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Apostila

 de  Medidas  e  Avaliação  


Prof.  Dr.  Ricardo  Martins  de  Souza   1  
 
profricardo2006@yahoo.com.br  

Apostila da Disciplina de Medidas e


Avaliação em Educação Física
Professor Ricardo Martins de Souza

2015
Apostila  de  Medidas  e  Avaliação  
Prof.  Dr.  Ricardo  Martins  de  Souza   2  
 
profricardo2006@yahoo.com.br  

Apostila da Disciplina de Medidas e


Avaliação em Educação Física
Professor Ricardo Martins de Souza

Sumário

1. Definições
2. Anamnese e Avaliações Prévias
2.1. PAR-Q
2.2. IPAQ versão 6 (curta)
3. Avaliação da Composição Corporal
3.1. IMC
3.2. RCQ
3.3 Perimetria
3.4 Dobras Cutâneas
3.4.1. Fórmulas Para Predição do Percentual
de Gordura à Partir das Dobras Cutâneas
3.4.1.1. Pollock (3 dobras)
3.4.1.2. Faulkner (4 dobras)
3.4.1.3. Siri e Brozeck (4 dobras)
3.4.1.4. Yuhanz (6 dobras)
3.4.1.5. Pollock 7 dobras  
3.5. Pesagem Hidrostática
3.6. Bioimpedância
4. Avaliação da Capacidade Flexível
4.1. Flexiteste proposto por Pável e Araújo
4.1.1. Flexão do Quadril
4.1.2. Extensão do quadril
4.1.3. Abdução do quadril
4.1.4. Flexão do tronco
4.1.5. Flexão lateral do tronco
4.1.6. Extensão + Adução posterior do
ombro
4.1.7. Adução posterior à partir da abdução
de 180° no ombro
4.1.8. Extensão posterior do ombro
4.1.9. Normas de classificação
4.2. Teste de Thomaz (artigo SARRAF et al.)
4.3. Banco de Wells
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5. Avaliação da Potência Muscular


5.1. Impulsão Vertical
5.2. Impulsão Horizontal
5.3. Arremesso de Medicine Ball
6. Determinação do Limiar Anaeróbico
6.1. RAST
6.2. Conconi
7. 1-RM
7.1. 1-RM Carga Máxima
7.2. 1-RM Predição Por Repetições
8. RML: Resistência Muscular Localizada
8.1. Teste de RML de membros superiores
8.2. Teste de RML dos Músculos do Tronco
9. Testes para medir a agilidade
9.1. Teste do Passo Lateral – Side Step (Johnson
e Nelson, 1979)
9.2. Corrida Vai-e-Vem – Shuttle Run (Johnson e
Nelson, 1979)
9.3. Salto em Quadrante – Quadrant Jump
(Johnson e Nelson, 1979)
9.4. Teste de Agilidade de SEMO – SEMO Agility
Test (Johnson e Nelson, 1979)
10. Percepção Subjetiva do Esforço Físico – Escala de
Borg
11. Testes de Avaliação da Capacidade Aeróbica
11.1. Teste de Astrand (Bicicleta)
11.2. Teste de Cooper (Corrida)
11.3. Teste de Harvard (Banco)
11.4. Teste de McArdle (Banco)
11.5. Teste de 1 Milha (1.600m)
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1. Definições
Nesta seção teremos a definição e descrição de alguns termos que serão
importantes para a utilização do restante da apostila e o real entendimento dos
assuntos abordados posteriormente. Os primeiros conceitos importantes dizem
respeito a definição dos termos teste, medidas e avaliação. Os termos foram
determinados com base nas descrições de Johson e Nelson (1979).
Teste é o instrumento usado na avaliação, medida é a informação, formal ou
informal coletada durante o teste. Ela necessita ser precisa e objetiva dentro das
limitações do teste. Avaliação é a importância ou valor da informação e a definição
de que forma essa informação vai ser utilizada.
Tomemos um exemplo da avaliação da massa corporal. O teste utilizado
pode ser o de medição a partir de uma balança antropométrica. O sujeito subirá na
balança, sem calçado e permanecerá imóvel até que a régua seja ajustada em uma
massa equivalente à massa do avaliado (esse é o teste). Quando a régua ficar
equilibrada, será possível visualizar um valor em kg e em gramas que corresponde
à massa do indivíduo (essa é a medida). A partir dessa informação o sujeito será
classificado como abaixo, acima ou com a massa ideal, e as atividades executadas
poderão ser prescritas com base nestas informações.
Existem basicamente 3 tipos de avaliações que podem ser realizadas ao
longo de um processo avaliativo: a avaliação DIAGNÓSTICA é realizada no início do
programa e identifica o grau de desenvolvimento de certa característica específica
do sujeito ou grupo. A avaliação FORMATIVA indica o progresso do indivíduo e
permite a correção e a adaptação do processo de treinamento, e a avaliação
SOMATIVA é utilizada ao final de cada unidade para obter a evolução do indivíduo.
Veja o exemplo abaixo de uma curva de desenvolvimento da altura de
indivíduos da infância até o início da vida adulta. Poderíamos ter por objetivo
avaliar se a dieta de uma determinada população carente pode ser melhorada para
atender a correta curva de desenvolvimento. Essas crianças seriam observadas ao
longo de 10 anos de desenvolvimento, dos 5 aos 15 anos de idade.
Entre os 5 e 6 anos realizou-se a primeira avaliação (DIAGNÓSTICA) para se
verificar qual a média do desenvolvimento neste ano e comparar o resultado com o
quadro abaixo. O teste utilizado foi da estadiometria, a medida foi em centímetros
e o resultado comparado com o gráfico abaixo (avaliação). Notou-se que entre os 5
e 6 anos de idade o crescimento médio dos indivíduos foi de 4cm/ano, o que é
menos do que a média normal desta população que seria entre 6 e 8cm/ano. A
partir daí uma nova dieta foi adotada para essas crianças e ao final de cada ano
uma nova avaliação da estatura foi realizada (avaliações SOMATIVAS). Essas
avaliações foram utilizadas para a realização de correções da dieta (mais ou menos
calorias) para que o desenvolvimento se adequasse aos critérios estabelecidos na
tabela normativa abaixo.
Ao final de todo processo, quando as crianças completaram 15 anos, uma
última avaliação foi realizada e constatou-se que as crianças agora tem um
desenvolvimento dentro da normalidade para a faixa respectiva etária. Dessa
forma, identificou-se que todo o processo de mudança e adequação da nova dieta
foi importante para o correto desenvolvimento das crianças participantes do estudo
(avaliação SOMATIVA).
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Para que as avaliações sejam corretamente realizadas e os resultados


encontrados possam refletir a realidade, alguns princípios básicos devem ser
seguidos.
As avaliações devem sempre ser conduzidas com o objetivo do programa em
mente, lembrar da relação entre teste, medida e avaliação, somente pessoas
capacitadas podem realizar os procedimentos, os dados devem ser interpretados
em função do indivíduo como um todo, tudo pode ser medido porém nenhum teste
é perfeito, entretanto nenhum teste substitui o julgamento profissional. Deve-se
sempre haver re-teste e deve existir a preocupação de se utilizar apenas testes
válidos.
Podemos classificar as avaliações entre OBSERVAÇÕES, INQUIRIÇÕES e
TESTAGEM.
Entre as avaliações por OBSERVAÇÃO podemos destacar o Anedotário
(breve descrição dos fatos ou episódios decorridos), a Lista de Checagem (a
ocorrência ou não de fatos e comportamentos e/ou a ordem em que eles
acontecem) e as Escalas de Classificação (descreve a característica e a maneira ou
intensidade com que certa característica se manifesta).
Entre as INQUIRIÇÕES, podemos destacar o Questionário (geralmente
realizado indiretamente, onde o avaliado responde por escrito as perguntas
realizadas), a Entrevista (geralmente realizado diretamente, onde o entrevistado
responde verbalmente as perguntas, sendo que as respostas serão transcritas pelo
entrevistador) e o Sociograma (que descreve as características sociais de uma
determinada população, como o senso).
Dentre os procedimentos mais utilizados dentro da Educação Física,
podemos destacar os TESTES, que podem ser utilizados para a avaliação de
inúmeras capacidades físicas, habilidades motoras e características
antropométricas.
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2. Anamnese e Avaliações Prévias

2.1. PAR-Q
Muitos benefícios de saúde estão associados com o exercício regular, e a
realização de PAR-Q constitui uma primeira etapa sensível se estiver planejando
aumentar a quantidade de atividade física em sua vida. Para a maioria das pessoas
a atividade física não representa qualquer problema ou perigo. PAR-Q foi elaborado
com a finalidade de identificar o pequeno número de adultos para os quais a
atividade física poderia ser inapropriada ou aqueles que deveriam receber
aconselhamento médico acerca do tipo de atividade mais apropriado a eles. O bom
senso é o seu melhor guia para responder poucas perguntas. Queira examiná-las
com extremo cuidado e checar SIM ou NÃO adiante da questão se isto se aplica a
você.

