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EDITORIAL

~
~ Editora Saber Itda.
Diretores
Hélio Fittipaldi
Thereza Mozzato Ciampi Fittipaldi
o fim do silício na Eletrônica
está chegando segundo alguns
especialistas, e a lei de Moore estaria
www.sabereletronica.com.br indicando isso. Partindo para a
Editor e Diretor Responsável
Hélio Fittipaldi nanotecnologia os cientistas da Intel
Diretor Técnico estão contrariando essas opiniões
Newton C. Braga com dispositivos cada vez menores Hélio Fittipaldi
Redação e mais eficientes - como o leitor
Sérgio Vieira
Viviane Bulbow
poderá ver no artigo da página 22.
Auxiliar de Redação
Claudia Tozetto
Nos últimos anos, o software Eletronics WorkBench
Conselho Editorial
(EWB) fez muito sucesso entre os projetistas. Lançado
João Antonio Zuffo no Brasil através da Saber Eletrônica, ainda no fim do
Newton C. Braga
Colaboradores
século passado, circulou na mão de muita gente, e hoje
Alexandre Capelli,
Márcio José Soares
com a nova versão 8.0 pode ser aplicado em projetos
profissionais complexos. Recentemente, a National
Deslgners
Diego M. Gomes, Instruments adquiriu o controle da empresa e está
Diogo Shiraiwa,
Jon9S Ribeiro Alves, investindo em seu desenvolvimento visando a satisfação
Renato Paiotti
dos usuários.
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André Zanferrari,
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e Especializadas. data do fechamento da edição. Não assumimos a responsabilidade por alterações nos preços e na disponibilidade
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A EVOLUÇÃO DOS RELÉS
Existem componentes que aparecem, realizam suas funções por um
certo tempo, e depois desaparecem, sendo substituídos por componentes
equivalentes completamente diferentes. No caso do relê, isso não
ocorreu. Os relês apenas mudaram de tecnologia, passando da versão
eletromecânica para a de estado sólido, mas sua função básica permanece
a mesma até hoje. Veja, neste artigo, como ele evoluiu e como seus tipos
tomaram formas diferentes, segundo as aplicações.
Newton C. Braga

Para muitos o relé é considerado


um componente superado. Mas isso +

I~
não é verdade. A função básica de
se controlar um circuito a partir de Armadura
um sinal, através de uma chave
controlada por tensão ou corrente, NF (Normalmente
/ Contatos
Matriz
ainda é necessária numa infinidade ~ fechado)
de fotodiodos
de aplicações.
aberto)
É claro que o relé na sua forma Bobina Figura 2
tradicional pode, em muitos casos, Terminais
ser substituído por versões de estado de bobina
(Normalmente móveis e, portanto, é silencioso e
sólido, porém isso não é uma regra. muito mais confiável. A desvantagem
O importante é lembrar que, apesar Figura 1
é que os dispositivos semicondutores
de tudo, ele ainda é um componente utilizados no controle nem sempre
indispensável. A desvantagem está na velocidade apresentam uma resistência suficien-
É por esse motivo que, preocupa- de operação (lenta), ruídos e arcos temente baixa para o sinal como seria
dos com isso, os fabricantes desses produzidos ao se acionar os contatos desejado.
componentes vêm se aperfeiçoando, e confiabilidade (baixa) pois trata-se O que o leitor deve lembrar, entre-
criando componentes cada vez mais de um sistema eletromecânico.
tanto, é que existem aplicações em
eficientes, quer sejam eletromecâni- Evidentemente, muitos relés ele- que os relés eletromecânicos ainda
cos, quer sejam de estado sólido. tromecânicos que ainda são usados, são mais vantajosos que os relés de
possuem projetos elaborados que estado sólido mais modernos.
melhoram muito seu desempenho em De qualquer maneira, ao anali-
OS TIPOS relação aos tipos antigos. O uso de sar esses componentes, podemos
ímãs em conjunto com a bobina de colocá-Ios numa ordem tal em que
Hoje em dia podemos contar basi- modo a polarizar o circuito magnético, percebamos a evolução que vem
camente com dois tipos de relés. O aumentando assim a sensibilidade e a
ocorrendo ao longo do tempo.
primeiro deles é o relé eletromecânico velocidade de respostas, é um exem- Antes de passarmos a uma aná-
tradicional, formado por uma bobina plo dos recursos que encontramos lise da evolução dos relés será inte-
onde é aplicado o sinal de controle e em relés eletromecânicos modernos. ressante colocarmos numa tabela as
um conjunto de contatos que controla O segundo tipo de relé é o Photo características comparadas dos dois
o circuito externo, conforme ilustra MOS, formado basicamente por um tipos (veja na página seguinte).
a figura 1. LEO emissor de infravermelho e um
Esse tipo de relé tem a vantagem sistema foto-sensor que controla um
de poder isolar completamente o ou mais transistores de efeito de RELÉS DE ESTADO SÓLIDO COM
circuito de controle do circuito contro- campo de potência (Power MOS), TRIACS E MOSFETS
lado, e além disso dirigir correntes conforme mostra a figura 2.
nos dois sentidos, ou ainda realizar A principal vantagem deste tipo Os relés comuns podem ser
funções complexas de comutação. de relé é que ele não possui partes usados para comutar diversos tipos

SABER ELETRÔNICA ESPECIAL NQ 11/SETEMBRO/2005 3


Vantagens Desvantagens
Relés de Estado Sólido Relés Eletromecânicos Relés de Estado Sólido Relés Eletromecânicos
Confiabilidade na comutação Tensão de ruptura elevada Possuem corrente de fuga São pesados, caros e
Vida útil longa Resistência a surtos e ruídos elevada volumosos
Freqüência de comutação elevada Pode controlar qualquer inten- Sensíveis a surtos e Precisam de muita potência
sidade de corrente transientes para o acionamento
Sua resistência de condu- Contatos sujeitos a repiques
Muito sensível - aciona com baixas II~contínuas
correntes Pode operar com correntes
e alternadas ção é elevada Operação ruidosa
Operação silenciosa Isolamento total da carga Capacidade de controle da Produzem arcos principal-
Não apresenta arcos na comutaçãoll Não existem correntes de fuga carga limitada mente na comutação de
Resistência a quedas e impactos Não é sensível a EMI cargas indutivas

de cargas, que vão desde cargas No entanto, é possível comutar


de corrente contínua e sinais até correntes alternadas com o uso de
cargas de potência ligadas à rede dois transistores ligados conforme
de energia.
Para os relés comuns não há muita
diferença quanto ao tipo de carga,
havendo apenas algumas precauções
]J ~ ~m'DlAC
Figura 4
vemos na figura 6.
Para as duas configurações
comum o uso de transistores DMOS,
com resistências entre o dreno e a
é

com a geometria dos contatos. fonte no estado de condução muito


No entanto, no caso dos relés baixas.
de estado sólido, o tipo de carga a A resistência dentre o dreno e
LED infravermelho
ser controlada divide-os em duas a fonte no estado de condução ou
categorias. Assim, temos os relés Rds(on) é a característica mais impor-
Photo MOS, que têm a estrutura mos- tante deste tipo de relé, correspon-
trada na figura 3 e que se baseiam
em transistores de efeito de campo.
Por outro lado, os relés baseados
~
Invólucro
~~::~;::.::,
Dispositivo ~Terminal
dendo à "resistência
dos relés eletromecânicos.
de contato"
Essa
opto-sensível resistência não só indica a queda de
em TRIACs são indicados especial- tensão que acontece quando o relé
mente para o controle de cargas de Figura 5 "fecha" seus contatos, mas também
corrente alternada, tendo a estrutura a sua dissipação.
exibida na figura 4. A distância de separação entre o Multiplicando a Rds (on) pelo
Para o Photo MOS, o princípio de emissor e o receptor de infravermelho quadrado da corrente conduzida,
funcionamento é bastante simples de é tipicamente de 0,4 mm, o que temos a potência que o dispositivo
entender. Na parte superior existe um garante um isolamento bastante vai dissipar quando acionado. Para
LED emissor que deve ser excitado alto, da ordem de milhares de volts, as cargas de alta potência, essa
pelo circuito de controle. Quando isso dependendo apenas do gás presente grandeza é fundamental no projeto.
ocorre, ele emite radiação infraver- no interior do dispositivo. Para os relés de estado sólido
me lha que é captada por um conjunto O conjunto de fotocélulas excita baseados em TRIACs, o princípio
de células fotoelétricas colocadas então o dispositivo de potência uti- de funcionamento é semelhante. Um
logo abaixo, observe a figura 5. lizado no controle externo, normal- LED é o emissor, mas na recepção
mente transistores de efeito de campo existe um foto-diac ou foto-triac de
MOS. Um único transistor pode comu- pequena potência, veja a figura 7.
tar somente correntes contínuas, uma Esse fotodisparador tem correntes
vez que ele pode conduzir apenas típicas na faixa de 5 a 20 mA, o que
em um sentido. é suficiente para disparar um TRIAC
de maior potência, em um controle

ou MOS MOC3010/3020
opto-sensíveis

Figura 3
~[
Opto-MOS

Figura 6
:=f ~ff:
Opto-DIAC

Figura 7

4 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


ligado à rede de energia, observe
a figura 8.
A terminologia usada para dife-
renciar esses dois tipos de relés é
importante. Os relés de estado sólido
Carga }
1
(Solid State Relays) ou SSR, são os
que fazem uso de TRIACs enquanto
] i"O
MO:Oi~OTRIAC I J
que os Photo MOS ou PMOS são os
que empregam transistores de efeito
Figura 8
de campo de potência.
As tabelas dadas abaixo fazem
uma comparação entre vantagens e
desvantagens dos dois tipos.
Atualmente, o projetista pode
contar com uma enorme gama de t Corrente de carga (A)
tipos de relés de estado sólido Photo I
MOS. Essa variedade dificulta em 10
Relé de

alguns casos a seleção do tipo ideal potência PhotoMOS


para uma aplicação. (alta capacidade)
No gráfico da figura 9 apresen-
tamos as diversas famílias de relés
com as tensões de trabalho e as
correntes que os principais tipos
podem controlar.
Nesse gráfico observamos que Tipos econômicos
as correntes podem ser tão baixas com baixa Rds(on)
como 50 mA para tipos de RF ou
tão altas como 6 A para tipos de
potência. 0,1
Tipos econômicos
As tensões de trabalho ocupam de alta sensibilidade
igualmente uma ampla faixa de valo-
res, indo dos 40 V aos 1.500 V.
Os fabricantes de relés de estado
sólido possuem informações mais V
completas sobre seus relés, na forma 0,01 (tensão)
de datasheets e até mesmo Selection 100 1000
Guides. Figura 8
Em especial recomendamos
que o leitor visite o site da CONCLUSÃO atento para as vantagens e desvan-
Metaltex (www.metaltex.com.br) que tagens de cada um, levando em
distribui relés Photo MOS da Aromat Relés, tanto eletromecânicos conta que a evolução dos relés semi-
(www.aromat.com). quanto de estado sólido são com- condutores tende a criar tipos que
A Metaltex também é um dos ponentes importantes de muitos sejam cada vez mais indicados para
mais tradicionais fabricantes de projetos. Há aplicações em que os aplicações específicas.
relés eletromecânicos de nosso país, tipos tradicionais eletromecânicos Pode-se utilizar um relé de estado
com uma ampla linha de tipos cujas podem ser substituídos pelos relés de sólido ou Photo MOS para um projeto,
características podem ser acessadas estado sólido ou Photo MOS. mas o projetista deve saber escolher
em seu site. Todavia, o projetista deve estar o tipo ideal para essa aplicação.

Vantagens Desvantagens
Photo MOS ou PMOS Solid State Relays ou SSR Photo MOS ou PMOS Solid State Relays ou SSR
Podetrabalharcom sinais ana- São melhoresnos controlesde Pequenacapacidadede Correntede fuga elevada
lógicosde baixa intensidade cargas ligadasà rede de energia potência
Possuembaixascorrentesde PodemcontrolarTRIACsde alta Sensívela tran~ientes Precisade circuitode proteção
fugas potência Resistênciade contato Precisade dissipadorem
Operamtanto com cargasAC Possuemuma velocidadede elevada(Rds (on)) algunscasos
como DC comutaçãomuitoalta
Podemter contatos NA e NF

SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005 5


® [?l]~ [ID®~D[]jf©D® m
~[Lm®~D©ill~
Segundo a opinião de alguns especialistas, o silício estaria
chegando ao limite de "encolhimento" dos dispositivos onde pode
ser aplicado. A própria lei de Moore estaria indicando isso. No
entanto, não é isso o que pensam os cientistas da Intel que, Moore deve ser revista. Assim sendo,
partindo para novas tecnologias, conseguem dispositivos cada no mundo da tecnologia deve-se
vez menores e mais eficientes. Veja neste artigo o que a Intel considerar o silício como um material
semicondutor ainda extremamente
apresenta sobre o assunto. eficiente.
Newton C. Braga

O SILíCIO E OS NOVOS
De acordo com a Intel, o debate materiais e estruturas usados para MATERIAIS
de que o silício estaria com os dias construir transistores e outros ele-
contados como material básico para mentos de um circuito que sejam Quando se consegue diminuir o
a fabricação de dispositivos semicon- menores do que 100 nanômetros (nm). tamanho de um dispositivo semicon-
ductores não passa de uma tempes- Menores do que um fio de cabelo, dutor, além da possibilidade de mais
tade em copo d'água. Essa é a opinião essas estruturas podem ser compara- componentes por chip temos uma
de Sunlin Chou, vice-presidente do das ao tamanho de um vírus, o menor outra vantagem a ser observada: o
Technologyand de todos os microorganismos. aumento da velocidade.
Manufacturing Com as tecnologias atuais é pos- A Intel, por exemplo, desenvolveu
Group (TMG) sível fabricar transistores que sejam um método que permite aumentar a
da Intel, um menores do que um vírus, o que nos velocidade de seus transistores de 50
homem acos- leva a tomar como padrão de medida nm, empregando silício tensionado
tumado a pen- para eles as dimensões de um único (strained si/icon).
sar numa esca- átomo. Por exemplo, a camada de O que ela faz é colocar as molécu-
la diferente. óxido da comporta (gate) de um las de silício de modo que as mesmas
transistor, um material isolante tendo formem uma grade. Tensionando e
apenas 5 átomos de espessura, que liberando essa estrutura, ela permite
Sunlin Chou - Vice Presidente
do Technology and Manufacturing
resulta em alguma coisa mais do que que os elétrons passem com mais
Group da Intel. 1 nanômetro. velocidade e com menos resistência.
Mas, e o silício, onde que ele entra Maior velocidade e menor resistência
o que o faz acreditar nessa idéia nessa história? levam a transistores mais rápidos
já parte do início da fabricação de Antigamente, a experiência das e, conseqüentemente, a chips mais
transistores com um processo de indústrias parecia indicar que existia rápidos.
50 nanômetros (50 bilionésimos de um limite definido para o número A figura 1 mostra a estrutura de
metro). Com esse processo, a com- de componentes que poderiam ser um transistor de três comportas (tri-
paração do tamanho dos dispositivos fabricados em um wafer de material
semicondutores com a espessura do semicondutor.
cabelo humano se torna obsoleta. Isso poderia ser real com os méto-
Para que o leitor tenha uma noção, dos tradicionais. Mas, se nos apro-
mil desses transistores correspondem fundarmos nos recursos da nanotec-
à espessura de um fio de cabelo! nologia, as receitas para o trabalho
com materiais e processos estão
passando por uma transformação.
NANOTECNOLOGIA EM AÇÃO Com essas transformações, as
limitações até então respeitadas
Quando tratamos de nanotecno- pela indústria não mais podem ser
logia nos referimos aos processos, consideradas como absolutas. A lei de

6 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL NQ 11/SETEMBRO/2005


gafe), uma outra montagem desen- Outro ponto que ainda admite fábricas como, por exemplo, a nova
volvida pela Intel para aumentar o um grande espaço de evolução de em Chandler, Arizona, onde foram
rendimento desse tipo de dispositivo novas tecnologias (ainda baseadas investidos 3 bilhões de dólares para
semicondutor. no silício) é o relacionado com os fabricar chips em wafers de 300 mm.
Este transistor emprega uma nanofios e nanochips, estruturas que Um wafer desse tamanho tem
estrutura de comporta tridimensional, podem ser integradas como novas 225% mais área que os tradicionais
que permite que a corrente flua pela formas de transistores e conectores. de 200 mm, sendo mais fácil de
face superior do transistor e pelas produzir, além de outras vantagens
paredes laterais, aumentando assim CONClUSÃO que recompensam plenamente o
sua área efetiva. investimento feito pela Intel.
Segundo a Intel, a própria tecno- A pesquisa em nanotecnologia
logia do silício deve ser renovada deve continuar no sentido de fornecer
com a introdução de novos materiais. novos materiais e dispositivos. Estes
Um exemplo disso é a substituição da serão muito mais fáceis de fabricar e
fiação de alumínio por cobre. Outra vender do que criar uma nova tecno-
inovação é a substituição do dielétrico logia baseada em outros materiais.
de dióxido de silício por um dielétrico Enfim, ainda existe muito espaço
denominado low-k (baixo-k). para a tecnologia do silício, que
A Intel inclusive está trabalhando diferente do que a lei de Moore prevê,
em um novo dielétrico denominado pode resultar em novos dispositivos
"high-k" que deve substituir o dióxido menores e mais rápidos.
de silício nas estruturas de gafe dos O silício não acabou com material
transistores, reduzindo assim as básico da eletrônica e é isso o que Figura 2 - Wafer de 300 nm, fabricado
correntes de fuga. a Intel revela, construindo novas pela Intel.

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I » Front Page

II
I »» Administração do DNS
Controle de tráfego e espaço por domínio

III l »»Co-;Jt:o~ede
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) DE PRECISÃO
o circuito é mostrado na figura 1,
A Maxim (www.maxim-ic.com) sugere um circuito gerador produzindo ao mesmo tempo um sinal
dente-de-serra que utiliza apenas dois componentes e apresenta dente-de-serra de alta precisão e um
uma Iinearidade de aproximadamente 1% em toda a sua faixa sinal retangular, em saídas diferentes.
A freqüência do sinal depende
dinâmica de mais de 80 dB.
das tensões de alimentação (5 V),
Newton C. Braga
tensão de controle (Vc) e de R, e
C, no diagrama dado, conforme a
seguinte fórmula:
+ 5 VI +5V
f = [3(V + Vc)/5](1/R1C1)
Q2
IC1 2N3904
MAX4162 Onde V é a tensão de alimentação
(SOT23-5)
de 5 V e Vc a tensão de controle na
3 faixa entre O e 1,66 V. A freqüência
Vc é obtida em hertz, quando C é dado
em farads e R em ohms.
(-5Va 1-
+!,66V) Uma das aplicações importantes
se dá em sistemas de aquisição de
dados ou amostragem e retenção,
na qual se necessita de um sinal de
-5V varredura linear, como o produzido
por este circuito.
~ Para um capacitar de 3,3 nF como
Saída
C, teremos um tempo de subida de
.I0'! flF retangular 150 ns.
Na saída de sinais retangulares o
Figura 1 ciclo ativo obtido é de 50%.

