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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO - UFERSA

CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO


DIRETO DA SEGURIDADE SOCIAL

PRESTAÇÕES DO RGPS

1
Acidente do Trabalho
É aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa
ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos
segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho (art. 19, Lei 8.213/91).

- É fundamental que haja relação entre o trabalho, o acidente, a


lesão e a incapacidade consequente. A esse nexo evento-trabalho
dá-se o nome de causalidade direta.

2
Acidente do Trabalho – Doenças equiparadas
As doenças equiparadas (doenças ocupacionais) também são
consideradas pela legislação como acidente de trabalho, assim
consideradas as que guardam nexo com o exercício da atividade
laborativa.

Dividem-se em:

I – Doença profissional (tecnopatia ou ergopatia): produzida e


desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar de atividade
constante da relação do Anexo II do RPS (doenças ocupacionais
típicas, associadas a determinadas atividades laborativas
(profissões).
3
Acidente do Trabalho – Doenças equiparadas
II – Doença do trabalho (mesopatia): adquirida ou desencadeada em
função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com
ele se relaciona diretamente, desde que constante da relação do
mesmo Anexo-II, do RPS. Neste caso, a doença não advém
diretamente da atividade, mas das condições especiais do trabalho.

** Anexo II do RPS estabelece um rol exemplificativo, uma vez que


se houver de que a enfermidade resultou das condições especiais
em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente,
há a possibilidade de se considerar a ocorrência de um acidente do
trabalho.

4
Acidente do Trabalho – Doenças equiparadas
Não são consideradas como doença do trabalho:

a) a doença degenerativa;

b) a inerente a grupo etário;

c) a que não produza incapacidade laborativa;

d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região


em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de
exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.

* fonte: art. 20, Lei 8.213/91.

5
Acidente do Trabalho por equiparação
Hipóteses trazidas pelo art. 21, Lei 8.213/91:

I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa


única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para
redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido
lesão que exija atenção médica para a sua recuperação (trata-se da
CONCAUSA, que pode ser preexistente, simultânea ou
superveniente, desde que o fato tenha ocorrido como condição
fundamental para o acidente do trabalho).

6
Acidente do Trabalho por equiparação
Hipóteses trazidas pelo art. 21, Lei 8.213/91:

I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa


única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para
redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido
lesão que exija atenção médica para a sua recuperação (trata-se da
CONCAUSA, que pode ser preexistente, simultânea ou
superveniente, desde que o fato tenha ocorrido como condição
fundamental para o acidente do trabalho).

7
Acidente do Trabalho por equiparação
- Nos demais incisos relacionam-se outras hipóteses quando o
acidente ocorrer no local e horário de trabalho (ato de agressão,
sabotagem, desabamento, incêndio ...); doença proveniente de
contaminação acidental no exercício da atividade e determinados
eventos ocorridos com o segurado, ainda que fora do local de
trabalho, a exemplo do acidente de percurso.

- Vale ressaltar que nos períodos destinados a refeição ou descanso,


ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no
local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no
exercício do trabalho.

8
Dia do Acidente do Trabalho
Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional
ou do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o
exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória,
ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito
o que ocorrer primeiro.

9
Comunicação do Acidente do Trabalho
A empresa (inclui segurados empregados e avulsos) e o empregador
doméstico deverão comunicar a autoridade da previdência social o
acidente do trabalho:

• Em caso de morte: imediatamente;

• Nas outras hipóteses: até o primeiro dia útil seguinte;

- De acordo com o art. 22, § 2º, Lei 8.213/91: Na falta de


comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio
acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o
médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não
prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo (isso vale
inclusive para o segurado especial). 10
Comunicação do Acidente do Trabalho
-A perícia médica administrativa do INSS poderá caracterizar a
natureza acidentária da incapacidade (e nesse caso a emissão da CAT
– Comunicação de Acidente de Trabalho – fica dispensada), quando
constatar a ocorrência de nexo epidemiológico entre o trabalho e o
agravo - NTEp, decorrente da relação entre a atividade laboral (CNAE
– Classificação Nacional de Atividades Econômicas) e a entidade
mórbida motivadora da incapacidade relacionada na Classificação
Internacional de Doenças (CID).

- Se forem reconhecidos a incapacidade para o trabalho e o nexo


entre o trabalho e o agravo, serão devidas as prestações acidentárias
a que o beneficiário tenha direito. 11
Comunicação do Acidente do Trabalho
Essa caracterização pelo NTEp foi adotada em razão da constatação
de uma subnotificação dos casos de acidente do trabalho pelas
empresas pelo receio de que a caracterização possa desencadear
ação de indenização por dano material e moral pelo empregado ou
possa possibilitar que o INSS busque ressarcimento pela cobertura.

- A empresa poderá requerer a não aplicação do NTEp, sendo ônus


seu a demonstração da inexistência do correspondente nexo

12
Acidente do Trabalho - Beneficiários
As prestações relativas ao acidente de trabalho serão devidas aos
segurados:

I – empregado, incluindo o doméstico;

II – trabalhador avulso;

III – segurado especial.

13
Estabilidade do acidentado
- O art. 118, Lei 8.213/91, estabelece que “O segurado que sofreu
acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze
meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após
a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de
percepção de auxílio-acidente.

14
Ações decorrentes de Acidente do Trabalho
De acordo com o art. art. 129, Lei 8.213/91:

- Os litígios e medidas cautelares relativos a acidentes do trabalho


serão apreciados:

I - na esfera administrativa, pelos órgãos da Previdência Social,


segundo as regras e prazos aplicáveis às demais prestações, com
prioridade para conclusão; e

15
Ações decorrentes de Acidente do Trabalho
II - na via judicial, pela Justiça dos Estados e do Distrito Federal,
segundo o rito sumaríssimo (sumário), inclusive durante as férias
forenses, mediante petição instruída pela prova de efetiva
notificação do evento à Previdência Social, através de Comunicação
de Acidente do Trabalho–CAT.

Parágrafo único. O procedimento judicial de que trata o inciso II


deste artigo é isento do pagamento de quaisquer custas e de verbas
relativas à sucumbência.

16
Ações decorrentes de Acidente do Trabalho
- Súmula nº 15, STJ - COMPETE À JUSTIÇA ESTADUAL PROCESSAR E
JULGAR OS LITIGIOS DECORRENTES DE ACIDENTE DO TRABALHO;

- Súmula nº 235, STF - É competente para a ação de acidente do


trabalho a Justiça cível comum, inclusive em segunda instância,
ainda que seja parte autarquia seguradora.

- Súmula Vinculante nº 22, STF: A Justiça do Trabalho é competente


para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e
patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por
empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não
possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da
promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04. 17
Ações decorrentes de Acidente do Trabalho
PRESCRIÇÃO

- Não há necessidade de exaurimento da via administrativa para a


propositura da ação;

- Prescrição em relação às prestações de benefícios oriundos de


acidente do trabalho ocorre em cinco anos, contados da data:

I – do acidente, quando dele resultar morte ou incapacidade


temporária, verificada esta em perícia médica a cargo da Previdência
Social;

II – em que for reconhecida pela previdência social a incapacidade


permanente ou o agravamento das sequelas do acidente.
18
Ações decorrentes de Acidente do Trabalho
-Súmula nº 230, STF: A prescrição da ação de acidente do trabalho conta-se
do exame pericial que comprovar a enfermidade ou verificar a natureza da
incapacidade.

- Súmula nº 85, STJ: Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a


Fazenda Pública figure como devedora, quando não tiver sido negado o
próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações
vencidas antes do quinquênio anterior à propositura da ação.

