Vous êtes sur la page 1sur 35

A Festa das Trombetas

Introdução

“... na plenitude dos tempos, Deus enviou o Seu Filho...” (Gl 4:4). “E,
cumprindo-se o dia de Pentecostes...” (At 2:1).

Estes dois versículos demonstram a seguinte verdade: Deus tem datas


especificas em Seu Calendário Divino. Algumas palavras proféticas estão
esperando o seu cumprimento há milhares de anos. Elas não podem acontecer
até a sua hora programada no Calendário de Deus.

Até agora abordamos as Festas que já tiveram os seus cumprimentos


proféticos. As outras Festas não ocorreram na era da Igreja Primitiva, e nem
podem ocorrer ATÉ A PLENITUDE DOS TEMPOS designada para elas.
No entanto, a época em que estamos vivendo agora é muito provavelmente
está plenitude dos tempos.

Após esta pequena introdução, prossigamos para uma melhor


compreensão da Festa das Trombetas.

“Fala aos filhos de Israel, dizendo: No primeiro dia do sétimo mês tereis
um dia de descanso, uma assembleia sagrada, comemorada com o toque de
trombetas. Nenhuma obra servil fareis, mas oferecereis uma oferta queimada
ao Senhor” (Lv 23:24, 25).

A. OS ASPECTOS PASSADOS E PROFÉTICOS

A Festa das Trombetas marcava o início da terceira e grande época de


Festas observadas por Israel. Ela vinha na época da terceira, última, e a maior
das colheitas.

1
1. A “Colheita”

Vocês se lembram de que havia uma pequeníssima colheita nas


Primícias e uma colheita de primavera maior durante o Pentecostes; mas a
maior das colheitas vinha no fim do verão. Era chamada de “colheita”. “E
observareis... a Festa da Colheita no fim do ano” (Ex 34:22).

Isto é muito significativo para nós, que estamos fazendo a obra do


Senhor. Jesus nos disse: “... a colheita é o fim do mundo” (Mt 13:39). Assim
sendo, podemos ter a expectativa de que mais pessoas respondam ao
Evangelho na época das Festas das Trombetas do que em qualquer outra
época da história do mundo. Creio que estamos entrando agora nesta época.

2. De Maio Até Outubro

Há um período bastante longo entre o Pentecostes e as Trombetas.


Profeticamente, isto é importante. Não há nenhum registro no Novo
Testamento sobre a Festa das Trombetas sendo cumprida.

No entanto, se Deus cumpriu a Páscoa, os Pães Asmos, as Primícias e o


Pentecostes, certamente Ele cumprirá o restante. A questão é quando!

Será que esta longa separação entre o Pentecostes e as Trombetas não


poderiam estar sugerindo isto? Assim como o Pentecostes era observado na
colheita da primavera e a Festa das Trombetas muitos meses mais tarde, na
colheita final, assim também Deus começou algo no Pentecostes que Ele
completará nos últimos dias, na época da Segunda Vinda do nosso Senhor.

Com relação ao Pentecostes, Pedro disse: “Mas isto é o início do que


foi falado pelo profeta Joel” (At 2:16 Amplificada).

O que a Igreja Primitiva experimentou foi o início daquilo que teria o seu
final em nossos dias e em nossa época.

3. As Trombetas da Vinda de Jesus.

O que acompanha a Segunda Vinda de Jesus? ““... e verão o Filho do


Homem, vindo sobre as nuvens dos Céus com poder e grande glória.

“E enviarei os Meus anjos [mensageiros] com um som de um poderoso


toque de trombetas...” (Mt 24:30,31).
2
“Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos, mas todos
seremos transformados, num momento, num piscar de olhos, ante a última
trombeta”.

“Porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados


incorruptíveis, e seremos transformados” (1 Co 15:51,52).

“Porque o Próprio Senhor descerá do Céu com um alarido, com a voz


do Arcanjo, e com a Trombeta de Deus: e os mortos em Cristo ressuscitarão
primeiro” (1 Ts 4:16).

Tudo isto sugere que a Festa das Trombetas tem muito a ver com os
acontecimentos do final da era da Igreja – os dias e a época em que estamos
vivendo agora.

B. A SÉTIMA TROMBETA

“Fala aos filhos de Israel dizendo: No sétimo mês, no primeiro dia do


mês, observareis um dia de total descanso, uma convocação santa
comemorada com toques de trombeta” (Lv 23:24).

1. Tempo de Descanso

A característica principal da Festa das Trombetas é que ela é UM


TEMPO DE DESCANSO. Jesus nos ensina que desde a queda de Adão e Eva,
Deus não tem descansado. Ele está trabalhando para salvar e libertar.

Moisés tentou levar os israelitas que ele havia tirado do Egito através do
Jordão, para introduzi-los na Terra Prometida – o lugar de descanso.

No entanto, Hebreus 4:8,9 diz que este descanso nunca se concretizou


nos dias de Moisés, NEM de Josué. Na verdade... pelo fato de Israel não ter
obtido (se apropriado) a promessa, ela ainda permanece para nós
hoje em dia.

“Portanto permanece ainda um descanso sabático para o povo de Deus,


pois qualquer um que entra no descanso de Deus também descansa das suas
próprias obras, assim como Deus descansou das Suas”.

“Procuremos pois, diligentemente, entrar nesse descanso, para que


ninguém caia, seguindo o exemplo de Israel de desobediência” (Hb 4:9-11).

3
Esta afirmação do Novo Testamento declara que este Descanso Sabático,
este Descanso da Festa das Trombetas, ainda está para acontecer.

Em outras palavras, nos dias do Novo Testamento, isto ainda não foi
cumprido. A Era da Igreja já tem agora quase dois mil anos. Creio que
estamos perto do toque das Trombetas.

A obra de Deus precisa progredir em nossos dias pelo poder de Deus e


não pelos esforços e trabalhos humanos. Uma querida e idosa senhora santa
disse há alguns anos atrás: “Quando nos esforçamos e trabalhamos para
fazermos com que as coisas aconteçam pela nossa própria força e poder, DEUS
DESCANSA. Quando descansamos, oramos e dependemos do Seu Espírito
para que Ele opere poderosamente através de nós, ELE TRABALHA e nós
descansamos.” Eu creio nisto.

a. O Corpo de Cristo Completado. A narrativa de Apocalipse 10:7


nos diz o que acontecerá quando a sétima e última Trombeta estiver prestes a
ser tocada. A mensagem de Deus nesta Trombeta é a seguinte: o mistério de
Deus deve ser completado agora.

Efésios 3 ensina claramente que a Igreja é o mistério de Deus (Ef 3:2-


12). O mistério é que os gentios são coerdeiros com os judeus, por terem
sido unidos em Jesus Cristo. O mistério é que os judeus e os gentios crentes
estão sendo formados, conjuntamente, num único Corpo.

Ora, o Corpo de Cristo tem estado no processo de formação desde o


início da Igreja no Dia de Pentecostes, e ainda não foi completado. Quando um
parto humano normal acontece, a cabeça sai primeiro. O mesmo acontece
com o Corpo de Cristo. Jesus, a Cabeça, saiu primeiro, e o processo de
nascimento do Corpo, no presente momento, está sendo completado.

Paulo descreve este processo com as seguintes palavras: “Mas cada um


com a sua ordem: Cristo, as Primícias [no início da Era da Igreja]; depois [nos
últimos dias – no fim da Era da Igreja] os que são de Cristo na Sua vinda” (1
Co 15:23).

Esta conclusão do Corpo de Cristo é o mistério que será consumado na


Sétima (e última) Trombeta. Este Corpo terá um grande poder e autoridade.

Isto é ilustrado no “filho-varão” de Apocalipse 12. O “filho-varão”


representa o Corpo, com Cristo como sua Cabeça, que, finalmente, governará
todas as nações.

4
b. A Profecia e Visão de Daniel.

