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Departamento de Geologia
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
Dezembro 1999
Maria Armanda Viana Antunes Guimarães da Silva Dória
Departamento de Geologia
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
Dezembro 1999
Este trabalho constitui um dos projectos que integra o Plano de
Actividades do Centro de Geologia da Universidade do Porto,
subsidiado pelo Programa de Financiamento Plurianual de I & D (FCT).
A preparação e execução deste trabalho não seria possível sem a ajuda, de diversas formas, de
uma longa lista de pessoas a quem exprimo o meu reconhecimento.
Os meus primeiros agradecimentos vão para o Professor Doutor Fernando Noronha que
aceitou ser meu orientador científico e a quem devo a sugestão do tema deste trabalho, o
apoio científico constante, a disponibilização de todos os meios necessários à sua execução, a
leitura crítica e as valiosas propostas de alteração que contribuíram para o seu
enriquecimento. O encorajamento constante que sempre demonstrou nos momentos mais
difíceis do desenrolar deste trabalho foi determinante para a sua concretização.
Ao Doutor Michel Cathelineau e à Doutora Marie Christine Boiron pela sua disponibilidade
na orientação dos estágios realizados no "Centre de Recherches Sur la Géologie des Matières
Premières Minérales et Énergétiques" (CREGU), pelo apoio científico e discussão de alguns
capítulos deste trabalho. Não posso deixar de agradecer toda a amizade e acolhimento
caloroso manifestado durante a minha permanência em Nancy.
Ao Doutor Bernard Charoy pela orientação do meu estágio efectuado no CRPG-Nancy assim
como, pelo acolhimento e amizade.
Ao Professor Fernando Barriga e Doutor António Mateus que facultaram e/ou apoiaram na
utilização da microssonda electrónica da Faculdade de Ciências de Lisboa.
Ao Lopo de Vasconcelos pela ajuda prestada a nível informático e na tradução de textos para
inglês.
Ao Fernando Araújo pela realização de alguns desenhos e pela ajuda na montagem das
estampas.
Ao Sr. Joaquim Lima pela sua ajuda e disponibilidade para me acompanhar no trabalho de
campo.
Ao José Pinto devo-lhe o cuidado que pôs na execução das lâminas e superfícies polidas
estudadas.
As últimas palavras de agradecimento vão para o Miguel, Alexandra, Claudia, Rita, Ricardo e
Bernardo por me terem sempre apoiado e encorajado nos momentos mais difíceis.
ÍNDICE
Resumo i
Résumé v
Abstract ix
Lista de figuras xiii
Lista de tabelas xx
Lista de quadros xxi
Lista de estampas xxii
INTRODUÇÃO 3
A-OBJECTTVOS 5
B-MATERIAIS E MÉTODOS 6
II.l-LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA 11
II.2-TRABALHOS PRECEDENTES 11
II.3-HISTÓRIA MINEIRA 14
n.4- ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO AURÍFERA DE
VDLA POUCA DE AGUIAR 18
II.4.1 - Enquadramento geológico regional 18
II.4.2- Contexto geológico local 19
II.4.2.1-Litoestratigrafia 19
11.4.2.2- Tectónica e metamorfismo 22
11.4.2.3- As estruturas quartzosas 24
11.4.2.3.1- Estruturas estéreis do encaixante metassedimentar 26
11.4.2.3.2- Estruturas mineralizadas 26
11.4.2.3.3- Estruturas estéreis tardias 28
CAPÍTULO III - CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E MINERALÓGICA
DAS ESTRUTURAS QUARTZOSAS 35
III.l-INTRODUÇÃO 37
in.2- TEXTURA E MINERALOGIA DOS QUARTZOS 38
111.2.1- Métodos e técnicas analíticas 38
111.2.2- Principais tipos de quartzo 39
III.2.2.1-Cronologia relativa 42
III.3-PARAGÉNESES SILICATADAS E METÁLICAS 44
III.3.1- Métodos e técnicas analíticas 44
III.3.2-Filossilicatos 46
III.3.2.1 - Micas brancas 46
III.3.2.1.1-Generalidades 46
III.3.2.1.2- Estudo cristaloquímico 49
III.3.2.2-Clorites 58
III.3.2.2.1-Generalidades 58
III.3.2.2.2- Estudo cristaloquímico 60
III.3.2.3- Conclusões do estudo dos filossilicatos 63
111.3.3- Minerais metálicos 67
111.3.3.1- Estruturas filonianas 67
111.3.3.2- Estruturas silicificadas 70
111.3.3.3- Caracterização química dos minerais 71
111.3.4- Conclusões do estudo das paragéneses 77
V.l-INTRODUÇÃO 247
V.2-METODOLOGIA 247
V.3- RECONSTITUIÇÃO DAS CONDIÇÕES P T DE APRISIONAMENTO NAS
DIFERENTES ESTRUTURAS 251
V.3.1- Utilização dos filossilicatos como geotermómetros 251
V.3.2- Condições P-T dos fluidos das estruturas quartzosas do encaixante
metassedimentar 254
V.3.2.1- Os filonetes de quartzo de Castelares 254
V.3.2.2- Os filonetes de quartzo em liditos de Banho 255
V.3.3- Condições P-T dos fluidos das estruturas quartzosas mineralizadas 258
V.3.3.1-OfilãodeJogadouro 258
A- Fluidos aquo-carbónicos 258
B- Fluidos aquosos 261
V.3.3.1.1-Conclusão 263
V.3.3.2-O filão de Argeriz 265
A- Fluidos aquo-carbónicos 265
B- Fluidos aquosos 267
V.3.3.2.1-Conclusão 269
V.3.3.3-O filão de Vale de Égua 270
A- Fluidos aquo-carbónicos 270
B- Fluidos aquosos 271
V.3.3.3.1-Conclusão 272
V.3.3.4- As estruturas silicificadas de Três-Minas 274
A- Fluidos aquo-carbónicos 274
B- Fluidos aquosos 276
V.3.3.4.1-Conclusão 276
V.4- CONDIÇÕES DE OXIDAÇÃO-REDUÇÃO DOS FLUIDOS DAS ESTRUTURAS
MINERALIZADAS 279
V.5- RECONSTITUIÇÃO GLOBAL DAS CONDIÇÕES P-T-V-X DE CIRCULAÇÃO.
ANEXOS 321
Anexo I- Composição química dos filossilicatos e respectivas fórmulas estruturais 323
Anexo II- Composição química de minerais metálicos 335
Anexo III- Composição iónica 341
RESUMO
A região de Vila Pouca de Aguiar (VPA) é o exemplo de um distrito aurífero em que, à excepção do
filão do Campo-Jales, o essencial das mineralizações ocorre em contexto intrametamórfico, com a
particularidade da ocorrência de termos ricos em matéria carbonosa, nas sequências metamórficas do
encaixante.
A região de VPA abrange essencialmente sequências metassedimentares com idades que vão do
Ordovícico superior ao Devónico inferior, as quais apresentam deformação hercínica devida à
actuação de fases de deformação dúctil (Dls D2 e D3) seguidas de fases de deformação frágil. Estas
sequências estão enquadradas pelos granitos hercínicos: a norte e sul, pelos granitos de duas micas sin-
a tardi-tectónicos, respectivamente os maciços de Chaves e de Vila Real; a oeste, pelos granitos
biotíticos pós-tectónicos de VPA.
As formações metassedimentares foram afectadas por metamorfismo regional de baixo grau (zona da
clorite ou da biotite) e por metamorfismo de contacto, este último resultante da acção dos granitos
biotíticos pós-tectónicos de VPA.
Como pretendemos realizar um estudo comparativo, tendo como principal objectivo a reconstituição
da evolução dos paleofluidos da região, foi realizada, também, amostragem em estruturas quartzosas
estéreis, ante-D3, do encaixante metassedimentar: Banho (BAN) - filonetes encaixados em liditos e
Castelares (CAST) - filonetes encaixados nosfilitoscinzentos a negros.
Os estudos realizados possibilitaram a identificação de diferentes tipos de quartzo, em amostras
representativas quer das estruturas mineralizadas quer das estuturas estéreis dos metassedimentos
encaixantes, a saber: quartzo leitoso (QL), geralmente em agregados xenomorfos de dimensões
variáveis com evidências de deformação dúctil intracristalina; quartzo límpido (QLp), que corresponde
a bandas de quartzo mais límpido, no interior do QL e quartzo hialino (Qh), sem qualquer indício de
deformação intracristalina. Este último geralmente precede a cristalização da geração dos principais
sulfuretos (arsenopirite, pirite e galena).
i
A presença de várias gerações de fílossilicatos (micas brancas e clorites) nas estruturas mineralizadas,
assim como nas formações encaixantes, levou à sua utilização como paleotermómetros.
No seu conjunto as micas brancas das estruturas mineralizadas e das rochas encaixantes projectam-se
no diagrama de Velde (1977), segundo a recta de substituição fengítica (moscovite-celadonite), mas
próximo do pólo da moscovite. Contudo, a partir da sua projecção no diagrama de Hower & Mowatt
(1966), observa-se que, para além da substituição fengítica, se verifica também uma substituição ilítica
(correspondendo no caso específico de TM a estádios tardios de cloritização). Os pontos mais
próximos do pólo da moscovite, consequentemente com mais baixa substituição fengítica,
correspondem a micas associadas a um pico térmico (sin-D3) a que não deve ser estranha a
proximidade de corpos pegmatíticos.
As clorites são de diferentes tipos, projectando-se no diagrama de Velde entre os pólos 2R3 e 3R2,
indicando que não apresentam contribuição significativa de outros minerais.
O estudo das paragéneses minerais das estruturas filonianas (VE, JOG e ARGZ) revelou uma certa
homogeneidade na sua mineralogia, sendo a arsenopirite, pirite e galena/esfalerite os sulfuretos mais
abundantes. Nas estruturas silicificadas (TM) a pirite e a pirrotite ocorrem em maior abundância. Em
ambas as estruturas é possível distinguir três estádios primários de evolução da mineralização: um estádio
precoce, caracterizado pela deposição de quartzo leitoso deformado, arsenopirite I, pirite I e pirrotite;
um estádio intermédio, principalmente caracterizado pela associação paragenética arsenopirite II,
galena I (VE), esfalerite (JOG), associado à deposição do quartzo hialino caracterizando-se em TM
pela associação paragenética de arsenopirite e pirite, associado à recristalização do quartzo leitoso; um
estádio tardio, caracterizado por uma paragénese que se deposita em fracturas que afectam os
sulfuretos mais precoces e que, por vezes, se encontram preenchidas por quartzo hialino. Esta última
paragénese, essencialmente fissurai, é constituída por calcopirite, galena, bismutinite (ARGZ),
bismuto nativo (ARGZ e JOG), arsenates, ouro e/ou electrum e sulfuretos complexos (sulfossais) de
Ag, Cu, Sb, Pb, As, Te (VE) e de Bi, Pb, As, Ag, Te, Fe, Sb, Cu (ARGZ e JOG). Em TM o ouro foi
observado principalmente em espaços intergranulares, no contacto arsenopirite/pirite.
Para a reconstituição das características físico-químicas dos fluidos e seu enquadramento procedeu-se
ao estudo das inclusões fluidas, tendo-se encontrado dois tipos principais de fluidos: aquo-carbónicos
e aquosos.
n
pelo seu elevado conteúdo em CH4 e pela presença de uma fase sólida, identificada como grafite. Estes
resultados sugerem um controlo litológico sobre a composição dos fluidos.
No quartzo das estruturas mineralizadas foram observados dois tipos de fluidos aquosos: Lwl, fluidos
de baixa salinidade (0,2 a 4,0 eq.% NaCl) com temperaturas mínimas de aprisionamento
compreendidas entre 146° e 293°C e Lw2, com temperaturas mínimas de aprisionamento inferiores
(TH entre 82° e 175°C) e salinidades elevadas devidas à presença de CaCl2 (valores médios de 27 eq.%
CaCl2). Nas estruturas silicificadas de TM foi observado somente um tipo de fluido (Lw) apresentando
temperaturas mínimas de aprisionamento (TH) compreendidas entre 135° e 260°C e salinidades entre
l,5e6,0eq.%NaCl.
Enquanto que, os fluidos aquo-carbónicos estão relacionados com o essencial da deposição do quartzo
e sulfuretos das estruturas mineralizadas, os fluidos aquosos Lwl estão relacionados com a deposição
da mineralização aurífera, ocorrendo em planos de inclusões fluidas.
Os valores de_/02 posicionam-se no domínio entre os tampões Ni-NiO e Q-F-M, sendo indicadores de
um meio redutor tamponado pelo equilíbrio fluido-grafite registado durante o processo metamórfico.
A importância deste processo naquele equilíbrio é evidenciada pela presença de fluidos ricos em CH»,
quer em filonetes instalados em litologias ricas em matéria carbonosa, quer em estruturas
mineralizadas encaixadas em litologias mais diversificadas. Nestas últimas, o enriquecimento em
CH4±(N2) é resultante da desvolatilização de rochas mais ou menos carbonosas do encaixante
metassedimentar, durante o metamorfismo. A presença de grafite observada nas inclusões corrobora
estas afirmações, sendo justificada pela reacção do C0 2 com o CH4.
iii
No que respeita à evolução das condições P-T observa-se uma evolução geral correspondendo a uma
descompressão acompanhada por uma diminuição da temperatura.
IV
RESUME
La région de Vila Pouca de Aguiar (VPA) est un exemple d'un district aurifère où, à l'exception du
filon de Jales, l'essentiel des minéralisations est encaissé par des séries métamorphiques, où sont
habituels les termes riches en matière organique.
Les structures à quartz stérile et/ou minéralisé sont très frequentes et recoupent principalment les
séquences métassedimentaires et les granites à deux micas.
Seulement des structures quartzeuses intra-métamorphiques ont été étudié: Três-Minas (TM -
structures silicifiées spatialement associées á des zones de cisaillement syn-D3 (NI20° - N130°E); le
filon subvertical, de Vale de Égua (VE), orienté N40° - N50°E (NE-SW) et des filons subverticaux de
Jogadouro (JOG) (N0° - N20°W) et Argeriz (ARGZ) (NIOO0 - N120°E).
En envisageant la comparaison avec les structures quartzeuses stériles, on a échantillonné des filonnets
encaissés dans des lydiennes à Banho (BAN) et dans des phyllites à Castelares (CAST).
Cette étude a permis l'identification de différents types de quartz, notamment: quartz laiteux (QL),
déformé; quartz limpide (QLp), qui correspondent á des bandes de croissance de quartz plus limpides,
à l'intérieur du QL et quartz hialin (Qh), non déformé. Ce dernier a précédé les sulfures plus précoces
et plus abundants (arsénopyrite, pyrite et galène).
La présence de plusieurs générations de minéraux phylliteux (micas blancs et chlorites) soit dans les
structures minéralisées, soit dans l'encaissant, a permis leur utilisation comme géothermomètres et/ou
géobaromètres.
Dans son ensemble les micas des structures minéralisées et de l'encaissant se placent dans le
diagramme de Velde (1977) sur la droite de substitution phengitique (muscovite-céladonite), vers le
pôle des muscovites. Cependent, sur le diagramme de Hower & Mowatt (1966), on peut constacter en
plus une substitution illitique correspondant aux stades tardifs de chloritization à TM. Les points situés
plus proches du pôle des muscovites, correspondent aux micas associées à un pic thermique (syn-D3).
v
Différents types de chlorites ont été identifiés. Dans le diagramme de Velde ces minéraux se placent
entre les deux pôles 2R3 e 3R2, dans le domaine des chlorites. Ça indique qu'elles n'ont pas une
contribution d'autres minéraux.
L'étude des paragenèses des filons (VE, JOG et ARGZ) a montré une certaine homogénéité de la
minéralogie, où l'arsénopyrite, pyrite et galène /sphalerite sont les sulfures plus abondantes. Dans
les structures silicifiées (TM), la pyrite et la pyrrhotite constituent la plus grande partie des sulfures.
Dans les deux types de structures minéralisées on a distingué trois stades primaires d'évolution de la
minéralisation: un stade précoce, caractérisé par la association QL, arsénopyrite I, pyrite I et pyrrhotite;
un stade intermédiaire, caractérisé par arsénopyrite II, galène I (VE), sphalerite (JOG), associées à du
quartz hyalin (à Três Minas ce stade est caractérisé par la présence d'arsénopyrite et pyrite, associées à
la recristalisation du quartz laiteux); un stade tardif, caractérisé par une paragenése dans les fractures
qui recoupent les sulfures plus précoces et associées à du Qh. Cette dernière paragenése est surtout
fissurai et est représentée par chalcopyrite, galène, bismuthinite (ARGZ), bismuth natif (ARGZ e
JOG), or et/ou electrum, sulfures complexes (sulfossels) de Ag, Cu, Sb, Pb, As, Te (VE) et de Bi, Pb,
As, Ag, Te, Fe, Sb, Cu (ARGZ e JOG). À TM l'or a été observé surtout dans le contactes
intergranulaires, arsenopyrite/pyrite.
Pour la reconstituition des caractéristiques physico-chimique des fluides et son encadrement, l'étude
des inclusions fluides a permis de distinguer deux types de fluides: aquo-carboniques et aqueux.
Les fluides aquo-carboniques des quartz stériles encaissés dans les phyllites, appartiennent au système
H20-C02-CH4-N2±(H2S) avec C0 2 dominant à la phase volatil. Par contre la phase volatil des
inclusions fluides des quartz stériles associés aux lydiennes est caractérisé par un teneur plus riche en
CH4 en présence d'une phase solide (graphite). Ces résultats suggèrent un contrôle lithologique sur la
composition des fluides. Dans ce qui concerne les températures minimales de piégeage elles sont
comprises entre 280° et 360°.
L'étude des fluides aquo-carboniques des quartz des structures minéralisées a montré une évolution
similaire en concernant la composition de la phase volatile, indépendamment du type de structure.
Cependant il faut signaler des différences de la composition et une diminuition de la densité de la
phase volatile (dv) avec un enrichissement en CH4 pour les fluides plus tardifs, plus évident à TM.
Dans ce dernier cas on observe aussi la présence d'une phase solide (graphite). Les températures
minimales de piégeage (TH) des fluides aquo-carboniques des structures minéralisées sont semblables
à celles des quartz stériles (245° à 360°C).
VI
Les fluides aqueux dans le quartz des structures minéralisées sont de deux types: Lwl- fluides de
basse salinité (0,2 à 4,0 % pds eq. NaCl) avec TH de 146° à 293°C; Lw2, avec TH comprise entre 82°
et 175°C et salinité plus élevée due à la presence de CaCl2 (valeur moyenne de 27 % pds eq. CaCl2). À
TM il a été observé un seul type de fluide aqueux avec TH entre 135° et 260°C, et salinité de 1,5 à 6,0
% pds eq. NaCl.
Les fluides aquo-carboniques sont en rapport avec l'essentiel du dépôt du quartz et des sulfures. À son
tour les fluides aqueux Lwl sont associés à la minéralisation d'or et observés le long des plans
d'inclusions fluides.
Les valeurs deJ02 se localisent dans le domaine entre les tampons Ni-NiO et Q-F-M, ce qui sugère un
milieu réducteur tamponné par la graphite. L'importance des processus métamorphiques est marquée
par la présence de fluides riches en méthane, soit dans les venules dans les lithologies riches en
matière organique, soit dans les filons. Dans ce dernier cas l'enrichissement en CH4±(N2) est résultant
de la dévolatilisation des roches encaissantes.
Dans ce qui concerne l'évolution des conditions P-T, on observe une évolution caractérisée par une
décompression et un décroissement de la température.
Les fluides aquo-carboniques associés aux sulfures plus précoces conrespondent à des conditions P-T
de piégeage de 200 à 400 MPa et de 450° à 550°C.
Au stade intermédiaire il correspond une température entre 370° et 450°C et pression de Pmin=95 MPa
à Pmax=350 Mpa. Pour les fluides plus tardifs enrichis en CH4, la température de piégeage est
comprise entre 300° et 400°C, pour des pressions variant entre Pmin=55 MPa et Pmax=260 Mpa.
L'épisode de dépôt de l'or est en rapport avec des fluides aqueux à température inférieure à 300°C
(Tmin=150°C à 280°C) et Pmax< 50±20 Mpa.
vu
ABSTRACT
The Vila Pouca de Aguiar (VPA) region is an example of a gold district where, with the exception of
the Campo-Jales area, mineralizations occur in an intra-metamorphic context. The existence of organic
matter-rich units is a remarkable feature in the host metamorphic sequences.
The VPA region corresponds essentially to metasedimentary sequences, with a Late Ordovician to
Early Devonian age, showing Hercynian ductile deformation (due to phases Di, D2 and D3), followed
by brittle deformation phases. These sequences are in close vicinity of Hercynian granites: the Chaves
and the Vila Real massifs, at North and South, respectively, corresponding to syn- to tardi-tectonic
two-mica granites, and, at West, the post-tectonic biotite granites of VPA.
The metasedimentary units show the results of the low-grade regional metamorphism (chlorite or
biotite zone) and of contact metamorphism, in relation to the emplacement of the post-tectonic biotite
granites.
In the area in study a large number of quartz structures (veins, lenses, either barren or mineralized)
occur into the metasedimentary units.
Aiming to reconstruct the evolution of palaeofluids in the region, the following mineralized
occurrences were studied: Três-Minas (TM), a silicified auriferous structure related to syn-D3 shear
zones (N120° to N130°); the Vale de Égua (VE) vein, a sub-vertical N40° to N50° structure, related
with a NE-SW system; the sub-vertical quartz veins of Jogadouro (JOG), NO0 to N20°W and of
Argeriz (ARGZ), N100° to N120°.
For comparative purposes barren quartz structures, ante-D3, were also sampled, in Banho (BAN),
corresponding to quartz veins in lydites, and in Castelares (CAST), corresponding to quartz veins in
gray to black phyllites.
Different types of quartz were identified, both in samples of mineralized structures and of barren ones,
as follows: milky quartz (QL), in general occurring in xenomorphic aggregates of variable dimension
and showing intracrystalline ductile deformation; clear quartz (QLp), present as bands inside QL, and
hyaline quartz (Qh), showing no intracrystalline deformation. The last one usually precedes the
generation of the main sulphide mineralization (arsenopyrite, pyrite and galena).
Different generations of phyllosilicates (K-micas and chlorites) in the mineralized structures and in the
host rocks allow its use as palaeofhermometers.
