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e-Health No Brasil - Status Atual e Tendências

Futuras
Maria, Francisco da Silva¹
UFOPA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ
Sistemas de Informação (SI2018) – Trabalho de Graduação
20/07/2018

RESUMO

A transformação digital chegou com força à saúde e o uso da tecnologia segue


avançando a passos largos nesta área. As inovações nos diferentes segmentos
são tantas que foi necessário criar um termo específico para agrupá-las: é o e-
Health ou “saúde digital”, conceito amplo e conhecido mundialmente que trata
das ferramentas e soluções digitais que ajudam a melhorar a qualidade de vida
das pessoas. Medicina do futuro, farmacologia, neurociência, robótica etc: tudo
o que engloba a evolução do conhecimento dos profissionais da área aliado ao
desenvolvimento e domínio das tecnologias digitais e soluções “de ponta” está
inserido neste novo mundo da saúde.

Palavras-chave: comunicação; sistema de saúde, telemedicina, conectividade;


internet.

1 - INTRODUÇÃO

A Organização Mundial da Saúde – OMS (em inglês: World Health


Organization - WHO) define e-Health como o uso das tecnologias de
informação e comunicação (ICT) na saúde. Em uma definição mais ampla, E-
HEALTH consiste em melhorar o fluxo de informação, através de meios
eletrônicos e, com isso, aprimorar a prestação de serviços e a coordenação
dos sistemas de saúde.

Alguns países já contam com portais governamentais, para tornar


públicas e acessíveis todas as informações a respeito de e-Health para a
população – Irlanda, Índia, Austrália, Hong Kong (região da China). Outros,
como Canadá e Portugal, também realizam conferências sobre o tema para
discutir as melhores práticas e estabelecer diretrizes.
_____________________
¹ Aluno de Bacharel em Sistemas de Informação – Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA .
Trabalho escrito sob orientação do Prof. Esp. RAIMUNDO MARTINS DE ARAÚJO JÚNIOR .
Já os países da América Latina podem encontrar dados no site e-Health
Latin América Reporter.

O Brasil ainda está em estágio inicial no uso em escala das tecnologias


para a saúde – muito em função das barreiras de legislação -, mas já existe
uma mudança de atitude, especialmente porque estas ferramentas digitais são
ideais para reduzir os custos em saúde. E há respaldo da população: segundo
uma pesquisa divulgada pela empresa de tecnologia Cisco, 84% dos
entrevistados disseram estar mais preocupados com a qualidade da
assistência médica do que com o contato pessoal. O estudo também revelou
que 76% dos usuários do sistema brasileiro de saúde dizem estar abertos ao
atendimento médico virtual.

Contudo, vale lembrar que o mais importante é que a e-Health não só


diminui os custos operacionais e evita desperdício de recursos, como amplia a
assistência facilitando o acesso dos pacientes aos setores de saúde. Com isso,
os médicos também ganham novas ferramentas tecnológicas capazes de dar
mais autonomia em sua atuação na realização de diagnósticos cada vez mais
precisos e ágeis.

2 – SISTEMA DE SAÚDE NO BRASIL E A INCLUSÃO DE NOVAS


TECNOLOGIAS.

O sistema de saúde no Brasil enfrenta um cenário crescente e


preocupante de aumento dos custos. Este aspecto é objeto frequente de
discussão, pois é grande a insatisfação de praticamente todos que atuam neste
mercado. É claro que uma série de fatores contribui para a construção deste
cenário, no entanto, o modelo de remuneração adotado em todo o sistema é
um dos principais agravantes, sobretudo, porque privilegia a quantidade sem
considerar a qualidade e os resultados dos serviços prestados.

É evidente que é preciso transformar o cenário e promover uma revisão


e uma reestruturação deste formato. Enquanto esta discussão e busca por
alternativas ocorre de maneira lenta e gradual, devido à sua complexidade, há,
porém outro caminho que deve ser considerado prioritário para que os
resultados sejam atingidos de maneira mais rápida, fazendo frente ao
crescimento exponencial dos custos. Este caminho é a adoção de novas
tecnologias capazes de revolucionar os serviços de saúde. Neste contexto,
destaca-se o conceitos de e-Health.

