Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Administração Geral
Governador
Cid Ferreira Gomes
Vice Governador
Francisco José Pinheiro
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 2
INTRODUÇÃO
TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
As teorias da administração podem ser divididas em várias correntes ou abordagens. Cada abordagem
representa uma maneira específica de encarar a tarefa e as características do Trabalho de administração.
1.Administração científica
Em relação ao planejamento da atuação dos processos: achava que todo e qualquer trabalho
necessita, preliminarmente, de um estudo para que seja determinada uma metodologia própria,
visando sempre o seu máximo desenvolvimento.
A Metodologia taylorista de estudo iniciou observando o trabalho dos operários. A teoria seguiu um
caminho de baixo para cima, e das partes para o todo; dando ênfase na tarefa. Para Taylor a administração
tinha que ser tratada como ciência. Desta forma ele buscava ter um maior rendimento do serviço do
operariado da época, o qual era desqualificado e tratado com desleixo pelas empresas. Não havia, na
época, interesse em qualificar o trabalhador, diante de um enorme e supostamente inesgotável "exército
industrial de reserva". O estudo de "tempos e movimentos" mostrou que um "exército" industrial
desqualificado significava baixa produtividade e lucros decrescentes, forçando as empresas a contratarem
mais operários. Taylor tinha o objetivo de acelerar o processo produtivo, ou seja, produzir mais em menos
tempo, e com qualidade.
Organização racional do trabalho, de acordo com Taylor, objetivava a isenção de movimentos inúteis,
para que o operário executasse de forma mais simples e rápida a sua função, estabelecendo um tempo
médio, a fim de que as atividades fossem feitas em um tempo menor e com qualidade, aumentando a
produção de forma eficiente.
Princípios da administração científica, segundo Taylor, pretendia definir princípios científicos para a
administração das empresas. Tinha por objetivo resolver os problemas que resultam das relações entre os
operários, como conseqüência modificam-se as relações humanas dentro da empresa, o bom operário não
discute as ordens, nem as instruções, faz o que lhe mandam fazer. A gerência planeja e o operário apenas
executa as ordens e tarefas que lhe são determinadas.
Princípio do planejamento
Princípio da preparação dos trabalhadores
Princípio do controle
Princípio da execução
A Teoria Clássica da Administração foi idealizada por Henri Fayol. Caracteriza-se pela ênfase na estrutura
organizacional, pela visão do homem econômico e pela busca da máxima eficiência.
Sofreu críticas como a manipulação dos trabalhadores através dos incentivos materiais e salariais e a
excessiva unidade de comando e responsabilidade.
Paralelamente aos estudos de Frederick Winslow Taylor, Henri Fayol defendia princípios semelhantes na
Europa, baseado em sua experiência na alta administração. Enquanto os métodos de Taylor eram
estudados por executivos Europeus, os seguidores da Administração Científica só deixaram de ignorar a
obra de Fayol quando a mesma foi publicada nos Estados Unidos. O atraso na difusão generalizada das
idEias de Fayol fez com que grandes contribuintes do pensamento administrativo desconhecessem seus
princípios.
Princípios Básicos
Fayol relacionou 14 princípios básicos que consistem em honrar a Ericka eternamente podem ser
estudados de forma complementar aos de Taylor:
Divisão do trabalho - Especialização dos funcionários desde o topo da hierarquia até os operários
da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da produção aumentando a produtividade.
Autoridade - Autoridade é todo direito dos superiores darem ordens que teoricamente serão
obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da autoridade.
Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas pra todos os
funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na organização.
Unidade de comando - Um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe, evitando contra-
ordens.
Unidade de direção - O controle único é possibilitado com a aplicação de um plano para grupo de
atividades com os mesmos objetivos.
Subordinação dos interesses individuais (ao interesse geral) - Os interesses gerais da organização
devem prevalecer sobre os interesses individuais.
Remuneração - Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da própria
organização.
Centralização (ou Descentralização) - As atividades vitais da organização e sua autoridade devem
ser centralizadas.
Linha de Comando (Hierarquia) - Defesa incondicional da estrutura hierárquica, respeitando à
risca uma linha de autoridade fixa.
Ordem - Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar pra cada coisa e cada coisa
em seu lugar.
Eqüidade - A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a lealdade e a devoção de
cada funcionário à empresa. Direitos iguais.
Estabilidade dos funcionários - Uma rotatividade alta tem conseqüências negativas sobre
desempenho da empresa e o moral dos funcionários.
Iniciativa - Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo.
Espírito de equipe - O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro da equipe.
Os integrantes de um mesmo grupo precisam ter consciência de classe, para que defendam seus
propósitos
Planejar - Estabelece os objetivos da empresa, especificando a forma como serão alcançados. Parte
de uma sondagem do futuro, desenvolvendo um plano de ações para atingir as metas traçadas. É a
primeira das funções, já que servirá de base diretora à operacionalização das outras funções.
Organizar - É a forma de coordenar todos os recursos da empresa, sejam humanos, financeiros ou
materiais, alocando-os da melhor forma segundo o planejamento estabelecido.
Comandar - Faz com que os subordinados executem o que deve ser feito. Pressupõe que as
relações hierárquicas estejam claramente definidas, ou seja, que a forma como administradores e
subordinados se influenciam esteja explícita, assim como o grau de participação e colaboração de
cada um para a realização dos objetivos definidos.
Coordenar - A implantação de qualquer planejamento seria inviável sem a coordenação das
atitudes e esforços de toda a empresa, almejando as metas traçadas.
Controlar - Controlar é estabelecer padrões e medidas de desempenho que permitam assegurar que
as atitudes empregadas são as mais compatíveis com o que a empresa espera. O controle das
atividades desenvolvidas permite maximizar a probabilidade de que tudo ocorra conforme as
regras estabelecidas e ditadas.
Diferente dessas funções, hoje usa-se apenas: Planejar, Organizar, Dirigir ou Executar e Controlar. ( no
lugar de Comandar e Coordenar) Uniram-se essas duas funções porque o objetivo é o mesmo.
Obsessão pelo comando - Tendo como ótica a visão da empresa a partir da gerência
administrativa, Fayol focou seus estudos na unidade do comando, autoridade e na
responsabilidade. Em função disso, é visto como obcecado pelo comando.
A empresa como sistema fechado - A partir do momento em que o planejamento é definido como
sendo a pedra angular da gestão empresarial, é difícil imaginar que a organização seja vista como
uma parte isolada do ambiente.
Manipulação dos trabalhadores - Bem como a Administração Científica, fora tachada de
tendenciosa, desenvolvendo princípios que buscavam explorar os trabalhadores.
A Teoria das Relações Humanas, ou Escola das Relações Humanas, é um conjunto de teorias
administrativas que ganharam força com a Grande Depressão criada na quebra da bolsa de valores de
Nova Iorque, em 1929.
Essas teorias criaram novas perspectivas para a administração, visto que buscavam conhecer as atividades
e sentimentos dos trabalhadores e estudar a formação de grupos. Até então, o trabalhador era tratado pela
Teoria Clássica, e assim: de forma muito mecânica. Com os novos estudos, o foco mudou e, do Homo
economicus o trabalhador passou a ser visto como "homo socialis".
A partir de então que começa-se a pensar na participação dos funcionários na tomada de decisões e na
disponibilização das informações acerca da empresa a qual eles trabalhavam.
A Experiência de Hawthorne :A Escola das Relações Humanas surgiu efetivamente com a Experiência de
Hawthorne, realizada em uma fábrica no bairro que dá nome a pesquisa, em Chicago, EUA.
O médico e sociólogo australiano Elton Mayo, fez testes na linha de produção, na busca por variáveis que
influenciassem, positiva ou negativamente, na produção.
Mayo fez estudos sobre a influencia da luminosidade, do trabalho em grupo, da qualidade do ambiente e
descreveu-as afirmando que o cuidado com os aspectos sociais era favorável aos empresários.
