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EDUARDO MENDONÇA PINHEIRO

THIAGO SANTANA DE OLIVEIRA


PATRÍCIO MOREIRA DE ARAÚJO FILHO

Anais:
I Mostra Científica da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras de São Luís – MA

1ª Edição

Centro de Ensino Atenas Maranhense - CEAMA


São Luís - MA
2018
Copyright @ 2018 por CEAMA

Faculdade Pitágoras
Av. São Luís Rei de França, nº 132 – Turú 65000-000 – São Luís – Ma.
Tel.: (98) 2108-60-00
e-mail: pmaraujof@yahoo.com.br

Diretoria: Diretor – Adriano Douglas da Silva

Conselho Editorial: Presidente – Prof. Dr. Patrício Moreira de Araújo Filho

Conselheiros da Editora:
Profª. MSc. Tatiana Mendes Bacellar
Profª. MSc. Lisiane de Oliveira Costa castro
Profª. MSc. Delcimara Batista Caldas
Prof. MSc. Joaquim de Oliveira Gomes
Prof. MSc. João de Deus Cabral Junior
Profª. MSc. Yaskara Fernanda Matos de Castro
Prof. MSc. José Ribamar Neres
Profª. Esp. Darlene Santos Barros
Prof. Esp. Everaldo dos Santos Almeida

Revisão: Rayssa Cristhália Viana da Silva

Apoio:

Comissão editorial:

Eduardo Mendonça Pinheiro; Thiago Santana de Oliveira; Patrício Moreira de Araújo Filho

Pinheiro, Eduardo Mendonça; Oliveira, Thiago Santana de; Araújo Filho, Patrício
Moreira de.

Anais: II Mostra Científica da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras de


São Luís – MA. São Luís: Ed. CEAMA, 2018.

Bibliografia.
ISBN: 978-85-89293-45-7

1. Engenharia Mecânica 2. Ciências I. Título

CDU – 621
501
SUMÁRIO

p.
Apresentação..................................................................................................................................................... 6

Seção de Artigos............................................................................................................. .................................... 7

Dimensionamento e seleção de geometrias de asas através de análise numérica computacional para


8
Competição SAE-Aerodesign Brasil...................................................................................................................

Automatização da ferramenta de troca de líquido do sistema de arrefecimento do motor de combustão


12
interna..................................................................................................................................................................

Análise numérica de um aerofólio destindo a um VANT de pulverização agrícola............................................ 15

Análise computacional da distribuição de temperatura transiente em placas planas........................................... 19

Estudo para viabilidade do consumível H4R.01........................................................................................................28


Determinação do centro de gravidade: aplicação em uma aeronave radiocontrolada, destinada a competição
32
SAE Brasil Aerodesign........................................................................................................................................
Análises de perfis aerodinâmicos: aplicação em uma aeronave a radio controlada, destinada a competição
36
SAE Brasil Aerodesign........................................................................................................................................

Projeto de moinho de martelo utilizando o Project Movel Canvas...................................................................... 40

Projeto do elevador para estacionamento vertical utilizando o Project Model


44
Canvas..................................................................................................................................................................

Influência da temperatura e velocidade na usinagem de uma peça de aço 1045 empregando corte com fluido
48
sintético e solúvel em um torno mecânico – um estudo de caso..........................................................................

Análise da viabilidade de aplicação da suspensão central e independente para o Modelo Kart Cross............... 52

O reaproveitamento de óleo lubrificante usado ou contaminado através do rerrefino........................................ 56

Análise da viscosidade e temperatura de corte em uma peça de aço 1020 utilizando óleo mineral e vegetal
60
para usinagem em torno mecânico.......................................................................................................................

Análise teórica do lançamento de foguete........................................................................................................... 63


Aplicação da manufatura enxuta em montadoras automotivas............................................................................ 68
A utilização de sistemas de geração de energia eólica para reabastecimento de veículos elétricos.................... 72

Dimensionamento e análise de servo-atuadores para aeronaves destinadas à SAE Brasil Aerodesign............... 75

Sistema de segurança e controle de carga para elevacar...................................................................................... 79

Seção de Protótipos............................................................................................................................................ 83

Bancada didática de um sistema de refrigeração, ciclo por absorção, para água gelada através de um mini
84
chiller....................................................................................................................................................................

Idealização de um sistema automatizado de exaustão para inibição por intoxicação através de gases ou
87
fumaça em ambientes fechados............................................................................................................................
Desenvolvimento de protótipo de torre de refrigeração para líquidos utilizando Pastilha Peltier como
90
trocador térmico...................................................................................................................................................

Mini geladeira com células termoelétricas Peltier em série: como melhorar a conservação de bebidas,
92
alimentos e medicamentos?..................................................................................................................................

Geração de energia limpa através do movimento das ondas oceânicas............................................................... 95

Sustentabilidade coletiva: princípios mecânicos na cultura sustentável de centros urbanos............................... 99

Carregador termoelétrico para smartphones........................................................................................................ 103

Kit descarga automática: sistema de automação para válvulas de descarga........................................................ 106

Economic–Water: sistema de automação de torneiras, chuveiros, mictórios...................................................... 109

Uso de Rede Wireless para conexão de dispositivos do chão de fábrica à rede corporativa............................... 113

Reaproveitamento dos resíduos de madeira como alternativa de combustível para geração de energia............. 118

Utilização do Project Model Canvas no desenvolvimento de projeto e protótipo de vaporizador de gasolina... 120

Aplicação dos conceitos básicos de mecânica para confeccionar um carro movido a ratoeira........................... 124
APRESENTAÇÃO

A Faculdade Pitágoras de São Luís através da Coordenação do Curso de Engenharia


Mecânica com apoio do Núcleo de Iniciação científica e Extensão Universitária realizou no
período de 16 a 18 de maio de 2018, a 2ª Mostra Científica da Engenharia Mecânica –
ICEMEC 2017 com o tema “A engenharia mecânica no desenvolvimento sustentável do
Maranhão”. Este evento teve o intuito propiciar ao corpo discente e docente da Engenharia
Mecânica, exposição e debate acadêmico sobre o tema da pesquisa científica na área da
engenharia. O objetivo principal foi estimular a aproximação entre professores, pesquisadores,
gestores e graduandos da Engenharia Mecânica com a iniciação científica e promover
produção científica para a Faculdade Pitágoras.
O evento possibilitou a troca de conhecimentos através de exposição de trabalhos em
formato de banners e protótipos, no total de 22 trabalhos sobre temas variados da engenharia,
ligados a mecânica de auto, sensores, eletrônica, manutenção, gestão da qualidade, gestão de
projetos, simuladores, gestão ambiental, resistência de materiais, otimização de processos,
inovação e análises laboratoriais.
É com grande satisfação que publicamos, aqui, os Anais contendo todos os trabalhos
apresentados na II MOSTRA CIENTÍFICA DA ENGENHARIA MECÂNICA DA
FACULDADE PITÁGORAS, com o intuito de divulgar e promover mais debates sobre os
temas propostos.
Sobre o sucesso do evento, destacam-se o apoio da Direção Acadêmica e em especial,
agradecemos aos integrantes da comissão organizadora, bem como os coordenadores e
monitores. Agradecemos ainda a todos que apresentaram e dividiram suas pesquisas com os
demais participantes, concretizadas, agora, através destes Anais.

Eduardo Mendonça Pinheiro


Coordenação Geral
SEÇÃO DE ARTIGOS
DIMENSIONAMENTO E SELEÇÃO DE GEOMETRIAS DE ASAS
ATRAVÉS DE ANÁLISE NUMÉRICA COMPUTACIONAL PARA
COMPETIÇÃO SAE-AERODESIGN BRASIL

Aldenir Joaquim Oliveira Vieira1


Gustavo Henrique Andrade Sousa1
José Alcy Marques Santos Junior1
Laila Larissa Correia Muniz1
Yasmin Soares Castro1
João Wilker Ribeiro Barros Lima2

RESUMO

Este trabalho mostra de maneira rápida e eficaz, a escolha de uma geometria de asa destinada a participar da XIX
Competição Aerodesign Brasil, baseada em uma análise numérica computacional, tomando-se como pressuposto
o estudo em aerodinâmica de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT’S), que vem crescendo fortemente com o
passar dos dias.Com a obtenção de dados consistentes através das fórmulas e análises que permeiam o setor
aeronáutico, foi desenvolvido uma planilha para quantificar e plotar curvas de correções entre o coeficiente de
sustentação do perfil e o coeficiente de sustentação das asas que tornaram-se eficazes para a definição da asa
geométrica mista, para a homologação do projeto.

Palavra Chave: Geometria de asa; Competição; Aerodinâmica; VANT’s; Aeronáutico.

ABSTRACT

This work shows in a fast and effective way, the choice of a wing geometry destined to participate in the XIX
Aerodesign Brazil Competition, based on a computational numerical analysis, taking as a presupposition the
aerodynamic study of Unmanned Aerial Vehicles (VANT'S) which has been growing strongly with the passing of
days. With the obtaining of consistent data through the formulas and analyzes that permeate the aeronautical
sector, a spreadsheet was developed to quantify and to plot correction curves between the coefficient of
sustentation of the profile and the coefficient of sustentation of the wings that became effective for the definition
of the mixed geometrical wing, for the homologation of the project.

Keyword: Wing geometry; Competition; Aerodynamics; VANT's; Aeronautical.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: aldenir.oliveira@vale.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: jwilkerbarros@hotmail.com
1. INTRODUÇÃO

Com a grande evolução do setor aeronáutico, principalmente no que se diz a respeito ao desenvolvimento
Veículos Aéreos Não Tripulados – VANT’s , a indústria se mostra cada vez mais interessada por profissionais
altamente qualificados e que principalmente tenham em sua vida acadêmica participações em projetos, desde sua
concepção, projeto detalhado, construção e testes. E é exatamente esta, a proposta da SAE – AERODESIGN
BRASIL, que 2016 e 2017, a comissão organizadora colocou como desafio para as equipes, o desenvolvimento
de uma aeronave, ao qual deveria caber em um hangar tipo cone com dimensões de 2900 mm de altura por 750
mm de altura. Desafio este, que a princípio parecia ser impossível de ser desenvolvido, pelo fato de atingir
diretamente alguns conceitos de aerodinâmica, em consequência da restrição geométrica, definida pela
organização.
Em aerodinâmica, a asa é de fundamental importância para determinar as forças de sustentação, servindo de
base para análise das geometrias das superfícies sustentadoras e demais componentes da aeronave que deverão
possuir desempenho satisfatório para cumprimento da missão, conforme as restrições. Levando em consideração
alguns tipos de asas que se mostraram presentes na competição, este trabalho mostra de maneira eficaz uma
análise numérica computacional, para determinar o melhor tipo de asa para a missão durante o evento.

2. METODOLOGIA

O processo de desenvolvimento das análises de aerodinâmica segue em ordem de dependência entre os


parâmetros: aerofólio, envergadura, área alar, afilamento, alongamento, coeficiente de momento, corda raiz,
corda da ponta e eficiência aerodinâmica citada por. Utilizando-se as principais equações que norteiam um
projeto aeronáutico baseada em MENESES [1].
a). Determinou-se três tipos de asas para a análise, devido ao nível técnico e do histórico de competição do
ano anterior;
b). Foi realizado estudo dos diversos perfis aerodinâmicos para a asa, utilizando-se o software XFLR5;
c). Com os dados do perfil selecionado é simulado, a correção da curva do coeficiente de sustentação da asa
finita, através de uma planilha utilizando-se o software Excel, do pacote office 2013;
d). Expresso os dados da correção da sustentação das asas com o perfil, é definido as forças de sustentação e
arrasto, para então identificar a eficiência aerodinâmica e definir qual tipo de asa utilizar.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A asa é dada como um dispositivo mecânico, capaz de gerar sustentação suficiente em regime de voo.
Quando a mesma se desloca a grande velocidade e defletida a um determinado ângulo de ataque o escoamento
do ar por cima tem maior velocidade do que por baixo, perante que a distância a percorrer é maior na parte
superior. Essa diferença de velocidades produz uma diferença de pressões, de acordo com a equação de
Bernoulli citada por RODRIGUES [2].
Foram realizadas análises numéricas utilizando-se o software XFLR5 para encontrar as curvas dos perfis de
alta sustentação e reflex. A fim de identificar o melhor perfil para o projeto em questão, foi levado em
consideração o número de Reynolds de 400.000 e velocidade do fluxo de Mach 0,04 (aproximadamente 14m/s),
dentre as análises realizas foi escolhido o aerofólio LNV 109A, por possuir um coeficiente de sustentação (cl =
1,81) e um coeficiente de momento (cm= -0,05), este último que é em média de 4 a 5 vezes menor que os perfis
de alta sustentação, características estas que são determinantes para um projeto com boa razão de planeio e
menor volume de cauda citado por MENESES [4].

Coeficientes de Sustentação
2,50
BEETLE 2
2,00
1,50 E 423
Cl

1,00 S 1210
0,50
CH-10
0,00
-5 0 5 10 15 20 LNV109A
angulo de ataque (graus) JL-FW-6
Gráfico 1 - Curvas dos perfis aerodinâmicos.

Visando o melhor design que satisfaça, as restrições geométricas atribuídas pela competição SAE
AERODESIGN BRASIL, buscou-se estudar apenas três tipos de asas, devido o tipo de asa elíptica ser considera
a “ideal” em um projeto aeronáutico por proporcionar a máxima eficiência aerodinâmica, além disso, foi
levantado também que é de difícil construção e mais cara quando comparada com as demais proposto por ROSA
[3]. Tornando – se inviável, para este trabalho.
Após ser definido o tipo de aerofólio para a asa, e quais tipos de geometrias seriam estudadas, foi
determinada uma envergadura de 2.30 m, com uma corda raiz de 0,54m, corda ponta de 0,30m para a análise
geral.

Geometria Retangular Trapezoidal Mista Medida

Envergadura 2,30 2,30 2,30 m


Corda raiz 0,54 0,54 0,54 m
Corda ponta - 0,30 0,30 m
Área 1,24 0,97 0,96 m²
Alongamento 4,26 5,48 5,51 -
Afilamento 1 0,56 0,56 -
Tabela 1. Comparativo de Alongamento e Afilamento das Geometrias de asas.

Pelo fato da asa com geometria do tipo retangular, respeitar que o produto da base pela altura, dar-se-á uma
determinada área, entende-se que ao longo de sua envergadura o valor da sua corda raiz, será igual ao valor da
corda na ponta. Neste caso o valor de afilamento será sempre 1, por conta disso ao arrasto induzido, se torna
maior nas pontas das asas, levando assim a um maior consumo de combustível, o que também levaria a uma asa
com uma eficiência baixa. Em contrapartida, as demais possuem o valor de afilamento menor que 1, por conta da
corda raiz possuir um quantitativo diferente da corda de ponta, isso se dá ao alongamento e afilamento, técnicas
utilizadas para redução do arrasto induzido. Por conta disto, os vórtices gerados nas pontas das asas induzem
uma componente de velocidade para baixo, chamada de downwash W. Tal componente de velocidade induzida é
somada vetorialmente à velocidade do vento relativo de modo a gerar uma outra componente de velocidade
chamada de vento relativo local, ilustrada na figura 01.

Figura 1 - Downwash e vórtices nas pontas das asas.

Devido a este fenômeno, o coeficiente de sustentação do perfil cl, prevalecerá sempre maior que o coeficiente
de sustentação da asa CL. Variando-se o ângulo de ataque entre as três geometrias observa-se o quanto de
sustentação torna-se menor, baseada na equação 01 proposta por RODRIGUES [2], quando comparada ao do
perfil.

Equação 1 – Sustentação, com a variação do ângulo

Nota-se que a asa retangular e trapezoidal, possuem um comportamento de sustentação muito baixo, em
relação a mista sendo assim para definição do projeto final, percebe-se que a asa que possui características de
sustentação mais próximas do perfil e que chegue a obter, um menor valor de arrasto induzido e maior eficiência
aerodinâmica cerca de 4,34 % é a asa tipo MISTA, para tal conclusão foi plotado o gráfico 2, para melhor
discernimento da análise.
Gráfico 2 - Correção de Sustentação CL x cl

4. CONCLUSÃO

O desenvolvimento do presente estudo, foi realizado com o intuito de otimizar a escolha de uma geometria de
asa para definir o projeto final de uma aeronave, com o auxílio de uma planilha e gráficos gerados, pelo software
Excel do pacote Office 2013 a fim de obedecer as restrições geométricas, estabelecidas pela XIX Competição
Aerodesign, foi identificado com grande satisfação que uma asa MISTA com envergadura de 2,3 m; corda raiz
de 0,54m e corda de ponta 0,30 m, possuindo assim uma área de 0,960 m², contemplaria de maneira benéfica o
projeto. Sem alterar as técnicas estabelecidas para a redução de arrasto induzido, baseada nas principais equações
do meio aeronáutico. Obtendo-se então 4,34% de eficiência aerodinâmica a mais, quando comparada com as
outras. Percentual este, que se torna satisfatório para homologação do projeto e servir de base para os demais
estudos de desempenho da aeronave, possibilitando assim um bom rendimento neste desafio, proposto pela
comissão organizadora.

5. REFERÊNCIAS

[1] MENESES, João Luis de. Análise Numérica de Aerofólio Proposto Para um Veículo Aéreo Não-
Tripulado Tipo Asa Voadora. Congresso Nacional de Estudante de Engenharia Mecânica, Porto
Alegre-RS, 2013.

[2] RODRIGUES, M. J. Fundamentos da Engenharia Aeronáutica- Aplicação ao Projeto SAE AeroDesign-


Salto: IFSP, São Paulo, 2009.

[3] ROSA, E.; Introdução ao projeto aeronáutico: uma contribuição à competição SAE Aerodesign. Santa
Catarina: UFSC Centro Tecnológico, 2006.
AUTOMATIZAÇÃO DA FERRAMENTA DE TROCA DE LÍQUIDO DO
SISTEMA DE ARREFECIMENTO DO MOTOR DE COMBUSTÃO
INTERNA

Leandro Martins Furtado¹


Pablo de Araújo Melo¹
Ramon da Silva Martins¹
Rodolfo Muniz da Silva¹
Rondymilson de Souza Lopes²

RESUMO

Os motores a combustão funcionam a altas temperaturas, fato este que levaria a destruição do motor caso não
houvesse um sistema de arrefecimento. Desta forma, o referido sistema é de extrema importância e altamente
necessária à sua manutenção para que o motor não venha a superaquecer. Porém, o problema desta manutenção é
a execução de vários movimentos repetitivos realizado pelo mecânico durante a operação de limpeza manual do
sistema de arrefecimento, o que pode levar esse indivíduo a um risco ergonômico e a perda de produtividade pois
se dedicará apenas a uma única atividade. Deste modo, podemos utilizar um método eficaz que levará autonomia
para este procedimento: a automação do processo de limpeza do sistema de arrefecimento. A automação deste
processo maximizará a produção com o menor consumo de materiais, reduz a geração de resíduos de qualquer
natureza e evita esforços físicos do mecânico ao realizar a limpeza do sistema, trazendo assim melhores
condições de segurança e de operação. Desta forma, o presente trabalho propõe à automatização da máquina que
substitui o líquido de arrefecimento dos motores a combustão interna. Desta forma, a limpeza do sistema de
arrefecimento será realizada de forma automática e o mecânico encarrega-se apenas de iniciar e finalizar o
processo de limpeza.

Palavra Chave: Automação, Ergonomia, Manutenção, Mecânica Automotiva, Sistema de Arrefecimento.

ABSTRACT

The combustion engines operate at high temperatures, which would lead to the destruction of the engine if there
was no cooling system. In this way, said system is extremely important and highly necessary for its maintenance
so that the engine does not overheat. However, the problem with this maintenance is the execution of several
repetitive movements performed by the mechanic during the manual cleaning operation of the cooling system,
which can lead to an ergonomic risk and loss of productivity since it will be dedicated to a single activity . In this
way, we can use an effective method that will take autonomy for this procedure: the automation of the process of
cleaning the cooling system. The automation of this process will maximize production with the lowest material
consumption, reduce the generation of waste of any kind and avoid the mechanic's physical efforts to clean the
system, thus providing better safety and operating conditions. In this way, the present work proposes the
automation of the machine that replaces the coolant of the motors with internal combustion. In this way, the
cleaning of the cooling system will be performed automatically and the mechanic will only undertake to start and
finish the cleaning process.

Keyword: Automation, Ergonomics, Maintenance, Automotive Mechanics, Cooling System.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: leandromf21@hotmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: rondymilson@yahoo.com
1. INTRODUÇÃO

O sistema de arrefecimento tem a finalidade de controlar a temperatura dos motores a combustão interna a
fim de proporcionar um funcionamento adequado do motor e evitar o superaquecimento dos seus componentes.
Todavia, o referido sistema poderá apresentar falhas ao longo de sua operação. Deste modo, a manutenção do
mesmo deve ser priorizada assim como os demais componentes de um motor. A ausência da manutenção no
sistema de arrefecimento poderá resultar em maiores custos para os proprietários de veículos, pois o motor
poderá superaquecer e, consequentemente, promover desgaste de algumas das suas peças ou, em casos mais
graves, causar a perda total desse motor.
O procedimento de manutenção em sistemas de arrefecimento mais adotado é a limpeza do sistema e a troca
do líquido de arrefecimento. Ao fazer esse tipo de manutenção o mecânico utiliza uma ferramenta para limpeza e
substituição do líquido arrefecedor. Tal procedimento de manutenção exige do mecânico a repetição frequente
do processo de limpeza, podendo causar ao mantenedor riscos ergonômicos. Além disso, não há uma
padronização do tempo de execução da limpeza e o fato das frequentes operações manuais durante o processo, a
produtividade do mecânico é comprometida, pois o mesmo poderá dedica-se apenas a esta atividade.
Deste modo, automatizar essa ferramenta resultará em uma autonomia para o processo de limpeza do sistema
de arrefecimento, ou seja, o operador apenas iniciará e finalizará o processo enquanto a ferramenta encarrega-se
de realizar o trabalho de limpeza de forma automática. Para automação desta ferramenta aplicaremos um sistema
eletropneumático para promover o acionamento das válvulas da ferramenta de limpeza e substituição do líquido
arrefecedor.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Utilizaremos nessa ferramenta um circuito automatizado onde a válvula de abertura da passagem de água do
sistema de arrefecimento possa abrir por meios de comandos eletropneumáticos, facilitando o manuseio da
ferramenta, usaremos válvulas de comando direcional, atuadores pneumáticos, simulador virtual de circuitos
eletropneumático (software Fluidsim), sistema de alimentação de ar comprimido, mangueiras de alta pressão,
abraçadeiras e a ferramenta de limpeza para sistema de arrefecimento.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Este projeto visa facilitar o trabalho do mecânico ao executar a tarefa de limpeza do sistema de
arrefecimento, preservando a sua integridade física e sua segurança diante da atividade, polpando-lhe tempo para
executar outras tarefas, enquanto a ferramenta automatizada executa o serviço. Mediante este projeto poderemos
usar a pressão de trabalho utilizada para o funcionamento do sistema para sugestões de melhorias futuras,
fazendo a ferramenta funcionar como uma espécie de hidrolavagem reutilizando a mesma água do sistema, uma
vez que para realizar a limpeza são necessários mais de 120 litros de água.

4. CONCLUSÃO

Baseado no acompanhamento de atividades executadas em oficina mecânica, em especial a de limpeza do


sistema de arrefecimento há uma necessidade de aperfeiçoar a ferramenta através de sistema eletropneumático, a
fim de resguardar a integridade física do colaborador e a sua disponibilidade de tempo para realizar outras
atividades, uma vez que a ferramenta deverá fazer todo trabalho de forma autônoma. Deste modo, a
automatização da ferramenta realizará a atividade de abrir e fechar as manivelas no tempo correto, dispensando a
intervenção do mecânico para esse procedimento. Desta forma, evita-se esforço repetitivo, fadiga e desperdício
de tempo do mecânico, uma vez que as atividades executadas em oficina mecânica exigem o melhor
aproveitamento possível do tempo de trabalho. Portanto, com a automação o mantenedor irá apenas instalar a
ferramenta de limpeza do sistema de arrefecimento e iniciar o procedimento. Durante a operação automática de
limpeza, o mecânico estará disponível para realizar outras atividades.

5. REFERÊNCIAS

Apostila Festo Pneumática Básica. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABFcIAJ/apostila-


festo-pneumatica-basica?part=7. Acesso em 26 de abril de 2018.
SILVA, E. C. NELLI. Sistema Fluidomecânicos. Apostila de Pneumática. Escola Politécnica da Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2002.
Treinamento Intensivo Festo Hidráulica e Pneumática. Disponível em: http://www.festo-didactic.com/br-
pt/treinamentos/brasil/pneumatica-e-hidraulica/?fbid=YnIuc HQuNTM3LjIzLjI4LjI1OTE0. Acesso em 26 de
abril de 2018.
ANÁLISE NUMÉRICA DE UM AEROFÓLIO DESTINDO A UM VANT
DE PULVERIZAÇÃO AGRÍCOLA

Sandro de Jesus Mota Santos1


William Denner Pires Fonseca2
Eduardo Mendonça Pinheiro3

RESUMO

Este artigo trata do estudo numérico de um aerofólio proposto durante a fase de projeto conceitual de um veículo
aéreo não tripulado (VANT) para pulverização agrícola. Visto que uma das principais etapas para a elaboração
de um VANT é a determinação do aerofólio, fez-se primeiramente um levantamento das características
aerodinâmicas que o perfil deveria atender. O trabalho expõe a criação de um novo aerofólio idealizado a partir
de dois perfis aerodinâmicos de alta sustentação, a saber o SELIG 1223 e o EPLLER 423, no qual foi utilizado o
método direto, que engloba a geometria, seção e o desempenho exigido, a fim de melhorar à eficiência
aerodinâmica (CL/CD). Para a realização das análises, foi utilizado o método dos painéis através do software
XFLR5®, onde foi identificado que o aerofólio proposto apresenta características intermediárias tanto em
aspectos aerodinâmicos quanto geométricos quando comparados aos perfis de alta sustentação.

Palavra Chave: aerofólio, método dos painéis, XFLR5.

ABSTRACT

This paper deals with the numerical study of an airfoil proposed during the conceptual design phase of an
unmanned aerial vehicle (UAV) for agricultural spraying. Since one of the main steps for the elaboration of a
UAV is the determination of the airfoil, a survey was first made of the aerodynamic characteristics that the
profile should attend. The work presents the creation of a new airfoil, based on two high-strength aerodynamic
profiles, namely SELIG 1223 and EPLLER 423, which used the direct method, which encompasses the required
geometry, section and performance, order to improve aerodynamic efficiency (CL / CD). In order to carry out
the analyzes, the panel method was used through the XFLR5® software, where it was identified that the
proposed airfoil presents intermediate characteristics in both aerodynamic and geometric aspects when
compared to high lift profiles.

Keyword: Airfoil, Panels Method, XFLR5.

1
Graduando em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: sandro-dan@hotmail.com
2
Mestrando em Engenharia Mecânica – Universidade Estadual de Campinas. E-mail: dennereng@hotmail.com
3
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: eduardomp1979@gmail.com
1. INTRODUÇÃO

A agricultura de precisão é vista como uma grande inovação tecnológica, podendo revolucionar o modo de
pensar e de gerenciar as propriedades rurais. Tal ideia, auxilia o produtor rural a identificar as estratégias a serem
adotadas para aumentar a eficiência na produção agrícola, maximizando a rentabilidade das colheitas e tornando
o agronegócio mais competitivo (MATSO, 2011).
Tendo em vista a aplicação desse conceito, houve a necessidade de buscar alternativas variadas para coletar
dados mais precisos que possam contribuir com o controle das pragas nas lavouras, melhoria do monitoramento,
dentre outros.
O desenvolvimento dos Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT) surgiu como uma importante opção neste
setor. Sua aplicação na área agrícola, em missões de pulverização e monitoramento vem trazendo benefícios
devido à redução do custo, tamanho dos equipamentos e necessidade de otimização da produção. Visto que uma
das principais etapas para a elaboração de um VANT é a determinação do aerofólio, inicialmente foi feito um
levantamento das características aerodinâmicas que este deveria atender, dentre estas constatou-se que a
eficiência aerodinâmica e a simplicidade na geometria do perfil eram as mais plausíveis a serem consideradas
(MATSO; ISMAIL, 2010).
Neste contexto, o presente trabalho busca criar um aerofólio resultante da interpolação entre dois perfis de
alta sustentação por meio do método direto através do software XFLR5®, com o intuito de se obter um aerofólio
que possua características intermediárias, porém satisfatórias para o projeto de um VANT destinado a
pulverização agrícola.

2. METODOLOGIA

Para o desenvolvimento das análises, utilizou-se o software XFLR5®, no qual este é baseado na
discretização da superfície de contorno, onde o método numérico empregado é o método dos painéis.
De acordo com Silva (2005), o método dos painéis apresenta uma maneira simples e computacionalmente
barata de cálculo do desempenho aerodinâmico de um aerofólio. Basicamente, esse método divide o aerofólio
em pequenos segmentos curvos (Fig. 1), calcula as velocidades do escoamento nesses segmentos e, a partir daí,
obtém as pressões ao longo do perfil, possibilitando a avaliação das forças aerodinâmicas.

Figura 1: Aerofólio discretizado pelo método dos painéis.

Segundo Lafaete Jr. (2013), o cálculo das velocidades normal e tangencial do escoamento circundante ao
aerofólio em cada painel é dado respectivamente pelas equações (1) e (2).
N N
u i  v cos    q j u sij    u vij (1)
j 1 j 1
N N
vi  v  sen   q j v sij    v vij (2)
j 1 j 1
Onde, 𝑢𝑖 é a velocidade tangencial e 𝑣𝑖 a velocidade normal do painel, 𝛼 o ângulo de ataque, 𝑞𝑗 e  , são a
intensidade das singularidades, de fontes e vórtices respectivamente.
Após o cálculo das velocidades, aplica-se o princípio de Bernoulli em relação ao escoamento no infinito para
a obtenção da distribuição de pressão:
pi ui2 p vi2
   (3)
i 2  2
E posteriormente, aplicando-se estas pressões na área do painel, obtém-se as forças que, decompostas,
representam a força de sustentação e a força de arrasto, expressas respectivamente segundo Anderson (2007)
pelas equações (4) e (5).
FL   dFL    pi sen   cos  dA (4)
A A

FD   dFD    pi cos   sen dA (5)


A A
As condições iniciais utilizadas no presente trabalho, foram inseridas no software de maneira a simular as
condições que um VANT agrícola enfrenta na sua rotina de trabalho, estas foram o número de Reynolds e
número de Mach iguais a Re  10 5 Ma  0,0578 , caracterizando assim o escoamento como sendo laminar e
incompressível.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O aerofólio proposto para a criação do VANT agrícola foi nomeado de WS8, sendo este o resultado da
interpolação geométrica de dois perfis de alta sustentação (SELIG 1223 e o EPLLER 423) e da otimização dos
principais parâmetros que compõe um aerofólio, mais precisamente o camber, a espessura máxima, o raio de
curvatura do bordo de ataque e a espessura do bordo de fuga. Posteriormente, o aerofólio sugerido teve seus
dados comparados com os perfis de referência, findado esta etapa, foram realizadas analises que justificam a
escolha de um aerofólio à outro para o projeto da aeronave.
Através da leitura dos dados da Fig. 2, observa-se que o perfil WS8 possui desempenho intermediário na
análise do coeficiente de sustentação, uma vez que o mesmo é inferior aos dois perfis de referência quando
levado em consideração sustentação a baixos ângulos de ataque, porém perto do stall, o perfil WS8 apresenta
coeficiente de sustentação e ângulo de stall iguais a CL  2,2 e  stall  19 aproximadamente, tornando-o
assim intermediário quando comparado aos outros perfis estudados.

Figura 2: Curvas dos coeficientes de sustentação dos aerofólios

Quanto ao arrasto aerodinâmico analisado a partir da Fig. 3, verifica-se que o perfil WS8 possui menores
coeficientes de arrasto, o que torna-o superior aos aerofólios dos quais ele foi referencialmente desenvolvido,
resultando então em uma eficiência aerodinâmica a níveis muito satisfatórios.
Em questões geométricas o perfil proposto também apresentou superioridade, já que possui maior razão de
espessura ao longo da corda aerodinâmica (Fig. 4), o que facilita no manuseio de todos os processos de
fabricação mecânica que estarão envolvidos para a criação do mesmo.
0,065

0,060
WS 8
0,055
EPLLER 423
0,050 SELIG 1223
0,045

0,040

CD
0,035

0,030

0,025

0,020

0,015

0,010
0 5 10 15 20
ângulo de ataque

Figura 3: Curvas dos coeficientes de arrasto dos aerofólios

Figura 4: Geometria do aerofólio WS8

4. CONCLUSÕES

Levando em consideração as características pré-estabelecidas para o projeto do VANT de aplicações


agrícola, o aerofólio WS8 demonstrou possuir aspectos aerodinâmicos intermediários, entretanto satisfatórios. O
fato do perfil selecionado ter coeficiente de sustentação e ângulo de stall elevados, além de um menor
coeficiente de arrasto, justifica a opção por este aerofólio para a continuação do projeto.

5. REFERÊNCIAS

ANDERSON Jr, John. D. Fundamentals of aerodynamics. 5 ed. Nova York: Mcgrauw-Hill, 2007. 1131 p.
LAFAETE Jr. Otimização do arqueamento de dm aerofólio utilizando ligas dom memória de forma. Dissertação
(Mestrado em Engenharia Mecânica) –Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.
MATSO, C. A. K. Projeto de um Veículo Aéreo Não Tripulado para Pulverização Aeroagricola. Dissertação
(Mestrado em Engenharia Mecânica) – Faculdade de Engenharia Mecânica - Universidade Estadual de
Campinas, Campinas - SP, 2011.
MATSO, C. A. K.; ISMAIL, K.A.R. Otimização do aerofólio NACA para um veículo aéreo não tripulado com
aplicação agrícola. In: Asociación Argentina de Mecánica Computacional, v. XXIX, pp. 3657-3669.
SILVA, D. F. C. Simulação numérica do escoamento ao redor de aerofólios via método de vórtices associado ao
método dos painéis. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) –Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, 2005.
ANÁLISE COMPUTACIONAL DA DISTRIBUIÇÃO DE
TEMPERATURA TRANSIENTE EM PLACAS PLANAS

William Denner Pires Fonseca1


Sandro de Jesus Mota Santos 2
Patrício Moreira de Araújo Filho3
Eduardo Mendonça Pinheiro3

RESUMO

O presente estudo visa o modelamento, a elaboração e a implementação de um algoritmo computacional para o


cálculo da distribuição de temperatura unidimensional transiente em coordenadas retangulares. A equação da
condução de calor é discretizada pelo Método dos Volumes Finitos e o programa é elaborado através do software
MATLAB. Inicialmente é verificado como se comportado o perfil de temperatura para diferentes passos de
tempo, posteriormente, o programa é validado com a comparação dos resultados obtidos com resultados
experimentais provenientes da literatura.

Palavra Chave: distribuição de temperatura, método dos volumes finitos, MATLAB®.

ABSTRACT

The present study aims at the modeling, elaboration and implementation of a computational algorithm for the
calculation of the transient one-dimensional temperature distribution in rectangular coordinates. The heat
conduction equation is discretized by the Finite Volume Method and the program is elaborated using the
MATLAB software. Initially it is verified how the temperature profile behaved for different steps of time, later,
the program is validated with the comparison of the results obtained with experimental results from the
literature.

Keyword: temperature distribution, finite volume method, MATLAB®.

1
Mestrando em Engenharia Mecânica – Universidade Estadual de Campinas. E-mail: dennereng@hotmail.com
2
Graduando em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: sandro-dan@hotmail.com
3
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: eduardomp1979@gmail.com
1. INTRODUÇÃO

A condução é o processo de transferência de calor no qual a transferência de energia ocorre das partículas
mais energéticas de uma substância para partículas vizinhas adjacentes menos energéticas, como resultado da
interação entre elas [1,2].
Um dos objetivos principais da análise da condução de calor é determinar o campo de temperaturas em um
meio resultante das condições impostas em suas fronteiras, ou seja, deseja-se conhecer a distribuição de
temperaturas que representa como a temperatura varia com a posição no meio. Uma vez conhecida essa
distribuição, o fluxo de calor por condução em qualquer ponto do meio ou na sua superfície pode ser
determinado através da lei de Fourier [3].
Bandini [3] comenta que o estudo do fluxo de calor pode ser determinado de várias formas, dentre estas
destacam-se, as análises experimentais e computacionais. Os estudos experimentais podem apresentar maior
confiabilidade nos resultados em relação aos métodos computacionais, entretanto, ainda são procedimentos
demorados, com custos bastante elevados e também possuem uma série de erros e incertezas associados aos
experimentos que devem ser estudados com cautela. Já os métodos computacionais permitem análises mais
rápidas e com custos inferiores sobretudo devido a capacidade de processamento dos computadores digitais, o
que torna os métodos computacionais uma importante ferramenta.
Neste contexto, o presente trabalho busca o modelamento, a elaboração e a implementação de um algoritmo
computacional para o cálculo da distribuição de temperatura unidimensional transiente em coordenadas
retangulares.

