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Apuração do custo/aluno em instituições de ensino: estudo de uma

instituição privada do município de Londrina-PR

Kelly Alves Kolarovicz (Universidade Estadual de Londrina) kellykolarovicz@hotmail.com


Saulo Fabiano Amâncio Vieira (Universidade Estadual de Londrina) saulo@uel.br
Federico Natalio Madkur (Universidade Estadual de Londrina) federico.madkur@uel.br

Resumo:
A educação é a principal ferramenta para o desenvolvimento de uma sociedade, desta forma, ao longo
do tempo todos os povos buscaram meios para educar as novas gerações, surgindo assim as
instituições de ensino. Com o passar dos anos tais instituições foram aumentando em quantidade,
devido ao aumento da demanda de alunos, surgindo assim instituições públicas, mantidas pelo
governo. Com o intuito de oferecer serviços não ofertados pelo Estado, surgiram as instituições
privadas, porém esta última, enquanto empresa, visando também o aprimoramento de sua
administração, ofertando seus serviços com qualidade sem grandes custos. Assim, através do método
de custeio direto, foi analisado o custo/aluno de uma instituição particular de ensino do município de
Londrina, no ano de 2012. Tal estudo apontou que o custo por aluno do Ensino Fundamental II é
maior que o dos demais cursos ofertados pela instituição, sendo eles Educação Infantil e Ensino
Fundamental I. A pesquisa utilizou a metodologia quantitativa e descritiva, obteve os dados por meio
de levantamento bibliográfico. A organização dos dados fez-se através de planilhas eletrônicas.
Palavras chave: Custos, Custo/aluno, Educação

