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PLANO INSTITUCIONAL DE

INTERNACIONALIZAÇÃO DA
UNIVERSIDADE FEDERAL
FLUMINENSE
Sumário

SUMÁRIO
5 Introdução
6 O Brasil e a internacionalização universitária
7 A visão de internacionalização da Universidade Federal Fluminense

9 Internacionalização da UFF: presente e futuro


Pesquisa
10 Iniciativas institucionalizadas no nível da universidade
12 Iniciativas descentralizadas
12 O que mais queremos em termos de internacionalização da pesquisa na
UFF e como pretendemos alcançar

Ensino
15 Internacionalização de docentes
16 Mobilidade Internacional (OUT)
17 Mobilidade Internacional (IN) e Disciplinas em Línguas Estrangeiras
18 O que mais queremos em termos de internacionalização do ensino na UFF
e como pretendemos alcançar

Extensão
19 Buddy Program, o programa de apadrinhamento de estudantes estrangeiros
20 Programas de extensão em parceria com a Superintendência de Relações
Internacionais
20 O que mais queremos em termos de internacionalização da extensão na
UFF e como pretendemos alcançar

Uma política linguística dinâmica e abrangente


21 Programa de Línguas Estrangeiras Modernas (PROLEM)
22 Programa de Universalização de Línguas Estrangeiras (PULE)
22 Idiomas sem Fronteiras (IsF)
22 Português como Língua Estrangeira
22 Centro de Línguas e Cultura da UFF
23 O que mais queremos em termos de internacionalização como política
linguística na UFF e como pretendemos alcançar
SUMÁRIO
Aspectos Institucionais e de Gestão
24 Sistema de Gestão da Internacionalização
24 Redes nacionais
24 Metas Gerais Institucionais e de Gestão

Áreas geográficas e temáticas prioritárias


27 Áreas Temáticas prioritárias
27 Áreas Geográficas prioritárias

Diretrizes para os Programas de Pós-graduação em


diferentes graus de internacionalização
28 Programas de Pós-graduação em consolidação
29 Programas de Pós-graduação consolidados

31 O futuro que vislumbramos

32 Anexo: Quadro-síntese de metas quantificadas


Sumário Executivo

SUMÁRIO
Tendo em vista o movimento de internacionalização de universidades mundo
afora e e as características específicas da Universidade Federal Fluminense, nossa
visão de internacionalização apoia-se em três pilares. São os mesmos pilares que
norteiam o Projeto Institucional de Internacionalização, que se encontra em prepa-
ração, em resposta ao edital Capes PrInt.
1. Conceber um modelo de internacionalização que considere a necessidade de
inclusão do Brasil no concerto das grandes nações, nos principais centros de
produtores de conhecimento científico e cultural;
2. Promover uma internacionalização solidária com instituições e centros de
pesquisa em fase de implantação, desenvolvimento ou consolidação, sobre-
tudo na América Latina e na África, para os quais podemos dar efetiva contri-
buição na condição de liderança regional;
3. Levar em consideração a missão expressa da Universidade Federal Fluminen-
se, que é produzir, difundir e aplicar conhecimento e cultura de forma crítica
e socialmente referenciada.
A Universidade Federal Fluminense cresceu muito no século XXI, tornando-se
uma das maiores do país, contando com 41 unidades de ensino, 135 cursos de gra-
duação, 81 programas e pós-graduação strictu sensu e 131 cursos de especialização.
Indicadores mostram melhoria qualitativa notável. Na mais recente avalição da Ca-
pes, divulgada em 2017, o número de programas de excelência (notas 6 e 7) mais que
duplicou.
Há mais de 35 anos a Universidade Federal Fluminense mantém um escritório de
relações internacionais, o que demonstra uma preocupação e uma vocação precoces
à internacionalização. Com nova sede e mais funcionários, a Superintendência de
Relações Internacionais, reporta diretamente à Reitoria.
Este Plano Institucional de Internacionalização da Universidade Federal Flumi-
nense oferece direções estratégicas para curto, médio e longo prazos. A exposição
estrutura-se em tornos dos eixos interdependentes em que se organiza a instituição
– pesquisa, ensino e extensão –, acrescida de uma seção reservada à política linguís-
tica e outra a questões institucionais e gerenciais. Em cada seção, apresentam-se:
quadro atual, objetivos e metas, ações a tomar, desafios a enfrentar, instrumentos
de gestão e acompanhamento a mobilizar ou implementar. Ao final do Plano, um
anexo expõe metas quantitativas.
Apresentam-se diretrizes específicas a dois tipos de programa de pós-graduação
– consolidados e em consolidação – que servirão como guias para balizar ações de
internacionalização de coordenadores de programas, docentes e discentes da Uni-
versidade Federal Fluminense no curto, no médio e no longo prazos.
A Universidade Federal Fluminense estabeleceu cinco áreas temáticas prioritá-
rias no seu processo de internacionalização, as quais também norteiam o Projeto
Institucional de Internacionalização em preparação:
• Desigualdades globais e sociedades
• Inovação tecnológica de processos e produtos, otimização de sistemas e ser-
viços, nanociências, computação cientifica e materiais inteligentes
• Saúde única e bem-estar: relações humano-animal-ambiente
• Clima ou mudanças globais: do passado ao futuro
• Produção e circulação dos discursos e narrativas
Este Plano Institucional de Internacionalização pretende ser o guia que orientará
o processo de internacionalização em curso na Universidade Federal Fluminense,
em suas diferentes esferas. As metas apresentadas deverão se concretizar na medida
em que a cultura da internacionalização seja disseminada em toda a comunidade
acadêmica, ao longo dos próximos anos. Considerando o engajamento de seu corpo
docente, discente e administrativo e sua vocação internacionalista, já demonstrada
neste Plano Institucional de Internacionalização, acreditamos que a Universidade
Federal Fluminense tem condições de exercer um importante papel de liderança na
internacionalização das universidades brasileiras.
Introdução

INTRODUÇÃO
Pela Europa Medieval, circulavam es- Nesse período recente, a Europa foi a
tudantes e professores, intercambiando região que entendeu primeiro a importân-
ideias, conceitos e informações, usando o cia de formar jovens abertos ao mundo,
latim como principal lingua franca. Antes às diferentes identidades, a experiências
mesmo, portanto, de ser batizada com o multiculturais. Essa vocação internacio-
nome com que hoje é conhecida, a Uni- nal decorre da forte presença de imigran-
versidade já nascia como instituição in- tes, da proximidade geográfica, de cruza-
ternacionalizada. Na alvorada do Renas- mentos de ordem geopolítica.
cimento, Erasmo, nascido em Roterdã, Um dos principais motores de criação
percorre o continente europeu a lecionar, e consolidação da União Europeia foi um
escrever, polemizar e debater com os in- programa cujo nome é revelador: Eras-
telectuais contemporâneos seus, douto- mus, o teólogo e humanista mencionado
ra-se em Turim, morre em Basileia. Para ao lado na versão aportuguesada de seu
ser digna de carregar a insígnia de Uni- nome. Mais que um pensador holandês,
versidade, uma instituição deve ser aberta foi um pensador europeu. Independente
ao mundo, produtora e disseminadora de da moeda, da língua e das razões sociopo-
conhecimento, acolhedora, interconecta- líticas e históricas, o Programa Erasmus
da, cosmopolita. Em uma palavra: inter- promoveu, em seus 30 anos de existência,
nacionalizada. a mobilidade de milhões de jovens que
A colaboração internacional é tra- complementaram sua formação universi-
ço fundamental da ciência e da cultura, e tária em outro país, em universidades que
nunca deixou de ocorrer em algum grau. não a sua de origem, o que terminou por
Mas, em razão de contingências geopo- promover diálogo e entendimento entre
líticas, econômicas, linguísticas e de ou- as nações, e uma disseminação linguísti-
tras naturezas, houve momentos na His- ca nunca vista na longa história do Velho
tória em que o intercâmbio internacional Continente.
entre universidades foi mais intenso que No Novo Mundo, países hoje desen-
em outros. Como se fossem ondas, a in- volvidos como Estados Unidos, Canadá
ternacionalização ora fluía, ora refluía. ou Austrália carregam no seu DNA uma
Em décadas recentes, observou-se nova forte presença de imigrantes. E também
intensificação de fluxos econômicos e de uma longa tradição de acolhimento de es-
informação, aproximando pessoas e ins- tudiosos exilados de regiões afetadas por
tituições. Houve também um adensamen- crises e calamidades de diferentes tipos, o
to sem precedentes no grau de intercone- que favoreceu uma cultura de intercâm-
xão universitária. bio internacional praticamente inata em

