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Como fazer relatórios

Revisão da literatura

Livros, revistas das áreas científicas, dissertações de mestrado e teses de doutoramento, diversos
trabalhos académicos, relatórios…

Pesquisa deve ser feita por: assunto chave, palavras chave…

Metodologia de investigação

Consiste num processo de seleção da estratégia de investigação, que condiciona, por si só, a escolha
das técnicas de recolha de dados, que devem ser adequadas aos objetivos que se pretendem atingir.
A escolha da metodologia de investigação tem por base não só os objetivos do trabalho a
desenvolver, mas o facto de se poder pretender que os resultados se assumam como
generalizações, tendo por base uma grande população, o que permite procurar tendências gerais
dos seus comportamentos ou se quer realizar um trabalho em profundidade sobre uma amostra
reduzida composta por poucas unidades de análise, importando compreender os fenómenos que
são objeto de investigação.

Definição de métodos (Grawitz 1993) ‘um conjunto concertado de operações que são realizadas
para atingir um ou mais objetivos, um corpo de princípios que presidem a toda a investigação
organizada, um conjunto de normas que permitem selecionar e coordenar técnicas’ (op. Cit., Carmo,
1998:175)

As técnicas devem ser definidas de acordo com o fenómeno em causa, depende do objetivo que se
pretende atingir (Carmo, 1998:175)

Método de investigação qualitativa


Estudo qualitativo – natureza da realidade subjetiva e múltipla, investigador interage com o objeto,
dependente de juízos de valor e interpretações; linguagem informal, primeira pessoa/pessoal, uso
de vocabulário qualitativo (compreender, descobrir, significado, evolução, contexto); processo de
investigação indutivo, multifacetado, desenho emergente que se altera ao longo da investigação,
teorias pretendem levar à compreensão, preciso e fiável através da verificação. (Creswell, 1994)
Investigação qualitativa surgiu como alternativa ao paradigma positivista e à investigação
qualitativa, os quais se mostraram ineficazes para a análise e estudo da subjetividade inerente ao
comportamento e à atividade das pessoas e das organizações. Centra-se na compreensão dos
problemas, analisando comportamentos, as atitudes ou os valores. Não existe uma preocupação
com a dimensão da amostra, nem com a generalização dos resultados, e não se coloca o problema
da validade e da fiabilidade dos instrumentos, como acontece na quantitativa.

Tipo de investigação é indutivo e descritivo

Na medida em que o investigador desenvolve conceitos, ideias e entendimentos a partir de padrões


encontrados nos dados, em vez de recolher dados para comprovar modelos, teorias ou verificar
hipóteses como nos estudos quantitativos.

Caracteriza-se da seguinte forma:

 Maior interesse no próprio processo de investigação e não apenas nos resultados;


 O investigador desempenha um papel fundamental na recolha de dados – a
qualidade (validade e fiabilidade) dos dados depende muito da sua sensibilidade, da
sua integridade e conhecimento;
 Investigador tem de mostrar uma grande sensibilidade ao contexto onde está a
realizar a investigação;
 I.Q. é indutiva, o investigador desenvolve conceitos e chega à compreensão dos
fenómenos a partir de padrões resultantes da recolha de dados (não recolhe dados
para testar hipóteses);
 É uma investigação holística, tendo em conta a complexidade da realidade;
 O significado tem uma grande importância – o investigador tenta compreender os
sujeitos de investigação a partir dos quadros de referência, dos significados que são
atribuídos aos acontecimentos, às palavras e aos objetos;
 O plano de investigação é flexível, pois o investigador estuda sistemas dinâmicos;
 Utilizam-se procedimentos interpretativos, não experimentais, com valorização dos
pressupostos relativistas e a representação verbal dos dados (privilegia a analise de
caso ou de conteúdo);
 É uma investigação descritiva, produz dados descritivos a partir de documentos,
entrevistas e da observação e por tal a descrição tem de ser profunda e rigorosa.

VANTAGENS – possibilidade de gerar boas hipóteses de investigação, devido ao facto de serem


utilizadas técnicas como: entrevistas detalhadas, observações minuciosas e analise de produtos
escritos (relatórios, teses, composições).

DESVANTAGENS – objetividade. Existem problemas de objetividade que podem resultar da pouca


experiência, falta de conhecimentos, e falta de sensibilidade do investigador.