19
Benefícios RGPS - Resumo
a. Benefícios por incapacidade:
-Auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e auxílio-acidente;
b. Benefícios de aposentadorias programáveis;
-Aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição
e aposentadoria especial;
c. Outros:
- Salário-maternidade e salário-família;
d. Prestações aos dependentes:
- Pensão por morte e auxílio-reclusão;
e. Serviços:
- Serviço social e habilitação e reabilitação profissional.

20
Auxílio-doença
Lei 8.213/91, art. 59: O auxílio-doença será devido ao segurado
que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de
carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu
trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15
(quinze) dias consecutivos.

Quem são os beneficiários?

- Todos os segurados!

21
Auxílio-doença - Carência
Exige carência?

-12 contribuições mensais, apenas se for comum a causa da


doença, pois caso decorra de acidente de qualquer natureza,
doença profissional, do trabalho ou das moléstias graves
listadas no art. 151, Lei 8.213/91, não haverá carência.

Súmula nº 53, TNU: Não há direito a auxílio-doença ou a


aposentadoria por invalidez quando a incapacidade para o
trabalho é preexistente ao reingresso do segurado no Regime
Geral de Previdência Social.

22
Auxílio-doença – Início do Benefício
I – Empregado: a partir do 16º dia do afastamento ou a partir
do requerimento, quando transcorrerem mais de 30 dias entre
o afastamento e o requerimento;

- Nos 15 primeiros dias o contrato de trabalho será


considerado interrompido. A empresa deve pagar esses dias;

- Durante o recebimento do auxílio-doença o contrato de


trabalho será considerado suspenso.

23
Auxílio-doença – Início do Benefício
II – Demais empregados: a partir do início da incapacidade ou
da data do requerimento, quando transcorrerem mais de 30
dias entre o afastamento e o requerimento;

- Súmula nº 22, TNU: Se a prova pericial realizada em juízo dá


conta de que a incapacidade já existia na data do
requerimento administrativo, esta é o termo inicial do
benefício assistencial.

24
Auxílio-doença – Renda Mensal Inicial
-Noventa e um por cento (91%) do salário de benefício;

E como se calcula o salário de benefício?

R.: média aritmética simples dos maiores salários de


contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período
contributivo.

-Existe a possibilidade de mais uma limitação!

“O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos


últimos 12 (doze) salários-de-contribuição, inclusive em caso de
remuneração variável, ou, se não alcançado o número de 12 (doze), a
média aritmética simples dos salários-de-contribuição existentes” –
Art. 29, § 10º, Lei 8.213/91. 25
Auxílio-doença – Renda Mensal Inicial
Exemplo: O salário de benefício de João foi apurado em R$ 3.000,00.
Todavia, suas 12 últimas contribuições (salários de contribuição)
geraram uma média de R$ 2.000,00. Qual será sua Renda Mensal
Inicial?

Salário de benefício x 0,91 = R$ 3.000,00 x 0,91 = R$ 2.730,00. Como


esse valor é maior que a média aritmética simples dos últimos 12
(doze) salários de contribuição, aplica-se a limitação.

Assim, a RMI será de R$ 2.000,00.

26
Auxílio-doença – Renda Mensal Inicial
Exemplo: O salário de benefício de Otávio foi apurado em R$
3.000,00. Todavia, suas 12 últimas contribuições (salários de
contribuição) geraram uma média de R$ 4.000,00. Qual será sua
Renda Mensal Inicial?

Salário de benefício x 0,91 = R$ 3.000,00 x 0,91 = R$ 2.730,00. Como


esse valor é menor que a média aritmética simples dos últimos 12
(doze) salários de contribuição, não se aplica a limitação.

Assim, a RMI será de R$ 2.730,00.

27
Auxílio-doença – Processamento
O médico perito do INSS exerce papel central, pois pode
concluir que:

a – Não há possibilidade de recuperação para qualquer


atividade, indicando a aposentadoria por invalidez para o
segurado;

b – Há habilitação para o desempenho da mesma atividade ou


de outra, sem redução de capacidade para o trabalho,
cessando o benefício de auxílio-doença;

28
Auxílio-doença – Processamento
O médico perito do INSS exerce papel central, pois pode
concluir que:

c – Houve consolidação das lesões, gerando sequelas que


impliquem a redução da capacidade para o trabalho que
habitualmente exercia, cessando o auxílio-doença e gerando a
concessão de auxílio-acidente para ao segurados que fazem jus
a este benefício, podendo o segurado retornar ao mercado de
trabalho;

29
Auxílio-doença – Acumulação
O auxílio doença não pode ser acumulado com:

- Salário-maternidade (art. 124);

- Aposentadoria (art. 124);

- Auxílio-acidente em decorrência do mesmo evento (art. 86, §


2º);

- Auxílio-reclusão (art. 80).

30
Regras Gerais – Aux. Doença
- Se concedido novo benefício decorrente da mesma doença
dentro de sessenta dias contados da cessação do benefício
anterior, a empresa fica desobrigada do pagamento relativo
aos quinze primeiros dias de afastamento, prorrogando-se o
benefício anterior e descontando-se os dias trabalhados, se for
o caso;

31
Regras Gerais – Aux. Doença
- Se o segurado empregado, por motivo de doença, afastar-se
do trabalho durante quinze dias, retornando à atividade no
décimo sexto dia, e se dela voltar a se afastar dentro de
sessenta dias desse retorno, em decorrência da mesma
doença, fará jus ao auxílio doença a partir da data do novo
afastamento;

- Se o retorno à atividade tiver ocorrido antes de quinze dias


do afastamento, o segurado fará jus ao auxílio-doença a partir
do dia seguinte ao que completar aquele período.

32
Regras Gerais – Aux. Doença
- O art. 60, § 8º, L.8.213/91, incluído pela Lei 13457/2017,
dispõe que: Sempre que possível, o ato de concessão ou de
reativação de auxílio-doença, judicial ou administrativo, deverá
fixar o prazo estimado para a duração do benefício.

- Na ausência de fixação do prazo de que trata o § 8º, o


benefício cessará após o prazo de cento e vinte dias, contado
da data de concessão ou de reativação, exceto se o segurado
requerer a sua prorrogação junto ao INSS, na forma do
regulamento, observado o disposto no art. 62 (art. 60, § 9º).

33
Regras Gerais – Aux. Doença
- Posição STJ em sede de recurso repetitivo: não incide
contribuição previdenciária sobre valores pagos pela empresa
durante período inicial de afastamento por ostentar natureza
indenizatória, não remuneratória.

34
Aux. Doença - Modalidades
- Auxílio-doença acidentário: derivado de acidentes do
trabalho, incluindo as doenças do trabalho e profissionais;

- Auxílio-doença previdenciário (comum): concedido nas


demais hipóteses.

35
Aposentadoria - Invalidez
A partir da leitura do art. 42, da Lei 8.213/91, a aposentadoria por
invalidez será devida ao segurado incapaz e insuscetível de
reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a
subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.

- A condição de estar ou não em gozo do auxílio-doença não interfere


na concessão da aposentadoria por invalidez.

36
Aposentadoria por Invalidez
-Uma vez que a perícia médica do INSS reconheça a
incapacidade permanente que impossibilite o exercício total da
atividade habitual, existe a possibilidade de que judicialmente
não seja necessário se levar em conta a possibilidade de
reabilitação para outra atividade, sempre que as condições
sociais e idade assim o indicarem.

