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Programação Neuro-Linguística - PNL

A Programação Neuro-Linguística ou PNL é um nova abordagem surgida nos EUA e muito utilizada por
psicólogos, psicoterapeutas, educadores e consultores em empresas e indústrias.
Para entendermos melhor “O que é Programação Neuro-Linguística” vamos, primeiro, dividir e explicar cada um
dos nomes.
A Programação vem da idéia de que cada comportamento do ser humano é governado por um tipo de
“programa mental”. Assim como abrimos o Word ou o Br.Office para escrever um texto ou rodamos o
Photoshop para trabalhar com fotos ou imagens, para cada comportamento temos um programa interno.
Deste modo, para lembrar de um acontecimento passado temos um programa, para contar uma história temos
outro e assim por diante.
Neuro relaciona-se ao neurológico. Uma imagem mental pode provocar arrepios, adrenalina ou choro, ou
seja, desperta no corpo e na neurologia uma dada reação.
O Linguístico designa a linguagem verbal, mas não só, a linguagem corporal (gestos, tom de voz,
movimento dos olhos) representa uma linguagem.
Programação Neuro-Lingusítica é, deste modo, uma área de estudos sobre o comportamento humano
que possui pressupostos inovadores. Uma técnica da Neuro-linguísitica que ficou mundialmente conhecida foi a
Terapia de Fobia em 15 minutos.
Por exemplo, uma pessoa com fobia de avião, com medo de voar, livrou-se deste problema em 15
minutos. A partir de então, conseguiu voar normalmente, como se nunca tivesse tido medo antes.
Principais Pressupostos da PNL
1) O mapa não é o território
Esta é uma metáfora da PNL para dizer que o que pensamos ou sentimos da realidade, não é a realidade
mesmo. Assim como temos uma mapa (mesmo que ele seja de última geração) ele não será o território. Em
outras palavras, ver o mapa não é ver o território.
2) Cada experiência possui um estrutura
Cada pensamento, sentimento, sensação possui uma estrutura interna. Conhecendo esta estrutura,
poderemos alterá-la.
3) Se alguém pode fazer algo, outra pessoa também pode fazê-lo
Na medida em que a nossa neurologia é semelhante enquanto seres da mesma espécie, se uma pessoa
consegue realizar um determinado comportamento, também conseguiremos. A questão é: conhecer como a
pessoa faz o que faz – qual é a estrutura comportamental e mental utilizada.
4) O corpo, a mente e as emoções são partes de um todo
Um pensamento interfere na nossa neurologia, alterando o ritmo de batimentos cardíacos, a frequência e
velocidade da respiração, entre outras alterações. Do mesmo modo, a alteração sensória (através da
alimentação, ingestão de substâncias, atividades físicas) altera o estado mental e emocional.
Dividimos o ser humano em corpo, alma, espírito apenas para melhor compreender a estrutura, mas, em
verdade, o ser humano é um todo.
5) A todo momento estamos nos comunicando
Ainda que não falemos uma única palavra, estaremos comunicando através do silêncio, dos gestos e da
postura corporal. O tom de voz quando falamos e o gestos representam 93% do que é comunicado (ficando o
sentido das frases com apenas 7% da importância do que é comunicado).
6) Todo comportamento tem uma intenção positiva
Este é o pressuposto da PNL mais controverso. Para entendê-lo temos que distinguir entre intenção e
ação. A ação pode ser negativa, destrutiva, perversa mas a intenção terá sido positiva. Como? Na perspectiva de
quem fez a ação, a intenção era positiva.
Por exemplo, os EUA atacam preventivamente um outro país. A ação é negativa, mas a intenção (que é
justificada pelo governo americano) é positiva: defender o país.
7) O significado da comunicação é a resposta que ela produz
Muitas dificuldades de relacionamento surgem por problemas na comunicação entre as pessoas. Se 93%
da comunicação é não-verbal, temos que prestar atenção no resultado do que estamos comunicando: como o
outro está reagindo ao que estou comunicando? A resposta que o outro me dá não é a que eu quero? Como
posso alterar a minha comunicação para ter uma resposta melhor?
8- Não existem fracassos, apenas resultados
Este pressuposto da PNL é muito importante, pois auxilia na mudança de nossos comportamentos. Não
fracassamos: apenas não estamos conseguindo o que queremos.
9) Cada pessoa faz a melhor escolha para ela em cada momento
Temos que passar a entender cada pessoa de acordo com sua história de vida e perspectiva. Só assim
poderemos entender os outros verdadeiramente.

Crenças e pnl?
Em PNL, Programação Neuro-Linguística, crenças são pensamentos que governam um grande grupo de
comportamentos. Veja bem que não estou dizendo apenas das crenças religiosas, filosóficas ou políticas.
Um exemplo de crença também seria:
– Ninguém gosta de mim. Ninguém me compreende e valoriza.
Imagine que esta crença governaria uma série de outros comportamentos como o de não ir à festas,
aniversários, reuniões de trabalho etc. Enfim, se ninguém se interessa por mim, para que sair de casa, buscar um
novo emprego, novos amigos, alguém para ficar junto?
Se mudarmos esta crença, mudamos um conjunto de atitudes, o que, por sua vez, modificará
radicalmente a vida. Imagine uma crença totalmente diferente da anterior:
– Conheço muitas pessoas que realmente gostam de mim. Todos estão dispostos a me ajudar.
A atitude muito provavelmente é diferente: passo a ir às festas, a conhecer novas pessoas, a emitir
minhas opiniões, pois me sinto compreendido e valorizado como ser humano.
Como meu objetivo com o blog é o de divulgar conhecimentos de psicologia a todos, sem exceção,
gostaria de transformar algumas crenças com relação ao tratamento psicológico:
1) O tratamento psicológico pode ser breve, de um a seis meses.
2) O tratamento psicológico pode ser muito barato ou até mesmo gratuito, em postos de saúde,
faculdades de psicologia, pastoral da família etc. Procure pois você encontrará.
Jacques Alain-Miller disse certa vez que existem pessoas que fazem análise, outras preferem ir à praia.
Tudo bem, se formos à praia e nos sentirmos bem e não reclamarmos do sol, se há sol, e da chuva se chove.
A psicologia visa ao auto-conhecimento. Afinal, não é possível tirar férias de si mesmo.

Universalidade?

Continuo hoje a série de textos sobre problemas na linguagem que nos limitam e podem causar
sofrimento.
A distorção linguística chamada quantificadores universais (universal quantifiers) são sentenças sobre o
todo. Generaliza-se uma parte da experiência para todo o grupo, estabelecendo totalidades, como os exemplos
abaixo:
Todo político é corrupto.
[Todo] homem não presta.
Toda loira é burra.
Ninguém prestou atenção no que ele disse.
Ela nunca consegue tomar decisões.
Muitas palavras podem ser utilizadas, as principais são: todos, ninguém, sempre, nunca. O importante,
para que haja esta distorção, é que não se tenha espaço para exceções.
Podemos transformar esta distorção linguística de forma muito simples:
1) Na frase “Todo político é corrupto”, perguntamos: “Todos”?
2) “Ninguém prestou atenção no que ele disse”, perguntamos “Ninguém? Quem não estava prestando
atenção?”
3) “Você nunca escuta o que eu digo”, pode-se perguntar: “Nunca? Em que momentos eu não ouvi”?
Quando alguém diz “[toda] minha infância não foi feliz”, retiramos a distorção sobre universalidade
questionando: – Quais foram os momentos felizes? Quantos dias teve sua infância?
O problema com tal distorção é que prolonga-se o sofrimento, pois a tendência é que as pessoas
reencontrem seus pensamento na realidade. “Todo homem não presta” gerará sofrimento para uma mulher nos
seus futuros relacionamentos. Caso, é claro, ela queira ter um relacionamento, já que “todo homem não
presta”…

Nominalização
Há certo tempo atrás, li uma citação fantástica em um livro de PNL (Programação Neuro-linguística). Um
médico americano, chamado Dr. Wallace, lidava com seus pacientes de uma forma muito diferente.
Quando o paciente tinha hipertensão, o Dr. Wallace lhe perguntava:
– Como você se hipertensiona?
– Tenho trabalhado muito, respondia o paciente.
O que o médico fez foi desconstruir uma distorção da linguagem conhecida em PNL como nominalização.
Nominalização é a transformação de um processo em algo estático, em um nome (nominalização).
NOMINALIZAÇÃO = (Processo) ==> Estático (Nome).
Evidentemente, a nominalização em certos casos facilita a linguagem, tornando-a mais rápida. Mas, por
outro lado, podem ser construídas determinadas formas que, em última instância, não são reais. São apenas
nomes.
Toda doença é um processo que possui um tempo, um desenrolar temporal. Nesse sentido, toda doença,
como a hipertensão, é dinâmica. Ao lhe darmos um nome, tendemos a pensar a hipertensão como uma coisa
real, existente por si mesma e estática, paralisada.
Outros exemplos de nominalização:
– A comunicação do casal é péssima.
– O relacionamento deles não vai bem.
– A educação no Brasil precisa melhorar.
A saída para a nominalização é o questionamento. No que o relacionamento (a educação, a comunicação)
não vai bem? Quando não vai bem? Porque e para que não vai bem?

Ler a mente?

Até onde nos é dado saber, não é possível ler a mente de outra pessoa. No entanto, pensamos que
podemos ler a mente dos outros. Mas como poderíamos ler a mente dos outros? Não lemos de verdade, é
claro!
Ler a mente (mind reading) é uma das distorções da linguagem estudada pela PNL, Programação Neuro-
linguística.
Exemplos de leitura da mente são:
– Eu sei exatamente como você se sente.
– Eu sei que ele não se importa.
– Ela sabe mais que eu.
– Tenho certeza que aquela pessoa não gosta de mim.
De acordo com Bandler, “nós fazemos uma ‘leitura da mente’ quando pensamos e afirmamos que
sabemos os pensamentos, motivos, intenções etc de outra mente (…) Mas a estrutura desta distorção revela
muito mais sobre a experiência interna do falante do que dos outros. Desta forma, quando nós lemos a mente
do outro, nós projetamos nossas próprias percepções, valores, questões, história etc”. [tradução minha do livro,
The User’s Manual for the brain]
Por exemplo, o Sr. Limão pensa: – “Eu sei que o Sr. Ervilha quer me prejudicar. A intenção dele é
péssima”. Pode até ser, eventualmente, que o Sr. Ervilha tenha realmente uma intenção ruim. Contudo, sabemos
apenas o que o Sr. Limão pensa do Sr. Ervilha. Ou seja: sabemos os elementos que o Sr. Limão projeta no Sr.
Ervilha. Afinal, temos acesso aos pensamentos do primeiro e não do segundo.
Uma história real: no hospital, já muito velhinho e doente, o pai chama o filho para conversar. O filho se
abre com pai:
– Pai, porque você nunca me amou? Você sempre foi tão duro comigo!
– Te dei a melhor educação que eu pude. Fui realmente rigoroso com você, mas isso porque te amo
muito! Você é meu filho! Ser duro, firme…em sua educação…foi minha forma de te amar!
Em outras palavras: o filho passou a vida toda lendo a mente do pai: – “Meu pai não me ama”.
Será que é mesmo necessário passar uma vida inteira “lendo a mente” dos outros para depois descobrir
que os conflitos surgiram de uma projeção ou de um falso pensamento?

