Vous êtes sur la page 1sur 15

Índice

Índicede
de autores/artículos Relación de
autores/artículos Relación de tomos
tomos Sumario
Sumario Buscar en:Autores/artículos
Buscar en: Autores/artículos Documento actual Todos
Documento actual Todoslos
los documentos
documentos

A l gunas re f l ex i ones sobre e l derecho


de cast i gar de l Es t ado
Por EDUARDO NOVOA MONREAL

Ca r acas

Desde hace s i g l os e l esp í r i tu humano se v i ene pr egun t ando s i


e l Es t ado posee un l eg í t i mo de r echo de cas t i gar a qu i enes han
i n f r i ng i do i mpor t an t es no rmas de conv i venc i a soc i a l . Es t a pr e
gun t a i nc l uye l a de de t e rm i na r e l f undamen t o y l os f i nes de l as
penas que e l pode r púb l i co i mpone a l os de l i ncuen t es .
A d i s t i nt as e t apas h i s tór i cas han suced i do respues t as que de-
no t a ron una pa r t i cu l a r concepc i ón f i l osóf i ca de l a organ i zad
soc i a l . l i s as í como se ha pasado desde un an t i guo en f oque de l a
pena como cas t i go exp i a tor i o , i mpues t o por l a au t or i dad que re-
pr esen t a a D i os en l a t i er ra , a exp l i cac i ones me t a f í s i cas que seña -
l a ron l a neces i dad abso l u t a de l a pena , como ún i ca mane r a de
res t ab l ece r e l orden j ur í d i co quebr an t ado por e l de l i to . Y se t erm i -
nó en l a negac i ón ro t unda de un De r echo pena l basado en pr i nc i -
p i os abso l u t os y en l a a f i rmac i ón de que é l se j us t i f i ca t an só l o
por l a u t i l i dad que 14s penas o med i das espec i a l es ap l i cab l es a l os
de l i ncuen t es puedan t raer a l a v i da soc i a l .
S i mp l i f i cando mucho , hoy es pos i b l e opone r l as t eor í as abso-
l u t as de l a pena , que exp l i can e l f undamen t o de és t a en razones
abs t rac t as de negac i ón-de - l a -negac i ón de l De r echo , a l as t eor í as
re l a t i vas , que se l i m i t an a busca r en e l l a f i nes ut i l i t ar i os de en-
m i enda o resoc í a l i zac i ón de l de l i ncuen t e y que l a r epud i an s i e l l os
no se dan en l a prác t i ca . En t r e ambas se co l ocan nume rosos t ra-
t ad i s t as , abundan t es en t re l os de f ormac i ón j ur í d i ca y escasos en-
t re l os de f ormac i ón expe r i men t a l , que t ra t an de conc i l i ar l os
dos ex t r emos por l a v í a s i ncré t i ca de suma r f i nes abso l u t os y
re l a t i vos . Pa r a es t e grupo l a pena ser í a por su na t ur a l eza «re t r i -
bu t i va» , pe ro su ap l i cac i ón perm i t i r í a , además , l a ob t enc i ón de
resu l t ados de r e f orma en l a pe r sona de de l i ncuen t e .
Den t ro de t oda es t a d i scus i ón puede obse rva rse que , en e l
f ondo , e l prob l ema puede se r r educ i do a l a a l t erna t i va s i gu i en t e :
¿es l a pena un cas t i go o un t r a t am i en t o? En e l pr i me r caso , l a
pena t i ene un a l cance abso l u t o y recae sobr e e l de l i ncuen t e en
Índice
Índicede
de autores/artículos Relación de
autores/artículos Relación de tomos
tomos Sumario
Sumario Buscar en:Autores/artículos
Buscar en: Autores/artículos Documento actual Todos
Documento actual Todoslos
los documentos
documentos

198 Edua rdo Novoa Monr ea l

r azón de que de l i nqu i ó (pun i t ur qu i a pecca t um) ; en e l segundo , l a


pena se exp l i ca como una med i da des t i nada a ev i t ar nuevos de l i -
tos (pun i t ur ne pecce t ur ) .
Es es t e t ema , t an recor r i do pe ro a l m i smo t i empo t an a rduo ,
e l que se ha l l amado muy ace r t adamen t e e l A l f a y e l Omega de
t odo De r echo pena l (1) .
Las exp l i cac i ones que s i guen t i enen como propós i t o suge r i r
dudas , desde un pun t o de v i s t a pr eponde r an t emen t e j ur í d i co , acer -
ca de l a concepc i ón abso l u t a de l a pena y mos t r a r cómo és t a , en
cuan t o envue l ve un ma l que se ap l i ca a l de l i ncuen t e (ma l cons t i -
t u i do por l a pr i vac i ón o suspens i ón de a l gunos de r echos humanos
f undamen t a l es) , d i f í c i l men t e puede j us t i f i carse por e l só l o hecho
de que ese de l i ncuen t e haya dañado pr i me r amen t e a l a soc i edad .
La denom i nac i ón de «de r echo de cas t i gar» ( i us pun i end i ) es
c i e r t amen t e equ í voca , pues en su sen t i do es t r i c to cubr i r í a ún i ca -
men t e a c i er t as an t i guas t eor í as exp i a tor i as . S i n emba rgo , e l l a
asume t amb i én un s i gn i f i cado más amp l i o , que sobr epasa amp l i a -
men t e a l a i dea de una me r a pur i f i cac i ón por e l do l or , pues queda
re f er i da a t oda i mpos i c i ón de un ma l a l de l i ncuen t e como reacc i ón
soc i a l necesa r i a por habe r t r ansgr ed i do e l ordenam i en t o es t a-
b l ec i do .
Es exp l i cab l e que obse rvac i ones t an r esum i das e i ncomp l e t as
como l as que aqu í podr é hace r no cubr an deb i damen t e l a r i queza
de l deba t e sobr e l a ma t e r i a . Con todo , p i enso que en e l momen t o
ac t ua l de l deba t e j ur í d i co- c r i m i no l óg i co es út i l propone r es t as re-
f l ex i ones , porque l a cues t i ón va a con t i nua r presen t e por mucho
t i empo más en l as d i scus i ones de l as c i enc i as soc i a l es .
Es d i f í c i l t raer a l go de novedad a un campo en e l que t odo
pa rec i e ra habe rse d i cho ya por voces más au t or i zadas . Pos i b l e -
men t e e l s i s t ema de propone r l as ob j ec i ones sea l o ún i co en que
se exprese a l go pe rsona l .
Voy a enunc i a r var i as propos i c i ones que , a m i j u i c i o , cont ra -
d i cen un pr e t end i do de r echo de cas t i gar .

1. EL DERECHO DE CAST I GAR NO SE AV I ENE CON UN DE -


RECHO DE PURA ORDENAC I ON FORMAL ; LUEGO , SU SUS-
TENTAC I ON DEBE SER BUSCADA Y ENCONTRADA FUERA
DEL DERECHO .

Una pr i me r a aprox i mac i ón a l prob l ema pasa , en consecuenc i a ,


por l a respues t a a l a pr egun t a de qué es y pa r a qué s i rve e l De -
r echo (2) .