Determining the Cost/Student in Education Institutions: study of a


Private Institution of the city Londrina-PR
Abstract
The education and the main tool for the development of a society in this way, over time all people
sought ways to educate the new generations, thus resulting in educational institutions. Over the years
these institutions have been increasing in quantity due to increased demand from students, so besides
the public institutions, maintained by the government, there were also private institutions, both with
the goal of providing quality education, however the latter, as a company, aiming also the
improvement of its administration, offering quality education without major costs. Thus, through the
direct costing method, we analyzed the cost / student of a particular institution of education of the
municipality of Londrina, in the year 2012. This study found that the cost per pupil of elementary
school II and higher than that of other courses offered by the institution, namely Child Education and
Primary Education I. The research used quantitative and descriptive methodology, the data obtained
through literature. The organization of the data was made through spreadsheets.
Key-words: Costs, Cost/student, Education
1. Introdução
A muito tempo se sabe que a educação é o principal meio para o desenvolvimento de um país
e para a ascensão de uma sociedade. De acordo com Streck et al (1996, p. 16):
A educação das novas gerações tem sido uma preocupação em todos os tempos.
Todos os povos foram implantando, gradativamente, instituições, além da família,
encarregadas da educação das novas gerações.... Estas instituições, tinham em
comum o fato de reunir a nova geração fora do ambiente familiar, para instruí-las e
educá-las.
A partir de então as instituições educacionais evoluíram por conta das grandes transformações
sociais, tecnológicas e político-econômicas. Fazendo com que as grandes nações adotassem a
educação como prioridade para o desenvolvimento de um país.
Desta forma, a maneira de gerir tais instituições também precisou crescer. Sendo que estas
precisaram se adequar de maneira a gerir seus recursos com o objetivo de oferecer serviços
educacionais de qualidade.
A Lei n° 9394/96 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em seu artigo 4° inciso
IX, define como padrão mínimo de qualidade de ensino a variedade e quantidade mínimas,
por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem.
Dentre os níveis educacionais, a educação básica é aquela que necessita de maior atenção pelo
fato de ser o pilar de formação no ensino, englobando tanto a educação infantil quanto o
ensino fundamental.
Não há como negar que na educação, assim como em qualquer outra área, ocorram custos
para a manutenção do negócio. Desta forma, pode-se definir custos como sendo um recurso
sacrificado para a obtencao de um objetivo especifico . Um custo é normalmente medido
como a quantia monetária que precisa ser paga para adquirir bens ou serviços”.
De acordo com Magalhães et al (2010, pg. 639):
As informações referentes aos custos podem servir como base para o
estabelecimento dos padrões, orçamentos e formas de previsão para os gastos das
instituições, e também para acompanhar se o realizado está de acordo com os
valores preestabelecidos. Assim o custo pode ter função de contribuir para o
autoconhecimento da instituição e para o estabelecimento de padrões de comparação
com outras instituições.
A medição de custos é feita de maneira mais clara e corriqueira em instituições com fins
lucrativos, mais especificamente em empresas produtoras de bens. No entanto, a mensuração
dos custos em instituições produtoras de serviços é tão importante quanto nas indústrias e
requer ainda mais atenção e acompanhamento, por parte dos gestores, já que se apresenta de
forma um pouco mais complexa e abstrata.
Estudos ligados aos custos educacionais vêm crescendo no país, ainda que de forma
dificultosa por conta da complexidade do assunto e da inacessibilidade de dados,
principalmente em instituições privadas que muitas vezes não disponibilizam seus dados
financeiros. Tal ausência de estudos pode gerar dúvidas quando a aplicabilidade de
ferramentas de controle de custos e sua eficiência em escolas que assim como as demais
empresas necessitam de monitoramento financeiro para sua sobrevivência.
Diante da grande importância das instituições educacionais para a sociedade e da necessidade
de mantê-las funcionando de forma a oferecer educação de qualidade, ofertando aos alunos os
padrões mínimos de ensino, mostra-se relevante analisar qual o custo de um aluno para uma
instituição particular de ensino. Desta forma, foi analisada uma escola particular de Educacão
Infantil e Ensino Fundamental I e II, localizada no municipio de Londrina-Pr, atuante ha 24
anos neste segmento.
2. Custos e sua importância
Até o século XVIII na Revolução Industrial a apuração contábil existente era a Contabilidade
Geral ou Financeira, desenvolvida na Era Mercantilista e bem estruturada até o momento para
atender as empresas comerciais (MARTINS, 2010). Nesta época para a apuração dos
resultados de cada período era necessário apenas o levantamento dos estoques em termos
físicos, já que seu levantamento monetário era extremamente simples.
Após o crescimento das indústrias a função do contador tornou-se mais complexa já que os
dados dos valores dos estoques para levantamento e apuração dos balanços já não eram mais
dispostos de forma tão fácil, assim os contadores adaptaram as empresas industriais aos
critérios utilizados pelas empresas comerciais.
A função primeira da Contabilidade de Custos era a de resolver os problemas de mensuração
monetária dos estoques e do resultado e não a de ser um instrumento de administração. Este
fato contribuiu para a demora em seu potencial no campo gerencial, o que fez com que a
Contabilidade de Custos não tivesse uma acentuada evolução durante muito tempo.
Para Martins (2010) “com o crescimento das empresas a Contabilidade de Custos passou a ser
vista como uma ferramenta de auxílio à administração, esse novo papel permitiu que a mesma
exercesse duas importantes funções: o auxílio ao controle e a ajuda às tomadas de decisões”.
Quanto ao controle, sua principal função é fornecer dados para o estabelecimento de padrões,
orçamentos e demais previsões, além de acompanhar os fatos acontecidos para a comparação
com os valores anteriormente definidos.
No que se refere à tomada de decisão, a Contabilidade de Custos mostra-se de suma
importância, já que alimenta as informações sobre valores relevantes sobre as consequências
de curto e longo prazo a respeito de medidas de introdução ou corte de produção,
administração de preços de venda, dentre outras.
“Desta forma, o conhecimento dos custos é vital para saber se, dado o preço, o produto é
rentável; ou, se não é rentável, se é possível reduzi-los (os custos) ” (MARTINS, 2010).
Dentro deste novo contexto surgiram as atuais definições sobre o que são custos. De acordo
com Martins (2010), “custo é um gasto relativo a um bem ou serviço utilizado na produção de
outros bens ou serviços”.
Para Nascimento (2001), “custo é o somatório dos bens e serviços consumidos ou utilizados
na produção de novos bens ou serviços, traduzidos em unidades monetárias”.
“A contabilidade de custos é uma técnica utilizada para identificação e mensuração dos custos
dos produtos em todo o processo produtivo, aquisição de mercadorias para revenda e custos
para prestação de serviços, além de uma forma de controle” (SCHIER, 2006, p. 25).
De acordo com o enfoque contábil, os custos podem ser classificados como Custo Contábil e