In the Velde diagram (1977), K-micas, both from mineralized structures and from the host rocks, are
plotted along the phengitic (muscovite-celadonite) substitution line, generally close to the muscovite
IX
pole. However, in the Hower-Mowatt diagram (1966), the same data shows a "illitic" substitution
(corresponding, in the TM structures to a late stage of chloritization). The points plotting the closest to
the muscovite pole (with the lowermost phengitic substitution) must be correlated with a maximum
thermal peak (syn-D3) probably associated with the proximity of pegmatite bodies.
Chlorites of different types, plotting in the Velde diagram between the 2R3 and 3R2 poles, indicate a
non-significant contribution of other minerals.
The study of mineral paragenesis of the vein structures (in VE, JOG and ARGZ) showed their
mineralogical similarity, with arsenopyrite, pyrite and galena/sphalerite as the most abundant
shulphides. In the silicified structures (TM), pyrite and pyrrhotite occur in greater abundance. In both
cases, the main mineralization stages could be distinguished: an earlier stage, characterised by the
association of milky quartz, arsenopyrite I, pyrite I and pyrrhotite; an intermediate stage, mainly
characterised by arsenopyrite II, galena I (VE), sphalerite (JOG) and hyaline quartz or, in the TM case,
by the re-crystallisation of the milky quartz, with arsenopyrite and pyrite; a late stage, with a
paragenesis filling fractures of the older sulphides, sometimes accompanied by hyaline quartz. This
essentially fissurai paragenesis is composed of chalcopyrite, galena, bismuthinite (ARGZ), native
bismuth (ARGZ and JOG), arsenates, gold and/or electrum, complex sulphides (sulphosalts) of Ag,
Cu, Sb, Pb, As, Te (VE) and of Bi, Pb, As, Ag, Te, Fe, Sb, Cu (ARGZ and JOG). In TM gold occurs
mainly in intragranular (arsenopyrite/pyrite) positions.
Fluid inclusions were studied in order to enlighten the physical and chemical characteristics and
constraints of the circulation of fluids. Essentially, two types of fluids were found: aqueous-carbonic
and aqueous.
The aqueous-carbonic fluids in barren quartz, hosted by phyllites, belong to the H2O-CO2-CH4-
N2±(H2S) system, with CO2 dominating the volatile phase. Comparatively, the fluid inclusions in
barren quartz hosted by lydites were characterised by a higher content of CH4 and the presence of a
solid phase, identified as graphite. Concerning the minimal trapping temperatures (TH), for both
situations, an identical interval was determined (TH from 280° to 360°C). Thus, data points out a
lithological control for fluid composition, being the CH4 content related to the vicinity of lydites.
The study of the aqueous-carbonic fluids in quartz from ore bearing structures showed an essentially
identical trend, with respect to the volatile phase, although some aspects of the compositional
behaviour should be taken into consideration. There is a main trend, from the early aqueous-carbonic
fluids to the younger ones, the density of the volatile phase (dv) decreases and CH4 content increases,
being this last aspect more evident in the TM silicified structures. Also in these structures a solid phase
was present, demonstrated by Raman probe to be graphite. In the mineralized structures, the minimal
x
trapping temperatures ranged in the same interval (TH from 245° to 360°C), quite similar to the one
corresponding to the barren structures.
In the quartz from ore bearing structures two types of aqueous fluids were observed: Lwl, low salinity
fluids (0.2 to 4.0 wt% NaCl), with minimal trapping temperatures ranging from 146° to 293°C, and
Lw2, with lower minimal trapping temperatures (TH from 82° to 175°C) and higher salinity, due to
the presence of CaCl2 (average content: 27wt% CaCl2). In the TM silicified structures only one type of
aqueous fluids was found (Lw), with minimal trapping temperatures ranging froml35° to 260°C and
salinity ranging from 1.5 to 6.0 wt% NaCl.
Aqueous-carbonic fluids are related to the quartz and sulphides deposition in the mineralized
structures. The Lwl aqueous fluids are related to the gold deposition, occurring in fluid inclusion
planes.
The data for / 0 2 plots in the domain between the buffers Ni-NiO and Q-F-M, indicating a reducing
environment buffered by the equilibrium fluid-graphite during the metamorphic processes. The crucial
importance of these processes is pointed out by the CHt-rich fluids presence, both in veins hosted by
lithologies with a high content in organic matter and in veins hosted by diverse other lithologies.
Concerning the latter veins, the higher content in CH4±(N2) is explained by the devolatization, during
the metamorphic processes, of surrounding organic matter-rich lithologies. The presence of graphite
(originated by the reaction between C0 2 and CH,) in the inclusions allows an additional argument in
favour of such interpretation.
Concerning the P-T conditions of trapping, the general trend corresponds to decompression
accompanied by temperature decrease.
The aqueous-carbonic fluids related to the earlier sulphide paragenesis show conditions corresponding
to T=450° to 550°C and Pmin=200 to Pmax=400 • MPa. The P-T conditions estimated for the
intermediate stage are: T=370° to 450°C and Pmin=95 MPa to Pmax=350 MPa. The later CH4-rich
aqueous-carbonic fluids were trapped at temperatures ranging from 300° to 400°C and pressions
ranging from Pmin=55 to Pmax=260 MPa. The gold deposition is related to aqueous fluids, and
considered to have occurred at Tmin 150°-280°C and Pmax<50±20 MPa.
XI
LISTA DE FIGURAS
xiii
Fig.III-5 Representação em diagramas de caracterização cristaloquímica da
composição das clorites da região de Vila Pouca de Aguiar. A: Fe/Fe+Mg
versus Si (Foster 1962); B: Fe versus Mg; C: AlVi versus AliV.
T: substituição Tchermak.
xiv
Fig.rV-5 Distribuição relativa da composição da fase volátil dos diferentes tipos de
inclusões fluidas aquo-carbónicas contidas nos filonetes de quartzo
encaixados nos liditos de Banho, cc: concordantes com a foliação; de:
discordantes.
Fig.IV-9 Diagramas de correlação ThC02 e TfCl versus TfC02 e ThC02 versus TfCl
referentes aos diferentes tipos de inclusões fluidas aquo-carbónicas
associadas aos diferentes estádios de quartzo dofilãode Jogadouro.
xv
Fig.rV-16 Diagramas representativos da composição da fase volátil das inclusões
fluidas aquo-carbónicas associadas aos diferentes tipos de quartzo do filão
de Argeriz.
Fig.rV-20 Diagramas de correlação ThC0 2 e TfCl versus TfC0 2 ; ThC0 2 versus TfCl
referentes aos diferentes tipos de inclusões fluidas aquo-carbónicas do filão
de Vale de Égua.
Fig.IV-27A Diagrama de correlação ThC0 2 versus TfC0 2 das inclusões fluidas aquo-
carbónicas contidas no quartzo límpido deformado de Três Minas.
xvi
Fig.rV-27B Diagrama de correlação TfCl versus TfCCh das inclusões fluidas aquo-
carbónicas contidas no quartzo límpido deformado de Três Minas.
Fig.rV-34 Diagrama bilogarítmo das razões molares dos halogénios Br/Cl e I/Cl das
inclusõesfluidascontidas em estruturas quartzosas de VPA.
xvii
Fig.IV-39 Composição e evolução da fase volátil dos fluidos aquo-carbónicos contidos
nas estruturas mineralizadas (A e C) e nas estruturas do encaixante
metassedimentar (B) pertencentes aos Domínios Estruturais de Três Minas
(DETM) e de Carrazedo (DEC).
xviii
Fig.V-8B Isócoras representativas das inclusões fluidas aquosas Lw. P.c.: ponto
crítico da H2O.
Fig.V-12 Síntese da evolução P-T dos fluidos de Vila Pouca de Aguiar. A tracejado:
curvas geotérmicas segundo Winkler in: Bûcher, K. & Frey, M. 1994,
modificado. A tracejado negro: regime litostático; tracejado azul: regime
hidrostático.
xix
LISTA DE TABELAS
Tabela AI.2 Análises químicas das micas brancas observadas nas estruturas
mineralizadas da região de VPA.
Tabela AI. 5 Análises químicas de clorites observadas nas estruturas quartzosas estéreis,
nas mineralizadas e no encaixante metassedimentar da região de Vila Pouca
de Aguiar.
Tabela AII.2 Análises à microssonda electrónica e ao MEV do ouro e/ou electrum das
estruturas mineralizadas da região de VPA. Concentrações ponderais.
Tabela AIII.l Composição (ppm) rectificada, das inclusões fluidas da região de VPA.
Análises por esmagamento e lixiviação (Crush-leach).
Tabela AIII.2 Razões entre elementos obtidas a partir das análises Crush-leach indicadas
na tabela AIII. 1.
Tabela AIII.3 Composição (ppm) das inclusões fluidas das estruturas filonianas de
Jogadouro e Argeriz, obtida a partir de análises Crush-leach.
Tabela AIII.4 Razões entre elementos obtidas a partir dos resultados (posteriormente
recalculados) das análises Crush-leach das inclusões fluidas de Jogadouro e
Argeriz.
Tabela AIII.5 Composição molar (obtida por Crush-leach) das inclusões fluidas contidas
nas estruturas quartzosas da região de VPA.
Tabela AIII.6 Razões entre elementos obtidas a partir da composição molar indicada na
tabela AIII.5.
xx
LISTA DE QUADROS
Quadro IV-6A Quadro de síntese dos resultados microtermométricos das inclusões fluidas
observadas nas estruturas quartzosas estéreis e mineralizadas da região de
VPA.
Quadro IV-6B Quadro de síntese dos resultados de espectroscopia Raman das inclusões
fluidas observadas nas estruturas quartzosas estéreis e mineralizadas da
região de VPA.
xxi
LISTA DE ESTAMPAS
Estampa IV-4 Tipologia das inclusões fluidas contidas nos quartzos do filão de Jogadouro
Estampa IV-5 Tipologia das inclusões fluidas contidas nos quartzos do filão de Vale de
Égua
Estampa IV-6 Tipologia das inclusões fluidas contidas nos quartzos do filão de Vale de
Égua
Estampa IV-7 Tipologia das inclusões fluidas contidas nos quartzos das estruturas
silicificadas de Três Minas
xxii
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO GERAL
Pouco se sabe acerca das condições P-T-X dos fluidos produzidos durante o
metamorfismo e a sua evolução em função da passagem de regime de deformação
dúctil a frágil. A falta de dados advém de duas dificuldades principais: i) a deposição e
os aspectos texturais do quartzo numa dada estrutura deformada (filões, veios, e
filonetes), não são necessariamente sincrónicos da formação dessa estrutura, em
consequência de uma sucessão complexa de vários estádios de recristalização e
reabertura; ii) os fluidos aprisionados em micro-cavidades {inclusões fluidas) podem
ter sido aprisionados num dado tipo de quartzo, em diferentes estádios após a
formação desse mineral. Estas dificuldades podem, contudo, ser em parte minimizadas
procedendo a um estudo sistemático dos paleofluidos contidos em inclusões tentando
correlacionar a sua tipologia com a textura e estrutura dos quartzos hospedeiros
3
1988; Essarraj 1992; Barakat 1995; Nogueira 1997) encorajou uma investigação
detalhada da origem e evolução dos fluidos desde as fases iniciais de deformação e
pico do metamorfismo até estádios mais tardios.
4
- uma boa visualização das relações encaixante/estruturas mineralizadas;
A-Objectivos
Assim, tendo como meta contribuir para a evolução dos conhecimentos sobre a
metalogenia da região aurífera de Vila Pouca de Aguiar, definiram-se os objectivos
fundamentais a atingir com este estudo:
5
- reconstituir as condições P-T-V-X de circulação dos fluidos desde o pico do
metamorfismo até aos episódios frágeis mais tardios;
B-Materiais e métodos
Para dar cumprimento aos objectivos referidos foi necessário proceder a uma
abordagem metodológica pluridisciplinar. Neste sentido foram desenvolvidos:
Trabalhos de campo
Trabalhos laboratoriais
6
bem como, o aprisionamento dos fluidos tendo como referência as diferentes fases de
deformação, é em geral difícil. Consequentemente, torna-se necessário recorrer a um
estudo pluridisciplinar (obedecendo a uma determinada sequência de estudo) a partir
do qual, com base na tipologia, texturas do quartzo e sua cronologia relativa às
paragéneses metálicas, proceder a uma completa caracterização físico-química dos
paleofluidos. Os trabalhos laboratoriais executados consistiram sobretudo (Fig. 1-1):
7
0
ESTUDO PETROGRAFICO
Fases de deformação
Microscópio óptico
(luz transmitida/reflectida)
Estruturas quartzosas
t Microssonda electrónica
MEV/CL
Associações minerais
Texturas e tipologia
do quartzo
®
RECONSTITUIÇÃO DAS
CONDIÇÕES FÍSICO-QUÍMICAS
J)
Composição
FLUIDOS
Global
/
Análise de iões Condições
P-T
Geotermómetros
8
CAPITULO II
ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO E
GEOLÓGICO
O que neste trabalho se designa por, região de Vila Pouca de Aguiar (VPA),
situa-se nas províncias de Trás-os-Montes e Alto Douro, distrito de Vila Real,
abrangendo áreas pertencentes aos concelhos de Vila Pouca de Aguiar, Valpaços e
Murça. Esta região é abrangida pelas folhas topográficas dos Serviços Cartográficos do
Exército, à escala 1:25 000 de, Vidago (60), Loivos (61), Vila Pouca de Aguiar (74) e
S.ta M ade Emeres (75) as quais serviram de base para os trabalhos de cartografia
geológica da folha 6-D-Vila Pouca de Aguiar (1999). A elaboração desta carta,
efectuada sob a coordenação do Prof. Doutor Fernando Noronha, enquadra-se no
âmbito do projecto da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50 000 do Instituto
Geológico Mineiro (IGM).
O essencial do nosso trabalho centrou-se nas folhas de S.ta M ade Emeres (75) e
na parte sul da folha de Loivos (61) da carta militar 1:25 000 (Fig.II-1).
11
LEGENDA
+ + +
+ + Granitos biotíticos pós-tectónicos
+ + +
Granitos de duas micas sintectónicos
Falhas
Carreamentos
12
/
x x /( xx / /A
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V + + 4 + 4 + 4 44 + A
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+ + ^ < t \ + + 4- + +
4- + Sv N- 4- + 4 Íx // x^x<
+ + + 4 + + ^ N j ; + 4 4
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U+ 4- 4- + + > t 4- 4 +
Í 4-% + + X + X , + . 4 4 4 4 x x
+ +
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+ + + 4 4 4 4 4 *H
4 + ^ k 4 y
+ + + 4 + + 4 + + + + ~ '+ X
+ + 4 4 + 4 4 + 4 4 + 4 H + X x.
+ + + + 4 4 4 4 4 4 + 4 > .+ .XXX x
4 + 4 4 4 4/ X /
+ 44 + vx
4 4+ + + 4 +, 4+ + + + > X X
X
X
4 44 4 + 45
4- 4 + 4 4 >X
xt 4- . I > t5 +
J x 4 + 4 X
X X x X +
X x + + 4
X x x , H 4-
x x x x + + 4
y X
\+ 4 4
x xv +1
x x X 4 4 4'
4 X 4 4
+■ X
<h , + 41
X
X,
/ X
X/
/ /
>/ £ X w2l
Para além dos trabalhos anteriormente referidos foram desenvolvidos na
região de VPA estudos no domínio da litogeoquímica das unidades
metassedimentares (M. A. Ribeiro et ai. 1993, 1995, 1996, 1997; M.A. Ribeiro 1998)
assim como estudos sobre a geologia, geoquímica e petrofísica do maciço granítico de
VPA (Martins 1989; Martins 1998; Martins & Noronha 1991; Martins et ai. 1997 ;
Sant'Ovaia 1993; Sant'Ovaia et al. 1995, 1997).
14
Outubro de 1992. Entre 1933 e 1989 a mina produziu cerca de 25 t de ouro (Au) e lOOt
de prata (Ag) em trabalhos efectuados nos filões Campo e Desvio (J. Neiva & A.
Neiva 1990).
Nos filões da Gralheira, foram efectuados trabalhos de prospecção entre 1930 e
1932 pela empresa "Minas de Jalles Lda" (Lancastre 1966); na década de 60 pelo
Serviço de Fomento Mineiro (Viegas & Martins 1992) e mais recentemente
(1990/1991) pelo consórcio BP/RTZ-BRGM sendo estimadas reservas de 20 t em Au
(A. Neiva 1994).
15
250000 250500 TRÈS MINAS v
! I I
Fig.II-2- Três Minas - zona arqueológica (Wahl, 1993, modificado). A: Corta de Covas; B:
Corta da Ribeirinha; C: Corta dos Lagoinhos; a: Galeria do Pilar; b: Galeria do Texugo; c:
Galeria dos Alargamentos; d: Galeria dos Morcegos; e: Galeria do Buraco Seco; f: Galeria
Esteves Pinto; 1: aquedutos; 2: depósito de água; 3: anfiteatro?; 4: nécropole; 5: instalações de
lavagem; sombreado: superfícies presumivelmente construídas.
16
No final do relatório atrás referido o autor fazendo referência às descobertas e
às quantias despendidas assim como, às riquezas narradas nas antigas crónicas do
Contador Dargot e de Duarte Nunes de Leão acerca da antiga Lusitana cuja província
de Trás-os-Montes era parte integrante, sugere (...)"deveráformar-se uma empreza de
um capital de 50 contos de reis, dos quaes receberei dez contos de reis, para
indemnisação dos trabalhos e despezas feitos por mim até ao presente, que me serão
entregues logo que seja reconhecido o valor das referidas minas e resolvida a sua
lavra ; além d'isso receberei pelos direitos d'iniciativa e descoberta, 33 1/3 % dos
lucros líquidos que a empreza auferir. "
17
Em Ribas, freguesia de Argeriz, há um registo de uma "mina de wolfrâmio"
datado de 1942. Na década de 50 o SFM procedeu a trabalhos de prospecção de Au
efectuando a cartografia geológica da área e amostragem das estruturas mineralizadas
(Viegas & Martins 1992).
Os registos respeitantes à mina de Vale de Campo datam de 1900. Esta mina foi
concessionada para o chumbo (Moura 1988).
18
unidade parautóctone com a autóctone (Domínio do Douro Inferior) da zona Centro
Ibérica fica próximo do limite sul da área em estudo.
II.4.2.1- Litoestratigrafia
Para esta região foram definidos dois domínios estruturais com diferentes
características litoestratigráficas e estruturais, o Domínio Estrutural de Três Minas
(DETM- sector SSW) e o Domínio Estrutural de Carrazedo (DEC- sector NNE)
que, por sua vez, é dividido em dois sub-domínios: sub-domínio inferior e sub-domínio
superior (M. A. Ribeiro 1998) (Fig.II-3).
Com base nos critérios litológicos, estratigráficos e litogeoquímicos foram
individualizadas para estes domínios várias unidades (M. A. Ribeiro et ai. 1993, 1995;
M. A. Ribeiro & Noronha 1997; M. A. Ribeiro 1998).
Unidade das Fragas Negras (FN) - filitos cinzentos a negro, liditos, rochas
calcossilicatadas e algumas rochas carbonatadas;
Unidade de Curros (Cu) -filitos, xistos verdes, gresofilitos e grauvaques.
19
LEGENDA
METASSEDIMENTOS DO PALEOZÓICO
DCU
Unidade de Curros
a Filitos, xistos verdes,
3 gresofilitos e .Sg^afil*
V)
o
u grauvaques
•c Unidade de Cubo
•a ma T Quartzofílitos, quartzitos(*),
filitos e microconglomerados
Unidade das Fragas Negras
Filitos cinzentos
a negros, liditos(*X Unidade de Vale de Égua
rochas calcossilicatadas
e algumas rochas carbonatadas
Sub-Unidade de Rancho
Filitos cinzentos, xistos negros e _v V
'SE
alguns liditos(*), quartzitos e
rochas calcossilicatadas Unidade de Santa
S
Maria de Émeres
\V AC y Quartzofílitos feldspáticos,
Sub-Unidade do Alto da Cheira vulcanites ácidos, xistos
Quartzofílitos feldspáticos, negros, filitos, rochas
vulcanites ácidos,filitose rochas calcossilicatadas e
calcossilicatadas quartzitos
Granitos
Filões
Filões de quartzo
Falha
■— — Falha provável
v T — Carreamento
p- w Carreamento provável
•<£^ Minas a céu aberto
Exploração mineira
X abandonada ou suspensa
Fig. II-3- Mapa geológico simplificado e esboço dos Domínios Estruturais, segundo Carta
Geológica de Portugal, 1:50 000, folha 6-D - Vila Pouca de Aguiar (1999).
20
Domínio Estrutural de Carrazedo
22
da actuação desta fase tangencial. No DETM esta fase é de difícil
visualização (M. A. Ribeiro et ai. 1995).
23
peraluminosos onde são observadas biotite e andaluzite. Esta unidade posiciona-se
num nível estrutural superior, encontrando-se as estruturas da primeira fase hercínica
(Dj) bem preservadas. Estes aspectos correspondem às características definidas por
Noronha et ai. (1979) para o nível estrutural superior. Contudo, as condições referidas
para o metamorfismo regional da área em estudo, são relativamente constantes no
decurso da actuação das duas fases de deformação Dj e D2 razão pela qual, as foliações
são marcadas pela mesma associação mineralógica quartzo+mica branca+clorite.
Localmente, sobreposto a este metamorfismo observa-se uma blastese na dependência
de um pico térmico relacionado com a subida e instalação dos granitos de duas micas
sin a tardi-tectónicos (relativamente a D3). Este pico térmico define uma zonografia em
que as condições térmicas são mais acentuadas nas proximidades dos granitos e/ou dos
corpos aplito-pegmatíticos com eles relacionados. Esta zonografia corresponde a uma
associação mineral quartzo+moscovite+andaluzite± biotite. Em zonas mais afastadas
este pico manifesta-se por uma blastese de quartzo+moscovite+biotite (M. A. Ribeiro
1998).
24
contextos estruturais e litológicos apresentando diferentes tipos de mineralização (Au-
Ag, Sn, W...) (Fig.II-3).
25
11.4.2.3.1- Estruturas estéreis do encaixante metassedimentar
Estruturas ante-D3
26
B- Estruturas silicificadas + sulfuretos + (Au) relacionados com zonas de
cisalhamento.
