Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
1.Introdução
Vocês já pararam para pensar sobre como o controle absoluto de Deus sobre todas as coisas e sobre
todos os seres se relaciona com a sua salvação? Já se indagou: “Será que Deus me escolheu e me
amou e por isso estou aqui?” Se você hoje crê no evangelho, alguma pergunta já passou pela sua
mente se foi Deus quem te escolheu ou foi você quem o escolheu? A bíblia nos mostra, de modo
claro, que foi Deus quem nos escolheu para a salvação em Cristo Jesus. Este assunto já foi falado
aqui. Mas, será que vocês já pensaram como isso se relaciona com as suas dificuldades na luta
contra o pecado diariamente? Como a eleição de Deus pode lhe garantir uma paz que não há neste
mundo?
O que vou pregar é sobre a soberania de Deus em nossa salvação e esclarecer como isso
pode nos ajudar no dia a dia, quando pensamos que não somos bons o suficiente, ou que pecamos,
ou que estamos inseguros quanto à nossa salvação. Feita esta introdução, passo então a falar sobre a
soberania de Deus.
3.1.Eleição – v.3-5
A primeira bênção espiritual que nos foi concedida está no verso 4, onde está escrito: “como
também nos elegeu nele [em Cristo] antes da fundação do mundo...”. A eleição é a escolha de Deus
Pai de quem será salvo em Cristo Jesus. Esta escolha é a parte das obras, ou seja, não depende do
que viríamos a fazer. Deus nos escolhe independentemente dos nossos atos futuros. Deus, o Pai,
escolhe, elege e predestina um grupo de pessoas e, por ser um grupo de pessoas, há seres
individuais que compõem este grupo. Portanto, a escolha é individual e não somente de um grupo
desconhecido de pessoas. Não foi pelas nossas obras, pois não somos dignos de tão grande favor,
não merecemos, porque escolhemos o pecado e não a Deus.
E no verso 5 está escrito: “...segundo o beneplácito de sua vontade”. O significado deste
trecho é que a nossa eleição está baseada na vontade de Deus e não em algo ou alguém externo a
nós. Foi exclusivamente Deus quem nos elegeu, para a sua própria glória. Assim, não procuremos
em nós motivos para dizermos:”Foi por isto que Deus me escolheu! Não sou tão mal assim.” ou “Eu
ajudo as pessoas, por este motivo eu fui escolhido”. Não pronuncie tal coisa diante de Deus. Não
deixa estas palavras nem passarem pela sua mente. Suas obras na salvação jamais serão aceitar por
Deus, que é santo. Seus atos não tem valor nem mérito algum na salvação. O próprio trecho nos
mostra que foi pela vontade de Deus e não nossos atos que O levou a nos escolher. É graça e não
merecimento a nossa salvação.
Quão grande é o amor do Senhor. Alguns pensam e acreditam que este ensinamento mostra
Deus como um tirano, um Deus cruel e malvado. Peço-lhes, não veja assim. Não olhem para este
trecho da bíblia e falem isso. Olhe para a graça de Deus, olhe para o favor do Senhor na tua vida.
Hoje, você que crê em Cristo e sabe que é um filho de Deus pode dizer que Deus te escolheu. Que
grande amor! Que grande graça! Que doce amor! Que isso encha os nossos corações de temor e
amor.
3.2.Redenção – v.7
A segunda bênção espiritual que nos foi concedida foi a redenção. Redenção significa libertação
através de um resgate. Éramos escravo do pecado, pois todo aquele que pecado é servo do pecado
(Jo 8:32). Obedecíamos a nossa carne, seguíamos o curso deste mundo, pecávamos contra Deus
constantemente. Tão miseráveis, tão pobres. Terrível era a nossa condição. Como escravos do
pecado, não éramos dignos de nada. Não pense nem acredite que você tem valor diante de Deus a
ponto dEle entregar o Filho dEle por você. Você é barro, pó desta terra. Ninguém é digno do
sacrifício de Cristo, somos miseráveis em nós mesmo. Peço a vocês, não olhem para a cruz de
Cristo Jesus com o pensamento de que você é tão valioso para Deus que Ele teve que dar a vida do
Filho para que você tivesse perdão. Deus, em sua infinita graça e misericórdia, no entanto, envia
Seu Filho, Cristo Jesus, para morrer pelo seu povo e libertar este povo do pecado, da escravidão do
pecado. Em Atos, capítulo 4, versos 26 ao 28 está escrito: “Levantaram-se os reis da terra, E os
príncipes se ajuntaram à uma, Contra o Senhor e contra o seu Ungido. Porque verdadeiramente
contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos,
com os gentios e os povos de Israel; Para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham
anteriormente determinado que se havia de fazer.” Deus quem determinou a morte de seu Filho, a
morte de Jesus. Foi um plano divino.