Daniel descreve este Corpo de realeza e governo. “Mas os santos do


Altíssimo receberão o reino e o possuirão para sempre, de eternidade a
eternidade” (Dn 7:18).

Contudo, fica claro que Jesus é a Cabeça deste Corpo ou Família


governante. “Eu vi...um semelhante ao Filho do Homem [Cristo] vindo com
as nuvens do Céu. E a Ele foi dado o domínio, e a glória, e o reino, para que
todos os povos, nações, e línguas, O servissem; o Seu domínio é um domínio
eterno, que não passará, e o Seu reino, o único que não será destruído” (Dn
7:13,14).

Daniel teve uma visão de uma enorme estátua com uma cabeça de ouro,
o braço e o peito de prata, as suas coxas de cobre, as pernas de ferro, e os seus
pés em parte de ferro, e em parte de barro. Foi dito a Daniel (no Capítulo 2) que
esta estátua representa os atuais e futuros reinos políticos do mundo.

Ela era um símbolo e previsão profética de futuras potências e reinos


mundiais dos gentios. É um corpo alternativo que não tem a Cristo como sua
cabeça e que procura governar o mundo sem Deus.

Lemos, no entanto, em Daniel 2:44, que o Reino de Deus triunfará


quando acabar a era do domínio humano sobre a terra.

A cabeça de ouro desta estátua representava o homem governando nos


dias de Daniel na pessoa de Nabucodonosor. Ele era a cabeça de ouro.

Os pés da estátua, feitos de ferro e barro, representam a última destas


potências mundiais dos gentios que estará governando nos últimos dias.

c. A Igreja nos Últimos Dias. Assim como a estátua representava


uma progressão de eventos que se iniciavam com a Cabeça e terminavam com
os pés, assim também ocorre com a formação do Corpo de Cristo. Começou
com a Cabeça de Cristo, e termina com os pés. Os pés vem em último lugar.
Assim sendo, concluímos que os pés devem representar a Igreja nos últimos
dias, na época em que Jesus voltará novamente.

Isto é ilustrado na conquista de Canaã por Josué. “...Josué chamou...


e disse aos capitães dos homens de guerra... Aproximem-se e coloquem os
seus pés sobre os pescoços desses reis. E eles se aproximaram, e colocaram
os seus pés sobre os pescoços deles” (Js 10:24).

5
Pelo fato de colocarem os seus pés sobre os pescoços destes reis, eles
estavam subjugando e demonstrando o seu domínio sobre eles e os seus
reinos.

“Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, sobre todo o
poder do inimigo, e nada vos fará dano algum” (Lc 10:19).

“E o Deus de paz esmagará a Satanás sob os vossos pés...” (Rm 16:20).

Deus subjugará todas as coisas sob os pés de Cristo, ou seja, sob o Corpo
de Cristo... Aleluia!

Nos dias da Sétima Trombeta, o Corpo de Cristo será totalmente


revelado. Nesta ocasião, serão cumpridos todos os propósitos de Deus para
os descendentes naturais de Israel e para o Israel Espiritual (a Igreja).

Com isto em mente, podemos examinar a Palavra de Deus com uma


perspectiva totalmente diferente. É como se o véu tivesse sido removido.Por
exemplo, Efésios 2:11-22 explica claramente esta unidade entre os
descendentes naturais de Israel e o Corpo de Cristo.

Romanos 9-11 também enfatiza isto, explicando a relação que há entre


os filhos de Abraão pela carne e os que são filhos de Abraão pela fé (Gl 3:6-
14).

Esta passagem em Gálatas não nega o fato de que os israelitas são filhos
de Abraão. Ao contrário, ela enfatiza que os que creem em Jesus Cristo
tornam-se filhos de Abraão através da sua fé em Cristo.

É evidente que o Espírito de sabedoria e revelação (Ef 1:17,18) precisa


vir sobre nós se quisermos compreender esta verdade. É essencial se
quisermos perceber o que Deus está fazendo em nossos dias.

A minha firme convicção é a de que estamos nos dias em que a FESTA


DAS TROMBETAS está começando a ser cumprida, quando o mistério de
Deus está chegando ao seu cumprimento e à sua consumação.

Procure e espere um grande aumento de verdadeiras vozes


proféticas nesta época de toque de trombetas. A trombeta é o símbolo
escolhido de Deus para representar uma voz profética, clamando,
admoestando e instruindo.

6
C. O SÉTIMO MÊS

A numerologia é o estudo do significado dos números na Bíblia. Sete é o


número de “término e descanso”. Por exemplo, “...no sétimo dia, Deus
terminou [concluiu ou completou] a Sua obra... e descansou no sétimo dia
de toda a Sua obra...” (Gn 2:2).

Há bons motivos para crermos que os seis dias da Criação e o sétimo dia
de descanso são proféticos neste sentido. Eles descrevem o Calendário de
Deus com relação ao Seu plano de redenção para a humanidade.

1. Medição do Tempo Profético

Quando a Bíblia diz que “...um dia é para o Senhor como mil anos, e
mil anos como um dia” (2 Pe 3:8), isto nos dá uma regra para a medição do
tempo profético.

De acordo com esta regra, seis dias seriam como seis mil anos.

Da queda de Adão até a chegada de Cristo passaram-se aproximadamente


4.000 anos (quatro dias).

De Cristo até o presente são aproximadamente 2.000 anos (dois dias).


Assim sendo, estamos perto do final do sexto dia (4 dias + 2 dias = 6 dias). O
sétimo dia está para começar. O sétimo dia foi o dia em que Deus completou
a Sua obra e descansou.

2. Três Eras Principais Simbolizadas

Há várias passagens na Bíblia que sugerem que haverá três épocas


principais, como foi esboçado acima. Vamos examiná-las rapidamente.

a. O Tabernáculo de Moisés.

Quando calculamos as dimensões do Pátio Externo, do Santuário, e do


Santo dos Santos, observamos o seguinte padrão:

O Pátio Externo tinha 100 côvados de comprimento por 50 côvados de


largura, e era circundado por um linho branco com 5 côvados de altura (Ex

7
27:18). Quando adicionamos 100 + 100 (as duas laterais) e 50 + 50 (os dois
extremos) o resultado é de 300 côvados (a distância horizontal ao redor do
Pátio Externo).

Multiplicando isto pela altura de 5 côvados (300x5), o resultado é 1.500.


À razão de 1 côvado por ano, este era o número aproximado de anos de
Moisés até Cristo, o que representava a Dispensação da Lei.

O Santuário tinha 20 côvados de comprimento, 10 côvados de largura e


10 côvados de altura (Êx 26:1-37), o que equivale a 2.000 côvados quadrados.
Isto representa a Dispensação da Graça (a Era da Igreja), que seria de 2.000
anos (um côvado por ano).

O Santo dos Santos tinha 10 côvados de comprimento, 10 côvados de


largura, e 10 côvados de altura (Êx 26:1-37), o que equivale a 1.000 côvados
cúbicos. Isto representa o Milênio, que seria de 1.000 anos (1côvado por ano).

b. A Profecia de Oséias.

Oséias está falando na pessoa de Cristo. Cristo veio e foi rejeitado pelo

Seu Próprio povo judeu e voltou ao Céu. Oséias, pelo Espírito de


profecia, descreve o seguinte:

“Irei, e voltarei para o Meu lugar [Ascensão de Jesus, de volta para o


Céu] até que admitam a sua culpa. E buscarão a Minha face; em sua
angústia buscar-Me-ão fervorosamente” (Os 5:15).

Em seguida, Oséias descreve o arrependimento nacional de Israel nos


últimos dias e a misericórdia de Deus para com Israel nesta época:

“Vinde, voltemos ao SENHOR. Ele nos despedaçou, mas nos curará; Ele
nos feriu, mas Ele ligará as nossas feridas” (Os 6:1).

“Depois de dois dias, Ele nos reavivará; no terceiro dia, Ele nos restaurará,
para que possamos viver na Sua presença” (Os 6:2).

