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A IMPORTÂNCIA SOCIOAMBIENTAL DO USO E APROPRIAÇÃO DOS ESPAÇOS

PÚBLICOS DA CIDADE DE IMPERATRIZ-MA


Uma abordagem a partir da Praça Sagrada Família no bairro da Vilinha

Francisco Darcio Barbosa da Silva Sa 1

Professor Substituto da Universidade da Região Tocantina do Maranhão – UEMASUL, Brasil. e-mail


: darcgeo10@hotmail.com.

1.INTRODUÇÃO

As praças são locais públicos disponíveis para o lazer, prática de esportes e


convivência entre as pessoas. Esses espaços urbanos se tornam importantes à medida que são
cuidados e conservados de forma correta, tanto o poder público quanto a população são
responsáveis por sua manutenção, existindo legislações própria tanto na jurisdição Federal,
Estadual e Municipal.
Portanto, as praças fazem parte da paisagem urbana, tanto que muitas delas deram
origem a várias cidades brasileiras, principalmente no período colonial, período este em que as
cidades do Brasil estavam de certa forma germinando, ou seja, tomando forma nos cenários
urbanos. As praças foram e ainda são importantes espaços urbanos estratégicos para o
nascimento, crescimento e desenvolvimento de muitas cidades modernas.
É importante a implementação do processo de reestruturação adequada,
arborização e revitalização das praças, pois as vegetações dispostas nas praças são de
fundamental importância para o microclima, uma vez que as cidades antes de serem ambientes
urbanos, outrora foram ambientes naturais de matas ainda virgens.
No Brasil, ainda existe a cultura da população e o próprio poder público não dar a
devida importância às praças, largos e logradouros públicos. Esses locais se bem cuidados tem
o papel de beneficiar a cidade e toda a sua população, pois todo trabalho desenvolvido com o
intuito de melhoramento desses locais serve de referência para um determinado bairro e sua
comunidade. Mas, a grande maioria da população ainda tem a mentalidade de tratar a coisa
pública como algo de “ninguém”, sem o compromisso de preservá-la, independente da ação do
poder público, ou seja, não esperar somente por ações governamentais que muitas das vezes
demora anos para se concretizar, mas agir de forma consciente do nosso verdadeiro papel na
sociedade que é de proteger e conservar os logradouros públicos.
Em visita à Secretaria De Planejamento Urbano e Meio Ambiente -SEPLUMA,
verificou-se através de informações prestadas por funcionários, que a referida secretaria
trabalha em comum acordo com a Secretaria de Infraestrutura -SINFRA, as suas ações e
atividades são baseadas e fundamentadas no Código de Postura do Município lei nº 850/97 e
no Plano diretor do Município lei complementar nº 02/2004. Portanto, as políticas públicas que
estão sendo aplicadas pelas referidas secretárias estão baseadas nos documentos citados. São
estes que, regem a respeito da gestão pública ambiental do município de Imperatriz
especificamente no que se referi a logradouros públicos como praças.
Este trabalho teve sua base teórica pautada nos estudos de: Robba e Macedo (2003),
Bakhtin (1987), Barros (1996), Gunter (1980), Lorenzzi (2002), Júnior (1994), Silva (1997),
Pedrosa (1983) , Santos(1997) e nas leis federais e municipais que regem e norteiam as questões
urbanas e ambientais, tratando especificamente da legislação urbana das praças e parques
públicos.
Estudiosos como Robba e Macedo (2003) nos dão conceitos valiosos pertinentes a
questão urbana e ambiental em um contexto histórico de fundamental importância para o
entendimento dos fatos que mais marcaram e ainda servem de norte para o surgimento das
cidades contemporâneas do Brasil e do mundo.
Seguindo essa linha ou ideia urbano ambiental de Robba e Macedo(2003, p.13), as
praças são definidas através de sua vegetação e de outros elementos construídos, implantados
e transformados pelo homem que por meio de suas técnicas e habilidades vão modificando a
paisagem durante séculos, adaptando-a as suas necessidades de uso e apropriação dos espaços
públicos como as praças e outros logradouros demostrando seus valores e importância para o
convívio social disponibilizando uma melhor qualidade de vida para a população que utiliza
esses espaços.
Em uma visão ou percepção mais histórica tendo um pensamento direcionado para
a sua gênese ou criação das praças, Bakhtin (1987, p.132) nos traz uma contribuição em relação
a função desses logradouros públicos como espaços de expressão política, social e cultural. As
praças passam a ser vistas e sentidas pelas pessoas como locais de uma certa liberdade de
expressão, debates e crescimento de consciência cidadã de justiça social sobre o seu papel
desenvolvido dentro de uma coletividade.
A praça, sendo pensada como uma extensão de espaços públicos verdes jardins,
florestas ou vegetação nos centros urbanos que segundo Gunter (1980, p.91), as árvores têm a
função de filtros para purificar a poluição provocada e emitida por carros e fábricas de gases
como: monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (HC), dióxido de enxofre (SO2), aldeídos
(CHO), óxidos de nitrogênio (NOx), material particulado (MP). Estes logradouros públicos
além de impedir perturbações ambientais dos seus agentes causadores e seus efeitos,
diminuindo a toxicidade do ar das cidades por meio das árvores, ainda favorece o clima desses
locais com temperaturas bem mais amenas.

2. ORIGEM E HISTÓRIA DAS PRAÇAS


A praça é qualquer espaço público urbano livre de edificações e que propicie
convivência e recreação para seus usuários. Os primeiros espaços urbanos projetados como
praças surgiram na Grécia que se chamavam de Ágora. Tratava-se da praça principal da cidade
de Pólis, a cidade grega da Antiguidade Clássica.