Custo Gerencial. Sendo que o primeiro é subordinado à Contabilidade Financeira, obedecendo
as normas legais técnicas, fiscais e societárias. Já o segundo está comprometido com a
eficiência pela redução de gastos, por meio de estudos e análises ligados à mudança de
processos, ao controle financeiro e na melhoria do atendimento aos clientes.
As técnicas para a apuração dos custos podem ser usadas em qualquer ramo de atividade,
principalmente para planejar, administrar e controlar as atividades econômicas de cada
negócio, explorando tanto atividades industriais e comerciais quando prestação de serviços.
No entanto, a devida atribuição dos custos de cada processo produtivo, seja ele fabril,
comercial ou de prestação de serviços só pode ser feita se for realizada a apuração do custo da
produção e o resultado em um determinado período de tempo, fazendo a separação dos gastos
em custos, despesas e investimentos (ativo). Porém, esta separação necessita de muita
atenção, já que estes três itens, apesar de muito parecidos, apresentam características
diferentes.
De acordo com Martins (2010) “gasto é a compra de um produto ou serviço qualquer, que
gera sacrifício financeiro para a entidade”. O pagamento desta compra pode ser feito no
presente gerando um desembolso ou no futuro gerando uma dívida.
Já “uma despesa é o bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de
receitas”, (MARTINS, 2010). As despesas são reconhecidas no ato da venda.
“Um custo é um gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou
serviços”, (MARTINS, 2010). Sendo que para sua apucacão e apropriacao sao utilizados
metodos de custeio, afim de empregar aquele que melhor atenda as necessidades da empresa.
Para este estudo utilizou-se o método de custeio direto, que apesar de não ser considerado
para fins fiscais, é utilizado para fins gerenciais nas empresas, já que contempla somente os
custos diretos de produção e comercialização do produto ou serviço.
3. Custos Educacionais
As instituições educacionais formam um importante segmento, principalmente pelo papel que
desempenham na sociedade. Portanto, necessitam de um controle eficiente para que possam
oferecer seus serviços com qualidade. Além disso, o advento da tecnologia pouco afetou no
ensino presecencial o setor de ensino no que tange a redução de gastos com matéria-prima e
mão de obra, diferentemente do que acontece com outros setores da economia, como por
exemplo, a indústria, isto faz com que a busca pela redução de custos seja ainda mais difícil.
Ao contrário de vários segmentos, que se utiliza de máquinas e robôs para produzir seus
produtos, no caso da educação o gasto com mão de obra é contínuo e crescente, pois mesmo
com o advento de tecnologias e recursos que auxiliam o processo de aprendizagem, a figura
do professor ainda continua sendo indispensável.
Os custos educacionais dizem respeito aos meios ou recursos utilizados para que se possa
oferecer o serviço de educação, sendo expressos em valores monetários. A correta alocação
dos custos garante que a instituição forneça um preço justo para seus clientes, além de
permitir maior controle de tudo o que é gasto para a entrega de um ensino de qualidade.
Tal assunto vem sendo pesquisado desde os séculos XVIII e XIX quando economistas como
Adam Smith, Alfred Marshall e John Stuart Mill estudaram a importância do investimento e a
forma com que os países poderiam financiar o setor educacional.
Já na década de 1960, surgiram as teorias da Economia da Educação acerca das análises de
custos dos sistemas de ensino, onde Schultz apresenta o conceito de custos dos serviços
educacionais e o conceito de fator total do custo da instrução.
No Brasil os primeiros estudos sobre custos na área de educação foram realizados na década
de 1980 por Antônio Xavier e Antônio Marques para a Secretaria de Ensino Básico do
Ministério da Educação. Esta pesquisa foi dirigida às escolas públicas e buscou examinar
apenas os custos diretos de funcionamento das instituições bem como os gastos realizados
pelo aluno e sua família.
Paro (1982) publicou seu estudo sobre o custo do ensino público no estado de São Paulo,
analisando o custo/aluno na rede estadual, utilizando três categorias de componentes de
custos, sendo elas, (1) Despesas de Capital; (2) Despesas Correntes e Despesas Sociais.
Sales e Silva (2006) realizaram um estudo acerca do Custo Direto de Financiamento das
Escolas Públicas Municipais de Teresina - Piauí, buscando determinar os custos educacionais
do município, especificamente àqueles relacionados ao custo direto de funcionamento das
instituições pesquisadas, onde se observou que custo aluno/ano médio das escolas pesquisadas
ficou bem acima do valor aluno/ano definido nacionalmente.
Wernke et al (2011), relataram em um estudo de caso a aplicação do Custo/Volume/Lucro em
uma empresa de pequeno porte, prestadora de serviços de educação infantil, através de
método descritivo com abordagem qualitativa. Tal estudo concluiu que a possibilidade de
aplicação do Custo/Volume/Lucro neste tipo de instituição com a realização de pequenos
ajustes.
Pereira e Vieira (2014) analisaram a metodologia de custos da APAE do município de
Ibiporã. Utilizando-se de métodos quantitativos, a pesquisa contribuiu para maiores
informações sobre os custos em instituições filantrópicas de educação.
Diante do exposto, verifica-se a importância do estudo dos custos na área de educação, tendo
em vista que esta é essencial para o desenvolvimento de qualquer país, sendo que o
conhecimento e a devida alocação de seus custos contribuem grandemente para um controle
eficiente dos gastos e investimentos no setor educacional.
4. Metodologia
Com o objetivo de desenvolver um estudo sobre os custos de uma unidade educacional
particular do município de Londrina, o presente estudo apresenta uma abordagem quantitativa
e descritiva, através de um estudo de caso.
A pesquisa quantitativa recorre à linguagem matemática para descrever as causas de um
fenômeno, as relações entre as variáveis, etc. (Fonseca 2002), por essa razão sendo utilizada
para medir os custos da instituição objeto de estudo. A pesquisa descritiva descreve
características de determinada população ou fenômeno, ou o estabelecimento de relação entre
as variáveis (GIL, 1994). Preocupando-se em observar os fatos, registrá-los, analisá-los e
interpretá-los.
O levantamento se deu através de pesquisa bibliográfica e documental. Primeiramente foram
coletados os dados na instituição particular de ensino, por meio de entrevistas com a
administradora financeira do local, que explicou como funciona tal departamento e como são
apurados os custos totais da empresa, bem como os custos respectivos de cada setor. Em
seguida foram levantados os documentos secundários da empresa, tais como demonstrativo de
resultados, demonstrativo de pagamentos a fornecedores e demonstrativos de folha de
pagamento, todos estes referentes ao ano letivo de 2012, já que os dados deste ano já estavam
devidamente apurados e revisados. Após a coleta, os dados foram organizados em planilhas
de Excel® para analise.
5. Resultados
Apos o levantamento dos dados, o primeiro passo para o levantamento dos resultados, foi
apurar as receitas da instituição, bem como sua representatividade, conforme a descrição do
quadro a seguir:
1. Tipos de receitas Valor anual Representatividade
1.1 Educação Infantil R$ 521.800,57 17,04%
1.2 Fundamental I R$ 1.220.295,76 39,84%
1.3 Fundamental II R$ 476.259,42 15,55%
1.4 Receita - Materiais Escolares R$ 288.661,95 9,43%
1.5 Receita -Lanche e Almoço R$ 385.576,88 12,59%
1.6 Outras Receitas R$ 170.057,66 5,55%
TOTAL R$ 3.062.652,24 100,00%
Fonte: Autoria própria
Tabela 1 - Distribuição de receitas da instituição