A expressão “depois de dois dias” significa um período de 2.000 anos


(a Era da Igreja ou Dispensação da Graça).

A referência ao terceiro dia refere-se a um período de 1000 anos, quando


tudo estiver restaurado. Isto não poderia ser nada mais que o Milênio.

8
c. As Palavras de Jesus.

O rei Herodes estava à procura de Jesus para matá-Lo. As pessoas


alertaram a Jesus para que Ele fugisse a fim de salvar a Sua vida. Em vez disso,
“Ele lhes disse: Ide e dizei por Mim àquela raposa: ‘Eis que expulso demônios
e faço curas, hoje e amanhã, e no terceiro dia completo a Minha obra” (Lc
13:32).

Ao dizer que continuaria a expulsar demônios e a curar pessoas durante


dois dias (hoje e amanhã) Jesus estava Se referindo à Sua obra que continuaria
através da Igreja durante 2.000 anos (dois dias proféticos).

Em seguida, Ele disse que aperfeiçoaria ou completaria a Sua obra no


terceiro dia (1.000 anos). Esta é, indubitavelmente, uma referência ao Milênio.

Este dia (período de 1.000 anos) é citado na Bíblia. “E Ele [Jesus]


prendeu” ... Satanás, e o amarrou por mil anos... Bem- aventurado e santo
aquele que tem parte na primeira ressurreição... Serão sacerdotes de Deus e
de Cristo, e reinarão com Ele por mil anos’’ (Leia Apocalipse 20:2-6).

Este período de 1.000 anos, quando os “bem-aventurados e santos”


recebem o privilégio de reinarem com Cristo, é chamado pelos teólogos de
“Milênio”.

A maioria dos estudiosos da Bíblia creem que esta será a época em que as
antigas profecias, como as de Isaías, serão cumpridas.

“Naquele dia o lobo e o cordeiro deitar-se-ão juntos, e o leopardo e os


cabritos estarão em paz”. Os bezerros e as ovelhas estarão seguros no meio
dos leões, e um menino pequeno os guiará.

“As vacas pastarão juntamente com os ursos; os seus filhotes deitar-se-


ão juntos, e os leões comerão grama como as vacas”.

“Os bebês engatinharão com segurança no meio de cobras venenosas,


e a criança que colocar a sua mão num ninho de víboras [cobras] venenosas
tirá-la-á sem ferimento algum”.

“Nada causará ferimentos nem destruições em todo o Meu Monte Santo,


pois as- assim como as águas cobrem o mar, assim também a terra estará
cheia do conhecimento do Senhor”.

9
“Naquele dia Aquele que criou a dinastia real de Davi será uma bandeira
de salvação para todo o mundo. As nações se congregarão a Ele, pois a terra
onde Ele habita será um lugar glorioso” (Is 11:6-10).

Isto tem a ver com o nosso estudo da Festa das Trombetas. Esta Festa
do sétimo mês é um desfile profético dos eventos que acontecem no final da
Era da Igreja (sexto dia) e do início do Milênio (sétimo dia). Se entendermos
esta ligação, aí então muitas coisas tornam-se compreensíveis na Bíblia.

D. UM DESFILE PROFÉTICO

Com relação à Festa das Trombetas, a Bíblia diz: “... No primeiro dia
do sétimo mês, tereis um dia de descanso, uma assembleia sagrada,
comemorada com toques de trombeta” (Lv 23:23-25).

1. O Simbolismo da Trombeta

a. Uma Mensagem de Advertência.

A trombeta simboliza uma urgente mensagem profética proveniente de


Deus (em geral uma admoestação) através de um dos Seus servos. Deus disse
ao profeta Isaías: “Clama em voz alta... levanta a Tua voz como uma
trombeta e mostra ao Meu povo as suas transgressões” (Is 58:1).

Em Ezequiel 33, Deus faz do profeta Ezequiel uma sentinela para a Casa
de Israel. Ezequiel é designado para falar à nação numa admoestação.

“Se alguém ouvir a trombeta, mas não se der por avisado... o seu sangue
será sobre a sua própria cabeça” (Ez 33:4).

b. Uma Mensagem de Mobilização.

A trombeta também era usada pelos militares com o intuito de se


comunicar uma mensagem de mobilização a um grande número de soldados.
Esse conceito encontra-se na carta de Paulo:

10
“Porque se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a
batalha?” (1 Co 14:8).

2. Ministérios Proféticos nos Últimos Dias

Devemos ter em mente duas coisas:

[ l ] Esta Festa será cumprida quando a Era da Igreja estiver


terminando.

[2] As trombetas retratam os ministérios PROFÉTICOS.

Com isto concluímos então que a consumação da Era da Igreja será


caracterizada por fortes vozes proféticas levantadas por Deus para estes dias.

Além disso, as Escrituras parecem indicar claramente a mesma coisa.

a. Profetizado por Jesus.

Jesus disse: “Isto é o que Deus diz sobre vós: ‘Enviar-vos-ei profetas e
apóstolos, e matareis alguns deles e expulsareis os outros” (Lc 11:49).

“Portanto, eis que vos envio profetas... e alguns deles matareis e


crucificareis; e alguns deles... perseguireis de cidade a cidade” (Mt 23:34).

Depois de ter estado no Monte da Transfiguração, Jesus teve uma


conversa com os Seus discípulos, onde Lhe fizeram uma importante pergunta
sobre a profecia de Malaquias, que foi proferida cerca de 500 anos antes da
época de Jesus: “Eis que vos enviarei o profeta Elias antes da vinda do grande
e terrível Dia do SENHOR” (Ml 4:5).

Observe a pergunta dos discípulos com relação a isto e a resposta de


Jesus. “E os Seus discípulos O interrogaram, dizendo:

‘Por que dizem então os escribas que é necessário que Elias venha
primeiro?’

“E Jesus, respondendo, disse-lhes: ‘Elias virá de fato [apontando para um


cumprimento futuro] e restaurará todas as coisas; mas digo-vos que Elias já
veio [o cumprimento atual], mas não o reconheceram” ...’ Aí então os

11
Discípulos compreenderam que Ele estava Se referindo a João Batista”
(Mt 17:10-13).

As profecias podem ter cumprimentos múltiplos. Geralmente elas não


se esgotam num único acontecimento. Isto certamente se aplica na profecia
de Malaquias referente a Elias.

A unção (manto) de Elias estava primeiramente sobre Elias, e, em


seguida, sobre Eliseu (2 Rs 2:9-14), e, depois, sobre João Batista. No futuro,
ela estará sobre uma outra pessoa. Creio que este dia não está muito longe.
A trombeta soará novamente, ou seja, uma voz profética será ouvida
novamente.

Mateus 17 é uma passagem bíblica pouco compreendida, porém


extremamente importante, pois ela tem a ver com a nossa compreensão dos
eventos que acontecem no término do sexto dia e no início do sétimo (a época
em que estamos vivendo agora).

Creio que vale a pena o nosso tempo e espaço aqui para explicarmos
claramente esta passagem, palavra por palavra, versículo por versículo, pois
ela nos dá uma chave para compreendermos os dias em que estamos vivendo.

Mateus 16:28: “Em verdade vos digo que alguns dos que estão aqui
não provarão a morte até que vejam o Filho do Homem vindo em Seu Reino.”

Jesus estava para mostrar ao Seu círculo mais íntimo de três discípulos
o que aconteceria quando o “Filho do Homem viesse em Seu Reino”.’’ O que
se segue é uma explicação de como isto aconteceu.

Mateus 17:1: “Depois de seis dias [Por que depois de seis dias? Isto é
um tempo profético. O que eles viram em visão acontecerá. Será no fim da
Era da Igreja – depois de seis dias] Jesus tomou Consigo a Pedro, a Tiago, e a
João, irmão de Tiago, e os conduziu a um alto monte, sozinhos.”

