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TJMG 1.0702.12.014771-6/001 G.N.S. e M.G.O.L. M.M.S. Reconhecimento de 18/12/2012 APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE
parentalidade socioafetiva e a RECONHECIMENTO DE
Tios da requerida Mãe da expedição de ofício ao Cartório PARENTALIDADE
(moram com a menor de Registro de Pessoas Naturais SOCIOAFETIVA - PEDIDO DE
menor desde que de Uberlândia para elaboração DESTITUIÇÃO DO PODER
a mesma nasceu) de nova certidão de nascimento FAMILIAR - INDEFERIMENTO DA
na qual constem como pai e INICIAL - PERTINÊNCIA -
EXISTÊNCIA DE AÇÃO PRÓPRIA.
mãe da menor.
A destituição do poder familiar não
é conseqüência lógica do
reconhecimento da parentalidade
socioafetiva. A declaração da
ligação socioafetiva não está
elencada entre aquelas hipóteses
que extinguem o poder familiar,
conforme o disposto no art.1635,
do Código Civil. A ação de adoção
c/c destituição do poder familiar é o
meio próprio para os adotantes
perseguirem seus objetivos.1
1
Trecho do acordão nº 1.0702.12.014771-6/001 no qual é citado o argumento
“Desejam os apelantes então que ocorra o reconhecimento da existência da paternidade sócio-afetiva - inclusive com o acréscimo dessa condição no registro civil de
nascimento - sem que seja desfeita a menção da maternidade biológica, e, por isso, sem que seja necessário formular pedido de destituição do poder familiar e de adoção.
Não considero que seja possível declarar a impossibilidade jurídica do pedido mediante o exame aprofundado do direito material invocado pelos apelantes.
A realidade vivenciada pelo Direito de Família no que concerne à multiparentalidade implicou na quebra de uma série de paradigmas históricos, especialmente quanto às
relações de parentesco. A titularidade da autoridade parental não mais é oriunda somente do vínculo biológico, mas também da forma como ela é exercitada haja vista que
a criação, educação e assistência material e psicológica dada a alguém em sua fase inicial de desenvolvimento faz com a afetividade seja o elemento a ser considerado
nesse contexto.”
ARGUMENTO: PADRASTO
TJMG 25 de 197
R.J.A. J.B.C. Guarda Provisória 1.0194.14.005341-5/001 16/04/2015 AGRAVO DE INSTRUMENTO - DIREITO DE FAMÍLIA-
GUARDA PROVISÓRIA - PADRASTO - PEDIDO DE
Padrasto do Pai biológico ANTECIPAÇÃO DE TUTELA - PRESENTES
adolescente REQUISITOS - RISCO DE DANO - PRINCÍPIO DO
MELHOR INTERESSE DO MENOR.
2. Recurso provido.
M.J.B.V. D.A.B. Guarda definitiva 1.0024.04.496035-9/001 15/06/2010 PEDIDO DE GUARDA DE MENOR PELA AVÓ
MATERNA - INTERESSE DA CRIANÇA - LAUDO QUE
Avó materna Mãe biológica RECOMENDA A GUARDA DA MÃE.
- A guarda de menor é direito que deve sempre estar
condicionado ao seu próprio interesse, decorrendo, em
princípio, da lei, como consequência natural do pátrio
poder, e, excepcionalmente, de decisões judiciais,
conforme acordo entre as partes ou a situação fática.
- É preciso considerar a necessidade de proteção dos
interesses das menores, que não têm maturidade
suficiente para fazerem suas próprias escolhas e que
necessitam de orientação estável para tornarem-se
adultas equilibradas.
- Se a prova produzida demonstra que a mãe das
menores reúne condições de ter as filhas em sua
companhia, e não comprovado o abuso sexual pelo
padrasto, razão pela qual foi pedida a guarda pela avó,
a guarda deve ser deferida à mãe das mesmas.
A.S. J.M. Guarda definitiva 1.0324.06.046767-1/001 04/02/2010 CIVIL - APELAÇÃO CÍVEL - PEDIDO DE GUARDA -
CERCEAMENTO DE DEFESA - INOCORRÊNCIA -
Padrasto Pai biológico EXCEPCIONALIDADE DA MEDIDA - COMPROVAÇÃO
- REGULARIZAÇÃO DE SITUAÇÃO DE FATO -
CABIMENTO - RECURSO NÃO PROVIDO.