5
suas principais universidades. A ascen- o objetivo institucional de contribuir, no
são do inglês como lingua franca científica retorno ao Brasil, com os nascentes cur-
contemporânea também contribuiu para sos de mestrado e doutorado. Embora não
tornar tais países polos importantes nas fosse seu objetivo precípuo, essa política
redes científicas mundiais. Mesmo assim, acabou por promover certo grau de inter-
nos últimos 30 anos esses países não se nacionalização.
acomodaram; pelo contrário, têm dese- A ida de professores ao exterior para
nhado e implementado planos estratégi- completar sua formação favoreceu a cria-
cos visando desenvolver seus sistemas de ção, e posterior consolidação, da pós-gra-
educação superior ancorados em parce- duação no Brasil. Também ajudou a con-
rias com diferentes atores internacionais. firmar a liderança regional do país, que
passou a receber estudantes de gradua-
ção, e depois de pós-graduação, especial-
O Brasil e a internacionalização
mente dos vizinhos latino-americanos,
universitária por meio dos Programas de Estudantes-
No Brasil, em razão de dificuldades -Convênio de Graduação (PEC-G) e de seu
sociopolíticas, geográficas e linguísticas, homólogo de Pós-Graduação (PEC-PG).
durante anos vivemos um grande isola- Os diferentes movimentos de inter-
mento com relação aos grandes centros. nacionalização da educação superior em
Até mesmo nossa descolonização, ocor- nosso país estiveram ligados mais mar-
rida há cerca de 200 anos, não favoreceu cadamente à pós-graduação e à pesquisa,
laços acadêmicos fortes com o resto do ou ao acolhimento de estudantes estran-
mundo. Somente no século XX criaram- geiros. Recentemente, graduandos brasi-
-se, ou consolidaram-se, em alguns casos leiros também puderam internacionali-
com influência de professores estrangei- zar-se através da mobilidade estudantil,
ros, as instituições brasileiras de ensino que culminou no programa Ciências sem
superior que se destacam nos dias de hoje. Fronteiras. A mobilidade de alunos da gra-
A mais recente onda de internaciona- duação é uma realidade em todo o mun-
lização de universidades, talvez mais in- do. Na Europa, o bem-sucedido programa
tensa e em maior escala do que qualquer Erasmus tem como principal componente
uma das anteriores, é hoje uma realida- esse tipo de mobilidade. Também nos Es-
de em todo o mundo e também alcança o tados Unidos a mobilidade de graduação
Brasil. Sem que estivéssemos totalmente faz parte da cultura universitária.
preparados para dela participar, a inter- Nas universidades brasileiras, as rela-
nacionalização do ensino superior ganhou ções internacionais historicamente esti-
forte impulso em diferentes regiões e em veram mais ligadas a iniciativas individu-
universidades com perfis muito diversos. ais de professores e pesquisadores, e não a
Enquanto essa nova vaga se apro- um planejamento coerente e bem-amar-
ximava, o sistema de educação superior rado de ações e projetos, definidos com
brasileiro, menos maduro que os dos pa- uma visão estratégica pela universidade
íses desenvolvidos, estruturava-se e or- em suas instâncias mais elevadas – isto é,
ganizava-se mirando outras prioridades. sem a devida institucionalização. No atual
Sobretudo a partir dos anos 1970, agên- cenário, em um mundo de redes densas,
cias de fomento estatais, notadamente forte mobilidade de alunos, professores e
Capes e CNPq, estimulavam professores pesquisadores, e concorrência acadêmi-
brasileiros a doutorar-se no exterior com ca em nível global – por exemplo, com

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o advento dos rankings internacionais –, liderança regional;
nenhuma universidade pode mais pres- 3.
Levar em consideração a missão
cindir de algum grau de planejamento, expressa da Universidade Federal
estruturação e institucionalização de Fluminense, que é produzir, difun-
suas ações de internacionalização. dir e aplicar conhecimento e cultura
O desafio a uma universidade brasilei- de forma crítica e socialmente refe-
ra internacionalizada é o de exercer lide- renciada.
rança no contexto universitário nacional A internacionalização deve, portan-
e internacional, estabelecendo relações to, fundamentar-se em ações que condu-
bilaterais e multilaterais voltadas para a zam a Universidade Federal Fluminense a
excelência, a inovação e a qualidade nos uma inserção internacional institucional,
diferentes segmentos – ensino, pesquisa, inclusiva e democrática. Deve ser trans-
e extensão – com o objetivo de ampliar a versal, perpassando o ensino de gradua-
produção do conhecimento e a dissemi- ção e de pós-graduação, a pesquisa nos
nação de sua produção científica, tecno- programas consolidados, bem como nos
lógica, cultural e artística. É imperativo programas em desenvolvimento; e englo-
formar alunos e qualificar pesquisadores bar atividades de extensão. Deve envolver
com perspectiva internacional e capaci- alunos, docentes e técnicos administra-
dade analítica e crítica, exercendo uma tivos. Deve estar afinada com valores e
cidadania global: líderes que tratarão dos interesses da instituição e do país, sendo
desafios que se apresentam no presente e capaz de reconhecer as diferenças cultu-
olharão para o futuro. rais e linguísticas e cumprir sua missão
educacional, formativa e acadêmica.
A visão de internacionalização da A internacionalização da Universidade
Federal Fluminense tem por finalidade a
Universidade Federal Fluminense cooperação com instituições e centros de
Tendo em vista, de um lado, o movi- pesquisa no exterior em um patamar de
mento de internacionalização que se ma- paridade e de reciprocidade, com vistas a
nifesta em universidades mundo afora, e, participar internacionalmente da produ-
de outro, o contexto local e as caracterís- ção de conhecimento, dando contribuição
ticas específicas da Universidade Federal efetiva nessa produção e, ao mesmo tem-
Fluminense, nossa visão de internaciona- po, podendo obter e gerar ganhos de qua-
lização apoia-se em três pilares: lidade nos diálogos entre pares. A nossa
1. Conceber um modelo de internacio- cooperação, em sua forma mais consoli-
nalização que considere a necessida- dada, realiza-se por meio de convênios ou
de de inclusão do Brasil no concerto acordos institucionalizados formalmente,
das grandes nações, nos principais mas também ocorre através de ações de
centros produtores de conheci- cooperação mais descentralizadas ou in-
mento científico e cultural; formais, em ações específicas envolvendo
2. Promover uma internacionalização cooperação entre pares, que podem estar
solidária com instituições e centros vinculadas a convênios ou a outras formas
de pesquisa em fase de implantação, de parceria, como, por exemplo as ações
desenvolvimento ou consolidação, de mobilidade discente e docente.
sobretudo na América Latina e na Este Plano Institucional de Inter-
África, para os quais podemos dar nacionalização da Universidade Fede-
efetiva contribuição na condição de ral Fluminense, que aqui apresentamos,
7
busca oferecer direções estratégicas para
um horizonte de quatro anos (2018-2022)
e para o médio e longo prazos, sem limi-
tar as ações já em curso na universidade,
que hoje apresenta um número significa-
tivo de parcerias internacionais no âmbito
da pesquisa em colaboração, da mobilida-
de estudantil e outras formas de trocas de
experiência acadêmicas.

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Capítulo 1:

CAPÍTULO 1
Internacionalização da
UFF: presente e futuro
A Universidade Federal Fluminense suntos Internacionais recebe o nome de
aproxima-se de seu sexagésimo aniver- Superintendência de Relações Interna-
sário. Cresceu muito no século XXI, tor- cionais, com nova sede e mais funcioná-
nando-se uma das maiores do país. Atu- rios. Também ganha mais estatura insti-
almente é constituída por 41 unidades de tucional, passando a reportar diretamente
ensino, entre institutos, faculdades, es- à Reitoria. Isso demonstra o comprome-
colas e colégio de aplicação. São 124 de- timento da Universidade Federal Flumi-
partamentos e 135 cursos de graduação nense em se transformar numa das uni-
presenciais ou à distância. Sua pós-gra- versidades mais internacionalizadas do
duação stricto sensu conta com 81 pro- Brasil.
gramas, enquanto a lato sensu oferece 131 Têm caráter transversal e institucio-
cursos de especialização e 45 programas nal as ações da Superintendência de Re-
de residência médica. lações Internacionais, que trabalha em
Indicadores mostram melhoria qua- parceria com diversas pró-reitorias, em
litativa notável. Por exemplo, na rodada particular as de pós-graduação, pesquisa
de avaliação de programas de pós-gra- e inovação; a de graduação; a de assuntos
duação efetuada pela Capes em 2013, a estudantis; e a de extensão. Também in-
Universidade Federal Fluminense contava terage com as demais pró-reitorias e su-
com quatro programas classificados como perintendências, bem como com as uni-
excelentes (notas 6 ou 7). Na avalição se- dades de ensino e com a administração da
guinte, divulgada em 2017, este número universidade.
mais que duplicou, agora com nove pro- A internacionalização está presente de
gramas na categoria de excelência. modo mais desenvolvido nos programas
Há mais de 35 anos a Universidade de pós-graduação de excelência, de notas
Federal Fluminense mantém um escritó- 6 e 7 na avaliação da Capes, mas também
rio de relações internacionais, o que de- em boa parte dos programas nota 5. Os
monstra uma preocupação e uma vocação demais programas, contudo, também têm
precoces à internacionalização. Como em ações pontuais de inserção internacional.
muitas universidades nacionais, o pri- Com base no que se pode observar nos
meiro projeto institucional de interna- programas mais consolidados e no que
cionalização implementado foram PEC-G se julga desejável para expandir a inser-
e PEC-PG. Nos últimos anos, atenta aos ção internacional dos nossos programas
movimentos nacionais e internacionais de pós-graduação, bem como para a gra-
que mudaram a abordagem e o espaço da duação e os servidores da universidade,
internacionalização nas instituições de apresentam-se aqui as principais linhas
nível superior, a antiga Assessoria de As- de ação que têm direcionado a política de

9
internacionalização da Universidade Fe- Iniciativas institucionalizadas no nível
deral Fluminense, e uma proposta orga- da universidade
nizada de diretrizes e ações para os pró- O primeiro tipo reflete-se em convê-
ximos anos. nios e acordos estabelecidos em um pa-
A exposição estrutura-se em tornos tamar de paridade e de reciprocidade com
dos eixos interdependentes em que se universidades parceiras, com a chancela
organiza a instituição – pesquisa, ensi- da Superintendência de Relações Inter-
no e extensão –, acrescida de uma seção nacionais. A celebração formal de convê-
reservada à política linguística e outra a nios, que explicitem parcerias de diferen-
questões institucionais e gerenciais. Em tes ordens é uma tendência internacional
cada seção, apresentam-se: quadro atual, à qual estamos atentos. Entende-se que é
objetivos e metas, ações a tomar, desa- a maneira mais adequada de demonstrar
fios a enfrentar, instrumentos de gestão e o interesse mútuo em um trabalho insti-
acompanhamento a mobilizar ou imple- tucional e conjunto entre as universida-
mentar. Ao final do Plano, há ainda um des que os firmam. A Universidade Fede-
anexo em que se apresentam metas quan- ral Fluminense mantém 244 convênios
titativas. ativos com instituições estrangeiras com
as quais tem desenvolvido pesquisa con-
junta e mobilidade (Figura 1). Os acordos
Pesquisa e convênios abrangem quase 50 países, já
Em linhas gerais, as iniciativas de co- havendo inclusive uma cooperação ativa
laboração internacional em pesquisa da com países distantes geográfica e cultu-
Universidade Federal Fluminense podem ralmente, como Japão, Coreia e China.
ser classificadas em dois tipos: as que es-
Em dezembro de 2017, a Superin-
tão institucionalizadas no nível central da
tendência de Relações Internacionais e
universidade, e as que são conduzidas de
a Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-gradu-
forma descentralizada por professores,
ação e Inovação (Proppi) organizaram
grupos de pesquisa, programas de pós-
uma ampla consulta aos coordenadores
-graduação ou unidades de ensino, com
de programas de pós-graduação a fim de
grau variável de envolvimento, conhe-
obter informações atualizadas sobre co-
cimento e registro da administração da
laborações internacionais e ações de in-
universidade.
ternacionalização em curso. Muitos dos
números apresentados neste Plano de In-