28
ESTAMPAS
ESTAMPA II-l
Três Minas
CARACTERIZAÇÃO PETROGRAFICA E
MINERALÓGICA DAS ESTRUTURAS
QUARTZOSAS
37
III.2- TEXTURA E MINERALOGIA DOS QUARTZOS
38
A profundidade de excitação sob estas condições analíticas foi de
aproximadamente 4 mm (Grant 1978 em: Boiron et ai. 1992) e a resolução espacial de
pelo menos alguns |im.
A utilização deste equipamento tem as seguintes vantagens:
39
metassedimentos encaixantes previamente descritas (Fig.II-4), foi possível a
identificação dos seguintes tipos de quartzo:
40
simplesmente cicatrizadas (healing) pelo aprisionamento de fluidos correspondendo a
planos de inclusões fluidas (PIF).
41
As formas euédricas do quartzo hialino, facilmente identificáveis ao
microscópio óptico, contornam os sulfuretos ou, preenchem fendas de tracção {tension
gashes) e géodes, ou microfracturas em sulfuretos.
Estruturas mineralizadas
De um modo similar, nas estruturas mineralizadas quer nas filonianas, quer nas
silicificadas, o quartzo leitoso (QL) é o principal preenchimento e é considerado como
a geração de quartzo mais precoce (sin a tardi -D3) (Estampa III-l). Este tipo de
quartzo-QI apresenta extinção ondulante, bandas de deformação e subgrãos resultantes
de deformação dúctil intracristalina. Por vezes notam-se somente pequenas relíquias
de paleogrãos em consequência do aumento da densidade dos neogrãos.
42
Posteriormente, o quartzo leitoso precoce foi sujeito a deformação frágil/dúctil
a frágil, conduzindo a gerações sucessivas de micro fissuras. A cronologia estabelecida
para estes episódios é a seguinte:
Estruturas filonianas
Estruturas silicificadas
43
seio de sulfuretos de Fe-As precoces, preenchidas por sulfuretos ou sulfossais mais
tardios.
44
As fórmulas estruturais dos filossilicatos foram calculadas, na base de 11
oxigénios para as micas brancas e de 14 oxigénios para as clorites, a partir da
percentagem em peso dos óxidos que as compõem.
A técnica utilizada para estas análises não faz a distinção entre o ferro bivalente
(Fe2+) e trivalente (Fe3+) consequentemente, no cálculo adoptado, todo o ferro foi
considerado como Fe . Cathelineau & Nieva 1985 citam trabalhos respeitantes a
análises de clorites em que, os diversos autores (Foster 1962; Deer et al. 1962; Shirozu
T l
45
- análise quantitativa de imagem.
As possibilidades do MEV, equipado com espectrómetros de raios X,
aproximam-se muito das da microssonda electrónica.
IIL3.2- FILOSSILICATOS
IIL3.2.1.1- Generalidades
46
Entre estes termos extremos existem outras de composição intermédia na série
contínua da moscovite-celadonite (fengites) e na série descontínua da moscovite-
paragonite. Entre estes três pólos são possíveis várias substituições:
Substituição fengítica
Al jy , Al vi < ^ Si jy , R yj
diagramas binários
47
- CI versus Si-3+Ti, diagrama que evidência a compensação de cargas
interfoliares (CI) devida às variações de cargas nas posições tetraédricas. Este
diagrama mostra duas tendências: a série "fengítica (série moscovite-
celadonite) cujo domínio apresenta uma carga interfoliar constante (CI>0,9) e
conteúdos variáveis de Si, e a substituição ilítica segundo a recta smectite-ilite
cujos termos extremos são a pirofilite e a moscovite;
2+
diagramas triangulares
48
2R3 = (Al-(K+Na+2Ca))/2, (pólo pirofilite-caulinite);
MR3 = K+Na+2Ca (pólo feldspatos);
3R2=(Fe+Mg+Mn)/3 (pólo talco-clorite).
49
- filito grafitoso (Unidade de Vale Égua - VE), pertencente ao encaixante do
filão de Vale de Égua apresentando uma paragénese constituida por, quartzo
+ mica branca + grafite + ilmenite/pseudobrokite + alanite + pirite.
50
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§ 3
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tit) CL
No diagrama D estas micas colocam-se acima da recta Alrv=Alvi-l+2Ti, o
que indica um défice de Al nas posições octaédricas. Nos diagramas de
Velde e de Hower & Mowatt (Fig.III-2A e B), estas micas localizam-se no
campo das fengites. A sua fórmula estrutural pode ser escrita da seguinte
forma:
52
Celadonite
75
MR3
Moscovite O Mi-encJOG
A Mi-encARGZ
D Mi-encVE
2R3
2R3 3R2
B
A1IV (moscovite)
fengites
A1IV
50
2-A1VI 1-MR3
53
As micas das estruturas mineralizadas
54
molécula celadonítica é variável (21,8 e 33,9%), enquanto que o conteúdo na
molécula paragonítica permanece mais ou menos constante (2,5 e 5,2%)
(Fig.III-3A), os teores em Fe e Mg variam entre 0,21 e 0,35. O seu
posicionamento no diagrama CI/ Si-3+Ti mostra duas tendências: "fengítica"
cujo domínio apresenta uma carga interfoliar entre 0,9 e 0,95 e conteúdos
variáveis de Si, e a substituição ilítica segundo a recta Si-3+Ti=CI. A sua
projecção sobre e abaixo da recta Si-3+Ti=Mg+ indicam que a compensação
2+
55
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75 MR3 • Mi-JOG
A Mi-ARGZ
O Mi-TM
2R3
B
AlIV (moscovite)
fengites
AIIV
2-A1VI 1-MR3
57
III.3.2.2- Clorites
III.3.2.2.1- Generalidades
58
Alvi é geralmente diferente do valor de Airy (Foster 1962 in Caritat et ai. 1993),
indicando assim, para além desta, a existência de outras substituições.
Se Alvi > Airy, então os R em excesso nas posições octaédricas podem ser
2+
se Alvi < Alp/, então os R nas posições octaédricas (e.g. sob a forma de Fe ),
podem ser interpretados como tendo substituído o Alyi numa proporção de 1:1.
Os principais diagramas utilizados neste estudo foram:
diagramas binários
diagramas triangulares
59
III.3.2.2.2- Estudo cristaloquímico
60
- Clorites contidas nosfilonetes metamórficos de Castelares (Clo-cast): a sua
fórmula estrutural média é a seguinte:
(Si 2,86 Al i)U) (Al 1>52 Fe 1)77 Mg 2,43 Mn o.osj O10 OH8
Estas clorites são tardias relativamente a um quartzo (Qlla) de
preenchimento de clivagem de fractura sin-S3. Distribuem-se pelo domínio
das brunsvigites (Fig.III-5A) e são caracterizadas por teores em Si da ordem
de 2,86 átomos por "meia malha"e por teores em Fe de 1,77±0,03,
apresentando os teores mais elevados em Mg (2,43+0,12). Os conteúdos em
Aliv e Alvi são respectivamente de 1,14±0,02 e 1,52+0,06 (Tabelas AI-6).
No diagrama Fe/Mg da Fig.III-5B observa-se uma correlação negativa entre
o ferro e o magnésio, indicando a existência de uma substituição mútua entre
estes dois elementos.
61
1,00
Turingite Chamosite • Clo-enc(JOG)
OB 0,75 A Clo-cast(CAST)
o Cio I-sulf(TM)
t> 0,50 Ripidolite oo^o Brunsvigite Diabantite D Cio II-frac(TM)
ta
"33
to
0,25
Sheridanite Clinocloro Peninite
0,00
+
2,00 2,20 2,40 2,60 2,80 3,00 3,20 3,40 3,60 3,80
Si
2,0-
1,0 - i i i i ^T^^-
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
Mg
c 2,8
2,4
2,0
£ 1,6
< 1,2
0,8
0,4
0,0
62
- Clorites em fracturas tardias (CloII-frac): estas clorites ocorrem sob a forma
lamelar no encosto de fracturas abertas. Segundo a classificação de Foster (1962) estas
clorites distribuem-se no limite entre os domínios da chamosite e da brunsvigite
(Fig.III-5A), apresentando os valores médios em Si mais elevados (3,07+0,07).
Caracterizam-se por conteúdos em Fe e Mg respectivamente de 2,99+0,13 e 0,08+0,01
átomos por "meia malha". Os conteúdos em Airy e Alyi são respectivamente de
Micas brancas
Clorites
63
O Mi-encJOG
A Mi-encA RGZ
□ Mi-encVE
• Mi-JOG
A Mi-A RGZ
O Mi-TM
2R3 3R2
A1IV (moscovite)
lcngiti
2-AIVI (celadonite)
2-AIVI 1-MR3
64
MR3
2R3 50 3R2
65
A projecção dos resultados analíticos no diagrama Si versus Fe/Fe+Mg
(Fig.III-5A) revelam, no respeitante ao encaixante metassedimentar, valores mais
elevados da razão Fe/Fe+Mg e teores mais baixos de Si para as clorites observadas no
filito do encaixante do filão de Jogadouro (Clo-enc). No caso de Três Minas verifica-
se um aumento da razão Fe/Fe+Mg e do teor em Si das clorites associadas a sulfuretos
(Clol-sulf) para as clorites em fracturas tardias (CloII-frac).
Pela análise das distribuições das clorites no diagrama Mg versus Fe
(Fig.III-5B) verifica-se, na generalidade, a existência de uma correlação negativa entre
os teores em ferro e magnésio, indicando a existência de uma substituição mútua entre
estes dois elementos. A variação importante dos conteúdos em Fe e Mg está
provavelmente associada à disponibilidade local destes parâmetros e às condições
físico-químicas de cristalização das clorites. No caso de Três Minas, a composição das
clorites leva a concluir que houve um enriquecimento em ferro nos eventos
hidrotermais mais tardios (CloII-frac).
A projecção dos diferentes tipos de clorites no diagrama Alyi versus h\\y
(Fig.III-5C) mostra a existência de uma certa variabilidade nos teores em Aliv para
teores em Al vi relativamente constantes. O posicionamento, próximo da recta de
substituição de Tchermack (T), das clorites Clo-enc e Clol-sulf. mostra que estas
clorites caracterizam-se pela fraca existência de vazios de ocupação octaédrica
podendo ser interpretadas como sendo formadas a temperaturas mais elevadas do que
as populações constituídas pelas clorites Clo-cast e CloII-frac (Cathelineau comun.
oral). Estas últimas, apresentam progressivamente mais vazios octaédricos que
atingem o seu valor máximo (VAC=0,45) nas clorites mais tardias (CloII-frac.)
observadas em Três Minas.
66
III.3.3- MINERAIS METÁLICOS
67
de pirite e cristais com hábito acicular de sulfuretos complexos Bi, Ag, Pb,
Zn, Fe, Au, Te, Cu (Jogadouro e Argeriz) (Estampa III-7).
68
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MINERAIS^"-^^^
I II
ARSENOPIRITE
• •••
PIRITE 1^*
PIRROTITE I II
GALENA
FREIBERGITE
PIRARGIRITE
CALCOPIRITE
SULFOSSAIS Ag, Pb,
As, Cu e Te
OURO
ARGENTITE
MARCASSITE
(HID) ÓXIDOS de Fe
CERUSSITE
ESCORODITE
^1 II
ARSENOPIRITE
PIRITE
PIRROTITE
ESFALERITE ••• v
GALENA
BISMUTINITE
CALCOPIRITE
SULFOSSAIS Bi, Pb,
As, Ag
BISMUTO
OURO
COVELITE
(HID) ÓXIDOS de Fe
ESCORODITE
69
III.3.3.2- Estruturas silicificadas
Com base na amostragem possível de realizar em Três Minas, uma vez que a
mineralização é actualmente de difícil observação, constata-se que a mineralização se
concentra preferencialmente no contacto das lentículas de quartzo com o xisto. À
semelhança das estruturas filonianas podem-se distinguir quatro estádios principais de
evolução da mineralização (Fig.III-9):
70
/^•v^ESTÁDIOS PRECOCE INTERMÉDIO TARDIO SUPERGÉMOoN
MINERAIS^^^
I
ARSENOPIRITE
PIRITE " ^HH^^
PIRROTITE
COBALTITE
ESFALERITE
GALENA
CALCOPIRITE
OURO
MARCASSITE
(HID) ÓXIDOS de Fe
COVELITE —
ESCORODITE
I
QUARTZO Oïl Qin IV
Clo-sulf Clo-fra
CLORITE
71
Arsenopirite
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As%peso
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40 41 42 43 44 45 46 47 48 49
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Galena
Sulfuretos complexos
74
Ouro e electrum
75
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+
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Au (% peso)
76
III.3.4- CONCLUSÕES DO ESTUDO DAS PARAGÉNESES
77
Em Três Minas, observou-se uma clorite vermicular cuja cristalização foi
posterior ao quartzo microcristalino-QIII. Nas estruturas filonianas, não
foram observados filossilicatos relacionados com este estádio mais tardio.
Na globalidade dos exemplos estudados, este estádio está
predominantemente associado a uma rede de microfissuras cicatrizadas pelo
aprisionamento de fluidos (PIF).
78
ESTAMPAS
ESTAMPA III-l
1. Vista de conjunto de uma zona mostrando o quartzo leitoso (QL) com zonas mais
claras de quartzo límpido (QLp) e uma banda de quartzo hialino (Qh).
Imagens MEV-CL
1. Vista de conjunto do quartzo leitoso (QL) com zonas mais claras de quartzo límpido
(QLp). Note-se a abundância de inclusões fluidas de dimensões reduzidas, conferindo
ao cristal de quartzo um aspecto "sujo".
Imagens MEV-CL
1. Vista de conjunto do quartzo leitoso (QL) com zonas mais claras de quartzo límpido
(QLp). Observe-se a abundância de inclusões fluidas de dimensões reduzidas,
conferindo ao cristal de quartzo um aspecto "sujo".
Observação ao MEV-CL
Paragéneses auríferas
O estudo das inclusões fluidas não se confina ao nosso século pois já em 1858,
Henry Clifton Sorby argumentava que, as inclusões fluidas nos minerais
103
representavam porções aprisionadas de líquidos, gases e "melt" a partir das quais o
cristal crescia e desta forma, poderiam ser usadas para o estabelecimento do ambiente
de formação dos minerais ou das rochas.
Contudo, a utilização das inclusões fluidas na caracterização das condições
termobarométricas que presidiram aos diferentes processos geológicos, está
condicionada por duas hipóteses fundamentais (Weisbrod et ai. 1976):
104
microfracruração poderá causar a reabertura de inclusões preexistentes e a sua
contaminação por fluidos tardios ("leakage in").
i- Microtermometria
105
compreendidas entre -180 e 600°C e outra para o aquecimento, a platina Linkam
(-180°C/800°C), descritas por Poty et ai. 1976 e Shepherd et ai. 1985 respectivamente.
Para uma boa repetibilidade das leituras torna-se necessário proceder à
calibração das platinas com uma certa regularidade.
Para a calibração da platina a baixas temperaturas utilizaram-se como padrões,
inclusões naturais contendo C0 2 puro (Tf C0 2 = -56,6°C) e inclusões sintéticas (H 2 0-
NaCl) de salinidade conhecida cuja fusão do gelo ocorre à temperatura de TfG= -
0,4°C. A precisão das medidas é de ±0,1°C.
Na calibração a temperaturas superiores a 30°C foram utilizados como padrões
produtos sólidos manufacturados pela Merck Co. Schemlzkorper com pontos de fusão
conhecidos. A escolha dos padrões recaiu naqueles que mostraram boa repetibilidade,
nomeadamente: +70°C (Merck 9670); +135°C (Merck 9735); +180°C (Merck 9780);
+306,8°C (NaN0 3 ) e +398°C (K 2 Cr 2 0 7 ). Como as temperaturas de fusão dependem da
velocidade de aquecimento e do tamanho dos cristais, o aquecimento foi efectuado em
pequenas quantidades de produto, a uma velocidade de 0,25°C/minuto, nos 10°C que
antecedem o ponto de fusão. A precisão das medidas é cerca de 1°C.
106
-49,8°C, -33,6°C, 22,9°C, -52,0°C, -35,0°C, são diagnósticos da presença de,
NaCl, KC1, CaCl2, MgCl2; NaCl-KCl, NaCl-CaCl2 e NaCl-MgCl2
respectivamente.
r
107
ou caso haja fenómenos de imiscibilidade como por exemplo entre H2O e
C0 2 (Shepherd et ai. 1985).
TfS- Temperatura de fusão de fases sólidas. O conhecimento da TfS das
fases sólidas contidas nas inclusões fluidas, juntamente com a avaliação das
suas proporções relativas, permitirá não só a sua identificação, como também
contribuirá para o conhecimento da composição química do fluido
aprisionado. No caso de soluções saturadas em sais (e.g. inclusões fluidas
contendo cubos de halite), o cálculo da salinidade poderá ser obtido a partir
da TfS.
Td- Temperatura de decrepitação (fracturação do mineral hospedeiro). É um
parâmetro dependente da densidade, forma e tamanho das inclusões (Leroy
1979; Hollister et ai. 1981). Dá-nos uma estimativa mínima (subestimativa)
da TH
108
posição das bandas Raman e a sua quantificação é feita a partir da integração de áreas
dos picos dos diversos constituintes identificados.
109
iii- Análise global iónica
110
lamina espessa utilizada para a análise microtermométrica, tem como vantagem a
minimização do efeito da mistura de várias gerações de inclusões fluidas.
Os trabalhos de Banks et ai. (1994) demonstram que é possível a análise (por
ICP-MS) de terras raras, contidas nas inclusões fluidas, em amostras que apresentem
uma só geração de fluidos com uma salinidade relativamente elevada.
Análise de catiões
Os aniões F", Cl", Br" e SO4 ", lixiviados de DDW, foram analisados por
cromatografia iónica (IC -Ion Cromatography).
111
- índice S: indica a presença de uma fase sólida.
112
Inclusões aquosas
113
inclusões bifásicas ou trifásicas à temperatura ambiente, caracterizadas por
um volume aquoso que varia entre 30 e 75%;
- inclusões aquo-carbónicas, do tipo Vc-w em alinhamentos no quartzo
límpido-QIIa: apresentam-se, na sua maioria, como inclusões trifásicas à
temperatura ambiente. Distinguem-se das anteriores pela sua dimensão
menor (10 a 27um), pela sua forma de cristal negativo, modo de ocorrência
(observadas em planos de inclusões fluidas), menor fracção volumétrica
ocupada pela fase aquosa (20 a 30%).
Por vezes são observadas inclusões secundárias do tipo Lw-c no Qlla.
As inclusões fluidas aprisionadas pelos cristais de quartzo da geração mais
precoce destas estruturas (QI) são abundantes, de dimensões reduzidas (em torno de
5 um) apresentando-se com formas irregulares e deformadas consequentemente, não
foram objecto de estudo microtermométrico.
114
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A temperatura de homogeneização do CO2 (Th CO2) é observada entre -1 e
18°C contudo, a maioria dos resultados varia entre 15 e 18°C em fase vapor (V).
No decurso do aquecimento, três das sete inclusões estudadas decrepitaram a
temperaturas entre 266 e 309°C, obtendo-se para as restantes temperaturas de
homogeneização total (TH) entre 283 e 330°C em fase líquida pelo aumento do
volume aquoso (Fig.IV-1).
A fusão do CO2 ocorre a temperaturas que variam entre -58,5 e -51,TC com
uma moda a -57,5°C. A TfG não pôde ser observada devido ao fraco conteúdo da
componente aquosa que caracteriza este tipo de inclusões. TfCl varia entre 6,5 e 6,7°C.
A homogeneização da fase volátil (Th C0 2 ) é observada entre 19 e 21,1°C em fase
líquida (L). A homogeneização global é efectuada pelo aumento do volume da fase
volátil a temperaturas compreendidas entre 330 e 340°C (Fig.IV-1).
116
C02
■ QIIa(Lc-w)
A QIIa(Vc-w)
CH4 N2+H2S
B
dv
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0,35
0,30
0,25
0,20
0,15
0,10
0,05
C02
0,00
20 40 60 80 100
Fig.IV-2- Distribuição relativa da composição da fase volátil dos diferentes tipos de inclusões
fluidas aquo-carbónicas contidas nos filonetes de quartzo de Castelares.
117
No diagrama dv em função do conteúdo em C0 2 (Fig. IV-2B) a densidade da
fase volátil dos fluidos do tipo Lc-w varia entre 0,1 e 0,4 g/cm3 com valores
intermédios para o tipo Vc-w.
IV.4.1.4- Conclusões
118
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IV.4.2- Os filonetes de quartzo em liditos de Banho
120
inclusões (Lm-w-S) a temperatura de homogeneização da fase carbónica (Th) ocorre
entre -94,3 e -91,4°C em fase vapor.
A amplitude de variação obtida para a fusão do gelo dos filonetes concordantes
e discordantes da foliação encontra-se dentro de uma mesma gama de valores
(compreendida entre -1,7 e -0,1°C). A TfCl para os filonetes concordantes varia entre
10,0 e 16,0°C. Para os discordantes obtiveram-se valores intermédios (em torno de
12,0°C). Estas temperaturas indicam a presença de CH4 na fase volátil. Nas inclusões
em que foi possível observar a temperatura da homogeneização global (TH) esta,
efectua-se invariavelmente em fase líquida, a temperaturas compreendidas entre 297 e
360°C. A decrepitação é observada a temperaturas aproximadamente dentro da mesma
amplitude de variação (297 e 325°C) (Fig.IV-4).
Inclusões Vm-(w)
Inclusões aquosas-Lw
A temperatura de fusão do gelo das inclusões aquosas foi observada entre -2,2 e
-0,9°C (Fig.IV-4).
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IV.4.2.3-Caracterização físico-química dos fluidos
123
C02
A QII cc(Lm-w-S)
■ QII cc(Lw-m-S)
• QI dc(Vm-w)
o QII dc(Lw-m-S)
■ QI dc(Lw-m-S)
CH4 N2+H2S
0,40 dv
0,35
0,30
0,25
0,20
0,15
0,10
0,05
0,00 CH4
0 20 40 60 80 100
Fig.IV-5- Distribuição relativa da composição da fase volátil dos diferentes tipos de inclusões
fluidas aquo-carbónicas contidas nos filonetes de quartzo encaixados nos liditos de Banho, cc:
concordantes da foliação; de: discordantes.