(1) Ve r ANTON I O BER I STA I N , F i nes de l a pena , en «Rev . Genera l de Leg i s-


l ac i ón y Jur i sprudenc i a» , Madr i d , nov . de 1961, p 3.
(2) Por me r a comod i dad escr i b i mos con mayúscu l a «Derecho» cuando
usamos e l t érm i no con e l s i gn i f i cado de s i s t ema norma t i vo , reservando l a
escr i tura «derecho» para cuando des i gnamos un derecho sub j e t i vo .
Índice
Índicede
de autores/artículos Relación de
autores/artículos Relación de tomos
tomos Sumario
Sumario Buscar en:Autores/artículos
Buscar en: Autores/artículos Documento actual Todos
Documento actual Todoslos
los documentos
documentos

A l gunas re f l ex i ones sobre e l derecha de cast i gar de l Es t ado 199

Hab l o aqu í de l De r echo en genera l , como ordenam i en t o i mpe -


ra t i vo que es t ab l ece l as i ns t i tuc i ones necesa r i as pa r a e l f unc i ona -
m i en t o orgán i co de l a v i da soc i a l , que r i ge l a conduc t a y de t e r
m i na l as re l ac i ones ex t e rnas de l os hombr es que v i ven en soc i edad
y que seña l a l as ex i genc i as rec í procas que pueden f ormu l a rse en t r e
s í l os i nd i v i duos y e l cue rpo soc i a l . No hab l o , espec í f i camen t e , de l
De r echo pena l en es t e mo== l a Perno s i e l de r echo de cas t i gar es
a j eno a l De r echo en genera l , con mayo r r azón l o se rá de una de
sus espec i es : e l De r echo pena l .
Ya en San t o Tomás de Aqu i no , pese a t ra t a rse de un f i l óso fo
que pos t u l ó l a ex i s t enc i a de un De r echo na tura l , pa r ec i e r an encon-
t rarse hue l l as de que e l De r echo pos i t i vo , a d i f e renc i a de l a mo -
ra l , no es t á a l serv i c i o de va l ores abso l u tos , s i no con t i ngen t es . As í
podr í a deduc i rse de su de f i n i c i ón de l ey : «ordenac i ón rac i ona l pa r a
e l b i en común , dada y promu l gada por qu i en cu i da de l a comu -
n i dad» , pues nada hay más re l a t i vo que e l b i en común de una
soc i edad de t e rm i nada . A l go seme j an t e se d i v i sa en sus pa l abras
ace r ca de que bas t a con que l a l ey humana proh i ba aque l l as cosas
que de r ruyen l a conv i venc i a de l os hombr es y que e l l a no pre -
cep t úa sobr e t odos l os ac t os de t odas l as v i r tudes , s i no so l amen t e
sobr e aque l l os que es t án d i r i g i dos a l b i en común (3) .
La f i l osof í a t rad i c i ona l de l De r echo pr esen t ó a és t e como una
norma t i va des t i nada a mode l a r a l a soc i edad sobr e l a base de
c i er tos pr i nc i p i os y f i nes que l e e r an i nmanen t es . E l De r echo t en-
dr í a por ob j e t i vo i n t roduc i r en l a v i da soc i a l l a j ust i c i a , l a segu-
r i dad o e l b i en común (4) . Cor r esponde r í a a l De r echo , por ende ,
dec i d i r sobr e qué bases y cómo hab í a de cump l i rse un ordena -
m i en t o soc i a l . Es t o s i gn i f i caba que e l De r echo con t en í a pr i nc i p i os
abso l u t os que deb í an ser a l canzados e i mpues t os por med i o de
sus normas .
Es t a doc t r i na se de r rumbó con l a t eor í a »pura de l De r echo
f ormu l ada por H. Ke I sen. Pa r a es t e i ns i gne j ur i s t a , e l De r echo
debe ser sepa r ado de l os e l emen t os que l e son ex t raños , en espe
c i a l , de l a po l í t i ca ; con t a l f i n , t oma como ob j e t o de l a c i enc i a
j ur í d i ca a l De r echo pos i t i vo ta l cua l es , con sus de f i c i enc i as y er ro-
res . Es t e De r echo pos i t i vo es au t ónomo de l a mor a l y a é l no l e
cor r esponde da r so l uc i ones « j us t as» a l os conf l i c tos , pues l a j us-
t i c i a es una i dea mor a l que es t á más a l l á de t oda expe r i enc i a y
su con t en i do va r í a a l i nf i n i to. E l De r echo f unc i ona como una téc-
n i ca soc i a l des t i nada a i nduc i r a l os hombr es a conduc i rse de
de t e rm i nada mane r a y como t écn i ca puede se r emp l eado pa r a
cua l qu i e r f i n soc i a l . Se opone Ke I sen a t odo i n t en to dua l i s t a que
i n t en t e co l oca r por enc i ma de l De r echo pos i t i vo o t ro cr i t er i o des-
t i nado a reso l ve r e l prob l ema de l a j us t i c i a de l as normas .
(3) Ve r : Suma Teo l óg i ca de San to Tomás de Aqu i no , Ed i c i ones B .A .C .,
Madr i d , 1956, 1-11, q .21, a, 3; 1-11, q .96, a, 3, y I I - I I , q,77, a , 1 .
(4) Ve r : Los f i nes de l Derecho (comp i l ado por Dan i e l Kur i ) , Méx i co , Ma -
nua l es Un i vers i tar i os UNAM , 1967 .
Tamb i én se proponen como f i nes : l a paz , l a so l i dar i dad y ot ros .
Índice
Índicede
de autores/artículos Relación de
autores/artículos Relación de tomos
tomos Sumario
Sumario Buscar en:Autores/artículos
Buscar en: Autores/artículos Documento actual Todos
Documento actual Todoslos
los documentos
documentos

MO Edua rdo Novoa Monr ea l

Empu j ando más a f ondo l a e l abor ac i ón de Ke l sen , es pos i b l e


l l egar a conceb i r a l De r echo como un puro i ns t rumen t o de orde -
nac i ón des t i nado a i mpone r un s i s t ema ( l e organ i zac i ón soc i a l
e l abor ado por cr i t er i os ex t e rnos a é l .
Por cons i gu i en t e , e l De r echo no es
de t e rm i nada concepc i ón po l í t i ca. Su pape l
t ar l a so l uc i ón t écn i ca aprop i ada pa r a ob t ene r l a mayo r e f i cac i a
pa r a i mpone r l a , con e l m í n i mo
es f ue r zo de l os mecan i smos soc i a l es d i spon i b l es .
Toca a l De r echo f ormu l a r e l con j un t o comp l e t o , a rmon i oso y
e f i c i ent e de normas necesa r i o pa r a i mpone r una de t e rm i nada con-
cepc i ón po l í t i ca de organ i zac i ón soc i a l . Es t a concepc i ón , desa r ro-
l l ada de acue rdo a i deas po l í t i cas , económ i cas y soc i a l es acep t adas
por qu i enes e j e rcen e l gob i e rno e f ec t i vo de l a soc i edad , se rá comu -
n i cada a l os j ur i s t as pa r a que e l l os se enca rguen de l a e l abora -
c i ón conc r e t a de l De r echo pos i t i vo cor r espond i en t e .
De l o an t e r i or se despr ende que l os pr i nc i p i os ve rdade r amen t e
j ur í d i cos son apenas f orma l es , pues e l con t en i do que l l ena a l a
l eg i s l ac i ón prov i ene de l a vo l un t ad de qu i enes d i sponen de l pode r
y re f l e j a e l modo como den l as conven i enc i as po l í t i -
ras , económ i cas y soc i a l es una soc i edad de t e rm i nada .
E l De r echo puede se r i do , en tonces , como un r ég i men de
ordenac i ón de l a v i da soc i a l con f orme a un p l an prev i o . La soc i e -
dad c i v i l neces i t a de un orden dado , que de t e rm i ne l a cond i c i ón
de cada uno de sus m i embros , regu l e l as re l ac i ones en t re e l l os ee
a un s i s t ema de organ i zac i ón a l con j un t o : t odo es t o l o
cump l e e l De r echo , pe ro no con f orme a l i neam i en t os prop i os ,
. 1
de i deas de organ i zac i ón que l e son dadas
desde fuera , por qu i enes t i enen e l pode r soc i a l . T i enen razón , pues ,
l os que desc r i ben a l De r echo en t é rm i nos c i berné t i cas , como un
mode l o de v i da soc i a l a j us t ado a un progr ama . Pe ro e l progr ama
l e es i mpues t o; su t a rea cons i s t e en de t e rm i na r cómo ap l i car l o
me j or y con más e f i cac i a prác t i ca .
a que en e l De r echo (y só l o e l De r echo
pos i t i vo puede ser t en i do como ta l ) no ex i s t en pr i nc i p i os n i va l o-
res prop i os y que t odos l os que en é l apa r ecen v i enen de f ue r a y
cor r esponden a l as i deo l og í as que han l ogr ado i mpone r se de he -
cho en l a v i da soc i a l .
Necesa r i amen t e ha de f l u i r de t odo es t o que un pr e t end i do
«de r echo de cas t i gar» , que pe rm i t e i n t roduc i r t oda una r ama
j ur í d i ca des t i nada a sanc i ona r seve r amen t e a l as conduc t as i n j us-
t as que producen mayo r pe r t urbac i ón soc i a l , no es un concep t o
nac i do de l De r echo s i no a l go que cor r esponde a c i er t as i deo l og í as
po l í t i cas dom i nan t es .
La i dea de un De r echo me r amen t e f orma l , s i n con t en i do de
f ondo y puro con j un t o de reg l as , de conduc t a , emp i eza a gana r
campo den t ro de l ámb i t o j ur í d i co . Pensador es poco sospechosos
de que r e r revo l uc i ona r e l mundo occ i den t a l y cr i s t i ano l e pr es t an
Índice
Índicede
de autores/artículos Relación de
autores/artículos Relación de tomos
tomos Sumario
Sumario Buscar en:Autores/artículos
Buscar en: Autores/artículos Documento actual Todos
Documento actual Todoslos
los documentos
documentos