Este círculo mais íntimo de seguidores profundamente comprometidos


com Jesus será o das pessoas que serão conduzidas pelo Espírito a um lugar
em que estejam a sós com o Senhor.

A maioria dos crentes estarão demasiadamente distraídos com “...os


cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas que sufocam a Palavra...”
(Mt 13:22).

Por estas razões, não responderão ao chamado. “Sobe aqui e mostrar-te-


ei as coisas que devem acontecer depois disto.” (Ap 4:1).

12
Não prestarão atenção à admoestação profética: “Conheçamos, e
prossigamos em conhecer ao SENHOR; a Sua vinda é tão certa quanto à alva;
Ele virá a nós como a chuva, como a chuva de primavera que rega a terra”
(Os 6:3).

Meu amigo, ouça o chamado para o alto monte, de estar a sós com Jesus
até que Ele faça a gloriosa revelação de Si Próprio e dos Seus propósitos para
você!

Mateus 17:2: “Lá Ele Se transfigurou diante deles. O Seu rosto


resplandeceu como o sol, e as Suas roupas tornaram-se brancas como a luz.”

Mateus 17:3: “E eis que apareceram diante deles Moisés e Elias,


conversando com Jesus.”

Esta é a essência do “... Filho do Homem vindo em Seu Reino.” É Jesus


em Sua glória, comunicando-Se com os grandes ministérios proféticos, que
surgirá “... no fim dos séculos...” (Hb 9:26).

João teve uma visão semelhante em Apocalipse 8:2: “E vi os sete anjos


que estão diante de Deus, e foram-lhes dadas sete trombetas.”

O tempo e o espaço não nos permitem fazer comentários, com exceção


ao sétimo destes anjos.

“E o [sétimo] anjo, que vi sobre o mar e a terra, levantou a sua mão


direita ao Céu e jurou por Aquele que vive para todo o sempre...”

“Não haverá mais demora, mas nos dias em que o sétimo anjo deverá
tocar a sua trombeta, o mistério de Deus será cumprido, como Ele anunciou
aos Seus servos, os profetas” (Ap 10:5-7).

Aprendemos várias coisas importantes com esta passagem:

1) Os Anjos Estão Envolvidos.

Os anjos (mensageiros especiais) estão envolvidos na Festa das


Trombetas. Sete trombetas são tocadas – a sétima anuncia a consumação da
Era da Igreja: “...o mistério de Deus será consumado, realizado, e
cumprido’’ (Leia Efésios 3:1-11).

13
2) Os Segredos Revelados.

Os ministérios proféticos receberão uma revelação sobre as coisas


específicas que deverão acontecer. Isto é consistente com o que o Senhor disse
a Amós: “Certamente o Senhor DEUS não faz nada sem revelar o Seu
segredo aos Seus servos, os profetas.” (Am 3:7).

Veja como o ponto [2] da página anterior é confirmado ao continuarmos


com a revelação de João referente a estes dias:

“Estes dois profetas... têm poder para fecharem os céus de forma que
não caia nenhuma chuva [ministério de Elias] durante os três anos e meio que
profetizarem, e para transformarem os rios e oceanos em sangue, e para
enviarem todo tipo de pragas sobre a terra, tantas vezes quanto quiserem
[ministério de Moisés]” (Ap 11:4-6).

Será que isto é semelhante ao que os três discípulos viram no Monte com
Jesus? A essência do “Seu Reino vindo com poder” era Jesus em Seu Corpo
glorificado – e Moisés e Elias com Ele.

O resultado disto é descrito nos versículos 11-17: “E tocou o sétimo


anjo a sua trombeta, e houve no Céu grandes vozes que diziam: ‘Os reinos
do mundo vieram a ser de nosso Senhor, e do Seu Cristo, e Ele reinará para
todo o sempre.’

“E os vinte e quatro anciãos, assentados em seus tronos diante de Deus,


prostraram-se sobre os seus rostos em adoração, dizendo: ‘Graças Te damos,
Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, porque agora
tomaste o Teu grande poder e começaste a reinar’” (Ap 11:15-17).

b. Anunciarão o Fim do Mundo.

Para mim é claro que o sétimo dia (quando começa o reinado de Cristo)
será introduzido por poderosos ministérios proféticos.

Na primeira visita de Jesus à terra, a Sua Vinda foi precedida por uma
forte voz profética na pessoa de João Batista. Os religiosos não reconheceram
a Elias (na pessoa de João Batista).

Creio que talvez seja assim novamente. Estas grandes unções proféticas
virão sobre as pessoas ao redor do mundo. No entanto, somente os que

14
tiverem olhos para verem pela revelação do Espírito reconhecerão de quem
são os mantos proféticos que vieram sobre estes ministérios proféticos.

A Festa das Trombetas (poderosas vozes proféticas) anunciará o fim


desta era e o início da próxima. Como são gloriosos estes nossos dias!

E. COMO EXPERIMENTARMOS ESTA FESTA

Números capítulo 10 nos ensina uma verdade vital sobre isto: é a


explicação do que deve acontecer quando as trombetas são tocadas: “Quando
os sacerdotes tocarem as trombetas, a congregação [a nação de Israel no
deserto] se congregará a porta do tabernáculo da congregação” (Nm 10:3).

1. Reunidos Como um Só Corpo

Visualize o seguinte: No deserto, três tribos localizavam-se ao norte,


três ao sul, três ao leste e três a oeste. Toda a nação de Israel estava acampada
ao redor do Tabernáculo de Moisés, em suas respectivas tribos. No entanto,
quando a trombeta começava a ser tocada, eles se reuniam como um só povo
no Tabernáculo.

Em Efésios 1:9,10, lemos que Jesus fará algo semelhante. “Ele nos
revelou o mistério da Sua vontade... para que na dispensação da plenitude
dos tempos Ele pudesse reunir em Cristo todas as coisas.”

As denominações cristãs de hoje em dia são, até certo ponto,


semelhantes às tribos de Israel. Cada uma delas tem um nome do qual se
orgulham e características que, segundo suas opiniões, lhes tornam
superiores às outras. Na Festa das Trombetas deve haver uma só reunião. O
propósito de Deus é efetuar esta unidade.

Não estou condenando os diferentes grupos e características de nossas


denominações. Estou enfatizando que há ocasiões em que o propósito de
Deus para todo o Corpo de crentes de estar reunido é mais importante.

Deus está tocando a Trombeta, e o Corpo está se reunindo. É tempo de


percebermos que isto é o que Deus está fazendo em nossa época. É tempo de
cooperarmos com o propósito de Deus.

15
Precisamos demonstrar uma maior lealdade à Cabeça do Corpo, Jesus,
o Rei do nosso Reino, do que para com a nossa denominação (se os dois
forem conflitantes).

2. Sejam Batizados no Espírito

Qual experiência está colocando em ação está maior lealdade na Igreja? É


o Batismo do Espírito Santo. Os santos precisam experimentar o Pentecostes
ANTES DAS TROMBETAS.

Este Batismo, quando genuína e honestamente recebido, une as pessoas,


a despeito de suas formações denominacionais. Elas voltam às suas “tribos”
(denominações), falando em línguas... e não demora muito tempo para a
“tribo” notar a diferença.

Muitas “tribos” e grupos (igrejas locais) estão tentando impedir que isto
aconteça aos seus membros. É como tentar impedir o nascimento do sol!
Deus está fazendo esta obra e ninguém pode impedi-la.

A trombeta está sendo tocada, e, em todo o mundo, homens e mulheres


estão se congregando em conferências sobre o Espírito Santo e em reuniões
de renovação. Estas reuniões são semelhantes ao sermos chamados pela
Trombeta de Deus para nos congregarmos a porta do Tabernáculo.

“Eu sou a porta...” (Jo 10:9). No Antigo Testamento foi profetizado o


seguinte sobre Jesus: “...a Ele se congregarão os povos” (Gn 49:10).
Estamos nos reunindo à porta – JESUS! “Rogamos-vos, irmãos, por... nosso
Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião a Ele” (2 Ts 2:1).