Tipo de estudo
Marshall e Rossman (1995:40-41), qual o tipo de estudo?

 Exploratório – tem por objetivo proceder ao reconhecimento de uma dada realidade


pouco ou deficientemente estudada e levantar hipóteses de entendimento dessa
realidade; (um caso)
 Explanatório – explicam as forças que originam o fenómeno em estudo e identificam
as causas que afetam esse mesmo estudo; (múltiplos casos)
 Descritivo – descrevem rigorosa e claramente um dado objeto de estudo na sua
estrutura e funcionamento; (um caso)
 Predicativo - procuram predizer os resultados de um fenómeno e prever os eventos
e comportamentos do fenómeno (quantitativo)

As abordagens qualitativas são adequadas aos estudos de natureza exploratória, descritiva


ou explanatória, sendo que o estudo de caso único se adequa aos estudos exploratórios e
descritivos.

Investigação qualitativa

A tipologia das Ciências Sociais caracteriza-se por três grandes grupos de técnicas de recolha de
dados, que servem para operacionalizar as investigações qualitativas:

 Entrevista;
 Observação;
 Análise documental.

Investigação-ação

É uma metodologia que tem o duplo objetivo de ação e investigação, no sentido de obter resultados
em ambas as vertentes:

Ação – para obter mudança numa comunidade ou organização ou programa;

Investigação – no sentido de aumentar a compreensão por parte do investigador, do cliente e da


comunidade;

Podemos afirmar que a investigação-ação é uma metodologia de investigação orientada para a


melhoria da prática nos diversos campos de ação. Esta metodologia pressupõe uma melhoria das
práticas mediante a mudança e a aprendizagem a partir das consequências dessas mudanças,
permitindo ainda a participação de todos os implicados.

Reflexão Ação

Planificação
Observação

[Ciclo de investigação ação]

A investigação ação é participativa e colaborativa, no sentido em que implica todos os


intervenientes no processo. O investigador não é um agente externo que realiza a investigação com
as pessoas, é um co investigador com e para os interessados nos problemas práticos e na melhoria
da realidade. Existem 3 modalidades na investigação-ação: técnica, prática e critica ou
emancipadora. Baseiam-se em diferentes critérios: objetivos, papel do investigador, tipo de
conhecimento que geram, formas de ação e o nível de participação:
 Técnica: quando o investigador externo propõe a experimentação de resultados de
investigação externas. Os objetivos e o desenvolvimento metodológico são
predefinidos pelo investigador.
 Prática: é caracterizada por um protagonismo ativo e autónomo do investigador,
sendo que ele conduz o processo de investigação.
 Critica ou emancipadora: intervém na transformação do próprio sistema,
procurando facilitar a implementação de soluções que promovam melhorias.

Para concretizar um processo de investigação-ação:

1. Diagnosticar o problema
2. Construir o plano de ação
3. Propor um plano de ação
4. Refletir, interpretar e integrar os resultados

Técnicas de recolha de dados

Conjunto de processos que nos permite recolher os dados empíricos que são uma parte
fundamental do processo de investigação. Por vezes, é importante o recurso a várias fontes de
informação e cruzar com o seu conteúdo, de modo a que várias fontes relatem o mesmo
acontecimento e provem a sua veracidade.

Tipos de dados

Após a definição da estratégia de investigação segue-se a recolha de informação, que se baseia na


formulação de diversas questões que facilitam a recolha de informação, tais como: Como vamos
procurar informação? Qual a natureza dessa informação? Junto de quem vamos recolher essa
informação?

Dependendo do tema, será feita a escolha do público alvo da investigação e da estratégia de


investigação a utilizar. Mediante estes aspetos, conclui-se que existem dois tipos de fontes de
pesquisa, as fontes primárias e as fontes secundárias.
Dados primários: são informações que o investigador obtém diretamente através da conceção
e aplicação de inquéritos, condução de entrevistas e em estudos baseados na observação. Através
das entrevistas, são colocadas questões relacionadas com o tema só projeto, que permitam obter
informações sobre factos ou sobre a forma como os entrevistados aprenderam esses factos.

Dados secundários: provêm da analise documental. O investigador tem acesso a informações


trabalhadas por terceiros e procede à sua recolha em livros, dicionários, enciclopédias, Internet,
jornais e revistas, os quais formam o conjunto das principais fontes de informação.