2.1 - RELEVÂNCIA E DESAFIOS DO E-HEALTH

A saúde é algo de preocupação comum para todos, pois a sociedade


vive em um estado de busca para viver bem o maior tempo possível. Com isso
em mente, a entrega de produtos de e-Health de alta qualidade é atualmente a
principal prioridade de cada empresa que desenvolve tais produtos. Os
avanços nas soluções de e-Health mostraram que é possível aproveitar ao
máximo a tecnologia existente, investindo nela e criando novas e melhores
tecnologias para esse campo. Tecnologias novas e melhores não se referem
apenas a novos produtos que fazem as coisas um pouco melhor, ou redefinem
produtos, mas, na verdade, soluções que podem melhorar profundamente a
qualidade do tratamento e ampliar o acesso a cuidados médicos.

Essas tecnologias visam aumentar a eficiência nos tratamentos de


saúde, melhorar a qualidade de vida, aumentar o comprometimento com a
medicina baseada em evidências, o empoderamento de pacientes e
consumidores e o desenvolvimento de relacionamentos novos e mais íntimos
entre pacientes e profissionais de saúde. De um ponto de vista mais abstrato, a
e-Health pode ser usada para disseminar, compartilhar e relacionar
informações de saúde através de pacientes e profissionais da área.

Nesse contexto, a consciência e até mesmo o entusiasmo com o


potencial que as Tecnologias da informação oferecem à saúde resultaram em
investimentos maciços em empresas de TI e nos departamentos de TI das
Universidades do mundo todo. As tecnologias da informação podem ser
usadas, como dito anteriormente, para registrar, processar e compartilhar
informações sobre pacientes (por exemplo, registros eletrônicos de saúde).
Essas tecnologias também podem ser usadas como “guias eletrônicas
autônomos” para tratamentos processuais (por exemplo, aplicativos móveis) e
até mesmo em soluções que podem facilitar o atendimento, o diagnóstico e até
mesmo realizar cirurgias à distância, contudo, essa concepção de sistemas e
serviços de saúde em linha eficazes requer a aplicação de conhecimentos de
diversas áreas trabalhando juntas para o amplo desenvolvimento das e-Health.
No âmbito dessa equipe multidisciplinar, já existem muitos grupos de trabalho
que podem incluir profissionais de saúde, equipes de TI e profissionais de
outras áreas afins que trabalham juntos. Não apenas essas equipes trabalham
dentro de empresas, mas também com Universidades, já que os ambientes
universitários são geralmente mais favoráveis ao design e desenvolvimento de
novos conceitos empresariais que podem resultar em soluções futuras para a
e-Health.

2.2 - SEGURANÇA E PRIVACIDADE DE DADOS DE SAÚDE

O uso de sistemas de informação capazes de substituir o formato


tradicional baseado em papel levantou algumas questões relativas à segurança
e privacidade dos dados armazenados neles (DONG et al., 2012).
Particularmente para os sistemas de saúde, privacidade e segurança são
questões muito complexas, e a adição de um grande número de sensores e
dispositivos resulta em desafios adicionais (ACAMPORA et al., 2013).

Mecanismos para melhorar a segurança devem estar presentes nos


sistemas para evitar divulgação, manipulação, remoção ou destruição de dados
sem permissão, como políticas de segurança específicas, proteção de senhas,
comunicações seguras e assim por diante. Para ter certeza de que as
informações estão protegidas, uma boa prática é examinar periodicamente a
integridade e a segurança da rede.

A privacidade garante que os dados não sejam vistos por outras


pessoas além daquelas que têm autorização para acessá-las, por exemplo,
outro provedor de saúde, outro paciente, etc. Para respeitar a privacidade, as
permissões necessárias para acessar o sistema de e-Health devem ser dado
com o consentimento do paciente.

