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LINGUAGEM
LÍNGUA E FALA
VARIAÇÕES DE FALA
Substantivo
É a palavra usada para denominar coisas, pessoas, lugares, fenômenos, lugares,
qualidades, dentre outros.
Exemplos: Carolina, Brasil, gato, chuva.
Flexões: o substantivo pode ser flexionado em gênero (masculino e feminino), número
(singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo).
Verbo
É a palavra que indica ação, estado ou fenômeno da natureza.
Exemplos: correr, estar, chover.
Flexões: os verbos são flexionados em pessoa (primeira, segunda e terceira), número
(singular e plural), tempo (presente, passado e futuro), modo (indicativo, subjuntivo e
imperativo) e voz (ativa, passiva e reflexiva).
Adjetivo
É a palavra que modifica um substantivo, atribuindo-lhe qualidades.
Exemplos: bonito, inteligente, amável.
Flexões: os adjetivos apresentam flexão de gênero (uniforme e biforme), número (simples e
composto) e grau (comparativo e superlativo).
Pronome
É a palavra que representa um nome, um termo usado com a função de um nome,
um adjetivo ou toda uma oração que a segue ou antecede.
Exemplos: eu, tu, aquele.
Flexões: os pronomes podem apresentar flexão de gênero, número e pessoa.
Artigo
É a palavra que antecede o substantivo para indicar se esses têm um sentido
individual, já determinado pelo discurso ou pelas circunstâncias, chamados definidos, ou se
os substantivos não podem ser determinados, chamados indefinidos.
Exemplos: o, as, uns, uma.
Flexões: os artigos podem ser flexionados em gênero e número.
Numeral
É a palavra que indica a posição ou o número de elementos.
Exemplos: um, primeiro, dezena.
Flexões: podem ser flexionados em gênero, número e grau.
Palavras Invariáveis
Preposição
É uma palavra que liga dois elementos da oração, sendo que, nessa relação, um
termo completa ou explica o outro.
Exemplos: a, após, para.
Conjunção
É a palavra que liga dois termos ou duas orações de mesmo valor gramatical.
Exemplos: mas, portanto, conforme.
Interjeição
É a palavra que exprime emoções, uma sensação, uma ordem, um apelo ou
descrevem um ruído.
Exemplos: Olá!, Viva! Psiu!
Advérbio
É a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo
circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre outros.
Exemplos: melhor, demais, ali.
Nota: Embora seja considerado invariável porque não sofre flexão de gênero e
número, os advérbios apresentam flexões de grau: comparativo e superlativo.
ANÁLISE SINTÁTICA
A análise sintática é usada para examinar o texto, as suas estruturas e os elementos
que o compõem. É importante entender que cada termo da oração tem uma função
específica e é esse o objetivo de analisar sintaticamente. Esses termos mencionados
podem ser classificados como essenciais, integrantes e acessórios.
Frase é um enunciado linguístico que tem sentido completo. Não é necessária a presença de um
verbo.
Período é uma frase organizada em uma ou mais orações. Pode ser simples ou composto.
Quem perdeu o ônibus para o colégio? Joana. Dessa forma, sabemos que Joana é o
sujeito dessa oração. Já o predicado é o que afirmamos sobre o sujeito. No mesmo exemplo
acima, se Joana é o sujeito da oração, perdeu o ônibus para o colégio é o predicado, pois é o
que estamos falando sobre Joana.
Sujeito oculto: é o sujeito que não aparece escrito na frase, mas que conseguimos saber quem é.
Ex.:
Levei meu cachorro ao veterinário. (o sujeito da frase é “Eu”, mesmo que não apareça escrito)
1
A palavra mais importante do sujeito. Por exemplo, na frase O cachorro agitado mordeu a menina o
sujeito é “o cachorro agitado” e a palavra mais importante, ou seja, o núcleo do sujeito é “cachorro”.
Os sujeitos indeterminados são aqueles que não conseguimos identificar através da frase.
Por exemplo: “Dizem que esse é um restaurante muito bom.” (não sabemos quem é que diz)
Ainda temos um tipo especial de oração, a oração sem sujeito. Ela ocorre o verbo da
oração não admite agente da ação. Geralmente, temos esse acontecimento relacionado com
verbos que expressam fenômenos da natureza. Ex.: choveu, ventou, amanheceu, nevou, etc.
O predicado nominal é aquele que tem como núcleo um nome. É constituído por um verbo
de ligação e o predicativo do sujeito. Ex.: Fabiana estava cansada.