Com as conclusões iniciais tomadas a partir da Experiência de Hawthorne, novas variáveis são
acrescentadas ao dicionário da administração:
Teóricos
Além de Mayo, outros teóricos ganharam destaque na Escola das Relações Humanas, como Mary Parker
Follet, foi uma das precursoras ao analisar os padrões de comportamento e a importância das relações
individuais.
Barnard criou a Teoria da Cooperação, e foi um dos primeiros a ver o homem como um ser social, dentro
do ambiente de trabalho e analisar as organizações informais promovidas por eles.
Ela apresenta uma visão inadequada dos problemas de relações industriais - em alguns aspectos a
A teoria neoclássica da administração é o nome dado a um conjunto de teorias que surgiram na década de
50 e que propõem uma retomada das abordagens clássica e científica da administração. A teoria têm como
principal referência Peter Drucker, mas também inclui um grupo amplo de autores como Willian
Newman, Ernest Dale, Ralph Davis, Louis Allen e George Terry.
Esta nomenclatura é utilizada apenas no Brasil. Foi popularizada no livro texto de Chiavenato, que é
utilizado no ensino da administração de empresas no país. Chiavenato diz: "Os autores aqui abordados,
(...) muito embora não apresentem pontos de vista divergentes, também não se preocupam em se alinhar
dentro de uma organização comum. Em resumo, os autores neoclássicos não forma propriamente uma
escola bem definida, mas um movimento relativamente heterogêneo. Preferimos a denominação teoria
para melhor enquadramento didático e facilidade de apresentação".
Fora do Brasil, pode-se associar essa escola de pensamento à abordagem teórica proposta por Drucker,
que é considerada uma ruptura com a abordagem vigente. As teorias depois de Drucker são chamadas de
"modernas" por ser ele reconhecido como "pai da administração moderna" ("modern management" em
inglês), embora o termo "administração moderna" seja mais abrangente que a proposta de Chiavenato.
De acordo com Chiavenato (2003, p. 254-255), na teoria administrativa, a abordagem estruturalista surgiu
com o crescimento das burocracias, em uma perspectiva de análise que vai além dos fenômenos internos
da organização, visão pela qual as escolas de até então se restringiam. Para Motta, essa abordagem
sintetiza as teorias clássicas e as de relações humanas, porém ganhando novas dimensões que envolvem
todas as variáveis da organização.
Como afirma Chiavenato (2003), Max Weber foi o primeiro teórico dessa abordagem, que em uma análise
voltada para a estrutura, acreditava que a burocracia era a organização por excelência. Segundo Motta
(1975, p. 46), a preocupação de Weber está na racionalidade, entendida como a adequação dos meios aos
fins. E uma organização é racional quando é eficiente.
Assim, para Weber a burocracia era a forma mais eficiente de uma organização. Max Weber descreveu um
tipo de estrutura burocrática acreditando que era comum à maioria das organizações formais. No entanto,
como ressalta Maximiano (2000), Weber não definiu um modelo padrão para ser aplicado, apenas
esquematizou as principais características da burocracia existente. Weber, como citado em Maximiano
(2000, p. 88), ao sistematizar seu estudo da burocracia, começa com a análise dos processos de
dominação ou autoridade.
Para Weber, “a autoridade é a probabilidade de haver obediência dentro de um grupo determinado”. Ele
distinguia três tipos de sociedade e autoridade, descritas a seguir. De acordo com Chiavenato (2003, p.
258-262), na sociedade tradicional (tribo, clã, família) predominava características conservacionistas,
patriarcais e patrimonialistas; a autoridade que a preside é dita tradicional, na qual a obediência é
justificada pela tradição, pelo hábito ou pelo costume.
De acordo com Chiavenato (2003, p. 266-267), a burocracia, segundo Weber, traz consigo diversas
vantagens. Primeiramente, devido a sua racionalidade, o que significa dizer que procura os meios mais
eficientes para atingir as metas da organização. A precisão com que cada cargo é definido proporciona o
conhecimento exato de cada responsabilidade. Como as atividades são organizadas em rotinas e
realizadas metodicamente, e, consequentemente, tornam-se previsíveis, acaba por conduzir a
confiabilidade entre as pessoas, evitando, assim o atrito entre elas.
A rapidez nas decisões, obtida pela tramitação de ordens e papéis, e pela uniformidade de rotinas e
regulamentos que colaboram para a redução de erros e custos. A facilidade de substituição daquele que é
afastado e os critérios de seleção apenas por competência técnica garantem a continuidade do sistema
burocrático, e este último evita o nepotismo.
O trabalho é profissionalizado, assim os funcionários são treinados e especializados pelo seu mérito,
trazendo benefícios para as organizações. Como descrito por Chiavenato (2003, p. 268), o tipo ideal de
burocracia weberiana tinha como uma das características a previsibilidade do seu funcionamento
contribuindo para a obtenção de maior eficiência organizacional.
Porém, autores como Merton, encontraram limitações na obra de Weber, partindo para uma análise crítica
da realidade descrita por ele. Para Merton não existe uma organização completamente racional, como
proposto por Weber. Até porque, o tipo ideal de burocracia tendia a ser modificado pelos homens. Merton
notou que a burocracia leva também a consequências imprevistas que conduzem às ineficiências e às
imperfeições, e estas por sua vez, são enfatizadas e exageradas pelos leigos. A esse fenômeno, Merton
denomina de disfunções da burocracia, que serão descritas a seguir, segundo Chiavenato (2003), como
internalização das regras e apego aos regulamentos, excesso de formalismo e de papelório, resistência às
mudanças e dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público.
Segundo Weber (1946), a autoridade racional-legal prevalece nas sociedades ocidentais e apresenta o
modelo para todas as sociedades. Este modelo, também chamado burocrático, caracteriza-se pelos
seguintes elementos:
A lei representa o ponto de equilíbrio último, ao qual se deve reportar as regras e regulamentos,
constituindo aplicações concretas de normas gerais e abstratas;
A burocracia, em qualquer organização, é estabelecida seguindo o princípio da hierarquia. As
relações hierárquicas entre superiores e subordinados são preenchidas por cargos de direção e
chefia e cargos subalternos claramente definidos, de forma que a supervisão, a ordem e a
subordinação sejam plenamente assimiladas e realizadas;
A avaliação e a seleção dos funcionários são feitas em função da competência técnica. Daí a
exigência de exames, concursos e diplomas como instrumentos de base à admissão e promoção;
As relações informais não têm razão de existir. O funcionário burocrático é uma peça de uma
máquina, esperando-se dele um comportamento formal e estandardizado, de forma a cumprir com
exatidão as tarefas e funções que lhes estão destinadas;
O funcionário recebe regularmente um salário, não determinado pelo trabalho realizado, mas
segundo as funções que integram esse trabalho e o tempo de serviço;
O funcionário burocrata não é proprietário do seu posto de trabalho, as funções que executa e o
cargo que ocupa são totalmente independentes e separados da posse privada dos meios de
produção da organização onde trabalha;
A profissão de funcionário de tipo burocrático supõe um emprego fixo e uma carreira regular;
O desempenho de cada cargo por parte dos funcionários burocráticos pressupõe uma grande
especialização na execução das suas tarefas e trabalho.
É aquilo que se chama de divisão de trabalho que permite a padronização dos procedimentos técnicos, do
exercício de autoridade e que permite ao mesmo tempo um aumento de produtividade do trabalho e de
eficiência organizacional.
A Teoria Estruturalista surgiu por volta da década de 50, como um desdobramento dos autores voltados
para a Teoria da Burocracia que tentaram conciliar as teses propostas pela Teoria Clássica e pela Teoria
das Relações Humanas. Os autores estruturalistas procuram inter-relacionar as organizações com o seu
ambiente externo, que é a sociedade maior, ou seja, a sociedade de organizações, caracterizada pela
interdependência entre as organizações.