A l gunas re f l e nes sobr e e l de r echo de cas t i ga r de l Es t ado 201

adhes i ón . Podr í a menc i ona r se en t re e l l os a Jean Dab i n , que ense -


ñó en l a v i e j a Un i ve rs i dad de Lova i na .
En conc l us i ón , un De r echo s i n con t en i dos abso l u t os y con ca-
rác t er pur amen t e i ns t rumen t a l , que es e l ún i co que me pa r ece
c i en t í f i camen t e acep t ab l e , no puede f undamen t a r un de r echo de
cas t i gar que equ i vocadamen t e se pr esen t a como a t r i bu to j ur í d i co
i nhe ren t e a l Es t ado o como una ca t egor í a j ur í d i ca des t i nada a
res t ab l ece r e l De r echo vu l ne r ado por e l de l i to . Es t o conduce a
exam i na r o t ras f undamen t ac i ones , sean e l l as pr e o me t a j ur í d i cas ,
que pa r a é l puedan i nvoca rse .

2. UN DERECHO DE CAST I GAR SOLO T I ENE SENT I DO S I SE


LE APOYA EN UN PRETEND I DO DERECHO NATURAL .
La i dea de de r echo de cas t i gar supone l a de a l guna au t or i dad
- no rma l men t e e l Es t ado - que es t ar í a i nves t i da de l a a t r i buc i ón
de i mpone r penas a f i n de sanc i ona r a l gunos gr aves quebr an t a -
m i en t os de l orden j ur í d i co .
Sos t i enen , a l gunos , que es t a a t r i buc i ón provendr í a de l a na tu-
ra l eza m i sma de l a soc i edad humana y de l homb r e que l a cons t i -
t uye y , como ta l , cor r esponde r í a a l a vo l un t ad de D i os , c r eador
de l homb r e y de l mundo . Se t ra t ar í a de una a t r i buc i ón que co.
r r esponde a l a au t or i dad por s í m i sma , por e l hecho de ex i st i r
como ta l y como una ex i genc i a i ne l ud i b l e pa r a e l cump l i m i en t o de
sus f i nes . Den t ro de es t e pensam i en t o se r echaza que sea l a l ey
humana l a que con f i e ra t a l a t r i buc i ón , pues e l l a ser í a i nhe ren t e a
t oda au t or i dad y ser r econoc i da en t odo t i empo y l uga r en e l
que l l egue a cons t i tu i rse una soc i edad humana , aun cuando f a l t e
una l ey pos i t i va expr esa que l a r econozca .
Se encuen t r a un apoyo a es t e de r echo supra - l ega l de cas t i gar ,
r ec l amado por l a na t ura l eza m i sma de l homb r e y de l as soc i eda -
des que f orma , en l a Ep í s t o l a de San Pab l o a l os Romanos , ca
p í tu l o XI I I , ve rs í cu l os 1-7, donde se d i ce , en t re o t ras cosas : «no
hay au t or i dad que no venga de D i os y l as que ex i s t en han s i do
es t ab l ec i das por D i os» . . . «e l que se rebe l a con t r a l a au tor i dad , se
pone en con t r a de l orden es t ab l ec i do por D i os» . . . «D i os t i ene l as
au t or i dades a su serv i c i o pa r a j uzga r y cas t i ga r a l que se por t a
ma l » . . . «e l que se por t a b i en no t eme a l as au t or i dades» . . . «es ne -
cesa r i o obedece r : no por m i edo , s i no en conc i enc i a» .
La i dea de un De r echo na tura l , que hab í a dec l i nado mucho
en l as pr i me r as décadas de es t e s i g l a , t uvo un re f l orec í m i en t o en
c i er tos c í rcu l os j ur í d i cos después de l a Segunda Gue r r a Mund i a l ,
como consecuenc i a de l r echazo a f acu l t ades omn í modas de l Es-
t ado en e l campo l eg i s l a t i vo que pud i e r an pe rm i t i r un tot a l i t ar i s-
mo (5) . Pe ro e l l a es t á s i endo abandonada por gr an pa r t e de l os sos-
t enedor es que l e quedaban , espec i a l men t e en e l ámb i t o ca tó l i co .
(5) Es e l caso de Gus t avo Radbruch , qu i en rechazó pr i me r amen t e l a ex i s-
t enc i a de un De r echo Na tura l , pe ro que an t e l os desbordes tot a l i t ar i os de
f i nes de l a década de l os 30 recons i de ró su pos i c i ón .
Índice
Índicede
de autores/artículos Relación de
autores/artículos Relación de tomos
tomos Sumario
Sumario Buscar en:Autores/artículos
Buscar en: Autores/artículos Documento actual Todos
Documento actual Todoslos
los documentos
documentos

202 Edua rdo Novoa Monr ea l

E l Pon t i f i cado Romano , que an t es hac i a f recuen t es ape l ac i ones a


e l l a , apenas l a s i gue menc i onando , y en e l más gr ande documen t o
re l i g i oso-soc i a l de l os ú l t i mos t i empos , l a Cons t i t uc i ón sobr e l a
Ig l es i a en e l mundo ac tua l (Gaud i um e t Spes) , aprobada en e l Con-
. ' " . ano I I , ya no se l e nomb r a d i r ec t amen t e ; apenas se en-
cuen t r an a l gunas i nc i den t a l es re f erenc i as que podr í a pensa rse que
hacen su r ecue rdo .
Ha con t r i bu i do a es t e deca i m i en t o de l a i dea de un De r echo
na t ura l e l r econoc i m i en t o un i ve rsa l de l os de r echos f undamen t a l es
de l hombr e , de r i vado de l a aprobac i ón de l a Ca r t a de Nac i ones
Un i das (1945) y de su sanc i ón por t odos l os Es t ados de l mundo en
l a Dec l a r ac i ón Un i ve rsa l de l os De r echos Humanos (1948) y en l os
Pac t os I n t e rnac i ona l es de De r echos C i v i l es y Po l í t i cos y de De re -
chos Económ i cos , Soc i a l es y Cu l t ura l es (1966) . En e f ec to , ta l reco-
noc i m i en t o pe rm i t e co l oca r va l l a t eór i ca adecuada a l os excesos
l eg i s l a t i vos de cua l qu i e r gob i e rno de pr e t ens i ón tot a l i t ar i a , s i n que
sea necesa r i o acud i r a un De r echo na t ura l que , en ú l t i mo t é rm i no ,
s i empr e s i gn i f i ca l a i nvas i ón de l campo j ur í d i co por ex i genc i as
que r econocen su l uga r aprop i ado den t ro de l a mor a l . Esos dere -
chos f undamen t a l es de l homb r e cons t i t uyen va l ores é t i co-cu l tura -
Les adm i t i dos f orma l men t e en nues t ra época por l a gene r a l i dad de
l os pa í ses de l mundo ; su e f i cac i a y su va l or prov i enen de a l l í .
Ahor a b i en , f unda r a l go t an soc i a l men t e , como
l o ser í a un h i po t é t i co de r echo de cas t i gar , en un pensam i en t o
i usna tura l i s t a en f r anca re t i rada , acces i b l e so l amen t e a grupos
muy r educ i dos de l mundo occ i dent a l , d i ce bas t an t e sobr e l a deb i -
l i dad de l os a rgumen t os que se usan pa r a j us t i f i car l o .

