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19/8/2018 | CORREIO DO POVO RURAL | 1

GERSON PANTALEÃO / CP MEMÓRIA


CR
correio do povo rural
Coordenação: Elder Ogliari | rural@correiodopovo.com.br
Reportagem: Danton Júnior, Agostinho Piovesan, Angélica Silveira, Otto Tesche e Stephany Sander
Ano: 35 Número: 1.833

Tradição em xeque
P
resentes no dia a dia dos brasi- outro lado, o crescimento da produtivida- produção de azeitona, que soma 444 to-
Censo Agropecuário leiros, alimentos como o feijão, de de outros cultivos, com redução de neladas no Rio Grande do Sul. Em 2006,
mostra que alguns a cebola e a mandioca perde- área, demonstra uma profissionalização o cultivo sequer havia sido incluído no
ram espaço no campo, nas últi- do produtor, como no caso do pêssego. Censo. “É uma cultura com valor agrega-
cultivos históricos no mas duas décadas, devido à baixa renta- “O que se percebe nitidamente nestas do muito maior, que vem se consolidan-
Estado estão em bilidade e à escassez de mão de obra. A culturas perenes é uma especialização do nos últimos anos, basicamente com
produção de bergamota, companhia dos do produtor. Aqueles que estão ficando, empresários de grande e médio porte”,
declínio, enquanto gaúchos, especialmente durante o inver- estão qualificando a produtividade”, ex- observa Gomes. Um dos cultivos que é
no, já foi maior do que a atual, mas vol- plica o agrônomo Alencar Rugeri, assis- alvo de pesquisas da Embrapa, mas que
outros, menores, tou a crescer em anos recentes, após tente técnico estadual em culturas da compõem uma economia praticamente
resistem à expansão um declínio na década passada. O pêsse- Emater. “invisível”, é o da batata-doce, que não
go, que vem perdendo área, registrou au- O declínio de algumas culturas preo- consta no Censo 2017. Cinco variedades
da soja e registraram mento de produção e continua dando sa- cupa os agrônomos não apenas pela ten- foram lançadas nos últimos anos. Uma
bor aos doces finos de Pelotas, municí- dência de queda na diversificação. “Em delas, a BRS Amelia, teve 210 mil mu-
aumento de pio com a maior produção do Estado. termos de questões econômicas, colocar das produzidas entre 2011 e 2016.
produção nas Os dados preliminares do Censo todos os ovos numa cesta só aumenta o Diferente do que ocorre com a soja,
Agropecuário 2017, divulgados há duas risco”, complementa Rugeri. Apesar do estas culturas são impactadas pela au-
últimas décadas semanas pelo Instituto Brasileiro de futuro incerto para alguns produtos, Ru- sência de garantias de comercialização
Geografia e Estatística (IBGE), atesta- geri acredita que haja potencial para a e estabilidade nos preços. O coordena-
ram a expansão das lavouras de soja no retomada de culturas como a da batata- dor operacional do Censo Agropecuário
Rio Grande do Sul e também revelaram doce, que conta com boa demanda por 2017, Luís Eduardo Puchalski, salienta
o panorama de alguns cultivos tradicio- ser vista como opção saudável para o que a cebola (foto acima), por exemplo,
nais no Estado, menos atrativos finan- cardápio. Também confia no avanço da enfrenta um problema crônico relaciona-
ceiramente, mas que desempenham pa- cana-de-açúcar, que será tema de reu- do à renda do produtor. “Quando chega
pel importante nas economias locais. nião com produtores no dia 28 deste determinada safra, os produtores jogam
O caso da mandioca é um dos mais mês, durante a Expointer. “São culturas fora a cebola porque o preço não com-
significativos. Segundo o IBGE, em 1985 que, em função do que está sendo ofere- pensa”, afirma. O resultado é a expan-
a produção era de 1,2 milhão de tonela- cido em termos técnicos e agronômicos, são da soja na região situada entre a La-
das por ano. No último Censo, caiu para estamos com a possibilidade de resga- goa dos Patos e o Oceano Atlântico, on-
um terço deste volume. Enquanto isso, a tar”, confia. de tradicionalmente se cultivava cebola.
lavoura de soja – principal produto agrí- Entre as culturas que apresentaram O envelhecimento da população do
cola do Rio Grande do Sul – , que ocupa- crescimento, chama a atenção a presen- campo, também apontado pelo Censo, é
va 3,6 milhões de hectares há 23 anos, ça das frutas, como a uva e a maçã. O outro fator citado por Puchalski. “Os fi-
chegou a cair para 2,4 milhões de hecta- pesquisador João Carlos Costa Gomes, lhos muitas vezes não ficam na proprie-
res na década de 1990, mas deu um sal- chefe de Transferência de Tecnologia dade, o produtor vai envelhecendo, che-
to nos últimos 11 anos até chegar aos da Embrapa Clima Temperado, de Pelo- ga a um ponto em que já não pode traba-
atuais 5,1 milhões de hectares, com re- tas, destaca que estes produtos são cul- lhar, e ele arrenda para um terceiro,
cordes sucessivos de produção. tivados em áreas de topografia acidenta- que vai produzir soja, normalmente”,
Uma vez que muitas dessas culturas da, que não são aptas à mecanização, o descreve. Conforme o IBGE, o percen-
contam com maior necessidade de mão que dificulta a entrada da soja, por tual de produtores gaúchos com mais de
de obra e são desenvolvidas em peque- exemplo. Além disso, há o crescimento 65 anos passou de 17,5%, em 2006, para
nas propriedades, a diminuição da popu- da demanda por sucos, puxado por con- 23,1% em 2017, enquanto os jovens com
lação rural é um dos fatores que expli- sumidores que buscam hábitos saudá- menos de 25 anos, que já eram minoria,
cam o declínio de alguns produtos. Por veis. Outro exemplo de expansão é a caíram de 1,9% para 1,2%.
CORREIO DO POVO RURAL | 19/8/2018