A Teoria Estruturalista, assim como a Teoria da Burocracia, faz parte também da abordagem estruturalista.
O enfoque da teoria estruturalista é na estrutura e ambiente, assim, de acordo com Chiavenato (2003),
essa teoria trouxe uma importante ruptura com relação às anteriores. Ela mostra a organização como
sendo um sistema aberto que se relaciona com o ambiente e com outras organizações. A Teoria
Estruturalista baseia-se no conceito de estrutura, que é um todo composto por partes que se inter-
relacionam. Portanto, o todo é maior do que a simples soma das partes. O que significa que os sistemas
organizacionais não são a mera justaposição das partes.
De acordo com Chiavenato (2003), esta teoria caracteriza-se por sua múltipla abordagem, englobando em
sua análise a organização formal e informal, recompensas materiais e sociais e entre outros, reconhecem
os conflitos organizacionais, ditos como inevitáveis. Por fim, os estruturalistas fazem uma análise
comparativa entre as organizações, propondo tipologias, como, a de Etzione (1980), na qual ele se baseia
no conceito de obediência, e a de Blau e Scott (1970), que se baseia no conceito de beneficiário principal.
• A oposição surgida entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas – incompatíveis entre si -
tornou necessária uma posição mais ampla e compreensiva que integrasse os aspectos considerados por
uma e omitidos pela outra e vice-versa. A Teoria Estruturalista pretende ser uma síntese delas, inspirando-
se na abordagem de Max Weber.
• A necessidade de visualizar "a organização como uma unidade social complexa na qual interagem
grupos sociais" que compartilham alguns dos objetivos da organização (como a viabilidade econômica da
organização), mas podem se opor a outros (como a maneira de distribuir os lucros). Seu maior diálogo foi
com a Teoria das Relações Humanas.
• A influência do estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no estudo das organizações. O
estruturalismo influenciou a Filosofia, a Psicologia (com a Gestalt), a Antropologia (com Claude Lévi-
Strauss), a Matemática (com N. Bourbaki), a Lingüística, chegando até a teoria das organizações• com
Thompson, Etzioni e Blau. Na teoria administrativa, o estruturalismo se concentra nas organizações
sociais.
• Novo conceito de estrutura. O conceito de estrutura é antigo. Heráclito; nos primórdios da história da
Filosofia, concebia o "logos" como uma unidade estrutural que domina o fluxo ininterrupto do devir e o
torna inteligível. É a estrutura que permite reconhecer o mesmo rio, embora suas águas jamais sejam as
mesmas devido à contínua mudança das coisas. Estrutura é o conjunto formal de dois ou mais elementos e
que permanece inalterado seja na mudança, seja na diversidade de conteúdos, isto é, a estrutura mantém-
se mesmo com a alteração de um dos seus elementos ou relações. A mesma estrutura pode ser apontada
em diferentes áreas, e a compreensão das estruturas fundamentais em alguns campos de atividade permite
o reconhecimento das mesmas estruturas em outros campos. O estruturalismo está voltado para o todo e
com o relacionamento das partes na constituição do todo. A totalidade, a interdependência das partes e o
fato de o todo ser maior do que a soma das partes são as características do estruturalismo.
Homem Organizacional
Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o homo economicus e a Teoria das Relações Humanas "o homem
social", a Teoria Estruturalista focaliza o "homem organizacional", a pessoa que desempenha diferentes
papéis em várias organizações. Na sociedade de organizações, moderna e industrializada, avulta a figura
do homem organizacional que participa de várias organizações. O homem moderno, ou seja, o homem
organizacional, para ser bem-sucedido em todas as organizações, precisa ter as seguintes características de
personalidade:
• Flexibilidade, em face das constantes mudanças que ocorrem na vida moderna e da diversidade de
papéis desempenhados nas organizações.
• Tolerância às frustrações para evitar o desgaste emocional decorrente do conflito entre necessidades
organizacionais e necessidades individuais, cuja mediação é feita através de normas racionais, escritas e
exaustivas.
• Capacidade de adiar as recompensas e poder de compensar o trabalho rotineiro na organização em
detrimento de preferências pessoais.
• Permanente desejo de realização para garantir cooperação e conformidade com as normas
organizacionais para obter recompensas sociais e materiais.
As organizações sociais são consequências da necessidade que as pessoas têm de relacionar-se e juntar-se
com outras a fim de poder realizar seus objetivos. Dentro da organização social, as pessoas ocupam certos
papéis. Papel significa um conjunto de comportamentos solicitados a uma pessoa; é a expectativa de
desempenho por parte do grupo social e consequente internalização dos valores e normas que o grupo,
explícita ou implicitamente, prescreve para o indivíduo. O papel prescrito para o indivíduo é reforçado
pela sua própria motivação em desempenhá-lo eficazmente. Cada pessoa pertence a vários grupos e
organizações, e desempenha diversos papéis, ocupa muitas posições e suporta grande número de normas e
regras diferentes.
Reengenharia
Segundo Ferreira, Pereira e Reis (2002), reengenharia é uma reestruturação radical da empresa por meio
de um conjunto de processos que tem como finalidade o rápido ajuste às condições do mercado. A
reengenharia é realizada de uma só vez, apresenta resultados em longo prazo e é um processo de alto
risco.
Segundo Abreu (1994, apud Ferreira, Pereira e Reis, 2002), a reengenharia apresenta quatro fases:
Ferreira, A.; Pereira, I.; Reis, C. (2002) afirma que, por ser uma reestruturação radical, a reengenharia traz
diversas mudanças. Os colaboradores passam a trabalhar em equipes de processo em vez de
departamentos de função. Essa mudança tem como consequência o fortalecimento do espírito de equipe e
uma maior autonomia dos funcionários que passam a ser instruídos em vez de supervisionados. Além
disso, a habilidade passa a ser o principal critério de promoção, substituindo o desempenho.
Apreciação Crítica
Segundo Ferreira, A.; Reis, C.; Pereira, I. (2002), as críticas feitas ao Estruturalismo normalmente são
respostas às críticas formuladas pelos próprios estruturalistas em relação à outras teorias, principalmente à
Teoria das Relações Humanas. Dentre as críticas recebidas, destacam-se as seguintes:
A abordagem comportamental se desenvolveu por volta de 1950, nos Estados Unidos, trazendo novos
conceitos e variáveis para a teoria administrativa, principalmente, devido o desenvolvimento das ciências
comportamentais, e da Psicologia organizacional. O surgimento de ideias e conclusões, que trazem uma
nova perspectiva do homem, foi de extrema importância para a formação da Teoria Comportamental. O
homem passa a ser visto como um animal dotado de necessidades que vão além do objetivo apenas
financeiro, possuindo necessidades gregárias inerentes ao homem. Passa a ser visto também como um
animal dotado de sistema psíquico, ou seja, possui a capacidade de organização de suas próprias
percepções frente ao ambiente como um todo. O homem passa ser interpretado como um ser passivo de
aprender e mudar suas atitudes. Seu comportamento é orientado para objetivos, podendo cooperar com os
outros indivíduos, quando for importante para o alcance dos objetivos o esforço coletivo, ou ainda pode
competir com os outros, quando ocorre uma disputa. (CHIAVENATO, 2003)
De acordo com Motta (1991, p. 38), vários autores foram importantes para o desenvolvimento da Teoria
Comportamental da Administração. Acredita-se que ela, propriamente dita, inicia-se com Hebert
Alexander Simon, em 1947 com o livro O Comportamento Administrativo, no qual foram apresentadas
novas colocações e trazendo novos conceitos ao tratamento do processo de tomada de decisões e aos
limites da racionalidade. Porém, outros autores foram importantes, a maioria deles preocupados,
principalmente, com o tratamento de problemas ligados à eficiência, buscando novas variáveis, como
motivação, tensão e necessidades individuais para a solução deles. De acordo com Chiavenato (2003), as
experiências que deram base a Teoria Comportamental surgiram ainda na Teoria das Relações Humanas,
com Lewin, e ainda considera alguns conceitos dessa teoria, porém a Teoria Comportamental veio como
uma crítica tanto a Teoria Clássica, que dá muita ênfase nas tarefas, como a Teorias das Relações
Humanas, que dá muita ênfase nas pessoas.