A despeito de requerimento da parte, cabe ao juiz
deferir a produção de prova, podendo dispensá-la, se a
reputar inútil ou dispensável, a fim de zelar pelo bom
andamento da marcha processual, o que não configura
cerceamento de defesa. Pertinente a atribuição da
guarda de menores em favor de seu padrasto, a fim de
regularizar situação de fato, notadamente diante da
omissão do genitor biológico.
MINISTÉRIO M.P.M. Regulamentação 1.0702.08.497693-6/001 28/04/2009 AÇÃO DE GUARDA DE MENOR POSTULADA PELO
PÚBLICO da guarda PADRASTO - LEGITIMIDADE - SENTENÇA
ESTADO MINAS Pai biológico CASSADA.
GERAIS E
LITISCONSORT Sabe-se que o bem estar da criança e a sua segurança
E: S.G.O. econômica e emocional devem ser a busca para a
(padrasto) solução do litígio, nos casos em que há pretensão de
guarda de menor. Assim, não parece de melhor solução
o indeferimento liminar do pedido de guarda aviado pelo
padrasto, porquanto este pode, atendidas as
circunstâncias a ensejar o seu deferimento, atender ao
interesse da menor, que deve prevalecer sobre qualquer
outro que o contraponha. Ademais, por outro lado, se o
próprio julgador menciona a possibilidade de ser
pleiteada a adoção, como forma de conquistar, por outro
meio, o fim pretendido pelo requerente, não há que se
falar em ilegitimidade deste, tampouco que lhe falta
interesse processual.
M.L.X.C. D.A.S.B E Regulamentação 1.0051.07.020501-1/001 08/04/2008 MENOR - PAI DA CRIANÇA FALECIDO - ADOÇÃO
OUTRO(A)(S) de visitas PELO PADRASTO - DIREITO DE VISITAS DA AVÓ
Avó paterna BIOLÓGICA PATERNA - LEGITIMIDADE ATIVA -
Mãe biológica SENTENÇA CASSADA. - A adoção efetivada pelo
e padrasto cônjuge da mãe (padrasto), em virtude do falecimento
do pai biológico, não tem o efeito de romper
definitivamente o vínculo estabelecido pela filiação
natural da criança com a família paterna, conforme
prescreve o art. 1626 do Código Civil. - A realidade
material dos fatos não é anulada pela ficção do ato legal
da adoção, devendo ser preservados os vínculos
afetivos e familiares do menor, cuja individualidade não
é atingida por presunções artificiais da realidade que a
lei, com outras razões, estabelece.
ARGUMENTO: MADRASTA
TJMG 3 de 13
- O Estatuto da Criança e do
Adolescente preconiza em seus artigos
4º e 19º o direito da criança à
convivência e manutenção dos laços
familiares.
- Agravo desprovido.
TJMG 2 de 6
3
Trecho do acordão nº 1.0024.03.927886-6/001 no qual o argumento “dois e pais” é citado:
“...Não se pode ter dois pais, e, por isso, não se pode demandar a paternidade quando do registro já consta o nome do pai. Assim, para a propositura da
ação investigatória, será necessário, antes, a propositura e o sucesso ...”
ARGUMENTO: DUAS E MÃES
TJMG 3 de 5
TJMG 1.0699.03.027967-2/001 L.O. M.C.D. E SEU Guarda 17/03/2009 APELAÇÃO CÍVEL - ADOÇÃO -
MARIDO A.A.D. DESCUMPRIMENTO DOS DEVERES
Mãe biológica PREVISTOS NO ARTIGO 22 DO
Pais adotivos ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE - GENITORA - USO
REITERADO DE BEBIDAS
ALCÓOLICAS - DIVERSOS
ESTUDOS PSICOSSOCIAIS
REALIZADOS - CRIANÇA QUE JÁ SE
ENCONTRA PLENAMENTE
ADAPTADA AO CASAL ADOTANDO -
REGULARIZAÇÃO DE UMA
SITUAÇÃO DE FATO -
DEFERIMENTO DO PEDIDO.
