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Victor Barros

Método de Gaita de boca

Victor Barros
(Diatônica e cromática)
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Índice - bloco I

1.1. A gaita de boca ou Harmônica......................................................7


1.2.O Ábaco e como segurar seu instrumento e embocadura.............9
1.3 Princípios da musica......................................................................11
1.4 Posições da gaita...........................................................................11

2.1. a escala natural ou diatônica.........................................................10


2.2. execução da escala natural na gaita.............................................15
2.3. sinais de alteração.......................................................................19

3.1. escala cromática..........................................................................21


3.2. a escala cromática e as gaitas.....................................................21
3.3. Enarmonia....................................................................................23
3.4. A escala cromática em graus.......................................................27

4.1. A gaita de dez buracos ou diatônica............................................29


4.2. Registro geral da gaita diatônica................................................. 29
4.3. figuras de duração........................................................................31
4.4. Compasso.....................................................................................33

5.1. andamento....................................................................................37
5.2. estudo da gaita com auxilio do metrônomo..................................37
5.3. Dinâmica e timbre.........................................................................39
5.4. músicas “Tema da 9ª sinfonia de Beethoven” (transposta para um dó...........41

6.1. Escalas..........................................................................................43
6.2. As diversas escalas e a gaita........................................................43
6.3. Escala maior ou jônio....................................................................45
6.4. Musica...........................................................................................47

7.1. Tonalidade.....................................................................................49
7.2. Escala chinesa...............................................................................51
7.3. escalas brasileiras.........................................................................51
7.4. Musica “Xiao bai cai”.....................................................................53

8.1. escala menor natural ou eólio........................................................55


8.2. dicas para evoluir rapidamente......................................................55
8.3. sinais gráficos.................................................................................57
8.4.música “caçador de mim”................................................................59

9.1. curiosidades (breve histórico sobre as gaitas)................................61


9.2. intervalos.........................................................................................61
9.3 música “noite feliz”...........................................................................65

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10.1. acordes.........................................................................................67
10.2. acordes na gaita...........................................................................71
10.3. Arpejo...........................................................................................75
10.4. música “berceuse”........................................................................75

11.1. graus da escala maior..................................................................77


11.2. Campo harmônico do modo maior...............................................77
11.3. Efeito vibrato na gaita...................................................................81
11.4. música “Dona Nobis Pacem” parte 1...........................................81

12.1. cadências harmônicas.................................................................83


12.2. Modos litúrgicos ou eclesiásticos................................................85
12.3. Execução dos sete modos na gaita.............................................91
12.4. música”Dona nobis pacem” parte 2.............................................93

13.1. Forma...........................................................................................95
13.2. staccato........................................................................................95
13.3. execução do staccato na gaita.....................................................97
13.4. música “Dona Nobis Pacem” parte 3.......................................... 99

14.1. compasso composto..................................................................101


14.2. Bending......................................................................................107
14.3. Músicas cromáticas....................................................................107
14.4. Musica “tears in heaven”...........................................................109

15.1. contratempo, o acento deslocado...............................................111


15.2. transposição................................................................................113
15.3. inversão de intervalos..................................................................117
15.4 Música: How great thou art...........................................................121

16.1. Inversão de acordes....................................................................123


16.2. Sinais de repetição.......................................................................123
16.3. Música: Mais perto.......................................................................127

Caderno de exercícios.................................................................130 - 145

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Lição 1.

1.1– A gaita de boca ou Harmônica

A Gaita ou Hamônica foi desenvolvida em 1857 em Trossinger. Um Boêmio chamado


Richter desenvolveu o modelo, É como se fosse um mini órgão, só que fazemos tudo com a
boca, no órgão bombeamos o ar com o pé, definimos quais palhetas serão sopradas com os
dedos, na gaita sopramos direto nas palhetas.
Matthias Hohner com a esposa e filhos começou a fabricar os primeiros modelos, que logo
foram aceitas pelo corpo de fuzileiros navais alemães.
Chegando a América logo se adaptou ao canto dos escravos recém libertos.
Contendo uma grande variação de afinações as gaitas diatônicas como são chamadas
podem tocar vários estilos de músicas. Abaixo algumas afinações especiais para gaitas de
dez buracos. As gaitas com essas afinações que saem do padrão Richter, fugindo ao que
chamamos de escalas diatônicas passando a ser escalas modais alteradas São:
(todas estas gaitas saem de fábrica já com estes tons que fogem ao padrão diatônico).

Afinação country ou Jazz (pela marca Huang) – A diferença esta no quinto orifício
aspirado aumentado em meio tom, isso porque algumas músicas ficam mais bem
harmonizadas com a sétima maior e não a Sétima da dominante.

Afinação Melody maker – A afinação M. Maker vai mais à frente que o country re-
afinando três palhetas. Além de aumentar em meio tom o orifício cinco aspirado, criando
assim a sétima maior, mexe também no terceiro orifício soprado aumentando em um tom,
de sol passa a ser Lá e mexe também no nono buraco nove aspirado, esta a oitava do quinto
buraco.

Afinação Harmonic minor - Esta tem a escala menor harmônica nos orifícios quatro ao
sete. Cinco palhetas são alteradas os buracos dois, cinco, oito em meio tom reduzidas, no
caso da gaita de “Dó” ou “C” teríamos um “Mi bemol” ou “Eb” soprando, e os orifícios
seis e dez também abaixadas em meio tom no caso da gaita de “Dó” ou “C” trocaremos o
“Lá” ou “A” pelo “Lá bemol” ou “Ab”.

Todas estas afinações por mais que facilitem não chegam nem aos pés do velho e bom
padrão Richter. Existem também gaitas diatônicas de Doze e Quatorze orifícios estas tem
afinações especiais, a Steve Baker Special, A Hohner 365, a Hering Rhythm Blues e outras
mais.

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1.2– O Ábaco e como segurar seu instrumento e embocadura.

O Ábaco.

Escala italiana ou diatônica – É a escala que tradicionalmente conhecemos também


chamada de escala diatônica, sendo assim temos; Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si.
Escala Anglo Saxã ou universal - trata-se de um código de cifragem utilizado na
Alemanha considerando Lá como primeira nota, rebatizaremos o lá de A e assim
sucessivamente as outras notas seqüenciais, vejamos abaixo.

A B C D E F G
Lá Si Dó Ré Mi FÁ Sol

Como segurar seu instrumento.

Nós Harmonicistas seguramos nosso instrumento com a mão esquerda, mesmo sendo
canhoto como eu, com os números virados para cima; Envolvemos com a mão direita como
se fosse uma concha.

Embocadura.

Na verdade embocadura é uma coisa bastante pessoal, no entanto, existem algumas que
facilitam o aprendizado, mas é muito importante que cada musicista encontre seu jeito.
Embocadura é a maneira como se coloca a boca na gaita ao sopra-la.