Esses espaços eram pontos de encontros dos cidadãos gregos onde discutiam idéias
praticando assim o desenvolvimento da democracia (dêmos –povo/kratía-força-
poder) e da liberdade de expressão, realizavam festas e outras atividades práticas
essenciais para o fortalecimento das aspirações da população. Era nas praças
medievais que as pessoas estavam livres de qualquer pressão seja ela do clero ou dos
reis. ” Dessa forma, a cultura popular não-oficial dispunha na idade Média e ainda
durante o Renascimento de um território próprio: a praça pública, e de uma data
própria: os dias de festa e de feira (BAKHTIN 1987, p.132).

Logo se percebe que a praça tinha essa capacidade de reunir as pessoas e de promover
o debate, fortalecendo as relações interpessoais além de se apresentar como espaços de uso para
a construção da sociabilidade e difusão da cultura fomentando os ideais de liberdade e justiça
dentro da comunidade.
Figura 01 –Praça Meire de Pinho -Imperatriz MA Figura 02- Praça da Bíblia - Imperatriz -MA

Fonte: Evaldo Melo , 2015 Fonte: Clayton Noleto ,2018


Conforme Robba e Macedo (2003):
Já no século XVIII, na Europa devido ao grande poder atribuído ao clero, reis, rainhas
e príncipes, os projetos de praças estavam, normalmente restritos ao tratamento
paisagístico de grandes palácios, nem sempre inseridos no contexto urbano, pois a
população europeia nunca estava incluída nesses planos arquitetônicos pensados,
construídos, projetados e planejados para as cidades da época. Já no Brasil esses
espaços eram chamados de largos, pátios ou terreiros. (ROBBA; MACEDO, 2003,
p.16).
A praça, portanto, nesse cenário era considerado artigo e luxo e totalmente
inacessível e distante da realidade da grande massa da sociedade geral. O surgimento das praças
no Brasil segundo Robba e Macedo (2003):
Teve início no período colonial nesse momento às praças eram construídas em frente
às igrejas e capelas e em suas imediações se encontravam os edifícios mais
importantes da cidade como prédios públicos, administrativos e os famosos casarões
ou casarios. Nesse período o nosso país era colônia de Portugal e que por isso teve
grande influência lusitana na implementação de logradouros públicos como as praças.
(ROBBA; MACEDO,2003, p.16).

No período colonial brasileiro as praças ainda eram locais muito elitizados.


Grande parte da população não tinha acesso de forma democrática. Nesse contexto esses
espaços públicos se tornaram restritos e foram sendo desenhados e reordenados para se
tornarem locais bem mais centrais e valorizados, criando um distanciamento social e
econômico dentro do espaço urbano brasileiro.

Figura 03- Jardim Botânico - Rio de Janeiro Figura 04-Arcos da Lapa -Rio de Janeiro

Fonte: Arquivo Nacional , 1894 Fonte: Marc Ferrez, 1896

No início do século XVIII com a vinda de da família real para o Brasil o processo de
paisagismo e de construção de praças começou se intensificar, com a construção do jardim
botânico, alargamento de ruas um aumento na infraestrutura da cidade do Rio de Janeiro. Pois
com a mudança da capital brasileira de Salvador na Bahia para o Rio de Janeiro em 1763, esses
investimentos foram direcionados de maneira mais objetiva principalmente na capital carioca e
em alguns estados como Minas Gerais e São Paulo.
Já no período republicano brasileiro a função e uso das praças que antes eram
direcionadas principalmente para atividades de cunho religioso, militar e comercial, passa a ser
utilizado para atividades de recreação, lazer, divulgação da cultural e implementação de
cenários paisagísticos com a construção e implementos de equipamentos de ginástica um
incentivo a práticas de esportes.
A partir da década de 1930 já no século XX, no Brasil, o conceito de praça é
popularmente associado às áreas verdes e jardinagem urbana. Por isso, no país espaços públicos
como as praças são importantes para a manutenção e criação de microclimas nesses espaços
públicos. A grande maioria das praças brasileiras que normalmente se formaram a partir dos
pátios das igrejas e mercados públicos que são comumente chamados de adros ou lagos e que
geralmente são formados com grandes quantidades de áreas verdes e árvores de espécies
frutíferas ou simplesmente plantadas para encontros, lazer e sombreamento.
[...] o surgimento da praça ajardinada é um marco na história dos espaços livres
urbanos brasileiros, pois altera a função da praça na cidade. O mercado foi
transferido para edificações destinadas a atividades comerciais; as demonstrações
militares de poder perdem força no Brasil republicano, não acontecem mais nos
largos e campos, deslocando-se para grandes avenidas. Assim a praça-jardim deixa
de ser—como eram, no período colonial, o largo, o terreiro e o adro da igreja—o
palco da vida mundana e religiosa, civil e militar da cidade. A praça agora é um belo
cenário ajardinado destinado ás atividades de recreação e voltado para o lazer
contemplativo, a convivência da população e o passeio. ROBBA e MACEDO (2003,
p.28-29).