O predicado verbal tem como núcleo um verbo de ação. Ex.: O aluno perdeu a prova.
TERMOS INTEGRANTES
Observe a frase:
● Eu preciso de você.
O verbo precisar é transitivo indireto. Faça a pergunta: quem precisa, precisa “de”
alguém. O termo “de” é uma preposição, logo, a expressão “de você” é um objeto indireto.
Já os termos que são acessórios na oração caracterizam algo e, como o nome diz,
não são obrigatórios. O adjunto adnominal, por exemplo, especifica o substantivo. Podem
ser artigos, locuções, pronomes, adjetivos e mais. Exemplo: Seu olhar singelo é lindo. Os
termos “seu” e “singelo” são adjuntos adnominais (estão juntos com o nome, o substantivo
“olhar”). Ao contrário do complemento nominal, um adjunto adnominal não é obrigatório.
Por outro lado, o adjunto adverbial tem a função de modificar um verbo, um adjetivo
ou um advérbio, atribuindo-lhes uma circunstância. Exemplo: A aluna aprendeu
rapidamente. O termo “rapidamente” é um adjunto adverbial, pois modifica o verbo
“aprendeu”.
O aposto, por sua vez, explica um termo na oração. Exemplo: “Emmanuel Macron,
presidente da França, enfrenta uma grande crise”. A expressão “presidente da França” está
explicando quem é Emmanuel Macron, funcionando como aposto da oração.
COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO
Dentro da análise sintática, os períodos podem ser classificados em: composto por
coordenação, subordinação ou coordenação e subordinação. O período de coordenação é
composto por orações que são autônomas, independentes entre si, mas que juntas
complementam o sentido da frase. Exemplo: Eu dormi e sonhei com você. Observe que
ambas as orações são independentes, isto é, ainda fariam sentido mesmo se fossem
separadas.
Já o período composto por subordinação apresenta orações que são dependentes
entre si, são subordinadas. Veja: “Já que está chovendo, ficaremos em casa”. As duas
orações não podem ser separadas, uma depende da outra.
E ainda há o período composto por coordenação e subordinação que, nada mais é,
a junção dos dois. Exemplo: O juiz entrou na quadra e permitiu que o jogo começasse. Há
três orações. As duas primeiras são coordenadas e a terceira é subordinada.
Existem 5 tipos de classificações para orações coordenadas:
● Oração coordenada aditiva: acresce uma informação. Ex: Eu dormi e sonhei.
● Oração coordenada adversativa: apresenta um contraste. Ex: Eu passei no
vestibular, mas não sei se é isso que quero.
● Oração coordenada alternativa: apresenta alternância. Ex: Ora você gosta de mim,
ora você some.
● Oração coordenada conclusiva: conclui a ideia. Ex: Não gosto daqui. Portanto,
pedirei a minha demissão.
● Oração coordenada explicativa: tem como objetivo explicar. Ex: Você está errado
porque tenho provas.
Já no período de subordinação há duas categorias: orações subordinadas adjetivas
(função de adjetivo) e orações subordinadas adverbiais (função de advérbio).
● Oração subordinada adverbial causal: expressa causa. Ex: Não posso opinar, uma
vez que não tenho direito.
● Oração subordinada adverbial concessiva: indica permissão. Ex: Você pode fazer
isso, mesmo que não tenha experiência.
● Oração subordinada adverbial condicional: expressa condição. Ex: Se você
conseguir, ganhará uma recompensa.
● Oração subordinada adverbial comparativa: indica uma comparação. Ex: Os olhos
azuis são bonitos como o do pai.
● Oração subordinada adverbial consecutiva: relação de causa e consequência. Ex:
Acordei tão atrasado que não consegui entrar na faculdade.
● Oração subordinada adverbial final: indica uma finalidade. Ex: Eu fiz isso para subir
na vida.
● Oração subordinada adverbial temporal: expressa tempo. Ex: Chorei por você
quando foi embora.
● Oração subordinada adverbial proporcional: indica proporção. Ex: Fui amolecendo à
medida que percebi que te amava.
● Oração subordinada adverbial conformativa: expressa conformidade. Ex: Fiz o que
você pediu conforme as regras.
VERBOS
Como já vimos anteriormente, o verbo é uma palavra que indica ação ou estado. O
verbo pode se flexionar de quatro maneiras: PESSOA, NÚMERO, TEMPO e MODO. É a
classe mais rica em variações de forma ou acidentes gramaticais. Através de um morfema
(unidade mínima dotada de significado que integra o vocábulo) chamado desinência modo
temporal, são marcados o tempo e o modo de um verbo. Vejamos abaixo:
O que é o modo verbal? O modo verbal caracteriza as várias maneiras como
podemos utilizar o verbo, dependendo da significação que pretendemos dar a ele.
