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Racismo estrutural - Apontamentos para uma discussão conceitual

2001-03-14
Dennis de Oliveira

A questão fundamental para se discutir o racismo estrutural nas sociedades capitalistas contemporâneas, na atual fase de
acumulação flexível chamada de globalização neoliberal, é partir de duas características que marcam o período que passamos:

1. Alteração no paradigma de produção - da padronização à flexibilização: O sistema de produção fordista, vigente antes do
neoliberalismo, é caracterizado como um modo de produção que padroniza os produtos e os produz em larga escala. As tarefas
exercidas na linha de produção são especializadas no limite, facilitadas e repetitivas. Há um controle rígido do ritmo de produção
por meio de uma forte hierarquia dentro da empresa. Com isto, o capital se reproduz via a economia obtida na produção em larga
escala e na queda dos rendimentos individuais proporcionados pela baixa qualificação exigida dos operários. Além disto, a
necessidade de se ter esta pequena qualificação, uma vez que as tarefas são simplificadas, permite ao capital economizar utilizando
do mecanismo da rotatividade de mão de obra. Por isto, no período em que este modelo de produção foi hegemônico, o desemprego
tinha um caráter marcadamente sazonal, era fruto do uso do expediente da rotatividade como forma de rebaixar o custo da mão de
obra. Além disto, a exigência de baixa qualificação da mão de obra permitiu que se implementassem políticas econômicas de
crescimento industrial sem a contrapartida de um incremento no sistema educacional. Este foi justamente o centro das políticas
desenvolvimentistas implantadas no Brasil, particularmente durante o regime militar - o sistema educacional concentrou-se na
preparação técnica (adestramento) da mão de obra. O neoliberalismo traz uma alteração profunda com relação a isto. O modelo de
produção deixa de seguir os parâmetros do fordismo e passa para o chamado "toyotismo", que se caracteriza pelo uso da tecnologia
eletrônica (ou "tecnologia limpa"), a polivalência dos ocupantes dos postos de trabalho (em lugar da especialização no limite, os
trabalhadores passam a executar várias tarefas e a se adaptar às mudanças conjunturais na produção) e produção em pequena escala
e diversificada. A economia que o capital consegue para se reproduzir, não se dá mais na larga escala e sim no atendimento imediato
de demandas específicas e segmentadas. Por isto, no toyotismo, já não se trabalha mais com grandes estoques - o ritmo da produção
é flexibilizado, adaptando-se às conjunturas do mercado. O ingresso neste sistema de produção exige do operário um conhecimento
mais genérico, capaz de se adaptar às mudanças conjunturais e seu contrato de trabalho fica subordinado a estas mudanças
conjunturais. Flexibilização é a palavra chave deste novo paradigma de produção. Flexibilização na remuneração, na forma de
contratação, na remuneração, na jornada, nas funções exercidas e mesmo na relação trabalhista. A resultante disto é uma restrição
cada vez maior do mercado de trabalho, excluindo todo aquele contingente de mão de obra que não possui as qualificações
necessárias para se adaptar a estas exigências deste modelo de produção (transformando o desemprego resultante em permanente e
não mais em sazonal) e desregulamentando as relações trabalhistas, deixando-as à mercê da conjuntura produtiva. A noção de
direitos universais deixa de existir no contexto neoliberal.