2. MATERIAL E MÉTODOS

Para o desenvolvimento do modelo matemático foram admitidas as seguintes hipóteses simplificadoras:


 Fluxo de calor ocorre somente na direção x;
 Propriedades termofísicas constantes;
 Não há geração interna de energia.
De acordo com Bergman et al., [2], o processo de transferência de calor por condução, independentemente de
sua natureza, pode ser expresso matematicamente pela equação da condução térmica, esta é expressa pela
equação (1).
  T    T    T  . T
k   k   k   q  c p (1)
x  x  y  y  z  z  t
Considerando as hipóteses simplificadoras já mencionadas, a equação apresentada é reduzida a:
 2T T
 (2)
x 2 t
k
Onde:   , difusividade térmica.
c p
As condições de contorno utilizadas no presente trabalho, foram dimensionadas de maneira a verificar a
evolução do campo de temperatura ao longo da placa, a condição adotada na entrada do domínio computacional
é de primeira espécie, comumente chamada de condição de Dirichlet, em termos matemáticos esta é expressa
por:
T (0, t )  Ts (3)
Para a saída do domínio optou-se pela condição de terceira espécie (tipo Robin), esta é apresentada por:
k
T
x x x f
 
 h,I TI  T, E (4)

As temperaturas utilizadas na entrada e saída do domínio computacional foram de 38ºC e 28ºC


W
respectivamente e o coeficiente de convecção térmica é a ordem de 30 .
m2 K
A equação da condução térmica foi discretizada pelo Método dos Volumes Finitos, onde este procedimento
consiste em integrar, no volume de controle finito, a equação diferencial na forma conservativa [4,5]. O
desenvolvimento numérico foi elaborado ainda com base em uma malha unidimensional em coordenadas
retangulares, isto é, na direção coordenada das abscissas x.
Partindo da equação da difusão térmica, equação (2), e efetuando a integração no tempo e no volume de
controle, temos:
t  t e e t  t
 2T T

t
w x 2 dxdt   w 
t
t
dtdx (5)

Como resultado das integrações no espaço e no tempo da primeira e segunda sentença da equação, obtém-se
respectivamente:
t  t
 T   T  
 
e

t  x  e  x  w 
   w TP  TP dx
1 0
dt (6)

Utilizando uma aproximação linear, no qual  representa a distância entre os pontos da malha computacional
e aplicando a formulação totalmente implícita para a discretização temporal do lado esquerdo da equação, temos:
t  t
 TE  TP TP  TW 
    1

dt   TP  TP x
0
(8)
t  x e x w 
Ou ainda,
 TE1  TP1 TP1  TW1   TE0  TP0 TP0  TW0 



 



1

   TP  TP x
0
 (9)
 xe x w   xe x w 
Desacoplando os termos referentes a difusividade térmica e linearizando o termo fonte, obtém-se equação
geral de discretização, onde esta é expressa por [4]:
a P TP  a E TE  aW TW  b (10)
Sendo os coeficientes:
ke ke c P x
aE  , aE  , aP  , b  S C x  a P TP e a P  a E  aW  a P  S P x
0 0 0 0

x e x e t
Onde, o valor já conhecido da temperatura no ponto P que é o nível de tempo anterior t , é simbolizado pelo
sobrescrito “o”, e o nível de tempo atual, t  t , no qual se busca a solução, é representado pelo sobrescrito
“1”.
As simulações foram realizadas com um domínio de 20 volumes de controle, as cotas da velocidade foram
calculadas utilizando o arranjo deslocado e o método de solução utilizado foi o iterativo, mais precisamente o
algoritmo de Thomas (TDMA). Foram utilizados ainda um fator de convergência da ordem de 10 -3, com 5000
iterações, sendo que o incremento de tempo utilizado foi 0,1 s ao passo de tempo de 50000, 150000 e 300000 s.
O algoritmo computacional do problema (Anexo A) foi desenvolvido com um auxílio de um
microcomputador e do software MATLAB®, disponível na rede computacional do MSiLAB/UEMA.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com base na metodologia apresentada anteriormente, nesta parte do trabalho serão apresentados e
discutidos os resultados obtidos.
A Fig. (1) explana a distribuição de temperatura para o tempo de 50000 s. Observa-se para esta situação
uma curva hiperbólica, isto era esperado, pois de acordo com Maliska [5], para passos de tempo relativamente
pequenos o calor apenas começa a penetrar o domínio computacional.
Figura 1: Distribuição de temperatura para t  50000s

Continuando-se a evolução ao longo do tempo ( t  150000s ), percebe-se na Fig. (2) uma distribuição
exponencial de temperatura, levando a tendência de uma curva linear.
38
DISTRIBUIÇÃO DE TEMPERATURA

36

34
T [°C]

32

30

28

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5


x [m]
Figura 2: Distribuição de temperatura para t  150000s
A Fig. (3) explana a distribuição de temperatura para o tempo de 300000 s. Verifica-se que para esse
passo de tempo, há a obtenção de uma curva linear, levando o perfil de temperatura ao regime permanente.
Nesse caso, quando tal regime é atingido, a equação (2) se reduz à derivada segunda igual a zero. Como a
aproximação numérica dessa derivada reproduz um perfil linear [5], tem-se que a solução numérica é a própria
solução exata.
38 EXPERIMENTAL
COMPUTACIONAL
36

34
T [°C]

32

30

28

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5


x [m]
Figura 3: Distribuição de temperatura para t  300000s
A Fig. (3) explana ainda a comparação dos resultados computacionais e experimentais, verifica-se que as
curvas estão bem próximas, chegando assim a conclusão de que o algoritmo foi bem elaborado.

4. CONCLUSÕES
Conclui-se que a distribuição de temperatura em coordenadas retangulares é transiente até um certo passo
de tempo, e que depois está se torna permanente. Foi observado também que, os métodos computacionais podem
auxiliar de forma ativa os experimentos laboratoriais.

5. REFERÊNCIAS

[1] ÇENGEL, Y. A.; GHAJAR, A. F. Transferência de calor e massa: uma abordagem prática. 4 ed. Porto
Alegre: AMGH, 2012. 903 p.

[2] BERGMAN, T. L.; LAVINE, A.S.; INCROPERA, F.P.; DEWITT, D.P. Fundamentos de tranferência de
calor e de massa. 7ed. São Paulo: LTC, 2015. 672 p.

[3] BANDINI, M. A. Simulação numérica dos campos de temperatura e velocidadeem armazenadores térmicos.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande
do Sul, 1997.

[4] PATANKAR, S.V. Numerical Heat Transfer and Fluid Flow. Hemisphere Publishing. 1980.

[5] MALISKA, C.R. Transferência de Calor e Mecânica dos Fluidos Computacional. 2 ed: São Paulo: LTC,
2004. 453 p.
Anexo A – Algoritmo computacional

%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
%%% ESTE PROGRAMA CALCULA A DISTRIBUIÇÃO DE TEMPERATURA EM UMA PLACA
%%% APLICANDO O ALGORITMO DE THOMAS E O MÉTODO DE VOLUMES FINITOS
%%% O PROBLEMA É DITO UNIDIMENSIONAL E TRANSIENTE
%%% A DISCRETIZAÇÃO NO TEMPO É O MÉTODO TOTALMENTE IMPLICITO
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
clear all
clc

%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
%%%%%%GERANDO A MALHA DO PROBLEMA, VALORES LIMITES DO DOMINIO
%%%%%%DE CALCULO DO PROBLEMA, XL E YL
%
XL = 0.5; %DIMENSÃO MÁXIMA DO DOMINIO NA DIREÇÃO X
%
% NUMERO DESEJAVEL DE VOLUMES DE CONTROLE NAS DIREÇÕES X E Y
% RESPECTIVAMENTE, NVOLX, NVOLY
%
NVX = 20;
%
%%%%% DEFININDO O SISTEMA DE COORDENADAS, MODE = 2 PARA
%%%%% COORD.CILINDRICA E MODE=1 PARA COORD. CARTESIANAS
%
MODE = 1;
%
%%%% CALCULO DO NUMERO MAXIMO DE NÓS EM X E Y (L1, M1)
%
L1 = NVX+2; % DIREÇÃO X
L2 = L1-1;
L3 = L2-1;
%
%%% ESTA FUNCTION GERA AS FACES DO VOLUME DE CONTROLE DESLOCADO PARA
%%% DETERMINAÇÃO DAS COTAS DA VELOCIDADE
%
XU(2) = 0;
DX1 = XL/NVX;
for i=3:L1
XU(i) = XU(i-1)+DX1;
end
X(1) = XU(2);
X(L1) = XU(L1);
for i=2:L2
X(i) = (XU(i+1)+XU(i))*0.5;
end

%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
%$$$$$ GERANDO O COMPRIMENTO DAS FACES DO VOLUMES DE CONTROLE
% DX = distancia entre um nó e outro
% XVC = distancia entre uma face e outra
%%%%%
for i = 1:L1
if i == 1
DX(i)=0;
XVC(i) = 0;
elseif i == L1
DX(i)= X(i)-X(i-1);
XVC(i) = 0;
else
DX(i) = X(i)-X(i-1); % TAMANHO DA GRADE (ENTRE PONTOS) - X
XVC(i) = XU(i+1)-XU(i); % TAMANHO DO VOLUME DE CONTROLE - X
end
end
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
%%%%
%%%% CONDIÇÕES INICIAIS E DE CONTORNO
%%%%
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
K = 0.8;
ALFA = 5e-6;
HO=30; % COEFICIENTE DE PELÍCULA AR EXTERNO (W/m2K)
HI=20; % COEFICIENTE DE PELÍCULA AR INTERNO (W/m2K)
TFO=38; % TEMPERATURA DO AR EXTERNO(ºC)
TFI=28; % TEMPERATURA DO AR INTERNO(ºC)
alfaT = 1.5; % Fator de Relação
PDT = ('Entre com o PDT'); % PASSO DE TEMPO
DT = 0.1; % INCREMENTO DE TEMPO
CONVT = 1E-4; % CRITÉRIO DE CONVERGENCIA
ITER = 0;
NITER = 5000; % NUMERO DE ITERAÇÕES
t = 0;
to = waitbar (0,'Em processamento, aguarde...');
%AA = avifile('Temperatura3.avi');
%-------------------------------------------------
% TERMO DIFUSIVO
%-------------------------------------------------
for i=2:L2
AE(i)= 1/DX(i+1);
AW(i)= 1/DX(i);
end
%--------------------------------------------------
% TERMO FONTE
%-------------------------------------------------
for i=2:L2
APO(i)= XVC(i)/(ALFA*DT);
end
%-------------------------------------------------
% CONDIÇÃO INICIAL
%-------------------------------------------------
for i=2:L2
T(i)= 0;
end
%-------------------------------------------------
% CONDIÇÃO DE CONTORNO
%-------------------------------------------------
for i = 1:L1
if i==1 % PAREDE EXTERNA
T(i) = (K*T(i+1)+DX(i+1)*HO*TFO)/(K+DX(i+1)*HO);
elseif i==L1 % PAREDE INTERNA
T(i) = (K*T(i-1)+DX(i)*HI*TFI)/(K+DX(i)*HI);
end
end
%-------------------------------------------------
% ATUALIZAÇÃO DAS VARIAVEIS
%-------------------------------------------------
for i=1:L1
T1(i)=T(i);
end
%T1
fprintf('============================================\n');
fprintf('ITER tf RESIDUO T1\n');
fprintf('============================================\n');
for TIME=1:PDT
TIME_DIM = TIME*DT;
waitbar(TIME/PDT,to);
for ITER = 1:NITER;
%-------------------------------------------------
% MONTAGEM DA MATRIZ
%-------------------------------------------------
for i = 2:L2
if i==2
a(i)= APO(i)+AE(i)+AW(i);
b(i)= AE(i);
c(i)= 0;
d(i)= AW(i)*T1(i-1)+APO(i)*T(i);
elseif i==L2
a(i)= APO(i)+AE(i)+AW(i);
b(i)= 0;
c(i)= AW(i);
d(i)= AE(i)*T1(i+1)+APO(i)*T(i);
else
a(i)= APO(i)+AE(i)+AW(i);
b(i)= AE(i);
c(i)= AW(i);
d(i)= APO(i)*T(i);
end
end
%-------------------------------------------------
% ALGORITMO TDMA
%-------------------------------------------------
for i=2:L2
if i==2
P(i)= b(i)/a(i);
Q(i)= d(i)/a(i);
else
P(i)= b(i)/(a(i)-c(i)*P(i-1));
Q(i)= (d(i)+c(i)*Q(i-1))/(a(i)-c(i)*P(i-1));
end
end
T(L2)= Q(L2);
for i = L2-1:-1:2
T(i)= P(i)*T(i+1)+Q(i);
end
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
%=========================================================================
% CRITERIO DE CONVERGENCIA
%========================================================================
RESIDT = abs((T1(i)-T(i))/T1(i));
if RESIDT <= CONVT
break
end
%-------------------------------------------------
% ATUALIZAÇÃO DAS VARIAVEIS
%-------------------------------------------------
for i = 1:L1
if i==1
T(i) = (K*T(i+1)+DX(i+1)*HO*TFO)/(K+DX(i+1)*HO);
elseif i==L1
T(i) = (K*T(i-1)+DX(i)*HI*TFI)/(K+DX(i)*HI);
end
end
for i=1:L1
T1(i)= alfaT*T(i)+(1-alfaT)*T1(i);
end
ITER = ITER+1;
end
% fprintf(' %2d %f %8.4e %f\n',ITER,TIME_DIM,RESIDT,T1(i));
% T1;

%-----------------------------------------------------
% GERA UM ANIMAÇÃO
%-----------------------------------------------------
% F=getframe;
% AA = addframe(AA,F);
% %n=20;
% figure(1)
% plot(X,T1);
% xlabel('ESPESSURA DA PAREDE (metros)');
% ylabel('TEMPERATURA (CELSIUS)');
% axis tight
end
close(to)
%T1
plot(X,T1);
xlabel('ESPESSURA DA PAREDE (metros)');
ylabel('TEMPERATURA (CELSIUS)');
legend ('VARIAÇÃO TRANSIENTE DA TEMPERATURA')
axis tight
grid on
ESTUDO PARA VIABILIDADE DO CONSUMÍVEL H4R.01

Lucas Oliveira dos Santos1


José Wilson Coelho de Souza2

RESUMO

Neste trabalho estudou-se os consumíveis de soldagens por fusão pelo processo SMAW – Shielded Metal Arc
Welding, a qual, foram observadas as influencias nos custos de soldagem devido a necessidade de controles
diferenciados de conservação e manuseio para os consumíveis convencionais. As conclusões do referido estudo
forneceram informações científicas e tecnológicas de grande relevância, pois a soldagem com a utilização de
eletrodo revertido possui uma importância significativa na indústria, tanto no processo de fabricação quanto na
aplicação de recuperações estruturais. O referido estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica que teve por
objetivo apontar as vantagens do consumível de soldagem não ressecável, E7018 H4R, em comparação ao
consumível convencional ressecável, E7018, com base na literatura especializada da AWS A5.1:2012, com
levantamento das vantagens e desvantagens dos mesmos, provendo informações que norteiem para a utilização
ou não destes consumíveis na indústria, como por exemplo, as construções de estruturas metálicas, de pequeno,
médio ou grande porte.

Palavra Chave: Soldagem; Eletrodo Revestido; Não Ressecável; E7018 H4R; SMAW.

ABSTRACT

In this work, welding consumables were studied by the SMAW-Shielded Metal Arc Welding process, which was
influenced by welding costs due to the need for different conservation and handling controls for conventional
consumables. The conclusions of this study provided scientific and technological information of great relevance,
since the welding with the use of reversed electrode has a significant importance in the industry, both in the
manufacturing process and in the application of structural recoveries. This study is a bibliographical research
that aimed to point out the advantages of the non-resectable welding consumable, E7018 H4R, compared to the
conventional resectable consumable, E7018, based on the AWS A5.1: 2012 specialized literature, with of the
advantages and disadvantages of the same, providing information that guides the use or not of these
consumables in the industry, such as the construction of metallic structures, small, medium or large.

Keyword: Welding; Coated electrode; Non-resistible; E7018 H4R; SMAW.

1
Graduando em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: lucas.oliveira.santos@vale.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: wilson.coelho07@gmail.com
1. INTRODUÇÃO

O interesse de desenvolver essa pesquisa surgiu pela necessidade de apontar os fundamentos técnico-
científicos consistentes e viáveis para os processos de soldagem com eletrodo revestido.
Neste contexto, aplicasse a recente descoberta feita no Brasil, do primeiro eletrodo E7018 não ressecável do
mundo, dando origem a um consumível de baixo hidrogênio, o E7018 H4R, objeto deste estudo, sem a utilização
de elementos químicos, no revestimento, causadores da alta higroscopia.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O tipo de pesquisa realizado neste trabalho foi uma revisão de literatura, no qual foi realizada uma consulta a
livros, dissertações e por artigos científicos selecionados através de busca nos seguintes base de dados ”Norma
AWS D1.1:2015”, “AWS A5.1:2012”, “Catalogo ESAB, 2013” e “Livro FBTS, 2012”. O período dos artigos
pesquisados foram os trabalhos publicados nos últimos 5 anos. As palavras-chave utilizadas na busca foram: ”
Soldagem”, “Eletrodo revestido”, “Não ressecável” e “SMAW”.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O primeiro eletrodo não ressecável foi desenvolvido a pedido da Petrobrás para utilização no pré-sal sobre
exploração e produção de petróleo e gás natural, e patenteado no mundo pela ELBRAS, uma empresa
genuinamente nacional que atua no mercado de soldagem consumível E7018 H4R (ELBRAS, 2012).
A empresa Elbrás Eletrodos do Brasil informa que este projeto foi desenvolvido por uma parceria com a
UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (2012).
Ainda de acordo com a empresa ELBRAS (2012), a mesma patenteou o processo de fabricação de eletrodos
sem utilização de silicato, o que permite, além de uma grande economia na fabricação, produzir um eletrodo com
baixíssimo hidrogênio, classificando-o como H4 e tendo o nome ELBRAS BRH4R.
O projeto tinha como premissa básica o desenvolvimento de um eletrodo revestido que apresentasse bom
desempenho em soldas úmidas ou molhadas. Daí, mediante vários testes e estudos, ocorreu à origem do
consumível BR H4R e a consequente patente em 123 países, e sua fabricação é realizada por um único
fornecedor no mundo (ELBRAS, 2012).
O consumível de soldagem BR H4R segue os mesmos parâmetros e propriedades estabelecidos pela norma
de referência AWS A5.1/5.1M:2012, porém este apresenta, também, a propriedade de não higroscópico, não
absorvendo umidade quando exposto ao ambiente, ainda que por longos períodos.
Devido à propriedade de não higroscópico, o consumível BR H4R não necessita de secagem, ressecagem ou
conservação em temperaturas elevadas, conferindo ao mesmo a importante característica de não ressecável. Esta
característica é proveniente da utilização de aglomerantes a base de aglutinantes poliméricos na composição do
revestimento (FBTS, 2012).
Devido ao fato do BR H4R não ser higroscópico, a difusão do hidrogênio proveniente do consumível não
ocorrerá, uma vez que este elemento não estará presente no mesmo em níveis suficientes para a ocorrência do
fenômeno no tempo mínimo necessário (UFMG, 2012).
O eletrodo BR H4R permite a soldagem em todas as posições, conforme o convencional, porém consome
menor energia devido a menor corrente elétrica de soldagem utilizada e apresenta mais facilidade para a técnica
operatória devido a composição de seu revestimento (UFMG, 2012).
O consumível apresenta, em comparação ao convencional, maior resistência ao impacto e ao dobramento,
uma vez que é flexível devido às resinas poliméricas utilizadas no revestimento, menor energia de soldagem com
mesma eficiência, menor aporte térmico e eliminação do uso de estufas para secagem, ressecagem ou
conservação, eliminando o custo de energia com este processamento.
O risco de inserção de hidrogênio difusível na junta soldada devido a umidade presente no consumível é
reduzido consideravelmente, tendo como base o baixo valor deste elemento presente no mesmo, conforme pode
ser visto pela tabela 4 que apresenta os resultados dos testes de homologação realizados pela FBTS - Fundação
Brasileira de Tecnologia de Soldagem (EDISON WELDING INSTITUTE, 2012).

Figura 1 – Resultados do teste de hidrogênio difusível do BR H4R (ml/100g).

Fonte: Elbras Eletrodos do Brasil


Em um comparativo entre os dados da tabela 4 com os dados apresentados pela tabela 1, pode-se perceber
que os valores encontrados nos testes de hidrogênio difusível do BR H4R, estão numa faixa inferior na
classificação do H4, apresentando uma média de 1.1 ml/100g, unidade padrão da norma (AWS
A5.1/5.1M:2012).
Outro fator que reduz o risco de inserção de hidrogênio na junta soldada por parte do eletrodo está
relacionado a não utilização de matéria prima à base de água na composição do seu revestimento, conferindo
impermeabilização ao mesmo (UFMG, 2012).
Pela figura 2 pode ser verificado o estado final de um eletrodo convencional e do H4R quando em contato
com água por cerca de trinta minutos. Pode-se perceber claramente que os consumíveis BR H4R são mais
resistentes que os eletrodos convencionais, de forma que o revestimento destes últimos se destaca facilmente da
alma metálica.

Figura 2 – Eletrodo convencional e eletrodo BR H4R em contato com água por trinta minutos.

Fonte: Elbras Eletrodos do Brasil.

As técnicas operacionais de soldagem com o eletrodo BR H4R são similares às utilizadas com o eletrodo
convencional, porém a faixa de corrente elétrica aplicada é inferior, tendo como consequência uma menor
energia de soldagem e um menor aporte térmico (ELBRAS, 2012).
O eletrodo BR H4R não deve ser secado, sobretudo a altas temperaturas, sob nenhuma hipótese. Caso isto
ocorra pode haver a perda dos elementos do revestimento a base de aglutinantes poliméricos, tendo como base
que estes irão reagir, fisicamente ou quimicamente, devido ao aquecimento e, assim, perderem as suas
propriedades (UFMG, 2012).
O consumível BR H4R está homologado pela FBTS sob o certificado de conformidade nº 905, conforme
código ASME, Seção II, Parte C e registro de relatórios número 1001 (FBTS, 2012).
A norma de referência AWS A5.1/5.1M:2012 utiliza como parâmetros para especificação de consumíveis de
soldagem o código ASME referenciado no início deste parágrafo, conforme SFA-5.02/SFA-5.02M.

4. CONCLUSÕES

O referido estudo aponta as vantagens do consumível de soldagem não ressecável, E7018 H4R, em
comparação ao consumível convencional ressecável, E7018, com base na literatura especializada da AWS
A5.1:2012, com levantamento das vantagens, provendo informações que norteiem para a utilização ou não destes
consumíveis.

5. REFERÊNCIAS

AWS, A5.1/A5.1M:2012 – Specification for Carbon Steel Electrodes for Shielded Metal Arc Welding.
ASME, Boiler and Pressure Vessel Code, Seção II, Parte C – Specifications for Welding Rods, Electrodes, and
Filler Metals.
ASME, SFA-5.02/SFA-5.02M, Specifications for Carbon Steel Electrodes for Shielded Metal Arc Welding.
Catálogo de Consumíveis Esab, 2013.
Catálogo de consumíveis Elbras, 2014.
FBTS - Fundação Brasileira de Tecnologia de Soldagem.
Fundamentos e Tecnologia de Soldagem, 3ª Edição, UFMG, Belo Horizonte, 2009.
Engenharia de Soldagem e Aplicações, Rio de Janeiro, LTC, 1982.
DETERMINAÇÃO DO CENTRO DE GRAVIDADE: APLICAÇÃO EM
UMA AERONAVE RADIOCONTROLADA, DESTINADA A
COMPETIÇÃO SAE BRASIL AERODESIGN

Aldenir Joaquim Oliveira Vieira1


Gustavo Henrique Andrade Sousa1
José Alcy Marques Santos1 Junior1
Laila Larissa Correia Muniz1
Yasmin Soares Castro1
João Wilker Ribeiro Barros Lima2

RESUMO

O presente trabalho foi elaborado a partir do projeto de uma aeronave cargueira rádiocontrolada, desenvolvida
para participação da equipe Aerobeetle, representante da Faculdade Pitágoras na competição SAE Aerodesign,
edição 2017. O artigo apresenta a determinação do CG da aeronave a partir dos pesos, distâncias e braços de
momento dos componentes da aeronave. Por fim, a demonstração em voo que a aeronave é estaticamente estável
e de acordo com os requisitos estabelecidos, apta para voo.

Palavra Chave: Aerodesign, Centro de gravidade, Engenharia Aeronáutica.

ABSTRACT

The present work was elaborated from the design of a radio controlled car aircraft, developed for the
participation of the team Aerobeetle, representative of the Pitágoras Faculty in the SAE Aerodesign competition,
edition 2017. The article presents the determination of the CG of the aircraft from the weights, distances and
components of the aircraft. Finally, the in-flight demonstration that the aircraft is statically stable and in
accordance with established requirements, is fit for flight.

Keyword: Aerodesign, Center of Gravity, Aeronautical Engineering.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: sousagustavo484@gmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: jwbarros@hotmail.com
1. INTRODUÇÃO

O centro de gravidade de uma aeronave remete ao ponto em que todas as forças atuantes se igualam e no
envelope de voo possibilita uma aeronave estaticamente estável [2], desta maneira a correta localização do CG,
além de garantir um voo em segurança, constitui uma das técnicas mais viáveis e eficazes para reduzir o
consumo de combustível, segundo [1] este parâmetro tem uma repercussão evidente no desempenho
aerodinâmico do avião.
A fim de garantir as qualidades de voo da aeronave, foram realizadas as análises centro de gravidade,
segundo os princípios regentes e a criticidade da análise de estabilidade em um projeto aeronáutico, impõe que
esse estudo fosse critério determinante para seleção da configuração final, garantindo à aeronave capacidade de
realizar movimentos controlados em torno dos três eixos principais que passam pelo seu centro de gravidade
onde o sentido da força do peso dirige-se sempre para o centro da terra.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O processo de desenvolvimento das análises de estabilidade segue em ordem de dependência entre os


parâmetros, bem como em acordo com as definições do Projeto da aeronave:
a) Inicialmente, foram identificados as premissas de projeto e os critérios que seriam utilizados para que
fosse considerada a aeronave estável;
b) Identificar a previsão de peso das superfícies sustentadoras definidas durante o projeto de aerodinâmica e,
juntamente com a identificação dos pesos e localizações dos outros componentes, determinarem o CG da
aeronave;
c) Reconhecer os coeficientes de contribuição dos principais componentes da aeronave para análise das
estabilidades estáticas longitudinal, lateral e direcional;
d) Construir o protótipo para teste, para validação do CG e análise qualitativa da capacidade de a aeronave
realizar voo para competição.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Durante a medição do centro de gravidade, a aeronave estará balanceada quando permanecer nivelada. Para
que esteja em equilíbrio à aeronave não precisa estar perfeitamente imóvel, mas sua posição deve permanecer
próxima desta em voo.
Figura 01: Referencias a medição do CG

A determinação do centro de gravidade de uma aeronave (CG) e o seu passeio para condições de peso
mínimo e máximo é de suma importância para um estudo posterior de estabilidade, peso e balanceamento do
avião, conforme Rodrigues [4]:
“A análise de estabilidade estática representa um dos pontos mais
complexos do projeto de uma aeronave, pois geralmente envolve uma
série de equações algébricas difíceis de serem solucionadas e que em
muitas vezes só podem ser resolvidas com o auxílio computacional”.
O cálculo para determinar a localização do CG se dá através das condições do balanceamento de momentos, ou
seja, primeiramente é necessário que se considere um ponto imaginário onde a soma dos momentos do nariz da
aeronave possua a mesma intensidade da somatória dos momentos de cauda. Pode-se afirmar que a aeronave
estará em equilíbrio quando estiver suspensa apenas pelo CG, assim a aeronave não tenderá a rotacionar para
nenhuma direção.
Figura 02: Método de identificação do CG

A equação para localizar o centro de gravidade é a seguinte:


x=Σw.d (1)
▬▬▬
Σw

CG%c = (x̅CG− xw) (2) (2)


▬▬▬▬
C.100%

Tabela 01: Dados para cálculo de CG

Após a realização dos cálculos, utilizando as equações (1) e (2), os resultados da Tabela 1, mostram que,
neste caso, o CG localiza-se a21, 7% da corda média aerodinâmica ou a0, 057 m a partir do bordo de ataque da
asa, posicionamento que pode ser comprovado através do ensaio realizado e mostrado na figura (2).
De acordo com o a metodologia apresentada, os cálculos preliminares de estabilidade e os testes de voo
demonstraram que a aeronave satisfaz os requisitos de competição, conforme é descrito ao longo das análises e
nos testes de voos, a figura a seguir ilustra os ensaios de voo.
Figura 03: Aeronave testada em voo
4. CONCLUSÃO

Para a análise do centro de gravidade, definiram-se as premissas do projeto e os parâmetros que nortearam as
análises, identificando o CG da aeronave e foram realizadas as análises de estabilidade longitudinal, lateral e
direcional estáticas da aeronave. Foram realizados testes de voo com os protótipos que comprovaram o bom
desempenho do projeto, apesar do desafio orçamentário de desenvolvimento do projeto.
Este artigo teve como objetivo apresentar de modo simples a forma para se calcular a localização do centro
de gravidade em uma aeronave, apresentando um ensaio realizado para melhor compreensão. Com base nos
resultados mostrados é possível concluir que o estudo e ensaio realizados foram satisfatórios, uma vez que
ambos se complementaram para no fim obter um resultado positivo, ou seja, os cálculos foram validados através
do ensaio.

5. REFERÊNCIAS

[1] ANDERSON, JOHN D. Aircraft Performance and Design. McGraw-Hill, Inc.New York 1999.
[2] NELSON, Robert. C. FlightStabilityandAutomaticControl. 2ª Ed, McGraw-Hill, Inc. New York 1998.
ANÁLISES DE PERFIS AERODINÂMICOS: APLICAÇÃO EM UMA AERONAVE A
RADIO CONTROLADA, DESTINADA A COMPETIÇÃO SAE BRASIL
AERODESIGN

Aldenir Joaquim Oliveira Vieira1


Gustavo Henrique Andrade Sousa1
José Alcy Marques Santos1 Junior1
Laila Larissa Correia Muniz1
Yasmin Soares Castro1
João Wilker Ribeiro Barros Lima2

RESUMO

Este artigo tem o intuito de apresentar as análises feitas para a seleção do aerofólio voltado para a maior
competição entre acadêmicos de engenharia do Brasil, SAE BRASIL AERODESIGN. Estas analises foram
feitas para a projeção da aeronave Alice, aeronave projetada pela a equipe Aerobeetle que representa a
faculdades Pitágoras- São Luis. Durante o processo de análise, a equipe determinou restrições e foi em busca do
aerofólio que otimizaria as necessidades para cumprir os objetivos da equipe. Em seguida foi usado o software
XFRL5 que através de dados e gráficos correspondeu às expectativas da equipe quanto ao perfil de alta
sustentação LNV109A, tendo uma maior capacidade de planeio e baixo volume de cauda assim tendo uma
pequena empenagem com o perfil simétrico NACA 0012, com capacidade de gerar grandes ângulos
sustentadores positivos e negativos e com grande capacidade de saída do chão.

Palavra Chave: aerofólio, sustentação, momento.

ABSTRACT

This article intends to present the analyzes made for the selection of the airfoil geared towards the greatest
competition among Brazilian engineering academics, SAE BRASIL AERODESIGN. These analyzes were made
for the projection of the Alice aircraft, an aircraft designed by the Aerobeetle team representing the Pitágoras-
São Luis colleges. During the review process, the team determined constraints and went in search of the airfoil
that would optimize the needs to meet the team's goals. Then the XFRL5 software was used, which through data
and graphs corresponded to the expectations of the team regarding the high lift profile LNV109A, having a
greater capacity of glide and low volume of tail thus having a small empenaje with the symmetric profile NACA
0012, with ability to generate large positive and negative sustaining angles and with great capacity of leaving
the ground.

Keyword: airfoil, support, moment.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: sousagustavo484@gmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: jwbarros@hotmail.com
1. INTRODUÇÃO

As análises dos perfis aerodinâmicos são estudos feitos para avaliar a reação aerodinâmica a partir do
escoamento do fluido ao redor do perfil. Esses estudos são desenvolvidos para que seja usado como solução para
a determinada configuração que irá corresponder aos requisitos de projeto da competição nacional SAE BRASIL
AERODESIGN.
Durante a seleção desses perfis é feita as análises computacionais usando o software de simulação XFLR5
para identificação das curvas de coeficiente de sustentação e coeficiente de momento aerodinâmico, por fim
selecionar o melhor perfil que cumprirá a melhor relação momento x sustentação para o projeto.

2. MÉTODOS E MATERIAL

O processo de desenvolvimento das análises de aerodinâmica segue em ordem de dependência entre os


parâmetros, bem como em acordo com as definições do Projeto da aeronave. Para auxilio da sustentação e
momento que influenciam na melhor escolha dos perfis conforme a missão determinou os seguintes parâmetros:
a) Determinaram-se as análises utilizando o software XFRL5 que simulam e determina valores de arrasto,
sustentação, momento e restrições da análise, com base nos dados já levantados durante a missão do projeto
(aeronave cargueira);
b) Foi realizado estudo dos diversos perfis aerodinâmicos para a asa;
c) Com os dados do perfil selecionado determinou - se a geometria da asa;
d) É determinada a geometria das empenagens, bem como a seleção dos perfis aerodinâmicos.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A configuração do perfil foi selecionada com base nas análises, considerando objetivos e nível técnico da
equipe, bem como do histórico de competição. A equipe determinou as restrições que permeariam o projeto
preliminar e os dados que encontram-se listados na Tabela 01, tendo em vista que estes trariam bons
desempenhos aerodinâmicos que satisfariam as expectativas proferidas pela equipe.

Tabela 01: Requisitos para análise de aerodinâmica


ITEM CONDIÇÃO JUSTIFICATIVA
Coeficiente de sustentação do Manter razoável capacidade de sustentação,
Superior a cl=1,5
perfil da asa quando corrigido pra asa finita
Necessidade de baixo do coeficiente de
Coeficiente de momento do perfil Cm inferior a cm=0,05
momento da asa – menor volume de cauda
da asa em módulo
necessário
Simétrico, com espessura Permitir ampla gama de ângulos de ataque
Perfis da empenagem
máxima superior a 10%c para controle e maior facilidade construtiva.

Fonte: Autores (2018)


A fim de identificar o perfil que iria satisfazer todos os requisitos propostos, é feito analises
através do software XFLR5, que é uma interface gráfica e um programa voltado para design e analises de
aerofólios, para identificação das curvas de coeficiente de sustentação e coeficiente de momento aerodinâmico,
adotando como base número Reynolds de 400.000 e velocidade do fluxo de Mach 0,04 (aproximadamente 14
m/s): Assim através dos resultados pode ser feito a escolha do perfil que irá ter melhor desempenho.
Tabela 02: Dados dos perfis aerodinâmicos
ESPESSURA MÁX. CAMBER MÁX
AEROFÓLIO CARACTERÍSTICAS
/ POS. (%c) /POS. (% c)
Perfil experimental de alta
Beetle 2 12.63 / 19.19 8.61 / 41.41
sustentação
Eppler E423 12.52 / 24.24 10.03 / 44.45
Perfil de alta sustentação a baixo
Selig A1210 12.00 / 22.23 7.20 / 51.52
Reynolds
Chuck Hollinger CH10 12.83 / 31.31 10.20 / 49.49
Liebeck LA109A 12.98 / 23.23 5.97 / 32.32
JL-FW-6 Perfil de asa voadora 15.49 / 26.26 3.00 / 26.26
Liebeck LA2573A 13.70 / 28.28 3.19 / 26.26
Fonte: Autores (2018)

Figura 01: Curvas de coeficiente de sustentação dos perfis. Fonte: Autores (2018).

Figura 02: Curva de coeficiente de momento dos perfis. Fonte: Autores (2018)
Pela análise das Figuras 01 e 02 é notável a diferença entre as classes de perfis: os de alta sustentação, todos
possuem coeficiente de sustentação igual ou superior a cl=2, e coeficiente de momento em módulo superior a
cm= 0,18, enquanto os perfis de asa voadora possuem cl não superior a 1,85 e coeficiente de momento de
intensidade 𝑐𝑚𝑎𝑐= 0,05 em módulo. Com base nas análises preliminares de conceito da aeronave, definiu-se que
o perfil deveria possuir menor módulo de coeficiente de momento possível, sem comprometer o coeficiente de
sustentação. Desta forma, conforme as referências [2,4,8] levantados e as considerações da equipe, tem se que o
perfil LNV109A será utilizado no projeto, pois apesar de ser um perfil reflex, possui elevado coeficiente de
sustentação máximo (cl=1,81), enquanto seu coeficiente de momento aerodinâmico em módulo (𝑐𝑚𝑎𝑐 = -0,05) é
em média 4 a 5 vezes menor do que os perfis de alta sustentação, sendo estas características determinantes para
um projeto com boa razão de planeio e baixo volume de cauda.
Como critério de seleção do perfil da empenagem, a equipe buscou um modelo simétrico devido a
capacidade de gerar sustentação em ângulos de ataque de +-10 graus, tanto para empenagem horizontal quanto
vertical. Com base no histórico de competição, foi analisado o potencial uso do perfil NACA 0012. Sua curva de
sustentação é representada no Gráfico 03 a a seguir. Através do gráfico identificamos que o perfil possui as
características desejáveis para o projeto.

Figura 03: Curva Sustentação Perfil NACA 0012. Fonte: Autores (2018)

4. CONCLUSÕES

Ao analisar os gráficos de coeficiente de sustentação e coeficiente de momento, e analisar os requisitos


propostos pela equipe, nota-se que o perfil LNV109A é aquele que terá melhor rendimento, baseado nas
restrições colocadas pela SAE BRASIL e as limitações da equipe, assim tendo a equipe maior área de asa e
precisando de um pequeno volume cauda para que a mesma seja estável, porem a empenagem (leme e
profundor) necessitaria de um perfil simétrico (NACA 0012) para obter sustentação a ângulos positivos e
negativos sem que entrasse em stol (perda de sustentação).