Ver súmula nº 47, TNU: Uma vez reconhecida a incapacidade


parcial para o trabalho, o juiz deve analisar as condições
pessoais e sociais do segurado para a concessão de
aposentadoria por invalidez. 37
Aposentadoria por Invalidez
O STJ tem se posicionado no mesmo sentido:
PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ. INCAPACIDADE PARCIAL. CIRCUNSTÂNCIAS
ECONÔMICAS, SOCIAIS E CULTURAIS QUE DEMONSTRAM A
IMPOSSIBILIDADE DE REABILITAÇÃO PARA ATIVIDADE QUE GARANTA
A SUBSISTÊNCIA DO SEGURADO. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE.
SÚMULA 7/STJ. 1. O STJ flexibiliza a norma do art. 42 da Lei
8.213/1991, admitindo a concessão da aposentadoria por invalidez
quando constatada a incapacidade parcial, desde que aliada a outras
circunstâncias que evidenciem a impossibilidade de reabilitação para
o exercício de atividade que garanta a subsistência do segurado. 2. ...
(STJ - AgRg no AREsp: 312719 SC 2013/0070499-8, Relator: Ministro
HERMAN BENJAMIN, Data de Julgamento: 20/08/2013, T2 -
SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 12/09/2013)

38
Aposentadoria por Invalidez - Carência
-Tempo de carência é de 12 meses, salvo nos casos de invalidez
decorrente de acidente de qualquer natureza, doença
profissional, do trabalho ou das moléstias graves listadas no
art. 151, Lei 8.213/91.

- O início do benefício se dará a partir do dia imediato ao da


cessação do auxílio-doença, quando este benefício tiver sido
concedido. Caso seja direto, deve-se observar as mesmas
regras para a concessão do auxílio-doença.

39
Aposentadoria por Invalidez - RMI
-A renda do benefício será calculada considerando 100% do
salário de benefício.

- Vale destacar o teor do art. 29, § 5º, da Lei 8.213/91: “Se, no


período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefícios
por incapacidade, sua duração será contada, considerando-se
como salário-de-contribuição, no período, o salário-de-
benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal,
reajustado nas mesmas épocas e bases dos benefícios em
geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário
mínimo”. 40
Aposentadoria por Invalidez - Acréscimo
Art. 45, Lei 8.213/91: O valor da aposentadoria por invalidez do
segurado que necessitar da assistência permanente de outra
pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).

Parágrafo único. O acréscimo de que trata este artigo:

a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite


máximo legal;

b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for


reajustado;

c) cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável


ao valor da pensão.
41
Aposentadoria por Invalidez - Acréscimo
O Anexo I, do RPS, elenca uma relação das situações em que o
aposentado por invalidez terá direito à majoração de vinte e cinco por
cento.

A doutrina indica que esse rol de situações não pode ser exaustivo!

É extensível a outros tipos de aposentadoria?

No STJ há entendimento nos dois sentidos (Resp 1.533.402 SC – Resp.


1.448.664 RS).

Na TNU há entendimento de que é possível (PEDILEF


05010669320144058502).

* Liminar concedida pelo STJ (PUIL 236/2017) para suspender todos os


processos em tramitação nos juizados especiais federais 42
Aposentadoria por Invalidez - Perícia
- Art. 101, § 1º, Lei 8.213/91 (Lei nº 13.457, de 2017): § 1º O
aposentado por invalidez e o pensionista inválido que não
tenham retornado à atividade estarão isentos do exame de
que trata o caput deste artigo:

I - após completarem cinquenta e cinco anos ou mais de idade


e quando decorridos quinze anos da data da concessão da
aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a
precedeu; ou

II - após completarem sessenta anos de idade

43
Aposentadoria por Invalidez - Perícia
- § 2o A isenção de que trata o § 1o não se aplica quando o exame
tem as seguintes finalidades:
I - verificar a necessidade de assistência permanente de outra
pessoa para a concessão do acréscimo de 25% (vinte e cinco por
cento) sobre o valor do benefício, conforme dispõe o art. 45;

II - verificar a recuperação da capacidade de trabalho, mediante


solicitação do aposentado ou pensionista que se julgar apto;

III - subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela,


conforme dispõe o art. 110.

44
Aposentadoria por Invalidez - Cancelamento
A aposentadoria por invalidez não é definitiva. Há suspensão
do contrato de trabalho!

-Se a perícia médica concluir pela recuperação do aposentado,


o benefício será cancelado da seguinte forma:

1. Ocorrendo a recuperação total, no período de 5 anos a


partir do afastamento (auxílio-doença ou aposentadoria por
invalidez) e for declarado apto para o exercício do mesmo
trabalho que habitualmente exercia:

45
Aposentadoria por Invalidez - Cancelamento
1.A – Benefício cancelado imediatamente, caso seja
empregado, tendo direito de retornar à função na empresa em
que trabalhava; e

1.B – Após tantos meses quantos forem os anos de duração do


benefício por incapacidade, no caso dos demais segurados e
empregado que tenha tido o contrato de trabalho rescindido,
mediante indenização;

46
Aposentadoria por Invalidez - Cancelamento
Quando a recuperação ocorrer após 05 anos, ou quando for
parcial ou quando o segurado tenha sido declarado apto para o
exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia,
mantém-se a aposentadoria da seguinte forma:

a. No seu valor integral, durante 06 meses contados da data


em que foi verificada a recuperação da capacidade;

b. Com redução de 50% no período seguinte de 06 meses;

c. Com redução de 75% pelo período de mais 06 meses, ao


término do qual cessará definitivamente.
47
Auxílio-acidente - Hipótese
Lei 8.213/91, art. 86: O auxílio-acidente será concedido, como
indenização, ao segurado quando, após consolidação das
lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza,
resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade
para o trabalho que habitualmente exercia.

- Trata-se de um benefício previdenciário de natureza


INDENIZATÓRIA, que não se destina a substituir a remuneração
do segurado!

48
Auxílio-acidente - Hipótese
Elementos de constituição:

A – Ocorrência de um acidente de qualquer natureza,


independentemente de estar relacionado com o trabalho;

B – Sequela consolidada;

C – Ocorrência de perda funcional (redução da capacidade


para o trabalho) para o trabalho que o segurado
habitualmente desenvolvia ou impossibilidade de exercício de
outra atividade, após processo de reabilitação profissional, nos
casos indicados pela perícia médica do INSS.
49
Auxílio-acidente
Beneficiários?

-Empregados, empregados domésticos, avulsos e segurados


especiais.

Existe carência?

-Não existe carência.

Início do benefício?

- A partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, se


presentes os requisitos para concessão.

50
Auxílio-acidente - Valor do Benefício
-Cinquenta por cento (50%) do salário de benefício do auxílio-
doença originário.

Exemplo: Salário de benefício para cálculo do auxílio-doença =


R$ 1.000,00 em 01 de abril de 2017. No dia 30 de setembro de
2017 o segurado deixa de receber o auxílio-doença, tendo a
perícia médica entendido ser o caso de receber auxílio-
acidente.

51
Auxílio-acidente - Valor do Benefício
Exemplo ... Qual era o valor de benefício do auxílio-doença?

R.: R$ 910,00, caso o salário de benefício não fosse maior que


a média dos últimos 12 meses antes do evento.

Qual o salário de benefício para cálculo do auxílio-acidente?

R.: 1.000,00 + a correção monetária do período (abril a


setembro). Se aplica 50% sobre esse valor!

52
Auxílio-acidente – Regras Gerais
- Será devido até a véspera do início de qualquer
aposentadoria ou do óbito;

- O recebimento de salário ou concessão de outro benefício,


EXCETO APOSENTADORIA, não prejudica o recebimento do
auxílio-acidente;

- O Anexo III, do RPS, aponta um rol de hipóteses aptas a


ensejar o pagamento do auxílio-acidente, entendendo-se ser
uma lista exemplificativa.

53
Auxílio-acidente – Regras Gerais
Pode haver concessão de auxílio-acidente concomitantemente
ao auxílio-doença?

R.: Depende!

Desde que não seja auxílio-doença em decorrência do mesmo


evento acidentário, não haverá objeção em relação à
acumulação.

54
Auxílio-acidente e salário de contribuição
O valor recebido a título de auxílio-acidente integra o cálculo
do salário de contribuição para fins de composição de cálculo
do salário de benefício de qualquer aposentadoria.