3. LA I DEA DE UN «DERECHO DE CAST I GAR» ES AJENA A


LA NOC I ON SECULAR I ZADA DEL ESTADO MODERNO .
Que e l prob l ema se v i ncu l a t amb i én a l concep t o de organ i za -
c i ón po l í t i ca que se t enga pa r a una soc i edad dada , es a l go que
f l uye de l o an t es expr esado .
De l o que l l evo expues t o se despr ende que un de r echo de cas-
t i gar encuen t r a acog i da ún i camen t e en Es t ados organ i zados con-
f orme a i deas f i l osóf i co-po l í t i cas ya supe r adas . As í hab í a ocur r i do
en e l Es t ado f euda l , basado en l a noc i ón de c r i s t i andad y de una
l ey d i v i na que ob l i ga a l os hombr es t amb i én en l o re l a t i vo a l as
f ormas conc re t as de organ i zac i ón de l a v i da soc i a l ; t amb i én hab í a
ocur r i do en l as mona rqu í as de or i gen d i v i no , en l as que e l mona r -
ca abso l u t o r epr esen t aba a D i os y se cons t i tu í a en e l sobe rano ,
pues a l l í e l de l i to expr esaba una rebe l d í a con t r a e l sobe rano , a l a
que deb í a segu i r l a pena , como una exp i ac i ón des t i nada a pur i f i car
por med i o de l do l or i nf l i g i do a l os cue rpos (s i n pe r j u i c i o de que
- según l o ano t an o t ros se or i en t a ra as i m i smo l a e j ecuc i ón de
l as penas a una exp l o t ac i ón pre -cap i t a l i s t a de l a mano de obra ) (6) .

(6) Ve r : JUAN BUSTOS y HERNÁN HORMAzÁBAL , en Pena y Es t ado , «Rev i s t a


de Soc i o l og í a» , núm . 13, 1980.
Índice
Índicede
de autores/artículos Relación de
autores/artículos Relación de tomos
tomos Sumario
Sumario Buscar en:Autores/artículos
Buscar en: Autores/artículos Documento actual Todos
Documento actual Todoslos
los documentos
documentos

A l gunas re f l ex i ones sobre e l derecho de cast i gar de l Es t ado 203

1 I l um i n i smo , s i b i en l a i c i za l as
es t ruc t uras soc i a l es y emp i eza a pone r en en t r ed i cho l a i dea de
pena exp i a tor i a , t e rm i na , t ras muchas búsquedas , en so l uc i ones
t eór i cas que re f l o t an l a añe j a i dea de l «de r echo de cas t i gar» . Por -
que pa ra l e l a a l a concepc i ón de l a pena como med i o prác t i co pa r a
ev i t ar l os de l i tos , pr i nc i pa l men t e por med i o de l mecan i smo de l a
pr evenc i ón espec i a l , después , que a l l í se desa r ro l l a e l abora t am-
b i én l a t eor í a de l a pena como re t r i buc i ón j ur í d i ca , con l a cua l
se as i gna a l a sanc i ón pena l un sen t i do t amb i én abso l u t o . La
pena de j a de ser exp i ac i ón de l pecado , pues l a mor a l apa r ece ya
n í t i damen t e d i f e renc i ada de l De r echo , pe ro por i n f l uenc i a de l a
f i l osof í a kan t i ana se t i ende a ve r en aqué l l a una neces i dad j ur í -
d i ca , r epa r ador a de l hecho de l i c tuoso y de r i vada de l a d i rec t a
v i ncu l ac i ón en t re l os concep t os de i n f racc i ón y me r ec i m i en t o de
pena .
Es i mpor t an t e de j a r cons t anc i a que has t a hoy l a mayo r pa r t e
de l os i us-pena l i s t as t i ende a acep t a r l a t eor í a de l a re t r i buc i ón ,
conc i b i endo a l a pena como necesa r i o con t r apeso de l a acc i ón
an t i j ur í d i ca ; e l l a ser í a l a a f i rmac i ón de l a j ur i d i c i dad des t i nada
a res t ab l ece r l a v i o l ac i ón de l a no r ma j ur í d i ca. Es t a pena re t r i -
but i va , or i g i nada en un pensam i en t o me t a f í s i co , i mpor t a , por su
m i sma na tura l eza , un propós i t o de j us t i c i a abso l u t a que ope r a
med i an t e l a i n f l i cc i ón de un ma l a l de l i ncuen t e .
En e l Es t ado burgués l as noc i ones de l i be r t ad i nd i v i dua l y de
au t onom í a de l a vo l un t ad de l hombr e , a l en l aza rse con l a l ey como
expr es i ón de l a vo l un t ad genera l , do t ada de l cons i gu i en t e señor í o
soc i a l , f avorecen l os nexos en t re responsab i l i dad j ur í d i ca y res-
ponsab i l i dad mor a l a l as que más ade l an t e nos re f e r i remos . Pe ro
t amb i én f ac i l i t a l a apa r i c i ón de l a t es i s sobr e l a pena como coac -
c i ón ps i co l óg i ca , que va a pe rm i t i r exp l i ca r e l f i n de pr evenc i ón
gene ra l de l de l i to.
Es c i er to que e l a l to desa r ro l l o de l as c i enc i as y de l a t ecno l o-
g í a ha l l evado , den t ro de l mundo cap i t a l i s t a avanzado , a nuevos
de r ro t e ros en l a ma t e r i a , espec i a l men t e en l os pa í ses de l s i s t ema
ang l o-sa j ón , menos pr eocupados de l as t eor í as pur amen t e rac i o-
na l es y abs t rac t as . E l l os se man i f i es t an , pr i nc i pa l men t e , en so l u-
c i ónes pr agmá t i cas que procur an l a e l i m i nac i ón (o , pa r a ser más
pruden t es , l a reducc i ón) soc i a l de l os de l i tos .
La c r i m i no l og í a ac t ua l ha r ecog i do es t as i deas , l as cua l es se
han d i r i g i do a l a ap l i cac i ón de « t r a t am i en t os» a l os de l i ncuen t es
con e l f i n de l ograr su «resoc i a l i zac i ón» , concep t os ambos en t e r a
men t e an t agón i cos a un cas t i go y a un de r echo de cas t i gar . Pe ro
es t as t endenc i as , que han a l canzado eno rme desar ro l l o en l os ú l -
t i mos sesen t a años , emp i ezan a se r some t i das en t i empos rec i en t es
a l as dur as cr í t i cas de una c r i m i no l og í a rad i ca l , l a cua l bro t a de
amb i en t es más en con t ac t o con l as c rudas rea l i dades soc i a l es que
se ocu l t an t ras l a prospe r i dad de l as capas supe r i ores de l os pa í -
ses desa r ro l l ados .
Índice
Índicede
de autores/artículos Relación de
autores/artículos Relación de tomos
tomos Sumario
Sumario Buscar en:Autores/artículos
Buscar en: Autores/artículos Documento actual Todos
Documento actual Todoslos
los documentos
documentos

04 Edua rdo Novoa Monr ea l

Co i nc i do con d i chas cr í t i cas y por e l l o p i enso que l o pr i me ro


es rev i sa r cómo y por qué se ap l i can sanc i ones pena l es en e l mun -
do ac tua l , pa r a l uego pone r de man i f i es t o que l a l eg i s l ac i ón que se
ocupa de l a pr evenc i ón y i mpres i ón de l os l l amados «de l i tos» , cUM -
p l e una f unc i ón encubr i dor a de l a gr ave desorgan i zac i ón soc i a l
ex i s t ent e , pro t ec t ora de l os i n t ereses par t i cu l ares de l os grupos
dom i nan t es y pr ese rvador a de un r ég i men soc i a l i n i cuo . Ba j o
es t as prem i sas , resu l t a obv i o que debo opone rme a un «de r echo
de cas t i gar» as i gnado a l prop i o Es t ado que promueve t an t o des-
orden y cuyas i n j us t i c i as susc i t an buena pa r t e de os hechos c l a-
s i f i cados como de l i c tuosos por su l eg i s l ac i ón.
Pe ro t ampoco en un nuevo r ég i men po l í t i co más sano ser í a
deseab l e ese de r echo de cas t i gan Porque en una v i da soc i a l basada
en l a d i gn i dad , en l a i gua l dad y en e l p l eno desa r ro l l o de t odos l os
hombr es , promov i da y l ograda en un amb i en t e de so l i da r i dad en t re
e l l os y de pa r t i c i pac i ón de t odos en l as ac t i v i dades soc i a l es , no
puede adm i t i rse que a l gunos i nd i v i duos se co l oquen por enc i ma de
l os demás , l os en j u i c i en y d i c t en condenas en su con t r a . Bas t a
con que se adop t en med i das prác t i cas des t i nadas a ob t ene r de
t odos e l aca t am i en t o de l as normas de b i en co l ec t i vo y con que ,
en l os pocos casos en l os que se produzcan v i o l ac i ones de e l l as
gr avemen t e pe r t urbadoras , l a soc i edad reacc i one an t e su au t or con
esp í r i tu de compr ens i ón , gene ros i dad y he rmandad , en f orma de
reconduc i r l e a una i nse rc i ón soc i a l consc i en t emen t e acep t ada. Y
en l os casos ex t r emos , en que t a l es reacc i ones no t engan resu l t ado ,
e l cue rpo soc i a l podr í a acud i r a o t ra c l ase de med i das que i mp i dan
de hecho que e l d í sco l o pe r t urbe a l os demás , buscando s i empr e e l
meno r de t r i men t o de l os de r echos de és t e .

