pixels.
Foi empregado um flexímetro, (instrumento que fixado ao corpo, quantifica em
graus a mobilidade de uma articulação) para verificação da perna não avaliada.
MÉTODOS
Foram posicionadas sobre a pele dos indivíduos etiquetas em oito pontos
anatômicos empregados para aferição a partir de um goniômetro, em pontos
anatômicos, citados para aferição utilizando-se de um goniômetro: duas sobre os
trocanteres maiores do fêmur: duas sobre os epicôndilos medial e lateral do fêmur
e duas sobre os maléolos laterais do tornozelo (Noekin, 1997). Os indivíduos devem
estar vestidos de forma que se obtenha a visualização das etiquetas. O avaliado
deve deitar-se em posição de decúbito dorsal sobre a mesa, com a região da coxa
posterior tocando a mesa e os joelhos exatamente na borda desta, caracterizando a
posição inicial (PI). Deve-se posicionar um flexímetro (Achour Jr., 1997) na coxa
não avaliada, para quantificar a angulação da flexão do quadril com o joelho fletido.
O indivíduo deve trazer a coxa não avaliada em direção ao tronco com o joelho
fletido, em 125 graus, mantendo a coxa avaliada em repouso, caracterizando como
posição final (PF). Segundo Kendall (1995), 125º representa a flexão normal do
quadril com os joelhos fletidos, sendo verificado encurtamentos musculares de
flexores de quadril caso ocorra algum tipo de compensação na perna oposta. A
câmera foi posicionada na altura do plano onde se encontra em decúbito dorsal o
indivíduo, e a uma distância de 1,75 m, estando o foco principal apontado para o
epicôndilo lateral do fêmur da perna avaliada. Foram retiradas fotos na PI e PF.
Para a avaliação do comprimento muscular dos flexores do quadril biarticulares
(FQB), Kendall (1995), parte da posição anatômica de 180 graus, considerando o
comprimento normal no teste de Thomas a angulação de 100° da fle xão de joelho.
(Fig. 1). Para a avaliação dos flexores do quadril uniarticares (FQU), definimos a
posição anatômica como 0°.
DISCUSSÃO
Indivíduos que possuem encurtamentos musculares dos flexores de quadril podem
apresentar desordens na coluna, devido as possíveis alterações nas curvaturas
fisiológicas, e maior sobrecargas nas estruturas lombares (Pollock & Willmore,
1993). Tradicionalmente para avaliar o comprimento muscular destes músculos,
utiliza-se o teste de Thomas, descrito por Kendall (1995). Estas provas consistem
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CONCLUSÃO
Através da metodologia apresentada neste estudo, foi proposta uma avaliação mais
apurada do comprimento muscular dos flexores de quadril, possibilitando uma
verificação da condição inicial e um o acompanhamento do prognóstico do
tratamento ou treinamento de forma mais satisfatória, quando envolvendo estes
grupos musculares.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACHOUR, A. J. Bases para Exercícios de Alongamento Relacionados com a
Saúde e no Desempenho Atlético. Londrina: Midiograf, 1996.
ACHOUR, A. J. Avaliando a Flexibilidade: Fleximeter. Londrina: Midiograf,
1997.
ALTER, M. J. Science of flexibility. United States of America: Human Kinetics,
1996
HOPPENFELD, S. Propedêutica Ortopédica: Coluna e Extremidades. São Paulo:
Atheneu, 1999.
KENDALL, F. P.; McCREARY, E. K.; PROVANCE, P. G. Músculos Provas e Funções.
São Paulo: Manole, 1995.
POLLOCK M. L.; WILMORE J. H. Exercício na Saúde e na Doença: Avaliação e
prescrição para prevenção e reabilitação. Rio de Janeiro: Medsi, 1993.
RASCH, F. J. Cinesiologia e Anatomia Aplicada. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1991.
NOEKIN, C.C., WHITE, D. J. Medida do movimento articular. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1997.
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Protocolo
Não existe aquecimento prévio ao teste. Assumir a posição sentada, pés afastados
na largura do quadril, joelhos completamente estendidos. Os pés devem estar
apoiados completamente no banco e o banco apoiado em sua extremidade
posterior em uma parede para não haver nenhum tipo de movimentação. Com um
movimento único, lento e contínuo, estender os braços sobre a cabeça e em
seguida sobre a régua na parte superior do banco até o ponto máximo alcançado. A
posição deve ser sustentada por um período de 2 segundos. O indivíduo tem 3
tentativas e é computado o maior valor alcançado.
Protocolo
Determinar a massa corporal do avaliado;
Aquecimentos com duração de 3 a 5 minutos;
Determinação da posição de salto a ser utilizada;
Passar giz nos dedos e anotar a altura máxima alcançada pela mão com os
calcanhares no solo;
Saltar e tocar os dedos na parede milimetrada;
São permitidas 3 repetições do salto (respeitando a posição escolhida);
O maior salto é anotado como sendo a impulsão vertical (IV).
Cálculos
Potência anaeróbia
A potência pode ser determinada através do cálculo abaixo:
PAn (W) = 21,67. MC kg . IV(m)
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Classificação:
Percentil 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Masculino
9-11 anos 40.64 38.10 35.56 30.48 27.94 25.40 22.86 17.78 10.16 5.08
12-14 anos 50.80 45.72 43.18 40.64 35.56 33.02 27.94 22.86 12.70 5.08
15-17 anos 63.50 60.96 58.42 53.34 48.26 40.64 30.48 20.32 12.70 5.08
18-34 anos 66.04 63.50 60.96 58.42 48.26 40.64 33.02 22.86 20.32 5.08
Feminino
9-11 anos 40.64 38.10 35.56 30.48 27.94 25.40 22.86 17.78 10.16 5.08
12-14 anos 40.64 38.10 35.56 33.02 30.48 27.94 25.40 20.32 10.16 5.08
15-17 anos 43.18 40.64 38.10 35.56 33.02 27.94 20.32 15.24 7.62 5.08
18-34 anos 35.56 33.02 33.02 30.48 25.40 20.32 15.24 10.16 5.08 2.54
Protocolo
Salto realizado em terreno plano, a partir de uma linha pré-demarcada, sendo
permitido o livre balanço dos MMSS.