ATENUADOR DE ÁUDIO SIMPLES


Utilizando as características de condução de diodos zener é de uso geral para sinais de áudio, ele
possível elaborar um atenuador simples para sinais de áudio, funciona perfeitamente.
conforme sugerimos neste artigo. É bom lembrar que se trata de um
Newton C. Braga atenuador para pequenos sinais. '

O diodo zener pode ser de qual- típica é de 30 dB. Essa atenuação


quer tipo entre 2,1 V e 3,3 V, com uma depende também das características
R1
dissipação entre 400 mW e 1 W. específicas dos componentes colo- 4700
Na figura 1 temos essa configu- cados. C2
ração simples que emprega poucos Veja que o resistor em série com 4,7 uF

componentes passivos. a fonte é importante para limitar a ~ída


A tensão de controle determina a corrente no zener. O valor desse
Entrada
atenuação, a qual varia tipicamente resistor depende muito da dissipação
entre 5 e 58 dB, quando a tensão de dos zener usados, mas o que indica- [}-cJ--o
entrada varia entre a tensão nominal C3 2,2 kn
mos serve para os tipos dentro da
1 pF
de um zener e o triplo da tensão do faixa de valores recomendada.
Vz = ver texto
zener. É importante notar que a lineari-
Para uma tensão de duas vezes dade desse atenuador não é das
a dos zeners usados a atenuação melhores, mas como uma aplicação Figura 1

8 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


Multisim
Agora é National Instruments
o conhecido programa de projeto, simulação e elaboração
de placas de circuito impresso passa a incluir novos recursos,
tornando-se uma ferramenta de uso profissional, capaz de
atender a todos que estavam acostumados com essa plataforma.
Adquirido pela National Instruments, o Multisim ou Electronics
projeto, simulação e desenvolvimento
Workbench (EWB) como também é conhecido, chega de uma
de placas a ser utilizado. Partir para
forma diferenciada ao nosso mercado. Veja neste artigo o que o uso profissional com mais recursos
oferece a nova versão 8.0. é muito mais fácil do que de um
software totalmente diferente.
Newton C. Braga
- O MultiSim é uma ferramenta
de trabalho amplamente testada,
que todos conhecem. Com novos
o conhecido MultiSim que tem no suas tarefas, trabalhando em módulos algo ritmos aperfeiçoados, muitos
EWB (Electronics Workbench) uma e usando a versão free. circuitos são testados agora com
de suas ferramentas mais utilizadas, Na versão 8.0 o MultiSim conta muito mais facilidade e exatidão.
muda completamente ao passar a ser com os mesmos recursos das versões - A vasta instrumentação virtual
um produto da National Instruments anteriores e mais uma série de recursos disponível permite trabalhar Com
(www.ni.com). adicionais que o tornam apropriado extrema facilidade nos circuitos simu-
Com novos recursos em sua para o trabalho em desenvolvimento lados.
versão 8.0, esse programa de pro- de projetos mais avançados, de uso - Simula circuitos de altas freqüên-
jeto, simulação e elaboração de profissional. Certamente, um dos cias com algo ritmos poderosos, a
placas de circuito impresso além de destaques desse programa é sua exemplo dos usados em telecomuni-
atender ao seu público tradicional, possibilidade de trabalhar com qualquer cações.
passa a ser uma ferramenta de uso microprocessador, fazendo projetos e - O software conta com instrumen-
profissional. De fato, para os que simulações. tos virtuais "reais" da Tektronics e
aprenderam a usar esse programa Além disso, ele "conversa" com Agilent, permitindo assim que testes
quando eram estudantes, a pos- outras plataformas de desenvolvi- muito mais completos sejam reali-
sibilidade de continuar contando mento e simulação como o LabView, zados e depois comprovados em
com o mesmo quando se tornam da National Instruments. Finalmente, um instrumento exatamente com as
profissionais e precisam de uma fer- é preciso ressaltar que o novo Multi- mesmas características, se assim o
ramenta de trabalho mais poderosa Sim possui recursos avançados que projetista desejar.
é muito interessante. permitem a realização de projetos na - Possui uma integração direta
Já familiarizados com seus recur- área de Telecomunicações. com os instrumentos do LabView, da
sos básicos, fica mais fácil aprender Novas ferramentas de simulação Nationallnstruments.
mais alguns recursos do mesmo de projetos de altas freqüências
programa do que começar tudo de tornam possível o trabalho com os
novo com outro software de interface circuitos mais críticos, o que não UM POUCO MAIS DE Multisim
nem sempre tão amistosa. ocorria com as versões anteriores e
Trata-se, portanto, da ferramenta também não acontece com muitos A possibilidade de possuir um
ideal para desenvolvedores e também outros programas de desenvolvimento programa capaz de fazer o projeto,
para escolas técnicas, uma vez que e simulação atuais. simulação e elaboração da placa de
existe (como apoio para o estudante), Diversas são as vantagens para circuito impresso pelo computador,
uma versão free que casa comple- o leitor que pretenda investir numa é algo com que todo profissional de
tamente com a versão profissional ferramenta de trabalho como esta: Eletrônica sonha.
completa 8.0. As escolas poderão - O MultiSim é fácil de usar, tendo O MultiSim ou EWB (Electronics
ministrar seus cursos na versão com- sido por esse motivo, o preferido por Workbench) foi durante muito tempo
pleta e cada aluno poderá elaborar muitos como o primeiro programa de o programa mais conhecido com

SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005 9


. PROJETOS

que todos podiam contar. Com uma de um osciloscópio de duplo traço, o dos e que, certamente, devem ser
interface gráfica amigável, o pro- simulador contém outros instrumentos melhorados nas próximas versões:
grama dispunha de uma tela onde de grande utilidade para os projetos Uma das queixas é o fundo preto
podiam ser desenhados os circuitos, atuais. da tela do osciloscópio, que dificulta
"arrastando-se" componentes de Um deles faz a análise do com- sua impressão caso o projetista
uma vasta biblioteca, que podia ser portamento de um circuito no domí- deseje agregá-Ia a uma documenta-
ampliada a qualquer momento. nio das freqüências, ferramenta de ção impressa.
Depois, era possível conectar ao enorme importância no projeto de fil- Observamos ainda em alguns
circuito desenhado, diversos instru- tros. Podem-se aplicar sinais com um comentários que o manual de uso
mentos virtuais como voltímetros, espectro estabelecido previamente e apresenta diversos pontos de difícil
amperímetros, osciloscópios, gera- verificar como o circuito responde a entendimento. No momento em que
dores de função de modo a se fazer a esses sinais, com grande precisão. preparamos esta edição, não tínha-
simulação de seu funcionamento. Outro recurso importante na ins- mos ainda o manual em português
Finalmente, uma vez que se veri- trumentação virtual é o da modela- que, esperamos, não apresente as
ficasse que na simulação o circuito ção do circuito no domínio do tempo. mesmas dificuldades.
funcionava, era possível transferir Essa simulação permite levantar um
as informações do diagrama para gráfico do comportamento do circuito
um programa do mesmo conjunto a partir do instante em que ele é NOCD
capaz de elaborar a placa de circuito ligado até um determinado instante
impresso (U!tiRout ou UItiBoard). programado. No CD que acompanha esta
O importante nesses passos para edição, o leitor encontrará uma mídia
se partir do componente isolado e com o pacote de software "Design-
chegar a uma placa com um circuito PEQUENAS DESVANTAGENS Suite Freeware Edition 8.1", conjunto
simulado, é a perfeita integração de ferramentas gratuitas em que
entre todos, não exigindo do projetista Apesar de todas as vantagens que todos os recursos desse programa
mais do que manusear o mouse levam o MultiSim a ser uma das mais podem ser melhor vistos no seu
do computador e eventualmente o poderosas ferramentas de projeto computador.
teclado. com que os leitores podem contar Informamos aos leitores que no
Na parte de instrumentação virtual atualmente, existem alguns pontos site da National Instruments podem
é interessante ressaltar que, além obscuros que precisam ser ressalta- ser obtidas mais informações sobre
o MultiSim: www.national.com.
htt:/InLcom/Brasil ou para mais

,- I
Captura de informações, envie um e-mai! para
esquemas •
. ewb.br@nLcom.br.
••dePCI
Layout

~ ••

Instalação do MultiSim
Base de dados
de componentes I4 •
..
.• •I
Co-slmulação
SPICE VHDL VERILOG Requisitos mínimos:

- Windows NT/2000/XP
Instrumentos
- Pentium 3
1
•• virtuais
..--. - 128MB de RAM
- 150MB de espaço no HD
Editor de
componentes
Projeto
iniciação VHOL
Projeto iniciação
VERILOG ••• - unidade de CD-ROM
••• Análises ..--. - resolução do monitor: 800 x 600

Editor de
símbolos
Requisitos recomendáveis:
1
••
Pós·
..--.
processadores - Windows XP Profissonal
Síntese
FGPAI CPLO - Pentium 4
Modelação
- 256MB de RAM
Traçador
de gráficos ..--. - 500MB de espaço de HD
- unidade de CD-ROM
- resolução do monitor: 1024 x 768
Versão Profissional do Multisim.

10 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


Para mais informações, envie um e-mail paraewb.br@ni.com
ou entre em contato pelo telefone (11) 3262 -3599.

Acesse também nossa página: http://ni.com/brasil


• i:lectronics
:l C'

A NATIONAL INSTRUMENTS COMPANV


-----------_/
MICROCONTROLADORES /

CONHEÇA O dsPIC
o dsPIC, um Controlador de Digital de Sinais (DSC) da
Microchip, consiste em um poderoso dispositivo de 16
bits com arquitetura Harvard modificada, que ao mesmo
tempo combina as vantagens de um microcontrolador
(MCU) de 16 bits com um Processador Digital de Sinais
(DSP) obtendo-se assim uma solução completa para
aplicações como controle de motores, conversão de
potência, sensores de alta velocidade, processamento de
sinais de áudio e voz, conectividade e modems, telecom,
encriptação e aplicações automotivas. Veja neste artigo
o que é o dsPIC e como você pode se beneficiar de suas
excepcionais características no desenvolvimento de seu
projeto industrial.
Newton C. Braga

Os dsPICs da Microchip (www.mi Comutação entre fontes de clock


crochip.com) podem alcançar velo- em tempo real
cidades de processamento de 30 Memória flash programável - no
MIPS, podendo ser programados em circuito
linguagem C, além de possuírem Memória EEPROM de dados
memória flash interna de programa, Memória SRAM de dados
EEPROM de dados, SRAM de dados, Estrutura de interrupções flexível
periféricos poderosos incluindo diver- Capacidade de conversão AIO de
sas bibliotecas de softwares que alta velocidade:
permitem ao desenvolvedor criar
soluções embutidas com facilidade. Periféricos On-Chip:
A memória flash tem tamanhos Opções de clock cristal, ressona-
entre 12 kbytes e 144 kbytes, encon- Figura 1 dor, RC ou chíp RC
trando-se disponíveis na família
dsPIC30F 18 dispositivos diferentes, Barramentos separados de pro- Módulos de comunicação:
mas muitos outros deverão aparecer grama e dados SPI, PC, UART, CAN 20B, Codec
com o passar do tempo. Periféricos poderosos on-chíp Interface (PS&AC97)
Na figura 1 temos um exemplo de
dispositivo disponível desta família. Características elétricas e de Timers
Dentre as vantagens apresenta- recursos: Captura de entrada
das pelos dispositivos desta família Faixa de tensões de operação: 2,5 Comparador de saídalPWM
que podem ser aproveitadas pelos a 5,5V Controle de motores PWM
leitores já familiarizados com os Faixa de temperaturas de opera- Conversores A/O (+/-1 LSB de
dispositivos PIC da mesma empresa, ção: -40°C a +125 °C precisão)
destacamos: Faixa de velocidades de operação: Taxa de conversão de dados de
DC a 30 MIPS 10 bits de 1 Msp.
MCU rápida e poderosa de 16 bits Invólucros: de DIPs de 18 pinos a Taxa de conversão de dados de
de dados TFFPs de 80 pinos 12 bits de 500 kbps
Desempenho elevado para o setor Power-on Reset programável
DSP Brown-on Reset programável Mas, para que o leitor tenha uma
Arquitetura de instruções baseada Detecção de baixa tensão progra- idéia melhor do que um dsPIC pode
em RISC mável fazer e no que ele é melhor para
Memória Flash Modos Idle e Sleep muitas aplicações do que um PIC

12 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL NQ11/SETEMBRO/2005


~(ONTROlADORES

convencional, comecemos por uma O dsPIC, por outro lado, foi desen-
análise mais detalhada do que é um volvido a partir do zero, unindo as
Controlador Digital de Sinais. exigências dos 16 bits tradicionais.
a>t
oc Sem sacrificar a performance, ele
ro combina as performances das MCUs
o QUE É UM CONTROLADOR E
o de 16 bits no cerne de uso geral com
DIGITAL DE SINAIS? ~I todos os recursos necessários a uma
a..
operação de DSP.
Um controlador digital de sinais
(DSC = Digital Signal Contral/er)
consiste em um dispositivo que tem PROJETADO
integrado um microcontrolador (MCU) PARA CONTROLE
dsPIC30F
com recursos adicionais que permi- EM TEMPO REAL
1st Generation DSC
tem que ele opere como um proces-
sador digital de sinais (DSP). Price Diversas são as vantagens ofere-
O gráfico da figura 2 mostra como cidas pelo uso do dsPIC em controles
esse dispositivo se situa quando o em tempo real, como apregoa a
comparamos a DSPs convencionais Figura 2 Microchip. Dentre elas, destacam-se
e MCUs de 32 bits. a confiabilidade, a robustez e custo
O que acontece é que no proces- convencionais, pois podem ser utiliza- reduzido do sistema. Ademais, outros
samento de sinais rápidos, como dos de forma simples, principalmente detalhes devem ser observados
o que ocorre com um controle de por aqueles que já estão familiariza- como.
motor, no processamento de sinais dos com os PICs.
de sensores muito rápidos (como os Além disso, eles são otimizados a) O oscilador on-chip elimina a
/, usados nas aplicações automotivas), para aplicações de controle em condi- exigência de cristais, reduzindo assim
no processamento da palavra, os ções extremas como, por exemplo, as o custo do projeto.
DSPs são dispositivos muito mais encontradas em aplicações embar- b) A temperatura máxima de ope-
apropriados do que os microcontro- cadas, em eletrodomésticos e no ração é de 125°C, o que o torna
ladores. controle de motores ou inversores em ideal para aplicações em ambientes
Os DSPs convertem os sinais ambientes industriais. Tudo isso dota extremos como os encontrados nas
analógicos rapidamente para a forma os dsPICs de recursos específicos aplicações industriais e automotivas.
digital, e após processá-Ios, os entre- em determinadas aplicações onde c) Os pinos I/O podem excitar
gam quer seja na forma digital como eles podem reunir os benefícios do cargas de até 25 mA, o que significa
analógica, ou ainda os utilizam para melhor desempenho, maior facilidade a possibilidade de acionamento direta
fazer o controle de dispositivos exter- de uso e menor custo. de LEDs, ou ainda a eliminação de
nos. MOSFETs externos como comutado-
Os DSPs já possuem em seu inte- res.
rior um microcontrolador apropriado COMPETITIVIDADE - d) O monitor de clock é on-chip,
para a tarefa que exercem. Assim, um POR QUE DSPIC? o que agrega confiabilidade ao cir-
dsPIC, reunindo as características cuito.
tanto dos DSPs como dos Microcon- Um dos problemas dos microcon- e) Há diversos recursos para se
troladores, consiste em um dispositivo troladores que reuniam características otimizar o consumo. É possível alterar
especialmente indicado para as apli- de DSPs das primeiras gerações era a freqüência do oscilador on-chip ou
cações em que DSPs convencionais sua performance, que deixava muito ainda dividir a freqüência do clock
são recomendados. a desejar quando comparada com a em períodos de inatividade. Também
Isso torna os microcontroladores dos DSPs convencionais. pode-se ir ao modo "power-down" de
com DSPs adequados para qualquer Assim, os primeiros MCUs desen- modo a cortar os clocks e reduzir a
aplicação que envolva o processa- volvidos apresentavam a limitação corrente a poucos microampêres.
mento de sinais em tempo real. É da fronteira dos 64 kB ditados pelos f) O power-on Reset on-chip eli-
o que ocorre justamente com os MCUs de 8 bits. Por isso, altas velo- mina a necessidade de circuitos
dsPICs que, conforme o nome indica, cidades não podiam ser alcançadas externos para essa finalidade.
resultam em uma "mescla" de micro- pelas primeiras arquiteturas.
controladores com DSPs num único Quando novas arquiteturas se Para as diversas aplicações exis-
chip. fizeram necessárias, uma primeira tem recursos específicos, o que
No entanto, a vantagem maior dificuldade a ser enfrentada para é muito importante quando se
do dsPIC está exatamente em sua se aumentar suas performances foi, deseja desenvolver um projeto com-
arquitetura e recursos que os tornam justamente, a compatibilidade com as pleto. Alguns exemplos são dados
mais fáceis de usar do que os DSPs MCUs das gerações anteriores. a seguir:

SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005 13


:; MICROCONTROLADORES/
, ---------------_--../
o(

CONTROLE DE MOTORES • Modems através da rede de APLICAÇÕES AUTO MOTIVAS


Mais recursos do que os obtidos energia Como fornecedor qualificado
por um simples microcontrolador • Sistemas de segurança ISO/TS 16949:2002 para fabricantes
podem ser conseguidos com o uso de • Set top boxes de veículos, a Microchip indica os
um dsPIC. Assim, é possível ter muito dispositivos da família dsPIC30F nas
melhor desempenho nas seguintes Para essas aplicações, os desta- seguintes aplicações:
aplicações: ques das características exigidas • Direção hidráulica assistida
• Aquecimento, ventilação e siste- são: eletrônicamente
mas de ar condicionado • Interface UART • Caixas de embreagem eletrôni-
• Encoders e resolvers absolutos • Software com biblioteca TCP/IP cas
• Sistemas de controle industrial • Biblioteca para Soft Modem • Pré-tensionadores para cintos
• Equipamentos para exercícios (V3/.32bisN.22bis) de segurança
físicos (academias) • Bibliotecas de encriptação • Cancelamento de ruído
• Máquinas de lavar • Software para driver ethernet • Monitores avançados de bateria
• Máquinas de costura • RTOS para multiconsulta • Controlador de airbag
• Bombas industriais • Controladores de ignição
• Ferramentas de potência • Sensores
• Refrigeração CONTROLE DE SENSORES • Controles de pressão de com-
• Máquinas impressoras O tamanho reduzido dos disposi- bustível
tivos de 18 e 28 pinos da série dsPIC
Para essas aplicações, os dispo- os tornam ideais para aplicações que Para tais finalidades, as caracte-
sitivos da família dsPIC30F contam envolvem o controle avançado de rísticas exigidas, encontradas nos
com: sensores. dispositivos dsPIC, são:
• 1 ou 2 pinos de detecção de A combinação com um conversor • Capacidade de DSP
falhas AIO de 12 bits, periféricos de comuni- • Cerne MCU poderoso
• Variantes de 28, 40 e 64 pinos cação, gerenciamento de energia • Biblioteca para rede CAN e
• 6 ou 8 saídas de controle PWM e o desempenho de um DSP torna OSEK
de motor possível o desenvolvimento de módu- • Um ou dois módulos CAN 2.0B
• PWM complementar ou indepen- los de interface inteligentes para • Temperatura de operação exten-
dente sensores. dida
• PWM alinha nos extremos ou no Dentre as aplicações possíveis no • Faixa de tensões de +2,5 V a
centro controle de sensoriamento, lembra- 5,5 Vdc
• Amostragem AIO sincronizada mos as seguintes: • Suporte L1N através de UART
para o ciclo PWM • Detecção avançada 2-D PIR e software
• Conversor AIO de 10 bits, 1 • Sensores químicos e de gás • Modos de operação segura
Msps • Detectores de quebra de vidros • Alta confiabilidade
• 2 ou 4 amostragens simultâneas • Módulos giroscópicos
para o AIO • Detectores de batidas
• Operação de 5 V para ambientes • Sensores de vibração PROCESSAMENTO DA PALAVRA
ruidosos • Sensores de pressão Tanto o processamento da palavra
• Algoritmo para controle de motor • Sensores de torque como aplicações de áudio com baixa
• Receptores de moedas fidelidade utilizam um DSP e uma
• Sensores magnéticos MCU para controle. Com o uso do
CONECTIVIDADE • Sensores ultra-sônicos dsPIC é possível reduzir o número de
Para aplicações envolvendo conec- componentes para diversas aplica-
tividade, como por exemplo as ligadas Para essa finalidade, as caracte- ções que envolvem o processamento
à Internet, a família dsPIC30F oferece rísticas do dsPIC que se destacam de sinais de áudio, tais como:
diversos campos de aplicação a são: • Sistema de intercomunicadores
saber: • EEPROM de dados • Playback de palavra de alta
• Diagnóstico remoto de equipa- • Capacidade de DSP qualidade
mento industrial • Captura de entrada de alta velo- • Redes de distribuição para alto-
• Equipamento médico remoto cidade falantes
• Medidores remotos de água, luz • Conversor AIO de 12 bits, 200 • Efeitos em instrumentos musi-
e gás kbps cais
• Sistemas de controle industrial • Ferramenta visual para projeto • Microfones ativados pela voz e
• Monitoramento remoto de filtros digitais microfones sem fio
• Máquinas de venda (vending • A memória flash configurável • Equipamentos de teleconferên-
machines) pode atualizar algoritmos cia

14 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


~I(RO(ONTROLADORES

• Reconhecimento da palavra estar embutidas em equipamentos • 1 ou dois pinos de falha


• Fones de ouvido de diversos graus de complexidade. • Freqüência PWM de 58,6 kHz
• Secretárias eletrônicas As principais aplicações sugeridas com 10 bits de resolução
• Rádios digitais de duas vias são: • Operação de 5 V para ambientes
• Gravadores de voz • Monitoramento de energia em ruidosos
servidores
Para essa finalidade, os pontos • Monitoramento de energia em
críticos das características que devem equipamentos diversos FERRAMENTAS DE
ser observados são: • Interruptores de segurança em DESENVOLVIMENTO
• Interface Codec: AC97 e 12S circuitos DE PROJETOS
• Conversor AIO de 12 bits, 200 • Detecção de arcos
kbps • Unidades de potência auxiliares
• Ferramenta para projeto de filtro • Veículos elétricos
digital • Conversores AC/DC
• Biblioteca DSP pronta para uso • Conversores DC/DC
• Biblioteca para supressão de • Correção de fator de potência
ruído • Inversores
• Biblioteca para cancelamento de • No-Breaks online
eco acústico
• Biblioteca para codificação e As características principais exigi-
decodificação da palavra das para essas aplicações são:
• Biblioteca para aplicações em • Conversor A/O de 10 bits, 1 Diversas ferramentas para o desen-
reconhecimento da palavra Msps volvimento de projetos estão disponí-
• 2 ou 4 amostragens simultâneas veis para os leitores que desejarem
I" ~ A para o AIO criar novos projetos com o dsPIC.
CONVERSAO DE POTENCIA • Amostragem A/O sincronizada (Veja o CD que acompanha esta
E MONITORAMENTO com o ciclo PWM revista para mais informações).
Nessa aplicações incluímos os • 6 ou 8 saídas PWM Na figura 3 o leitor tem um dia-
No-Breaks, inversores, unidades de • PWM complementares ou inde- grama de blocos com as funções
gerenciamento de energia que podem pendentes incluídas no dsPIC.