2. Alteração no paradigma de consumo - da padronização à segmentação: O paradigma de consumo também se altera


profundamente no neoliberalismo. Com a transformação da produção de larga para pequena escala e diversificada, a produção de
mercadorias estratégia para segmentar mais e mais o mercado. Na vigência hegemônica do neoliberalismo, a produção padronizada
praticamente criava padrões de consumo. A propaganda de massas foi um instrumento importante para padronizar o consumo, ao
impor modas, padrões estéticos e de gosto popular. Hoje, a diversificação da produção alterou profundamente esta estratégia: há
uma tendência em se buscar a segmentação de mercado, ao mesmo tempo que se sofistica este mercado consumidor uma vez que
esta produção é em pequena escala e, portanto, restrita a um contingente pequeno de consumidores. Por isto, o consumo passa a ser
organizado a partir de pequenos "nichos" de mercado que, apesar da sua pequena dimensão, mobilizam quantias fantásticas de
dinheiro, já que são, antes de tudo, nichos de consumo sofisticado. Os meios de comunicação de massa que fazem o papel da
propaganda e, portanto, são os organizadores do mercado consumidor, adaptam a esta realidade e segmentam sua ação: criam-se
meios de comunicação segmentados (impressos, radiofônicos e televisivos) e os meios de comunicação de alcance genérico, como
os jornais, buscam segmentar-se dentro de si (como, por exemplo, a criação de cadernos específicos para jovens, mulheres,
economia, informática, etc.) para otimizar o discurso publicitário dirigido a estes nichos de mercado.

É importante ressaltar, porém, que se há uma segmentação na produção e na distribuição, há uma forte tendência à concentração da
direção destes processos. Esta segmentação de mercado é dirigida por um capital cada vez mais monopolizado, pois as novas
tecnologias de produção que permitem a adoção destes novos paradigmas produtivos e de consumo exigem investimentos cada vez
mais altos e há uma volatilidade cada vez maior dos equipamentos instalados nas indústrias. Se uma máquina exigia um
investimento X e teria uma vida útil de Y anos no período anterior ao neoliberalismo, hoje uma máquina mais moderna exige um
investimento 2x e sua vida útil é y/2 ou até menos. Por isto, nesta luta vão sobrevivendo os grandes monopólios e as pequenas e
médias empresas praticamente estão condenadas à morte.

Esta nova configuração econômica do neoliberalismo traz alterações profundas no campo social. A primeira delas é uma apartação
social entre aqueles que conseguem se incluir no mercado de trabalho e consumo nestas novas bases e aqueles que ficam de fora. A
segunda, decorrente da primeira, é a total destruição do que se chamaria de espaço público e sociedade civil, diante do aumento
geométrico das disparidades sociais. A terceira é a ineficácia de políticas públicas generalistas que desconsideram esta diferença
brutal que se gera no tecido social, transformando direitos em privilégios. E, finalmente, a quarta alteração é a desvalorização da
idéia de democracia (no sentido lato do termo) e justiça social, conceitos iluministas que foram gestados na ascendência da
burguesia ao poder. Por isto, o neoliberalismo se difere do liberalismo clássico, já que o segundo continha no seu projeto ideal
(embora não fosse praticado) a idéia de igualdade, enquanto que o primeiro relativiza a idéia de igualdade e democracia
subordinando-a a de eficiência no sentido gerencial capitalista. Com este processo contínuo de seleção e exclusão, afloram os
mecanismos raciais como critérios seletivos, primeiramente no mercado de trabalho formal e, depois, como conseqüência, no
exercício da cidadania. Por esta razão, que o neoliberalismo intensifica os projetos racistas, inclusive os de caráter político-
partidário (como viu-se recentemente na Europa com o ressurgimento das organizações nazi-fascistas na França, Alemanha, Itália,
Rússia, entre outros).

É importante perceber que nestes tempos de neoliberalismo, mesmo os mecanismos formais de democracia são relativizados: há
uma campanha sistemática contra os poderes legislativos; a penetração do marketing político nas disputas eleitorais despolitizando
este momento de debate social e transformando estas disputas em meros jogos publicitários e de imagens construídas; a proposta de
enxugamento das normas legais (principalmente os tocantes às relações trabalhistas e sociais) tirando qualquer forma de controle
social sobre o funcionamento e a ação dos ocupantes dos poderes governamentais, entre outros.

No caso específico de países que foram colonizados, como os da América Latina, que construíram sua base primitiva de acumulação
com base no trabalho escravo de negros e indígenas; que passou por uma revolução burguesa de caráter conservador, que manteve
estruturas aristocráticas e escravistas quase que intactas, a adoção deste modelo neoliberal aumenta um processo de exclusão que já
existia, praticamente condenando ao extermínio os ocupantes deste segmento populacional. Este aumento se dá de duas formas:

a-) de forma extensiva, ao ampliar o número de pessoas que entram na zona da exclusão social, num processo que podemos
denominar de democratização da senzala;

b-) de forma intensiva, ao intensificar os mecanismos de exclusão daquelas pessoas que já estavam na zona dos excluídos, num
processo complementar que denominaremos de extermínio da senzala.

