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CONVERSA INICIAL

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O conhecimento sobre os aspectos legais que envolvem o tema de
Segurança do Trabalhador é fundamental para o exercício profissional da
Enfermagem do Trabalho.
Nesta aula, vamos estudar mais detalhadamente as Normativas
Regulamentadoras 7 e 9, seus objetivos, diretrizes, aspectos de execução e
monitoramento e responsabilidades. Ao iniciar seus estudos, tenha em mente
que tão importante quanto conhecer bem a legislação é entender que todas as
normativas que estudaremos em Biossegurança são complementares entre si e
que a adequada execução desse conjunto levará a um ambiente de trabalho
seguro.
Vamos lá? Boa aula!

CONTEXTUALIZANDO
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Para contextualizar, analisaremos uma questão hipotética de concurso
público para o cargo de Enfermeiro do Trabalho.

Questão – Com base nos conhecimentos referentes à Norma Regulamentadora


9 (NR 9), que estabelece obrigatoriedade na elaboração e na implementação,
por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores
como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), é
correto afirmar que

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a) no processo de eliminação ou redução dos riscos relacionados à exposição
às vibrações mecânicas, não há necessidade de considerar esforços físicos e
aspectos posturais como possíveis riscos.
b) deverá ser mantido um registro de dados pelo empregador ou instituição,
estruturado de forma a constituir um histórico técnico/administrativo do
desenvolvimento do PPRA.
c) depois de realizada a análise global do PPRA, será necessária a avaliação
deste 20 anos depois.
d) consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam
estar expostos os trabalhadores, tais como fumos, névoas, neblinas, gases ou
vapores.
e) são exemplos de agentes químicos: ruído, vibrações, pressões anormais,
temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes,
infrassom e ultrassom.

Os conhecimentos necessários para responder a essa questão, você vai


encontrar nesta aula. Bons estudos!

TEMA 1: PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL


(PCMSO)
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O PCMSO é um documento que contém “procedimentos e condutas a


serem adotados pelas empresas com relação aos riscos aos quais os
empregados se expõem no ambiente de trabalho”.
A Norma Regulamentadora 7 (NR 7) regulamenta o programa e
estabelece “a obrigatoriedade de sua elaboração e implementação, por parte de
todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como

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empregados, [...], com o objetivo de promoção e preservação da saúde do
conjunto dos seus trabalhadores”.
Também estabelece os parâmetros mínimos e as diretrizes gerais a serem
observados na execução do PCMSO:

7.2.1 O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de


iniciativas da empresa no campo da saúde dos trabalhadores, devendo
estar articulado com o disposto nas demais NR.
7.2.2 O PCMSO deverá considerar as questões incidentes sobre o
indivíduo e a coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental
clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o
trabalho.
7.2.3 O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e
diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho,
inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de
casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos
trabalhadores.
7.2.4 O PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos
riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas
avaliações previstas nas demais NR.

É importante ressaltar que o PCMSO também serve para que a empresa


acompanhe, por meio de exames, se as ações de segurança adotadas têm sido
eficientes ou não.
A elaboração do programa ocorre por um profissional médico do trabalho,
sendo necessário que cada ambiente laboral, com suas peculiaridades, tenha
seus próprios documentos de segurança do trabalho. Isso é necessário porque,
mesmo em atividades similares, riscos diferentes podem surgir de acordo com o
local onde a atividade é exercida. Na prática, uma mesma empresa precisa ter
um PCMSO específico para cada uma de suas unidades.
A base para a elaboração do PCMSO são os dados coletados durante a
análise do ambiente feita pelo Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
(PPRA), sendo imprescindíveis para definir sua estratégia. Portanto, como esses

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programas de saúde trabalham em sintonia para que o ambiente de trabalho seja
seguro, é de suma importância que a elaboração do PPRA seja bem feita.

TEMA 2: PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA)


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Esta Norma Regulamentadora – NR estabelece a obrigatoriedade da


elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e
instituições que admitam trabalhadores como empregados, do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, visando à
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da
antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da
ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no
ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio
ambiente e dos recursos naturais. (NR 9)

Por ser parte integrante de um conjunto mais amplo, o PPRA deve ser
articulado com o disposto nas demais NR, formando, assim, a estratégia das
iniciativas a serem tomadas pela empresa no campo da preservação da saúde e
da integridade dos trabalhadores. Assim como ocorre com o PCMSO, o PPRA
deve ser elaborado para todos os tipos e tamanhos de empresas, sendo
necessário a cada estabelecimento um Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais próprio.

Segundo a NR 9, para seu efeito, “consideram-se riscos ambientais os


agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que,
em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição,
são capazes de causar danos à saúde do trabalhador”. Relembraremos, então,
alguns conceitos vistos na aula anterior, descritos nessa Normativa:

[...] Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que


possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações,

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pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes,
radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom.