X-Data Bus<16-bit> l/O Ports A-G


V-Data Bus< 16-bit> Input Capture (8 ch)
Compare/Std PWM
Data (8ch)
SRAM
5 Timers 16-bit
upto
SPIThl1

I
8Kbytes
SPI™2
Data
UART 1
ACCA<40> Prego Flash EEPROM
upto UART2
ACCB<40> and Data EE
4K bytes I2C™
Data Access
DSP Engine . Codec Interface
Flash
f2S/AC97
pregram
CAN 1
Memory
upto CAN2

16-bitALU 144Kbytes Motor Control PWM

Legend I Quad Enc Interface I


- MCU/DSP X-Data Path
- DSP V-Data Patch I 12-bit AIO I
X-Data Bus<16-bit> 10-bit AIO
- Address Patch

Figura 3

SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005 15


----.----/
MICROCONTROLADORES /

~[PD© D&m
Embedded Workbench IDE
Ferramenta de desenvolvimento lAR para dsPIC
I
o emprego de um DSP nos mais variados segmentos do
I
mercado, hoje, é uma realidade. As vantagens da aplicação
de um DSP em um determinado projeto são muitas, porém, o A ferramenta também traz o
sucesso desta aplicação depende não somente da escolha correta recurso do C-SPY Debugger. Com
do DSP a ser utilizado, mas principalmente da ferramenta de esta opção é possível "debugar" um
programa desenvolvido na "lingua-
desenvolvimento empregada. Neste artigo, abordaremos um gem C" ou assembler lAR de maneira
pouco a ferramenta de desenvolvimento da lAR para dsPIC, o fácil e bastante eficiente. Um outro
DSP Microchip. detalhe importante da ferramenta é o
Márcio José Soares Backtracíng, que auxilia no desenvol-
vimento de soluções em C/EC++.
O uso desta ferramenta é reco-
mendado a profissionais da área e
A FERRAMENTA Um recurso bastante simples, mas empresas que necessitem de uma
muito importante e que não poderia ferramenta confiável, com excelente
A ferramenta lAR Embedded deixar de estar presente na IDE é o suporte técnico. Dizemos isso, pois
Workbench IDEpara dsPIC Microchip realce de "texto e cores". Durante a muitas são as empresas que iniciam
(figura 1) é um item poderoso. As dife- montagem de um programa qualquer seu desenvolvimento baseadas em
renças desta IDE para a IDE MPLAB a ferramenta utiliza o recurso "estilo aplicativos "livres" e outros. Todavia,
(uma outra ferramenta, também utili- de texto e cores", permitindo uma no futuro os problemas começarão a
zada por desenvolvedores dsPIC) interação maior entre o programador e surgir. O principal deles é a total
não são muito grandes, Estão pre- o aplicativo, pois todos os comandos, falta de suporte e responsabilidade
sentes os mesmos recursos para variáveis, textos, ete., são realçados por parte dos desenvolvedores. É
administração de um projeto, porém com cores e fontes diferentes. sempre recomendável que empresas
com todas as vantagens oferecidas
pelos pacotes lAR. Ela permite lAR fmbedded Workbench IUE (sleve c) r;J~rR
§lfit fãt _ 5 )(
'~I------~--"""l11ll';'~)<'>;I-
i'.ew erQje(t 100/$ 'Jf..rdoN !j!b
ainda que o usuário crie um projeto Qoô'lõIét •••
J' .<;'1
__~y::.c •
utilizando as linguagens C/EC++
rr.~b~n<:"'~rJ,: C SOl:rc~ !!:I:C~10::.
e - ou ASM (lAR dsPIC assembler
$N~t::e:; !'yre.~e2 !'yrone1b f'j:onel V3_S4"C \/3_3,m Sp:.!t7 VJ_J"r; 1.")_3"1 VS_3"'.:': VJ_,UJ V3_3"'! v"3_34E V3_,UG ;
language). '/
Veja na figura 1. Apesar da apa- finclude "su1it).tl~
rente simplicidade, a ferramenta é /, ':::r.!~os:l';e",es Slel'e rr:.::e N~er Pra.çr~J:. lI: C !roo B:;ce Ja:: 19&3. -/

bastante poderosa. Sua simplicidade jde!lne


fde:i:loe msr
rRU! :

em tela é algo muito desejável, uma f-:1e:-::.ne SIzr elg,-

vez que uma ferramenta com uma eba.:r ~la;f.'ISIZ!+~]:

'\.-01c1ni:l{l
infinidade de "botões" e menus pode- I
reginu iut i.k:
ria criar o que chamamos de "pânico int pr~.cOUl:tt;,i1;e::::;

pré-adaptação". A idéia da lAR é p::i%r::!(·ll'i':~:lt.1=\ll.");


to!' {il;;e::•• 1; 1t.e:: < •• :::::; 11;e~il I~ dO' proçrd.::: 10 ~1l:eS ~I
trazer uma ferramenta bastante sim- eo:mt: •• c; " 1":1:14~1%e pr:t::~ COl1!l:er "
for (.i •. O; 1 "•• 5121:; hio) I~ set 1Il! !!lIyS t-::'l:~ ~,
ples, com todos os recursos montados ~l-'g:lri.J •• mO!;
for i': •• \.: i <- 5Itt: 1+t1
de forma automática, permitindo uma I
ir {tle.g3[1]) " !or.;:Jd pn,:::e .,
I
<l

maior velocidade na adaptação por p=b:e •• l- ..• + ~;i r~ tlflce l;:dex ~ j '/
parte dos novos usuários e uma maior fo,r (li: •• .1 ..• pr.l:"..e: Ir <•• SlZ!; lr ..••• p:::~)
:!Hg:l[lf] •• OOS!; /' k:U dl <=:l.lltlples '/
ceM':«; ;. pn~es to::r.d "
simplicidade na operação dos seus
recursos por parte do já "experimen-
tado desenvolvedor". i Figura 1 - lAR Embedded Workbench IDE

16 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


êlAR
SYSTEMS

Ferramentas para o dsPIC


A lAR Systems oferece um conjunto de ferramentas gráficas
para projeto, programação e implementação eficientes para os
microcontroladores PIC e dsPIC da Microchip. Elas permitirão
economizar horas valiosas de trabalho e vão ajudá-Io a criar
um produto da mais alta qualidade.

__ f.••~-J!-._II""lIlIi!I_._-_._
l!!iZ!!:!lI~Il_,.-"II:.J'?:"IIII''''

á!'QI\-"'~~~-~::_'-:':::,r"~O~'~'_'_'
•.• _-_------~-_._1I:..!:J:!!::'Il!~
-::- _
VSdsPIC
visualSTATE para controladores dsPIC:
:'1~~i~;
::.~ .~;;/~~
"',~::;~f", Sofisticado Ambiente de Projeto que permite representar
''fiI3'_P '. r7.-3 .n._.(_ (\ "'~ ;-- 'i-~.-' sua especificação e requisitos através de modelos de
.e~1t~
~ l:':=
I ....
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13, j'::"~
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,.~~~.l~_ -,''' i ',... ! \ "
h..'~0\-::-/"'".
if ...~".L.., \; \
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~o~=:.c;;;.-:
maquina de estados, debugar, simular, documentar e
~'"" ~ ll...~~__.-~L
~.~;~::. -: .,,) '(-"x-'~G;
_.~(J/""W'\. II~~- \
I,
ainda sintetiza o código ANSI C para o seu MCU dsPIC.
,,11I
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~'-" t'~,-,.
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,'H' __ , "0 '" , _-Al~19
..:í"-!.'!o~ l"J
5' EWdsPIC
!>.!\I.Vi_·I',.. ••••.•
' C Compiler kit para controladores dsPIC:
I'<"~-'~-
"lil'Jl.J).od

"<;)VOól•.•••••
-••••.••••
,~tJy~~·-
o "Embedded Workbench" da lAR é um conjunto de
~~2= .••• l<It>' ••••
ferramentas de desenvolvimento altamente sofisticadas e
~'_m" I • _ fáceis de usar para aplicações "embedded". Integra o
compilador lAR C/C++, o assembler, o linker, a biblioteca,
""""*"""""""'''''"
/llill'U.Jlfl(Hmt)H ~"lNC
o editor de texto, o gerente de projeto e o debugger C-SPY
em um ambiente integrado de desenvolvimento (IDE).
-_~-I,,,.l~J I. '"
~r=--- L'~~~~T?"-'~_~ _
....• Com seu optimizador chip-específico interno, lAR
~oel
.b".... ~~c.
jlo ri-
••-:a:,~ "Embedded Worbench" gera o código de maneira muito
eficiente e confiável para a FLASH/PROMable do dsPIC.
··~5~ Além da tecnologia sólida, os sistemas da lAR fornecem
também o suporte técnico profissional em todo o mundo.
~.•_~Il!l----l ~ www.iar.com/ewdspic
llii1J: ••• ·Á~7

et- ~ .~~

~:l~_•••• ?' __
••••.••••.•

~;;_~~_~.!tI.
~l:d.>

••~ •. ··".~.rt
~ ~~~
..:J$-'-. ~<!;
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Tel/Fax: (19) 3258-1118, e-mail: adolfo@iar.com
MI(RO(ONTROLADORE~

e profissionais da área busquem 3. Preencha os campos e envie 10. Em seguida será solicitado o
ferramentas que Ihes permitam não os dados; tipo de instalação: "Full" ou "Personali-
somente o desenvolvimento, mas zada". Recomendamos a opção "Full"
também que Ihes ofereçam o suporte 4. Uma outra página será mos- para os usuários sem experiência
adequado, quando necessário. trada onde existem dois números: um com as ferramentas lAR. Clique em
Para nosso leitor estudante o uso é o número da licença, que deverá "next" para continuar;
e compreensão da ferramenta aqui ser colocado na primeira tela da
demonstrada poderá ajudar no futuro, instalação e o segundo é o OuickStart 11. A próxima tela configura as
quando o mesmo se deparar com key, que habilita o software para uso pastas no menu "Iniciar". Clique em
outras IDEs da lAR, pois seja qual demonstrativo; "next" para continuar;
for o microcontrolador, o ambiente
se aproxima bastante. Desta forma, 5. Volte na apresentação multimí- 12. Em seguida são demonstradas
ficará bem fácil "passar" em um teste dia, mas não feche a página que as opções selecionadas de instalação.
exigido para uma possível vaga de contém os números de licença, e Clique em "next" para continuar.
emprego. clique em lAR Embedded Workbench
O estudo do manual EWDSPIC_ for dsPIC para abrir a tela de instala- Passadas estas etapas, o pro-
userguide.pdf poderá trazer mais ção; grama será instalado e uma pasta
informações aos leitores interessados será adicionada no menu Iniciar. Para
em conhecer e se aprofundar na 6. Copie o número da licença e executar o aplicativo, clique em "Iniciar
lAR Embedded Workbench IDE para cole no campo da tela de instalação do -> lAR System -> lAR Embedded
dsPICs. lAR, clique em next para continuar; Workbench for dsPIC evaluation ver-
sion -> lAR Embedded Workbench".
7. Em outro momento o instalador No CD também inserimos uma
INSTALAÇÃO irá pedir uma senha para iniciar a cópia do lAR Visual State 5.1 (figura
instalação; 2). A instalação desta ferramenta
A instalação da ferramenta é muito também é recomendada. Ela auxiliará
simples. Para instalá-Ia em seu PC, 8. Volte à página da lAR (registro), na criação e documentação de um
siga os seguintes passos: copie o OuickStart e cole-o na tela projeto.
de instalação;
1. Antes de instalar o lAR, é neces-
sário obter o número da licença, para 9. A próxima tela a ser demons-
isso, é necessário ter uma conexão trada permitirá que você escolha o CONClUSÃO
com a Internet; subdiretório onde o aplicativo será
instalado. O uso do "default" é reco- As ferramentas de desenvolvi-
2. Clique em Página de Registro mendável. Clique em "next" para mento, hoje, trazem uma série
para ir ao site da lAR; continuar; de recursos e facilidades aos
desenvolvedores. Aproveitar esses
recursos pode significar um ganho
de "horas técnicas" durante o
.l.6lo c :2 •• Ii!,rDl3~
desenvolvimento de um produto, e
• 1<'
este ganho em horas no labora-
El -- --- ---
lAR VlsuaISTAT[ lksigll<'" [Demo)
- --
l8J
, tório será refletido nos custos
finais do produto e também no
~De.ateaNewProjecl ..
tempo para inserção do mesmo no
mercado. Estas variáveis podem
.éi Open«lE~Prq,ecL
representar uma economia signi-
ficativa para a empresa.
'"
r-~-
r.;;; OpenMostRecerl:tiUsedProiecl
Para o desenvolvedor, as faci-
lidades e recursos permitirão a
aplicação da mesma em mais de
~ um projeto num mesmo período,
~S}_\~I'lFie\\o:',Y demonstrando assim maior efici-
ência ao seu empregador. Seja
qual for a sua "posição neste
jogo", garanta o máximo de recur-
sos para ser um vencedor! Bons
testes!!!

18 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


CIRCUITOS PRÁTICOS

-~~ ~ <)

::.lf~ 411~::. ®úill)®~


. fÃlliYl][P[bD~rn ~®® WJW
o circuito apresentado vem da própria Microchip, como
aplicação direta do circuito integrado TC4864, um amplificador
de 300 mW para baixa tensão com modo Shutdown. Trata-se
de um circuito ideal para aplicações portáteis com alimentação
de 2,7 V a 5,5 V.
Newton C. Braga
8-PinMSOP

o circuito apresentado na figura MSOP de 8 pinos conforme mostra VREF 2 TC4864 7 GNO
1 é sugerido pela própria Microchip, a figura 2. IN+ 3 EUA 6 VOO
consistindo em um amplificador de De acordo com essa figura, o IN- 41~8
SHON 5 V01
V02
300 mW para cargas de 8 ohms. circuito conta com uma entrada shut-
Conforme podemos ver, trata-se downque, levada ao nível alto, coloca
de uma configuração em ponte que o circuito numa condição de baixo Figura 2
pode ser alimentada diretamente por consumo. Nessas condições, a cor-
uma tensão de 5 V para fornecer a rente drenada para o circuito cai para
potência indicada. 0,11JA (tip).
A distorção harmônica é de A corrente quiescente é de 4,1
apenas 1%, e a principal caracte- mA (tip), com uma faixa passante de
rística deste circuito é o reduzido 100 Hz a 20 kHz (+/- 0,25 dB).
número de componentes externos A impedância de entrada é de 20
requeridos. kohms e a sensibilidade de entrada
O circuito integrado da Microchip para plena potência de saída é de
TC4864 é formecido em invólucro 1 Vrms.

Voo
RF
20 kO Cs
Entrada 0,1 ~lF:r: 6
de áudío

1
411N-
Vo115
311N+

CfT-Ics
0,;9~lF RL
80
21VREF
CB
Vo218
OFF 1 ,O uF ..,.
~ Controle .~
shutdown

Figura 1

SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005 19


DESENVOLVIMENTO

----50%-Em edições anteriores levamos aos leitores seleções de


circuitos de divisores de freqüência TIL e CMOS, com aplicações
envolvendo números pares e ímpares. No entanto, ficou claro que
na maioria dos casos, as divisões, principalmente por números
As formas de onda obtidas são
dadas junto ao diagrama básico,
observando-se que, realmente, não
temos um ciclo ativo de 50% mas
menor (33%).
ímpares, não resultavam em sinais com 50% de ciclo ativo. A Colocando um f1ip-f1op a mais e
forma de obter-se divisão por números ímpares com 50% de ciclo duas portas (ANO e NOR), podemos
facilmente alterar o circuito original
ativo é o assunto deste artigo. e com isso obter um sinal com 50%
Newton C. Braga
de ciclo ativo, conforme ilustra a
figura 2.
Evidentemente, a freqüência
A utilização de f1ip-f1ops e alguns usando como base flip-flops do tipo máxima de clock deve ser calculada
elementos adicionais permite a divi- O (tanto TIL como CMOS), divisores em função do tempo de trânsito do
são de freqüência de sinais retangu- com sinais quadrados (50% de ciclo sinal pelos três fip-flops.
lares por qualquer número inteiro com ativo).
facilidade. Entretanto, as configura- b)Divisor por 6
ções mais conhecidas não fornecem a) Divisor por 3 Acrescentando um flip-flop J-K
sinais com 50% de ciclo ativo, ou Na figura 1 mostramos a configu- podemos fazer uma divisão adicional
seja, o tempo no nível alto não é igual ração típica de um divisor por 3, feito por 2, veja a figura 3.
ao tempo no nível baixo. da forma tradicional com dois f1ip- No entanto, para manter o ciclo
Em muitos casos, isso não é um flops e uma porta ANO. ativo de 50% é preciso contar com
fato relevante, todavia, existem aplica-
ções sensíveis a isso e a necessidade
de um circuito com ciclo ativo de
50% pode ser absoluta. Vejamos
como implementar deB forma simples,C o C C
A C 50% O O CIcio ativo
O--

Q~D lrT Q~ Saida

o O" ,1/2

A B

Ô
Orn° Õ

Figura 1 Figura 2

20 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


DESENVOLVIMENTO

portas adicionais conforme mostra a


mesma figura. Nela, temos as formas
de onda obtidas nos diversos pontos,
observando-se os pontos em que
os sinais não têm os ciclos ativos
de 50%.

c) Divisar por 9
A divisão por 9 com um ciclo ativo
para o sinal de saída de 50% exige
um circuito mais complexo. Esse
circuito é apresentado na figura 4.
Veja, então, que são necessários
flip-flops do tipo O e também flip-flops
do tipo F. As formas de onda dos
diversos pontos, inclusive aqueles
em que o ciclo ativo não é 50%, são
mostradas na mesma figura.

d) Divisar por 12
A divisão por 12 pode ser imple-
mentada com o uso de 4 flip-flops tipo
J-K e algumas portas ANO adicionais,
Figura 3 conforme exibe a figura 5.

D Q Q Q Q D

A B c o E

c c c

Figura 4

SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005 21


DESENVOLVIMENTO

As formas de onda obtidas nos nicas de projetos digitais, princi- facilmente divisores para outras
diversos pontos do circuito são ilus- palmente o manuseio dos Mapas freqüências, com ciclos ativos de 50%
tradas na mesma figura. Observe de Karnaugh, poderá implementar para os sinais de saída.
que existem diversos pontos em que
os ciclos ativos são bem diferentes
dos 50%.

Saída
CONCLUSÃO
- Ô
A
Ô KJ
J o~IJ
O B
C O
50%

C BoJ
Os circuitos básicos
CLK
Kaqui apresen-
Saída
AO
Co CLK
tados se aplicamHII às tecnologias TIL
e CMOS, bastando levar em conta as ô
características de cada um.
Em especial devem ser obser-
vadas as velocidades máximas
de operação, que irão determinar
justamente a freqüência máxima
do sinal de entrada. Para os circui-
tos CMOS, essa velocidade está
intimamente ligada à tensão de
alimentação e no caso dos TTL,
c- J
o leitor que precisar de velocida-
des maiores poderá contar com as
diversas subfamílias.
r---c
Considerando o modo como os
f1ip-f1ops e demais funções são
I
usadas, o leitor que domine as téc- Figura 5

OSCILADORES SENOIDAIS
Osciladores de baixa freqüência que produzam sinais senoidais Transistores equivalentes aos
indicados podem ser usados, e o
são necessários em muitas aplicações. No entanto, conseguir
resisto r de emissor deve ser ajustado
um bom circuito que gere um sinal de baixa distorção não é para se obter o mínimo de distorção
muito fácil. Apresentamos um exemplar que pode ser de grande do sinal de saída.
. Observamos que se trata de cir-
utilidade para os leitores.
Newton C. Braga cuito algo crítico e que, eventual-
mente, alterações dos componentes
O circuito apresentado na figura Os resistores dessa rede podem podem ser necessárias para se obter
1 gera um sinal de aproximadamente ficar entre 6,8 k ohms e 15 k ohms, seu correto funcionamento.
300 Hz, quando alimentado por ten- tipicamente, e os capacitores vão
sões na faixa de 6 a 15 V. determinar a freqüência. +

A configuração é bem conhecida.


Trata-se de um oscilador por desloca-
mento de fase, onde a rede formada
pelos resistores e capacitores entre 47nF 47nF 47nF
o coletor e o emissor do transistor
proporciona uma defasagem de 180
I-os~a
10 "F
graus no sinal. Essa defasagem é
fundamental para se obter uma reali- ~~
mentação positiva que mantenha as
oscilações. Figura 1

22 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


Relé programável SMART. Com o Smart você poderá montar quadros de comando onde normalmente ainda eram utilizados relés, e
a utilização de um CLP era lnviável devido ao custo. Modelos com 6 entradas e 4 saldas ou 12 entradas e 8 sardas. Alimentação e
entradas em 24VCC ou 110/220VCA e as saldas do tipo relé 10A/250VCA ou transistor PNP O,3A/24VCC. Modelos analógicos
também disponrveis. Todos com 20 blocos de funções e com memória de 127 blocos, relógio e calendário em tempo real e porta de
comunicação. Modelos AF-1 OMR e AF-20MR disponlveis com ou sem teclados. Saiba muito mais ligando para a Metaltex.
ENERGIA

PROTETORES DE SURTOS DE
TENSÃO (TVSS)
Funcionamento dos principais tipos e aplicações

Com o aumento constante da escala de integração dos circuitos há,


também, um aumento nos cuidados a serem tomados quanto ao pico de
tensão. Esse fenômeno pode ser originado por várias causas, e seus efeitos,
na maioria das vezes, são catastróficos à integridade dos equipamentos.
Neste artigo vamos estudar um pouco sobre a tecnologia e cuidados na
aplicação dos dispositivos de proteção contra surtos de tensão.
Alexandre Capelli

SURTOS DE TENSÃO de alta tensão (13,8 kV). Sua curva TVSS (TRANSIENT VOLTAGE
típica pode ser vista na figura 1. SURGE SUPRESSOR)
Os surtos de tensão podem ter Notem que o pico máximo ocorre
duas origens distintas: interna ou no intervalo de 10 IJs, com duração Os protetores de surto têm o nome
externa. Os surtos de tensão inter- levemente superior a 40 IJs.Reparem genérico de TVSS (Transient Voltage
nos, geralmente têm as seguintes que trata-se de um fenômeno bem Surge Supressor) e podem ser de
causas: mais lento que uma descarga eletros- vários tipos (varistores, contelhadores
• Comutação de cargas indutivas; tática, cuja duração é da ordem de a gás, diodos supressores e circuitos
• Faiscamento ("Flashover"); nanossegundos (figura 2). combinados).
• Interferências causadas por
acoplamentos capacitivos ou indutivos
com outros componentes (por VARISTORES
% do valor de pico
exemplo, comutação de banco de
capacitores para correção do fator Os varistores são resistências não
de potência); lineares dependentes da tensão, com
• Descargas eletrostáticas (ESD). características logarítmicas definidas
de tensão e corrente, conforme pode
Já as causas externas para surtos ser observado na figura 3. A eleva-
são: ção de tensão reduz a resistência
• Acoplamento elétrico a poten- e, conseqüentemente, aumenta a
10 20 30 40
ciais mais altos; corrente.
TempoÚls)
• Comutações na rede de alimen- O varistor é um dispositivo para
tação; proteger contra transientes que
• Descargas atmosféricas; Figura 1 se comporta como dois diodos
• Interferência indutiva (se um zener conectados "back-to-back"
curto-circuito ocorrer numa linha de (figura 4).
força particularmente onde o neutro é Corrente Na ausência de sobretensão, a
aterrado, tensões muito altas podem resistência do varistor é bastante
ser induzidas em linhas adjacentes); elevada, como um circuito aberto.
• Interferência causada por campo Entretanto, na ocorrência de um
magnético interno (provocada, por transiente, sua resistência cai dras-
exemplo, pela queda de um raio em ticamente (Z < 1 O), mantendo a
área próxima ao equipamento). tensão entre os terminais em valo-
aI 60
I at 30nsl:uuu-..'
10 ns
% --~~~~---~------~
I 60nS-.. res baixos. O "excesso" de tensão
Tempo (duração do pulso)
A magnitude de um raio pode é dissipado em forma de calor
chegar a 400 kV,valor alto o suficiente (figura 5).
para danificar até mesmo uma linha Figura 2 A curva característica de um varis-