Nesse contexto histórico atual, a praça ganha outro significado, passando a ser
usada pela população em geral para suas manifestações não só de protestos, reivindicações de
direitos como também para manifestações culturais a céu abertos, ou seja, trata-se de um espaço
totalmente livre de pressões ou de influências estatais, um lugar de construção de ideias e ideais,
uma conquista para o fortalecimento e crescimento da democracia no país.
As praças, sempre constituíram uma forte influência para a história das cidades
sendo um marco importante para o seu surgimento e desenvolvimento. Muitas cidades no Brasil
e no mundo surgiram a partir das praças. Em seu entorno iam surgindo povoados e vilas, com
o passar dos anos esses espaços foram sendo transformados, até se tornarem cidades de
pequeno, médio e grande porte.
A praça passa a representar e ser um local inerente ao processo de urbanização das
cidades, sendo um refúgio da luta enfadonha de todos os dias, um lugar para descontrair,
praticar esportes, encontrar os amigos, enfim socializar ideias, conhecer pessoa. Por isso
necessita desses espaços denominados praças como palco para ter essas relações humanas de
fundamental importância para o seu crescimento e desenvolvimento psicológico.
A praça tem essa função de tornar o espaço urbano e sua construção e evolução
mais humano, tornando a paisagem urbana mais dinâmica e flexível, fazendo desse lugar ou
procurando fazer, reproduzir a extensão de um lugar natural que outrora fora uma floresta ou
vegetação nativa da região, através de seus trabalhos de arborização e paisagismo. Com a
evolução das cidades, as praças passaram a receber um melhor tratamento por parte dos seus
gestores públicos, realizando serviços essenciais para a sua conservação e utilização da melhor
maneira possível pela sociedade.
No entanto, as praças e o espaço urbano das cidades têm que andar juntos para
serem pensadas e planejadas de forma coerente no plano diretor de cada cidade. Pois
direcionando o lugar mais apropriado para sua construção e execução cumpriram seu papel de
espaços agradáveis dentro desse planejamento urbano, tornando mais acolhedor.
As praças nas cidades são consideradas como importantes elementos indicadores
de qualidade do ar, mudança de temperatura através das árvores plantadas em seu interior e seu
entorno, ou seja, uma praça bem cuidada e conservada dentro dos centros urbanos oferece um
melhor conforto e qualidade de vida para toda população, procurando quebrar essa monotonia
entre o verde de suas árvores e as paredes de concreto dos prédios em seu entorno fazendo
sempre esse contraste entre homem e natureza.
Portanto, as praças têm um papel de fundamental importância na vida social da
população, pois ela sendo bem cuidada e conservada de forma adequada não só vai colaborar
para uma paisagem mais harmônica com os prédios e casas em seu entorno de forma estética,
mais vai atrair a população de forma efetiva, pois as pessoas vão se sentir bem estando lá, como
também com a implementação de árvores adequadas para o processo de arborização e
jardinagem tornando o clima mais agradável e implantação de equipamentos de ginásticas e
locais para prática de esportes incentivando as pessoas a procurar ter uma vida mais ativa e
saudável.
2.1- Espaço público acessível democrático e planejado: uma abordagem a partir das
praças públicas no Brasil
A praça tem que ser pensada, vista e sentida pela população como uma extensão de
sua casa. Para que estas se sintam verdadeiramente à vontade como se tivessem em seus lares.
Necessitou-se transformar em um ambiente propicio de comodidade e bem-estar um lugar
acolhedor que estimule e motive os adultos, jovens e crianças a prática de esportes, a ter o hábito
de conversar, ou seja, fazer com que esse público possa ter uma melhor interação e interferindo
na qualidade de vida desses sujeitos.
Uma alternativa de atrair um contingente cada vez maior de simpatizantes a esses
logradouros públicos como as praças é a implementação de áreas verdes, ou seja, plantação de
arvores nesses locais em quantidades e volumes suficientes para atender de forma satisfatória
toda a população.
As árvores podem contribuir para a purificação de ar tanto pela eliminação da
propagação de poeira como pela assimilação de certas emissões tóxicas. Sendo que
plantações bem dimensionadas de uma vegetação protetora contribuem mais para a
despoluição do que árvores isoladas. Tais plantações podem reduzir a velocidade do
vento em decorrência do que sedimentam partículas de poeiras de maiores dimensões
(>0,04 mm de diâmetro). Partículas mais finas são retidas em suas maiorias pela folha
das árvores, além disso, as plantas podem reter uma parte de gases tóxicos como
CO,SO² (GUNTER ,1980, p.91).

No entanto, muitos gestores públicos ainda não têm essa visão de uma urbanização
voltada à sociedade, procurando manter uma relação e interação com os cidadãos da cidade,
pois muitos não consideram o processo de arborização e paisagismo de ruas e praças como
elementos fundamentais para a formação e estruturação da paisagem urbana. A maioria dos
nossos representantes considera todo esse processo apenas como um acessório, pois entendem
que as áreas verdes são destinadas apenas a recreação em conjunto com as praças.
Muitas vezes a insensibilidade e a falta de conhecimento faz por parte da grande
maioria das pessoas incluindo aí os nossos representantes legais, não dão a devida importância
para os processos de arborização e ornamentação de locais públicos como as praças. Esses
procedimentos não apenas colaboram com o embelezamento da paisagem urbana, mas também
ajudam com o melhoramento do microclima local, ajuda a reduzir a temperatura, tornando-a
mais amena e agradável. As árvores também têm capacidade de remover e absorver partículas
de gases poluentes e nocivos ao homem e o meio ambiente, proporcionando as pessoas uma
melhor qualidade de vida. Conforme Silva (1980)
Costuma-se excluir a arborização ao longo das vias públicas como integrante de sua
área verde, por se considerar acessório e ter objetivo distinto já que as áreas verdes
são destinadas principalmente à recreação e ao lazer e aquela tem finalidade estética,
de ornamentação e sombreamento (SILVA, 1997, p.80).