1. Seu médico já lhe disse que você tem um problema cardíaco e que somente
deveria realizar a atividade física recomendada por um médico?
2. Você sente dor em seu tórax ao realizar atividade física?
3. No mês passado, você teve dor torácica quando não estava realizando
atividade física?
4. Você perde o equilíbrio em virtude de vertigem ou já perdeu a consciência?
5. Você tem algum problema ósseo ou articular que poderia ser agravado por
uma mudança em sua atividade?
6. Atualmente seu médico está prescrevendo medicamentos (ex. pílulas
diuréticas) para sua pressão arterial ou condição cardíaca?
7. Você tem conhecimento de qualquer outra razão pela qual você não deveria
realizar atividade física?

Se você respondeu NÃO honestamente para TODAS as questões do PAR-Q,


pode ficar razoavelmente tranqüilo de que pode:

1. Iniciar um programa de exercícios gradativos


2. Tomar parte em uma avaliação de aptidão

Entretanto, se você sofre de uma pequena enfermidade (ex. resfriado) deve


adiar a atividade.

Se você respondeu SIM para uma ou mais questões do PAR-Q, você deve
consultar seu medico, caso não tenha o feito recentemente, antes de iniciar um
programa de exercícios e/ou de ser submetido a uma avaliação da aptidão.

2.2. IPAQ versão 6 (curta)

QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL - DE ATIVIDADE FÍSICA (versão 6)

Extraído de Pardini et al., Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v.9,


n.3, p.45-51, 2001.

Nós queremos saber quanto tempo você gasta fazendo atividade física em
uma semana NORMAL. Por favor responda cada questão mesmo que
considere que não seja ativo. Para responder considere as atividades como
meio de transporte, no trabalho, exercício e esporte.

1a. Em quantos dias de uma semana normal, você realiza atividades LEVES ou
MODERADAS por pelo menos 10 minutos, que façam você suar POUCO ou
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aumentam LEVEMENTE sua respiração ou batimentos do coração, como nadar,


pedalar ou varrer:
(a) _____ dias por SEMANA
(b) Não quero responder
(c) Não sei responder

1b. Nos dias em que você faz este tipo de atividade, quanto tempo você gasta
fazendo essas atividades POR DIA?
(a)_____ horas _____ minutos
(b) Não quero responder
(c) Não sei responder

2a . Em quantos dias de uma semana normal, você realiza atividades VIGOROSAS


por pelo menos 10 minutos , que façam você suar BASTANTE ou aumentem
MUITO sua respiração ou batimentos do coração, como correr e nadar rápido ou
fazer jogging:
(a) _____ dias por SEMANA
(b) Não quero responder
(c) Não sei responder

2b. Nos dias que você faz este tipo de atividades quanto tempo você gasta fazendo
essas atividades POR DIA?
(a)_____ horas _____ minutos
(b) Não quero responder
(c) Não sei responder

ATIVIDADE FÍSICA NO TRABALHO


1a.Atualmente você trabalha ou faz trabalho voluntário fora de sua casa?
Sim ( ) Não ( )

1b. Quantos dias de uma semana normal você trabalha?


______ dias

Durante um dia normal de trabalho, quanto tempo você gasta:

1c . Andando rápido:_____ horas______ minutos

1d. Fazendo atividades de esforço moderado como subir


escadas ou carregar pesos leves: ____ horas____ minutos

1e. Fazendo atividades vigorosas como trabalho de construção


pesada ou trabalhar com enxada, escavar:
___ horas_____ minutos

ATIVIDADE FÍSICA EM CASA


Agora, pensando em todas as atividades que você tem feito em casa durante uma
semana normal:
2a . Em quantos dias de uma semana normal você faz atividades
dentro da sua casa por pelo menos 10 minutos de
esforço moderado como aspirar, varrer ou esfregar:
(a) _____ dias por SEMANA
(b) Não quero responder
(c) Não sei responder

2b. Nos dias que você faz este tipo de atividades quanto tempo você gasta fazendo
essas atividades POR DIA?
_______ horas _____ minutos
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2c. Em quantos dias de uma semana normal você faz atividades no jardim ou
quintal por pelo menos 10 minutos de esforço moderado como varrer, rastelar,
podar:
(a) _____ dias por SEMANA
(b) Não quero responder
(c) Não sei responder

2d. Nos dias que você faz este tipo de atividades quanto tempo você gasta POR
DIA?
_______ horas _____ minutos

2e. Em quantos dias de uma semana normal você faz atividades no jardim ou
quintal por pelo menos 10 minutos de esforço vigoroso ou forte como carpir, arar,
lavar o quintal:
(a) _____ dias por SEMANA
(b) Não quero responder
(c) Não sei responder

2f. Nos dias que você faz este tipo de atividades quanto tempo você gasta POR
DIA?
_______ horas _____ minutos

ATIVIDADE FÍSICA COMO MEIO DE TRANSPORTE


Agora pense em relação a caminhar ou pedalar para ir de um lugar a outro em uma
semana normal.
3a. Em quantos dias de uma semana normal você caminha de forma rápida por
pelo menos 10 minutos para ir de um lugar para outro? (Não inclua as caminhadas
por prazer ou exercício)
(a) _____ dias por SEMANA
(b) Não quero responder
(c) Não sei responder

3b. Nos dias que você caminha para ir de um lugar para outro quanto tempo POR
DIA você gasta caminhando?
(Não inclua as caminhadas por prazer ou exercício)
_______ horas _____ minutos

3c. Em quantos dias de uma semana normal você pedala rápido por pelo menos 10
minutos para ir de um lugar para outro? (Não inclua o pedalar por prazer ou
exercício)
(a) _____ dias por SEMANA
(b) Não quero responder
(c) Não sei responder
3d. Nos dias que você pedala para ir de um lugar para outro quanto tempo POR
DIA você gasta pedalando? (Não inclua o pedalar por prazer ou exercício)
_______ horas _____ minutos

3. Avaliação da Composição Corporal


A análise da composição corporal é a quantificação dos principais
componentes estruturais do corpo humano. O tamanho e a forma corporais são
determinados basicamente pela carga genética e formam a base sobre a qual são
dispostos, em proporções variadas, os três maiores componentes estruturais do
corpo humano: osso, músculo e gordura. Esses componentes são também as
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maiores causas da variação da massa corporal (MALINA, 1969). Veja abaixo alguns
modelos de distribuição das massas corporais de um sujeito.

3.1. IMC
O IMC (índice de massa corporal) nos dá uma idéia aproximada da
composição corporal do indivíduo em razão da massa distribuída pela área corporal.
É uma medida de fácil aquisição e adequada para a grande maioria da população
sedentária ou moderadamente ativa. Indivíduos com massa muscular acima da
média podem apresentar resultados que não refletem a realidade. As tabelas
abaixo apresentam os valores normais a serem identificados na população normal.
O IMC é obtido pela divisão do valor da massa corporal total (em kg) pelo quadrado
da altura (em metros).

3.2. RCQ
O RCQ (relação cintura/quadril) nos dá um referencia sobre os depósitos de
gordura na região do abdomen e cintura pélvica. Esse depósito de gordura se
configura um dos mais problemáticos em relação à saúde do indivíduo, pois tem
uma relação direta com os depósitos intra-abdominais e vicerais de gordura. O RCQ
é obtido com a divisão da medida da circunferência da cintura na altura da cicatriz
umbilical pela medida da circunferência da medida do quadril na maior
proeminência da musculatura do glúteo máximo (ambas as medidas em
centímetros).
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3.3. Perimetria
A perimetria se ocupa em medir o perímetro (circunferência) de diversos
pontos anatômicos e pode ter inúmeras aplicações, como o desenvolvimento de
vestuário, equipamentos, determinação da composição corporal entre outros.
Uma das fórmulas utilizadas para a determinação da composição da
composição corporal a partir de uma medida de perímetro, neste caso abdominal,
foi determinada por Weltman e colaboradores. As medidas necessárias para a
determinação da composição corporal dos homens é a circunferência abdominal
(aferida em centímetros na altura da cicatriz umbilical) e a massa corporal total
(em kg). Nas mulheres, além dessas medidas é utilizada a altura total do sujeito
(em centímetros). Abaixo estão descritas as fórmulas:

Homens:
%G = 0,31457 (Abd) – 0,10969 (P) + 10,8336

Mulheres:
%G = 0,11077 (Abd) – 0,17666 (A) + 0,14354 (P) + 5,103301

Abd – Circunferência abdominal


A – Altura em m
P – Peso em kg

3.4. Dobras Cutâneas


Por volta de 1930 um compasso de espessura foi usado para se medir
gordura subcutânea em alguns locais do corpo humano, com relativa precisão
(Katch & McArdle, 1996). A partir daí diversos estudos foram desenvolvidos para se
determinar a melhor técnica para a medição da espessura das dobras e a melhor e
mais precisa fórmula para sua determinação.
A medição indireta da espessura do tecido adiposo subcutâneo se baseia em
alguns pressupostos: a) a dobra cutânea é uma boa medida da gordura
subcutânea, b) a distribuição de gordura subcutânea e interna é igual para todos e
c) a soma de dobras pode ser utilizada para estimar a gordura total.
Existem vários modelos de equipamentos para realizar essa medida e podem
ser chamados de plicômetros, compasso de dobras ou adipômetros (figuras
abaixo).
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Entretanto, para que as medições sejam corretas, alguns cuidados devem


ser tomados durante a medição das dobras:
a) por protocolo tomar todas as medidas do lado direito do corpo;
b) cuidadosamente identificar, medir e marcar o local da dobra cutânea,
especialmente tratando-se de um avaliador novato;
c) segurar firmemente a dobra cutânea entre o polegar e o indicador da mão
esquerda. A dobra é destacada 1 cm acima do local a ser medido;
d) destacar a dobra, colocando o polegar e o indicador a uma distância de 8 cm, em
uma linha perpendicular ao eixo longo da dobra. O eixo longo é paralelo em relação
às linhas naturais da pele. Entretanto, para indivíduos com dobras cutâneas
extremamente grandes, o polegar e o indicador precisarão se separar por mais de 8
cm para que se consiga destacá-la;
e) manter a dobra pressionada enquanto a medida é realizada;
f) colocar as hastes do adipômetro perpendiculares à dobra, aproximadamente 1
cm abaixo do polegar o do indicador, e soltar pressão das hastes lentamente
g) tomar as medições das dobras 2 segundos após a pressão ter sido aplicada;
h) afastar as hastes do adipômetro para remove-lo do local. Fechar as hastes
lentamente para prevenir danos ou perda de calibragem

As descrições abaixo indicam a correta determinação dos pontos anatômicos


e o correto posicionamento do compasso para medição das dobras cutâneas.
Algumas das dobras abaixo pode possuir mais de uma forma de determinar sua
localização, geralmente a partir de outros referenciais anatômicos.

SUBESCAPULAR: Dobra ao longo da linha natural da pele, logo abaixo do ângulo


inferior da escápula com o apidômetro aplicado a 1 cm abaixo dos dedos
TRICIPITAL: Destacada no ponto médio entre o processo acromial e o processo
do olécrano da ulna
BICIPITAL: Destacada sobre o ventre do bíceps ao nível da marcação para o
tríceps.
PEITORAL: Dobra destacada entre a prega axilar anterior e o mamilo, medida 1
cm abaixo dos dedos
AXILAR MÉDIA: Destacada na linha média axilar ao nível da junção xifo-esternal
SUPRAILÍACA: Destacada posteriormente à linha à linha média axilar e sobre a
crista ilíaca, ao longo da linha natural da pele
ABDOMINAL: Dobra destadada a 3 cm lateral mente e 1 cm abaixo da cicatriz
umbilical (vertical ou horizontal)
COXA MEDIAL: Ponto média entre a linha inguinal e a borda proximal da patela. O
peso do corpo é transferido para o pé esquerdo
PANTURRILHA: Destacada ao nível da circunferência máxima da panturrilha, no
aspecto medial, com o joelho flexionado a 90º.
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3.4.1. Fórmulas Para Predição do Percentual de


Gordura à Partir das Dobras Cutâneas

3.4.1.1. Pollock (3 dobras)


Dobras = Tríceps + Supra-ilíaca + Coxa (Colocar a idade em anos)

Fórmula:
((4,95/Densidade Corporal)-4,5)x100

Densidade Corporal Feminina:


(1,0994921-(0,0009929 x Dobras))+(0,0000023 x (Dobras)2)-(0,0001393 x idade)
Densidade Corporal Masculina:
(1,10938-(0,0008267 x Dobras))+ (0,0000016 x (Dobras)2)-(0,0002574 x idade)

3.4.1.2. Faulkner (4 dobras)


Dobras = Tríceps + Subescapular + Supra-ilíaca + Abdominal

Fórmula:
(Dobras) x 0,153 + 5,783

3.4.1.3. Siri e Brozeck (4 dobras)


Dobras utilizadas = Tríceps + Subescapular + Abdominal + Coxa (Colocar a idade
em anos)

Fórmula Feminina:
(0,29669 x Dobras) – (0,00043 x Dobras2) + (0,02963 x idade) + 1,4072
Fórmula Masculina:
(0,29288 x Dobras) – (0,0005 x Dobras2) + (0,15845 x idade) – 5,76377

3.4.1.4. Yuhanz (6 dobras)


Dobras utilizadas = Tríceps + Subescapular + Supra-ilíaca + Abdominal + Peito +
Coxa

Fórmula Feminina:
(4,56 + Dobras) x 0,143
Fórmula Masculina:
(3,64 + Dobras) x 0,097

3.4.1.5. Pollock 7 dobras


Dobras utilizadas = Tríceps + Subescapular + Supra-ilíaca + Abdominal + Axilar
Média + Peito + Coxa

Fórmula:
((4,95/Densidade Corporal)-4,5)x100

Densidade Corporal Feminina:


(1,097-(0,0004697 x Dobras))+(0,00000056 x (Dobras)2-(0,00012828 x idade)
Densidade Corporal Masculina:
(1,112-(0,00043499 x Dobras)) + (0,00000055 x (Dobras)2-(0,00012882 x idade)
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3.5. Pesagem Hidrostática

O termo densitometria refere-se ao procedimento de se estimar a


composição corporal através da densidade corporal. A densidade do corpo humano
(Dc) como em qualquer material é equivalente à razão de sua massa e volume:
Dc=Massa / Volume.

3.6. Bioimpedância
A bioimpedância baseia-se na analise da estimativa da composição corporal
através da condutibilidade e da resistência promovida pelos diversos tecidos
corporais a variação da freqüência da corrente elétrica.
O formato do corpo humano assemelha-se a um cilindro com comprimento e
área de secção transversal uniformes. Partindo do pressuposto que o corpo seja um
cilindro perfeito, o fluxo de corrente através do corpo é diretamente proporcional ao
comprimento do condutor e inversamente proporcional a sua secção transversal.
Tecidos que contenha mais água e eletrólitos como o fluido cérebro-espinhal,
sangue, músculos, são altos condutores elétricos, contudo gordura, ossos, e o ar
que preenche alguns espaços do corpo (pulmão) são de alta resistência à corrente
elétrica.
A condutibilidade dos tecidos biológicos é praticamente iônica, ou seja, as
cargas elétricas são transferidas pela ionização dos sais, bases, ácidos dissolvidos
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no fluido corporal. Portanto a condutibilidade biológica é diretamente proporcional a


quantidade do volume de fluido corporal.

Cuidados para a realização da medição da composição corporal utilizando


técnica de bioimpedância:
a) Manter-se em jejum pelo menos nas 4 horas que antecedem o teste;
b) Não realizar atividades físicas extenuantes nas 24 horas anteriores ao teste;
c) Urinar pelo menos 30 minutos antes do teste;
d) Não ingerir bebidas alcoólicas nas 48 horas anteriores ao teste;
e) Não utilizar medicamentos diuréticos nos 7 dias que antecedem o teste;
f) Permanecer, pelo menos, 5 a 10 minutos deitado em decúbito dorsal, em total
repouso antes da execução do teste.
(Heyward & Stolarczyk, 2000; Costa, 2001)

Vantagens da utilização da bioimpedância na determinação da composição


corporal:
a) Não requer um alto grau de habilidade do avaliador;
b) É confortável e não-invasiva;
c) Pode ser utilizada na avaliação da composição corporal de indivíduos obesos;
d) Possui equações específicas a diferentes grupos populacionais;
(Heyward & Stolarczyk, 2000; Costa, 2001)

Desvantagens da utilização da bioimpedância na determinação da


composição corporal:
a) Depende de grande colaboração por parte do avaliado;
b) Apresenta custo mais elevado que a outras técnicas duplamente indiretas;
c) É altamente influenciado pelo estado de hidratação do avaliado;
d) Nem sempre os equipamentos dispõem das equações adequadas aos indivíduos
que pretendemos avaliar;
(Heyward & Stolarczyk, 2000; Costa, 2001)
 

4. Avaliação da Capacidade Flexível

4.1. Flexiteste proposto por Pável e Araújo


Sem realizar aquecimento, execute o protocolo procurando avaliar a
flexibilidade articular, de forma passiva máxima, através de 08 movimentos, no
lado direito do corpo, nas articulações do quadril, tronco e ombro, onde o avaliador
deve movimentar o segmento avaliado até o seu limite, comparando-o
seguidamente o grau de amplitude de movimento ao gabarito de avaliação, dando
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o conceito relativo ao movimento que mais se aproxima do gabarito. Cada


movimento é retratado em gradações que variam de 0 a 4, perfazendo um total de
cinco valores possíveis de classificação. Somente números inteiros podem ser
atribuídos aos resultados, de forma que as amplitudes de movimentos
intermediários entre duas gradações são sempre consideradas pelo valor inferior.
Recomenda-se que os movimentos sejam feitos lentamente a partir da
posição demonstrada no desenho (usualmente 0), indo até o ponto de
aparecimento de dor ou grande restrição mecânica do movimento.
Obs: a seguir temos uma breve descrição dos movimentos articulares do flexiteste
adaptado.