A Teoria Comportamental mostra-se completamente oposta aos conceitos formais e à posição rígida e
mecânica da Teoria Clássica. Mostra-se também completamente oposta às prescrições ingênuas e
românticas da Teoria Humanística. Conforme Motta (1991), não aceitava, por exemplo, a ideia de que
bastasse apenas a satisfação do trabalho para gerar a eficiência. A Teoria Comportamental ou
Behaviorismo, para Motta (1994), tem grande importância na Teoria das Organizações, pois se percebe
que ela rompe com os enfoques antigos da Escola Clássica e da Teoria das Relações Humanas.
De acordo com Griffin, R. e Moormead, G., em 1943, Maslow publicou uma teoria sobre motivação que
se tornou bastante conhecida. A teoria de Maslow parte do princípio de que a motivação surge de um
conjunto de necessidades que estão dispostas na forma de uma hierarquia de importância, que pode ser
visualizada como uma pirâmide.
Em seguida, vem a necessidade de segurança, que constitui o segundo nível. Assim, neste nível, as
pessoas buscam estabilidade e proteção. Isso pode ser visto em uma empresa, na qual o indivíduo é
dominado pela procura de segurança quando ocorre alguma ação administrativa arbitrária ou uma decisão
incoerente. As necessidades sociais, como a procura de associação, participação, aceitação, amor etc.,
encontram-se no terceiro nível. Em seguida vêm as necessidades de estima que são aquelas que envolvem
o próprio indivíduo, a forma como ele se vê e se avalia. Constitui uma das necessidades secundárias ditas
por Maslow. Estão relacionadas com a autoconfiança, auto-apreciação, status, consideração etc. Por fim
as necessidades de auto-realização são as que estão no topo da hierarquia. Nesse nível, o homem procura
a realização do próprio potencial e auto-desevolvimento. Porém, como afirma Chiavenato (2003), a teoria
de Maslow nunca foi confirmada pelos pesquisadores, e muitas pesquisas já até a anularam. Vale ressaltar
que mesmo assim, essa teoria é muito conhecida e muito utilizada por como referência para os
administradores.
Teoria de Herzberg
Para Frederick Herzberg (apud. Chiavenato, 2003), o comportamento humano poderia ser explicado por
dois fatores independentes descritos a seguir:
Fatores higiênicos: Constitui o salário, benefícios sociais, tipos de chefia, supervisão, condições
físicas de trabalho, diretrizes etc, ou seja, são aquelas necessidades que se encontram o ambiente
exterior as pessoas e que, quando são os únicos a promover motivação, podem causar insatisfação
(quando são precárias), não sendo suficientes para causar a satisfação nos funcionários em longo
prazo.
Fatores motivacionais: Envolvem sentimentos de reconhecimento profissional e individual, e auto-
realização. Portanto, são fatores intrínsecos, estão relacionados com o conteúdo das tarefas e seus
efeitos são profundos e em longo prazo, podendo provocar a satisfação nos participantes, quando
são fatores ótimos.
De acordo com Chiavenato (2003), Herzberg ainda contribui afirmando que, para o trabalhador continuar
sempre motivado, é necessário o “enriquecimento do cargo ou tarefa”, que significa ampliar o conteúdo
dos cargos, transformando em tarefas complexas, para que o funcionário trabalhe sempre com desafios e
possa ter satisfação profissional. O enriquecimento dos cargos pode ser em sentido vertical (substituindo
uma tarefa simples por uma mais complexa) ou horizontal, ou seja, com o acréscimo de mais atividades
do mesmo nível. Porém, vale ressaltar que, conforme Chiavenato (2003), o enriquecimento de tarefas
pode constituir em consequências positivas como, por exemplo, a própria motivação, como pode decorrer
em consequências negativas como a ansiedade ou até mesmo o medo, por parte dos funcionários, de
tarefas novas e de não conseguirem realizar de forma bem-sucedida.
Estilos de Administração
Segundo Chiavenato (2003), a teoria oferece muitos estilos de administração, e a própria administração
está muito marcada pelos estilos que os administradores utilizam para dirigir o comportamento humano.
Porém, os estilos de administração dependem fortemente da ideia de natureza humana que os
administradores utilizam dentro das empresas. McGregor distinguiu duas concepções antagônicas de
administrar, que em sua opinião são típicas da visão gerencial dos funcionários: a teoria X (ou tradicional)
e a Teoria Y (ou moderna). A teoria X, segundo Motta (1991), corresponde a teoria tradicional e
mecanicista da Administração Científica. Essa teoria parte do pressuposto errôneo da natureza humana,
podendo ser sintetizado da seguinte forma:
Para essa teoria, o homem é um indolente e preguiçoso por natureza.O homem não gosta de trabalhar e só
trabalha pelo fator econômico. Numa perspectiva organizacional, ele não tem a ambição de engajar na
empresa, nem de assumir responsabilidades, porque isso lhe traria riscos, preferindo, portanto, ser
dirigido, já que isso lhe traria segurança.
Os objetivos do homem são diferentes dos objetivos da organização, e sua dependência o torna incapaz de
procurar mudanças, tornando-o também incapaz de autocontrole, precisando ser dirigido e controlado.
A Teoria X desenvolve um estilo de direção rígido e autocrático para que as pessoas sejam controladas e
atendam aos objetivos da empresa. Assim, a administração se caracteriza da seguinte forma:A
administração é responsável pela organização dos recursos da empresa: dinheiro, materiais, equipamentos
e pessoas, visando apenas os fins econômicos. Sem a administração as pessoas contrastariam esses
objetivos empresariais, portanto, elas devem recompensadas, punidas, controladas, tendo por base a
motivação por incentivos econômicos.
McGregor também formulou Teoria Y. A importância dele foi justamente a formulação de outra teoria,
tendo como ponto de partida outra concepção a cerca da natureza humana. A Teoria Y pode ser sintetizada
da seguinte forma de acordo com Chiavenato (2003):
O homem não tem o desprazer de trabalhar. As pessoas não são, de forma inerente, resistentes às
necessidades das organizações. Elas se tornam assim por sua experiência negativa em outras
organizações. O homem tem a capacidade de aprender e de imaginação, e ainda sob certas condições, a
procurar responsabilidades. Assim mostrado a importância da administração como um meio criador de
oportunidades. O homem possui motivações básicas e tem potencial de desenvolvimento, capacidade para
a solução de problemas, não estando ligados apenas aos fins econômicos.
Outra medida que a Teoria Y incorpora substituindo medidas anteriormente executadas, é a auto-
avaliação. Na qual as pessoas são impulsionadas a avaliar sua contribuição para as empresas, assumindo
responsabilidade junto a empresa.
Partindo do pressuposto de que a ação administrativa nunca é igual em todas as empresas, sendo um
processo relativo, pois depende de inúmeras variáveis, Likert (apud. Chiavenato, 2003) propõe um
esquema em que quatro variáveis são consideradas: processo decisório, sistema de comunicação,
relacionamento interpessoal e sistema de recompensas.
natureza rotineira e simples são permitidas. O mesmo ocorre com o sistema de comunicação, este
continua precário, porém, a cúpula facilita um pouco comunicações ascendentes e laterais. Há um
acréscimo pequeno de confiança nas pessoas promovendo o relacionamento interpessoal. Ainda há
ênfase nas punições, porém oferece recompensas salariais e raramente simbólicas. Encontramos
este sistema em escritórios de indústrias, na produção das empresas, onde existe uma mão-de-obra
mais especializada.