Criar mais?

Estratégia da Genialidade é um livro interessantíssimo de Robert Dilts. No livro, o autor desvenda como
os grandes gênios da história da humanidade pensavam. Entre esses estão Aristóteles, Mozart, Freud e Walt
Diney. Entender detalhadamente como eles pensavam nos permite melhorar nosso desempenho.
Escreverei hoje sobre o que Dilts descobriu a respeito de Walt Disney e o que podemos usar para
desenvolver nossa criatividade em redações, marketing, artes, apresentações públicas. Enfim, desde atividades
cotidianas como assar um bolo até o nosso projeto de vida.
A Estratégia Disney é dividida em 3 passos simples:
1) Sonhador: desenvolva o conteúdo sem limites, sem pudor. Associe coisas aparentemente sem sentido,
deixe a imaginação fluir ao máximo.
2) Crítico: critique o que você criou. Analise as partes já criadas, pegue o que há de melhor, o que pode
ser aproveitado.
3) Realizador: faça o que tiver que fazer para realizar a sua criação, para concluí-la e torná-la palpável,
concreta, finalizada.
IMPORTANTE: as 3 etapas devem ser separadas em momentos diferentes – dando uma pausa entre cada
uma das etapas – ou então separadas em lugares diferentes – criamos um espaço ou sala para cada etapa como
Disney fazia para a criação de novos personagens ou desenhos animados.
Como exemplo prático desses 3 passos, podemos pensar que vamos pintar a nossa casa:
1) Sonhamos com cores de todos os tipos e tons, com e sem texturas.
2) Podemos ficar entre o azul, o amarelo e o verde. No segundo momento, criticamos que o verde ficará
estranho com relação aos móveis e o amarelo muito “apagado”.
3) Compramos a tinta azul no tom desejado, com textura ou não, e realizamos: pintamos a casa de azul.
Podemos também voltar à fase 1 e realizarmos todo o processo novamente.
A possibilidade de criação humana é infinita. Se é assim, quem ou o que nos limita?

Dizer que não pode ou dizer que não quer?

Note a diferença que há em dizer:


1) Eu tenho que fazer isso. (Eu devo fazer)
2) Eu posso fazer.
3) Eu quero fazer.
Na PNL, operadores modais (modal operators) são formas de usar a linguagem que revelam o modo
como operamos no mundo. Podemos criar um mundo de oportunidades (eu posso), de obrigações (eu devo, eu
tenho que…) um mundo de poder (eu quero, eu ouso, eu desejo).
Portanto, os operadores modais são expressos, em geral, por palavras como: poder – não poder; possível
– impossível; dever – não dever; querer – não querer; queria; gostaria.
Dependendo do contexto em que usarmos os operadores modais, limitaremos nossas possibilidades no
mundo. O que está por trás de tais frases são crenças. Do mesmo modo que foram construídas podem ser
desconstruídas.
Por exemplo: vou mudar o modo de pensar, de operar, em algo muito simples.
1) Eu tenho que lavar a louça (é uma obrigação).
2) Mas, na verdade, eu posso lavar a louça (ou deixar para depois. Lavar a louça se transforma em uma
das realidades possíveis. É uma escolha).
3) Eu quero lavar a louça agora (Além de ser uma escolha, há o poder nesta escolha).
No programa do Chaves, o personagem Sr. Madruga expressa sua crença: “O ruim não é ter trabalho, o
ruim é ter que trabalhar”. Neste caso, trabalhar é obrigação: Eu tenho que trabalhar. Agora imagine um mundo
em que se queira trabalhar. Acordar em uma segunda-feira feliz e dizer: – Que bom! Hoje eu volto ao trabalho!
Eu quero trabalhar!
Segundo Richard Bandler, Fritz Pearls dizia para seus pacientes: “Não diga que não pode, diga que não
quer”. Se você não quer, tudo bem! Você tem escolha. E se um dia você quiser, você poderá.
Neste caso, transformamos uma obrigação em um prazer, em um querer. Há diferença? Sim. Como
sempre, é a forma como pensamos que faz toda a diferença. Pense na frase de C. G. Jung: “O livre-arbítrio é a
capacidade de fazer com alegria aquilo que eu devo fazer”.

Mal-entendidos?

A linguagem humana é algo maravilhoso mas também provoca grandes mal-entendidos. Vou escrever
nos próximos dias uma série de textos sobre a parte Linguística contida no termo Programação Neuro-
linguística.
Diversos estudos apontam que na comunicação oral até 93% do que é comunicado não é o conteúdo da
mensagem. O conteúdo – o significado das palavras – constitui apenas 7% da comunicação. Portanto, a maior
parte da comunicação é feita de gestos e expressão corporal juntamente com a emoção colocada na fala.
Por este motivo, é muito importante a congruência (harmonia) entre o que falamos e o modo como
falamos. Um exemplo de incongruência: pessoas que falam coisas que seriam para o bem (supostamente) mas
usando um tom raivoso na voz. Quem escuta entende que o que está sendo dito não é para o bem.
Além disso, temos uma série de dificuldades inerentes à linguagem: distorções, generalizações e
omissões. Falarei mais a frente detalhadamente sobre cada uma destas dificuldades.
Começo hoje descrevendo um forma de distorção muito comum: a relação de causa-efeito. O que isso
quer dizer?
O modo mais fácil de explicar é com um exemplo, retirado do programa humorístico Chaves. Vocês
devem se lembrar da famosa frase do personagem Kiko: – Cale-se! Cale-se! Você me deixa louco!!!
A frase implica que a outra pessoa o deixa louco (causa-efeito), como se ele mesmo não tivesse nenhuma
opção ou escolha no processo. Ou o que é pior: ele não tem responsabilidade nenhuma pelo que eu sente, mas
o outro tem!
Fazemos estas relações de causa-efeito muitas vezes. Quantas e quantas vezes damos o poder dos
nossos sentimentos aos outros!
Exemplos:
1) Fulano disse isso e me deixou triste.
2) O que o outro fez me deixou muito magoado.
3) Me irrita tanto isso que você faz!
4) Segunda-feira me deixa mal-humorado.
E os exemplos são muitos. É como se a outra pessoa apertasse um botão e eu ficasse com raiva, ficasse
triste, magoado, enojado, irritado…
Um dos grandes objetivos da psicologia clínica é transformar este processo. Há um piadinha muito
interessante desta relação de causa-efeito. O homem chega em uma mulher que é feminista radical em uma
festa e lhe diz:
– E ai gatinha? Vamos dar uma volta?
Isso desperta nela (causa-efeito) uma série de emoções negativas que estraga a sua noite. A libertação
feminina, neste caso, virou apenas uma ideia. O homem ainda controlava o comportamento da mulher. De outra
forma, mas controlava.
Comece a ficar atento nesta distorção de causa-efeito em sua vida. Se alguém lhe diz algo que você não
gosta – ou discorda – para que se sentir mal? Para que deixar os outros controlarem o que você sente? De que
outro modo você poderia ter reagido?
Pense nesta consideração de Gautama, o Buda: se alguém deseja dar um presente (maldade,
ressentimento, frustração…) e a pessoa presenteada não aceita, com quem é que fica o presente?
Problemas?

Nós construímos o significado, na linguagem, tendo por base uma série de atividades mentais, uma delas
é a comparação. E nesse sentido, é possível ficar triste mesmo ganhando na mega-sena:

Há um tempo atrás ouvi que um ganhador acertou todos os 6 números e faturou cerca de 5 milhões de
reais. Um amigo lhe disse: – “Que pena! Semana passada o prêmio era de 42 milhões!”

Existem muitas maneiras de mudarmos o significado negativo que atribuímos às coisas. A sabedoria popular
tem muitos provérbios que auxiliam como “Há males que vem pra bem” e “Deus fecha uma porta e abre uma
janela”.

Gosto muito do modo como podemos re-significar (criar outro significado, mais criativo e positivo)
brincando com o tempo. Se você tem um problema, o que esse problema será daqui a cinco, dez anos? E na
eternidade, o que significará? Com certeza, não terá muita importância.

Não sabemos como é o mundo para além do modo como o vivenciamos e vemos com nossa alma. (E
nesse sentido, cada um possui um mundo muito particular). Nós é que construímos os significados, que não
estão nas coisas, mas sim no modo como sentimos e vemos. Se mudarmos o modo como vemos, o mundo
muda como mágica.
Principais Técnicas da PNL

Descubra seus objetivos

O site Inconsciente Coletivo está colocando no youtube entrevistas legendadas com o autor de A Lei do
Triunfo e Pense e enriqueça, talvez o autor mais bem sucedido de auto-ajuda do mundo e que serviu de
inspiração para muitos outros.
Na primeira entrevista, Napoleon Hill diz que a chave número um para encontramos o sucesso é saber o
que é sucesso. O que é sucesso para você? Quais são os seus objetivos? Qual é a sua definição de Propósito?
Pensando nisso resolvi escrever sobre como podemos tornar claros os nossos objetivos; sobre como
podemos ter certeza e entender de forma segura e prática o que queremos, e então ver nosso futuro de
maneira mais aprofundada e brilhante. Afinal, tudo começa com um pensamento.
Utilizo aqui as dicas da PNL (Programação Neuro-Linguistica) resumidas por Michael Hall, em seu
livro The sourcebook of magic. Segundo Hall, existem 8 passos para formarmos um objetivo claramente:
1) Pense em frases afirmativas
Por exemplo, vamos dizer de alguém cujo maior desejo seja emagrecer. O passo um diz para ela pensar:
“Eu quero ser magra”. Mas nunca pensar: Eu não quero ser gorda. Nessa última frase, temos que pensar em ser
gorda para pensar em não ser gorda. Então, pense no positivo, em frases afirmativas. Eu quero ser rico (nunca:
não quero ser pobre).
2) Pense no que você pode fazer
Não controlamos o comportamento dos outros. Portanto, não podemos mudá-los. Podemos nos mudar,
transformar o nosso comportamento. “Eu quero que os outros gostem de mim”. Isso não é um objetivo. Você
não poderá mudar os outros. O que você pode fazer? Ser mais simpático, agradável, amoroso, generoso? O
passo dois estabelece que deve-se focar no que você e só você pode fazer.
3) Defina o contexto
Estabeleça o contexto do seu objetivo. Quais locais, ambientes, situações você terá ao redor do seu
objetivo? Em outras palavras, quais são as circunstâncias que propiciarão a você atingir seus objetivos? Se você
quer estudar mais, em qual local você vai estudar? Em qual contexto e em quais momentos? Quais pessoas
você provavelmente encontrará lá?
4) Pense utilizando os cinco sentidos
O que você poderá ver, sentir, ouvir, cheirar, ou pegar quando tiver atingido seu objetivo? Como você
descreveria seu objetivo utilizando palavras ligadas à alguns dos cinco sentidos? Por exemplo, meu objetivo é
ganhar mais dinheiro. Com o dinheiro, vou poder ver novas paisagens em novas cidades, vou me sentir mais
tranquilo e calmo quando chegarem as contas, poderei ter mais tempo para pegar os filhos na escola,
vou ouvir em minha mente “Tenho dinheiro para pagar esta conta”…etc.
5) Pense em um passo depois do outro
Se você quer escrever um livro, quantas páginas você quer escrever por dia, por semana, por mês? Você
quer emagrecer quantos quilos por mês? Divida o seu objetivo em passos menores.
6) Pense nos recursos necessários
Para atingir seus objetivos, você precisará de que recursos? Estes recursos podem ser financeiros,
emocionais, habilidades mentais, entre outros. Para escrever um livro sobre Metas eu preciso dos seguintes
recursos: computador, internet, duas horas por dia, uma biblioteca com muitos livros sobre o assunto, etc.
7) Pense com ética
Em PNL, nós dizemos ecologia. Os seus objetivos encaixam com todas as suas crenças, opiniões? Há
algum lado ou parte de você que discorda de você atingir seu objetivo? O que você quer pode prejudicar
alguém?
8- Pense como se fosse agora
Atingido o seu objetivo, o que será diferente do que sua condição atual? Tirando todos os critérios
anteriores, quando você tiver atingido seu objetivo, como você saberá que atingiu?
Para criar o seu objetivo realmente, pense como se já tivesse atingido o seu objetivo.
Em meu consultório, frequentemente recebo a demanda de pacientes que querem emagrecer. Quando
vamos trabalhando os objetivos e chegamos neste 8° Passo – digo para pensarem: “Eu sou magra…eu estou
magra” ou “Eu sou magro…eu estou magro”. Agora!
9-Trazer o futuro como se já fosse agora.
Este passo também trará a certeza se o objetivo questionado é o correto para a nossa vida.
Estes 8 passos nos ajudam a criar objetivos que podemos atingir e que serão éticos, ou seja, todo o
nosso ser concordará de modo que poderemos agir e realizar o que realmente queremos para nossas vidas.