Embocadura de sopro – consiste em direcionar todo o ar em um só ponto, como se fosse


um assobio, pode-se usar a língua em forma de “u” para canalizar o sopro.
Embocadura aberta – os lábios não se fecham direcionado o ar em um só ponto, mas
permanecem abertos. Tal embocadura é utilizada para que se possa tocar acordes.
Embocadura de língua – nesta embocadura, sopramos como na embocadura aberta, mas
tapamos com a ponta da língua o buraco que não queremos ouvir, ou melhor,
colocamos a língua no buraco três enquanto tocamos o quatro.

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1.3 – Princípios da música

Existem quatro princípios para que a música seja perfeita, são eles:

Altura – É o princípio da musica de ser Mais grave ou mais agudo.


Dinâmica – É o princípio da musica de ser mais rápido ou mais lento.
Intensidade - É o princípio da musica de ser mais alto mais baixo.
Timbre - É o princípio da musica pelo qual reconhecemos sua origem, qual instrumento
esta executando a obra.

O respeito a estes precipícios, principalmente quando tocarmos em conjunto, é que vai


definir o bom do mau músico.

1.4 – Posições da gaita

Primeira posição – (straight harp ou Jônio) A gaita toca no tom de sua afinação, letra do
ábaco impresso na parte da frente do seu instrumento. Ex: Gaita de “Dó” ou Gaita de ”C”.
Tocamos músicas folclóricas e outras melodias simples. A Primeira terça desta escala tem
dois tons de distância, sendo assim, esta escala é maior.
Segunda posição – (Cross Harp ou Mixolídio) A gaita toca no quinto grau escala diatônica
também chamado de Modo Mixolídio. Ex: Uma Gaita de “Dó” ou gaita de “C” toca no tom
de “Sol” ou “G” mixolídio. É neste tom, sol, que tocamos o blues, tocamos no mixolídio
alterado. A Primeira terça desta escala tem dois tons de distância, sendo assim, esta escala é
maior.
Terceira posição – (minor key ou Dórico) É nesta posição que tocamos músicas de tom
menor, ou seja, a altura entre a primeira terça desta escala tem apenas um tom e meio de
distância. : Ex: Uma Gaita de “Dó” ou gaita de “C” toca no tom de “Ré menor” ou “Dm”.
Muito comum para blues menor, samba rock e algumas MPB’s.
Quarta posição – (minor key ou Frígio) Nesta posição também tocamos numa escala
menor, ou seja, a altura entre a primeira terça desta escala tem apenas um tom e meio de
distância. Ex: Uma Gaita de “Dó” ou gaita de “C” toca no tom de “Mi menor” ou “Em”.
Boa para tocar Jazz-blues.
Quinta posição – (relative minor key ou Eólio) Esta posição nos oferece uma escala
também menor, ou seja, a altura entre a primeira terça desta escala tem apenas um tom e
meio de distância. Ex: Uma Gaita de “Dó” ou gaita de “C” toca no tom de “Lá menor” ou
“Am”.

Ainda temos dois tipos de escalas que não serão abordados neste método, o lócrio que é
meio diminuto e o Lídio que é uma escala maior, mesmo assim procure em outras
bibliografias de teoria musical e tente aplicar na sua gaita.

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Lição 2.

2.1 – A escala natural ou diatônica (escala italiana)

Chama-se escala natural ao conjunto notas naturais não alteradas, seriam as teclas brancas
do piano, são elas:

Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si.

Em ordem crescente da mais grave para a mais aguda. Após o Si A escala recomeça
ascendentemente; antes do Dó a série continua descendentemente. Assim:

MI Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá SI Dó Ré Mi Fá Sol.

Imaginemos um intervalo linear de A, B.

A B

Nesta linha temos a vibração sonora, Ela é mais grave para a esquerda e mais aguda na
direita. Esta linha repete infinitamente para os dois lados sempre ficando mais grave para a
esquerda e mais agudo na direita.

Grave A BA B A B A B A B Agudo

O Homem vem dividindo esta linha, AB, em diversos tamanhos desde a pré-história, No
início em Dois e três sons nas cavernas, foi progredindo. As tribos africanas nos apresentam
escalas vocais de cinco sons. Na idade média começou a aparecer a escala de seis sons, e
logo o aparecimento na Itália da escala de sete sons que conhecemos. Todo o processo
desde o início até hoje, com a escala cromática de doze sons é meio complexo e foge ao
proposto por este método, aconselho um melhor aprofundamento através de livros de
História da música e física musical.
Para dividir melhor esta linha AB o Homem fez Medições Megahertz, definiram o A ou Lá
como sendo 440 vibrações Megahertz.
As notas naturais guardam entre si uma certa altura entre a nota mais grave e a mais aguda.
Esta distância chama-se intervalo, cuja unidade de medida é o semitom. Semitom é o menor
intervalo na música ocidental. A união de dois semitons é o tom.
Os intervalos entre as notas vizinhas na escala natural criam uma fórmula também chamada
de padrão intervalar.
Lá na Itália eles perceberam que na escala de seis sons, Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá. Tinha um
salto de um tom e meio até o próximo dó, resolveram amolecer o dó em meio tom, criando
a nota chamada de Ti Mole, no italiano ou como conhecemos Si, Mole porque ela amoleceu
de uma nota aguda Dó para uma nota grave o si mole deu origem a palavra bemol, que é
uma alteração que hoje podemos fazer e quase todas as notas.

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Percebeu-se que as notas tinham um certo tamanho específico o si e o mi fisicamente têm


meio tom e as outras um tom

Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó.

Tom, tom, semitom, tom, tom, tom, semitom.

2.2 execução da escala natural na gaita.

Soprar

Aspirar

Primeira posição Modo jônio


A maneira de executar a escala natural na gaita se chama primeira posição, na escrita
musical usa-se o pentagrama.

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As notas são representadas nos espaços e nas linhas.

Para nomear as notas usam-se as claves. A clave de sol na segunda linha de baixo para cima
e a clave de Fá na quarta linha debaixo para cima.

Clave de Sol na segunda linha indica que a segunda linha de baixo para cima é a nota Sol,
escreve-se notas agudas e médias nesta clave.

Clave de Fá na quarta linha de baixo para cima. Escreve se notas graves nesta clave.

Demais Claves

Escala natural nas claves:

Escala de Dó maior no pentagrama, na clave de Sol.

Escala de Dó maior no pentagrama, na clave de Fá.

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Para representar notas que estão acima ou abaixo dos limites do pentagrama usamos linhas
suplementares, superiores e inferiores, isso porque a vibração sonora fisicamente é
representada na diagonal e não na horizontal como vimos na aula um, ela repete
infinitamente criando oitavas graves e agudas.

2.3. Sinais de alteração e valores das notas.

• Sustenido (#) eleva a nota em meio tom


• Bemol (b) abaixa a nota em meio tom
• Bequadro ( ) tem a função de anular as notas anteriores (#,b)

No pentagrama as alterações aparecem à esquerda da nota. O Nome da nota alterada é a


junção da nota natural com o sinal de alteração utilizado, exemplo:

Nome das notas e seus valores.