Nos itens 1.1, 1.2 e 1.3, foram levantados os valores anuais de recebimentos das mensalidades
dos cursos de Educação Infantil, Ensino Fundamental I e Ensino Fundamental II,
respectivamente, bem como sua representatividade mediante o total geral de receitas da
instituição.
Diante deste levantamento pode-se verificar de onde advém a maior fatia das receitas da
instituição, sendo que as mensalidades do ensino fundamental I representam quase que 40%
do total anual arrecadado, enquanto os valores da educação infantil e ensino fundamental II
representam juntos aproximadamente 32% das receitas.
Em seguida foram apurados os dados da Administração Geral. Como a administração geral é
a responsável pelos demais setores da escola, esta foi a primeira a ter os seus custos apurados,
já que seu custo total será rateado nos demais departamentos como Custo Indireto da
Administração Geral.
Tal centro de custo foi dividido em pessoal, material de consumo, material de expediente,
água/energia/telefone/aluguel e despesas financeiras.

Administração geral Total anual Representatividade


Pessoal R$ 118.479,13 83,32%
Material de consumo R$ 2.323,45 1,63%
Material de expediente R$ 2.912,04 2,05%
Telefone/energia/telefone/aluguel R$ 16.909,92 11,89%
Despesas financeiras R$ 1.575,99 1,11%
Subtotal adm geral R$ 142.200,53 100%
Fonte: Autoria própria
Tabela 2 - Dados Administração Geral