4. LA I DEA DE «DERECHO DE CAST I GAR» CORRESPONDE A


UN DERECHO PENAL CONCEB I DO ÉT I CAMENTE 0 , CUAN -
DO MENOS , CON FUERTES APROX I MAC I ONES A LA ÉT I
CA ; ELLA NO ES COMPAT I BLE CON EL DERECHO PENAL
C I ENT I F I CO .
Un cas t i go o , pa r a h i l ar más de l gado , una pena re t r i but i va ,
só l o pueden se r i mpues t os prev i a l a comprobac i ón de -una respon-
sab i l i dad mor a l de l su j e to i mpu t ado . As í f l uye de l f undamen t o
m i smo de l concep t o abso l u t o de pena . Pues b i en , es t o t rae un
nuevo obs t ácu l o a l a acep t ac i ón de un pr e t end i do de r echo de
cas t i gan porque e l De r echo pena l debe ser d i f e renc i ado de l a
mor a l .
Desde hace s i g l os e l pensam i en t o humano se es f ue r za por
sepa ra r y de l i m i t a r dos d i sc i p l i nas : mor a l y De r echo . En t es t i mo-
n i o de e l l o pueden r ecorda rse l os nombr es de Pu f éndor f , Thoma -
s i us , Kan t y F i ch t e (7) .

(7) Ve r m i s estud i os : J i vé queda de l De r echo Na t ur a l ? Ed i tor i a l De-


pa l ma , Buenos Ai res , 1967, cap. XVI I I , y E l De r echo como obs t ácu l o a l cam-
b i o soc i a l , S i g l o XX I Ed i tores , Méx i co D. F ., 5á ed i c i ón , 1981, pp , 72-77.
Índice
Índicede
de autores/artículos Relación de
autores/artículos Relación de tomos
tomos Sumario
Sumario Buscar en:Autores/artículos
Buscar en: Autores/artículos Documento actual Todos
Documento actual Todoslos
los documentos
documentos

A l gunas re f l ex i ones sobre e l derecho de cast i gar de l Es t ado 205

par t i cu l ares d i f i cu l t ades de or i gen


t án i co y ep i s t emo l óg i co en re l ac i ón con , e l De r echo pena l . Af i rma -
c i ones como l a de Je l l i nek , ace r ca de que e l De r echo es e l m í n i mo
é t i co y l a de Manz i n i sobr e que e l De r echo pena l se presen t a f ren t e
a l os o t ros ordenam i en t os como e l m í n i mo de can t i dad é t i ca i nd i s-
i c i ones necesa r i as pa r a una
t e rm i nada organ i zac i ón soc i a l , amenazan pe r t urba r y de hecho
pe r t urban e l cr i t er i o de muchos pena l i s t as .
E l gr an desa r ro l l o ope r ado en t orno de l as i deas de pecado ,
dur an t e l a Edad Med i a , r ecog i do den t ro de l ere-
de responsab i l i dad mor a l , y t amb i én
a t en de l De r echo Romano , h i c i e ron l l egar a l os j ur i s t as y , en
espec i a l , a l os ¡uspena l i s t as , una noc i ón é t i ca de responsab i l i dad .
No se pe r ca t a ron és tos que es t a c l ase de responsab i l i dad no es
f i ada pa r a reso l ve r l os prob l emas de conv i venc i a y de organ i -
soc i a l que compe t en a l De r echo . Pues ya San t o Tomás de
hab í a expr esado que aqu i l a t a r l a responsab i l i dad mor a l
de un i nd i v i duo sobr epasa l a aprec i ac i ón de l a j us t i c i a humana y
so l amen t e cor r esponde a D i os , e l j uez humano so l amen t e puede
de una mane r a i mpr ec i sa y f a l i b l e (8) .
ás i co un t a r a pr esupone acep t ada l a doc t r i na de l , l i -
br e a l bedr í o y de l a i mpu t ab i l i dad mor a l de l homb r e y sobr e es t a
base ed i f i ca l a c i enc i a cr i m i na l , «qúe ma l se cons t ru i r í a
aque l l a».
Tr aspasa r a l De r echo pena l l a noc i ón de responsab i l i dad mor a l
i f i có un grueso er ror , pues en és t a se j uega una dec i s i ón de
abso l u t o mor a l , en t e r amen t e i nconc i l i ab l e con l a re l a t i v i dad de l
De r echo pos i t i vo . N i l a l ey pos i t i va n i l a j us t i c i a humana es
ap t i t ud de va l ora r un ac t o humano en su p l eno sen t i do é t
mucho menos , de f i j ar una propor c i ón en t re su i nmor a l i dad y e l
de ambas no cons i s t e en l ograr un
de j us t i c i a abso l u t a en l a que se i mpongan penas exac t a -
men t e a j us t adas a l ma l abs t rac t o que causa en p l ano mor a l un
c i er to ac t o come t i do con i n t enc i ón torc i da . E l f undamen t o de l
j u i c i o pena l no puede se r j uzga r e l prob l ema me t a f í s i co de l b i en
y de l ma l y encon t r a r l a med i da caba l de l a sanc i ón que cor res-
ponda a l homb r e que ac tuó , s i no adop t a r med i das aprop i adas pa r a
que se man t enga un orden de conv i venc i a que pe rm i t a e l me j or
desa r ro l l o humano en l o i nd i v i dua l y en l o soc i a l . En t an t o se
pe rs i ga a t ravés de l De r echo pena l e l d i c t ado de una j us t i c i a ab-
so l u t a de l géne ro enunc i ado , se es t a rá ex t ra l i m i t ando su ámb i t o
i nvad i endo e l campo de l a mor a l .
Suá r ez pensó que l as normas j ur í d i cas es t aban des t i nadas
a hace r bueno a l homb r e ; con e l l o puso una de l as bases que han
l l evado a l a e t í zac i ón de l De r echo . En ve rdad , e l De r echo cump l e

(8) De mane r a más prof ana , Ana to l e France dec í a : «Los j ueces no sondan
l as ent rañas ni l een l os corazones y as í su más j us t a j ust i c i a es ruda y su-
per f i c i a l » (Op i n i ones de Je rón i mo Co i gna rd) .
Índice
Índicede
de autores/artículos Relación de
autores/artículos Relación de tomos
tomos Sumario
Sumario Buscar en:Autores/artículos
Buscar en: Autores/artículos Documento actual Todos
Documento actual Todoslos
los documentos
documentos