55
Auxílio-acidente – Regras Gerais
Súmula nº 507, STJ: A acumulação de auxílio-acidente com
aposentadoria pressupõe que a lesão incapacitante e a
aposentadoria sejam anteriores a 11/11/1997, observado o
critério do art. 23 da Lei n. 8.213/1991 para definição do
momento da lesão nos casos de doença profissional ou do
trabalho.

56
Aposentadoria por Idade – CF/1988
Art. 201, § 7º: É assegurada aposentadoria no regime geral de
previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes
condições:

II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos


de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os
trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam
suas atividades em regime de economia familiar, nestes
incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador
artesanal.

57
Aposentadoria por Idade – Beneficiários,
Carência e RMI
Todos os segurados, obrigatórios ou facultativos, são
beneficiários, havendo regras diferenciadas para as pessoas
portadoras de deficiência.

-A carência, como visto em outra oportunidade, é de 180


meses.

- 70% do salário de benefício, mais 1% deste para cada grupo


de 12 contribuições mensais, não podendo ultrapassar 100%.

58
Aposentadoria por Idade – Rural
-Até 24/07/1991, necessitam apenas comprovar o exercício da
atividade rural (não trata do segurado especial);

-Após essa data, deve-se demonstrar a comprovação do


recolhimento (de maneira diferenciada!).

59
Aposentadoria por Idade – Rural
- O art. 143, Lei 8.213/91, estabelece que o trabalhador rural
enquadrado na qualidade de segurado empregado e contribuinte
individual (o segurado especial sempre poderá apenas comprovar o
exercício da atividade rural) pode requerer aposentadoria por idade,
no valor de um salário mínimo, durante quinze anos, a partir da
vigência desta Lei (Lei nº 9.063, de 14 de junho de 1995), desde que
comprove o exercício de atividade rural, ainda que descontínua, no
período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, em
número de meses idêntico à carência do referido benefício.

- Esse prazo foi prorrogado até 31/12/2010!


60
Aposentadoria por Idade – Rural
- Posteriormente a Lei 11.718/2008, no seu art. 3º, estabeleceu
outra regra transitória para efeitos de cumprimento de carência para
o Empregado Rural que preste serviço a uma ou mais empresas,
após 31/12/2010:

II – de janeiro de 2011 a dezembro de 2015, cada mês comprovado


de emprego, multiplicado por 3 (três), limitado a 12 (doze) meses,
dentro do respectivo ano civil (também se aplica para o Contribuinte
Individual rural que trabalhe para empresa);

III – de janeiro de 2016 a dezembro de 2020, cada mês comprovado


de emprego, multiplicado por 2 (dois), limitado a 12 (doze) meses
dentro do respectivo ano civil. 61
Aposentadoria por Idade – Rural
Como comprovar o exercício da atividade rural?

R.: O art. 106, da Lei 11.718/2008, indica que poderão ser


utilizados, alternativamente:

I – contrato individual de trabalho ou Carteira de Trabalho e


Previdência Social;

II – contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural;

III – declaração fundamentada de sindicato que represente o


trabalhador rural ou, quando for o caso, de sindicato ou
colônia de pescadores, desde que homologada pelo Instituto
Nacional do Seguro Social – INSS; 62
Aposentadoria por Idade – Rural
IV – comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária – INCRA, no caso de produtores em regime de
economia familiar;

V – bloco de notas do produtor rural;

VI – notas fiscais de entrada de mercadorias, de que trata o § 7o do


art. 30 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, emitidas pela
empresa adquirente da produção, com indicação do nome do
segurado como vendedor;

VII – documentos fiscais relativos a entrega de produção rural à


cooperativa agrícola, entreposto de pescado ou outros, com
indicação do segurado como vendedor ou consignante; 63
Aposentadoria por Idade – Rural
VIII – comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência
Social decorrentes da comercialização da produção;

IX – cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de


renda proveniente da comercialização de produção rural; ou

X – licença de ocupação ou permissão outorgada pelo Incra.”

64
Aposentadoria por Idade – Rural
- Uma série de outros documentos poderão ser utilizados como
início de prova material para fins de comprovação de atividade rural,
desde que nele conste informação para evidenciar o exercício da
atividade rural, a exemplo dos transcritos no art. 54, da Instrução
Normativa INSS 77/2015.

-Súmula nº 149, STJ: A PROVA EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL


NÃO BASTA A COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE RURICOLA, PARA
EFEITO DA OBTENÇÃO DE BENEFICIO PREVIDENCIARIO.

** Relativização tanto na TNU quanto no STJ! (provas


consistentes e idôneas)!
65
Aposentadoria por Idade – Híbrida
- Para que tenha direito à redução de 5 anos para a aposentadoria
por idade, o § 2º, do art. 48 (Lei 8.213/91), aponta que o trabalhador
rural deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda
que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao
requerimento do benefício.

- Já os trabalhadores rurais que não atendam a esse requisito, mas


que satisfaçam essa condição, se forem considerados períodos de
contribuição sob outras categorias do segurado, farão jus ao
benefício ao completarem 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se
homem, e 60 (sessenta) anos, se mulher.

66
Aposentadoria por Idade – Híbrida
- E se um trabalhador tivesse trabalhado como rural durante anos e,
ao requerer aposentadoria por idade trabalhasse como trabalhador
urbano, também poderia ele computar os períodos em ambos os
regimes?

2ª turma do STJ tem posicionamento no sentido de que é possível!

REsp 1407613, de 14/10/2014.

* Todavia, sem redução da idade!

67
Aposentadoria por Idade – Contrato de
trabalho
Uma vez que Otávio (mecânico da empresa JJ Confecções)
requereu aposentadoria por idade em setembro de 2015,
haverá necessariamente ruptura contratual com a empresa?

R.: Não! O contrato de trabalho continua normalmente, a


princípio.

- A aposentadoria espontânea do empregado (seu pedido) não


extingue automaticamente o contrato de trabalho;

68
Aposentadoria por Idade – Contrato de
trabalho
- STF, ADI 1.770-4 e 1.721- 3 – reconhece-se a
inconstitucionalidade (não recepção) dos §§ 1º e 2º, do art.
453, CLT (extinção contrato de trabalho em caso de
aposentadoria).

-Assim, em que pese Otávio ter direito a receber o benefício a


partir de setembro de 2015 (data do requerimento), poderá
continuar a receber normalmente seu salário.

-Caso ele se desligue da empresa, é a partir dessa data que ele


terá direito a receber o benefício, se requerido em até 90 dias.

69
Aposentadoria por Idade – Compulsória
De acordo com o art. 51, Lei 8.213/91: A aposentadoria por
idade pode ser requerida pela empresa, desde que o segurado
empregado tenha cumprido o período de carência e
completado 70 (setenta) anos de idade, se do sexo masculino,
ou 65 (sessenta e cinco) anos, se do sexo feminino, sendo
compulsória, caso em que será garantida ao empregado a
indenização prevista na legislação trabalhista, considerada
como data da rescisão do contrato de trabalho a
imediatamente anterior à do início da aposentadoria.

70
Aposentadoria da Pessoa com Deficiência
- A LC nº 142/2013, disciplina o art. 201, § 1º, CF/88: “É vedada a
adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão
de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de
previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas
sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física e quando se tratar de segurados portadores
de deficiência, nos termos definidos em lei complementar”

71
Aposentadoria da Pessoa com Deficiência
- De acordo com o art. 2º da referida lei, para o
reconhecimento do direito à aposentadoria de que trata esta
Lei Complementar, considera-se pessoa com deficiência aquela
que tem impedimentos de longo prazo de natureza física,
mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com
diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas.