Técnica para Decidir

A PNL (Programação Neuro-linguística) é um campo fecundo de pesquisas dentro dos EUA. Um dos
ramos mais pesquisados é procurar encontrar pessoas que são excelentes em determinada área, entender o que
exatamente eles fazem internamente – em seus pensamentos, sentimentos e sensações – para que outras
pessoas possam melhorar uma habilidade em especial até ficar muito parecido com aquela habilidade das
pessoas que a fazem excepcionalmente bem.
Esta técnica foi pesquisada entre pessoas que precisam tomar decisão de forma rápida e precisa como
grandes empresários, industriais e políticos. Siga os passos conforme indicado abaixo:
Passo 1
Identifique uma área em que quer tomar uma decisão.
Qual decisão você quer tomar? Qual é o seu objetivo ou quais são os seus objetivos a serem atingidos.
(Se não souber exatamente quais são os seus objetivos, você poderá ler este texto):
http://www.psicologiamsn.com/2010/07/descubra-seus-objetivos.html
Passo 2
Acesse uma possibilidade, utilizando a sua imaginação visual. Em outras palavras, imagine o que você
poderia ver, ouvir, sentir, dizer para si mesma – se já tivesse tomado uma decisão entre as possibilidades que
existem. Escolha apenas uma.
Tente realmente ver a realidade como se você já tivesse tomado aquela decisão. O que acontece ao seu
redor? Como fica a sua vida, naquela área de decisão, se você escolher esta possibilidade?
Passo 3
Tendo feito o passo anterior, comece a se questionar sobre o que você sente. O que você pensa do que
está acontecendo ao seu redor? – tendo tomado aquela decisão. O que a sua consciência diz para você? Que
pensamentos veem à sua cabeça?
Passo 4
Agora tente sentir. O que você sente? Quais sentimentos e sensações aparecem a partir do que acontece
escolhendo esta decisão em especial? Você se sente bem? Você se sente mal? Você se sente feliz, triste, alegre,
contente, desanimado, entediado…enfim…escolha algumas palavras para definir exatamente o que você sente.
Passo 5
Tendo chegado ao passo 5, retorne aos passos anteriores. Agora ao invés de escolher a opção inicial,
escolha uma outra alternativa.
Talvez seja interessante anotar todas as possibilidades que estão ao seu dispor. Podem ser apenas 2 ou
podem ser muito mais.
Anote em um pequeno papel.
Decisao A –
Decisão B –
Decisão C –
…. e assim por diante.
Faça o mesmo que fez na primeira decisão, com todas as possibilidades, ok?
Passo 6
Já tendo realizado todos os passos anteriores, com todas as alternativas e possibilidades existentes,
considere:
– Qual dessas possibilidades te parece melhor?
– Em qual delas, você se sente melhor?
– Qual delas te agrada mais? Te dá mais felicidade e contentamento?
– Em qual delas, lhe parece estar tudo certo?
– Anote os motivos pelos quais você escolheu uma destas alternativas em especial como a melhor? Qual
foi o critério? A sensação de felicidade e contentamento? A sensação de ter tudo se encaixado em uma delas?
A intuição de que este é o caminho correto? Ou ainda outro critério?
Passo 7
Agora é necessário dar um passo adiante. Esquecendo do que está acontecendo no momento presente,
imagine que você está já no futuro, vivenciando profundamente a decisão que lhe pareceu melhor. Você pode
sentir o ambiente diferente, o contato talvez com outras pessoas, a luz do dia ou da lua, enfim: você pode sentir
cada detalhe e ver cada movimento de como é a sua vida, vivendo a decisão que foi considerada melhor no
passo anterior.
Passo 8
Tendo vivenciado, de forma bem profunda e completa o futuro tal qual ele é a partir da melhor decisão,
pense:
– Existe alguma objeção importante, dentro de você, a respeito daquela melhor decisão?
– Algo lhe diz que isto não é correto, bom ou suficiente? Ou tudo parece estar bem a partir da decisão
melhor (escolhida no passo 6)?
– Existe um preço a pagar? Que preço você pagaria por outras escolhas?
Se você chegar até o passo 8 e não existir nenhuma objeção importante, a técnica estará completa e a
decisão tomada.
Se existir objeções, preços a pagar ou talvez até alguma dificuldade, você poderá retornar ao passo 6,
escolher outra decisão como melhor e continuar a fazer o passo 7 e 8.
Referências Bibliográficas
HALL, Michael. The sourcebook of magic. Crow House, 1998

Possibilidades – Técnica para escolher melhor

Técnica como Escolher, como tomar decisões


Orientação Profissional e em geral

Como decidir que caminho tomar? Que carreira seguir? Quando se tem 17, 18, 20 anos esta é uma dúvida
frequente. Existem várias formas de descobrir, uma delas é a possibilidade oferecida pela psicologia chamada
Orientação Profissional.
Mas hoje, não falarei especificamente da Orientação Profissional em Psicologia. Vou dizer para vocês à
respeito da técnica fundamental para permitir uma escolha, para possibilitar uma decisão, para tomar um rumo.
Esta técnica serve não só para a escolha profissional, mas para todas as escolhas que temos que tomar.
Podemos chamar esta técnica de Possibilidades. Pois a essência dela é trabalhar com as possibilidades,
primeiro aumentando as possibilidades, depois reduzindo.

Então, vamos por passos.


1) Ver todas as possibilidades
Neste primeiro passo, devemos imaginar, criar, pensar em todas as possibilidades possíveis. Parece
redundante dizer dessa forma, mas é assim mesmo. Imagine tudo o que é possível, tudo o que poderia ser
escolhido, amplie os horizontes, descubra novas formas. No caso da Orientação Profissional, pense em todas as
profissões, carreiras, cargos que você poderia ter.
2) Reduzir as possibilidades
Como reduzir? Uma forma é excluir, retirar das possibilidades o que você NÃO quer fazer. Em hipótese
alguma, de forma nenhuma. É uma escolha por exclusão. Na vida, muitas e muitas vezes, também fazemos desse
jeito. “Isso não é para mim” “Não quero mais isso em minha vida!”
3) Possibilidades restantes
Agora reveja o que sobrou. Tirando o que você NÃO quer fazer, quais são as possibilidade restantes?
Claro que podem ser muitas ainda… as vezes centenas…
4) Possibilidades Possíveis no momento
Agora pense nas circunstâncias que você tem. Imagine que para algumas das profissões que você
escolher você terá que morar em outro estado ou país – e não quer isso – ou terá que investir muito dinheiro –
o que pode não ter – ou então perceba eventos que podem lhe impedir no momento de seguir a profissão ou
algumas profissões.

Podemos pensar em alguns exemplos.


Talvez alguém queira fazer medicina. Mas olhando os valores necessários para fazer a faculdade (custos
de mensalidade, livros), necessidade de tempo integral… esta carreira não se torna uma possibilidade possível
no momento. Mas veja bem: no momento presente.

Uma saída seria escolher por uma carreira próxima, como biomédicas, por exemplo. Depois ainda fica o
caminho para cursar a faculdade.

Outro exemplo: talvez a pessoa queira ser piloto de avião. Adoraria… mas tem medo de altura. Ora,
obviamente, esta não é uma possibilidade possível.
5) Conclusão
Bem, com esta técnica primeiro expandimos as possibilidades para perceber caminhos que ainda não
haviam sido pensados. Expandido, podemos ter uma série de ideias novas, direções inesperadas, rumos
surpreendentes. Mas, em um segundo momento, é necessário perceber o que não queremos, o que nunca
faríamos, o que não é para cada um de nós.

Com este segundo passo, já excluímos um pouco o que poderíamos fazer (todas as possibilidades) e o
que não gostaríamos de fazer (algumas possibilidades). Deste modo fica mais fácil de começar realmente a
escolha.
O terceiro passo, consiste em notar bem o que ficou nestas “algumas possibilidades”. Destas, quais são
realmente possíveis no momento presente ou nos próximos anos? Existem limitações financeiras, de tempo,
limitações por dificuldades emocionais ou problemas familiares?
Quais são as possibilidades que são realmente possíveis no dia de hoje? Retirando, então, o que não
queremos para nós e o que não podemos por algum motivo externo e circunstancial, fica muito mais fácil de
escolher, seja na profissão ou em qualquer outra área.
Esta é uma excelente técnica que serve não só para a escolha profissional, mas para todas as escolhas
que temos que fazer ao longo de nossas vidas. Espero que tenham gostado!

O Fim de uma relação – Técnica para superar

Como “esquecer” uma pessoa? PNL (Programação Neuro-linguística) para o rompimento de uma relação.
Esta é uma técnica da Programação Neuro-linguística. O objetivo dela é acelerar o processo que existe
com o fim de um relacionamento. De certa forma, todos acabam passando por cada uma das fases descrita
abaixo. Então, ao invés de levarmos meses ou anos elaborando e reelaborando o fim de um relacionamento,
podemos fazê-lo rapidamente.