206 Edua rdo Novoa Monr ea2

as una t a rea ordenador a prác t i ca , d i r i g i da an t e t odo a pe r


conv i venc i a t ranqu i l a y pac í f i ca de l os m i embros de l a
soc i edad (apa r t e de e l l o , da f orma t amb i én a un esquema de orga -
n i zac i ón que l e l l ega de l d i c t ada i deo l óg i co , según an t es exp l i ca -
mos ) . Pa r a e l l o l e bas t a a t ene rse a l a conduc t a ex t e rna de l hom-
bre , cua l qu i e ra que sea l a d i spos i c i ón an í m i ca de ést e , y ev i t ar
que den t ro de l a v i da soc i a l acaezcan hechos pe r t urbador es . En
cuan t o haya aca t am i en t o ex t e r i or de l as normas , e l f i n de De r echo
queda cump l i do .
La i dent i f i cac i ón y aun l a exces i va aprox i mac i ón en t re mor a l y
De r echo t i ene pe l i grosos r i esgos pa r a e l respe t o de l os de r echos
de l hombr e , en par t i cu l ar pa r a su l i ber t ad de conc i enc i a , como
ya l o ha demos t r ado l a h i s tor i a , pues t o que f ac i l i ta que l a autor i -
dad soc i a l t ra t e de i ndaga r den t ro de l a i n t i m i dad ps í qu i ca de l
i mpu t ado. En camb i o , su sepa r ac i ón cor rec t a conduce a una con-
cepc i ón secu l a r i zada y c i ent í f i ca de l a responsab i l i dad pena l .
Den t ro de l campo de l a dogmá t i ca pena l mode rna , l a cor r i en t e
l i sta , i n i c i ada por H . We l ze l , concede un pr edom i n i o t an i nt er -
pene t r an t e a l os aspec t os ps í qu i cos , den t ro de l a t eor í a de l de l i to ,
en desmedro de l os resu l t ados ex t ernos , pr i nc i pa l f oco de a t enc i ón
de un ve rdade ro De r echo , que se des l i za no t or i amen t e a una
«e t i zac i ón» de l De r echo pena l .
En e f ec to , e l f i na l i smo , apa r t e de exh i b i r ya en sus f undamen -
tos f i l osóf i cos una fuer t e t endenc i a a as i m i l a r l a responsab i l i dad
pena l con una responsab i l i dad mor a l , f ac i l i ta amp l i amen t e l as v í as
pa r a que l a con f us i ón l l egue a ar ra i garse y conso l i darse , pues den-
t ro de su concepc i ón no ex i s t e momen t o a l guno de l aná l i s i s de l
de l i to que no quede i mpr egnado y , gene r a l men t e , dom i nado , por
l a ac t i tud ps í qu i ca de l su j e to .
No sos t enemos que l a pos t ur a dogmá t i ca adve rsa , e r róneamen t e
denom i nada causa l i smo , cuyo máx i mo exponen t e f ue E . Mezge r ,
sea comp l e t amen t e re f rac t ar i a a una desv i ac i ón como esa ; pe ro , a l
menos , l a acen t uac i ón que hace de l a i mpor t anc i a de l a acc i ón
como f enómeno ob j e t i vo , su pr esen t ac i ón de l t i po como una des-
c r i pc i ón l ega l de sucesos de l mundo ex t er i or ( cuando se t ra t a de
un t i po norma l ) y de l a an t i j ur i d i c i dad como l a con t rad i cc i ón
ob j e t i va de l a acc i ón ma t e r i a l con l as normas prev i s t as en e l or -
denam i en t o j ur í d i co , pe rm i t en con t ra r res t a r l a .

5. LAS NUEVAS TENDENC I AS DOGMAT I CAS SOBRE CULPA-


B I L I DAD SON CADA VEZ MAS I NCONC I L I ABLES CON UN
SUPUESTO DERECHO DE CAST I GAR .

E l desa r ro l l o de l De r echo pena l mode rno ha t en i do como e f ec-


to que den t ro de l a t eor í a de l de l i to se subr ayen f ue r t emen t e l os
componen t es ps í qu i cos de és t e . Las noc i ones de do l o , cu l pa y re -
prochab i l i dad sub j e t i va , i ns t a l adas desde an t i guo den t ro de l r amo ,
y, por e l l o, apa r en t emen t e i nd i scu t i das , no só l o han pasado a pr i -
Índice
Índicede
de autores/artículos Relación de
autores/artículos Relación de tomos
tomos Sumario
Sumario Buscar en:Autores/artículos
Buscar en: Autores/artículos Documento actual Todos
Documento actual Todoslos
los documentos
documentos

A l gunas re f l ex i ones sobre e l derecho de cast i gar de l Es t ado 207

a i er p l ano ( en l a cor r i en t e f i na l i st a) , s i no que han pe rm i t i do l a


acuñac i ón de pos t u l ados nuevos en un De r echo pena l que se s i ent e
en l a cres t a de l a o l a de l avance c i ent í f i co . As í es como ha apare -
c i do e l enunc i ado de nu l l um c r i men s i ne cu l pa , ha r t o engañoso
según habr á de ve rse .
La no t ab l e acen t uac i ón de l os aspec t os ps í qu i cos que hace e l
f i na l i smo , cor robor a con l a espec i a l de l ec t ac i ón con que sus segu i -
dor es se sume rgen en l as más sut i l es d i scus i ones ace r ca de t a l es
ma t e r i as , no puede ser j us t i f i cada como expres i ón de una l abor
pur amen t e dogmá t i ca , mucho menos den t ro de pa í ses que t i enen
l eg i s l ac i ones an t e r i ores a l a propagac i ón de l a doc t r i na f i na l i s t a
que subr ayan conven i en t emen t e l os aspec t os ob j e t i vos de l de l i to ,
con muy buen resu l t ado pa r a e l deb i do r esgua rdo de l os de r echos
de l homb r e .
No o l v i demos que We I ze l f ormu l a t amb i én t es i s f i l osóf i co-pena -
l es f undamen t a l es , que man i f i es t amen t e sobr epasan una me r a
recons t rucc i ón de l s i s t ema l ega l pos i t i vo , y en e l l as se encuen t r an
abundan t es re f erenc i as a sus i nc l i nac i ones e t i zant es (9) .
Con f orme a l a dogmá t i ca más d i f und i da l a cu l pab i l i dad es un
pr esupues t o i nd i spensab l e de l a pena y cons i s t e en e l r eproche que
se hace a l au t or porque «se ha dec i d i do por e l ma l , a pesa r de que
d i spon í a pe r sona l men t e de l a capac i dad de e l eg i r e l cam i no de l
De r echo» , según l as pa l abras de Mau r ach .
En un pr i nc i p i o , e l concep t o de cu l pab i l i dad gua rdaba fuer t es
resab i os de ex i genc i as mora l es , pe ro con e l desa r ro l l o de l a t eor í a
norma t i va de l a cu l pab i l i dad empeza ron a adqu i r i r re l i eve sus
carac t er í s t i cas más genu i namen t e j ur í d i cas , has t a l l egar a cons i de -
rá rse l a como un r eproche pe rsona l f ormu l ado a l agen t e de una
acc i ón an t i j ur í d i ca por habe r l a rea l i zado pese a habe r pod i do ac-
t ua r de mane r a d i f e ren t e . Pe ro aun as í surgen fuer t es ob j ec i ones
pa r a e l l a , no s i endo l a meno r que ; en e l es t ado ac tua l de l os cono-
c i m i en t os humanos , l as c i enc i as de l compor t am i en t o no pe rm i t en
r esponde r a l a pr egun t a de s i a un de t e rm i nado su j e to , en c i rcuns-
t anc i as dadas , l e habr í a s i do pos i b l e obr a r de mane r a d i f eren t e de
como l o h i zo ; e l l as no es t án capac i t adas pa r a reso l ve r sobr e l as
a l t erna t i vas que se pr esen t aban a ese su j e to n i sobr e su l i ber t ad
pa r a obr a r de mane r a d i ve rsa .
Rec i en t emen t e J . Baumann se ocupa de sepa ra r n í t i damen t e
l os concep t os de cu l pab i l i dad mor a l y re l i g i osa y de cu l pab i l i dad
j ur í d i co-soc i a l . Es t e autor , f i rme c reyen t e (10) , man i f i es t a su con
v i cc i ón ace r ca de l a ex i s t enc i a de una cu l pab i l i dad mor a l y re l i g i o-
sa que pe rm i t e una va l orac i ón de l compor t am i en t o soc i a l ; pe ro
hace cons t a r que és t e es un convenc i m i en t o pe rsona l , que no l e
i mp i de r econoce r que en e l campo pena l debe adm i t i rse un con-
cep t o j ur í d i ca -soc i a l que l a cap t e como una cu l pab i l i dad soc i a l y
(9) Ve r m i Causa l i smo y F i na l i smo en De recho Pena l , Jur i cent ro , San
José , 1980, §§ 16 y 18 .
(10) JÜRGEN BAUMAN , Cu l pab i l i dad y exp i ac i ón ¿son el mayor prob l ema
de l De recho Pena l actua l ?, «Nuevo Pensam i ento Pena l », año 1, 1972, pp . 23 ss .
Índice
Índicede
de autores/artículos Relación de
autores/artículos Relación de tomos
tomos Sumario
Sumario Buscar en:Autores/artículos
Buscar en: Autores/artículos Documento actual Todos
Documento actual Todoslos
los documentos
documentos