Os dois processos - democratização e extermínio da senzala - praticamente destroem a já combalida sociedade civil e transforma a
cidadania num privilégio cada vez mais inacessível a maioria. Os direitos sociais, embora previstos legalmente, transformam-se em
letra morta diante da incapacidade dos poderes públicos garanti-los sem uma ruptura com todo o sistema social. A tendência à
concentração de renda faz agravar ainda mais os problemas e, assim, a resolução destes exige cada vez mais investimentos vultuosos
que significariam uma mudança dos rumos do desenvolvimento capitalista atual.

Os setores hegemônicos têm duas alternativas diante disto. À direita, pregam simplesmente o extermínio físico destas populações,
num processo de faxina étnica. Ao centro, criar mecanismos de seleção para que parcela destes excluídos desfrutem de uma rede
mínima de proteção social - que, com o passar dos tempos, torna-se cada vez mais mínima - controlando inevitáveis explosões
sociais nestes segmentos excluídos. Chamaremos esta corrente de centro de "administradora das tensões sociais".

A preocupação com a instabilidade causada pela miserabilidade preocupa uma importante fonte do Poder Mundial: o Banco
Mundial que, no seu relatório sobre a pobreza no mundo, chama a atenção dos governos dos países em desenvolvimento que o não
atendimento de demandas mínimas dos miseráveis pode por em risco todo o processo de inserção das economias do terceiro mundo
no mundo globalizado neoliberal. O veredicto do Banco Mundial é taxativo: a miséria pode se transformar em uma guerra civil.

"La estabilidade social depende no sólo de níveles de desigualdad tolerables sino que también requiere que los diversos grupos
socioeconomicos, como las agrupaciones étnicas o regionales mantengan la cohesion social haciendo posible el funcionamento de la
sociedade, las instituiciones y los mercados. La estabilidad social es un activo intangible: mejora perspectivas de crescimiento y es
dificil de reemplanzar una vez perdida (...) La ruptura definitiva de la cohesion social es la guerra civil...

A preocupação do Banco Mundial com o aumento da miserabilidade (mais que uma preocupação, mas um verdadeiro alerta de
acordo com o seu informe de 1999) não decorre de nenhum ataque altruísta dos detentores do novo poder mundial. Decorre,
unicamente, da preocupação com a instabilidade do sistema; em outras palavras, a miséria pode chegar a níveis insuportáveis que
põe em risco todo o sistema em que o capitalismo neoliberal está assentado.

Mas o mesmo informe do Banco Mundial diz adiante:

"A chave para estes e outros planos não relacionados com o emprego é formulá-los de tal maneira que mantenham sua função de
representar uma segurança para os mais pobres e não sejam utilizados por aqueles que não se encontram em uma situação menos
desesperada."

A ação social do Banco Mundial se desenvolve prioritariamente por cima dos estados nacionais sob o argumento de que estes
podem fazer um uso "político" e "populista" de tais ações. Para isto, contam com as ONGs que passaram a receber maiores parcelas
dos projetos financiados pelo Banco Mundial. Segundo o relatório Overview - NGO World Bank Collaboration (disponível no site
do Banco Mundial), "entre 1973 e 1988, somente 6% dos projetos financiados pelo Banco Mundial envolviam ONGs. Em 1993, um
terço dos projetos aprovados incluíam ONGs e em 1994, este percentual chegou a 50%".