Tendo certeza de que você não deseja mais ter qualquer relacionamento com a pessoa, siga todos os
passos abaixo. Certifique-se de que não haverá interrupção. Imagine perfeitamente cada momento e faça o
caminho passo a passo, como segue:
Imagine que você sentada em uma sala de cinema e na tela está uma foto de você, como você é hoje. Na
foto você está se sentindo confortável, com um sorriso no rosto.
Agora imagine que você está saindo do seu corpo – que está sentado em uma das cadeiras do cinema.
Você sai do seu corpo e agora está na sala de projeção, bem atrás da última fileira de cadeiras. Assim, você
pode ver o seu corpo ainda sentado, e também, a foto de você hoje na tela.
E, então, na tela, você começa a ver um filme em preto e branco. O filme que está passando contém
apenas cenas boas do seu relacionamento. As cenas são em preto e branco (como nos filmes antigos) e você
consegue ver todas as cenas boas que aconteceram – todas as coisas que aconteceram quando vocês se
conheceram e se apaixonaram, os momentos divertidos, as risadas, o contato físico… você vê este filme em
preto e branco da sala de projeção do cinema. Você vê o filme na tela e também o seu corpo sentado logo a
frente. O filme passa desde o começo do relacionamento até o rompimento.
Então o filme acaba e você volta a ver na tela a foto de você, se sentindo confortável e sorrindo.
Agora, o filme que começa a passar na tela é um pouco diferente. Você vê um filme em preto e branco,
mas ele está indo de trás para frente, como se você tivesse voltando um DVD. As cenas começam com o
rompimento e vão até o começo do relacionamento.
Agora você vai sair da sala de projeção e vai entrar “dentro da tela”. Você vai começar a estar dentro da
cena do rompimento. Mas, assim como no passo anterior, você vai ver passar todos os momentos de trás pra
frente até meses antes do começo do relacionamento. O filme agora, de traz pra frente, é bem rápido, você
sente os meses passando rapidamente, em menos de 10 segundos. Talvez até menos, e você volta a estar – do
rompimento – até meses antes do começo.
Em seguida, você sai da tela e volta a estar sentada na cadeira do cinema e vê novamente a foto de você
mesma, se sentindo confortável e sorrindo.
Agora, na tela, começa a passar momentos ruins do relacionamento. Você se levanta da cadeira e entra
dentro do filme e começa a ver, ao seu redor, as cenas ruins de coisas que aconteceram, como brigas,
desapontamentos, dúvidas, incertezas, problemas…
E, novamente, você está na cadeira do cinema. Na tela, a foto de você se sentindo confortável e sorrindo.
Agora, você vai pensar em você daqui a alguns anos, por exemplo, cinco anos. Você já está lá no futuro,
e olhando para trás, para o relacionamento, você percebe que você aprendeu muito com ele. Você pode ver e
sentir que foi uma experiência importante em sua vida e que você já consegue entender o lado da outra pessoa
e perdoar pelas coisas não terem dado certo. Você também consegue se perdoar por qualquer ação, palavra ou
pensamento equivocado.
Agora, você está ainda no futuro e encontra a pessoa, cinco anos após o momento presente. O que você
sente?

Perdão – Técnica para perdoar

Se alguém te magoou, não deixe a mágoa com você. Nem que seja por egoísmo, perdoe. Afinal, quem vai
sofrer com a mágoa é você e não a pessoa que te magoou, que te causou tristeza ou sofrimento.
Leia abaixo, uma excelente técnica da psicologia para perdoar. Lembre-se que praticar sempre o perdão
é tão saudável quanto comer e dormir bem e praticar exercícios – por exemplo. Por isso, cuide-se de si mesmo
e passe a perdoar mais!
Descobri no Livro de Jack Kornfield, A psicologia do Amor uma ótima forma de praticarmos o perdão:
Sente-se confortavelmente em um lugar em que não haja interrupções. Feche os olhos e deixe a
respiração ficar natural e fácil. Relaxe o corpo e a mente. Respirando, prestando atenção na região do coração,
sinta as barreiras criadas para não sentir as emoções por não ter perdoado, nem a si mesmo, nem aos outros.
Veja a dor que há, por não ter perdoado. Então, comece a pedir e a oferecer perdão, recitando as
palavras a seguir, deixando que as imagens e sentimentos que aparecerem se aprofundem enquanto as repete:
Pedindo perdão aos outros
Recite: De muitas maneiras eu magoei e prejudiquei outras pessoas, eu as traí ou abandonei, causando-
lhes sofrimento, consciente ou inconscientemente, motivado por minha dor, medo, raiva e confusão.
Permita-se lembrar e visualizar as maneiras pelas quais você magoou outras pessoas. Veja e sinta a dor
que causou a elas, motivado por seu medo e confusão. Sinta a sua própria tristeza e arrependimento. Perceba
que finalmente você pode libertar essa carga e pedir perdão.
Visualize cada lembrança que ainda sobrecarrega o seu coração.
E então, para cada pessoa em sua mente, repita: Eu peço perdão. Eu peço perdão.
Oferecendo perdão a si mesmo
Recite: De muitas maneiras eu magoei e prejudiquei a mim mesmo. Eu me traí e abandonei muitas vezes,
por meio do pensamento, palavra ou ato, conscientemente ou inconscientemente.
Sinta como são preciosos o seu próprio corpo e sua vida. Permita-se ver as maneiras pelas quais você se
magoou ou prejudicou.
Visualize-as, lembre-se delas.
Sinta a tristeza que você carregou por causa disso e perceba que pode liberar essa carga. Ofereça
perdão para cada uma das situações, uma a uma.
Repita para si mesmo: Pelas maneiras em que eu magoei a mim mesmo por meio de ação ou inação,
motivado por medo, dor e confusão, eu agora ofereço um perdão pleno e sincero. Eu perdoo a mim mesmo, eu
perdoo a mim mesmo.
Oferecendo o perdão àqueles que magoaram ou prejudicaram você
Recite: De muitas maneiras eu fui prejudicado por outras pessoas, maltratado ou abandonado, por meio
do pensamento, palavra ou ato, consciente ou inconscientemente.
Permita-se visualizar e lembrar dessas inúmeras maneiras. Sinta a tristeza que você carregou deste
passado e perceba que você pode liberar essa carga de dor oferecendo perdão sempre que seu coração estiver
pronto.
Agora diga para si mesmo: Eu agora me lembro das inúmeras maneiras em que outras pessoas me
magoaram ou prejudicaram, me feriram, motivadas pela dor, medo, confusão e raiva.
Eu carreguei essa dor em meu coração por tempo demasiado. À medida em que estou pronto, ofereço
perdão a você. Para aqueles que me prejudicaram, eu ofereço meu perdão, eu perdoo vocês.
Fonte: A Psicologia do Amor – Jack Kornfield

Série: Mudar o significado


Baseado no Livro Mind-Lines, lines for changing minds (Em português: Linhas da mente, linhas para
mudar a mente), escrevi a Série de 20 textos sobre como podemos mudar significados e sentidos que nos
causam problemas.

Criar um novo significado?

Estou lendo atualmente um livro muito interessante de PNL, Programação Neuro-Linguísitca. O título do
livro é Mind-lines, lines for changing minds. Não consegui descobrir ainda se há alguma tradução para o
português. Uma tradução do título seria: Linhas da mente: linhas para mudar a mente.
Este livro explica de forma simples o que é difícil explicar: como nós construímos um sentido ou
significado sobre as coisas, sobre o mundo, sobre as pessoas, sobre nós mesmos.
Existe um exemplo, dado pelo autor, Michael Hall que é ótimo.
Imagine o pai chegando em casa, sentindo-se cansado depois de um longo dia de trabalho. Ele entra na
sala e vê seu filho adolescente deitado no sofá assistindo TV. O que este pai diz para si mesmo? O que ele
pensa ao entrar em casa e ver seu filho?
Ele pode pensar que seu filho é um preguiçoso e poderia estar estudando, trabalhando, lavando a louça.
Mas, por outro lado, se pensarmos bem, ele bem que poderia pensar: graças a Deus meu filho tem a
possibilidade de descansar e ter o conforto que eu não tive quando tinha a idade dele.
São duas visões, dois pensamentos completamente diferentes, não é mesmo? Um lhe dá satisfação de
poder proporcionar para o filho um bem estar que ele mesmo não teve. O outro posicionamento provavelmente
lhe dará raiva e descontentamento.
As duas visões são chamadas em PNL de frame (perspectiva ou contexto). Dependendo da perspectiva o
sentido do que o pai vê será um – a preguiça – ou será outro – o bem estar do filho.
A palavra frame em inglês dá a ideia também de quadro de referencia ou moldura. Vendo a cena em sua
frente, podemos colocar diferentes molduras. O que acontece realmente, no caso do exemplo, é muito simples:
um rapaz vendo TV. A única coisa real é isso. Entretanto, o pai pode colocar a moldura da preguiça, do
descanso, do bem estar, da felicidade e assim por diante.
Lembro agora também, embora seja outra área, de um exemplo dado pelo psicanalista francês Jacques
Lacan. Um menino recebe um leve tapa no rosto. Por alguns segundos (até descobrir a moldura que deve
colocar) não sabe se chora ou se ri. Pois, tanto poderia ser uma bronca, um xingamento como também poderia
ser um elogio, como quem diz: ê rapaz! Muito bom!
Até colocarmos o quadro de referências (que, em geral, não percebemos) o que existe são apenas fatos,
que poderiam ser descritos objetivamente. Uma mão deu três tapas em minha face. Um garoto está sentado
vendo tv.
Mudar o quadro de referencias é chamado em PNL de ressignificação, ou seja, significar novamente,
mudar o nosso quadro de referências. Pode parecer algo simples ou banal. Mas dependendo do nível em que é
feita esta ressignificação, pode mudar uma vida inteira.
Como exemplos, podemos pensar em:
a) uma pessoa pensa que ganhar dinheiro é sujo. Se ela mudar esse significado, se ela ressignificar,
poderá ser muito mais fácil para ela ganhar dinheiro.
b) uma pessoa que passou a vida inteira vivendo para ganhar dinheiro. Depois de anos e anos, ela
ressignifica: sai da cidade grande e vai morar no campo, e passa a ganhar muito menos.
As duas pessoas ressignificaram. As duas pessoas escolheram um caminho melhor para elas mesmas.
Falarei mais sobre este assunto e como temos muitas maneiras, simples e práticas, para mudarmos o modo
como vemos as coisas, para deixarmos de lado um quadro de referencias e adotarmos outro. Enfim, para
ressignificarmos o que nos limita e causa sofrimento. A fim de que possamos encontrar caminhos melhores para
seguir.
Mudar o significado

