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A UNIVERSALIZAÇÃO DA MULHER COMO INFERIOR AO HOMEM

As questões que envolve gênero (feminino, masculino) tem despertado grandes


discussões que implicam nas bases das estruturas de nossa sociedade. Em análises
superficiais podemos notar o quanto o gênero feminino e suas funções são desvalorizadas na
maioria das culturas. As análises científicas que comprovam, também, esse argumento fica
com antropóloga Sherry B. Ortner que diz: “O status secundário na sociedade é uma das
verdades universais, um fato pan-cultura” (p.95).
Para Ortner (1979) a mulher é vista como subordinada em todas as culturas, mas só
pode afirmar esse fato de maneira particular, visto que não há como analisar esse fenômeno
em todas as culturas existentes. Em seu artigo intitulado Está a mulher para o homem assim
como a natureza para a cultura? É citado o exemplo dos Crow matrilineares, a única cultura
vista por ela em que a mulher possui privilégios ou igualdade frente ao homem. Mas todo
esse matriarcado enfraquece, uma vez que a menstruação, um processo natural do corpo
feminino, é perseguida.
Para comprovação da afirmativa que diz: que a mulher possui um status inferior ao
homem na sociedade, tem-se como um caminho tais evidências:
 Desvalorização dos papeis femininos
 Esquemas simbólicos
 Exclusão feminina dos espaços de poder
Um aspecto bastante presente no texto de Sherry é o simbolismo de Natureza e
Cultura. A mulher é vista como a natureza e o homem como cultura. A cultura é analisada no
artigo como algo que é maior que a natureza por que a transcende.
A mulher torna-se mais próxima da natureza, em comparação ao homem por causa:
 Estrutura do corpo feminino: o corpo da mulher voltando-se a reprodução das
espécies.
 Papeis sociais femininos: que são, em sua maioria, predeterminados
culturalmente.
 Psique feminina: que não é fruto do que chamam de determinismo biológico, e
sim de processos da sociabilidade feminina.
O gênero feminino por ter uma ligação, incontestável, com a natureza e de maneira
ativa e atuante na sociedade uma ligação também com a cultura torna-se uma mediadora entre
os processos naturais e culturais. Ela é a responsável pelos primeiros meses de vida de um
bebê, quando o mesmo precisa do leite materno para sobreviver, mais tarde ele torna-se a
educadora dessa criança que vai aprender a se ver no mundo através das crenças ensinadas.
Isto é, boa parte de sua vida é dedicada a outra vida.
Sherry Ortner levanta a hipótese de que pode haver uma ligação do homem com a
natureza, assim como a mulher com a cultura. Mas ela não discorre grandes argumentações,
pelo menos nesse trabalho, por conta da dificuldade das variações das análises.
Em conclusão podemos dizer que é inegável a relação natural da mulher com a
natureza, mas os argumentos apresentados até aqui nos mostram também que há uma ligação
bastante forte da mulher como geradora de signos. Beauvoir diz: o sexo feminino foi o mais
condenado a nível natural das coisas.
A debate gerado até aqui não serve para reprodução do machismo cultural de nossa
sociedade, que fique claro que eu em minha individualidade o abomino. A discussão
apresentada tem como objetivo dialogar com um conteúdo científico que demonstra o caráter
universal do status secundário da mulher comprovado através de evidências que aqui foram
discorridas.

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