2108 Edua rdo Novoa Monrea l

que cons i s t i rá en e l j u i c i o de r eproche que se f ormu l a a l os c i uda -


danas que no han cump l i do con l as ex i genc i as gene ra l es . Ese con-
cep t o j ur í d i co-soc i a l puede cons t ru i rse con l os requ i s i tos de l a
v i da soc i a l en común y ser l l enado con con t en i dos va r i ab l es . Por
cons i gu i en t e , é l va a depende r de l a respec t i va s i tuac i ón económ i -
ca , de l os f undamen t os soc i o- económ i cos 1, de l as m i smas ex i gen-
c í as soc i a l es de cada época , t odos e l emen t os mudab l es y s i n pre -
t ens i ón ed abso l u t o . Pues «a l De r echo no l e i n t e resa por sobr e t odo
e l b i en y e l ma l , s i no l a ut i l i dad y l a daños i dad soc i a l » . Recue rda l a
f undamen t ac i ón de pena que se con t en í a en e l Proyec t o A l t e rna -
t i vo de Cód i go pena l a l emán , en l a que se exp l i caba que « i nf l i g i r
una pena no es un acon t ec i m i en t o me t a f í s i co , s i no una ama rga
neces i dad en una comun i dad esenc i a l men t e i mpe r f ec t a como l a
humana» .
Podemos agr ega r que pa r a l a t area que t oca cump l i r a l De r echo
den t ro de l a v i da soc i a l , no es pr i mord i a l un conoc i m i en t o re f i na -
do de l con t en i do ps í qu i co de l i n f rac tor . Cuando se t ra t a de a l can
zar resu l t ados prác t i cos , l a d i spos i c i ón an í m i ca de l i n f rac tor no
i n t eresa como i ngred i en t e esenc i a l de l a i n f racc i ón n i como f unda -
men t o d i rec to de l a reacc i ón soc i a l que deba adop t a rse a su res-
pec t o. Es t o no s i gn i f i ca , de modo a l guno , que esa d i spos i c i ón
i n t e rna no me r ezca n i nguna a t enc i ón . E l l a podr í a t ene r va l or pa r a
de t e rm i na r s í son necesa r i as o no c i er t as reacc i ones an t e e l de l i to ,
pues cuando e l hecho an t i j ur í d i co f ue come t i do acc i den t a l men t e ,
es to es , s i n i n t enc i ón y obr ando con e l deb i do cu i dado , es b i en
probab l e que deba conc l u i rse que es i nnecesa r i o adop t a r a l guna
med i da pa r a ev i t ar su repe t i c i ón .
Luego , l a cu l pab i l i dad no deb i e r a ser t omada como una carac -
t er í s t i ca esenc i a l de l hecho que produce gr ave pe r t urbac i ón soc i a l
o como e l emen t o f undan t e de l a reacc i ón soc i a l pa r a ev i t ar que se
rep i t a , s i no que podr í a pasa r a cons t i tu i rse en un me ro an t eceden-
te a par t i r de l cua l cabe dec i d i r s i es conven i en t e ocupa rse de
é l . E l e l emen t o d i f erenc i a l es t ar í a , en t onces , en que l a cu l pab i l i -
dad abandona su pos i c i ón de par t e , componen t e o no t a esenc i a l de
l o que hoy denom i namos «de l i to» , pa r a t r ans f orma rse apenas en
un da t o su f i c i ent e pa r a de t e rm i na r s i es necesa r i a o conven i en t e
una c i er t a c l ase de med i das des t i nadas a con t ra r res t a r l o .
Se a j us t a cor r ec t amen t e a es t e pensam i en t o cr í t i co l a pos i c i ón
de l a escue l a de l a De f ensa Soc i a l , en cuan t o pos t u l a que l a reac -
c i ón pena l es t á encam i nada no a f i nes de j us t i c i a s i no de pro
t ecc i ón (soc i a l y de l de l i ncuen t e ) . Lo i mpor t an t e es que no se
come t an aque l l os hechos que hoy denom i namos de l i tos y no
e l cump l i r con una i l usor i a j us t i c i a condenando o cas t i gando a
qu i enes i ncur r i e ron en e l l os (11) .

(11) Ve r MARe Ant es , en Le po i nt de vue de l a doc t r i ne de l a Dé f ense


SoM I «Revue Inst . de Soc i o l og i e», Un i vers i t é L¡vre de Bruxe I l es , 1963,
núm . 1, p« 34 .
Índice
Índicede
de autores/artículos Relación de
autores/artículos Relación de tomos
tomos Sumario
Sumario Buscar en:Autores/artículos
Buscar en: Autores/artículos Documento actual Todos
Documento actual Todoslos
los documentos
documentos

es sobre e l derecho de cast i gar de l Es t ado 209

A f or t unadamen t e , en e l De r echo pena l de l os ú l t i mos años co-


m i enza a d i v i sarse una sa l udab l e evo l uc i ón en l a t eor í a de l de l i to
y en l a aprec i ac i ón de l a cu l pab i l i dad , evo l uc i ón que a l canza ,
f e l i zmen t e , a una rev i s i ón de l concep t o m i smo de De r echo pena l
y de l as ex i genc i as de l a po l í t i ca c r i m i na l .
Es as í como , s i n mod i f i ca r e l con t en i do bás i co de l a cu l pab i l i -
dad , con f orme a l cua l e l j u i c i o de r eproche se f ormu l a a un
su j e to por habe r rea l i zado una conduc t a an t i j ur í d i ca pese a habe r
pod i do ac t ua r de mane r a d i f erent e , se n i ega ahor a que sea e l emen-
to de l a cu l pab i l i dad e l que e l su j e t o t enga un sen t i m i en t o o
v i venc i a í n t i ma de su prop i a cu l pab i l i dad . Bas t a r í a , por cons i -
gu i en t e , que e l t r i buna l f ormu l a r a j u i c i o de r eproche a l i mpu t ado ,
aun cuando és t e no tuv i e ra conc i enc i a de que su obr a r es repro-
chab l e (12) .
Una conc l us i ón de es t a c l ase t i ene r epe r cus i ón d i rec t a en l a
cues t i ón re l a t i va a l de r echo de cas t i gar , pues cae con e l l a e l f unda -
men t o m i smo que au tor i za r í a e l cas t i go , que no es o t ro que l a
conc i enc i a que t i ene e l i n f rac tor de habe r con t r aven i do e l orde -
nam i en t o l ega l .
Pe ro , hay pena l i s t as mode rnos que van t odav í a más a l l á , l l e ,
gando has t a a l a negac i ón de l a cu l pab i l i dad como pr esupues t o
de l de l i to y de l a pena , en t re o t ras razones , por es t i ma r l a una
ex i genc i a de i mpos i b l e cons t a t ac i ón . Inút i l es exp l i ca r que una
so l uc i ón de es t a c l ase qu i t a t odo sus t en t o a l a i dea de un de r echo
de cas t i ga r .
E . G i mbe rna t es qu i en , en nues t r a l engua , ha sos t en i do es t a
pos i c i ón. E l ha man i f es t ado que l a cu l pab i l i dad , cuya supr es i ón
propone , «da de l de l i ncuen t e l a v i s i ón de que es una pe rsona é t i
camen t e ma l a , que pod í a hace r e l b i en y , s i n emba rgo , hace e l
ma l » . Es t o pe rm i t e a l a soc i edad gana rse una buena conc i enc i a y
sen t i rse supe r i or f ren t e a l de l i ncuen t e , con l o que o l v i da e l prob l e -
ma t i smo de a pena es t a t a l . E l pena l i s t a h i spano ma r ca l a ob l i ga -
c i ón que ex i s t e de t ra t ar humanamen t e , s i n ahor r a r n i ngún med i o ,
a qu i en v i o l a l a l ey pena l : «un i nf e l i z ma rg i nado de l que l a soc i e-
dad debe ocupa rse como l o ha r í a con l os subnorma l es o l os i nvá -
l i dos» (13) .
(12) Ve r : JUAN CóRDoBA RoDA , Cu l pab i l i dad y pena , Bosch , Barce l ona ,
1977, pp . 25-28.
i nt eresa adver t i r que , hace a l gunos años , Franc i sco Muñoz Conde sos tuvo l a
tes i s de que cuando fa l ta todo sent i m i ento de cu l pab i l i dad en e l su j e to
ac t i vo no se da l a razón para formu l ar l e un reproche y no debe ap l i cárse l e
pena.
(13) ENR I QUE -G i mBERNAT o., en ¿T i ene un futuro l a dogmá t i ca j ur í d i co-
pena l ?, en L i bro de homena j e a Lu i s J i ménez de Asúa , Ed i c i ones Panned i l l e ,
Buenos Ai res , 1970, pp . 495 ss .
Es prec i so hacer not ar que l a ú l t i ma observac i ón de G i mbe rna t que se
reproduce , a l ude c l arament e a l a i n j usta s i tuac i ón ex i stente en e l mundo
pena l de hoy; e l l a no t i ene sent i do en una just i c i a que , i nt ent ara mayor
i gua l dad de t ra to para todos los grupos soc i a l es, y que subord i nará t amb i én
a l os poderosos a un orden j ur í d i co .
14
Índice
Índicede
de autores/artículos Relación de
autores/artículos Relación de tomos
tomos Sumario
Sumario Buscar en:Autores/artículos
Buscar en: Autores/artículos Documento actual Todos
Documento actual Todoslos
los documentos
documentos