❖ 1° Forma

O livro de PNL, Mind-lines: Lines for changing minds, apresenta 20 modos para que possamos mudar os
significados errados ou distorcidos que criamos. Em outras palavras, a PNL descobriu 20 maneiras diferentes de
como recriar um significado melhor para pensamentos que nos limitam ou nos fazem sofrer.
Seguirei a ordem do livro, e escreverei sobre todas as 20 formas.
Uma das formas de construir significado é ligando as coisas (um evento externo com um evento interno).
Por exemplo: Ela está brava comigo porque ela não sorriu para mim como ela geralmente faz.
As duas frases “Ela não sorriu” (evento externo) e “Ela está brava” (evento interno) são conectadas, são
inter-ligadas, produzindo um sentido, produzindo um significado.
A primeira forma de ressignificação consiste em analisar as pequenas partes do significado que
construímos. Pegamos a frase que queremos mudar e cortamos ela em pequenas partes. Cada parte é
questionada.
Imagine alguém que tenha medo de falar em público. O significado é: “Eu tenho medo de falar em
público”. Medo é ligado a falar. Mas é ligado a falar apenas em público. Afinal, falar em público não tem nada a
ver com ter medo.
Podemos desconstruir o significado criado de várias formas: O que é o medo? Suor nas mãos é medo?
Rubor? Coração batendo mais forte? O medo está em que parte do corpo?
Por outro lado, podemos questionar o falar. Falar para quantas pessoas? Duas, três, vinte? As pessoas
para as quais se fala estão em pé ou sentadas? Falar por quanto tempo? Dois segundos (como dizer seu nome)
ou falar por 50 minutos?
Acredito que vocês tenham entendido que vamos questionar as partes que compõe a frase “Eu tenho
medo de falar em público”. O que se pode ver, ouvir, sentir da palavra público? O que se pode ver, sentir, ouvir
a partir da palavra medo? O que se pode ver, ouvir, sentir da palavra falar?
Por exemplo, se a pessoa diz: sinto medo quando percebo que meu coração acelera. Mas o nosso
coração também acelera quando corremos, quando respiramos mais rápido, quando estamos apaixonados…
O exemplo do medo de falar em público é um exemplo. Pode-se quebrar um sentido, desconstruir um
sentido, e recriar um outro sentido questionando as pequenas partes de qualquer frase que nos limite, que crie
problemas para nós.
Se fizermos isso, se quebrarmos a frase em pequenas partes, teremos duas consequências:
1) saber com detalhes o significado criado
2) saber que, provavelmente, mudando um detalhe do signficado, mudamos o seu sentido.
Voltando ao exemplo do medo de falar em público. Vamos dizer que pessoa chega a conclusão que ela
sente medo de falar em público porque sente o coração bater mais forte. Ela pode mudar este detalhe (o
coração bater mais forte) de várias maneiras: respirando mais lentamente, fazendo exercícios de relaxamento,
com um medicamente homeopático, etc.
Ou seja, agora a pessoa vai ter a sua disposição um elemento que ela pode mudar. Muito mais fácil de
mudar esse “medo” se soubermos o que é esse medo, que no final das contas, nem existe: é só um coração
batendo…

❖ 2° forma

Nós sabemos que se dermos uma série de passos em uma direção chegaremos em um lugar. Se
andarmos para a direção contrária chegaremos em um lugar diferente. Assim também acontece com a sequência
que fazemos mentalmente.
A segunda forma de mudar o significado, de acordo o livro Mind-lines, é descobrir que estratégia
estamos usando para criar um estado que nos incomoda, causa desconforto ou sofrimento. A estratégia, no
vocabulário da Programação Neuro-linguística, pode ser pensada como os passos que nós damos para chegar
até um determinado estado.
Se pensarmos em algo triste ouvindo uma música melancólica, juntamente com pensamentos pessimistas,
certamente chegaremos à um ponto em que ficaremos tristes. Por outro lado, se pensamos em algo alegre,
ouvindo uma música animada e dizendo que tudo vai dar certo, não chegaremos à um ponto em que ficaremos
tristes. Iremos para um outro lado e ficaremos felizes.
Ao mudar a estratégia mudamos o resultado. O problema é que, em geral, as pessoas não sabem a
estratégia que usam. Sabem o final pois sentem as consequências, mas desconhecem como fizeram chegar até
ali.
A segunda forma de ressignificar (de criar um significado mais positivo) é descobrirmos a estratégia que
utilizamos. Para tanto, podemos fazer as seguintes perguntas:
O que eu fiz (pensei, imaginei, senti, ouvi em meus pensamentos) para estar como estou? Que passos eu
segui? Qual foi a sequência de pensamentos e sentimentos?
Descobrir a cadeia, os passos que fazemos nos torna conscientes de como chegamos até um estado e
não até outro. Podemos nos desviar, voltar ao começo e ir para outro lugar. Mais livre, mais positivo, mais
harmonioso.
Por exemplo, imagine uma garota que pensa, com todos os menores detalhes possíveis, que seu
namorado a está traindo. Ela vê, em sua imaginação, ele beijando outra mulher, dizendo que gosta dela e outras
coisas mais. A garota poderá brigar com seu namorado à toa. E estará criando um significado que prejudicará o
seu relacionamento e seu bem estar. A justificativa pode ser “Eu sou ciumenta e brigo mesmo!”
Ora, se descobrirmos como ela é ciumenta, qual estratégia ela faz para se sentir mal e brigar com o
namorado, ela poderá mudar a sequência, poderá mudar a estratégia e assim não haverá mais o resultado
previsível, da briga e dos problemas entre ela e o namorado.
Você já pensou que existem pessoas que não sentem ciúmes? Se formos ver qual estratégia elas usam
para não ter ciúmes, ouviremos que a estratégia que estas pessoas usam é muito diferente das pessoas
ciumentas.
Pessoas que não são ciumentas podem usar a seguinte estratégia: “Eu sou uma pessoa única. Não há
ninguém igual à mim no mundo”. A partir deste significado, elas pensam que não faz sentido se comparar com
os outros. E portanto, imaginar o namorado (ou namorada) com outra pessoa.
A pessoa que é ciumenta usa uma estratégia e a pessoa que não é ciumenta usa outra estratégia,
totalmente diferente. Havendo uma estratégia, haverá um resultado – até certo ponto previsível. Se mudarmos a
estratégia, mudaremos o resultado.
Existem estratégias que conduzem à resultados geniais, como podemos ler no livro A Estratégia da
Genialidade, de Robert Dilts. E também existem estratégias que levam ao sofrimento.
Tomar consciência do que fazemos, passo a passo, nós dá mais liberdade para que possamos mudar um
significado que nos prejudique. E descobrir como alguém chega em outro resultado, também nos dá mais
liberdade para nos desenvolver.

❖ 3° Forma

Imagine uma mulher, esperando que seu marido ligue para ela. Ele não liga na hora combinada, as 18:00
horas. A mulher diz para ele depois: “Você não me ligou na hora que disse que ia me ligar. Isso quer dizer que
você não se importa comigo”.Como vocês podem ver, uma coisa não tem nada a ver com a outra. Mas são
construções de significado assim que muitas pessoas pensam o tempo todo, criando tristezas e sofrimentos.
Encontramos no livro Mind-lines, lines for changing minds, a 3° forma de mudarmos um significado: a
ressignificação de contexto. Se mudarmos o contexto, mudaremos o sentido.
O marido não ter ligado na hora não significa que ele não se importe ou que tenha deixado de amar sua
mulher. O marido pode ressignifcar, mudando o contexto dizendo o seguinte: “Eu não ter ligado não significa
que não me importo com você. Quer dizer apenas que tive muito trabalho e simplesmente não tive como te
ligar”.
Esta terceira forma de ressignicar consiste em mudarmos o sentido de uma das frases dita pela mulher:
“Isso quer dizer que você não se importa comigo”. Não mudamos o sentido da outra frase: o marido continua
não tendo ligado no horário.
De acordo com Michael Hall, para mudarmos um significado de acordo com essa terceira forma, podemos
fazer as seguintes perguntas:
1) Como eu posso pensar diferente (sobre este comportamento)?
2) Que outro significado outras pessoas dariam no meu lugar?
3) Como uma pessoa de outra cultura, ou de outro país pensaria sobre isso?
A 4° forma de mudar o significado é parecida com a 3°. Por este motivo, continuarei explicando melhor
estas duas formas na próxima postagem.

❖ 5ª e 6ª formas
Pense em alguém que tem a seguinte crença: “Câncer causa morte”. Essa frase reúne câncer e morte
como se um não pudesse ser pensado sem o outro. Se em alguns casos a doença realmente provoca a morte,
em milhares de outros casos isso não é verdade. Como podemos criar um outro significado utilizando a 5ª
e 6ª formas de ressignificar da PNL?Usaremos as explicações encontradas no livro Mind-lines, lines for changing
minds, de Michael Hall.
A diferença entre a 5ª e 6ª formas não é muito grande e, por este motivo, tratamos as duas formas em
apenas um texto. Veja a diferença através do exemplo:
“Câncer causa morte”:
5° forma: – Você diz que câncer causa morte, mas e se essa crença morresse para você? O que
aconteceria?
6° forma: – Você diz que câncer causa morte. Se isso fosse verdade, não faria sentido a existência de
tratamentos que realmente curam e muitas pessoas que eu conheço já teriam morrido!
Nestas duas formas de ressignificar, mudamos o sentido, o significado da frase direcionando a ideia para
“outro lado”. Na 5 forma, direcionamos o sentido para a própria pessoa que disse a frase. Na 6 forma,
direcionamos o sentido para o ouvinte.
Em um texto anterior, usamos o seguinte exemplo: – “Você não me ligou na hora combinada. Isso
significa que você não me ama”. Nessa frase, o fato de não ligar é vinculado a não amar. A resposta (utilizando
a 5° forma) seria a seguinte: – ”Então quer dizer que toda vez em que você se atrasou para ligar – mesmo que
fosse alguns segundos – queria dizer que você não me amava?