4.1.1. Flexão do Quadril


Avaliado: deitado em decúbito dorsal, com os braços colocados naturalmente
acima da cabeça, perna esquerda estendida e direita flexionada, tentando colocar a
coxa sobre o tórax.
Avaliador: em pé, usando sua mão direita para manter o joelho esquerdo do
avaliado estendido e com a mão esquerda colocada no terço proximal anterior da
perna direita. Executando a flexão do quadril direito do avaliado.
Observação: em alguns casos pode ser necessário que o avaliador se aproveite do
peso do seu corpo para conseguir a amplitude máxima do movimento, usando para
isso as duas mãos sobre a perna direita do avaliado e o seu joelho direito para
manter a perna esquerda do avaliado estendida. Para alcançar as amplitudes
correspondentes aos valores 3 e 4 é preciso executar uma pequena abdução do
quadril do avaliado. É muito importante evitar que haja rotação do quadril, o que
pode ser detectado pela perda de contato entre a nádega esquerda e o solo.

4.1.2. Extensão do quadril


Avaliado: deitado em decúbito ventral, com os braços estendidos naturalmente à
frente do corpo e com o joelho direito fletido.
Avaliador: posicionado lateralmente ao avaliado, agachado ou ajoelhado
executando a extensão do quadril direito do mesmo, colocando sua mão esquerda
por baixo do joelho direito, e a direita de modo a empurrar a crista ilíaca direita do
avaliado contra o solo.
Observação: a parte mais difícil deste movimento é manter a espinha antero-
superior da crista ilíaca em contato com o solo. Não se considera a posição do pé
no julgamento. É útil pedir ao avaliado que inicie o movimento, o que diminui a
necessidade de emprego de força por parte do avaliado.

4.1.3. Abdução do quadril


Avaliado: deitado em decúbito lateral esquerdo, mantendo os braços estendidos
naturalmente acima da cabeça. A perna esquerda deve estar totalmente estendida
semi-fletida, fazendo um ângulo reto entre a coxa e a perna, mantendo ainda o pé
em uma posição natural.
Avaliador: ajoelhado, tendo o corpo do avaliado entre suas pernas, executando o
movimento de abdução do quadril direito. A sua mão direita é colocada na parte
distal da perna e a esquerda indiferentemente no terço distal da coxa ou no terço
proximal da perna direita do avaliado.
Observação: para alcançar os valores 3 e 4 é preciso que o avaliador recline um
pouco o seu tronco, de modo a não limitar a a amplitude. É muito importante não
permitir qualquer rotação do quadril neste movimento. O ângulo reto entre o tronco
e a coxa direita corresponde ao valor 3.

4.1.4. Flexão do tronco


Avaliado: deitado em decúbito dorsal, com os quadris encostados a uma parede e
as pernas completamente estendidas, assumindo uma ângulo reto com o tronco. As
mãos devem estar entrelaçadas na altura da nuca.
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Avaliador: ajoelhado por trás do avaliado, com suas mãos nas suas costas,
executando a flexão do tronco.
Observação: é conveniente que o avaliado inicie o movimento, de modo a diminuir
o emprego de força pelo avaliador. Também é melhor o avaliador colocar suas
mãos supinadas na região escapular e no oco axilar do avaliado. E extremamente
importante encostar bem as nádegas na parede, assim como evitar a flexão dos
joelhos. Quando apenas deslocar-se do solo a coluna cervical temos o valor 1; para
a lombar 3 e com a superposição completa entre tórax e coxas, 4. no caso em que
o avaliado sequer assuma a posição inicial, atribuímos o valor 0.

4.1.5. Flexão lateral do tronco


Avaliado: deitado em decúbito ventral, com ambas as pernas estendidas e as
mãos entrelaçadas na nuca.
Avaliador: a mesma do movimento anterior, exceto que para facilitar a flexão é
desejável que sua mão direita seja colocada no braço direito do avaliado.
Observação: tal como nos outros movimentos do tronco o avaliado deverá iniciar
o movimento. É também válido orientar-se pela linha da coluna quando executar o
movimento de indivíduos com as costas descobertas. O movimento deverá ser
realizado sem que o avaliado execute simultaneamente uma extensão da coluna,
isto é, mantendo o tórax rente ao solo.

4.1.6. Extensão + Adução posterior do ombro


Avaliado: deitado em decúbito ventral, com as pernas estendidas e os braços
abduzidos e estendidos, com as palmas das mãos voltadas para o solo.
Avaliador: a mesma do movimento anterior, segurando com suas mãos as palmas
das mãos do avaliado e executando o movimento.
Observação: quando existe um ângulo reto entre os braços e o corpo do avaliado,
temos o valor 2. quando há superposição dos punhos, 3 de cotovelos, 4.

4.1.7. Adução posterior à partir da abdução de 180°


no ombro
Avaliado: em pé, com o tórax colocado contra uma parede e o braço direito em
adução posterior a partir da abdução de 180° no ombro.
Avaliador: em pé, atrás do avaliado, apoiando o tórax deste contra a parede com
sua mão esquerda e executando o movimento com a direita.
Observação: quando o braço direito do avaliado está paralelo ao eixo longitudinal
do seu corpo temos o valor 1, e quando o cotovelo direito se encontra sobre a linha
mediana do corpo, o valor 2.

4.1.8. Extensão posterior do ombro


Avaliado: a mesma do movimento extensão+adução posterior do ombro, mas os
braços não são abduzidos.
Avaliador: a mesma do movimento extensão+adução posterior do ombro,
podendo segurar as mãos ou o terço distal dos antebraços do avaliado.
Observação: para iniciar o movimento o avaliador deve assumir a posição
equivalente ao zero, com os braços do avaliado sem qualquer abdução. É
aconselhável realizar este movimento de modo especialmente lento, reduzindo
assim o risco de luxação acidental.
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4.1.9. Normas de classificação


Pontuação Classificação

< 09 Nível de flexibilidade, muito pequeno (ancilose)

09 - 12 Nível de flexibilidade, pequeno

13 - 16 Nível de flexibilidade, médio negativo

17 - 20 Nível de flexibilidade, médio positivo

21 - 24 Nível de flexibilidade, grande

> 24 Nível de flexibilidade, muito grande (hipermobilidade)


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4.2. Teste de Thomaz (artigo SARRAF et al.)


MÉTODO DE QUANTIFICAÇÃO EM GRAUS PARA PROVAS SUBJETIVAS DE
ENCURTAMENTOS MÚSCULARES DOS FLEXORES DO QUADRIL UNI E
BIARTICULARES

Thiago Augusto Sarraf, Valério Henrique Dezan, Julimar Luis Pereira, André
Rodacki
Universidade Federal do Paraná/Departamento de Educação Física do Setor de
Ciências Biológicas

RESUMO
O encurtamento dos músculos dos flexores de quadril pode resultar emdesordens
na coluna e lombalgias. A verificação deste se torna fundamental para intervenções
preventivas ou prognóstico da terapia. Este estudo possui a finalidade de
desenvolver uma metodologia para quantificar de modo objetivo o comprimento
muscular dos flexores de quadril uni e bi articulares. Por meio de fotometria
durante o teste de Thomas quantificou-se em graus o comprimento muscular dos
flexores e quadril uni e biarticulares. O comprimento dos músculos neste estudo
foram quantificados em graus através da ferramenta “dimensão angular” do
programa Corel Draw 9. Através da metodologia apresentada neste estudo, foi
proposta uma avaliação mais apurada do comprimento muscular dos flexores de
quadril.
Palavras-chave: Flexores do quadril; Encurtamentos musculares; Postura;
Fotometria.

INTRODUÇÃO
A postura física resulta da interação de todas as articulações do corpo (Kendall et
al, 1995), associada com atitudes psicológicas, culturais e ambientais (Rasch,
1989). Uma postura eficiente se caracteriza por um estado de equilíbrio dos
seguimentos corporais, refletindo em uma quantidade mínima de esforço com uma
máxima sustentação (McGraw,1952). O encurtamento muscular dos flexores de
quadril uni e/ou bi articulares podem resultar em alterações nas curvaturas
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fisiológicas da coluna vertebral, implicando em uma postura defeituosa (Kendall et


al, 1995), conduzindo a sérios prejuízos para a saúde destes indivíduos (Pollock &
Willmore, 1993). Este estudo possui a finalidade de desenvolver uma metodologia
para quantificar de modo objetivo o comprimento muscular dos flexores de quadril
uni e bi articulares.