5. REFERÊNCIAS

[1] ANDERSON, J. D, Jr. Fundamentos de Engenharia Aeronáutica: Introdução ao Voo. 7. ed. São Paulo:
McGraw-Hill LLC, 2015.
[2] LIEBECK, R. H. Low Reynolds Number Airfoil Design at the Douglas Aircraft Company. Proceedings of
the Aerodynamics at Low Reynolds Numbers 10 4 < Re < 10. International Conference, Vol. 1, The Royal
Aeronautical Society, London, 1986.
[3] McCORMICK, B.W. Aerodynamics, Aeronautics and Flight Mechanics. 2. ed. Wiley, New York, 1995.
[4] MENESES, João Luis de. Análise Numérica de Aerofólio Proposto Para um Veículo Aéreo Não-Tripulado
Tipo Asa Voadora. Congresso Nacional de Estudante de Engenharia Mecânica, Porto Alegre-RS, 2013.
[5] RODRIGUES, M. J. Fundamentos da Engenharia Aeronáutica- Aplicação ao Projeto SAE AeroDesign-
Salto: IFSP, São Paulo, 2009.
[6] ROSA, E.; Introdução ao projeto aeronáutico: uma contribuição à competição SAE Aerodesign. Santa
Catarina: UFSC Centro Tecnológico, 2006.
PROJETO DE MOINHO DE MARTELO UTILIZANDO O PROJECT
MOVEL CANVAS

Judson David da Silva Sousa1


Whalyson Felipe Goes Reis1
Daniel Gomes Reis Filho1
Leonam de Oliveira Dias Costa1
Daniel Milhomem Vieira Lindoso1
João Wilker Ribeiro Barros2

RESUMO

Neste trabalho estudou-se a influência das ferramentas de planejamento para visualizar futuros negócios com
melhor eficácia na perspectiva relacionada a concriação, despesas com capital e procedimentos que é
responsável pelo bom andamento da prática do projeto, essencialmente no que tange aos trajetos de moagem e
britagem, que é projetada para moer diversos tipos de material com características semiduras em partículas finas.
Sinalizando a importância da britagem como o primeiro processo de fragmentação no processo, e também, o
mais importante na cominuição de sendo responsável por boa parte do beneficiamento. Na presente exposição
escrita serão sinalizadas umas significativas particularidades químicas e físicas das presentes matérias-primas,
por exemplo rigidez, abrasão, analise granulométrica dos fragmentos, e outros e a importância do qual essas
possuem na seleção dos maquinários de despedaçamento. Também irão ser tratados os procedimentos
responsáveis pela fragmentação, seu vínculo com os fundamentos do desempenho dos maquinários de moer e
britar do comércio contemporâneo e os tópicos associados a eles energéticos. Finalmente, abrangendo sua
demarcação e a análise de possibilidade ao trajeto originalmente aconselhado.

Palavra Chave: Ferramentas, Planejamento, Moagem, Matéria-Prima, Britagem.

ABSTRACT

In this work, the influence of the planning tools to visualize future business with a better effectiveness in the
perspective related to concriation, expenses with capital and procedures that is responsible for the good
progress of the project practice, essentially in relation to the grinding and crushing routes, which is designed to
grind various types of material with semi-fine characteristics into fine particles. Signaling the importance of
crushing as the first process of fragmentation in the process, and also the most important in the comminution of
being responsible for much of the processing. In the present paper, significant chemical and physical
characteristics of the present raw materials will be signaled, for example stiffness, abrasion, particle size
analysis of the fragments, and others, and the importance of these in the selection of shredding machinery. The
processes responsible for fragmentation, their link to the fundamentals of the performance of the grinding and
crushing machinery of contemporary trade and the topics associated with them, will also be dealt with. Finally,
covering its demarcation and the analysis of possibility to the route originally advised.

Keyword: Tools, Planning, Grinding, Raw Material, Crushing.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: judsondavid188@gmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: jwbarros@hotmail.com
1. INTRODUÇÃO

Atualmente no mundo a gestão de projetos é umas das particularidades para o planeamento, execução e
controle. A gestão de projeto é usada quando se deseja visualizar um objetivo final em certo tempo, obtendo
baixo custo e boa qualidade. Quando uma empresa tem um foco em estabelecer crescimento através de
movimento humanos organizados e sensatos pelos colaboradores com um objetivo específico (DAVIS et. al.,
2001)
Vale lembrar que o sucesso de um projeto transcende o atendimento ao escopo, tempo e custo. Entende que
ele é refletido na satisfação do cliente com o resultado entregue. Por isso, o planejamento e a gestão de projetos
surgem como solução ao permitir que cada decisão de gerenciamento seja embasada em estratégias mais
eficazes. Desta forma o planejamento cada dia vai ficando mais difícil com isso temos que recorrer aos controles
de programas que foram desenvolvidos para aplicações de apoio ao processo de gestão de projetos (HOPKINS,
1997).
Então o Project Movel Canvas, criado pelo Professor José Finocchio Junior que é consultor, Mestre em
engenharia pela Escola Politécnica da USP. Esse programa tem o objetivo de permitir a criação e
desenvolvimento seguindo um cronograma e um plano de projeto com as principais partes interessadas que são
os stakeholders como são o público estratégico de empresa, que deve ser visto com grande atenção
(ARMSTRONG, 1982; GRINYER et al., 1980; PEARCE et al., 1987).
O programa tem blocos de perguntas devidamente associados a gestão de projeto que são plano importantes,
são preenchidos em post-it, os quais compõem o modelo mental que permite visualizar todos os componentes em
uma única página. Esta metodologia permite a edição do modelo quantas vezes for necessário.
O planejamento colaborativo economiza várias horas de reuniões futuras, cria um entendimento comum e um
senso de propriedade sobre o trabalho a ser feito eliminando uma grande possibilidade de erros na aplicação
(DELMAR; SHANE, 2003).
O objetivo desse artigo é apresentar as ferramentas e técnicas de planejamento e controle do Project Movel
Canvas em projetos de inovação. Desse modo poder desenvolver um trabalho de gestão de projeto, utilizando
meios menos burocráticos e mais práticos que permitam a participação de todas as partes interessadas.

2. MATERIAL E MÉTODOS

Iniciamos o trabalho criando um layout do Project Movel Canvas em uma cartolina e colando alguns blocos
de anotações sobre a mesma com informação que o programa solicitava replicamos a figura 01. Escrevendo o
mínimo de palavras possíveis em post-it, usando somente palavras-chaves. O preenchido do Pitch foi a primeira
parte a ser preenchida, nele, resumiu o projeto em apenas uma frase. Logos após, foi feito o preenchimento das
justificativa, objetivo Smart, benefícios, produto, requisitos, stakeholders, equipe, premissas, restrições, riscos e
linha do tempo. No caso deste estudo dentro da metodologia do PM CANVAS foi desenvolvido o projeto de um
Moinho de martelo.

Figura 01 – Layout de Project Movel Canvas

Utilizou a técnica de Elevator Pitch que é uma apresentação rápidas em startups, que consiste em uma
pequena conversa com duração de apenas um minuto. Está breve apresentação foi importante porque garantiu
que pudesse ser demostrado a intenção real e sucinta do projeto, dando ênfase ao que realmente é importante.
Posteriormente, foi feito testes de desempenho do moinho de martelo na sua implantação observando
parâmetros de redução de KW/ton. e aumento de produção (ton./dia).

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com a utilização do Project Model Canvas foi idealizado o projeto de um moinho de martelo para redução de
grãos. E observou dentro das premissas e requisitos que o projeto é viável e posteriormente, feito um estudo mais
aprofundado em relação ao seu desempenho.
Os resultados encontrados na implantação de um moinho de martelo foram levados em consideração à
demanda de energia visando a redução do KW/ton. e aumento de produção. Com um teste de implantação,
chegamos ao resultado de 219 ton/dia nos dias úteis e nos finais de semana 250 ton/dia obtendo um aumento de
30% na produção como é observado na figura 02. A diferença da produção dos dias uteis para os finais de
semana e referente ao horário sazonal.

Figura 02 – Comparação da produção/dia após o Beneficiamento

O processo de moagem recebeu número significativos em relação a redução do material de 50 mm para 10


mm, consequentemente ocorrendo aumento da produção.
Observou na figura 03, que o processo não afetou a qualidade dos produtos resultando numa redução de
granulometria, que nada mais é do que a regularidade no tamanho dos grãos.

Figura 03 – Comparação das receitas após o Beneficiamento

4. CONCLUSÃO

O desenvolvimento de um trabalho pioneiro em cenário ambiente é sempre muito difícil, ainda mais quando
se trata de um ambiente industrial no qual processos organizacionais e rotinas de empregados prevalecem há
muitos anos. Por isso, pode-se dizer mediante os resultados alcançados que o método adotado para medir a
improdutividade, a análise dos dados coletados e as ações de melhoria foram muito bem sucedidos. Foi
verificado uma produção diária de 219 ton/dia, além de incrementos superiores a 30% na produtividade.
Toda a metodologia utilizada nesse estudo foi capaz de criar uma visibilidade aos gerentes de manutenção da
empresa em questão que antes não existia. Justamente esta visibilidade nos leva a crer que podemos extrair o
máximo da produtividade de colaboradores de manutenção desde que eles, sendo gerenciados e supervisionados
apropriadamente, recebam apoio para desenvolverem o máximo de suas qualidades e sejam treinados
periodicamente para aumentar a capacidade de trabalho.
Disso concluímos que o trabalho em equipe num ambiente industrial é importantíssimo para que sejam
alcançadas as metas. Vale ressaltar também que a simples atitude de medir os colaboradores e implantar técnicas
de planejamento e controle do Project Model Canvas fez com que a produtividade aumentasse, em virtude
principalmente se sentirem parte integrante do processo, o que muitas vezes passava desapercebido.

5. REFERÊNCIAS

ARMSTRONG, J. S. The Value of formal planning for strategic decisions: review of empirical research.
Strategic Management Journal. v. 3, p. 197-211, 1982.
DAVIS, M. M.; AQUILANO, J. N.; CHASE, B. R. Fundamentos da Adminsitração da Produção. 3a Edição.
Porto Alegre: Bookman, p.360-387,cap. 10, Gerenciamento de Projetos. 2001.
DELMAR, F.; SHANE, S. Does business planning facilitate the development of new ventures? Strategic
Management Journal, v. 24, n. 12, p. 1165-1185, 2003.
HOPKINS, W. E.; HOPKINS, S. A. Strategic planning financial performance relationship in banks: a causal
examination. Strategic Management Journal, v. 18, n. 8, p. 635–652, 1997.
GRINYER, P.; YASAI-ARDEKANI, M.; AL-BAZZAZ, S. Strategy, struture, the environment and financial
performance in 48 United Kingdom companies. Academy of Management Journal, v. 23, p. 193-219,
1980.
PEARCE, J. FREEMAN, E. ROBINSON, R. The tenuouns link between formal strategic planning and financial
performance. Academy of Management Journal, v. 12, p. 658-675, 1987.
SOUZA, A. Project Model Canvas. 2015. Disponível em
<https://pessoalex.files.wordpress.com/2015/07/project-model-canvas.jpg >. Acesso em : 16 Abr. 2018.
DIAS, F. Planejamento de Projetos – Como Fazer? Ti Especialista. 2011. Disponível em
:<https://www.tiespecialistas.com.br/2011/08/planejamento-de-projetos-como-fazer/>. Acesso em :12 abr.
2018.
PROJETO DO ELEVADOR PARA ESTACIONAMENTO VERTICAL
UTILIZANDO O PROJECT MODEL CANVAS

Mauricio Pinheiro1
Isac Costa de Abreu1
Eliziane Rocha1
Hemerson Araujo1
Nadla Rose1
Eduardo Mendonça Pinheiro2

RESUMO

Este artigo descreve o desenvolvimento de estudos teóricos da construção de um elevador para veículos em
estacionamento vertical, a fim de atender à necessidade por vagas em estacionamento de locais com grande fluxo
de carros como: shoppings, faculdades, centros comerciais e condomínios residenciais através do Project Model
Canvas.

Palavra Chave: estacionamento vertical, elevador de veículos, Projet Model Canvas.

ABSTRACT

This article describes the development of theoretical studies of the construction of a vehicle elevator in vertical
parking in order to meet the need for parking spaces in large-scale car parks such as: malls, colleges, shopping
centers and residential condominiums through Project Model Canvas.

Keyword: vertical parking, vehicle lift, Projet Model Canvas.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: mauriicio.figueiiredo@gmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: eduardomp1979@gmail.com
1. INTRODUÇÃO

Com a ausência de espaço físico nos estacionamentos horizontais existentes em shoppings, faculdades,
centros comerciais e condomínios residenciais, não há o aproveitamento adequado do espaço geográfico durante
o fluxo intenso de veículos nestes locais. Segundo Finocchio Jr. (2013), as maneiras de se gerir grandes projetos
vêm se diversificando e melhorando cada dia mais com novas ferramentas no mercado como o Project Model
Canvas, que permite o mapeamento dos principais pontos, de forma simplificada, atendendo todas as partes
interessadas e a co-criação do plano de projeto, que deverão auxiliar desde o gerente de projetos até os
envolvidos na execução da atividade.
Conforme Muller e Turner (2007) em pesquisa sobre sucesso do projeto através do estilo de liderança do
gerente e diferentes estilos para tipos distintos de projeto, confirmaram que as competências da liderança
desenvolvidas pelos gerentes estavam correlacionadas com o sucesso do projeto quanto a custo, prazo e tempo, e
que estilos de liderança variados seriam adequados a diferentes tipos de projetos. Esse sistema proporcionará um
melhor gerenciamento de espaço para estacionamento, sendo de fácil manuseio, tanto para os operadores quanto
para os clientes, possibilitando em tempo real saber a quantidade de vagas no estacionamento pelo período
solicitado. O projeto de elevador para estacionamento vertical visará mais vantagens, associadas aos mais
diversos tipos de economia, onde são apresentadas desde a sua construção até a sua aplicação no dia-a-dia.
Segundo Felipe Scherer (2014), um Canvas é um mapa visual que apresenta uma estrutura fixa a ser
preenchida visando planejamento, reflexão ou mesmo facilitar a visualização de alguma situação específica.
Dessa forma elaborar projetos utilizando-se da metodologia do Canvas, torna projetos complexos, visualmente
de serem executáveis e ao mesmo tempo modificáveis, pela sua enorme facilidade de elaboração. Projetos que
praticamente poderiam se torna de difícil compreensão, em virtude de inúmeras páginas de documentos e
burocracias, tornam-se dinâmicos e atrativos com a ajuda da ferramenta PM Canvas.
Com isso precisam-se criar soluções que possibilitem o desenvolvimento de estacionamentos verticais em
locais demasiadamente ocupados, diminuindo os engarrafamentos no entorno das zonas de superlotação. O
projeto da estrutura prever o remanejamento de áreas que são mal aproveitadas e redução do tempo de espera por
vagas.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O projeto iniciou-se no estudo e verificação do modelo de Projet Model Canvas para construção do elevador,
o qual será capaz de suportar o peso dos veículos. E foi com base neste tipo de metodologia, estabelecendo
alguns conceitos que foram primordiais, explicando cada processo utilizado no Canvas. Começou pelo
levantamento dos pontos que seriam abordados e utilizando cartolina, pincel e post it; foram preenchidas todas as
lacunas pela equipe de trabalho.
Trataram-se dentro da proposta do Projet Model Canvas os requisitos de Stakeholders, Equipe, Restrições,
Premissas, Grupos de Entrega, Riscos, Linha de Tempo e os Custos, Objetivos, Justificativas e Benefícios, onde
para cada um se atribuiu conceitos específicos a sua característica.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A figura 01 mostra o PM Canvas e suas divisões, de forma que seu preenchimento vai de acordo com os
conceitos do projeto que foram definidos pela equipe de elaboração. O PM Canvas representa somente o que for
essencial para o projeto, podendo ser utilizado como documento único do mesmo ou como ferramenta que
servirá para auxiliar sua lógica.
Figura 01: Modelo de projeto Canvas elaborado com a equipe.

A partir dessa ferramenta foi elaborado um modelo de projeto baseado na construção de um elevador vertical
com a metodologia do Canvas, onde teve como justificativa do projeto a falta de estacionamento nos locais de
grande fluxo de veículos e falta de sinalização, objetivando a diminuição dos engarrafamentos e facilitando a
locomoção, gerando benefícios de redução do tempo de espera, maior atendimento na demanda de carros e o
aproveitamento do espaço vertical em shoppings, faculdades, centros comerciais e condomínios. A partir desses
pontos para que o produto seja entregue e realizado é necessário que seja observado alguns requisitos dentro do
projeto como: cumprimento de normas regulamentadoras, materiais confiáveis, avaliação do terreno adequado
para carros de pequeno e médio porte.
Com isso para que o projeto tenha sucesso, é de fundamentação importância o envolvimento dos
stackeholders, sejam eles internos ou externos, como empresários e usuários no acompanhamento e nas
modificações no decorrer do projeto, com a participação de toda a equipe de execução, desde o gestor de projeto
até o analista de materiais, seguindo as premissas de se ter uma equipe operacional treinada, que atenda o plano e
o cronograma de vistorias e execução, pesquisando novos clientes e verificando o orçamento dos materiais.
Baseado nisso, as restrições do projeto cumprirá a quantidade de carros para a estrutura, com limite de altura,
peso total e tipos dos carros a serem estacionados que poderá acarretar riscos caso haja demora no retorno do
investimento, obedecendo toda a sequência do planejamento, aquisição de materiais, contratação de mão-de-obra
e execução do projeto com o custo máximo de R$ 1.000.000,00.

4. CONCLUSÕES

Com o estudo dessa complexa ferramenta, o mundo de gerenciamento de projetos enriquece com o PM
Canvas, o que torna projetos antes complexos, fáceis de serem criados, planejados e executados. Conclui-se
então que ferramentas como Canvas, ajudam no desenvolvimento criativo de projetos.

5. REFERÊNCIAS

FIINOCCHIO, José Junior. Project Model Canvas: Gerenciamento de projetos sem burocracia. 1. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2013.
MULLER, R.; TURNER, J. R. Matching the project manager’s leadership style to project type. International
Journal of Project Management, v. 25, n. 1, p. 21-32, 2007.

SCHERER, FELIPE. Inovação na prática: 15 Canvas para fazer a inovação decolar. Exame, São Paulo,
abr.2014. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/blog/inovacao-na-pratica/15-canvas-para-fazer-a-
inovacao-decolar/>. Acesso em: 23 abr. 2018.
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA E VELOCIDADE NA USINAGEM
DE UMA PEÇA DE AÇO 1045 EMPREGANDO CORTE COM FLUIDO
SINTÉTICO E SOLÚVEL EM UM TORNO MECÂNICO – UM ESTUDO
DE CASO

FONSECA, Gabriel S.1


LEÃO, Gilson dos S.1
SILVA, José J. O. da.1
LIMA, Lucas M. V. de.1
CUNHA, Marcos D. S.1
SANTOS, Isaque S. dos.2

RESUMO

No procedimento de corte em peças de diferentes materiais ou ligas, existe a preocupação na qualidade do


produto, mas também na durabilidade do equipamento ou máquina ferramenta manipulado. Durante o processo,
um fator preocupando está ligado a temperatura e velocidade de corte entre a peça e a ferramenta de corte. Com
base nesta problemática existe a adoção de técnicas para diminuir a intensidade do calor gerado e provocado pelo
atrito. Na qual inserir um determinado tipo de fluido de corte para diminuição de tais temperaturas de corte é
viável na execução do serviço. Este ensaio será trabalhado em aço 1045, e assim será medido as temperaturas e
velocidades para corte com uso de fluido de corte de origem sintética e solúvel.

Palavra Chave: Temperatura, Velocidade, Ferramenta, Fluido, Torno.

ABSTRACT

In the process of cutting into pieces of different materials or alloys, there is concern about the quality of the
product, but also the durability of the machine or manipulated machine tool. During the process, a worrying
factor is linked to the temperature and cutting speed between the part and the cutting tool. Based on this
problem there is the adoption of techniques to reduce the intensity of heat generated and caused by friction. In
which to insert a certain type of cutting fluid to decrease such cutting temperatures is feasible in the execution of
the service. This test will be worked on 1045 steel, and thus the temperatures and speeds for cutting using
synthetic and soluble cutting fluid will be measured.

Keyword: Temperature, Machining, Test, Fluid, Lathe.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: josejadsson@gmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: santos.isaquesilva@gmail.com
1. INTRODUÇÃO

De acordo com SANTOS et al (2017), “a revolução industrial trouxe inúmeros benefícios como a otimização
de processos, máquinas e ferramentas. Essa evolução proporcionou a fabricação de inúmeros bens, utensílios e
máquinas que facilitam a vida moderna”. A usinagem foi um dos processos de fabricação que ganhou destaque e
assim processos foram otimizados e a qualidade do produto final tornou-se evidente.
O torneamento, uma das inúmeros técnicas ofertadas pelos processos de fabricação mecânica, consiste na
remoção de lascas de material (cavaco) por meio de uma peça presa ao equipamento com rotação selecionada e
corte executado por meio de uma ferramenta de corte para aferir forma a matéria-prima. Porém, no decorrer do
procedimento o aumento gradual da temperatura e velocidade de corte torna-se evidente e preocupante, pois no
momento não é possível estimar que efeitos essa grande transferência de calor em ambos (tanto ferramenta
quanto peça a ser usinada) e aumento da velocidade poderão influenciar em pontos como acabamento
superficial, qualidade e integridade do equipamento utilizado durante o andamento do trabalho. Afirma DINIZ et
al (2006, pág. 120) que “...a diminuição da vida da ferramenta causado por um aumento de 10% na velocidade
de corte é muito maior do que aquele que ocorreria se o avanço fosse aumentado na mesma proporção”.
O aumento proporcional da velocidade de corte influencia o aumento da temperatura de corte como cita
DINIZ et al (2006, pág. 120) assegurando que “a velocidade de corte é o parâmetro que mais influência no
desgaste, pois com o aumento da mesma, aumenta a energia (calor) que é imputada ao processo, sem um
aumento da área da ferramenta que recebe este calor.
Na tentativa de redução de calor gerado durante o calor, pode ser empregado a utilização de fluido de corte
para minimização do gradiente de temperatura na peça e principalmente na ferramenta. Nesta obra a importância
da análise de temperaturas e velocidade será abordada na avaliação da vida útil de ferramentas de corte
utilizando fluido de corte de origem sintética e solúvel.

2. MATERIAL E MÉTODOS

Esta obra analisou temperaturas e velocidades para o corte com dois tipos de fluidos de corte, o solúvel e o
sintético. No experimento foi utilizado o torno mecânico convencional NARDINI - Nodus, pastilha de corte
widea raio de 0.4, doze tarugos de aço 1045 de 120 mm (milímetros) de comprimento e 2” (polegadas) de
diâmetro, um termômetro infravermelho digital instrutherm, fluido de corte sintético fabricante MERAX (óleo
mineral, aditivos EP inativos e aditivos de lubricidade) e fluido Unix Solúvel 100 na proporção de 50 mL de
fluido para 950 mL de água. As velocidades de corte empregadas foram de 500 rpm e 1000 rpm.
A matéria-prima para torneamento externo (tarugo de aço 1045), foi mantido a temperatura de 30° no início
do corte. As etapas foram dividas em cortes utilizando velocidade de rotação de 500 rpm e avanço de 0,5 décimo
por minuto com corte longitudinal de 90 mm para fluidos mineral e solúvel com passo de 0,5 mm, 1,0 mm e 1,5
mm realizado em seis peças de aço 1045 com período de corte medido em 2 minutos e 39 segundos para fluido
solúvel e 2 minutos e 24 segundos para fluido sintético. E cortes utilizando velocidade de rotação de 1000 rpm
com avanço de 1,0 décimo por minuto com corte longitudinal de 90 mm para fluidos mineral e solúvel com
passo de 0,5 mm, 1,0 mm e 1,5 mm realizado em seis peças de aço 1045 com período de corte medido em 1
minuto e 33 segundos para fluido solúvel e 2 minutos e 15 segundos para fluido sintético. Na medição da
temperatura foi adotado um intervalo de 3 segundos para cada medição entre a peça usinada e a ferramenta de
corte. No total de doze peças manipuladas no experimento.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A primeira parte do experimento foi utilizado o corte com a peça de aço 1045 ao passo 0,5 mm com
velocidades de 500 rpm e 1000 rpm para os fluidos sintético e solúvel. A média da menor temperatura para a
rotação de 500 rpm foi registrada para o fluido solúvel como também para a rotação de 1000 rpm. O percentual
de redução de temperatura para rotação de 500 rpm utilizando o fluido solúvel foi de 2,26% em relação ao fluido
sintético. Já o percentual de redução de temperatura para rotação de 1000 rpm utilizando o fluido solúvel foi
11,94% em relação ao fluido sintético.
Gráfico 1: Temperatura de corte x velocidade de corte para corte para fluido mineral e solúvel para
Torneamento Externo a 0,5 mm.
Fonte: Autor (2018)

Em seguida foi utilizado o corte com a peça de aço 1045 ao passo 1,0 mm com velocidades de 500 rpm e
1000 rpm para os fluidos sintético e solúvel. A média da menor temperatura para a rotação de 500 rpm foi
registrada para o fluido sintético, e para a rotação de 1000 rpm para o fluido solúvel. O percentual de redução de
temperatura para rotação de 500 rpm utilizando o fluido sintético foi de 8,51% em relação ao fluido solúvel. Já o
percentual de redução de temperatura para rotação de 1000 rpm utilizando o fluido solúvel foi 7,41% em relação
ao fluido sintético.

Gráfico 2: Temperatura de corte x velocidade de corte para corte para fluido mineral e solúvel para
Torneamento Externo a 1,0 mm.
Fonte: Autor (2018)

Em seguida foi utilizado o corte com a peça de aço 1045 ao passo 1,5 mm com velocidades de 500 rpm e
1000 rpm para os fluidos sintético e solúvel. A média da menor temperatura para a rotação de 500 rpm foi
registrada para o fluido sintético, e para a rotação de 1000 rpm para o fluido solúvel. O percentual de redução de
temperatura para rotação de 500 rpm utilizando o fluido sintético foi de 3,81% em relação ao fluido solúvel. Já o
percentual de redução de temperatura para rotação de 1000 rpm utilizando o fluido solúvel foi 17,63% em
relação ao fluido sintético.
Gráfico 3: Temperatura de corte x velocidade de corte para corte para fluido mineral e solúvel para
Torneamento Externo a 1,5 mm
Fonte: Autor (2018)

4. CONCLUSÕES

O fluido de corte solúvel apresentou os melhores resultados durante a usinagem do aço abnt 1045, porém em
alguns casos para rotação de 500 rpm para passo de 1,0 mm e 1,5 mm as temperaturas foram inferiores
utilizando fluido sintético. As temperaturas medidas condicionaram menores esforços de usinagem e tensões de
cisalhamento nos planos primários e secundários na ferramenta de corte, fazendo com que a ferramenta possua
maior vida útil e proporcione a peça usinada melhor acabamento superficial.

5. REFERÊNCIAS

DINIZ. A. E; MARCONDES. F. C.; COPPINI, N. L. Tecnologia da Usinagem Dos Materiais. São Paulo:
Artiliber. 8ª Ed. 2006.

SANTOS, I.S. O Método HRN Como Ferramenta de Intervenção em Máquinas e Equipamentos:


Aplicação da Ferramenta em um Processo Produtivo de um Torno Mecânico e Proposta de
Intervenção. Universidade Estadual do Maranhão. São Luís – MA. 2016. 21 págs.

SANTOS, I.S.; PESTANA, A.C.; ALMEIDA, G.F.; CARVALHO, J.F.L.; CHAVES, L.S.; SOUSA, R.N.S.
Análise Da Temperatura De Corte Do Em Uma Peça De Aço 1020 Utilizando Corte A Seco, Fluido
Emulsionável E Sintético E Vegetal Para Usinagem Em Torno Mecânico. Faculdade Pitágoras. São Luís
– MA. 2017. 5 págs.
ANÁLISE DA VIABILIDADE DE APLICAÇÃO DA SUSPENSÃO
CENTRAL E INDEPENDENTE PARA O MODELO KART CROSS

Edhymilkson Moises Aquino Rego1


Jadson Lopes Gatinho1
David Allison Vieira Martins1
José Wilson Coelho de Souza2

RESUMO

O presente trabalho fez uma análise bibliográfica entre as suspenções Central e independente, com foco no
veículo automotivo chamado Kart Cross. Onde, o Kart Cross é um veículo projetado para andar em terrenos
irregulares, com alto relevo principalmente em estrada de chão (off road), capaz de superar obstáculos que outros
veículos convencionais não fariam o mesmo percurso. A necessidade se deu na escolha de uma suspenção capaz
de atender as características iniciais do veículo, como principalmente na segurança do piloto. Tudo isso só é
capaz devido a um bom conjunto de suspenção, onde a escolha vai depender do projeto inicial do veículo
levando em conta os custos iniciais, porque são eles que vão direcionar o projeto final.

Palavra Chave: Suspenção Central e Independente; Kart Cross; Segurança.

ABSTRACT

The present work made a bibliographical analysis between the suspensions Central and independent, focusing
on the automotive vehicle called Kart Cross. Where, the Kart Cross is a vehicle designed to walk in irregular
terrain, with high relief mainly on road of off road, able to overcome obstacles that other conventional vehicles
would not do the same route. The need arose in the choice of a suspension capable of meeting the initial
characteristics of the vehicle, mainly in the safety of the pilot. All this is only capable due to a good set of
suspension, where the choice will depend on the initial design of the vehicle taking into account the initial costs,
because they are going to direct the final project.

Keyword: Central and Independent Suspension; Kart Cross; Safety.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: edhymilkson@gmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: wilson.coelho@gmail.com
1. INTRODUÇÃO

O sistema de suspensão veicular começou a ser estudado e desenvolvido desde o princípio da fabricação de
automóveis, com o intuito de tornar o veículo mais confortável e seguro para os passageiros, devido à péssima
qualidade das estradas do passado.
Inicialmente foram utilizadas suspensões do tipo feixes de molas para ambos os eixos do veículo, devido à
simplicidade na manufatura e baixo custo. Posteriormente as suspensões de feixes de molas passaram a ser
utilizadas apenas nos eixos traseiros dos veículos, e iniciou-se a aplicação de molas helicoidais nos eixos
dianteiros.
O Kart-Cross é um veículo robusto, capaz de transitar em terrenos com condições diversas, com dimensões
de aproximadamente 2,4 m de comprimento, 1,7 m de altura (solo ao teto). O projeto compreende a seleção de
componentes automotivos do powertrain, sistema de freios, sistema de direção, sistemas elétricos e sistema de
suspensão (RIBEIRO, 2014).
No projeto do Kart-Cross devido as dimensões do veículo e sua utilização em pistas Off-Road, fez-se
necessário o desenvolvimento de uma suspensão robusta e que possibilitasse algum ajuste futuro em suas
características. A partir da análise das dimensões da estrutura (chassi), ficou definido que o veículo necessitaria
de um sistema de suspensão que lhe permitisse vencer os obstáculos de um percurso Off-Road sem apresentar
raspagem do seu assoalho na pista, para isso o carro teria que ter uma altura considerável em relação ao solo
(RIBEIRO, 2014).
Atualmente o sistema de suspensão vem sendo de grande interesse de diversas áreas da engenharia. A
necessidade de melhorar a segurança, o conforto e desempenho é o que impulsiona o desenvolvimento
tecnológico de suspensões, como por exemplo, as suspensões ativas, que controlam os movimentos verticais das
rodas através de um sistema eletrônico. Ao contrário do sistema de suspensão comum, que trabalha de acordo
com a rodagem, a suspensão ativa corrige as imperfeições da pista com mais eficiência que, por sua vez, dá mais
estabilidade e desempenho ao veículo, seja em curvas, aceleração ou frenagem, e facilita o controle do condutor.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O estudo sobre as suspensões iniciou-se com pesquisas e revistas especializadas em suspensão central e
independente, com ênfase na aplicação ao Kart Cross. Estudando desde as funcionalidades e especificações da
mesma, até seu princípio de aplicação em ambientes hostis e estradas que contém irregularidades como lama,
areia, declives, aclives, para que no qual obtivesse conhecimento necessário para implantação ao modelo Kart
Cross.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O kart Cross sendo veículo off Road tem uso em locais que praticamente não tem estradas pavimentadas,
calçadas ou qualquer estrutura urbana, sendo feito para estradas com lama, areia, alagamentos, descidas e
subidas, assim necessitando de uma suspensão que suporte todo esses empecilhos tornando o kart mais firme e
estabilizado, protegendo o piloto de eventuais acidentes (CARRO DE GARAGEM, 2018)
Pela necessidade de buscar-se uma melhor suspensão para o Kart Cross visando competições de circuitos de
rally em terrenos irregulares, sistemas de suspensão central funcionam como uma gangorra/balanço: quando um
lado das rodas do veículo entra em um buraco ou sobe em altitudes de declives, o outro lado vira-se na direção
oposta, essa resistência conhecida por "dependência" permite extrema instabilidade no veiculou e deixando
qualquer pessoa que pilota-lo desconfortável pois não oferece instabilidade ao chassi possibilitando quedas. Em
um sistema de suspensão independente as rodas reagem completamente as condições de estradas sendo elas:
buracos, imperfeições, pedras, fazendo com que cada roda do chassi lida de forma independente com os
obstáculos impostos, assim possibilitando melhor qualidade de conforto e tração nas rodas, dando uma segurança
para o piloto ao fazer manobras extremas utilizando alta velocidade nas curvas e demais percursos das pistas.
A suspensão é o componente que conecta a roda com a carroceria do veículo, controlando os possíveis
movimentos relativos entre as rodas e a carroceria. Inicialmente, deve-se averiguar se o veículo possui
características para terrenos asfaltados, fora-de-estrada ou misto, condição que transforma completamente a
exigência do subsistema. De acordo com os ângulos e posições das rodas, as mesmas são responsáveis por guiar
o veículo na sua trajetória de movimento. A maneira mais simples para conectar um par de rodas num veículo
seria montá-los nas terminações opostas de um eixo rígido (RIBEIRO, 2014).
A suspensão independente foi introduzida para permitir o movimento de uma roda para cima ou para baixo
sem afetar a roda oposta. Existem muitas formas e desenhos de suspensões independentes. No entanto, duplo
braço A e a suspensão “McPherson” são as suspensões com a maior utilização na indústria (ANDRADE, 2013).
Segundo Costa (2006) a suspensão comumente chamada no Brasil por duplo “A”, ou “doublewishbone”
internacionalmente, é o tipo mais utilizado no sistema dianteiro dos carros produzidos logo após a II Guerra
Mundial e constitui-se de dois braços, um superior e outro inferior, que servem como meio de ligação entre a
estrutura do veículo e suas rodas. Cinematicamente, um mecanismo de suspensão de braço duplo A é uma
ligação de quatro barras com o chassi como o solo, e a roda como barra acoplada. A suspensão “McPherson” é
um mecanismo deslizante invertido que tem o chassi como o solo e a roda como barra acoplada.
A suspensão Mac Pherson é amplamente utilizada no meio automobilístico, chegando a 86% de utilização em
eixos dianteiros, e isto se deve à instalação deste tipo de suspensão ser mais vantajosa em veículos com motores
transversais, devido à separação dos pontos de fixação. Geometricamente, trata-se de uma bandeja inferior e um
conjunto de mola e amortecedor que agem como um braço de controle, mantendo a roda na cambagem definida.
Pode se utilizar no eixo traseiro dos veículos tanto suspensões do tipo rígido como do tipo independente. A
versão mais simples para suspensão traseira seguindo o mesmo princípio aplicado no eixo dianteiro seria
conectar as duas rodas através de um eixo rígido (ANDRADE, 2013).
A suspensão com uma conexão rígida entre as rodas esquerda e direita é chamada de suspensão dependente.
Suspensões do tipo eixo rígido são diferenciadas pela ligação direta das rodas por meio de um eixo, desta forma,
em caso de vibração de uma das rodas a roda oposta também irá vibrar, devido a este fato, suspensões do tipo
eixo rígido são conhecidas como dependentes. As suspensões dependentes são cinco, caracterizadas também por
sua robustez quando comparada as suspensões independentes (RAMOS, 2013).
O modelo mais utilizado de suspensão dependente é chamado de Hotchkiss, ou eixo sólido, geralmente,
utilizada no eixo traseiro acoplado ao sistema de tração. Utiliza-se de feixe de mola acoplado ao chassi e ao eixo
rígido característica que confere robustez ao sistema. No entanto, se observa uma rolagem excessiva no veículo,
o que para veículos que desenvolvem velocidades altas não é recomendado, restando a sua utilização a veículos
de baixa velocidade e alta carga (ANDRADE, 2013).
O estudo das suspensões dependente e central sugiram da necessidade da busca ao conhecimento na área de
suspensões para veículos off road especialmente ao Kart Cross, necessitando de uma suspensão que melhor se
adeque a ambientes hostis levando em conta seu custo final, sua aplicação, dentre outros fatores, além disso,
existem vários tipos de suspensão, pois eles são pensados e desenvolvidos para cada tipo de carro, sendo
importante que piloto do veículo tenha um entendimento básico desse sistema e dos diversos componentes da
suspensão, a fim de saber como proceder na manutenção e como detectar problemas partindo do conceito de que
a suspensão tem por finalidade dar conforto ao ocupante e garantir a estabilidade do veículo em manobras e
frenagens, havendo o funcionamento exigido desde o momento da instalação do sistema no veículo (KANATA,
2017).
Esses componentes regulam toda a ação da suspensão. Ao passar por um buraco, por exemplo, a mola se
estica e se comprime. O amortecedor controla esse movimento, atuando na oscilação da mola. Em conjunto,
essas duas peças dissipam a perturbação gerada pelo buraco, Partindo do conceito de que a suspensão tem por
finalidade dar conforto aos ocupantes e garantir a estabilidade do veículo em manobras e frenagens, o
funcionamento dela é exigido desde o momento da instalação do sistema no carro. Ou seja, durante a instalação,
o sistema de suspensão já realiza o trabalho de suportar o peso da carroceria do veículo, além de manter uma
distância pré-estabelecida entre o chassi e as rodas. Já em movimento, a suspensão mantém todas as rodas em
contato com o solo, com a ajuda das molas e dos amortecedores (KANATA, 2017).
Quando o carro entra em uma curva ou realiza manobras, a mola exerce uma força contra a carroceria,
fazendo com que ela não incline muito. Por consequência, o veículo não derrapa nem sai pela tangente devido ao
excesso de peso em um só lado. Para auxiliar nas curvas, também há ação da barra estabilizadora, que liga as
duas colunas da suspensão e transmite a força igualmente para os dois lados (KANATA, 2017).
Já nas frenagens, o sistema de suspensão atua equilibrando a força por toda a carroceria. Isso evita um efeito
gangorra, o que prejudicaria a ação e faria com que o veículo levasse mais tempo para frear em uma situação de
emergência (KANATA, 2017).

