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NOTA: Nas respostas aos itens de escolha múltipla, seleciona a opção que completa corretamente a afirmação.
1 - Na tabela I estão discriminados valores estimados do material transportado pelos principais rios de Portugal
Continental, em regime natural e após a construção das barragens.
Tabela I
REGIME NATURAL APÓS A CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS
RIOS T.F. T.S. T.F. T.S.
(x103 m3/ano) (x103 m3/ano) (x103 m3/ano) (x103 m3/ano)
Minho 185,2 1 549,2 30,4 254,2
Cávado 16,8 146,9 8,4 73,5
Douro 1 646,2 9 597,6 329,2 1 919,5
Mondego 230,8 1 165,6 79,9 403,4
Tejo 1 310,1 11 035,4 300,1 1 887,8
Guadiana 763,7 6 432,4 220,2 1 854,4
Legenda:
T.F. – Transporte de sedimentos no fundo; T.S. – Transporte de sedimentos em suspensão.
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3 - Os esquemas da figura 2 procuram evidenciar as
transformações que ocorrem no perfil longitudinal de um rio em
consequência da construção de uma barragem.
No esquema I, o perfil longitudinal do rio está regularizado e
corresponde a um estado hipotético em que a energia das suas
águas é praticamente toda utilizada no transporte de
sedimentos.
3.1 - Refira uma alteração, na dinâmica sedimentar, responsável
por cada uma das seguintes transformações evidenciadas no
esquema III:
a) Elevação do leito, a montante da barragem.
b) Abaixamento do leito, a jusante da barragem.
4.3 - Como explica que na costa ocidental o recuo seja maior que na costa
algarvia?
4.4 – Indique dois impactes negativos que podem ocorrer nas praias
arenosas e nas arribas em resultado da elevação do nível médio das águas
do mar.
FIGURA 3
II - A extração de inertes
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III - As cheias
A inundação é a perigosidade mais frequente em Portugal. Assume formas distintas, desde inundações de zonas planas
(Ex.: bacia do vale do Tejo, 6 de nov./1997) até cheias torrenciais como as que se verificaram no Alentejo, em 1998. É
uma perigosidade de que há muitos registos históricos, dando lugar a controvérsia sobre as políticas de ordenamento
do território e a respectiva influência no desenvolvimento.
O conhecimento da perigosidade de inundação assente no progresso científico alcançado em inúmeras disciplinas
intimamente relacionadas:
A Hidrologia, ciência do ciclo da água, que está intimamente relacionada com a climatologia, com a escala das
bacias e com a meteorologia;
A formação dos escoamentos superficiais e subterrâneos dependendo da geomorfologia e geologia, assim
como da cobertura dos solos;
O funcionamento de um curso de água está ligado ao ecossistema e não basta conhecer o comportamento
hidráulico de um curso de água para estimar a perigosidade da inundação.
O ordenamento dos cursos de água e a gestão de obras hidráulicas podem modificar apreciavelmente a evolução e o
impacte das cheias.
Os materiais sólidos transportados pelas correntes alteram de forma considerável as condições naturais de escoamento,
provocando frequentemente a movimentação de lamas em escoamento torrencial. Os fenómenos de erosão e de
assoreamento dos leitos dos cursos de água, evoluindo no tempo, devem ser considerados ao mesmo nível dos que se
referem à dinâmica da cobertura vegetal ao longo das respectivas margens.
A possibilidade de prever as cheias em tempo real constitui, portanto, o dispositivo essencial de prevenção do risco de
inundação. Uma boa prevenção contra as inundações apoia-se também numa boa gestão do espaço, integrando aí a
gestão ao nível da bacia de descarga.
A planificação e ordenamento são as palavras-chave. A limpeza dos rios e ribeiras, a conservação do campo de expansão
das cheias, assim como a construção de obras de proteção em locais já construídos são tarefas de prevenção eficazes. A
política de prevenção do risco de inundações deve apoiar-se, sobretudo:
No ordenamento do território e gestão dos espaços;
Na prevenção e alerta de cheias para reduzir as perdas de vidas;
Na cultura individual deste risco e respectiva difusão, por forma a tornar eficazes quer o ordenamento, quer a
eficácia do alerta.