No passado nos reunimos ao redor de afirmações doutrinárias,


experiências e grandes causas. Hoje, no entanto, Jesus diz: “E Eu, se for
levantado da terra, atrairei todos os homens para Mim” (Jo 12:32).

Um importante fenômeno da Igreja nesta época é o ENORME número de


pessoas que estão sendo batizadas no Espírito Santo a despeito de suas
denominações. Elas experimentam o Pentecostes, e, em seguida, são atraídas a
outros crentes batizados no Espírito.

Esta obra de Deus tem reunido mais pessoas do que qualquer


denominação protestante, aliança evangélica, ou grupo. Ninguém pode
impedir que Deus derrame do Seu Espírito, com o consequente glossalaleo

16
(que significa “falar pelo Espírito numa língua que não foi aprendida
naturalmente”).

A trombeta está sendo tocada, convocando-nos para trabalharmos


juntos e para nos prepararmos para a Festa da Colheita [Tabernáculos] que
vem em seguida – quando a maior Colheita de almas da história humana será
trazida para a Igreja.

3. Vá Adiante com Deus

Um outro uso da Trombeta encontra-se em Números 10:5-6:


“...quando tocardes o alarme [com as trombetas] então os arraiais que estão
acampados no leste seguirão adiante.”

Há uma profunda sensação de que Deus está seguindo adiante – numa


obra progressiva e aperfeiçoadora na Igreja. Deus não fica parado. Ele não
revelou toda a verdade à Igreja Católica, às Igrejas que seguem a linha da
Reforma, nem aos grupos pentecostais que começaram no início do Século
XX. Há verdades que somente podemos aprender ao nos reunirmos.

Deus está chamando o Corpo todo para um conhecimento mais


profundo e mais significativo da Sua Pessoa.

Não podemos dizer a Deus que a nossa estrutura denominacional contém


tudo o que Deus tem para dizer. Há muito mais que Ele quer fazer e dizer para
nós. “Mas quando Ele, o Espírito da Verdade, vier, Ele vos guiará a toda
verdade... e Ele vos mostrará o que há de vir” (Jo 16:3).

Ele está tocando a trombeta e, enviando-nos à frente. Somos


semelhantes a Israel no deserto. Quando eles viam o “Shekinah” (Nuvem
de Glória) começando a acelerar e afastar-se do seu arraial, eles arrumavam
as suas coisas e seguiam adiante com Deus (Nm 9:17-23).

Este toque de trombeta que faz com que o povo de Deus siga adiante é
chamado de “alarme”. Há uma sensação de urgência com relação a ele.

Quando Deus quer que o Seu povo siga adiante, precisamos estar
preparados para nos movimentarmos rapidamente. Era assim na época de
Moisés. “Saístes do Egito tão apressadamente que não houve tempo para que
o pão se levedasse. Lembrai-vos desse dia por todo o resto de vossas vidas!’’
(Dt 16:3).

17
Tenhamos cuidado para não nos tornarmos baixas neste exército, ao
invés de conquistadores. “E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve
a Palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas, sufocam
a Palavra, e fica infrutífero” (Mt 13:22).

Vemos em Hebreus 11:13 que somente é possível vivermos como


peregrinos e estrangeiros neste mundo e suas seduções, se tivermos uma fome
de Deus e uma sensibilidade para com a Sua voz. Precisamos ter ouvidos que
ouvem e um coração submisso.

Muitas vezes uma denominação ou igreja local é semelhante a um oásis


de refrigério, como o de Elim por exemplo, onde havia doze poços e setenta
palmeiras (Êx 15:27).

Num lugar tão confortável assim, ficamos acomodados e satisfeitos com o


nível de nossa espiritualidade – até mesmo a ponto de nos tornarmos
presunçosamente farisaicos.

Aí então, se ‘ouvimos Deus tocando o alarme, convocando-nos para


seguirmos adiante, tapamos os nossos ouvidos e aprofundamos um pouco
mais as estacas de nossas tendas na areia do deserto.

O progresso sempre envolve mudanças, e as mudanças geram


instabilidades. A maioria das pessoas têm muitas dificuldades com as
mudanças. Pelo fato de já terem se estabelecido, não conseguem crer que as
mudanças significam progresso.

4. Caminhe na Unidade e no Amor

Quando os que têm “ouvidos para ouvir” percebem que o alarme da


TROMBETA está sendo tocado, eles começam a fazer as malas para seguirem
adiante. Os que não querem seguir a Nuvem de Glória, bradam: “Vocês estão
causando divisões!”

No entanto, quando a Nuvem se movimenta, quando o alarme é tocado


e sentimos que Deus está nos movendo à frente, precisamos estar preparados
para nos locomovermos.

A divisão mais trágica é quando Deus Se move e o Seu povo não O


segue, e, assim, separa-se d’Ele – e uns dos outros. Pelo fato de estarem
demasiadamente confortáveis e acomodados, deixam de seguir adiante.

18
Alguns chegam até a pensar que o Batismo no Espírito Santo é o
pináculo da espiritualidade. O Batismo no Espírito Santo é a Festa de
Pentecostes.

Depois disto, há a Festa das Trombetas, o Dia da Expiação e


Tabernáculos. A nossa busca da presença do Senhor precisa estar sempre no
espírito de “todo o meu ser para os mais altos propósitos de Deus”.

O Apóstolo Paulo, quando já idoso, expressou isto da seguinte maneira:


“Não, queridos irmãos, ainda não sou o que deveria ser, mas estou
canalizando todas as minhas energias para esta única coisa: esquecendo-
me do passado e antecipando o que está por vir, “Esforço-me para alcançar
o final da carreira e receber o prêmio pelo qual Deus nos está chamando ao
Céu por causa do que Cristo Jesus fez por nós” (Fp 3:12-14).

O crente cheio do Espírito precisa ouvir a Trombeta! Ele precisa


compreender que Deus o está chamando a uma unidade com todo o
Corpo dos crentes cheios do Espírito. Ele precisa ver que Deus quer
introduzi-lo em seu lugar próprio, como membro do Corpo de Cristo.

O crente cheio do Espírito não deve ficar satisfeito em desfrutar do


seu Pentecostes pessoal, por si só. “Fomos batizados por um Espírito
NUM SÓ CORPO” (1 Co 12:12,13).

A Trombeta está convocando o Corpo a se reunir à porta do Tabernáculo


da Congregação! Deus diz: “Lá Me encontrarei convosco.”

Sigamos adiante – da Festa de Pentecostes, para a unidade e amor da Festa


das Trombetas. Em seguida, sigamos ainda mais adiante, para os planos e
propósitos de Deus – juntos! Vamos deixar de lado o nosso sectarismo
denominacional e grupal, para nos tornarmos um com Cristo e TODOS os
membros do Seu Corpo – a verdadeira Igreja.

Há vários pontos de vista conflitantes dentre os cristãos com relação à


maneira de se interpretar as afirmações bíblicas sobre o final da Era da Igreja
e os eventos subsequentes.

19
O estudo disto é chamado de “Escatologia” e provém da palavra grega
“eschatos”, que é traduzida por “último(s) dia(s)”, ou “tempo final” em
nossas Bíblias.

Cinco vezes no Evangelho de João Jesus usa esta palavra com relação
à ressurreição dos justos mortos:

“... Eu levantarei no último dia” (Jó 6:39,40,44,54; 11:24). Neste


contexto, “eschatos” seria uma referência à época da Sua Segunda Vinda à
terra, “...na última trombeta... os mortos serão ressuscitados incorruptíveis,
e seremos transformados” (1 Co 15:52). “Pois o Próprio Senhor descerá
do Céu... e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Ts 4:16).

Um texto bem útil é Atos 2:16,17 na Bíblia Amplificada: “Isto é o início


daquilo que foi falado pelo profeta Joel... E acontecera nos últimos dias, diz
Deus, que derramarei do Meu Espírito sobre toda carne...”