4. CONCLUSÃO

Após o estudo sobre a suspensão central e independente, conclui-se que o mesmo foi de suma importância
para saber qual será empregada no modelo Kart Cross, onde foi feito uma análise de custos, viabilidade,
suspenção, segurança, dentre a qual a suspensão independente é a que melhor se adequa a esses quesitos, sendo
um sistema que foram feitas propriamente a veículos off road como o Kart Cross, possibilitando uma melhor
resistência e estabilidade no veículo sobre terrenos de relevos e com curvas que exijam uma melhor desenvoltura
de um bom sistema de suspensão.

5. REFERÊNCIAS

RIBEIRO, Welder A. Projeto GNU do cerrado Kart-Cross: Descrição, Ergonomia e análise estrutural.
Monografia - (Bacharel em Engenharia Automotiva) – Universidade de Brasília Faculdade do Gama,
Brasília, 2014.
COSTA. Vinicius Augusto da Silva. Dimensionamento e calibração de suspensão tipo duplo A para veículos
mini baja. Trabalho de conclusão de curso - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Departamento
de Engenharia Mecânica. São Paulo, 2006.
ANDRADE. Guilherme de Oliveira. Dimensionamento e calibração de suspensão tipo duplo A. Monografia
(Graduação) – Universidade de Brasília Faculdade do Gama, Brasília, 2013
RAMOS. Jorge Miguel Silva. Analise de um veiculo todo o terreno do tipo Kart Cross. Dissertação – Instituto
Superior de Engenharia Mecanica – Area de Especialização de construção mecanicas. Porto, 2013
KANATA. Disponível em < https://blog.nakata.com.br/sistema-de-suspensao-tudo-o-que-o-motorista-precisa-
saber/>. Acessado em 15/04/2017
CARRO DE GARAGEM. 2018. Disponível em <https://www.carrodegaragem.com/suspensao-independente-
como-funciona/> Acessado em 15/04/2017
O REAPROVEITAMENTO DE ÓLEO LUBRIFICANTE USADO OU
CONTAMINADO ATRAVÉS DO RERREFINO

Anna Carolyne Duarte1


Caio Santos Nunes1
Erica Sabrina Oliveira1
Maria Eugênia Carvalho1
Luís Adriano Ribeiro Barbosa 2

RESUMO

O óleo lubrificante é um dos poucos derivados de petróleo que não tem sua procedência totalmente consumida,
porém o seu uso contribui para uma contínua degradação ambiental e a cada troca, sempre resta um pequeno
volume capaz de provocar sérios danos a natureza. Por isso a destinação mais adequada para o OLUC é o
rerrefino, processo que transforma o óleo lubrificante usado em óleo mineral básico de alta qualidade, com
características semelhantes às do primeiro refino. O presente artigo tem como proposito expressar a forma
correta de descarte do óleo lubrificante e demonstrar o funcionamento de sua coleta, tal como a importância e a
grande responsabilidade na realização destes passos para o meio ambiente, sendo o mais afetado pelo descarte
incorreto.

Palavra Chave: Projeto, Ventilação, Norma, Conforto, Térmico.

ABSTRACT

Lubricating oil is one of the few petroleum derivatives that does not have its origin fully consumed, but its use
contributes to a continuous environmental degradation and with each exchange, there is always a small volume
capable of causing serious damage to nature. For this reason the most suitable destination for OLUC is the re-
refining, a process that transforms the used lubricating oil into basic mineral oil of high quality, with
characteristics similar to those of the first refining. The purpose of this article is to express the correct way of
discarding the lubricating oil and to demonstrate the operation of its collection, as well as the importance and
the great responsibility in the accomplishment of these steps for the environment, being most affected by the
incorrect disposal.

Keyword: Design, Ventilation, Standard, Comfort, Thermal.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: erica.new@hotmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: adriano900@gmail.com
1. INTRODUÇÃO

Apenas cerca de 24% do óleo lubrificante utilizado no país é reciclado, é um dos poucos derivados de
petróleo que não tem sua procedência totalmente consumida, porém o seu uso contribui para uma contínua
degradação ambiental. (GUIA PEDAGÓGICO DE RESÍDUOS SOLIDOS, 2008). O descarte incorreto ou a
queima de OLUC (Óleo lubrificante usado ou contaminado) pode ocasionar danos irreparáveis ao meio
ambiente. (PROGRAMA JOGUE LIMPO – 2012).
"A Resolução Conama nº 362/2005 trata do recolhimento, coleta e destinação final
de óleo lubrificante usado ou contaminado: Art. 1º: Todo óleo lubrificante usado ou
contaminado deverá ser recolhido, coletado e ter destinação final, de modo que não
afete negativamente o meio ambiente e propicie a máxima recuperação dos
constituintes nele contidos, na forma prevista nesta Resolução".
O produtor e o importador de óleo lubrificante deve coletar, ou garantir a coleta, e dar destinação final ao
óleo lubrificante usado ou contaminado, respeitando a proporção do óleo lubrificante acabado que colocarem no
mercado.
A prática tecnicamente recomendada para evitar a contaminação ambiental — estabelecida pela Resolução
Conama nº 362/2005 — é o envio do óleo lubrificante usado para reciclagem e recuperação de seus componentes
úteis por meio de um processo industrial conhecido como rerrefino (Ministério do Meio Ambiente, Conama nº
362/2005). O rerrefino de OLUC é um processo industrial que transforma o óleo usado em óleo básico
novamente, e evita que este resíduo perigoso seja descartado no meio ambiente. Dessa forma, o óleo rerrefinado
segue o caminho da sustentabilidade, fechando o ciclo de vida do produto, que retorna ao mercado por meio de
formuladoras de óleo lubrificante (GRUPO LWART, 2013).
O estudo visa apresentar a importância da coleta do óleo lubrificante usado ou contaminado e seu descarte
correto. Conhecer cada etapa de seu destino até o rerrefino, explanando a importância do cumprimento deste
ciclo para evitar a contaminação do solo, ar e água, conservando o meio ambiente.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O referido projeto apresenta uma revisão bibliográfica sobre o reaproveitamento de óleo lubrificante
realizado a partir de artigos, projetos, dissertações que abordam o tema proposto a partir disto fez-se uma
apanhandoespecifico para embasamento do Artigo. Houve também a pratica de uma pesquisa de campo e coleta
de dados utilizando questionários de percepção ambiental com o intuito de sabermos se os mesmos têm o
conhecimento sobre o óleo lubrificante, o OLUC, seu descarte e o Rerrefino.
Confecção de panfletos feito pelos autores do projeto, utilizado a ferramenta Corel Draw, e Filme GMP no
YouTube OLUC (2011). E posterior entrega para a sensibilização mostrando a importância da reciclagem do
óleo lubrificante. Conforme figura 1:

Após o termino do apanhamento de dados e da sensibilização das pessoas que de alguma forma convivem
com a utilização do óleo lubrificante e não sabem como fazer a destinação correta após a utilização do mesmo,
realizou-se a construção de um fluxograma no qual identifica a realização da logística reversa de pós - consumo
do OLUC, tornando assim o processo de coleta acessível e de fácil aplicação se seguido esse modelo:
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O mundo inteiro consome óleo lubrificante, porém, a maioria desconhece o que acontece com o óleo após o
uso. Se descartado incorretamente, o óleo lubrificante usado torna - se um grande poluidor ambiental para: Água,
Solo e Ar.
A partir dos exemplos acima se faz necessário a aplicação da reciclagem do OLUC que é definida como
obrigatório pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, resolução N°9, de 31 de Agosto de 1993,
proibindo o descarte em água, solos, esgoto e queima. De acordo com o Conselho o descarte inadequado é
considerado crime ambiental.
Com base na resolução N°362, de 23 de Junho de 2005. Considerando que a categoria de processos
tecnológico - industriais chamada genericamente de rerrefino, corresponde ao método ambientalmente mais
seguro para a reciclagem do óleo lubrificante usado ou contaminado, e portanto, a melhor alternativa de gestão
ambiental deste tipo de resíduo.
O rerrefino de óleo lubrificante usado ou contaminado (OLUC), é um processo industrial que transforma o
óleo usado em óleo básico novamente, e evita que este resíduo perigoso seja descartado no meio ambiente. Dessa
forma o óleo rerrefinado segue o caminho da sustentabilidade, fechando o ciclo de vida do produto que retorna
ao mercado por meio de formuladoras de óleo lubrificante (GRUPO LWART, 2013). Mesmo diante das
informações a reciclagem de óleo lubrificante ainda não é realizado de forma correta.

4. CONCLUSÃO

O rerrefino é importante para o desenvolvimento sustentável do país, no mundo capitalista atual as maquinas
são a realidade, sugerindo assim um fluxo de manutenção inacabável, com uma grande demanda de óleo
lubrificante.
São grandes os prejuízos ambientais causados pelo descarte inadequado do OLUC. Evitar que o óleo
lubrificante usado polua a água, solo e ar é fundamental para a preservação do Meio Ambiente. Além disso,
transformar o óleo lubrificante usado em óleo básico para a produção de um novo lubrificante é de fato o melhor
e mais nobre destino que se possa dar a esse resíduo perigoso. Além de não degradar o meio ambiente, diminue
os custos gastos para a fabricação de um novo lubrificante, conseguindo assim aliar os fins lucrativos com a
preservação do meio ambiente.
5. REFERÊNCIAS

CONAMA. Descarte resolução N°362. Ministério do Meio Ambiente/Conselho Nacional do Meio Ambiente,
2005. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res36205.xml>. Acesso em: 21
Setembro 2016.
GUIA PEDAGÓGICO DE RESÍDUOS SOLIDOS. Descarte óleo lubrificante. Campo Grande, 2008.
Disponível em: <https://pt.calameo.com/books/002497004fd0e19548d80>. Acesso em: 21 Setembro 2016.
LWART. Rerrefino. Grupo LWART, 2013. Disponível em:
<http://www.lwarcel.com.br/site/content/lubrificantes/rerrefino_o_rerrefino.asp>. Acesso em: 19 Setembro
2016.
REDAÇÃO. Reciclagem óleo lubrificante. Redação Pensamento Verde, 2013. Disponível em:
<http://www.pensamentoverde.com.br/reciclagem/saiba-feita-reciclagem-oleo-lubrificante/>. Acesso em: 19
Setembro 2016.
ANÁLISE DA VISCOSIDADE E TEMPERATURA DE CORTE EM UMA
PEÇA DE AÇO 1020 UTILIZANDO ÓLEO MINERAL E VEGETAL
PARA USINAGEM EM TORNO MECÂNICO

José Felipe Lopes de Carvalho 1


Nilbert Santos Paurá1
Taísa Santos Machado1
Sidney da Conceição Alves1
Mayara Flora Marinho Aires2

RESUMO

Enquanto a indústria vai se modernizando cresce com ela a necessidade de métodos capazes de facilitar os seus
processos e garantir uma maior precisão e qualidade naquilo que se produz. Neste caso, em indústrias que
utilizam processos de fabricação utilizando operações de usinagem em torno mecânico, fazendo uma
comparação de corte feito a seco com fluidos de corte, estes últimos tem a função refrigerar, lubrificar, proteger
contra a oxidação e limpar a região da usinagem. Nestas operações, as temperaturas elevadas podem prejudicar o
desempenho da ferramenta de corte e da peça que está sendo usinada. A lubrificação tem um papel muito
importante em relação à redução da temperatura que pode variar de acordo com a viscosidade do fluido, a
viscosidade é uma das características mais importantes para um fluido de qualidade e desempenha um papel
importante no funcionamento do mesmo. Garantir uma temperatura adequada na usinagem poderá trazer
diversos benefícios, como por exemplo, a diminuição dos mecanismos de desgaste, com isso promovendo o
aumento da vida útil da ferramenta. Neste trabalho será analisada a temperatura e a viscosidade de fluidos de
corte mineral e vegetal, utilizados no torneamento de um aço 1020.

Palavra Chave: Lubrificação, Viscosidade, Refrigeração, Qualidade.

ABSTRACT

As the industry is modernizing it grows with it the need for methods capable of facilitating its processes and
ensuring a greater precision and quality in what is produced. In this case, in industries that use manufacturing
processes using mechanical machining operations, making a dry cut comparison with cutting fluids, the latter
has the function to cool, lubricate, protect against oxidation and clean the region of the machining . In these
operations, elevated temperatures can adversely affect the performance of the cutting tool and the workpiece
being machined. Lubrication plays a very important role in reducing the temperature which may vary according
to the viscosity of the fluid, viscosity is one of the most important characteristics for a quality fluid and plays an
important role in the operation of the same. Ensuring a suitable temperature in the machining can bring several
benefits, such as the reduction of the wear mechanisms, thereby promoting an increase in tool life. In this work
the temperature and viscosity of mineral and vegetable cutting fluids, used in the turning of a 1020 steel, will be
analyzed.

Keyword: Lubrication, Viscosity, Cooling, Quality.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: taisamachadomec@hotmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: mayara_flora@homail.com
1. INTRODUÇÃO

A necessidade por mudança sempre fez parte do ser humano, desde a revolução industrial observa-se
inúmeros benefícios como a otimização de processos, máquinas e ferramentas. Essa evolução proporcionou a
fabricação de inúmeros bens, utensílios e máquinas que facilitam a sua vida. Um dos processos de fabricação que
ganhou muitas melhorias e hoje é um dos mais utilizados, é a usinagem. Esta consiste em aferir forma a matéria-
prima por meio de remoção de material ou cavaco.
Porém um dos problemas que ainda persiste é um desgaste da máquina ou de partes delas durante o processo
de usinagem. Um desses processos a qual podemos destacar é o torneamento. Durante o torneamento, a
ferramenta de corte, em função do acúmulo do calor no corte do material acaba de desgastando, diminuindo
assim sua vida útil. Afirma FERRARESI (1969, pág. 140) que “os efeitos de formação e transmissão do calor no
corte de metais são muito complexos, pois com o aumento da temperatura mudam as características físicas e
mecânicas do metal em trabalho”.
Para diminuir esse desgaste, são utilizados fluidos de corte, para assim minimizar as altas temperaturas
proporcionando a ferramenta lubrificação e refrigeração. De acordo com DINIZ et al (2006) o fluido de corte
pode proporcionar a redução do calor gerado e extraído da ferramenta e peça a fim de minimizar o desgaste da
ferramenta, diminuindo também os esforços e a potência de corte. Neste trabalho será abordada a importância da
análise de temperaturas para estimar uma maior vida útil de ferramentas de corte para diferentes fluidos de corte.
Deste modo que lubrificação faz parte dessa revolução que tem a função primordial no que se diz respeito à
qualidade da usinagem, os fluidos são necessários para potencializar a produtividade, reduzir o atrito (resistência
ao movimento), aumentar a vida útil da ferramenta, melhorar o funcionamento do processo, gerando assim uma
economia significante tanto na produção quanto no produto final.

2. MATERIAL E MÉTODOS

Este trabalho analisou diferentes temperaturas para o corte a seco e corte com três tipos de fluidos de corte, o
emulsionava, sintético e vegetal. Para o experimento foi utilizado o torno mecânico convencional IMOR MAXI
520, pastilha de corte widea-metal duro, três tarugos de aço 1020 de 150 mm de comprimento e 51 mm
diâmetro, um pirômetro digital instrutherm, fluido de corte sintético emulsionável, e vegetal a base de canola e
soja. A sequência deste experimento pode ser melhor entendida pelo fluxograma da figura 1. Utilizando o Fluido
emulsionável sintético LUBRAX UTILE PE óleo emulsionável de base naftênica para corte, usinagem e
acabamento de metais. Forma emulsões do tipo óleo em água, leitosas, homogêneas e estáveis em todas as
concentrações indicadas para uso. Apresenta baixa tendência à formação de espuma, e sua aditivação evita a
corrosão das peças metálicas usinadas, além de não manchar metais como o cobre e o bronze. Recomendado
para várias operações de usinagem de metais, como perfuração, fresagem, aplainamento, corte, torneamento,
esmerilhamento, retificação e rosqueamento, inclusive nos casos que exigirem grande capacidade de refrigeração
a alta velocidade de corte. (http://www.lubrificantes-br.com.br/site/produto/lubrax-utile-pe/). Os óleos vegetais
propostos para a análise foram de canola - Brassica campestris, de soja - Glycine max todos adquiridos no
mercado local sem realização de tratamento adicional. Foi realizada a avaliação do comportamento dos óleos
vegetais 100% (sem mistura).

Figura 1: Fluxograma de processos do experimento.

Durante o experimento, a matéria-prima da usinagem (tarugo de aço 1020), foi mantida a temperatura de 30°
sempre no início do corte. A primeira etapa foi o corte de faceamento com 0,5 mm de profundidade de corte e
velocidade de corte a 0,127 mm/RPM. A sequência sempre obedeceu à utilização de corte a seco, com fluido
vegetal e fluido emulsionável (solução de três partes da água e uma parte de óleo emulsionável sintético). As
rotações adotadas foram de 325 RPM e 500 RPM. A segunda e terceira etapa foi focada no Torneamento
Externo com 1,0 mm de profundidade, e logo em seguida, 2,0 mm de profundidade de corte com velocidade de
0,127 mm/RPM. Novamente a sequência obedeceu a utilização de corte a seco, com fluido vegetal e fluido
emulsionável sintético (solução de três partes da água e uma parte de óleo emulsionável). As rotações adotadas
foram de 325 rpm e 500 rpm. Durante todo o processo foi adotado a usinagem de 60 mm de corte linear ao longo
da peça.
Fluido de Corte: O fluído de corte como elemento do processo de usinagem possibilita a remoção de cavaco
da peça e ferramenta reduzindo o atrito, item primordial para a integridade da superfície da peça e ferramenta de
corte. O efeito do uso de fluidos de corte depende não somente das propriedades do fluido, mas também das
condições de usinagem, ou seja, da ferramenta de corte, material da peça e parâmetros de corte (RODRIGUES et
al. 2011).
O emprego de fluidos de corte melhora a eficiência dos processos de usinagem proporcionando: aumento da
vida da ferramenta de corte, maior controle de tolerâncias dimensionais, melhoria no acabamento superficial da
peça usinada, promove a redução nas forças de usinagem e amenização de vibrações (RODRIGUES, 2005;
STEMMER, 2005).
A melhoria do processo depende muito da utilização fluidos de corte, também conhecidos como óleos de
corte, são eles que proporcionam qualidade e segurança ao produto, viabilizando custos, gerando maior
satisfação e promovendo uma produção mais eficiente.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para primeira etapa foi utilizado o corte de Faceamento com 0,5 mm de profundidade de corte, demonstrou-
se que pela ausência de refrigeração o corte a seco apresentou as maiores temperaturas durante o processo de
usinagem. As menores temperaturas foram apresentadas pelo corte com fluido emulsionável. A 325 RPM foi
constatada uma diminuição de 11,9% da temperatura do corte com fluido emulsionável em relação ao seco. A
500 RPM observou-se a diminuição de 53,2% da temperatura do corte com fluido emulsionável em relação ao
seco.
A segunda etapa consiste no Torneamento Externo, corte de 1 mm de profundidade. O corte com utilização
do fluido emulsionável sintético apresentou as menores temperaturas de corte. Sendo que a 325 RPM o corte
com utilização de fluido emulsionável apresentou uma redução de 3,59 % na temperatura sobre o processo a
seco que apresenta as maiores medições (39°C). A 500 RPM a redução da temperatura chega a 25,4 % sobre o
corte a seco em sua maior medição (57°C).
A última etapa consiste no Torneamento Externo com corte de 2 mm de profundidade. O corte com utilização
do fluido emulsionável apresentou as menores temperaturas de corte. A 325 RPM o processo de usinagem com
utilização de fluido emulsionável apresentou uma redução de 3,58 % na temperatura sobre o processo a seco que
apresenta as maiores medições (53°C). A 500 rpm a redução de temperatura com o fluido emulsionável chega a
66,38 % sobre o corte a seco em sua maior medição (139,5°C).

4. CONCLUSÃO

O fluido de corte emulsionável apresentou os melhores resultados durante a usinagem do aço ABNT 1020
proporcionando menor temperatura de corte para todas as velocidades de corte. Todas as temperaturas medidas
condicionaram o fluido emulsionável os menores esforços de usinagem e tensões de cisalhamento nos planos
primários e secundários na ferramenta de corte, fazendo com que a ferramenta possua maior vida útil e
proporcione a peça usinada melhor acabamento superficial.

5. REFERÊNCIAS

DINIZ. A. E; MARCONDES. F. C.; COPPINI, N. L. Tecnologia da Usinagem Dos Materiais. São Paulo:
Artiliber. 8ª Ed. 2006.
FERRARESI, Dino. Fundamentos da Usinagem dos Metais. São Carlos: Blucher. 1969.
SANTOS, Isaque Silva dos. O Método HRN Como Ferramenta de Intervenção em Máquinas e Equipamentos:
Aplicação da Ferramenta em um Processo Produtivo de um Torno Mecânico e Proposta de Intervenção.
Universidade Estadual do Maranhão. São Luís – MA. 2016. 21 pág.
RODRIGUES, J. R. P.; JÚNIOR, P. A. S. J.; IGOR, F. A. C.; SANTOS, I. S. Influência do Fluido de Corte de
Origem Vegetal No Acabamento Superficial do Aço ABNT 1045. ABCM. XVIII CREEM. 2011.
RODRIGUES, J. R. P. Componentes da Força de Usinagem no Processamento de Ligas Não Ferrosas e Aços.
Máquinas e Metais. v.476, 2005, pp. 42-53.
STEMMER, C.E. Ferramentas de Corte I. Edidora da UFSC, 6ª Edição, Florianópolis, 2005.
ANÁLISE TEÓRICA DO LANÇAMENTO DE FOGUETE

Ewerton Vaz Lima1


Tyla Mendes Ricci2

RESUMO

Neste artigo buscaremos fazer uma análise teórica utilizando os conceitos físicos e matemáticos para o
lançamento de foguetes. Serão levados em conta os conceitos que partem desde o repouso do objeto às forças
que as fazem perder sua velocidade, forças que atuam diretamente na estabilidade do foguete, além de apresentar
qual a melhor formar de um modelo aerodinâmico.

Palavra Chave: Foguete; Forças; Estabilidade e Aerodinâmica.

ABSTRACT

In this article we will make a theoretical analysis using the physical and mathematical concepts for the
launching of rockets. It will take into account the concepts that start from the rest of the object to the forces that
make them lose their speed, forces that act directly on the stability of the rocket, in addition to presenting the
best form of an aerodynamic model.

Keyword: Rocket; Forces; Stability and Aerodynamics.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: fewertonvaz.riggerprojeto@gmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: ftylaricci@hotmail.com
1. INTRODUÇÃO

A análise dos aspectos físicos e matemáticos do foguete constituem um estudo extremamente importante,
com relação as leis físicas e utilização da álgebra. O protótipo é a forma mais rápida e econômica de se definir e
experimentar um projeto. Esses dois motivos por si só já garantem sua importância, porém, ainda sim é comum
vermos sistemas tomando forma antes de qualquer rascunho. Com relação aos aspectos físicos faremos um
estudo sobre força de resistência do ar, além de outros conceitos como: trajetória, variação da massa, peso,
momento, força e movimento.
Matematicamente buscaremos soluções para um melhor desempenho do que seria nosso modelo ideal de
foguete, dessa formar utilizaremos a matemática como um elo entre o pensar e o realizar.
Este trabalho desenvolvera habilidades importantes como a pesquisa, seleção do melhor material,
interpretação de dados, capacidade de definição operacional e investigação.

2. ESTRUTURA BÁSICA DO FOGUETE

Os foguetes basicamente são formados por sua fuselagem o que podemos chamar de corpo externo e
internamente temos a câmara de combustão por onde saem os gases quentes, bombas e dois armazenadores dos
combustíveis, sendo que esse combustível depende do foguete que será lançado porque pode ser o combustível
em forma líquida ou solido. Como podemos ver na figura 1.

Figura 2 - Estrutura do foguete

Fonte: http://tomeciencia.blogspot.com.br/2010/04/blog-post.html

3. PROPULSÃO DOS FOGUETES

O funcionamento dos foguetes baseiam se na terceira Lei de Newton, ação e reação. Consiste basicamente
num projetil que carrega em suas partes internas combustível podendo ser liquido ou sólido. Esse combustível é
queimado de forma progressiva na câmara de combustão, gerando gases quentes que por sua vez se expandem.
Os gases por sua vez são expelidos para trás por um bocal (abertura traseira) e, ao mesmo tempo, ocorre uma
reação na parede interna da câmara oposta, ao bocal. Essa reação damos o nome de empuxo – e a expulsão dos
gases empurram o foguete para frente.
Figura 3 - Empuxo no foguete
Fonte: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/reacao-de-empuxo-como-os-foguetes-se-
locomovem.htm

4. ESTABILIDADE DOS FOGUETES E AERODINÂMICA


A principal característica de um foguete é sua estabilidade, que pode ser interpretada como a capacidade de
manter a trajetória projetada. A estabilidade de um foguete é influenciada pela posição relativa do centro de
gravidade e do centro de pressão.
Essa influência pode ser observada com a figura 3 e nas trajetórias da figura 4. O foguete instável, figura 3
possui o centro de pressão, CP, mais próximo da ogiva do que o centro de gravidade, CG. Quando sofre uma
força de arrasto lateral de qualquer amplitude gera um momento de forma a ampliar essa força, entrando em uma
trajetória imprevisível de voltas, figura 4. Quando o CG está no mesmo ponto do CP o comportamento é
indiferente, o foguete adquire uma velocidade horizontal em resposta à força de arrasto lateral, mas não sofre
nenhum momento. Não é considerada uma opção estável, pois o foguete sai da trajetória projetada. De acordo
com a figura 3 para que o foguete tenha estabilidade aerodinâmica e mantenha sua rota o centro de pressão deve
estar atrás do centro de gravidade (CG mais próximo da ogiva). Assim, quando o foguete sofre um empuxo
lateral gera um momento em torno do CG que direciona o foguete de forma reagir o empuxo lateral, com um
momento gerado pelo arrasto, entrando em equilíbrio. Existe um limite para essa distância, onde o foguete se
torna super estável e o momento gerado pelo empuxo lateral sobrepuja o momento do arrasto fazendo com que o
foguete se vire na direção do vento, o último caso da figura 3.

Figura 4 - Diagrama de corpo livre com diferentes configurações aerodinâmicas


Fonte: http://engmecblog.blogspot.com.br/2009/10/aerodinamica-e-estabilidade-do-foguete.html
Figura 5 - Trajetórias de diferentes configurações aerodinâmicas
Fonte: http://engmecblog.blogspot.com.br/2009/10/aerodinamica-e-estabilidade-do-foguete.html

Outro item que é de indispensável uso são as barbatanas com finalidade de proporcionar estabilidade durante
o voo, ou seja para o foguete manter sua orientação e destino. Se um foguete for projetado sem as aletas, logo
após o lançamento cairia devido como ás forças aerodinâmicas e outras (vento) agem sobre o foguete, em
relação as forças que são exercidas sobre o foguete pelo motor e pela gravidade. O problema aqui é que o centro
de pressão do foguete (CP) seria para frente do seu centro de gravidade (CG), e como vimos não é a forma ideal.
As aletas servem então para localizar o centro de pressão a popa do CG.

5. FORÇAS ATUANTES NO FOGUETE


5.1 Força De Resistência Fluida
Quando um corpo ou objeto qualquer se move em um fluido (ar, ou água, por exemplo) vemos que o fluido
exerce sobre o corpo uma força de resistência, denominada de força de arraste (Frf), que tende a reduzir a
velocidade do objeto. Essa força de arraste depende da força do objeto, das propriedades do fluido em que ele
está inserido e depende também da velocidade do corpo em relação ao fluido. De forma diferente da força de
atrito dinâmico, a força de arraste tende aumentar quando a velocidade do corpo aumenta, de forma nem sempre
linear. No caso de pequenas velocidades, a força de arraste é aproximadamente proporcional à velocidade do
corpo; no caso de velocidades maiores, é aproximadamente proporcional ao quadrado da velocidade. Essa força
de arraste pode ser representada pela seguinte equação geral:
𝐹𝑟𝑓 = 𝐾𝑛 𝑉 𝑛 , 𝑐𝑜𝑚 𝑛 = 1 𝑜𝑢 𝑛 = 2 (1)
Onde V é a velocidade de deslocamento do corpo e 𝐾𝑛 uma constante que depende da forma do corpo e
também de propriedades físicas do fluido. No caso como estamos fazendo analise do foguete o ar será nossa
referência.
Para n = 1 a força de resistência do ar é considerada viscosa. A equação para a resistência do ar viscosa é:
𝑛 = 1  𝐹𝑎𝑟 = 𝑘1 𝑣 (2)
Para n = 2 a força de resistência do ar é considerada como uma força de resistência do dinâmica, ou seja, não
viscosa. E a equação pra a resistência dinâmica do ar é:
𝑛 = 2 , 𝐹𝑎𝑟 = 𝐾2 𝑉 2 (3)
Essa equação vale para corpos com velocidades entre 24 m/s e 330 m/s. Para este intervalo de velocidade a
constante 𝐾2 é igual a:
𝐾 1
2= 𝐶𝑥 𝑎𝑟 𝐴𝑉2 (4)
2
Logo, a equação para a resistência dinâmica do ar fica da seguinte forma:
1 (5)
𝐹𝑎𝑟 = 𝐶𝑥 𝑎𝑟 𝐴𝑉 2
2
Onde temos o 𝐶𝑥 é o coeficiente de arrasto; 𝑎𝑟 a densidade do ar; A área voltada para o movimento e
V a velocidade relativa do corpo. Sendo significante a influência de cada um dos itens acima.
O coeficiente de arrasto caracteriza a forma de deslocamento do corpo no ar. Quanto menor esse coeficiente,
melhor o deslocamento do corpo no ar. O 𝐶𝑥 é calculado pelas fabricantes utilizando tuneis de vento.
5.2 Força Peso

Quando falamos em movimento vertical, introduzimos o conceito de aceleração da gravidade que sempre
atua no sentido a aproximar os corpos em relação à superfície. Relacionando com a 2ª lei de Newton, um corpo
de massa m, sofre aceleração da gravidade, quando aplicada a ele o princípio fundamental da dinâmica
poderemos dizer que:
𝐹 = 𝑚𝑔 (6)
Essa força chamamos de força peso, e podemos expressá-la em módulo como:
𝑃 = 𝑚𝑔 (7)
𝑚2
O valor de nossa constante g aqui na terra é igual a 𝑔 = 9,8066𝑠
𝑠
Logo, os foguetes são influenciados por essa força peso, pois os foguetes possuem massa e importante
lembrar que adotamos o valor da gravidade positivo para baixo, em decorrência disso a força peso fará oposição
ao movimento do foguete.

5.3 Empuxo

Como já mencionado os foguetes usam o princípio da terceira lei de Newton, levam combustível em se
interior queimado progressivamente na câmara de combustão, gerando gases quentes que se expandem.
Então após isso os gases são expelidos pelo bocal que fica na parte traseira do foguete e consegue propulsão,
esse fenômeno se chama empuxo. Lembrando que ele tem o sentido de baixo para cima.
Para sair em definitivo da Terra, no entanto, um foguete precisa de uma velocidade de escape (11,2 km/s de
velocidade) – maior que a utilizada nos satélites. Para isso, o foguete deve ser o mais leve possível e precisa ser
construído em vários estágios, que se resumem a, basicamente, dois ou mais foguetes, colocados um em cima do
outro. Quando o foguete do estágio inferior queima todo o seu combustível, ele se desacopla do conjunto e
aciona o segundo estágio, permitindo que o corpo restante do foguete aproveite o impulso obtido e alivie o peso
considerado "peso morto", ganhando mais velocidade na subida.

6. SISTEMA DE MASSA VARIÁVEL

Vamos considerar um foguete se deslocando com uma velocidade de intensidade v em relação à superfície da
𝑑𝑚
Terra descarregando seu combustível a uma taxa constante 𝑅 = . Então a massa do foguete no instante t é:
𝑑𝑡
𝑡
𝑑𝑚 (8)
𝑅= = ∫ 𝑅𝑑𝑡 = 𝑚(𝑡) = 𝑚0 𝑅𝑡
𝑑𝑡 𝑡𝑜
Sendo m a massa do foguete num dado instante t; 𝑚0 a massa inicial do foguete (massa de combustível +
massa do foguete vazio) e R é taxa de descarga do combustível.
Se o foguete descarrega todo o seu combustível de massa 𝑚𝑎 em um tempo 𝑡𝑎 e sua massa depois de todo o
combustível descarregado for 𝑚𝑓 , então o tempo de descarga do combustível do foguete será dado por:
𝑚0 𝑚𝑓 𝑚𝑎 (9)
𝑚𝑓 = 𝑚0 − 𝑅𝑡𝑎  𝑡𝑎 = − =
𝑅 𝑅 𝑅
.

7. CONCLUSÃO

Podemos então concluir que os foguetes têm como um dos seus pilares a 3ª Lei de Newton, ação e reação.
Um grande e importa contribuinte para a diminuição da força peso e aumento do empuxo é a variação de massa
que acontece nos foguetes, pois ao mesmo tempo que o combustível queima você ganha propulsão, empuxo e
diminui o peso do foguete.

8. REFERÊNCIAS

ANJOS, F. S.; CALDAS, N. V.; COSTA, M. R. C. Pluriatividade e sucessão hereditária na agricultura familiar.
In: CONGRESSO DA SOBER, 44., 2006, Fortaleza. Anais... Brasília: Sociedade Brasileira de Economia e
Sociologia Rural, 2006. p. 1 - 21.
BERNAL, A. B. A Construção do Programa Estadual de Educação Ambiental do Rio de Janeiro: disputas pela
agenda pública em tempos de hegemonia neoliberal. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.
APLICAÇÃO DA MANUFATURA ENXUTA EM MONTADORAS
AUTOMOTIVAS

Caio Santos Nunes1


Erica Sabrina Oliveira1
Maria Eugênia Carvalho1
Anna Carolyne Duarte1
Eduardo Mendonça Pinheiro2

RESUMO

As empresas buscam uma distinção na sua atuação no atual mercado, para se tornar competitivas e serem
destaques diante da concorrência, buscam eliminar ou reduzir perdas no processo produtivo. O sistema de
Manufatura Enxuta torna-se uma ferramenta que ajuda a empresa na otimização da qualidade de produção
automatizando o processo, possibilitando a análise e a identificação dos tipos de desperdícios e propondo
melhorias contínuas. Este artigo tem como objetivo propor a implementação da ferramenta Manufatura Enxuta
nas empresas automotivas, para elaboração do projeto de implementação desta foram utilizadas a metodologia do
Project Model Canvas e revisão bibliográfica.

Palavra Chave: Project Model Canvas, Lean Manufacturing, Automotivas.

ABSTRACT

Companies seek a distinction in their performance in the current market, to become competitive and stand out
from the competition, seek to eliminate or reduce losses in the production process. The Lean Manufacturing
system becomes a tool that helps the company optimize production quality by automating the process, enabling
the analysis and identification of waste types and proposing continuous improvements. This article aims to
propose the implementation of the Lean Manufacturing tool in the automotive companies, to elaborate the
project of implementation of this project were used the methodology of Project Model Canvas and
bibliographical review.