MATERIAIS
Para a demarcação dos pontos anatômicos especificados foram utilizadas etiquetas
brancas autoadesivas redondas de 13 mm de diâmetro. As fotos foram realizadas a
partir de uma câmera digital OLYMPUS CAMEDIA MASTER, de 1,3 milhões de pixels.
Foi empregado um flexímetro, (instrumento que fixado ao corpo, quantifica em
graus a mobilidade de uma articulação) para verificação da perna não avaliada.

MÉTODOS
Foram posicionadas sobre a pele dos indivíduos etiquetas em oito pontos
anatômicos empregados para aferição a partir de um goniômetro, em pontos
anatômicos, citados para aferição utilizando-se de um goniômetro: duas sobre os
trocanteres maiores do fêmur: duas sobre os epicôndilos medial e lateral do fêmur
e duas sobre os maléolos laterais do tornozelo (Noekin, 1997). Os indivíduos devem
estar vestidos de forma que se obtenha a visualização das etiquetas. O avaliado
deve deitar-se em posição de decúbito dorsal sobre a mesa, com a região da coxa
posterior tocando a mesa e os joelhos exatamente na borda desta, caracterizando a
posição inicial (PI). Deve-se posicionar um flexímetro (Achour Jr., 1997) na coxa
não avaliada, para quantificar a angulação da flexão do quadril com o joelho fletido.
O indivíduo deve trazer a coxa não avaliada em direção ao tronco com o joelho
fletido, em 125 graus, mantendo a coxa avaliada em repouso, caracterizando como
posição final (PF). Segundo Kendall (1995), 125º representa a flexão normal do
quadril com os joelhos fletidos, sendo verificado encurtamentos musculares de
flexores de quadril caso ocorra algum tipo de compensação na perna oposta. A
câmera foi posicionada na altura do plano onde se encontra em decúbito dorsal o
indivíduo, e a uma distância de 1,75 m, estando o foco principal apontado para o
epicôndilo lateral do fêmur da perna avaliada. Foram retiradas fotos na PI e PF.
Para a avaliação do comprimento muscular dos flexores do quadril biarticulares
(FQB), Kendall (1995), parte da posição anatômica de 180 graus, considerando o
comprimento normal no teste de Thomas a angulação de 100° da fle xão de joelho.
(Fig. 1). Para a avaliação dos flexores do quadril uniarticares (FQU), definimos a
posição anatômica como 0°.

Fig 1 - Indivíduo com comprimento normal dos flexores do quadril


uni e bi-articulares. Nota-se que o flexímetro deve estar a 125 graus.

ANÁLISE DOS RESULTADOS ENCONTRADOS


Os ângulos foram avaliados a partir do movimento realizado em plano coronal
através da ferramenta “dimensão angular” do programa Corel Draw 9. Para o
cálculo do ângulo da amplitude de comprimento muscular (ACM) dos músculos FQB,
utiliza-se como ponto fixo o epicôndilo lateral do fêmur (ELF). O ângulo formado
pelos pontos maléolo lateral (ML) e trocânter femoral (TF) nos fornece a ACM
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destes músculos. O valor do ângulo obtido na PI é subtraído de 100 graus, para


verificar se o indivíduo já parte de um possível encurtamento muscular. Subtrai-se
do valor angular final 100 graus, para se quantificar o encurtamento muscular dos
músculos flexores do quadril bi-articulares. Acaso o resultado da subtração seja
positivo, o valor encontrado é a quantidade em graus do encurtamento muscular
(fig. 2).

Fig. 2 – O indivíduo mostra uma amplitude de 150 º, que representa um


encurtamento de flexores do quadril biarticular de 50 º.

Para o cálculo de comprimento dos músculos FQU, é traçada uma linha


perpendicular (LP) a mesa que passando pelo TM, sendo este o eixo do ângulo. O
angulação inicial é aquele obtido entre o ELF e a LP na posição inicial. Na posição
final se utiliza os mesmos pontos para obtenção do ângulo de encurtamento. A
partir do momento que o EL passa acima da LP, somam-se os dois valores
encontrados na PI e PF, para fornecer os graus do possível encurtamento muscular
dos FQU (fig. 3). Quando o EL não passa pela LP, o valor da PF deve ser subtraído
da PI para que se obtenha os graus de encurtamento.

Fig. 3 - Indivíduo com encurtamento de flexores do quadril uni e


biarticularesarticulares da perna direita. Foi quantificado nos flexores
de quadril uniarticular um encurtamento de 8º na posição final.

Fig. 4- exemplo da fotometria com indivíduo em posição final,


com flexímetro e demarcações posicionadas.

DISCUSSÃO
Indivíduos que possuem encurtamentos musculares dos flexores de quadril podem
apresentar desordens na coluna, devido as possíveis alterações nas curvaturas
fisiológicas, e maior sobrecargas nas estruturas lombares (Pollock & Willmore,
1993). Tradicionalmente para avaliar o comprimento muscular destes músculos,
utiliza-se o teste de Thomas, descrito por Kendall (1995). Estas provas consistem
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em um julgamento subjetivo do comprimento muscular em: normal, excessivo ou


encurtado(leve, moderado, acentuado), durante a realização de movimentos
passivos ou ativos-assistidos, que aumentam a distância entre as origens e
inserções dos músculos. Este teste parte do princípio da insuficiência passiva, na
qual afirma que os músculos biarticulares limitam sua amplitude articular completa
quando são alongados nas duas articulações simultaneamente (lynn Petter, 1996),
podendo apenas realizar seu movimento em aproximadamente 80% (Kendall,
1995). Em decorrência deste teste apresentar um caráter subjetivo, pode estar
mais sujeito a erros inter e intra-avaliador, além de possuir uma classificação
limitada e pouco precisa.

CONCLUSÃO
Através da metodologia apresentada neste estudo, foi proposta uma avaliação mais
apurada do comprimento muscular dos flexores de quadril, possibilitando uma
verificação da condição inicial e um o acompanhamento do prognóstico do
tratamento ou treinamento de forma mais satisfatória, quando envolvendo estes
grupos musculares.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACHOUR, A. J. Bases para Exercícios de Alongamento Relacionados com a
Saúde e no Desempenho Atlético. Londrina: Midiograf, 1996.
ACHOUR, A. J. Avaliando a Flexibilidade: Fleximeter. Londrina: Midiograf,
1997.
ALTER, M. J. Science of flexibility. United States of America: Human Kinetics,
1996
HOPPENFELD, S. Propedêutica Ortopédica: Coluna e Extremidades. São Paulo:
Atheneu, 1999.
KENDALL, F. P.; McCREARY, E. K.; PROVANCE, P. G. Músculos Provas e Funções.
São Paulo: Manole, 1995.
POLLOCK M. L.; WILMORE J. H. Exercício na Saúde e na Doença: Avaliação e
prescrição para prevenção e reabilitação. Rio de Janeiro: Medsi, 1993.
RASCH, F. J. Cinesiologia e Anatomia Aplicada. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1991.
NOEKIN, C.C., WHITE, D. J. Medida do movimento articular. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1997.

 
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4.3. Banco de Wells


Objetivo
Medir a flexibilidade do quadril, dorso e músculos posteriores dos membros
inferiores. O teste pode ser aplicado em pessoas de 6 anos até a idade universitária
(ao redor dos 35 anos), de ambos os sexos.

Protocolo
Não existe aquecimento prévio ao teste. Assumir a posição sentada, pés afastados
na largura do quadril, joelhos completamente estendidos. Os pés devem estar
apoiados completamente no banco e o banco apoiado em sua extremidade
posterior em uma parede para não haver nenhum tipo de movimentação. Com um
movimento único, lento e contínuo, estender os braços sobre a cabeça e em
seguida sobre a régua na parte superior do banco até o ponto máximo alcançado. A
posição deve ser sustentada por um período de 2 segundos. O indivíduo tem 3
tentativas e é computado o maior valor alcançado.

Idade-Anos 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69


Sexo M/F M/F M/F M/F M/F M/F
Excelente >39 >43 >40 >41 >38 >41 >35 >38 >35 >39 >33 >35
34-38 34-39 33-37 29-34 28-34 25-32
Ac. media
38-42 37-40 36-40 34-37 33-38 31-34
29-33 30-33 28-32 24-28 24-27 20-24
Média
34-37 33-36 32-35 30-33 30-32 27-30
24-28 25-29 23-27 18-23 16-23 15-19
Ba. média
29-33 28-32 27-31 25-29 25-29 23-26
Ruim <23 >28 <24 <27 <22 <26 <17 <24 <15 <24 <14 <23

5. Avaliação da Potência Muscular


 

5.1. Impulsão Vertical


Objetivo
Mensurar a potência de explosão (potência anaeróbia de pico) dos membros
inferiores. Características fisiológicas: teste anaeróbio alático (predomínio do
metabolismo anaeróbio alático). Recrutamento de fibras rápidas.

