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Avaliação
Voltar o olhar para os aspectos relacionados com a inclusão de todos os jogadores na vivência
das atividades e com a experimentação de todas as funções existentes dentro dos jogos
propostos.
Como essas brincadeiras são atividades de performance individual dentro de uma dinâmica
coletiva, fazer as observações quanto ao desempenho e o ajuste rítmico dos jogadores
individualmente ou dentro dos sub-grupos, não sendo necessário que a dinâmica do grupo
todo seja interrompida para que alguma orientação seja feita.
Focar as observações em torno das variações de ritmo e as relações deste elemento com as
capacidades físicas individuais e destas, em contexto coletivo de brincadeira.
Freire (2001), Catunda (2000) e Batista (2003) possibilitam o enriquecimento deste trabalho
através da exibição de algumas atividades que, a partir das aulas de educação física, podem
auxiliar na aquisição do conhecimento em português e matemática.
Freire (2001) apresenta brincadeiras como: “Boca de forno” (auxilia a formação lógico-
matemática), “Correspondência provocada” (auxilia nos conceitos matemáticos), “Adivinhar o
tempo” (estimula noções de pensamento, espaço e lógico-matemática), “Zerinho com letras” e
“Zerinho com sílabas” (estimulam noções da gramática), “Pular corda com separação de
sílabas” (também estimula noções de gramática), porém especificarei neste trabalho “Zerinho
com letras” e “Adivinhar o tempo”.
Finalizando, Batista (2003) também apresenta atividades como: “cartões alfabéticos” (auxilia
na identificação das letras), “montar palavras” (auxilia na aprendizagem da escrita), “caça ao
tesouro” (objetiva a socialização, memorização e agilidade), “jogo dos números” (contribui na
aprendizagem das quatro operações matemáticas) e “troca de esquinas” (ajuda na
aprendizagem da geografia).
Tais brincadeiras podem enfatizar o raciocínio, pois Lopes, (1999 citado por GRESPAN, 2002)
afirma que a criança necessita de estímulo para o crescimento e aprendizagem, no campo
intelectual, motor e afetivo.
“Adivinhar o tempo”
“O professor avisa às crianças que vai marcar no relógio um certo tempo, por exemplo, 15
segundos. Ao sinal de início, as crianças tentam calcular mentalmente o tempo indicado.
Conforme seus cálculos, elas informam o professor quando acham que o relógio chegou aos 15
segundos. Terminada a tarefa, o professor revela qual delas acertou ou chegou mais perto do
tempo estabelecido” (FREIRE, 2001, p. 187).
“COELHO MATEMÁTICO”
“Cada participante desenhará um círculo, sendo que dois ficarão fora do círculo. Após todos
estarem localizados dentro dos círculos, o professor dinamizará a brincadeira, com a troca de
lugares sendo efetuada de várias formas, que resultem na resposta, com o numeral
correspondente nos círculos. Os participantes que estão fora tentarão ocupar os círculos. Ex.:
ímpar- todos os ímpares trocam de toca, par- todos os pares trocam de toca, 12-08=6 – todos
os pares trocam de toca, errei o cálculo- todos trocam” (CATUNDA, 2000, p.77).
“CARTÕES ALFABÉTICOS”
3. Metodologia
Esta pesquisa foi realizada através de um estudo de caso que, de acordo com Bervian e
Cervo (2002) é uma forma de pesquisa experimental, pois manipula diretamente variáveis
relacionadas com o objeto de estudo, proporcionando relação de causa e efeito do fenômeno
estudado, utilizando-se de instrumentos ou procedimentos capazes de tornar perceptíveis as
relações existentes entre as variáveis dos objetos estudados.
3.1.1. Procedimentos
Inicialmente, em sala de aula foi aplicada uma prova escrita com conteúdos de língua
portuguesa (separação de sílabas) e matemática (multiplicar, dividir e reconhecer formas
geométricas) para 47 alunos da 4ª série D do ensino fundamental. Após a correção das provas
foram selecionados os alunos que obtiveram nota inferior a 5 pontos do valor total da prova
que perfazia 8 pontos. Aos 9 alunos que obtiveram nota inferior a 5 foram aplicadas seis aulas
de educação física com atividades que abordavam conteúdos de português e matemática. As
aulas foram ministradas duas vezes por semana com duração de uma hora cada. Os
procedimentos foram esclarecidos e submetidos previamente para conhecimento e autorização
da instituição e dos pais das crianças envolvidas na pesquisa.
Conclusões
Evidentemente, seria um equívoco afirmar que é fácil desenvolver trabalhos com perspectiva
interdisciplinar nas aulas de educação física, porém, a partir da pesquisa realizada, pôde-se
concluir que houve aumento significativo das notas obtidas pelos alunos, embora o intuito
dessa pesquisa não fora atribuir importância ao aspecto quantitativo, mas sim perceber o
quanto uma disciplina pode ajudar a outra no sucesso do processo educacional.