Quem inquirir?
Qualquer investigação pressupõe a recolha de dados. Estes são informação na forma de
observações, ou medidas, dos valores de uma ou mais variáveis normalmente fornecidos por uma
entidade ou por um conjunto de entidades. Podem ser pessoas singulares, famílias, empresas ou
outro tipo de entidade, para o qual o investigador pretende tirar conclusões a partir da informação
fornecida.

A precisão dos resultados da investigação seria muito superior se fosse analisada toda a população,
contudo isso implicaria custos, tempo, e questões de logística/distancia. Por isso procedeu-se à
análise de uma amostra, que permite obter as mesmas informações com uma certa margem de
erro. O problema que se apresenta consiste em conseguir selecionar um conjunto de indivíduos,
uma amostra, de tal forma que as observações que dele fizermos possam ser generalizadas a toda
a população. Então, é necessário que a amostra apresente características idênticas às da população
ou universo, que seja representativa.

Constituição da amostra não aleatória: amostragem por conveniência – não é representativo da


população. Ocorre quando a participação é voluntaria ou os elementos são escolhidos por uma
questão de conveniência. O processo amostral não garante que a amostra seja representativa, pelo
que os resultados desta só se aplicam a ela própria. Pode ser utilizada com êxito em situações nas
quais seja mais importante captar ideias gerais e identificar aspetos críticos do que propriamente a
objetividade cientifica – tem a vantagem de ser rápido, barato e fácil.

Principais técnicas de recolha de dados:


 Observação (observação participante ou não)
 Entrevista (presencial, telefonica, em grupo)
 Analise documental (actas, jornai, documentos públicos ou privados)
 Materiais audiovisuais
 Inquéritos por questionário

Observação
Técnica de recolha de dados que se baseia na presença do investigador no local recolha desses
mesmos e pode usar métodos categoriais, descritivos ou narrativos.

Descritivos – baseiam-se na extensa descrição dos acontecimentos que o investigador já observou


e registou, acrescentando-lhe a sua reflexão que é condicionada pela experiencia e conhecimento.

Narrativos – elaboração de um registo escrito por dados numa linguagem corrente do quotidiano.
Este registo pode fazer-se no momento da observação de um acontecimento ou num desenrolar de
um conjunto de acontecimentos que decorreram num período de tempo.

Observação participante
É o próprio investigador o instrumento principal de observação. Ele integra o meio a ‘investigar’
podendo, assim, ter acesso às perspetivas das pessoas com quem interage, ao viver os mesmos
problemas e as mesmas situações que eles. Deste modo, a participação tem por objetivo recolher
dados (sobre ações, opiniões ou perspetivas) aos quais um observador exterior não teria acesso.

A observação participante é uma técnica de investigação qualitativa adequada ao investigador que


pretende compreender, num dado meio social, um fenómeno que lhe é exterior e que lhe vai
permitir integrar-se nas atividades/vivencias das pessoas que nele vivem, realizando desta forma o
trabalho de campo.

Neste tipo de observação, o investigador vive as situações e fará depois os seus registos dos
acontecimentos, de acordo com a sua perspetiva. Os dados registados durante o trabalho de campo
são do tipo da descrição narrativa.

Análise documental
Constitui-se como uma técnica importante na investigação qualitativa – seja complementando
informações obtidas por outras técnicas, seja através da descoberta de novos aspetos sobre um
tema ou problema. O trabalho de analise inicia-se com a recolha, pois, por vezes, os documentos
são as únicas fontes que registam princípios, objetivos e metas.

ENTREVISTA
É um método de recolha de informações que consiste em conversas orais, individuais ou de grupos,
com várias pessoas cuidadosamente selecionadas, cujo grau de pertinência, validade e fiabilidade é
analisado na perspetiva dos objetivos da recolha de informações (Ketele, 1999:18). Assim, um
individuo pode ser interrogado sobre os seus atos, ideias e projetos.

Qual o propósito, tema, objetivos e dimensão da entrevista? De seguida, selecionar a amostra de


indivíduos a entrevistar segundo um método representativo da população ou de oportunidade:

Objetivos:

 Recolha de informação;
 Transmissão da informação;

Características:

 Requer pessoas especializadas;


 Possibilita diversidades relativamente às questões e respostas;
 Maior eficácia de resposta;
 Interação direta;
 Reformulação constante;
 Papel ativo do entrevistador;
 Oportunidade de aprofundar;
 Recolha oral da informação.