Rigorosamente, são três os modos verbais: indicativo, subjuntivo e imperativo. Porém,
alguns gramáticos incluem, também como modos verbais, o particípio, o gerúndio e o
infinitivo. Alguns autores, no entanto, classificam os três últimos como formas nominais
do verbo.
Segundo o gramático Rocha Lima, existem algumas particularidades em cada uma
destas formas que podem impedir-nos de considerá-las modos verbais:
Já o tempo verbal informa, de uma maneira geral, se o verbo expressa algo que já
aconteceu, que acontece no momento da fala ou que ainda irá acontecer. São
essencialmente três tempos: PRESENTE, PASSADO ou PRETÉRITO e FUTURO. Os
tempos verbais são:
Voz ativa
O verbo está na voz ativa quando o sujeito gramatical é o agente da ação, ou seja,
quando o sujeito gramatical pratica a ação verbal.
Exemplos:
Voz passiva
O verbo está na voz passiva quando o sujeito gramatical é o paciente da ação, ou
seja, quando o sujeito gramatical sofre a ação verbal, praticada pelo agente da passiva.
Exemplos:
Notas:
● Além do verbo ser, existem outros verbos auxiliares que, embora menos frequentes,
podem formar a voz passiva analítica, como os verbos estar, ficar, andar, viver,…
● Normalmente é utilizada a preposição por, ou suas formas contraídas (pelo, pela,
pelos, pelas), para a formação da voz passiva analítica.
● Vendem-se limões.
● Cantam-se canções.
● Finalizou-se o acordo.
Voz reflexiva
O verbo está na voz reflexiva quando o sujeito gramatical é ao mesmo tempo agente
e paciente da ação, ou seja, quando o sujeito gramatical pratica e sofre a ação verbal. É
formada por um verbo na voz ativa mais um pronome oblíquo reflexivo (me, te, se, nos, vos,
se), atuando como objeto. A voz reflexiva pode ser recíproca, ou seja, quando há dois
sujeitos que praticam a ação um no outro.
Exemplos:
Flexões nominais
Indicam gênero e número. Ex.: casa – casas, gato – gata. É importante atentar que a flexão
nominal refere-se a todos os nomes (substantivo, adjetivo, advérbio, etc). Para efeitos de
exemplificação, trataremos sobre as flexões em substantivos.
Flexão de gênero:
Os substantivos masculinos são antecedidos pelo artigo “o”. Como exemplo temos
os substantivos o lança-perfume, o tapa, o champanha, o dó.
Já os substantivos femininos são antecedidos pelo artigo “a”. É o caso de a
agravante, a fênix, a alface, a ênfase, a poetisa.
A maioria dos substantivos têm duas formas: uma para o masculino e outra para o
feminino. São os substantivos biformes. Os substantivos uniformes apresentam uma única
forma para nomear os seres de ambos os sexos (colega, cliente, artista, agente, etc). Veja
algumas regras de formação do feminino dos substantivos biformes:
São exceções: cão / cadela, ladrão / ladra, perdigão / perdiz, sultão / sultana.
Flexão de número:
Os nomes (substantivos, adjetivos, pronomes, numerais ), de modo geral, admitem a flexão
de número: singular e plural.
Aos substantivos que terminam com as consoantes ‘r’ e ‘z’ devem ser acrescidos
‘es’ ao final da palavra. Observe os exemplos:
hambúrguer – hambúrgueres
Nos substantivos que terminam em ‘al’, ‘el’, ‘ol’, ‘ul’, deve ser substituída a
consoante ‘l’ por ‘is’. Observe os exemplos:
girassol – girassóis
* Há duas exceções:
mal – males cônsul – cônsules
Os substantivos que terminam em ‘il’ são pluralizados de duas formas:
a) Em palavras oxítonas terminadas em ‘il’:
juvenil – juvenis
b) Em palavras paroxítonas terminadas em ‘il’:
inútil – inúteis
Os substantivos terminados em consoante ‘s’ fazem o plural de duas formas:
a) Em substantivos monossilábicos ou oxítonos, há o acréscimo de ‘es’.
algoz – algozes
Flexões Verbais
Dentre todas as classe gramaticais, a que mais se apresenta passível de flexões é a
representada pelos verbos. Flexões estas relacionadas a:
Pessoa – Indica as três pessoas relacionadas ao discurso, representadas tanto no modo
singular, quanto no plural.