Os procedimentos de arborização se tornam importante não só na aplicação e


implementação nas praças, como também em todas as áreas da cidade, contemplando de forma
efetiva todo o espaço urbano. Sendo feito por profissionais da área, qualificados e capacitados
para que realizem um trabalho a contento para que a cidade possa ter um processo de
arborização adequada ao clima regional, pois não podemos levar em consideração somente a
beleza estética, mas também outros aspectos que tragam bem-estar para a população e que não
provoque transtornos nem a natureza e a cidade.

Arborização de vias urbanas consiste em trazer para as cidades, pelos menos


simbolicamente, um pouco do ambiente natural e do verde das matas, com a finalidade
de satisfazer às necessidades mínimas do ser humano, que não se sente bem sob o
intenso calor ou ar seco destas selvas de pedra, que são as cidades modernas
(PEDROSA, 1983, p.115).

As praças e o ambiente urbano e todo o seu processo de arborização, e paisagismo


estão interligados não só por meios estéticos mais também por características de identidade,
pois muitas cidades vieram, nasceram e cresceram através ou por meio de uma praça.
Partindo desse pressuposto, ou seja, da origem das cidades as praças deveriam receber
um tratamento especial, ter um pouco mais de atenção e zelo pelo poder público em grande
parte das cidades brasileiras. E o que nós percebemos, um total abandono de muitas praças em
nosso município que ao longo de várias administrações uma série de gestores não vê as praças
como propriedade durante o decorrer de sua gestão talvez porque a própria sociedade não cobre
ou recorra valendo-se do seu direito de cidadão a usufruir de tal benefício.
3. Procedimentos metodológicos

Na área da Praça Sagrada Família e adjacências foram realizadas entrevistas com


moradores. Estes informaram a falta de manutenção e conservação da referida praça que há
muito tempo o referido espaço não passa por nenhum tipo de reforma ou reparo. Conforme
registro de imagens feitas comprovam que esse logradouro público realmente precisa de uma
intervenção feita pelo poder público em em suas instalações e estrutura física.
Nesse contexto foi pensada e planejada a planta baixa da Praça Sagrada Família.
Essa planta, foi desenvolvida pelo projetista Wagno de Jesus, que utilizou o software Auto Cad
2010, um programa de computador especifico para desenhos arquitetônicos, na qual todas as
instalações projetadas e desenhadas foram desenvolvidas de forma detalhada, procurando
aproveitar todos os espaços da praça cuja principal intenção era oferecer uma opção alternativa
para a população que utiliza esse espaço no seu dia a dia e aproveitar os recursos oferecidos
pela praça depois desse intervenção de melhoramento da melhor maneira possível.
A estrutura do artigo além de introdução e considerações finais apresenta os
seguintes itens: Origem e história das praças – O primeiro capitulo realiza uma abordagem
histórica da origem e das funções das praças no Brasil e no mundo citando sua importância ,
usos, funções e influência na origem e desenvolvimento das cidades posteriormente não
enfatizadas ; os marcos legais dos espaços públicos de Imperatriz - Maranhão– Nesse segundo
capitulo destaca-se a história e crescimento da cidade de Imperatriz no estado do Maranhão e
faz menção as legislações urbanas e ambiental no âmbito federal, estadual e municipal no que
diz respeito as sanções e critérios da aplicabilidade dessas leis no território urbano, sempre
buscando o bem estar, procurando acompanhar a evolução do pensamento crítico da população
em suas aspirações e necessidades ; o terceiro capitulo enfatiza a reestruturação da praça como
logradouro público uma abordagem conceitual do termo reestruturar no contexto urbano ,
mostrando a importância e a necessidade da conservação e manutenção das praças, procurando
com esse processo dar uma melhor qualidade de vida tanto do ponto de vista
interpessoal,ambiental,social para a população do bairro, cidade e região; Praça Sagrada
Família uma breve caracterização – O quarto capitulo enfatiza a historiografia da praça citando
sua origem, seus fundadores mostrando a relação da comunidade local com a praça e fazendo
um relato atual de suas condições físicas e estruturais; O quinto capítulo por sua vez apresenta
características das plantas arbóreas e ornamentais - tem o propósito de mostrar com riqueza
de detalhes, a variedade de espécies de plantas ornamentais, que podem ser usadas para praças
e canteiros, com o intuito de embelezar a paisagem, melhorar o clima local e consequentemente
proporcionar as pessoas uma outra opção de entretenimento, contemplação e lazer ; Proposta
de reformulações estruturais – aqui no sexto capitulo é apresentada a principal finalidade
desse estudo que é implantar melhorias profundas de infraestrutura na Praça Sagrada família
com o objetivo de deixa-la mais agradável e chamativa com o intuito de oferecer conforto a
população que a visita e a utiliza para suas atividades . E para que esse processo fique bem
nítido é apresentado duas plantas baixa da praça que vai compor toda parte física e estrutural
do referido logradouro; Considerações finais – nesse tópico é dado ênfase a importância do
processo de revitalização e arborização da Praça Sagrada Família, destacando as vantagens e
benefícios que esses dois processos proporcionam ao clima e a qualidade de vida que é dada a
população, também é mencionado a questão dos marcos legais nos âmbitos federal, estadual e
municipal direcionados a questão urbana especificamente as praças e também propondo a
continuidade desse projeto, disponibilizando o mesmo às autoridades competentes do poder
executivo e legislativo do município de Imperatriz maranhão para que as mesmas possam dar
deferimento ao projeto ao ponto de executá-lo tornando-o real.
Portanto, a cidade de Imperatriz pelo seu dinamismo e crescimento apresentado nos
últimos anos, necessita de projetos que auxiliem em seu desenvolvimento não somente em
aspectos econômicos, mas também no crescimento das pessoas, pois o crescimento e
desenvolvimento da população reflete a grandeza de sua cidade. Então, é de fundamental
importância para a cidade de Imperatriz em meio a esse crescimento econômico manter sua
base estrutural consistente para que a nossa cidade mantenha um ritmo de crescimento bastante
satisfatório e abrangente.
Então eis aí a importância do estudo aqui apresentado que tem como objetivo não
só o embelezamento estético, paisagístico e urbanístico da cidade de Imperatriz, também tem
como foco o melhoramento do clima local, ajudando na diminuição da temperatura, tornando
o ambiente mais saudável e propicio para o lazer das pessoas, o entretenimento desse público
estimulando as relações interpessoais e incentivando a população tanto de jovens, idosos e
crianças à prática de atividades físicas.