Entrevista semiestruturada

 Tem guião, com um conjunto de tópicos ou perguntas a abordar na entrevista. Dá


liberdade ao entrevistado, embora não o deixe fugir muito do tema.

Entrevista de tipo intensivo – centra-se no individuo, sem limites de templo e com ampla liberdade,
em que este expõe o seu ponto de vista, e as informações obtidas serão ricas em termos individuais,
mas com pouco interesse, isto é, as conclusões obtidas não poderão ser tomadas como as opiniões
de todo o grupo social.

Tipos de questões – questões abertas


Com a possibilidade de exprimir e justificar livremente a sua opinião.

 VANTAGENS: relaxam o entrevistado e o entrevistador, permitem apreender o


vocabulário do entrevistado, proporcionam uma grande riqueza de detalhes,
tornam a entrevista mais interessante para o entrevistador, permitem uma maior
espontaneidade e facilitam a resposta ao entrevistado.
 DESVANTAGENS: as respostas podem ter demasiados detalhes irrelevantes,
possibilidade de o entrevistador perder o controlo da entrevista, podem sugerir que
o entrevistador não está preparado, podem sugerir que a entrevista não tem
objetivos.

Guião da entrevista
instrumento para a recolha de informações na forma de texto que serve de base à realização de
uma entrevista. É constituído por um conjunto de questões abertas (resposta livre), deve incluir
indicação da entidade/pessoa, data, local e um titulo. Etapas na elaboração do guião da entrevista:

 Descrição do perfil do entrevistado (função)


 Seleção da amostra de individuos a entrevistar
 Definição do propósito da entrevista (tema, objetivo e dimensões)
 Estabelecimento do meio de comunicação (oral), do espaço (local de realização), e
do momento ou duração.

Apresentação do guião

 Redigir o cabeçalho com identificação (instituição, proponentes, titulo, data)


 Incluir uma apresentação sucinta da entrevista, incluindo os objetivos
 Alinhar as perguntas na vertical e com espaçamento ajustado
 Utilizar tipo de letra legível, margens com 2 cm
VANTAGEM DAS ENTREVISTAS
Permite a recolha de informação muito rica que, por vezes não está em documentos; bom grau de
profundidade (permite recolher os testemunhos e interpretações dos entrevistados, respeitando os
seus quadros de referencia, a linguagem e categorias mentais – forma de classificação); permite
definir dimensões relevantes de atitude e avalia-as melhor; permite explorar muita informação; é
flexível, no sentido em que permite verificar se ambos os intervenientes compreendem o significado
das palavras e o sabem explicar.

DESVANTAGENS: possibilidade de respostas falsas, que conscientes ou inconscientes; depende


sempre da capacidade ou incapacidade que as pessoas têm para verbalizar as suas próprias ideias;
consome muito tempo e é um método difícil de trabalhar; a analise do conteúdo é complicada e
difícil; noções pré-concebidas influenciam o resultado das entrevistas; as opiniões do investigador
podem influenciar o entrevistado.

Análise e interpretação de dados


processo de decomposição de um todo nos seus elementos, procedendo posteriormente à sua
examinação – de uma forma sistemática – parte por parte. Em termos de processo de investigação,
corresponde à etapa onde se registam, analisam e interpretam os dados.

Análise dos dados


Após a recolha da informação, o investigador terá necessidade de proceder à sua seleção. Não sendo
possível analisar toda a informação recolhida, o investigador terá de selecionar aquela que tem
maior importância e que seja mais relevante para dar resposta às questões da investigação.

Todo o material compilado no trabalho de campo, notas de trabalho, gravações de vídeo,


transcrições das entrevistas, dados provenientes de inquéritos, etc. é considerado uma fonte de
dados a partir do qual será construída a análise.

Assim o primeiro passo é proceder à verificação dos requisitos dos dados recolhidos:

 Validade – comparar os dados com uma fonte externa;


 Relevância – importância em relação aos objetivos;
 Especificidade e clareza – referencia com objetividade e dados, datas, nomes, locais,
percentagens, prazos, etc.
 Profundidade - relacionado com sentimentos e lembranças do entrevistado, a sua
intensidade e intimidade;
 Extensão – amplitude da resposta.

Seguem-se os procedimentos de análise de dados – abordagem e método qualitativos. Diversos


autores sugerem diferentes abordagens quanto ao processo de análise de dados.