❖ 7° forma

Sétima Forma – Mudar o Significado – Dizer um exemplo contrário


Ressignificar quer dizer significar de novo, significar novamente. A ressignificação é um termo muito
utilizado em PNL, Programação Neuro-Linguísitica, pois a ressignificação é uma técnica muito útil para
mudarmos significados e sentidos que são ruins para nós.
Em verdade, poderíamos dizer que este é o centro do trabalho de todo terapeuta e de todo psicólogo.
Quando nós dizemos uma frase, nós construímos um sentido que está presente na própria frase. Talvez
uma frase apenas não tenha importância. Mas existem frases que representam o destino dos indivíduos. Frases
com as quais cada um de nós pensa o mundo e a si mesmo.
O livro Mind lines, minds for changing minds (Linhas da mente, linhas para mudar as mentes), de Michael
Hall, apresenta exemplos muito interessantes.
Imagine uma mulher que se acha extremamente feia. Por se achar feia, ela diz a seguinte frase: “Sou
muito feia, nunca vou encontrar um marido por isso”. (E ela quer muito se casar).
Esta é uma frase, um pensamento que criará um determinado futuro para esta mulher. Pensando desta
forma, ela passará a não procurar ou mesmo vai recursar o contato com os homens.
Milton Erikson, um conhecido psicólogo americano, teve uma paciente que pensava desta forma. Para
ajudá-la, Erikson pediu para que ela comprasse uma revista da National Geografic – que mostra pessoas de
várias culturas ao redor do mundo.
A mulher saiu da sessão e comprou a revista. Vendo a revista, ela observou mulheres diferentes,
mulheres que ela considerava feia. Mas estas mulheres estavam casadas.
Portanto, a paciente de Erikson ouviu um exemplo contrário ao significado que ela tinha criado.
Pense em alguém que diz o seguinte: “Nasci pobre, sempre serei pobre”. Podemos contar à esta pessoa
milhares de exemplos de pessoas que nasceram pobres, mas que enriqueceram com o seu trabalho como Silvio
Santos. Ou até mesmo o nosso ex-presidente Lula, que nasceu pobre e não apenas conseguiu subir de vida,
como foi Presidente do 6° país mais rico do mundo por dois mandatos.
A sétima forma de ressignificar, portanto, é extremamente simples. É muito utilizada pelas pessoas
quando dizem: “Não pense assim…veja o exemplo de fulano de tal…” “Não diga isso, lembra daquela vez que
aconteceu o contrário?”
O livro de Michael Hall também dá os exemplos abaixo, usando a lógica de Descartes:
Frase: “Você se atrasar significa que você não se importa”
1) Houve alguma vez em que alguém estava atrasado e se importava?
2) Houve alguma vez em que não estava atrasado e se importava?
3) Houve alguma vez em que estava atrasado e não se importava?
4) Houve alguma vez em que não estava atrasado e não se importava?
Nessas 4 formas de inverter a frase, teríamos na frase: “Sou feia e não poderei casar”:
1) Houve alguma vez em que alguém feia casou?
2) Houve alguma vez em que alguém bonita não casou?
3) Houve alguma vez em que alguém bonita casou?
4) Houve alguma vez em que alguém feia deixou de casar?
Outra maneira ainda é criar uma pergunta universal: “O que é a beleza?” ou “O que é a feiura?”
(Interessante notar que feiura, assim como heroico e ideia não possuem mais acento). Em geral, não sabemos
responder perguntas universais, e o não saber responder pode ajudar a ressignificar.
Nas próxima postagens, veremos formas de ressignificar que estão ligadas ao tempo.

❖ 8° forma

Oitava forma – Mudar o Significado – Intenção Positiva


Para explicar esta forma de ressingificação – de criação de um significado melhor para os nossos
pensamentos – temos que saber primeiro o que é intenção para a PNL, Programação Neuro-Linguísitica.
Um dos pressupostos da PNL (você poderá ler mais sobre estes pressupostos, clicando aqui) é o
seguinte: “Todo comportamento apresenta uma intenção positiva”. Um comportamento (a ação externa) é
diferente da intenção que está por trás do comportamento. Não vemos a intenção, mas podemos ver o
comportamento.
Por exemplo, posso brigar com um amigo por ele ter dito alguma coisa que me desagradou. Minha
intenção?
Minha intenção é de que ele não diga mais coisas do gênero que me desagradam. Outra intenção
poderia ser: defender meu ponto de vista ou convencer o meu amigo de que ele está errado.
A intenção, portanto, é diferente do comportamento. Um comportamento pode ser ruim ou desastroso –
como brigar com alguém que você gosta. Mas temos que descobrir a intenção que está por trás deste
comportamento. Descobrindo a intenção, vamos criar um novo sentido. E, consequentemente, teremos mais e
melhores opções e escolhas.
Para utilizar esta Oitava Forma de Ressignificação podemos pensar ou perguntar ao outro (ou a nós
mesmos):
– Que intenção positiva esta pessoa tem ao dizer ou fazer isto?
Sabendo ou mesmo imaginando e sugerindo a intenção positiva, poderemos criar outras formas de
atingir o que no fundo queremos.
No século passado, era comum em Hospitais Psiquiátricos fazer a lobotomia em pacientes. A lobotomia
consiste em cortar um pedaço do cérebro. Os pacientes após a lobotomia assemelhavam-se a pessoas que
sofreram graves acidentes. Muitos perdiam a fala ou até mesmo esqueciam quem eram.
A intenção positiva da lobotomia era: com a cirurgia os pacientes ficarão melhores. Cortaremos a parte
do cérebro que está doente.
Como poderíamos utilizar esta Oitava forma de ressignificação?
“Tudo bem que a cirurgia poderia melhorar o paciente. Mas não há provas de que o fará, pois não se
sabe certamente a origem neurológica do problema. Não é melhor buscarmos formas menos agressivas para
melhorar os pacientes?”
Para quem trabalha com vendas, esta forma de ressignificação também é muito útil.
Imagine que o cliente chega na loja, vê o produto mas diz ao vendedor:
“Gostei muito do produto. Mas é muito caro”.
O vendedor pode usar esta 8° forma:
“Sei que você quer fazer um bom uso do seu dinheiro. Este produto é realmente um pouco mais caro do
que os outros. Mas veja bem que ele possui qualidade muito superior e vai durar muito mais. Se você comprar o
outro produto, terá que comprar logo outro. O barato vai sair caro”.
Podemos utilizar esta forma em todas as áreas da vida.
Sabe aquela voz interna que as vezes fica nos criticando? Podemos perguntar para ela qual é a intenção
que ela tem. Descobrindo a intenção por trás da voz, podemos parar com a auto-crítica. E encontrar uma saída
melhor do que ficarmos nos auto-criticando.

❖ 9° forma

9° Forma – Causa positiva


A 9° forma de mudarmos um significado que nos atrapalha a vida é muito simples. Vamos atribuir uma
causa positiva ao comportamento nosso ou dos outros. Na verdade, nós sempre fazemos isso. Mas de maneira
equivocada.
Pense por exemplo, que você está esperando alguém chegar às 9 horas. O tempo vai passando e nada
da pessoa chegar. O relógio marca 9 e meia, 10 horas e a pessoa não chega. Qual é a causa do atraso? A
pessoa não se importa comigo. A pessoa não liga para mim, por isso chega atrasada.
No exemplo acima, criamos um significado para a causa do atraso. Um significado negativo que pode
destruir relacionamentos amorosos, de amizade, familiares ou de trabalho.
A nona forma de ressignificar, portanto, é muito simples: atribuir uma causa positiva ao comportamento.
Não é criar uma desculpa e justificar. É transformar o significado de algo que nos incomoda – nos outros ou em
nós.
“A causa da pessoa ter chegado atrasada não foi não se importar. Aconteceu um problema que a fez
atrasar, mesmo querendo chegar na hora marcada, ela simplesmente não pode”.
Ressignificamos mudando a causa, de negativa para positiva.
Esta forma de mudar o significado é muito útil quando somos criticados e a outra pessoa nos diz, talvez
de forma ríspida e grosseira, algo que deveríamos ter feito ou algo que poderíamos ter feito melhor, por
exemplo.
“A causa da crítica é que esta pessoa não gosta de mim. Nada do que eu faço está bom para ela”. Aqui
estamos atribuindo uma causa negativa ao comportamento do outro.
Utilizando a 9° forma: “A causa da crítica (ainda que ríspida) é que esta pessoa quer que eu me
desenvolva. Ela sabe do meu potencial, por este motivo me critica”.
Muda muito o sentimento que teremos com relação àquela pessoa, não?
Às vezes acontece o seguinte: antes de conhecermos uma pessoa, ouvimos que ela é uma pessoa chata,
insuportável e que trata mal todo mundo.
Aqui a causa está escondida. O comportamento da pessoa é explicado pela causa: “Ela é chata. Ela é
assim mesmo, desde sempre. É o jeito dela, a personalidade dela”.
Podemos mudar a causa de muitas maneiras. A causa dela apresentar um comportamento antissocial é
que ela teve uma infância difícil. Se a tratarmos bem, ela com certeza nos tratará também.
Algo semelhante aconteceu comigo certa vez em que tive de ir à uma repartição pública. A pessoa que
me atendeu não foi muito simpática. Pelo contrário: me tratou muito mal.
Qual é a causa do comportamento do outro?
Pensei comigo: esse trabalho que ela faz o dia inteiro é extremamente burocrático e chato. Ela não deve
sentir prazer em fazer esta atividade todos os dias, 8 horas por dia, 40 horas por semana. Mas se ela for bem
tratada (o que geralmente não acontece, já que as pessoas não tem muita paciência por esperar na fila…)
certamente me tratará bem. E poderá me ajudar a resolver o que vim resolver.
E foi o que aconteceu. Como diz um provérbio árabe: “Com um rosto sorridente, o homem duplica as
capacidades que possui”
A 9° forma de ressignificar, portanto, é muito simples. Usamos esta forma todos os dias, mas geralmente
de maneira negativa. Por isso, ao invés de termos melhores relações, acabamos complicando-as.
Podemos utilizar esta forma conosco mesmo. Pense em algo que você fez e que te desagradou. A causa
do comportamento? Ao invés de pensar: “Sou um idiota mesmo!”, podemos pensar: a causa de eu ter errado
desta vez foi que eu não tinha experiência nisso. Da próxima vez, com certeza será mais fácil e não farei assim.
Encontrar uma causa positiva para o comportamento nosso ou dos outros é uma ótima forma de sermos
mais felizes.

❖ 10° e 11° Formas

Um amigo meu, de infância, passou a adolescência sendo uma pessoa alternativa. Não vou,
evidentemente, contar os detalhes da vida dele – por questões éticas.
Mas o ponto central a que ele se apegou era o seguinte: “não vou me adaptar à este sistema”. E ele
viveu anos assim, sem estudar ou trabalhar, sem namorar ou conhecer pessoas diferentes, tudo para não se
adaptar ao que ele considerava errado.
A mudança para ele chegou na forma de uma pergunta: se você continuar pensando assim, nas próximas
décadas, o que você vai conseguir?
Claro, em um primeiro momento ele reagiu se defendendo. Depois parou para pensar. Se ele continuasse
pensando daquele jeito, não conseguir fazer, obter ou ser nada do que ele realmente queria, do que ele
realmente sonhava.
Foi aí que ocorreu a mudança.
Esta forma de mudança é a 10°forma que utilizamos, na Programação Neuro-Linguística, para mudar
significados, pensamentos e sentimentos que nos prejudicam ao invés de nos ajudar em nossos caminhos. A
11° forma também está relacionada às consequências, por isso, tratamos as duas formas neste texto.
É interessante considerar algumas crenças, alguns pensamentos que temos todo o tempo para saber o
que teremos pensando e sentindo deste jeito.
Imagine alguém que não goste de falar em público. É uma opção, é claro, a pessoa pode não se sentir a
vontade falando para várias pessoas ao mesmo tempo. Mas o que ela vai obter no longo prazo?
Possivelmente, ela perderá oportunidades melhores de emprego. Pode ter dificuldades de se comportar
de maneira adequada em uma dinâmica de grupo (para uma vaga de emprego), ou mesmo conseguir ser
promovida em seu cargo ou se tornar mais conhecida.
Imagine alguém que come compulsivamente, sem se importar de ganhar peso e engordar
excessivamente. Se a pessoa não se importa, possivelmente ela ficará obesa no longo prazo. É também uma
opção de vida, mas ao invés disso, ela poderia comer bem (de modo saudável) e mesmo assim não se tornar
obesa – ou seja, adiquirir um peso que lhe prejudique a saúde.
Como você deve ter percebido, esta 10° forma de mudança consiste em fazermos uma pergunta simples:
– O que vai acontecer daqui a 5, 10 anos se você continuar pensando assim?
– Você acha esta consequência desejável? É isso o que você quer para você daqui a alguns anos?
Esta forma de mudar é uma forma muito eficaz para ressignificarmos (mudarmos o significado) do que
pensamentos e sentimos no presente, pois ela nos faz considerar as consequências, o que vai acontecer no
futuro se continuarmos pensando como pensamos.
Na próxima forma de mudança, a 12° forma, continuaremos conversando sobre o futuro. Porém de uma
maneira ainda mais radical. Aguardem.