124
No diagrama dv versus C 0 2 (Fig.IV-5B) verifica-se que a densidade da fase
volátil dos fluidos é praticamente constante apresentando valores compreendidos entre
0,08 e 0,12 g/cm3. As inclusões do tipo Lm/Lw-m-S apresentam um valor médio de
dv (0,10 g/cm3) similar ao valor encontrado na inclusão do tipo Vm-w (0,1 lg/cm3).
125
H20
▲ QII cc(Lm-w-S)
■ QII cc(Lw-m-S)
• QI dc(Vm-w)
▲ QII dc(Lw-m-S)
■ QI dc(Lw-m-S)
C02 CH4+N2
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IV.4.2.4- Conclusões
128
IV5-CARACTERIZAÇÃODOSFLUIDOSDAS ESTRUTURAS MINERALIZADAS
A- As inclusões aquo-carbónicas
129
temperatura ambiente, com formas regulares e dimensões frequentemente
compreendidas entre 6 e 37 fim. O volume ocupado pela componente aquosa varia
entre 10 e 70% (Estampa IV-4 foto 4).
As inclusões fluidas, tipo Lc-w, observadas em PIF no quartzo Qllb, são
bifásicas à temperatura ambiente, apresentam formas regulares e dimensões
compreendidas entre 10 e 18 pm. A percentagem volumétrica ocupada pela fase
aquosa é relativamente constante, variando entre 50 e 60% (Estampa IV-4 fotos 6 a 8).
As inclusões fluidas associadas ao estádio de quartzo QUI são observadas
como inclusões pseudosecundárias no quartzo QUI ou sob a forma de PIF nos quartzos
das gerações anteriores. Evidenciam sempre duas fases à temperatura ambiente,
apresentam formas regulares e dimensões compreendidas entre 8 e 25 pm. A fracção
volumétrica da componente aquosa apresenta uma amplitude de variação
compreendida entre 50 e 90%>.
As inclusões fluidas (tipo Lw-m) observadas em PIF no quartzo QUI
apresentam-se como bifásicas à temperatura ambiente, com formas regulares e
dimensões compreendidas entre 10 e 18 um. O volume ocupado pela fase aquosa é
relativamente constante, variando entre 55 e 75%.
B- As inclusões aquosas
130
As inclusões fluidas do tipo Lw2 ocorrem em PIF no quartzo hialino, mas com
menor frequência que as do tipo Lwl. Distinguem-se também, das anteriores pela sua
dimensão menor (5 a 10 pm em média) e maior volume da fase aquosa (90 a 95%).
A- As inclusões aquo-carbónicas
131
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133
a TfCl, regista-se um aumento relativo da sua amplitude de variação (entre 7,0 e
12,0°C).
A homogeneização da fase volátil é observada entre 18,9 e 24,0°C em fase
líquida (Th CC>2-»L) e crítica (Th C0 2 ->C). A homogeneização global é efectuada a
temperaturas compreendidas entre 301 e 340°C, tanto em fase líquida, como pela
expansão da fase volátil, embora a homogeneização em fase líquida predomine.
Neste tipo de inclusões, nas quais a presença de voláteis (CO2, CH4 e/ou N2) é
detectada somente pela observação de clatratos, os valores admitidos para a sua fusão
134
distribuem-se no intervalo [7,5 , 12,3]°C. Os valores obtidos para a fusão do gelo
variam entre -8,6 e -2,8°C. A homogeneização global ocorre em fase líquida a
temperaturas que variam entre 280 e 331°C.
135
da fase volátil efectua-se sempre em fase vapor. A TI1CO2 dos fluidos aquo-
carbónicos mais tardios (PIF em Qllb) apresentam os valores mais baixos
(<+9°C) ocorrendo invariavelmente em fase vapor.
B- As inclusões aquosas
Inclusões-Lwl
As inclusões fluidas com salinidade baixa (Lwl) apresentam TfG que variam
entre -2,5 e -0,2°C. Os valores estimados para a salinidade são da ordem dos 0,35 a
4,18 eq.%NaCl. A homogeneização global ocorre em fase líquida a temperaturas
compreendidas entre 146 e 163°C (Fig.IV-8).
Inclusões-Lw2
136
ThC02(°C)
30
AQIIa(Lc-w)
APEFQIIa(L/Vc-w)
■ QIIb(Lc-w)
DPIFQIIb(Lc-w)
+ PBFQIIb(Lc-w)
TfC02(°C)
-66 -65 -64 -63 -62 -61 -60 -59 -58 -57
TfCl(°C)
B
TfC02(°C)
-62 -61 -60 -59 -58 -57
.ThCO2(0C)
TfClfC)
10 12 14 16 18
Fig.IV-9- Diagramas de correlação ThC02 e TfCl ver sus TfCÛ2 e TI1CO2 ver sus TfCl
referentes aos diferentes tipos de inclusões fluidas aquo-carbónicas associadas aos diferentes
estádios de quartzo do filão de Jogadouro.
137
Comparação entre os diferentes tipos de fluidos
138
AQIIa(Lc-w)
APIFQIIa(L/Vc-w)
■ QIIb(L/Vc-w)
aPIFQIIb(Lc-w)
+ PIFQIIb(Lc-w)
• Qffl(Lw-c)
oPIFQin(Lw-m)
TH(°C)
160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360
FigXV-10A- Diagrama de correlação TfCl versus TH referente aos diferentes tipos de inclusões
fluidas aquo-carbónicas. d: decrepitadas
B TfGfC)
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▲ Qna(Lc-w)
-10 -
APIFQIIa(L/Vc-w)
-15 - ■ QIIb(L/Vc-w)
DPIFQIIb(Lc-w)
-20 - + PIFQIIb(Lc-w)
• QIII(Lw-c)
-25 -
O PIFQffl(Lw-m)
-30 xLwl
-Lw2
-35 -
-40 - -
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TH(°C)
50 100 150 200 250 300 350 400
Fig.IV-10B- Diagrama de correlação TfG versus TH referente aos diferentes tipos de inclusões
fluidas aquo-carbónicas e aquosas.
139
As análises revelam que estamos na presença de fluidos pertencentes ao sistema
H20-C02-CH4±(N2, H2S) e que a fase volátil é constituída por C0 2 , CH4, N2 e, por
vezes, pequenas quantidades de H2S.
Para uma melhor visualização da composição da fase volátil e global, assim
como, da evolução química dos diferentes tipos de fluidos aquo-carbónicos, os
resultados obtidos são apresentados em diagramas binários e ternários.
Embora haja uma certa analogia composicional relativamente à fase volátil, das
inclusões fluidas aprisionadas pelo Qlla e Qllb, os diferentes tipos de inclusões fluidas
associados aos diferentes estádios de quartzo formam populações distintas.
140
algumas inclusões com conteúdos que podem atingir os 2 mole%. Os conteúdos em N2
são mais baixos variando entre 0 e 2 mole%.
O posicionamento das projecções dos resultados relativos às inclusões que
ocorrem em diferentes alinhamentos do Qllb, permite pôr em evidência a sua evolução
composicional confirmando assim, a interpretação efectuada aquando da análise dos
resultados microtermométricos. Assim, as inclusões (Lc-w), cuja projecção se situa
mais próximo do pólo CO2, apresentam: conteúdos em CO2 que variam entre 68 e 75
mole%; quantidades em CH4 que variam entre 19 e 24 mole% e conteúdos médios em
N2 e H2S da ordem dos 4 mole%. A outra família de inclusões distingue-se da anterior
pelo maior conteúdo em CH4 (variável entre 35 e 45 mole%) e consequente
diminuição da quantidade em CO2 (entre 53 e 59 mole%), e conteúdos máximos em
N2 e H2S, de 5 mole% e 2 mole%, respectivamente.
141
de inclusões fluidas do Qllb mostram uma evolução composicional idêntica
manifestada por um empobrecimento em CO2.
De um modo geral, observa-se uma diminuição da densidade da fase volátil
acompanhada por um enriquecimento em CH4 dos fluidos aquo-carbónicos mais
precoces para os fluidos mais tardios.
142
C02
CH4
CH4 N2+H2S
dv
B 0,6
AQIIa
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- as inclusões fluidas associadas aos diferentes PIF em Qllb apresentam uma
diminuição das razões CO2/CH4 (respectivamente, entre 4 e 5; 1 e 3)
acompanhada de um empobrecimento dos conteúdos em CO2;
- as inclusões fluidas associadas ao QUI exibem uma tendência evolutiva
traduzida por uma diminuição da razão CO2/CH4 (de 6 para 2). Essa
tendência acentua-se no sentido das inclusões fluidas do tipo Lw-m que
ocorrem em PIF no QUI (CO2/CH4=0,9).
145
0,73). Para. o conteúdo de NaCl obtiveram-se valores que se situam em torno
de 1 mole%;
- os valores estimados para o conteúdo de NaCl para as inclusões fluidas
associadas ao QUI são da ordem de 1 mole%. A densidade global situa-se
entre 0,77 e 0,86;
- para a inclusão contida em PIF no QUI (tipo Lw-m) obtiveram-se valores
mais baixos que os precedentes, tanto para o conteúdo de NaCl (0,3 mole%),
como para densidade global (0,64).
IV.5.1.4- Conclusões
146
entanto, conteúdos significativos de CH4 (13 a 24 mole%). Os valores
médios da temperatura mínima de aprisionamento para este estádio situam-se
por volta de 302°C;
iii)- os fluidos aquo-carbónicos mais tardios são observados sob a forma de
inclusões fluidas em PIF no Qllb e como inclusões pseudo-secundárias e
secundárias no QUI. Neste estádio assiste-se a uma evolução traduzida por
um enriquecimento em CH4 (podendo atingir valores da ordem dos 51
mole%) e por uma diluição dos fluidos.
147
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19
IV.5.2- O filão de Argeriz
A- Fluidos aquo-carbónicos
149
temperatura ambiente exibem duas fases, ocupando a componente aquosa
uma fracção compreendida entre 50 e 60%.
B- Fluidos aquosos
150
A- Fluidos aquo-carbónicos
Inclusões-Lc-w em PIF no QI
151
são um pouco superiores aos anteriores (compreendidos entre 9,5 e 11,4°C). A
homogeneização da fase volátil é observada a temperaturas compreendidas entre 13,8
e 19°C, tanto em fase vapor (ThC0 2 -»V) como em crítica (ThC0 2 -»C), embora a
homogeneização em fase vapor predomine. A homogeneização global foi observada
sempre em fase líquida a temperaturas que variam entre 256 e 344°C.
152
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QIIa(V/Lc-w)
PIF QIIa(Lc-w)
PIF QI(Lc-w)
QIIb(V/Lc-w)
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As principais diferenças entre os fluidos aquo-carbónicos
154
ThC02(°C)
A A ; AQIIa(V/Lc-w)
25 - ▲ APIFQIIa(Lc-w)
+ PIFQI(Lc-w)
20 ■ QIIb(V/Lc-w)
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-64 -63 -62 -61 -60 -59 -58 -57
Fig.IV-14A- Diagrama de correlação ThC0 2 ver sus TfC0 2 referente a inclusões fluidas aquo-
carbónicas do tipo Vc-w e Lc-w do filão de A rgeriz.
TfCIfC)
B
A QIIa(V/Lc-w)
A PIF QIIa(Lc-w)
+ PIF QI(Lc-w)
■ QIIb(V/Lc-w)
• QIII(Lw-c(m))
TfC02(°C)
-67 -66 -65 -64 -63 -62 -61 -60 -59 -58 -57
Fig.IV-14B- Diagrama de correlação TfCl ver sus TfC0 2 referente a inclusões fluidas aquo-
carbónicas do tipo V/Lc-w e Lw-c(m) do filão de A rgeriz.
155
B- Fluidos aquosos
Inclusões-Lwl
As inclusões fluidas Lwl apresentam valores para a TfG que variam entre -2,0 e
-0,1°C. Os valores estimados para a salinidade variam entre 0,18 a 3,39 eq.%NaCl. A
homogeneização global ocorre em fase líquida a temperaturas compreendidas entre
163e293°C.
Inclusões-Lw2
156
Comparativamente aos fluidos de Jogadouro, estes parecem evidenciar uma
continuidade evolutiva a partir dos fluidos aquo-carbónicos traduzida por uma diluição
dos fluidos.
Os fluidos aquosos mais tardios Lw2, caracterizam-se por apresentarem
salinidades elevadas e TH mais baixas que os precedentes, compreendidas entre 128 e
175°C.
TfG
0 ^ 5 T
AQIIa
-5 d .
+ PIFQI
-10 A PIF QUa
-15 ■ Qllb
-20 - • QUI
-25 xLwl
-Lw2
-30
-35 -
-40
-45 TH
50 100 150 200 250 300 350 400
Fig. IV-15- Diagrama de correlação TfG versus TH referente aos diferentes tipos de inclusões
fluidas aquo-carbónicas e aquosas, d: decrepitadas.
157
IV.5.2.3.1- Composição da fase volátil
158
CC>2 significativamente inferior às precedentes, com percentagens estimadas entre 27 e
55 mole%. Os conteúdos máximos de N2 são similares aos das inclusões associadas
aos outros estádios de quartzo (3 mole%).
159
C02
AQIIa
+ PIF QI
A PIF QHa
■ Qllb
• QUI
CH4 N2+H2S
0,5 dv Média
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A projecção dos resultados da composição global, no diagrama binário
C0 2 /CH 4 versus CO2 (Fig.IV-17B), permite pôr em evidência as evoluções
composicionais exibidas pelos fluidos contidos nas inclusões primárias e em PIF
associadas aos diferentes estádios de quartzo. Efectivamente, observa-se um
empobrecimento em CO2 no sentido das inclusões (tipo Lw-m) associadas ao QUI.
Da observação das projecções dos resultados é possível ainda, verificar a
existência de algumas diferenças composicionais registadas pelos fluidos aquo-
carbónicos, a saber:
162
acompanhada por um aumento do conteúdo em H2O no sentido dos fluidos aquo-
carbónicos contidos no QUI.
IV.5.2.4- Conclusões
163
volátil (91 mole%) apresentando os mais baixos conteúdos em H2O (valor
estimado-60 mole%). Os valores estimados para as temperaturas mínimas de
aprisionamento (TH) estão compreendidas entre 351 e 368°C;
ii) a analogia composicional manifestada pelos fluidos aprisionados pelas
inclusões fluidas primárias no Qllb e pelas inclusões contidas nos
alinhamentos dos quartzos mais precoces (QI e Qlla), permite considerá-las
como pertencentes ao mesmo estádio de fluidos. Deste modo, os fluidos
associados à segunda migração caracterizam-se por apresentarem conteúdos
significativos de CH4 (de 11 a 23 mole%) embora, o CO2 seja ainda o
componente dominante na fase volátil (valor mínimo-73mole%). Para este
estádio, a temperatura média de aprisionamento estimada é de 341°C e os
valores médios para os conteúdos em H2O são da ordem dos 88 mole%;
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IV.5.3- O filão de Vale de Égua
A- Fluidos aquo-carbónicos
166
As inclusões fluidas associadas ao estádio de quartzo QUI (Estampa IV-6 fotos
1 e 2) são do tipo L/Vm-w, apresentam-se como bifásicas à temperatura ambiente e
com dimensões geralmente compreendidas entre 8 e 19 um. Ocorrem como inclusões
pseudosecundárias no QUI com formas, frequentemente, de cristal negativo. A fracção
volumétrica ocupada pela fase aquosa é relativamente constante, variando entre 50 e
60% (Estampa IV-6 fotos 3 a 6).
B- Fluidos aquosos
167
A- Fluidos aquo-carbónicos
168
homogeneização global se efectue em fase líquida, esta população apresenta, para TH,
uma gama de valores mais ampla (entre 235 e 313°C).
Inclusões-Lw-c em PIF
Neste tipo de inclusões a presença de voláteis (CO2, CH4 e/ou N2) é detectada
somente pela observação da fusão dos clatratos com valores que se distribuem no
intervalo [4,8 , 11,0]°C, apresentando fusões do gelo entre -6,0 e -2,0°C. A
homogeneização global foi observada em fase líquida a temperaturas que variam entre
265 e 305°C.
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171
- a existência, no diagrama TI1CO2 versus TfC02 (Fig.IV-20A), de uma
correlação positiva entre estes dois parâmetros. Os fluidos aquo-carbónicos,
associados aos diferentes estádios de quartzo, distinguem-se
fundamentalmente, pela temperatura de fusão e modo de homogeneização do
CO2, se bem que, essa diferença seja mais notória para as inclusões
associadas a QUI. Efectivamente, as inclusões fluidas associadas a Qlla e
Qllb apresentam uma certa sobreposição de valores para TfCÛ2 e para
ThCÛ2 contudo, nas primeiras, a homogeneização da fase volátil efectua-se
em fase líquida. A TI1CO2 dos fluidos aquo-carbónicos mais tardios
apresentam os valores mais baixos, ocorrendo invariavelmente em fase
vapor;
172
B- Fluidos aquosos
Inclusões-Lwl
Inclusões-Lw2
173
ThC02(°C)
AQIIa-ThC02(L)
■ QIIb-ThC02(V,C)
O Qm-ThC02(V)
TfC02(°C)
TfC02(°C)
-68 -67 -66 -65 -64 -63 -62 -61 -60 -59 -58 -57
ThC02(°C)
TfClfC)
10 12 14 16 18
Fig.IV-20- Diagramas de correlação TI1CO2 e TíCl ver sus T1ÏCO2; TI1CO2 ver sus TfCl
referentes aos diferentes tipos de inclusões fluidas aquo-carbónicas do filão de Vale de Égua.
174
18 TfClfC)
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> • ■ QIIb(Lc-w)
14 • QHI(IWm-w)
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TH(°C)
Fig.IV-21A- Diagrama de correlação TfCl versus TH referente aos diferentes tipos de inclusões
fluidas aquo-carbónicas do filão de Vale de Égua.
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-10 - • QIII(L/Vm-w)
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-Lw2
-20 -
-25 - =
-30 -
-35 -
-40 - —
MM
, ^ TH(°C)
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50 100 150 200 250 300 350 400
Fig.IV-21B- Diagrama de correlação TfG versus TH referente aos diferentes tipos de inclusões
fluidas aquo-carbónicas e aquosas do filão de Vale de Égua.
175
- o diagrama TfG versus TH (Fig.IV-21B) mostra que, de uma forma geral e
à semelhança do que já foi anteriormente definido para os outros filões, os
fluidos podem ser divididos em três grandes grupos: (1) fluidos aquo-
carbónicos; (2) fluidos aquosos de salinidade baixa -Lwl; e (3) fluidos
aquosos de salinidade elevada-Lw2.
(1)- Os fluidos aquo-carbónicos, independentemente do seu tipo, apresentam
temperaturas mínimas de aprisionamento superiores a 242°C.
(2)- Os fluidos aquosos Lwl de salinidade baixa, apresentam temperaturas
mínimas de aprisionamento em média inferiores às dos fluidos aquo-
carbónicos, sugerindo uma uma tendência evolutiva a partir dos fluidos
aquo-carbónicos, traduzida por uma diluição dos fluidos.
(3)- Os fluidos aquosos mais tardios, Lw2, caracterizam-se por apresentarem
salinidades mais elevadas e temperaturas mínimas de aprisionamento mais
baixas que os anteriores.
176
posicionam-se ao longo do eixo CO2-CH4 formando populações distintas, obtendo-se
para CH4 um conteúdo máximo de 54 mole%, para N2 7 mole% e para H2S (detectado
somente em duas inclusões) 0,5 mole%.
177
C02
CH4 N2+H2S
C02
20 40 60 80 100
178
IV.5.3.3.2- Composição global
179
H20
C02
C02 CH4+N2
180
C02/CH4
70 -]
Vc-w ▲ QIIa(V/Lc-w)
▲
60
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H20
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60 70 80 90 100
181
- as inclusões associadas ao Qlla formam uma população que se distribui ao
longo do eixo CO2/CH4 apresentando, relativamente às outras populações,
valores mais baixos para os conteúdos em H 2 0;
182
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IV.5.3.4- Conclusões
184
média da mesma ordem de grandeza (89 mole%). Os valores médios
estimados para a temperatura mínima de aprisionamento são em torno de
350°C.
(2) Os fluidos aquosos mais frequentes são do tipo Lwl. São observados em
planos de inclusões fluidas que atravessam todos os tipos de quartzo. Apresentam
salinidades compreendidas entre 0,5 e 4 eq.% NaCl e temperaturas mínimas de
aprisionamento que variam entre 141 e 305°C com uma moda entre 220 e 240°C.
185
IV.5.4- As estruturas silicificadas de Três Minas
O estudo das inclusões fluidas das estruturas silicificadas de Três Minas foi
realizado nos diferentes tipos de quartzo representativos destas, que podem ou não
conter mineralização: quartzo leitoso (QI), quartzo límpido deformado (QII) quartzo
microcristalino (QUI) e quartzo hialino (QIV).
Contidos nestes quartzos foram observados fundamentalmente, dois grandes
tipos de fluidos: fluidos aquo-carbónicos e fluidos aquosos.
186
[ira, sendo mais comum as dimensões contidas no intervalo entre 10 e 45 um
(Estampa IV-7 fotos 4 e 5). As inclusões Lw-c-S foram observadas em PIF
no quartzo leitoso QI e as do tipo Lw-m-S ocorrem em PIF no QI e/ou no
quartzo límpido QII.
187
IV.5.4.2- Caracterização microtermométrica
A- Fluidos aquo-carbónicos
Inclusões L/(V)c-w
Inclusões Lw-c-S/Lw-m-S
Inclusões Lm-w/Lw-m
188
homogeneização global efectua-se em fase líquida a temperaturas variando entre 310 e
327°C.
As inclusões do tipo Lw-m apresentam valores similares às do tipo Lm-w.
Assim, as medidas efectuadas para a fusão do gelo apresentam valores compreendidos
entre -5,5 e -0,5°C embora apresentem tendência para temperaturas que se repartem
pelo intervalo [-3,5, -1,7]°C. A TfCl varia entre 10,3 e 15,2°C. A homogeneização
global efectua-se em fase líquida a temperaturas que variam entre 298 e 357°C.