263 257
244 244

213

166

114

83

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

10 Figura 1 Convênios e Acordos internacionais da Universidade Federal Fluminense


ternacionalização provêm desse levanta- • Grupo Utrecht, de universidades eu-
mento. Através dessa consulta, obteve-se ropeias;
a informação de que as colaborações mais • Organização Universitária Intera-
frequentes conduzidas pelos professores mericana (OUI) ;
e pesquisadores da Universidade Federal • Liga de Universidades dos Países do
Fluminense se dão com instituições dos Bloco BRICS, iniciativa chinesa;
seguintes países: 1º Portugal, 2º EUA, 3º
• Rede de Universidades dos Países
Espanha, 4º França, 5º Argentina, 6º Itá-
do Bloco BRICS, iniciativa russa;
lia, 7º Reino Unido, 8º Alemanha, 9º Ca-
nadá, 10º México. Destacam-se Europa, • Programa Erasmus Mundus, em
América do Norte e América Latina. parceria com diferentes universida-
des europeias.
A queda no número de parceiros in-
ternacionais que se observa na Figura 1, A Universidade Federal Fluminense,
deve-se a um ajuste feito nos processos através da Superintendência de Relações
de renovação das instituições parceiras, Internacionais, também está em constan-
permanecendo apenas aquelas com par- te contato com agências internacionais
cerias ativas e efetivas, sejam elas na pes- ligadas à internacionalização da educa-
quisa, na pós-graduação ou na mobilida- ção superior, como DAAD, Campus France,
de acadêmica. British Council, Fulbright Program e setores
educacionais dos consulados.
Outra modalidade de colaboração que
se enquadra no primeiro tipo são as par- Há também parcerias que se tradu-
cerias em rede estabelecidas pela Uni- zem na formação de núcleos de estudos
versidade Federal Fluminense enquanto internacionais, os quais reúnem profes-
instituição, abrindo espaço para colabo- sores, pesquisadores e alunos de diferen-
rações em pesquisa a todos os professores tes unidades de ensino e programas de
e alunos da universidade, sobretudo os de pós-graduação da Universidade Federal
pós-graduação. Tais redes proporcionam Fluminense que conduzem pesquisas em
oportunidades como financiamento para colaboração com homólogos estrangeiros
missões, pesquisas de campo, bolsas de sobre temas de natureza intrinsecamente
estudo, doutorados internacionais, colé- multidisciplinar e internacional. Atual-
gios doutorais, entre outros. A Universi- mente, estão em funcionamento os se-
dade Federal Fluminense é membro das guintes núcleos:
seguintes redes internacionais: • Núcleo de Estudos dos Países do
• Universidades do Grupo Tordesi- BRICS: único do gênero em uma
lhas, em que a Universidade Federal universidade pública brasileira;
Fluminense é particularmente atu- • Núcleo de Estudos Portugal e Áfri-
ante, integrando colégios doutorais ca;
internacionais nas áreas de Enfer- • Núcleo de Estudos Canadenses;
magem e Física, e tendo seu reitor • Núcleo de Estudos Galegos.
como vice-presidente;
Durante três anos, como elemen-
• Associação de Universidades de to incluído no Plano de Desenvolvimen-
Língua Portuguesa (AULP) to Institucional da Universidade Federal
• Agência Universitária da Francofo- Fluminense, a Superintendência de Rela-
nia (AUF); ções Internacionais geriu um orçamento
• Rede Salamanca; próprio de incentivo à política de inter-

11
nacionalização, custeando ações de pro- conhecidas ou registradas pela Pró-Rei-
fessores ou grupos de pesquisas ligados à toria de Pesquisa, Pós-Graduação e Ino-
inserção internacional, selecionadas por vação ou pela Superintendência de Rela-
meio de editais amplamente divulgadas ções Internacionais.
na universidade. Neste momento, em ra- Coordenadores de projetos de pesqui-
zão de contingenciamento de recursos, sas e de programas têm autonomia para
esta linha de financiamento encontra-se usar parte de seus recursos para fins de
suspensa. colaboração internacional em pesquisa.
Na seção dedicada a ações de interna- O financiamento pode provir de agências
cionalização mais ligadas ao ensino, re- de fomento nacionais ou internacionais,
latam-se experiências e iniciativas leva- de empresas, de universidades parcei-
das a cabo pela própria universidade para ras. Programas de pós-graduação, por
atração de professores visitantes estran- exemplo, recebem recursos de custeio da
geiros para o curto prazo (dois a quatro Capes (Proap ou Proex) ou levantam re-
anos) e para o médio e longo prazos, al- cursos próprios (Fonte 250), que podem
mejando a fixação de quadros internacio- ser usados para custear a acolhida de um
nais em nosso corpo docente. pesquisador estrangeiro visitante em seus
Programas de pós-graduação têm laboratórios, por exemplo, ou para enviar
empreendido esforços para internaciona- alunos de pós-graduação para estágios de
lizar os periódicos científicos editados na pesquisa em universidades estrangeiras.
universidade, indexando-os em bases de Essas iniciativas descentralizadas são
dados internacionais e repositórios con- vitais para o dinamismo da pesquisa rea-
ceituados. Por meio de sua Pró-Reitoria lizada em colaboração internacional pela
de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, a comunidade científica da Universidade
universidade tem contribuído nesse pro- Federal Fluminense. É salutar a autono-
cesso ao estabelecer um Fórum de Edi- mia, pois permite agilizar os processos,
tores de Periódicos Científicos, que fun- a tomada de decisões e o uso de recursos
ciona de modo permanente. Uma medida para pesquisas. Além disso, essas ações
recente foi incentivar e auxiliar editores traduzem-se em publicações científicas,
de revistas produzidas na universidade a registros de patentes, orientações con-
registrá-las no sistema de endereçamen- juntas e outros resultados diretamente
to digital perene conhecido como Digital relevantes para a universidade. São re-
Object Identifier (ou DOI). Foi inclusive portadas pelos programas nos relató-
criado um prefixo comum a ser adotado rios apresentados à Capes anualmente na
em todos os periódicos da casa. plataforma Sucupira, tornando-se assim
informação pública. Também oferecem
visibilidade e prestígio aos professores,
Iniciativas descentralizadas
grupos de pesquisa e programas de pós-
As iniciativas de colaboração do se- -graduação envolvidos, beneficiando in-
gundo tipo são aquelas conduzidas de diretamente a universidade.
maneira descentralizada por professo-
As iniciativas descentralizadas dos
res, grupos de pesquisa, ou programas de
programas de pós-graduação e grupos de
pós-graduação, sem que, necessariamen-
pesquisa, cada vez mais se instituciona-
te, um acordo tenha sido formalizado na
lizam junto à Pró-Reitoria de Pesquisa,
Superintendência de Relações Internacio-
Pós-graduação e Inovação e à Superin-
nais. Nem todas essas ações chegam a ser
tendência de Relações Internacionais, o

12
que caracteriza um maior grau de matu- público.
ridade institucional. Há ainda um grupo mais seleto de
Um bom exemplo de ação dos progra- professores que possuem vínculo oficial,
mas de pós-graduação é o acolhimento de como cátedra ou contrato honorário,
professores visitantes, recebidos todos com universidades estrangeiras, situação
os anos pela Universidade Federal Flumi- presente em 37% dos programas de pós-
nense em número expressivo, para visitas -graduação da universidade.
de média ou longa duração, a fim de mi- Centenas de professores permanentes
nistrar cursos, trabalhar em colaboração e colaboradores dos programas de pós-
com coautores locais, ou fazer estágios de -graduação da Universidade Federal Flu-
pesquisa em laboratórios. Também vêm minense emitem pareceres ou prestam
para estadias curtas, para apresentar pa- outras formas de consultoria para perió-
lestras no estado-da-arte em suas áreas, dicos, editoras e instituições estrangeiras.
ou participar das dezenas de conferên- Muitos também são membros de comitês
cias, congressos e oficinais realizados na editoriais de periódicos científicos inter-
Universidade Federal Fluminense. Segun- nacionais, faceta da internacionalização
do informações de que dispõe a Superin- da universidade que atesta a integração
tendência de Relações Internacionais, em dos corpos docentes dos seus programas
2017, por exemplo, teriam sido acolhidos de pós-graduação ao diálogo acadêmico
nada menos do que 350 visitantes de dife- mundial.
rentes áreas e durações, distribuídos entre Dos programas de pós-graduação da
quase 70% dos programas de pós-gradu- universidade, 84% contam com professo-
ação da universidade. Essas visitas cons- res que participam de comitês de revis-
tituem contribuições importantes para a tas internacionais indexadas. Em 87% dos
disseminação de conhecimento e para o programas, há professores membros de
desenvolvimento científico e cultural de sociedades ou associações científicas in-
nossos pesquisadores. ternacionais.
Há também iniciativas que, embo-
ra originadas de ações descentralizadas,
contam com algum grau de envolvimento O que mais queremos em termos de
da administração da universidade. Exem- internacionalização da pesquisa na
plo disso são missões para formação e UFF e como pretendemos alcançar
participação de professores em eventos
Cultivar, adensar e ampliar as iniciativas
no exterior. É substantivo o número de
institucionalizadas
professores da Universidade Federal Flu-
minense que se desloca anualmente para É preciso cultivar e adensar as inicia-
participar de eventos internacionais ou tivas institucionalizadas já estabelecidas
para cumprir estágios de pós-doutorado pela Universidade Federal Fluminense
ou de doutorado no exterior, em institui- nas formas de convênios, redes, núcleos,
ções formalmente parceiras ou não. Ainda divulgação de editais internos de fomento
que alguns possam custear as despesas de à internacionalização, e esforço de apri-
suas missões com recursos de agências de moramento e visibilidade das publicações
fomento ou das universidades que os aco- editadas na universidade. Para tanto, pre-
lhem, todos comunicam seus afastamen- tende-se levar a cabo as seguintes inicia-
tos de qualquer duração à universidade, tivas:
procedimento obrigatório ao funcionário • Manter contato regular e comuni-