[...] Consideram-se agentes químicos as substâncias, os compostos ou


produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas
formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que,
pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser
absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.

[...] Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos,


parasitas, protozoários, vírus, entre outros.

TEMA 3: PPRA – ESTRUTURA


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Em seu item 9.2, a NR 9 apresenta as determinações para a elaboração
do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, devendo este conter, no
mínimo, a seguinte estrutura:
a) planejamento anual com estabelecimento
de metas,
prioridades e cronograma;
b) estratégia e metodologia de ação;
c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;
d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do
PPRA.

[...] Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez
ao ano, uma análise global do PPRA para avaliação do seu
desenvolvimento e realização dos ajustes
necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades.

[...] deverá estar descrito num documento-base, contendo todos os


aspectos estruturais [com suas alterações e ficar disponível para
acesso imediato às autoridades competentes se solicitado].

[...] o cronograma [...] deverá indicar claramente os prazos para o


desenvolvimento das etapas e cumprimento das metas estabelecidas
do PPRA.

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A responsabilidade de elaboração, implementação, acompanhamento e
avaliação do PPRA é normalmente delegada ao Serviço Especializado em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, mas no item
9.3.1.1 da NR 9, fica claro que qualquer pessoa ou equipe indicada pelo
empregador podem fazê-lo.
Por ser o PPRA de responsabilidade da empresa, o empregador pode selecionar
a seu critério quem julgar capaz de desenvolver o disposto nessa NR. Ainda
segundo a NR 9, “O PPRA deve estabelecer critérios e mecanismos de avaliação
da eficácia das medidas de proteção implantadas considerando os dados obtidos
nas avaliações realizadas e no controle médico da saúde previsto na NR 7”.

TEMA 4: PPRA – DESENVOLVIMENTO E CONTROLE


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Quanto a seu desenvolvimento, a NR 9 preconiza que o Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas:

a) antecipação e reconhecimentos dos riscos;


b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
e) monitoramento da exposição aos riscos;
f) registro e divulgação dos dados.

[...] O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os


seguintes itens, quando aplicáveis: a) A sua identificação;
b) A determinação e localização das possíveis fontes geradoras;
c) A identificação das possíveis trajetórias e dos meios de
propagação dos agentes no ambiente de trabalho;
d) A identificação das funções e determinação do número de
trabalhadores expostos;
e) A caracterização das atividades e do tipo da exposição;
f) A obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de
possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho;
g) Os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos

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identificados, disponíveis na literatura técnica;
h) a descrição das medidas de controle já existentes.

Ainda de acordo com a NR nº 9, sempre que necessário, deverá ser


realizada também:
[…] A avaliação quantitativa […] para:
a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência riscos
identificados na etapa de reconhecimento; b) dimensionar a exposição
dos trabalhadores;
c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle. (MTE, 2016).

Com relação às medidas de controle, elas devem ser adotadas para a


eliminação, a minimização ou o controle dos riscos ambientais sempre que forem
verificadas uma ou mais das seguintes situações:
a) identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde;
b) constatação, na fase de reconhecimento de risco evidente à
saúde;
c) quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição
dos trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na
NR 15 ou, na ausência destes, os valores limites de exposição
ocupacional adotados pela ACGIH – American Conference of
Governmental Industrial Higyenists – ou aqueles que venham a ser
estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais
rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos;
d) quando, através de controle médico da saúde, ficar caracterizado
o nexo causal entre danos observados na saúde dos
trabalhadores e a situação de trabalho a que ficam expostos.

[...] O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção


coletiva deverá obedecer à seguinte hierarquia:
a) medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de
agentes prejudiciais à saúde;
b) medidas que previnam a liberação ou disseminação desses
agentes no ambiente de trabalho;
c) medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses
agentes no ambiente de trabalho.

Quanto às medidas de proteção coletiva, a NR 9 esclare que


[...] quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de
estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter

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complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas,
obedecendo-se à seguinte hierarquia:
a) medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho;
b) utilização de equipamento de proteção individual – EPI.

[...] A utilização de EPI no âmbito do programa deverá considerar as


Normas Legais e Administrativas em vigor e envolver no mínimo:
a) seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o
trabalhador está exposto e à atividade exercida, considerandose
a eficiência necessária para o controle da exposição ao risco e
o conforto oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário;
b) programa de treinamento dos trabalhadores quanto à sua
correta utilização e orientação sobre as limitações de proteção
que o EPI oferece;
c) estabelecimento de normas ou procedimento para promover o
fornecimento, o uso, a guarda, a higienização, a conservação, a
manutenção e a reposição do EPI, visando garantir as condições
de proteção originalmente estabelecidas;
d) caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores,
com a respectiva identificação dos EPI’s utilizados para os riscos
ambientais.