Inclusões Lw-c
Diagramas de correlação
189
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TfC02(°C)
8- 1 F —1 1 1
-66 -65 -64 -63 -62 -61 -60
192
B- Fluidos aquosos
Inclusões Lwl
(1)- Para este grupo verifica-se uma dispersão das TfG para amplitudes de
variação mais ou menos idênticas de TH.
(2)- Os fluidos Lw-c apresentam uma certa homogeneidade composicional e
temperaturas mínimas de aprisionamento em média inferiores às do grupo
precedente.
193
(3)- Neste grupo verifica-se uma composição homogénea das inclusões
aquosas à excepção de duas inclusões que apresentam TfG um pouco mais
elevadas conduzindo a salinidades mais elevadas. Estes fluidos apresentam
temperaturas mínimas de aprisionamento em média inferiores às dos fluidos
aquo-carbónicos.
194
CO2-CH4 distribuindo-se essencialmente, por três populações distintas com conteúdos
máximos de CO2 e de CH4 que atingem os 90 mole%. O conteúdo máximo em N2 e
em H2S é de, respectivamente, 16 e 1 mole%.
As inclusões do tipo Lw-m-S e Lm-w/Lw-m, que ocorrem em PIF no quartzo
leitoso (QI) e no quartzo límpido (QII) e em grupos no quartzo microcristalino (QUI) e
no quartzo hialino (QIV), caracterizam-se por apresentarem os conteúdos mais
elevados em CH4, variando entre 56 e 90 mole%.
As inclusões fluidas Lc-w que ocorrem no quartzo QII constituem uma
população intermédia apresentando conteúdos em CO2 que variam entre 48 e 80
mole%; conteúdos em CH4 entre 20 e 43 mole% e em N2 de 0 e 9 mole%.
Nas inclusões Lw-c-S e Lw-c observadas em PIF respectivamente, no QI e no
QIV, regista-se um aumento do conteúdo em CO2. Dada a dificuldade em analisar à
microssonda Raman este tipo de inclusões só dispomos de uma análise para cada tipo
obtendo-se assim, 72 mole% de CO2 e 28 de CH4 para as do tipo Lw-c-S e 90 mole%
de CO2, 7 mole% de CH4 e 3 mole%de N2 para as Lw-c.
195
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16
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196
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A Lw-m(c)-S
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Lw-c-S o Lw-m
-Lw-c
CH4 N2+H2S
C02
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
197
IV.5.4.3.2- Composição global
198
H20
C02
C02 CH4+N2
199
C02/CH4
36
32
n Low
28 A Lw-m(c)-S
oLm-w
24
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20 — Lw-c
16
12 -
8
Lw-c-S
4 A
D C02
+
0 1 2 3 4 8 9 10 11 12
B C02/CH4
H20
Fig.IV-31- Diagramas: (A) CO2/CH4 versus CO2 e (B) CO2/CH4 versus H 2 0 representativos
da composição global das inclusões fluidas aquo-carbónicas contidas nas estruturas
silicifícadas de Três Minas.
200
De um modo geral as inclusões fluidas apresentam razões CO2/CH4 baixas (0 a
5 com uma excepção cujo valor é de 35) distribuindo-se paralelamente ao eixo da
composição de CO2, o que mostra que as inclusões se diferenciam principalmente pelo
seu conteúdo em água embora, seja evidente uma tendência evolutiva correspondendo
a um enriquecimento em CH4 no sentido dos fluidos Lm-w/Lw-m que ocorrem no
quartzo microcristalino.
- a densidade global das inclusões fluidas Lm-w varia entre 0,65 e 0,78. Os
conteúdos estimados para NaCl são da mesma ordem de grandeza
relativamente às inclusões precedentes (0,2 a 0,6 mole%).
Comparativamente, as inclusões Lw-m apresentam valores mais baixos para
a densidade global (entre 0,57 e 0,70) e valores um pouco mais elevados para
o conteúdo de NaCl (entre 0,2 e 1 mole%);
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- para a inclusão representativa das do tipo Lw-c, obtiveram-se valores para o
conteúdo de NaCl de 0,9 mole% e para densidade global de 0,79.
IV.5.4.4- Conclusões
203
microcristalino apresentam os valores mais elevados da temperatura mínima
de aprisionamento. Do mesmo modo, estes fluidos apresentam em função do
tipo de quartzo, algumas diferenças em termos composicionais. Assim, os
fluidos associados ao quartzo microcristalino (QUI) apresentam os conteúdos
mais elevados em CH4 (na fase volátil) e H2O;
IV.6.1- Introdução
204
Contrariamente às estruturas filonianas em que não há uma predominância de
um só tipo de quartzo e consequentemente de um tipo de fluido, o quartzo dominante
dos filonetes em liditos é o quartzo recristalizado. Deste modo, as inclusões fluidas
analisadas nos filonetes são essencialmente aquo-carbónicas.
Cada lixiviação foi analisada para o Na e K e as análises dos outros elementos é
normalizada a 10000 ppm de Na. Subsequentemente, os resultados das análises são
corrigidas para uma aproximação à verdadeira concentração das inclusões fluidas com
base na estimativa da salinidade média (eq.% NaCl) obtida a partir da análise
microtermométrica individual das inclusões fluidas.
Os resultados das análises do conteúdo iónico das inclusões fluidas são
apresentados nas Tabelas AIII.l, 2, 3,4 e 5 (Anexo III).
IV.6.2- Aniões
205
IV.6.2.1- Resultados e discussão
206
Cl
S04
Fig.IV-32- Diagrama ternário CI-SO4-B representativo das espécies aniónicas contidas nas
inclusões fluidas das diferentes estruturas quartzosas da região de Vila Pouca de Aguiar.
207
Os fluidos, de uma forma geral, apresentam concentrações em SO4 mais baixas
(entre 394 e 2648 ppm) do que as da água do mar (2717 ppm) embora os fluidos de
VE e VQ apresentam valores para a razão de SO4/CI próximos dos da água do mar
(Fig.IV-33B).
208
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IV.6.3- Catiões
210
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Fig.IV-35- Diagrama ternário Na-K-Ca representativo dos fluidos contidos nas diferentes
estruturas quartzosas da região de Vila Pouca de Aguiar.
211
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Cl(ppm)
212
Este diagrama mostra que, à excepção de BAN, as amostras apresentam uma tendência
única da razão Sr/K observando-se para os fluidos de JOG os teores mais elevados de
Sr e K. Estes teores poderão ser devidos à lixiviação dos feldspatos-K dos aplito-
pegmatitos associados ao filão quartzoso.
213
Fe
Fig.IV-38- Diagrama ternário Mn-Fe-Cu representativo das espécies iónicas contidas nas
inclusões fluidas das diferentes estruturas quartzosas da região de Vila Pouca de Aguiar.
214
IV.7- SÍNTESE DO ESTUDO DOS PALEOFLUIDOS
215
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O estudo dos fluidos aquo-carbónicos das estruturas mineralizadas, localizadas
nos dois domínios estruturais (DEC e DETM) evidencia, na globalidade, a existência
de uma tendência evolutiva idêntica no respeitante à composição da fase volátil.
Contudo, há a assinalar algumas diferenças nomeadamente, em termos
composicionais.
218
Os diferentes tipos de fluidos aquo-carbónicos estão relacionados com a
deposição do quartzo das estruturas mineralizadas e com as paragéneses associadas.
Dos fluidos aquo-carbónicos estudados, os fluidos V/Lc-w associados ao QII
caracterizam essencialmente o estádio intermédio da mineralização. Os fluidos
enriquecidos em CH4 associados ao quartzo hialino, QIIb/QIII das estruturas filonianas
e QIV das estruturas silicificadas, caracterizam as paragéneses sulfuretadas mais
tardias.
Nas estruturas do DEC foram observados dois tipos de fluidos aquosos: i)Lwl,
fluidos de baixa salinidade (0,2 a 4 eq.% NaCl) e com temperaturas mínimas de
aprisionamento compreendidas entre 146 e 293°C e ii) Lw2, fluidos com temperaturas
mínimas de aprisionamento inferiores (TH entre 82 e 175°C) e salinidades elevadas
devidas à presença de CaCl2 (valores médios em torno de 27 eq.% CaCl2).
Nas estruturas silicificadas do DETM (Três Minas) foi observado somente um
tipo de fluido (Lw) apresentando temperaturas mínimas de aprisionamento (TH)
compreendidas entre 135 e 260°C e salinidades entre 1,5 e 6 eq.%NaCl.
219
Quadro IV-6A- Quadro de síntese dos resultados microtermométricos das inclusões fluidas observadas nas estruturas quartzosas estéreis e
mineralizadas da região de Vila Pouca de Aguiar.
Tipo/estádio de quartzo / Ocorrência Tipo de fluido Th-V TCC02 TfG TfCI ThC02 TH
Primárias no qz. Qlla Lc-w -59,9 / -58,7 -11,6/-5,5 4,2 / 9,6 -1,0/ 18,0(V) 283 / 330 (L)
PIF no qz. Qlla Vc-(w) -58,5 / -57,7 6,5/6,7 19,0/22,1(L) 330 / 340 (V)
DETM -filonetes de quartzo nos liditos, concordantes e discordantes com a foliação principal (S3) - Banho
Primárias no qz. recristalizado QII e PIf no qz. leitoso Qi Lw-m-S/Lm-w-S -94,3/-91,4 -1,7/-0,1 10,3/15,0 297 / 360 (L)
PIF no quartzo QI Vm-w -81,5 -3,0 15,2
PIF no QI e QII Lw -2,2 / -0,9
ESTRUTURAS MINERALIZADAS Sin D3
DETM - estruturas siliciflcadas associadas a zonas de cisalhamento sin-D3 (N120 a N130°E) - Três Minas
Pseudosecundárias no qz. límpido Qllb L(V)c-w -65,7/-61,9 -6,4 / -3,0 10,7/ 14,3 -21,2 /-13,0(V) 302 / 327 (L)
PIF no qz. leitoso deformado QI Lw-c-S -3,7 12,0 280 (L)
PIF no qz. límpido Lw-m-S -2,4/-2,1 11,0/ 14,0 300 / 326 (L)
Grupos no qz. microcristalino Qlr e no qz.hialino QUI Lw-m -5,5 / -0,5 10,3/ 15,2 298 / 357(L)
e PIF no qz. leitoso e no límpido Lm-w -108,0/-84,0 -4,6/-1,0 11,0/ 15,5 310/ 327(L)
PIF no qz. QUI Lw-c -3,9/-1,8 5,8/10,0 245 / 340 (L)
Lw -3,8 / -0,9
ESTRUTURAS MINERALIZADAS Tardi D3
DEC - estruturas filonianas quartzosas em sistema de fracturas NNW-SSE (N-S a N20°W) associadas t aplito-pegmatitos - Jogad ouro
Primárias no qz. límpido Qlla Lc-w -57,9 / -56,7 -7,5 / -7,4 10,0 / 10,8 19,5 / 25,6 (L/V/C) 308 / 340 (L)
Primárias no qz.hialino Qllb L/Vc-w -58,8 / -56,7 -7,0 / -4,5 7,0/ 13,5 17,5/23,5 (V) 3 1 2 / 3 5 7 (L/V)
PIF no Qlla L/Vc-w -58,1/-57,2 -8,0 / -7,5 7,0 / 12,0 18,9/24,0 (V) 3 0 1 / 3 4 0 (L/V)
PIF no Qllb Lc-w -61,3/-58,6 -4,5/-4,1 14,3/ 16,5 -6,0/1,5 (V) 326 / 340 (L)
Pseudosecundárias no qz. hialino QUI Lw-c -8,6/-2,8 7,5/ 12,3 280/331 (L)
PIF no QUI Lw-m -4,3/-0,1 12,9/16,5 256 / 300 (L)
PIF Lwl -2,5 / -0,2 146/ 163 (L)
PIF Lw2 -44,2/-37,1 85 / 125 (L)
DEC - estruturas filonianas quartzosas em sistema de fracturas NW-SE (N100 a N120") associadas a aplito-pegmatitos - Argeriz
Primárias no qz.límpido Qlla V/Lc-w -60,1/-58,8 -8,0/-2,5 7,0 /8,2 18,5/25,9(L) 337 / 340 (V/L)
PIF no qz. leitoso QI Lc-w -62,5 / -60,2 -8,0/-2,0 9,5/ 11,4 13,8 / 19,0 (V/C) 256 / 344 (L)
PIF no qz. límpido Qlla Lc-w -59,7 / -58,9 -6,8 / -6,0 9,0 / 9,3 10,0/15,0 (V) 3 5 1 / 3 6 8 (L)
Primárias no qz. euédrico hialino Qllb L(V)c-w -62,6/-61,8 -5,3 / -3,5 6,5/ 12,5 9,1/18,8 (V) 327 / 330 (LA/)
Pseudosecundárias no qz. hialino euédrico QUI Lw-m(c) -66,1/-66,0 -4,0 / -3,5 13,0/ 14,0 320 / 340 (L)
PIF Lwl -2,0/-0,1 163/293 (L)
PIF Lw2 -41,7/-37,5 128/ 175 (L)
DEC - estruturas filonianas quartzosas associadas ao sistema de fracturas NE-SW(N40 a N50") - Vale de Égua
Qz.límpido Qlla (Pseudosecundárias no Qlla e PIF no QI) L/Vc-(w) -58,3 / -57,0 -6,1 /-4,4 6,4/ 10,0 10,8 / 25,6 (L) 312/340(L/V)
Qz. hialino QIIb(PIF no qz. Qlla) Lc-w -59,0 / -57,0 -7,2 / -4,6 8,6 / 9,9 16,8 / 24,2 (V/C) 280 / 303(L)
Qz. Qllb (Pseudosecundárias) Lc-w -60,9 / -58,3 -5,3/-4,0 11,1 / 12,3 11,0/ 17,0 (V) 2 3 5 / 3 1 3 (L)
Qz. hialino QUI (Pseudosecundárias) L/Vm-w -70,5 / -62,7 -6,0 / -4,0 14,6 / 16,6 -37,0 / -25,0 (V) 345 / 366 (L/V)
PIF no Qlla e Qllb Lw-c -6,0 / -2,0 4 , 8 / 11,0 265 / 305 (L)
PIF Lwl -2,3 / -0,3 1 4 1 / 305 (L)
PIF Lw2 -40,1/-37,7 8 5 / 175 (L)
Temperaturas em °C; composições expressas em mol%; PIF: ocorrência em planos de inclusões fluidas.
221
Quadro IV-6B- Quadro de síntese dos resultados de espectroscopia Raman das inclusões fluidas observadas nas estruturas quartzosas estéreis e mineralizadas
da região de VPA.
Primárias no qz Qlla Lc-w 77,9/84,9 10,3/14,0 4,8/8,1 n.d. 84,8 / 90,7 6,6/10,2 0,5/1,5 0,2 / 0,8 1,99/2,68 0,73 / 0,78
PIF no qz. Qlla Vc-(w) 77,9/93,4 2,2/11,1 0/12,5 0/0,4 52,5 / 93,4 4,0/41,2 0,0 / 4,3 0/ 1,0 <0,1 0,99/3,09 0,57 / 0,89
DETM -fdonetes de quartzo nos liditos, concordantes e discordantes com afoliação principal (S3) - Banho
Primárias no qz. recristalizado QII e Plfno qz. leitoso QI Lw-m-S/Lm-w-S n.d. 89,3/100 0/10,0 0/0,7 95,9/97,8 1,9/3,4 0/0,3 <0,1 0,01 / 0,58 0,72 / 0,86
PIF no quartzo QI Vm-w n.d. 97,7 2,3 n.d. 48,0 50,8 1,2 n.c. 0,20
Pseudosecundárias no qz. límpido Qllb L(V)c-w 47,8/79,8 20,2/43,0 0/9,1 n.d. 82,9 / 90,7 5,4/11,5 2,2/5,6 0/1,2 0,61 / 1,74 0,65 / 0,80
PIF no qz. leitoso deformado QI Lw-c-S 72,0 28,0 n.d. n.d. 89,9 7,8 2,2 0,12 0,6
PIF no qz. límpido Lw-m-S 21,7/27,8 55,6/78,3 0/16,0 0/0,6 89,9 / 92,5 2,3 / 2,8 3,8/7,2 0/1,1 <0,1 0,22 / 0,28 0,45 / 0,63
Grupos no qz. microcristalino Qlr e no qz.hialino QUI Lw-m 4,8/30,3 63,6/88,5 0/14,6 0/1,4 90,0/94,6 0,5/3,8 1,8/6,1 0/0,6 0,16/ 1,48 0,57 / 0,84
e PIF no qz. leitoso e no límpido Lm-w 0/29,4 70,6/89,5 0/10,5 0/1,3 91,7/97,1 0/3,0 1,2/6,6 0/0,8 0,18/0,56 0,65 / 0,78
PIF no qz. QUI Lw-c 89,6 7,1 3,3 n.d 95,1 3,9 0,1 0,1 0,87 0,79
Primárias no qz. límpido Qlla Lc-w 83,2/91,3 8,1/16,8 0/3,3 n.d. 80,8 / 94,6 4,3/ 17,8 0,2 / 2,6 0/0,1 0,85/ 1,19 0,70 / 0,96
Primárias no qz.hialino Qllb L/Vc-w 80,3/89,5 10,5/16,2 0/2,0 0/2,4 78,5 / 90,3 7,5/ 16,9 0,6 / 2,5 0/0,3 0,0 / 0,2 1,33/1,88 0,62 / 0,84
PIF no Qlla L/Vc-w 82,1/90,5 6,4/14,7 0,9/11,6 n.d. 59,1 / 84,8 11,3/35,7 0,9/3,1 0,1/1,7 1,69/2,30 0,59 / 0,82
PIF no Qllb Lc-w 53,4/74,7 19,3/44,8 0/4,6 1,7/4,0 85,9/92,0 4,7/9,4 1,5/5,8 0/0,4 0,1/0,4 0,60/1,33 0,61 /0.73
Pseudosecundárias no qz. hialino QUI Lw-c 57,3/83,6 12,6/39,0 0/10,9 n.d. 84,5/93,3 4,7 / 8,6 0,9/5,5 0/0,9 0,50/ 1,40 0,77 / 0,86
PIF no QUI Lw-m 45,4 51,2 3,4 90,3 4,3 4,8 0,3 0,3 0,64
DEC - estruturas ftlonianas quartzosas em sistema de fracturas NIV-SE (NlOO a N120°) associadas a aplito-pegmatitos - Argeriz
Primárias no qz. límpido Qlla V/Lc-w 91,2 6,0 2,8 n.d. 60,1 34,8 2,2 1,0 1,87 0,48
PIF no qz. leitoso QI Lc-w 82,2/86,3 10,7/17,8 0/2,9 n.d. 90,4/91,2 7,1 /7,6 0,5 / 1,0 0/0,1 0,97 / 0,98 0,74 / 0,75
PIP no qz. límpido Qlla Lc-w 76,6/89,4 10,6/20,5 0/2,9 n.d. 87,4 / 89,7 8,5 / 8,8 0,7/1,8 0/0,2 1,08/1,90 0,65
Primárias no qz. euédrico hialino Qllb L(V)c-w 73,2/78,6 17,8/23,0 2,8/3,6 0/0,6 84,5 / 87,8 9,0/11,5 1,5/3,0 0,3 / 0,4 <0,1 0,36/2,88 0,59 / 0,73
Pseudosecundárias no qz. hialino euédrico QUI Lw-m(c) 26,9/54,6 45,4/73,1 n.d. n.d. 89,6/91,3 3,4/5,4 3,0/6,6 0,31 /0,36 0,57 / 0,69
DEC - estruturas ftlonianas quartzosas associadas ao sistema de fracturas NE-SW (N40 a N50°) - Vale de Égua
Qz.límpido Qlla (Pseudosecundárias no Qlla e PIF no QI) L/Vc-(w) 84,0/98,4 1,6/15,6 0/4,3 0/0,2 71,8/80,0 14,8/26,1 0,4/2,1 0/0,7 <0,1 1,60/4,35 0,72 / 0,90
Qz. hialino QIIbIPIF no qz. Qlla) Lc-w 77,5/83,4 13,3/22,0 0,1/3,3 0/0,5 87,2 / 87,5 7,8/8,7 1,0/ 1,7 0,1 /0,3 2,40/3,11 0,81 /0,84
Qz. Qllb (Pseudosecundárias) Lc-w 78,9/86,7 13,3/21,2 0/3,2 n d. 85,2 / 93,0 6,2/10,8 0,6 / 2,4 0/0,2 0,08/1,60 0,77 / 0,85
Qz. hialino QUI (Pseudosecundárias) L/Vm-w 41,7/52,3 40,9/53,7 2,5/6,9 n.d. 88,8/89,5 5,2/6,3 3,6/4,8 0,2 / 0,6 0,01 /0,17 0,72 / 0,83
Composições expressas em mol%; PIF: ocorrência em planos de inclusões fluidas; n.d :não detectado
223
ESTAMPAS
ESTAMPA IV-1
1. Aspecto geral das inclusões fluidas no quartzo leitoso QI e no quartzo límpido Qlla
dos filonetes de Castelares.
Tipologia das inclusões fluidas
1. Aspecto geral das inclusões fluidas no quartzo recristalizado QII dos filonetes
encaixados em liditos de Banho.
2. Pormenor da fotografia anterior: inclusão aquo-carbónica rica em CH4 (Lw-m-S)
contendo sólidos (S) identificados como sendo grafite.
3. Espectro obtido à microssonda Raman da fase sólida da inclusão da foto anterior.
Note-se a obtenção de um pico a 1578,8 cm"1 (espectro Raman de primeira ordem da
grafite: de 1200 a 1700 cm"1) que se aproxima do pico, a 1582 cm"1, considerado por
vários autores como correspondendo ao da grafite bem cristalizada.
4. e 5. Inclusões aquo-carbónicas ricas em CH4 (Lm-w-S) isoladas no quartzo QII.
%
hv'm^:
2Q(jm
ESTAMPA IV-3
1. Aspecto geral das inclusões fluidas em PIF no quartzo deformado QI dos filonetes
encaixados em liditos de Banho.
2. Pormenor da fotografia anterior: inclusões aquo-carbónicas monofásicas do tipo
Vm-(w).
3. PIF de inclusões aquosas Lw no quartzo QI.
4. Fenómenos de "implosão" observados nas inclusões do tipo Vm-(w).
5. Inclusão do tipo Lw-m-S observada nos filonetes de quartzo discordantes da
foliação.