Classificação Resultados
Fraco <2,30m
Regular 2,30 – 2,49
Bom 2,49 – 2,69
Muito Bom 2,70 – 2,89
Excelente > 2,89
Protocolo
Sentado em uma cadeira, com as costas presas no encosto por meio de uma corda,
efetuar o lançamento de uma bola de 3kg apenas usando a força dos braços.
Marcar a distância do primeiro toque da bola no solo.
6.1. RAST
O teste anaeróbio de corrida de velocidade de distância curta (RAST) foi
desenvolvido na Universidade de Wolverhampton ( Reino Unido) para testar o
desempenho anaeróbio de atletas. O RAST é semelhante ao Wingate (teste
anaeróbio de 30 segundos no ciclo ergômetro (WANT). O teste proporciona aos
treinadores medidas de potência e índice de fadiga. O teste de Wingate é mais
específico para ciclistas enquanto que o RAST é um teste que pode ser usado com
atletas de várias modalidades de corridas.
ou
2 3
Potência : peso x distancia m / tempo
EXEMPLO
Potência máxima
É uma medida da potência mais alta produzida e provê informação sobre força
máxima de corrida em velocidade. As pesquisas variam de 1054 watts a 676 watts.
Potência mínima
Potência média
Índice de fadiga
Indica a taxa de declínios da potência para o atleta. Quanto mais baixo o valor,
mais alta é a habilidade do atleta manter desempenho anaeróbio. Com um valor de
índice de fadiga alto o atleta pode precisar treinar a tolerância ao lactato.
6.2. Conconi
Fenômeno fisiológico descoberto pelo médico fisiologista Dr Francesco
Conconi (1980). Este percebeu que, dentro de um exercício progressivo, os
incrementos da freqüência cardíaca cresciam linearmente até um certo ponto,
depois disso havia uma deflexão desta linearidade. Este ponto foi denominado
Ponto de Deflexão da Frequência Cardíaca (PDFC), sendo originalmente
correlacionado com o limiar de lactato (Conconi et al., 1980). Atualmente a maioria
dos estudos preferem correlacioná-lo ao Máximo Lactato de Fase Estável (MSSLac)
(RIBEIRO, 1985).
Este teste tem por objetivo determinar o PDFC e, consequentemente,
estimar indiretamente o MSSLac.
Tem como característica fisiológica o metabolismo predominantemente
aeróbio, sendo um teste de esforço máximo.
Para administração do teste é necessária uma pista de 400m ou esteira
ergométrica. O avaliado deve ser instruído a percorrer várias voltas de 400m até a
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Vel Dist
Voltas Duração de cada volta (min)
(Km/h) Acumulada
7. 1-RM
Protocolo
O exercício onde a força muscular será avaliada deve ser escolhido. O
indivíduo realiza inicialmente um aquecimento geral, de preferência com exercícios
aeróbicos, por um período de 5 a 10 minutos. Esse aquecimento não precisa ser
necessariamente envolver o grupo muscular que será avaliado.
Logo após o aquecimento inicial, o indivíduo deve realizar um aquecimento
localizado, no exercício onde será efetuada a avaliação posterior. A carga utilizada
nas séries de aquecimentos (2 ou 3) não deve ultrapassar 50% da carga que será
inicialmente utilizada na primeira tentativa do teste.
Após o aquecimento específico, o indivíduo terá 3 tentativas para a
determinação da carga máxima, sendo que cada tentativa deverá respeitar um
intervalo de pelo menos 5 minutos para a recuperação das reservas de ATP
necessárias para a realização da atividade.
Na tentativa valida, o individuo deve conseguir executar uma repetição
completa, lenta, sem ajuda e numa grande amplitude articular. Caso o indivíduo
consiga realizar 2 ou mais repetições, o teste deve ser imediatamente interrompido
e uma nova carga colocada para a próxima tentativa. Caso uma repetição completa
não seja executada, o mesmo procedimento deverá ser tomado.
Caso após as 3 tentativas o valor de 1RM não consiga ser determinado (ex.:
nas três tentativas o sujeito executou 2 repetições) um intervalo de pelo menos
48hs deve ser observado para uma nova realização do teste.
15 - 19 + 33 25 a 32 18 a 24 12 a 17 - 11
20 - 29 + 30 21 a 29 15 a 20 10 a 14 - 09
30 - 39 + 27 20 a 26 13 a 19 08 a 12 - 07
40 - 49 + 24 15 a 23 11 a 14 05 a 10 - 04
50 - 59 + 21 11 a 22 07 a 10 02 a 06 - 01
60 - 69 +17 12 a 16 05 a 11 02 a 04 - 01
9. Testes para medir a agilidade
9.1. Teste do Passo Lateral – Side Step (Johnson e
Nelson, 1979)
Objetivo: medir a rapidez de execução e a mudança de direção em movimentos
executados lateralmente.
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Onde:
PC = peso corporal
Tempo = Tempo dos 1600m em minutos
Idade = Idade em anos
Sexo = Masculino 1 e Feminino 0
FC = Frequencia Cardíaca no final do teste