72
Aposentadoria da Pessoa com Deficiência
A partir do art. 3º, tem-se que é assegurada a concessão de
aposentadoria pelo RGPS ao segurado com deficiência,
observadas as seguintes condições:

V - aos 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55


(cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher,
independentemente do grau de deficiência, desde que
cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 (quinze) anos e
comprovada a existência de deficiência durante igual período.

73
Aposentadoria - Tempo de Contribuição
Art. 201, § 7º: É assegurada aposentadoria no regime geral de
previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes
condições:

I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos


de contribuição, se mulher;

§ 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo


anterior serão reduzidos em cinco anos, para o professor que
comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das
funções de magistério na educação infantil e no ensino
fundamental e médio. 74
Ap. por Tempo de Contribuição
-A aposentadoria por tempo de serviço, existente em período
anterior à EC nº 20, de 12/12/98, foi substituída pela atual
aposentadoria por tempo de contribuição.

Dentre outros períodos previstos no art. 55, Lei 8.213/91, assim


como no art. 60, do RPS, serão considerados como tempo de
contribuição, até que lei específica discipline a matéria
(exemplos):

III – o período em que o segurado esteve recebendo auxílio-


doença ou aposentadoria por invalidez, entre períodos de
atividade; 75
Ap. por Tempo de Contribuição
V – o período em que a segurada esteve recebendo salário-
maternidade;

VI – o período de contribuição como segurado facultativo;

IX – o período em que o segurado esteve recebendo benefício


por incapacidade por acidente de trabalho, intercalado ou não;

X – o tempo de serviço do segurado trabalhador rural anterior


à competência novembro de 1991;

... Muitas outras hipóteses...

76
Aposentadoria - Tempo de Contribuição
Quem possui direito a esse tipo de aposentadoria?

-Todos os segurados, exceto:

1. O segurado especial (salvo se contribuir facultativamente);

2. O contribuinte individual que trabalhe por conta própria


(incluindo o MEI) e o segurado facultativo que contribuam
com as alíquotas de 11% ou de 5% sobre um salário
mínimo (aqueles que aderiram ao “plano simplificado”).

77
Aposentadoria - Tempo de Contribuição
Carência

180 contribuições mensais, observada a tabela de transição do art. 142,


da Lei 8.213/91.

Início do benefício:

I – ao segurado empregado, inclusive doméstico:

a. A partir da data do desligamento do emprego, quando requerida até


90 dias depois dela;

b. A partir da data do requerimento, quando não houver desligamento


do emprego ou quando requerido após 90 dias;

II – para os demais segurados, a partir da data de entrada do


requerimento. 78
Ap. por Tempo de Contribuição - Valor
-O valor do benefício corresponde a 100% do salário de
benefício. A lei previa que sempre deveria ser aplicado o fator
previdenciário para que o valor desse benefício fosse
calculado.

- Lembrar que o salário de benefício neste caso será os 80%


maiores salários de contribuição ao longo do período
contributivo x o Fator Previdenciário.

-Fator previdenciário:...

79
Ap. por Tempo de Contribuição - Valor
Fator previdenciário:

80
Ap. por Tempo de Contribuição - Valor
- Todavia, a Medida Provisória 676, de 17 de junho de 2015,
posteriormente convertida na Lei 13.183, de 4 de novembro de
2015, trouxe uma alternativa à aplicação do fator previdenciário, a
fim de que o valor do benefício mantenha-se em 100% do salário de
benefício, sem incidência do fator.

Desta forma, o segurado que preencher o requisito para a


aposentadoria por tempo de contribuição (poderá optar pela não
incidência do fator previdenciário no cálculo de sua aposentadoria,
quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de
contribuição, incluídas as frações, na data de requerimento da
aposentadoria, for: 81
Ap. por Tempo de Contribuição - Valor
I - igual ou superior a noventa e cinco pontos, se homem,
observando o tempo mínimo de contribuição de trinta e cinco
anos; ou

II - igual ou superior a oitenta e cinco pontos, se mulher,


observado o tempo mínimo de contribuição de trinta anos.

* Regra 95/85.

82
Ap. por Tempo de Contribuição - Valor
As somas de idade e de tempo de contribuição previstas acima
serão majoradas em um ponto em:

I - 31 de dezembro de 2018;

II - 31 de dezembro de 2020;

III - 31 de dezembro de 2022;

IV - 31 de dezembro de 2024; e

V - 31 de dezembro de 2026.

(ver art. 29-C, Lei 8.213/91).

83
Ap. por Tempo de Contribuição - Magistério
Profissionais de magistério na educação infantil, no ensino
fundamental ou no ensino médio, são apenas aqueles que exercem a
função de professores?
R.: Art. 1º, Lei 11.301/2006, que modifica o art. 67, § 2º da Lei de
diretrizes e bases da educação (Lei 9.394/96), dispõe que “...são
consideradas funções de magistério as exercidas por professores e
especialistas em educação no desempenho de atividades educativas,
quando exercidas em estabelecimento de educação básica em seus
diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da
docência, as de direção de unidade escolar e as de coordenação e
assessoramento pedagógico.”

84
Ap. por Tempo de Contribuição - Magistério
R.: No entanto, tudo indica que isso ocorre (atividades de direção
escolar, coordenação pedagógica e assessoramento pedagógico)
quando o exercício dessas atividades se dá por professores.

Súmula nº 726, STF: PARA EFEITO DE APOSENTADORIA ESPECIAL DE


PROFESSORES, NÃO SE COMPUTA O TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO
FORA DA SALA DE AULA.

A exceção à referida súmula foi adotada no julgamento da ADI


3.772/DF.

85
Ap. por Tempo de Contribuição - Magistério
- A incidência do fator previdenciário na aposentadoria dos
professores ainda não é ponto pacífico na jurisprudência dos
tribunais.

-É possível encontrar decisões no sentido de aplicar e não aplicar


o fator previdenciário.

- Frederico Amado aponta que há uma tendência no STF de que


deve prevalecer a aplicação do fator previdenciário, uma vez que
já se manifestou em outras oportunidades que a aposentadoria
dos professores não está inserida na modalidade de
aposentadoria especial.
86
Ap. por Tempo de Contribuição - Proporcional
-A aposentadoria proporcional por tempo de contribuição já não
tem mais previsão na Constituição de 1988, tendo sido retirada
pela EC nº 20/1998;

-Todavia, para os que já eram filiados ao RGPS à época (até


16/12/1998), mantém-se a possibilidade, aplicando-se regra de
transição...

87
Ap. por Tempo de Contribuição - Proporcional
Cumulativamente deve:

I – contar com 53 anos de idade ou mais, se homem, e 48 anos de


idade ou mais, se mulher;

II – contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:

a. 30, se homem, e 25 anos, se mulher; e

b. Um período adicional de contribuição equivalente a, no


mínimo, 40% do tempo que, em 16 de dezembro de 1998,
faltava para atingir o limite constante da alínea anterior.

88
Ap. por Tempo de Contribuição - Proporcional
- O valor da renda mensal da aposentadoria proporcional será
equivalente a 70% do salário de benefício, acrescendo 5% por
cada grupo de 12 contribuições até o limite de 95% do salário de
benefício.

- Professor que até 16/12/98 tenha exercido atividade de


magistério, em qualquer nível, e que opte por se aposentar pelas
regras transitórias, terá o tempo de serviço exercido até aquela
data contado com acréscimo de 17%, se homem, e de 20%, se
mulher, desde que se aposente, exclusivamente, com tempo de
efetivo exercício do magistério.
89
Ap. por Tempo de Contribuição – Regra
Transitória
-A EC nº 20/98, também estabeleceu como regra transitória um
limite mínimo de idade de 53 anos para homem e 48 para
mulheres para a aposentadoria integral daqueles que já estavam
filiados ao RGPS em 16/12/1998.