Foram considerados no item Pessoal os auxiliares de administração escolar, encarregada de


departamento pessoal e assistente de relações públicas, mediante a consulta dos relatórios
cedidos pelo departamento de recursos humanos da escola e escritório de contabilidade.
Nos itens Material de Consumo e de Expediente foram considerados os materiais de escritório
utilizados pela administração, conforme consulta ao demonstrativo de resultados mensal
gerado pelo setor financeiro da instituição.
Para o levantamento dos custos com água, luz, telefone e aluguel foram consultados os
valores apontados no demonstrativo da escola, sendo que o valor final indicado na tabela
acima foi obtido após o rateio daqueles valores aos metros quadrados do prédio da
administração. Tais valores não são alocados por departamento por esse motivo houve a
necessidade do rateio por metro quadrado.
Os custos com despesas financeiras dizem respeito aos gastos com despesas bancarias e com
descontos concedidos.
O valor anual total dos custos com administração foram alocados proporcionalmente ao
número de alunos.
Em seguida, foram apurados os custos totais com educacão.

ED INF. FUND. I FUND. II TOTAL REPRESENT.


ANUAL
Número de alunos 125 228 126 479

Atendimento direto
Professores e aux. 118.202,09 149.840,42 199.782,84 467.825,35 42,39%
Material de consumo 186,88 92.716,72 51.238,19 143.954,91 13,04%

Administração
Direção 2.179,54 3.975,48 2.196,98 8.352,00 0,76%

Coordenação 6.827,41 12.453,20 6.882,03 26.162,64 2,37%


Secretaria 1.845,89 3.366,90 1.860,66 7.073,45 0,64%
Orientação 1 13.785,49 14.778,05 0,00 28.563,54 2,59%
Orientação 2 0,00 8.115,08 10.877,66 18.992,74 1,72%

Administradora 2.228,34 4.064,48 2.246,16 8.538,98


Marketing 11.182,59
Mat. de expediente 759,93 1.386,11 766,01 2.912,04 0,26%

Cozinha
Cozinheiras 7.131,43 13.007,73 7.188,48 27.327,65 2,48%
Gêneros alimentícios 25.012,11 45.622,09 25.212,21 95.846,40 8,69%

Manutenção
Zeladoras 12.454,49 22.716,99 12.554,12 47.725,60 4,32%
Material de limpeza 1.760,15 3.210,52 1.774,24 6.744,91 0,61%

Manutenção geral 6.138,35 11.196,36 6.187,46 23.522,17 2,13%

Transporte 12.422,46 22.658,56 12.521,84 47.602,86 4,31%


Subtotal custo direto 92.545,59 166.551,55 90.267,84 349.364,98 86,32%
educação
Subtotal custo adm geral 37.108,70 67.686,26 37.405,57 142.200,53 12,89%
Subtotal educação 248.043,25 476.794,95 378.694,44 1.103.532,64 100%
Representatividade 22,48% 43,21% 34,32% 100,00%

Fonte: Autoria própria


Tabela 3 - Valores custos educacão
No item Atendimento Direto foram considerados os custos com professores em sala de aula e
auxiliares e os materiais escolares de consumo dos alunos, tais como livros didáticos,
materiais de apoio, materiais de papelaria, materiais de higiene e esportivos.
O cálculo dos custos nas subdivisões foi feito utilizando como critério de rateio o número de
alunos por curso, exceto no que se refere a remuneração dos professores, pois estes valores já
foram devidamente apurados no item Despesas com Pessoal.
Desta forma, utilizou-se o valor total anual de cada item, dividiu-se pelo total de alunos
matriculados na escola e multiplicou-se pelo número de alunos matriculados nos cursos,
levantando assim os custos por ano/série.
Os itens apurados em seguida referem-se aos custos ligados indiretamente à educação.
Assim, o item Administração engloba a remuneração da diretora, coordenadora pedagógica,
orientadoras pedagógicas, secretária, administradora e marketing. Os salários da
administração foram rateados dividindo o valor líquido anual ao total de alunos da escola e
em seguida multiplicando pelo total de alunos por serie/curso. No entanto, este procedimento
não pode ser feito nos salários das orientadoras pedagógicas já que as mesmas atuam em
séries diferentes, sendo assim, ao invés de a multiplicação ser feita pelo total de alunos por
curso, tal procedimento foi feito pelo número de alunos atendidos por cada uma das
orientadoras na Educação Infantil, no Ensino Fundamental I e II. O item Material de
Expediente corresponde ao que é utilizado nas atividades de secretaria e demais áreas
administrativas.
No tópico Cozinha, estão alocados os custos de mão-de-obra da Merendeira e das auxiliares
de cozinha, e dos alimentos e demais produtos utilizados na preparação dos lanches e
refeições dos alunos.
Os custos com zeladoria, materiais de limpeza e manutenção em geral estão dispostos no item
Manutenção. A manutenção geral engloba os custos com reparos de imobilizado,
equipamentos, prédio e demais reparos necessários para o funcionamento da escola.
O item transporte engloba todos os custos inerentes a van que a própria escola mantém para
oferecer tal serviço para seus clientes. Sendo assim, os gastos com manutenção, combustíveis
e lubrificantes bem como os demais itens ligados ao veículo e ao motorista.
Após serem feitos os levantamentos acima, pode-se então calcular o custo por aluno, sendo
que para isso primeiramente foi preciso verificar os custos totais de cada curso.