O sociólogo norte-americano James Petras afirma que "à medida que aumentou a oposição ao neoliberalismo, o Banco Mundial
incrementou os donativos às ONGs. O ponto fundamental de convergência que une as ONGs e o Banco Mundial é o rechaço de
ambas entidades ao estatismo. Superficialmente, as ONGs criticavam o Estado desde uma perspectiva de esquerda na qual
defendiam a sociedade civil, enquanto que o Banco Mundial o criticava em nome do mercado" (PETRAS, Las dos caras de las
ONGs, texto publicado no La Jornada, do México, em 8/8/2000, e reproduzido no site Oficina de Informações)

Estas ações incrementaram não devido ao crescimento dos protestos políticos mas também à falência social do projeto neoliberal
que, segundo dados do próprio Banco Mundial, da população global de 6 bilhões de habitantes, 2,8 bi (46,7%) vivem com menos de
dois dólares por dia e 1,2 bi (20%) com menos de um dólar diário. O risco de total desestabilização do sistema é evidente e o Banco
Mundial tem se desdobrado para agir no sentido de garantir a estabilidade do sistema sem questioná-lo. Esta é a perspectiva da
corrente que denominamos de administradora das tensões sociais.

Vejamos agora a intensidade dos mecanismos de extermínio impostos pela globalização neoliberal. O relatório da ONU intitulado
Perspectivas da População Mundial - Revisão 2000 divulgado no dia 28 de fevereiro último aponta que a população mundial hoje
está em torno de 6,1 bilhões de pessoas e cresce a uma taxa anual de 1,2% - em números absolutos, isto significa 77 milhões de
pessoas a mais por ano. O mesmo relatório aponta que até o ano de 2025, os países mais desenvolvidos tenderão a uma redução da
população enquanto que os países maios pobres continuarão crescendo até 2050. Dados:

- Os seis países que mais crescem atualmente são: Índia (21%), China (12%), Paquistão (5%), Nigéria (4%), Bangladesh (4%) e
Indonésia (3%) - somente estes países são responsáveis pela metade do crescimento anual da população mundial.

- A população de 39 países projetam uma redução nos próximos 50 anos. As estimativas são de redução da população no Japão e
Alemanha (14%), Itália e Hungria (25%), Federação Russa, Geórgia e Ucrânia (de 28 a 40%).

Estes dados são importantes para uma reflexão das perspectivas do racismo a se manter o atual padrão de acumulação de riquezas,
pois sabe-se que os países mais ricos concentram cerca de 80% da riqueza mundial. Isto significa que as regiões mais pobres é que
concentram e concentrarão ainda mais a população mundial, uma conta que faz aumentar a concentração de riquezas.

Uma situação destas tende a intensificar os fluxos migratórios, pois com o aumento da miserabilidade das regiões mais pobres, as
populações destes locais irão buscar meios de sobrevivência nos locais onde se concentram as riquezas - e isto é grave a ponto de já
se perceber fluxos migratórios em algumas regiões da África em busca de água potável. Por sua vez, as nações mais ricas tenderão a
lançar mão de mecanismos racistas e xenófobos para controlar ou mesmo impedir o acesso destas populações migrantes às riquezas
de tais nações.

O tráfico de pessoas movimenta hoje de US$7 bi a US$13 bi ao ano no mundo. O tráfico de pessoas cresceu 400% nos últimos dez
anos e se assenta, basicamente, na escravização de mulheres para a prostituição que é a terceira principal fonte de riquezas das
máfias internacionais, perdendo apenas para o tráfico de armas e o narcotráfico. Cerca de 30 milhões de mulheres estão nesta
situação na Europa Ocidental, sendo que 22% delas são provenientes de nações da África e 12% da América Latina.

Um outro problema que preocupa as nações mais ricas é o esgotamento dos recursos da biomassa que, hoje, se concentram
justamente nas florestas tropicais localizadas, na sua maior parte, nos países mais pobres, especificamente a América Latina, África
e Ásia. Estudos mostram que há um iminente esgotamento das fontes energéticas tradicionais - petróleo e carvão mineral - e uma
das alternativas é a biomassa, uma fonte de riquezas renovável e rica em tais florestas. Por isto, os controles do crescimento
populacional destes países bem como o não reconhecimento da titularidade das terras de povos que historicamente as ocupam, como
os indígenas na América Latina, e ainda o mecanismo das patentes que obrigam as nações mais pobres a pagarem pelo uso industrial
de medicamentos produzidos com matéria prima extraída do seu próprio território.