Mandioca em declínio
E
mbora o Censo Agropecuário do produto. Mas Fin afirma que falta uma
Área de cultivo no IBGE aponte aumento na produ- MANDIOCA fecularia, para a transformação da maté-
Estado caiu para ção de mandioca em Venâncio Ai- Quantidade Área
ria-prima em outros produtos.
res no período de 2006 a 2017, a Em Encruzilhada do Sul, maior produ-
menos da metade tendência é que já na próxima safra en- produzida (ton) colhida (ha)
tor entre os municípios do Estado, os cul-
em pouco mais de tre 12% e 15% da atual área de cultivo 2017 409.967 37.813 tivadores de mandioca sofrem desestímu-
seja usada para outras lavouras, como 2006 586.519 88.992 lo após o governo federal não renovar os
dez anos tabaco, milho ou soja. O chefe do escritó- 1995 822.874 102.199 contratos de fornecimento ao Programa
rio municipal da Emater, Vicente Fin, de Aquisição de Alimentos (PAA) para
MAIOR PRODUTOR
afirma que o preço pago ao agricultor pe- abastecer a região metropolitana de Por-
Encruzilhada do Sul
la raiz é o pior dos últimos oito anos. to Alegre. De quase 30 famílias de agri-
O produtor Robério Adolfo Krammes, 34,7 mil toneladas cultores favorecidas, entre 80% e 90%
de Linha Travessa, cultiva entre 4 e 5 eram pequenos proprietários de áreas
hectares de mandioca, mas também com- gem de lucro, mas abaixo disso só acaba de assentados, conforme o extensionista
pra de terceiros para abastecer a Ceasa empatando”, explica Fin. rural da Emater, Osmar Borges Nunes.
de Porto Alegre. Ele relata que o valor Segundo maior produtor de mandioca Assim, resta apenas a venda direta ao
pago na lavoura está em R$ 6,00 pela do Estado, Venâncio Aires tem mais de 2 consumidor nas feira da cidade ou nos
caixa de 20 a 23 quilos e afirma que o mil famílias na cultura. Destas, confor- mercados locais.
agricultor deveria receber pelo menos en- me a Emater, 432 cultivam para a comer- Outro entrave, segundo Nunes, é a exi-
tre R$ 10,00 e R$ 12,00 por causa da cialização, principalmente para a venda gência, estabelecida pelo mercado, de
mão de obra necessária ao cultivo. Kram- na Ceasa, em Porto Alegre. O engenhei- mandioca descascada. Hoje não há agro-
mes atribui a queda do preço ao aumen- ro agrônomo da Emater destaca que a indústria do setor no município. “Há
to da produção deste ano em consequên- produção está estagnada há alguns anos campo para o empreendimento e interes-
OUTRAS cia do clima favorável e à queda no con-
sumo diante da perda do poder aquisiti-
no município. “Este ano vai dar mais,
pois o clima favoreceu e as raízes cresce-
se das famílias, mas demora para se che-
gar lá”, destaca. O técnico agrícola acre-
CULTURAS: vo da população. “A mandioca é alimen-
to do povão”, afirma. “Aquele que colhe
ram mais”, diz Fin. Em Venâncio Aires
há cinco agroindústrias familiares que
dita que a expansão da soja não terá im-
pacto no cultivo da mandioca, porque es-
mil caixas ainda consegue pequena mar- descascam as raízes, agregando valor ao te é feito em pequenas propriedades.
UVA
(MESA + VINHO OU SUCO)