Se as circunstâncias fáticas denotam
que a genitora do menor apresenta
comportamento instável,
preponderando o uso contumaz de
bebidas alcoólicas e o desinteresse
em relação à situação vivenciada pelo
infante, somado ao vínculo de
afetividade formado com a família
substituta, impõe-se a confirmação da
decisão que destituiu o pátrio poder da
genitora e deferiu a adoção pelo casal
apelado, tendo em vista o ,superior
interesse da criança.4
TJMG 1.0083.04.001548-5/001 D.F.D. E SUA P.I.M.F. Adoção 15/02/2007 DIREITO CIVIL. PEDIDO DE
MULHER ADOÇÃO. NECESSIDADE DE
Mãe biológica PROCEDIMENTO PRÓRPIO PARA
Pais adotivos DESTITUIÇÃO DO PODER
FAMILIAR. IMPOSSIBILIDADE
JURÍDICA DO PEDIDO.
PRECEDENTE DO STJ. PROCESSO
EXTINTO, DE OFÍCIO, SEM
JULGAMENTO DO MÉRITO. O
Superior Tribunal de Justiça, quando
do julgamento do recurso especial n.
283.092 - SC, firmou o entendimento
de que "o deferimento da adoção
plena não implica automaticamente na
destituição do pátrio-poder, que deve
ser decretada em procedimento
próprio autônomo com esse fim, com a
observância da legalidade estrita e da
interpretação normativa restritiva,
cautela essa imposta não só pela
gravidade da medida a ser tomada,
uma vez que importa na perda do
vínculo da criança com sua família
natural, como também por força das
relevantes repercussões em sua vida
sócio-afetiva, sob pena de serem
ainda desrespeitados os princípios do
contraditório e do devido processo
legal (artigos 24, 32, 39 a 52,
4
Trecho do acordão nº 1.0699.03.027967-2/001 no qual é citado o argumento “duas e mães”:
Nesta linha, tem-se que o menor se adaptou à situação de modo a ter como referência de "mãe" tanto a requerente como a requerida, mantendo, com
ambas, saudável relação. Neste sentido, observe-se o laudo de f. 59 e de f. 104, registrando, este último que “na convivência diária com a família substituta,
M. recebe cuidados adequados e convive em ambiente harmonioso, sendo poupado das inconstâncias do comportamento materno. Sua adaptação
transcorre tranquila, convivendo naturalmente com a existência de duas mães, ao mesmo tempo em que é poupado de presenciar L. alterada pelos efeitos
da bebida alcoólica.” E, a convivência no lar dos apelados, além do ambiente harmonioso e livre dos efeitos causados pela bebida alcoólica, trouxe-lhe,
também, a figura paterna, visto que nunca manteve contato com o pai biológico (f. 107), dado que não pode ser desprezado.
destacando-se o artigo 45, e ainda, os
artigos 155 a 163 do Estatuto da
Criança e do Adolescente)." Note-se
que, no caso, que o pedido de adoção
está sendo formulado contra a vontade
da mãe biológica, situação que só vem
a reforçar a necessidade de
instauração do procedimento
autônomo ao fim almejado, visando
até mesmo impedir violação a direitos
personalíssimos relativos à
maternidade. Por tais motivos, de
ofício, julgo extinto o processo sem
julgamento do mérito, por
impossibilidade jurídica processual do
pedido, com a ressalva de que a
situação da criança não será alterada,
permanecendo ela na guarda dos
autores.5
5
Trecho do acordão nº 1.0083.04.001548-5/001 no qual é citado o argumento “duas e mães”:
" A criança, numa lucidez que merece destaque, narrou que sabe ter duas mães, e que só veio a ter aos cuidados de REJANE porque TEREZINHA não
tinha condições para mantê-la, mas nem por isso afasta a possibilidade de conviver por mais tempo com a genitora, posto ter afirmado que sente saudades
dela e do irmão gêmeo RAFAEL ", tendo ainda enfatizado a magistrada que a autora" não conseguiu fazer prova concreta de que TEREZINHA não dispõe
de condições para continuar com o pátrio poder da filha."
concedendo-a à mãe biológica.
Pedido de formalização formulado
pelos guardiães de fato acolhido.
Sentença confirmada.6
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Trecho do acordão nº 000.185.181-5/00 no qual é citado o argumento “duas e mães”:
“Os trabalhos técnicos revelaram a capacidade de ambas as famílias e a perfeita adaptação da menor nos dois ambientes, nos quais se vê cercada de afeto,
contando com boa alimentação, conforto, cuidados de higiene e demais requisitos de uma vida saudável. Em audiência, a criança manifesta o entendimento
de possuir duas mães, desde que considera a família substituta como se fosse própria e enfatiza preferir permanecer com ela.”