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Psicologia Jurídica e o trabalho com a criança e o adolescente:

1-Efeitos do divórcio em pais e filhos

2-Guarda compartilhada

3-Adoção

4-Fatores de risco e fatores de proteção

1-Efeitos do divórcio

• Divórcio como crise > Escala de eventos estressantes de vida: o divórcio vem em segundo
lugar, depois da morte de um dos cônjuges” (Holmes e Rahe -1967)

• O processo de ajustamento ao divórcio ocorre em estágios, num período de dois a três anos,
iniciando-se bem antes da decisão concreta.

• Transmissão do conflito de lealdades- disfunção.

• Estudos indicam que a ausência paterna e fatores psicossociais como a pobreza são
determinantes para a ocorrência de transtornos comportamentais.

• Não o divórcio em si, mas as circunstâncias específicas criam possibilidades de transtornos.

2-Guarda compartilhada

• “Depois da separação a maioria dos filhos fica insatisfeita com a convivência tradicional (fins
de semana alternados com o pai) e deseja um contato maior”.

• Um terço dos filhos descrevem conflitos de lealdades na separação: “… a custódia conjunta,


em seu melhor modo, é superior à custódia única em seu melhor modo”, “todos os membros
da família se beneficiam quando existe uma paternidade continuamente compartilhada”.

Variáveis

 1) Idade: “quanto mais jovens os filhos na época do divórcio, maior o impacto a curto
prazo…crianças pequenas que não tem nenhuma lembrança da vida pré-divórcio se
ajustam melhor. Jovens adultos- conflitos de lealdades

 2) Sexo: a separação é mais difícil para os meninos, “pode haver correlação entre a
angústia e a partida do progenitor do mesmo sexo”. Maior vulnerabilidade
constitucional ao estresse.

 3) Conflito entre os pais: forte correlação entre o ajustamento insuficiente dos filhos
e o conflito entre os pais… o relacionamento pós divórcio entre os pais é o fator mais
crítico no funcionamento da família” e preditor de ajustamento insuficiente dos filhos.

3-Adoção
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao
adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade
e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

A garantia dos direitos das crianças e adolescentes, estão definidos como prioridade
absoluta no artigo 227 da Constituição Federal, especialmente o direito à convivência
familiar, através:

de auxílio às famílias carentes

incentivo à adoção e outras formas de colocação em família substituta

Juridicamente, a adoção é um ato (jurídico) solene e complexo pelo qual se estabelece


um vínculo de paternidade e filiação entre adotante e adotado, independente de
relação natural ou biológica de ambos

A adoção foi sistematizada pela Lei Brasileira pelo Código

Civil de 1916 – visava o interesse dos adotantes maiores

de 50 anos e “sem prole legítima ou legitimada”

Lei 3133/1957 – finalidade assistencial, permitida para

adotantes maiores de 30 anos, não envolvia a sucessão

Lei 4655/1965 – legitimação adotiva

Código de Menores (Lei 6697/1979) – estabeleceu a adoção plena (=/ adoção simples)

Constituição de 1988 (artigo 227, §6º) – proibiu qualquer forma de discriminação da


filiação biológica ou afetiva – interesse da criança e do adolescente

“Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os


mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias
relativas à filiação.”

Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/1990,

arts. 39 a 52) – regulamentou a adoção de menores de 18

anos, conforme a Constituição: proteção integral à criança

– e estabeleceu que o adotante podia ter 21 anos

Código Civil de 2002 – aboliu de vez a adoção simples,

adotante podia ter 18 anos – trouxe a afetividade e o


interesse social como valores jurídicos (em contrapartida

ao patrimônio)

Lei Nacional da Adoção

(Lei 12.010 de 03 de agosto de 2009) – modificou o ECA, a

CLT e o CC, regulamentando totalmente a matéria relativa

a adoção

Busca aperfeiçoar a garantia do direito à convivência

familiar – com preferência à família natural – a todas as

crianças e adolescentes.

 Fixação de prazo para permanência de criança ou adolescente em abrigo (6 meses – 2


anos);

 Cadastramento indispensável;

Cadastro Nacional: a lei prevê dois cadastros nacionais de adoção um de adotantes


outro de crianças e adolescentes em condições de ser adotados.