LULA HELFER / GAZETA DO SUL / CP MEMÓRIA


Quantidade Área
produzida (ton) colhida (ha)
2017 803.396 47.652
2006 563.508 41.977
1995 376.380 35.598
MAIOR PRODUTOR
Caxias do Sul
6,8 mil toneladas

AMENDOIM
Quantidade Área
produzida (ton) colhida (ha)
2017 1.749 1.555
2006 4.193 3.023
1995 4.097 3.574
MAIOR PRODUTOR
Sertão
71,1 toneladas

BANANA
Quantidade Área
produzida (ton) colhida (ha)
2017 137.249 10.630
2006 84.547 8.350
1995 74.643 8.969
MAIOR PRODUTOR
Morrinhos do Sul Cultivo sofreu impacto
75,6 mil toneladas
ENVELHECIMENTO PREJUDICA CEBOLA com descontinuidade
de programa federal

São José do Norte, no Sul do Estado, Charles Amaral da Silveira, avalia que os
continua sendo o maior produtor gaúcho números devem-se principalmente ao en-
ABACAXI de cebola, com 31,7 mil toneladas, mais velhecimento da população rural e à ren-
Quantidade Área
produzida (mil frutos) colhida (ha)
de um terço da produção total do Rio
Grande do Sul. Mas mesmo neste municí-
tabilidade da cultura. Os jovens têm de-
monstrado pouco interesse pela produ-
CEBOLA
Quantidade Área
2017 8.306 255 pio o cultivo encontra-se em declínio. A ção, enquanto muitos agricultores anti-
produzida (ton) colhida (ha)
2006 4.148 521 produção, que era de 44,3 mil toneladas gos se aposentaram ou reduziram a
1995 2.512 477 em 2006, hoje está em 31,7 mil toneladas. área. “A tendência é diminuir mais esse 2017 86.620 4.960
O Censo 2017 registrou 983 estabeleci- número”, lamenta o dirigente. Para que a 2006 106.042 17.449
MAIOR PRODUTOR mentos dedicados ao cultivo, com uma re- cebola pudesse ser rentável, Silveira cal- 1995 124.676 13.038
Terra de Areia dução de 615 estabelecimentos em rela- cula que o preço pago ao produtor deve-
7,8 milhões de frutos MAIOR PRODUTOR
ção ao levantamento anterior. ria ser superior a R$ 1,00 o quilo. Na últi-
São José do Norte
O presidente do Sindicato dos Traba- ma safra, porém, a cotação ficou em tor-
lhadores Rurais de São José do Norte, no de R$ 0,60. 31,7 mil toneladas
n Fonte para todos os infográficos: IBGE
FEIJÃO PERDE