O tratamento de dados está relativamente formalizado – quer se trabalhe com dados qualitativos
quer com dados quantitativos, trata-se sempre de resumir, de organizar, estruturar e, por último,
apresentar as relações ou estruturas daí resultantes (Van der Maren, 1988).

Miles e Huberman (1994:24) definem esta fase de tratamento de dados como a ‘estruturação de
um conjunto de informações que vai permitir tirar conclusões e tomar decisões’. Segundo eles, a
operação da apresentação de dados é, por vezes, negligenciada e é, sem dúvida, de extrema
utilidade na redação do relatório final, uma vez que os textos narrativos são compostos por
informações dispersas, vagamente estruturadas e difíceis de reter.

É por isso que a organização dos dados corresponde a uma fase determinante da análise:

 Permite ao investigador uma representação dos dados num espaço visual reduzido;
 Auxilia a planificação de outras análises;
 Facilita a comparação entre diferentes conjuntos de dados;
 Garante a utilização direta dos dados no relatório final.

Uma vez que nos estudos puramente qualitativos não há uma estrutura rígida que oriente a análise
de dados recolhidos, isso não implica que não deva existir rigor e critérios para o fazer. Sendo
estudos que investigam relações sociais, é necessário que o investigador tenha alguns cuidados,
para que o estudo seja credível:

 O investigador deverá ser capaz de aceitar explicações alternativas e/ou contrarias


àquelas que esperava.
 Deverá ser aberto a novas possibilidades.
 Deverá ser capaz de realizar comparações e contrastes.

Ou seja, investigar não é fazer com que os dados recolhidos vão ao encontro das expetativas iniciais
do investigador, mas sim, relatar os dados resultantes da investigação. Os dados qualitativos
originários da recolha via observação ou entrevistas são dados complexos, extraordinariamente
importantes para entender como e porquê algo acontece, em termos de um estudo mais
aprofundado de um determinado fenómeno. Esta complexidade exige uma abordagem estruturada
para a sua análise:

 Rever o material, consistindo em preparar e organizar os dados


 Estabelecer um plano de trabalho
 Codificar os dados num primeiro nível ou plano, codificar as unidades em categorias,
determinando unidades de analise para categorias de análise. Para identificar
categorias procuram-se semelhanças, agrupamentos e aspetos de significado
particular.
 Comparar as categorias entre si para as agrupar em temas e encontrar possíveis
ligações. Comparação constante – identificação de diferenças e semelhanças entre
as unidades de analise, e comparação entre categorias.
 Interpretar os dados, processo que consiste em: descrever cada categoria, entender
os significados de cada categoria, questionar qual a presença, frequência de cada
categoria, estabelecer e compreender as relações entre categorias
 Descrever contextos, eventos, situações e indivíduos de estudo; encontrar padrões,
explicar factos, acontecimentos e construir teorias. Obtém-se a teoria com base no
aprofundamento das experiências, e não através da aplicação de técnicas
estatísticas.
 Assegurar a fiabilidade e validade dos resultados
 Responder, corrigir e voltar ao trabalho de campo

Processo de análise em investigação qualitativa (Creswell 2009:185)

Dados em bruto (transcrições, notas de campo, imagens) -» organização e preparação dos dados
para análise -» leitura de todos os dados -» codificação dos dados (manual ou computador) -»
temas/descrições -» interpretação do significado dos temas/descrições -» validação da exatidão da
informação.
ANALISE DE CONTEUDO DAS ENTREVISTAS E OBSERVAÇAO PARTICIPANTE
 Preparar os dados para análise;
 Medir as relações entre variáveis;
 Comparar os resultados esperados com os observados;
 Procurar significado das diferenças.

Apresentação dos resultados


 Medição e descrição dos resultados;
 Agregação e ordenação dos dados;
 Estabelecimento de relações/analise de relação;
 Comparação dos resultados;
 Procura de padrões;
 Transmissão de informação, sob a forma de gráficos e quadros.

Conclusões
Culminar do processo de investigação – implica o ato de concluir e de responder formalmente aos
objetivos propostos inicialmente. Os objetivos foram ou não cumpridos? Se não, quais as razoes
subjacentes. Todas estas considerações derivam do processo de analise anteriormente efetuado, e
fazem parte da conclusão.