- Todavia, tendo em vista que o texto na Constituição Federal de


1988 não estabeleceu limite mínimo de idade para aposentadoria
por tempo de contribuição, evidentemente que tal limitação pela
regra transitória também não se aplica à aposentadoria integral
por tempo de contribuição dos já filiados ao RGPS em
16/12/1998.
90
Ap. por Tempo de Contribuição – Portador de
Deficiência

De acordo com o art. 3º, da LC nº 142/2013, é assegurada a


concessão de aposentadoria pelo RGPS ao segurado
empregado, trabalhador avulso, doméstico, além do
contribuinte individual e facultativo e o segurado especial que
contribua facultativamente, portador de deficiência,
observadas as seguintes condições:

91
Ap. por Tempo de Contribuição – Portador de
Deficiência
I - aos vinte e cinco anos de tempo de contribuição na condição
de pessoa com deficiência, se homem, e vinte anos, se mulher, no
caso de segurado com deficiência grave;

II - aos vinte e nove anos de tempo de contribuição na condição


de pessoa com deficiência, se homem, e vinte e quatro anos, se
mulher, no caso de segurado com deficiência moderada; e

III - aos trinta e três anos de tempo de contribuição na condição


de pessoa com deficiência, se homem, e vinte e oito anos, se
mulher, no caso de segurado com deficiência leve.

92
Ap. por Tempo de Contribuição – Portador de
Deficiência

IV – Carência de 180 contribuições;

V – Comprovação da condição de pessoa com deficiência na data


da entrada do requerimento ou na implementação dos requisitos
para o benefício.

** O grau de deficiência será atestado por perícia própria do


INSS, por meio de instrumentos desenvolvidos para esse fim.

93
Aposentadoria Especial
Lei 8.213/91 - Art. 57. A aposentadoria especial será devida,
uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado
que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15
(quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme
dispuser a lei.

94
Aposentadoria Especial
-A concessão da aposentadoria especial dependerá de
comprovação pelo segurado, do tempo de trabalho
permanente, não ocasional nem intermitente, em condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física,
durante o período mínimo fixado.

- O segurado deverá comprovar, além do tempo de trabalho,


exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou
associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade
física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do
benefício. 95
Aposentadoria Especial
- Atualmente a categoria do trabalhador é irrelevante para a
concessão do benefício, importando sim a efetiva exposição
permanente a agente nocivo;

- O Decreto 8.123/2013 (modifica o Decr. 3.048/1999) dispõe


que a presença no ambiente de trabalho de agentes nocivos
reconhecidamente cancerígenos em humanos, listados pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, será suficiente para a
comprovação de efetiva exposição do trabalhador, quando
trabalhar ininterruptamente nesse ambiente.

96
Aposentadoria Especial
Efetiva exposição a agentes nocivos:

-Basta que a atividade nociva seja exercida de modo regular,


ainda que na integralidade do tempo de trabalho não se esteja
exposto.

97
Aposentadoria Especial - Comprovação
-Feita mediante formulário PPP – Perfil Profissiográfico
Previdenciário, emitido pela empresa ou seu preposto (ou
ainda cooperativa de trabalho), com base em laudo técnico de
condições ambientais de trabalho – LTCAT (a partir do
PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA,
NR-09).

- Para o INSS o rol de agentes nocivos previstos no Anexo IV, do


RPS, é exaustivo;

- Todavia, para o STJ, é exemplificativo!

98
Aposentadoria Especial - Considerações
Cabimento: Segurado (não importa o sexo) que tiver trabalhado
sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a a
integridade física, de maneira permanente, durante 15, 20 ou 25
anos, a depender da exposição, conforme lista regulamentar;

Beneficiários: A lei não restringe os segurados. Contudo, o RPS


(art.64) indica que apenas o terão direito o segurado empregado,
avulso e o cooperado (individual);

- Enunciado 62, TNU: o segurado contribuinte individual pode obter


reconhecimento de atividade especial para fins previdenciários,
desde que consiga comprovar exposição a agentes nocivos à saúde
ou à integridade física. (2ª turma STJ, mesmo sentido). 99
Aposentadoria Especial - Considerações
Carência: 180 contribuições mensais;

Valor do benefício: 100% do salário de benefício, sem a incidência do


fator previdenciário;

- O aposentado especial que tornar a trabalhar com exposição a


agentes nocivos terá o benefício suspenso. Entretanto, a lei não veda
o retorno à atividade comum;

-DIB:

- A partir do desligamento do emprego, quando requerido em até 90


dias ou a partir do requerimento se perder o prazo.

- A partir do requerimento, para demais segurados.


100
Aposentadoria Especial - Considerações
- Caso o segurado tenha laborado em condições especiais e
passe a trabalhar em atividade comum, é plenamente possível
a conversão do tempo especial em comum,
proporcionalmente:
Tempo a converter Multiplicadores

Mulher (para 30) Homem (para 35)

De 15 anos 2,00 2,33

De 20 anos 1,50 1,75

De 25 anos 1,20 1,40

101
Aposentadoria Especial - Considerações
- Caso o segurado tenha laborado em condições especiais com
condições distintas, sem completar em qualquer delas o prazo
mínimo exigido, os respectivos períodos serão somados após
conversão, considerada a atividade preponderante:

Tempo a converter Multiplicadores

Para 15 Para 20 Para 25

De 15 anos - 1,33 1,67

De 20 anos 0,75 - 1,25

De 25 anos 0,60 0,80 -

102
Aposentadoria Especial - Considerações
- A conversão de tempo comum para especial NÃO é possível;

- Também não cabe conversão de tempo especial para


contagem de tempo da aposentadoria diferenciada dos
professores de ensino infantil, fundamental e médio.

103
Salário-maternidade
Art. 71. O salário-maternidade é devido à segurada da
Previdência Social, durante 120 (cento e vinte) dias, com início
no período entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a data
de ocorrência deste, observadas as situações e condições
previstas na legislação no que concerne à proteção à
maternidade.

104
Salário-maternidade
- O benefício será pago por motivo de parto ou por adoção,
sempre no prazo de 120 dias.

- Art. 71-A, Lei 8.213/91: Ao segurado ou segurada da Previdência


Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção
de criança é devido salário-maternidade pelo período de 120
(cento e vinte) dias.

- De acordo com o art. 93, § 5º, “Em caso de aborto não criminoso,
comprovado mediante atestado médico, a segurada terá direito
ao salário-maternidade correspondente a duas semanas”.

105
Salário-maternidade
Atenção!!
-Parte da doutrina aponta que em caso de natimorto, com mais de 6
meses de gravidez, haverá pagamento de salário-maternidade por
120 dias, com base no entendimento de que a antiga Instrução
Normativa INSS/PR nº 11, de 20 de setembro de 2006, artigo 236,
parágrafo 2º, dispunha como sendo parto aquele ocorrido a partir da
23ª semana (sexto mês) de gestação, inclusive em caso de
natimorto.
-Ocorre que atualmente a referida instrução foi substituída pela IN
INSS n˚ 77/2015.

106
Salário-maternidade
Atenção!!

-Já a IN INSS n˚ 77/2015, art. 343, § 3˚, estabelece que para fins de
concessão do salário-maternidade, considera- se parto o evento que
gerou a certidão de nascimento ou certidão de óbito da criança.

-Por sua vez, o § 5º aponta que “Tratando-se de parto antecipado ou


não, ainda que ocorra parto de natimorto, este último comprovado
mediante certidão de óbito, a segurada terá direito aos 120 (cento e
vinte) dias previstos em lei, sem necessidade de avaliação médico-
pericial pelo INSS”.

107
Salário-maternidade
Atenção!!

-Ocorre que para a medicina, embora não de maneira consensual, o


parto só existe a partir do momento em que se entende ser o feto
viável.