Pedro disse que as profecias de Joel com relação ao “eschatos” estavam


começando a se cumprir quando o Espírito foi derramado no Cenáculo
cinqüenta dias após a crucificação de Jesus.

No contexto mais amplo, então, os “últimos dias” começaram no


Pentecostes, no ano 33 D.C. A maioria das pessoas acreditam que os “últimos
dias” terminam quando Jesus voltar novamente à terra.

A. NOVE EVENTOS ASSOCIADOS COM OS ÚLTIMOS DIAS.

Os seguintes versículos englobam a maio- ria (nove) dos eventos


associados com os últimos dias.

A proeminência do som “da trombeta”, deveria ser observada. O último


festival celebrado por Israel, a cada, ano no final da sua estação de colheita
(O Festival dos Tabernáculos) começava com o tocar das trombetas (Lv
23:24; Nm 29:1).

Este festival era um quadro vivo profético que retratava os últimos dias
da Era da Igreja. Eis algumas das coisas que acontecerão:

20
1. A Volta de Cristo.

“Porque o Próprio Senhor descerá do Céu com um grito, com a voz do


arcanjo, e com a trombeta de Deus: e os mortos em Cristo ressuscitarão
primeiro” (1 Ts 4:15, 16).

“Eis que vos mostro um mistério: Nem todos morreremos, mas todos
seremos transformados, “Num momento, num piscar de olhos, na última
trombeta: pois a trombeta tocará e ...

2. Os Mortos Ressuscitarão.

“... os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e....”

3. Os Vivos Serão Transformados.


“... seremos transformados” (1 Co 15:51,52).
“E o sétimo anjo tocou a sua trombeta e houve grandes vozes no Céu,
dizendo...”

4. Cristo Reina.
“Os reinos deste mundo tornaram-se os reinos de nosso Senhor e do Seu
Cristo, e Ele reinará para todo o sempre” (Ap 11:15).

5. Nações Iradas.
“E iraram-se as Nações, e....”

6. A Ira de Deus.
“... veio a Tua ira, e....”

7. Os Mortos Julgados.
“... o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e....”

21
8. Galardões Dados.
“... a fim de dares o galardão aos Tens servos, os profetas, e os santos,
e os que temem o Teu nome, pequenos e grandes, e....”

9. Os Pecadores Destruídos.
“... para destruíres os que destroem a terra” (Ap 11:18).

Estas nove coisas são os eventos principais que acompanham a


consumação da Era da Igreja e a vinda da Era Milenarista ou do Reino.

B. UM BREVE EXAME DA ESCATOLOGIA.

1. Não Fique Demasiadamente Absorto.

Há várias Bíblias Inglesas que dedicam uma grande parte das suas
anotações a interpretações escatológicas (Scofield e Dakes, citando apenas
duas delas).

Ao estudarmos o Novo Testamento, percebemos a curiosidade dos


discípulos de Jesus com relação aos tempos finais. “E, estando Ele assentado
no Monte das Oliveiras, chegaram-se a Ele os Seus discípulos, em
particular, dizendo: Dize-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá
da Tua vinda e do fim do mundo” (Mt 24:3).

A parte mais importante da resposta de Jesus a esta indagação


encontra-se em Mateus 24:14: “E este Evangelho do Reino será pregado em
todo o mundo, em testemunho a todas as nações; e aí então virá o fim.”

A palavra grega traduzida por “Nações” e ethnos – que significa os


grupos étnicos não-judaicos (os gentios). Os tradutores ingleses usaram
22
todas as seguintes palavras para traduzirem ethnos: gentios, pagãos, nação,
nações, povos. Nas nações ocidentais, os missiologistas agora citam ethnos
como sendo “grupos étnicos”.

Poucos comentaristas enfatizam que o final da era depende de o


Evangelho ser pregado a todos os grupos étnicos.

Jesus era consistente em tentar desviar o interesse dos Seus discípulos


do “doce porvir” para o “carente presente”. Em Atos 1 lemos sobre a tentativa
de Jesus de preparar os apóstolos para a tarefa à frente deles (a evangelização
do mundo).

Ele lhes deu instruções sobre o recebimento do poder do Espírito. Qual


foi a resposta deles? Exatamente como a maioria dos líderes de igreja, eles
tiveram uma pergunta escatológica e estavam pouco interessados nas
responsabilidades do presente.

Observe em Atos 1:6-8: “Quando, portanto, se reuniram, perguntaram-


Lhe, dizendo: Senhor, restaurarás neste tempo o reino a Israel?

“E Ele lhes disse: Não vos pertence saber os tempos ou as estações, que
o Pai estabeleceu em Seu Próprio poder”.

“Mas recebereis poder depois que o Espírito Santo vier sobre vós: E
sereis testemunhas para Mim, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia,
e Samaria, e até os confins da terra.”

A Sua resposta foi uma repreensão branda pela curiosidade carnal deles
com relação ao futuro e a apatia deles com relação ao atual programa de Deus
para a Era da Igreja. “...Não vos pertence saber os tempos ou as estações...”

Um assunto sério estava diante deles. Eles deveriam ser “... testemunhas
[no grego = “mártires”] a Ele até os confins da terra.” É óbvio que Jesus
tinha muito mais interesse na salvação atual dos perdidos do que no estímulo
da curiosidade carnal com relação ao futuro (escatologia).

Jesus não quer que o líder de igreja desenvolva uma ênfase e interesse
indevidos ao tentar delinear os detalhes dos últimos dias. É bem melhor que

23
você esteja “... tratando dos negócios do Seu Pai” (Lc 2:49), esforçando-se
para “... pregar o Evangelho onde Cristo ainda não foi anunciado” (Rm
15:20).

2. As Opiniões Escatológicas se Diferem.

a. “Daquela História”. Há várias opiniões conflitantes. A opinião


imediatista ou “daquela história” refere-se às profecias do Livro do
Apocalipse, por exemplo, como que totalmente relacionadas com a própria
época de João, o Revelador.

Os que mantêm esta posição acreditam que o que João viu e registrou no
Apocalipse já foi cumprido, e, portanto, não é algo para a nossa preocupação
contemporânea. Os estudiosos “liberais” (a maioria dos quais não crê nos
milagres registrados na Bíblia) amplamente apoiam esta opinião.

b. “Toda a História”. A opinião histórica ou “de toda a


história” considera as visões do Livro do Apocalipse como sendo uma pré-
estreia da história da época de João até o final da Era da Igreja. A maioria dos
reformadores protestantes apoiavam esta opinião.

Dentre estes, alguns acreditavam que cada uma das sete igrejas de
Apocalipse 2 e 3 representava uma previsão progressiva de sete períodos
que se desenrolariam desde a época de João até o final da Era da Igreja.

Por exemplo, o que lemos sobre a primeira das sete igrejas (Éfeso)
revelaria como a Igreja seria nos últimos anos da vida de João, no fim do
primeiro século.

O que foi escrito sobre a última das sete igrejas (Laodicéia) revelaria
como seria a Igreja na última parte da Era da Igreja, pouco antes de Jesus
voltar à terra. As outras representariam os períodos entre Éfeso (a primeira)
e Laodicéia (a última).

24
O seguinte é um exemplo da explanação de um escritor sobre esta
opinião:

“As sete cartas foram escritas a assembleias de crentes históricas e


verdadeiras que existiam no final do primeiro século na província da Ásia –
oeste da Turquia de hoje”.

“As cartas foram entregues às sete igrejas. Eram cidades verdadeiras e


igrejas verdadeiras”.

“Havia, obviamente, naquela época, muitas outras igrejas cristãs em


cidades como Roma, Corinto, Colossos e assim por diante”.

“Estas sete, na providência de Deus, nos fornece um microcosmo


(modelo em miniatura) de todas as igrejas de todas as épocas, e, portanto, são
representativas”.