Keyword: Project Model Canvas, Lean Manufacturing, Automotive.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: caiosantosnunes@hotmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: eduardomp1979@gmail.com
1. INTRODUÇÃO

Os projetos são atividades temporárias, realizados por um grupo e destinadas a um objetivo de criar um
produto ou serviços, para a obtenção de resultados únicos. O processo globalizado moveu as indústrias e
organizações a um cenário de competitividade. A gestão de projetos é a ferramenta essencial para garantir tal
competitividade dentro das organizações, buscando a eficácia, bom orçamento, prazo e implementação bem-
sucedida em grandes e pequenas empresas. Segundo o PMBOK (2013) gerenciamento de projetos é a aplicação
do conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto para atender aos seus requisitos.
E dentro da gestão de projetos, visando simplificar o trabalho do gestor e integrar a equipe de trabalho, foi
desenvolvida uma metodologia denominada de Project Model Canvas (PMC). O PM Canvas, segundo Finocchio
Jr. (2013), é uma espécie de agenda na qual todos os envolvidos de um projeto irão se debruçar para conceber a
lógica de um projeto, servindo de base para a transcrição posterior a um plano de projeto representado de modo
formal. O PMC é baseado em um Canvas, termo em inglês que significa quadro, sobre o qual serão colocados
pedaços de papel autocolantes (OSTEWALVER, PIGNEUR, 2011; OROFINO, 2011) e este é o objetivo da
metodologia, ser uma ferramenta visual, para envolvimento de toda a equipe em expor suas opiniões, que aceita
mudanças e eliminanda toda a burocracia e complexidade do planejamento de qualquer projeto. Ao final, é
possível ler o projeto de forma física e prática, que é a grande característica da ferramenta, direto, objetivo e
nada de arquivos em pastas, é único (FINOCCHIO, 2013).
No cenário atual onde as empresas do seguimento automotivo buscam estabilidade no mercado, manter a
competitividade, é algo imprescindível. O sucesso das organizações depende disso, sendo necessário melhorá-lo
e mantê-lo frequentemente, otimizando a produtividade, diminuindo custos e encurtando o processo. Tendo
necessidade de aplicar a Manufatura Enxuta, sendo assim uma ferramenta estratégica ao âmbito industrial. O
termo “Toyota de Produção” conhecido atualmente como Manufatura Enxuta, foi desenvolvido por Eiji Toyoda
e Taiichi Ohno, engenheiros da Toyota visando a eliminação de desperdícios e elementos desnecessários a fim
de reduzir custos; a idéia básica é produzir apenas o necessário, no momento necessário e na quantidade
requerida (OHNO,1997).
O presente artigo tem como objetivo uma revisão bibliográfica demonstrando a importância da utilização da
ferramenta Manufatura Enxuta nas indústriais automotivas para redução de desperdícios, aumento de
produtividade, automatização do projeto e o ganho de competitividade do mercado.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O referido projeto apresenta uma revisão bibliográfica sobre a utilização da manufatura enxuta em indústrias
automotivas a partir de artigos, projetos, dissertações e livros que tratam sobre esse assunto, utilizando o Project
Model Canvas (PMC) como ferramenta na construção do projeto. Esta ferramenta vem mostrar um novo modelo
de plano de projeto, que, segundo o próprio idealizador, esteja mais adaptada à realidade das empresas e ao
funcionamento da mente humana.
Faz-se necessário apenas uma folha no formato A1, e alguns blocos de post it. “A ideia é que o gerente de
projetos coordene uma espécie de brainstorming com os membros de sua equipe e o cliente para que todos
construam juntos o início do processo, tendo ao mesmo tempo uma visão de conjunto sobre seus objetivos, fases,
custos e benefícios” (MALACHIAS, 2013). A partir disso, reuniu-se a equipe e procurou definir o tema principal
a ser trabalhado. Com o tema definido: Aplicação da Manufatura Enxuta em montadoras automotivas, iniciou-se
a confecção do quadro de ferramenta PMC.
Tendo à vista o quadro sendo estruturado, surgiram ideias e comentários dentro do grupo, criando um âmbito
de discussão entre os membros da equipe. Inúmeras vezes foi necessário realizar a recolocação de post it, pois o
mesmo, não se enquadrava na etapa do projeto, daí a diferença do benefício da ferramenta. A possibilidade de
mudanças sem haver danos maiores, a interatividade dentro da equipe sem a preocupação hierárquica entre os
membros, onde todos ajudaram na montagem do projeto. Por meio da ferramenta PMC e as informações obtidas
pela discussão, foram definidas cada etapa do projeto, conseguindo assim, enxergar o projeto como todo.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O termo manufatura enxuta, foi usado por um grupo de pesquisadores do Massachussets Institute of
Technology no livro “A máquina que mudou o mundo” para designar os métodos usados para gerenciar e
produzir automóveis na empresa Toyota (LIKER, 2007; CARELLI et al., 2016). Sendo esta ferramenta criada de
início com intuito de melhorar o sistema produtivo de empresas do ramo automobilístico, não anulando a
utilização da mesma em outros âmbitos industriais. O projeto visa a utilização da manufatura enxuta nas
indústrias automotivas, mostrando as melhorias e benefícios esperados após sua implementação. Para isso
utilizou-se a ferramenta PM Canvas, conforme a Figura 1.
Figura 1: Quadro PM Canvas. Fonte: Autores (2018)

A montagem do canvas se dá a partir de quatros perguntas essenciais, que se refletem na divisão dos square.
Como? O que? Para quem? Quanto? E estas perguntas se subdividem em tópicos de forma lógica a direcionar ao
alcance pretendido.
Tendo como justificativa a necessidade de melhorias no processo e no resultado produtivo das montadoras
automotivas, oportunidade para aplicar e desenvolver dentro do âmbito industrial a gestão de Manufatura
Enxuta. Determinando três objetivos: aumento da produtividade, automatização do processo e redução do
desperdício, proporcionando benefícios como o ganho competitivo no mercado, diminuição de custos e aumento
da produtividade. Benefícios decorrentes da correta aplicação do produto, a Manufatura Enxuta.
Para chegar nos benefícios é necessário passar por alguns requisitos, tais como: executar uma consultoria,
diagnosticando os problemas e perdas, posteriormente, criar um plano de ação de melhorias. Mas, não se pode
esquecer dos stakeholders, partes interessadas e envolvidas na criação e efetivação do projeto, que são as
montadoras automotivas, CEO's das empresas e o gerente de projeto. Por seguinte as informações são
compartilhadas com a equipe operacional do projeto, sendo assim trabalhada entre os consultores, setor de
marketing, analistas, programadores, engenheiros e entre outros.
A partir dessa iniciação do projeto surgiu uma premissa desafiadora, a maioria das montadoras possivelmente
iria adotar esse tipo de ferramenta. Aumentando assim o grupo de entregas, que vai desde a análise de perdas até
a certificação da empresa. Porém, para alcançar a certificação foi determinado restrições, deve atingir um
aumento mínimo de 20% da produtividade e engajamento dos funcionários à ferramenta aplicada. Permitindo
enxergar dois riscos eminentes, que é a empresa não apoiar a estratégia da ferramenta e não atingir o aumento
esperado da produtividade. Obedecendo o orçamento de custos e a linha de tempo de execução do projeto.

4. CONCLUSÃO

Utilizando a ferramenta Project Model Canvas obtivemos resultados promissores, sendo assim uma ótima
metodologia na iniciação de qualquer projeto. Tendo a flexibilidade, redução de tempo gasto e ilustração do
projeto à vista, fazendo com que as fases do projeto se tornem bem elaboradas e consistentes. Conseguindo
alcançar o objetivo proposto, por meio de uma revisão de literatura, enfatizando a essencial importância de
realizar a aplicação da ferramenta de Manufatura Enxuta em montadoras automotivas, aliado com a gestão PM
Canvas.

5. REFERÊNCIAS

FINOCCHIO JÚNIOR, José. Project Model Canvas: como conveber em uma única página e transformá-lo
em agentes de inovação e convergência na orgaização. Project Builder, 2013. Disponível em: <
https://prp.ifsp.edu.br/images/cursos/gerenciamento_projetos/Guida-Definitivo-do-Project-Model-
Canvas.pdf>. Acesso em: 30 Março, 2018.
LIKER, J. K., & MEIER, D. (2007). O Modelo Toyota: Manual Aplicação. Porto Alegre. Bookman, 2007. 432
p. Disponível em: < https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=YY0IBwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PA5&dq=Liker,+J.+K.,+%26+Meier,+D.+(2007).+O+Modelo
+Toyota:+Manual+Aplica%C3%A7%C3%A3o.+Porto+Alegre.+Bookman.&ots=PCK5co_LyV&sig=PMDF
1unVHrmUP29O91A44Rrcxac#v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 30 Março, 2018.
MALACHIAS, Iago. Project Model Canvas: Planejamento em uma folha! Compreendendo ambiente e
necessidades para uma melhor estruturação do projeto. Mundo Project Management, 2013.70 p.
Disponível em: <http://www.producao.ufc.br/wp-content/uploads/2017/01/tcc-2016.1-antonio-manoel-silva-
carneiro-filho.pdf>. Acesso em: 30 Março, 2018.
OHNO, T. O Sistema Toyota de Produção: além da produção em larga escala. Porto Alegre. Bookman, 5 p.
Disponível em: < http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2013_tn_stp_177_013_22927.pdf>. Acesso
em: 30 Março, 2018.
OROFINO, M. A. R. Técnicas de criação do conhecimento no desenvolvimento de modelos de negócio.
Dissertação (Mestrado). Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do
Conhecimento. Universidade Federal de Santa Catarina, 2011. 233 p. Disponível em:
<https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos13/59618733.pdf>. Acesso em: 30 Março, 2018.
OSTERWALDER, A.; PIGNEUR, Y. Business Model Generation - inovação em modelos de negócios: um
manual para visionários, inovadores e revolucionários. Alta Books, 2011. 300 p. Disponível em:
<https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos13/59618733.pdf>. Acesso em: 30 Março, 2018.
PMBOK (2013). Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos (guia PMBOK) 5 º edição. 2013.
5 p. Disponível em: < https://www.passeidireto.com/arquivo/17343718/pmbok_5a_edicao_portugues-br>.
Acesso em: 30 Março, 2018.
A UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA
PARA REABASTECIMENTO DE VEÍCULOS ELÉTRICOS

Byanka Morais Souza¹


Dheymison Ferreira de Araújo¹
Patrícia Mendes Zacheu¹
Rafael Cardoso Valença¹
Ronaldo de Jesus Barros¹
Luís Adriano Ribeiro Barbosa²

RESUMO

Os geradores eólicos são umas das principais fontes alternativas de energias não poluentes, até então, são
utilizados como meio de produção de energia com capacidade de abastecer residências. Com o tremendo índice
de poluentes que um carro a combustão gera na atmosfera, pensou-se em utiliza-los de maneira sustentável e
recarregável para conter o alto índice de poluentes emitidos. Por mais viável que seja utilizar carros elétricos, o
seu tempo de recarga e seu limite de distancias percorridas o torna pouco requerido no mercado consumidor.
Com o Sleipnir, essa conclusão sobre os carros elétricos pode ser mudada por completo, pois vem com uma ideia
inovadora de utilizar a energia eólica proveniente do deslocamento do ar com a movimentação do veículo para
fazer a auto alimentação de sua bateria aumentando sua autonomia. No modelo apresentado por este trabalho, o
sistema de geração eólica discorrido é posicionado sobre o teto do veículo, na medida em que se a energia
cinética do ar movimenta as hélices das turbinas, o gerador que compõe o sistema exerce a conversão em energia
elétrica, a qual é transmitida para a bateria de modo a reabastece-la. Por meio do Sleipnir, não seria necessário
parar para recarregar a bateria, pois o veículo se torna autossustentável capaz de se auto reabastecer. Com isso, a
autonomia aumentaria gradualmente de acordo com a velocidade de locomoção do veículo, além de reduzir
resíduos poluentes como a queima da combustão e não afetaria diretamente o meio ambiente.

Palavra Chave: carro elétrico, captação eólica, sleipnir.

ABSTRACT

Wind generators are one of the main alternative sources of clean energy, until then, are used as a means of
producing energy with capacity to supply homes. With the tremendous amount of pollutants that a combustion
car generates in the atmosphere, it was thought to use them in a sustainable and rechargeable way to contain
the high pollutants emitted. However feasible it is to use electric cars, its recharge time and its distance limit
makes it little required in the consumer market. With Sleipnir, this conclusion about electric cars can be
completely changed, as it comes with an innovative idea of using wind energy from the displacement of the air
with the movement of the vehicle to self-power your battery, increasing its autonomy. In the model presented by
this work, the disused wind generation system is positioned on the roof of the vehicle, since if the kinetic energy
of the air moves the propellers of the turbines, the generator that composes the system carries out the conversion
into electric energy, which is transmitted to the battery in order to replenish it. Through the Sleipnir, it would
not be necessary to stop to recharge the battery, as the vehicle becomes self-sustaining and able to self-refuel. As
a result, the autonomy would gradually increase according to the speed of locomotion of the vehicle, as well as
reducing pollutant residues such as burning combustion and would not directly affect the environment.

Keyword: electric car, wind power, sleipnir.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: dheymisonsilvaneto@gmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: adriano9000@gmail.com
1. INTRODUÇÃO

Com uma observação em nosso cotidiano, podemos ver que é de extrema abundancia a energia que é
proveniente dos ventos. Podendo ser utilizada desde, de um moinho para fazer funcionar uma bomba de água, a
um aerogerador capaz de gerar eletricidade. Sendo o vento, sucintamente um deslocamento de uma massa de ar,
ou seja, traz em seu meio uma energia com imenso potencial para ser explorado para a geração de energia
elétrica. [1]
E a demanda de energia elétrica no Brasil, ira triplicar até 2050. E de maneira similar a poluição vem a
crescer, sendo necessária a diversificação do tipo energia, para que não seja utilizado o petróleo e seus derivados,
partindo disso, a energia eólica é uma das mais rentáveis para construção e geração de energia por ser uma fonte
renovável. [2]
Vendo esse problema, pensou-se em um dispositivo que aproveitasse o movimento e aerodinâmica, gerados
por um automóvel para captação de energia eólica e, em seguida, a conversão elétrica e seu armazenamento.
O objetivo desse trabalho foi de fazer uma revisão bibliográfica, com foco na energia eólica, tanto como em
sua captação, conversão, transmissão e armazenamento da energia. Visando aumentar a autonomia de veículos
elétricos, visado maior eficiência e mais economia, e energia para quando essa seja necessária.

2. MATERIAL E MÉTODOS

Foi feito um levantamento da bibliografia disponível em artigos, livros, manuais, trabalhos acadêmicos e
estudos específicos que englobam e fazer pesquisa sobre o tema do trabalho, usando Scielo, Capes, Athenus,
Google Acadêmico entre outras bases de dados e fontes de pesquisa com veracidade e seriedade em trabalhos
publicados. Sendo que a bibliografia que foi revisada compreendeu do ano de 1984 a 2015, em língua inglesa,
portuguesa e espanhola. O Google acadêmico foi a principal fonte de pesquisa utilizada para a estruturação desse
trabalho.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O estudo da aerodinâmica em geradores eólicos tem colaborado para o desenvolvimento de novos tipos de
pás e turbina, tornando-os mais eficiente e melhor aproveitamento dos ventos e contribuindo para a menor
utilização de petróleo e derivados, de forma a reduzir a emissão de gases do efeito estufa. [3][4]
A energia eólica é energia solar, como o Sol não aquece uniformemente a atmosfera terrestre, por essa
diferença nos gradientes de pressões e temperatura são criadas zonas com temperaturas e pressões, sendo altas e
baixas, formando uma área de convecção, e em consequência disso, há um descolamento nas massas de ar,
gerando assim os ventos. Tendo diferença de temperatura entre a s latitudes ao longo do tempo. Temos o
processo de formação do vento, sendo, a variação da pressão em relação com uma distância horizontal de
pressão 𝐺𝐻𝑃 .[5]
Segundo Daniel Bernoulli em 1738 com a publicação da Hydrodynamica que discorre sobre a força
aerodinâmica, “Quando houve uma massa de ar em maior velocidade, ela passara a exercer menor pressão em
seu meio, e de maneira análoga, ocorre quando se tem uma massa de ar com uma menos velocidade, ela passara
a exercer maior pressão em seu meio”. A seguir uma figura ilustrando como se dar a força aerodinâmica.

Figura 1: Pá de um gerador eólico.

Perfis simétricos tendem a serem mais aerodinâmicos, ou seja, concedem condições para o alcance de
maiores velocidades no escoamento do ar, sendo assim mais rápidos. O percurso maior é o da extremidade da pá,
que possuem pressões menores, e quanto mais perto do centro do rotor temos menor percurso, com pressões
maiores, fazendo com que haja movimento de rotação no rotor. [6]
Sendo o rotor, elemento de fixação das pás, sendo esse movimento transmitido para uma caixa
multiplicadora, composta por um sistema de engrenagens, disposta de vários tipos e tamanhos, para
transformarem o número baixo de RPM que é em média de 9 a 30 RPM que é transmitido do eixo de baixa
velocidade, de modo que sejam entregues ao eixo de alta velocidade, algo entre 750 RPM a 1500 RPM, podendo
ou não possuir um freio a disco, em caso de problema no sistema ou no começo do ciclo da turbina.
Logo, em seguida, sendo acoplado a um gerador, a energia rotativa gerada pelo eixo do rotor que vem, sendo
convertida por meio do sistema de engrenagens com um eixo que rotaciona em alta velocidade, que é
responsável em transmitir a energia rotativa para o eixo do gerador, que por sua vez, gera energia eólica que
pode ser transmitida a rede de energia ou armazenada em baterias estacionarias.

4. CONCLUSÃO

Neste trabalho se dispõe de discernir os princípios básicos que são relacionados à energia eólica. E sendo,
necessário disseminar a importância e o potencial da energia eólica, já que esta é uma fonte necessariamente
abundante para larga geração no Brasil. Sendo um país rico em áreas para implementação e abundante em
energia de cunho renovável, sendo necessário maior investimento na área de energia eólica e torna-se menos
dependente de fontes intermitentes e que são poluentes.
Com a busca, por uma geração de energia de forma limpa e promova uma melhoria na vida no futuro da
humanidade. Com o Sleipnir, seria possível o aproveitamento da energia disponível que esteja no ambiente que o
circunda, e capaz de gerar energia para armazenamento em baterias. Portanto, é possível se aproveitar a energia
eólica, através da aerodinâmica do automóvel.

5. REFERÊNCIAS

[1] P. PICOLO , A. J. BÜHLER , G. A. RAAMPINELLI, Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 36, n. 4,


4306 (2014)
[2] Nota técnica DEA 13/15: Demanda de Energia 2050. Disponível em: http://www.epe.gov.br/sites-
pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-227/topico-202/DEA%2013-
15%20Demanda%20de%20Energia%202050.pdf
[3] MAALAWI, K.Y., BADAWY, M.T.S. A direct method for evaluating performance of horizontal axis
wind turbines. National Research Center. Egypt, 2000.
[4] ALÉ, J.A.V. Aspectos de conversión de Energía y Aerodinámica de Turbinas Eólicas. Aspectos de
Aerodinámica no estacionaria en Turbinas Eólicas. Seminario de Energía Eólica. Madrid, 1997.
[5] TUBELIS, A. e NASCIMENTO, F. J. L. do. Meteorologia descritiva: fundamentos e aplicações
brasileiras. São Paulo: Nobel. 1984. 374 p.
[6] PEREIRA, Marcelo Monticelli. Um Estudo do Aerogerador de Velocidade Variável e Sua Aplicação
para Fornecimento de Potência Elétrica Constante. Juiz de Fora (MG), 2004.
DIMENSIONAMENTO E ANÁLISE DE SERVO-ATUADORES PARA
AERONAVES DESTINADAS À SAE BRASIL AERODESIGN

Aldenir Joaquim Oliveira Vieira1


Gustavo Henrique Andrade Sousa1
José Alcy Marques Santos Junior1
Laila Larissa Correia Muniz1
Yasmin Soares Castro1
João Wilker Ribeiro Barros Lima2

RESUMO

O presente trabalho foi elaborado com a finalidade de elucidar o método de seleção dos servo-atuadores
presentes numa aeronave destinada a competição SAE BRASIL Aerodesign. Esta obra se baseia no projeto de
2017 da Equipe AeroBeetle, apresentado à Classe Regular e julgou a sua estratégia implementada para análise
dos servos. Foram expostas técnicas para o dimensionamento, comparações entre modelos, bem como testes para
validação da escolha e resultados obtidos.

Palavra Chave: Aerodesign, Superfícies de comando, Servos, Torque.

ABSTRACT

The present work was elaborated with the purpose of elucidating the method of selection of the servo-actuators
present in an aircraft destined to SAE BRASIL Aerodesign competition. This work is based on the 2017 project
of the AeroBeetle Team, presented to the Regular Class and judged its strategy implemented for servos analysis.
Techniques for dimensioning, comparisons between models, as well as tests for validation of the choice and
obtained results were presented.

Keyword: Aerodesign, Command surfaces, Servos, Torque.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: aldenir.oliveira@vale.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: jwilkerbarros@hotmail.com
1. INTRODUÇÃO

Os servos motores são dispositivos de controle de posição angular que estão presentes no acionamento das
superfícies de controle do avião, tais como profundor, ailerons e leme. Dessa forma, são responsáveis pelo
direcionamento da aeronave e, assim, devem ter um dimensionamento competente para certificar o bom
funcionamento da mesma.[7]
É indispensável uma análise criteriosa para assegurar a confiabilidade dos servos adquiridos. Portanto, tendo
como objeto de estudo o dimensionamento dos servos da aeronave Alice, projeto apresentado à SAE BRASIL
pela Equipe AeroBeetle na Classe Regular no ano de 2017 em conformidade com o Regulamento [9] do ano,
foram avaliados a metodologia aplicada e dados obtidos com intuito de aprimorar os métodos utilizados e
potencializar resultados, garantindo a seleção de servos com melhor aproveitamento.

2. MATERIAL E MÉTODOS

Ao realizar o dimensionamento e a seleção dos servos-motores destinados a atender as exigências


estabelecidas pela aeronave radiocontrolada que pretende participar da Competição SAE BRASIL, é
recomendada a adoção de um método que busque sanar todas as demandas das superfícies de controle. Para tal,
aplicou-se a seguinte metodologia:

a) Foi identificada a quantidade de servos necessários a partir do modelo estrutural do projeto;


b) Foram apontadas as cargas atuantes nas superfícies de comando;
c) As deflexões requeridas foram estudadas e os coeficientes de momento nos eixos de deflexão foram
obtidos com auxilio do software XFLR5;
d) Estimou-se, então a relação entre a força demandada pelos servos e a velocidade de voo;
e) Foi determinado o torque necessário em cada servo;
f) Estabeleceu-se uma comparação entre as especificações de diferentes fabricantes e modelos a fim
de atender aos critérios do projeto;
g) Testes dos parâmetros dos servos foram feitos, constatando a veracidade dos dados fornecidos pelo
fabricante, confiabilidade dos componentes, e também a acuracidade dos cálculos realizados
previamente. Sendo esses testes:
1. Medição de torque: verificar a força do servo avaliado enquanto este movimenta uma
carga previamente calculada.
2. Demanda de corrente: com o circuito elétrico operante, medir no multímetro a corrente
requerida nas condições de carga vazia de eixo e carga máxima.
3. Teste de voo: avaliar a resposta dos comandos aplicados e a capacidade de suportar os
esforços aerodinâmicos.
h) Por fim, os resultados obtidos foram analisados, avaliando se as informações adquiridas se
mostraram satisfatórias.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para a determinação dos servos na aeronave Alice, foi avaliada a metodologia implementada, considerando a
congruência com a literatura técnica, tais como livros de engenharia aeronáutica, artigos científicos e normas de
aviação [4].
O modelo do avião dispôs de oito servos posicionados de forma a corresponder a cada superfície de
comando. Sendo interessante salientar o uso de dois servos para o leme, que foi dividido devido ao design da
empenagem.
A análise de cargas realizada para as superfícies de comando teve como foco mensurar os coeficientes de
momento nos eixos de deflexão, fazendo uso do software XFLR5. Os fatores determinantes foram avaliados
dentro do envelope de voo descrito no diagrama v-n de manobra e rajada, onde se considerou o fator de carga,
deflexões máximas e variação de velocidade. Então, foi possível determinar a relação das forças requeridas para
os servos, em suas respectivas superfícies de controle, e a velocidade.
Para estimar essa força de deflexão dos comandos (F), a referência principal foi Nelson [8], que
descreve as seguintes equações: na Equação 1, a força F é proporcional a G, que representa a relação de
transmissão, e ao He, o momento que pode ser calculado pela Equação 2. O software XFLR5 foi então
empregado para a obtenção dos valores de Che, conforme o procedimento apresentado por Basic Air Data [3].

F = GHe (1)
1
He = Che ρV²SeCe (2)
2
Com base nos dados encontrados, foi calculado o torque exigido para os servos das superfícies de
sustentação, enquanto os servos dos demais sistemas tiveram seu dimensionamento com base no histórico da
equipe e ensaios de voo. São apresentados na Tabela 1 os valores determinados pela equipe, onde todos os
servos possuem fator de segurança FS superior a 2.

Conhecendo os esforços requeridos, foi realizada a comparação de especificações entre fabricantes e


modelos. A equipe concentrou a análise entre duas classes, os servos de engrenagens de metal (MG) e os de alta
voltagem (HV), sendo identificada a maior tensão nominal para os do tipo HV que, consequentemente, possuíam
maior torque para uma mesma corrente. Com o foco no desempenho, o principal critério para seleção dos servos
foi o valor de torque e, portanto, foram escolhidos os do tipo HV.

Corrente Torque
Torque Tensão Fator de
Comando Servo Nominal exigido
[kg.cm] Nominal [V] segurança
[mA] [kg.cm]
DS929
Acelerador 2,4 7,2 240 <1 > 2,2
HV
DS238
Aileron 4,6 7,2 400 1,4 3,3
HV
DS929
Leme 2,4 7,2 240 1,18 2,0
HV
DS339
Profundor 5,1 7,2 420 2,48 2,1
HV
DS339
Bequilha 5,1 7,2 420 2,48 2,1
HV
DS339
Freio 5,1 7,2 420 2,48 2,1
HV

Tabela 1 Especificação dos servos selecionados

De posse dos servos, foi iniciada a etapa de testes para validação da escolha. O torque apresentado por todos
os modelos se provou superior ao exigido nas respectivas superfícies de controle, como visto na Tabela 1, e
assim atendendo aos requisitos do projeto. Também foi realizada a identificação da demanda de corrente uma
vez que os servos são componentes determinantes no dimensionamento da bateria a ser utilizada.
Finalmente, a última análise a respeito dos servos ocorreu pelo teste de voo, exposto na Figura 1, com a
finalidade de avaliar a resposta aos comandos exercidos pelo piloto. Constatando a adequação dos servos
selecionados dentro dos parâmetros da equipe.

Figura 1 Aeronave testada em voo

O parecer desta análise considerou que algumas ressalvas devem ser feitas quanto à metodologia da equipe:
a) Poderiam ter sido investigados matematicamente os torques para os servos de acelerador, freio e
bequilha. Desse modo, agregando maior segurança no dimensionamento dos mesmos.
b) A comparação entre marcas e modelos careceu de critérios. Uma amplitude de parâmetros
possibilitaria uma escolha mais embasada e poderia ser feita de forma simples, coletando dados
fornecidos pelos fabricantes como mostra a Tabela 2.

Anais do II Mostra Científica da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras (ICEMEC)


São Luís - MA, Brasil, 16 a 18 de maio de 2018
Servos para aeronave radiocontrolada
Marca Modelo Massa Dimensão Torque Velocidade Preço
Hobbic 30.5×12.7×27.9 4.8V 2.6 kg-cm 4.8V 0.11 s/60°
CS-12MG 19.0 g R$:45,00
o mm 6.0V 3.0 kg-cm 6.0V 0.09 s/60°
29.0 mm x13.0 mm 4.8V: 3.02 kg-cm 4.8V: 0.16 s/60°
Hitec HS-85 MG 21.8 g R$ 102,00
x 30.0 mm 6.0V: 3.53kg-cm 6.0V: 0.14 s/60°
4.8V: 3,10 kg-cm) 4.8V:0,21 s/60°
S3151 42g 40,6 x 20 x 36mm R$ 150,00
6.0V:3,89 kg-cm 6.0V:0.17se/60°
Futaba
4.8V: 44.4 oz-in. 4.8V:0.23 s/60°
S3003 37g 40 x 20 x 36mm R$ 62,00
6.0V :56.9 oz-in. 6.0V: 0.19 s/60°
22.5X11.5X24.6m 4.8V: 2.0kg.cm . 4.8V 0.12 s/60º
DS929HV 12,5 g R$:37,90
m 6.0V: 2.2kg.cm 6.0V :0.10 s/60º
4,8V: 4.4kg.cm 4.8V: 0.14 s/60º
Corona DS339HV 32g 32.5x17x34.5mm R$ 60,00
6.0V:5.0kg.cm 6.0V:0.13 s/.60º
4,8V: 4kg.cm 4.8V: 0.15s/60º
DS238HV 22g 29x13x30mm R$ 37,50
6.0V: 4.6kg.cm 6.0V:0.14 s/60º

Tabela 2 Possíveis parâmetros de comparação de acordo alguns fabricantes

c) Apesar de obter os resultados desejados, evidente falta de exatidão nos ensaios de torque e de voo,
uma vez que não foi apresentada instrumentação especifica para fornecer os dados buscados.
Além destas observações, também foi percebida a ausência de testes como o túnel de vento e a inspeção
termográfica devido à carência de recursos.

4. CONCLUSÃO

Notou-se a complexidade de determinar os servos adequados para um projeto de aerodesign, considerando


seu destaque na atuação das superfícies móveis. A metodologia empregada pela Equipe AeroBeetle apresentou
resultados satisfatórios, uma vez que os servos desempenharam sua função adequadamente durante os voos.
É pertinente salientar que publicações acerca do dimensionamento de servos para aeronaves radiocontroladas
ainda se encontram escassas e as pesquisas sobre o tema geralmente se deparam com livros e normas que tratam
de aeronaves tripuladas, onde as informações precisam ser adaptadas para a realidade do projeto.

5. REFERÊNCIAS

[1] CORONA-RC. Corona DS-339HV & Corona DS-238HV. Disponível em: <http://www.coronarc.com/ >.
Acesso em 09 de abril de 2018.
[2] Digital Servos. Disponível em: <https://www.futabarc.com/servos/digital.html>. Acesso em 09 de abril de
2018.
[3] ELEVATOR HINGE MOMENT. Disponível em: <https://www.basicairdata.eu/knowledge-
center/design/elevator-hinge-moment/> Acesso em 15 de abril de 2018
[4] FEDERAL AVIATION REGULATIONS, Part 23 Airworthiness standarts: normal, utility,acrobatic, and
commuter category airplanes, USA.
[5] Hitec HS-85MG - Premium MG Micro Servo. Disponível em: <https://servodatabase.com/servo/hitec/hs-
85mg> Acesso em 09 de abril 2018.
[6] HOBBICO SERVOS 23. Disponível em: <https://servodatabase.com/servos/hobbico?sort=make-desc>
Acesso em 09 de abril de 2018.
[7] Introdução ao Projeto de Aeronaves: Aula 27 – Servos Para AeroDesign e Projeto Elétrico. Disponível em:
<http://www.engbrasil.eng.br/ipa/aula27.pdf> Acesso em 15 de abril de 2018
[8] NELSON, Robert. C. Flight Stability and Automatic Control. 2ª Ed, McGraw-Hill, Inc. New York 1998.
[9] SAE BRASIL AeroDesign. Regulamento da Competição. São José dos Campos, 2017.

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SISTEMA DE SEGURANÇA E CONTROLE DE CARGA PARA
ELEVACAR

Diego Carvalho Melo1


Jhonatas Moura de Oliveira1
Johnata Silva Pinto1
Leonildo Carvalho de Lima1
Paulo Roberto Melo Viana1
Diego Fernando de Araújo Costa2

RESUMO

Este artigo está ligado há uma atividade exercida em várias oficinas mecânicas. Por meio da ferramenta Project
Model Canvas, ferramenta capaz expor todas as informações necessárias para a realização de um projeto, foi
observado a necessidade da implantação de um dispositivo de segurança que estivesse inteiramente ligado aos
elevadores automotivos, visando uma maior confiabilidade do operante, bem como uma melhoria significante na
vida útil do elevacar e eliminação de danos maiores ao veículo. Este dispositivo analisa a carga empregada no
elevacar e realiza uma verificação quanto a capacidade máxima admissível do equipamento e dependo do
levantamento feito o mesmo entra com uma ação de intervenção.

Palavra Chave: Project Model Canvas, elevador automotivo, dispositivo, confiabilidade.

ABSTRACT

This article is linked there is an activity carried out in various mechanical workshops. Through the Project
Model Canvas tool, a tool capable of exposing all the necessary information to carry out a project, it was
observed the need to implement a safety device that was fully connected to the automotive lifts, aiming at a
greater reliability of the operant, as well as a significant improvement in lift life and elimination of major
damage to the vehicle. This device analyzes the load used in the lift and performs a check on the maximum
allowable capacity of the equipment and depending on the lift done the same enters with an intervention action.

Keyword: Project Model Canvas, automotive lift, device, reliability.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: jhonzinh23@gmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: dieggoo@hotmail.com

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1. INTRODUÇÃO

A confiabilidade, segundo Flogliatto (2006) é a viabilidade do equipamento desempenhar de forma adequada


seu propósito especifico. Outro fator intrínseco a confiabilidade é o coeficiente de segurança dos equipamentos
(LAFRAIA, 2001). Por este motivo há uma busca constante em tecnologias que aumente a confiabilidade dos
equipamentos.
De acordo com Heraldo Brasil (1988), os elevadores automotivos são equipamentos geralmente elétricos que
servem para elevar o veículo durante as manutenções. Eles possuem a capacidade de elevar e manter grandes
cargas. Facilitando dessa forma a manutenção das partes inferiores dos veículos (FORNAZIER, 2017). Uma das
falhas nestes dispositivos é originalizada pelo mau posicionamento das cargas, elevando os números de acidentes
e a indisponibilidade do equipamento.
Neste artigo é apresentado um sistema de controle de carga para elevadores automotivos. Com auxílio do
programa Project Model Canvas, foi firmado os objetivos deste projeto: reduzir os acidentes causados pelo
excesso e pelo o mau posicionamento das cargas, aumentando assim sua confiabilidade e vida útil, como
também o tempo de disponibilidade.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O desenvolvimento deste trabalho foi por meio de um estudo aprofundado no içamento de veículos devido
aos grandes problemas de sobrecargas em elevacar, com a utilização de várias ferramentas de soluções de
problemas, bem como a A3 que visando se aprofundar no problema em busca da causa raiz e posteriormente
tratá-la. E, complementando com as ferramentas de solução de problemas, utilizamos a método Project Model
Canvas para o gerenciamento da solução encontrada após a análise e estudo de caso com o objetivo de planejar e
desenvolver o projeto de forma sistemática (FIGURA 1).

Figura 1 – Interface da ferramenta Project Model Canvas

Fonte: Project Model Canvas

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com os estudos realizados nesta pesquisa e com base no método aplicado pela ferramenta Project
Model Canvas identificou-se vários aspectos referentes ao objeto de estudo.
Inicialmente a ideia proposta surgiu devido à ausência de um sistema de segurança e controle de carga em
elevadores automotivo (elevacar) tendo como objetivo principal a implantação de um sistema que garanta a
segurança e a operacionalidade do equipamento de acordo com as suas especificações.
Com a implantação desse projeto foi possível observar algumas melhorias tais como, eliminação de quedas
de veículo por motivo de sobrecarga e consequentemente a elevação do nível de segurança e extensão da vida
útil do equipamento.

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O projeto consiste no desenvolvimento de um dispositivo que seja capaz de verificar a carga aplicada ao
equipamento de forma que impeça o içamento do veículo caso este tenha carga superior a carga admissível do
equipamento.
Para a implantação desse sistema adotou-se três requisitos: garantir o funcionamento do equipamento dentro
da sua carga nominal, possuir sensores de carga e indicadores de carga através de iluminação LED.
Devido ao dispositivo está inteiramente ligado a oficinas mecânicas foi constatado que os principais
interessados nesse projeto são empresas dos segmentos de manutenção automotiva, visto que as mesmas
necessitam de uma maior eficiência e segurança.
Para o desenvolvimento do projeto foi necessário a composição de uma equipe com conhecimentos de
engenharia mecânica, os quais foram divididos em programação de software, elétrica, mecânica, gestão
financeira e o gestor de projetos, o qual é o responsável por liderar a equipe.

Figura 2 – Sistema de segurança e controle de carga para elevacar na ferramenta Project Model Canvas

Fonte: Próprio autor

Conforme Figura 2, a premissa desse projeto tem por base a eliminação de cem por cento das quedas de
veículos quando içados em elevacar através da implantação do Poka Yoke. De acordo com Endeavor Brasil
(2015), o Poka Yoke é um sistema de inspeção que promove a prevenção de riscos de falhas humanas e corrige
eventuais erros em processos industriais.
Para a idealização do projeto têm-se a necessidade da contratação de fornecedores e mão de obra que tenham
conhecimento sobre elevacar com carga máxima de 2500t a 3500t (toneladas).
Existem riscos que podem inviabilizar o projeto, tais como a ausência de material, não haver mão de obra
qualificada para execução, além da possibilidade de não conseguir um financiador.
O cronograma estabelecido foi baseado em um planejamento estratégico, seguido de contratação de mão de
obra, desenvolvimento do protótipo, realização de testes e por fim lançamento do produto para o mercado
interessado.
De acordo com o estudo orçamentário concluiu-se que os custos ficaram em aproximadamente mil setecentos
e quarenta reais.

4. CONCLUSÃO

Com os estudos realizados e com o conhecimento acerca do investimento financeiro a ser posto para a
criação do dispositivo, fica claro que é bastante viável a sua produção. Este equipamento dá as empresas uma
maior certificação quanto a segurança do equipamento, passando ao veículo, proprietário do mesmo e ao
operante (mecânico) a certeza de que os trabalhos realizados na parte inferior do automóvel serão de total
tranquilidade.

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Tendo em vista que todo o trabalho teórico foi realizado, para um futuro bem próximo acredita-se que a
criação desse equipamento será colocada em pratica. Projeta-se a criação de um protótipo, que será utilizado para
testes e logo em seguida será disponibilizado para o mercado.

5. REFERÊNCIAS

ENDEAVOR BRASIL. Poka Yoke: como ter uma empresa à prova de erros. 2015. Disponível em:
<https://endeavor.org.br/poka-yoke/> Acesso em: 18 abr. 2018.

FLAVIO FORNAZIER. Elevadores automotivos: modelos e suas diferenças. Disponível em:


<http://www.emasterelevadores.com.br/elevador-automotivo-modelo-e-suas-diferencas/> Acesso em: 18 abr.
2018.

FOGLIATTO, F. Notas de Aula da Disciplina de Manutenção e Confiabilidade. UFRGS: 2006.

HERALDO BRASIL. Máquinas de levantamento. Rio de Janeiro: Guanabara S.A., 1988.

LAFRAIA, J. R. B. Manual de Confiabilidade, Mantenabilidade e Disponibilidade. Rio de Janeiro: Qualitymak,


2001

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SEÇÃO DE PROTÓTIPOS

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BANCADA DIDÁTICA DE UM SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO,
CICLO POR ABSORÇÃO, PARA ÁGUA GELADA ATRAVÉS DE UM
MINI CHILLER
CAMPÊLO, Hugo L. S.¹
CARMO, Dorival de J. do¹
FILHO, Francisco A. da S.¹
SANTOS, Erivaldo S. dos.¹
SILVA, Edvaldo G. da.¹
SANTOS, Isaque S.²

RESUMO

Os sistemas de refrigeração são bem distintos tanto quanto a utilização de fluidos compressíveis e fluidos
incompressíveis. Muitas vezes os variados ciclos são apresentados em literaturas sem a exibição de um modelo
prático para maior entendimento, e outras vezes esses tipos de sistema estão apenas disponíveis em industrias
onde o acesso é restrito. A problemática em reproduzir um modelo de um ciclo por absorção que utiliza água
gelada quando idealiza-se um mini chiller montado em uma bancada para exposição de como funciona cada
componente e as etapas de saturação, superaquecimento, sub resfriamento e sistemas auxiliares de troca térmica.

Palavra Chave: Refrigeração, Fluido, Água, Chiller.