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3.1. Escala cromática

Observando a estrutura, pode-se afirmar que ela possui cinco tons inteiros e dois semitons.
Se cada um desses semitons fosse dividido no meio teríamos mais cinco notas, assim a
escala diatônica seria acrescida de mais cinco notas e passaria a chamar-se escala cromática
que contém doze notas.

Notas divididas ao meio que criam novas notas.

Dó Dó# Ré Ré# Mi Fá Fá# Sol Sol# Lá Lá # Si

A B

Tom Tom Semi Tom Tom Tom Semitom

Sempre lembrando que tudo que é feito em uma oitava, intervalo AB, é repetido em oitavas
seguintes, mais graves e mais agudas.

3.2. A escala cromática e as gaitas

A escala cromática como conhecemos hoje foi resultante de um acochambramento entre


duas notas enarmônicas, Johann Sebastian Bach foi o músico que definiu este
acochambramento para nós, será necessário um estudo mais aprofundado sobre o assunto
em outras bibliografias.

Sustenido
Ao começarmos e executar qualquer seqüência de notas, vindo do grave para o agudo,
estamos sustentando uma determinada vibração a sensação que temos é de elevação.

Grave Dó Dó# Ré Ré# Mi Fá Fá# Sol Sol# Lá Lá # Si Agudo

Sustenta o som, vai do grave ao agudo em qualquer intervalo.

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Bemol

Para entender o que vem a ser bemol só precisamos de um pouco de lógica; quando vamos
do grave ao agudo sustentamos, quando voltamos do agudo para o grave a sensação que
temos é que esta amolecendo, assim, estamos amolecendo uma determinada vibração; então
lembrando daquele momento da história da música em que o dó amoleceu criando o Si,
ficaria mais lógico amolecer as outras notas da escala cromática descendente, observe:

Agudo Si Sib Lá láb Sol Solb Fá Mi Mib Ré Réb Dó Si Grave

Amolece o som, vai do agudo ao grave em qualquer intervalo.

Como isso chegamos a conclusão que Do# e Réb são a mesma coisa, são as notas chamadas
de enarmônicas, a enarmonia não será tratada neste método como profundidade, peço a
você que consulte outras bibliografias durante seu estudo.

3.3. Enarmonia

Dó# Réb Fa# Sol# Fa#


Réb Mib Solb Láb Sib

Mas, nem sempre as coisas por mais complexas que possam parecer foram tão simples, isto
porque foi preciso acochambrar as duas J.S.Bach percebeu que as vibrações sonoras Réb e
Dó# eram muito próximos, cerca de um coma para a esquerda em uma nota e um coma para
a direita na outra. Coma é como se fatiássemos a vibração sonora (A,B) em pequenas
partes, chega a ser um filamento sonoro. Vários filamentos juntos criam os semitons e os
tons e assim por diante.
J.S.Bach pegou a intercessão destas duas notas e criou uma nova, que tem seu nome
alterado dada a ascendência ou descendência das escalas.

Legenda:
: Coma de dó# diferente de Réb
: Coma de Réb diferente de dó#
: Interseção entre Do# e Réb

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A ssim sendo a escala cromática ficou certinha, com certeza os músicos da época
devem ter estranhado a diferença, talvez não tenham aproveitado como nós; hoje essa
estranheza nós chamamos de SISTEMA TONAL, e é nele que compomos tudo na musica
ocidental, isto porque na musica oriental o intervalo sonoro (A,B) é dividido de uma outra
forma chegando a ter 31 notas micro tonais onde temos apenas 12.

Vejamos agora a escala cromática ascendente e descendente no pentagrama:

C omo vimos, a escala cromática com motivos teóricos possuem duas formas de se
apresentar, uma crescente formada por sustenidos e outra decrescente formada por bemóis,
com isso vimos que uma mesma nota pode ser nomeada de duas formas diferentes
dependendo da nota natural que lhe deu origem. Assim, um fá # também pode ser chamado
de sol bemol, um Si bemol de Lá sustenido e assim por diante.
Na gaita diatônica nos somente temos notas naturais ficando impossível executar algumas
notas, para executar a escala cromática numa gaita seria preciso ter uma gaita cromática ou
gaita de chave, que consiste em um instrumento afinado em do maior com a chave solta e
do # com a chave apertada, assim, podemos criar quaisquer escalas acionando a chave.

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3.4. A escala cromática em graus

Dó 1 Primeira
Réb b2 Segunda menor
Ré 2 Segunda
Mib b3 Terça menor
Mi 3 Terça maior
Fá 4 Quarta justa
Solb b5 Quinta diminuta
Sol 5 Quinta justa
Sol# #5 Quinta aumentada
Lá 6 Sexta
Sib b7 Sétima menor
Si 7 Sétima
Dó 8 Oitava
Réb b9 Nona menor
Ré 9 Nona
Ré# #9 Nona aumentada
Mi 10 décima
Fá 11 Décima primeira
Fá# #11 Décima primeira aumentada
Sol 12 Décima segunda
Lab b13 Décima terceira menor
Lá 13 Décima terceira
Sib b14 Décima quarta menor
Si 14 Décima quarta
Dó 15 Décima quinta

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4.1 – A gaita de dez buracos ou diatônica

Na gaita diatônica temos vinte notas, mas, podemos conseguir mais doze, elevando assim
para trinta e duas notas sendo que estas ultimas doze são feitas na garganta através de um
efeito chamado Bending. A gaita diatônica fica cromática em algumas regiões, só que o
cromatismo é decrescente quando que na gaita de chave pe crescente, sendo assim devemos
aprender a tocar as duas gaitas, a cromática e a diatônica, começando pela diatônica, pois já
é meio caminho andado ate a cromática de chave.

4.2 – Registro geral de gaita diatônica (sistema Richter)

Chama-se registro ao conjunto de notas possíveis de serem tocadas num instrumento. Na


gaita de Dó temos:

Vê-se quadro acima que a gaita possui um registro de três oitavas de extensão. Lembrando,
oitava pe a distancia entre uma nota e sua repetição acima ou abaixo. Observe que em duas
oitavas da gaita aparecem incompletas: Na primeira oitava o fá e o lá e na terceira oitavas
falta o si. Somente a segunda oitava aparece completa sendo assim é por onde devemos
iniciar nossos estudos, esta oitava pe chamada de primeira posição.

Registro geral da gaita no pentagrama:

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4.3 – Figuras de duração

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4.4- Compasso

Compasso é a pulsação cíclica da musica, dividindo-a em partes de duração igual ou


variada.
Existem três compassos básicos:

Binário: Compasso de dois tempos.


Ternário: Compasso de três tempos.
Quaternário: Compasso de quatro tempos.

Na escrita musical os compasso são representados por uma fração:


Deve-se estabelecer uma figura como unidade de tempo para se poder ler e escrever em um
determinado compasso. Tanto a unidade de tempo como tipo de compasso são
representados na fórmula de compasso, que é uma fração onde o numerador define o tipo
de compasso (binário, ternário, quaternário, etc...) e o denominador a unidade de tempo,
que deve ser sempre uma figura de duração respectiva.