24 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


ENERGIA

Capa Eletrodo Disco

210

190

170
/I
./
.d'~âmi'_ Terminal

Figura 7

150
I

130
2 3 4 5 6 7 8 9 10 (mA)
Corrente
Curva característica V x I de um varistor de ZnO

Figura 3

Microestrutura e Condução
O varistor é constituído de uma Figura 9

Circuito pastilha cerâmica ligada através de


dois eletrodos de prata (figura 7). A grande variação no valor da corrente
equivalente do
varistor figura 8 ilustra sua microestrutura. provocará uma pequena variação no
Há, basicamente, dois tipos de varis- valor da tensão. Para varistores de
tores no que se refere à composição: carbeto de silício, ~ está em torno de
Figura 4 varistores de óxido de zinco, e car- 0,17 e 0,4 e para varistores de óxido
beto de silício. Conforme podemos de zinco, de 0,03 a 0,1. O tempo de
tor, bem como seu símbolo, podem notar através da figura 9, há uma resposta dos varistores de óxido de
ser vistos na figura 6. sensível diferença de performance zinco é bem pequeno e com uma alta
entre ambos. capacidade de absorção de energia.
Quanto menor o valor de ~ (fator A identificação das características
de mérito que pode ser determinado do varistor em seu invólucro varia de
pela inclinação da curva V x I do acordo com o fabricante. Na figura
rr--rr
1\ t~nergia em dissipada
calor
varistor), melhor será o desempenho
do componente, isto porque uma
10 temos um exemplo da EPC08.
Notem que a designação 820 pode

de a ser
Limite
tensão Iprotegida
Carga
Varistor
correntel -Eletrodo

Figura 5 ~
d d = largura da cerâmica

t
Curva de V
não linearidade B
de um varistor
I
SIC
0.=5
~3,5 vf-- ~ I
v
200 400 600 800
·05 :
.1,0:
.1,5: Tensão
Símbolo
·2 ,o:'-máxima
I de
, operação Trajetória da corrente

Figura 6 Figura 8

SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


25
ENERGIA

R
interno do tubo. Estes dispositivos
podem manejar correntes transientes
bastante elevadas (até 60 kA) devido
às características de descarga em
S meio aquoso.
Quando atuam, provocam no sis-
tema oscilações de alta freqüência.
StandarD AdvanceD SuperiorR T Além disso, a sua atuação é seguida
muitas vezes da condução da corrente
Figura 10
de carga à terra, denominada cor-
PEN
rente subseqüente, provocando um
vir sozinha, com um traço abaixo e curto-circuito monopolar que deve
Figura 12
com um traço acima. Isso significa, ser extinto por uma proteção de
respectivamente, versão Standard, retaguarda. Uma das vantagens dos
série avançada, ou superior "R". disruptiva característica de um cen- centelhadores a gás é sua baixa
A letra K antes do número (que telhador depende do meio ambiente capacitância, o que não interfere no
representa a tensão nominal do com- no interior dos eletrodos. Se o interior funcionamento dos equipamentos
ponente, no exemplo 275 Volts) é a do invólucro é preenchido com gás, quando são atravessados por corren-
tolerância. Nesse caso temos: K = ± a tensão disruptiva é função de sua tes de alta freqüência.
10%; L = ± 15%; M = ± 20%. pressão. Se o centelhador é do tipo
Os números abaixo do traço aberto (ar), a tensão disruptiva pode
(0009) representam a data de fabri- variar com a umidade e com grau de DlODOS SUPRESSORES DE
cação. Os dois primeiros o ano (00 = poluentes no local de instalação. TRANSIENTES
2000) e os dois últimos a semana (09 Os centelhadores a gás consistem
= nona semana do ano 2000). de um tubo contendo gás inerte, Para atender às exigências dos
o qual sob condições normais de avanços tecnológicos, foram desen-
operação apresenta características volvidos dispositivos de silício para
Instalação de um circuito aberto. Contudo, na proteção que apresentam rapidez
O varistor deve ser instalado em ocorrência de um transiente, o gás de resposta e características de
paralelo com a carga a ser protegida. se ioniza permitindo a passagem de comportamento bastante definidas.
Para redes monofásicas o processo corrente. O gás permanece ionizado Um desses dispositivos é o Diodo
é muito simples (figura 11). Quando até que a corrente caia a um valor Zener. Ele é um elemento de dupla
lidamos com redes trifásicas, porém, denominado "holding currenf' especi- camada que, quando polarizado
tanto a sobretensão entre fases, ficado para cada tipo de centelhador. diretamente, funciona como um diodo
como a sobretensão entre fase e terra A figura 13 mostra a curva caracte- comum. Entretanto, quando pola-
/ neutro devem ser contempladas rística de operação do centelhador. rizado reversamente, este diodo
(figura 12). Devido à sua característica de apresenta um "joelho", ou seja, uma
operação, os centelhadores são mudança repentina em sua caracte-
extensivamente usados nas redes rística V x I. Isso ocorre em um deter-
Centelhadores a Gás telefônicas para proteção contra minado valor de tensão conhecido
São dispositivos formados por descargas atmosféricas. Eles não como "tensão zener".
dois ou três eletrodos internalizados necessitam de manutenções e pos- Daí, a tensão através do diodo se
em um tubo de cerâmica ou vidro suem um tempo de vida útil em torno mantém essencialmente constante
e separados por uma distância de 30 anos. Se comparados a outros para qualquer aumento da corrente
pré-determinada. Os centelhadores dispositivos, os centelhadores são reversa até um limite de dissipação.
podem conduzir correntes de fuga, um tanto insensíveis, já que são A figura 14 ilustra as características
cjependendo da tecnologia que o necessários aproximadamente 700 direta e reversa de um diodo zener
fabricante usa na manufatura do V para provocar a ionização do gás projetado para atuar em 6 V. Esta
invólucro. Além do mais, a tensão figura mostra que, para diodos com
tensão zener acima de 40 V, à medida
V(ignição) que a corrente através do dispositivo
(ionização do gás) varia, a curva de tensão torna-se
mais resistiva. Assim, para um bom
Carga Vqueima desempenho, os diodos zener estão
restritos a baixas tensões.
Tempo
Estes diodos não são capazes de
Curva característica do centelhador
dissipar altas energias e necessitam
Figura 11 Figura 13
de um resistor em série para limitação

26 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


ENERGIA

1000
Região do zener
Região ,
normal ,/ ----------
- ------

- 40V
* - 6V *
diodo

UB u(V)
,, ---
"
800

,
Uas

IT
V J
,--r '
Uag
0,7
_l!q
+V
f
f If
I
/
J
J
f

I
r 600
400
J I
J
f
I
I

Curva característica do díodo zener 200

Figura 14

o 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2


da corrente. Além disso, não possuem
• t(ps)
uma característica simétrica, ou seja,
se conectados de forma errada não Comportamento de resposta de um circuito em paralelo direto quando este
limita uma onda de choque de tensão
protegem o circuito.
Figura 15

CIRCUITOS COMBINADOS do centelhador aplicada a uma rede o


de baixa resistência. Devido à queda
Circuito Paralelo Direto: de tensão nos varistores ser quase
Centelhador Varistor constante, a tensão resultante no
centelhador chega a ser inferior a
A figura 15 apresenta o compor- sua tensão de arco. Com isso, está
tamento da resposta de um circuito garantida a extensão do centelhador.
em paralelo direto quando este limita Podemos ver através das figuras Associação série varistor-centelhador
uma onda de choque de tensão de 17 e 18, o comportamento do cente- Figura 16
1 kV / 1 ~s de amplitude 3 kV (queda
de um raio). A sobretensão alcança
o valor Ud (varistor) de 450 V e sem V ••. U

o varistor, o surto se elevaria até 800


750 V. Com a ionização do gás do
centelhador, obtemos uma tensão 600 I.~ªê
de 15 V.
400
O centelhador se encarrega, por-
tanto, da proteção. Os centelhadores
a gás não devem ser utilizados com
um nível de proteção inferior a 70 V
por motivos baseados na física dos tr 2 4 6 8 ps
gases. Não se deve utilizar portanto, Centelhador operando individualmante ..
um varistor para um circuito em para-
Figura 17
lelo direto com um nível de proteção
inferior a 100 V, caso contrário não
se alcançariaO a tensão de centelha V ~lS I I 2
.,.u 4
8
6
tr
do centelhador. O circuito protegido 600800 VI I
I_~_a_~
400
200
possui uma tensão contínua de 225
V. O centelhador possui uma tensão
contínua de 225 V. O centelhador
possui Vg = 350 V e Vas = 750 V. O
varistor é o S07K175.

Circuito em Série: Centelhador


Varistor
Operando em conjunto (série) com centelhador/varistor
A figura 16 exibe um circuito
apropriado para assegurar a extensão Figura 18

SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005 27


ENERGIA
/ /
2
oo2
864 •
Ihador sozinho e com um varistor
em série. Observe que 10a tensão
desce somente até o nível de prote-
ção (aproximadamente 400 V) do
varistor.
Podemos concluir que: "em asso-
ciações paralelas (varistor x cente-
Ihador), o varistor por sua maior
velocidade de reação, fica a cargo
1 1
20 o
2 flS
40,'1 o600
kV/flS500o 400
1
60 flS


o500
300
200
1
100
600 V

~
100L
4
400
3
300
2
200
100IV
600 V L

da proteção fina, e o centelhador,


por sua maior capacidade de carga,
da proteção grossa. Em associações
séries (varistor x centelhador), é
o centelhador que determina as
propriedades elétricas de um circuito Influência de um raio em cabo telemático protegido pelo conjunto
centelhador -varistor -diodo
combinado em condições normais.
No caso de sobretensão, o varistor Figura 19
determinará essas propriedades".

I
(Coei ma, 1988:26)

Tensão
Apresentaremos

CJ
figura 19, um protetor
a seguir, na
aplicado 0----0
0----0
inicial híbrido típico,
Tempo -. um centelhador no Varistor
Surto
C
.ctl
~
rJJ
o
Forma
~
t
oc
rJJ

0----;:;-0 c>
~ Tempo-.
Tempo-'
Sem filtro
Capacitar

b
contendo primeiro
estágio, varistor no segundo e o Tempo-.
j __[O
varis~:rl
diodo zener no terceiro. O centelha- t Te,,'o
dor, mais lento, porém com maior
capacidade de absorver energia,
faz o primeiro corte em aproximada-
mente 600 V. A seguir o varistor atua
reduzindo para 150 V de tensão
máxima, que ainda é um valor muito
alto para a carga a ser protegida.
Então o diodo atua reduzindo o
transiente para cerca de 30 V, o qual
pode ser absorvido pelo circuito
sem danos.
Na figura 20 podemos ver um
"filtro de linha" equipado com um
varistor e um indutor. Porém, é
necessário que se tenha cuidado ao Figura 21
utilizar apenas capacitores como um
protetor de surto. A figura 21 ilustra Conclusão aqui explorados, uma falha ou defeito
o que ocorre em três situações pode ocorrer. A intenção é reduzir sig-
distintas: ausência de proteção, Nenhuma proteção pode garantir nificativamente as chances. Enviem
proteção com simples capacito r e 100% de confiabilidade. Portanto, suas críticas e sugestões sobre esta
proteção a varistor. mesmo com as técnicas e circuitos matéria para nossa Redação.

Figura 20

28 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


ENERGIA

M[Kl~m~ m[LWO©®
Normas NBR 5410 e NBR 5419, técnicas,
e segurança
Como é feita uma norma técnica?
Penso que a resposta dessa pergunta nem sempre é clara no dia-a-dia do profissional de Eletro-
eletrônica. Genericamente "falando", uma norma contempla a segurança do ambiente onde um
dispositivo, sistema, equipamento, ou máquina, está instalado. A NBR 5410, por exemplo, é uma norma
que dita boas práticas das instalações elétricas em baixa tensão sob o aspecto de segurança do
indivíduo e da planta da instalação. Claro que assim, todo o ambiente torna-se mais seguro para os
circuitos instalados. Essa, porém, não é a prioridade. Neste artigo vamos entender melhor isso, e fazer
uma análise sobre os principais tópicos do aterramento elétrico, e SPDA.
Alexandre Capelli

1 - TIPOS DE ATERRAMENTO - Quanto ao aterramento, menos kV a 750 kV para a transmissão.


SEGUNDO A NBR 5410, da metade está em conformidade com Quando as linhas chegam próximas
E SEGURANÇA a norma, e 77% dos entrevistados as áreas de consumo, um segundo
(simples usuários, e profissionais da transformador, agora redutor, abaixa
A Redação da Revista Saber Ele- área) manifesta. desconhecimento a tensão do que chamamos rede pri-
trônica ficou surpresa com os dados do assunto. mária (que vai até 750 kV) para a rede
recolhidos sobre segurança nas Um cenário interessante, e que secundária da distribuição (geralmente
instalações elétricas. Eis os mais arrisco dizer que é o mesmo no 13,8 kV). Então, os transformadores
"impactantes": restante do país. dos postes abaixam a tensão mais
- Entre 2002 (abril) e 2003 houve Antes de tratarmos do aterramento uma vez para amplitude comercial
um crescimento de quase 1,4 milhão elétrico em si, vamos observar uma (440 VCA, 380 VCA, ou 220 VCA), em
de novas ligações elétricas só na síntese do sistema de geração, trans- redes trifásicas ou monofásicas.
região nordeste do Brasil. missão e distribuição da energia Quanto ao aterramento elétrico,
- Em Pernambuco, segundo elétrica (figura 1). a NBR 5410, norma que regula as
estudo feito pelo NSHT (Núcleo de Depois de gerada, a tensão é instalações elétricas de baixa tensão,
Segurança e Higiene do Trabalho), elevada a níveis que variam de 13,8 permite quatro arquiteturas possíveis.
ocorre uma morte por choque elétrico
a cada três dias. O período de análise
aconteceu entre 1996 a 2003, e
foi coletado no banco de dados de
registro de óbitos desse Estado.
- 82% dos usuários de energia
elétrica, entretanto, julgam ter conhe-
cimento suficiente sobre segurança,
o que contrasta muito com a reali-
dade.
- 49% das 217 residências pes-
quisadas, e que utilizam acessórios
como derivadores ("benjamins") não Fase Média
traziam sequer gravado a potência tensão
nominal. Isso também foi constatado Neutro 127V 13,8 kV
nas chamadas "extensões".
-Apenas 8% das residências pos-
suem disjuntores residuais (DR),
exigência da NBR 5410 desde 1997. Figura 1

SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005 29


ENERGIA

- Aterramento TN-S mesmo condutor, agora chamado


No sistema TN-S (figura 2) as três PEN, que se separa em terra e neutro
fases e o neutro seguem para a carga, apenas próximo à carga. Isso é feito
e um condutor separado, também por razões de facilidade de imple-
conectado à haste de aterramento, mentação, uma vez que não são
denominado PE (proteção elétrica) precisos dois cabos distintos desde
é o fio terra. a origem.
As vantagens e desvantagens do
TN-C são as mesmas do TN-S.

- Aterramento TT
Sistema IT
O sistema TI, também conhecido
como terra independente, possui duas Figura 5
hastes distintas, uma pÇlra aterrar o
neutro, e outra para servir de fio terra "é O que isso significa na prá-
(figura 4). tica?"
"Grosseiramente", que é melhor
PE um médico levar um choque elétrico
Sistema TN-S do que um disjuntor desligar um
aparelho de respiração artificial.
Figura 2 Para auxiliar o leitor na interpre-
tação das siglas dos sistemas de
"Qual a diferença entre o Pé e aterramento elétrico, a seguir temos
o neutro, se ambos têm a mesma um glossário:
origem?" PE T - Indica que a fonte tem uma ou
A diferença entre o PE e o neutro mais partes diretamente aterradas,
é que pelo terra não circula corrente, isto é, aterradas diretamente no
e pelo neutro sim (a corrente de eletrodo de terra.
Sistema TT
"retorno"). l-Indica que a fonte está aterrada
- Vantagem desse sistema: Devido Figura 4 via impedância ou que não está
à equipotencialização (terra e neutro na aterrada.
origem), no instante de uma descarga - Vantagens: Não há interferência A segunda letra indica o arranjo
atmosférica, não haverá o surgimento entre equipamentos, pois cada um de terra na carga.
de d.d.p. entre a rede e o dispositivo tem seu próprio terra. Há, depen- N - Toda parte metálica é conec-
devido ao loop de corrente. dendo da planta, maior facilidade de tada diretamente ao neutro, o terra
- Desvantagem: Por ter a mesma implementação. da carga é ligado ao eletrodo de terra
origem, um equipamento pode interfe- - Desvantagem: A principal des- do neutro.
rir no outro através do PE (por exemplo, vantagem desse sistema é a suscep- A terceira e a quarta letras indicam
uma máquina de solda elétrica). tibilidade ao surgimento de d.d.p o sistema de aterramento da carga:
em níveis perigosos entre a fonte S- Condutores neutro e terra são
- Aterramento TN-C e o equipamento no instante de separados;
O sistema TN-C (figura 3) asse- descarga atmosférica devido ao loop C - Um único condutor para neutro
melha-se ao TN-S. A diferença é que de corrente. Uma forma de contornar e terra.
terra e neutro seguem através do essa desvantagem é utilizar disposi- Outras simbologias:
tivos de proteção contra descargas PE - protectíve earth, condutor
(supressores de transientes) entre terra ou condutor de proteção.
neutro e terra. PEN - protective earth and neutro,
condutor terra ou de proteção junta-
- Aterramento IT mente com o neutro e terra.
O sistema IT (figura 5) é de uso
bem restrito, e se trata do aterra-
mento através de uma impedância, 2 - HASTES E CÁLCULO DO
geralmente, proporcionada por um VALOR DO ATERRAMENTO
indutor. Essa técnica é utilizada com
PEN freqüência na área da Saúde (salas Basicamente, podemos prover
cirúrgicas, UTI, etc.) onde o forneci- o aterramento elétrico através de
Sistema TN-C
mento de energia elétrica tem priori- hastes, de malha, ou ferragens da
Figura 3 dade sob qualquer outro parâmetro. estrutura e fundação da planta.

30 SABER ELETR6NICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


ENERGIA
~

Caso o solo tenha uma condutivi- A figura 7 mostra a forma trian-


dade ruim, mais de uma haste pode gular, e a figura 8 a quadrada.
se fazer necessária. Uma técnica é
ligá-Ias em linha (figura 6).

Ar - --
d d d
r--""f"U-.
I
I
I I
I
I
tu-t---.
I I
.-n4---4
I
I

I
:

Figura 8
Hastes em linha
Figura 6
3 - TRATAMENTO
Para uma única haste, a resistên- QUíMICO DO SOLO
cia pode ser calculada através da
fórmula: "E .o que fazer quando a resis-
tência continua alta mesmo com
R=~ In (2h/a) [01 várias hastes?"
21th A solução é fazer o tratamento
químico do solo.Trata-se de um gel de
Onde; h = profundidade da haste composição salina, de boa condutivi-
em metros, e a = raio da haste em dade, e que fica aglutinado ao redor
meM"os. da haste reduzindo significativamente
Vamos a um exemplo prático: a resistência do aterramento elétrico.
Qual a resistência de uma haste A figura 9 ilustra a seqüência dos
de comprimento 2,40 m e raio de passos para executar o tratamento
0,50 cm em um solo arenoso seco de do solo. Cabe lembrar que, embora
resistividade igual a 1000 O.m? eficiente, essa técnica exige um
Resposta: monitoramento constante através
pa = 1000 O.m de medições regulares, pois a terra
h = 2,40 m pode absorver o produto ao longo do
a = 0,005 m tempo, fazendo com que a resistência
volte a aumentar.
R = 1000/2x3, 14 x 2,40 In (2x
2,40/0,005) = 455,4 O
4 - MALHA DE
Para várias hastes; o valor pode ATERRAMENTO E TI
ser calculado através da fórmula:
"O tratamento químico do solo
R = --Illi- (In (2h/a) + h/d) O é a única forma de reduzir a resis-
41th tência?"
Não. Existe a possibilidade de se
Onde; d = distâncias entre barras, utilizar a malha de terra (figura 10).
em metros. Conforme podemos observar, é um
conjunto de condutores (geralmente
Caso a· resistividade do solo seja de cobre) entrelaçados na forma de
alta, uma técnica para conseguir um uma rede. Ela deve ser colocada
bom valor de terra (R < 10 O) é agru- sob o solo na camada de mais baixa
par as barras formando polígonos. resistividade. Geralmente, a malha
ocupa grande parte do subsolo da

m
planta, e não raro todo ele. Figura 9
I~\\ Essa solução, entretanto, só é

I
I
I
l \
I

\
\
\
viável se já contemplada na constru-
ção do imóvel.
(TI), onde múltiplos pontos de terra
são usados (malha, viga de aço, e
.----e----. Na figura 11 podemos ver como ferragem de concreto armado). Essa
ela pode ser utilizada nos equipa- técnica reduz bastante a resistência
Figura 7 mentos de tecnologia da informação de aterramento, e mantém o sistema

SABER ELETRÔNICA ESPECIAL NQ11/SETEMBRO/2005 31


ENERGIA
//

Figura 10

equipotencializado, evitando tensões


perigosas em descargas atmosféricas
por loop de corrente.

"Como devo conectar o ponto de


terra no meu quadro de entrada?"
Duas formas são possíveis. A
figura 12 exibe a conexão para o
sistema estrela e para o delta. Notem
Figura 11
que há uma barra para o neutro e
outra para o terra no sistema estrela.
Antes, porém, vamos tratar um O primeiro aspecto da norma é o
pouco sobre o raio.A figura 13 mostra quadro de entrada da energia elétrica.
5 - SISTEMA DE PROTEÇÃO os picos de corrente ao longo do Conforme podemos observar pela
CONTRA DESCARGAS tempo de uma descarga atmosférica figura 14, a cabine de entrada tem
ATMOSFÉRICAS E NBR 5419 típica. Podemos reparar que a ampli- seu terra equipotencializado com o
tude chega à incrível magnitude de quadro de distribuição e pára-raios.
Para considerarmos uma instala- 200.000A. Esse, por sua vez, é equipado com
ção segura além da NBR 5410, temos protetores de surto.
de observar a norma que rege o 10 kAa 200 kA
sistema de proteção contra descargas 10 kAa 100 kA
atmosféricas, também conhecido
Impulsos
como SPDA, a NBR 5419.

800 A

1,2 ps 1 ms Tempo

•. ::; 500 ms ..•.•. 0,25s::;t::;1s ..•.