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cação estreita com organismos de fomentar e incentivar publicações
relações internacionais das univer- internacionais conjuntas;
sidades parceiras; • Desenhar ações de internacionali-
• Fazer balanços regulares da in- zação para todos os campi da Uni-
tensidade dos intercâmbios efeti- versidade Federal Fluminense, em
vamente realizados dentro de cada Niterói e no interior do Estado do
convênio, procurando incentivar os Rio de Janeiro.
que se relevarem menos ativos, atu-
ando em parceria com a Pró-Rei- Institucionalizar as ações descentralizadas
toria de Pesquisa, Pós-Graduação e Um desafio que se impõe, portanto,
Inovação e com coordenadores de à Universidade Federal Fluminense, e em
programas de pós-graduação; particular à sua Superintendência de Re-
• Prospectar e identificar novas lações Internacionais, é o de, sem tolher
oportunidades para convênios, re- a autonomia e a agilidade daqueles que
des e núcleos, sobretudo a partir dos as realizam atualmente, encontrar for-
programas de excelência e pesquisa- mas de institucionalizar tais iniciativas
dores da Universidade Federal Flu- descentralizadas, para valorizá-las mais
minense envolvidos em pesquisas de interna e externamente.
ponta; Além desse desafio geral, outras me-
• Buscar direcionar editais internos de didas específicas serão empreendidas
fomento especificamente a grupos para promover os esforços de professores,
de pesquisa com potencial, que ne- grupos de pesquisa e programas de pós-
cessitam se consolidar internacio- -graduação para internacionalizar a pes-
nalmente; quisa praticada na Universidade Federal
Fluminense:
• Aprofundar e ampliar parcerias in-
ternacionais institucionais e con- • Incentivar intensificação das visi-
correr em editais de fomento na- tas de pesquisadores estrangeiros a
cionais e internacionais que tragam laboratórios e grupos de pesquisa da
financiamento aos projetos de in- Universidade Federal Fluminense,
ternacionalização, inclusive a fim bem como, em contrapartida, pro-
de levantar recursos para conceder curar abrir caminho para a Mobili-
via editais internos; dade Internacional dos nossos pes-
quisadores;
• Auxiliar programas de pós-gradu-
ação e seus professores individual- • Fomentar a atuação em centros de
mente na busca por financiamento pesquisa internacionais de pes-
internacional para a pesquisa, in- quisadores da Universidade Federal
cluindo a criação de um escritório de Fluminense;
apoio à elaboração de projetos in- • Em parceria com a Reitoria e com
ternacionais e de apresentações em pró-reitorias, redesenhar uma po-
inglês; lítica de atração internacional de
• Apoiar as ações do Fórum de Edi- docentes, pesquisadores e pós-docs,
tores de Periódicos Científicos da tanto para missões de curta, média e
universidade, a fim de disseminar longa duração, como para fixação na
o trabalho editorial feito pelos pro- universidade;
gramas de pós-graduação, além de • Intensificar a política de atração in-

14
ternacional de estudantes-pesqui- de pós-graduação da Universidade Federal
sadores, sobretudo de pós-gradua- Fluminense propõe-se a respeitar o grau
ção; de amadurecimento, de consolidação e
• Na atração de pesquisadores, sejam de estabilização dos nossos programas.
docentes, sejam discentes, tendo em Embora a orientação geral seja a de que
vista a missão da Universidade Fe- todos os programas devem fazer esforços
deral Fluminense e suas diretrizes em busca da internacionalização, isso po-
estratégicas, manter sempre pre- derá ser feito em etapas e momentos di-
sente o duplo objetivo de visar pa- ferentes, respeitando as possibilidades de
íses centrais e países periféricos; cada um, e evitando cobrar de programas
• Fomentar a Mobilidade Internacio- iniciantes o mesmo que se cobra de pro-
nal para pesquisa entre estudantes, gramas de excelência. Como, entre os que
sobretudo de pós-graduação, fazen- se encontram ainda em fase de consolida-
do a prospecção de oportunidades ção e os mais consolidados, há programas
internacionais, bem como ações de em diferentes etapas de inserção inter-
preparação para a mobilidade; nacional, a busca de temas transversais,
que agreguem diferentes programas da
• Apoiar a realização de eventos in-
Universidade Federal Fluminense, em
ternacionais que ampliem a visi-
diferentes estágios de consolidação, é um
bilidade da Universidade Federal
esforço colaborativo no sentido de criar
Fluminense e, ao mesmo tempo,
conexões e parcerias que permitam aos
promovam um ambiente internacio-
menos consolidados desenvolverem mais
nal e de excelência;
rapidamente suas internacionalizações.
• Atuar junto aos órgãos de fomen-
No capítulo 4 deste Plano de Interna-
to federais, estaduais, municipais, e
cionalização, apresentam-se ações espe-
também no setor privado, no sentido
cíficas a serem realizadas por docentes e
do contínuo apoio à pesquisa inter-
discentes pertencentes a programas de
nacional, seja em termos de projetos
pós-graduação em consolidação, bem
ou de bolsas;
como medidas a serem adotadas pelos
• Incentivar o engajamento institu- próprios programas. Elas são sucedidas
cional da pesquisa com parceiros de uma relação de ações mais apropriadas
internacionais em todas as áreas, e para programas de pós-graduação con-
ampliar a articulação dos pesqui- solidados.
sadores com grupos de reconheci-
mento internacional;
• Incentivar projetos de pesquisa na- Ensino
cionais e internacionais em rede, Internacionalização de docentes
dando suporte técnico aos docentes A Universidade Federal Fluminense
para elaboração de projetos e articu- tem estado atenta à necessidade de atrair
lando a integração entre as diversas professores e pesquisadores estrangei-
áreas de pesquisa. ros, seja para visitas de curta e média du-
ração, seja para seu quadro permanente.
Apoiar a internacionalização de acordo com
A Superintendência de Relações Inter-
o grau de maturidade dos programas de
nacionais e a Pró-Reitoria de Pesquisa,
pós-graduação
Pós-Graduação e Inovação divulgam aos
A internacionalização dos programas departamentos de ensino e aos programas

15
de pós-graduação editais de agências de do em cotutela e à dupla diplomação nos
fomento que permitem custear visitas de cursos de graduação, diretriz importan-
professores e pesquisadores estrangeiros, te da universidade posta em prática pela
prestando-lhes apoio administrativo e Superintendência de Relações Interna-
logístico. cionais, pela Pró-Reitoria de Graduação e
Além disso, recursos orçamentários também pela de Pesquisa, Pós-Graduação
da universidade também têm sido utiliza- e Inovação, tem surtido efeito. Em cerca
dos num programa próprio de professo- de 30% dos programas de pós-graduação
res visitantes estrangeiros, que recebem da universidade houve ao menos uma de-
salários equivalentes ao topo da carreira fesa de tese orientada em cotutela nos úl-
das universidades federais por um perí- timos 5 anos, e em proporção semelhante,
odo de dois a quatro anos. A experiência 32%, há ao menos uma tese em cotutela
tem sido muito proveitosa, especialmente em andamento.
por dinamizar e internacionalizar progra- A Universidade Federal Fluminense é
mas de pós-graduação, trazendo incon- reconhecida por ter um dos mais conso-
táveis benefícios, particularmente para o lidados Programas de Mobilidade Inter-
Ensino na universidade. nacional Out de estudantes de graduação
Por fim, a universidade também tem entre as universidades brasileiras. Em
trabalhado para viabilizar a atração de média 550 estudantes são enviados para
professores para seu quadro permanen- instituições espalhadas nos cinco conti-
te, incentivando os programas a inserirem nentes, anualmente, em livre competição
pesquisadores internacionais como cola- através de editais públicos e regras trans-
boradores perenes, e, respeitando a regra
RECEBIMENTO DE ALUNOS
de ingresso no serviço público por con-
147
curso público, oferecendo meios para via- 138
bilizar e incentivar a realização de provas 128 127

em língua inglesa. Também se tem tido o 123


92
cuidado de divulgar internacionalmente
as vagas abertas na Universidade Federal 67
Fluminense.
26

Mobilidade Internacional (Out) 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Os programas de pós-graduação da
Universidade Federal Fluminense têm ENVIO DE ALUNOS
utilizado de forma eficaz a totalidade das
cotas de doutorado-sanduiche que rece- 847

bemos. Há demanda, inclusive, para um 651


538
615
518
número maior de bolsas do que as dis-
poníveis atualmente, especialmente para 361

programas imbuídos do espírito de inter-


nacionalização e que já alcançam a exce- 199

lência segundo os parâmetros da Capes.