N = Tipo de compasso, numerador


D Unidade de Tempo, denominador

Ex: 2 = Tipo de compasso = Binário


8 Unidade de tempo = 

Ex: 3 = Tipo de compasso = ternário


4 Unidade de tempo = 
Ex: 4 = Tipo de compasso = Binário
4 Unidade de tempo = 

Obs: a unidade de tempo é representada pelo numero de ordem da figura de duração (ver
gráfico da seção 4.1).

A figura de duração mais utilizada como unidade de tempo é semínima, o que faz com que
os compasso mais usados sejam estes:
2 3 4
4 4 4

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Eventualmente também são encontrados com uma certa freqüência os seguintes:

2 3 4
2 8 2

Como grafia alternativa para a formula de compasso, pode-se substituir o numero de ordem
pela própria figura de duração:

2, 3, 4

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5.1 – Andamento

Andamento é a velocidade da musica. Eis os principais andamentos em ordem crescente


(do mais rápidos para o mais lento):

 Largo;
 Largheto;
 Adágio
 Lento
 Andante
 Andantino
 Allegro
 Allegreto
 Moderato
 Allegro
 Vivace
 presto

Para medir com precisão o andamento, usa-se um metrônomo, aparelho que maca a
velocidade de tempo com pequenas batidas, que podem ser reguladas para o andamento
mais lento ate o mais rápido.
Existem metrônomos analógicos, que funcionam com pilhas ou corda. E existem
metrônomos digitais com saída de áudio e esses são bem úteis em gravações em estúdios,
num programa especial com varias pistas de gravação, gravamos o andamento com um
metrônomo, depois o baterista ouvindo o metrônomo para sua parte, por fim, já sem o
metrônomo os demais músicos gravam suas partes.

5.2- Estudo da gaita com auxilio do metrônomo

Para se adquirir firmeza com precisão rítmica na execução de um instrumento é


aconselhável o uso do metrônomo no estudo, tanto de exercícios como de musicas, Se você
ainda não tem um, improvise um pedaço de papel prezo a um ventilador de chão, ou o fim e
velho método de bater o pé, mas tente marcar o ritmo, alguns softwares como o “Encore”
por exemplo, que tem metrônomos embutidos.

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5.3 - Dinâmica e timbre (instrumentos)

Dinâmica é arte de graduar a intensidade sonora na execução musical. Tal graduação é


indicada pelos sinais da dinâmica que são os seguintes, do mais fraco para o mais forte:

 P P P : Pianíssimo ´piano;
 P P : Pianíssimo;
 P : Piano;
 M P :Mezzo piano;
 F : Forte;
 F F : Fortíssimo;
 F F F : Fortíssimo forte;

Quando quiser indicar graduação de intensidade usa-se Dim. (diminuendo)


Ou o sinal > quando se quiser indicar aumento gradual de intensidade usa-se Cres.
(Crescendo) ou pelo sinal <.

Timbre.

Timbre é como vimos, a propriedade do som que permite caracterizar sua origem. Pelo
timbre sabemos a cara do som.
Os instrumentos musicais, que são a origem do timbre, são classificados em três categorias:

Instrumento de percussão: tímpano, Bateria, atabaque, tambor, tarol, casaca...


Instrumentos de Corda: Violão, violino, cavaquinho, bambolim...
Instrumentos de Sopro: Gaita, flauta, saxofone, trombone...

Alem desses três tipos há ainda: a voz humana, os instrumentos elétricos (órgãos elétricos,
teclados, e sintetizadores) e os instrumentos híbridos que pertencente a mais de uma classe
(como o piano que é um instrumento de cordas percutidas) completando assim a
classificação dos timbres.

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5.4- Musica “Tema da 9ª sinfonia de Beethoven” (transposta para um dó maior)

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6.1 - Escalas

Escala é um conjunto de notas utilizadas em uma musica dispostas sucessivamente. O que


mais importa em uma escala é a maneira ou o modo como os intervalos (tons e semitons) se
dispõem na sucessão;
È isto que caracterizará a escala
Existem escalas de 5,6 e sete notas e mais. Há escalas com os mais diversos intervalos nas
mais diversas ordens. Existem escalas vindas de diversas partes do mundo, algumas acabam
ficando com características estereotipadas de determinada região do planeta.

6.2- As diversas escalas e a gaita

Como vimos, a gaita diatônica em Dó tem dificuldades em produzir notas alteradas o que
dificulta a execução de certas escalas, mas algumas delas podem ser executadas ou porque
possuem somente notas naturais ou porque suas notas alteradas podem ser executadas
através de um bending, podendo assim aumentar sua capacidade em mais doze notas, quase
que cromatizando a gaita diatônica ou porque a escala faz parte do campo harmônico do
tom da gaita.

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6.3 – Escala maior ou modo jônio

A escala maior ou modo jônio é a mais utilizada nas musicas em geral. Vejamos o
pentagrama.

sta é a escala maior em dó com a numeração de seus graus (em algarismo romano)
Vimos anteriormente que o que mais importa em uma escala é a disposição de seus
intervalos. Assim, percebeu-se que entre o III e o IV grau e entre o VII e o (VIII) há
intervalos de semitom. Entre os demais graus, intervalo de tom. Temos então um padrão ou
maneira de dispor as notas no modo maior, lembrando que o oitavo grau (VIII) é nada mais
do que uma repetição do primeiro grau grave ou agudo.

Padrão intervalar do modo maior

Tom, Tom, Semitom, Tom, Tom, Tom, Semitom.

Qualquer escala que apresente este padrão entre seus graus, não importa as notas utilizadas,
é uma escala maior e será muito melhor explicado na próxima lição.

EX: Escala de Dó

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
Tom Tom Semitom Tom Tom Tom Semitom

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6.4 Musica:

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7.1 – Tonalidade

Já vimos que o padrão intervalar cria a escala de um padrão preciso que seja: tom, tom,
semitom, tom, tom, tom, semitom. Diz-se então que a escala de dó maior esta na tonalidade
de dó. Pode - se construir em outros tons.
Ex:

Escala de Sol

Sol Lá Si Dó Ré Mi Fa#
Tom Tom Semitom Tom Tom Tom Semitom

Escala de Ré

Ré Mi Fá# Sol Lá SI Dó#


Tom Tom Semitom Tom Tom Tom Semitom

Escala de Lá

Là Si Dò# Ré Mi Fá# Sol#


Tom Tom Semitom Tom Tom Tom Semitom

Escala de fá

Fá Sol Lá Sib Dó Ré Mi
Tom Tom Semitom Tom Tom Tom Semitom

Escala de Mib

Mib Fá Sol Láb Sib Dó Ré


Tom Tom Semitom Tom Tom Tom Semitom

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P ara melhor compreensão das escalas aconselho um estudo mais aprofundado sobre o
ciclo das quintas e o circulo das quartas.
Pode-se construir a escala maior sobe qualquer nota da escala cromática; a nota do primeiro
grau da escala (I), é considerada a nota principal, é a nota que dá nome a tonalidade. E isso
e valido em qualquer outra escala.
A escala de do maior é chamada de escala modelo do modo maior, Isso porque ela é
construída sobre a escala natural, não utilizando alterações. Qualquer escala maior
construída em outra tonalidade terá uma ou mais alterações de bemóis ou de sustenidos
para que o padrão intervalar do modo maior Tom, Tom, Semitom, tom, tom, tom, Semitom,
se estabeleça.
Quando dizemos que uma gaita é em Dó estamos dizendo que ela está na tonalidade de Dó
maior, no padrão intervalar maior e, portanto não possui alterações. Quando falamos que a
gaita esta em Mi, Ré, Sol, etc, quer dizer que elas vão estar no padrão intervalar sendo
assim vão possuir alterações, lembrando que na gaita diatônica, para tocar em outros tons
do padrão intervalar teríamos que trocar de gaita isto porque nossas gaitas já saem de
fabrica afinadas no padrão intervalar, somente a gaita cromática pode fazer as alterações
usando a chave sendo assim necessário apenas uma gaita cromática onde precisaríamos de
Doze gaitas diatônicas, uma em cada tom.

7.2 – Escala Chinesa

Trata-se de uma pentatônica, escala de cinco sons, que tem padrão intervalar diferente do
modo maior, o padrão intervalar da escala chinesa é: Mi, Sol, Dó, Ré, Mi, Tom, e meio,
Tom, Tom e meio, Tom e Tom.

7.3- Escalas Brasileiras

No folclore musical brasileiro encontramos varias escalas algumas pentatônica outras não:
Veja alguns exemplos: Ré, Mi, Sol, Lá, Dó, Ré.

Skiabin usada no nordeste: Dó, Ré, Mi, Fá#, Sol, Lá, Sib.

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7.4 – Musica Xiao Bai Cai

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8.1- Escala menor natural ou eólio (quinta posição)

Se na escala natural, tomarmos a nota lá como primeiro grau de uma escala de sete notas
nós teremos;

Esta é a escala do modo menor em lá que é a tonalidade modelo desta escala.


Como existem variações deste modo, com notas alteradas esta forma sobre a escala natural
é por isso chamado modo menor natural.

8.2 – Dicas para evoluir rapidamente

Veremos agora uma série de dicas que tornarão o estudo da gaita mais produtivo e
possibilitarão ao estudante evoluir rapidamente.

 Ao estudar musica ou um exercício, ouça sempre o que esta tocando, preste atenção
em sua postura, não tencionando músculos desnecessariamente, seja na boca ou no
corpo, mantenha a mente concentrada no que se esta fazendo e relaxe o corpo e a
mente.
 Tenha um regime regular de estudos. Selecione alguns exercícios para praticar
diariamente, de acordo com a sua disponibilidade de tempo. Lembre-se que é
melhor praticar meia hora todo dia do que sete horas seguidas uma vez por semana.
É através da pratica e do habito que se conquista a técnica de um instrumento.
 Faça sempre uma auto-analise de suas deficiências e qualidades procurando ter uma
visão sincera do que se precisa para evoluir. Se você souber usar sua energia e
potencial de maneira correta evoluirá seguramente.
 Quando tocar com outros músicos procure não só se ouvir, mas também ouvir os
outros, só assim, com cada musico ouvindo o conjunto surgirá o entrosamento
necessário e uma boa execução.
 Ouça muitas musicas diferentes de qualquer estilo não importando se é do seu gosto
pessoal. Isso contribuirá para sua percepção musical e sendo critico. No entanto esta
audição musical deve ser total, concentrando e entregando a mente a esta atividade,
tentando ouvir todas as vozes e instrumentos e captar o sentido musical da
composição.
 Leia sobre musica. Livros sobre teoria, métodos diversos, matérias em revistas, etc
procura também ler, interpretar, entender e se possível, executar partituras diversas.

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8.3- Sinais gráficos

Sinais gráficos são uma serie de símbolos usados na grafia musical para melhor registrar
uma musica. Dentre eles destacamos:

 Ligadura ( { ) : Linha curva que une duas ou mais notas somando as durações:

 Ponto de aumento ( . ) : Colocado à direita da nota, aumenta a metade de seu


intervalo:

 Fermata (  ): é um sinal que escreve sobre a nota ou a pausa para sustentá-la por
um tempo indeterminado (aproximadamente o dobro) de acordo com a interpretação
do executante ou regente.
 Barra dupla ( ) : Sinal colocado no fim de uma musica para concluí-la

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8.4 – Música: Musica “caçador de mim”.

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9.1 – Curiosidades (um breve histórico sobre escalas)

Os diversos povos com suas sutilezas culturais nos deram as escalas, algumas de cinco
notas, outras com seis, com sete e até com mais notas. Quanto mais “primitivo” o povo,
menos notas iremos encontrar em suas escala,s como entre os africanos, indígenas, e outros.
Nestes povos encontramos predominantemente as penta - tônicas (escala de cinco sons).
A nossa musica ocidental, baseada da escala de sete notas que é derivada da musica
européia medieval que utilizava uma escala de seis sons (Dó, ré, mi, fá sol, lá) com o tempo
acrescentaram a nota Si, que veio a se tornar à primeira nota “cromatizada” quando
passaram a abaixá-la meio tom. É daí que surgiu o (  ) bemol que quer dizer
literalmente “Si Mole”,significando que o Si podia ser alterado, Existem povos, no entanto
que utilizaram e utilizam escalas com mais notas ainda,
Sustenido em algumas notas, até a es ala cromática utilizada hoje, que divide a oitava em
doze notas (Sete naturais e cinco alteradas).

9.2 – Intervalos

Como vimos, intervalo é a distancia entre duas notas de alturas diferentes. Para
classificarmos os intervalos, primeiramente partimos da escala natural.
O intervalo é denominado de acordo com o numero de notas existentes entre a nota inferior
e a superior incluindo-as. Por exemplo, se tomarmos a nota sol (inferior) e a nota dó
(superior), bastam contarmos o numero de notas entre essas notas; incluindo-as, vejamos:

Sol, lá, Si, dó = quatro notas.

Logo se trata de um intervalo de quarta.


Da mesma forma, teríamos um intervalo de terça entre um Mi (inferior) e um si
(superior); De sexta entre um Dó (inferior) e um lá (superior), e etc..., Assim os
intervalos dentro de uma oitava são:

 Segunda: Duas notas.


 Terça: três notas.
 Quarta: quatro notas
 Quinta: cinco notas.
 Sexta: seis notas
 Sétima: sete notas.
 Oitava: oito notas.

Acima da oitava teríamos os intervalos compostos (nona, décima, décima primeira e etc...).