Número – Representa a forma pela qual o verbo se refere a essas pessoas gramaticais.
Singular Plural
Modo Indicativo
● assistir a;
● obedecer a;
● avisar a;
● agradar a;
● morar em;
● apoiar-se em;
● transformar em;
● morrer de;
● constar de;
● sonhar com;
● indignar-se com;
● ensaiar para;
● apaixonar-se por;
● cair sobre.
● favorável a;
● apto a;
● livre de;
● sedento de;
● intolerante com;
● compatível com;
● interesse em;
● perito em;
● mau para;
● pronto para;
● respeito por;
● responsável por.
CRASE
Antes de verbos:
Em expressões com palavras repetidas, mesmo que essas palavras sejam femininas:
Nota: Pode ocorrer crase antes de um substantivo masculino desde que haja uma palavra
feminina que se encontre subentendida, como no caso das locuções à moda de e à maneira
de.
● Decisões à Pedro Neves. (à maneira de Pedro Neves)
● Estilo à Paulo Sousa. (à moda de Paulo Sousa)
Nota: Com as preposições para, desde, após e entre, não ocorre crase.
SINTAXE DE CONCORDÂNCIA
Concordância verbal
Regras gerais
Exemplos:
Os boias-frias (3ª p. sing.) saem (3ª p. sing.) bem cedo para o trabalho.
● Anteposto ao verbo:
O verbo toma a forma plural.
Exemplos:
Ouro Preto e Mariana são cidades marcadas pela antiga mineração.
● Posposto ao verbo:
O verbo pode:
● tomar a forma plural. Exemplo: Sobraram refrigerantes e salgadinhos.
● concordar com o núcleo do sujeito mais próximo. Exemplo: Sobrou
refrigerante e salgadinhos.
Na indicação de horas, esses verbos concordam com o sujeito, que pode ser o número de
horas ou um outro. Exemplo: “Deu uma hora no relógio da matriz”, “Bateram cinco horas no
relógio da matriz”, “Soou cinco horas o relógio da matriz”.
Faltar, sobrar, bastar
Concordam com o sujeito, que normalmente é posposto a eles. Exemplos: “Falta uma
semana para a viagem”, “Sobraram-me apenas alguns trocados”, “Basta uma palavra sua”.
Haver, fazer
Esses dois verbos são impessoais (não têm sujeito), devendo ficar na terceira pessoa do
singular quando usados para indicar tempo transcorrido, indicação de fenômenos naturais
ou com o sentido de “existir”. Exemplos: “Havia três anos que ele se fora”, “No Nordeste faz
invernos amenos”, “Não havia flores mais belas”.
Concordância nominal
Regra geral
[...] “Piloto farejou longamente o homem, sem abanar o rabo. O homem não se animou a
acariciá-lo. Depois, o cão virou as costas e saiu sem destino. O homem pensou em
chamá-lo, mas desistiu. [...]”
Segunda frase:
Terceira frase:
● O advérbio Depois não se refere a outro termo; seu papel é ligar as frases pela
indicação de tempo.
● o termo o cão (artigo definido + substantivo) refere-se a “Piloto” pelo emprego do
nome que representa sua espécie.
● a conjunção e não retoma outro termo; seu papel é ligar as orações estabelecendo
sentido de adição.
Quarta frase:
Este princípio consiste nas relações entre os significados das palavras na cadeia da
frase. Cada palavra escolhida deve ocupar o lugar adequado na frase e seu significado
precisa combinar com os sentidos expressos pelas demais palavras que a compõem.
Exemplo:
Retomadas de informações
Este princípio consiste nas relações entre as informações expressas pelas orações
e/ou frases do texto. Toda informação nova deve recuperar, de alguma forma, aspectos
significativos de informações anteriores. Exemplo:
O espelho recusou-se a responder a Lavínia que ela é a mais bela mulher do Brasil. Aliás,
não respondeu nada. Era um espelho muito silencioso. (Carlos Drummond de Andrade)
Progressão de informações
O espelho recusou-se a responder a Lavínia que ela é a mais bela mulher do Brasil. Aliás,
não respondeu nada. Era um espelho muito silencioso. (Carlos Drummond de Andrade)
Segunda frase:
● dado novo: ele não disse nada. (A primeira frase apenas dizia que ele se recusara
a responder)
Terceira frase:
● dado novo: muito silencioso. (Justifica a informação anterior)
Uso do x/ch
O x é utilizado nas seguintes situações:
Exceção: O verbo encher escreve-se com ch. O mesmo acontece com as palavras que
dele derivam: enchente, encharcar, enchido.