4. MARCOS LEGAIS DOS ESPAÇOS PÚBLICOS DE IMPERATRIZ - MA

A cidade de Imperatriz -MA foi fundada em 16 de julho de 1852 sendo considerada


a Sibéria maranhense devido a sua distância da capital São Luís e ficou complemente isolada
principalmente pela falta de estradas adequadas, por isso seu comércio era movimentado e
realizado pelo rio Tocantins. Mas a partir de 1960 a cidade cresceu de forma acelerada devido
à abertura da BR-010 rodovia Belém-Brasília atraindo a vinda de muitos migrantes de todas as
partes do Brasil e do mundo.
Já na década de 1970 o município de Imperatriz era considerado o de maior
crescimento do país devido sua grande importância econômica nos setores da
agricultura, pecuária extrativismo vegetal comércio e serviços e mesmo com todo esse
progresso e crescimento urbano acelerado a cidade não teve investimentos
implementados e direcionados especificamente as praças e suas áreas verdes deixando
de certa forma a desejar (BARROS,1996, p.224)

Atualmente, a cidade de Imperatriz – MA, possui a segunda maior população do Estado


depois da capital a cidade de São Luís –MA, com 247.505 habitantes, possuindo uma densidade
demográfica de 180,79 hab./Km² e uma população estimada no ano de 2017 de 254.569
habitantes em uma área de 1.368,988 km² segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE- 2010.
A quantidade de pessoas procedentes de outros países e de pelo menos 24 estados,
fora o Maranhão, foi responsável por 45% da população do município no período
1970/1980. Segundo o IBGE, incluindo migrantes de outros municípios maranhenses,
foram 100.096 pessoas que chegaram a Imperatriz naquele decênio.
(ENCICLOPÉDIA DE IMPERATRIZ, 2002, p. 599).

O município de Imperatriz é banhado pelo rio Tocantins que durante décadas foi o
propulsor do crescimento comercial, demográfico e urbano da cidade, que também possui
vários sistemas modais como: o aeroporto Cortês Moreira, a ferrovia Norte Sul e atravessado
pela rodovia Belém-Brasília, situando-se na região Sudoeste Maranhense na divisa com o
Estado do Tocantins.
A cidade de Imperatriz –MA devido a sua posição geograficamente estratégica
passou a ter influência socioeconômica em toda a região tocantina impulsionando o seu intenso
crescimento urbano, demográfico e econômico ao receber uma série de grandes projetos
ligados á área hidrelétrica, podemos citar como exemplo o Consórcio Estreito Energia –
CESTE, responsável pela operação da Usina Hidrelétrica Estreito (UHE) Estreito instalada na
cidade de Estreito-Ma no ano de 2012, formado pelas empresas Engie, Vale, Alcoa e
InterCement, multinacionais ligadas a serviços de extração mineral , implantação e produção
de usinas geradoras de energia elétrica, a instalação da empresa Suzano Papel e Celulose no
município de Imperatriz-MA no ano de 2014 sendo ,uma das maiores produtoras mundiais de
celulose de eucalipto e uma das líderes globais no mercado de papel, cuja produção é destinada
ao mercado europeu e norte-americano . Portanto a cidade de Imperatriz-MA, atualmente tem
se tornado um atrativo para a instalação de uma série de grandes projetos e empresas do ramo
atacadista, varejista, educacional, mineralógicos, hidrelétricos, fazendo do município um polo
regional de prestação de serviços. Consórcio Estreito Energia – CESTE, formado pelas e,
A Lei Federal nº 10.257/2001 que dispõe sobre o estatuto das cidades foi criada
para regulamentar os artigos 182 e 183 da Constituição Federal de 1988 para cuidar
especificamente do desenvolvimento e política urbana e da função social da propriedade. O
estatuto é uma forma de democratizar a administração e gestão pública das cidades de todo o
Brasil.
Art.2º A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e da propriedade urbana mediante as seguintes diretrizes
gerais: XII- proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e
construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico
(BRASIL. Lei 10257/2001.).

Quadro 1: Marcos legais do ordenamento urbano, paisagístico e ambiental de espaços


públicos

INSTRUMENTO LEGAL DATA DE CRIAÇÃO FINALIDADE


Lei Federal nº 10.257 10 de julho de 2001 Regulamenta os arts. 182 e
183 da Constituição Federal,
estabelece diretrizes gerais
da política urbana e dá outras
providências.
Lei ordinária nº 1068 05 de junho de 2003 Disciplina a arborização
urbana no Município de
Imperatriz e dá outras
providências.
Lei Federal nº 9605 12 de fevereiro de 1998 Dispõe sobre as sanções
penais e administrativas
derivadas de condutas e
atividades lesivas ao meio
ambiente, e dá outras
providências.
Lei ordinária nº 1642 19 de julho de 2016 Dispõe sobre a Política de
Controle e Fiscalização dos
passeios públicos, e dá outras
providências.
Portaria nº 182 28 de julho de 2016 Estabelece regras e critérios
para a formalização de
instrumentos de transferência
voluntária de recursos, para
execução de projetos e
atividades integrantes do
Programa Turismo e respectivas
Ações Orçamentárias, e dá
outras providências.

