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PROBLEMA 5
DOR NEOPLÁSICA
→ OBJETIVOS
1) O que é a dor neoplásica e quais as suas características?
2) Quais as causas de dor neoplásicas não relacionadas diretamente ao
tumor?
3) Caracterizar a escada analgésica da OMS
4) Caracterizar o tratamento terapêutico com opióide e opiáceos
(detalhar a Morfina)
5) Qual a relação do códon CAG com a incidência do CA de próstata?
6) Estamos em uma epidemia de CA?
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Problema 5 – Modulo I - Dor
Amblessa Marques – Turma XX
DOR NEOPLÁSICA
Introdução
Dor Neoplásica é uma expressão utilizada para caracterizar a dor,
na maioria das vezes de múltiplas etiologias que se somam e se
potencializam, de um paciente com câncer, e que pode ou não estar
diretamente relacionada com a doença de base e sua evolução.
As dores neoplásicas podem assumir caráter neuropático e
caráter nociceptivo visceral ou somático. A maioria dos pacientes com
CA apresenta síndromes dolorosas mistas, onde a distinção entre a
nocicepção somática, visceral e dor neuropática se torna quase
impossível.
O sofrimento desses pacientes é resultado da interação da
percepção dolorosa associada à incapacidade física, ao isolamento
social e familiar, às preocupações financeiras, ao medo da mutilação e
da morte, definindo o quadro de dor total.
O não controle da dor no CA está associado com o significativo
aumento dos níveis de depressão, ansiedade e hostilidade.
A dor física e a dor psíquica estão intimamente relacionadas,
demonstrando, assim, a importância da interdisciplinaridade na
abordagem do paciente com dor oncológica.
Em 1990, a OMS decretou que a dor associada às neoplasias
constitui uma emergência médica mundial.
Etiologia
Aproximadamente 50% de todos os pacientes portadores de neoplasia
maligna apresentam dor em alguma fase de sua doença, elevando-se
esse número para 70% quando nos referimos aos pacientes em estágios
avançados.
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Problema 5 – Modulo I - Dor
Amblessa Marques – Turma XX
Tipos de Dor
A dor no CA tem as características da dor crônica, sendo
decorrente de um processo patológico crônico, podendo envolver
estruturas somáticas ou viscerais, bem como estruturas nervosas
periféricas e/ou centrais. A dor pode ser um dos primeiros sinais da
doença.
A dor nociceptiva é descrita como dolorosa, latejante, pulsátil ou
opressiva. A dor visceral é do tipo cãibra ou cólica, aperto ou latejante.
A intensidade da dor relaciona-se geralmente ao estágio da
doença, podendo apresentar períodos de remissão com a terapêutica
neoplásica e de piora com recidivas e progressão da doença. Pode
cursar com episódios de dor aguda.
A dor por excesso de nocicepção (nociceptiva) é a mais comum
no CA. É causada por estímulos aferentes de grande intensidade,
nocivos ou lesivos, produzidos por processo inflamatório ou infiltração de
tecidos pelo tumor, capazes de atingir o alto limiar de excitabilidade do
nociceptor e gerar a dor.
A dor neuropática é mantida por processos somatossensoriais
anormais no SNC e no SNP. Ela surge quando há disfunção do SNP
e/ou do SNC, por invasão tumoral ou pelo tratamento do CA. O que
ocorre é uma disfunção das vias que transmitem dor, levando a uma
transmissão crônica dos sinais dolorosos (sensibilização central).
A dor incidental (breakthrough pain) ocorre quando o controle da
dor basal é alcançado, e, ainda assim, o paciente apresenta episódios
de dor em picos, de início súbito e agudo. Pode ocorrer
espontaneamente ou estar relacionado aos movimentos, como também
pode ocorrer em conseqüência de prescrição analgésica com doses e
intervalos inadequados.
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Tratamento
O tratamento da dor do CA consiste, inicialmente, do tratamento
primário do CA nas suas diversas modalidades, como cirurgia,
radioterapia, quimioterapia e/ou hormonoterapia, isoladas ou, na maioria
das vezes, combinadas.
Assim, o tratamento pode ser medicamentoso (Escada Analgésica
da OMS) ou pode ser alternativo (Bloqueio do Plexo Hipogástrico
Superior, Bloqueio do Plexo Celíaco, Bloqueio Gânglio Ímpar, Neurólises
Periféricas e Analgesia Espinhal).
− Degrau 1
Pacientes que não estão sob tratamento analgésico e com
dor leve a moderada. Medicamentos não-opióides associados
a adjuvantes (analgésicos e antiinflamatórios + drogas
adjuvantes)
− Degrau 2
Pacientes com dores de moderada intensidade, não
aliviada pelo uso de AINE. Medicamentos opióides fracos
juntamente com antiinflamatórios, podendo associar drogas
adjuvantes (opióide fraco + AINE + droga adjuvante).
− Degrau 3
Pacientes que não obtiveram controle da dor com uso de
opióides fracos e AINES. Substituição de opióides fracos por
opióides fortes (opióide forte + AINE + droga adjuvante).
− Degrau 4
Indicado nos casos em que o tratamento nos degraus
inferiores não obtiveram melhora satisfatória ou causaram
efeitos adversos não controláveis.
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OPIOIDES E OPIÁCEOS
Morfina
É um opióide de referência, com o qual outros opióides são
comparados. é metabolizada no fígado e o seu metabolismo de primeira
passagem diminui a sua disponibilidade oral.
No metabolismo hepático são formados 2 metabólitos: M3G
(morfina-3-glicuronídeo) que é inativa (não apresenta efeito analgésico)
e responsável por vários efeitos colaterais da morfina como a disforia,
hiperalgesia, constipação e possivelmente no fenômeno de tolerância; e
o M6G (morfina-6-glicuronídeo), que é a forma ativada, isto é, possui
efeito analgésico significante, possuindo uma meia-vida maior do que a
própria morfina.
A dose habitual por via oral é de 10 a 60mg, com um intervalo de 4 a
6 horas entre cada administração. Para crianças a dose é de 0,3 mg/Kg
→ Vias de Administração
− Via Oral: alta dose de opióide a ser liberada no decorrer de
12-24 horas
− Intravenosa e Subcutânea: dispositivos de analgesia
controlados pelo paciente. Utilizada no tratamento da dor do
câncer e nas dores agudas intensas em decorrência de
traumatismo, queimaduras, cirurgias e crise vasoclusiva da
anemia falciforme.
− Intratecal: pode produzir analgesia altamente efetiva,
alcança concentrações localmente altas no corno dorsal da
medula espinal.
− Epidural: duração de ação muito mais longa que a sua
administração parenteral, devido ao tempo necessário para
a difusão da morfina (relativamente hidrofílica) do SNC para
a circulação sistêmica.
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INCIDENCIA CA DE PRÓSTATA