Figura 13

SPOA
SPOA
480 V a a
13,8 kV
~440 V
c

c Fases
GGElI&d
I I b
c
T T T T
Estrutura

Barra
de terra .T__ T __ T __ T- .T__ T __ T __ T __ T __ T __ T
Malha de terra
Figura 12 Figura 14

32 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL NQ11/SETEMBRO/2005


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ENERGIA

Quanto ao pára-raios, o mais


importante é compreender que sua Tipo de ocupação Fator A Nível de proteção Efícíêncía
instalação não é facultativa. Ela Casas 0,3 I 98%
pode ser obrigatória em função das Casas com antenas externas 0,7 rI 95%
características da região, e é de Fábricas e laboratórios 1,0 111 90%
origem legal. Escritórios, hotéis, apartamentos 1,2 IV 80%
Geralmente, a área a ser protegida Shoppmg, estádios, exposições 1,3
Escolas e hospitais 1,7 Tabela 2
conta com um fator de segurança, ------.---

correspondente a, no mínimo, três Marenal de construção Fator


vezes mais a altura do imóvel (h) Metal revestido. náo metálico 0,2 mais alto o pára-raios, menor o
(figura 15). Concreto cob. não metálico 0,4 ângulo, e, conseqüentemente, tanto
Metal ou concreto cob. metálica 0,8 maior o nível de proteção (figura 16).
Alvenaria O volume sólido da região protegida

_th
1,0
Madeira 1,4 por dois pára-raios pode ser visto na
figura 17.

c.J
Alvenaria ou madeira clcob.metálica 1,7
• Edificação Cobertura de palha 2,0
DÁrea de proteção c;onteúdo Fator
Comum, sem valor 0,3
Figura 15 Sensível a danos 0,8
Subestação, gás, Telecom. 1,0
"Como é possível saber a obri- Museu e monumentos
~ ~
1,3
gatoriedade (ou não) do uso de um
pára-raios?"
Escolas e hospitais 1,7
Níve/IH25°
<30m
<45m
<60m
55°
45°
35° ·.·.
<20m
35°
45°
25°
Através de um cálculo de proba- III I
L.ocalização
II
IV
Fator .'
Rodeado por árvores ou estruturas 0,4
bilidade, denominado "Po", e que é
Semi-isolada 1,0
função de 6 fatores (A,S,C,D,E,e P).
Isolada 2,0
Assim:
Topografía Fator
Po=PxAxBxCxDxE Planície 0,3 Figura 16
Colina 1,0

Onde P = probabilidade de queda Montanha, 300 a 900 m. 1,3

de raios na região, e pode ser obtido Montanha acima de 900 m. 1,7

em qualquer órgão da região (SIVAM, Fatores A,B,C,D,E de atração de raios.


ISGE, entre outros).
Os fatores A,S,C,D, e E dependem Tabela 1

da ocupação da região. A tabela 1


mostra os respectivos valores para údo. Ex: Museus, escolas, ginásios
cada situação. esportivos, estádios de futebol, entre
Se Po < 0,00001 o pára-raios é outros.
desnecessário. Se Po for maior que o Nível 11I - Destinado às estrutu-

esse valor, deve ser instalado um ras de uso comum, como residências, Figura 17
sistema de pára- raio. escritórios, fábricas sem risco de
A NSR 5419 relaciona 4 níveis explosão. O tipo de pára-raios considerado é
o Nível IV - Destinados às estru- o eletromagnético, também conhecido
de proteção relacionados com as
estruturas como relacionado abaixo: turas construídas de material não como pára-raios de Franklin. Suas
o Nível 1- Destinado às estruturas inflamável, com pouco acesso de principais partes são:
nas quais uma falha do sistema de pessoas. Ex: depósitos em concreto, - Captor
proteção pode causar danos às estru- e com conteúdo não inflamável, esto- - Espaçadores
turas vizinhas ou ao meio ambiente. que de produtos agrícolas, etc. - Cabo de descida
Ex: depósitos de explosivos, materiais - Conector
sujeitos à explosão, material tóxico A eficiência de cada nível de - Tubo de proteção
ao meio ambiente, etc. proteção pode ser vista na tabela 2. - Hastes de aterramento
o Nível 11- Destinado às estruturas Conforme podemos observar na
cujos danos em caso de falha serão "Como vou saber a área prote- figura 18.
elevados ou haverá destruição de gida efetivamente pelo SPDA ?" - Sistema de Captores - Recebe
bens insubstituíveis el ou de valor Através do ângulo formado pela os raios, reduzindo ao mínimo a
histórico, mas em qualquer caso se linha vertical da altura do pára-raios probabilidade da estrutura receber
restringirão à estrutura e seu conte- e o círculo projetado no solo. Quanto diretamente o raio. Deve ter capaci-

34 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


ENERGIA

- Sistema de Descida - Conduz de proteção de qualquer norma ligada


a corrente de descarga do raio rece- às instalações elétricas teremos:
Captor bido pelo captor até o sistema de 1 ° lugar - Proteger os seres
aterramento, reduzindo ao máximo a vivos;
-+ Espaçadores
incidência de descargas laterais e de 2° lugar - Proteger o patrimônio
campos eletromagnéticos no interior (incêndios, explosões, etc.);
Prédio
(t) do volume protegido. Deve ainda ter 3° lugar - Proteger a instalação
-o
'u
Ul
a capacidade térmica e mecânica elétrica e mecânica.
Q)
-o suficiente para suportar o calor gerado Último lugar - Proteger os dispo-
Q)
-o pela passagem da corrente, e boa sitivos ligados na rede elétrica.
o
..Q
(t)
suportabilidade à corrosão .
Conector·
Ü - Sistema de Aterramento - Dis- Isso significa que o bom produto
Tubo de proteção
persa no solo a corrente recebida tem proteções internas que possam
(tip diam 4" x 2m)
pelos captores e conduzidas pelos garantir a integridade dos circuitos.
Solo
condutores até o solo, reduzindo Um sistema só é confiável se
Aterramento ao mínimo o risco de ocorrência estiver de acordo com as normas
de tensões de passo e de toque. técnicas das instalações (NBR 5410,
Figura 17 Deve resistir ao calor gerado e ao NBR 5419, entre outras), bem como
ataque corrosivo dos diversos tipos ser concebido através das boas
dade térmica e mecânica suficiente de solos. práticas de construção.
para suportar o calor gerado no ponto Enviem suas críticas e sugestões
de impacto, bem como os esforços sobre esta matéria para nossa Reda-
eletromecânicos resultantes. Além 6 - CONClUSÃO ção, destacando, se possível, se
disso o ataque por poluentes deve ela agregou (ou não) valor às suas
ser levado em conta na hora de seu Se colocarmos em ordem decres- atividades. Sua opinião é muito impor-
dimensionamento; cente de importância os parâmetros tante.
REPORTAGEM

o Futur esta na
Viviane Bulbow

A capacidade humana de viabilidade prática da produção de


manipular matérias até os limi- dispositivos em escala".
tes do átomo e criar novos mate- "A eletrônica não será mais vista
riais abre novas e promissoras da mesma forma. Nos acostuma-
perspectivas ao mundo. A criação mos com a eletrônica convencio-
de materiais mais leves e resis- nal, em que tudo se miniaturizava
tentes do que metais e plásti- com a evolução. Era o processo "top-
cos, amplia a possibilidade down", ou "de cima para baixo", que
de produzir equipamentos de levou os computadores, que ocupavam
altíssima tecnologia, além de um andar inteiro de um prédio, à palma
aumentar a capacidade de da mão", ressalta Petrus. "Com a nano-
armazenamento e processamento tecnologia a lógica é outra. Tratam-se
de dados. atravessam de processos inversos.
No ano de 2005 o tema "nanotec- mais uma etapa, Na escala nanométrica (um metro
nologia" ganhou ainda mais força a de integração, onde serão feitas contém um bilhão de nanômetros) as
no Brasil. Aqueles que acreditaram algumas mudanças e poderão surgir propriedades dos materiais não são
na idéia - grupos e redes de pes- novas redes. A fase de integração as mesmas, portanto, as aplicações
quisa, Universidades, empresas, deve incentivar ainda uma aproxima- também são novas. Se olharmos só
entre outros - hoje começam a colher ção entre a área acadêmica e o setor para o efeito da dimensão, simples-
os primeiros resultados. industrial. "No Brasil, hoje, graças a mente por uma partícula estar na
O Brasil não está tão aquém dos este modelo de organização em rede, escala nano (nanopartícula) suas
primeiros países do mundo na área. foi possível utilizar a infra-estrutura propriedades - inclusive a cor -
Em 2001 o Ministério da Ciência e pré-existente nas Universidades e podem ser alteradas, porque sua
Tecnologia mapeou as competências centros de pesquisa", destaca o superfície passa a ser mais impor-
brasileiras e por meio de um edital coordenador de Inovação da rede, tante do que o volume, e os elétrons
do CNPq selecionou quatro redes professor Petrus d'Amorim Santa estão confinados de tal forma que
temáticas complementares, que pas- Cruz Oliveira. a partícula pode ser vista como um
sariam a cobrir as grandes áreas da Dentre as redes, a Renami é átomo artificial.
nanotecnologia. a única que inclui nanotecnologia Para o professor, este é o futuro
Foi assim que surgiu a rede molecular. "Essa é a área mais pro- da tecnologia. Muitos produtos e
Renami de Nanotecnologia Molecular missora da nanotecnologia, por processos já começaram a surgir
e Interfaces, coordenada em Recife e desenvolver dispositivos por pro- e, aos poucos, devem substituir os
com cerca de 20 instituições espalha- cessos chamados "bottom-up" ou convencionais. "Esta é uma enorme
das pelo país. Em seguida, surgiram "de baixo para cima", diz. Nela, os chance para países como o nosso,
outras três redes: Nanobiotecnologia, átomos e moléculas são manipula- que têm uma comunidade científica
Semicondutores e Materiais Nanoes- dos para desempenharem funções de destaque, mas nenhuma competi-
trurados. Todas já passaram pelas específicas e as estruturas "cres- tividade em tecnologia convencional",
fases de estruturação (2001-2003) cem" por processos, incluindo os diz. "Hoje, não é mais necessário
e consolidação (2003-2005). Agora, de "automontagem" para garantir a dizer o que pode ser feito com a

36 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


REPORTAGEM

Nanotecnologia

empresas investindo na área, entre


elas a Kodak (com destaque para os
OLEDs - LEDs orgânicos muito mais
eficientes, econômicos e versáteis);
a Sony; CDT (Cambridge Display
Technology); Sanyo; Pioneer; Moto-
rola; Philips; entre outras.
"Muitas empresas nacionais estão
se interessando pela nanotecnologia,
como a Embraco (compressores para
refrigeração)", cita. Além de novas
empresas como a Eletrocell, para
células a combustível, e a Bluecare,
que também se interessam em novas
aplicações e materiais. Segundo o
professor, a área de fármacos será
nanotecnologia, mas o que já está Toda esta tecnologia também outra revolução: da vetorização de
sendo feito no Brasil com reconheci- está sendo mostrada lá fora. Na fármacos, que se dirigem ao órgão
mento internacional", ressalta. Conferência NanoEurope, realizada doente, até nanoestruturas que dige-
Na eletrônica molecular um moni- recentemente na Suíça, o Brasil rem antígenos reduzindo-os em
tor de TV, por exemplo, pode ser - através da Renami - apresentou o aminoácidos.
"enrolado" e colocado no bolso; o primeiro Dosímetro de UV para con-
jornal passa a ser diariamente atuali- trole de câncer de pele, baseado em
zado por rede sem fio, e memórias eletrônica molecular. Neste mesmo Incentivos
passam a ter capacidade da ordem mês, a rede realizou uma exposição Os incentivos por parte do
de terabytes, podendo conter num na EuroNanoForum 2005, na Escó- Governo são feitos na forma de editais
minúsculo cubo molecular toda a cia, de patentes de nanotecnologia públicos, tanto para Redes quanto
informação acumulada desde a pré- brasileira nas áreas de Saúde e para jovens pesquisadores. Como
história até os nossos dias. Isso a Meio Ambiente - com sistemas para exemplo, recentemente, cerca de 200
custos reduzidos, uma vez que se detecção de poluentes em águas propost?-s foram apresentadas por
utiliza o princípio básico da química potáveis, implantes inteligentes e novos doutores na área de Nanoci-
verde, de "economia do átomo", marcadores luminescentes para aná- ência e Nanotecnologia (N&N). "Os
intrínseco aos processos "bottom-up". lises clínicas, por exemplo. recursos são muito modestos se
De acordo com Petrus, transistores De acordo com o professor Petrus, comparados com os de países que
baseados em nanotubos de carbono "o Brasil não tem tradição em micro- estão antecipando a tendência e
funcionalizados e estruturas envol- eletrônica, mas poderá ter em nano- investindo muito na área", diz.
vendo nanobiotecnologia para ele- tecnologia e, portanto, em eletrônica De acordo com o professor, há
trônica, em breve, serão utilizados molecular". um grande interesse tanto do setor
em produtos finais. No mundo hoje, existem grandes industrial quanto empresarial pela

SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005 37


REPORTAGEM

Como exemplo podemos citar


um material em escala "macro",
inofensivo, como o carbono - que é
biocompatível em escala nano. "Os
Profº Petrus, da Renami: nanotubos de carbono, tão interes-
santes para a área de eletrônica
"A eletrônica pelas suas propriedades elétricas
não será mais excepcionais, podem se tornar
perigosos se chegarem ao cérebro
vista da e induzir conexões indesejáveis
entre neurônios, por exemplo. Mas
mesma forma". isto é válido para qualquer área da
ciência. Até a água pode ser nociva,
quando totalmente pura, alguém
Desvantagens que beber constantemente água
"Não há desvantagens na destilada pode morrer", explica o
Nanotecnologia, mas é neces- professor.
sário ter um controle - como Para ele, devemos criar situ-
em tudo o que é radicalmente ações para viabilizar o uso da
novo", enfatiza. Visto que em nanotecnologia - tão útil para reduzir
escala nano as propriedades o impacto ambiental das tecnologias
são outras, os cuidados convencionais - já que opera nos
também devem ser princípios da química verde. "Se
nanotecnologia. "Provavelmente eles per- outros. não investirmos agora, teremos que
ceberam que esta mudança de tendências comprar essa tecnologia de países
será radical e que quem não investir na que hoje já nos vendem tecnologia
área estará, muito em breve, com seus convencional" .
produtos e processos obsoletos".

Programa ser selecionadas. Os resultados

Nacional devem ser divulgados ainda em


setembro.
A proposta conta com a parti-
Em 2000, o CNPq elaborou o cipação de 115 pesquisadores, sob
Programa Nacional de Nanociências a coordenação geral do Prof. Oscar
e Nanotecnologia (N&N), que contou Malta, da UFPE; a vice-coordenação
inicialmente com o auxílio de 32 do Prof. Henrique Toma, da USP,
pesquisadores. O programa deu sos em Nanoescala com Impacto e a coordenação de inovação do
origem a um "mapa" de cientistas e Aplicações em Meio-Ambiente e Prof. Petrus Santa-Cruz, também da
que já atuavam na área de N&N: Agricultura (7 grupos); Energia (2 UFPE.
99 trabalhavam com Física, 51 com grupos) e, por fim, o da Nanometro- O objetivo geral da Rede é justa-
engenharia, 16 com Química, 14 com logia (1 grupo). mente estabelecer uma cooperação
Biologia e 9 com Farmácia. A partir disso, em fevereiro de efetiva entre grupos de pesquisa no
A intenção era traçar um plano 2002 foram criadas as quatro redes: Brasil que dominam o conhecimento
de ação para definir os rumos da tec- Nanobiotecnologia, Nanotecnologia de técnicas complementares, experi-
nologia no país. Foi realizada, então, Molecular e lnterfaces, Semiconduto- mentais e teóricas, formando recursos
uma divisão pof áreas que deveriam res e Materiais Nanoestrurados. humanos altamente qualificados para
ser consideradas prioritárias, o que O projeto para início da etapa 111 a investigação e preparação de mate-
resultou em seis segmentos: o pri- da Renami foi um dos 17 seleciona- riais avançados, além de dar apoio
meiro composto por Nanodispositivos, dos na fase I do Edital MCT/CNPq a empresas de base tecnológica,
Nano-sensores e Nanoeletrônica (25 29/2005. Ainda dentro da fase 11, por meio de oferta de pessoal de alto
grupos); Materiais Nanoestruturados que já teve encerrada a data limite nível, consultoria, projetos de pes-
(39 grupos); Nanobiotecnologia e para apresentação das propostas, quisa e desenvolvimento em parceria
Nanoquímica (15 grupos); Proces- no máximo 10 das 17 redes devem e transferência de tecnologia.
REPORTAGEM

Alta tecnologia
no laboratório
o Laboratório de Nanodispositivos
Fotônicos, unidade LANDfoton/DQF-
UFPE completa 10 anos neste mês de
setembro. Atualmente ele conta com
a empresa incubada Ponto Quântico
Nanodispositivos, instalada na incu-
badora Positiva da UFPE. O objetivo
da empresa é chegar a produtos
finais a partir de pesquisas em N&N,
com foco na formação de recursos
humanos no próprio laboratório.
"Quando uma tese chega a um
ponto em que há potencial aplicação,
o produto final passa a ser desenvol-
vido na Ponto Quântico, que funciona
como uma "empresa-vitrine", onde
uma planta piloto de produção é
montada para mostrar a viabilidade
de produção de um nanoproduto
- tanto para licenciamento como
para produção em escala por outras
empresas", ressalta o professor
Petrus.
Somente em 2004, foram deposi-
tadas no LANDfoton seis patentes,
algumas estão em fase de licencia-
mento - como a do Nanodosímetro
Molecular para Dosimetria Pessoal
de UV, podendo ser utilizado por tra- para análise de superfícies em geral, de recursos humanos - também des-
balhadores como EPI (Equipamento e o Microscópio de Tunelamento centralizada", enfatiza.
de Proteção Individual). A empresa (STM) - para amostras condutoras ou
Bluecare, do grupo Balaska, estará semicondutoras. "São equipamentos
provavelmente produzindo este nano- compatíveis com os custos de outros
EPI. utilizados para pesquisa científica. Nanotecnologia
Segundo ele, o LANDfoton/DQF- Alguns são destinados também para também dentro
UFPE foi o primeiro laboratório a a indústria", diz.
transmitir desde 2001 via câmera IP No Laboratório de Nanodispositi-
do Programa
on-line e, durante 24 horas por dia, vos Fotônicos existem dois micros- Institutos do Milênio
o que se passa nos experimentos. cópios de força atômica e um de
"Hoje, câmeras IP Wi-Fi permitem tunelamento. Outros equipamentos Uma outra vertente que abriu
mobilidade e conexão com som, para manipulação da matéria em espaço para a nanotecnologia está
através de associação das câmeras escala atômica são realmente caros, dentro do Programa de Apoio ao
ao VoIP", conta. O foco principal do principalmente pelo ambiente exigido Desenvolvimento Científico e Tecno-
laboratório está em nanodispositivos com controle de limpeza dos labora- lógico (PADCT), criado pelo governo
fotônicos para as áreas de Saúde e tórios. brasileiro em 1984, para complemen-
Meio Ambiente. "O aproveitamento da infra-estru- tar a política de fomento à Ciência
tura pré-existente em laboratórios e Tecnologia.
de instituições de ensino superior Dentro do PADCT 111, estão os
Equipamentos e pesquisa é a solução mais lógica Institutos do Milênio, programas do
Entre os principais equipamentos e viável para a nossa realidade. Ministério da Ciência e Tecnologia
utilizados para ver e manipular a Aproveitando ao mesmo tempo, as cujo objetivo é patrocinar pesquisas
matéria em escala atômica estão o competências locais, que são indis- científicas de excelência em áreas
microscópio de força atômica (AFM) - pensáveis na área, além da formação estratégicas para o desenvolvimento

SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005 39


REPORTAGEM

do país. Eles integram grupos de


pesquisa em redes, potencializam a
base nacional instalada de laborató-
rios e favorecem a integração com
centros internacionais de pesquisa.
Dentre as redes, baseado sob o
tema nanotecnologia, há o Instituto
10- Instituto de Nanociências, que
congrega 66 pesquisadores de
várias especialidades e de 21
instituições brasileiras. Esta rede
investiga vários sistemas nano-
estruturados, reconhecidos como
prioritários para o desenvolvimento
tecnológico em microeletrônica,
optoeletrônica, fotônica, telecomuni-
cações e bioengenharia. Iizem tecnologias como
Ainda em nanotecnologia existe a concepção, projeto,
o Instituto 15 - Rede de Pesquisa fabricação e teste de
em Sistema em Chip, Micro-sistemas centro de nanotecnologia circuitos integrados;
e Nanoeletrônica, que tem como baseado em tecnologia de de sistemas embar-
proposta de pesquisa integrar Sistemas Integrados: eletrô- cados, integrando;
os grupos da área de microele- nica e MEMS (Micro-Electro- concepção de micro-
trônica existentes nas Universi- Mechanical Systems), o que sistemas, nanosistemas e de dis-
dades e as empresas ligadas foi totalmente abandonado", positivos eletrônicos e optoeletrôni-
ao setor. lembra o professor, que também cos discretos; hardwares e compo-
Esta rede é formada hoje por participa do Departamento de . nentes de software embarcados
10 grupos e sete universidades, Semicondutores, Instrumentos e em chip; além do desenvolvimento
além da Embrapa de São Carlos, e Fotônica (DSIF), um dos onze depar- de arquiteturas e sistemas de har-
trabalha com uma linha de pesquisa tamentos da Faculdade de Engenha- dware dedicados em FPGAs e cir-
direcionada a Dispositivos Semicon- ria Elétrica e de Computação da cuitos integrados para aplicações
dutores, Novos Materiais, Projeto Unicamp. específicas.
de Circuitos Integrados, Tecnologia Em julho, a Finep aprovou nove
de Microeletrônica e Fotônica e já propostas. No total, estes projetos
desenvolveu pesquisas como proces- Projetos de Micro e Nanoeletrônica receberão cerca de R$ 8 milhões
sos de litografia por feixe de elétrons receberão apoio da Finep provenientes do FNDCT (Fundo
e corrosão por plasma; processos de Em janeiro deste ano, a Finep Nacional de Desenvolvimento Cien-
obtenção de nanotubos de carbono; (vinculada ao Ministério da Ciências tífico e Tecnológico), sendo que o
dielétricos ultra-finos (1,5 nm); pro- e Tecnologia) lançou uma Seleção valor máximo de recursos para apoio
jetos de circuitos com transistores Pública de Propostas para Apoio a cada projeto fica limitado a R$ 700
mono-elétron; sensores; entre outros. Financeiro a Projetos em Micro e mil. Do montante de R$ 8 milhõ'es,
De acordo com o Professor Dr. Jaco- Nanoeletrônica. O objetivo da Cha- cerca de R$ 4 milhões devem ser
bus Willibrordus Swart, coordenador mada Pública foi selecionar propostas desembolsados ainda em 2005 e o
da rede, um outro projeto foi subme- para concessão de apoio financeiro restante em 2006.
tido ao novo editallnstitutos de Milênio a projetos de Micro e Nanoeletrônica, Entre os critérios de avaliação
(que deve ser publicado no início do de acordo com o interesse da indús- das propostas enviadas à Finep
próximo ano), propondo a ampliação tria no Brasil.
estavam: o impacto sócio-econômico
do número de instituições. "É ele Outro objetivo era incentivar novas e potencial exportador; a viabilidade
que vai permitir que consigamos dar aplicações em dispositivos eletrôni- de introdução do produto no mercado;
continuidade aos trabalhos com a cos e a capacitação tecnológica da o grau de relevância do mercado
ampliação dos grupos", ressalta. "No indústria de hardware para as tecno- do produto final beneficiado pelo
Brasil, falta foco, objetividade e ações logias de informação, comunicação, desenvolvimento da proposta; a qua-
quando a assunto é nanotecnologia. eletroeletrônica, automação entre lificação, experiência e adequação da
No início do governo atual (2003), outras. equipe executora às necessidades e
foi proposto no Plano Pluri Anual Com a Chamada Pública, o MCT grau de complexidade da proposta;
(PPA) um plano de ação em temas busca estimular empresas brasileiras e o montante de contrapartida finan-
específicos e a criação de um novo para execução de projetos que foca- ceira e de outros aportes do projeto.