Muitos desses doutorados então se 98
convertendo em teses em cotutela. A po-
lítica de incentivo às teses de doutora- 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Figura 2 Evolução dos números da Mobilidade In e Out


16 de estudantes da UFF.
parentes. ano, oriundos de todos os continentes,
Quando da participação da Univer- que vêm cursar um ou dois semestres em
sidade Federal Fluminense no progra- diversas áreas. Temos também incenti-
ma Ciência Sem Fronteiras, foi a segunda vado a vinda de estudantes para períodos
universidade do Estado do Rio de Janeiro mais curtos em laboratórios de pesquisa.
que mais enviou alunos: quase 1.300 es- Em dezembro de 2017, havia ao menos
tudantes de graduação ao longo de todos um aluno estrangeiro em 62% de nossos
os anos de duração do programa. A queda programas de pós-graduação. Provinham
de intensidade da mobilidade estudantil, da América Latina em sua ampla maioria,
visível na Figura 2, deve-se ao fim desse seguidos por África, Europa, América do
programa. Norte, Ásia e Oriente Médio. A presença
Com recursos próprios e de parceiros, de estudantes estrangeiros de graduação
a Universidade Federal Fluminense ofere- e de pós-graduação em nossos campi fa-
ce anualmente 60 bolsas de auxílio para vorece o florescimento de um ambiente
alunos de mobilidade seguindo critérios multicultural e internacional.
de excelência acadêmica e vulnerabili- Neste sentido, há cinco anos a Supe-
dade socioeconômica. A seleção dos estu- rintendência de Relações Internacionais
dantes é feita por um comitê formado por têm incentivado professores de pós-gra-
professores de diferentes áreas do saber, duação a oferecer disciplinas em idio-
e representantes de superintendências e mas estrangeiros, sobretudo inglês, com
pró-reitorias. o duplo objetivo de atrair mais estudan-
Os números de mobilidade de gradu- tes estrangeiros e de elevar a competência
ação da Universidade Federal Fluminen- linguística de nossos alunos. Alguns pro-
se demonstram claramente que a cultu- gramas de pós-graduação responderam
ra de internacionalização está bastante muito bem a essas recomendações, com-
avançada em nossos cursos de graduação. preendendo que é uma medida importan-
Algumas ações no sentido de qualificar te para aumentar a abertura em relação ao
ainda mais a mobilidade de graduação já mundo e a qualidade do ensino. Também
estão em curso, como parcerias de duplo- é uma prática enriquecedora para o pró-
-diploma nas áreas de Economia e Turis- prio professor, que exercita assim uma
mo, além dos programas de Licenciatura língua estrangeira de maior circulação na
internacional da Capes (PLI), dos quais a academia internacional que o português
universidade tem participado nos últimos brasileiro.
anos. Inúmeras disciplinas dos cursos de
pós-graduação têm sido ministrados em
idioma estrangeiro a cada semestre, seja
Mobilidade Internacional (In) e Disci-
por professores estrangeiros, seja por
plinas em Línguas Estrangeiras professores brasileiros. Alunos estrangei-
A Universidade Federal Fluminense ros e brasileiros têm participado, e não
envia muito mais alunos ao exterior do apenas de pós-graduação, pois muitos
que recebe, numa proporção que oscila desses cursos são abertos a alunos de gra-
entre três e sete para um, aproximada- duação. Em dezembro de 2017, quatro em
mente. Apesar da balança desfavorável na cada dez programas de pós-graduação da
Mobilidade In, a universidade tem recebi- universidade ofereciam cursos em língua
do uma média de 120 estudantes estran- estrangeira, principalmente inglês.
geiros em seus cursos de graduação a cada
Como ministrar cursos em língua es-
17
trangeira exige um esforço maior dos Para atrair mais professores e pes-
professores brasileiros do que fazê-lo na quisadores estrangeiros, será preciso le-
sua língua materna, está previsto o ofere- var a cabo uma série de medidas.
cimento de capacitação na área de “inglês • Reforçar o trabalho de comunicação
como meio de instrução” (English as a Me- interna, divulgando editais e opor-
dium of Instruction, ou EMI) para prestar tunidades de custeio de missões e
apoio aos docentes engajados nesse pro- visitas de curto e médio prazo;
jeto. • Sempre que necessário, a Superin-
Facilitar a acolhida de alunos estran- tendência de Relações Internacio-
geiros também requer que servidores se- nais assistirá, na tarefa de respon-
cretários de coordenações de graduações der aos editais, os departamentos e
e pós-graduação expandam suas com- programas de pós-graduação;
petências linguísticas. Por essa razão, em • Levantar recursos para dinamizar
2017 deu-se início à oferta de cursos de o programa próprio de professores
inglês e francês voltados para esse público visitantes estrangeiros;
específico.
• Para viabilizar a atração e a fixação
Por fim, o cartão de visitas e a prin- de professores no quadro perma-
cipal fonte de informação para futuros nente, incentivar e auxiliar progra-
alunos são páginas de internet, que de- mas a preparar concursos abertos à
vem apresentar uma versão em inglês. A comunidade acadêmica internacio-
Superintendência de Relações Internacio- nal, e divulgar internacionalmente
nais, ponto de contato inicial de muitos as vagas;
com a universidade, especialmente alu-
• Disseminar entre os programas de
nos de graduação, já há muitos anos ofe-
pós-gradução a cultura de organi-
rece informações em inglês. As páginas
zação de Summer Schools ou Winter
dos programas de pós-graduação, assim
Schools, estruturados como cursos
como de unidades de ensino, vêm sendo
de curta duração abrangendo temas
traduzidas em anos recentes. Espera-se
na fronteira do conhecimento, co-
que em pouco tempo todas o estejam.
ministrados por professores locais
e professores estrangeiros convida-
O que mais queremos em termos de dos.
internacionalização do ensino na UFF O fato de já ser muito intensa atual-
e como pretendemos alcançar mente não dispensa a Universidade Fe-
É intenção da Universidade Federal deral Fluminense de trabalhar para ex-
Fluminense tornar a internacionalização pandir e qualificar a Mobilidade Out de
uma peça-chave de seu sistema de ensi- estudantes de pós-graduação e de gra-
no. Para alcançá-lo, será preciso estimu- duação, através das medidas que seguem:
lar por todas as formas a mobilidade de • Levantar recursos junto a diferentes
professores, técnicos e de estudantes de instituições – agências de fomento
pós-graduação e de graduação. Também nacionais e internacionais, univer-
será necessário promover um ambiente sidades parceiras e redes às quais
multicultural, voltado ao entendimento pertencemos, empresas nacionais
da diversidade, onde o estudante possa e internacionais – para ampliar as
entender e vivenciar a heterogeneidade e oportunidades de doutorado-san-
as diferentes identidades. duiche;

18
• Enxergar cada estudante de gradu- cursos de graduação;
ação no exterior e cada doutorando • Capacitar docentes envolvidos na
beneficiários de bolsa-sanduíche iniciativa de disciplinas ministradas
como um potencial agente colabo- em “inglês como meio de instrução”,
rador na criação ou consolidação de bem como para outros idiomas;
programas de dupla diplomação e • Ampliar a oferta de cursos de lín-
cotutela, e prepará-los para tal; guas para secretários das coorde-
• Sensibilizar coordenadores de gra- nações de pós-graduação e gradua-
duação e pós-graduação a traba- ção;
lharem em prol da multiplicação da • Completar a tarefa de tradução de
dupla diplomação, dos doutorados- páginas de internet de todos os
-sanduíches e das cotutelas; programas de pós-graduação e, se
• A Mobilidade Internacional Out de possível, dos departamentos e uni-
graduação já faz parte da cultura do dades;
estudante de graduação da Univer- • Visando uma formação intercultural
sidade Federal Fluminense, mas é e aberta à alteridade, estimular a in-
possível expandir o contingente de ternacionalização dos currículos e a
estudantes que parte em intercâm- inclusão de temas internacionais nas
bios e de alternativas de universida- aulas de graduação e de pós-gradu-
des de destino, e qualificar mais a ação;
mobilidade, buscando ampliar o rol
• Ampliar o rol de exames de profi-
de universidades de ponta em cada
ciência ou nivelamento linguísticos
área de ensino;
oferecidos na própria universida-
• Estimular políticas de flexibilização de, seja os internos, seja os exter-
de currículos, a fim de que sejam nos como o Celpe-Bras, por meio de
voltados ao panorama internacional parcerias com as instituições com-
em termos de tema e formatos ade- petentes;
quados;
• Aprimorar o acolhimento do es-
• Aprimorar os mecanismos de reco- tudante estrangeiro, sobretudo na
nhecimento de créditos e diplomas pós-graduação.
obtidos no exterior, facilitando sua
integração curricular – inclusive por
meio da criação de regulamentações Extensão
especificas que desburocratizem tais Buddy Program, o programa de acolhi-
processos.
mento de estudantes estrangeiros
A Mobilidade In de estudantes de
O Buddy Program, programa de aco-
pós-graduação e de graduação requer
lhimento de estudantes estrangeiros de
uma atenção especial, porque enfrenta
graduação da Universidade Federal Flu-
algumas barreiras desafiadoras.
minense, é considerado um grande suces-
• Sensibilizar mais professores de so. O programa visa promover a integração
pós-graduação a oferecem discipli- dos alunos estrangeiros com os alunos da
nas em idiomas estrangeiros, so- Universidade Federal Fluminense e com a
bretudo inglês e espanhol; universidade. É uma atividade voluntária
• Na medida do possível, estender a que consiste em uma rica experiência de
oferta de disciplinas em inglês nos intercâmbio cultural sem sair do país. Os