210 Edua rdo Novoa Mon r ea l

Bas t a da r a conoce r es t as i deas , pa r a que a f l uyan en t rope l a l a


men t e de qu i enes no pa r t i c i pan de e l l as t oda c l ase de a rgumen t os
des t i nados a reba t i r l as , t odos e l l os f undados en un comprom i so
con an t i cuados concep t os de i mpu t ab i l i dad , cu l pa mor a l y , has t a ,
de i nd i gn i dad de l homb r e ( a rgumen t o es t e ú l t i mo que rec l uyen
en l o más pro f undo de sus ve r i cue t os an í m i cos cuando se t ra t a ,
por e j emp l o , de conoce r l a v i da rea l que hacen l os penados en l os
ac tua l es es t ab l ec i m i en t os carce l ar i os) . En e l f ondo , t odos es tos
a rgumen t os r econocen ra í ces comunes ; se as i en t an en un l i bre
a l bedr í o t eór i co que , pese a d i s t i ngos más f orma l es que rea l es ,
supone que e l su j e t o t uvo una e f ec t i va pos i b i l i dad de obr a r de
acue rdo con l as normas que t ransgred i ó , y en un concep t o é t i co
de cu l pa y de responsab i l i dad pena l que propongo supe r a r . De es t a
mane r a l a d i scus i ón r eúne t odos l os requ i s i tos pa r a conve r t i rse
en un ve rdade ro d i á l ogo de sordos .
G i mbe rna t , s i n emba rgo , no econom i za razones pa r a apoya r
su t es i s n i r ehuye l as cr í t i cas abundan t es que se l e d i r i gen desde
var i os ángu l os. Cons i de r a t odas l as a l t erna t i vas pos i b l es y propor
c i ona t odas l as respues t as que pa r a e l l as caben , comenzando por
hace rse ca rgo de aque l l as ob j ec i ones que c r een que un De r echo s i n
cu l pab i l i dad ser í a a l go crue l y arb i t rar i o , que no respe t a r í a l a
d i gn i dad de l a pe rsona humana y podr í a conve r t i rse en s i n i es t ro
i ns t rumen t o de i deo l og í as tot a l i t ar i as .
A es t as a l turas , no obs t an t e , queda c l aro que l as denom i nac i o-
nes de «De r echo pena l » , «pena» , «cu l pab i l i dad» y o t ras ca t egor í as ,
has t a ahor a i nf a l t ab l es en e l a rsena l pena l í s t i co , pasan a desva -
nece rse o , cuando menos , p i e rden su sen t i do acos t umbr ado.
Me doy cuen t a de que m i s pa l abras conducen , más a l l á de m i s
deseos , a conc l us i ones más aser tór i cas que l as que me propuse
p l an t ea r . A l comenza r es t as re f l ex i ones apenas pr e t end í a o t ra cosa
que pr esen t a r i nqu i e t udes y dudas . M i ob j e t i vo e ra desp l ega r an t e
nues t r a v i s t a gr andes i n t e r rogan t es que surgen de un h i po t é t i co
de r echo de cas t i gar .
A l rev i sa r l o expues t o cap t o que el d i scurso me ha l l evado a
l o que podr í a t ene rse como una t es i s abso l u t amen t e con t ra r i a a l
r econoc i m i en t o a l Es t ado de un de r echo de i mpone r penas a qu i e -
nes quebr an t an l as no rmas más esenc i a l es necesa r i as pa r a una
conv i venc i a humana pac í f i ca y ordenada.
Es t o pa r ece d i mana r de l r azonam i en t o deduc t i vo que he em-
p l eado . Los pun t os de pa r t i da me pa r ece f i rmes y l os a rgumen t os ,
cor rec t os .
No obs t an t e , hay dos pun t os que ponen obs t ácu l o a una res»
pues t a de f i n i t i va : por una par t e , e l hecho de que has t a ahor a
n i ngún Es t ado haya r enunc i ado j amás a t a l de r echo n i haya pro.
hab i l i dades rea l es de que a l guno vaya a hace r l o en e l f u turo , y ,
por l a ot ra , nues t r a reacc i ón sub j e t i va an t e muy gr aves c r í menes .
¿No me r ece se r cons i de r ado t amb i én t odo eso?
Sos l aya r es t os obs t ácu l os y om i t i r o t ro aná l i s i s , es t a vez de
í ndo l e muy d i f e ren t e de l pur amen t e deduc t i vo que he hecho an t e -
Índice
Índicede
de autores/artículos Relación de
autores/artículos Relación de tomos
tomos Sumario
Sumario Buscar en:Autores/artículos
Buscar en: Autores/artículos Documento actual Todos
Documento actual Todoslos
los documentos
documentos

A l gunas re f l ex i ones sobre e l derecho de cast i gar de l Es t ado 211

r i ormen t e , ser í a poco ser i o. En t re t an t o , no pueden es t ab l ecerse ,


c i e r t amen t e , conc l us i ones de f i n i t i vas .
Por es to , l o más a que pu
sean cons i de r adas en ese examen , abso l u t amen t e necesar i o , de l as
ob j ec i ones que surgen en con t r a de l de r echo de cas t i ga r desde
l os pun t os de v i s t a que he desenvue l t o. Lo cua l no me i mp i de
r econoce r que nos encon t r amos de l an t e de un prob l ema ex t r ema -
damen t e d i f í c i l .
Pa r a s i nt e t i zar l o expr esado en l as pág i nas preceden t es , c reo
pos i b l e a f i rma r :
1) E l de r echo de cas t i gar no t i ene sus t en t o en e l De r echo , s i no
que cons t i t uye un pos t u l ado i deo l óg i co cor r espond i en t e a i deas
que t uv i e ron acep t ac i ón en o t ras épocas , expres i vas de un pensa
m i en t o me t a f í s i co , basadas en pr i nc i p i os abso l u t os y a pr i or i , e l a-
bor adas sobr e l a base de r azonam i en t os deduc t i vos y no ver i f i -
cab l es c i en t í f i camen t e .
2) Con f orme a l os pr i nc i p i os que se a t r i buyen t rad i c i ona l men-
t e a l De r echo na tura l , e l de r echo de cas t i ga r podr í a se r f undamen -
t ado con f orme a és t e.
3) Según l os pr i nc i p i os de l Es t ado secu l a r i zado que hoy se
adm i t e , no podr í a cabe r en és t e l a i dea de un de r echo de cas t i gar .
4) E l de r echo de cas t i ga r no puede encon t r a r acog i da en un
De r echo pena l c i en t í f i camen t e es t ruc t ur ado y caba l men t e d i f eren-
c i ado de l a mor a l .
5) Los avances dogmá t i cos en ma t e r i a de cu l pab i l i dad van
r educ i endo gr adua l men t e e l espac i o pos i b l e pa r a l a subs i s t enc i a
de un de r echo de cas t i gar .

Vous aimerez peut-être aussi