Semelhantemente, os problemas que estas sete igrejas enfrentaram são


hoje enfrentados pelas igrejas em níveis diversificados. Através dessas
cartas podemos aprender quais são as qualidades que desagradam a Deus e
o que Cristo advoga para remediar essas situações.

“Alguns também viram nessas igrejas uma qualidade profética, isto é,


que neste livro de profecias elas prefiguram as sete características
dominantes de toda a Igreja na terra através das várias eras até que o Senhor
volte”

. Estas eras sugeridas, retrocedendo-se do presente, são as seguintes:

Éfeso – Igreja Apostólica - (30-100 D.C.)

Smirna – Igreja Perseguida - (100-313 D.C.)

Pérgamo – Igreja Estatal - (313-590 D.C.)

Tiatira – Igreja Papal - (590-1517 D.C.)

Sardo – Igreja da Reforma - (1517-1730 D.C.)

25
Filadélfia – Igreja Evangelística - (1730 D.C. até o Arrebatamento)

Laodicéia – Igreja Apostata - (1900 D.C. até a Segunda Vinda)

“Cristo escreveu às sete igrejas locais porque cada uma dessas


congregações era um corpo com governo próprio. Uma igreja local pode ser
afiliada a uma comunidade, a uma denominação, ou a uma sociedade
corporativa mais ampla, mas Deus considera a liderança responsável pelos
ensinamentos da sua congregação.”

O segredo do estudo de cada carta é reconhecermos o problema


principal de cada igreja, da maneira identificada pelo Senhor, e aí então
considerarmos como todos os detalhes da carta – a aparência de Cristo, Suas
admoestações e promessas de galardões – se relacionam com esse problema.

c. “Acima da História”. A opinião poética ou “acima da história” vê


o profeta descrevendo de uma maneira dramática o triunfo certo de Deus
sobre todos os poderes malignos.

Ela tem pouco ou nada a ver com o futuro, ou com a história. Ela
representa um “drama” do triunfo final do bem sobre o mal.

3. As Visões Milenaristas Diferem.

A palavra “milênio” significa “um período de mil anos”. Este período


de 1000 anos é, citado seis vezes em Apocalipse 20.

São as opiniões milenaristas que geralmente causam a maioria dos


conflitos quando falamos das últimas coisas ou últimas dias. Elas se
centralizam na interpretação do reinado de 1000 anos de Cristo, o Milênio
(Ap 20).

Será que Cristo voltará antes do Milênio (Opinião Premilenarista)?

26
Após o Milênio (Opinião Posmilenarista)? Ou será que o Milênio é
basicamente figurativo – não literal (Opinião Amilenarista)?

Os intérpretes conservadores estão divididos em quatro categorias:

1) Posmilenarista;

2) Amilenarista;

3) Premilenarista Dispensacional; e

4) Premilenarista Histórico.

Todos estes quatro grupos são literalistas se podemos definir a palavra


“literal “como sendo a “interpretação das palavras em suas designações
normais e apropriadas”. Há até mesmo uma divisão dentre os intérpretes
conservadores entre os literalistas rígidos e os moderados.

a. Pós-Milenarismo. Uma opinião popular na primeira parte do


Século Vinte é chamada de Pós-Milenarismo. Este grupo está convencido do
crescimento da Igreja Cristã pelo poder do Espírito até que ela traga a
condição milenarista sobre a terra.

b. Amilenarismo. Uma outra opinião adotada por muitos devotos


estudiosos da Bíblia é chamada de Amilenarismo. Este grupo acredita que
as profecias feitas a Israel são cumpridas na Igreja. Se estas profecias são
cumpridas desta maneira, então nenhum milênio na terra é necessário.

c. Premilenarismo. Há diferentes opiniões premilenaristas.

27
1) O Premilenarismo Dispensacional: especifica uma interpretação
literal exata, especialmente com o que tem a ver com Israel, a Igreja e o
futuro.

De acordo com esta opinião, Israel e a Igreja são dois povos separados,
que não devem ser misturados nem confundidos, já que Deus tem dois
programas: um para Israel e um para a Igreja.

O programa teocrático de Deus com Israel foi interrompido quando


Israel rejeitou a Cristo. Portanto, Deus voltou-Se para a Igreja para realizar
o Seu propósito redentor. Isto será cumprido (completado) no Milênio.

Aí então Deus retomará o Seu programa teocrático com Israel, sendo que
a própria nação de Israel governará sobre as nações da terra com uma
Monarquia Davídica restaurada na Palestina.

Haverá um trono literal, uma restauração literal do Templo, uma


restauração literal da ordem sacerdotal da época do Antigo Testamento, e um
reinício literal do sistema de sacrifícios. Todas as promessas do Antigo
Testamento serão literalmente cumpridas.

Esta opinião divide as Escrituras de acordo com as classes de pessoas


(Israel ou a Igreja). Ela insiste que nenhuma passagem bíblica isolada pode
ter uma aplicação básica a duas dispensações ao mesmo tempo.

O Arrebatamento Pré-Tribulacional é proveniente do conceito deles


sobre a Igreja – ela não pode encontrar-se na terra quando os propósitos
terrenos de Deus começarem novamente a restaurar o literal reinado terreno
de Cristo de acordo com a opinião deles sobre as Alianças Abraâmica e
Davídica.

2) A opinião que adota o Arrebatamento Pré-Tribulacional: é


dispensacional, arraigada no princípio de interpretação que separa a Igreja do

28
plano redentor total de Deus. A Igreja precisa ser “arrebatada” (removida) do
mundo antes da “Grande Tribulação” porque ela não faz parte do Reino.

O Reino encontrar-se-á em seu estágio inicial de restauração através do


remanescente de Israel que sobreviver à tribulação.

A Igreja é removida da terra no Arrebatamento. O período de tribulação


de sete anos que se segue é dividido em dois períodos, com cada um deles
durando três anos e meio.

Durante o primeiro período, Israel entra numa aliança com o Anticristo,


que a quebra no final.

O segundo período começa quando Satanás capacita o Anticristo, e “o


tempo da aflição de Jacó” é derramado sobre o mundo.

Durante estes sete anos de tribulação, o Evangelho do Reino (que os


proponentes desta teoria distinguem do Evangelho da Graça) é pregado. Um
remanescente eleito de Israel, totalizando 144.000, sobrevive à tribulação
para tornar-se o Reino, para o qual Cristo volta após os sete anos.

O reinado milenarista é inegavelmente judaico: a consumação do plano


de Deus para Israel; o cumprimento literal das profecias do Antigo
Testamento; Cristo estará num trono físico; e todas as nações serão
subservientes a Israel.

Alguns dizem que a Igreja voltará para a terra no início destes mil anos
e viverá sobre a terra durante este período. Outros, no entanto, dizem que a
Igreja permanecerá na Cidade Santa, a qual estará pairando (como um satélite)
sobre a terra. O Templo deve ser reconstruído, e os sacrifícios devem ser
reinstituídos. A relação deste sistema sacrificial com a morte de Cristo é
“comemorativa”, e não “antecipatória”.

A “abençoada esperança” para os dispensacionalistas, aparentemente,


é que Cristo arrebatará a “Igreja parentética” a fim de poder reinar através
de Israel, e não da Igreja.

(A Igreja é citada como sendo “parentética” porque, de acordo com esta


opinião, a Igreja é um fenômeno temporário, existindo somente entre o Dia de
Pentecostes e o Milênio).
29
De acordo com esta opinião, a Igreja organizada sobre a terra é apóstata.
Os dispensacionalistas logo fizeram distinção entre a “verdadeira Igreja” e a
“cristandade – a igreja organizada”. A “verdadeira Igreja” era composta
somente das pessoas nascidas de novo e salvas. Somente alguns dentre muitos
cristãos professos estão incluídos. Assim sendo, a “verdadeira Igreja” poderia
ser descrita somente em termos do relaciona- mento do crente com Cristo, e
não em termos da estrutura organizada.