KAROLAIN KLUG SCHILLER / DIVULGAÇÃO / CP


PÊSSEGO
Quantidade Área ÁREA PARA SOJA
produzida (ton) colhida (ha)
2017 181.906 9.502 Vinculado predominantemente à agri-
2006 85.045 10.724 cultura familiar, o cultivo do feijão tem
1995 69.107 11.865 encolhido a cada safra. Em Canguçu –
que tem o maior número de minifúndios
MAIOR PRODUTOR
do país –, a produção do feijão preto caiu
Pelotas
pela metade entre 2006 e 2017, passando
102,9 mil toneladas de 2,2 mil toneladas para 1,1 mil tonela-
das, segundo o IBGE. A área dedicada ao
cultivo, que era de 5,4 mil hectares, re-
cuou para 2,9 mil. O secretário do Sindi-
cato dos Trabalhadores Rurais de Cangu-
çu, Delair Radtke, afirma que há quatro
anos a área de soja no município alcança-
va 18 mil hectares. Na última safra, ultra-
passou 40 mil hectares. “O preço não aju-
Em Pelotas, Schiller dou, então o pessoal migrou do feijão pa-
cultiva oito hectares ra a soja”, justifica. Na última safra, a co-
com sete variedades tação da saca ficou entre R$ 150 e R$
da fruta 170, enquanto o dirigente calcula que o
valor justo teria que ser 100% superior.

Tecnologia no pessegueiro
Na avaliação de Radtke, faltam políticas
públicas e compras governamentais que
possam dar ao produtor a certeza da co-
mercialização.

FEIJÃO
O pêssego é a principal cultura produ- Prestes destaca a crescente incorpo- áreas onde se cultivava esta fruta”, Quantidade Área
zida por Marcus Schiller, 43 anos, em ração de tecnologia ao processo produti- constata. Belarmino observa ainda que produzida (ton) colhida (ha)
sua propriedade na Colônia São Manoel, vo. “Tivemos produtores que investiram o volume da colheita cresceu em razão 2017 70.157 53.568
em Pelotas, na Metade Sul do Rio Gran- em irrigação, no manejo da cultura, tra- do aumento da produtividade, decorren- 2006 107.408 191.083
de do Sul. Dos 13 hectares, oito são des- tamento da fruta e melhora na aplica- te do uso da tecnologia, mesmo que te- 1995 104.817 182.346
tinados à fruta. Anualmente ele produz ção de fertilizantes e adubos”, relata. nha havido redução da área.
16 toneladas por hectare, das varieda- Há dois anos, o preço do quilo do pês- Para o pesquisador, outro aspecto MAIOR PRODUTOR
des Bobão, Maciel, Esmeralda, Granada, sego caiu em função do aumento da pro- que deve merecer atenção se relaciona Muitos Capões
Sensação, Eldorado e Santa Áurea. dução. Hoje, a indústria paga em torno com as diferenças entre as produções de 3,3 mil toneladas
Como a região de Pelotas é considera- de R$ 0,90 pelo quilo. Em anos conside- pêssego para a indústria e o consumo
da propícia para a plantação do pêsse- rados bons, o preço pode chegar a R$ fresco (in natura), pois existem aspec-
go, a área não chegou a ser afetada pe- 1,50, mas o cenário também é influencia- tos bem distintos no uso de tecnologia.
lo avanço de outras culturas. Na última do pela concorrência de grandes produ- Belarmino avalia que a relação dos SALDO POSITIVO
semana, Schiller deu início à poda.
Conforme dados da Emater, em Pelo-
tores entre os países, como a Argentina
e a Grécia. Doze indústrias da região
agricultores com a agroindústria local,
de modo geral, é instável e carece de NA ERVA-MATE
tas foram utilizados 3.150 hectares para compram dos fruticultores de Pelotas. contratos formais. “Isto iria facilitar e
o cultivo de pêssegos para indústria em O pesquisador Luís Clóvis Belarmino, regularizar a comercialização para as Estreitamente ligada à tradição gaúcha,
2017. “Também há produtores que desti- da Embrapa Clima Temperado, lembra partes envolvidas. Assim, salvo melhor a cultura da erva-mate viveu altos e baixos
nam até 10% da colheita para consumo que as áreas em uso para o cultivo do juízo, os preços pagos aos produtores em períodos recentes, mas o saldo das últi-
in natura”, observa o extensionista Ro- pêssego no Rio Grande do Sul não apre- dependem dos estoques remanescentes mas duas décadas é positivo. A produção
drigo Prestes, da Emater. Cada um dos sentam relevo e nem estrutura para e das oscilantes perspectivas de vendas passou de 80,9 mil toneladas em 1995 para
605 produtores ocupa, em média, 5,2 máquinas e equipamentos. “Portanto feitas pelos agentes das empresas de 144,6 mil em 2017. Segundo o coordenador
hectares para cultivar pêssegos. não observamos o avanço da soja sobre processamento”, finaliza. técnico da Câmara Setorial da Erva-Mate,
Tiago Antonio Fick, a informação estatística
de produção e área tem desafiado o setor
BERGAMOTA LARANJA RETOMA EXPANSÃO NO RS pela falta de “sistemas confiáveis para ela-
boração de números da cadeia”. O entendi-
RECUPERA ESPAÇO Liberato Salzano, o maior produtor de mento é de que houve um aumento de área
cultivada.

