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LAUDO TÉCNICO PERICIAL DE INSALUBRIDADE


N.º DO PROCESSO 01263-2.007.133.15.00.8
4ª Vara do Trabalho de São José do Rio Preto

1 - INTRODUÇÃO:

1.1 – DO PROCESSO

Trata-se de uma ação de “Reclamação Trabalhista” que consta como:

RECLAMANTE: VALDIR FERNANDES DE JESUS


RECLAMADA: VALDOMIRO GONCALVES DE OLIVEIRA - LIMPEZA –
EPP – HSV – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.

1.2 – OBJETIVO DA PERÍCIA

Vistoriar, constatar e descrever detalhadamente os locais de trabalho onde o Reclamante


desenvolveu sua atividade laboral para a Reclamada, para verificação de pretensa
INSALUBRIDADE, analisando tecnicamente a Norma Regulamentadora 15 – NR-15 e seus
Anexos, da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego.

1.3 – ASSISTENTES TÉCNICOS

-Da Reclamada: Foi indicado o Assistente Técnico pelo Reclamante, o Engenheiro


ANTONIO PUGA NARVAIS.

-Do Reclamante: Não foi indicado.

1.4 – CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

Nesta vistoria procuramos visitar os lugares indicados pelo Reclamante e confirmados pelos
representantes da Reclamada, conforme a atividade do Reclamante, para que pudéssemos
avaliar com maior amplitude todas as atividades desenvolvidas, aproveitando para fazermos
as avaliações qualitativas necessárias para que, enriquecer o presente Laudo. E quando não
tivermos parâmetros quanto aos limites de tolerância, utilizamos os critérios preconizados,
ou seja, pela inspeção do Local de Trabalho.

Todas as informações sobre os locais de trabalho, sua função e atividades desenvolvidas


pelo Reclamante, foram fornecidas pelos acompanhantes e pessoas presentes na
Reclamada, constatadas no local de trabalho onde o Reclamante trabalhou.

A metodologia utilizada neste laudo segue o prescrito no item 15.6 da NR-15 – Atividades e
Operações Insalubres, Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego e da
Portaria nº 3.311/89 do Ministério do Trabalho e Emprego, acompanhando detalhadamente
as Instruções Técnicas para Elaboração de Laudo, com conclusão final, mencionando
claramente o embasamento técnico legal (legislação).
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2 - VISTORIA

No dia 17 de Maio de 2.007, a partir das 13:30 horas, foi realizada a vistoria nas instalações
da empresa USINA CERRADINHO AÇÚCAR E ÁLCOOL S.A., inscrita no CNPJ sob o Nº
47.062.997/0001-78, estabelecida na Rodivia Vicinal José Fernandes, S/Nº, Km 6 + 885
metros, Catanduva – SP., onde o Reclamante prestou serviços com função de Encarregado
de Destilaria, no período de 01 de Maio de 1.997 a 18 de Maio de 2.006, onde foi constado o
seguinte:

2.1 – ATIVIDADE DA EMPRESA

A empresa Reclamada CIL – CONSTRUTORA ICEC LTDA., com CNPJ Nº


04.962.891/0001-18, tem como sede na cidade de São Paulo – SP., e temo atividade pricipal
de Construção de Edíficios e realiza obras em todo país.

2.2 – ATIVIDADE E FUNÇÃO DO RECLAMANTE:

Constatamos segundo as informações dos relacionados (item 2.4), em entrevista e vistorias


feitas nos locais de trabalho, que o Reclamante, no período em que prestou serviços, como
Pedreiro para a Reclamada (GOUVEIA E OLIVEIRA CONSTRUTORA LTDA.,
desenvolvendo serviços, como:

- Fazia caixas de inspeção de esgotos (galerias);


- Caixas de passagem de elétrica;
- Canaletas.

2.3 – LOCAL DE TRABALHO DO RECLAMANTE/EQUIPAMENTOS:

No canteiro de obras da CIL, onde atualmente funciona a empresa SCS – SOLUÇÕES


CONSTRUÇÕES E SISTEMAS, sito a Rodovia SP-320, Km 455 – Mirassol – SP.