❖ 12° Forma

Em um momento muito difícil de sua carreira, Jung teve que decidir entre ou continuar sendo um
professor acadêmico ou fazer um mergulho intenso dentro de si mesmo, dentro do seu próprio inconsciente.
Deixar uma carreira que levara muitos anos para construir não era uma opção interessante. Ele perderia
muito com isso.
Mas Jung utilizou para pensar esta questão a filosofia de Spinoza: Jung pensou sub specie aeternitatis,
ou seja, sob a perspectiva da eternidade.
Podemos pensar a curto prazo (daqui a 1, 2 anos) a médio prazo (daqui a 4, 5 anos) ou a longo prazo
(daqui a 10, 15 anos) e podemos pensar ainda a longuíssimo prazo, em um tempo que ultrapasse os séculos:
sob a perspectiva da eternidade.
Independente da concepção religiosa de cada um (Spinoza havia sido criado dentro do judaísmo e Jung
dentro do protestantismo) podemos utilizar esta forma de pensamento para mudar o sentido de um problema
pelo qual estamos passando.
Se pensarmos em um problema que temos agora, e olharmos para este mesmo problema colocado sob
um tempo muito longo, veremos que este problema não tem, na verdade, importância nenhuma, ou tem, no
máximo, pouca importância.
Em sua autobiografia, Memórias, Sonhos e Reflexões, Jung comenta sobre a fase da vida em que teve
que fazer a decisão entre a carreira acadêmica e análise do seu inconsciente:
“Conscientemente, deliberadamente, então, eu abandonei minha carreira acadêmica. Pois eu sentia que
algo maior estava acontecendo comigo, e eu coloquei minha confiança na coisa que eu sentia ter mais
importância sub especie aeternitatis”.
E esta forma de pensarmos é a 12° forma de mudarmos o significado que encontramos no livro de PNL,
Mind-lines: lines for changing minds (Linhas da mente: linhas para mudar a mente).
Determinados problemas, que são insolúveis e difíceis de lidar são transformados quando pensamos na
perspectiva da eternidade.
Certa vez, atendi uma paciente cujo filho havia morrido ainda muito jovem. Mesmo com toda a sua
religiosidade católica, sua crença estava abalada. Perder um filho é algo inconcebível: o sofrimento é enorme.
O caminho do tratamento seguiu na direção de confortar o sofrimento da perda dentro do contexto
religioso do qual ela fazia parte. Aos poucos, a paciente passou a compreender a transitoriedade desta vida e a
relação com Deus que não é transitória, neste mundo ou no outro.
A ideia não foi, evidentemente, transformar a posição religiosa da paciente mas sim fazê-la compreender
melhor o que sua religião entendida da relação entre a vida, transitória e fugidia, e a vida pós-morte, sob a
perspectiva da eternidade.
Em poucos meses, a paciente recebeu alta do tratamento.
Portanto, tanto para Jung como para a paciente de meu consultório, a utilização do pensamento a
longuíssimo prazo os ajudou a considerar a real importância e o real significado dos eventos. Ao que parece,
nenhuma outra forma de pensar conseguiria provocar tais mudanças.
Na 13° forma de ressignificação, mudaremos totalmente o modo como, desde a 8°forma viemos
conduzindo nosso pensamento. Sairemos da questão do tempo e vamos transformar o contexto no qual
produzimos significados.

❖ 13° Forma

Um dos pressupostos das ciências é não acreditar em uma verdade simplesmente porque ela foi dita por
alguém importante. Foi assim que o pensamento de Aristóteles foi criticado por Newton e o de Newton foi
criticado por Einstein…e os outros cientistas seguem duvidando do que foi estabelecido como certeza e assim,
a ciência vai com o tempo se modificando.
Por isso, o pensamento do filósofo Rene Descartes foi tão importante para a história do pensamento
moderno. Em seu livro O Discurso do Método, Descartes começou duvidando de tudo o que ele acreditava
anteriormente.
Ele começou a pensar nas coisas que os outros tinham lhe dito e colocou tudo em dúvida: até a certeza
de que estaria acordado e que tinha um corpo!
Foi assim que ele chegou na primeira verdade: se eu duvido, eu penso. Se eu penso, eu existo. E então
ele escreveu a famosa frase: “Penso, logo existo”.
Deste modo, o método de Descartes é o método empregado na ciência até os dias atuais. O métoda da
dúvida! Podemos duvidar propondo a seguinte questão: “Quem disse que isso é verdade?”
E com esta pergunta podemos questionar as coisas que viemos aprendendo ao longo dos anos, coisas
que nos prejudicam e nos limitam.
Há uns dias atrás vi uma entrevista do jogador Ronaldo, recém aposentado. Quando ele começou a jogar
futebol, sua mãe lhe disse que ser jogador de futebol não lhe daria futuro nenhum. Aquela profissão não daria
dinheiro!
Bem, Ronaldo duvidou daquela afirmação, mesmo sendo a mãe dele quem havia falado!
Infelizmente, não é o que vemos com frequência no consultório. Se um pai ou uma mãe dizem que ser
músico não dá dinheiro, a pessoa desiste do seu sonho. Também dizem que não dá dinheiro fazer filosofia,
psicologia, história… entre muitas outras profissões.
Mas quem disse que é assim? Será que é assim mesmo? Não existem profissionais que desmentem estas
verdades?
Deste modo, podemos começar a mudar os nossos pensamentos, sentimentos e crenças duvidando da
validade do que recebemos como certeza.
Ronaldo duvidou. Os cientistas duvidam das certezas e é assim que vamos criando novas realidades!
Não sei se vocês sabem mas o inventor do rádio, Marconi, contou aos seus amigos que tinha descoberto
a possibilidade de enviar mensagens pelo ar (sem a necessidade de usar fios, como era até então com o
telégrafo). Sabe o que os amigos dele fizeram?
Colocaram ele no hospício.
Marconi questionou aquela certeza (de que seria impossível enviar uma mensagem pelo ar). Assim como
muitas outras pessoas estão neste mesmo momento questionando limites que o próprio ser humano se impõe.
Estes estão procurando viver a sua vida, da melhor maneira que podem.
O método da dúvida, então, pode ser resumido em duas pequenas perguntas:
– Quem disse que é assim?
– Desde quando foi assim?
Esta é a 13° forma que aprendemos de criar novos significados, de romper limites e paradigmas, que
encontramos no livro Mind-lines, lines for changing mind, de PNL, Programação Neuro-Linguística.
Espero que esta técnica de mudar, possa ser útil para você também. Afinal, quem disse que você não
pode mudar para melhor?

❖ 14° forma

Orientar-se significa buscar o Oriente. O Oriente é o Leste, o lugar onde o sol nasce. Buscar uma
orientação é buscar o próprio sol, o lugar onde nasce a sabedoria, luz própria. Em muitos momentos, ficamos
confusos com o universo de possibilidades que podemos viver. De acordo com a filosofia oriental (do Oriente
ou de onde o sol nasce), todo sofrimento é ignorância. Sofremos porque não sabemos, ignoramos o caminho a
seguir. Como encontrá-lo?
Para encontrarmos orientação, em nós mesmos, podemos fazer as seguintes perguntas:
– Quais são os meus valores mais fundamentais?
– O que importa mais nessa vida?
– Como eu posso aplicar o que acredito de verdade nesta situação?
Ficar em dúvida, claro, também faz parte do jogo da vida. Só que quando o momento chegar não
poderemos seguir todos os caminhos. Decidir significa escolher e deixar de lado as outras opções. Talvez as
outras opções possam ser vividas no futuro. Talvez não.
Um de meus pacientes teve que tomar uma decisão muito importante, que iria mudar completamente sua
vida, seu dia-a-dia. Devo ou não entrar em um relacionamento sério? Era a pergunta.
A resposta para a pergunta foi pensada com os seus valores fundamentais: “O que mais importa para
mim agora: ficar sozinho ou compartilhar minha vida com a pessoa que eu gosto?”
Outra paciente, buscando orientar-se na escolha de sua profissão, considerou todas as opções que
desejava. A escolha foi consciente: “o que mais importa na vida é estudar o que gosto”.
Outras pessoas já escolhem a carreira a seguir tendo em vista outros valores como status ou
possibilidade de ganhar mais dinheiro.
Não há uma regra para todos a não ser a regra de seguir aquilo que realmente acreditamos, o que é
mais importante para a sua vida futura.
Nesse sentido, podemos pensar na frase do Prof. Henrique José de Souza: “Pensar com o coração e
sentir com a mente”. Nesta frase paradoxal, vemos que o coração pode nos responder de forma lógica e a
mente pode intuir o que é melhor para nós.
Pensar em nossos valores e crenças mais importantes é a 14° forma de ressignificar (de mudar o
significado) que encontramos no livro Mind-lines, lines for changing minds, baseado na PNL, Programação
Neuro-Linguística.

❖ 15° forma

A 15° forma de mudarmos é uma forma muito interessante, que encontramos no livro de PNL Mind-lines,
lines for changing minds (Linhas da mente, linhas para mudar as mentes).
Para mudarmos um determinado pensamento ou uma situação que está acontecendo, utilizamos a
seguinte ideia:
“O que você pensa/acredita pode ser aplicado a todo mundo e a todas as pessoas?”
A ideia desta forma de ressignificar é exagerar a crença ou pensamento expandindo-o com as palavras-
grandes: todo mundo, todos, tudo, sempre, em todo lugar…
Todos podem ou devem pensar assim? Sempre vai ser assim? Em todos os lugares e momentos?
Um exemplo que encontramos no livro é o seguinte. A namorada está esperando o seu amor, que está
atrasado: cinco, dez, vinte, trinta minutos.
Quando ele chega, a situação é proprícia para que?
A situação é propícia para uma briga? Bem, poderia ser e poderia não ser.
Se ela pensar: “Você está atrasado porque não se importa comigo”, o cenário está armado para uma
briga.
Mas pense: será que todas as pessoas que se atrasam não se importam umas com as outras? Se for
assim, ninguém se importa com ninguém, pois as pessoas se atrasam, por milhares de motivos!
Outor exemplo é o pensamento “câncer causa morte”. Podemos acreditar nesta frase? E se todos os que
buscam uma cura para o câncer e melhores formas de tratamento pensarem deste modo? Poderíamos
recomendar este forma de pensar para alguém que está enfrentando a doença corajosamente? Claro que não!
Algumas pessoas acham o uso e o abuso de álcool uma coisa bonita e louvável. Mas isto pode ser
aplicado a todas as pessoas? Se sua mãe ou sua filha, seu pai ou seu filho ficassem extremamente bêbados
você pensaria o mesmo? Seria louvável se fossem todos os dias?
A construção todo e todos faz com que pensemos sobre outro quadro de referências. E com isso, nos
ajuda a mudarmos os nossos valores e crenças.