6. Espectro obtido à microssonda Raman da fase sólida da inclusão da foto anterior
com a obtenção de um pico a 1566,2 cm" .
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PE."I».: , 3a
1. Aspecto geral das inclusões fluidas aprisionadas pelo quartzo leitoso deformado QI.
2. Inclusões aquo-carbónicas bifásicas (tipo Lc-w) associadas ao quartzo Qlla.
3. Inclusão aquo-carbónica trifásica do tipo Lc-w que ocorre em alinhamentos no
quartzo Qlla.
4. Inclusões aquo-carbónicas bifásicas (tipo Lc-w) associadas ao estádio de quartzo
Qllb.
5. Aspecto geral dos alinhamentos de inclusões fluidas observados no quartzo Qlla.
6. Aspecto geral dos alinhamentos de inclusões fluidas observados no quartzo Qllb.
7 e 8. Pormenor da fotografia anterior mostrando as formas mais comuns das inclusões
fluidas bifásicas do tipo Lc-w.
ESTAMPA IV-5
1. Aspecto geral das inclusões fluidas contidas no quartzo límpido deformado QII.
2. Inclusões aquo-carbónicas bifásicas do tipo Lc-w contidas no quartzo límpido
deformado.
3. Inclusões aquo-carbónicas bifásicas do tipo Lw-m em PIF no QII.
4. Inclusão aquo-carbónica contendo uma fase sólida (tipo Lw-m-S) observadas em
PIF no QII.
5. Inclusão aquo-carbónica contendo uma fase sólida (tipo Lw-c-S) observadas em PIF
noQI.
6. Espectro obtido à microssonda Raman da fase sólida da inclusão da foto 5 com a
obtenção de um pico a 1560,9 cm"1.
7. Inclusões aquo-carbónicas bifásicas do tipo Lw-c orientadas no quartzo hialino
QIV.
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CAPITULO V
V.2- METODOLOGIA
Fluidos aquo-carbónicos
247
Cathelineau et al. 1993b aponta as várias causas que poderão conduzir à
coexistência espacial de fluidos carbónicos com fluidos aquosos salientando a
necessidade de recorrer a estudos complementares (e.g., observação do quartzo ao
MEV-CL) a fim de obter respostas claras e concretas sobre a confirmação ou a
negação de sincronismo entre os diferentes tipos de fluidos.
248
Fluidos aquosos
- dedução dos domínios P-T de estabilidade das micas potássicas, a partir dos
conteúdos em silício por unidade de fórmula de acordo com Velde (1967) e
revisto por Massone & Schreyer (1987). A intersecção dos campos P-T
encontrados experimentalmente por estes autores com as isócoras das
249
inclusões fluidas permite restringir um domínio P-T de aprisionamento dos
fluidos;
250
V.3- RECONSTITUIÇÃO DAS CONDIÇÕES P T DE APRISIONAMENTO
NAS DIFERENTES ESTRUTURAS
Micas potássicas
Clorites
251
A1IV (Tabela AI.6-Anexo I) e os valores mais baixos para os "vazios de ocupação
octaédrica"(VAC), com valores médios da ordem de 1,44±0,02 e 0,07±0,02,
respectivamente.
As clorites contidas nas estruturas quartzosas estéreis de Castelares (Clo-cast)
apresentam, por sua vez, valores mais baixos para o conteúdo em A1IV (entre 1,12 e
1,16) e mais elevados para VAC (entre 0,16 e 0,24).
O conteúdo em A1IV das clorites contidas nas estruturas mineralizadas de Três-
Minas decresce das clorites associadas aos sulfuretos (Clol-sulf) para as gerações mais
tardias (CloII-frac), i.e., de 1,40 para 0,93 (valores médios). Esta tendência é
acompanhada por um aumento de VAC, de 0,08 para 0,37 (valores médios).
As temperaturas deduzidas a partir dos seus conteúdos em A1IV estão
representadas no diagrama da Fig.V-lA (A1IV versus T). Este diagrama mostra uma
correlação positiva entre o conteúdo em A1IV e a temperatura calculada isto é, as
clorites com maior conteúdo em A1IV são as que apresentam temperaturas de
cristalização mais elevadas. Deste modo, Clo-encJOG e Clol-sulf são clorites de mais
alta temperatura. Os valores médios deduzidos para as temperaturas de formação
destas clorites situam-se respectivamente, em torno de 400 e 390°C. O posicionamento
destas clorites ao longo da recta de substituição de Tchermack, no diagrama A1VI versus
A1IV (Fig.III-5-CAP.III), já indicava uma temperatura elevada (>300°C) para a sua
formação (Cathelineau, comun. oral).
As gerações mais tardias das clorites contidas nas estruturas mineralizadas de
Três-Minas (CloII-frac) apontam para valores de temperatura de formação
compreendidos entre 210 e 250°C. O seu afastamento relativamente à recta de
substituição de Tchermack (Fig.III-5) já sugeria temperaturas de formação, inferiores a
300°C (Cathelineau, comun. oral).
252
1,5 A1ÏV
• Clo-enc(JOG)
A Clo-cast(CAST)
oCloI-sulf(TM)
1,0
a CloII-frac(TM)
T°C
0,5
150 200 250 300 350 400 450
B
0,5 T VAC
0,4
0,3
A
0,2 A
0,1 O
* . T°C
0,0
150 200 250 300 350 400 450
253
Relativamente aos vazios de ocupação octaédrica estas clorites apresentam os
valores mais elevados. Efectivamente, através do diagrama VAC versus T (Fig.V-lB)
verifica-se que estes dois parâmetros se correlacionam negativamente.
As temperaturas médias de formação calculadas para as clorites das estruturas
estéreis de Castelares (Clo-cast) são da ordem dos 300°C.
254
biotite (>450°C), a curva de equilíbrio mo+cl+qz^>alm+an+H20 e as condições P-T
gerais da evolução metamórfica da área em estudo. Deste modo, fixando um limite
inferior de 450°C, temperatura mínima de estabilidade da biotite, correspondem
pressões compreendidas entre 180 e 265 Mpa.
255
350°C correspondendo a estas temperaturas, pressões mínimas de aprisionamento que
oscilam entre 110 e 230 Mpa.
256
PMPa
Vc-w
T°C
Fig. V-2A- Isócoras representativas dos diferentes tipos de inclusões fluidas aquo-carbónicas
(Lc-w e Vc-w) contidas no quartzo Qfla dos filonetes de Castelares.(*): TH
B
PMPa
500
400
300
200
PIF
100 m-(w)
T°C
0 H h H 1
Fig.V-2B- Isócoras representativas das inclusões fluidas aquo-carbónicas contidas nos filonetes
de quartzo dos liditos de Banho. Inclusões do tipo Lm-w-S, Lw-m-S e/ou Vm-(w) associadas ao
QII e secundárias no QI. (*): TH
257
V.3.3- Condições P-T dos fluidos das estruturas quartzosas mineralizadas
A- Fluidos aquo-carbónicos
As inclusões fluidas que caracterizam este estádio de quartzo são do tipo Lc-w e
Vc-w cujas isócoras estão representadas no diagrama da Fig.V-3A. As temperaturas de
homogeneização global obtidas para estas inclusões variam entre 301 e 340°C, em fase
liquida e entre 318 e 340°C em fase vapor. A estas temperaturas correspondem
pressões mínimas de aprisionamento que oscilam entre 120 e 175 Mpa e 90 e 140 Mpa,
respectivamente. As pressões mínimas de aprisionamento indicadas pelas isócoras das
inclusões Vc-w poderão estar subestimadas. Efectivamente, a isócora utilizada no
cálculo da pressão corresponde a uma inclusão que apresenta um Flw (25%) que é
inferior à média (50%) e consequentemente representa um fluido de densidade mais
baixa.
258
correspondem pressões mínimas de 200 e 280 Mpa e pressões máximas de 300 a 350
Mpa (Fig.V-3A).
259
500 PMPa
Vc-w
200
T°C
I 1
200 250 300 350 400 450 500 550 600
B
500 T
PMPa
Si=3,10
T°C
260
Desta forma, as temperaturas de aprisionamento prováveis para os fluidos associados
ao QUI estarão compreendidas entre 300-340°C (TH) e 400°C a que correspondem
pressões que variam entre 55 e 80 Mpa e 100 e 200 Mpa estimando-se, para as
inclusões do tipo Lw-m contidas em PIF, condições P-T ligeiramente inferiores
(Tmin=286°C e Pmin=50 Mpa) (Fig.V-4).
B- Fluidos aquosos
261
Si=3,10
100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600
262
V.3.3.1.1- Conclusão
263
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V.3.3.2- O filão de Argeriz
A- Fluidos aquo-carbónicos
Inclusões em PIF no Ql
265
líquida. As inclusões cujas isócoras se encontram projectadas no diagrama P-T (Fig.V-
6) apresentam valores da temperatura de homogeneização global e de decrepitação
respectivamente, de 321 e 315°C. A estas temperaturas correspondem pressões
mínimas de aprisionamento de 101 e 109 Mpa.
266
Fluidos associados ao quartzo QUI
B- Fluidos aquosos
267
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V.3.3.2.1- Conclusão
269
V.3.3.3- O filão de Vale de Égua
A- Fluidos aquo-carbónicos
270
(Fig.V-7) apresentam temperaturas de 286 a 304°C a que correspondem pressões
mínimas de aprisionamento de 120 a 190 Mpa
O campo P-T das condições reais de aprisionamento foi delimitado utilizando as
curvas P-T das fengites e a temperatura de estabilidade da biotite, como limite
superior. Deste forma, fixando como limite superior a temperatura de 450°C e como
limite inferior a temperatura de 400°C, obtêm-se pressões compreendidas entre 320 e
380 Mpa e 270 e 300 Mpa, respectivamente.
B- Fluidos aquosos
271
Na ausência de dados suplementares toma-se difícil a delimitação do domínio
P-T de aprisionamento dos fluidos aquosos contudo, considerando a sequência
evolutiva a partir dos fluidos aquo-carbónicos, não parece de todo irreal estimar para
os fluidos aquosos, pressões de aprisionamento de 50 a 90 Mpa.
V.3.3.3.1- Conclusão
O diagrama P-T da Fig.V-7 mostra que, de um modo geral, a evolução P-T dos
fluidos é semelhante aos exemplos descritos anteriormente. A evolução é manifestada
por uma diminuição da pressão acompanhada por um arrefecimento dos fluidos.
272
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V.3.3.4- As estruturas silicificadas de Três Minas
A- Fluidos aquo-carbónicos
274
Para a delimitação do campo P-T foram utilizados como geotermómetros, as
curvas P-T das fengites contidas nos xistos sericítico-cloríticos situados no encosto
destes com as lentículas quartzosas mineralizadas e as temperaturas de cristalização
das clorites pós-QIII. Utilizando como limite máximo a curva das fengites
correspondente ao conteúdo máximo Si=3,20 e como limite inferior as temperaturas
obtidas para a cristalização das clorites (Tmáx«400°C) as condições P-T reais de
aprisionamento definidas para os fluidos associados ao quartzo QUI, serão de:
T=450°C e P=280 a 200 Mpa; T=400°C e P=220 a 150 Mpa.
275
B- Fluidos aquosos
V.3.3.4.1- Conclusão
O registo das condições P-T dos fluidos contidos nos quartzos mineralizados
começa a pressões mais baixas Pmáx=200 MPa para Tmáx=370°C, evoluindo para
pressões e temperaturas idênticas às precedentes (Fig.V-8A). Deste modo, os fluidos
contidos no quartzo microcristalino QUI associado ao estádio intermédio da
mineralização (arsenopirite+pirite), apresentam P=260 a 200 Mpa para T=450 a 400°C.
276
A 500 -, PMPa
3,20 ,
# y' 3,16
QII
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400 - s * <w S x — ô — PIF
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200 250 300 350 400 450 500 550 600
B 500TPMPa
T°C
100 150 200 250 300 350 400 450 500
Fig.V-8B- Isócoras representativas das inclusões fluidas aquosas Lw. p.c: ponto crítico da H 2 0.
277
As condições P-T reais de aprisionamento estabelecidas para os fluidos
aquocarbónicos mais tardios, contidos em inclusões que ocorrem em PIFs são, P=70
Mpa para Tmáx=370°C. A queda acentuada da pressão deverá ser consequência da
falta de dados relativos ao estádio de quartzo QIV.
278
V.4- CONDIÇÕES OXIDAÇÃO-REDUÇÃO DOS FLUIDOS DAS
ESTRUTURAS MINERALIZADAS
CH4+202Cí>2H20+C02
2H2+S2<=>2H2S
No presente estudo foram estimadas somente asy0 2 uma vez que a presença de
H2S não foi detectada em todas as amostras. As^D2 foram calculadas para um leque de
temperaturas semelhante ao das temperaturas deduzidas para o aprisionamento dos
diferentes estádios de fluidos aquo-carbónicos em equilíbrio no sistema C-O-H
(Dubessy et ai. 1989).
Os diagramas \ogj02 versus T(°C) da Fig.V-9 revelam que, de uma forma geral,
as J02 dos fluidos posicionam-se no domínio entre o tampão Ni-NiO e o Q-F-M
aproximando-se do percurso do tampão Ni-NiO à medida que a temperatura diminui.
Jogadouro
Para um leque de temperaturas compreendido entre 300 e 550°C obtiveram-se
J02 que variam entre 10 34'5 e IO"22 (Fig.V-9A). Contudo, relacionando as fugacidades
com as temperaturas estimadas para o aprisionamento dos fluidos verifica-se um
decréscimo do valor de J02 (IO 22 a 550°C) desde os fluidos Lc-w (Qlla), para os
279
fluidos associados ao Qllb (10 a 450°C) até aos fluidos Lw-c/m associados ao QUI
(IO"31 a350°C).
Argeriz
Os valores dasy0 2 obtidos para uma gama de temperaturas compreendidas entre
300 e 500°C são semelhantes aos precedentes variando entre IO"24 a 500°C (Qlla) e
IO"35 a 300°C (QUI) (Fig.V-9B).
Vale de Égua
A f02 nos fluidos aprisionados pelas inclusões aquo-carbónicas contidas nas
diferentes gerações de quartzo (Qlla, Qllb e QUI) variam no intervalo [IO23,5 , IO"34 ]
para um leque de temperaturas compreendido entre 300 e 500°C (Fig.V-9C).
Relativamente às temperaturas de aprisionamento estimadas para estes fluidos
verifica-se uma evolução manifestada pela diminuição das/0 2 no sentido dos fluidos
enriquecidos em CH4 na fase volátil (QUI). Deste modo, os fluidos mais ricos em C0 2
(Qlla) apresentam valores defD2 de IO"23-5 a 500°C; Qllb IO"25,5 a 450°C e os fluidos
mais ricos em CH4 (QUI) IO31 a 350°C.
Três Minas
Para os fluidos contidos nas inclusões das estruturas silicificadas de Três Minas
obtiveram-se, para um leque de temperaturas compreendido entre 300 e 450°C,yO2 que
variam entre IO"35 e IO"26 verificando-se uma aproximação às fugacidades fixadas pelo
tampão Ni-NiO à medida que a temperatura diminui. Assim, os fluidos Lc-w
associados ao QII apresentam valores d a / 0 2 de IO"26 para uma temperatura de 450°C.
Para a mesma temperatura, os fluidos do tipo Lm-w/ Lw-m associados ao QUI,
apresentam valores d e / 0 2 média semelhantes(10"27), embora exibindo maior amplitude
de valores. Os fluidos do tipo Lw-m-S (em PIFs no QI e QII) apresentam à temperatura
de 350°C, valores dey0 2 de IO"32, atingindo valores de IO"35, nos fluidos mais tardios (a
T=300°C).
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Na globalidade os valores dey0 2 posicionam-se no domínio entre os tampões
Ni-NiO e Q-F-M, sendo indicadores de um meio redutor. Dado que neste ambiente não
ocorre nem magnetite nem faialite, os valores encontrados para/0 2 deverão ter sido
tamponados pelo equilíbrio fluido-grafite registado durante o processo metamórfico. A
importância do processo metamórfico neste equilíbrio é evidenciada pela presença de
fluidos ricos em CH4 quer em fílonetes instalados em litologias ricas em matéria
carbonosa, como por exemplo, liditos e xistos negros, quer em estruturas mineralizadas
encaixadas em litologias mais diversificadas. Nestas últimas, o enriquecimento em
CH4±(N2) é resultante da desvolatilização de rochas mais ou menos carbonosas do
encaixante metassedimentar durante o metamorfismo. A presença de grafite observada
nas inclusões vem corroborar estas afirmações, sendo a sua presença justificada pela
reacção do C0 2 com o CH4:
282
550°C), até temperaturas T <300°C e pressões P<100 Mpa (Dória et ai. 1999; M.A
Ribeiro et ai. 1999).
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Estruturas silicificadas em zonas de cisalhamento NI20° (Três Minas)
DEC
Estruturas filonianas NNW-SSE associados a pegmatitos (Jogadouro e Argeriz)
Estruturas filonianas NE-SW (Vale de Égua)
H20
C02 CH4+N2
H20
B
C02 CH4+N2
Fig.V-11- Tendência em termos da composição global, manifestada pelos fluidos aquo-
carbónicos contidos nas estruturas mineralizadas do DEC e do DETM (A) e nas estruturas
estéreis do encaixante metassedimentar (B).
286
DEC - Estruturas quartzosas estéreis (Castelares)
DEC - Estruturas filonianas mineralizadas (Vale de Égua)
DEC - Estruturas filonianas mineralizadas
associadas a pegmatites (Jogadouro e Argeriz)
P(Mpa)
600
500 23,47Km 19 Km
400-
300
52°/Kní 10 Km
207Km
200 19Km
30°/Km
5 Km
100
10 Km
0 T°C
100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600
Fig.V-12- Síntese da evolução P-T dos fluidos de Vila Pouca de Aguiar. A tracejado: curvas
geotérmicas segundo Winkler in: Bûcher, K. & Frey, M. 1994, modificado. A tracejado
negro: regime litostático; tracejado azul: regime hidrostático.
287
A descida de pressão verificada no decurso da evolução dos fluidos de Vale de
Égua (260 para 170 MPa), Jogadouro (220 para 80 MPa) e Argeriz (200 para 70 MPa)
deverá estar relacionada com o acentuado "uplift" e/ou uma mudança de regime
litostático para hidrostático. No DEC a evolução dos fluidos dá-se sobretudo em
regime litostático a profundidades entre os 15 e 10 Km. A estruturação regional que se
verifica neste domínio estrutural permite que se mantenham as condições de regime
litostático a profundidades inferiores àquelas para as quais no DETM já se verificam
condições de regime hidrostático. No DEC só a deformação frágil-dúctil a frágil tardi a
pós-D3 gerou estruturas verticais ou subverticais que permitiram a mudança de regime
litostático para hidrostático. Esta mudança ter-se á verificado a profundidades da
ordem dos 10 Km, sendo importante realçar que no DETM a evolução dos fluidos
decorreu sobretudo em regime hidrostático e a maiores profundidades (Fig.V-10B e
Fig.V-12).
As oscilações de pressão que acompanham as mudanças de regime
litostático/hidrostático verificam-se a partir da interface D3/Fases tardias (Fig.V-13).
288
IDADE
(Ma)
H 1 1 h H 1 1 1 h H 1 1
380 360 350 330 310 300 290 280 270
FASES TARDIAS
>\
Met. de Contacto
/ \ T=500 to 550°C
\ P=f/-200MPa
Pico Barométrico Pico Térmico
CONDIÇÕES P-T Regional Regional
DO T=350 to 450°C T=500 to 550°C
METAMORFISMO P=350 to 400 MPa P=300 to 350 MPa
(IÓS-D3
INSTALAÇÃO
DOS
GRANITOS
sin-D3
ESTRUTURAS
QUARTZOSAS
REGIME
BAROMÉTRICO
DOS FLuroos
Q
ESTÉREIS
EZZZZZZZZZZ2
MINERALIZADAS
0
Variações de regime
Oscilações de pressão .drostático
Litostático
ESTÉREIS VSJJJ;W///////S///7777*
QI Qlla PIFs
D H20,C02,(CH4,N2)
E
C MINERALIZADAS
QI QII QUI PIFs
H20,C02,CH4,(N2)
»-»CH4, H20
ESTÉREIS V/////////////////77T), •
D QI QII PIFs
H20,CH4,(N2)
E »-»H20
T MINERALIZADAS i ™ w ^ w w ^ w ^ ™
M QI QII QUI QIV PIFs
H20,CH4,C02,(N2)
»-»CH4,H20
rdS
289
A evolução P-T registada pelos fluidos das estruturas pertencentes a este
domínio estrutural manifesta um acentuado decréscimo de pressão (400 para 100 MPa)
para pequena variação de temperatura (450 para 350°C), evidenciada por linhas
evolutivas muito verticalizadas, relativamente às linhas de gradiente geotérmico
normal (Fig.V-12). É de notar que, quer os fluidos das estruturas silicificadas de Três
Minas, quer os dos quartzos dos filonetes estéreis encaixados em liditos apresentam o
mesmo tipo de evolução P-T. O registo P-T inicia-se em condições de T ou de T e P
inferiores às registadas nas estruturas estudadas no DEC evidenciando, essencialmente
em Três Minas, um processo evolutivo mais longo. A evolução efectua-se sobretudo
em regime hidrostático, a profundidades desde 30 até 10 Km (Fig.V-12). O aporte de
fluidos relativamente profundos e a sua rápida ascenção a níveis mais superficiais
deverá ter sido facilitada pela verticalidade da estruturação regional no DETM. A
ascenção relativamente rápida dos fluidos explica o acentuado decréscimo de pressão,
acompanhado por uma diminuição de temperatura pouco significativa. A verticalidade
da estrutura não só facilita a passagem dum regime litostático a um regime
hidrostático, assim como facilita a circulação vertical dos fluidos e a mistura de fluidos
metamórficos relativamente profundos com fluidos de origem meteórica (Fig.V-10 A e B).
290
CAPITULO VI
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A região de Vila Pouca de Aguiar corresponde a um distrito aurífero onde o
essencial da mineralização ocorre em contexto intrametamórfico. A região abrange
essencialmente sequências metassedimentares do Ordovícico superior ao Devónico
inferior, enquadradas por granitos hercínicos: a norte e sul pelos granitos de duas
micas sin- a tarditectónicos, respectivamente os maciços de Chaves e de Vila Real; a
oeste pelos granitos biotíticos pós-tectónicos de VPA.