3) O Premilenarismo Histórico: é uma opinião entre o


Amilenarismo e o Dispensacionalismo.

Esta opinião tenta combinar os aspectos futuros e presentes do Livro do


Apocalipse. A besta de Apocalipse 13 é refletida primeiramente no
imperador romano, mas é finalmente apresentada como um Anti-cristo
pessoal no fim dos tempos.

Apocalipse 19 descreve, em termos simbólicos apocalípticos, a Segunda


Vinda de Cristo para destruir o mal satânico personalizado em Roma e no
Anticristo.

Isto é retratado como uma batalha sangrenta, mas a única arma é a


palavra procedente da boca do Messias vencedor (Ap 19:15). O Milênio é
um intervalo de tempo na realização do domínio redentor de Deus (o Reino
de Deus).

4. Conceitos Fundamentais Para se Estudar.

Alguns conceitos fundamentais a serem considerados no estudo das


últimas coisas são os seguintes: A Segunda Vinda de Cris- to, O Milênio, O
Arrebatamento, A Tribulação, O Julgamento do Grande Trono Branco.

Esta não é uma ilustração completa de todas as opiniões diversificadas.


Tampouco temos o propósito de decidirmos pelo estudante da Bíblia. Seria
melhor se isto fosse feito através do estudo, da oração, e do Espírito Santo.

30
Pelo fato de existir esta enorme variedade de sínteses (combinações de
pontos de vista), quase todo estudioso da Bíblia adota alguma opinião
escatológica distinta.

No entanto, uma coisa a história provou: muito raramente esteve correto


alguém que tivesse feito predições com relação aos eventos do “final dos
tempos” ou o que a Bíblia quer dizer ao descrever os “últimos dias”.

5. Três Coisas Certas.

As três coisas das quais podemos estar certos são as seguintes:

a. A Fidelidade Traz o Galardão. Se nos ocuparmos com o que Ele


nos disse para fazermos durante a Era da Igreja, receberemos o elogio final:
“... Muito bem, bom e fiel servo. Foste fiel no pouco, sobre o muito te
colocarei. Entra no gozo do teu Senhor” (Mt 25:23).

b. Os que o Esperam Verão. Se (continuarmos “esperando” por Ele,


nós O veremos. “... Aos que O aguardam, Ele aparecerá pela segunda vez,
não para lidar com o pecado desta vez, mas para levar a uma plena salvação
aos que O aguardam avidamente” (Hb 9:28). NÃO espere pelo Anticristo, e
sim por Jesus!

c. O Tempo de Deus e Não o Nosso. Deus vai realizar a obra toda de


acordo com a Sua Própria vontade e propósito, e em Seu Próprio tempo. Ele
não vai consultar os nossos “quadros proféticos” quando estiver pronto para
fazer o que a Bíblia fala em Apocalipse sobre os últimos dias.

6. A Consumação.

31
A consumação começará quando o anjo anunciar: “Não haver a mais
demora!” (Ap 10:6).

“E tocou o sétimo anjo a sua trombeta e houve no Céu uma grande voz
que dizia:”

Os reinos deste mundo passaram a ser os reinos do nosso Senhor e do


Seu Cristo; e Ele reinará para todo o sempre.

“E iraram-se as nações, e veio a Tua ira, e o tempo dos mortos para


que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos Teus servos, os
profetas, e aos santos, e aos que temem o Teu nome, pequenos e grandes, e
o tempo de destruíres os que destroem a terra’’ (Ap 11:15,18).

“Regozijemo-nos e alegremo-nos... Porque vindas são as bodas do


Cordeiro, e a Sua Esposa já se aprontou... Bem-aventurados os que são
chamados à ceia das bodas do Cordeiro...” (Ap 19:7,9).

C. OPINIÃO PREMILENARISTA DISPENSACIONAL


REFUTADA.

A opinião “Premilenarista Dispensacional” – que substitui a Igreja por


Israel e restaura um templo judaico, o sacerdócio levítico, e o sacrifício de
animais – é especialmente problemática.

1. Jesus Mudou o Sacerdócio.

Deus fez um juramento de que Jesus mudaria o sacerdócio de Levi para


Melquisedeque – PARA SEMPRE.

“Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz mudança da


lei” (Hb 7:12).

“Porque o Senhor jurou [com relação a Cristo]: Tu és um sacerdote para


sempre segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb 7:17; Sl 110:4).
32
“Mas este Homem [Jesus], porque permanece eternamente, tendo um
sacerdócio imutável” (Hb 7:24).

“Portanto, Ele pode também salvar perfeitamente os que por Ele se


chegam a Deus, já que Ele vive para sempre para fazer intercessão por eles”
(Hb 7:25).

2. O Sacrifício de Jesus Foi Para Todas as Épocas.

Não foi algo para ser substituído por sacrifícios de animais


“comemorativos”.

“Pois Ele nunca necessita do sangue diário dos sacrifícios de animais,


como aqueles sumo-sacerdotes [do Antigo Testamento], para primeiramente
cobrirem os seus próprios pecados, e, em seguida, os pecados do povo; pois
Ele terminou todos os sacrifícios, de uma vez por todas, quando Se ofereceu
a Si Próprio” (Hb 7:27).

3. A Nova Aliança Substituiu a Antiga.

A Nova Aliança substituiu a Antiga Aliança com promessas melhores, um


sacerdócio melhor e um sacrifício melhor.

“Porque Deus fala de ‘uma nova aliança’, Ele envelheceu a primeira.


Pois a antiga está desatualizada agora e foi colocada de lado para sempre”
(Hb 8:13).

“... Ele remove a primeira para poder estabelecer a segunda” (Hb 10:9).

Estes versículos parecem refutar claramente algumas das idéias


adotadas por alguns “Premilenaristas Dispensacionais’’.

Parece muito improvável que jamais venhamos a ver um dia um templo


judaico novamente, com sacrifícios de animais. Jesus predisse o fim do
Templo e a sua destruição (Lc 21:6). Qual seria o propósito de um Templo

33
restaurado? “... O Altíssimo não habita em templos feitos com mãos...” (At
7:48; 17:24).

4. Os Reis e Sacerdotes Reinam com Cristo.

“Se sofrermos, também haveremos de reinar com Ele...” (2 Tm 2:12).

“... Com o Teu sangue compraste homens para Deus de toda tribo, e
língua, e povo, e nação. Tu os fizeste reis e sacerdotes para servirem ao nosso
Deus, e reinarão sobre a terra” (Ap 5:9,10).

Os que reinam com Cristo são chamados de reis e sacerdotes. Estes


reis e sacerdotes são os que estão dispostos a sofrerem por Cristo,
provenientes de todas as tribos, línguas e nações (no grego = ethnos, que
significa um grupo étnico gentio).

Os doze apóstolos do Cordeiro possuem um relacionamento especial com


as doze tribos de Israel. “... Quando o Filho do Homem Se assentar no Trono
da Sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, julgando as doze
tribos de Israel” (Mt 19:28).

Contudo, no que se refere às nações gentias, o privilégio de se reinar e do


sacerdócio é compartilhado pelos indivíduos de todas as Nações que se
qualificarem.

“Ao que vencer Lhe concederei que se assente Comigo em Meu Trono,
assim como Eu venci e Me assentei com o Meu Pai no Seu Trono (Ap.3:21).

O versículo acima foi escrito à Igreja de Laodicéia’’ (Ap 1:11).

Esta igreja era principalmente constituída de gentios asiáticos.


Contudo, se vencessem, tinham a promessa de que receberiam um lugar com
Cristo em seu Trono.

34
Isto colocaria em dúvida a idéia de que um grupo geopolítico chamado
Israel governaria o mundo. Os judeus e gentios que estiverem numa união
correta com Cristo compartilharão do Seu Trono. Eles serão reis e
sacerdotes, (exatamente como Melquisedeque).

35

Vous aimerez peut-être aussi