Protocolo
Determinar a massa corporal do avaliado;
Aquecimentos com duração de 3 a 5 minutos;
Determinação da posição de salto a ser utilizada;
Passar giz nos dedos e anotar a altura máxima alcançada pela mão com os
calcanhares no solo;
Saltar e tocar os dedos na parede milimetrada;
São permitidas 3 repetições do salto (respeitando a posição escolhida);
O maior salto é anotado como sendo a impulsão vertical (IV).

Cálculos
Potência anaeróbia
A potência pode ser determinada através do cálculo abaixo:
PAn (W) = 21,67. MC kg . IV(m)
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Classificação:
Percentil 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Masculino
9-11 anos 40.64 38.10 35.56 30.48 27.94 25.40 22.86 17.78 10.16 5.08
12-14 anos 50.80 45.72 43.18 40.64 35.56 33.02 27.94 22.86 12.70 5.08
15-17 anos 63.50 60.96 58.42 53.34 48.26 40.64 30.48 20.32 12.70 5.08
18-34 anos 66.04 63.50 60.96 58.42 48.26 40.64 33.02 22.86 20.32 5.08
Feminino
9-11 anos 40.64 38.10 35.56 30.48 27.94 25.40 22.86 17.78 10.16 5.08
12-14 anos 40.64 38.10 35.56 33.02 30.48 27.94 25.40 20.32 10.16 5.08
15-17 anos 43.18 40.64 38.10 35.56 33.02 27.94 20.32 15.24 7.62 5.08
18-34 anos 35.56 33.02 33.02 30.48 25.40 20.32 15.24 10.16 5.08 2.54

5.2. Impulsão Horizontal


Objetivo
Avaliação da potência anaeróbica (sistema ATP-PC) de MMII.

Protocolo
Salto realizado em terreno plano, a partir de uma linha pré-demarcada, sendo
permitido o livre balanço dos MMSS.

Classificação (Rocha e Caldas, 1978)

Classificação Resultados
Fraco <2,30m
Regular 2,30 – 2,49
Bom 2,49 – 2,69
Muito Bom 2,70 – 2,89
Excelente > 2,89

Classificação (Lancetta, 1978)

Sexo Idade Excelente M.Bom Bom Regular Fraco


M 11-12 2,10 + 2,09-2,00 1,99-1,90 1,89-1,80 1,79-
M 13-14 2,46+ 2,45-2,32 2,31-2,21 2,20-2,07 2,06-
M 15-16 2,71+ 2,70-2,57 2,56-2,43 2,42-2,29 2,28-
F 11-12 2,02+ 2,01-1,94 1,93-1,86 1,85-1,78 1,77-
F 13-14 2,06+ 2,07-1,96 1,95-1,88 1,87-1,83 1,82-
F 15-16 2,23+ 2,12-2,06 2,05-1,99 1,98-1,92 1,91-

5.3. Arremesso de Medicine Ball


Objetivo
Avaliação da potência anaeróbica (sistema ATP-PC) de MMSS.

Protocolo
Sentado em uma cadeira, com as costas presas no encosto por meio de uma corda,
efetuar o lançamento de uma bola de 3kg apenas usando a força dos braços.
Marcar a distância do primeiro toque da bola no solo.

Classificação (Johnson e Nelson, 1979)


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Sexo Masculino Sexo Feminino


Resultados (cm) Nível de Performance Resultados (cm)

763+ Avançado 428+


611-762 Intermediário Avançado 367-427
367-610 Intermediário 214-366
275-366 Iniciante avançado 123-213
274- Iniciante 122-

6. Determinação do Limiar Anaeróbico

6.1. RAST
O teste anaeróbio de corrida de velocidade de distância curta (RAST) foi
desenvolvido na Universidade de Wolverhampton ( Reino Unido) para testar o
desempenho anaeróbio de atletas. O RAST é semelhante ao Wingate (teste
anaeróbio de 30 segundos no ciclo ergômetro (WANT). O teste proporciona aos
treinadores medidas de potência e índice de fadiga. O teste de Wingate é mais
específico para ciclistas enquanto que o RAST é um teste que pode ser usado com
atletas de várias modalidades de corridas.

Inicialmente deve-se pesar o indivíduo antes do teste. Empreende um aquecimento


de 10 minutos antes da sessão, com 5 minutos de recuperação. O teste
compreende 6 (seis) corridas máximas de 35 (trinta e cinco) com 10 segundos de
recuperação entre cada corrida. Deve-se registrar o tempo em segundos para cada
tiro de 35 metros de corrida.

A potência produzida para corrida de curta distância é calculada utilizando as


seguintes equações:

Velocidade: distância / tempo


Aceleração: velocidade / tempo
Força: peso x aceleração
Potência : força x velocidade

ou

2 3
Potência : peso x distancia m / tempo

onde tempo (3): tempo x tempo x tempo

O calculo da potência das seis corridas é então determinado:

Potência máxima: o valor mais alto


Potência mínima: o valor mais baixo
Potência média: soma de todos os seis valores de potência , dividido por 6
Índice de fadiga: (potência máxima – mínima ) / tempo total para as 6 corridas
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EXEMPLO

Peso de atleta: 76 quilogramas

Corridas de curta distância tempo (seg) Potência (watts)


1 4.52 1008
2 4.75 869
3 4.92 782
4 5.21 658
5 5.21 658
6 5.62 525

Potência máxima: 1008 watts


Potência mínima: 525 watts
Potência média: 736 watts
Índice de fadiga: (1008 – 525) = (483 / 30.48) = 15.8 watts / segundos

Potência máxima

É uma medida da potência mais alta produzida e provê informação sobre força
máxima de corrida em velocidade. As pesquisas variam de 1054 watts a 676 watts.

Potência mínima

É a mais baixa produção de potência alcançada e é usado para calcular o índice de


fadiga. As pesquisas variam de 674 watts a 319 watts.

Potência média

Dá indicação da habilidade do atleta para manter potência com o passar do tempo.


Quanto mais alto a contagem, melhor a habilidade do atleta em manter
desempenho anaeróbio.

Índice de fadiga

Indica a taxa de declínios da potência para o atleta. Quanto mais baixo o valor,
mais alta é a habilidade do atleta manter desempenho anaeróbio. Com um valor de
índice de fadiga alto o atleta pode precisar treinar a tolerância ao lactato.

6.2. Conconi
Fenômeno fisiológico descoberto pelo médico fisiologista Dr Francesco
Conconi (1980). Este percebeu que, dentro de um exercício progressivo, os
incrementos da freqüência cardíaca cresciam linearmente até um certo ponto,
depois disso havia uma deflexão desta linearidade. Este ponto foi denominado
Ponto de Deflexão da Frequência Cardíaca (PDFC), sendo originalmente
correlacionado com o limiar de lactato (Conconi et al., 1980). Atualmente a maioria
dos estudos preferem correlacioná-lo ao Máximo Lactato de Fase Estável (MSSLac)
(RIBEIRO, 1985).
Este teste tem por objetivo determinar o PDFC e, consequentemente,
estimar indiretamente o MSSLac.
Tem como característica fisiológica o metabolismo predominantemente
aeróbio, sendo um teste de esforço máximo.
Para administração do teste é necessária uma pista de 400m ou esteira
ergométrica. O avaliado deve ser instruído a percorrer várias voltas de 400m até a
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fadiga. A velocidade é aumentada em 0,5 km/h a cada 200m ou 400m. Costuma-se


optar por 400m para facilitar o controle do avaliador na tomada de tempo de cada
volta (Tabela 1). No caso da esteira ergométrica, a velocidade pode ser aumentada
a cada 200m ou 400m.

Tabela 1 – Tempo correspondente a cada incremento de velocidade por volta


e distância acumulada. (teste iniciado em 12km/h).