(Adaptado de V., Mendes, Riscos associados a fenómenos naturais, Colóquio de Ciências, n.º25)
6.4. A carga sólida transportada por um curso de água pode fazer aumentar…
A. o risco de inundações. C. a quantidade de água escoada.
B. a perigosidade da cheia. D. a velocidade da corrente.
6.5 - Refira três medidas citadas no texto que podem prevenir o efeito catastrófico de certas cheias fluviais.
6.6 - Sugira uma relação entre a formação dos escoamentos superficiais e uma das seguintes características:
a) a geologia da região.
b) a geomorfologia.
c) o estado da cobertura vegetal dos solos.
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7 - Leia com atenção os excertos de algumas notícias publicadas na imprensa relativas às cheias do Inverno 2000/2001.
“Um dique não aguentou a intempérie e tudo se precipitou. A fúria das águas do Mondego pôs em risco a segurança de
um dos pilares de um viaduto na auto-estrada, em Coimbra, ao quilómetro 191. O rebentamento do dique, na margem
esquerda do designado "rio novo" (canal construído, nos anos 80, no âmbito das obras de regularização do Baixo
Mondego e Barragem da Aguieira) foi o princípio de vários dias de dilúvio.”
(in: http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=634807)
“Os principais problemas da bacia do rio Mondego surgem nos campos agrícolas do seu troço a jusante de Coimbra e
devem-se não só ao próprio Mondego como também à contribuição dos seus principais afluentes (Alva, Ceira, Arunca,
Ega). A regularização feita na barragem da Aguieira permite atenuar os principais problemas de cheias, através da
laminação de caudais…” (in: http://www.prociv.pt/)
“Continua a não ser pacífico o papel da Barragem da Aguieira na gestão dos caudais do Mondego. Cinco anos depois das
cheias, o director dos Serviços de Recursos Hídricos do Instituto da Água, Rui Rodrigues, e o geógrafo Fernando Rebelo
são unânimes em criticar os que pensam que aquela barragem seja a válvula de segurança contra as cheias. No
seminário "O Baixo Mondego - cinco anos depois", (…), Rui Rodrigues assume que os factores que induziram a rotura do
dique na madrugada de 26 para 27 de janeiro de 2001 foram, sobretudo, os caudais da bacia do Mondego que não é
dominada pelo homem, fruto das fortes chuvas. Ao analisar as ocorrências excepcionais, diz mesmo que a rotura do
dique junto à auto-estrada do Norte - na margem esquerda do designado "rio novo" (canal construído, nos anos 80, no
âmbito das obras de regularização do Baixo Mondego), se deu "antes da descarga da Aguieira". Por isso, (...) o que
correu mal foi o dique, as previsões meteorológicas erradas e o sistema de vigilância e alerta de cheias". Alerta: "a
Aguieira não pode fazer milagres e, de 20 em 20 anos, poderá passar da cota dos mil metros cúbicos por segundo...". Se
é certo que com as cheias de 2001, os níveis de alerta foram alterados, o geógrafo Fernando Rebelo sublinha que as
populações ribeirinhas devem estar conscientes que as cheias são "uma inevitabilidade" e que devem estar preparadas
para semelhantes ocorrências. "A natureza não vai modificar-se e a população cada vez mais se aproxima do perigo,
construindo habitações, empresas e indústrias nas zonas de risco". “a principal explicação para o sucedido tem a ver
com a situação excepcional de temporal, de precipitação continuada e intensa, associado aos falhanços das estruturas
de emergência da obra, mas também à verificação de que a capacidade de suporte de enchentes do novo caudal do
Mondego não é, afinal, suficiente…”
(in: http://dn.sapo.pt/)
7.1 - Indique algumas das consequências das cheias do rio Mondego no inverno de 2000/2001.
7.3 – Refira as medidas que foram tomadas para a regularização do Baixo Mondego.
7.4 – Faça uma análise crítica sobe a regularização dos caudais dos rios e a possível resolução de todos os problemas
relativos às cheias.
7.5 - De modo a prevenir e controlar os possíveis danos de uma cheia, é necessário adotar uma série de atitudes, a
médio e longo prazo. Indique-as.
7.6 – Por que motivo(s) são as populações continuamente afetadas pelas cheias já que, como refere um dos excertos
”as populações ribeirinhas devem estar conscientes que as cheias são "uma inevitabilidade" e que devem
estar preparadas para semelhantes ocorrências” ?