Fonte: Lei Federal nº 10.257/2011; Lei ordinária nº 1068/2003; Lei Federal nº 9605/1998; Lei ordinária
nº1642/2016; Portaria nº182/2016
Organização: Sa, Francisco Darcio Barbosa da Silva -2018.

As legislações que tratam especificamente da proteção, utilização e ordenamento


urbano fornecem as diretrizes para que haja um crescimento urbano equilibrado e adequado a
cada cidade. Portanto, além de apontar e sugerir as condições necessárias para essa evolução
urbana das cidades. Também prescreve os crimes contra o ordenamento urbano, ou seja, quem
destrói ou modifica por quaisquer meio árvores de ornamentação de locais ou logradouros
públicos e também de propriedades particulares acaba, cometendo crime ambiental previsto na
lei federal nº 9605/98 em capitulo V dos crimes contra o meio ambiente que diz:
Art. 49 – Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas
de ornamentação e logradouros públicos ou em propriedade privada alheia: Pena –
detenção de três meses a um ano, ou multa ou ambas as penas cumulativamente.
Parágrafo único. No crime culposo a pena e de um a seis meses ou multa (BRASIL,
1998, Lei de Crimes Ambientais, 9605/98).

Portanto, através dos marcos legais mencionados no quadro acima temos a


convicção de que o bem comum da população e o meio ambiente, em particular, as áreas verdes
dos centros urbanos, devem ser legalmente protegidas para o próprio conforto e bem esta dessa
sociedade, pois as praças são locais de fundamental importância para que essa relação sócia
ambiental, contribuía de forma significativa para um crescimento urbano equilibrado e
harmônico das cidades brasileiras.
Com a evolução urbana das cidades, a própria sociedade vai ficando cada vez mais
informada dos deveres e dos seus direitos. Elas vão se tornando mais conscientes de seu papel
dentro dessa estrutura urbana formada e transformada pelo homem, começando a cobrar de
forma direta e eficaz as condições necessárias para a convivência e sobrevivência dentro do
meio ambiente urbano modificado.
No entanto a legislação tem que acompanhar esse pensamento da sociedade,
buscando resolver de forma uniforme e direta através da elaboração de leis que atendam essa
demanda social, escutando os anseios populares e dando suporte legal a toda população das
cidades. Estes marcos sempre estão em busca desse equilíbrio homem natureza para que haja
um crescimento urbano organizado e que atendam a todos os cidadãos com o objetivo de sempre
buscar o bem-estar comum da comunidade

5. REESTRUTURAÇÃO DA PRAÇA COMO LOGRADOURO DE USO PÚBLICO

No contexto atual, com base nos marcos legais expostos é importante destacar a
reestruturação das praças como logradouro de uso público que se constitui em um processo
importante de transformação urbana, paisagística, ornamental e consequentemente, contribui
de forma integrada para o planejamento e construção desses espaços públicos, procurando com
essas ações, proporcionar uma melhor qualidade de vida para a sociedade.
Essa modificação do espaço urbano visa uma junção harmoniosa e estratégica que
envolve entre outras características a pavimentação do local escolhido a implantação de mudas
de árvores especifica da região e próprias para o processo de arborização e paisagismo dos
logradouros públicos em especial as praças, contemplando esses espaços com infraestrutura
adequada com a implantação de bancos ,iluminação, procurando proporcionar conforto para os
usuários da praça ou outro logradouro de uso público .
A cidade e seus espaços têm de estar totalmente integrados com toda a sociedade.
É nesse contexto que acontece as suas relações interpessoais processo fundamental para o
crescimento, amadurecimento e construção de um espaço urbano mais democrático, harmônico
e humanizado procurando transformar e modernizar esse ambiente de forma integralizada,
coesa e agradável para o convívio das pessoas.
Os moradores acreditam que a revitalização do espaço da praça melhorará o entorno
como um todo e melhorará também o convívio entre os mesmos que acabam não se
encontrando, ―os espaços na praça moderna foram idealizados para a permanência e
não para o simples caminhar dos transeuntes‖ (ROBBA e MACEDO, 2003, p. 38)

O processo de reestruturação das praças atualmente está pautado na integração de


parceiros públicos e privados, a fim de garantir recursos para intervenções urbanísticas e/ou
arquitetônicas em áreas degradadas, além de implementar projetos capazes de promover um
reordenamento econômico e social de espaços de uso público em degradação. Recentemente,
somou-se a essas ideias a necessidade de organizar processos sustentáveis nas áreas
revitalizadas e estimular sua ocupação, com respeito à diversidade, à convivência e à coesão
sociocultural.
Com essa nova concepção da conservação, manutenção e reutilização dos espaços
públicos urbanos através do processo da reestruturação, que passa a ser responsabilidade não
somente do poder público, mas também da iniciativa privada e da população que deve cooperar
de forma direta nas decisões que vão delinear, em um processo complexo de ocupação e uso
desses espaços de forma direta e organizada. Portanto, o processo de reestruturação dos espaços
de uso público se torna uma necessidade fundamental para a construção e mudança desses
logradouros, fazendo com que eles atinjam suas funções sociais de levar a população opções
que estimulem a interação cultural através das relações interpessoais da sociedade.