19
padrinhos são responsáveis por assistir o academicamente, mas também em nível
aluno estrangeiro quando da sua chegada profissional e interpessoal.
ao Brasil, auxiliando-o no que for neces-
sário. Ao fim do intercâmbio, e depois da
O que mais queremos em termos de
entrega do relatório final, são concedidos
certificados de participação àqueles que
internacionalização da extensão na
cumpriram com suas obrigações junto ao UFF e como pretendemos alcançar
buddy program, que se transformam em • Estender à pós-graduação o Buddy
créditos no curso de graduação. Program, programa de acolhimento
de estudantes estrangeiros;
• Ampliar o leque de projetos de ex-
Programas de extensão em parceria
tensão apresentados aos alunos es-
com a Superintendência de Relações
trangeiros, a fim de proporcionar
Internacionais vivências em projetos voltados à so-
Aos alunos estrangeiros em mobili- ciedade fora dos muros da universi-
dade internacional, a Superintendência dade;
de Relações Internacionais disponibiliza • Trabalhar para que a participação
informações e incentiva sua participação em atividades de extensão seja va-
em programas de extensão realizados na lorizada em sua universidade de
universidade, o que lhes permite expan- origem, possivelmente converten-
dir suas experiências para além da sala de do-se em créditos;
aula.
• Propor parcerias internacionais no
Durante a cerimônia de acolhimento campo da extensão, promovendo a
dos alunos estrangeiros, organizada com vinda de professores e pesquisado-
o objetivo de instruir os alunos de mobili- res estrangeiros para atividades de
dade antes do início do semestre, são con- extensão;
vidados representantes dos programas de
• Estimular parcerias com empresas
extensão com parceria mais estreita com
nacionais ou estrangeiras em proje-
a Superintendência de Relações Interna-
tos de extensão internacionais;
cionais, entre os quais: Educação Patri-
monial em Oriximiná, Perceber sem Ver, • Criar bolsas de extensão na modali-
UFF SOS Comunidade e Knowledge Identi- dade aluno estrangeiro.
ty Language Tools (KILT). Os representan-
tes expõem os diversos focos de atividade
de seus programas, que se expandem por
Uma política linguística dinâmica
diversas áreas disciplinares e trazem as- e abrangente
pectos de atuação únicos à realidade na- Abarcando ensino, pesquisa e exten-
cional, o que desperta grande interesse são, e com vistas ao desenvolvimento dos
por parte de vários alunos estrangeiros. processos de internacionalização da uni-
A Superintendência de Relações In- versidade, a política linguística adota-
ternacionais está sempre aberta a rece- da pela Universidade Federal Fluminen-
ber nesse evento representantes de ou- se articula-se a partir da parceria entre
tros projetos de extensão que estejam diversas instâncias: Superintendência de
dispostos a integrar alunos de Mobilida- Relações Internacionais, Pró-Reitorias,
de Internacional, pois compreende que a Fundação Euclides da Cunha de Apoio à
experiências enriquece os alunos não só UFF (FEC), Instituto de Letras e o Depar-

20
tamento de Letras Estrangeiras Modernas • Confucius Classroom: Em agosto de
(GLE), tendo o plurilinguismo, a inclusão 2018, a Universidade Federal Flu-
e a formação integral do cidadão como minense, irá inaugurar a sede do
princípios. Na promoção desses princí- Instituto Confúcio, resultado de
pios, os elementos norteadores são: um convênio com a Hebei Normal
• Democratização do acesso à apren- University, e o Hanban, órgão res-
dizagem de línguas estrangeiras, ponsável pela divulgação e ensino
como parte integrante da formação da língua e da cultura chinesa no
do cidadão por intermédio da oferta mundo. O Confucius Classroom, será o
de aulas gratuitas de língua estran- responsável por todas as atividades
geira, com material incluso para a ligadas à difusão da língua e da cul-
comunidade acadêmica; tura chinesa na Universidade.
• Desenvolvimento da proficiência A Universidade Federal Fluminense
em língua estrangeira dos mem- conta atualmente com cinco programas
bros de sua comunidade acadêmi- de ações linguísticas envolvendo o ensi-
ca, instrumentalizando-a para agir no e a promoção de línguas estrangeiras,
no mundo acadêmico internacional, como parte de sua política de internacio-
• Expansão da consciência linguís- nalização. Todos eles contribuem para a
tica e de habilidades interculturais formação inicial e continuada dos profes-
e críticas, por intermédio da valori- sores de língua estrangeira, com destaque
zação das variedades linguísticas e para a formação de alunos das licencia-
culturais e da problematização; turas em Letras/Língua Estrangeira, mas
também para a internacionalização da
• Busca da equidade na oferta de cur-
universidade, incluindo nesse processo
sos de língua estrangeira entre a
os campi do interior do estado, para a pro-
sede e os campi do interior;
moção do plurilinguismo na universidade
• Abrangência de ações, contemplan- e para fomentar pesquisas sobre ensino
do a comunidade universitária e ex- de línguas e sobre políticas linguísticas.
tramuros, por intermédio da oferta
de cursos segundo os pressupostos
da Extensão Universitária; Programa de Línguas Estrangeiras e
• Acesso do aluno internacional à Modernas (PROLEM)
principal língua de instrução - o Programa de extensão ligado ao curso
português, por intermédio da oferta de Letras, foi criado em 1994 com a oferta
de cursos para esse público. de cursos pagos de línguas ao público em
• Ampliação dos espaços para forma- geral. Atualmente, oferece cursos regula-
ção do profissional de Letras – pro- res de dez línguas estrangeiras modernas
fessor ou tradutor em formação – e duas clássicas para adultos, incluindo
por intermédio de sua participação Língua Instrumental à comunidade uni-
em programas da universidade; versitária e extramuros. O Prolem se in-
tegra às demais instâncias de programas
• Educação continuada para o pro-
de línguas da UFF, sendo mais uma op-
fessor de língua estrangeira, por
ção aos alunos interessados em aprender
intermédio da interlocução entre a
idiomas e se internacionalizar. O progra-
Universidade Federal Fluminense e a
ma também oferece aos alunos dos cursos
rede de escolas públicas da Educação
de licenciatura em letras a oportunidade
Básica.

21
de exercer a prática docente, valorizando cer a qualificação de seus servidores em
o multiculturalismo e o multilinguíssimo, temas ligados à internacionalização.
essenciais ao processo de internacionali-
zação.
Idiomas sem Fronteiras (IsF)
Criado em 2013, oferta cursos gratui-
Programa de Universalização de Lín- tos, presenciais e ou à distância, para as
guas Estrangeiras (PULE) comunidades interna e externa, inclusi-
É senso comum no mundo moderno ve a professores da Educação Básica Pro-
e globalizado a importância do conhe- grama do governo federal, o Idiomas sem
cimento de línguas estrangeiras para a Fronteiras tem uma forte atuação na Uni-
formação cidadã e profissional. O merca- versidade Federal Fluminense. Ele está
do de trabalho, o mundo da cultura e das voltado para ações em prol de uma política
redes sociais exigem diariamente um co- linguística para a internacionalização do
nhecimento de línguas sem o qual o su- ensino superior brasileiro. O Idiomas sem
jeito se vê alijado de participação no jogo Fronteiras funciona em integração com o
da mundialização. O estudante médio, que PULE e juntos oferecem os exames Toefl,
acede à universidade pública, tem pouca que atendem aos programas de mobilida-
ou nenhuma formação de língua estran- de e às demandas da Capes.
geira. Neste sentido a Universidade Fe-
deral Fluminense lançou uma importante Português como Língua Estrangeira
ação, que é a universalização do ensino
Desde 1998, a Universidade Fede-
de língua estrangeira aos alunos de Gra-
ral Fluminense também oferece cursos
duação e Pós-graduação em condição de
de português como língua estrangeira
vulnerabilidade sócioeconômica.
aos alunos de universidades parceiras
Em 2012, com a criação do Programa de graduação ou de pós-graduação que
de Universalização de Línguas Estrangei- transitam por nossa universidade. A equi-
ras (PULE), a Superintendência de Rela- pe de português como língua estrangei-
ções Internacionais e o Departamento de ra também é a responsável pela aplicação
Letras Estrangeiras Modernas passam a do Celpe-Bras, programa federal do MEC/
oferecer seis semestres de ensino básico MRE de certificação de português para
de cinco idiomas, a saber: inglês, espa- estrangeiros. Estamos em fase de fina-
nhol, francês, alemão e italiano. A partir lização de um curso online de português
de 2016, o PULE passa a oferecer as lín- para estrangeiros a ser disponibilizado
guas chinesa e russa. O programa está aos nossos parceiros internacionais.
aberto ao aluno de qualquer curso de gra-
duação que não tenha acesso ao aprendi-
zado de uma língua estrangeira. O PULE Centro de Línguas e Cultura da UFF
promove a inclusão através do ensino e Como marco da atuação destacada da
aprendizagem de línguas estrangeiras, Universidade Federal Fluminense em prol
contribui para a formação do aluno e do da internacionalização, em março de 2018
tutor de letras e expande o horizonte da- inaugura-se um Centro de Línguas e de
queles que necessitam do idioma. Cultura, espaço de ensino de línguas, mas
Em 2017, o PULE abriu-se também também de atendimento de estudantes e
aos servidores, acreditando que a Univer- docentes estrangeiros. O Centro de Lín-
sidade Federal Fluminense deve fortale- guas irá maximizar as ofertas e concen-

22
trar os esforços de todos os programas de linguística na UFF e como pretende-
línguas estrangeiras da universidade, de mos alcançar
forma integrada. • Criação de turmas de língua es-
A criação do Centro busca atender uma trangeira para atendimento de de-
demanda que nasce junto ao processo de mandas específicas dos docentes
internacionalização da universidade. O e discentes, e desenvolvimento de
Centro será autônomo e, ao mesmo tem- habilidades necessárias à inserção
po, interdepartamental e interdisciplinar. internacional;
Tem por objetivo o apoio à formação lin- • Introduzir o conceito de Collabo-
guística da comunidade universitária, um rative Online International Learning
ponto de apoio aos alunos e professores (COIL) na universidade, promoven-
estrangeiros que visitam a universidade, do a condução de aulas comparti-
além de ser um centro difusor da língua lhadas entre a Universidade Federal
portuguesa e da cultura brasileira e eixo Fluminense e instituições de ensino
fundamental para o processo de inter- em outros países, por meio de plata-
nacionalização da Universidade Federal formas modernas de comunicação,
Fluminense. de modo que nossos alunos possam
As atividades propostas vão além das usufruir de uma experiência inter-
áreas de línguas e cultura, na medida em nacional durante seus cursos em
que, como eixo fundamental da interna- nossa universidade;
cionalização, o Centro pretende manter • Ampliar o rol de exames de profi-
uma agenda de atividades com os acadê- ciência ou nivelamento linguísticos
micos e professores estrangeiros convi- oferecidos na própria universidade,
dados, de diferentes áreas do saber, di- a exemplo do Toefl ITP, atualmente
vulgando sua expertise, de forma aberta a realizado com regularidade na Uni-
toda a universidade, da mesma forma que versidade Federal Fluminense, por
se pretende relacionar com professores, meio de seu projeto Idiomas Sem
alunos e membros da comunidade acadê- Fronteiras;
mica engajados em projetos internacio-
• Validação das ações dos programas
nais.
de língua estrangeira da Universi-
Contando com docentes especializa- dade Federal Fluminense como ati-
dos, o Centro de Línguas e Cultura terá vidade curricular complementar e
proposta pedagógica abrangente, po- também para o ingresso nos progra-
dendo oferecer serviços específicos do mas de pós-graduação;
interesse da comunidade acadêmica da
• Intensificar a oferta de cursos de
universidade, bem como da comunidade
língua estrangeira para objetivos
estrangeira com as quais desenvolvemos
acadêmicos;
parcerias. Com o Centro, a Universidade
• Contribuir para a oferta de discipli-
pretende desenvolver uma oferta regular
nas não linguísticas em língua es-
de cursos de curta duração, como Summer
trangeira;
e Winter Courses.
• Ampliar a oferta de cursos para o
corpo técnico-administrativo da
universidade, instrumentalizando-
-os para o atendimento de discentes
O que mais queremos como política e docentes internacionais e para o