Gostaria de finalizar, colocando uma questão importante para se pensar a crueldade destes mecanismos de extermínio. A AIDS hoje
é vista como um fator estratégico de controle populacional de países do continente africano. O último relatório da ONU já citado
aponta que a expectativa média de vida nos países da África Subsaariana caiu de 50 anos em 1990 para 49 anos em 2000, enquanto
que no mundo todo, a expectativa média de vida sobe constantemente. O relatório diz que daqui a 15 anos, a expectativa média de
vida nesta região deverá subir para, no máximo, 52 anos. Recentemente, indústrias farmacêuticas transnacionais entraram com ação
contra o governo da África do Sul porque este decidiu adquirir medicamentos produzidos no Brasil e na Índia de tratamento da
AIDS a preços mais baixos que os oferecidos por estas indústrias. A alegação dos empresários: Brasil e Índia não estariam
respeitando a lei das patentes. O fato é que o governo sul-africano não teria como manter um programa público de tratamento da
AIDS se tivesse que pagar os preços impostos pelos laboratórios - mas isto não é nem levado em consideração. Aliás, um dos
argumentos de proprietários destes laboratórios é que não adianta fornecer medicamentos aos africanos porque eles são fracos,
famintos e o medicamento nem faria reação - em outras palavras, eles têm que morrer mesmo.

Penso que esta reflexão deve nos pautar para discutir uma estratégia dos movimentos sociais na Conferência Mundial de Combate
ao Racismo da ONU. Primeiramente, é preciso fazer uma denúncia pública destes mecanismos de extermínio como a face
contemporânea do racismo estrutural. Todos estes dados, informações que mostram este cenário dantesco devem ser socializados e
apresentados à opinião pública internacional que estará voltada para esta conferência. Segundo, responsabilizar as nações,
particularmente as mais ricas ou as mais beneficiadas pela globalização neoliberal por este cenário e cobrar mecanismos eficazes de
combate ao racismo. A conferência será um momento ímpar para construirmos uma grande aliança internacional com base nos
povos da diáspora africana e os povos indígenas de confronto com este modelo econômico e fazermos que impere, de fato, a lógica
da vida e não a lógica da coisa.

Os pontos que uma agenda destas deve defender são:

- a criação de mecanismos de reparações às populações que foram vítimas do processo de escravização, como os afro descendentes;

- a ratificação de todas as normas e acordos internacionais referentes ao combate ao racismo, como a Convenção 111 da OIT e a
Convenção Internacional de Combate ao Racismo na sua plenitude;

- mecanismos de combate a feminilização/racialização da pobreza com base em políticas públicas de caráter universal e generalistas,
políticas pontuais e emergenciais e políticas direcionadas de ação afirmativa;

- revisão dos tratados internacionais que tratam do reconhecimento das patentes de forma a preservar o patrimônio biológico das
comunidades que vivem nas regiões das florestas do trópico úmido.

Pra dar uns exemplos:


- simbólico: chamar cabelo de negro de "ruim" e outras formas de simbolicamente tratar aparência, cultura ou história de negros
como uma coisa ridícula, cômica, hiper-sexual, ou negativa.
- físico: violência racial na sua forma mais direta; isso inclui tanto o estupro de escravas negras pelos fazendeiros no século XVIII
quanto o presente costume dos policiais de atirar nos suspeitos negros antes de tentar resolver o crime (e muitas vezes o "suspeito"
nem foi culpado).
- estrutural: a falta de oportunidade para os negros na sociedade brasileira. Já que a maior parte da população negra vive na situação
financeiramente difícil; os pais sofrem discriminação no mercado de trabalho -> não conseguem pagar escola particular pros filhos e
colocam eles em escolas públicas -> os filhos recebem educação inferior e não conseguem entrar na faculdade -> mais uma geração
de negros sem educação superior entra no mercado de trabalho para ganhar salário inferior ao dos brancos e acaba colocando filhos
na escola pública. Racismo estrutural é a forma mais invisível do racismo, porque não tem como culpar nenhuma pessoa pelas
falhas no sistema. No entanto, certas desvantagens existem.

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