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Centro de Estudos Superiores “Sagrado Coração de Jesus”

Disciplina: Patrologia
Docente: Padre Denival Marques de Andrade
Discente: Alan Daga Miatello

Ário (256-336) foi um teólogo líbio e presbítero cristão da igreja de


Alexandria. Sua doutrina, o arianismo, sustentava que o filho de Deus foi criado, como
todo o restante das criaturas, e não gerado como ensina o credo cristão. Entre seus
mestres, destaca-se Luciano de Antioquia, um mártir da fé cristã de cujos
ensinamentos Ário deriva suas ideias.
Tinha como característica uma espiritualidade ascética, uma moral pura com
certas convicções. Com as suas pregações acabou entrando em conflitos com o Bispo
Alexandre, também de Alexandria, a quem acusou de Sabelianismo. O sabelianismo
é uma heresia unicista que prega que Deus se revelou apenas na carne e não nas três
pessoas da santíssima Trindade. Tal disputa desencadeou a grande discussão trinitária
que levaria o Imperador Constantino I convocar o Primeiro Concílio de Nicéia em 325
para restabelecer a união entre os cristãos. Vale lembrar que nesse período quem
convocava um concílio era o imperador, e não o papa como é feito nos dias atuais.
Nesse concílio de Nicéia, estava presente o grande Atanásio, ardoroso defensor
da teologia da Santíssima Trindade, e defensor da ideia do Filho como sendo idêntico
ao Pai em substância.
O arianismo foi condenado pelo Concílio de Nicéia, mas a disputa teológica
sobre a divindade de Cristo não terminou e continuou sendo objeto, no Oriente e no
Ocidente, de diferentes orientações doutrinárias. Com o apoio do imperador
Constantino, interessado numa solução política para a unificação da igreja oriental e
ocidental, a decisão de Nicéia foi aplicada e o arianismo foi considerado como uma
heresia, e seus adeptos, desacreditados e colocados às margens. Seu criador, Àrio,
encontrou o apoio de Eusébio de Cesaréia e seus numerosos seguidores fizeram a
disputa espalhar-se desde Alexandria por todo o Oriente.
Com seu banimento anulado pela influência do Bispo Eusébio de Nicomédia ,
o criador do arianismo foi reabilitado. Ele declarou aceitar a doutrina de Nicéia,

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anteriormente recusada, mas antes de receber a comunhão em Constantinopla, morreu
subitamente nesta cidade, talvez envenenado. Sua doutrina teve seguidores até ao
século VII, mas a problemática da trindade ainda hoje é discutida.
Atualmente podemos notar que um "Semi-arianismo" pode é evidente em
alguns grupos religiosos que possuem como característica uma visão não-trinitária,
como por exemplo, as Testemunhas de Jeová, grupos de Estudantes da Bíblia não
vinculados à Igreja, Cristadelfianos, Congregação Israelita Nova Aliança e alguns
grupos protestantes.
Algumas vezes tem-se dito que as Testemunhas de Jeová estariam seguindo
uma forma de arianismo, visto que também não crêem na Trindade, e consideram
Jesus como O Filho de Deus que foi criado nos céus. Elas não negam a divindade de
Jesus, mas negam que ele seja Deus como o seu Pai o é, mas nem por isso podemos
considera-los como politeístas.
As Testemunhas de Jeová discordam do ponto de vista de Ário, como diz a
revista deles Despertai, de 8 fevereiro de 1985: “As Testemunhas de Jeová não
adoram nem o Deus “imenso [incompreensível]” dos trinitaristas, nem o “Deus
desconhecido” de Ário.” O grupo denominado Testemunhas de Jeová ainda dizem:
“Para nós, há realmente um só Deus, o Pai, de quem procedem todas as coisas. ”
Outra doutrina que possui alguns aspectos do arianismo é a doutrina espírita.
Para essa vertente Jesus é um ser mais iluminado, que serve de guia e modelo à
humanidade, mas não o veem como Deus. De fato, nenhum desses grupos mais
recentes, adotaram completamente os conceitos de Ário, visto que divergem em
muitos pontos, mas podemos inferir que talvez possam ter sofrido alguma influência
do arianismo.

Bibliografia:

FRÖHLICH, Roland. Curso básico de História da Igreja. São Paulo: Paulinas,


1987.
FRANGIOTTI, Roque. História das heresias: conflitos ideológicos dentro do
cristianismo. São Paulo: Paulus, 1995.

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