-A Norma Técnica de Atenção Humanizada em Abortamento, do


Ministério da Saúde, indica que Abortamento é a interrupção da
gravidez até a 20 a ou 22 a semana e com produto da concepção
pesando menos que 500g.

108
Salário-maternidade - Carência
- Para os segurados empregados, domésticos e trabalhador
avulso: SEM CARÊNCIA;

- Para o segurado contribuinte individual e facultativo: 10


meses;

- Para o segurado especial: 10 meses de comprovação da


atividade.

109
Salário-maternidade – RMI
- Empregada e avulsa: o valor da remuneração mensal (há
possibilidade de superar o teto do RGPS);

- Empregada doméstica: o valor do seu último salário de


contribuição;

- Segurada especial: 1 SM;

- Contribuinte individual e facultativo: 1/12 da soma dos 12 últimos


salários de contribuição, apurados num período não superior a 15
meses.

110
Salário-maternidade – RMI
** De acordo com o § 3º, do art. 93, do RPS, em casos
excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao
parto podem ser aumentados de mais duas semanas,
mediante atestado médico específico.

111
Salário-maternidade
Onde solicitar o beneficio?

-Segurada empregada: na empresa.

-Demais seguradas, inclusive desempregada: diretamente no INSS.

-VALE DESTACAR que, em se tratando de salário-maternidade em


caso de adoção, o benefício será pago diretamente pelo INSS, ainda
que segurada empregada.

* Também será pago diretamente pelo INSS nos casos: a. empregada


de microempreendedor individual e no caso de falecimento do titular
originário.

112
Salário-maternidade – Derivado
Prevê o art. 71-B, da Lei n˚ 8.213/91, que no caso de falecimento da
segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-
maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo
tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro
sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do
falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas
aplicáveis ao salário-maternidade.
* Nesse caso, o novo benefício será pago em novo valor, levando-se
em conta a situação do novo beneficiário, sendo pago diretamente
pelo INSS.

113
Salário-maternidade – Prorrogação
- A prorrogação por mais 60 dias não é propriamente do
benefício previdenciário, uma vez que a empresa inserida
dentro do Programa Empresa Cidadã (Lei 11.770/2008) se
responsabiliza pelo pagamento, abatendo-se o valor no
momento de sua declaração de imposto de renda de pessoa
jurídica (só empresas que declaram com base no lucro real,
não no lucro presumido).

114
Salário-maternidade – Anotações gerais
- A aposentada que retornar ao trabalho, como contribuinte
do RGPS, fará jus ao pagamento do salário-maternidade;

- No caso de empregos concomitantes, a segurada fará jus ao


benefício relativo a cada emprego;

- Haverá contribuição previdenciária normalmente durante o


período de recebimento do benefício;

- Como visto, o referido benefício não pode ser acumulado


com benefício por incapacidade.

115
Salário-família
• O salário-família, presente entre os artigos 65 e 70, da Lei
8.213/91, prevê o pagamento de uma cota de benefício por filho
ou equiparado (precisa demonstrar dependência econômica) até
14 anos, ou inválido de qualquer idade;

• É devido a partir da data de apresentação da certidão de


nascimento do filho (ou documento referente ao equiparado).

• Para sua manutenção, deve ser apresentada a carteira de


vacinação até os 6 anos de idade e, após, comprovação semestral
de frequência escolar.

116
Salário-família
- A cota será paga por filho / equiparado, para cada segurado
responsável pelos mesmos.

- Exemplo: João e Maria são segurados do RGPS. Possuem


dois filhos, Fulano e Fulana, com idade para receber salário-
família. Desde que atendam a todas as condições, quantas
cotas serão pagas pela previdência?

R.: 4 (quatro), pois será paga uma cota para cada filho, por
cada segurado.

117
Salário-família
Atualmente a Portaria Interministerial MTPS/MF n˚ 08/2017
fixou dois valores de cota para o benefício:

-R$ 44,09 para o segurado com remuneração mensal não


superior a R$ 859,88;

-R$ 31,07 para segurado com remuneração superior a R$


859,89 e igual ou inferior a R$ 1.292,43.

118
Salário-família
- NÃO há carência para o recebimento do benefício;

Serão beneficiários (os de baixa renda):

- Segurado empregado;

- Segurado empregado doméstico;

- Segurado avulso.

119
Salário-família
- O empregado, o doméstico e o avulso devem estar em
atividade para receberem o benefício, em gozo de auxílio-
doença, aposentadoria por invalidez ou por idade, além das
aposentadorias especial e por tempo de contribuição,
nesses dois últimos casos, desde que tenham idade mínima
de 65 anos, se homem, ou 60 anos, se mulher.

120
Pensão por Morte
- A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do
segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data:
I - do óbito, quando requerida até noventa dias depois deste;
II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no
inciso anterior;
III - da decisão judicial, no caso de morte presumida (Judiciário tem
flexibilizado para o dia do ajuizamento da ação).
* No caso de óbito real, o início do benefício também será a partir do
óbito pelo dependente menor de 16 anos de idade, até 30 dias
após completar essa idade.

121
Pensão por Morte – Qualidade de segurado
- Qualidade de segurado: a. quem está definitivamente
contribuindo; b. quem está em período de graça;

- EXCEPCIONALMENTE, admite-se a concessão quando o de cujus


não mais ostentava a qualidade de segurado na data do óbito.
Para isso, é indispensável que ele tenha cumprido todos os
requisitos para a concessão da aposentadoria (art. 102, § 2º, L.
8.213/91 + Súmula 416, STJ).

122
Pensão por Morte - RMB
- De acordo com o art. 73, Lei 8.213/91: O valor mensal da
pensão por morte será de cem por cento do valor da
aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que
teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data
de seu falecimento, observado o disposto no art. 33 desta
lei.

- Havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos


em parte iguais.

123
Pensão por Morte - Carência
- Conforme disposto nos art. 25 e 26 da Lei 8.213/91, NÃO HÁ
CARÊNCIA para o benefício de pensão por morte.

- Vale o registro de que a MPV 664/2014 inseriu a previsão


para que o benefício passasse a requerer carência de 24
meses de contribuição, salvo nos casos em que o segurado
estivesse em gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria
por invalidez. Todavia, quando de sua transformação na Lei
13.135/2015 tal dispositivo foi retirado, mantendo-se a
inexigibilidade de carência.

124
Pensão por Morte - Divergência
- No caso de pensão para dependentes incapazes não há
limite de idade para a manutenção do benefício, cessando
se deixar de ser incapaz;
- Todavia, no caso de incapacidades adquiridas, o INSS
entende que a pensão só será devida caso ela tenha
ocorrido antes de completar 21 anos de idade;
- Já o Judiciário entende que a incapacidade poderá ocorrer
após os 21 anos, desde que também ocorra antes do óbito
do segurado.

125
Pensão por Morte – Regras Gerais
- Tanto o homem quanto a mulher têm direito ao benefício;

- Com a morte, a cessação da invalidez, a emancipação ou a


maioridade, a cota da pensão será revertida para o outro
dependente, não se transmitindo para os dependentes de
classe inferior;

- De acordo com o art. 114, II, do RPS, a emancipação por


colação de grau em curso superior antes dos 21 anos de
idade não faz cessar o benefício.

126
Pensão por Morte – Regras Gerais
- É vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte
deixada por cônjuge ou por companheiro, ressalvada a
opção pela mais vantajosa;

- O fato de o pensionista casar-se novamente ou estabelecer


vinculo de companheirismo não faz cessar o direito à
pensão.