 Oitiva obrigatória do adotando maior de 12 anos;

 O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica de obter acesso irrestrito ao
processo de adoção após completar 18 anos;

Alguns pontos relevantes:

 Fixação de prazo para permanência de criança ou adolescente em abrigo (6 meses – 2


anos);

 Cadastramento indispensável;

Cadastro Nacional: a lei prevê dois cadastros nacionais de adoção um de adotantes


outro de crianças e adolescentes em condições de ser adotados.

 Oitiva obrigatória do adotando maior de 12 anos;

 O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica de obter acesso irrestrito ao
processo de adoção após completar 18 anos;

isitos básicos para adoção:

 Interesse do adotando (art. 227 da CF/1988);

 O adotante deve ser inscrito no cadastro (salvo raras exceções, art. 50, §13º);

 Consentimento do adotando maior de 12 aos de idade;


 Consentimento dos pais ou perda do poder familiar;

 O adotante deve ter mais de 18 anos de idade;

 Diferença de 16 anos de idade entre adotante e adotando;

 Estagio de convivência (prazo relativo);

Cadastro de pretendentes a adoção:

 qualificação completa;

 dados familiares;

 cópias autenticadas de certidão de nascimento ou casamento, ou declaração relativa


ao período de união estável;

 cópias da cédula de identidade e inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas;

 comprovante de renda e domicílio;

 atestados de sanidade física e mental;

 certidão de antecedentes criminais;

 certidão negativa de distribuição cível.

Exceções ao Cadastramento (art. 50, §13º, ECA):

 Adoção unilateral (filho do cônjuge);

 Parente, provados vínculos de afinidade e afetividade;

 Tutor ou Guardião de maior de 03 anos de idade, provados vínculos de afinidade e


afetividade;

Grupos de Apoio à Adoção, objetivos e funções:

Prevenir o abandono;

 Apoio às famílias carentes

Estimular a guarda e adoção, como alternativas à institucionalização de crianças


abandonadas;

 Lares de transição

 Orientação de famílias pretendentes à adoção

 Divulgar a nova “cultura da adoção”

 Auxiliar as Varas da Infância e Juventude

Desinformação, Medo, Insegurança, Preconceito...


 A criança abandonada não é criminosa

 A adotante é o maior beneficiado com a adoção

 O amor verdadeiro não depende do vínculo biológico

 O relacionamento familiar é preponderante na formação de uma pessoa (“DNA da


alma” – Dr. Sávio Bittencourt)

Mudança na “Cultura da Adoção”...

Adoção de crianças abrigadas, adoções tardias...

Adoções interraciais...

Adoções de pessoas com necessidades especiais...

Adoções de grupos de irmãos...

Algumas providências...

 Investimento nos programas de apoio à família carente (a adoção e a guarda são


medidas excepcionais);

 Investimentos para a celeridade nos processos (judiciais ou não) de definição da


situação jurídica da criança em situação de perigo;

 Mudança na “cultura de adoção”, para por fim aos preconceitos de idade, raça ou
situação física da criança a ser adotada;

Fatores de risco

 Gestação indesejada;

 Deficiência física ou alguma má formação congênita;

 Hospitalização nos primeiros meses de vida;

 Nascimento prematuramente ou com baixo peso;

 Ser hipo ou hiper ativo;

 Dificuldade de aprendizagem;

 Ter baixa auto-estima;

 Alta exposição a situações de estresse;

 Amizades com comportamentos antisociais;


 Uso de álcool ou drogas;

 Ter sido testemunha de violência ou abuso na família;

 Vítima de abuso.

 Privação econômica;

 Desemprego;

 Baixo nível de instrução;

 Fanatismo religioso;

 Isolamento (falta de rede de apoio: familiares, vizinhos etc);

 Problemas psiquiátricos;

 Envolvimento com crimes;

 Uso de drogas e/ou álcool;

 Separação;

 História familiar de violência;

 Utilização e defesa de métodos disciplinares violentos;

 Falta de acesso á serviços básicos: saúde, assistência social, educação, transporte,


lazer etc)

Fatores de proteção

 Bom funcionamento familiar

 Educação

 Atenção, afeto, apoio emocional

 Bom estado de nutrição, bons hábitos alimentares

 Trabalho apropriado

 Boa utilização do tempo livre, prática de esportes, atividades artísticas e culturais,


lazer bem programado

 Acesso a serviços de saúde e de assistência social de boa qualidade

 Educação em saúde

 Redes sociais de apoio

 Respeito aos direitos de cidadania


 Informação sobre as fases de desenvolvimento e necessidades da criança e do
adolescente

 Salários que correspondam ao valor necessário a aquisição de serviços e bens


básicos.

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