6. PRAÇA DA SAGRADA FAMÍLIA: UMA BREVE CARACTERIZAÇÃO

A Praça da Sagrada Família localiza-se na rua Alvorada no bairro da Vilinha. Foi


criada no ano de 1993 ainda a gestão do Prefeito Davi Alves Silva encontra-se em uma área de
3478,78 m². Desde sua criação e fundação nunca houve uma reforma expressiva em sua
reestruturação. Apresenta uma estrutura bem deteriorada, que mostra a total falta de atenção do
poder público e dos próprios moradores do entorno desse logradouro, possui uma vegetação
com algumas árvores frutíferas e de pequeno e médio porte, mas que são espécies inadequadas
para esses espaços. Devido ao abandono estrutural da praça como a falta de iluminação pública,
ausência de assentos, inexistência de segurança ela se tornou um lugar pouco atrativo para a
visitação, lazer e descontração das pessoas.
Devido a esse processo de degradação e abandono pelo poder público e também por
parte da própria população, que a Praça da Sagrada Família está passando, assim também como
outros logradouros públicos da cidade de Imperatriz – MA tem passado, sem a devida atenção
e manutenção adequadas, é perceptível uma falta de investimento para a reestruturação desses
espaços.
Portanto foi observado e constatado em loco uma verdadeira falta de pertencimento
desse espaço tanto pelo poder público mais principalmente pela própria população, que ainda
não ver ainda nas praças um lugar de encontros, desencontros, conversas, protestos, construção
da cidadania, debates, expressão da arte, educação ambiental e contemplação da natureza e da
paisagem que esses lugares podem proporcionar as pessoas que os frequentam e apreciam.
Figura 05 – Mapa e localização da Praça da Sagrada Família

Fonte: Sá, Francisco Darcio Barbosa da Silva -2018


Observa-se nas imagens a seguir, o total descaso e a falta de manutenção com a
referida praça que atualmente não demonstra está sendo utilizada para o seu verdadeiro fim que
é o de proporcionar lazer entretenimento e interação social da população que mora no entorno
e nos bairros circunvizinhos.

Figura 06 – Praça Sagrada Família Figura 07 – Praça Sagrada Família


Fonte: Sa, Francisco Darcio Barbosa da Silva -2012 Fonte: Sa, Francisco Darcio Barbosa da Silva -2012

No ano de 1995, os moradores do Bairro se reuniram e fizeram um mutirão com o


objetivo de melhorar a estrutura física da praça. Na gestão do Prefeito Ildon Marques no ano de
1997, houve uma pequena reforma na praça, onde foram realizadas adequações na estrutura da
praça como: pintura das bordas dos meios-fios, troca de bancos e iluminação. Neste mesmo ano
os moradores do bairro da vilinha se organizaram a fim de arrecadar recursos para a compra de
um lote, em que foi construída as instalações da Associação de moradores do Bairro e o Posto
Policial.
Atualmente a própria Associação de Moradores reivindica por melhores condições
de infraestrutura para a Praça da Sagrada Família que segundo alguns moradores e observações
in loco foram constatados um verdadeiro descaso e abandono desse logradouro público, que
merece um tratamento de mais qualidade e cuidados visando com esta melhoria não só o fator
estético, paisagístico e ornamental da praça, mas também a acessibilidade e uma melhor
qualidade de vida para os moradores do entorno da praça e dos bairros da Vilinha e Parque
Alvorada I e II.

7.CARACTERÍSTICAS ARBÓREAS E ORNAMENTAIS


Realizou-se um levantamento das espécies vegetais existentes na Praça da
Sagrada Família, essas espécies foram catalogadas e identificadas através do livro de Harri
Lorenzzi, 2002. Foram constatadas as seguintes espécies na praça que são: a mangueira
(Mangífera indica); Azeitonas do Ceilão ( Elaeocarpus cerratus); Amendoeira da
índia(Terminali Catappa); e ( Jorge Tadeu(Ficcus Benjamin).
Depois dessa etapa do projeto foram retiradas as espécies Azeitona do Ceilão e o
Jorge Tadeu, pois as mesmas não são apropriadas para espaços como praças, pois apresentam
raízes que provocam danos na estrutura e calçamento, sendo plantadas novas espécies vegetais
para a composição dos canteiros e dos jardins da praça. As espécies vegetais escolhidas para
serem implantadas na praça são:
Quadro 2: espécies vegetais escolhidas para serem plantadas na praça sagrada familiar
ESPÉCIE CARACTERÍSTICAS PORTE
Sombreiro- O sombreiro é uma árvore presente no Brasil de 5 a15 metros
domínio fitogeográfico na floresta amazônica. É
Clitoria
popularmente por sombreiro devido ao enorme
fairchildiana tamanho e espessura de sua copa. É muito utilizado
na arborização de estradas , praças, jardins e
parques de estacionamento.
Fava de bolota - Planta perenifólia, mesófita ou heliófita, 20 a30 metros
características da floresta alta da terra firme da
Parkia pendula
região amazônica e da mata atlântica, produz
anualmente grande quantidade de sementes viáveis,
floresce durante os meses de agosto e outubro é
encontrado na região Amazônica, sul da Bahia,
Maranhão e Norte do Espírito Santo.
Pau-Preto-AlbizziaSua floração ocorre de dezembro a março na 12 metros
coloração esverdeada, suas folhas são
lebeck
semipermanentes e sua copa é larga com 6 metros
de diâmetro, é de origem nativa e suas flores são
levemente perfumadas.
Ipê Felpudo É bastante encontrado nos estados do Espírito 15 a 23 metros
Santo, Minas Gerais até o norte do Paraná, nas
Zeyheria tuberco
florestas pluviais atlânticas e da bacia do Paraná.
Essa árvore é muito ornamental, sendo utilizada
para o paisagismo pela elegância das plantas e
rapidez de crescimento.
Ipê Rosa Sua floração acontece no período de outubro a8 metros
Tabeluia novembro na coloração rosa, folhas caducas e possui
avellanedae crescimento e florescimento rápidos.
Hibisco O Hibisco tem sido bastante empregado em 4 metros
paisagismo, nos jardins tropicais e subtropicais. A
Hibiscusro sa
cada dia são criadas novas espécies desse arbusto
sinensis aumentando mais ainda a já extensa variedade
existente.