293
O DEC apresenta uma estruturação regional sub-horizontal em consequência da
actuação da fase D2. Neste domínio as estruturas sin a tardi-D3 desenvolvidas em
regime dúctil-frágil, manifestam-se sobretudo por fendas de tracção N40° a N50°E.
Em ambos os domínios as fases tardias desenvolvem fracturas conjugadas NE-
SW a NNE-SSW e NW-SE, este último sistema sobrepondo-se a estruturas anteriores.
294
básica ou ultrabásica; iii) os vulcanites ácidos das unidades do DEC, embora
apresentem alguns valores anómalos em Au têm maioritariamente teores inferiores ao
limite de detecção (<5 ppb) (M. A Ribeiro 1998).
O estudo das paragéneses silicatadas mostrou que no seu conjunto, as micas brancas
das estruturas mineralizadas e das rochas encaixantes projectam-se, no diagrama de
Velde (1977), segundo a recta de substituição fengítica (moscovite-celadonite)
295
próximo do pólo da moscovite. Contudo, a partir da sua projecção no diagrama de
Hower & Mowatt (1966) observa-se que, para além da substituição fengítica também
se verifica uma substituição ilítica (correspondendo no caso específico de TM a
estádios tardios de cloritização). Os pontos mais próximos do pólo da moscovite,
consequentemente com mais baixa substituição fengítica, correspondem a micas
associadas a um pico térmico (sin-D3) a que não deve ser estranho a proximidade de
corpos pegmatíticos.
As clorites são de diferentes tipos, projectando-se no diagrama de Velde entre
os pólos 2R3 e 3R2, indicando que não apresentam contribuição significativa de outros
minerais. Contudo, sob o ponto de vista químico estas apresentam algumas diferenças.
296
O estádio intermédio está associado à deposição do quartzo hialino
caracterizando-se: em Vale de Égua, pela deposição de arsenopirite II, piritell e
galena I contendo sulfossais de Ag; em Jogadouro e Argeriz por arsenopirite II e
esfalerite contendo essencialmente sulfossais de Bi, Ag, Pb, Au, Te, Cu. Em Três
Minas este estádio caracteriza-se pela deposição de arsenopirite idiomórfica e pirite II
associadas à recristalização do quartzo leitoso.
O estádio tardio do processo mineralizante é caracterizado por uma paragénese
que se deposita em fracturas que afectam os sulfuretos mais precoces e que, por vezes,
encontram-se preenchidas por quartzo hialino. Esta última paragénese, essencialmente
fissurai, nas estruturas filonianas é constituida por calcopirite, galena, bismutinite
(ARGZ), arsenatos, bismuto nativo (ARGZ e JOG), ouro e/ou electrum, sulfuretos
complexos (sulfossais) de Ag, Cu, Sb, Pb, As, Te (VE) e de Bi, Pb, As, Ag, Te, Fe, Sb,
Cu (ARGZ e JOG). Nas estruturas silicificadas de TM o ouro foi observado
principalmente no contacto arsenopirite/pirite. Nestas últimas, a cristalização de clorite
vermicular é posterior ao quartzo microcristalino (QUI) enquanto que, nas estruturas
filonianas, não foram observados filossilicatos relacionados com este estádio mais
tardio.
297
O modelo preconizado por Bonnemaison & Marcoux (1987; 1990) defendendo
a hipótese de pré-concentração de ouro invisível nos sulfuretos precoces e a sua
posterior libertação (nos estádios tardios) associada à evolução de zonas de
cisalhamento, não foi verificado no presente estudo.
298
mais diluídos (este enriquecimento e diluição são mais significativos nas estruturas
silicificadas de Três Minas-DETM). Estes aspectos apontam para a existência no
DETM, de um controlo externo da composição dos fluidos indicando para este
domínio estrutural uma maior interacção fluido/rocha encaixante, a que não deve ser
estranho a estrutura e a litologia.
299
não ocorre nem magnetite nem faialite, os valores encontrados para f02 deverão ter
sido tamponados pelo equilíbrio fluido-grafíte registado durante o processo
metamórfico. A importância do processo metamórfico neste equilíbrio é evidenciada
pela presença de fluidos ricos em CH4 quer em filonetes instalados em litologias ricas
em matéria carbonosa, como por exemplo, liditos e xistos grafitosos, quer em
estruturas mineralizadas encaixadas em litologias mais diversificadas. Nestas últimas,
o enriquecimento em CH4±(N2) é resultante da desvolatilização de rochas mais ou
menos carbonosas do encaixante metassedimentar durante o metamorfismo. A
presença de grafite observada nas inclusões vem corroborar estas afirmações, sendo a
sua presença justificada pela reacção do CO2 com o CH4.
300
acompanham as mudanças de regime litostático/hidrostático verificam-se a partir da
interface D3/Fases tardias.
301
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459.
318
ANEXOS
A NEXO I
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS FILOSSILICATOS E
RESPECTIVAS FÓRMULAS ESTRUTURAIS
323
Tabela AI-1- Análises químicas das micas brancas observadas no encaixante metassedimentar da região de VPA.
Amostra Tipo/N 0 Si02 Ti02 A1203 Cr203 FeO MnO MgO CaO Na20 K 2 0
Filito com andaluzite Mi-encJOG
(Unidade de Cubo-Cb) 2 46,50 0,15 37,16 0,02 1,06 0,00 0,24 0,00 0,94 9,61
3 46,68 0,08 37,32 0,03 0,89 0,00 0,20 0,00 1,10 9,53
4 46,99 0,08 37,12 0,00 1,06 0,00 0,19 0,00 0,93 9,91
7 46,75 0,18 36,96 0,00 0,85 0,02 0,23 0,00 0,89 9,56
8 46,87 0,28 36,35 0,00 1,18 0,07 0,36 0,00 0,98 9,49
10 46,35 0,35 37,03 0,06 1,22 0,00 0,26 0,02 1,03 9,59
11 46,81 0,25 36,52 0,00 1,12 0,04 0,36 0,00 0,85 9,69
12 47,03 0,53 36,24 0,05 0,92 0,00 0,30 0,00 0,95 9,79
13 46,89 0,30 36,34 0,01 0,90 0,00 0,29 0,00 0,88 9,87
14 46,35 0,43 36,14 0,02 0,80 0,03 0,25 0,00 0,96 9,76
15 46,90 0,27 36,33 0,00 0,99 0,04 0,29 0,00 1,02 9,63
16 46,59 0,31 36,67 0,00 1,27 0,10 0,31 0,00 0,92 9,64
17 47,07 0,39 36,69 0,00 1,27 0,06 0,38 0,00 0,99 9,56
18 47,17 0,22 36,58 0,05 1,33 0,00 0,36 0,00 0,94 9,45
19 47,04 0,00 36,30 0,00 1,16 0,02 0,45 0,00 0,78 9,50
26 46,59 0,05 36,60 0,07 0,83 0,00 0,39 0,00 0,80 9,60
Média 46,79 0,24 36,65 0,02 1,05 0,02 0,30 0,00 0,94 9,64
Desvio padrão 0,26 0,15 0,37 0,02 0,17 0,03 0,07 0,01 0,08 0,13
Mínimo 46,35 0,00 36,14 0,00 0,80 0,00 0,19 0,00 0,78 9,45
Máximo 47,17 0,53 37,32 0,07 1,33 0,10 0,45 0,02 uo 9,91
Vulcanito Mi-encARGZ
ta 0,55 10,03
(Unidade S M° Émeres-S SE ) 52 49,02 0,29 32,24 0,09 3,22 0,05 1,40 0,00
55 48,98 0,33 31,49 0,00 3,28 0,09 1,45 0,00 0,59 9,80
56 47,46 0,22 32,37 0,07 3,36 0,06 1,19 0,00 0,54 9,80
63 48,10 0,22 31,58 0,05 4,13 0,00 1,39 0,00 0,64 10,00
64 48,33 0,20 32,33 0,00 3,03 0,08 1,27 0,02 0,44 9,77
Média 48,38 0,25 32,00 0,04 3,40 0,06 1,34 0,00 0,55 9,88
Desvio padrão 0,65 0,06 0,43 0,04 0,42 0,04 0,11 0,01 0,07 0,12
Mínimo 47,46 0,20 31,49 0,00 3,03 0,00 1,19 0,00 0,44 9,77
Máximo 49,02 0,33 32,37 0,09 4,13 0,09 1,45 0,02 0,64 10,03
Filito grafitoso Mi-encVE
(Unidade VE-Subunidade SR,,) 1 49,12 0,21 31,73 0,00 1,55 0,00 1,46 0,04 0,15 9,79
2 48,25 0,32 31,89 0,09 1,89 0,05 1,22 0,08 0,18 9,29
3 48,31 0,26 31,69 0,09 1,82 0,01 1,39 0,05 0,14 9,43
4 48,88 0,26 31,09 0,05 1,83 0,00 1,39 0,08 0,18 9,30
5 48,58 0,34 31,36 0,07 1,45 0,08 1,40 0,04 0,02 9,87
6 48,65 0,28 31,71 0,04 1,32 0,03 1,40 0,03 0,21 9,89
7 48,31 0,31 32,52 0,05 1,26 0,00 1,29 0,02 0,19 9,90
Média 48,58 0,28 31,71 0,05 1,59 0,03 1,37 0,05 0,15 9,64
Desvio padrão 0,33 0,04 0,45 0,03 0,26 0,03 0,08 0,02 0,06 0,28
Mínimo 48,25 0,21 31,09 0,00 1,26 0,00 1,22 0,02 0,02 9,29
Máximo 49,12 0,34 32,52 0,09 1,89 0,08 1,46 0,08 0,21 9,90
325
Tabela AI-2- Análises químicas das micas brancas observadas nas estruturas mineralizadas da região de VPA.
Amostra Tipo/N 0 Si02 Ti02 A1203 Cr203 FeO MnO MgO CaO N a 2 0 K 2 0
Jogadouro Mi-JOG
Filão de quartzo 56 45,69 0,05 35,46 0,04 0,97 0,16 0,22 0,04 0,39 9,82
(Unidade de Cubo-Cb) 57 45,52 0,00 35,72 0,00 0,82 0,00 0,09 0,00 0,46 9,94
58 45,08 0,11 36,52 0,00 0,22 0,05 0,00 0,00 0,44 9,95
59 46,33 0,00 35,64 0,00 0,93 0,00 0,20 0,00 0,30 10,44
60 48,15 0,00 31,38 0,00 1,66 0,08 1,77 0,00 0,11 8,96
62 45,23 0,00 35,35 0,02 1,32 0,00 0,09 0,03 0,43 9,77
63 45,80 0,14 36,58 0,00 0,38 0,00 0,06 0,03 0,47 9,82
64 46,03 0,00 36,10 0,00 0,98 0,03 0,00 0,00 0,48 9,86
65 45,25 0,06 35,88 0,00 0,75 0,03 0,07 0,03 0,43 10,07
66 48,13 0,07 30,26 0,00 2,69 0,00 1,85 0,03 0,04 10,68
68 44,80 0,00 36,74 0,00 0,29 0,06 0,02 0,00 0,51 9,97
69 45,22 0,00 36,77 0,00 0,28 0,02 0,00 0,01 0,50 9,92
70 45,33 0,00 36,88 0,00 0,21 0,00 0,00 0,00 0,51 10,03
71 46,54 0,15 33,42 0,00 1,26 0,00 0,98 0,06 0,18 9,99
73 45,44 0,00 36,69 0,09 0,18 0,07 0,00 0,02 0,51 9,66
74 45,06 0,00 37,58 0,00 0,28 0,00 0,00 0,01 0,46 10,00
75 45,62 0,01 35,86 0,00 0,83 0,07 0,06 0,03 0,41 10,02
76 44,85 0,07 37,42 0,00 0,33 0,00 0,00 0,00 0,59 9,94
77 45,30 0,01 37,49 0,02 0,28 0,02 0,00 0,04 0,50 9,95
78 45,21 0,07 36,71 0,00 0,33 0,00 0,00 0,00 0,32 10,14
79 45,30 0,09 36,92 0,00 0,50 0,00 0,04 0,05 0,40 9,85
80 45,60 0,00 37,30 0,00 0,35 0,04 0,00 0,00 0,52 10,00
Média 45,70 0,04 35,85 0,01 0,72 0,03 0,25 0,02 0,41 9,94
Desvio padrão 0,90 0,05 1,88 0,02 0,61 0,04 0,55 0,02 0,14 0,31
Mínimo 44,80 0,00 30,26 0,00 0,18 0,00 0,00 0,00 0,04 8,96
Máximo 48,15 0,15 37,58 0,09 2,69 0,16 1,85 0,06 0,59 10,68
Argeriz Mi-ARGZ
Filão de quartzo 17 46,94 0,78 32,53 0,06 1,42 0,01 1,74 0,00 0,36 10,58
(Unidade Sta M" Émeres-SSE) 18 46,40 0,94 31,42 0,08 1,49 0,00 1,97 0,00 0,36 9,81
19 45,60 1,30 30,63 0,01 1,69 0,08 1,97 0,05 0,31 9,11
20 47,07 0,68 32,95 0,06 1,62 0,00 1,93 0,01 0,26 9,48
21 46,50 0,87 31,66 0,10 1,79 0,00 1,92 0,02 0,31 9,77
22 46,74 1,17 31,48 0,00 1,51 0,08 1,92 0,01 0,28 9,87
26 47,95 1,65 31,18 0,00 1,53 0,07 2,02 0,00 0,25 10,40
27 47,45 0,93 31,33 0,00 1,62 0,13 2,25 0,00 0,27 10,31
28 47,62 1,03 32,74 0,00 1,36 0,04 1,44 0,00 0,23 9,66
31 47,59 1,08 31,80 0,00 1,17 0,00 1,69 0,01 0,32 10,11
33 47,69 0,98 32,39 0,05 1,46 0,15 1,51 0,06 0,30 10,11
35 46,08 0,91 32,06 0,09 1,61 0,01 1,65 0,04 0,32 10,23
36 47,33 1,59 31,29 0,08 1,38 0,00 1,95 0,02 0,30 9,96
37 46,07 0,93 31,90 0,00 1,29 0,08 1,56 0,07 0,27 9,81
38 47,56 0,86 32,96 0,00 1,40 0,06 1,33 0,00 0,25 10,39
39 47,13 1,11 32,24 0,00 1,41 0,08 1,84 0,00 0,25 9,88
40 47,58 0,84 32,13 0,00 1,76 0,00 1,70 0,00 0,24 10,43
41 47,65 0,84 30,93 0,05 2,29 0,00 2,14 0,01 0,21 9,63
42 46,78 0,67 30,90 0,03 1,67 0,01 1,66 0,03 0,17 10,20
43 46,56 0,72 30,84 0,00 2,17 0,10 1,94 0,03 0,17 9,94
44 45,74 0,76 29,94 0,01 2,31 0,06 2,00 0,01 0,20 9,73
45 47,76 0,57 30,32 0,00 1,63 0,00 2,13 0,03 0,20 9,29
46 48,05 0,87 32,03 0,00 1,93 0,00 1,76 0,03 0,21 10,13
326
Tabela AI-2 (cont.) - Análises químicas das micas brancas observadas nas estruturas mineralizadas da região de
Vila Pouca de Aguiar.
Amostra Tipo/N 0 Si02 Ti02 A1203 Cr203 FeO MnO MgO CaO Na20 K 2 0
Mi-ARGZ
47 47,02 0,75 31,25 0,00 2,39 0,07 1,98 0,01 0,21 10,03
48 46,59 0,47 32,26 0,02 1,58 0,07 1,73 0,06 0,28 10,14
49 47,27 0,40 32,59 0,00 1,85 0,01 1,68 0,00 0,34 10,15
50 46,98 1,08 31,74 0,10 1,58 0,00 1,61 0,00 0,25 10,09
52 47,08 1,04 31,53 0,02 1,36 0,00 1,89 0,00 0,31 9,91
Média 47,03 0,92 31,68 0,03 1,65 0,04 1,82 0,02 0,27 9,97
Desvio padrão 0,66 0,28 0,78 0,04 0,32 0,05 0,22 0,02 0,05 0,34
Mínimo 45,60 0,40 29,94 0,00 1,17 0,00 1,33 0,00 0,17 9,11
Máximo 48,05 1,65 32,96 0,10 2,39 0,15 2,25 0,07 0,36 10,58
Três Minas Mi-TM
Lentículas de quartzo 1 47,55 0,24 33,85 0,00 1,05 0,02 0,74 0,00 0,50 8,83
(Unidade de Curros-D cu ) 2 47,51 0,30 33,73 0,00 1,05 0,05 0,63 0,00 0,51 9,48
4 45,81 0,37 33,71 0,02 1,68 0,00 0,97 0,00 0,47 9,38
5 47,34 0,46 34,22 0,00 1,08 0,02 0,59 0,01 0,48 9,89
6 47,02 0,80 34,29 0,00 0,88 0,03 0,58 0,01 0,54 9,78
7 47,38 0,28 34,23 0,01 0,88 0,02 0,61 0,01 0,62 9,62
8 47,81 0,34 34,77 0,00 1,01 0,00 0,56 0,00 0,50 9,63
9 46,03 0,33 33,55 0,00 3,20 0,04 0,98 0,01 0,50 8,98
Média 47,06 0,39 34,04 0,00 1,35 0,02 0,71 0,01 0,51 9,45
Desvio padrão 0,74 0,18 0,40 0,01 0,79 0,02 0,17 0,01 0,05 0,37
Mínimo 45,81 0,24 33,55 0,00 0,88 0,00 0,56 0,00 0,47 8,83
Máximo 47,81 0,80 34,77 0,02 3,20 0,05 0,98 0,01 0,62 9,89
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Tabela AI-5- Análises químicas de clorites observadas nas estruturas quartzosas estéreis, nas mineralizadas e no
encaixante metassedimentar da região de Vila Pouca de Aguiar.
Amostra Tipo/N° Si02 Ti02 A1203 Cr203 FeO MnO MgO CaO N a 2 0 K 2 0
Filito com andaluzite Clo-enc
(Unidade de Cubo-Cb) 1 22,89 0,12 23,00 0,00 33,80 0,46 7,51 0,07 0,01 0,01
5 22,98 0,01 22,92 0,00 32,32 0,41 7,45 0,05 0,00 0,06
6 23,45 0,07 23,14 0,00 33,59 0,41 7,46 0,04 0,15 0,07
9 22,99 0,00 22,65 0,00 33,52 0,41 7,56 0,03 0,00 0,01
21 23,01 0,03 22,74 0,00 32,69 0,33 7,58 0,00 0,05 0,00
22 22,90 0,04 23,22 0,00 32,87 0,48 7,73 0,00 0,00 0,04
23 23,32 0,04 23,26 0,00 33,45 0,60 7,67 0,00 0,01 0,00
28 23,07 0,09 22,69 0,00 32,69 0,57 7,69 0,02 0,00 0,02
Média 23,08 0,05 22,95 0,00 33,12 0,46 7,58 0,03 0,03 0,03
Desvio padrão 0,20 0,04 0,24 0,00 0,54 0,09 0,11 0,03 0,05 0,03
Mínimo 22,89 0,00 22,65 0,00 32,32 0,33 7,45 0,00 0,00 0,00
Máximo 23,45 0,12 23,26 0,00 33,80 0,60 7.73 0,07 0,15 0,07
Castelares Clo-QIIa
Estruturas qz. estéreis 1 27,88 0,00 21,82 0,02 20,89 0,90 15,57 0,01 0,00 0,02
(Unidade VE-Subunidade SRa) 2 27,31 0,02 21,31 0,00 20,10 0,89 16,58 0,00 0,05 0,04
3 30,40 0,00 24,18 0,05 22,23 1,03 16,57 0,02 0,06 0,00
Média 28,53 0,01 22,44 0,02 21,07 0,94 16,24 0,01 0,04 0,02
Desvio padrão 1,64 0,01 1,53 0,03 1,08 0,08 0,58 0,01 0,03 0,02
Minimo 27,31 0,00 21,31 0,00 20,10 0,89 15,57 0,00 0,00 0,00
Máximo 30,40 0,02 24,18 0,05 22,23 1,03 16,58 0,02 0,06 0,04
Três Minas Cio I-sulf
Estruturas qz. mineralizadas 1 25,24 0,00 24,50 0,03 26,92 0,23 12,34 0,03 0,00 0,00
(Unidade de Curros-D cu ) 2 24,16 0,00 24,21 0,00 26,33 0,24 13,87 0,06 0,05 0,00
3 25,46 0,00 23,18 0,00 25,69 0,23 13,87 0,00 0,00 0,00
4 25,01 0,04 23,40 0,00 24,84 0,16 14,09 0,03 0,00 0,00
5 24,39 0,07 23,99 0,09 24,88 0,25 13,64 0,06 0,00 0,00
6 24,90 0,00 23,70 0,00 25,00 0,35 13,43 0,02 0,07 0,00
Média 24,86 0,02 23,83 0,02 25,61 0,24 13,54 0,03 0,02 0,00
Desvio padrão 0,50 0,03 0,50 0,04 0,86 0,06 0,63 0,02 0,03 0,00
Minimo 24,16 0,00 23,18 0,00 24,84 0,16 12,34 0,00 0,00 0,00
Máximo 25,46 0,07 24,50 0,09 26,92 0,35 14,09 0,06 0,07 0,00
Cio H-frac.
1 27,17 0,04 18,45 0,00 29,36 0,90 5,39 0,01 0,03 0,26
2 26,43 0,04 18,88 0,00 31,63 0,72 5,55 0,05 0,09 0,13
3 26,76 0,04 19,16 0,00 32,63 0,77 5,42 0,00 0,01 0,15
Média 26,78 0,04 18,83 0,00 31,21 0,80 5,45 0,02 0,04 0,18
Desvio padrão 0,37 0,00 0,36 0,00 1,68 0,09 0,09 0,03 0,04 0,07
Minimo 26,43 0,04 18,45 0,00 29,36 0,72 5,39 0,00 0,01 0,13
Máximo 26,78 0,04 19,16 0,00 32,63 0,80 5,55 0,05 0,09 0,18
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ANEXO I I
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE MINERAIS METÁLICOS
335
Tabela A I M - Composição química de arsenopirites das estruturas mineralizadas da região de Vila Pouca de Aguiar.