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N o entanto esses intervalos compostos são variações do intervalo simples, assim, o


intervalo dó – ré é um intervalo de segunda, mas se fosse um ré uma oitava acima seria uma
nona.
Dependendo do numero de tons e semitons que formam um intervalo, além da classificação
acima (segunda, terça, quarta, etc...) o intervalo recebe outra denominação entre estas:
Maior, Menor, Diminuto, aumentando assim:

 Segunda menor: meio tom (dó – re  )


 Segunda maior: Tom (dó – ré)
 Terça menor: tom e meio (dó – Mi  )
 Terça maior: dois tons (dó – mi)
 Quarta justa: dois tons e meio (dó – fá)
 Quarta aumentada: três tons (dó – fá #)
 Quinta diminuta: três tons (dó – sol  )
 Quinta juta: três tons e meio (dó – sol)
 Sexta menor: quatro tons (dó – lá  )
 Sexta maior: quatro tons e meio (dó – lá)
 Sétima menor: cinco tons (dó – si  )
 Sétima maior: cinco tons e meio (dó – si)
 Oitava justa (dó – dó)

Obs:

A quarta aumentada e a quinta diminuta possuem o mesmo número de tons (três), logo,
são o mesmo intervalo.
Para os intervalos compostos (além da oitava), mantêm-se a mesma classificação, por
exemplo: dó – mi (uma oitava acima) seria uma 12ª maior, pois dó – mi é uma terça
maior.

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9.3 – Música “noite feliz”

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10.1 – Acordes

Acorde é a união de três ou mais notas. Por exemplo:

 Formação de acordes
Para formarmos acordes, partimos de uma nota básica (fundamental) e
acrescentamos notas a intervalo de terça. Teremos como exemplo a nota Sol:
Sol – Lá – si – dó – ré – mi – fá – sol – lá – si – dó – ré – mi – fá

Sol – si – ré é um acorde de três tons


Sol – si – ré – fá é um acorde de quatro sons
Sol – si – ré – fá – lá é um acorde de cinco sons e assim por diante.

Obs: Na formação dos acordes as notas podem ser naturais ou alteradas.

 Classificação de acordes.

Para classificarmos os acordes levamos em conta o intervalo entre a nota fundamental e as


outras. Veremos agora os principais acordes de três,quatro e cinco sons. Nos exemplos
considerados como fundamental a nota dó, mas, os acordes podem ter como fundamental
1
qualquer nota natural alterada .

 Acordes de três sons:

Acorde perfeito maior: terça maior e quinta justa; nome: Dó maior, cifragem: C.

Acorde perfeito menor: Terça menor e quinta justa: Nome: Dó menor, cifragem: Cm

1
O nome de acorde é dado pela nota fundamental. Seguiremos, na cifragem, a nomeação
anglo-saxônica por letras: A-lá, B = si, C = dó e assim em diante.

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Acorde de quinta diminuta: terça menor e quinta diminuta: nome: dó menor com quinta
diminuta: cifragem: Cm  5

 Acordes de quatro sons

Acorde de sétima da dominante 2 : terça maior, quinta justa e sétima menor: nome: dó com
sétima: Cifragem: C7

Acorde menor com sétima: terça menor, quinta justa e sétima menor: nome: dó menor com
sétima: cifragem: Cm7

Acorde maior com sétima maior: terça maior,quinta justa e sétima maior: nome: dó com
sétima maior: cifragem C7M

 Acordes de cinco sons

Acorde de sétima e nona da dominante: terça maior, quinta justa, sétima menor e nona
maior: nome: dó com sétima e nona: cifragem: C7/9

2
o significado da palavra “dominante”, nós veremos mais a frente.

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Acorde de sétima e nona menor de dominante: terça maior, quinta justa, sétima menor e
nona menor: nome: dó com sétima e nona menor: cifragem: C7 9.

Obs:
Nota-se que todos os acordes seguem o padrão intervalar de terça, quinta, sétima, nona,
etc..., a partir da nota fundamental. Assim, o um acorde de três sons possua terça e quinta
um de quatro sons terça, quinta e sétima, e assim consecutivamente.
Nos acordes que a quinta for justa esta pode ser omitida na execução.
Além desses acordes vistos, muitos outros existem com notas cromáticas e acréscimo de
nona, décima primeira e terceira além de formações ainda mais complexas. No entanto, tal
assunto foge ao âmbito desse método.

10.2- Acordes na gaita

Na gaita encontramos alguns acordes prontos que executamos soprando ou aspirando dois
ou mais orifícios ao mesmo tempo. Vejamos agora uma lista de acordes executáveis na
harmônica com todas as posições possíveis

C – Dó maior

Dm – Ré menor

Em – mi menor (com quinta omitida)

F – Fá maior (com quinta omitida)

G–

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G - Sol maior

G7 – Sol com sétima

G7/9 – Sol com sétima e nona

Bm5 – Si menor com quinta diminuta

Bm  57 Si menor com quinta diminuta e sétima.

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10.3 – Arpejo
Arpejo é a execução melódica das notas do acorde, ou seja, ao invés das notas serem
executadas simultaneamente, são executadas um por um sucessivamente como uma só
melodia.
Ex: G7

Na execução por arpejos de acordes pode-se tocar outros acordes com notas naturais além
da lista da ultima aula (seção 10.2) já que não se precisa tocar as notas simultaneamente.

10.4 Música “Berceuse”.

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11.1 – Graus da escala maior

Na escala maior, cada um dos sete graus recebeu um nome especifico (exemplo em dó
maior):

 1º grau (dó): Tônica;


 2º grau (ré): supertônica;
 3º grau (mi): mediante;
 4º grau (fá): subdominante;
 5º grau (sol): dominante;
 6º grau (lá): superdominante ou mediante inferior;
 7º grau (si): sensível

Esses nomes se referem às funções que os graus e seus acordes (ver seção 11.2) exercem no
discurso musical. Falaremos agora de dois desses graus, tônica e sensível, deixando os
demais ara a próxima seção (11.2):
 Tônica: é o repouso absoluto, o grau principal ao qual todos os demais estão
subordinados;
 Sensível: este grau se encontra meio tom abaixo da tônica, tendo uma tendência
melódica de subir a Tonica, sendo por isso chamado sensível.

11.2 – Campo harmônico de modo maior

Se considerarmos cada um dos sete graus do modo maior como fundamental de um acorde,
podemos construí-los utilizando as notas da escala maior. Vejamos primeiramente os
acordes de três sons (tríades) em dó maior:

C Dm Em F G Am Bmb5

E agora os acordes de quatro sons (Tétrades):

C7M Dm7 Em 7 F7M G7 Am7 Bmb5

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Além destes, também é bastante usado o acorde de cinco cons sobre o quinta grau (sol):

Todas essas tríades, tétrades e o acorde com sétima e nona sobre o quinto graus constituem
o campo harmônico maior em dó, que pode ser transposto para qualquer outra tonalidade.
Campo harmônico é, pois, o conjunto dos acordes existentes em uma dada tonalidade.