❖ 16° forma

Operadores Modais
Veja a diferença entre estas duas frases:
1) Eu tenho que ler este texto.
2) Eu quero ler este texto.
Na frase 1, temos um dever, uma ordem, uma lei a ser feita. Dá a sensação, para a maioria de nós, de
pressão, de ser forçado a fazer, de ser uma obrigação. Na frase 2, o esquema já é diferente: eu desejo, eu
quero, eu tenho vontade de ler este texto agora.
Bem, a diferença entre a frase 1 e a frase 2 é realmente pequena. Mas muda tudo, não é mesmo?
E esta é a 16° forma de mudarmos um significado que encontramos no livro Mind-lines, lines for
changing minds (Linhas da mente, linhas para mudar a mente).
Em termos técnicos, mudamos os nossos operadores modais.
A frase 1 utiliza o operador de necessidade (ter que, dever, deveria, preciso fazer…) enquanto a frase 2
utiliza o operador de possibilidade (eu quero, eu desejo, eu posso…).
Há ainda o operador de impossibilidade: (não posso, não consigo, não dá…)
Podemos usar de várias formas esta 16° forma de ressignificarmos as coisas, de mudarmos o significado
que damos.
Minha querida amiga Sarbélia Assunção, que me ensinou muitíssimo de PNL, Programação Neuro-
Linguísitca, nos dizia em seu curso: façam o prazer de casa (ao invés de dever de casa, ou tarefa). O objetivo era
o de mudar o modo como a gente pensava aquela atividade a ser realizada.
Sinta a diferença:
Eu tenho que fazer a tarefa (dever de casa).
Eu quero fazer a atividade (prazer de casa).
Outra maneira de usarmos esta 16° forma é questionarmos: e se você pensasse diferente sobre isso?
Não seria melhor?
Por exemplo, “Não seria melhor ter uma atitude de querer fazer, ao invés de ser obrigado?”
Ou então: “Como seria se esta experiência fosse realizada de maneira diferente?”
Ou ainda: “E se você pensasse diferente – o oposto – do que você está pensando, não seria melhor?”
Termino aqui citando um texto de Sarbélia Assunção, de seu blog:
“Sempre que sentir algo a impedir a realização de seus objetivos, afaste-se um pouco, observe-se e
perceba que o poder está dentro de você. Comece mudando as palavras, descubra e comprove a força que há
no seu interior. Basta ter a coragem de mudar o padrão de pensamento e acessar o que há de mais especial: o
seu poder mental”.

❖ 17° forma

E tudo passa

Neste momento em que você vê estas palavras, muita coisa está acontecendo ao redor de você…você
com certeza pode ouvir os sons ao redor (talvez até o silêncio)… sentir seu coração batendo… o ar entrando e
saindo dos pulmões…você pode sentir que tudo está em movimento pois o mundo é uma contínua mudança.
Mas as vezes a gente se esquece de que tudo muda…tudo passa…tudo se transforma…
“E tudo passa…tudo passará!”
Você com certeza já ouviu estas duas frases. O mundo está o tempo todo mudando…até mesmo uma
pedra ou uma montanha está em movimento! Como? Se a gente pudesse ver os átomos, veríamos que estes
estão girando, girando, girando…e com isso, mesmo a pedra está em movimento!
Mas com frequência esquecemos que todas as coisas neste universo estão mudando e achamos que o
outro é de um jeito (e sempre vai ser assim), que você é de um jeito e sempre vai ser assim…mas isso não é
verdade!
A 17° forma de mudarmos um significado, que encontramos no livro Mind-lines, lines for changing minds
(Linhas da Mente, linhas para mudar a mente) trabalha esta questão: a impermanência e a nossa identidade.
Encontramos o seguinte exemplo neste livro de PNL:
“Ela é uma pessoa má por ter dito o que disse”.
Um bom psicólogo poderia replicar: – Se ela dissesse alguma coisa sobre medicina, ela seria médica?
Geralmente esquecemos que tudo está em mudança – e o modo como o outro é, ou o que o outro fez,
fica congelado! É como se tudo mudasse, menos a nossa identidade e a identidade dos outros:
“Ele fez isso = Então ele é assim…e sempre será”…
E fazemos isso até com o nosso próprio eu:
– “Eu não fui bem nessa prova de matemática = Eu sou péssimo em matemática!”
Mas e a mudança? No futuro não pode ser diferente?
Se o mundo está em constante mudança, com certeza o futuro será diferente! Com certeza o futuro trará
mudanças! Esperamos que para melhor!

❖ 18° forma

Pensar os pensamentos

Pensar os próprios pensamentos é um dos fatores que faz a mente humana algo incrível. Mesmo sendo
um processo interminável (já que podemos pensar o pensamento pensado do pensamento que estávamos
pensando) é um ato criativo, um ato que cria o nosso mundo. Podemos utilizar esta forma – pensar um
pensamento e repensar o pensamento – para criarmos um significado mais coerente, mais saudável e melhor
para nossas vidas.
Se eu digo ou penso uma determinada frase, posso em seguida pensar o que acabei de pensar. Desde
modo, vamos indo para níveis mais altos de abstração.
Imagine, talvez que você esteja triste ou com raiva por algo que aconteceu. Você pode pensar e
descobrir o que é que faz com que você fique triste ou com raiva. O que era esperado que não aconteceu?
E, continuando, você pode pensar o seguinte: será que este jeito que estou pensando é o melhor jeito
para se pensar? Ficar triste ou com raiva vai resolver?
A psicologia clinica, em grande parte, trabalha desta forma. O paciente tem um determinado problema –
vamos dizer assim e o psicólogo questiona, ajudando o paciente pensar neste problema, ajudando o paciente a
pensar de outra forma, por outro ângulo, mudando o seu ponto de vista, seus pressupostos, crenças…
Em minha adolescência gostava de escrever poesia. Algumas acho até hoje que eram interessantes. Estes
dias, ao responder um email da seção Pergunte ao Psicólogo, lembrei-me desta:
“Quando eu começo a ficar triste
é que tem algo errado
Mas deixo de sentir
para pensar
E deixo de pensar
para ser quem eu sou”
Claro que é um poema simples, mais um forma de pensar do que propriamente uma poesia, com rima ou
métrica.
Mas o que dizia ali se encaixa muito bem com o tema desta postagem. Não é maravilhoso o fato de
conseguirmos pensar o que estamos sentindo? O porque e para que estamos sentindo? Não é ainda mais
maravilhoso o fato de podermos questionar os nossos próprios pensamentos e mudá-los? E mais ainda:
descobrirmos que nós não somos os nossos pensamentos…
Os nossos pensamentos são apenas uma “parte” de que nós somos, já que continuamos sendo,
continuamos existindo, mesmo quando ficamos em silêncio…
Esta é a 18° forma de mudarmos que encontramos no Livro Mind Lines, lines for changind minds e faz
parte da série Como mudar?

❖ 19° forma

Ecologia e PNL
Continuando a série “Como mudar?”, vamos falar hoje de um conceito da Programação Neuro-linguística,
que é muito interessante. A palavra ecologia, em PNL, tem relação com a ética. Mas, ao invés de cairmos na
filosofia, propomos questões práticas:
– Isto nos serve bem?
– Isto nos limita? Ou isto nos faz crescer?
– Isto faz o nosso sistema psíquico (a nossa alma) ficar equilibrada e bem-ordenada ou nos desequilibra?
Em outras palavras, podemos dizer que é uma avaliação de uma avaliação.Ecologia, então, quer dizer se
um determinado pensamento ou sentimento se enquadra no modelo de mundo da pessoa.
Pensemos em um exemplo simples. Alguém poderia dizer:
– Meus relacionamentos anteriores não deram certo. Por isso não quero conhecer mais ninguém.
Pensando junto da PNL, poderíamos perguntar:
– Mas este tipo de pensamento vai te fazer bem? Pensar assim vai te ajudar?
A ideia aqui é questionar uma avaliação, avaliar um modelo que criamos. O modelo em si não é certo ou
errado, bom ou mal (teoricamente), mas pode se tornar um empecilho, criando dificuldades futuras.
Existem, é claro, milhares de outros exemplos. O que quero frisar é que nesta forma de mudarmos
perguntamos:
– Pensar assim vai nos fazer melhor? Que consequências terei na vida se continuar pensando deste
modo?
É portanto uma ótima forma de percebermos que podemos mudar. Que os nossos conceitos arraigados,
que podemos carregar por anos e anos, podem ser mudados, podem ser questionados, reavaliados.
E você? O que você tem feito encaixa no seu mundo? É o melhor pra você?

❖ 20° forma

Contar histórias

Este é o último texto da série de 20 textos intitulada “Como mudar”. E a vigésima forma é simples:
contar uma história.
Ouvir uma única história pode mudar o caminho, pode servir de referência para toda uma vida e ser o
centro a partir do qual a pessoa toma suas decisões, se relaciona com os outros e consigo.
Para comprovar isto, basta lembramos das histórias contadas por Jesus, Buda, Maomé, Confúcio,
Platão…só para citar alguns.
Tanto as histórias contadas por eles, como as histórias contadas sobre a vida deles orientam a vida de
milhões e milhões de pessoas ao redor do mundo!
Por isso, é algo muito interessante ver como esta 20° forma pode ser utilizada no consultório de
psicologia, mas não só! Você mesmo pode usar para mudar algumas coisas em sua vida, na vida de seus
amigos ou familiares.
E qual é a técnica? Qual é a forma de fazer isso?
Primeiro, é importante ver o contexto do problema e pensar em uma história referente à este contexto.
Se pessoa está desmotivada, contamos uma história sobre motivação. Se a questão é falta de esperança,
contamos uma história sobre a esperança e como ela é “a última que morre”…
Ou seja, contamos ou nos lembramos de uma história relacionada à questão! É algo simples, mas exige
que se conheça uma grande número de contos, fábulas, histórias, mitos, poemas, narrativas e descrições, além
da história como disciplina acadêmica que estudamos no colégio e na faculdade História.
E para ter esse conhecimento, é simples: é só começarmos a ler bons livros, conhecer a Bíblia e os livros
sagrados de outros povos e, é claro, conversar com muitas pessoas (sábias) também ajuda muito.
Interessante lembrar que esta técnica encontra-se presenta na Psicologia Analítica de Jung onde a
mitologia, contos de fada, narrativas são sempre lembradas e relacionadas com a vivência atual do paciente.
Esta é 20° de mudar que encontramos no livro Mind lines – lines for changing mind e encerramos por
aqui a nossa série de textos “Como mudar um significado”.

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