Assim, essa pesquisa contribuiu para enfatizar e afirmar tudo o que foi defendido pelos
autores até o presente momento, ou seja, mostrar o quanto o trabalho integrado e
interdisciplinar é válido e enriquecedor na formação dos alunos. Para tanto, é necessário que
seja uma prática contínua, a longo prazo e que apresente um sentido/ valor aos alunos para
que não seja um ensino-aprendizagem sem razão de ser e para que atenda às verdadeiras
necessidades dos alunos, a partir de uma Educação Física contextualizada. Além das
possibilidades apontadas, foi possível constatar que o trabalho em conjunto fortalece o
desenvolvimento do profissional das diferentes áreas, uma vez que este terá de se inteirar
sobre questões que transcendem sua área de atuação.
A aceitação dos alunos diante das atividades propostas foi positiva e deixou clara a
viabilidade do desenvolvimento cognitivo por intermédio de conteúdos da Educação Física.
Porém, como afirma FREIRE (2001) apesar de a interdisciplinaridade demonstrar de maneira
positiva as relações entre conteúdos da Educação física e conteúdos de outras disciplinas, o
objetivo principal é identificar pontos comuns do conhecimento e a dependência que corpo e
mente ação e compreensão, possuem entre si. Para o autor, a Educação Física não precisa se
preocupar em auxiliar à Matemática ou ao Português, pois conteúdos específicos da Educação
Física como as coordenações motoras, por exemplo, atuam sempre na formação do
conhecimento que alimenta a cognição, tanto quanto a afetividade e a socialização.
Assim, além do trabalho interdisciplinar tornar-se possível, sua inserção pode ocorrer dentro
da aula de educação física com mediação dos professores através das modalidades esportivas,
atividades rítmicas ou recreativas que, juntamente com a Língua Portuguesa, Matemática ou
História podem contribuir entre si sem interferir negativamente no desenvolvimento específico
de cada disciplina.
Referências bibliográficas
ALTMAN, Idette A.; & PERES, Luís Sérgio. Avaliação do Ensino Aprendizagem em
Educação Física: Revista de divulgação científica do curso de Educação Física da
Unoeste. Cascavel, Edunioeste: v. 3, n. 1, p. 89-102, 2001.
BATISTA, Luiz Carlos da Cruz. Alfabetizando com a Educação Física: Educação Física no
Ensino Fundamenta. 2. ed., Rio de Janeiro: Sprint, p.87, 2003.
DARIDO, Suraya Cristina; RANGEL BETTI, Irene Conceição; RAMOS, Glauco Nunes
Souto; GALVÂO, Zenaide; FERREIRA, Lilian Aparecida; MOTA E SILVA, Eduardo
Vinicius; RODRIGUES, Luiz Henrique; SANCHES, Luiz; PONTES, Gustavo; CUNHA,
Felipe. Educação Física, A Formação do Cidadão e os Parâmetros Curriculares
Nacionais: Revista Paulista de Educação Física. São Paulo, v.15, n.1, p. 17-30, 2001.
FERREIRA, Solange L.; BARBOSA, Adriana G.; FERNANDES, Luciana C.; DRAEGER,
Magda; PAULO, Rosana Hallak. O Pântano: Recreação – Jogos. 3ª ed., Rio de Janeiro:
Sprint, p. 45, 1998.
FREIRE, Elisabete dos Santos; SORIANO, Jeane Barcelos; DE SANTO, Dalberto Luiz.
Conhecimento da Educação Física Escolar: Anais do I Congresso Latino Americano de
Educação Física Motora. II Congresso Brasileiro de Educação Motora. Foz do Iguaçu-
Paraná, p. 227-253, 1998.
GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. Educação Física Progressista. 2ª ed. São Paulo: Loyola,
1989.
PIAGET, Jean. A Infância de Sete a Doze anos: Seis Estudos de Psicologia. 24. ed., Rio
de Janeiro: Forense Universitária, p. 40-57, 2002.
Modelo 3 Este trabalho tem por finalidade oportunizar ao acadêmico a aplicação dos
conteúdos estudados durante as aulas e propor a vivência da interdisciplinaridade,
alicerçada na habilidade de desenvolver uma aula interdisciplinar lúdica pedagógica que
favoreça o aprendizado dos alunos. Além de contribuir para o crescimento pessoal e por
conseqüência proporcionar condições de aperfeiçoamento da arte de ser professor.
SÉRIE: 1ª SÉRIE
ASSUNTO:
NECESSIDADE:
OBJETIVOS:
CONTEÚDOS:
METODOLOGIA:
RECURSOS:
música;
texto
cartazes;
som
brincadeiras e jogos;
livro didático;
gravuras;
PCN
AVALIAÇÂO:
Esse plano de aula favorece a interação do aluno no grupo, além de desenvolver uma
série de habilidades que ajuda a criança a desenvolver uma aprendizagem com
qualidade.
Diante do exposto acima, pude concluir que esse trabalho enriquece o espaço de
aprendizagem, pois dispõem de metodologias de ensino que auxilia na construção do
conhecimento do aluno.Portanto esse trabalho possibilitou o aprimoramento e a
construção de novos conhecimentos ligados a metodologias e procedimentos de ensino,
além de possibilitar um crescimento profissional e acadêmico enorme e bastante
gratificante.