Total Anual Número de alunos Representatividade


Infantil R$ 24.043,25 125 26,10%
Fundamental I R$ 476.794,95 228 47,60%
Fundamental II R$ 378.694,44 126 26,30%
Fonte: Autoria própria

Tabela 4 - Custos totais por curso

Os valores apresentados acima são anuais, desta forma, após serem divididos pelo número de
alunos de cada serie/curso, os mesmos ainda foram divididos por 12, para que pudesse se
chegar ao custo mensal por aluno. Assim, os custos totais (custos diretos mais custos
indiretos) da instituição de ensino pesquisada são apresentados a seguir.
Custos totais por aluno
Educação Infantil R$ 165, 36
Fundamental I R$ 174, 27
Fundamental II R$ 250, 46
Fonte: Autoria própria

Tabela 5 - Custos totais por aluno por curso

Além disso, também foram levantados os custos diretos inerentes aos alunos de cada
serie/curso conforme quadro abaixo.

Custos diretos por aluno


Educação Infantil R$ 78,93
Fundamental I R$ 88, 65
Fundamental II R$ 166, 02
Fonte: Autoria própria

Tabela 6 - Custos diretos por aluno por curso

Após esses levantamentos, pode-se verificar que os custos por aluno do Ensino Fundamental
II são maiores quando comparados aos demais cursos, isto se deve principalmente pela
onerosidade da folha de pagamento, que é rateada por um número pequeno de alunos. Por
outro lado, temos a Educação Infantil com os menores custos da instituição, ainda que este
curso apresente uma quantidade de alunos praticamente igual à do Ensino Fundamental II,
este curso não oferece material didático apostilado para os alunos e conta com um quadro
menor de profissionais, por consequência seus custos são menores. No que se refere aos
custos do Ensino Fundamental I observasse que a maior quantidade de alunos reflete em
custos maiores no item Material de Consumo.
6. Considerações finais
A presente pesquisa buscou apurar os custos por aluno de uma instituição privada de ensino
da cidade de Londrina – Pr, no ano de 2012. Deste modo, para que tais objetivos fossem
alcançados foram levantados os dados financeiros da escola objeto de estudo da pesquisa.
Primeiramente foram levantadas as receitas anuais de cada um dos cursos, mostrando que
aproximadamente 43% do faturamento da instituição é advindo do Ensino Fundamental I, por
conta da maior quantidade de alunos matriculada, em comparação aos outros dois cursos.
Em seguida, foram apurados os custos com administração e os custos totais com educação,
englobando os itens, Atendimento Direto, Administração, Cozinha, Manutenção e Transporte,
por meio do método custeio direto, onde pode-se verificar que os custos anuais da instituição
foram de R$ 1.103.532,64. Através deste estudo também verificou-se que os custos totais e os
custos diretos do curso Ensino Fundamental I são maiores em relação a Educação Infantil e ao
Ensino Fundamental II.
No entanto, o Ensino Fundamental II abarca os maiores custos por aluno, tanto nos custos
totais, quanto nos custos diretos e apesar de a quantidade de alunos ser praticamente a mesma,
este curso representa mais que o dobro dos custos por aluno da Educação Infantil e
aproximadamente 50% a mais que os custos do Ensino Fundamental I.
A presente pesquisa contribuiu para o estudo dos custos em uma instituição privada de ensino,
que presta serviços de educação para as séries iniciais. Espera-se com este estudo, que outras
pesquisas sejam realizadas na área não somente no âmbito privado, mas também no de
instituições públicas, já que pesquisas deste tema ainda são escassas.
Como sugestão para futuras pesquisas novos estudos para a apuração de custos nas redes
municipais e estaduais de ensino, bem como comparar com instituições privadas com porte
similar.
Referências
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