2.3.1 – ANÁLISES AMBIENTAIS GERAIS:

Analisando tecnicamente as condições ambientais do local de trabalho do Reclamante,


notamos onde desenvolveu suas atividades, na função de pedreiro (coordenando os
serviços), com Agentes Físicos (Ruído de forma eventual, quando estava proximo a
betoneira, que era mais utilizada pelo servente de pedreiro) e Químico (cimento e cal – sem
contato manual, pois utilizava-se de ferramentas, tais como pá, enxada, enxadão, colher de
pedreiro, também mais utlizada pelo Servente de Pedreiro), conforme será descrito
detalhadamente no item 2.6 – Agentes Agressores.

2.4 – INFORMANTES / ACOMPANHANTES:

 Sr. Ricardo Naime Levi – Advogado do Reclamante;


 Sr. Luiz Antonio Fazan – Encarregado da Reclamada – Gouveia e Oliveira Construtora
Ltda.;
 Sr. Wagner Anderson de Oliveira – Proprietário da Reclamada - Gouveia e Oliveira
Construtora Ltda.;
 Sr. Fernando Hernica Garcia – Analista Juridico da SCS;
 Sr. Jeferson Viçoso da Silva – Técnico de Segurança do Trabalho da SCS;
 Sr. Odair Aparecido Ferreira – Técnico de Segurança do Trabalho da SCS;
 Engenheiro Ricardo Scandiuzzi Neto – Perito Judicial;
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 Engenheiro Antonio Puga Narvais – Assistente Técnico de CIL.

2.5 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI:

Conforme informações recebidas no ato entrevista e vistoria, o Reclamante recebeu e


sempre utilizou os seguintes Equipamentos de Proteção Individual – EPISs, “Capacete de
Segurança, Calçado de Segurança, Òculos de proteção, respirador tipo peça semi-facial,
luvas de nitrilicas e protetor auditivo”, além de uniforme, conforme recido de entrega
devidamente assinado pelo Reclamante e confirmado pelo mesmo a suas assinaturas.

2.6 – AGENTES AGRESSORES

ANALISE DA ATIVIDADE POTENCIALMENTE INSALUBRE

Baseando-se na Norma Regulamentadora – NR15 Atividades e Operações Insalubres,


aprovada pela Portaria nº 3.214, de 8 de Junho de 1.978, 15.1- São considerada atividades
ou operações insalubres as que se desenvolvem: 15.1.1- Acima dos limites de tolerância
previstos nos anexos nºs 1,2,3,5,11 e 12. 15.1.3- Nas atividades mencionadas nos anexos
n.º 6,13, e 14; 15.1.4- Nas atividades mencionadas nos anexos 7,8,9 e 10. passamos a
analisar as condições vistas, analisadas e constatadas nas instalações da Reclamada,
relacionadas com as atividades e metodologias e levando em consideração as atividades
desenvolvidas pelo Reclamante, enquadradas na referida Norma, conforme apurado na data
de perícia:

2.6.1 – AGENTES FÍSICOS (NR 15 – Anexos 1, 3, 9 e 10).

2.6.1.1 – NÍVEL DE PRESSÃO SONORA – RUÍDOS (Anexos 1 e 2):

A exposição ao excesso de ruído, causa zumbidos, vertigens, fadiga, neurose, úlceras


gastroduodenal e, finalmente, o trauma acústico, lesão irreversível e que tende a se agravar
pela continuidade da exposição, sem o uso adequado de protetores auriculares (com trocas
corretas), com Certificado de Aprovação expedido pelo MTE (conforme item 6.5, da NR-6).
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LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTENSIDADE

Nível de Ruído dB (A) Máxima Exposição Diária Permissível


85 8 Horas
86 7 Horas
87 6 Horas
88 5 Horas
89 4 Horas e 30 minutos
90 4 Horas
91 3 Horas e 30 minutos
92 3 Horas
93 2 Horas e 40 minutos
94 2 Horas e 15 minutos
95 2 Horas
96 1 Hora e 45 minutos
98 1 Hora e 15 minutos
100 1 Hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 08 minutos
115 07 minutos

