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Donatella Della Porta INTRODUCAO A CIENCIA POLITICA carom fess da Universidade de Florenga, que, durante alguns anos, serviram de cobaias. Espero que nao tenham ficado muito traum: periéncia. O presente volume €-thes dedicado, No capitulo seguinte, depois de apresentar 0 conceito de ciéncia politica, detimité-lo-emos em rel discipli Temos algumas escolas, ou at mentos, caracterizado a nossa matéia. Das diversas abordagens, mas também das hibridagdes e permutas com disciplinas afins, encontraremos amplos tragos no resto do volu- ‘me, dedicado a alguns processos ¢ protagonistas, na politica e ciéneia politica. Depois de apresentar 0 conceito de democracia (Capitulo 2), tentaremos compreender que tipo de perguntas ¢ de apoio entra em jogo no sistema através da participacao politica (Capitulo 3). Prosse- guiremos depois com a anélise das caracteristicas dos protagonistas da participacdo: os grupos de interesse, movimentos sociais (Capitulo 4) e, sobretudo, 0s partidos (Capitulo 5). Através destes tiltimos, apro- ximar-nos-emos igualmente do interior da «caixa negra», ond input se transformam em output. Debrugar-nos-emos em parti sobre isto no capitulo sobre as instituigdes representativas: parlamento ¢ governo (Capitulo 6). As fungdes de governo e & dimensao territorial da politica ¢ finalmente dedicada a dltima parte deste volume (Capi- tulo 7) © SITE WEB Junta-se ao manual um site da Intemet, acessivel pelo enderego www.mulino.ivaulaweb. O site, a0 cuidado de Massimiliano Andretta, € articulado em duas sessdes: para os estudantes, estio disponiveis ios de autoverificaedo, um glossério com as palavras-chave da rede; aos professor¢ cada capftulo, person: paréncias. 1. ENTRE O ESTADO E O PODER: O QUE E A POLITICA s as principais abordagens presen- ica e introduziremos assi camo 0 Estado, o poder, o sistema pol racional ¢ as instituigdes. Concluiremos com u to da cigneia politica no final do século x1x, ob- servou-se que, logo apés a Segunda Guerra Mundial, tanto em It como na Europa em geral. os pais fundadores da a pol tinham uma formagé a s «ou seja, nin- omo «mal delineada, amorfa e hete- 1975, 1]. $6 muito mais recentemente se observou que «a ciéncia politica, como disciplina, se tormou cada vez mais madura e profissionalizada» [Goodin e Klingemann 1996, 4] AS DELIMITAGOES A propria definico das deli matérias 3 ue se evidencia em meados dos anos 50 do século xx [Finer 1954, 27; eft. também Cotta, Della Porta ¢ Morlino 2001, 73-74]; 1) a cidncia politica distingue-se da filosofia politica, quando ex- ia politica distingue-se da hist6ria, quando a anélise dos dados empiticos visa mais uma generalizacio do que conheci- ‘mentos circunscritos a uma realidade especifica no espago © no tempo. UMA DEFINICRO + Sintetizando, a ciéncia politica ocupa-se da politica como ela io como deveria ser, concentra-se em processos reais € no nos isa conhecer generalizéveis e nao especificos. Na foi definida como «o estudo ou pesquisa, com a metodologia das ciéncias empiricas, de diversos aspectos da realidade politica, a fim de a explicar o mais completamente posst- vel» [Morlino 1989, 6]. jo da disciplina é, portanto, o das ciéncias empiric seu objectivo a realidade politica. Mas 0 que é a «politica»? E qual 0 método das ciéncias «empiricas»? Tentarei oferecer alguns ele- mentos de resposta a estas perguntas no presente capitulo. 2. O que é a politica? Como acontece com muitos cor 0 de politica também assumiu varios significados, alterando conota no tempo e no espago, adaptando-se a varias abordagens teéricas € enchendo-se de diversos conteiidos empiricos. Como se observou, hoje, mais do que ontem, a resposta a0 quesito canénico “o que é apresenta-se problematica ¢ incerta, porque nenhum émbito jada parece subtrair-se & politizago © essa tendéncia 4 parece ser um dos caracteres ~ porque figura entre os mais contesta- dos © menos atraentes — da contemporaneidade> (Beligni 1991, 11] Nao € por acaso que um dos seus expoentes mais influentes revelou que «se ha um elemento distintivo da ciéncia politica ocidental, esse consiste ainda na falta de um acordo sobre a forma de descrever o seu objective da maneira mais exaustivay [Easton 1985, 95]. A HISTORIA DA CIENCIA POLITICA ria da ciénci 6, com efeito, muito longa ov, pelo breve, consoante se coloca as suas origens no debate filo- s6fico sobre a politica ou se centra na ciéncia politica como di baseada na busca empirica. Segundo as palavras de um politslogo influente: se tivéssemos de modelar a hist6ria da ciéncia politica ‘uma curva do progresso no tempo dos estudos sobre a politica, do faria grandes pro lum pouco com o Renascimento € 0 conguistas substanciais no século xx e depois explodiria em bases s6lidas no século xx, quando a ciéncia politica adquire caracteristicas autenti: camente profissionais (Almond 1996, 50, 0 itélico é meu), Se € nesta ciéncia politica profissional do século xx que nos vamos ‘concentrar neste volume, 0 emergir da concepgio moderna da politica € porém, um processo lento, cujas origens se situam muito atrés no tempo. DA POLS. De um modo geral, muitas discusses sobre o conceito de politica, que partem da sua raiz.etimolégica, recordam a polis grega. Para os Gregos, a experiéncia da polis estava ligada ao aumento de poténcia de capacidades tnicas da espécie humana, como 0 raciocinio e 0 uso da linguagem. A polis greg ficilmente relacionavel com as caracteristicas que @ « miu posteriormente. Com efeito, se a reflexo sobre a politica recorre insistentemente a concepcdo grega, acerta

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