Fonte: LORENZZI ,2002


Organização: Francisco Darcio Barbosa da Silva Sa,2018

8. PROPOSTA DE REESTRUTURAÇÃO DA PRAÇA SAGRADA FAMÍLIA

Após este processo de escolha e seleção das espécies vegetais que foram utilizadas
para o embelezamento, arborização e ornamentação da Praça da Sagrada Família a proposta
aqui apresentada, nesse estudo. A finalidade central se volta a implementação de melhorias de
infraestrutura, com o objetivo de tornar esse logradouro público um espaço de uso mais
interessante e útil para a visitação das pessoas e um incentivo para a prática de atividades físicas,
com o intuito de oferecer uma melhor qualidade de vida para os moradores do bairro da Vilinha
e Parque Alvorada I e II. Então essas melhorias estruturais que serão implantadas estão contidas
e visualizadas nas imagens 1 e 2 abaixo.
Figura 08 - Planta da Praça Sagrada Familia Figura 09 - Planta da Praça Sagrada Família

Fonte: Wagno de Jesus – 2013 Fonte: Wagno de Jesus – 2013

Estrutura física da praça será composta de: 1. um palco para shows , apresentações
e atividades culturais; 2. uma praça de alimentação, com quiosques e banheiro público; 3.
Quadra poliesportiva; 4. Implantação de lixeiras; 5. Pista para prática de esportes radicais; 6.
Rampa para deficiente; 7. Play Graud; 8. Poste de iluminação pública e, 9. Instalação de dois
telefones públicos. Conforme Santos (1997)
“A paisagem nada tem de fixo, de imóvel. Cada vez que a sociedade passa por um
processo de mudança, a economia, as relações sociais e políticas também mudam, em
ritmos e intensidades variados. A mesma coisa acontece em relação ao espaço e à
paisagem que se transforma para se adaptar às novas necessidades da sociedade. ”
(SANTOS, 1997, p. 37)

Portanto, a proposta de estruturação integrada da Praça da Sagrada Família foi feita


com a finalidade de atender de forma satisfatória as necessidades de natureza de convívio social,
ambiental ,saúde através do incentivo de práticas de atividades físicas da comunidade local do
bairro da Vilinha na cidade de Imperatriz - Maranhão e dos bairros adjacentes através da
reestruturação de um espaço público que passa a ter as suas funções de sociabilidade através da
pratica de esportes, entretenimento de um espaço novo e modificado. Pois através desse projeto
o poder público passa a ter o papel de fomentar ações relevantes no sentido de incentivar a
população a ter um sentimento de pertencimento e proximidade com esse logradouro público.

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No decorrer de todo esse projeto percebeu-se a grande importância do processo de


reestruturação e arborização da praça sagrada família, pois a proposta aqui apresentada teve o
propósito de conscientizar a sociedade e os órgãos públicos da conservação desses locais com o
intuito de dar uma melhor qualidade de vida para as pessoas que ali passam e buscam a realização
de práticas esportivas, distração, entretenimento e lazer.
Portanto quando falamos em reestruturar uma praça não devemos pensar somente no
lazer e conforto das pessoas que são atributos essenciais, ou seja, não podem faltar nos projetos,
mas por trás de toda essa construção tem a parte da ornamentação com a utilização de plantas, que
servem tanto para o embelezamento desses logradouros, contribuindo para o planejamento urbano
e melhoramento do clima local, diminuindo a inalação do monóxido de carbono pelas pessoas,
pois as plantas absorvem boa parte desse gás tão nocivo a saúde humana.
Apesar das leis já existentes especificamente ligadas as praças públicas ainda faltam
muito para que essa legislação atual seja aplicada de forma efetiva, mas todo esse processo de
conscientização das pessoas, passa a ser concretizado a longo prazo, pois o processo educativo até
chegar em seu ponto de maturação demora um certo tempo.
A proposta aqui apresentada dará seguimento à Câmara de Vereadores da cidade de
Imperatriz MA, ao Prefeito da cidade, a SEPLUMA - Secretaria de Planejamento Urbano e Meio
Ambiente e SINFRA - Secretaria de Infraestrutura, Transportes e Serviços Públicos, para que o
trabalho possa ser difundido para posterior conhecimento dos poderes públicos do município
em conhecer a realidade das condições dos logradouros públicos da cidade de Imperatriz-MA e
os anseios de sua população que espera uma ação e resposta rápida e efetiva dos poderes legislativo
e executivo municipal, em dar seguimento a implantação desse projeto com o objetivo de
reestruturar a praça sagrada família, para que toda a população do bairro Vilinha e adjacentes ,
tão carentes de serviços públicos ,sejam assistidos e tenham acesso a seus direitos como cidadãos
e contribuintes .

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