ABSTRACT

Cooling systems are quite different as far as the use of compressible fluids and incompressible fluids. Often the
various cycles are presented in literatures without the display of a practical model for further understanding,
and at other times these types of systems are only available in industries where access is restricted. The problem
in reproducing a model of an absorption cycle that uses ice water when idealizing a mini-chiller mounted on a
bench to expose how each component works and the steps of saturation, superheating, subcooling and auxiliary
systems of thermal exchange.

Keyword: Refrigeration, Fluid, Wate, Chiller.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: hugo.i.campelo@hotmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: santos.isaquesilva@gmail.com

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1. INTRODUÇÃO
A refrigeração para ambientes consiste em proporcionar a sensação de conforto, ou em outras palavras,
temperatura de conforto térmico. CREDER (2004) afirma que refrigeração é o termo usado quando o sistema é
mantido a uma temperatura mais baixa que a vizinhança. Para que o sistema atenda aos requisitos da temperatura
ideal é necessário que a escolha do sistema seja proporcional a carga térmica exigida. Para isso existem diversos
tipos de equipamentos que dependendo da sua potência e fluido refrigerante podem atender a capacidade exigida
e assim condicionar o ambiente. SILVA (2010) enfatiza que o funcionamento da refrigeração por absorção se
baseia no fato de que os vapores de alguns fluídos refrigerantes conhecidos são absorvidos por certos líquidos ou
soluções.
O sistema por absorção consiste na utilização de sistema auxiliares, sendo um para refrigerar e aferrecer o
fluido e outro para distribuir esse fluido refrigerado e partir disso trocar calor com a corrente de ar do ambiente e
em seguida voltar ao ciclo de trocas térmicas. Um equipamento muito utilizado para grandes dimensões de
espaços físicos e que possui capacidades frigoríficas altas é o Chiller. A escolha pelo equipamento é pelo fato
também pelo menor consumo de energia. SILVA (2010) aponta que, “..essas máquinas têm a vantagem de
utilizar energia térmica em lugares onde a energia elétrica é mais cara”.
Este trabalho possui a finalidade de reproduzir em menor escala uma bancada para exemplificação deste ciclo
utilizando peças e itens encontrados no mercado local. A bancada terá o objetivo de maior compreensão do ciclo
e do sistema para elucidação de cada componente e seu funcionamento no ciclo.

2. MATERIAL E MÉTODOS

Este trabalho é baseado na montagem de uma bancada de refrigeração utilizando o ciclo por absorção através
de um mini chiller que utiliza água gelada como fluido para troca térmica e diminuição das temperaturas da
corrente de ar que passa através do trocador térmico, e gás R-22 para refrigera a água que é utilizada no sistema.
A primeira etapa foi realizada com bases no levantamento de dados sobre a viabilidade do projeto e fluxos de
processos e montagem. Logo após a idealização do protótipo, a etapa seguida realizou-se em função da listagem
e obtenção dos itens necessários para a bancada.
Foram utilizados na bancada: um condensador de ½ HP, um compressor de 1 HP de 220 V, um ventilador de
½ HP, um filtro capilar, três litros de água, 600 gramas de gás R-22, tubos de cobre de 1/4 e 3/8, tubo capilar de
0,42 mm, tubo pvc de 100 mm, porca vazada de 1/4, niple de 1/4, niple pvc de 3/4, prensa cabos de 1/4, caps de
100 mm, conjunto oxiacetileno, solda foscolper e base metálica para fixação das peças e equipamentos.
Após o levantamento de itens a bancada foi montada seguindo o ciclo por absorção e os testes comprovaram
o perfeito funcionamento do protótipo proposto.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A bancada didática de refrigeração que foi construída simulando um mini chiller apresentou uma
capacidade frigorífica de 3000 btus/h podendo refrigerar um ambiente de 3,5 m². Porém o maior objetivo do
protótipo é a exemplificação do ciclo por absorção para maior compreensão de cada item, processo e
funcionamento da máquina térmica proposta (Figura 1, bancada montada).

Figura 1: Protótipo de bancada didática simulando um mini chiller


Fonte: Autor (2018)

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A temperatura na linha fria foi medida em aproximadamente em 5ºC e estipulando o equilíbrio de
temperatura de insuflamento com a temperatura da corrente de ar que circula no ambiente interno com a área
estipulada, é por volta de 25 °C, sendo assim considerada temperatura de conforto térmico.
Analisando as trocas térmicas é viável estabelecer o fluxo térmico de energia térmica que ultrapassa do
trocador térmico através do cobre de bitola de 1/4, de condutividade térmica de 385 W/(m*K), parede de 0,79
mm de espessura de amplitude térmica de 20ºC. Pode-se estipular na equação 1 que o fluxo térmico do
evaporador insufla é:

Equação 1: Equação do Fluxo Térmico

dT W 25−5 KW
q′′x = K ( ) = 385 ∗( ) = 9746,8 (1)
dx m∗K 0,00079 m

Fonte: INCORPERA (2008)

4. CONCLUSÕES

O protótipo que simula um mini chiller de capacidade de 3000 btu’s atendeu as expectativas e demostrou
funcionalidade quanto as expectativas geradas. A bancada é muito importante quanto a exemplificação do ciclo
por absorção para que possa ser entendido de maneira prática e objetiva o funcionamento de cada item, peça e
equipamento quanto o transito de energia térmica em cada etapa do processo.

5. REFERÊNCIAS

CREDER, Hélio. Instalações de Ar Condicionado. Rio de Janeiro: LTC. 2004. 6ª Ed.


INCORPERA, Frank P. Fundamentos de Transferência de Calor e Massa. Rio de Janeiro: LTC. 2008. 6ª Ed.
1v.
SILVA, Jesué Graciliano da. Introdução à Tecnologia da Refrigeração e da Climatização. São Paulo:
Artliber. 2003. 2ª Ed.

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IDEALIZAÇÃO DE UM SISTEMA AUTOMATIZADO DE EXAUSTÃO
PARA INIBIÇÃO POR INTOXICAÇÃO ATRAVÉS DE GASES OU
FUMAÇA EM AMBIENTES FECHADOS
RODRIGUES, Antonny Y.M.¹
MACHADO, Taisa S.¹
SANTOS, Maria C.A.¹
SOUSA, Felipe K.A da S.¹
SANTOS, Isaque S.²

RESUMO

O controle de riscos ambientais é um dos principais pontos referentes a prevenção de condições inseguras.
Quando se trata de inalação de substâncias tóxicas, sejam elas fumaça tóxica ou outras substâncias químicas
dispersas no ar, dependendo de sua concentração, o corpo humano pode reagir desde um simples incomodo, até
perda de consciência ou até mesmo a morte. Em função desta problemática, existem recursos mecânicos e
tecnológicos que podem funcionar como agente de dispersão desses riscos químicos. Exaustores axiais
configurados com foto sensores de fumaça e gases e programados para funcionar a partir da detecção desses
agentes tornam-se uma ferramenta poderosa na minimização desses agentes prejudiciais a atividade laboral ou
condição física do indivíduo.

Palavra Chave: Risco, Fumaça, Gases, Exaustor, Fotosensor.

ABSTRACT

The control of environmental risks is one of the main points regarding the prevention of unsafe conditions. When
it comes to the inhalation of toxic substances, whether they are toxic smoke or other chemicals dispersed in the
air, depending on their concentration, the human body can react from simple discomfort to loss of consciousness
or even death. Due to this problem, there are mechanical and technological resources that can act as dispersing
agent of these chemical risks. Axial hoods configured with photo smoke and gas sensors and programmed to
function from the detection of these agents become a powerful tool in minimizing these harmful agents to the
individual's work activity or physical condition.

Keyword: Risk, Smoke, Gases, Exaustor, Photosensor.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: aymota.rodrigues@gmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: santos.isaquesilva@gmail.com

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1. INTRODUÇÃO

A concentração de determinados agentes químicos dispersos no ambiente como fumaça tóxica, névoas ou
gases, podem trazer prejuízos incalculáveis a saúde do indivíduo na execução de qualquer tipo de atividade.
Neste cenário, torna-se necessário a utilização tanto de equipamentos de proteção individual (EPI), quanto aos
equipamentos de proteção coletiva (EPC).
De acordo com MORAES (2008), a ventilação proporcionada por equipamentos de exaustão é muito
eficiente quanto ao combate de agentes poluidores no ambiente, retirando esses contaminantes antes que se
espalhem pelo local. Esses equipamentos possuem a função de minimizar os efeitos quanto a intensidade,
concentração e período de frequência de determinados tipos de riscos ambientais encontrados no meio laboral ou
em outros locais em determinadas situações como por exemplo um incêndio. COSTA (2005) afirma que a
ventilação exaustora é altamente especializada, pois é adotada somente quando as fontes de contaminação são
locais. NORTON (2004) avalia que o desenvolvimento das informações é necessário para definir e compreender
o problema e a partir dessa situação houve a preocupação em desenvolver um sistema que funcionasse de modo
automático para neutralizar esses riscos químicos de modo a não afetar o bem-estar e condições fisiológicas da
pessoa parcialmente ou totalmente afetada pelo agente.
No contexto deste artigo será abordado critérios quanto a montagem do sistema de exaustão automatizado na
inviabilização da intoxicação por gases ou fumaça para ambientes fechados, assim como os resultados obtidos
quanto a eficácia do sistema no combate a esses riscos ambientais.

2. MATERIAL E MÉTODOS

Este trabalho é baseado na montagem de um exaustor axial com foto sensor para detecção de fumaça e
gases adquiridos por meio de doação de um grande estabelecimento comercial.
A primeira etapa foi realizada com bases na pesquisa bibliográfica sobre a viabilidade técnica do
equipamento para estudo. Logo após a comprovação da idealização do protótipo, a etapa seguida realizou-se em
função do levantamento de peças e materiais necessários.
Foram adquiridos por meio de doação: um micro ventilador ventisilva E14CD, um fotosensor SENSE
OS/UZ3L Light On, um minicontator WEG CAW04-13E, um relé temporizador ALTRONIC TEI-01MC, um
conector, um sinalizador SCHNEIDER XA2-EVM3LC. Na terceira etapa foi realizada a montagem do protótipo
e testes onde foi comprovado a eficácia do protótipo quanto à exaustão dos componentes químicos dispersos no
ar do espaço fechado.
Este trabalho apresenta um estudo sistemático quanto ao efeito da velocidade e vazão proporcionada pelo
exaustor para oferecer condições adequadas de trabalho e outras atividades no ambiente a qual deseja-se a
implantação de tal equipamento.
A seguir pode-se observar um fluxograma de processos (Figura 1) indicando desde a etapa de montagem
até o objetivo do protótipo proposto.
Figura 1: Fluxograma de Procedimentos do Protótipo

Fonte: Autor (2018)

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O modelo do exaustor utilizado E18 CD com dimensões de 185/185/102 mm possui potência de 72/53 W,
pressão de 23 mmca e uma vazão de 165 L/s. O equipamento é interligado através de um fotosensor que detecta
a presença de fumaça ou gases, e a partir disso aciona o relé de tempo para ativar o exaustor no período de 5
segundos. O equipamento só deixará de funcionar após ter detectado a inexistência de agente químico no
ambiente fechado.

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Durante os testes, o protótipo apresentou eficácia quanto aos resultados esperados, funcionando de maneira
contínua até a neutralização de agente de risco. A sua utilização tornou-se viável em locais como espaços
confinados, onde a presença de oxigênio muitas de vezes é pequena, e por determinado ocasião pode apresentar
concentração alta de agentes nocivos. Também é claro seu desempenho como dispositivo de proteção contra
incêndios, somando aos recursos já existentes, e eficiente quanto a dispersão de fumaça tóxica. Ou também é útil
o seu emprego quanto a processos industriais, principalmente em locais que manuseiam equipamentos de
soldagem, auxiliando na dispersão de fumo metálico produzido pelo processo de fabricação.

4. CONCLUSÕES

O protótipo automatizado de exaustão para fumaça tóxica e gases apresentou rendimento satisfatório quando
a completa exaustão de riscos químicos prejudiciais à saúde do indivíduo. Este equipamento é voltado para
locais como espaços confinados, espaços de reunião de grande número de pessoas e principalmente para a
indústria. O objetivo principal desde modelo é o modelo de falha segura quando outros sistemas e métodos não
funcionam, este equipamento será acionado quanto ao menor indicio de substância tóxica. O modelo idealizado é
de grande importância e utilidade para a proteção do ambiente de trabalho e de vidas.

5. REFERÊNCIAS

COSTA, Ennio Cruz da. Ventilação. São Paulo: Blucher. 2005. 256 págs.
MORAES, Márcia Vilma Gonçalves de. Doenças Ocupacionais – Agentes: físico, químico, biológico,
ergonômico. São Paulo: Érica. 2010. 236 págs.
NORTON, Robert L. Projeto de Máquinas: Uma abordagem Integrada. Porto Alegre: Bookman. 2004. 2ª Ed.
931 págs.

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DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPO DE TORRE DE
REFRIGERAÇÃO PARA LÍQUIDOS UTILIZANDO PASTILHA
PELTIER COMO TROCADOR TÉRMICO
BEZERRA, Matheus M.¹
MENEZES, Tiago R.¹
SILVA, Dayron S. da.¹
TEIXEIRA, Livesonn S. de S.¹
SANTOS, Isaque S.²

RESUMO

Sistemas alternativos de refrigeração tem se propagado continuamente. O sistema que utiliza pastilhas peltier é
uma comprovação dessa utilização. Por ocupar pouco espaço e produzir um bom resultado, esse componente é
aproveitado para máquinas e equipamentos que ocupam porco espaço e necessitam de maneira de dissipação de
calor contínua. Este trabalho possui a proposta de utilizar a pastilha na elaboração de um protótipo para
refrigeração de bebidas e na manutenção da temperatura de resfriamento.

Palavra Chave: Refrigeração, Peltier, Protótipo, Torre, Líquido.

ABSTRACT

Alternative refrigeration systems have been continuously propagated. The system using peltier pellets is a proof
of this use. Because it takes up little space and produces a good result, this component is used for machines and
equipment that occupy pork space and require a way of continuous heat dissipation. This work proposes to use
the tablet in the elaboration of a prototype for beverage cooling and maintenance of the cooling temperature.

Keyword: Refrigeration, Peltie,. Prototype, Tower, Liquid.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: trmenezes1234@gmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: santos.isaquesilva@gmail.com

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1. INTRODUÇÃO

Segundo Silverio (2012) afirma sobre um sistema termoelétrico que a partir de um fenômeno descoberto por
Jean Charles Athanase Peltier em 1834, segundo o qual, quando uma corrente elétrica e contínua flui na junção
de dois materiais semicondutores de propriedades diferentes, há um gradiente de temperatura no ligamento dos
materiais.
Silva (2003) reforça que somente em meados do século XX os conceitos de Peltier foram aplicados à
refrigeração. O grande passo na refrigeração termoelétrica foi dado com a descoberta do Bl2 Te3, cuja
propriedades como material semicondutor permite criar maiores temperaturas entre a fonte quente e a fria.
França et al. (2017) conceitua que “a refrigeração proveniente dos fenômenos termoelétricos, por meio do
efeito Peltier surge como uma possível alternativa de refrigeração pois não gera impactos ambientais, não produz
barulho, e ainda ocupa um volume pequeno em comparação como outros métodos de refrigeração”.
Com isso, foi idealizado um sistema onde a necessidade de um sistema de refrigeração que ocupa pouco
espaço fosse implementado em um volume contendo líquido e que o mesmo possa manter a temperatura de
consumo ideal.

2. MATERIAL E MÉTODOS

Este trabalho é baseado na montagem de um protótipo de torre de refrigeração para líquidos de consumo
como bebidas.
A primeira etapa foi realizada com base no levantamento de dados sobre a possibilidade de implantação do
projeto e como poderia ser efetuada a montagem do projeto. Logo após a idealização do protótipo, a etapa
seguida prosseguiu para a listagem e obtenção dos itens necessários para a bancada.
Foram utilizados no protótipo: um recipiente de acrílico, dissipador de calor, pasta térmica, pastilha
termoelétrica, cooler, cola silicone para vedação, fonte de 12 V / 6 A, caixa de leite, medidor de temperatura
digital, pequeno motor para movimentação de liquido (micro bomba), isopor para isolamento térmico, mangueira
para circulação do líquido e torneira para controle de vazão do líquido.
A montagem seguiu o procedimento de montar dentro do recipiente de acrílico uma haste ligado a base do
cilindro onde está localizado a pastilha peltier na qual a mesma é montada junto a um dissipador de calor para
liberação do fluxo de calor absorvido do líquido. A caixa de leite é utilizada ao inverso, pois sua textura
aluminizada é eficaz como uma barreira térmica isolando a pastilha peltier do dissipador de calor. A micro
bomba é utilizada para efetuar a circulação de fluido no interior do protótipo e a fonte como sistema de
alimentação de energia.
Na etapa seguinte onde foram realizados os testes, a eficácia do efeito peltier da pastilha versus a proporção
de refrigeração do fluido estudado.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O protótipo de torre de refrigeração para bebidas utiliza a pastilha peltier modelo tec 1 – 12706 com
dimensões de 40 x 40 mm e que trabalha a uma faixa de temperatura de -30 ºC a 70 ºC, com o volume do
recipiente de aproximadamente 1L, o trocador térmico conseguiu manter a temperatura entre 5 a 10 ºC
aproximadamente no líquido. O protótipo conseguiu obter seu objetivo quanto a manutenção da temperatura para
o liquido em um ambiente onde as médias de temperaturas externas podem chegar a 30 ºC.

4. CONCLUSÕES

O modelo proposto de uma torre de refrigeração para bebidas que utiliza pastilhas peltier apresentou bom
resultado quanto a manutenção de uma temperatura ideal para o consumo de bebidas. O protótipo exemplifica a
variedade e formas de sistemas de refrigeração que pode ser utilizado atualmente e de forma compacta, o que
facilita o cotidiano e formas de condicionamento de produtos para determinadas temperaturas de resfriamento.

5. REFERÊNCIAS

FROTA, A.B., Manual de conforto térmico : arquitetura, urbanismo / Anésia Barros Frota, Sueli Ramos
Schiffer.— 5. ed. — São Paulo : Studio Nobel, 2001.
SILVA J. G., Introdução à tecnologia de refrigeração e da climatização. IN 2ª edição revisada e ampliada. São
Paulo: Artiber Editora, 2003.
SILVERIO, L. B., Análise de um condicionador de ar automotivo utilizando o efeito termoelétrico. Dissertação
de mestrado da Universidade de Taubaté – SP. 2012.

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MINI GELADEIRA COM CÉLULAS TERMOELÉTRICAS PELTIER
EM SÉRIE: COMO MELHORAR A CONSERVAÇÃO DE BEBIDAS,
ALIMENTOS E MEDICAMENTOS?
Carlos Eduardo Ferreira Rodrigues 1
Fernando Flávio de Sousa Jadão1
Marcelo Santos Moreira1
Ricardo Rabêlo Franca 1
Isaque Silva dos Santos2

RESUMO

O trabalho consiste em um protótipo de uma mini geladeira portátil de 12V, para diversos fins, como refrigerar
pequenas quantidades de alimentos e bebidas, e até mesmo o transporte de medicamentos com mais segurança,
como é o caso de vacinas que precisam de temperaturas baixar para sua conservação. O trabalho consiste em um
protótipo de resfriador construído com pastilhas Peltier associados à coolers de computadores montados em uma
caixa térmica para o bom isolamento térmico. A fonte de alimentação do sistema é de 12 V chaveada ligada a
energia de 110 V ou 220 V.

Palavra Chave: Conservação, frio, protótipo, refrigeração móvel.

ABSTRACT

The work consists of a prototype of a mini portable 12V refrigerator, for various purposes, such as cooling small
quantities of food and beverages, and even transporting medicines more safely, such as vaccines that need
conservation. The work consists of a cooler prototype built with Peltier inserts associated with computer coolers
mounted in a thermal box for good thermal insulation. The power supply of the system is 12 V switched on power
of 110 V or 220 V.

Keyword: Conservation, cold, prototype, mobile refrigeration

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: c.edurodrigues@hotmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: santos.isaquesilva@gmail.com

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1. INTRODUÇÃO

Na refrigeração convencional é indispensável o uso de componentes para completar o ciclo da troca de calor.
Tais componentes são: evaporador, compressor, condensador, dispositivo de expansão e o fluido refrigerante,
que “é a substância que circulando dentro de um circuito fechado, é capaz de retirar calor de um meio enquanto
se vaporiza a baixa pressão” (SILVA, 2003, p. 33). Portanto, o fluido refrigerante é responsável pelo
resfriamento dos alimentos em uma geladeira doméstica ou industrial.
Esses elementos, na sua maioria, são de grande porte para a utilização em um sistema compacto, como uma
mini geladeira. Portanto, esse sistema tradicional de refrigeração não é o mais adequado para o projeto
apresentado.
Para o desenvolvimento e execução da mini geladeira optou-se pelo uso da refrigeração termoelétrica, que
permite um sistema com baixa vibração, melhor custo/benefício, compacto, leve e não prejudicial ao meio
ambiente, devido à ausência do fluido refrigerante.
O presente trabalho tem por objetivo o projeto e construção de um mini geladeira com pastilhas
termoelétricas, que tem seu funcionamento baseado no Efeito Peltier. Outra finalidade é uma avaliação sobre a
eficiência das pastilhas e a viabilidade comercial da mini geladeira.
A alimentação das pastilhas deve ser feita com corrente contínua (CC), e, portanto, optou-se por uma fonte
chaveada que fornece 12V. Isto permite a utilização da mini geladeira na quase totalidade de veículos, pois
possuem esta tensão em seu circuito principal.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Foi necessário um levantamento literário inicial sobre o efeito peltier das pastilhas térmicas utilizadas na
concepção da mini geladeira. Utilizamos como instrumento de pesquisa, livros encontrados na biblioteca da
Faculdade Pitágoras e artigos encontrados no Portal de Periódicos, da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (Capes). Isso foi necessário para compreender o comportamento interno de um peltier
que ocasiona o resfriamento necessário para obter o resultado esperado no projeto.
Após essas pesquisas foi possível aplicar o Efeito Peltier na concepção dessa pequena geladeira usando duas
células termoelétricas (Fig. 1) bem como suas trocas térmicas, para isso foram colocadas entre dois dissipadores
(Fig. 5) sendo esses de alumínio pois sua condutividade térmica é de 237 W/cm²/°C, e para evitar o contato
direto das células termoelétricas como os dissipadores foi aplicado pasta térmica (Fig. 3) que também é um
agente com propriedades condutoras de calor.
Em seguida foi feito um corte na caixa térmica (Fig. 6) com tamanhos proporcionais aos das pastilhas para
que encaixem sem deixar fendas para que evite o vazamento da temperatura interna. Logo após foram acoplados
a dois coolers (Fig. 2) para melhor resfriamento dos dissipadores consequentemente melhorando a dissipação de
calor das células, sendo eles ligados em uma fonte chaveada de saída 12V e entrada 110V e 220V (Fig. 4).

Figura 1 – Células Termoelétricas Figura 2 - Cooler Figura 3 - Pasta térmica

Figura 4 - Fonte chaveada 12V Figura 5 - Dissipador Figura 6 - Caixa Térmica

Também foram utilizados materiais de apoio como parafusos, solda, silicone, além do material básico para a
montagem do protótipo, aperto dos parafusos, soldagem da fiação e vedação

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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Foram realizados três ensaios seguindo a metodologia descrita neste projeto. O primeiro passo é determinar a
performance da mini geladeira sem nenhum produto em seu interior. Com o interesse em determinar se ela
possuía alguma diferença de temperatura entre posições no interior da mesma foram instaladas três pastilhas
peltier TEC1 – 12703 com variação de temperatura entre -40ºC a 60ºC sendo instaladas na parte lateral da caixa
térmica.
As medições realizadas nos ensaios foram de 80 minutos no dia 24 de abril de 2018 e pode-se verificar que a
temperatura ambiente se manteve em 32ºC enquanto a temperatura de estabilização do interior da mini geladeira
foi de aproximadamente 6,5ºC.
Também se verificou que a temperatura de estabilização do protótipo ocorre após transcorridos 50 minutos.
A maior variação de temperatura acontece nos primeiros 7 minutos, onde varia aproximadamente 0,50°C/min.
Logo após isso, a variação cai bruscamente para aproximadamente 0,06 °C/min até o tempo em que a
temperatura da mini geladeira é estabilizada.
A mini geladeira diminuiu a variação temporal da temperatura da lata. Como a temperatura de trabalho da
mini geladeira é em torno 11ºC, os resultados obtidos foram satisfatórios, pois ela se manteve refrigerada por um
período bem mais longo. Assim, bebidas podem ser mantidas por longos períodos geladas, produtos alimentícios
vão ter sua validade postergada e medicamentos serão melhor conservados.

4. CONCLUSÃO

O objetivo principal do presente artigo é identificar a capacidade de refrigeração de um protótipo de mini


geladeira funcionando com duas pastilhas Peltier. Os ensaios foram realizados a partir de um equipamento
construído como protótipo para ser apresentado na 2º Mostra Cientifica de Engenharia Mecânica da Faculdade
Pitágoras. Para este trabalho foi construído um sistema de conservação térmico através da troca térmica feito
pelas células termoelétricas peltier. Ensaios foram propostos para investigar o funcionamento e qual a diferença
de temperatura que a mini geladeira alcança. A metodologia proposta consiste na comparação de diferentes
ensaios com diferentes condições de trabalho ou com diferentes produtos no seu interior, como garras d’agua,
lata de refrigerante, garrafa de cerveja e alimentos.
Pode-se verificar que quando é acionado um corpo com temperatura mais baixa, este retira calor daquele
volume baixando a temperatura da mini geladeira. Ao longo do tempo as temperaturas equalizam-se e a
temperatura de estabilização de produtos colocados no interior da mini geladeira é a mesma temperatura do ar
que o equipamento pode produzir.
Os ensaios com o protótipo mostraram que é possível uma redução considerável da temperatura em um
ambiente refrigerado por células termoelétricas peltier. O uso desse tipo de equipamento para conservar vinhos a
uma temperatura entre 7 e 11º C é altamente recomendado. Como a temperatura do ar da mini geladeira não
baixou de 6º C não se consegue gelar nem manter resfriado 15 produtos a baixa temperatura, como cervejas.
Entretanto, determinou-se que o uso da mini geladeira para manter resfriadas bebidas como vinhos, água e
postergar a validade de alguns produtos alimentícios, mas não se recomenda a utilização desse tipo de geladeira
para alimentos como a cerveja e sorvetes que devem ser armazenas a temperaturas inferiores ou próximos a 0ºC.

5. REFERÊNCIAS

http://www.periodicos.capes.gov.br/
DAVID MACHAEL, R. “Termoelétrica Moderna”. Londres: Holt, Rinehart and Winston, 1983.
A. D. Agnol; H. Z. Niencheski; K. Kraemer and D. M. Tatsh, "Geladeira de Peltier," Porto Alegre -,
Universidade Federal Rio Grande do Sul, 2009, p. 7.
J. D. F. S. Fernandes; A. Braz and L. Machado, "Refrigeração Utilizando Pastilhas de Efeito Peltier," Holos,
2010, pp. 25-31.
A. E. S. S. Fernandes, "Conversão de Energia com Células de Peltier," Universidade Nova de Lisboa, 2012, pp.
32-37.

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GERAÇÃO DE ENERGIA LIMPA ATRAVÉS DO MOVIMENTO DAS
ONDAS OCEÂNICAS
Zerlanio de Menezes Jesus1
Pamela Taynan Olanda Brandão1
Elton Giovanni Medeiros Silva1
Marcia Lua Clara Alves Pereira1
Luís Adriano Ribeiro Barbosa2

RESUMO

Este trabalho demonstra a possibilidade do aproveitamento energético das ondas oceânicas e um método de
conversão dessa energia em eletricidade. Revisando conceitos físicos como pressão, dinâmica e cinemática,
criamos um protótipo de um sistema instalado sobre as águas oceânicas e outra em terra firme, constituindo um
projeto que está sendo estudado e aprimorado mundo a fora, com a finalidade de colocar a espécie humana em
equilíbrio com a natureza, com aspecto maior de alcançar um desenvolvimento mais sustentável e relevante.

Palavra Chave: energia, ondas, eletricidade, geração.

ABSTRACT

This work demonstrates the possibility of the energetic use of the ocean waves and a method of converting this
energy into electricity. Revising physical concepts such as pressure, dynamics and kinematics, we created a
prototype of a system installed on the oceanic waters and another on land, constituting a project that is being
studied and improved world-wide, in order to put the human species in balance with the greater aspect of
achieving a more sustainable and relevant development.

Keyword: energy, waves, electricity, generation.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: zerlanio120@gmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: adriano9000@gmail.com

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1. INTRODUÇÃO

Desde o início de sua existência, o homem sempre sentiu a necessidade de dominar as forças da natureza, a
fim de tornar suas atividades mais cômodas e produtivas. Um caso bem interessante de se abordar é o sistema
que os povos da Mesopotâmia utilizavam para levar água do rio para dentro das cidades através de canais com
desnível, onde a gravidade se encarregava de todo o processo de escoamento. Passaram-se os anos e fomos
aprimorando conhecimento de descobertas e invenções a respeito dos fenômenos da natureza em suas causas,
razões e de como obter cada vez vantagens produtivas desses eventos naturais. A exemplo disso, temos os barcos
movidos pela força do vento, os moinhos de vento e de água, sistema de distribuição de água, dentre muitos
outros.
É claro, a humanidade cresceu e suas tecnologias se aprimoraram e assim, ainda persiste o anseio de
melhoras naquilo que já houvera sido inventado. Derivado de muitos séculos de estudos, temos uma infinidade
de máquinas, ferramentas, veículos de transporte, métodos de produção, todos oriundos de uma única fonte, a
natureza. Acerca disso, necessitou-se pensar a respeito do consumo consciente dos recursos naturais, de maneira
que possamos continuar explorando sem que haja degradação permanente e que os mesmos ainda se conservem
para as futuras gerações, dando origem ao conceito de sustentabilidade.
Tomando parte em tal conceito, que remete ao desenvolvimento da sociedade humana com sustentabilidade,
trazemos, neste trabalho, um método alternativo para extração de energia da natureza sem agredi-la, a partir de
referencial teórico e sua consequente demonstração através de um protótipo em escala reduzida, para
aproveitamento das ondas oceânicas. Modelos, equipamentos e protótipos vêm sendo construídos e estudados
pelo mundo a fora com resultados promissores para possíveis investimentos na área em escala ampla, com o
intuito maior de conservação dos nossos recursos naturais, bem como, proporcionar mais uma solução para o
problema das demandas crescentes de energia, cujo fim principal é a manutenção do equilíbrio em aspectos
econômicos, sociais e ambientais para o único planeta habitável que conhecemos até o presente, a Terra.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O protótipo foi desenhado em software Sketchup, com desenho singular e único em sua base para
melhor aproveitamento das ondas marinhas. Sua estrutura leve permite flutuabilidade e transmissão das energias
dessas perturbações com excelente eficiência. Com efeito, seu desenho inédito em sua parte inferior, permite
adequação da frequência advinda da onda com a estrutura da abóboda absorvedora, em casamento perfeito de
amplitude e intervalos de períodos regulares. Esta estrutura permite o ajuste conforme as mudanças de marés
propiciando aproveitamento ininterrupto de todas fases em que o efeito gravitacional do conjunto Terra-Lua-Sol
estiver.
A construção do protótipo contou diversos materiais que foram empregados apenas para a demonstração
e estudo comportamental. De onde surgiram estudos de aproveitamento integral da forma de energia ondomotriz.

Materiais para construção


Os materiais necessários para a construção do protótipo são:
- barra chata metálica válvula reguladora de pressão porcas

folhas de forro de pvc lâmpadas processo de soldagem


rebites de alumínio mangueiras ferramentas manuais
parafusos soberbos rolamentos dobradiças para cancela
metalon silicone para vedação bico regulador
barra redonda metálica parafusos turbina
bomba para pneu de bicicleta arruelas braçadeiras

vasilhame de extintor óleo lubrificante fita veda rosca

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O processo de construção se dará segundo o fluxograma abaixo:

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O protótipo funcionará da seguinte forma: o arranjo descrito acima será sobreposto sobre determinado área
do mar. O local deve ter ondas de grande amplitude e com constante movimentação, a fim de levantar o
flutuador. A gravidade se encarregará do movimento de descida do sistema, comprimindo assim um pistão
instalado na extremidade do braço, fixado em terra firme. Esse movimento de compressão, similar ao
enchimento de um pneu com uma bomba manual, irá pressurizar ar em uma câmara hiperbárica, construída com
o vasilhame de extintor, haja vista que o mesmo suporta, relativamente, altas pressões internas. Esse acumulo de
ar pressurizado será liberado por um bico, regulado por uma válvula reguladora de pressão, direcionado às pás de
uma turbina geradora de eletricidade.

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Um projeto similar a este foi instalado no Porto do Pecém, no estado do Ceará, desenvolvido pela COPPE. O
fator diferencial neste modelo é a instalação de hélices, que utilizarão a energia dos ventos para aumentar a
instabilizar mais ainda no flutuador, aumentando assim a capacidade de compressão do pistão; o aumento da
frequência de compressão irá aumentar a produção de energia.

4. CONCLUSÕES

A partir dos resultados que serão obtidos, poder-se-á analisar a viabilidade da ampliação do sistema em
função do rendimento obtido, tanto no âmbito financeiro quanto no que diz respeito à eficiência energética
gerada.
Vale ressaltar que sempre há uma alternativa para extrair benefícios do meio ambiente sem degradá-lo
permanentemente.

5. REFERÊNCIAS

COPPE. COPPE: PROJETO UTILIZA ONDAS DO MAR COMO FONTE DE ENERGIA, Rio de Janeiro,
Brasil, 2011.
ROSA, P. B. G. Controle e Otimização de um Sistema de Conversão de Energia das Ondas do Mar em Energia
Elétrica. 2008. 112 f. Dissertação (Mestrado em Ciências em Engenharia Elétrica). Universidade Federal do
Rio de Janeiro. Rio de Janeiro 2008
CRUZ, J. M. P.; SARMENTO, A. J. N. A. Energia das Ondas: Introdução aos aspectos tecnológicos,
económicos e ambientais. Instituto do Ambiente. 2004
COPPE/UFRJ. USINA PARA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA PELAS ONDAS DO MAR, Rio de
Janeiro, Brasil, 2006.
Assis, L.E., AVALIAÇÃO E APROVEITAMENTO DA ENERGIA DE ONDAS OCEÂNICAS NO LITORAL
DO RIO GRANDE DO SUL, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil, 2010.
http://www.coppenario20.coppe.ufrj.br/?p=805
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/negocios/usina-de-ondas-do-pecem-esta-abandonada-
1.1112312
http://www.edp.com.br/geracao-renovaveis/geracao/ceara/energia-pecem/A-Usina/Paginas/Usina.aspx

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SUSTENTABILIDADE COLETIVA: PRINCÍPIOS MECÂNICOS NA
CULTURA SUSTENTÁVEL DE CENTROS URBANOS
Rafael Cardoso Valença¹
Ronaldo de Jesus Barros¹
Wellison Rocha do Lago ¹
Luís Adriano Ribeiro Barbosa2

RESUMO

O presente artigo expõe, demonstrando modelos matemáticos simples, o princípio mecânico englobado no
processo de conversão de energia cinética em energia elétrica limpa. Cursando o presente tema sob a ótica de
uma abordagem qualitativa, constata-se resultados positivos na formatação de tal princípio em equipamentos
para utilização pública, aborda-se a parcela da sustentabilidade que pode ser promovida pela geração de energia
elétrica oriunda da atuação coletiva da população residente em centros urbanos. Tais equipamentos são
estacionários e podem ser distribuídos em locais estratégicos do perímetro urbano, possibilitando a ampla
utilização pela sociedade. A delimitação do presente tema se dá através da interseção do contexto social,
sustentável e técnico. Evidencia-se, principalmente no contexto sustentável, os resultados positivos de mesclar-se
a criatividade humana com recursos simples aplicados propositalmente para dar à sociedade urbana o acesso
essencial para a prática de hábitos sustentáveis, reduzindo-se os efeitos nocivos da inconsciência sustentável
urbana e impulsionando-se a abolição do desenvolvimento inconsequente.

Palavra Chave: conversão de energia cinética, energia elétrica limpa, equipamentos públicos, hábitos
sustentáveis, sociedade urbana.

ABSTRACT

The present article presents, demonstrating simple mathematical models, the mechanical principle involved in
the process of converting kinetic energy into clean electric energy. By studying the present theme from the
perspective of a qualitative approach, there are positive results in the format of such principle in equipment for
public use, it addresses the part of sustainability that can be promoted by the generation of electric energy
coming from the collective action of the population residing in urban centers. Such equipment is stationary and
can be distributed in strategic locations of the urban perimeter, allowing the wide use by society. The
delimitation of the present theme occurs through the intersection of the social, sustainable and technical context.
The positive results of blending human creativity with simple resources deliberately applied to give urban
society the essential access to the practice of sustainable habits, reducing the harmful effects of urban
unconsciousness and pushing for the abolition of inconsequential development.

