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TÉCNICO
Resumo – Com a produção de energia tornando-se cada vez mais distribuída, geradores síncronos que
fornecem energia para o sistema não são mais exclusivos de grandes plantas produtoras, hoje eles estão
em todos os setores: industriais, comerciais, residenciais e agrícolas. Do mesmo modo, a necessidade de
informação sobre estas máquinas tornou-se mais frequente. As curvas características introduzem os
conceitos de funcionamento do gerador síncrono ao apresentá-los de forma concisa em uma determinada
condição de operação, além disto, conhecendo-se os meios pelos quais as curvas são construídas, é
permitida uma análise crítica das características da máquina síncrona e a identificação de algumas de suas
particularidades. Neste primeiro artigo da série “Curvas Características de Máquinas Síncronas” serão
explorados os fundamentos da curva de capabilidade e da curva V para os geradores, assim como sua
utilização.
Onde:
Força Eletromotriz Induzida
Tensão nos Terminais do Gerador A Figura 3 mostra o diagrama para o gerador
Corrente de Armadura operando na região subexcitada.
= = Reatância Síncrona
Resistência da Armadura Comparando-se os dois casos verifica-se
claramente a relação entre o fator de potência, a
O seu respectivo diagrama fasorial é mostrado na corrente de armadura, o campo e o ângulo de
Figura 2, onde, para simplificar a apresentação, a potência. Tal relação será importante ao se
resistência da armadura é desconsiderada. Esta explicar tanto a capabilidade como a curva V.
aproximação é plenamente válida [1,2], até
mesmo para a realização dos cálculos, já que o
2.2 DIAGRAMA FASORIAL DO GERADOR
valor da resistência em comparação com o valor
SÍNCRONO DE POLOS SALIENTES
das reatâncias de saturação e dispersão é na
maioria das vezes desprezível.
As características do diagrama fasorial do rotor
de polos salientes são afetadas pela diferença
entre as reatâncias do eixo em quadratura e do
eixo direto, decorrente da saliência entre os
polos.
Pode-se afirmar que o diagrama dos geradores
com rotores de polos lisos é um caso particular
deste, em que as reatâncias do eixo direto e do
eixo em quadratura são iguais, X d = X q.
Figura 3: Diagrama Fasorial do gerador síncrono de De forma similar à curva de capabilidade, a curva
polos lisos consumindo potência reativa da rede. V somente é válida para uma dada tensão
= Equação 2
√
= √3 ∙ ∙ ∙ Equação 3
= √3 ∙ ∙ ∙ Equação 4
∙ 1 1
= ∙ + ∙ − ∙ 2
2
Equação 5
∙
= ∙ −
2
∙ + − − ∙ 2 Figura 9: Curva P x δ - Estabilidade
3.4 CURVA V
As curvas são levantadas com o auxílio dos Tanto as curvas de capabilidade quanto as curvas
diagramas fasoriais de tensão, conforme o V são derivadas dos diagramas fasoriais que
conceito ilustrado na Figura 14. descrevem o gerador síncrono em regime
conectado à rede.
fixa. Assim como a curva de capabilidade, ela [3] Hermeto, A. E., A Máquina Síncrona,
mostra os limites de estabilidade teórica em Universidade Federal de Itajubá, Apostila com
regime, utilizando-se os ângulos de carga Notas de Aula, 102p.
máximos para cada curva as potências (0%, 25%,
50%, 75% e 100%) a partir das equações [4] Guimarães, C.H.C., Rangel, R.D., Diagramas
apresentadas no item 3.2.1. Operacionais de Unidades Geradoras In:
Simpósio de Especialistas em Planejamento de
Utilizando a curva V, é possível identificar Operação e Expansão Elétrica, X, 2006.
graficamente, e desta forma com agilidade, os Florianópolis.
pontos de operação em relação às correntes,
potência e fator de potência, permitindo de modo [5] da Costa Jr., P, Nunes de Souza, P.S., do
mais prático e com parâmetros conhecidos do Cogo Castanho, J. E., A Visual Tool for Building
controle de operação do sistema, planejar Synchronous Generator Capability Curves,
qualquer variação de carga sem ultrapassar os Southeastcon, 2012 Proceedings of IEEE.
limites permitidos do gerador.
Corrente de Armadura
= = Reatância Síncrona
Resistência da Armadura
Ângulo de Carga
Tensão de Linha
P Potência Ativa
Q Potência Reativa
S Potência Aparente
5 REFERÊNCIAS