Sistema 3: Consultivo: Este sistema representa um grande avanço para o lado participativo, que é
um último sistema. O processo decisório, portanto, é do tipo participativo e consultivo, ou seja, os
demais níveis hierárquicos participam das decisões e dado importância as opiniões deles, porém,
ainda sob controle da cúpula. A confiança nos funcionários é mais elevada, o que faz a empresa
criar sistemas para facilitar, relativamente, a comunicação. Ocorrem raramente punições e dada
ênfase as recompensas materiais. Encontramos este sistema nas empresas mais organizadas e
avançadas, como bancos e financeiras.
Sistema 4: Participativo: Caracteriza-se por ser o mais democrático e aberto. Apesar de cúpula
administrativa ainda definir as diretrizes e controlar os resultados, o processo decisório é
totalmente descentralizado aos níveis inferiores. As comunicações já fluem facilmente e são vistas
como um meio positivo e eficiente. O ambiente é de completa confiança, com participação e
envolvimento grupal. As recompensas são simbólicas e matérias e raramente ocorrem punições.
Para Likert (apud Chiavenato, 2003), quanto mais próximo o estilo administrativo estiver do sistema 4,
maior é a chance de ter alta produtividade. Likert critica as organizações que procuram eficiência apenas
por uma base mecanicista do homem, esquecendo de outras variáveis, que em sua opinião, são de extrema
importância para a produtividade. O comportamento humano para ele é, por exemplo, uma variável que
pode alterar o sistema, assim não devendo ser negligenciado.
Processo decisorial
A Teoria Comportamental percebe a organização como um sistema de decisões em que cada membro
“participa racional e conscientemente, escolhendo e tomando decisões individuais a respeito de
alternativas racionais de comportamento” (CHIAVENATO, 2002, p. 143). Ou seja, mostra que não é
somente o administrador quem toma as decisões dentro da empresa, mas sim todos os membros que dela
fazem parte, compondo assim um complexo sistema de decisões. Surge então a Teoria das Decisões,
fundada por Hebert Simon, na qual busca explicar o comportamento de cada indivíduo dentro de uma
organização.
Segundo Maximiano (2004, p.111) decisão é “[...] é uma escolha entre alternativas ou possibilidades. As
decisões são tomadas para resolver problemas ou aproveitar oportunidades”. Engloba, segundo
Chiavenato (2002), seis elementos assim enumerados:
1.Tomador de decisão: é a pessoa que faz uma escolha ou opção frente às várias existentes.
2.Objetivos: são os objetivos que o tomador de decisões busca atingir.
3.Preferências: para fazer a sua escolha, o tomador de decisões estabelece critérios, preferências.
4.Estratégia: é o caminho escolhido pelo tomador de decisões para o alcance de seus objetivos, com base
nos recursos que lhes são disponíveis.
5.Situação: são os aspectos do ambiente que circunda o tomador de decisões.
6.Resultado: é o que se obteve com as estratégias utilizadas.
Simplificando os pontos acima mencionados é dizer que o tomador de decisões, encontra-se numa
situação, na qual para alcançar os seus objetivos, estabelece preferências, formula estratégias para
conseguir obter um resultado satisfatório ou não. Segundo Chiavenato (2002), a situação na qual o
tomador de decisões se encontra para dar início ao alcance de seus resultados é interpretada segundo
algumas noções como a de eventos futuros e das probabilidades de suas ocorrências, as conseqüências de
algumas alternativas, as possibilidades de ações possíveis ou disponíveis e a hierarquia estabelecida
guiada pelas suas preferências. Noções estas, que fazem com que o indivíduo tenha que abandonar
algumas decisões, as mais racionais possíveis, em virtude de outras. Racionalidade importante para o
alcance dos fins ou objetivos, com o intuito de obter os melhores resultados. Porém, essa racionalidade é
limitada, porque só se toma decisões com base no que se conseguiu perceber e compreender, podendo
deixar fugir algumas outras informações.
1.Racionalidade limitada: as decisões são tomadas tendo como base uma parte da situação ou apenas
alguns aspectos dela.
2.Imperfeição das decisões: não há decisões perfeitas e sim, o que a faz ser escolhida é ter como base a
sua eficiência, ou seja, resultados máximos com a utilização do mínimo de recursos.
3.Relatividade das decisões: quando se toma uma decisão, há a renúncia de outras, ao passo que nessa
mesma decisão com o decorrer do tempo originará outras decisões.
4.Hierarquização das decisões: estabelece-se uma hierarquia para diferenciar o que é um meio e o que é
um fim.
Homem administrativo
O comportamento administrativo foca o homem administrativo, como aquele que não procura a melhor
alternativa, o máximo absoluto, mas sim, aquela alternativa mais satisfatória, que se mostra suficiente
frente às possibilidades da situação. Podendo-se utilizar o termo “satisficer” como palavra que traduz o
homem administrativo. Termo este que foi introduzido por Simon, atenuando-se o conceito de “homem
econômico”. Reforçando, Chiavenato (2003), afirma que “o comportamento administrativo é satisfaciente
(“satisficer”) e não otimizante, pois o homem administrativo toma decisões sem poder procurar todas as
alternativas possíveis: não procura o máximo lucro, mas o lucro adequado; não o preço ótimo, mas o
preço razoável” (p. 150). Dentro desse processo organizacional, as empresas tendem a se tornarem
racionalmente insatisfeitas, com vistas ao aperfeiçoamento permanente.
Comportamento organizacional
É o estudo do funcionamento e estrutura das organizações, sendo estudado o comportamento dos grupos e
indivíduos e, caracterizado, portanto, como uma ciência interdisciplinar. A organização espera que o
empregado obedeça a sua autoridade, a em contrapartida o empregado espera que a organização possua
atitudes corretas e justas com ele. Os sociólogos referem-se a isso como “norma de reciprocidade”,
enquanto os psicólogos, “contrato psicólogo”, que nada mais é que um entendimento entre indivíduo e
organização, que vai além do contrato formal, ou em outras palavras, é o que ambos esperam ganhar com
o contrato formal.
Relações de intercâmbio
Parte do pressuposto de que um indivíduo ao ingressar numa organização, espera que suas satisfações
pessoais sejam maiores que os seus esforços pessoais. E, do outro lado, a organização espera que os
esforços desse indivíduo superem os custos de tê-lo na organização. Assim, o indivíduo permanece na
organização ao perceber os benefícios que traz a ela, ao exceder o custo que traz a mesma e, a
organização mantém esse indivíduo ao perceber os benefícios de mantê-los como maior que os custos de
mantê-los na organização.
Incentivos à cooperação
Conforme Chiavenato (2003), com o intuito de manter o clima de harmonia e cooperação dentro da
organização, os funcionários costumam receber incentivos. Para que estes incentivos realmente ajudem a
organização a atingir seus objetivos, é necessário que os funcionários percebam que esses estímulos são
vantajosos a ponto de compensar o esforço extra e estão relacionados aos objetivos que devem ser
atingidos. Os incentivos podem ou não estar relacionados ao desenvolvimento e crescimento da
organização.