40 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

MOVITOOLS
o MOVITOOLS® 4.20 é uma fer- DC Iink, etc.) que auxiliam na moni- gada a se baseia na estrutura em
ramenta de software amigável para toração do comportamento do acio- diagrama de blocos de função.
acesso às séries de conversores de namento.
freqüência SEW-EURODRIVE. Módulos Aplicativos
Composto por um pacote de soft- IPOSPlus Compiler Ambiente para o desenvolvimento
wares para configuração, programa- Dedicado a programação dos automático de rotinas em IPOSPlus
ção e diagnóstico de conversores conversores de freqüência SEW- para aplicações específicas.
de freqüência SEW-EURODRIVE, o EURODRIVE que possuam inter-
MOVITOOLS pode ser configurado namente o sistema de controle de CAM Editor
para os seguintes conversores: posicionamento e controle seqüencial Ambiente para o desenvolvimento
- A linha MOVIDRIVE MDX IPOSPlus.A linguagem de programa- de curvas e rotinas em IPOSPluspara a
60/618; ção utilizada se baseia na estrutura operação na função CAME eletrônico.
- A linha MOVIDRIVE MD_60A; da linguagem C.
- A linha MOVIDRIVE compact E-SYNC
MC_40/41/42A; IPOSPlus Assembler Ambiente para o desenvolvimento
- A linha MOVITRAC 07. Dedicado a programação dos de curvas e rotinas em IPOSPluspara
conversores de freqüência SEW- a operação na função interna de
o MOVITOOLS versão 4.20 pode EURODRIVE que possuam inter- sincronismo eletrônico.
ser executado nos ambientes Win- namente o sistema de controle de
dows 95, Windows 98, Windows NT, posicionamento e controle seqüencial Bus Monitor
Windows 2000 e Windows XP. Além IPOSPlus.A linguagem de programa- . Programa para monitoração e
de ser uma ferramenta disponível ção usada da se baseia na estrutura operação de conversores de freqüên-
gratuitamente, é de fácil e rápido da linguagem assembler. cia em redes de comunicação field-
manuseio. bus.
O software MOVITOOLS 4.20 é LOGODrive
capaz de se comunicar com os equi- Dedicado a programação con- AppBuilder
pamentos SEW-EURODRIVE através versores de freqüência SEW-EURO- Ambiente para o desenvolvimento
das interfaces de comunicação RS- DRIVE que possuam internamente de programas para computador em
232/RS-485 , Profibus, Interbus, CAN o sistema de controle de posiciona- linguagem voltada para objeto para a
ou Ethernet. mento e controle seqüenciallPOPlus. comunicação serial com os converso-
O ambiente de trabalho do MOVI- A linguagem de programação empre- res de freqüência SEW-EURODRIVE.
TOOLS é composto pelos seguintes
programas principais:

SHELL - ':. ~tMK8 ••••••


.L"o..~v~
Programa dedicado para a colo- .- 'ii:J
!>
StUorl#iIIIOOI!'lft
"z.Cortr~~-"ft ••
·iI',MtXO!"~
cação e parametrização dos con- .1i 11 .• '..dllf~wr.Jh
7''ils,~~lho
versores de freqüência SEW-EURO- ~1II4..10:0__,,*,~ 60. 6.Z1 liMlcy O'U!:pllt. 000l rtr.llJ1.T
·.' .• COr(,C4f~

DRIVE. Através dele também é pos- t1la..lht.f~ 60 ue


'"
hMr-y O\It.pUt DOClO l'pJ.YJ P"1t.tAstl:.

sível salvar todos os dados armaze- 11I-


'PjI?lP05Dar4nltltf
""

nados no conversor de freqüência


em forma de arquivo eletrônico para
computador.

SCOPE
Programa através do qual é pos-
sível traçar gráficos em tempo real
das principais características opera-
cionais de acionamen tos ligados a
conversores de freqüência (corrente,
rotação, freqüência, torque, tensão

SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005 41


DESENVOLVIMENTO

GERADOR DE
00 [UJ[ rnJ[m [B5 00& ~ [g [OJ
o ruído branco pode ser usado como sinal de teste para diversos tipos
de equipamentos. Sistemas de telecomunicações, equipamentos de áudio
e linhas de transmissão podem ser testados usando-se esse tipo de sinal.
Neste artigo ensinamos como montar um simples gerador de ruído branco
utilizando um diodo como fonte geradora.
Newton C. Braga

o ruído branco caracteriza-se por


ter uma intensidade média constante +9 a 15 V
ao longo de seu espectro. Em outras C2
palavras, os sinais se distribuem 100 nF
aleatoriamente no espectro, com
intensidade constante. 1---0 Saida

Podemos gerar ruído branco apro-


veitando o ruído térmico da junção
de um diodo comum polarizado no
sentido inverso. É justamente esse o
princípio de funcionamento do circuito
mostrado na figura 1.
Dentre as aplicações possíveis, Figura 1
está o teste de equipamentos de
telecomunicações, equipamentos
de áudio e mesmo em laboratórios

I
de Psicologia Experimental onde o R3
relaxamento pode ser obtido com sua
amplificação e reprodução. ~ D1 R1
O circuito deve ser alimentado Q ~ -+9V
ij -Saída

~-i
com uma tensão contínua muito 01
bem filtrada na faixa de 9 a 15 V.
Uma bateria de 9 V é uma solução à g 002

•....•.
mais apropriada, pois permite que o
aparelho seja totalmente portátil.
Para reprodução em um alto- , P1~ ~R2 ~R4_0V
'-
falante, ou obtenção do sinal com
maior intensidade, um amplificador
externo deve ser utilizado. Figura 2
P1 ajusta o nível de ruído e transis-
tores equivalentes ao BC548 podem Lista de Materias
ser empregados. O diodo pode ser
de qualquer tipo de uso geral de 01 - BC548 ou equivalente - transistor P1 - 2,2 M Q - trimpot
silício. NPN de uso geral C1 - 4,7 nF - capacitar cerâmica ou
D1 - 1N4148 ou qualquer outro diodo poliéster
Na figura 2 temos uma sugestão
R1 - 470 k Q x 1/8 W - resistor- C2 - 100 nF - capacitar cerâmica ou
de placa de circuito impresso para a poliéster
amarelo, violeta, amarelo
realização da montagem.
R2 - 100 k Q x 1/8 W - resistor -
Observamos que o cabo de saída marrom, preto, amarelo Diversos: placa de circuito impresso,
para o amplificador deve ser blindado R3 - 4,7 k Q x 1/8 W - resistor- caixa para montagem, fonte de alimen-
para que o ronco da rede de energia amarelo, violeta, vermelho tação, fios, solda, etc.
de 60 Hz não se sobreponha ao ruído R4 - 220 Q x 1/8 W - resistor - verme-
branco gerado. lho, vermelho, marrom

42 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


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INSTRUMENTAÇÁO

CONHEÇA AS
PONTES
As pontes de medida consistem em um recurso importante com que o
profissional de Eletrônica conta para a determinação de diversas grandezas no
laboratório ou bancada de desenvolvimento de projetos. Embora possamos
dispor de instrumentos precisos para as medidas de resistências, indutâncias,
capacitâncias e freqüências, existem casos onde as propriedades das pontes
de medidas as tornam mais apropriadas para um trabalho. Neste artigo
abordaremos algumas das principais pontes de medida.
Newton C. Braga

A maioria dos nossos leitores


conhece a ponte de Wheatstone,
usada na medida de resistências e
que serve de ponto de partida para
muitos estudos de laboratório de
Instrumentação.
Fonte de
sinal ou
Ponte h;..J
Detectar
de nulo -
':'v
+

No entanto, para esta mesma tensão


maioria, há muitas outras pontes
que são desconhecidas, mas cuja
Componente em teste
importância não é menor do que a da Rx
própria Ponte de Wheatstone.
É dessas outras pontes de medida Figura 1 Figura 2
que vamos tratar neste artigo.
variável de uma escala de tal forma A resistência Ro é fixa e tem um
que nos permita determinar o valor do valor que deve ser aproximadamente
o QUE É UMA PONTE? componente desconhecido, quando igual ao valor da resistência que se
for alcançado o equilíbrio. espera medir (Rx).
Uma ponte nada mais é do que Conforme os componentes usados As resistências R2 e R4 são con-
um circuito de medida que faz uso e o tipo de grandeza que vai ser jugadas, ou seja variam ao mesmo
de uma fonte de sinal (ou de tensão medida, as pontes recebem diversas tempo por um eixo único.
contínua) e um detecto r de nulo denominações que passaremos Nestas condições, o nulo da ponte
que pode ser um fone de ouvido, agora a analisar. será obtido quando as resistências
um indicador de bobina móvel ou do circuito satisfizerem a seguinte
qualquer outro conforme o tipo de igualdade:
aplicação exigida, como visto na PONTE DE THOMSON Rx = Ro (R4/R3)
figura 1.
Quando os componentes desta Esta é uma ponte muito inte- A principal vantagem no uso deste
ponte apresentam uma determinada ressante destinada à medida de tipo de ponte é que a influência da
relação de valores, não há sinal ou resistências muito baixas, menores resistência dos fios que fazem a
não circula corrente pelo detector de do que 1 ohm. Esta ponte recebe ligação a Rx pode ser eliminada, o
nulo. Diz-se, nestas condições, que a o nome de seu descobridor que a que é importante quando são medidas
ponte se encontra em equilíbrio. desenvolveu em 1862, tendo o circuito resistências muito baixas.
Se tivermos um componente de básico mostrado na figura 2.
valor desconhecido, e também um As resistências do circuito devem
componente variável que compense manter inicialmente as seguintes PONTE DE SAUTV
seu valor, poderemos sempre obter relações de valores:
o equilíbrio da ponte ajustando o A Ponte de Sauty tem seu circuito
componente variável. Isso significa R1 = R3 ilustrado na figura 3 e serve para a
que podemos dotar o componente R2 = R4 medida de capacitâncias.

44 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


= .?J~?S18Ut:t~NIAÇAO ,?~
~ ..~.~.p,.~~.~.:m.~.;.~.>
..~ ..~ ....
~.~.~.~

Cx = C1 (R1/R2)
Rx = R1 (C2/C1)

C1 ca
Onde Cx é a capacitância do
(Xc) capacito r em teste e Rx a resistência
de fuga.
J5~ R1{
C2
(Xo)
R2{ PONTE DE WIEN

Figura 3 Uma característica importante


das pontes que vimos até agora é
o que se faz nesta ponte é trocar que o seu equilíbrio independe da
um dos resistores da ponte de Whe- Figura 4 freqüência do sinal de entrada.
atstone por um capacitor e, além Para a medida de sinais de áudio,
disso, aplica-se na alimentação um gam elementos como uma fonte de uma ponte interessante que na ver-
sinal de freqüência de acordo com os polarização contínua para este com- dade foi a que deu origem à ponte
capacitores a serem medidos. Desta ponente, indutâncias e capacitân- de Schering, é a chamada ponte de
forma, as reatâncias capacitivas cias com a finalidade de filtrar corren- Wien, apresentada na figura 6.
do capacito r a ser medido e de um tes contínuas e sinais usados nos Esta ponte equilibra-se quando
capacitor de referência são as usadas testes. um capacitor Cx adquire um valor
no equilíbrio da ponte. tal que:
Chamando-se de Xc a reatância Cx = 1/(R1.R2.C1.ro)
do capacito r a ser medido e de Xo a PONTE DE SCHERING Onde: ro = 2 . n. f, sendo f a freqü-
, reatância do capacitor de referência, ência do sinal.
, o equilíbrio da ponte será conseguido Na figura 5 temos o diagrama Se o capacitor utilizado é variável,
quando a seguinte relação de valores básico de uma Ponte de Schering, previamente ajustado em função dos
entre todos os elementos da ponte que é usada na medida de capaci- demais elementos, pode-se determi-
for satisfeita: tâncias com excelente precisão. nar a freqüência do sinal.
R1/R2 = Xc/Xo Uma característica desta ponte Fazendo-se com que:
é que ela possibilita a medida de R3 = 2.R4
Trabalhando-se com um fone de capacitores mesmo que apresentem C1 = C2
ouvido de alta impedância e com fugas, pois ela pode ser equilibrada
sinais na faixa de 1 kHz a 5 kHz, a em função da resistência paralela O equilíbrio da ponte será obtido
detecção de nulo será feita no ponto ao capacitor. quando:
em que o som desaparecer. A fonte de sinal dependerá dos f = 1/(2.n.Cx.R2)
Para capacitâncias muito peque- valores a serem medidos, bem como
nas podem-se usar sinais de freqü- o detector de nulo. Veja o leitor que esta configuração
ências mais altas e como detector de Para capacitores comuns na faixa é a mesma utilizada nos denominados
nulo um osciloscópio. de 1 nF a 1 I-lF pode-se usar um osciladores por ponte de Wien, cujo
Um problema que pode ocorrer gerador de sinais de 1 kHz e um circuito básico do elo de realimenta-
neste tipo de ponte vem do fato de fone de ouvido como elementos da ção que determina a freqüência é
o capacitor medido não apresentar ponte. mostrado na figura 7.
uma capacitância pura. Lembramos O equilíbrio desta ponte ocorre
que um capacitor real tem uma certa quando as seguintes relações entre
resistência parasita em série a ser os componentes forem satisfeitas:
considerada.
Um resistor variável pode ser
agregado em série com o capacito r
de referência para compensar esta
resistência parasita. Nesse caso, o C1 '"
equilíbrio (ao ser conseguido), leva
tanto à determinação da capacitância
'" C1

Cx como à resistência parasita ligada


em série, conforme exibe a figura 4.
Variações da ponte de Sauty exis-
tem para a medição de capacitores
eletrolíticos, caso em que se agre- Figura 5 Figura 6

SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005 45


INSTRUMENTAÇÃO 7
Vcc

R1
R1 C3

~
Rx
~ Rv

Lx

Lx = Rv· R 1 . Cp
Figura 7 Figura 9
C
Rx=L.R1
Cv
PONTE DE MAXWELL ôhmica do enrolamento da bobina que
se soma à sua indutância. Lembramos
Esta ponte, cujo diagrama básico que a bobina equivale, em seu circuito Figura 11
é visto na figura 8, é utilizada para a real, a uma indutância ligada em série
medida de indutâncias. com uma resistência. librar com sua reatância, a reatância
A idéia básica é fazer a compa- Veja que o equilíbrio desta ponte apresentada por um indutor, que está
ração de uma indutância com uma sendo medido.
é feito por meio de dois ajustes e um
capacitância, com base em suas ponto importante é que, através da O equilibrio desta ponte será
reatâncias, isso porque é mais difícil medição tanto da indutância quanto conseguido quando a relação de
obter-se um padrão de indutâncias do da resistência associada, pode-se ter valores de componentes mostrada
que de capacitâncias. Assim, quando uma idéia também de seu fator de em seu diagrama for alcançada.
esta ponte está em equilíbrio temos a qualidade (fator Q).
relação dada no próprio diagrama.
O equilíbrio acontece quando as PONTE DE OWEN
reatâncias (da bobina e do capacitor PONTE DE HAV
de referência) adquirem valores que Na figura 11 temos o diagrama
mantêm uma proporção que depende Esta ponte, cujo diagrama básico básico de uma ponte de Owen, que é
dos valores dos resistores dos outros é exibido na figura 10, também se destinada à medição de indutâncias.
braços. destina à medida de indutâncias. Esta ponte tem por característica
A freqüência do sinal usado O princípio de funcionamento importante o fato de seu funciona-
dependerá da ordem de grandeza da é o mesmo da ponte de Maxwell, mento não depender da freqüência
indutância que se pretenda medir. utilizando-se um capacitor para equi- do sinal.
Um aperfeiçoamento desta ponte Junto ao diagrama vemos a rela-
é apresentado na figura 9 onde se ção de valores de componentes que
acrescenta ao circuito também um deve ser satisfeita para que ela fique
resistor variável. em equilíbrio.
Este componente é necessário
para se equilibrar a ponte, levando-se
R2 CONCLUSÃO
em conta também a resistência

As pontes são de grande impor-


'V tância nos laboratórios de medidas
Lx eletrônicas. Neste artigo demos uma
pequena noção sobre seus tipos e
utilidades. No entanto, os circuitos
Rx indicados, quando levados a equi-
pamentos profissionais podem rece-
ber recursos adicionais importantes
Lx = R1 . R2· cp como, por exemplo, controles de
sensibilidade, seleção de faixas de
Lx = R1 . R2 . cp Rx = Rv· R1 .R2 (WCp)
valores medidos, além de detectores
de nulo com diversos níveis de sen-
Figura 8
Figura 10 sibilidade e outros.

46 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


Para iniciar a multimídia, simplesmente coloque o
CD no drive, espere um pouco e a tela principal
surgirá automaticamente. Como este recurso não
é apresentado por todos os drives de CD-ROM,
caso não aconteça nada, siga as seguintes instru-
ções:
- Clique no botão Start (Iniciar) e então selecione
a opção Run (Executar);
- Surgirá uma caixa de diálogo, a seguir, digite
D:\saber11.exe (o D representa a letra do seu
drive de CD-ROM);
- Aperte a tecla Enter. Depois de alguns segun-
dos, aparecerá no monitor do seu computador a
tela principal da multimídia.

Multisim 8
Após a instalação e o preenchimento de um
formulário, o programa deve
se conectar à Internet para o
envio dos dados e para baixar Multisim 8 Inglês para Eletrônica, Artigos completos e Mini-curso
de Linguagem C para eletrônica
e instalar os upgrades. A partir
da data de instalação, o usu- ""-.7NATIONAL Todos os arquivos estão no formato PDF (Portable Docu-
ário terá 45 dias para a utili- "'NSTRUMENTS ment Format), e para isso é preciso ter instalado no compu-
zar normalmente o programa, tador o Acrobat Reader. Caso o leitor não o tenha instalado,
após esta data, o programa se restringe a utilização para o CD que acompanha este revista possui uma versão. Para
esquemas e layout, utilização de 50 componentes ou 750 instalar, basta clicar no botão que se encontra no rodapé da
pinos e apenas dois layers. multimídia com o logotipo da Adobe PDF.

lAR Development Suite for Códigos-Fonte


Development Suite A utilização dos Códigos-Fonte necessita de um bom conhe-
Microchip dsPIC para Mlcrochip dsPIC
Ambos os programas têm limi- cimento por parte do leitor, que poderá acessar os códigos
tação de utilização para 30 @)IAR diretamente na pasta download que está no CD, porém é
dias. O lAR Embedded Work- SYSTEMS possível visualizar alguns códigos através da multimídia.
bench for dsPIC requer o uso
de uma licença para uso, para isso é necessário fazer um ~ARENlS
cadastro, que pode ser acessado através da própria multimí-
dia. O lAR visualSTATE for dsPIC não requer licença, mas Thank you for registering.

trata-se apenas de uma versão de demonstração. Oe"lf User.

T11<lnk YOll for registerill!J YOIII- EWdsPIC eVflhliltion l>roduct.