Desses sete graus e seus acordes, três são mais importantes:


 Tônica (1º grau): possui um sentido conclusivo (estável). Geralmente é o grau que
finaliza a musica, dando a idéia de repouso.
 Dominante (5º grau): possui um sentido suspenso (instável) e pede resolução sobre
a Tônica, dando a idéia de movimento.
 Subdominante (4º grau): possuem sentido meio suspensivo,pois se apresenta de
forma intermediaria entre a Tonica e a dominante.

Esses três graus e seus acordes dão o nome às três funções harmônicas, constituindo os
principais representantes dessas funções, que podem, no entanto ser substituídas por
outros graus. Veja:
 Função tônica: tem como seu grau principal o I grau, podendo ser substituído
pelo III e VI graus.
 Função dominante: tem como seu grau principal o V podendo ser substituído
pelo VII.
 Função subdominante: Tem como seu grau principal o IV, podendo ser
substituído pelo II.

Cada acorde de um grau possui uma qualidade forte, meio-forte ou fraca em relação à sua
função, de acordo com o quadro abaixo:

Qualidade Funcional Função forte Função meio forte Função fraca


Função Graus funcionais
Tônica I VI, III.
Dominante V VII
Sub Dominante IV II

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11.3 – Efeito Vibrato na gaita

O vibrato é um dos efeitos mais usados. Consiste em pequeníssimas “desafinações” de uma


nota para cima e para baixo continuamente fazendo a nota vibrar.
O vibrato chama atenção para a nota, sendo mais usado em notas longas.
O vibrato pode ser:
 De mão;
 De diafragma;
 De língua;

11.4 – Música
“Dona Nobis Pacem” (1ª parte)

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12.1 – Cadencias Harmônicas


A cadencia harmonia é caracterizada pela combinação funcional dos acordes, com sentido
conclusivo ou suspensivo. Para se caracterizar uma cadencia, necessita-se de pelo menos
dois acordes de diferentes funções.
Veremos agora, algumas das principais cadencias (exemplos: em dó maior):

 Cadencia perfeita
É a cadencia com sentido conclusivo absoluto. Trata-se da resolução do V grau,
geralmente com sétima, sobre o I grau, assim: V – I. Geralmente o V grau vem
precedido do IV ou II grau. Temos então as duas variantes básicas desta cadência:

IV – V7 – I IIm – V7 – I
F - G7 – C Dm – G7 – C

 Cadência à dominante, ou meia cadencia.


Cadencia com sentido suspensivo, caracterizado pela parada no acorde do V grau,
precedido por um acorde de outra função. Suas variantes principais são:

I – V7 IIm – V7 Am – G7
IV – V7 Dm – G7
ddddd F – G7
C – G7 Vim – V7

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 Cadencia Evitada
É a resolução do V grau sobre o outro acorde que não o do I grau. Vejamos sua variante
principal:
V7 – VIm
G7 – Am

12.2 – Modos litúrgicos ou eclesiásticos

Vimos até agora dois modos construídos sobre a escala natural: o modo jônio ou maior
e o modo eólio ou menor natural. Como ainda sobram cinco notas, poderemos
teoricamente, construir mais cinco modos. Vejamos:
 Modo de dó (Jônio)
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 Modo de ré (Dórico)

 Modo de Mi (Frígio)

 Modo de Fá (Lídio)

 Modo de Sol (Mixolídio)

 Modo de Lá (eólio)
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 Modo de si (Lócrio)

O s modos Dóricos, Frígio, lídio e mixolídio (respectivamente modos de ré, mi, fá


e sol) eram usados na música litúrgica da igreja católica na idade Média e por isso são
chamados de modos litúrgicos ou eclesiásticos e foram utilizados no canto gregoriano.
Com o tempo, no fim da Idade Média, os modos de dó e lá (Jônio e eólio) foram se
tornando preferidos pela musica erudita européia com os nomes de modo maior e
menor, permanecendo os outros modos na musica folclórica. Somente no século XX
estes modos passaram a ser usados sistematicamente na música.
O modo lócrio foi introduzido pelos teóricos e praticamente nunca é usado. Isso por
causa de seu intervalo de quinta diminuta entre o I grau e o V.

Obs: todos os sete modos construídos sobre a escala natural podem ser transpostos para
qualquer tonalidade. Assim, podemos ter um ré mixolídio, um dó frígio ou um si bemol
dórico. Para isso usamos o método já conhecido de considerar uma nota qualquer como
I grau de uma escala e a seguir alterar as outras notas de acordo com o padrão intervalar
dos modos. Vejamos alguns exemplos:

Exemplo 1: Mi Lídio
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Exemplo 2: Lá Dórico

Exemplo 3: Dó lócrio

Toda música que utilize a escala natural ou transposições dela para outras tonalidades em
qualquer um dos seus sete modos é chamada de musica diatônica. Quando se altera
qualquer nota da escala natural ou de suas transposições, tal musica chama-se cromática.

12.3 – Execuções dos sete modos na gaita

Para executarmos qualquer um dos sete modos naturais na gaita, basta consideramos
qualquer uma das notas como I grau de uma escala e teremos o modo respectivo.
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12.4 Musica

“Dona Nobis Pacen” (2ª parte)


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13.1- Forma
Na grande maioria das vezes as musicas possuem um esquema forma, uma arquitetura
própria, uma maneira de se apresentar. A este esquema regulador dá-se o nome de forma.
Nas musicas de caráter formal simples, usa-se só uma forma. Em outros casos mais de uma.

As formas mais utilizadas são:

 Forma quadrada: esquema de oito compassos ou múltiplos de oito (16, 32,64) que
se repetem iguais, ligeiramente modificados.
 Forma “song” (canção): é uma variante da forma quadrada. Tem-se uma seqüência
de oito compassos que se repetem iguais ou ligeiramente modificados. Segue-se
uma terceira seqüência diferente ou variação das primeiras seqüências. Finalize-se
com uma seqüência de oito compassos igual ou semelhante às duas primeiras. Pode-
se resumir isso no seguinte esquema de quatro seções: A – A – B – A, com cada
seção tendo oito compassos.
 Forma Blues: esquema de doze compassos dividido em três seções de quatro
compassos cada uma. As duas primeiras seções são iguais ou ligeiramente
diferentes. A terceira seção é diferente e onde se encontra o clímax da música.
Resumindo em esquema: A – A’ – B, com quatro compassos cada seção. A’ indica
que a segunda seção é geralmente um pouco diferente da primeira.
 Forma rondó: neste esquema tem-se uma seção principal, segue-se uma seção
diferente, repete-se a seção principal, e nova seção diferente e assim
consecutivamente. Deve-se finalizar com a seção principal ou com uma seção final
chamada cada, normalmente uma variação sobre a seção principal. Esquematizando,
temos:
 A – B – A – C – A – D(...) A ou A – B – A – C – A – D(...) cada.