Naquela cruz, conforme o plano divino, o preço foi pago, a vida do Filho de Deus, para que
pudessemos ser libertos da culpa do pecado, para que pudêssemos ser reconciliados com o Pai, que
nos escolhera antes da fundação do mundo. Conseguem compreender tamanho amor? É impossível,
foge ao meu entendimento tamanho amor de Deus para conosco, tamanho o amor de Cristo para
com a Sua Igreja. Alguma porção deste amor até podemos conhecer, mas não em sua totalidade. E
algo que chama muito a minha atenção é que eu mesmo eu merecendo sofrer, e não sendo digno de
estar na presença de Deus, Ele deu a vida do Filho dEle por mim, para que eu tivesse a remissão das
ofensas. A remissão das ofensas é o perdão dos nossos pecados. Repare que o perdão dos pecados é
em Cristo. É Cristo o nosso Salvador, aquele que nos redimiu da escravidão do pecado. Ao citar o
nome de Cristo, o bíblia mostra, de modo explícito, a nossa insuficiência perante Deus e a
suficiência do Filho de Deus, Jesus Cristo. Todo orgulho humano cai por terra. Toda vanglória é
exposta como lixo. Somente Cristo Jesus é suficiente. É nEle a nossa eleição e nossa redenção.
Portanto, sabendo da suficiência de Cristo Jesus, olhe para Ele e não para si mesmo. Se você
olhar para seus atos, seus feitos, você terá uma ilusão quanto a salvação. Você irá cometer idolatria,
pois estara adorando a seus esforços e não a Cristo Jesus. Olhe para a cruz de Cristo, apenas para
ela e alegre-se na grande salvação que o Deus nos deu.
Deus abriu o nosso entendimento. Deus mostrou-nos o seu propósito soberano. Como está
escrito no livro de 2 Coríntios, capítulo 4, versículos do 4 ao 6: “Nos quais o deus deste século
cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o
Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das
trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do
conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.”
Sabendo que foi por misericórida de Deus, e não pelos nossos esforços que conhecemos e
cremos no evangelho da graça de Deus, estejamos sempre humildes em nosso entendimento, para
não cair no pecado do orgulho, da ostentação quanto ao conhecer a graça de Deus.
5.Conclusão
Meus ouvintes, hoje falei a vocês das bênçãos espirituais em Cristo Jesus. A eleição, a redenção,
Deus revelando a sua vontade através do evangelho para o seu povo, os que creem são selados com
o Espírito Santo. A você cristão, abrace estas doutrinas como uma mãe abraça a um filho que há
muito tempo não o vê, e ainda muito mais forte. Veja nestas verdades o amor de Deus e Sua graça
para que você tenha puros e ardentes sentimentos pela presença de Deus. A você que não crâ no
evangelho, que não crê em Cristo Jesus, arrependa-se, afaste-se de seus pecados e creia em Jesus.
Certamente, se você assim fizer, estas bênçãos de que lhe falei serão preciossíssimas para a sua
alma, mais do que o ouro. A Deus, a honra e a glória, por tão grande salvação em Cristo Jesus,
amém.
“Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão
insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Porque quem compreendeu a
mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja
recompensado? Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente.
Amém.” Romanos 11:33-36
Referências
A Commentary on the Epistle to the Ephesians, Charles Hodge (1797-1878), Christian Classisc
Ethereal Library.