As conclusões e recomendações são partes integrantes e fulcrais em qualquer projeto de


investigação. Integram, normalmente, o capítulo final do trabalho cientifico. Inicialmente, na
introdução, o investigador tem um determinado objetivo, que explicita na definição a problemática
do trabalho. Nas conclusões e recomendações, essa problemática deverá ser respondida de uma
forma explicita. Isto implica que os resultados principais, originários do processo analítico
anteriormente descrito, são revistos e, de uma forma objetiva e sintética, as respostas encontradas
no processo de investigação são dadas.

Durante o processo analítico, há táticas que podem ser utilizadas para retirar significados plausíveis
e, consequentemente, retirar conclusões, e responder aos objetivos propostos (Miler e Huberman
1994)
 Encontrar padrões e temas comuns, formas de agregação natural da informação e
analise empreendida;
 Notar o plausível, o provável, aquilo que é evidente, indicando uma possível
conclusão;
 Organizar as deduções (e induções), classificar e organizar a informação e
conhecimento advindo da análise em classes, categorias e fases;
 Usar metáforas para a clarificação da argumentação desenvolvida e para a resolução
de ‘puzzles’ de investigação;
 Elaborar contagens de ocorrências, de comportamentos, de eventos e da sua
repetição;
 Efetuar comparações e identificar contrastes;
 Efetuar a divisão de variáveis, se necessário e elucidativo, para tirar conclusões.
Podem existir variáveis que necessitem de ser divididas, dada a identificação de
dimensões analíticas autónomas;
 Incluir os casos particulares no âmbito mais generalizado – conseguir considerar os
casos mais particulares em campos de analise mais amplos – como se o nível
analítico de abstração subisse.
 Factoring – tentar encontrar relações entre variáveis, agrupando-as em
temas/classes genéricas, nomeando o fator aglomerador como fator cluster.
 Encontrar relacionamentos e associações possíveis entre as variáveis.
 Identificar intervenientes ou intermediarias, aquelas que exercem diversas
influencias no decurso da investigação e que influenciam o resultado da
investigação.
 Construir um fio condutor lógico – existência de uma cadeia de evidencia, que é
construída através de um enfoque progressivo, da elaboração de constantes
comparações e da construção de corroborações estruturais.
 Criar coerência conceptual e teórica – o processo de raciocínio deverá mover-se
conectando factos com outros factos, agrupando-os seguidamente em padrões com
significados compreensíveis. Com a aplicação das táticas mencionadas o
investigador move-se da realidade empírica para uma visão mais concetual dos
fenómenos sob investigação.

Para se chegar a conclusões substanciadas, as questões colocadas inicialmente (questões de


investigação/hipóteses), devem ser revistas e as respostas fundamentadas claramente
apresentadas. Os autores deverão ser mais do que descritivos. Nas conclusões inserem-se
normalmente os grandes contributos resultantes da implementação de qualquer projeto de
investigação.

Relativamente aos contributos, há dois tipos: o académico e o empírico.

 Académico – deverão ser delineadas as implicações do foro teórico que resultam do


projeto de investigação. Por exemplo, uma teoria testada que foi corroborada ou
refutada em determinado contexto setorial, anomalias concetuais identificadas a
partir de uma comparação entre a teoria previamente selecionada no modelo de
analise e o teste empírico implementado, etc.
 Empírico – recomendações dirigidas numa âmbito mais prático, por exemplo, um
âmbito setorial/empresarial. De acordo com os resultados obtidos, aprendizagens e
conhecimento adquirido através da investigação, podem ser efetuadas
recomendações importantes a nível empresarial.

A conclusão não deverá conter material novo ou argumentações que não tenham sido já
apresentadas. Representa um culminar indutivo/dedutivo, uma proposição final de um raciocínio
que resulta de todo o processo de investigação conduzido. As conclusões devem ser alvo de
verificação para que, deste modo, a credibilidade do trabalho não seja posta em causa. Para que
esta verificação seja mais eficaz:

 Assegurar a qualidade dos dados recorrendo a uma verificação da


representatividade das amostras, avaliação dos efeitos e enviesamentos ligados ao
investigador, a uma avaliação do grau de confiança atribuível a cada um dos
diferentes tipos de dados, e a uma triangulação de dados.
 Verificar a validade das conclusões, ao examinar atentamente as diferenças no
interior do conjunto de dados através da utilização de comparações/contrastes e de
casos extremos

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