Apreciação crítica
A Teoria Comportamental, segundo Motta (1991, p. 48), é importante e definitiva, principalmente, pelo
fato de seus melhores autores terem desenvolvido uma grande quantidade de pesquisas apresentadas de
forma clara, tornando-se bastante conhecidas. Porém Motta (1991) ainda afirma que, mesmo não tendo
muitas críticas, ela está passível de censuras. De acordo com Chiavenato (2003), os behavioristas
falharam ao dividir as pessoas em “racionais e não-racionais”, “eficientes e não-eficientes”, “satisfeito e
insatisfeito”, partindo, portanto, para uma espécie de “psicologização” dos problemas de relações
industriais. Outra crítica apresentada, conforme Motta (1991), é que, para James Earley, as idéias dadas
pela teoria comportamentalista, não buscam maximizar nada, apenas resultados satisfatório. Earley, em
suas pesquisas, tirou várias conclusões que são opostas a esse pensamento. Para ele, os administradores,
cada vez mais, procuram novos meios para ter lucros e redução de custos. A teoria comportamentalista,
segundo Chiavenato (2003), errou ao padronizar os fenômenos do comportamento, desprezando as
diferenças individuais de personalidade. “ela procura explicar o comportamento humano tal como os
cientistas poderiam explicar ou prever os fenômenos da natureza ou o comportamento dos ratos no
laboratório”. Em contraposição, Motta (1991) descreve que mesmo com deficiências, essa teoria
representou um avanço para a Administração. Os Behavioristas mostram um novo conceito democrático e
humano, baseado na equalização do poder, assim como as principais teorias de motivação para a
Administração. Outro aspecto a ser considerado é o reconhecimento dos conflitos organizacionais. Os
behavioristas acreditam há um conflito entre os objetivos individuais e organizacionais, que podem ser
resolvidos por uma mudança no comportamento e na estrutura organizacional. Nesta teoria também é
dada importância a formação de grupos de trabalho como meio eficiente de alcançar os objetivos. Como
já foi dito, a Teoria Comportamental foi muito importante para o conteúdo da TGA. Ela é mais teoria de
análise mais descritiva e explicativa do que prescritiva, preocupando-se mais em explicar do que formar
normas, demonstrando uma dificuldade em sua aplicação. Porém, seus conteúdos são um dos mais
conhecidos, representando uma grande base para as teorias administrativas.
O Desenvolvimento Organizacional nada mais é que as mudanças que ocorrem dentro de uma
organização. Segundo essa teoria aberta, democrática e participativa, as organizações devem se voltar
mais às pessoas do que às técnicas e recursos para conseguir uma maior capacidade de realizar as
mudanças necessárias ao desenvolvimento organizacional.
2.Cibernética e administração
A cibernética é a ciência da comunicação e do controle, seja nos seres vivos ou seja nas máquinas. A
comunicação é que torna os sistemas integrados e coerentes e o controle é que regula o seu
comportamento. A cibernética compreende os processos físicos, fisiológico, psicológico, etc. de
transformação da informação.
A cibernética é uma teoria dos sistemas de controle baseada na comunicação entre os sistemas e o
meio/ambiente e dentro do próprio sistema.
As empresas são sistemas excessivamente complexos (extremamente complicados e não podem ser
descritos de forma precisa e detalhada), probabilísticos (é aquele para o qual não poderá ser fornecida
uma previsão detalhada) e regulamentados que funcionam como organismos vivos, que desenvolvem
técnicas de sobrevivência num ambiente interno e externo em alteração continua.
Na cibernética procura-se representar os sistemas originais através de outros sistemas comparáveis, que
são denominados modelos. Um modelo provisório que o representa, para facilitar o tratamento das
entidades evolvidas no estudo, pois a manipulação de entidades (pessoas e organização) é socialmente
inaceitável ou legalmente proibida.
No caso da administração, por exemplo, a cibernética pode envolver estudos sobre: pessoas, áreas,
departamentos, unidades de negócios, empresas, grupos empresariais, etc.
A cibernética também está associada ao uso de sistemas de comunicação e conseqüentemente aos seus
componentes, que são vitais para troca de informações da organização com o ambiente e dentro dela
mesma.
Com a mecanização que se iniciou com a Revolução Industrial, o esforço muscular do homem passou
para a máquina. Porém com a automação provocada pela Cibernética, muitas tarefas que cabiam ao
cérebro humano passaram para a máquina. A Cibernética está levando a uma substituição do cérebro
humano. O computador tende a substituir o homem em uma gama crescente de atividades, e com grande
vantagem. As principais consequências da Cibernética na administração são duas: a automação e a
informática.
Automação
Informática
Tratamento racional e sistemático da informação por meios automáticos, associado ao uso dos
computadores. Embora não se deva confundir a informática com computadores, na verdade ela existe
porque existem os computadores. Na realidade, a informática é a parte da cibernética que trata da relação
entre coisas e suas características, de maneira a representá-las por meio de suportes de informação, trata
ainda, da forma de manipular esses suportes, em vez de manipular as próprias coisas. A informática é um
dos fundamentos da teoria e dos métodos que fornecem as regras para o tratamento da informação. O
processamento de informação levou ao surgimento do computador eletrônico, o qual deu início a era da
informática. É uma ferramenta a disposição das empresas e pessoas, mas sua não utilização ou seu
desconhecimento pode ser a diferença entre o sucesso e fracasso em qualquer atividade.
A teoria da matemática preocupa-se em construir modelos matemáticos capazes de similar situação reais
na empresa. Criação de modelos matemáticos volta-se principalmente para a resolução de problemas de
tomada de decisão. É através do modelo que se fazem representações da realidade. Na Teoria Matemática,
o modelo é usado geralmente como simulação de situações futuras e avaliação da probabilidade de sua
ocorrência. Em síntese os modelos servem para representar simplificações da realidade. Sua vantagem
reside nisto; manipular simuladamente as complexas e difíceis situações reais por meio da simplificação
da realidade.
Permitem o entendimento dos fatos de uma forma melhor que a descrição verbal. Descobrem relações
existentes entre vários aspectos do problema, não percebidas na descrição verbal. Permitem tratar o
problema em seu conjunto e com todas as variáveis simultaneamente. Podem ser aplicados por etapas e
considerar outros fatores não descritos verbalmente. Utilizam técnicas matemáticas e lógicas. Conduzem
a soluções quantitativas. Permitem uso de computadores para processar grandes volumes de dados.
Pesquisa operacional
A pesquisa operacional adota o método cientifico como estrutura para a solução de problemas, dando
maior ênfase ao julgamento objetivo do que ao julgamento subjetivo e tem como objetivo capacitar a
administração a resolver problemas e tomar decisões, e pode ser desenvolvido em seis fases:
Formular o problema:
Uma analise dos sistemas, dos objetivos e das alternativas. Construir um modelo matemático para
representar o sistema: esse modelo expressa a eficácia do sistema como função de um conjunto de
variáveis, das quais pelo menos uma esta sujeita a controle.
Implementar a solução:
A solução testada precisa ser transformada numa série de processos operacionais suscetíveis de ser
entendidos e aplicados pelo pessoal que será responsável pelo seu emprego.
Principais técnicas
Propõe uma formulação matemática para a análise dos conflitos. Este conceito de conflito envolve uma
oposição de forças ou de interesses ou de pessoas que origina uma seção dramática. No entanto essa
oposição não se dá de forma imediata e explícita mas a partir da formação e do desenvolvimento de uma
situação, até se chegar a um ponto mais ou menos irresistível, onde se desencadeia a ação dramática. Uma
situação de conflito e sempre aquela em que um ganha e outro perde, pois os objetivos visados são
indivisíveis e incompatíveis pela sua própria natureza. A teoria dos jogos é aplicada apenas ao tipo de
conflitos que envolvam disputa de interesse entre dois ou mais intervenientes, na qual cada parceiro, em
determinado momento, pode ter uma variedade de ações possíveis, delimitadas. Contudo, pelas regras do
jogo, o número de estratégia disponível é finito e, portanto, enumerável. Cada estratégia descreve o que
será feito em qualquer situação. Conhecidas as estratégias possíveis dos jogadores, podem-se estimar
todos os resultados possíveis. Tem como base o pressuposto do conflito de interesses e ações entre duas
ou mais partes interessadas.
Da teoria dos grafos, derivam das técnicas de planejamento e programação por rede CPM (Critical Path
Method – método do caminho critico) e PERT (Técnica de avaliação e estudos de programas).
Programação linear
É uma técnica de solução de um problema que requer a determinação dos valores para as variáveis de
decisão que aperfeiçoam um objetivo a ser alcançado sem violar um conjunto de limitações ou restrições
tais problemas envolvem normalmente alocação de recurso e sempre envolvem relações lineares entre as
variáveis de decisão, o objetivo e as restrições. Como no estudo do melhor percurso econômico de um
caminhão de entrega de botijões de gás em um determinado bairro, no estudo do melhor percurso
econômico de uma frota de caminhões de distribuição de cerveja e refrigerantes entre diversos bares e
restaurantes.