Análises à microssonda electrónica (%peso).
Amostra N° ponto As Zn S Fe Mn Pb Au Cu Ag Sb Hg Sn Cd
VE/7 1 45,62 0,00 20,15 35,38 0,00 0,00 0,01 0,04 0,00 0,03 0,00 0,00 0,03
2 44,72 0,06 20,39 35,80 0,02 0,00 0,00 0,08 0,07 0,09 0,00 0,20 0,00
3 44,72 0,00 20,99 35,43 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,06 0,00 0,00 0,00
4 45,63 0,00 20,08 35,15 0,00 0,00 0,02 0,09 0,00 0,09 0,12 0,01 0,01
5 44,22 0,00 21,26 35,88 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,13 0,05 0,00 0,00
6 44,79 0,00 20,00 35,48 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00 0,00
7 46,10 0,01 19,60 35,49 0,02 0,00 0,00 0,00 0,03 0,04 0,23 0,00 0,00
8 44,80 0,02 20,58 35,80 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,08 0,00 0,00 0,04
9 44,45 0,09 21,05 35,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00
10 43,87 0,10 20,68 35,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,15 0,08 0,09 0,01
11 42,89 0,00 22,09 35,86 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03 0,10 0,03 0,04 0,00
12 42,90 0,04 21,37 36,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06 0,00 0,00 0,05
13 42,41 0,00 21,43 35,89 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,06 0,03 0,09 0,04
14 41,44 0,06 22,31 36,32 0,02 0,00 0,00 0,00 0,08 0,06 0,00 0,00 0,00
15 43,30 0,00 21,03 35,29 0,00 0,00 0,00 0,00 0,05 0,00 0,00 0,04 0,03
16 44,46 0,00 20,58 35,75 0,08 0,00 0,00 0,03 0,00 0,13 0,18 0,04 0,04
17 44,06 0,06 20,70 35,88 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,08 0,00 0,00 0,01
18 44,10 0,01 21,00 35,33 0,01 0,00 0,05 0,03 0,00 0,11 0,00 0,00 0,02
19 44,76 0,00 20,32 35,59 0,01 0,00 0,00 0,00 0,02 0,05 0,13 0,00 0,03
20 44,91 0,00 20,10 35,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,13 0,00 0,02 0,00
21 44,19 0,00 20,46 35,40 0,02 0,00 0,00 0,00 0,05 0,00 0,00 0,00 0,04
22 42,92 0,00 21,97 35,78 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00 0,00 0,25 0,00 0,00
23 43,11 0,00 21,38 35,70 0,00 0,00 0,00 0,06 0,00 0,02 0,06 0,02 0,00
24 43,79 0,00 20,92 35,01 0,01 0,00 0,03 0,00 0,05 0,12 0,05 0,01 0,00
25 43,07 0,05 20,84 35,27 0,00 0,00 0,00 0,05 0,00 0,10 0,02 0,00 0,01
VE/8 26 44,68 0,08 19,99 35,34 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,05 0,15 0,00 0,04
27 44,49 0,00 19,88 35,51 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 0,14 0,04 0,00
28 44,40 0,02 20,22 36,40 0,01 0,00 0,00 0,00 0,02 0,03 0,07 0,00 0,00
29 44,46 0,12 20,54 35,40 0,00 0,00 0,00 0,09 0,02 0,00 0,07 0,06 0,00
30 44,96 0,00 19,93 35,41 0,01 0,00 0,00 0,03 0,00 0,07 0,04 0,05 0,05
31 44,84 0,00 19,83 35,66 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00 0,00 0,04
32 44,65 0,00 19,78 35,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06 0,00 0,00 0,00
33 44,56 0,00 20,10 35,59 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,05
34 44,63 0,00 20,10 35,54 0,01 0,00 0,00 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00
35 44,22 0,00 20,13 35,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 0,02 0,05
36 44,56 0,00 20,27 35,15 0,02 0,00 0,00 0,02 0,00 0,06 0,00 0,00 0,11
37 44,16 0,00 20,35 35,66 0,03 0,00 0,00 0,06 0,00 0,06 0,00 0,00 0,03
38 44,52 0,00 20,24 36,05 0,02 0,00 0,00 0,08 0,08 0,08 0,10 0,00 0,06
39 44,62 0,00 20,29 35,68 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,10 0,00 0,03 0,01
40 44,72 0,00 19,95 35,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,05 0,07 0,00 0,02
41 44,58 0,00 19,98 35,70 0,00 0,00 0,00 0,06 0,00 0,04 0,00 0,02 0,06
42 44,84 0,00 20,32 36,00 0,00 0,00 0,01 0,05 0,08 0,04 0,04 0,04 0,00
43 44,58 0,08 19,91 35,34 0,01 0,00 0,00 0,07 0,10 0,01 0,19 0,00 0,00
44 44,48 0,00 20,17 35,82 0,02 0,00 0,00 0,02 0,04 0,06 0,00 0,02 0,00
45 44,69 0,00 20,31 35,59 0,00 0,00 0,00 0,01 0,07 0,04 0,02 0,00 0,00
46 45,14 0,00 19,82 35,36 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,06 0,07 0,03 0,00
47 44,64 0,02 20,02 35,94 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,05 0,15 0,06 0,00
48 45,26 0,04 19,72 34,99 0,01 0,00 0,06 0,01 0,00 0,11 0,13 0,05 0,08
49 44,75 0,00 20,25 36,07 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 0,12 0,00 0,04
50 44,79 0,01 19,93 35,15 0,03 0,00 0,01 0,00 0,00 0,09 0,00 0,01 0,01
51 45,11 0,00 20,13 35,78 0,06 0,00 0,02 0,02 0,06 0,03 0,00 0,02 0,04
52 45,08 0,13 19,68 35,32 0,00 0,00 0,04 0,05 0,03 0,14 0,00 0,00 0,00
Média 44,38 0,02 20,44 35,60 0,01 0,00 0,01 0,02 0,02 0,06 0,05 0,02 0,02
Desvio padrão 0,84 0,03 0,63 0,32 0,02 0,00 0,01 0,03 0,03 0,04 0,07 0,03 0,03
Mínimo 41,44 0,00 19,60 34,99 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Máximo 46,10 0,13 22,31 36,40 0,08 0,00 0,06 0,09 0,10 0,15 0,25 0,20 0,11
337
Tabela AII.l (cont.)- Composição química de arsenopirites das estruturas mineralizadas da região de VPA.
Análises à microssonda electrónica (%peso).
Amostra N" ponto As Zn s Fe Mn Pb Au Cu Ag Sb Hg Sn Cd
TM-2/90A 1 40,69 0,10 22,36 35,59 0,02 0,00 0,00 0,05 0,00 0,00 0,11 0,03 0,00
2 41,98 0,06 21,10 35,56 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06 0,04 0,00 0,00 0,07
3 41,69 0,00 21,41 35,23 0,04 0,00 0,00 0,06 0,00 0,11 0,05 0,00 0,01
4 42,30 0,02 21,27 35,63 0,00 0,00 0,00 0,05 0,04 0,08 0,03 0,00 0,00
5 41,25 0,00 22,18 35,80 0,30 0,00 0,00 0,06 0,03 0,00 0,17 0,00 0,00
6 41,87 0,06 21,56 35,79 0,00 0,00 0,00 0,18 0,09 0,06 0,01 0,11 0,00
7 42,52 0,00 20,69 35,05 0,03 0,00 0,00 0,07 0,00 0,04 0,00 0,00 0,04
8 42,21 0,00 21,65 34,92 0,00 0,00 0,00 0,06 0,07 0,06 0,04 0,01 0,00
9 43,16 0,00 21,05 35,21 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,04 0,00 0,01
10 42,65 0,02 21,05 35,48 0,00 0,00 0,00 0,04 0,01 0,02 0,00 0,01 0,09
11 41,94 0,00 21,98 35,72 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,03 0,02 0,08
12 42,55 0,00 21,31 35,79 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,07 0,04 0,00 0,00
13 43,15 0,00 21,32 35,10 0,00 0,00 0,00 0,06 0,00 0,05 0,08 0,06 0,02
14 43,16 0,00 21,48 35,23 0,00 0,00 0,00 0,02 0,03 0,00 0,07 0,00 0,00
15 43,20 0,00 20,89 34,86 0,01 0,00 0,05 0,05 0,00 0,03 0,00 0,01 0,08
16 43,20 0,01 21,11 35,10 0,03 0,00 0,00 0,02 0,07 0,06 0,00 0,08 0,00
17 43,42 0,00 20,86 35,03 0,00 0,00 0,00 0,06 0,00 0,08 0,00 0,00 0,01
18 42,78 0,00 21,23 35,23 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
19 43,04 0,00 21,20 34,78 0,01 0,00 0,00 0,04 0,04 0,02 0,00 0,04 0,04
20 43,28 0,00 20,63 35,29 0,00 0,00 0,00 0,04 0,06 0,06 0,15 0,00 0,00
TM A 4 41,60 0,04 21,51 35,28 0,00 0,00 0,00 0,03 0,07 0,08 0,11 0,00 0,06
5 41,04 0,00 22,47 35,26 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,09 0,04 0,00 0,00
6 42,11 0,13 21,68 35,21 0,00 0,00 0,07 0,06 0,03 0,11 0,00 0,06 0,00
7 43,10 0,00 20,60 34,94 0,00 0,00 0,08 0,06 0,00 0,40 0,12 0,04 0,19
2 42,48 0,00 21,44 35,39 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14 0,00 0,00 0,00
3 42,20 0,00 21,62 34,67 0,02 0,00 0,00 0,00 0,02 0,02 0,00 0,00 0,00
Média 42,41 0,02 21,37 35,27 0,02 0,00 0,01 0,04 0,02 0,06 0,04 0,02 0,03
Desvio padrão 0,75 0,03 0,49 0,32 0,06 0,00 0,02 0,04 0,03 0,08 0,05 0,03 0,04
Mínimo 40,69 0,00 20,60 34,67 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Máximo 43,42 0,13 22,47 35,80 0,30 0,00 0,08 0,18 0,09 0,40 0,17 0,11 0,19
JOG1 1 44,78 0,00 20,22 35,16 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2 44,86 0,00 19,60 35,32 0,04 0,00 0,00 0,01 0,01 0,00 0,00 0,02 0,01
3 44,33 0,00 20,07 35,00 0,04 0,00 0,00 0,01 0,06 0,05 0,07 0,03 0,00
4 45,02 0,08 19,69 35,27 0,03 0,00 0,00 0,01 0,00 0,02 0,00 0,00 0,06
5 44,21 0,00 20,05 35,43 0,04 0,00 0,00 0,00 0,04 0,05 0,00 0,00 0,00
6 44,83 0,05 19,70 35,28 0,02 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,03 0,00
7 44,25 0,00 19,86 35,12 0,04 0,00 0,00 0,07 0,00 0,00 0,09 0,02 0,00
8 44,93 0,07 19,71 35,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 0,05 0,08 0,04 0,00
9 44,70 0,02 19,46 35,57 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
10 44,88 0,00 19,72 35,54 0,00 0,00 0,00 0,04 0,01 0,08 0,05 0,03 0,00
11 45,46 0,00 19,15 35,21 0,00 0,00 0,00 0,07 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00
12 45,24 0,00 19,20 35,53 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,08 0,00 0,01
13 45,36 0,00 19,87 35,32 0,00 0,00 0,01 0,05 0,00 0,00 0,09 0,09 0,03
14 45,60 0,00 19,24 35,58 0,03 0,00 0,00 0,00 0,07 0,00 0,00 0,00 0,08
15 45,63 0,00 18,90 34,74 0,00 0,00 0,00 0,10 0,05 0,00 0,02 0,00 0,00
16 44,90 0,00 19,48 35,68 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00
17 44,86 0,00 19,54 35,88 0,02 0,00 0,00 0,01 0,06 0,00 0,00 0,06 0,08
18 44,99 0,00 19,46 35,37 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,10 0,00 0,00
19 44,85 0,01 20,03 35,71 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
20 45,66 0,20 19,04 35,05 0,00 0,00 0,00 0,03 0,02 0,03 0,00 0,10 0,00
Tabela AII.l (cont.)- Composição química de arsenopirites das estruturas mineralizadas da região de VPA.
Análises à microssonda electrónica (%peso).
Amostra N° ponto As Zn S Fe Mn Pb Au Cu Ag Sb Hg Sn Cd
JOG2 21 47,00 0,10 17,85 34,35 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,03
22 46,24 0,03 18,34 34,29 0,00 0,00 0,00 0,07 0,08 0,01 0,09 0,00 0,01
23 47,15 0,05 18,07 34,23 0,02 0,00 0,00 0,08 0,00 0,00 0,15 0,00 0,00
24 47,11 0,03 18,07 34,70 0,00 0,00 0,00 0,08 0,05 0,05 0,03 0,01 0,02
25 47,76 0,00 17,89 33,87 0,00 0,00 0,00 0,06 0,09 0,03 0,00 0,03 0,00
26 48,22 0,00 17,24 34,51 0,00 0,00 0,00 0,07 0,00 0,01 0,00 0,00 0,08
27 47,85 0,08 17,68 34,52 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06 0,01 0,06 0,02 0,00
28 47,27 0,11 18,07 34,87 0,00 0,00 0,17 0,09 0,03 0,02 0,00 0,00 0,12
29 47,22 0,00 18,24 34,88 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,03 0,15 0,00 0,02
30 47,69 0,00 17,92 34,49 0,00 0,00 0,00 0,09 0,04 0,08 0,08 0,00 0,00
31 47,39 0,00 18,19 33,98 0,00 0,00 0,00 0,06 0,00 0,07 0,18 0,05 0,00
32 47,93 0,07 18,06 34,10 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01
33 45,26 0,04 18,60 34,73 0,01 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,10 0,01
34 45,48 0,06 18,13 33,70 0,00 0,00 0,00 0,07 0,01 0,01 0,00 0,01 0,00
35 46,70 0,10 17,90 33,93 0,02 0,00 0,00 0,09 0,10 0,00 0,13 0,00 0,05
36 46,31 0,02 18,38 33,81 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,03 0,00 0,01 0,00
37 46,15 0,00 18,80 33,79 0,02 0,00 0,00 0,07 0,03 0,00 0,01 0,00 0,01
38 46,92 0,00 18,66 33,99 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00 0,08 0,00 0,00 0,01
39 47,53 0,02 17,62 33,92 0,03 0,00 0,00 0,06 0,01 0,04 0,00 0,00 0,10
40 47,02 0,00 18,01 33,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,10 0,00 0,00 0,08 0,00
41 47,24 0,01 17,90 33,56 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00
42 46,90 0,05 17,77 33,74 0,02 0,00 0,00 0,00 0,10 0,00 0,09 0,02 0,04
43 46,65 0,00 18,10 33,51 0,04 0,00 0,00 0,00 0,06 0,04 0,00 0,00 0,00
44 48,43 0,00 17,75 34,30 0,06 0,00 0,00 0,01 0,05 0,00 0,00 0,05 0,06
45 47,64 0,00 18,14 34,03 0,00 0,00 0,00 0,04 0,08 0,00 0,00 0,07 0,00
46 47,35 0,00 17,87 34,12 0,02 0,00 0,00 0,01 0,09 0,02 0,04 0,01 0,00
47 47,24 0,00 17,88 34,44 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,09
48 48,12 0,03 17,94 34,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 0,00 0,00
49 47,84 0,00 17,85 33,90 0,00 0,00 0,00 0,07 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00
Média 46,26 0,03 18,67 34,64 0,01 0,00 0,00 0,03 0,03 0,02 0,03 0,02 0,02
Desvio padrão 1,26 0,04 0,85 0,68 0,02 0,00 0,02 0,03 0,04 0,02 0,05 0,03 0,03
Mínimo 44,21 0,00 17,24 33,51 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Máximo 48,43 0,20 20,22 35,88 0,06 0,00 0,17 0,10 0,11 0,08 0,18 0,10 0,12
ARGZ/3 1 44,72 0,00 20,25 35,24 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 0,05 0,05 0,00 0,00
2 44,41 0,14 20,02 35,80 0,07 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,04 0,03 0,09
3 44,41 0,12 20,37 35,51 0,02 0,00 0,00 0,03 0,00 0,02 0,00 0,04 0,07
4 44,24 0,09 20,08 36,21 0,01 0,00 0,00 0,00 0,02 0,03 0,03 0,05 0,01
5 44,38 0,00 20,65 35,67 0,04 0,00 0,00 0,03 0,00 0,00 0,20 0,00 0,02
6 44,56 0,00 19,96 35,07 0,02 0,00 0,08 0,00 0,02 0,03 0,00 0,03 0,00
7 43,96 0,07 20,04 35,66 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06 0,23 0,01 0,03
8 44,82 0,00 19,89 35,23 0,00 0,00 0,12 0,00 0,14 0,00 0,00 0,03 0,00
ARGZ/2 9 44,41 0,00 20,34 34,89 0,00 0,00 0,00 0,12 0,00 0,00 0,00 0,05 0,00
10 44,89 0,09 19,75 34,71 0,03 0,00 0,00 0,05 0,00 0,13 0,00 0,00 0,00
11 43,97 0,07 20,25 35,31 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,09 0,04 0,00
12 44,65 0,00 19,68 35,61 0,06 0,00 0,00 0,02 0,04 0,00 0,00 0,00 0,08
13 44,46 0,00 20,28 35,15 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 0,05 0,00
14 44,70 0,00 20,01 35,10 0,02 0,00 0,05 0,00 0,12 0,06 0,13 0,01 0,06
15 44,80 0,02 20,28 35,49 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
16 44,97 0,00 20,13 35,26 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,05 0,00
ARGZ/6 17 45,23 0,00 20,01 34,39 0,03 0,00 0,00 0,04 0,14 0,00 0,06 0,01 0,00
18 45,46 0,03 19,79 34,83 0,04 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,06 0,00 0,00
19 45,68 0,06 19,76 34,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 0,03 0,00 0,05 0,00
20 45,05 0,00 19,91 34,92 0,00 0,00 0,00 0,06 0,08 0,00 0,00 0,00 0,00
21 44,91 0,05 19,91 34,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,02 0,01
22 44,89 0,00 19,99 34,13 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06 0,00
23 44,89 0,09 19,74 34,07 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,10 0,00 0,01 0,05
24 44,51 0,07 20,20 34,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00 0,06 0,02 0,04
Média 44,71 0,04 20,05 35,10 0,02 0,00 0,01 0,02 0,03 0,02 0,04 0,02 0,02
Desvio padrão 0,41 0,05 0,24 0,53 0,02 0,00 0,03 0,03 0,05 0,04 0,06 0,02 0,03
Mínimo 43,96 0,00 19,68 34,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Máximo 45,68 0,14 20,65 36,21 0,07 0,00 0,12 0,12 0,14 0,13 0,23 0,06 0,09
VE: Vale de Égua; TM: Três-Minas; JOG: Jogadouro; ARGZ: Argeriz
339
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ANEXO III
COMPOSIÇÃO IÓNICA
341
Tabela AIII.l- Composição (ppm) rectificada, das inclusões fluidas da
região de VPA. Análises por esmagamento e lixiviação (Crush-leach ).
VE V C V Q BAN
Na 16699 15030 15736 9376
K 1144 1273 949 1959
Ca 618 1112 1474 1528
Mg 449 1852 749 5695
Ba 139 id id 153
Li 32 51 124 21
Sr 77 68 76 181
Rb id id id id
Cs 15 17 25 7
Fe id id id id
Mn 32 179 200 263
Pb 324 id 124 167
Zn id id id 76
Cu 155 102 225 257
343
Tabela AIII.3- Composição (ppm) das inclusões fluidas
das estruturas filonianas de Jogadouro e Argeriz, obtida
a partir de análises Crush-leach .
Jog Jog Argz
Na 10000 10000 10000
K 2045 2337 1338
Ca 3801 3893 6634
Mg 326 315 368
Ba id 28 28
Li na na na
Sr 54 57 40
Fe 244 210 110
Mn 54 57 20
Zn 18 9 8
Cu 45 48 12
344
Tabela AIII.5- Composição molar (obtida por Crush-leach ) das inclusões fluidas
contidas nas estruturas quartzosas da região de VPA.
JOG JOG ARGZ VE VC VQ BAN
Na 1223 1635 432 726 653 684 408
K 148 225 34 29 33 24 50
Ca 267 366 165 15 28 37 38
Mg 38 49 15 19 77 31 237
Ba id 0,77 0,20 1,01 id id 1,12
Li na na na 4,57 7,29 17,71 3,00
Sr 1,73 2,45 0,45 0,88 0,78 0,87 2,07
Rb na na na id id id id
Cs na na na 0,11 0,13 0,19 0,05
Fe 12,29 14,14 1,96 id id id id
Mn 2,76 3,90 0,36 0,58 3,25 3,64 4,78
Pb na na na 1,56 id 0,60 0,81
Zn 0,77 0,52 0,12 id id id 1,16
Cu 1,99 2,84 0,19 2,44 1,61 3,54 4,04
B 141 195 14 61 38 67 4
F 502 686 39 id id 4 id
Cl 1516 1518 508 582 755 562 1080
Br 0,28 1,36 0,23 1,81 3,18 1,18 5,29
I na na na 0,00 0,02 0,03 0,03
S04 15,3 13,7 4,1 27,4 8,7 27,6 4,8
na: não analisado; id: inferior ao limite de detecção; JOG (Jogadouro), ARGZ ( Argeriz), VE (Vale de
Égua), VQ (Velhaquinhas): filões mineralizados; BAN (Banho): filonetes estéreis encaixados em liditos.
Tabela AIII.6- Razões entre elementos obtidas a partir da composição molar indicada
na tabela AIII.5.
JOG JOG ARGZ VE VC VQ BAN
K/Na 0,12 0,14 0,08 0,04 0,05 0,04 0,12
Na/Li 158,8 89,7 38,6 135,9
S04/C1 0,010 0,009 0,008 0,047 0,012 0,049 0,004
Cl/Br 5388,0 1113,1 2189,2 321,2 237,7 478,0 204,3
Br/Cl 0,0002 0,0009 0,0005 0,0031 0,0042 0,0021 0,0049
I/C1(10"5) 0,11 2,40 5,96 2,99
log Br/Cl -3,7 -3,0 -3,3 -2,5 -2,4 -2,7 -2,3
log I/Cl -6,0 -4,6 -4,2 -4,5
345