Keyword: conversion of kinetic energy, clean electric energy, public equipment, sustainable habits, urban
society.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: ronaldodejesus_barros@hotmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: adriano9000@gmail.com

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1. INTRODUÇÃO

Em contextualização das formas de energia presentes no cotidiano moderno, Bucussi (2007) elenca exemplos
das principais fontes de energias em uso, constatando-se que estas se encontram em determinadas formas e,
mediante finalidades diversas, podem ser convertidas de uma forma em outra e ainda transportadas rumo ao seu
consumo. Na transformação de recursos em produtos, o ambiente também apresenta reações em resposta aos
estímulos (impactos ambientais) promovidos pelo ser humano. A geração e obtenção de energia gera impactos
ambientais que ocasionam interrupções no desenvolvimento sustentável (REIS, 2011).
Uma das transformações mais atreladas ao desenvolvimento humano é a transformação de recursos naturais
em energia elétrica, pois ignorar a demanda de eletricidade é negar à sociedade que ela se desenvolva. Embora a
eletricidade seja um recurso indispensável nos contextos social e econômico, seus resultados no contexto
ambiental induzem a sociedade a repensar os processos de produção de energia elétrica visando a redução e/ou
eliminação de impactos ambientais (INATOMI; UDAETA, 2005).
No presente trabalho, a adoção de centros urbanos e equipamentos de utilização pública como objetos de
estudo se deve aos potenciais resultados que se pode obter de uma ação sustentável coletiva, tendo em vista que,
no cenário urbano, o termo coletivo é perfeitamente atendido e mais vantajoso mediante a maior concentração de
pessoas em cidades. Modela-se dispositivos de conversão das energias mecânica e elétrica como o elo que
vincula a ação sustentável coletiva ao aproveitamento da energia cinética da população aglomerada em
perímetros urbanos para convertê-la em energia elétrica de múltiplas utilidades, evidenciando-se uma parcela de
atuação da mecânica no cenário sustentável atual de centros urbanos.
Mesclando-se o contexto sustentável abrangem o processo de geração de energia elétrica com os recursos
físicos e teóricos da relação de conversão entre as energias mecânica e elétrica, compõe-se o objetivo do presente
trabalho: expressar a viabilidade de aplicações de dispositivos que podem promover e multiplicar a intensidade
da prática de hábitos sustentáveis em centros urbanos através da produção de energia elétrica, isto é, apresentar
o emprego de princípios mecânicos da conversão de energia formatados como instrumentos que permitem a
sociedade contribuir para a sustentação do meio ambiente saudável, propagar e tornar rotineira a cultura
sustentável, e intensificar a abolição do desenvolvimento inconsequente.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Conversão de Energia Cinética em Energia Elétrica


A transformação de energia mecânica em energia elétrica é caracterizada como conversão eletromagnética de
energia, isso se justifica por esta se consolidar através da relação entre a força aplicada a um corpo e forças
magnéticas e elétricas atômicas. Como menciona Chapman (2013), em máquinas elétricas como geradores e
motores, o mecanismo fundamental de conversão de energia apresenta campos magnéticos em sua constituição.
O processo de transformação de energia mecânica em elétrica é reversível, ou seja, a energia mecânica pode ser
convertida em energia elétrica e, validando o processo reverso, a energia elétrica pode ser convertida em energia
mecânica (DALBERTO et al., 2015).
Analogamente, a definição de uma máquina como motor ou gerador é regida pelo seu princípio de
funcionamento, isto é, na ordem de conversão de uma forma de energia em outra, que relaciona as energias
mecânica e elétrica. A máquina de conversão definida como gerador transforma a energia mecânica em energia
elétrica, e denomina-se motor a máquina que faz a conversão no processo inverso, ambas são máquinas elétricas.
Em concordância com Dalberto et al. (2015), os motores elétricos e geradores geram energia em ambos os
sentidos de conversão, portanto, ambas as máquinas elétricas são capazes de substituir uma a outra, invertendo-
se apenas o sentido da geração para converter a energia disponível em sua forma desejada (CHAPMAN, 2013).
Os dispositivos de conversão de energia mecânica propostos no tema do presente trabalho são compostos
basicamente por um gerador e um sistema de armazenamento, são dispositivos adaptáveis para o aproveitamento
do movimento de diversos equipamentos manuais e obedecem ao princípio de funcionamento expresso por
Dalberto et al. (2015): a produção e armazenamento de energia elétrica são resultantes da conversão da energia
mecânica do corpo humano através do acoplamento, por meio de engrenagem ou correia, do eixo do gerador
com o equipamento impulsionado a exercer movimento após aplicação de força humana.

3. MATERIAL E MÉTODOS

A metodologia empregada no presente trabalho consiste em consulta e assimilação de bibliografias relevantes


para o presente tema e se dá em uma abordagem qualitativa, com mínima apresentação de modelo matemático
para exemplificação limitada dos dispositivos de conversão de energia incorporados no contexto sustentável,
simultaneamente público e urbano. Adota-se a apresentação da contextualização da energia no cotidiano
moderno, da relação de conversão entre as energias mecânica e elétrica e os dispositivos mediadores dessa
conversão como método de fundamentação e justificativa da ideia central defendida: a promoção de

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sustentabilidade coletiva em centros urbanos através de mecanismos adaptados a equipamentos de utilização
pública com a finalidade de converter a energia mecânica da população (parcialmente desperdiçada) em energia
elétrica de multiuso.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em centros urbanos há locais amplos destinados à conivência da população. Exemplos notórios desses
ambientes são os parques, praças e as longas margens quilométricas de regiões litorâneas, ambos intensamente
frequentados por habitantes em busca de lazer. É característico desses locais a existência de equipamentos
destinados a auxiliar o exercício de atividades físicas. Os exercícios físicos exigem esforços do ser humano, são
movimentos aproveitados para a saúde física e desperdiçados no contexto sustentável. Ao praticar exercícios
físicos, a energia cinética proveniente do corpo humano em atividade é, em parte, normalmente desperdiçada,
pois há o beneficiamento da saúde sem que haja o aproveitamento da energia cinética para a geração de energia
elétrica de multiuso.
Para incorporar o referencial teórico do presente estudo em equipamentos de utilidades públicas e expressar a
viabilidade de aplicação através de mecanismos e recursos simplórios, adota-se como exemplo, de forma
limitada, uma bicicleta estacionária (Fig. 1). Desde seu invento, a bicicleta tem sido a máquina mais eficiente na
conversão de energia humana em energia de cinética. Largo uso, simplicidade (uso infantil e adulto), baixo custo
e oportunidade de condicionamento físico são temas que, simultaneamente, abrangem a bicicleta. Tais vantagens
justificam o a adoção deste exemplo (PEQUINI, 2005).

Figura 1 – Bicicleta estacionária geradora de energia elétrica

Partindo-se da relação da força humana aplicada nos pedais com a roda traseira, ambos sincronizados por
corrente de transmissão, observa-se a energia cinética rotacional. Por serem adaptáveis a diversos equipamentos
de utilização públicas, os mecanismos de conversão de energia devem obedecer a modelos matemáticos
específicos. No caso ilustrado na Fig. 1, a energia cinética humana é transmitida ao equipamento que, por sua
vez, o transmite ao eixo gerador como energia cinética rotacional. Portanto, a relação de rotacional unitária
(𝑅𝑅𝑈) deve obedecer à razão entre o comprimento circunferencial da roda traseira e do eixo do gerador. A 𝑅𝑅𝑈
se equivale ao número de rotações do eixo do gerador (𝐶𝐶𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 ; cujo o raio é 𝑟2 ) a cada uma rotação da roda
traseira (𝐶𝐶𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 ; cujo o raio é 𝑟1 ). No entanto, o modelo matemático para dimensionamento do mecanismo em
função da 𝑅𝑅𝑈 é dado por:

𝐶𝐶𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 2 × π × 𝑟1 (1)
𝑅𝑅𝑈 = ∴ 𝑅𝑅𝑈 =
𝐶𝐶𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 2 × π × 𝑟2

Como menciona Chapman (2013), os geradores apresentam suas características técnicas específicas, isto é,
geram energia a partir de determinado número de rotações em seu eixo. No entanto, a fórmula 1 pode ser
empregada no dimensionamento do mecanismo de conversão de energia cinética rotacional em energia elétrica a
partir da especificação técnica do gerador que indica o número mínimo de rotações para a geração de energia. O
dimensionamento do mecanismo de conversão de energia cinética em energia elétrica se dá de acordo com a
caraterística do equipamento e das máquinas elétricas correspondentes.

4. CONCLUSÕES

Mediante os impactos ambientais ocasionados pela produção de energia elétrica, a criatividade humana é
desafiada a alcançar resultados através do elo com recursos naturais renováveis e princípios mecânicos
simplórios. Os mecanismos de conversão de energia cinética humana em energia elétrica são adaptáveis para o
aproveitamento da energia cinética em qualquer tipo de movimento (lineares, circulares, paralelos, angulares e
etc), e isso permite aplicações em tantos outros ambientes em que se exerça movimentos rotineiros naturalmente,
ou seja, estes são potenciais vias de customização sustentável tanto de lugares públicos quanto de lugares
privados.

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São Luís - MA, Brasil, 16 a 18 de maio de 2018
Os diversos movimentos oriundos de energia cinética humana desperdiçada tornam amplas as áreas de
aplicações de mecanismos de conversão de energia cinética em energia elétrica. Tais mecanismos, se
disponibilizados em grande quantidade (relativa) de equipamentos para a população, e distribuídos em locais
estratégicos dos centros urbanos, isto é, onde é maior o fluxo de habitantes que se exercitam nos locais públicos
de lazer, podem gerar energia suficiente para alimentação elétrica autônoma de locais públicos. A mecânica
exerce papel fundamental na promoção da sustentabilidade, tendo em vista que os seus princípios são
indispensáveis na elaboração de sistemas de geração de energia elétrica alimentados por fontes de energia
renováveis.

5. REFERÊNCIAS

BUCUSSI, Alessandro A. Introdução ao conceito de energia. Porto Alegre: UFRGS, Instituto de Física,
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física, 2007.
CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de máquinas elétricas. AMGH Editora, 2013.
DALBERTO, Letícia et al. Transformação de energia mecânica em energia elétrica. Mostra IFTec em
Resumos, v. 2, n. 2, 2015.
INATOMI, Thais Aya Hassan; UDAETA, Miguel Edgar Morales. Análise dos impactos ambientais na
produção de energia dentro do planejamento integrado de recursos. In: III Workshop Internacional
Brasil-Japão: Implicações Regionais e Globais em Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
2005.
PEQUINI, Suzi Mariño. Ergonomia aplicada ao design de produtos. Um estudo de caso aplicado, 2005.
REIS, Lineu Belico dos. Geração de energia elétrica. 2. ed. Barueri, SP. Editora Manole, 2011. 460 p.

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CARREGADOR TERMOELÉTRICO PARA SMARTPHONES
Cássio Mendes Silva1
Handrey Douglas Martins Furtado1
Thaynam Ramos Mendes1
Wellison Rocha do Lago1
Luis Adriano Ribeiro Barbosa2

RESUMO

Esse projeto tem como objetivo apresentar um experimento simples para demonstrar que através do efeito
Peltier-Seebeck, pode se criar uma fonte de energia elétrica renovável com uma simples troca de calor e podendo
assim, carregar um telefone celular. Neste experimento foram necessários os seguintes materiais: placas peltier,
dois recipientes para armazenar o liquido quente e frio, componentes eletrônicos (fios elétricos, uma porta USB
fêmea), uma fonte de calor (velas, lamparina), uma base de MDF ou material para suporte. Entre outros materiais
para realizar a montagem do projeto. Contatou-se no final do projeto bons resultados em sua utilização como:
aproveitamento térmico, redução do consumo da energia elétrica domiciliar, além da diminuição dos
desperdícios energéticos.

Palavra Chave: desperdício, peltier, renovável.

ABSTRACT

This project aims to present a simple experiment to demonstrate that through the Peltier-Seebeck effect, a source
of renewable electricity can be created with a simple heat exchange and can therefore charge a cell phone. In
this experiment the following materials were required: peltier plates, two containers to store hot and cold liquid,
electronic components (electrical wires, a female USB port), a heat source (candles, lamp), an MDF base or
material for Support. Among other materials to carry out the assembly of the project. At the end of the project,
good results were obtained in its use as: thermal recovery, reduction of consumption of household electric
energy, and the reduction of energy waste.

Keyword: waste, peltier, renewable.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: kcio.10@hotmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: adriano9000@gmail.com

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1. INTRODUÇÃO

Com o aumento do custo dos combustíveis fósseis (carvão, madeira ou mesmo gás natural) a eletricidade
acaba levando um aumento sucessivo em relação ao seu preço. Em alguns países, a energia elétrica é produzida
em centrais térmicas, isso, devido pelo grande consumo que a sociedade depende da eletricidade. Em uma
sociedade moderna a energia elétrica é um dos fatores essenciais que condiciona o desenvolvimento econômico,
financeiro, os transportes, o ambiente, as relações internacionais, a gestão de empresas, as famílias, o Estado, etc.
Mas devido a sua grande produção, seus recursos são limitados por várias características. Uma delas devido sua
aquisição em relação aos custos, exemplo, o transporte (quanto mais longe estão as fontes de produção de
energia, mais cara ela fica) (SOUZA, 2007).
A racionalização da energia é uma das características de renovação que têm vindo a ser implementadas
devido aos problemas atrás citado, sendo um processo simples de melhoria do rendimento dos equipamentos,
mas também de redução da dependência energética. O calor é uma fonte que vem sendo utilizada em processos
industriais para se obter grande economia de energia. Tornando se assim, importante, na poupança de energia,
através da recuperação de energia e consequentemente melhorarem o rendimento energético das atividades que
consomem energia nomeadamente nos equipamentos que transformam energia eléctrica em térmica. Neste
particular, a utilização da energia térmica expelida por equipamentos industriais e lançada na atmosfera, reveste-
se de uma importância fundamental (SANTOS, 2011).
O aproveitamento das perdas de calor inevitáveis associadas ao processo produtivo, associado aos gases de
exaustão será a base de partida para o desenvolvimento da investigação versada na dissertação. O efeito da
termoeletricidade (estudado por Peltier, Seebeck, Thomson e outros) gera uma diferença de potencial entre dois
materiais diferentes, que se encontram em contacto, mas a temperaturas diferentes. O efeito Seebeck. Gera
eletricidade a partir da diferença de temperatura. O efeito inverso, ou seja, a geração de diferença de temperatura
a partir de eletricidade é denominada efeito Peltier. E usual aos livros científicos se referirem a ambos os efeitos
como duas faces de um mesmo fenômeno denominado de Peltier- Seebeck. O efeito tem grande utilidade em
diversos processos industriais. Esse projeto tem por objetivo demonstrar a geração de eletricidade por meio
totalmente renovável a partir de uma diferença de temperatura (ANTUNES, 2011).
O experimento consiste na montagem de três placas Peltier, um reservatório térmico (nesse caso um
recipiente de alumínio contendo líquido resfriado) que por meios das placas de cobre são ligados a um
dispositivo Peltier comercial. A variação de temperatura induz uma diferença de potência no dispositivo. Essa
diferença de potencial será aplicada nos terminais de um componente eletrônica USB (Universal Serial Bus) para
assim, fornecer energia elétrica a um aparelho telefônico.

2. MATERIAL E MÉTODOS

Iniciando a montagem do protótipo na parte estrutural, onde foi fixada uma base de MDF (30x30 cm) para
suportar todo o peso do projeto. Em seguida foram utilizados dois apoios laterais de 25 cm de comprimento em
cada extremidade da base, que servirão como pilares para suspensão das partes metálicas. As partes metálicas
servirão como ‘condutores’ para realizar a troca de calor da parte quente e fria. As placas Peltier foram
interligadas em série e paralelo posicionadas sobre o material metálico. Nas ligações elétricas utilizou-se um
dispositivo eletrônico USB fêmea, que foi soldada na parte positiva e negativa das placas. Onde o mesmo será
responsável no carregamento do aparelho celular. Para que haja a troca de calor e o funcionamento do projeto, a
utilização de velas ou lamparina será responsável no aquecimento da parte metálica e posteriormente aquecer a
placa Peltier. E para o resfriamento da placa foi utilizado um recipiente para armazenar o liquido (água) frio que
foi posicionada sobre a placa.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Levando-se em conta a baixa qualidade e eficácia dos materiais utilizados para a montagem do carregador
termoelétrico. Devido à falta dos recursos financeiros necessários para a aquisição de materiais mais
aprimorados, o resultado foi bem satisfatório
Devida a troca de calor com a parte fria e quente, a placa Peltier consegue fornecer energia elétrica devido à
absorção de energia. No esquema demonstrado, a eletricidade que passa pelos fios, é ligada diretamente em um
componente eletrônico USB fêmea. Onde a parte negativa é soldada na entrada VCC e a positiva na entrada
GND do dispositivo. (Figura 1).

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Figura 6

Nesta etapa, será necessário um cabo de dados para interligar a entrada USB fêmea com o smartphone. Para o
celular carregar, a saída do carregador termoeletrico deve estar acima de 4V e pode fornecer uma corrente
máxima de 500mA. Este circuito de carregamento aumentará a tensão de 1.5V a 5V DC. Alimentando o circuito
e posteriormente o carregamento do telefone celular. (Figura 2)

Figura 7

4. CONCLUSÕES

Neste projeto pretendeu-se atingir o objetivo proposto, ou seja, criar um conjunto de experimentos simples
que apresentem o efeito Peltier-Seebeck a um público geral e que conectem esse conceito físico com as
aplicações tecnológicas e do cotidiano. O desenvolvimento do projeto proporcionou um maior conhecimento
das técnicas usadas para medidas de grandezas em sistemas com fontes térmicas. E principalmente a
conscientização em usar fontes de energia renovável para melhorias na vida do homem e meio ambiente.

5. REFERÊNCIAS

ANTUNES, J. A. Reaproveitamento de Calor para Geração de Energia Eléctrica no Automóvel. Guimarães:


Universidade do Minho. 2011.44p
SANTOS, DOUGLAS PACHECO dos; ROCHA, Thomaz de Souza. O Uso de Pastilhas Termoelétricas na
Recuperação de Energia Residuais. Sapucaia do Sul, 2011. 45p.
SOUZA, DIEGO HENRIQUE CUNHA de. Otimização do Uso de Refrigeradores Termoelétricos em Processos
de Refrigeração. Brasília, 2007. 71p. Projeto de graduação (Engenharia Mecânica).

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KIT DESCARGA AUTOMÁTICA: SISTEMA DE AUTOMAÇÃO PARA
VÁLVULAS DE DESCARGA
Antonio Belfort Campos Neto¹
Mirian Nunes de Carvalho Nunes²

RESUMO

A presente invenção refere-se a um sistema de automação para o acionamento de válvulas de descarga com e
sem caixa de descarga acopladas. O novo produto é de fácil montagem e pode ser adaptado a qualquer instalação
hidrossanitária já existente, eliminando, dessa forma, a sua substituição e a necessidade de quebra de parede. A
invenção possui um sistema de detecção do usuário, que monitora a utilização do vaso sanitário, efetuando a
descarga logo após o seu uso. Seu funcionamento com sensor gerará economia de água de forma sustentável e
contribuirá para que o ambiente fique sempre higienizado. Será desenvolvida com base nos mais atuais conceitos
de sustentabilidade adequando-se as Normas Brasileiras de Regulamentação – NBR 9050:2004, considerando
diversas condições de mobilidade e de percepção do ambiente, sendo ideal para atender locais de alto e médio
tráfego de pessoas incluindo a acessibilidade das pessoas com necessidades especiais, sobretudo cadeirantes.
Outra característica é o conforto e segurança que propõe a invenção, de não precisar tocar na válvula de
descarga, como medida de prevenção simples que pode ser adotada para diminuir a transmissão de doenças
infecciosas nesses ambientes onde os microrganismos se multiplicam em resíduos ou sujidades que permanecem
nesses locais.

Palavra Chave: Válvula, Automática, Descarga, Sustentabilidade.

ABSTRACT

The present invention relates to an automation system for the drive of discharge valves with and without coupled
discharge boxes. The new product is easy to assemble and can be adapted to any existing water treatment plant,
thus eliminating its replacement and the need for wall breakage. The invention has a user detection system,
which monitors the use of the toilet, effecting discharge soon after use. Its operation with sensor will generate
water savings in a sustainable way and contribute to the environment is always sanitized. It will be developed
based on the most current concepts of sustainability, adapting the Brazilian Regulation Norms - NBR 9050:
2004, considering several conditions of mobility and perception of the environment, being ideal to attend high
and medium traffic places of people including accessibility of people with special needs, especially wheelchairs.
Another feature is the comfort and safety that the invention proposes not to touch the relief valve as a simple
preventive measure that can be adopted to reduce the transmission of infectious diseases in these environments
where microorganisms multiply in residues or residues that remain these locations.

Keyword: Valve, Automatic, Discharge, Sustainability.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: adm.belfort@gmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: decarvalhomirian@gmail.com

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1. INTRODUÇÃO

O vaso sanitário é um dos itens indispensáveis em banheiros ou lavabos de casas, apartamentos ou


escritórios, e seu funcionamento depende da vazão de água sob pressão, para o descarte adequado da urina e das
fezes depositadas em seu interior diretamente para o sistema de esgoto residencial. Dois mecanismos são
responsáveis para eliminar os dejetos do interior do vaso, que são o da válvula de descarga de parede e o de
caixa acoplada. Ambos os mecanismos cumprem bem o seu papel, porém, cada um apresenta características
próprias de instalação e manutenção.
O banheiro necessita atender às diferentes características das pessoas que vão utilizá-lo e isso deve ocorrer de
uma forma segura e independente. Detalhes que muitas vezes são imperceptíveis para uma pessoa que utiliza um
espaço sem ter alguma dificuldade de locomoção podem se tornar impeditivos se essa pessoa estiver utilizando
bengala, cadeira de rodas ou alguma prótese. É com esse propósito que essa invenção de um kit Descarga
Automática se propõe, além do que ninguém gosta de tocar nas válvulas de descarga de vasos sanitários com
medo de pegar alguma doença e principalmente quando se trata de banheiro público e para tanto descrevemos
algumas minúcias sobre s microrganismos.
Microrganismos são seres que não podem ser vistos a olho nú, existem milhares deles vivendo em nosso
corpo, tanto interiormente quanto ao redor. Eles estão por toda parte, no ar, na água, no solo, nas plantas, em
animais e seres humanos. Compreendem bactérias, vírus, protozoários e fungos. Relativamente poucos
microrganismos podem ser considerados patogênicos, a maioria só é capaz de desencadear uma doença sob
certas condições, assim como quando se alojam em um local estéril, como, por exemplo, o cérebro ou os
pulmões (MURRAY, ROSENTHAL e PFALLER, 2006). Sendo as mãos consideradas importantes fontes de
contaminação e transmissão de diversos microrganismos por estarem diariamente em contato com pessoas e
superfícies (MEDEIROS et al., 2012; REIS et al., 2010). Segundo Santos (2002) a transmissão também pode
ocorrer através de seres animados denominados fômites. Locais insalubres como banheiros são exemplos
clássicos de fômites (PEIXOTO e SILVA, 2007), porque possuem microrganismos de origem fecal presentes
nos assentos dos vasos sanitários, válvulas de descargas, maçaneta das portas (MEDEIROS et al., 2012) e
demais objetos que compõem os elementos sanitários dos banheiros. E a presença de coliformes fecais pode
indicar falha na higienização destes espaços, comprometendo a saúde de seus usuários (PEIXOTO e SILVA,
2007).
Enfim, o conhecimento da microbiota que coloniza superfícies inanimadas como o assento do vaso sanitário,
válvula da descarga e a maçaneta da porta são de grande importância para que se possam adotar hábitos corretos
de higiene, prevenir o surgimento de infecções e proporcionar uma melhor qualidade de vida (MEDEIROS et al.,
2012). Nesse sentido, o Projeto Kit Descarga automática: Sistema de Automação para Válvulas de Descarga de
parede e caixa acoplada pretende reduzir o desperdício de água e dar acessibilidade a todas as pessoas com
alguma necessidade especial e também prevenir do surgimento de infecções, sendo de um mecanismo de baixo
custo com qualidade, seguindo as normas brasileiras de regulamentação, pretendendo assim, motivar o uso
racional das águas, caracterizando-se como uma ação ecologicamente correta com representação efetiva na
economia dos recursos dos consumidores, sobretudo por estar adequado a NBR 9050:2004. Sua fabricação será
de baixo custo, 1,5 a 5 % mais barato que os sistemas existentes, de alta qualidade e não exigirá a troca de
válvulas de descarga já instaladas, seguindo as normas brasileiras de regulamentação.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O tipo de pesquisa adotada será a exploratória, pois apoia-se em análises documentais e bibliográficas para
esclarecimentos e montagem dos termos referentes ao assunto em questão, para isto será necessário a utilização
de livros e sites especializados. Em seguida será realizada uma pesquisa de campo por se tratar de uma
investigação que será realizada no local onde estará o objeto de estudo e por dispor de elementos para explicá-lo.
O universo da pesquisa será o Condomínio Alameda dos coqueiros que está localizado no bairro São
Cristóvão, em São Luís - MA, onde foram edificadas 80 casas com população de 400 habitantes.
Dessa forma será utilizada uma amostra de 10% do universo citado, pois como nos mostra Azevedo (2013)
“uma amostra significativa deve ter no mínimo 10% do universo o que garante segurança nos resultados
obtidos”.
Será utilizado como instrumento de coleta de dados um questionário, que segundo Vergara (2012)
caracteriza-se por uma série de questões estruturadas apresentadas ao respondente, por escrito. O questionário
será composto de perguntas fechadas, dicotômicas e de múltipla escolha, dirigido aos domiciliados nas
residências do Condomínio Alameda dos Coqueiros, buscando assim uma visão panorâmica da aceitação do Kit
Descarga Automática.
O tratamento dos dados será feito pelo método quantitativo, isto é, utilizando-se procedimento estatístico, que
permitirá a tabulação dos dados obtidos nos questionários aplicados, os quais serão demonstrados através de
gráficos interpretados por meio de médias e percentuais das respostas obtidas na pesquisa de campo.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A tecnologia trouxe uma verdadeira revolução e o ano de 2018 deve consolidar ainda mais tendências, as
empresas precisarão se desdobrar e ter a preocupação em desenvolver produtos sustentáveis e diminuírem a
degradação ambiental. Dessa forma, o kit Descarga automática: Sistema de Automação para Válvulas de
Descarga, trata-se de um produto acessível a toda população haja visto que possibilitará a mudança de
funcionamento de válvulas de descarga de bacias sanitárias manuais para automáticas, além de diminuir o
desperdício de água, o mesmo terá um custo de fabricação mais barato, aproximadamente de 1,5% a 5% das
bacias sanitárias comercializadas no mercado, o mesmo apresenta grande potencial de competitividade no
mercado, sobretudo por estar adequado a NBR 9050:2004.

4. CONCLUSÕES

O kit Descarga automática: Sistema de Automação para Válvulas de Descarga será um produto acessível a
toda população maranhense e de outros estados em virtude do baixo preço e de fácil instalação, mesmo porque
não existi no mercado um “kit popular” que automatize as bacias sanitárias a preços tão competitivos e de fácil
instalação. Esse produto fomenta o desenvolvimento sustentável e tecnológico em quase todos os setores da
economia.
Entendemos que o as bacias sanitárias automáticas na verdade não serão concorrentes diretas pois a inovação
não é a bacia sanitária, mas um acessório para todos os tipos de válvulas de descarga, das mais simples e baratas
a mais caras e mais sofisticadas com material de excelência e designer arrojado. O novo dispositivo as tornarão
automatizadas por um preço popular e competitivo. Dar-se-á, então, ao usuário a escolha de possuir qualquer
válvula de descarga de qualquer fabricante ou marca e torná-la automática.
Concluímos então que o Kit Descarga automática apresenta um grande potencial de competitividade para o
mercado, sobretudo por estar adequado a NBR 9050:2004.

5. REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 9050:2004 – Acessibilidade a


edificaes mobilirio espaos e equipamentos urbanos 2004. Disponível em:
https://pt.slideshare.net/sheyqueiroz/nbr-905004-acessibilidade-a-edificaes-mobilirio-espaos-e-
equipamentos-urbanos . Acesso em: 01 abr. 2018.
AZEVEDO, Celicina Borges. Metodologia Científica: ao alcance de todos.3.ed. Barueri: Manole, 2013.
HAFNER, Ana Vreni. Conservação e reuso de água em edificações – experiências nacionais e
internacionais. 2007. 177 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Civil, Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007.
MACHADO, E. C., SANTOS, S. F. Uso Eficiente da Água em Residências: Teoria e Aplicações.
Campina Grande: Universidade Federal de Campina Grande, 2008.
MURRAY, P.R.; ROSENTHAL, K.S.; PFALLER, M.A. Microbiologia Médica. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2006.
MEDEIROS, M.C. Jr.; SILVEIRA, G. S.; PEREIRA, J. B. B.; CHAVASCO, J. M.; CHAVASCO, J.K.
Verificação de contaminantes de natureza fecal na superfície de torneiras de banheiros públicos.
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 10, n. 1, 2012.
PEIXOTO, J.C.; SILVA, S.E.F. Contaminação por coliformes totais e fecais em torneiras e válvulas de
descarga de banheiros públicos localizados em shoppings centers de Curitiba, Estado do Paraná, Brasil.
Scientific Eletronic Library Online. Curitiba, v. 29, n.68/69, 2007.
SANTOS, A.A.M. Higienização das mãos no controle das infecções em serviços de saúde. Revista de
Administração em Saúde. v. 4, n. 15, abr/jun, 2002.

Anais do II Mostra Científica da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras (ICEMEC)


São Luís - MA, Brasil, 16 a 18 de maio de 2018
ECONOMIC–WATER: SISTEMA DE AUTOMAÇÃO DE TORNEIRAS,
CHUVEIROS, MICTÓRIOS
Antonio Belfort Campos Neto¹
Mirian Nunes de Carvalho Nunes²

RESUMO

O presente projeto visa preencher uma lacuna de cunho econômico, ambiental e social, proporcionando
economia de energia quando os chuveiros e torneiras possuírem sistema de aquecimento e de água pela
eliminação do seu desperdício e comodidade de forma sustentável para a vida das pessoas e sobretudo
adequando-se as normas Brasileiras de Regulamentação NBR 9050:2004, considerado diversas condições de
mobilidade e de percepção do ambiente. O novo produto é de fácil montagem e pode ser adaptado a qualquer
instalação hidrossanitária já existente, eliminando, dessa forma, a sua substituição e a necessidade de quebra de
parede. A economia de água será em média, de 75%, pois o sistema possui foto-sensores capazes de identificar a
presença humana, promovendo, então, o seu acionamento e seu desligamento automaticamente. O produto
aumenta a acessibilidade das pessoas com necessidades especiais, sobretudo cadeirantes, e apresenta uma vida
útil longa.

Palavra Chave: Água; Economia; Sustentabilidade.

ABSTRACT

This project aims to fill a gap of economic, environmental and social, providing energy savings when showers
and taps have a heating and water system by eliminating their waste and convenience in a sustainable way for
people's lives and above all, the Brazilian Regulation Regulations NBR 9050: 2004 are considered, considering
several conditions of mobility and perception of the environment. The new product is easy to assemble and can
be adapted to any existing water treatment plant, thus eliminating its replacement and the need for wall
breakage. The water savings will be on average 75%, because the system has photo sensors that can identify the
human presence, thus promoting its activation and its shutdown automatically. The product increases the
accessibility of people with special needs, especially wheelchairs, and has a long shelf life.

Keyword: Water; Economy; Sustainability.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: adm.belfort@gmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: decarvalhomirian@gmail.com

Anais do II Mostra Científica da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras (ICEMEC)


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1. INTRODUÇÃO

A água é um recurso imprescindível para a sobrevivência da grande maioria dos seres vivos. A escassez
desse bem tão valioso é resultante não só do crescente consumo, mas principalmente do mau uso dos recursos
hídricos, o que representa uma constante ameaça ao desenvolvimento e à preservação ambiental.
O desperdício pode ser verificado tanto no uso doméstico, motivado pela desinformação e a falta de
orientação da população, quanto nas diversas etapas do processo: coleta, armazenamento, tratamento e
destinação final. Diante de tal cenário é necessário que a população se conscientize de que a água não é um bem
inesgotável e passe a adotar medidas de preservação para que o mundo não sofra com a falta deste elemento tão
essencial à vida.
Este projeto visa produzir um mecanismo de baixo custo com qualidade, seguindo as normas brasileiras de
regulamentação, pretendendo assim, motivar o uso racional das águas, caracterizando-se como uma ação
ecologicamente correta com representação efetiva na economia dos recursos dos consumidores, sobretudo por
adequar-se a NBR 9050:2004. Além de evitar o desperdício de água, propor economia de energia e possibilitar
a acessibilidade de pessoas especiais com o uso do equipamento a chuveiros, mictórios e lavatór ios.
Sua fabricação será de baixo custo, 71,70 % mais barato que os sistemas existentes, de alta qualidade e não
exigirá a troca de torneiras e registros já instalados, seguindo as normas brasileiras de regulamentação.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O tipo de pesquisa adotada será a exploratória, pois apoia-se em análises documentais e bibliográficas para
esclarecimentos e montagem dos termos referentes ao assunto em questão, para isto será necessário a utilização
de livros e sites especializados. Em seguida será realizada uma pesquisa de campo por se tratar de uma
investigação que será realizada no local onde estará o objeto de estudo e por dispor de elementos para explicá-lo.
O universo da pesquisa será o Condomínio Alameda dos coqueiros que está localizado no bairro São
Cristóvão, em São Luís - MA, onde foram edificadas 80 casas com população de 400 habitantes e a Companhia
de Saneamento Ambiental do Maranhão - CAEMA, é uma empresa de abastecimento de água e saneamento
básico do estado brasileiro do Maranhão. Criada em 1966, como Companhia de Águas e Esgotos do
Maranhão (nome alterado em 2010), é uma empresa de economia mista com sede localizada à Rua Silva Jardim,
307, Centro, São Luís – MA, sendo o governo do Maranhão o acionista majoritário. Atualmente, a Companhia
conta com o trabalho de 2.490 colaboradores, sendo 60.72% na capital e 39.28% nas Unidades de Negócios
localizadas nas cidades de Chapadinha, Pinheiro, Pedreiras, São João dos Patos, Santa Inês, Itapecuru, Presidente
Dutra e Imperatriz, totalizando 1.512 funcionários em São Luís e 978 nos demais municípios atendidos pela
CAEMA.
Dessa forma será utilizada uma amostra de 10% do universo citado, pois como nos mostra Azevedo (2013)
“uma amostra significativa deve ter no mínimo 10% do universo o que garante segurança nos resultados
obtidos”.
Será utilizado como instrumento de coleta de dados um questionário, que segundo Vergara (2012)
caracteriza-se por uma série de questões estruturadas apresentadas ao respondente, por escrito. O questionário
será composto de perguntas fechadas, dicotômicas e de múltipla escolha, dirigido aos domiciliados nas
residências do Condomínio Alameda dos Coqueiros e funcionários da Companhia de Saneamento Ambiental do
Maranhão - CAEMA em São Luís – MA, buscando assim uma visão panorâmica da aceitação do Economic-
Water.
O tratamento dos dados será feito pelo método quantitativo, isto é, utilizando-se procedimento estatístico, que
permitirá a tabulação dos dados obtidos nos questionários aplicados, os quais serão demonstrados através de
gráficos interpretados por meio de médias e percentuais das respostas obtidas na pesquisa de campo.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A tecnologia trouxe uma verdadeira revolução e o ano de 2018 deve consolidar ainda mais tendências, as
empresas precisarão se desdobrar e ter a preocupação em desenvolver produtos sustentáveis e diminuírem a
degradação ambiental.
Dessa forma, o economic-water, trata-se de um produto acessível a toda população haja visto que possibilita
mudança de funcionamento de torneiras manuais para automáticas, além de diminuir o desperdício de água, o
mesmo terá um custo de fabricação mais barato, cerca de 71,70% que os sistemas existentes e apresenta um
grande potencial de competitividade no mercado, sobretudo adequando-se a NBR 9050:2004.
Um protótipo do produto já foi fabricado, entretanto não houve ainda a aplicação prática com o percentual
sugerido na amostra, neste momento parece oportuno apresentar os dados da situação das águas do País, que de
acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA) lança o relatório pleno de Conjuntura dos Recursos hídricos no
Brasil em 4 de dezembro de 2017. O Brasil é o país que possui a maior quantidade de água doce no mundo, com

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12% do total existente no planeta, 46,2% de toda água retirada para uso é destinada à irrigação. Esse é o
principal uso do recurso no País e corresponde à prática agrícola que utiliza um conjunto de equipamentos e
técnicas para suprir a deficiência total ou parcial de água para as culturas agrícolas.
Em 2017, a demanda total de água retirada para irrigação no Brasil era de 969m³/s, ou seja, 969 mil litros por
segundo. Todavia, a utilização da água é distribuída da seguinte forma: 69% são utilizados na irrigação, 12% na
criação de animais, 7% nas indústrias, 2% na área rural e 10% nas áreas urbanas, sendo que estes dois últimos
percentuais compreendem todas as formas de utilização, ou seja, apenas uma pequena parcela irá efetivamente
para o consumo humano de forma direta. O gráfico do consumo da água pode ser visualizado na figura 1.

Fig. 1: Consumo da água no Brasil

Fonte: (ANA, 2016)

De acordo com Hafner (2007), apud Machado, Santos (2008) a água utilizada em edificações, em estudos
realizados no Brasil, está distribuída conforme apresentada pelo gráfico da figura 2.

Fig. 2: Distribuição da água no Brasil

Fonte: (ANA, 2016)

Observa-se que os principais vilões do consumo de água em uma residência são os chuveiros e as bacias
sanitárias, os quais juntos representam 59% do consumo total.
Entende-se que os apelos da mídia, através dos meios de comunicação para que se racionalize água, não tem
surtido muito efeito e mesmo porque como foi mostrado na figura 2, somente os chuveiros e bacias sanitárias,
juntos, consomem 59% de água em uma residência. Outro fator relevante é que o desperdício de água acontece
no Brasil, por diversos fatores, dentre eles se destacam as falhas técnicas ou a falta de sistemas de controles
eficientes, de redes de tubulações e sistemas públicos de distribuição ou até por desvios ilegais realizados por
parte da população para benefício próprio.

4. CONCLUSÕES

O Economic-water será um produto acessível a toda população maranhense e outros estados em virtude do
baixo preço e de fácil instalação, mesmo porque não existi no mercado um “kit popular” que automatize as

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torneiras, chuveiros e mictórios. Esse produto fomenta o desenvolvimento sustentável e tecnológico maranhense
sendo uma tendência o uso de tecnologia em quase todos os setores da economia.