Características:
Preocupa-se em alcançar uma ótima posição em relação a certo objetivo. Supõe a escolha entre varias
alternativas ou combinações apropriadas dessas alternativas Considera certos limites ou obrigações no
interior dos quais se devem alcançar necessariamente a decisão. Não somente requer que as variáveis
sejam quantificáveis, mas que ao mesmo tempo haja suposições de que entre as diversas variáveis haja
relações lineares.
Probabilidade e estatística
Programação dinâmica
É aplicada em problemas que possuem varias fases inter-relacionadas, onde se deve adotar uma decisão
adequada a cada uma das fases, sem perder de vista, porem, o objetivo último. Somente quando o efeito
de cada decisão for determinado é que poderá ser efetuada a escolha final. Por exemplo, simplificando o
exemplo de um motorista que deseja ir de um ponto a outro, devendo ainda interromper a viagem para
almoçar. Normalmente, o motorista soluciona esse problema por fases. Primeiramente, seleciona vários
locais intermediários nos quais poderá fazer a refeição. Em seguida, determina o ótimo trajeto de seu
ponto de partida para cada local intermediário ate seu ponto de chegada. A menor distancia determina o
melhor ponto intermediário. Sua primeira decisão consiste em selecionar o local da refeição e a segunda,
o melhor trajeto para esse local .mas ambas as soluções estará a preocupação ultima de procurar o menor
percurso. Adequado para tratar de problemas que envolvem varias fases inter-relacionadas, considerando
o impacto das decisões para o objetivo final.
teoria geral de sistemas (também conhecida pela sigla, T.G.S.) surgiu com os trabalhos do biólogo
A T.G.S. não busca solucionar problemas ou tentar soluções práticas, mas sim produzir teorias e
formulações conceituais que possam criar condições de aplicação na realidade empírica. Os pressupostos
básicos da T.G.S. são:
Existe uma nítida tendência para a integração nas várias ciências naturais e sociais;
Essa integração parece orientar-se rumo a uma teoria dos sistemas;
Essa teoria de sistemas pode ser uma maneira mais abrangente de estudar os campos não físicos do
conhecimento científico, especialmente as ciências sociais;
Essa teoria de sistemas, ao desenvolver princípios unificadores que atravessam verticalmente os
universos particulares das diversas ciências envolvidas, aproxima-nos do objetivo da unidade da
ciência;
Isso pode levar a uma integração muito necessária da educação científica.
Teoria dos sistemas começou a ser aplicada a administração principalmente em função da necessidade de
uma síntese e uma maior integração das teorias anteriores (Científicas e Relações Humanas, Estruturalista
e Comportamental oriundas das Ciências Sociais) e da intensificação do uso da cibernética e da
tecnologia da informação nas empresas.
Os sistemas vivos, sejam indivíduos ou organizações, são analisados como “sistema abertos”, mantendo
um continuo intercâmbio de matéria/energia/informação com o ambiente. A Teoria de Sistema permite
reconceituar os fenômenos em uma abordagem global, permitindo a inter-relação e integração de assuntos
que são, na maioria das vezes, de natureza completamente diferentes.
Tipos de sistemas
Há uma grande variedade de sistemas e uma ampla gama de tipologias para classificá-los, de acordo com
certas características básicas.
Abstratos ou conceituais: quando compostos por conceitos, planos, hipóteses e idéias que muitas
vezes só existem no pensamento das pessoas (conceitos, planos, idéias, software).
Na realidade, há uma complementaridade entre sistemas físicos e abstratos: os sistemas físicos precisam
de um sistema abstrato para funcionar, e os sistemas abstratos somente se realizam quando aplicados a
algum sistema físico.
Fechados: não apresentam intercâmbio com o meio ambiente que os circunda, sendo assim não recebem
nenhuma influencia do ambiente e por outro lado não influenciam. Não recebem nenhum recurso externo
e nada produzem que seja enviado para fora.
Ex: A matemática é um sistema fechado, pois não sofrerá nenhuma influência do meio
ambiente, sempre 1+1 será 2.
Abertos: são os sistemas que apresentam relações de intercâmbio com o ambiente, por meio de
entradas e saídas.
Os sistemas abertos trocam matéria, energia e informação regularmente com o meio ambiente. São
eminentemente adaptativos, isto é,
para sobreviver devem reajustar-se constantemente as condições do meio.
5.Homem funcional
A teoria geral dos sistemas baseia-se nos conceitos de que a organização são sistemas de papeis nas quais
o homem funcional e o individuo que se comporta como executante de um determinado papel, inter
relacionando–se com os demais indivíduos, como um sistema aberto, administrando suas expectativas e
ajustando-se a novos papeis que lhe são atribuídos.
1.Teoria da contingência
A Teoria da contingência ou Teoria contingencial enfatiza que não há nada de absoluto nas organizações
ou na teoria administrativa. Tudo é relativo. Tudo depende. A abordagem contigencial explica que existe
uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o
alcance eficaz dos objetivos da organização. As variáveis ambientais são variáveis independentes,
enquanto as técnicas administrativas são variáveis dependentes dentro de uma relação funcional. Na
realidade, não existe uma causalidade direta entre essas variáveis independentes e dependentes, pois o
ambiente não causa a ocorrência de técnicas administrativas. Em vez de uma relação de causa e efeito
entre as variáveis do ambiente (independentes) e as variáveis administrativas (dependentes), existe uma
relação funcional entre elas. Essa relação funcional é do tipo "se então" e pode levar a um alcance eficaz
dos objetivos da organização.
A relação funcional entre as variáveis independentes e dependentes não implica que haja uma relação de
causa e efeito, pois a gestão é ativa e não passivamente dependente na prática da gestão contingencial. O
reconhecimento, diagnóstico e adaptação à situação são certamente importantes, porém, eles não são
suficientes. As relações funcionais entre as condições ambientais e as práticas administrativas devem ser
constantemente identificadas e especificadas.
Teoria contingencial
A Teoria contingencial nasceu a partir de uma série de pesquisas feitas para verificar quais os modelos de
estrutura organizacionais mais eficazes em determinados tipos de indústrias. Essas pesquisas e estudos
foram contingentes na medida em que procuravam compreender e explicar o modo pelo qual as empresas
funcionavam em diferentes condições. Estas condições variam de acordo com o ambiente ou contexto que
as empresas escolheram como seu domínio de operações. Por outras palavras, essas condições são ditadas
de acordo com o seu ambiente externo. Essas contingências externas podem ser consideradas como
oportunidades ou como restrições que influenciam a estrutura e os processos internos das organizações.
Pesquisas foram realizadas na década de 1960 sobre a relação entre modelos de estruturas organizacionais
e a eficácia em determinados tipos de indústria. Os resultados surpreenderam, pois indicava que não havia
uma forma melhor ou única, e sim que tanto a estrutura quanto o funcionamento das organizações
dependiam da relação com o ambiente externo. Abordaremos cinco das principais pesquisas.
Acumulação de recursos: nesta fase as empresas preferiram ampliar suas instalações de produção a
organizar uma rede de distribuição. A preocupação com matérias-primas favoreceu o crescimento
dos órgãos de compra e aquisição de empresas fornecedoras que detinham o mercado de matéria-
prima. Daí o controle por integração vertical que permitiu o aparecimento das economias de
escala.