127
Pensão por Morte – Novas Regras
De acordo com o art. 77, § 2º, Lei 8.213/91, o direito à
percepção de cada cota individual cessará:

I - pela morte do pensionista;

II - para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os


sexos, ao completar 21 (vinte e um) anos de idade, salvo se for
inválido ou com deficiência;

III - para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez;

128
Pensão por Morte – Novas Regras
V - para cônjuge ou companheiro:

a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou


pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos
mínimos aplicáveis aos demais casos (sem invalidez /
deficiência);

129
Pensão por Morte – Novas Regras
V - para cônjuge ou companheiro:

b - em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado


tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento
ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos
antes do óbito do segurado;

C- transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com


a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito
ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo
menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável:

130
Pensão por Morte – Novas Regras
1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade;

2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de


idade;

3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de


idade;

4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de


idade;

5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três)


anos de idade;

131
Pensão por Morte – Novas Regras
6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade.
Atenção!
-De acordo com o § 2o-A, art. 77, mesmo sem o atendimento às
novas carências parciais (18 contribuições + 2 anos de
casamento/companheirismo), se o óbito do segurado decorrer de
acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do
trabalho, independentemente do recolhimento de 18 (dezoito)
contribuições mensais ou da comprovação de 2 (dois) anos de
casamento ou de união estável, fará jus ao benefício o segurado
assim identificado.

132
Pensão por Morte – Novas Regras
- Perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em
julgado, o condenado pela prática de crime de que tenha
dolosamente resultado a morte do segurado;

- Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos, e desde que


nesse período se verifique o incremento mínimo de um ano
inteiro na média nacional única, para ambos os sexos,
correspondente à expectativa de sobrevida da população
brasileira ao nascer, poderão ser fixadas, em números
inteiros, novas idades.

133
Auxílio-Reclusão
De acordo com o art. 80, Lei 8.213/91, o auxílio-reclusão será
devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos
dependentes do segurado recolhido à prisão, que não receber
remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-
doença, de aposentadoria ou de abono de permanência em
serviço.

134
Auxílio-Reclusão
- Todavia, só será devido ao segurado de baixa renda, assim
considerado aquele que recebe até R$ 1.292,43 (Portaria
MPTS/MF n˚ 08/2017);

- Importante! É incompatível com a prisão processual civil,


tendo em vista que essa modalidade de prisão é aplicada
àquele que podendo, não cumpre a obrigação alimentar.

135
Auxílio-Reclusão
-O benefício é devido no caso de prisão nos regimes fechado e
semiaberto (Dec. 3.048/99, art. 116, § 5º);
Auxílio-reclusão e prisões:
-Reclusão: fechado ou semiaberto;
-Detenção: fechado ou semiaberto;
-Prisão simples: semiaberto;
- Prisão provisória: benefício deve ser concedido (art. 381, § 1º, IN
77/2015).
- Medida socioeducativa: benefício deve ser concedido (art. 381, §
2º, IN 77/2015).

136
Auxílio-Reclusão
- O valor do benefício corresponde a 100% do salário de benefício;

- O início do recebimento do benefício será a data do recolhimento


à prisão, se requerido até 30 dias depois desta, ou na data do
requerimento, se posterior;

- No caso de fuga, o benefício ficará suspenso até eventual


recaptura;

- Trimestralmente exige-se que o beneficiário apresente atestado


emitido por autoridade competente de que o segurado continua
detido ou recluso, sob pena de suspensão do benefício.

137
Auxílio-Reclusão
- Subsidiariamente se aplicam as regras do benefício da
pensão por morte;

138
Serviços
Os serviços ofertados pelo RGPS são:

1. Serviço social;

2. Habilitação e reabilitação profissional.

139
1. Serviço social
-Possui a função de esclarecer junto aos beneficiários seus
direitos sociais, bem como apresentar os meios de exercer tais
direitos, facilitando a solução dos problemas relacionados à
Previdência Social, tanto no âmbito interno da instituição
como na dinâmica da sociedade.

- Carência: não se aplica;

- Destinatários: segurados e dependentes;

140
1. Serviço social
Exemplos de instrumentos à disposição do serviço social:

- Parecer social: pronunciamento do assistente social com base


em estudo de determinada situação, a fim de embasar
determinada decisão;

- Recursos materiais: ações destinadas a atender certas


demandas dos usuários na sua relação com a Previdência
Social, a exemplo de pagamento de despesas com transporte
de beneficiários até agência do INSS, disponibilização de
veículo para realização de perícia médica ...

141
2. Habilitação e Reabilitação profissional
Destinatários: beneficiários incapacitados para o trabalho, de
forma total ou parcial;

Habilitação: está associada à educação e adaptação laborativa


dos cidadãos que ainda não iniciaram a sua vida profissional
ativa;

Reabilitação: está associada à reeducação e readaptação do


beneficiário incapacitado para o trabalho para seu retorno ao
mercado.

142
2. Habilitação e Reabilitação profissional
Reabilitação profissional: independe de carência, sendo devida
a segurados e dependentes (art. 26, V, L. 8.213/91);

* Se o tratamento ou exame, no caso de habilitação ou


reabilitação profissional, ocorrer fora do domicílio do
beneficiário, a Previdência Social concede auxílio como
transporte urbano e alimentação (art. 137, § 2º, Dec.
3.048/99);

143
2. Habilitação e Reabilitação profissional
-Nos termos do art. 89, § único, L. 8.213/91, a reabilitação
profissional compreende:

a. Fornecimento de prótese, órtese e instrumentos de auxílio


para locomoção, quando autorizados;

b. Reparação ou substituição desses aparelhos quando


desgastados pelo uso normal ou por ocorrência estranha à
vontade do beneficiário;

c. Transporte do acidentado do trabalho, quando necessário;

144
2. Habilitação e Reabilitação profissional
- A Reabilitação profissional é obrigatória aos segurados,
inclusive aposentados e, de acordo com as possibilidades
administrativas, técnicas, financeiras e as condições locais do
órgão, exceto o tratamento cirúrgico e a transfusão de sangue,
que são facultativos (art. 101, L. 8.213/91);

- Certificado individual: emitido pelo INSS após conclusão do


processo de reabilitação profissional, indicando a função para
a qual o reabilitando foi capacitado, sem prejuízo do exercício
de outra para a qual se julgue capacitado.

145
2. Habilitação e Reabilitação profissional
Contratação de trabalhadores reabilitados ou portadores de
deficiência (ação afirmativa) – Art. 93, L. 8.213/91:

- Empresa com 100 ou mais empregados está obrigada a


preencher de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários
reabilitados ou pessoas com deficiência, habilitadas:

I – até 200 empregados: 2%;

II – de 201 a 500: 3%;

III – de 501 a 1.000: 4%;

IV – 1.001 em diante: 5%.


146
2. Habilitação e Reabilitação profissional
E o que são pessoas com deficiência habilitadas?

- Aquela que concluiu curso de educação profissional de nível básico,


técnico ou tecnológico, ou curso superior, com certificado
reconhecido pelo MEC ou órgão equivalente, ou aquela com
certificado de conclusão de processo de habilitação ou reabilitação
profissional fornecido pelo INSS;

-Também aquele que esteja capacitado para o exercício da função,


ainda que não submetido a processo de habilitação / reabilitação.

** Fonte: Decreto 3.298/99, art. 36, § 2º.

147
Acumulação de benefícios previdenciários
- Fonte: art. 124, L. 8.213/91.
Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento
conjunto dos seguintes benefícios da Previdência Social:
I - aposentadoria e auxílio-doença (também aposentadoria com
auxílio-acidente);
II - mais de uma aposentadoria;
III - aposentadoria e abono de permanência em serviço;
IV - salário-maternidade e auxílio-doença;
V - mais de um auxílio-acidente;
VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro,
ressalvado o direito de opção pela mais vantajosa.

** É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com


qualquer benefício de prestação continuada da Previdência Social,
exceto pensão por morte ou auxílio-acidente. 148
Pela atenção, obrigado!

149

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