INTRODUÇÃO Todo cristão pode ser um conselheiro eficaz ou
isso é um dom?
O aconselhamento pode ser uma atividade
fascinante, mas também é sinônimo de trabalho
duro e desgastante. Exige muita concentração e, às
vezes, pode causar sofrimento e frustração. Além
disso, quando nos deparamos com os problemas de
outrem, nos damos conta de nossas próprias
inseguranças e conflitos, podendo colocar em risco
a estabilidade emocional e autoestima do
conselheiro.
Vejamos alguns dos riscos que o conselheiro
pode enfrentar e como tornar o seu trabalho mais
eficaz e recompensador.
A motivação do conselheiro
Por que você quer ser um conselheiro? Quais
suas motivações pessoais? Você se sentiria
realizado exercendo o aconselhamento?
Fatores que podem interferir na eficiência do
aconselhamento:
1. A necessidade de manter relacionamentos;
2. A necessidade de exercer controle;
3. A necessidade de socorrer;
4. A necessidade de informação;
5. A necessidade de cura pessoal;
A eficácia do conselheiro
A “preocupação principal”, o desejo profundo
de aprender a arte do aconselhamento e de
desempenhá-la bem, deve ser o sentimento
primeiro.
Teoria + prática = eficácia
A eficácia no aconselhamento leva tempo e
durante o processo se lida com algumas incertezas.
paciente, ou a resposta do analista à
transferência do paciente.
O papel do conselheiro
O aconselhamento, especialmente o pastoral,
pode se tornar ineficaz quando não se distingue
claramente seu papel e responsabilidades.
Áreas onde pode ocorrer confusão:
1. Visitar versus aconselhar;
2. Precipitação versus cautela;
3. Desrespeito versus compreensão;
4. Preconceito versus imparcialidade;
5. Dar ordens em vez de explicar;
6. Envolvimento emocional em vez de
objetividade;
7. Impaciente em vez de realista;
8. Artificial em vez de autêntico;
9. Ficar na defensiva em vez de demonstrar
empatia;
A vulnerabilidade do conselheiro
O aconselhamento seria mais fácil se
pudéssemos admitir que todo aconselhando quer
ser ajudado, que é honesto e que irá cooperar com
o processo.
Os três mecanismos que as pessoas mais usam
para frustrar um conselheiro, tornando-o mais
vulnerável:
1) Manipulação – alguns são mestres na arte de
conseguirem o que querem, tentando
controlar outros. Agem de forma bem sutil.
Conselheiros manipulados raramente fazem
bem o seu trabalho.
2) Contratransferência – é a transferência do
analista (conselheiro) em relação ao
Resistência – muitas pessoas vêm pedir ajuda
porque desejam alívio imediato do sofrimento. Só
que muitas vezes resistem ao processo terapêutico.
Quando o processo de aconselhamento se inicia,
as defesas psicológicas do aconselhando podem ser
ameaçadas e isto pode levar a ansiedade, raiva e
falta de cooperação.
A sexualidade do conselheiro
O aconselhamento geralmente envolve a
discussão de detalhes íntimos que jamais seriam
abordados em outro contexto.
Um conselheiro sensato deve fazer de tudo para
manter o controle, podendo fazer isto por meio de:
a) Proteção espiritual – concentra-se em tudo
aquilo que recomenda Filipenses 4.8. Deve
também meditar na Palavra, vigiar e orar;
b) Reconhecimento dos sinais de alerta –
identificar o perigo e antever as
consequências de ceder às tentações sexuais
durante o aconselhamento;
c) Imposição de limites – ajuda a evitar alguns
dos perigos que rondam o gabinete de
aconselhamento. Determinar ainda a
frequência e duração das sessões e não
alterá-las;
d) Disposição mental – não adianta negar os
impulsos sexuais, eles são comuns, muitas
vezes embaraçosos, excitantes, mas podem
ser controlados. Além disso, deve-se pensar
nas consequências sociais, profissionais e
princípios teológicos;

e) Proteção de um grupo de apoio – para
ajudar a resistir a atração sexual é preciso
admitir honestamente que o problema
existe. Neste sentido, ter um ou dois
confidentes para discutir o assunto pode ser
muito útil.
A ética do conselheiro
causa esgotamento psicológico, físico e até mesmo
espiritual.
Para que isso seja evitado é necessário: a) força
espiritual que vêm através da oração e meditação
na palavra; b) tempo para descanso, c)
investimento em aperfeiçoamento; d) manter o
senso de humor e não dar tanta importância aos
problemas.

As organizações que reúnem conselheiros O conselheiro dos conselheiros

profissionais criaram códigos para resguardar o
Apesar de todos os programas de treinamento
bem-estar tanto do conselheiro, quanto da
profissional serem importantes, muitas vezes
aconselhando.
ignoram a maior fonte de força e sabedoria que um
Como servo de Deus, o conselheiro deve agir conselheiro cristão tem a sua disposição - o
Espirito Santo.
O Conselheiro e o
com responsabilidade e aconselhar de acordo com
os princípios bíblicos. Como empregado deve
cumprir seus deveres com honestidade e
A principal ajuda que um conselheiro cheio do Aconselhamento
Espírito Santo pode ter não é nas teorias recentes
competência. Como cidadão deve obedecer às
dos especialistas, mas na frase: “Assim diz o
autoridades governamentais e contribuir para o
Senhor”.
bem da sociedade.
A Bíblia também descreve o próprio Jesus como
 Um aconselhando revela que infringiu a lei
o “Maravilhoso Conselheiro”. Ele é o conselheiro
ou pretende prejudicar outra pessoa, e lhe
dos conselheiros, sempre disposto a animar, guiar e
pede sigilo. Você deve contar a polícia ou a
dar sabedoria aos que se dedicam a atividade de
futura vítima?
ajudar seus semelhantes. É vital reconhecer isso
 A filha solteira do pastor presidente de sua
em sua vida como conselheiro.
igreja conta que esta gravida e que Pretende
abortar. O que você faz com essa
informação?
Curso de Ciências Teológicas
Qual a resposta para estas situações?
Disciplina Aconselhamento Cristão
Orientar o aconselhando a revelar essas Professor: Claudio José
informações diretamente às pessoas envolvidas.
Acadêmicos: Augusto Meirelles, Paulo
Enfrentando o estresse Auzier e Adnelson.
O aconselhamento é um trabalho árduo. Às
vezes quando se percebe que alguns não
melhoram, somado a outras problemáticas deixa,