Obs: As formas blues e “song” são especialmente utilizadas no jazz e a forma blues é a
forma mais utilizada no estilo de musica do mesmo nome (ver lições futuras)

13.2 – Staccato

Chama-se staccato (“destado”) à execução destacada das notas onde estas perdem metade
de seu valor. Indica-se o staccato por um ponto acima da nota a ser destacada (ponto de
diminuição). Ex:
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Anotações:
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95

Execução:

Obs:
 O staccato também pode ser indicado pela palavra “stacatto” na partitura.
 Há também o martellato que é um staccato executado de forma mais rude e
energética indica-se por pequenos traços verticais sobre a nota:

13.3 – Execução do staccato na gaita

Executa-se o staccato na gaita fazendo-se pequenos “piques” com o diafragma ao soprar


ou aspirar. A execução do martellato faz-se da mesma forma, só que de maneira mais
forte e energética.
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Anotações:
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97

13.4- Musica
“Dona nobis pacen” (3ª parte)
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Anotações:
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99

14.1- Compasso composto

Vimos na seção 4.3 o assunto compasso. Vimos as três formas básicas de compassos:
Binário, ternário e quaternário. Também foi mostrado que para se representar um compasso
é necessário uma figura de duração como unidade de tempo. Pois bem, esses três compasso
estudados na seção 4.3 são chamados de compassos simples, pois suas unidades de tempo
podem ser divididas por dois. Assim, um compasso 4/4 tem como unidade uma figura
simples: (  )
Se desejarmos um compasso cuja unidade de tempo seja divisível por três, teremos de usar
uma figura pontuada. Por exemplo, se temos a figura (   ) como unidade de tempo ela é
divisível por três (    ). Tais compassos são chamados compassos compostos.
Assim como a unidade de tempo mais utilizada nos compassos simples é a (  ), a unidade
de tempo mais utilizada nos compassos compostos é a (   ) Vejamos um exemplo de
compasso ternário na forma simples e composta, tendo como unidades de tempo
respectivamente (  ) e (   )
Compasso Simples.

Compasso Composto.

Note que a formula de compasso composto não leva em conta como numero da unidade de
tempo o da figura pontuada, mas o da figura que divide por Três o tempo. No exemplo
acima, a formula 9/8 indica que são necessárias nove figuras (  ) para completar o
compasso inteiro, assim:
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Cada compasso simples possui seu correspondente composto. Exemplos:

E também;

Assim como os compassos simples mais usados são: 2/4, 3/4, e 4/4, seus correspondentes
composto também são: 6/8, 9/8, e 12/8. Exemplos:
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Obs: Se em um compasso simples usarmos um tempo composto utilizamos um sinal


chamado quiálteras com a indicação 3, querendo dizer que aquele tempo deve ser
composto, ou seja, divisível por três. Exemplo:

No caso contrário, isto é, um compasso composto com tempo simples, usamos as quiálteras
com a indicação 2. Exemplo:
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As quiálteras com a indicação 3 são chamadas três- quiálteras e as quiálteras com a


indicação 2, duas- quiálteras

14.2 – Bending

Bending é uma técnica que permite abaixarmos meio tom algumas notas na gaita diatônica,
possibilitando executarmos certas alterações na escala natural.
Executa-se este efeito comprimindo o ar na boca, como que puxando. Conseguimos isso
mais facilmente levando a língua, ou melhor, o meio da língua ao céu da boca.

[INCLUIR NOVO TEXTO]

14.3- Músicas cromáticas

Alguns gêneros musicais, como a musica erudita européia, o jazz e algumas vertentes da
MPB, utilizam maciçamente as notas cromáticas, isto é notas que fogem da escala original
da musica. Certas musicas chegam mesmo a não ter escala diatônica original, sendo
assumidamente fundamentais na escala cromática.
Musicas de tal envergadura são melhor executadas por uma gaita cromática
No entanto, musica com poucas alterações, uma ou duas, às vezes podem ser executadas na
gaita diatônica com o auxilio do bending.
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14.4 – Musica
“Tears in Heaven”
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15.1 – No contratempo o acento é deslocado

Em vez de aparecer no tempo forte, ele é deslocado para o tempo fraco.


Indicamos o contratempo escrevendo “SFORZATO” (SF) ou de preferência ( > )

Exemplo:

Obs: Quando temos sendo devemos lembrar que cada tempo


desse se subdivide em dois, vejamos:

Então podemos controlar os tempos criando um show de ritmos


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15.2 – transposição

É quando nós tocamos determinadas musicas em outro tom que não o original, às vezes
acontece na execução vocal. Determinadas notas, por estar em certa altura torna impossível
executar. Transpomos então para que fique mais bem encaixado na voz do executor.
Também nos instrumentos podemos fazer isso.

Exemplos:

Tom de Dó

Tom de Ré

Na gaita de 10 buracos temos, transposição automática ao trocarmos de gaita, ou melhor, ao


trocarmos de afinação, trocar de gaita, por cada gaita esta afinada no seu tom.

Tom de Dó
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Tom de Lá

Tom de Fá

Tom de Sol
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N a música erudita costumamos em vez de mudar as notas na ponta, transpomos


mudando a classe de sol ou de fá, de linha (Muito pouco usado).

Clave de Sol na segunda linha

Clave de Sol Na terceira Linha

15.3 – Inversão de intervalos

Existem dois tipos de inversão de intervalo


 A nota inferior sobe uma ou mais oitavas

 A nota superior desce


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Intervalo original Intervalo invertido


Uníssono 8ª
2ª 7ª
3ª 6ª
4ª 5ª
5ª 4ª
6ª 3ª
7ª 2ª
8ª Uníssono

Macete: Se você somar o intervalo mais sua inversão o resultado será 9.


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15.4 Música: How Great Thou Art.


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16.1 – Inversão de acordes

C/ E = Dó com mi no baixo
C/ G = Dó com sol no baixo

Quando invertemos acordes mudamos a seqüência da disposição das notas. Existem três
tipos de inversão (para tríades)

Exemplo:

Na gaita é muito fácil inverter os acordes, observe:

Se você soprar 1 2 3 temos Dó = C


Se soprar 2 3 4 C/ E
Se soprar 3 4 5 C/ G

16.2 – Sinais de repetição

A s repetições de notas em compassos podem ser abreviadas. Esta forma de abreviar é


muito usado na musica manuscrita, porém para musica impressa não fica legal.
Exemplo – Notas

Se os valores forem semínimas abreviaremos com mínimos e se for com mínimos, com
semibreve.
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Exemplo 2 - Compassos

 G7  %  C7  % 

Ou, Quando um trecho com muitos compassos, se repete.

 G7  C7  G7  D7 

Para repetir uma musica desde o inicio coloca-se no fim  ou a expressão “ DA CAPO” =
Do Começo

Quando a repetição não é do inicio, e sim, do meio, ou de outro ponto da musica, coloca-se
neste ponto o sinal  ou e escreve-se no fim da musica “ Dal Segno” ou Dal  ou dal
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16.3 Música: Mais perto


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Caderno de Exercícios
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Cascavel – Paraná - Brasil


2007
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