5. REFERÊNCIAS

ANA – AGENCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Relatório da ANA apresenta situação das águas do Brasil
no contexto de crise hídrica. Disponível em: <http://www3.ana.gov.br/portal/ANA/noticias/relatorio-da-
ana-apresenta-situacao-das-aguas-do-brasil-no-contexto-de-crise-hidrica>. Acesso: 20 abr. 2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 9050:2004 – Acessibilidade a
edificaes mobilirio espaos e equipamentos urbanos 2004. Disponível em:
<https://pt.slideshare.net/sheyqueiroz/nbr-905004-acessibilidade-a-edificaes-mobilirio-espaos-e-
equipamentos-urbanos>. Acesso em 01 abr. 2018.
AZEVEDO, Celicina Borges. Metodologia Científica: ao alcance de todos.3.ed. Barueri: Manole, 2013.
CAEMA – Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão. Histórico da CAEMA. Disponível em:
http://www.caema.ma.gov.br/portalcaema/index.php?option=com_content&view=article&id=677&Itemid=1
03. Acesso: 14 abr. 2018.
HAFNER, Ana Vreni. Conservação e reuso de água em edificações – experiências nacionais e
internacionais. 2007. 177 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Civil, Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007.
MACHADO, E. C., SANTOS, S. F. Uso Eficiente da Água em Residências: Teoria e Aplicações.
Campina Grande: Universidade Federal de Campina Grande, 2008.
VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de Pesquisa em Administração. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

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USO DE REDE WIRELESS PARA CONEXÃO DE DISPOSITIVOS DO
CHÃO DE FÁBRICA À REDE CORPORATIVA
Isac Costa Abreu1
Mauricio Pinheiro Figueredo1
André Luis Gomes de Sousa2
Wagner Elvio de Loiola Costa2

RESUMO

Com o avanço tecnológico, cada vez mais as informações processadas no chão de fábrica precisam estar
disponíveis nos setores que gerenciam a fábrica com o objetivo de ter-se o conhecimento em tempo real sobre o
que as atividades no chão de fábrica. O protocolo TCP/IP já é utilizado nas áreas de gerência de uma empresa
(rede corporativa) mas no chão de fábrica há um conjunto de protocolos que não interage com o protocolo
TCP/IP o que torna a aquisição de dados e informações do chão de fábrica indisponíveis nas áreas da gerência da
empresa. A integração de níveis inferiores (field level) e superiores de comunicação vêm se tornando cada dia
mais necessário. Atividades desenvolvidas no chão de fábrica por PLC (Programmable Logic Controller) podem
facilmente ser monitoradas remotamente do chão de fábrica com o uso das redes IEEE 802.3u e 802.11,
respectivamente os padrões Ethernet e rede Wi-Fi ou Wireless. A rede Wi-FI é uma rede sem fio que possibilita
que vários componentes tenham acesso a rede de dados[18]. Fez-se um teste com um PLC, modelo MicroLogix-
1100, disponível no momento, que inclui porta EtherNet/IP. Foi feito um teste com este PLC e uma carga.

Palavra Chave: redes industriais, redes Ethernet, redes wireless.

ABSTRACT

With technological advancement, more and more information processed on the shop floor needs to be available
in the industries that manage the factory in order to have real-time knowledge of what the shop floor activities
are all about. The TCP / IP protocol is already used in the management areas of a company (corporate network)
but on the factory floor there is a set of protocols that do not interact with the TCP / IP protocol, which makes
the acquisition of data and information from the ground unavailable in the areas of company management. The
integration of field levels and higher levels of communication are becoming more and more necessary. Activities
developed on the factory floor by PLC (Programmable Logic Controller) can be easily monitored remotely from
the factory floor using the IEEE 802.3u and 802.11 networks, respectively Ethernet standards and Wi-Fi or
Wireless network. The Wi-Fi network is a wireless network that allows several components to access the data
network [18]. It was tested with a PLC, model MicroLogix-1100, currently available, which includes EtherNet /
IP port. A test was performed with this PLC and a load.

Keyword: industrial networks, Ethernet networks, wireless networks.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: isac.ca@hotmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: wagnerelvio@gmail.com

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1. INTRODUÇÃO

As redes industriais proporcionam facilidade na automação de atividades no chão de fábrica ao interligar


equipamentos como sensores, atuadores, controladores e outros dispositivos de campo, passando pelos sistemas
de controle e pelos sistemas supervisórios, entretanto as ações e status desses dispositivos não chegam até a área
de gerência de uma empresa, devido ao uso de protocolos que são utilizados na automação industrial ser
diferente do protocolo utilizado na área corporativa da empresa. Enquanto o chão de fábrica faz o uso de um tipo
de protocolo utilizados pelos equipamentos no chão de fábrica, o ambiente corporativo utiliza o protocolo
TCP/IP que permite que os dispositivos utilizados nesse ambiente (Computadores, servidores, impressoras,
smartphones e tablets) se comuniquem facilmente com o uso do protocolo TCP/IP (IEE 802.2 e/ou IEEE 802.11)
redes cabeada e rede sem fio, respectivamente. No ambiente de chão de fábrica os equipamentos, utilizam
protocolos proprietários e/ou protocolos padronizados por órgãos ligados a indústria[1].
A combinação de componentes de chão de fábrica que fazem uso da automação industrial com o uso das
redes AS-Interface[5], PROFIBUS[12] e PROFINET [12] garantem um controle e gerenciamento dos
equipamentos ligados a estas redes industriais que são constituídas de sensores, componentes, motores e outros
mais. A norma ANSI/ISA95 define uma arquitetura na forma de forma de pirâmide para representar a
comunicação entre sistema de controle em uma rede industrial [4], conforme apresentado na figura 01.

Figura 01-Pirâmide da automação

A evolução industrial está em sua quarta fase, ou IIOT 4.0 (Industrial Internet of Things), ela tem por
objetivo ligar o chão de fábrica a área administrativa da empresa de forma transparente possibilitando a
conectividade de todos os dispositivos do chão de fábrica à rede Ethernet com o uso do protocolo TCP/IP. A
quarta revolução industrial tem como cenário de fundo o uso da informação do chão de fábrica, como a mesma é
processada não somente entre home e máquina mas também entre as máquinas e digitalizar todos os processos
do chão de fábrica.[16]. Na figura 02, apresenta um cenário de uma empresa apresenta um cenário de
comunicação do ambiente corporativo ao ambiente do chão de fábrica. Neste cenário tem-se os protocolos MES
(Manufacturing Execution Systems) e ERP(Enterprise Resource Planning) e do protocolo opensource OPC-UA-
OE (Open Platform Communications Unified Architecture). Este último protocolo tem por objetivo conectar os
dispositivos do chão de fábrica a rede Ethernet TCP/IP.

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Figura 02-Protocolos no chão de fábrica e no ambiente corporativo

Há opções disponíveis para a comunicação entre o a rede corporativa (com TCP/IP) e o chão de fábrica.
Opções como o OPC-UA OLE for Process Control – Unified Architecture. [17], rede Ethernet, a 802.3, a rede
Ethernet sem fio IEEE 802.11[14], a rede Ethernet IEEE 802.15.1,(Bluetooth)[9], a rede Ethernet IEEE
802.15.4,(ZigBee)[9]. O presente trabalho mostra as vantagens do uso de rede Ethernet IEEE 802.3 e 802.11,
rede LAN cabeada e sim fio, respectivamente, em um chão de fábrica através do uso de um PLC com módulo de
acesso a rede Ethernet.
O objetivo deste trabalho é estabelecer uma comunicação entre os dispositivos localizados no chão de fábrica
e a rede corporativa que já utiliza o protocolo TCP/IP com o objetivo de ter acesso às informações nos
dispositivos utilizados no chão de fábrica. Foi utilizado um PLC (Programmable Logic Controller) que possui
uma porta Ethernet 10/100Mbps[10] e recurso como servidor web que permitem que dados possam ser exibidos
em uma página web.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Rede de Comunicação de Dados

A rede de comunicação de dados utilizada na automação industrial iniciou-se com os fildbuses, que é termo
que descreve as redes digitais de comunicação que tinha por objetivo substituir os padrões das redes que
utilizava padrões de 4-20mA. [7]. Na década de 40, no século passado, a instrumentação de processos operava
com sinais de pressão de 3-15psi. [7]. Na década de 60, no século passado, os sinais analógicos de 4-20mA
foram introduzidos na indústria para medição e monitoração de dispositivos. [7]; Na década de 70, no século
passado, surgiu a ideia de utilizar computadores para monitoração de processos e fazer o controle de um ponto
central. Na década de 80, no século passado, iniciou-se o desenvolvimento dos primeiros sensores inteligentes
[1], [2]. Com os instrumentos digitais, houve a necessidade de interligá-los. Uma rede (fieldbus) era necessária
bem como um padrão que pudesse deixa-lo compatível com o controle de instrumentos inteligentes. [7] A
necessidade uma padronização por uma rede fieldbus, levou a alguns grupos se unirem como a ISA (Intrument
Society of America), a IEC(International Electrotechnical Commission), o comitê de padronização do Profibus e
o comitê de padronização do FIP que formaram o comitê IEC/ISA SP50 Fieldbus. Foi criado o fieldbus padrão
IEC chamado IEC 61158 com oito protocolos diferentes e chamados de “tipos”[20].

3. MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi elaborado com base em pesquisas bibliográficas e uso de um equipamento PLC e um access
point. O PLC com interface de rede Ethernet 10//100Mbits e o access point para prover uma rede Ethernet. Foi
utilizado o software do fabricante do PLC para acessar o PLC e utilizou-se a linguagem ladder [19], para fazer
um circuito selo com uma carga.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos permitem ter acesso ao dispositivo conectado ao PLC através de um ponto de acesso
ligado à rede teste (rede com access point). Essas informações obtidas com o PLC podem ser exibidas em uma
página da web.

4.1 Testes Realizados

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Estabelecer uma comunicação entre os dispositivos localizados no chão de fábrica e a rede corporativa que já
utiliza o protocolo TCP/IP através de uma rede wireless. Foi utilizado um PLC (Programmable Logic
Controller) que possui uma porta Ethernet 10/100Mbps[10], conectada a uma porta 10/100 de um access point.
Esta rede corporativa possui um access point para prover acesso à rede corporativa os dispositivos móveis que
fazem uso da rede wireless IEE 802.11. Estes dispositivos poderão ter acesso a recurso ao servidor web do PLC
que permitem que dados processados pelo PLC possam ser exibidos em uma página web da rede corporativa da
empresa, ou seja, os dados processados poderão ser acessados por qualquer usuário da empresa que tenha as
credenciais de acesso a esse servidor web, garantindo assim a conexão dos dispositivos localizados no chão de
fábrica a partir de local da empresa. No cenário apresentado nas figuras 03 e 04, apresenta um digrama em
linguagem ladder, um circuito selo, com a carga desligada e com a carga ligada.

5. CONCLUSÕES

O presente trabalho mostrou que os dispositivos localizados no chão de fábrica podem ser acessados pela
área de gerência de uma empresa através da rede corporativa que faz o uso do protocolo TCP/IP. Dispositivos
que estão no chão de fábrica como os PLC e que dispõe de acesso a rede Ethernet podem facilmente
compartilhar o seu ambiente de trabalho na rede Ethernet ou através de simples informações em um servidor web
ou em estações de trabalho que tenha credenciais de acesso para pessoas autorizadas. Um modelo de PLC mais
atual apresentaria mais informações detalhadas e com uma interface gráfica mais atrativa. O PLC, modelo L32E
[21], é mais atual apresenta esses novos recursos.

6. REFERÊNCIAS

[1] - CARDOSO, Caique. IIOT OU INDUSTRIAL IOT – A INTERNET NO CHÃO DE FÁBRICA


Disponível em: <http://www.kitemes.com.br/2016/11/22/iiot-ou-industrial-iot-a-internet-no-chao-de-fabrica/>
Acesso em 10 de abril de2018.
[2] - COSTA, Arthur Chaves. et all. MONITORAMENTO DE SENSORES EM UMA REDE INDUSTRIAL
UTILIZANDO UM CLP E COMPUTADOR. Disponível em:
<http://www.abenge.org.br/cobenge/arquivos/7/artigos/103681.pdf>. Acesso em 10 de abril de 2018.
[3] - FILEV, Rodrigo. (Routz Group Brasil). IIOT - INDUSTRIAL INTERNET OF THINGS. Revista RTI -
Redes, Telecom e Instalações. Ed. Aranda. Ano XVIII, no. 204, Pags. 40-43. Maio-2017. Disponível em: <
http://www.arandanet.com.br/assets/revistas/rti/2017/maio/index.php>. Acesso em 10 de abril de 2018.
[4]-Livro de Informática Industrial I. Unidade 03. Disponível em:
<http://ava.saladoprofessor.com.br/mod/url/view.php?id=15871>. Acesso em 10 de abril de 2018.
[5] -LUGLI, Alexandre Baratella. UMA VISÃO DO PROTOCOLO INDUSTRIAL PROFINET E SUAS
APLICAÇÕES. Disponível em: <http://www.profibus.org.br/artigos_tecnicos/uma-visao-do-protocolo-
industrial-profinet-e-suas-aplicacoes>. Acesso em 08 de abril de 2018
[6] - LUGLI, Baratelli. Et al. ESTUDO DE PADRÕES PARA CONFIGURAÇÃO DE INSTRUMENTOS
REMOTOS EM REDES INDUSTRIAIS. Disponível em: <https://www.inatel.br/biblioteca/pos-
seminarios/seminario-de-automacao-industrial-e-sistemas-eletro-eletronicos/2012-2/9726-estudo-de-padroes-
para-configuracao-de-instrumentos-remotos-em-redes-industriais/file> Acesso em 10 de abril de2018.
[7] - LUGLI, Alexandre Baratella. UMA VISÃO DO PROTOCOLO INDUSTRIAL PROFINET E SUAS
APLICAÇÕES. Disponível em: < http://www.profibus.org.br/artigos_tecnicos/uma-visao-do-protocolo-
industrial-profinet-e-suas-aplicacoes>. Acesso em 10 de abril de 2018.

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[8] - LUGLI, Alexandre Baratella, et al. REDES INDUSTRIAIS PARA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL. AS-
I, PROFIBUS e PROFINET. 1ª Edição. Ed. Saraiva. 2014. São Paulo-SP.
[9] - LUGLI, Alexandre Baratella. et al. TECNOLOGIA WIRELESS PARA AUTOMAÇÃO
INDUSTRIAL: WIRELESS_HART, BLUETOOTH, WI-FI, ZIGBEE E SP-100. Disponível em:
<https://www.inatel.br/biblioteca/artigos-cientificos/2012/6088-tecnologias-wireless-para-automacao-
industrial-wireless-hart-bluetooth-wisa-wi-fi-zigbee-e/file>. Acesso em 10 de abril de 2018.
[10] - Sistemas de controlador lógico programável MicroLogix 1100. Disponível em:
https://ab.rockwellautomation.com/pt/Programmable-Controllers/MicroLogix-1100>.
Acesso em 19 de abril de 2018.
[11] - PERKUSICK, Angelo. et al. USO DE SISTEMA SUPERVISÓRIOS PARA ESTUDO DAS REDES
INDUSTRIAIS ASI E PROFIBUS. Disponível em:
<http://www.abenge.org.br/cobenge/arquivos/5/Artigos/128559.pdf>. Acesso em 10 de abril de 2018.
[12] - PROFIBUS. PROFINET. Disponível em :<http://www.profibus.org.br/> Acesso em 10 de abril de 2018.
[14] - SANTOS, Jacques. et al. COMPARATIVO E ESTUDO DAS TECNOLOGIAS WIRELESS PARA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL. Disponível em: <https://www.inatel.br/biblioteca/artigos-
cientificos/2012/6167-comparativo-e-estudo-das-tecnologias-wireless-para-automacao-industrial/file>.
Acesso em 10 de Abril de 2018.
[15] - SOUZA, Alex Bernades. et al. COMPARTIVO ENTRE REDES DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
E SUAS CARACTERÍSTICAS. Disponível em: <https://www.inatel.br/biblioteca/pos-
seminarios/seminario-de-automacao-industrial-e-sistemas-eletro-eletronicos/i-saisee/9383-comparativo-
entre-redes-de-automacao-industrial-e-suas-caracteristicas/file>. Acesso em 10 de abril de 2018.
[16] - Transformação Digital para Manufatura. A jornada rumo à Indústria 4.0
Disponível em: <https://www.cisco.com/c/dam/m/digital/elq-
cmcglobal/witb/1534057/WhyCisco_Manufacturing_ebook.pdf>
Acesso em 14 de abril de 2017.
[17] - [REF.150] - UNIFIED ARCHITECTURE. Disponível em: https://opcfoundation.org/about/opc-
technologies/opc-ua/ Acesso em 10 de abril de 2018.
[18] - TORRES, Gabriel. Redes de Computadores. 2.ed. Ed. Novaterra, 2014. 805p. Rio de Janeiro-RJ.
[19] – FRACHI, Claiton Moro et al. Controladores lógicos programáveis. 2ed. Ed. Érica e Saraiva.2014. 352p.
São Paulo-SP.
[20] - LUGLI, Alexandre Baratella. et al. REDES ETHERNET INDUSTRIAIS: UMA VISÃO GERAL.
Disponível em: <https://www.inatel.br/biblioteca/artigos-cientificos/2009/3835-redes-ethernet-industriais-
visao-geral/file>. Acesso em 10 de abril de 2018.
[21]-Manual do usuário dos controladores CompactLogix 1769. Disponível em:
<http://literature.rockwellautomation.com/idc/groups/literature/documents/um/1769-um011_-pt-p.pdf >.
Acesso em 19 de abril de 2018.

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REAPROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS DE MADEIRA COMO
ALTERNATIVA DE COMBUSTÍVEL PARA GERAÇÃO DE ENERGIA
Bruno Endreu Ferreira Almeida1
Elania Martins Abreu1
Rubia Ribeiro Almeida1
Rondymilson de Sousa Lopes2

RESUMO

Devido ao acúmulo e grande volume de madeira sendo descartados em centros urbanos, criou-se uma
necessidade de dar uma finalidade a esses resíduos. A cogeração de energia tem como objetivo reforçar a
importância de reciclar, que leva a utilizar materiais descartáveis e inutilizáveis que podem ser reutilizados como
combustíveis sólidos. A produção de energia proveniente da queima de restos de resíduos de madeira tem se
tornado uma alternativa nos dias atuais, onde se é reaproveitada os restos de madeiras para esquentar a caldeira.
Os processos de combustão tem sido o principal gerador de energia para o desenvolvimento do mundo pois o
processo de valorização energética dos resíduos é a recuperação energética como um método de tratamento de
resíduos que consiste na sua combustão, sendo que energia calorifica (vapor) e transformada em energia elétrica
através de caldeiras que são alimentadas por combustíveis. O continuo debate mundial sobre os efeitos
devastadores causados pela queima de combustíveis fosseis faz a população buscar formas de combater e
amenizar esses efeitos e a cogeração e uma dessas formas que se bem implementada pode ter um retorno
bastante positivo.

Palavra Chave: Madeira, Reciclagem, Caldeiras, Energia, Cogeração.

ABSTRACT

Due to the accumulation and large volume of wood being discarded in urban centers, a necessity has been
created to give a purpose to these residues. Energy cogeneration aims to reinforce the importance of recycling,
which leads to the use of disposable and unusable materials that can be reused as solid fuels. The production of
energy from the burning of residual wood waste has become an alternative in the present day, where the remains
of wood are reused to heat the boiler. Combustion processes have been the main generator of energy for the
development of the world since the process of energy recovery of waste is energy recovery as a method of waste
treatment consisting of its combustion, with energy being heat (steam) and transformed in electricity through
boilers that are fueled by fuels. The continuing global debate on the devastating effects of burning fossil fuels
makes the population look for ways to combat and mitigate these effects and cogeneration and one of those ways
that if well implemented can have a very positive return.

Keyword: Wood, Recycling, Boilers, Energy, Cogeneration.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: elania.elania@gmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: rondymilson@yahoo.com.br

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1. INTRODUÇÃO

A geração de energia térmica e mecânica para movimentar equipamentos não e uma prática recente, ela e
utilizada desde a revolução industrial na criação da máquina à vapor. Ainda nessa época se começou a aproveitar
o vapor gerado pelas caldeiras, não só no processo produtivo, mas também na geração de energia elétrica para
consumo próprio. Este trabalho alerta para o grande volume de resíduos de madeira despejados em centros
urbanos e coletados em eco pontos para reutiliza-los como combustíveis sólidos para o aquecimento das
caldeiras. Processo esse conhecido como cogeração, reutilizando um material descartável como fonte de energia.
As caldeiras são equipamentos destinados a transformar água em vapor através da troca térmica entre o
combustível e a água. Nesse processo utiliza-se de partes ou restos de materiais de madeiras não utilizáveis para
que o mesmo seja utilizado como combustível solido para o aquecimento da água. O objetivo deste trabalho
consiste em demostrar a produção de energia com o reaproveitamento de resíduos de madeira através de uma
caldeira a combustão.
Através de uma pesquisa em ecopontos e também de reportagens constatou-se um grande número de resíduos
de madeira sendo descartados em lugares impróprios, materiais esses que terão uma nova utilidade. Uma forma
de se reaproveitar esses restos e através do processo da máquina a vapor onde servira como combustível de uma
caldeira para acionar pistões e gerar energia.

2. MATERIAL E MÉTODOS

Foi utilizado dois cilindros vazios de gás refrigerante para a confecção da caldeira, sendo que um cilindro foi
utilizado por inteiro e outro foi cortado pela metade para se fazer o forno onde será colocada a lenha. Depois dos
cilindros montados, foi instalado a chaminé na parte de trás do forno onde foi soldado uma curva de três
polegadas de aço carbono e em seguida foi soldado na curva um tubo de um 70 cm de comprimento para a saída
dos gases, tubo este que contem na sua parte inferior um filtro de manga para reter as impurezas dos gases que
serão liberados. Na parte superior da caldeira será instalada uma mangueira para a fuga do vapor, que será usado
para acionar um pistão esse pistão acionara um motor elétrico que produzira energia.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Trabalhando com hipóteses, acredita-se que após o final de todo o processo o resultado final será satisfatório
pois utilizando os restos desse resíduo poderá ter um grande impacto ambiental positivo, porque ao invés de
derrubarem novas árvores para servirem de combustível, apenas utilizando essas sobras evitara a corte de muitas
arvores.
Para alcançar resultados mais plausíveis, será feito a montagem de uma caldeira a lenha. Com o protótipo
montado, efetuar os devidos testes e medições para constatar a eficácia deste processo em questão.
A título de discussão, teremos a análise de um pistão que será acionado por vapor produzido pela caldeira,
esse pistão acionara um motor elétrico que irá gerar energia para se acender uma placa de led, comprovando a
funcionalidade da mesma.

4. CONCLUSÕES

Buscou-se no projeto provar em testes que serão feitos, a eficiência de se mostrar que é possível utilizar
restos de resíduos de madeira como combustível para geração de energia através de uma caldeira. Dentre as
hipóteses apresentadas neste trabalho só será possível obter informações concretas, quando todos os testes forem
finalizados.

5. REFERÊNCIAS

WALTER, A. C. S. Viabilidade e perspectivas da cogeração e geração termoelétrica no setor


sucroalcooleiro. Tese de doutorado, unicamp, campinas, 1994.
TOLASQUIM, Mauricio Tiommo. Fontes renováveis de energia no Brasil. Rio de janeiro: Intercencia:
cenergia,2003.
SEIFERT, Mari Elizabete Bernardini. Gestão ambiental: instrumentos, esferas de ação e educação ambiental.
São Paulo: atlas, 2011.

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UTILIZAÇÃO DO PROJECT MODEL CANVAS NO
DESENVOLVIMENTO DE PROJETO E PROTÓTIPO DE
VAPORIZADOR DE GASOLINA
Genário Lopes Pereira Barros1
Igor Humberto Petrus Pinto1
Leomar de Lima Sousa1
Maria Cristina Araujo Santos1
Paulo Henrique Cardoso Vianna1
Patrício Moreira de Araújo Filho2
Eduardo Mendonça Pinheiro2

RESUMO

O Project Model Canvas não se trata apenas de uma simples ferramenta, mas sim de uma forma inovadora de
apresentarmos projetos em apenas uma página, sendo assim possível observarmos todo o projeto dividido em
partes por pequenos blocos contidos em uma folha A4, cada um especificando devidamente cada parte do projeto
do início ao fim. Isto facilita a vida de um projetista ao invés de apresentar um plano de projeto contendo várias
páginas, sendo que estas podem sofrer alterações, influenciando projetista a rescrever toda uma página.
Utilizando-se o Canvas como uma ferramenta prática, simples e completamente visual, desenvolveu-se um
projeto de vaporizador de gasolina. Tal dispositivo é uma inovação no mercado que possibilita a maior economia
do combustível, este projeto utiliza os vapores de combustível que evaporam do tanque, similar aos acumulados
em um filtro de carvão ativado no cânister que seguindo ordens da central eletrônica, usa os vapores acumulados
para queimar no motor, assim evitando a expulsão desses vapores para a atmosfera e gerando melhor economia
ao proprietário do veículo.

Palavra Chave: Project Model Canvas, Projeto, Vaporizador de Gasolina.

ABSTRACT

The Project Model Canvas is not only a simple tool, but an innovative way of presenting projects on only one
page, so we can observe the whole project divided into parts by small blocks contained in an A4 sheet, each one
specifying properly each part of the project from start to finish. This facilitates the life of a designer rather than
presenting a design plan containing several pages, which can be changed, influencing the designer to rewrite an
entire page. Using Canvas as a practical, simple and completely visual tool, a gas vaporizer design was
developed. Such a device is a breakthrough in the market that allows greater fuel economy, this project uses the
fuel vapors that evaporate from the tank, similar to those accumulated in a activated carbon filter in the canister
that following orders from the electronic power plant, uses accumulated vapors to burn in the engine, thus
avoiding the expulsion of these vapors into the atmosphere and generating better savings to the owner of the
vehicle.

Keyword: Project Model Canvas, Design, Gasoline Spray.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: cristina.arsant@gmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: eduardomp1979@gmail.com

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São Luís - MA, Brasil, 16 a 18 de maio de 2018
1. INTRODUÇÃO

A Gestão de projetos teve surgimento nas décadas de 50 e 60, mas desde as antigas civilizações já havia o
uso do mesmo. A gestão de projetos tem um conceito multidisciplinar baseado na utilização de processos para
haver um gerenciamento do ciclo do projeto, que tem a utilização de práticas melhorada para poder iniciar,
planejar, executar, controlar e encerrar o projeto (Torres, 2015). Esse processo tem como finalidade garantir o
sucesso e uma boa qualidade, no gerenciamento do projeto. Mas o que é um projeto? Um projeto consiste em um
esforço momentâneo, utilizado para produzir resultados únicos, que possui um início, meio e fim (PMBOK,
2004; VARGAS, 2000). O resultado único é algo inovador no projeto, onde tem suas próprias particularidades e
características.
Para uma Gestão sistematizada, baseada no PMI, deve-se elaborar estratégia de projetos, ligada ao alcance de
resultados e eficácia dos mesmos estabelecendo implementação, avaliação e controle (PMBOK, 2004). O
planejamento deve iniciar o escopo do projeto, estruturando hierarquicamente estimando recursos e durações
para obter cronograma para orçamento do projeto. Além disso, temos o plano de projeto que inter-relaciona os
stackeholders com a equipe de projeto para viabilizá-lo fora do papel. No encerramento formalizam-se lições
aprendidas, documentação do projeto e aceitação final do cliente.
Além disso, aliado à gestão e projetos, pode-se citar o Project Model Canvas, também conhecido como PM
Canvas ou PMC, que funciona como uma versão mais simples, mas não menos eficaz, do plano de projeto. Ele
utiliza conceitos de gerenciamento, neurociência e design thinking para simplificar a sua elaboração e possui um
caráter completamente visual. Ele possibilita uma visão ampla de todo projeto em uma só pagina como: escopo,
tempo, requisitos, dentre outros aspectos. Sua versatilidade é uma vantagem para o trabalho em equipe, pois a
dinâmica do PMC exige um brainstorm entre os próprios colaboradores e com o cliente, sendo assim, possibilita
a amenização de um documento textual e longo, que pode ocupar dezenas de páginas (CAMARGO, 2017).
O objetivo principal deste artigo é desenvolver, através da ferramenta do Project Model Canvas, um protótipo
a ser apresentado na 2ª Mostra de Iniciação Cientifica de Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras –
ICEMEC, bem como estimular a criatividade de estudantes e a busca por inovações na área de engenharia
mecânica.

2. MATERIAL E MÉTODOS

A metodologia utilizada desenvolve-se em um estudo sobre a aplicação do Project Model Canvas, onde em
uma folha de papel A3 e em grupo de estudo pode-se desenvolver uma tela de negócios que remete a dificuldade
de realização de projetos, e diante desta dificuldade e analisando o passo a passo a tela de negócios pode-se ter a
visão de como podem ser realizadas todas as preliminares para a concretização de um projeto. A fim de definir
tais dificuldades, são feitas as perguntas fundamentais: Por quê? O quê? Quem? Como? Quando e quanto?
O Canvas foi de grande utilidade para o desenvolvimento de um projeto em sala de aula, sendo aplicado num
período que compreende os meses de fevereiro e março/2018, contribuindo para definição de projeto a ser
apresentado em sala de aula. Apesar da riqueza de informações, a simplicidade na execução é umas das grandes
contribuições que o PMC oferece, facilitando o planejamento de projetos.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com base no Project Model Canvas, utilizado para simplificar a elaboração de um projeto, pôde-se chegar à
ideia de desenvolvimento de um vaporizador de combustível, sistema a ser instalado em um automóvel com o
objetivo de reduzir o consumo de combustível. Aplicando a ferramenta descrita, pode-se chegar aos seguintes
resultados, conforme a tabela 1 apresenta.

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A partir da metodologia aplicada, pôde-se desenvolver tal projeto levando como justificativa o elevado preço
do combustível, fazendo com que se possa gerar uma economia e maior autonomia do veículo utilizado; além
disso, o projeto desenvolvido também visa uma menor emissão de gases poluentes e otimização do consumo.
Porém, com os benefícios citados, o produto vaporizador de gasolina, somente pode ser aplicado em veículos
Ciclo Otto e que possuam injeção eletrônica.
A equipe visa apresentar aos alunos e professores, dentro do prazo especificado, um produto que visa a
economia de gasolina e que seja aprovado por órgãos fiscalizadores e regulamentadores. Apesar de apresentar
alguns riscos, como falha do sistema ou até mesmo explosão do veículo e contaminação do meio ambiente, a
equipe desenvolvedora se propõe a obedecer todos os requisitos pertinentes ao projeto, bem como normas e
padrões já estabelecidos, visando um produto de custo razoável.

4. CONCLUSÕES

Através da confecção desse artigo, teve-se como experiência o uso do diagrama do Project Model Canvas
para analise e construção de um projeto, onde se identificou as dificuldades nas fases de realização do mesmo.
Levando em consideração o tempo, custo e pesquisa, teve-se a real certeza de quão difícil é a realização de um
projeto seguindo seu passo-a-passo corretamente, segundo as normas de saúde, segurança, meio ambiente e
quaisquer outras normas que devam ser observadas.
Levando em conta tais considerações desenvolveu-se uma metodologia de aplicação do PMC para a criação
de um Vaporizador de gasolina, dispositivo que tem por finalidade a redução do consumo de combustível e
consequentemente a redução de emissão de gases poluentes. Vale ressaltar que este dispositivo não altera a
engenharia de funcionamento do automóvel aplicado, uma vez que tal modificação poderia gerar riscos ao
usuário e danos materiais.

5. REFERÊNCIAS

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COIMBRA, PMP. Termo De Abertura Do Projeto – PMBOK 4ª Edição – 09 de Janeiro de 2012
https://projetoseti.com.br/termo-de-abertura-do-projeto-pmbok4-edicao/ (Acessado em 31/03/2018)
TORRES, Lutieri. Gerenciamento de projetos: a aplicação de conhecimento-
https://www.devmedia.com.br/gerenciamento-de-projetos-a-aplicacao-de-conhecimento/28059 (Acessado em
31/03/2018)
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Project Management Body of Knowledge – PMBOK. 3º Ed.
Pennnsylvania: Project Management Institute, 2004.
VARGAS, Ricardo V. Gerenciamento de Projetos: Estratégia, Planejamento e Controle com MS Project 98. 1º
Ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2000.
CAMARGO, Robson. Project Model Canvas para gerenciamento de projetos – 13 de Novembro de 2017-
https://robsoncamargo.com.br/blog/projec-model-canvas-para-gerenciamento-de-projetos (Acessado em
28/03/2018)

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APLICAÇÃO DOS CONCEITOS BÁSICOS DE MECÂNICA PARA
CONFECCIONAR UM CARRO MOVIDO A RATOEIRA
Erasmo Caldas1
Renan Lobato1
Alan Jones Foicinhas 2

RESUMO

Este artigo descreve a aplicação de princípios básicos da mecânica e de leis da física como a transformar de
energia potencial em cinética e, também, força como atrito e propulsão. Para confecção de um carro movido a
uma ratoeira foram necessários vários materiais e ferramentas conforme veremos no decorrer do trabalho junto
com os resultados obtidos nos testes e os principais desafios encontrados durante o processo de montagem do
mesmo.

Palavra Chave: atrito, carro, ratoeira, propulsão.

ABSTRACT

This article describes the application of basic principles of mechanics and laws of physics as to transform from
potential energy into kinetics and also forces like friction and propulsion. In order to make a car driven by a
mousetrap, several materials and tools were needed as we will see in the course of the work together with the
results obtained in the tests and the main challenges encountered during the assembly process.

Keyword: friction, car, mousetrap, propulsion.

1
Graduandos em Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: erasmovscaldas@gmail.com
2
Docente da Engenharia Mecânica da Faculdade Pitágoras. E-mail: alan.martins@kroton.com.br

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1. INTRODUÇÃO

No texto a seguir veremos as aplicações dos princípios básicos da mecânica na montagem de carrinho com
sistema de propulsão movido única e exclusivamente por uma ratoeira. Veremos também o processo de criação
do mesmo além dos resultados obtidos durante competição realizada pelo professor na faculdade.

2. MATERIAL E MÉTODOS

Para montagem do experimento foi preciso utilizar, uma ratoeira para o sistema de propulsão, um a roda de
moto retirada de um brinquedo antigo para montagem do eixo dianteiro do carro, um pedaço de compensado
medindo 150x300mm para confeccionar a estrutura do carro, dois cd’s para confeccionar as rodas traseiras, um
corpo de uma caneta em alumínio para confeccionar o eixo traseiro, dois balões para garantir aderências as rodas
traseiras, dois parafusos Philips com bucha para fixação das rodas no eixo, dois parafusos ganchos para servir de
apoio e fixação do eixo traseiro no carro, dois pedaços de compensado redondo de 3mm de diâmetro para
fixação nos cd’s, 700mm de arame duro para confecção do eixo dianteiro e prolongamento do sistema de
propulsão do carrinho. Além dos materiais citados acima vamos precisar de ferramentas para montagem do
carrinho como, furadeira para realizar os furos no compensado para fixar o eixo dianteiro e parafusos ganchos do
eixo traseiro, parafusadeira a bateria para fixar as rodas traseira no eixo e a ratoeira no compensado, broca serra
copo ¼, serra tico tico para cortar o compensado e cola de contato para fixar os cd’s na madeira.

Figura 8 – Apresentação do protótipo.

A montagem do carro se dá fixando a roda dianteira do carro fazendo um corte retangular no compensado
40x50mm no compensado e realizando um furo horizontal para passagem do arame para fixar a roda dianteira,
logo após se faz dois furos para fixação dos parafusos ganchos, logo fazemos a fixação da ratoeira com dois
parafusos o mais próximo da roda dianteira o possível para ganharmos maior impulso, após a fixação da ratoeira
montou seu prolongamento com o arame duro fixado por quatro fitas hellerman no ferro da ratoeira. Para
montagem do conjunto de roda e eixo da parte traseira da ratoeira vamos colar os cd’s nas madeiras redondas de
30mm de diâmetro e fazer u furo no centro da maneira, logo depois colocamos as duas buchas dentro do corpo
da caneta colocamos a roda e fixamos a roda de apenas um dos lados, passamos o eixo por dentro dos dois
ganchos e fixamos a segunda roda fixando com o parafuso no eixo, utilizamos uma linha Nº 0 para fixar no
prolongamento e o eixo para dar a propulsão no carro e envolvemos os cd’s com os dois balões.

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Figura 2 – Apresentação do protótipo.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a montagem fomos realizar os testes primeiramente sem o prolongamento da ratoeira e observou-se que
as rodas patinavam pois devido ao cd ser fino o atrito era praticamente zero com o solo levando o carro a andar
apenas 3 metros devido a maior força e menor deslocamento da alavanca, já com o prolongamento da alavanca
observamos que o carro parou de patinar pois com o prolongamento da mesma tivemos maior tração da ratoeira
a força foi reduzida propiciando um maior atrito do cd com o solo que fez com que o carro se deslocasse por
mais de dez metros, mas o mesmo teve sua velocidades reduzida devido ao maior deslocamento da alavanca da
ratoeira.

4. CONCLUSÕES

Neste trabalho podemos observar as aplicações que a mecânica e suas forças propiciaram no
desenvolvimento do carro. Podemos observar as aplicações das leis da física na pratica, como o princípio da
alavanca no movimento da ratoeira, a transformação da energia potencial em cinética e a aplicação da segunda
lei de Newton. Os progressos e resultados que alcançamos com as diferentes formas e peças utilizadas no carro.
O aprendizado e a experiência que ganhamos com esse desafio.

5. REFERÊNCIAS

MUNDO, MANUAL. Carrinho com motor de ratoeira. 2015. (10m35s). Disponível em:
<https://www.youtube.com/manualdomundo. Acesso em: 01/04/2018.
3π, GRUPO. Carrinho com motor de ratoeira – Projeto Unificado III (UNIVAG-2017/1) Grupo 11. 2017.
(4m22s). Disponível em: <https://www.youtube.com/grupo3π. Acesso em: 02/04/2018.

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