Uso do h
O h é utilizado nas seguintes situações:
Uso do s/z
O s é utilizado nas seguintes situações:
● Nos adjetivos terminados pelos sufixos -oso/-osa que indicam grande quantidade,
estado ou circunstância: bondoso, feiosa, oleoso.
● Nos sufixo -ês, -esa, -isa que indicam origem, título ou profissão: marquês, francesa,
poetisa.
● Depois de ditongos: coisa, maisena, lousa.
● Na conjugação dos verbos pôr e querer: pôs, quis, quiseram.
● Nos sufixos -ez/ -eza que formam substantivos a partir de adjetivos: magro -
magreza, belo - beleza, grande - grandeza.
● No sufixo - izar, que forma verbo: atualizar, batizar, hospitalizar.
Uso do g/j
O g é utilizado nas seguintes situações:
● Nas palavras que terminem em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: presságio, régio,
litígio, relógio, refúgio.
● Nos substantivos que terminem em -gem: alavancagem, vagem, viagem.
Observações:
1. A conjugação do verbo viajar no Presente do Subjuntivo escreve-se com j: (Que )
eles/elas viajem.
2. Nos verbos que, no infinitivo, contenham g antes de e ou i, o g é substituído para j
antes do a ou do o, de forma a que seja mantido o mesmo som. Assim: afligir - aflija,
aflijo; eleger - elejam, elejo; agir - ajam, ajo.
ACENTUAÇÃO
Ex: ali, caqui, rubi, bambu, rebu, urubu, sutil, clamor, fi-lo, puni-la, reduzi-los, feri-las.
Ex: dândi, júri, órfã, César, mártir, revólver, álbum, bênção, bíceps, espelho, famosa,
medo, ontem, socorro, polens, hifens, pires, tela, super-homem.
Ex: ótimo, incômoda, podíamos, abóbora, bússola, cântaro, dúvida, líquido, mérito,
nórdico, política, relâmpago, têmpora.
Atenção: Pela nova ortografia não se acentuam ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos
ou não de s em palavras paroxítonas.
Ex: ideia, plateia, assembleia.
● Não se acentua, pela nova ortografia, palavras paroxítonas com hiato oo seguidos
ou não de s.
Ex: aí, balaústre, baú, egoísta, faísca, heroína, saída, saúde, viúvo, juízes, Piauí.
Pela regra exposta acima, não se acentuam: rainha, xiita, ruim, juiz, feiura.
● Pela nova ortografia, não se acentua com acento agudo u tônico dos grupos que,
qui, gue, gui: argui, arguis, averigue, averigues, oblique, obliques, apazigues.
● Da mesma forma não se usa mais o trema:aguento, frequente, tranquilo, linguiça,
aguentar, arguição, unguento, tranquilizante. Emprega-se o til para indicar a
nasalização de vogais: afã, coração, devoções, maçã, relação etc.
● O acento diferencial foi excluído. Mantém-se apenas nestas quatro palavras, para
distinguir uma da outra que se grafa de igual maneira:
pôde (verbo poder no tempo passado) / pode (verbo poder no tempo presente);
vem ( verbo vir na 3ª pessoa do singular) / vêm ( verbo vir na 3ª pessoa do plural);
tem ( verbo ter na 3ª pessoa do singular) / têm ( verbo ter na 3ª pessoa do plural).
PONTUAÇÃO
Vírgula (,)
Marca uma pausa menos longa que o ponto e mais longa que a vírgula, é
empregado:
Dois-pontos (:)
Marca uma sensível suspensão da voz numa frase não concluída. São geralmente
usados:
● para anunciar uma citação. Exemplo: Já dizia Mário Quintana: “Eles passarão, eu
passarinho”.
● para anunciar uma enumeração. Exemplo: Os amigos são poucos: Paulo, Renato e
José.
● para anunciar um esclarecimento ou explicação. Exemplo: Meu desejo é um só:
muita paz.
● para anunciar a fala do personagem. Exemplo: E ele perguntou: Aonde vai?
Reticência (...)
Aspas (“ “)
São empregadas:
Parênteses (( ))
Travessão (一)
É usado:
● no discurso direto, para indicar a fala do personagem.
● para pôr em evidência palavras, expressões e frases. Exemplo: Vimos um homem 一
um mendigo, decerto 一 sentado na calçada.