23
contato com universidades no exte- namente integrada a cultura acadêmica.
rior. Esse sistema também gerencia a área de
• Incentivar a participação e a orga- convênios e acordos.
nização de eventos internacionais
que favoreçam o intercâmbio aca- Redes nacionais
dêmico através do uso de língua es-
Forma eficaz de aumentar sua par-
trangeira;
ticipação e sua visibilidade nacional e
• Estimular a produção bibliográfica internacional, a Universidade Federal
em língua estrangeira. Fluminense integra uma série de redes
• Ampliar o reconhecimento de tes- nacionais e internacionais:
tes de proficiência e certificados • Grupo Coimbra de Universidades
de conclusão de cursos ministra- Brasileiras (GCUB): por meio do
dos pelos programas de língua es- qual participa do programa PAEC-
trangeira para a concessão de bolsas OEA e recebe alunos da América La-
institucionais, para a promoção na tina para cursos de pós-graduação;
carreira docente e do técnico-admi-
• Rede das Assessorias Internacio-
nistrativo e para o acesso aos pro-
nais do Rio de Janeiro (REARI-RJ):
gramas de pós-graduação.
formada pelos órgãos responsáveis
pelas relações internacionais do Es-
tado do Rio de Janeiro;
Aspectos institucionais e de
• Associação Brasileira de Educação
gestão
Internacional (FAUBAI): rede for-
Para lograr o sucesso deste Plano de mada pelos órgãos responsáveis pe-
Internacionalização, que já se encontra las relações internacionais de todo o
em funcionamento, e da consolidação dos Brasil;
pontos que sabemos que podemos avan-
• Conselho de Gestores de Relações
çar, a Universidade Federal Fluminense
Internacionais das Instituições Fe-
dispõe de políticas institucionais que in-
derais de Ensino Superior (CEGRI-
duzem a um conjunto de estratégias que
FES): rede formada pelos órgãos
visam a realização e o êxito do Plano de
responsáveis pelas relações inter-
Internacionalização. A Superintendên-
nacionais nas universidades federais
cia de Relações Internacionais é o órgão
brasileiras.
responsável pelas ações de Internaciona-
lização respeitando a transversalidade de
todo o processo. Metas gerais institucionais e de gestão
• Aperfeiçoar o sistema de gestão da
Sistema de Gestão da Internacionali- internacionalização;
zação • Integrar a Mobilidade Internacional
de estudantes ao sistema de geren-
O gerenciamento dos programas de
ciamento de pós-graduação da uni-
Mobilidade In e Out é realizado através
versidade (SisPos);
de um sistema desenvolvido pela uni-
versidade, que já está integrado ao sis- • Ampliar a participação em redes na-
tema acadêmico da Universidade Federal cionais e qualificação da participa-
Fluminense (IdUFF), demonstrando que ção atual;
a internacionalização se encontra ple- • Consolidar a presença da Universi-

24
dade Federal Fluminense em even-
tos, feiras e missões ao exterior;
• Ampliar a produção de material de
divulgação e difusão da alta qualida-
de do ensino e da pesquisa na Uni-
versidade Federal Fluminense, de
sua boa estrutura, e de seu ambiente
acolhedor;
• Consolidar internacionalmente a
marca Universidade Federal Flumi-
nense (UFF).

25
Capítulo 2:

CAPÍTULO 2
Áreas geográficas e
temáticas prioritárias
Após a divulgação do edital Capes- versa, heterogênea e abrangente, e sin-
-PrInt, o reitor da Universidade Federal tetizar as áreas temáticas e geográficas
Fluminense constituiu um amplo Grupo prioritárias para os próximos anos, visan-
de Trabalho, formado por integrantes da do alcançar os objetivos estabelecidos no
administração da universidade e por co- edital.
ordenadores de programas de pós-gra- Os seguintes princípios foram obser-
duação de várias áreas, incumbidos de vados no processo:
atualizar este Plano Institucional de In- • Participação destacada dos progra-
ternacionalização e de elaborar um Pro- mas de pós-graduação com notas 6 e
jeto de Internacionalização para o período 7 na avaliação quadrienal 2013-2016
2018-2022. As prioridades são passíveis da Capes, em razão da excelência in-
de ajustes e redirecionamentos ao final do ternacional dos referidos cursos;
quadriênio.
• Indução de ações inter e multidisci-
Como mencionado na introdução des- plinares entre diferentes programas
te Plano, funcionam na Universidade Fe- de pós-graduação (incluindo aque-
deral Fluminense nada menos do que 81 les com nota 5 e 4 da Capes) e grupos
programas de pós-graduação stricto sen- de pesquisa, com impactos espera-
su, divididos em todas as áreas do conhe- dos sobre o grau de internacionali-
cimento. zação da universidade, inclusive no
Um dos primeiros desafios enfrenta- ensino de pós-graduação e gradua-
dos por esse Grupo de Trabalho era o de ção, em alinhamento com este Plano
consultar essa comunidade acadêmica di- de Internacionalização;

Ciências Humanas
13,3%

Multidisciplinar
13,3%
Ciências Sociais Aplicadas
18,7%
Linguística, Letras e Artes
Ciências Agrárias 4%
2,7%
Ciências Exatas e da Terra
9,3%
Ciências da Saúde
18,7%
Ciências Biológicas
5,3%

Engenharias
14,7%

Figura 3 Distribuição, em Áreas do Conhecimento, dos programas de pós-graduação da UFF.

26
• Possibilidade de desenvolver temas máticas prioritárias no processo de inter-
de importância e expressão interna- nacionalização da Universidade Federal
cionais que promovam a visibilidade Fluminense:
institucional nos periódicos de alto • Desigualdades globais e sociedades
impacto, eventos e premiações; • Inovação tecnológica de processos e
• Histórico de colaborações interna- produtos, otimização de sistemas e
cionais com resultados e impactos serviços, nanociências, computação
definidos e relevantes, e captação cientifica e materiais inteligentes
de recursos, inclusive de instituições • Saúde única e bem-estar: relações
estrangeiras de fomento e de em- humano-animal-ambiente
presas;
• Clima ou mudanças globais: do pas-
• Atendimento dos desafios socioeco- sado ao futuro
nômicos e das áreas estratégicas das
• Produção e circulação dos discursos
políticas públicas em ciência, tecno-
e narrativas
logia e inovação.
Após uma consulta inicial realizada
em dezembro de 2017 aos professores e Áreas Geográficas prioritárias
coordenadores de pós-graduação, em ja- Outro resultado importante da con-
neiro de 2018 organizaram-se reuniões sulta à comunidade acadêmica foi a ne-
de alguns coordenadores de programas cessidade de se manter um duplo foco
organizados segundo Colégios – Huma- geográfico no processo de internacionali-
nidades; Ciências da Vida; Exatas, Tec- zação da Universidade Federal Fluminen-
nológicas e Multidisciplinares (Figura 4) se.
– que receberam a tarefa de sintetizar as Em nossa internacionalização, valo-
sugestões e propostas de professores e rizamos a parceria com instituições bem
coordenadores. qualificadas em todos os continentes.
Entendemos que a Universidade Federal
Ciências da Vida
Fluminense, como uma das grandes uni-
26% Humanidades
36%
versidades do país, deva cumprir seu pa-
pel de buscar parcerias com os grandes
centros, historicamente produtores de
conhecimento, ciência e cultura, notada-
mente em países europeus e norte-ame-
Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar
38%
ricanos.
Paralelamente, deve seguir fortale-
Figura 4 Distribuição dos programas de pós-graduação da UFF cendo seu papel de líder e parceiro privi-
segundo os Colégios da Capes.
legiado de países da América Latina e da
África. É fundamental desenvolver uma
Por fim, de posse das sínteses por Co- internacionalização solidária com insti-
légio, o Grupo de Trabalho voltou a reu- tuições e centros de pesquisa no exterior
nir-se para um esforço final de síntese. que estejam ainda em fase de implanta-
ção e de consolidação da pós-graduação
Áreas Temáticas prioritárias e para os quais possa dar efetiva contri-
buição.
Um dos resultados desse longo pro-
cesso foi a definição de cinco áreas te-
27
Capítulo 3:

CAPÍTULO 3
Diretrizes para Programas
de Pós-Graduação em
diferentes graus de
internacionalização
Nesta seção, apresentam-se diretri- ros para curso, estágios, encontros
zes específicas dirigidas a dois tipos de e pesquisas (inclusive doutorado-
programa de pós-graduação: consoli- -sanduíche) ou reuniões científicas;
dados e em consolidação. Espera-se que • Incentivo a discentes, docentes e
essas orientações sirvam como guia para funcionários a utilizar instrumentos
balizar ações de internacionalização de já fornecidos pela Universidade Fe-
coordenadores de programas, docentes e deral Fluminense para capacitação
discentes da Universidade Federal Flumi- em língua estrangeiro (PULE etc.) e
nense no período 2018-2022, bem como demandar, quando for o caso, tipos
para o médio e longo prazos. de capacitação mais específicos para
suas necessidades.