Os Ruídos quando não foram medidos nos locais de trabalho, visto que os mesmos estão
ABAIXO dos limites de tolerância previstos na NR-15, anexo 1 e 2, estabelecidos pela Lei nº
6.514 de 22/12/77, Portaria 3.214 de 08/06/78, que estabelece para 8 horas diárias, a
máxima permissível é de 85 dB(A), para Ruído Contínuo ou Intermitente, não ficando
considerada atividade insalubre no com base no Anexo 1, dado pela NR-15.

2.6.1.2 – Umidade – Anexo 3 – NR – 15.

Estipula que as atividade ou operações executadas em locais alagados ou encharcados,


com umidade execessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, serão
consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção dos locais de trabalho,
utilizando-se o método de análise qualitativa.

Como o Reclamante, apenas utilizava-se de água para adiconar na massa (sendo que esta
já vinha preparada pelo servente), não ficando o ambiente ne alagados e nem encharcados,
e muito menos com umidade execessiva, portando não caracterizando como atividade
insalubre.
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OBSERVAÇÃO TÉCNICA IMPORTANTE:


CONSIDERAÇÃO QUANTO AO AGENTE QUÍMICO.

2.6.2.5 – Não encontramos agentes químicos, que pudessem ser considerados de modo
prejudicial à saúde, manuseada e/ou utilizados de modo habitual e permanente nas
atividades desenvolvidas pelo Reclamante, visto que o contato com cimento e cal, ocorria de
forma eventual (utilizando luvas), e utilizando de ferramentas, conforme já descrito acima,
não sendo prejudiciais a saúde, sendo que os materiais utilizados na obra, chegaram por
caminhões (betoneiras), já misturados (concreto e argamassa), no caso da argamassa, na
adição do cimento (sendo feita pelo servente), utilizava-se pá.

3 – CONCLUSÃO

O presente Laudo Pericial, e suas conclusões basearam-se nas informações dos


testemunhos, vistorias no local de trabalho do Reclamante, avaliações qualitativas e
quantitativas, seguindo a metodologia descrita no item 1.4 – Considerações Técnicas
Gerais, com fundamentação legal das Normas Regulamentadoras, procurando abranger de
forma geral e clara possível, todos os agentes que encontramos nas instalações da
Reclamada, porém sempre escorado em normas técnicas, anteriormente já discutidas,
chegamos a esta conclusão:

Com os fundamentos apresentados nos itens anteriores, constatou-se que o Reclamante


nas funções que ocupou, trabalhou em local onde há métodos e procedimentos
operacionais, assim sendo, o meu Laudo Pericial, conclui que o SR. CLAUDIO
APARECIDO GONÇALVES, durante o tempo que prestou serviços como Pedreiro
para a empresa GOUVEIA E OLIVEIRA CONSTRUTORA LTDA. (realizando
serviços para a empresa CIL – CONSTRUTORA ICEC LTDA.), NÃO esteve
exposto à condição de trabalho que o caracterize como insalubre (NR-15).
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4 – BIBLIOGRAFIA

- Segurança e Medicina do Trabalho (Editora Atlas);

- Riscos Físicos (Fundacentro – Martin Wells Astete, Eduardo Giampaoli e Leila Nadim
Zidam);

- Riscos Químicos – (Fundacentro – José Manuel Osvaldo Gana Soto, Irene Ferreira
de Souza Duarte Saad e Mário Luiz Fantazzini);

- CLT – Comentários a CLT (Valentim Carrion);]

- Revista CIPA;

5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Consta o presente trabalho, em 2 (duas) vias de igual teor, composto de 6 (seis)


folhas utilizadas um só lado, sendo a ultima datada e assinada e as demais rubricadas.

São José do Rio Preto, 16 de Julho de 2.008.

ANTONIO PUGA NARVAIS


Engenheiro de Segurança do Trabalho
CREA/SP 060.150.419-7

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