Outro ponto importante da NR 9 é o chamado Nível de Ação, considerado


como:
[...] o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de
forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes
ambientais ultrapassem os limites de exposição. As ações devem
incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos
trabalhadores e o controle médico.

As situações que apresentem exposição ocupacional acima dos níveis de


ação deverão ter controle sistemático.
É necessário ainda o monitoramento da exposição dos trabalhadores e
das medidas de controle, com a realização de avaliação sistemática e repetitiva
da exposição a um dado risco, visando à introdução ou à modificação das
medidas de controle, sempre que necessário. Um registro de dados deverá ser
mantido pelo empregador ou instituição, estruturado de forma a constituir um
histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA e mantido por um

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período mínimo de 20 (vinte) anos. O registro de dados deverá estar sempre
disponível aos trabalhadores interessados ou a seus representantes e para as
autoridades competentes.

TEMA 5: RESPONSABILIDADES EMPREGADOR E EMPREGADO


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Como introduzido na última aula, empregador e empregado têm
responsabilidades legais quanto aos aspectos abordados pelas normativas de
Segurança e Medicina do Trabalho. Vamos analisar nesse tema, de forma mais
detalhada, as responsabilidades sobre PMSO e PPRA descritas nas NR 7 e NR
9.

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – NR 7


A NR 7 deixa claro que a responsabilidade sobre a elaboração e a
implantação é do empregador, cabendo à empresa custear o programa, bem
como, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao
PCMSO. É dever do empregador garantir a elaboração e efetiva implementação
do PCMSO, além de zelar pela sua eficácia.

[…] Das responsabilidades.

Do empregador:
I. estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como
atividade permanente da empresa ou instituição.

[…] Dos trabalhadores:


I. colaborar e participar na implantação e execução do PPRA;
II. seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos
dentro do PPRA;
III. informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu
julgamento, possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores.

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[...] Os trabalhadores interessados terão o direito de apresentar
propostas e receber informações e orientações a fim de assegurar a
proteção aos riscos ambientais identificados na execução do PPRA.
[...]
[...] Os empregadores deverão informar os trabalhadores de maneira
apropriada e suficiente sobre os riscos ambientais que possam originar-
se nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir
ou limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos.
[...]
O conhecimento e a percepção que os trabalhadores têm do processo
de trabalho e dos riscos ambientais presentes, incluindo os dados
consignados no Mapa de Riscos, previsto na NR-5, deverão ser
considerados para fins de planejamento e execução do PPRA em todas
as suas fases. [...]
[...] O empregador deverá garantir que, na ocorrência de riscos
ambientais nos locais de trabalho que coloquem em situação de grave
e iminente risco um ou mais trabalhadores, os mesmos possam
interromper de imediato as suas atividades, comunicando o fato ao
superior hierárquico direto para as devidas providências (MTE, NR 9,
2016).

FINALIZANDO
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Para o exercício profissional da Enfermagem do Trabalho, são
necessários conhecimentos sobre a legislação brasileira que rege a Segurança
e a Medicina do Trabalho. Nesta aula, destacamos pontos importantes das
Normativas que regulamentam os programas de controle médico de saúde
ocupacional e prevenção de acidentes, os quais iniciam as ações para proteção
da saúde dos trabalhadores. Fica como sugestão a leitura na íntegra de cada
uma delas.

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REFERÊNCIAS
CURIA, L. R.; CÉSPEDES, L.; NICOLETTI, J. (Org.). Segurança e medicina do
trabalho. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
NR 7 – PROGRAMA de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Disponível
em: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR7.pdf>. Acesso
em: 30 abr. 2017.
NR 9 – PROGRAMA de Prevenção de Riscos Ambientais. Disponível em:
<http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR9.pdf>. Acesso em: 30 abr.
2017.
VELOSO, L. A. Dossiê Técnico: Segurança no trabalho em indústrias químicas e
farmacêuticas. Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas, 2012.

LEITURA OBRIGATÓRIA DA DISCIPLINA

Texto de abordagem prática:


NR 7 – PROGRAMA de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Disponível
em: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR7.pdf>. Acesso
em: 30 abr. 2017.

NR 9 – PROGRAMA de Prevenção de Riscos Ambientais. Disponível em:


<http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR9.pdf>. Acesso em: 30
abr. 2017.

Saiba mais:
<https://www.youtube.com/watch?v=XUGxnVnUECk>
<https://www.youtube.com/watch?v=BBBbsSC-_NY>

12
<https://www.youtube.com/watch?v=5SDOHrxadAo&t=50s>

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