Programas de Pós-Graduação
em consolidação Para o Docente
• Realização de estágio de pós-douto-
ramento no exterior;
Para o Programa • Participação em reuniões científi-
• Apresentação do site do programa cas no exterior, com apresentação
em mais de uma língua; de trabalho e publicação de trabalho
• Acolhimento de professores ou pes- completo em anais;
quisadores de instituições estran- • Capacitação em línguas estrangei-
geiras para ministrar conferências ras.
ou disciplinas no programa;
• Acolhimento de professores de insti-
tuições estrangeiras para participa-
Para o Discente
ção em reuniões científicas organi- • Realização de doutorado-sanduíche
zadas pelo programa, isoladamente no exterior e participação de dou-
ou em parceria com outros progra- torandos em reuniões científicas no
mas; exterior, com apresentação de tra-
balho.
• Acolhimento de alunos estrangei-

28
Programas de Pós-Graduação Para o Docente
consolidados • Participação em projetos de pesqui-
sa que envolvam grupos de pesquisa
ou instituições do exterior;
Para o Programa
• Estabelecimento de cooperação com
• Acolhimento de professor visitante
instituições e grupos de pesquisa no
de instituição no exterior, em está-
exterior, para desenvolvimento de
gio de pelo menos 15 dias, para mi-
projetos de pesquisa e de mobilidade
nistrar disciplina ou orientar pes-
de alunos e de professores;
quisa (mestrado, doutorado) e para
• Desenvolvimento de acordos de coo-
participar de projeto de pesquisa;
peração baseados em reciprocidade,
• Publicação de professores visitantes
em bi- e multilateralidade e na for-
no Brasil, em conjunto com profes-
ma de redes de pesquisa, envolven-
sores ou alunos do programa ou em
do, de preferência, financiamento
periódico do programa;
recíproco das partes em cooperação;
• Acolhimento de alunos de insti-
• Obtenção de financiamento nacional
tuições estrangeiras em orientação
(de agências de fomento e outros) e
para obtenção de dupla titulação ou
internacional;
em cotutela, e também de alunos do
• Participação em instituições do ex-
PEC-PG para o mestrado e o douto-
terior, para proferir palestras, con-
rado;
ferências ou similares, ou ministrar
• Acolhimento de alunos em pós-dou-
cursos e seminários;
toramento;
• Realização de estágios de pesquisa
• Oferecimento de disciplinas em ou-
em instituições no exterior;
tras línguas;
• Publicação de trabalhos no exterior,
• Publicação de periódicos em língua
de autoria individual ou em coauto-
estrangeira, publicação de periódi-
ria com pesquisadores estrangeiros:
cos que aceitem artigos em outras
livros integrais, artigos em periódi-
línguas, além do português, publi-
cos, capítulos de livros, organização
cação de periódicos bilíngues, ga-
de coletâneas e de números ou dos-
rantindo assim, em todos esses ca-
siês temáticos de periódicos;
sos, maior inserção internacional;
• Publicação por docentes estrangei-
• Publicação de coletâneas multilín-
ros de trabalhos no Brasil, de auto-
gues, com textos em diferentes lín-
ria individual ou em coautoria com
guas;
pesquisadores do programa: livros
• Realização de cursos, conferências, integrais, artigos em periódicos,
reuniões de trabalho, reuniões cien- capítulos de livros, organização de
tíficas, defesas por telemática (tele- coletâneas e de números ou dossiês
conferência e outros); temáticos de periódicos;
• Desenvolvimento de infraestrutura •
Participação em organização de
institucional que permita aos do- eventos no exterior ou de eventos
centes, discentes e funcionários fa- internacionais no Brasil (por exem-
zerem atividades telemáticas regu- plo, eventos itinerantes de associa-
larmente; ções científicas que têm edições em
diferentes países);

29
• Participação em comitês científicos
de eventos no exterior ou de eventos
internacionais realizados no Brasil;
• Participação em diretoria ou conse-
lho de associações científicas e or-
ganizações internacionais;
• Emissão de pareceres ou outras for-
mas de consultoria para instituições
e periódicos estrangeiros;
• Participação em comissões editoriais
de periódicos e de coleções de livros
no exterior;
• Orientação ou co-orientação de pes-
quisa (mestrado, doutorado, etc.) de
alunos de instituições estrangeiras e
de pós-doutorados de pesquisadores
estrangeiros;
• Orientações de curta duração de alu-
nos de instituições estrangeiras;
• Participação em bancas no exterior;
• Recebimento de prêmios, homena-
gens e reconhecimento de nível in-
ternacional.

Para o Discente
• Participação em projetos de pesqui-
sa e intercâmbios com instituições
no exterior;
• Participação em reuniões científicas
no exterior, com apresentação de
trabalho e com publicação de traba-
lho completo nos anais;
• Orientação em cotutela ou obtenção
de dupla titulação.

30
O futuro que

O FUTURO
vislumbramos
Para alcançar o sucesso deste Plano Institucional de Internacionalização, que
já se encontra em funcionamento, e consolidar os pontos em que sabemos que po-
demos avançar, a Universidade Federal Fluminense dispõe de ferramentas institu-
cionais e de gestão que apoiam e induzem todo o processo de internacionalização,
através de estratégias a ele direcionadas, sem deixar de lado a transversalidade do
tripé ensino, pesquisa e extensão. Entendemos que a internacionalização não é um
fim em si mesma, mas um processo que funciona a partir da coordenação entre as
diferentes áreas da gestão acadêmica da universidade, em plena consonância com as
metas expressas em seu Plano de Desenvolvimento Institucional. A Superintendên-
cia de Relações Internacionais, em diálogo com as demais Pró-Reitorias é o órgão
responsável pelas ações de Internacionalização.
É importante ressaltar que este Plano Institucional de Internacionalização está
em consonância com o Projeto de Internacionalização a ser apresentado à CAPES,
em abril de 2018, em resposta ao edital PrInt, na medida em que prioriza diferentes
áreas do conhecimento, a partir da excelência de nossos programas de pós-gradu-
ação, dentro dos temas selecionados, todos eles desenvolvidos em grande parte dos
programas de pós-graduação da Universidade.
Este Plano Institucional de Internacionalização pretende ser o guia que orientará
o processo de internacionalização em curso na Universidade Federal Fluminense,
em suas diferentes esferas. As metas apresentadas deverão se concretizar na medida
em que a cultura da internacionalização seja disseminada em toda a comunidade
acadêmica, ao longo dos próximos anos. Considerando o engajamento de seu corpo
docente, discente e administrativo e sua vocação internacionalista, já demonstrada
neste Plano Institucional de Internacionalização, acreditamos que a Universidade
Federal Fluminense tem condições de exercer um importante papel de liderança na
internacionalização das universidades brasileiras.

Niterói, 21 de fevereiro de 2018

31
Anexo:
Quadro-síntese de metas
quantificadas
Geral
Meta
Indicador de Internacionalização Hoje
2019 2020 2021 2022

Número de convênios e acordos com instituições estrangeiras 244 270 300 325 350

Projetos de cooperação internacional (como pesquisa conjunta)


300 320 340 360 380
em desenvolvimento

Pesquisa, Ensino e Extensão


Meta
Indicador de Internacionalização Hoje
2019 2020 2021 2022

Número de Professores Visitantes no Exterior (Sênior) 120 140 160 180 200

Número de Professores Visitantes no Exterior (Júnior 40) 40 45 50 60 70

Número de Professores Estrangeiros Visitantes (com


15 17 19 22 25
permanência entre 15 dias e 1 ano)

Número de Jovens Talentos Estrangeiros 30 32 34 37 40

Fixação de doutor brasileiro com experiência no exterior 20 22 24 27 30

Alunos de Graduação-Sanduíche da UFF no exterior 150 160 170 180 200

Alunos da UFF em mobilidade do tipo Doutorado-Sanduíche no


100 120 140 160 180
exterior
Número de alunos que obtiveram dupla titulação/cotutela com
20 30 40 50 60
instituições no exterior
Número de Professores Visitantes (visitas curtas) e Pós-
300 325 350 375 400
Doutores estrangeiros
Missões de Trabalho de professores no exterior (inferior a 20
200 220 240 260 280
dias)
Participação de professores e alunos em eventos científicos no
200 220 240 260 280
exterior
Percentual de professores com experiência no exterior:
35% 38% 42% 46% 50%
Mestrado ou Doutorado, pleno ou sanduíche ou Pós-Doutorado

32
Meta
Indicador de Internacionalização Hoje
2019 2020 2021 2022

Percentual de alunos estrangeiros, em relação ao total de


2,5% 3,2% 3,8% 4,5% 5%
alunos na instituição (apenas alunos regulares)
Percentual de alunos estrangeiros regulares na Pós-graduação
2,3% 3% 3,7% 4,4% 5%
(Mestrado, Doutorado, pleno ou sanduíche)

Alunos estrangeiros temporários (em mobilidade no Brasil) na


0,2% 1% 2% 3% 4%
Pós-graduação

Produção Científica Internacional


Meta
Indicador de Internacionalização Hoje
2019 2020 2021 2022

Número de artigos publicados em idioma estrangeiro 2.000 2.100 2.200 2.300 2.400

Número de artigos publicados em revista com JCR 1.269 1.320 1.370 1.420 1.500

Número de artigos publicados com coautoria estrangeira 677 700 800 900 1.000

Política Linguística
Meta
Indicador de Internacionalização Hoje
2019 2020 2021 2022

Porcentagem de aulas ministradas em outro idioma 3% 4% 5% 6% 7%

Número de alunos de Pós-graduação participando de discipli-


400 450 500 550 600
nas lecionadas em línguas estrangeiras

Percentual de Programas de Pós-graduação com páginas em


20% 60% 100%
inglês

Número de alunos de Pós-graduação que possui fluência, ou


1.600 1.700 1.800 1.900 2.000
comprovação de fluência, em língua estrangeira

Proporção do corpo técnico com fluência em outros idiomas 30% 32% 34% 37% 40%

Treinamento para internacionalização (capacitação de corpo


20 23 26 30 35
técnico e de servidores)

33
Telefones: 21 3674-7901 / 3674-7903
sri@id.uff.br
www.uff.br/grupo/internacional
@SRIUFF

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