O Vale do Caí concentra 70% da produ-


laranjas do Estado, conta com 450 famí-
lias no cultivo da fruta, numa área de 1,2
LARANJA Com relação à produção, no entanto,
Fick aponta que os números podem estar
Quantidade Área
ção estadual de bergamotas, que já foi mil hectares. A produção chega a 30 mil subestimando o volume colhido, já que, em
produzida (ton) colhida (ha)
maior que a atual, caiu e voltou a crescer toneladas por ano no município, sendo 2017, somente 26 empresas que contribuem
na última década. Em Montenegro, a sa- que a colheita ocorre desde maio e deve 2017 234.547 14.805 com o Fundomate (a adesão não é obrigató-
fra deste ano deve chegar a 110 mil tone- seguir até novembro. O secretário da Agri- 2006 102.445 8.582 ria) beneficiaram um total de 58,6 mil tone-
ladas, segundo Derli Paulo Bonine, assis- cultura de Liberato Salzano, Valcir Sa- 1995 183.820 21.354 ladas de erva-mate. Ao todo, o setor calcula
tente técnico em Fruticultura da Emater. con, afirma que ainda neste ano serão que cerca de 250 indústrias estão no ramo.
MAIOR PRODUTOR
“As condições do clima têm sido excelen- plantadas mais 135 mil mudas, numa O cadastro do setor ervateiro, em andamen-
Liberato Salzano
tes para o cultivo e têm contribuído para área de 270 hectares, envolvendo dezenas to, é uma tentativa de organizar estes núme-
o sabor, a cor e a suculência das berga- de produtores. “O lucro de quem produz 14,3 mil toneladas ros. Sobre o momento do setor, Fick aponta
motas”, destaca ele, salientando que o laranja é muito bom, sendo que a indús- que a cultura ganha força em regiões como
frio ainda diminui a incidência de pra- tria local está pagando R$ 0,40 por quilo o Vale do Taquari e é impulsionada pelo sur-
MARCELA BUZATTO / EMATER / CP MEMÓRIA

gas. O produtor Marcelo Jacobsen diz e com isso o produtor tem um lucro, por gimento de novos produtos, mas sente os
que o inverno atípico do ano passado fez hectare, que varia de R$ 10 mil a R$ 12 efeitos do avanço da lavoura de grãos. “O
com que a colheita fosse antecipada, o mil”, destaca Sacon. setor vem enfrentando uma nova perda de
que gerou perdas. “Este ano está bem O produtor Jocemar Marta, do distrito áreas, substituídas por cultivos anuais, espe-
melhor, mas, mesmo assim, o mercado se- de Pinhalzinho, possui uma área plantada cialmente o da soja, de modo mais acentua-
gue instável”, observa. de 25 hectares de laranja. “Minha família do no Noroeste e Missões”, observa.
está muito contente com a atual produção
e produtividade, além do lucro que obtive-
BERGAMOTA mos nesta atividade”, diz. A maior parte
da produção de laranja é transformada
ERVA-MATE
Quantidade Área Quantidade Área
em suco para exportação, na Indústria de
produzida (ton) colhida (ha) produzida (ton) colhida (ha)
Sucos Alto Uruguai (Isau). A outra parte
2017 90.064 8.918 é comercializada in natura. A área dedica- 2017 144.666 27.689
2006 60.223 6.659 da ao cultivo no Rio Grande do Sul já foi 2006 84.329 11.349
1995 114.250 10.957 maior, mas após uma queda registrada na 1995 80.910 16.542
década passada, voltou a aumentar, con-
MAIOR PRODUTOR MAIOR PRODUTOR
forme o Censo Agropecuário 2017, o que
Montenegro Ilópolis
deu novo impulso à produção, que chegou
25,8 mil toneladas a 234,5 mil toneladas, segundo o IBGE. 30 mil toneladas

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