MoviTools e Quickll Please use the followillU Iicensillg lIumher nnd keyto install
YO\lr EWdsPIC softw;are:
Ambos os programas não pos- MoviTools 4.20 Ucetlse liumher: 9999-999-999-9999
suem restrições, porém o seu
SEW
OUickSla'tkey: 9999999999999995
funcionamento se dá em con-
junto com os respectivos equipa- EURODRIVE
mentos externos, mas o leitor Ifyou have any problem please email support@iar.com
poderá ver como é a progra- Quickll for Smart
mação e comunicação destes
programas. METALTE~ Página de registro da lAR
NUV rlJ1\U~;;J
TEC_NOLÓGIÇAS

mrm®illM~
As dimensões dos componentes integrados num chip estão
se tornando cada vez menores. Com a aproximação dessas
dimensões dos comprimentos de onda da luz infravermelha ou
mesmo visível, essas radiações podem ser tratadas de uma forma
diferenciada: irradiadas e recebidas por antenas exatamente como
as ondas eletromagnéticas de maior comprimento (usadas em
telecomunicações). Essa possibilidade abre campos inteiramente
novos para a opto-eletrônica.
Newton C. Braga

o reduzido comprimento de onda como antenas, focalizando a radiação comum. Uma aplicação interessante
das radiações infravermelha, visível emitida sem a necessidade de lentes. disso é na microscopia convencional.
ou mesmo ultravioleta impede que Essas antenas funcionam exata- Uma lente comum não consegue
elas recebam o mesmo tratamento mente como uma antena convencio- focalizar um objeto que seja muito
dado às ondas eletromagnéticas nal de rádio, concentrando sinais com menor do que o comprimento da luz
de maior comprimento usadas em a obtenção de um ganho em deter- usada. Por exemplo, para a luz visível
telecomunicações. minada direção. A grande diferença de 400 nanômetros a 800 nanôme-
Essas ondas são tratadas com é que elas podem trabalhar com luz tros, o menor objeto focalizado tem
"recursos ópticos" diferentes, os infravermelha e visível, consistindo 200 nanômetros. Com as nanoante-
quais incluem as lentes, espelhos e portanto num meio ideal de se fazer nas isso muda, pois sua resolução
refletores parabólicos. No entanto, a o interfaceamento entre dispositivos chega a permitir que objetos menores
nanotecnologia, conseguindo levar ópticos e eletrônicos. do que 5 nanômetros sejam resolvi-
os dispositivos integrados em um Os dispositivos desenvolvidos por dos.
chip às mesmas dimensões das cientistas da Universidade de Basel, Anteriormente, para a observação
ondas luminosas, abre a possibilidade na Suiça, consistem em tiras de de objetos dessas dimensões era
dessas ondas serem tratadas da ouro de apenas 45 nanômetros de necessário usar radiações de menor
mesma forma que as ondas de maior largura e de 200 a 400 nanômetros comprimento de onda, como o caso
comprimento. de comprimento, tendo entre elas do microscópio eletrônico ou de raios
Integrando antenas que tenham espaços de 20 nanômetros. X, veja a figura 3. Nessa foto damos
a mesma ordem de grandeza das Essas antenas, conforme ilustra uma idéia da complexidade de um
ondas luminosas é possível fazer sua a figura 2, fazem com que a luz seja microscópio eletrônico, que tem
emissão (ou recepção) de forma efi- irradiada pela parte central sendo que um custo muito elevado. Com as
ciente, com a concentração da ener- as partes extremas da antena atuam nanoantenas, microscópios ópticos
gia na direção desejada e também como elementos focalizadores. simples teriam a mesma capacidade
com a sua polarização, sem a neces- A grande vantagem dessas ante- de ampliação.
sidade de filtros. nas é a sua resolução, a qual chega a O caráter ondulatório dos elétrons
Conforme mostra a figura 1, é ser 50 vezes melhor do que uma lente emitidos permite a observação de
possível integrar antenas com barras
de ouro de apenas alguns nanômetros
de comprimento, as quais atuam

Feixe de

o
luz irradiado
I [

Barras
I"' [
ÃJ2
~I\
Refletor
Comprimento de onda

Figura 1 Figura 2

48 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


objetos muito pequenos, assim como sitivos focalizados com nanoantenas,
o comprimento de onda dos raios X. aumentando assim em 50 vezes a
Entretanto, essas radiações impedem capacidade de armazenamento da
a observação de amostras vivas, pois mídia, conforme exibe a figura 4.
elas as matam. Tudo isso seria possível sem a
Com a possibilidade de se usar luz necessidade de se trabalhar com
visível para a observação de corpos a emissão de luz de menor compri-
dessas dimensões, um microscópio mento de onda.
óptico comum traz para o campo de Ainda na eletrônica, essas ante-
visão humano até mesmo moléculas nas aumentariam a resolução dos
maiores, como as que correspondem dispositivos empregados na litografia
às proteínas. óptica, possibilitando a fabricação de
Mas, não é apenas na elaboração estururas semicondutoras em chíps
de microscópios e outros dispositivos ainda menores.
ópticos que as nanoantenas encon- Finalmente, chegaríamos ao limite
tram aplicação. com a possibilidade e construir dis-
positivos capazes de emitir um único
fóton.
APLICAÇÕES Esses dispositivos poderiam ser
usados em computadores seguros,
Atuando como receptores sinto- permitindo um processo de criptogra-
nizados (no comprimento de onda fia praticamente indecifrável, uma vez
que devem receber), essas antenas que não dependeria da geração de
podem ser usadas na elaboração de números aleatórios, como fazem os
sensores extremamente sensíveis. sistemas atuais.
Esses sensores poderiam sintoni- Esses números (chaves) podem
zar uma radiação única em uma faixa ser usados para decodificar a men-
extremamente estreita, detectando, sagem. Com emissores capazes
por exemplo, o espectro de emissão de emitir um fóton isoladamente, a
de uma única molécula numa estru- emissão seria totalmente segura,
tura viva. Seria possível elaborar justamente devido a princípio da
um sensor capaz de identificar um mecânica quântica que afirma que
simples vírus pela radiação emitida "um fóton não pode ser observado
ao ser excitado. sem que ele seja alterado".
Na eletrônica, essas nanoantenas Em suma, se alguém tentar obser-
poderiam ser utilizadas na construção var o fóton que transporta o bit de
de LEOs e sensores usados em mensagem ele será alterado, e isso
COs, CO-ROMs e OVOs muito mais será detectado.
eficientes. Não seria preciso usar
comprimentos de ondas menores,
como no caso em que se passa CONCLUSÃO
do infravermelho para o visível (do
CO-ROM para o OVO), de modo a se As nanoantenas representam um
poder trabalhar com pits menores. grande passo em direção à total
Pits até 50 vezes menores do que integração dos dispositivos ópticos
os existentes atualmente poderiam com os dispositivos eletrônicos.
ser detectados com o uso de dispo- Embora ainda seja cedo 'para
prever que dispositivos serão fabri-
cados e aplicados nos próximos
anos usando essa tecnologia, as
possibilidade que analisamos são
fantásticas.
Segundo as previsões teremos
ainda de esperar de 5 a 10 anos para
que essas nanoantenas passem a www.patola.com.br
incorporar algum dispositivo de uso patola@patola.com.br
prático. Fone: (11) 6103-2933
Figura 4

SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005

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COMO FUNCIONA O

ADSL
""JII"

••....
•• pSL ,~:,....

I'~""'"

ASYMMETRIC DIGITAL
SUBSCRIBER LINE

As novas tecnologias de telecomunicações de funcionamento, tecnologia empregada e


visam levar as informações com velocidade aplicações. Nem sempre essas informações são
cada vez maior, uma exigência da Internet. acessíveis ou fáceis de entender, e o leitor que
No entanto, a rapidez com que essas novas precisa estar em dia com o que há de novo se
tecnologias são desenvolvidas faz com que os vê em dificuldades.
leitores da área técnica nem sempre consigam A tecnologia ADSL é um desses casos e, neste
fazer seu acompanhamento, obrigando-os a sair artigo, procuramos explicar aos nossos leitores
em busca de informações sobre seu princípio exatamente o que ela significa.

Newton C. Braga

50 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


A tecnologia comum usada para O ponto principal dessa tecnologia Esta "última milha", na verdade,
as comunicações telefônicas utili- é proporcionar faixa passante mais pode chegar até a 6 quilômetros em
zando sinais analógicos, não é a mais larga para os sinais que possam alguns casos, dependendo da "qua-
apropriada para as necessidades atender às exigências de demanda lidade" das conexões e de algumas
crescentes do transporte de um da Internet. outras condições locais.
volume enorme de informações. Cada Originalmente, a tecnologia ADSL O par trançado que é utilizado
vez mais pessoas estão ligadas à foi criada em 1994 para proporcionar neste caso (ou fio comum) apresenta
Internet e uma velocidade cada vez a possibilidade de se usar as linhas indutâncias e capacitâncias que
maior na transmissão dos dados é telefônicas para jogos interativos, reduzem a banda passante e que
exigida. multímidia e teleconferência. oferecem uma séria dificuldade para
Para que o leitor tenha uma idéia Em 1997, um estudo feito pelo a transmissão de dados de alta
de como são lentas as linhas telefôni- NOP Reserach Group mostrou que velocidade, conforme sugere a
cas comuns, basta dizer que usando mais de 250.000 ingleses compravam figura 1.
um modem de 28,8 kbps precisamos alguma coisa pelo sistema on-line
de 25 minutos para transmitir um em cada mês.
arquivo de 10 megabytes. Este mesmo estudo revelou que
O problema da ocupação das 10% das mais de 4,5 milhões de
linhas telefônicas por longos interva- pessoas na Inglaterra que estariam
los não está apenas na conta que plugadas na Internet eram mulheres,
L
precisamos pagar. As linhas telefôni- e estariam fazendo compras por este
cas são projetadas para manusear sistema. Tudo isso exigia a criação de C
"pacotes" de chamadas de 3 minutos, um sistema mais rápido de transferir
e nos horários de pico os pacotes dados pelas linhas telefônicas.
L
máximos previstos são de 9 minutos. A tecnologia ADSL pode transferir
A ocupação da linha por mais de 10 dados pela linha telefônica em uma
Figura 1
minutos seguidos é algo que traz velocidade perto de 200 vezes maior
problemas inclusive para as empresas do que as linhas comuns, e mais de
de telefonia. 90 vezes mais rapidamente que as De acordo com a figura 2 a faixa
Com a finalidade de adequar as linhas ISDN. passante da maioria das linhas tele-
linhas telefônicas tradicionais de Basicamente, a tecnologia ADSL fônicas não vai além de 4 kHz, o que
modo que elas possam manusear oferece as seguintes vantagens: permite o uso (e sofrível) apenas da
informações transmitindo-as com voz para as comunicações .
muito maior velocidade foi criada a • É mais rápida. Um arquivo de Na verdade, quando o telefone
tecnologia ADSL (Asymmetric Digital 10 Mbps pode ser transferido em foi inventado ninguém poderia imagi-
Subscriber Une) ou Linha de Assi- apenas 10 segundos, empregando nar que ele poderia ser usado para
nante Assimétrica Digital. um modem ADSL. Modems super- transmitir algo mais que não fosse
rápidos ADSL podem transmitir dados a voz.
numa velocidade de 8 megabits por Os modems modernos manu-
o
QUE É segundo. seando a fase, nível dos sinais e
A TECNOLOGIA ADSL? outras características conseguem
• É fácil de instalar. As linhas de milagres, aumentando a capacidade
ADSL é uma tecnologia de pro- pares trançados podem ser usadas de transmissão de uma linha telefô-
cessamento de sinais digitais para para transmissão dos dados ADSL nica para até 56 kbps, sendo este
comutação e roteamento através de não havendo necessidade de novas o limite.
linhas telefônicas com alta velocidade. instalações. A idéia básica do ADSL é usar
uma técnica sofisticada de processa-
• É barata. mento de sinais através de modems

COMO FUNCIONA

Faixa passante
O ponto crítico das insta- de uma
lações telefônicas é a cha- linha telefônica
mada "Iast mile" ou última
comum (p/ a voz)
milha, que corresponde ao
kHz
pedaço de fio que vai da casa 3,5
do assinante até o cabo mais
Modelo fabricado pela SMC
próximo de sinais. Figura 2

SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005 51


velocidade bidirecional (downstream/
Voz upstream) e um canal convencional
de voz.
Disponibilizando os três canais
pode-se simultaneamente, por
exemplo, utilizar o canal de alta
f(Hz)
velocidade para se fazer o download
1.104
k k k k de um filme, o canal de velocidade Por conta isso, a tecnologia ADSL
média para ler ou enviar um e-mail disponibiliza uma velocidade maior
Canal downstream (download)
e o canal de voz para manter uma para o downstream do que para o
Figura 3 - A distribuição dos conversação comum. Veja que a upstream.
canais no ADSL: freqüências mais grande vantagem deste sistema é Assim, para movimentar dados
altas são usadas por um canal preservar o sistema convencional das para a casa do assinante temos uma
"downstream" de alta velocidade;
comunicações de voz, simplesmente velocidade de 8 Mbps, enquanto que
as freqüências mais baixas são
usadas ara a voz. acrescentando novas possibilidades da casa do assinante para a rede a
à mesma linha. velocidade é de apenas 640 kbps, no
especiais que possibilitem a utilização Com a utilização da capacidade máximo.
dos fios comuns telefônicos sem completa do canal pode-se ir além,
precisar de uma faixa passante mais trabalhando-se com quatro canais
larga que a existente, e mesmo assim MPEG de vídeo comprimido sem O SISTEMA NA PRÁTICA
transmitindo uma quantidade muito interrupção nos serviços normais de
maior de dados. telefonia. Na figura 4 temos o modo como
Com a tecnologia ADSL é possível funciona um sistema usando modems
estender a faixa passante para 1 MHz ADSL.
em linhas comuns e, manuseando os ASSIMETRIA Os modems ADSL são ligados
dados dentro desta faixa, conseguir OTIMIZANDO O SISTEMA ao computador, vídeo e também ao
velocidades de até 8 Mbps. Para isso, telefone comum, conectando-o com
a informação dentro da faixa é dividida A assimetria vem do fato de que roteadores para Internet e também
em três canais, conforme mostra a ao usar a Internet, as pessoas tendem para sistemas que transferem a voz
figura 3. a movimentar dados em maior quan- para os telefones chamados.
Um canal para baixar informações tidade numa direção do que em outra. Na casa do assinante fica um dos
(downstream) de alta velocidade é De fato, passamos a maior parte do modems, enquanto que na empresa
colocado na faixa mais alta de freqü- tempo recebendo mais dados do que telefônica ficam os conjuntos de
ências, um canal intermediário de alta enviando. modems em racks.
Os modems da empresa telefônica
separam o que é voz do que é dado,
Escrhório central enviando-os aos circuitos apropria-
PSTN
dos.
As chamadas de voz são enviadas
à rede telefônica comum ao passo
que os dados são enviados via uma
~ ---.' Ethernet e roteador, eventualmente
?Ç ..'~ 1_ uma linha de alta velocidade OC-3 de
.,'~'~?:;;~i:;~!i~:' POTS POTS Rack
PC .., Splitter de modem! 155 Mbps ao provedor local de acesso
Splitter ADSL à Internet.
da rede

Servidor de
vídeoconferência
I Servidor
devídeo CONCLUSÃO

Ethernet
Apesar do acesso via modem
Backbone ADSL ser dos mais comuns em nossos
t de internet
Frame
dias, muitas alternativas aparecem
ATM
Relay,
Servidor
para atender os que desejam outras
formas de acesso à Internet.
WWW
Assim sendo, temos muitas empre-
sas de TV a cabo que oferecem acesso
rápido e barato, além de outras que o
Figura 4 - Os elementos do sistema ADSL. fazem por links sem fio.

52 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


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COMO FUNCIONAM OS
SISTEMAS ELETRÔNICOS DO
AUTOMÓVEL
Os automóveis estão se tornando cada vez mais complexos, graças a uma eletrônica avançada que
tende a controlar todos os seus elementos. Ignição eletrônica, injeção eletrônica, ABS, sistemas de
conforto, segurança e som são apenas alguns exemplos de onde a eletrônica está presente.
Conhecer o princípio de funcionamento desses sistemas não é apenas algo que o profissional da
área precisa, mas também de todos os que desejam saber mais para usar melhor e mesmo para
aqueles que gostam de consertar seus próprios carros. Veja neste artigo especial uma introdução ao
funcionamento de alguns sistemas eletrônicos automotivos.
Newton C. Braga

o termo "eletrônica embarcada" é podem ter arquiteturas centralizadas O software é o "programa" que
comumente utilizado para designar o ou distribuídas. controla o funcionamento do veículo,
conjunto dos equipamentos usados enquanto o hardware consiste nos
em automóveis. No entanto, muito a) Arquitetura Centralizada
mais do que isso, o termo também Na arquitetura centralizada temos
pode ser estendido a outros tipos uma ECU central que recebe as
de veículos, tais como barcos e até informações de sensores e comandos
mesmo aeronaves. e as processa, fornecendo saídas
A eletrônica embarcada visa forne- conforme mostra a figura 2.
cer um sistema inteligente que possa A ECU contém o hardware e o }s,,,",
interagir com dispositivos capazes de software para a leitura das entradas,
realizar alguma ação em um veículo, processamento e fornecimento dos
com sensores que informem quando sinais de saída. Figura 2

essas ações precisam ser executadas


ou quando não podem.
Na figura 1 temos um exemplo de de deABSSistema
travas
Freios
instrum.
devidros
Painel
Central
alarme
Limpador de
res
interação entre alguns sistemas de
sensores e efetores usados em um
marcha-à-ré
porta
dedo
do motor
veículo
Alerta
aberta
ignição
Chave
de
Velocidade
Interruptor
Rotação
u
automóvel comum.
Note que alguns tipos de sinais
podem interferir em diversos siste-
mas como, por exemplo, a Chave de
Ignição.
O modo como todas as funções
são controladas em um veículo obe-
dece, basicamente, a dois tipos de
arquiteturas.

AROUITETURAS DE SISTEMAS

O modo como os sinais são ana-


lisados, processados, e a partir daí
gerados os comandos de ações Figura 1

54 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


ELETRONICA EMBARCADA

Bus, onde cada unidade de comando


ligada à rede deve suprir suas neces-
sidades em função do uso de cada
unidade de processamento.
Dessa forma, a unidade de geren-
IpWLI Motwr
\ o.
PWL controle dos vidros
Lanterna
Módulo de ciamento do motor recebe o sinal da
posição da borboleta e utiliza esses
~---------L---------i
I I dados para comandar a transmissão
I I
I I
I
automática, a unidade do ABS, o
I I
ORádiO I
I I
I
controle de potência, etc.
I
Discreta---.:
*-Rede Discreta:I
I 1 :
I 1---.:
2 II I OS PROTOCOLOS
I I
I I
I I
I I
I I Na rede CAN temos um protocolo
I
I
onde os bits são organizados de
Olnstrumentos
J ~~~~_~:::::::::~::::::------
I : l:rn=l
--_::_~ forma que as unidades se comuni-
quem sem problemas. Esse protocolo
M6dulo de consta de sete partes com as seguin-
~ o
controle da carroceria
~ ((~Il~ Motor
tes funções:
Começo - Esse campo utiliza
um bit para marcar o começo da
transmissão ou recepção de dados.
Figura 5 Estado - Esse campo utiliza 11
bits para a definição da prioridade
desliga, enquanto que o IPC recebe é responsável pelo interfaceamentre do protocolo.
o sinal do sensor de velocidade o rádio e o IPC, operando em média Controle - São 6 bits que definem
passando a indicação ao indicador no velocidade. Finalmente, temos a Rede a quantidade de informações que vai
painel. Note que não há necessidade 3 onde acontece o interfaceamento ser recebida ou enviada.
de protocolos de comunicação para entre os BCMs 1 e 2 e o IPC, traba- Dados - São as informações
esse funcionamento conjunto, pois a lhando em baixa velocidade. transmitidas ou recebidas propria-
ECU tem entradas e saídas discretas Observe que nesta arquitetura, mente ditas.
que operam com os sinais, além de um sinal recebido por uma das ECUs Verificação - Este campo é com-
um algoritmo de controle. pode ser enviado para qualquer outra posto por 16 bits que são utilizados
Para o caso da Arquitetura Elétrica através das redes de comunicação. para detectar falhas na transmissão
Distribuída, temos como exemplo o Um exemplo de funcionamento desse dos dados.
veículo da figura 5. processo pode ser dado por um Conformação - São dois bits
Neste caso, há três ECUs conec- sensor de velocidade na roda dian- usados para indicar que os dados
tadas por três redes internas de teira que envia o sinal para o BCM1, foram recebidos corretamente.
comunicação de dados. por estar mais próximo, e que depois Fim - Esse campo tem 7 bits que
A primeira rede (Rede 1) é res- o retransmite para o IPC pela rede 3, são utilizados para indicar o fim da
ponsável pela troca de dados entre havendo sua indicação no painel. transmissão do "pacote" de dados.
o ECM e o BCM1 trabalhando com Esse mesmo sinal também pode A figura 6 exibe a organização
uma taxa de transmissão de dados de ser usado por outro bloco. Esse é desse datagrama.
alta velocidade. A segunda (Rede 2) o princípio da rede CAN ou CAB- Cada pacote de dados ou data-
grama é transmitido em tempos que
variam entre 0,25 a 20 milissegun-
Sit dos, dependendo da unidade e da
(Campo de dados) (Campo de confirmação)
sem.uso 64 bits (máx) . 2 bits função.
+
Um ponto importante para o eletri-
cista de automóveis é que o diagnós-
tico de problemas de funcionamento
em veículos que utilizam esse sistema
pode ser feito pelo rastreamento dos
t
Campo de (Campo de
t (Campo d! verificação) i(campo de
sinais. Através de um único conector
estado 11 bits controle) 6 bits 16 bits (máx) finalização) 7 bits ODB II é possível rastrear todos os
sistemas. Na figura 7 mostramos
Figura 6 esse conector.

56 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


Veremos ago~a alguma coisa os sensores detectam o travamento
sobre alguns sistemas específicos da roda, enviam o sinal ao micropro-
encontrados nos automóveis, com cessado r e recebem instruções que
uma breve análise de seu princípio "aliviam" a pressão do fluido liberando
de funcionamento. a roda, como ilustrado na figura 10.
1000000008 o Evidentemente, a presença do
9000000001 OABS
ABS melhora a eficiência dos freios
pela redução da distância de parada.
Mais do que isso, quando as rodas
o coeficiente de atrito dinâmico travam e o carro desliza, a dirigibili-
(quando as rodas deslizam) é menor dade é perdida.
Figura 7 - Conector 00811
do que o coeficiente de atrito estático O processado r do ABS recebe as
(quando as rodas estão em aderência informações dos sensores, fazendo
Diversas empresas fornecem apa- com o solo). Isso significa que, numa a sua comparação com o programa
relhos de diagnósticos que, conecta- frenagem, o espaço exigido para a
dos em um veículo, localizam falhas parada é menor quando as rodas não
de funcionamento. deslizam.
Na figura 8, por exemplo, temos o Assim, a freada mais eficiente é
Rhaster RX da Tecnomotor, um equi- aquela em que se aplica a maior força
pamento que permite comunicar com de parada possível à roda, mas sem Sem travar
as centrais eletrônicas dos veículos e, deixá-Ia deslizar, conforme mostra a F1 máx
conseqüentemente, acessar qualquer figura 9.
informação disponível. A finalidade do ABS (Antí-Lock
Break System) é justamente aplicar F1 > F2
o máximo de força de frenagem
possível à roda, mas sem deixá-Ia
travar (escorregar). Para conseguir
Deslizando
isso o sistema conta com sensores
eletrônicos de rotação nas rodas, '/Travado
--------+
um microprocessador central e um
modulador hidráulico. F2
Esse modulador consiste em um
conjunto de válvulas que, quando Figura 9

Figura 8 - Rhaster RX da Tecnomotor.