Alguns autores concordam que essas questões são duas das principais
preocupações que precisam ser tratadas para ter uma arquitetura de
governança da informação eficaz (Accenture, 2010), e elas realmente se
destacam em um dos sistemas de informações de e-Health mais usados, que é
o armazenamento em nuvem.

Ainda assim, o uso de sistemas de informação também tem algumas


vantagens claras, como a padronização de dados de saúde que facilita a
comunicação entre diferentes sistemas graças à sua interoperabilidade.

2.3 - QUESTÕES DE PESQUISA E TENDÊNCIAS FUTURAS

Prestando muita atenção à evolução do mercado da saúde, há algumas


tendências claras na e-Health, embora confiando nas TIC, a e-Health se
beneficia dos efeitos trazidos pela ainda válida Lei Moore, que afirma
aproximadamente que a cada 18 meses, o número de transistores por circuito
integrado dobra.

Isso significa mais poder de processamento em dispositivos menores,


fato que pode ser testemunhado em alguns dispositivos, tornando assim, cada
vez mais eficaz e disseminada o uso das tecnologias existentes e crianção de
novas voltados para o apoio à saúde.

3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora a e-Health seja um caminho simples e rentável, o Brasil


encontra-se bastante atrasado na adoção destas tecnologias, que, na verdade,
já estão disponíveis há algum tempo. Seja por opção de uso e custos,
desconhecimento ou mesmo por falta de acesso, muitas vezes os pacientes
acabam procurando os serviços de maior complexidade, como as emergências
e unidades de pronto atendimento, quando poderiam resolver boa parte dos
problemas à distância. Dessa forma, ainda atravessamos a fase de quebrar
barreiras no que diz respeito à aceitação e até boa vontade das autarquias e
entidades de classe reguladoras para que estas inovações sejam
implementadas.
Sendo assim, é mais do que preciso mudar o foco da proibição para a
regulação. Os resultados seriam muito mais positivos se alguns paradigmas
fossem deixados de lado. Estudos realizados em todo mundo apontam o m-
Health, mais especificamente os apps, como ferramentas ideais para reduzir os
custos em saúde. Ou seja, a e-Health pode melhorar o estilo de vida, permitir o
tratamento remoto de problemas de saúde, equipar os provedores de saúde
para a tomada de melhores decisões clínicas e ainda tornar o sistema de
saúde mais sustentável.

Portanto, neste momento, os esforços devem ser voltados para garantir


que estas inovações tenham o mínimo de segurança e respeito aos preceitos
básicos do atendimento em saúde. É preciso mais do que nunca enxergar a
telemedicina como uma das saídas para alcançarmos um sistema de saúde
que seja sustentável e ao mesmo tempo de qualidade e eficiência nos cuidados
dos pacientes. Afinal, a tecnologia existe, e a sua eficiência é comprovada.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, C.; TRAVASSOS, C.; PORTO, S. & LABRA, M. E., 2000. Health
sector reform in Brazil: A case study of inequity. International Journal of
Health Services, 30:129-162.
ALMEIDA, Nemésio Dario. A saúde no Brasil, impasses e desafios
enfrentados pelo Sistema Único de Saúde: SUS. Rev. Psicol.
Saúde, Campo Grande , v. 5, n. 1, p. 01-09, jun. 2013 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2177-
093X2013000100002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 20 jul. 2018.
CARVALHO, Gilson. A saúde pública no Brasil. Estud. av., São Paulo , v.
27, n. 78, p. 7-26, 2013 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
40142013000200002&lng=en&nrm=iso>. access
on 20 July 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142013000200002.
IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),
1998. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Rio de Janeiro: IBGE.
TAFNER, Elisabeth Penzlien; DA SILVA, Everaldo. Metodologia do Trabalho
Acadêmico. Indaial: ASSELVI, 2008.

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