Vel Dist
Voltas Duração de cada volta (min)
(Km/h) Acumulada

1 12 2,00 ou 2'00" (60” 200m 30” 100m) 400


2 12,5 1,92 ou 1'55" (57” 200m 28,5” 100m) 800
4 13,5 1,78 ou 1'47" (53” 200m 26,5” 100m) 1600
5 14 1,71 ou 1'42" (51” 200m 25,5” 100m) 2000
6 14,5 1,66 ou 1'39" (49” 200m 24,5” 100m) 2400
7 15 1,60 ou 1'36" (48” 200m 24” 100m) 2800
8 15,5 1,55 ou 1'33" (46” 200m 23” 100m) 3200
9 16 1,50 ou 1'30" (45” 200m 22,5” 100m) 3600
10 16,5 1,45 ou 1'27" (43” 200m 21,5” 100m) 4000
11 17 1,41 ou 1'24" (42” 200m 21” 100m) 4400
12 17,5 1,37 ou 1'22" (41” 200m 20,5” 100m) 4800
13 18 1,33 ou 1'20" (40” 200m 20” 100m) 5200
14 18,5 1,30 ou 1'18" (39” 200m 19,5” 100m) 5600
15 19 1,26 ou 1'15" (37” 200m 18,5” 100m) 6000

A Freqüência cardíaca deve ser tomada durante todo o teste, os valores


considerados para o cálculo devem ser recordados nos últimos 50m de cada volta
ou nos últimos 15 segundos de cada estágio (calculando-se a média de cada
período).
Os valores devem ser plotados num gráfico onde no eixo das abscissas fica
estabelecida a velocidade e no das ordenadas a freqüência cardíaca (Figura 1). O
ponto onde a FC tender a não aumentar na mesma taxa da velocidade é
denominado PDFC.

Figura 1– Método visual de detecção do PDFC.


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7. 1-RM
 

7.1. 1-RM Carga Máxima

O objetivo do teste de 1RM é determinar a carga máxima possível para a


execução de uma repetição completa de determinado exercício em suas duas fases
(excêntrica e concêntrica). Existe certa polêmica quanto a aplicação do teste, pois
ele gera um grande estresse muscular localizado e somente deve ser aplicado em
pessoas adaptadas ao treinamento de força ou que pelo menos passaram por um
período de adaptação a este tipo de exercício.

Protocolo
O exercício onde a força muscular será avaliada deve ser escolhido. O
indivíduo realiza inicialmente um aquecimento geral, de preferência com exercícios
aeróbicos, por um período de 5 a 10 minutos. Esse aquecimento não precisa ser
necessariamente envolver o grupo muscular que será avaliado.
Logo após o aquecimento inicial, o indivíduo deve realizar um aquecimento
localizado, no exercício onde será efetuada a avaliação posterior. A carga utilizada
nas séries de aquecimentos (2 ou 3) não deve ultrapassar 50% da carga que será
inicialmente utilizada na primeira tentativa do teste.
Após o aquecimento específico, o indivíduo terá 3 tentativas para a
determinação da carga máxima, sendo que cada tentativa deverá respeitar um
intervalo de pelo menos 5 minutos para a recuperação das reservas de ATP
necessárias para a realização da atividade.
Na tentativa valida, o individuo deve conseguir executar uma repetição
completa, lenta, sem ajuda e numa grande amplitude articular. Caso o indivíduo
consiga realizar 2 ou mais repetições, o teste deve ser imediatamente interrompido
e uma nova carga colocada para a próxima tentativa. Caso uma repetição completa
não seja executada, o mesmo procedimento deverá ser tomado.
Caso após as 3 tentativas o valor de 1RM não consiga ser determinado (ex.:
nas três tentativas o sujeito executou 2 repetições) um intervalo de pelo menos
48hs deve ser observado para uma nova realização do teste.

7.2. 1-RM Predição Por Repetições


Além do teste de 1RM, existe outra forma de determinar qual a carga
máxima (agora de forma teórica) para a execução de determinado movimento.
Esse teste pode ser utilizado em ocasiões onde a força máxima não pode ser
realizada (ex.: lesões, idade avançada, equipamento com pouca resistência ou
mesmo opção do avaliador). Neste teste, o indivíduo realiza um número maior de
repetições (entre 2 e 10) e a partir de uma tabela ou fórmula se determina qual
seria a carga teórica para a execução de uma única repetição. O protocolo segue as
mesmas recomendações do protocolo de 1RM, com a ressalva de que pelo menos 2
e no máximo 10 repetições sejam executadas neste teste.

Fórmula de Bryzick: 1RM = 100 x CARGA / (102,78 – (2,78 x REPETIÇÕES))


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8. RML: Resistência Muscular Localizada


 

8.1. Teste de RML de membros superiores


Uma das opções de testes de para a mensuração da RML nos membros
superiores é o teste de flexão de braço. Em decúbito ventral, com os joelhos e o
quadril extendidos (o tronco, coxa e perna devem formar uma linha reta), apoiado
sobre as mãos espalmadas e afastadas a uma distancia um pouco maior que a
largura dos ombros, o indivíduo deve flexionar o cotovelo até tocar o ponto de
referência no solo e voltar a estender completamente o cotovelo. O ponto de
referencia é a mão do avaliador fechada e apoiada logo abaixo do avaliado, de
modo que no momento da descida o esterno do avaliado toque este ponto. O
sujeito avaliado deverá realizar o maior número de repetições no intervalo de
tempo de 60 segundos.

Teste de Resistência Muscular Localizada – Flexão de Braço

Fonte: Pollock, M. L. & Wilmore J. H., 1993

CLASSIFICAÇÃO PARA HOMENS (número de repetições por minuto)


Abaixo da
Idade Excelente Acima da Média Média Fraco
Média
15 - 19 + 39 29 a 38 23 a 28 18 a 22 - 17
20 - 29 + 36 29 a 35 22 a 28 17 a 21 - 16
30 - 39 + 30 22 a 29 17 a 21 12 a 16 - 11
40 - 49 + 22 17 a 21 13 a 16 10 a 12 - 09
50 - 59 + 21 13 a 20 10 a 12 07 a 09 - 06
60 - 69 + 18 11 a 17 08 a 10 05 a 07 - 04
CLASSIFICAÇÃO PARA MULHERES (número de repetições por minuto)
Abaixo da
Idade Excelente Acima da Média Média Fraco
Média
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15 - 19 + 33 25 a 32 18 a 24 12 a 17 - 11
20 - 29 + 30 21 a 29 15 a 20 10 a 14 - 09
30 - 39 + 27 20 a 26 13 a 19 08 a 12 - 07
40 - 49 + 24 15 a 23 11 a 14 05 a 10 - 04
50 - 59 + 21 11 a 22 07 a 10 02 a 06 - 01
60 - 69 +17 12 a 16 05 a 11 02 a 04 - 01

8.2. Teste de RML dos Músculos do Tronco


Para a avaliação da RML dos músculos do tronco, é possível a realização de
um teste de número máximos de abdominais realizados por minuto. Em decúbito
dorsal, sobre um colchonete, com o dorso completamente apoiado, a cintura
escapular tocando o solo, os pés afastados na largura do quadril e os joelhos
flexionados a pelo menos 90º, o indivíduo deve realizar o maior número possível de
flexões do quadril no intervalo de tempo de 60 segundos. Os braços devem estar
posicionados cruzados sobre o peito do avaliado. As repetições são consideradas
válidas quando no início do movimento a cintura escapular toca completamente o
solo e no final do movimento os braços cruzados sobre o peito tocam as coxas. Os
braços não podem em momento algum se afastar do peito. O avaliador pode apoiar
os pés do sujeito avaliado como forma de facilitar o movimento.

Teste de Resistência Muscular Localizada – Abdominal

Fonte: Pollock, M. L. & Wilmore J. H., 1993

CLASSIFICAÇÃO PARA HOMENS (número de repetições por minuto)


Abaixo da
Idade Excelente Acima da Média Média Fraco
Média
15 - 19 + 48 42 a 47 38 a 41 33 a 37 - 32
20 - 29 + 43 37 a 42 33 a 36 29 a 32 - 28
30 - 39 + 36 31 a 35 27 a 30 22 a 26 - 21
40 - 49 + 31 26 a 30 22 a 25 17 a 21 - 16
50 - 59 + 26 22 a 25 18 a 21 13 a 17 - 12
60 - 69 + 23 17 a 22 12 a 16 07 a 11 - 06
CLASSIFICAÇÃO PARA MULHERES (número de repetições por minuto)
Abaixo da
Idade Excelente Acima da Média Média Fraco
Média
15 - 19 + 42 36 a 41 32 a 35 27 a 31 - 26
20 - 29 + 36 31 a 35 25 a 30 21 a 24 - 20
30 - 39 + 29 24 a 28 20 a 23 15 a 19 - 14
40 - 49 + 25 20 a 24 15 a 19 07 a 14 - 06
50 - 59 + 19 12 a 18 05 a 11 03 a 04 - 02
60 - 69 + 16 12 a 15 04 a 11 02 a 03 - 01

 
 
9. Testes para medir a agilidade
 
9.1. Teste do Passo Lateral – Side Step (Johnson e
Nelson, 1979)
Objetivo: medir a rapidez de execução e a mudança de direção em movimentos
executados lateralmente.
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População: Aplicável a homens e mulheres, dos 10 aos 35 anos.