Esse aparelho também pode ser


conectado a um computador para
uma análise detalhada das informa-
ções obtidas.
Conforme vimos, os diversos dis-
positivos elétricos e eletrônicos de um
veículo são interligados para haver con-
•• Apply
peda,J
trole inteligente. A maneira como essa
comunicação é feita e as ferramentas
~ Disco deBrakes
freios
para o diagnóstico de problemas foram
abordadas nesta introdução.
Além da Tecnomotor (www.
tecnomotor.com.br), o leitor também
pode consultar ainda o síte da Alfatest
(www.alfatest.com.br) . Figura 10

SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005 57


ELETRÔNICA EMBARCADA

que consta de sua memória. Esse Trata-se de um sistema que


dispositivo conta com recursos que; reúne em um ún(co módulo as
em caso de falha, suspendem sua funções ABS, TCS e EBD (E/ec-
ação. troníc Brake Force Distríbutíon -
Quando o contato da ignição é Distribuição Eletrônica de Força
ligado temos uma primeira verificação de Frenagem).
do ABS, caso em que a lâmpada Esse último sistema, EBD,
indicadora permanece acesa de 3 a calcula a pressão máxima do
8 segundos. freio que pode ser aplicada sem
Quando o veículo entra em movi- o perigo de travamento do eixo
mento o sistema é novamente testado traseiro, tendo por base as varia-
e, em caso de falha, é acionada ções da carga no veículo. Nesse Figura 11
uma lâmpada indicadora. Quando sistema, existem diversos sen-
isso ocorre, o veículo não ficará sem sores sofisticados. Nas rodas há veículos atuais. Esse dispositivo,
freio, pois o modo tradicional será sensores de velocidade que informam aliado ao cinto de segurança, protege
mantido. do perigo de travamento ou giro em o motorista e eventual passageiro
falso. contra os efeitos de um impacto
No centro do veículo existe um frontal no veículo.
TCS (TRACTION CONTROl sensor de aceleração lateral e O sistema não é ativado em caso
SYSTEM) também de sua rotação em torno de de impactos laterais ou traseiros, ou
seu próprio eixo vertical (YAW).Além ainda em caso de capotamento. Na
No Brasil, o sistema passou a disso, há um sensor no volante que figura 12 ilustramos que o ativamento
ser utilizado no Vectra em 1996 e indica a intenção de manobra do do ABS ocorre somente se o impacto
atualmente também é encontrado motorista. A imagem da Bosch mos- ocorrer dentro de um ângulo máximo
no Fiat Stilo. O controle de tração trada na figura 11 dá uma idéia dos de 30 graus em relação ao movimento
consiste em um sistema onde um elementos desse sistema. frontal.
processador central monitora a ade- O sistema compara as diversas Os sensores que determinam o
rência dos pneus. informações enviadas pelos senso- instante do disparo de um aírbag são
Esse sistema usa sensores insta- res e atua na mudança do torque incorporados à unidade de comando
lados nas rodas, que verificam se ou ainda aplica o freio em uma ou do sistema.
existe perigo dos pneus girarem em mais rodas para estabilizar o veículo Em carros como a Blazer e a S1 O,
falso. Quando isso ocorre, os freios em caso de perda de controle por os sensores frontais estão localizados
são acionados momentaneamente, derrapagem. na parte inferior do painel do frontal
apenas na roda que patina, evitando existindo ainda um sensor central na
a perda de controle do veículo. Para travessa central do chassi.
detectar se a roda gira em falso, o AIRBAG O princípio de funcionamento do
processador compara (a partir dos sistema é simples de entender:
sinais dos sensores) a velocidade Eis um outro dispositivo comple- A bolsa contém um gás gerador
das rodas dianteiras com as rodas mentar de segurança importante nos químico em estado sólido. Esses
traseiras.
O sistema envia os sinais para o
sistema de injeção de tal forma que,
em caso de derrapagem, é enviado
um comando para que o motor reduza
a quantidade de giros, o que pode ~teral
evitar a derrapagem. 30~
Frontal
descentralizado
ESP (ELETRONIC STABILlITY
PROGRAM)

Um outro sistema interessante


que equipa alguns veículos é o pro-
grama eletrônico de estabilidade. Sua
finalidade é corrigir eventuais falhas
de pilotagem, evitando que o veículo
derrape mantendo uma trajetória
segura. Figura 12

58 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


ELETRÔNICA EMBARCADA

gases ficam armazenados numa O circuito possui um microproces- CONFORTO E CONVENIÊNCIA


câmara de metal dentro do módulo do sador, no qual um programa deter-
Airbag. As bolsas são lacradas. mina as ações que devem ser toma- Esse sistema controla o aciona-
Quando a unidade de comando das para manter o ambiente dentro mento elétrico dos vidros, as travas e o
recebe o sinal de impacto do veículo, das condições desejadas. alarme. Normalmente, inclui recursos
uma corrente elétrica é
aplicada à para o uso do controle remoto.
bolsa provocando a ignição do gás Na figura 15 temos a disposição
gerador. dos elementos que formam esse setor
Esse gás queima rapidamente na de controle do automóvel.
câmara de metal fazendo com que São as seguintes funções contro-
seja produzida uma certa quantidade ladas:
de nitrogênio e dióxido de carbono, • Travamento central e diferen-
que se expandem enchendo a bolsa. se"'o~~~,o'" ciado das portas
O processo de expansão do gás e Ações • Bloqueio e desbloqueio do veí-
enchimento da bolsa faz com que a culo
cobertura da tampa de acabamento • Acionamento elétrico dos vidros
se rompa. • Monitoramento do movimento
Figura 14 dos vidros (sistema antiesmaga-
mento)
PRÉ-TENSIONADORES O monitoramento das tempera- • Abertura do porta-malas por
turas externa e interna é feito por controle remoto
Um recurso de segurança encon- sensores, localizados em pontos Além disso, é possível personalizar
trado em alguns carros modernos é apropriados do veículo internamente o sistema com o acréscimo de algu-
o pré-tensionador. Ele é um sistema e externamente. mas funções programadas como:
acoplado ao cinto de segurança dian- Normalmente, para a temperatura • Travamento automático das
teiro que elimina a folga do cinto no externa são usados dois sensores portas com o veículo em movimento
momento de uma colisão, prendendo que tomam medidas em dois pontos • Destravamento das portas ao
assim a pessoa firmemente ao banco, diferentes. A unidade de comando remover a chave do contato
conforme exibe a figura 13. considera a temperatura mais baixa • Inibição do sinal sonoro ou
Esse sistema conta com um limita- (normalmente a do ar de entrada). luminoso ao desativar o sistema de
dor de força para não apertar demais Em caso de falha dos sensores, o alarme
a pessoa no banco. dispositivo assume uma temperatura Em veículos como o Polo, Golf e
fixa pré-determinada para as ações Passat, existe uma unidade eletrônica
a serem realizadas, geralmente de em cada porta, além da unidade
10° C. central.

Travamento das portas!


acionamento dos vidros

Figura 13

Bloqueio!

CLlMATIZAÇÁO desbloqueio

A finalidade desse sistema é


manter agradável o ambiente dentro
do carro, independentemente das
condições externas.
Esse sistema conta com um
comando eletrônico que recebe e Travamento das portas!
monitora informações vindas de acionamento dos vidros
diversos sensores, conforme mostra
a figura 14. Figura 15

SABER ELETRÔNICA ESPECIAL NQ11!SETEMBRO!2005 59


ELETRÔNICA EMBARCADA

UNIDADE DE INSTRUMENTAÇÃO
COMBINADA

Essa unidade tem por finalidade


avisar o condutor do veículo sobre
qualquer anormalidade que ocorra
nos sistemas, além de fornecer infor-
mações importantes sobre o veículo
tais como velocidade, rotação do
motor, distância percorrida, etc. Figura 17

O dispositivo, denominado Ins-


trumento Combinado, é ligado à rede pulsos com um ciclo ativo da ordem
CAN-Bus de dados em alguns veícu- de 50%.
los, o que permite a realização de São usados quatro sensores loca-
diagnósticos através de um scanner. lizados no pára-choque traseiro,
Se a unidade precisar ser substi- conectados a uma central que pro-
tuída, será possível registrar na nova cessa seus sinais. Essa central é
unidade a quilometragem original. interligada com outros elementos do
Da mesma forma, revisões e trocas circuito através de rede B-CAN.
de óleo podem ser programadas de Quando o pára-choque detecta
modo a serem indicadas no painel. um obstáculo, ele passa a emitir um
Essa unidade controla as seguin- tom intermitente constante. Quando
tes funções: Figura 16 a distância cai abaixo de 25 em, o
som tem sua freqüência aumentada
• Velocímetro refração do vidro molhado aumenta, tornando-se mais agudo.
• Tacômetro conforme mostrado na figura. Afastando-se do obstáculo, a
• Combustível Esse sensor é localizado na haste emissão de som pára depois de 3
• Temperatura do motor de fixação do espelho retrovisor segundos de desengatada a marcha-
• Luzes de controle interno, juntamente com outro tipo de a-ré.
• Odômetro e relógio. senso r que é o senso r crepuscular Em caso de falha, o sistema é
(quando existir). automaticamente desativado até que
um diagnóstico revele sua causa.
SENSORES ESPECIAIS b) Sensor Crepuscular
Encontrado nos mesmos veículos
Diversos tipos de sensores podem que o sensor de chuva, este sensor CONCLUSÃO
ser encontrados em alguns veículos. detecta a luminosidade do ambiente
Eles fornecem indicações sobre através do qual o veículo transita. Este artigo apresentou uma breve
determinadas grandezas físicas, Em função do nível de luz senso- idéia de como pode ser complexa a
havendo uma ação para obter maior riado, o dispositivo atua no sentido eletrônica do automóvel em nossos
segurança ou conforto. de controlar os faróis e luzes de dias, exigindo assim um preparo
Vejamos alguns desses sensores: posicionamento. especial do profissional.
Esse sensor é um LDR comum, Além do conhecimento específico
a) Sensor de Chuva localizado também na haste de fixa- dos princípios de funcionamento dos
Alguns veículos nacionais como ção do espelho retrovisor. sistemas, que podem apresentar
o Peugeot 206 Techno, Golf e Fiat variações segundo os modelos dos
Stilo possuem um sensor que faz o c) Sensor de Estacionamento veículos, o profissional precisa contar
acionamento automático do limpador Esse sensor é encontrado em com instrumentos específicos (scan-
de pára-brisas quando começa a alguns veículos nacionais como o ners) para o diagnóstico.
chover. Stilo da Fiat, consistindo em um O leitor que desejar conhecer
Diferentemente dos tipos antigos dispositivo que informa a proximidade mais os dispositivos eletrônicos que
que se baseavam na condutividade de obstáculos quando a marcha-a-ré equipam os automóveis modernos
de um sensor em presença da água, é engatada, veja a figura 17. terá outras informações nas edições
os tipos modernos avaliam a refração O sistema opera como um sonar, mensais da Revista Saber Eletrônica.
da luz através do vidro, a qual muda emitindo ultra-sons que são refleti- Nela serão publicados artigos espe-
quando em presença da água, con- dos nos obstáculos que devem ser cíficos sobre os sistemas eletrônicos,
forme ilustra a figura 16. detectados. e também casos encontrados em
Existe um LED e um sensor que A freqüência de operação está diversas marcas de veículos nacio-
recebem a luz quando o índice de em torno de 30 kHz, sendo enviados nais.

60 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005


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Reunimos nesta obra, alguns assuntos básicos o leitor encontrará neste curso os fundamentos aplicados á
sobre telefonia em geral, além de casos e informãtica, automação industrial, instrumentação, telecomu-
algumas práticas que podem ser desenvolvidas. nicações e mecatrõnica. Discorremos sobre uma eletrônica
digital aplicada a todos os equipamentos que a utilizem uma
forma que todos possam entender sem muitas dificuldades..

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Reunimos nesta obra os principais assuntos No Uvro o autor descreve sua vivencia no ramo das telecomu-
relacionados ao "chãCKle-fábrica" . de energia nicações, documentando casos reais das instalações de redes
a robótica - passando por redes de comunica- locais, cabeamento residencial e automação, PABXSdigitais
ção, ClP's, CNC's,e outros mais. com link E1 e componentes para sala EP.O.

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Destacamos os seguintes itens importantes
Volume 2
neste livro:
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" A importãncia da ligação à terra
" A qualidade na energia Neste segundo e último volume, o curso trata das aplicações
" Reparações em instalações
• Segurança ,..~~f.\<;;'?,~_
.. ~.\ \\ \ em
utilização
eletríádade,
dos multimetros
automóveisTrue
entre
RMS.O
outros
bom
e prinápalmente
funcionamento da
de
-. ". equipamentos eletrãnicos de uma maneira geral e em especial
• Instalação e reparação de eletrodomésticos
os das indústrias, dependem da qualidade da energia elétrica. O
R$ 18,90 • Instalações industriais
R$ 14,90 multimetro comum não atende ás necessidades do técnico ou
engenheiro, sendo necessário o uso dos multímetros True RMS.
Eletrônica para Eletricistas

••
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Esta obra aborda de maneira objetiva os Autor: Prof' Or! João Antonio Zuffo
princlpios básicos da eletrõnica aplicada nos A Infoera modificará profundamente nosso modo de ser e
dispositivos encontrados nas instalações elé- imporá novos valores e formas de interação soáal. Conhecer
tricas e analisa a maioria deles, explicando o este processo, suas diversas nuances e as possibilidades que
que são, como funcionam e como são encon- ~ surgem é essencial para todos os ramos de atividade.
trados exatamente nas instalações ou nos
lIlIII'!'!!!!II
aparelhos que fazem parte das mesmas.
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O enfoque principal dado neste curso, dadas as
necessidades de se conhecer mais sobre infor· Guia de Consertos Eletroeletrônicos
mática e o computador em nossos dias é a apli· Autor: Newton C. Braga e José Wiz de Mel/o
cação da eletrônica no PC.No entanto, os Esta obra é uma cole~nia de 200 reparos executados pelo
fundamentos abordados neste curso são da autor (José Luiz de Mel/o) e que serve como dicas para téc-
eletrõnica na sua totalidade. Trata-se, por- nicos de reparação. Todos os reparos são comentados pelo
tanto da eletrõnica que também é encontrada Newton C,Braga. Os aparelhOS reparadOS são os mais õlVersos,
R$18,90 em qualquer aparelho de uso doméstico, com- que vão desde televisores comuns até antenas parabólicas.
ercial ou mesmo militar.

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Nesta obra, analisamos o principio de funcionamento dos
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No primeiro volume o leitor encontrará entre monitores de víd.eo, os modos como eles devem ser tratados,
os defeitos comuns que eles apresentam e como devem ser
outros, os seguintes temas:
reparados.
• Super guia para solucionar problemas;
R$18,90 • Como configurar o CMOSSetup dos BIOSde
placas--mãe novas e antigas;
• COmo instalar placas periféricas (vídeo, som,
rede, ete.) e evitar travamentos, instabilidades
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e incompatibilidades do sistema.

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COMPONENTES

a
Conversores analógicos-digitais (ADCs) são
empregados numa infinidade de aplicações
práticas. Sensoriamento remoto de sinais
analógicos e interfaceamento são exemplos
imediatos dessas aplicações. Neste artigo
focalizamos a nova linha de ADCs da National
Semiconductor (www.national.com) que conta
com 36 novos produtos com velocidades de
50 ksps a 1 Msps.
Newton C. Braga

A nova linha de conversores ana- Cada ADC tem uma performance • INL: ± 0,4 LSB (tip), ± 1 LSB
lógicos-digitais (ADC) conta com 12 superior com baixa tensão de alimen- (máx)
tipos de baixa potência de 1° e 12 bits tação. Na tabela abaixo temos as • SNR: 72,5 dB (tip), 70,8 dB
com três faixas de velocidade entre características dos tipos disponíveis. (min)
50 kbps e 1 Mbps e, em seguida, de- Para que o leitor tenha uma idéia • SINAO: 72 dB (tip), 70,0 dB
verá lançar mais 24 tipos adicionais do desempenho desses novos con- (min)
de uso geral com um a oito canais versores tomamos como exemplo o • THO: - 80 dB (tip)
de 8 bits. ADC121S101 (de 12 bits com taxa • SFOR: 82 dB (tip)
Os novos conversores permitem a de amostragem de 1 Mbps). • Offset Errar: ± 0,1 LSB (tip), ±
migração imediata de configurações 1,2 LSB (máx)
de 8 bits para 12 bits com três fai- Suas principais características • Gain Errar: ± 0,2 LSB (tip),
xas velocidades sem a necessidade são: ±1,2 LSB (máx)
de modificar as placas de circuito • Garantia de nenhum código • Potência típica: 16 mW máx
impresso, pois os novos componentes ausente: para 12 bits (VDD = 5V), 4,5 mW máx (VDD
são totalmente compatíveis com as • ONL: + 0,5 LSB, - 0.3 LSB (tip), = 3V)
versões anteriores. + 1 LSB, -0,9 LSB (máx)

Na foto abaixo um mapa para a


escolha dos conversores analógicos-
digitais disponíveis da National Semi-

1
t.PC Q2S0§1
ÃOC1 Ó2'S 101
10-bit
1Q-bit
2
2
- 200 to 500 KSPS
gOO
______ ..ó."-

~SPSto:rMSPS
-"-_ •...•• _ ~
~SPE'~8
MSOf-8
conductor.

ADC124S021 12-bit 4 50 to"200 KSPS MSOP-10


ADC124S051 12-bit 4 200 to 500 KSPS MSOP-10
ADC124S101 12-bit 4 500 KSPS to 1 MSPS MSOP-10
ADC104S021 1Q-bit 4 50 to 200 KSPS MSOP-10
ADC104S051 1Q-bit 4 200 to 500 KSPS MSOP-10
ADC104S101 1Q-bit 4 500 KSPS to 1 MSPS MSOP-10

62 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005

-.
COMPONENTES

o circuito integrado IRMCK201 da o IRMCK201 possui um elo de (tm) da empresa.


lnternational Rectifier (www.irf.com) realimentação de corrente em circuito Dentre as vantagens do uso deste
consiste em um controlado r de servo- fechado para encoder que permite o circuito integrado nos projetos de
motores para corrente alternada, com controle de velocidade de aplicações controle de servos, destacamos:
recursos para simplificar o algoritmo que usem servos. • Arquitetura configurável que
de controle de motores AC de indução Ele pode ser usado com o circuito permite controlar motores AC de ímã
de ímãs permanentes. integrado IR2175, um sensor linear permanente ou indução
de corrente, e com o IR2136, um • Controle em elo aberto ou
driverde inversor trifásico. Na figura 1 fechado
temos um circuito típico de aplicação • Opera com padrões comuns de
desse componente. comunicações como RS-232, RS-422
A freqüência de operação de saída e RS-485.
é de 130 kHz para se obter uma Dentre as aplicações sugeridas
aceleração rápida. temos o controle de motores de alta
A IRF disponibiliza uma plataforma .performance para processos indus-
de avaliação e projeto para circuitos triais e automação, ferramentas para
que utilizem esse componente. Essa dentistas, máquinas de fixação de
plataforma, denominada IRMCK2011, componentes, máquinas de controle
contém todo o hardware para o pro- numérico e máquinas rápidas de
jeto, além do software ServoDesigner etiquetagem.

Resistor extern~
de frenegem t .•. Proteção
contra sobrecorrente
IPMIIRAMX16UP60A
'-------------------------------------:
I I
a I
t-IJ-
coa
<t:a
~w
<0<0 ~- Barramento :
,
I
Ponte ou AC V
230
<OCLI 1~C')cb I
I
I
I
I
I
,

i 1
COMUNICAÇÃO CENTRAL
(RS232C/RS422/SPI)

Micro· IRMCK201
I
J ~

'T
I IR2175

controlador
genérico EEPROM }+--+

Figura 1

SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005 63


COMPONENTES

O circuito integrado LM2793 con-


siste numa fonte de corrente cons-
tante de baixo ruído para LEDs bran-
o circuito integrado LM4671 da a faixa de tensões de operação vai cos, contendo uma função dupla de
National Semiconductor consiste em de 2,4 V a 5,5 V. controle de brilho.
um amplificador de áudio de alta Na figura 1 temos o modo de Este circuito integrado pode ser
eficiência, que não precisa de filtro, aplicação deste circuito, que exige alimentado com tensões de 2,7 V
podendo fornecer uma potência de muito pouco em matéria de compo- a 5,5 V e fornece uma alimentação
saída de 2,5 W. .nentes externos. PWM de 18 mA (máx) para cada LED
O circuito opera com fonte simples Essas características tornam ligado em sua saída.
e tem uma eficiência de 80% com esse circuito ideal para aplicações Na figura 1 temos o circuito típico
alimentação de 3,6 V e 100 mW de móveis. de aplicação deste circuito integrado,
saída em alto-falante de 8 ohms. A taxa de distorção harmônica é apresentado em invólucro LLP-1 O de
Essa eficiências sobe para 88% com menor que 1% e o mais importante 10 pinos.
alto-falante de 8 ohms e saída de é que ele não necessita 'de filtros As correntes nos LEDs podem ser
400 mW. externos, apesar de operar como um ajustadas de forma independente por
A corrente quiescente é de 2,5 amplificador PWM. uma entrada analógica ou ainda um
mA com alimentação de 3,6 V (tip) e O ganho do LM4671 é configurado sinal modulado retangular.
externamente. A freqüência de operação é fixada
em 500 kHz e o circuito tem uma alta
eficiência na regulagem da alimenta-
ção dos LEDs.
Cs A corrente no modo shutdown é
1 pF VDD
de apenas 3 ~A. Mais informações

2-+ podem ser obtidas no site da


National Semiuconductor em
www.national.com.

VIN=
2.7V - 5.5 V POUT~HOLO

CIN :t: 1 /lF

:t: ~VIN
1 pF LM2793
IOUT=
16 mA máx.
C1
1 ~lF, 4,C1+ 0116 AJ'J'
Controle
de

-
Shutdown

GND/9
0217
8IS0-BRGT

Figura 1 Figura 1
~~--

64 SABER ELETRÔNICA ESPECIAL Nº 11/SETEMBRO/2005

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