Material: Quadra poliesportiva, fita adesiva e cronometro.
Metodologia: São demarcadas 3 linhas paralelas com distância de 30 cm entre elas.
O sujeito se mantém em pé sobre a linha central. Ao iniciar o teste, ele salta com
os pé unidos para uma das linhas laterais, por exemplo a direita (os pés devem
tocar ou ultrapassar a linha), então ele volta à saltar a linha central e logo após
para a outra linha lateral, neste caso a esquerda. O próximo movimento é o salto
novamente a linha central. Neste momento se encerra um ciclo completo. O
objetivo é realizar o maior número de ciclos no intervalo de 1 minuto. A tabela
abaixo oferece uma classificação.

FRACO RAZOÁVEL MÉDIA BOM EXCELENTE


Mulheres 33- 34-37 38-41 42-45 46+
Homens 37- 38-41 42-45 46-49 50+

9.2. Corrida Vai-e-Vem – Shuttle Run (Johnson e


Nelson, 1979)
Objetivo: medir a habilidade de correr com mudanças de direção do corpo.
População: Aplicável a homens e mulheres, dos 9 aos 35 anos.
Material: Quadra poliesportiva, blocos de madeira, fita adesiva e cronometro.
Metodologia: Duas linhas são traçadas paralelamente com uma distência de 9,14m
entre elas (30pés). O sujeito se coloca atrás da linha inicial. Atrás da outra linha
estão colocados dois blocos de madeira medindo 5cm x 5cm x 10cm. Ao sinal, o
indivíduo deve se locomover o mais rápido possível até a outra linha, pegar um dos
blocos e colocá-lo atrás da linha inicial. O bloco não deve ser jogado no chão, e sim
colocado. Então, o indivíduo se desloca novamente até o outro lado e repete a
operação. O resultado do teste é o tempo necessário para o transporte dos dois
blocos.

9.3. Salto em Quadrante –


Quadrant Jump (Johnson
e Nelson, 1979)
Objetivo: medir a habilidade de realizar
mudanças da posição do corpo através
de um salto.
População: Aplicável a homens e
mulheres, dos 10 aos 35 anos.
Material: Quadra poliesportiva, fita
adesiva e cronometro.
Metodologia: O esquema ao lado e
montado em um superfície plana e
aderente como uma quadra
poliesportiva. Ao início do teste, o sujeito salta por sobre as linhas, seguindo a
ordem numérica representada. A cada salto em um quadrante correto é atribuído
um ponto. Para cada salto no quadrante incorreto, ou cada vez que o pé tocar uma
linha, 0.5 ponto deve ser subtraído. O teste tem duração de 10 segundos.
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9.4. Teste de Agilidade de SEMO – SEMO Agility Test


(Johnson e Nelson, 1979)
Objetivo: medir a rapidez de execução e a mudança de direção em movimentos
executados lateralmente, para frente e para trás.
População: Aplicável a homens e mulheres, dos 10 aos 35 anos.
Material: Quadra poliesportiva, cones e cronometro.
Metodologia: É organizado com cones o esquema abaixo. Quatro cones são
separados em uma distância de 12 pés (4m) e 19 pés (6,3m). O objetivo é se
deslocar o mais rápido possível pelos cones, em uma ordem pré-determinada.
Saindo do ponto inicial, seguir até o cone número 2 e contorná-lo à direita,
seguindo até o cone número 3 e contorná-lo novamente à direita. Seguir então até
o cone 1 e contorná-lo à direita. Continuar até o cone 4 e então contorná-lo à
esquerda, seguindo até o cone 2 e contorná-lo à esquerda até o ponto final do
teste. O valor do teste é obtido com o tempo total gasto para realizar a tarefa.
 

 
 
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10. Percepção Subjetiva do Esforço Físico – Escala de


Borg

11. Testes de Avaliação da Capacidade Aeróbica

11.1. Teste de Astrand (Bicicleta)


Dentre os protocolos submáximos de determinação do V)smáximo, o
proposto pelo Dr. Astrand tem tido preferência pela eficiência e simplicidade de
aplicação. A metodologia utilizada inclui a escolha de uma carga inicial de acordo
com o sexo, sendo entre 100 e 150 watts para homens e 50 a 100 watts para
mulheres.
O avaliado deverá pedalar durante 5 minutos em uma velocidade constante
de 50 rpm (rotações por minuto) com a carga previamente escolhida. Registra-se a
FC no final do minuto 4 e 5. Com esses dois valores calcula-se a FC média. Se
houver a possibilidade de utilização de um frequencímetro maior será a precisão do
teste.
Após a realização do teste, determina-se inicialmente o VO2 da carga pela
seguinte fórmula: VO2carga l.min-1 = 0,014 x carga (watts) + 0,129.

O segundo passo é utilizar o valor encontrado para determinar o


VO2máximo. As fórmulas são diferenciadas entre homens e mulheres.

Homens: VO2máximo (l.min-1) = ((195-(61 x VO2carga))/FCmédia – 61

Mulheres: VO2máximo (l.min-1) = ((198-(72 x VO2carga))/FCmédia – 72


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11.2. Teste de Cooper (Corrida)

O teste de Cooper foi desenvolvido pelo Dr. Kenneth H. Cooper em 1968


para ser usado pelas forças armadas a fim de se verificar o nível de
condicionamento cardiorrespiratório. Em sua forma original o objetivo do teste é de
correr a maior distância possível no intervalo de tempo de 12 minutos. É necessário
que o teste seja realizado em uma pista de atletismo ou em um local onde a
distância seja conhecida.
Com o valor da distância percorrida (em metros), aplica-se a fórmula e se
determina o VO2máximo (ml/kg/min) = (distância – 504) / 45

11.3. Teste de Harvard (Banco)


O protocolo de banco de Harvard se utiliza de um degrau ou banco com
altura pré-determinada e de um movimento ritmado em um certo período de tempo
para causar alteração da FC e assim determinar em que faixa de classificação se
enquadra o indivíduo participante do teste no que se diz respeito à capacidade
aeróbica.
O teste foi validado para indivíduos jovens. A altura do banco é de 50,8cm e
a freqüência do movimento deve ser determinada por um metrônomo a 30ppm
(passos por minutos). É considerado como passo um movimento completo de
subida e descida de ambos os membros inferiores.
Os indivíduos permanecem realizando o teste até o momento onde não seja
mais possível acompanhar o ritmo determinado pelo metrônomo. Caso o sujeito
consiga permanecer por 5 minutos realizando o teste ele também é encerrado.
Para o calculo da classificação do indivíduo, mede-se a FC durante 30
segundos em três instantes após o término do teste: entre 60 e 90 segundos após
o final (medida 1), entre 120 e 150 segundos após o final (medida 2) e entre 180 e
210 segundos após o final do teste (medida 3).
Após as três medições, aplicam-se os resultados encontrados na seguinte
!"#$çã!  !"  !"#!"   ! !  !""
fórmula:
!  !  !!"#  !"  !"#$%  !"  !"#$#%&
Uma segunda opção de determinação da classificação é realizar uma única
medição de 30 segundo entre 60 e 90 segundos após o encerramento do teste e
!"#$çã!  !"  !"#!"   ! !  !""
aplicar a fórmula a seguir:
!,!  !  !"#$%#&'()  !"#$#%

11.4. Teste de McArdle (Banco)


O protocolo de banco de McArdle segue os mesmos pressupostos do teste de
banco de Harvard. Entretanto diferentes parâmetros são utilizados. A altura
utilizada é de 41 cm, a freqüência de subida e descida é diferente entre homens e
mulheres, sendo 24ppm para homens e 22ppm para mulheres. O teste tem
duração obrigatória de 3 minutos, não podendo ser interrompido previamente.
Após o encerramento do teste, mede-se a FC por 15 segundos e multiplica-
se o valor encontrado por 4 para se determinar a FC por minuto. Com o valor
encontrado, aplica-se as seguintes fórmulas e determina-se o VO2máximo do
indivíduo.
Homens: 111,33 - 0,42 x FCfinal
Mulheres: 65,81 – 0,1847 x FCfinal
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11.5. Teste de 1 Milha (1.600m)


O teste de 1 milha (1600m) foi desenvolvido pelo Rockport Walking Institute
(1986) para indivíduos com baixa aptidão física. Antes do início do teste deve-se
coletar os dados referentes à massa corporal e idade do avaliado. O teste é
bastante simples, e é composto por uma caminhada cronometrada por uma
distância de 1600m. Ao final do teste, mede-se rapidamente a FC durante 15
segundos e multiplica-se o valor encontrado por 4 para a determinação da
frequência cardíaca final.
Aplica-se o resultado encontrado na seguinte fórmula:

VO2máx (ml/kg/min) = 132,853 – (0,0769 x (PC / 0,454)) – (0,3877 x idade) +


(6,3150 x sexo) – (3,2649 x tempo) – (0,1565 x FC)

Onde:

PC = peso corporal
Tempo = Tempo dos 1600m em minutos
Idade = Idade em anos
Sexo = Masculino 1 e Feminino 0
FC = Frequencia Cardíaca no final do teste

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