Racionalização do uso dos recursos em expansão: a ênfase reside na estratégia de mercado para
abranger novas linhas de produtos e novos mercados. Os canais de autoridade e de comunicação
da estrutura funcional, inadequados para responder à complexidade crescente de produtos e
operações, levaram à nova estrutura divisional departamentalizada. Cada linha principal de
produtos passou a ser administrada por uma divisão autônoma e integrada que envolvia todas as
funções de staff necessárias. Daí a necessidade de racionalizar a aplicação dos recursos em
expansão, a preocupação crescente com o planejamento de longo prazo, a gestão voltada para
objetivos e a avaliação do desempenho de cada divisão. Conclusão: diferentes ambientes levam as
empresas a adotar diferentes estratégias, que exigem diferentes estruturas organizacionais.
Pesquisa de T. Burns e G.M. Stalker: sobre organizações mecanísticas e orgânicas. Pesquisaram para
verificar a relação existente entre as praticas administrativas e o ambiente externo dessas organizações.
Ficaram impressionadas com os métodos nitidamente diferentes encontrados. Classificaram as indústrias
pesquisadas em dois tipos: organização “mecanísticas” e “orgânicas”. Verificaram as práticas
administrativas e as relações com o ambiente externo das organizações mecanicistas (burocrática,
permanente, rígida, definitiva e baseada na hierarquia e no comando) e orgânicas (flexível, mutável,
Conclusão:
Há uma espécie de seleção natural do tipo: sistemas mecanicistas sobrevivem em ambientes imutáveis e
estáveis, e sistemas orgânicos se adaptam bem a ambientes instáveis e turbulentos.
A Pesquisa de F. E. Emery e E.L. Trist: sobre os contextos ambientais e suas consequências para as
organizações. Eles procuravam identificar o processo e as reações que ocorrem no ambiente como um
todo, no sentido de classificar a natureza do ambiente que circunda a organização e as consequências da
natureza ambiental sobre a natureza da organização. Para ambos existem quatro tipos de contexto
ambiental, cada qual proporcionando determinada estrutura e comportamentos organizacionais.
Meio plácido e aleatório: concorrência pura, produtos homogêneos e muitas empresas pequenas
que não conseguem sozinhas influenciar o mercado. Justamente pelo seu pequeno tamanho, a
organização não pode afetar as outras organizações do ambiente. Essas organizações sobrevivem
em pequenas unidades, isoladas, e dificilmente se adaptariam a um outro tipo de ambiente: são
bares, mercearias e pequenas oficinas.
Meio plácido e segmentado: concorrência monopolística, produtos diferenciados e organizações de
médio porte com alguns controles sobre o mercado. Dentro das condições ambientais as
organizações tendem a crescer em tamanho, tornam-se multifuncionais e muito hierarquizadas e
possuem controle e coordenação centralizados.
Meio perturbado e reativo: neste ambiente mais dinâmico que estático, desenvolvem-se
organizações do mesmo tamanho, tipo, objetivos, dispondo das mesmas informações e
pretendendo o mesmo mercado. Neste contexto ambiental, as confrontações não ocorrem mais ao
acaso, uma vez que todos sabem o que os outros pretendem fazer e aonde a organização quer
chegar. Oligopólio, poucas e grandes organizações dominantes do mercado. Bancos,
concessionárias. Surgem rivalidades, tornando necessário o conhecimento das reações dos rivais.
Exemplo organizações que atuam num mercado estreitamente disputado, como companhias de
petróleo ou de cimento.
Meio de campos turbulentos: caracterizam-se pela complexidade, turbulência e dinamicidade.
Entretanto, esta dinamicidade não é causada somente pela presença de outras organizações, mais
pelo complexo dinâmico de forças existente no próprio ambiente. Esta condição requer um
relacionamento que, enquanto maximiza a cooperação, reconhece a autonomia de cada
organização. Alem da cooperação interorganizacional, ocorre neste tipo de ambiente uma continua
mudança associada com inovação, provocando relevantes incertezas. Forte impulso para pesquisa
e desenvolvimento ou tecnologia avançada. Mercado monopólio puro, uma ou pouquíssimas
organizações controladoras do mercado.
Integração: refere-se ao processo oposto, isto é, ao processo gerado por pressões vindas do ambiente
global da organização para alcançar unidades de esforços e coordenação entre os vários departamentos. as
partes de uma empresa constituem um todo indissolúvel e nenhuma parte pode ser afetada sem afetar as
outras partes.
Esta pesquisa levou à formulação da Teoria da Contingência: não existe uma única forma melhor de
organizar, em vez disso, as organizações precisam ser sistematicamente ajustadas às condições
ambientais. Assim, a Teoria da Contingência apresenta os seguintes aspectos básicos:
A organização é de natureza sistêmica; ela é um sistema aberto.
Ambiente
Ambiente é tudo o que acontece externamente, mas influenciando internamente uma organização. A
Análise do Ambiente foi iniciada pelos estruturalistas, como a análise tinha abordagem de sistemas
abertos aumentou o estudo do meio ambiente como base para verificar a eficácia das organizações, mas
nem toda a preocupação foi capaz de produzir total entendimento do meio ambiente. As teorias da gestão
têm ênfase no interior e exterior da organização. O ambiente e o ambiente da tarefa.
O ambiente geral é o genérico e comum que afeta direta ou indiretamente toda e qualquer organização, é
constituído de um conjunto de condições semelhantes, são elas tecnológicas, legais, políticas,
econômicas, demográficas, ecológicas ou culturais.
Tecnológica é quando ocorre desenvolvimento tecnológico nas outras organizações, é preciso se adaptar
para não perder a competitividade. As condições legais constituem a legislação, são leis trabalhistas,
fiscais, civis, de caráter comercial, etc.
As condições políticas são decisões e definições políticas. As condições econômicas constituem o que
determina o desenvolvimento econômico. Inflação, balança de pagamentos do país, distribuição de renda
interna, etc.; são problemas econômicos que não passam despercebidos pela organização. A condição
demográfica determina o mercado de acordo com a taxa de crescimento, população, raça, religião,
distribuição geográfica, etc. A condição cultural é a expectativa da população que interfere no consumo.
Todas essas condições interagem entre si, e suas forças juntas têm efeito sistêmico.
Tipologia de Ambientes
O ambiente é um só, mas as organizações estão expostas à apenas uma parte dele que pode ser diferente
das demais, é dividido em tipologias e são características do ambiente de tarefas.
Os ambientes podem ser homogêneos ou heterogêneos de acordo com a estrutura.
Os ambientes podem ser classificados estáveis ou instáveis de acordo com sua dinâmica:
É estável quando quase não ocorrem mudanças e quando ocorrem são previsíveis.
É instável quando há mudanças o tempo inteiro, essas mudanças geram a incerteza. (Inovação e
Criatividade, ênfase na eficácia, reações variadas e inovadoras, etc.).
O ambiente homogêneo terá diferenciação menor e os problemas poderão ser tratados de forma
simples, com pouca departamentalização. O mesmo acontece com a estabilidade e instabilidade.
Quanto mais estável menor a contingência, permitindo uma estrutura burocrática e conservadora,
porém quanto mais instável, maior a contingência e maios a incerteza, porque há uma estrutura
Tecnologia
Toda organização tem que adaptar uma tecnologia podendo ser ela tosca, isto é, grosseira, rude ou
sofisticada, como o uso de computadores, mas todas as organizações precisam de uma tecnologia para
funcionarem e chegarem aos fins desejados.
A tecnologia não incorporada são as pessoas competentes para desenvolver sua função dentro da empresa.
A tecnologia incorporada é o capital (dinheiro), matérias-primas etc. A tecnologia, seja ela qual for, está
presente no dia a dia das empresas, transformando as matérias-primas em produtos consumíveis e
produtivos para a humanidade.
A tecnologia variável ambiental é aquela que assume a tecnologia criada para outras empresas de seu
ambiente de tarefa em seus sistemas de dentro para fora. A tecnologia variável organizacional, quando a
tecnologia esta presente em sua empresa, influencia e desempenha melhor em seu ambiente de tarefa.
Tipologia de Thompson
Para a empresa alcançar os seus objetivos deve contar com o conhecimento humano onde o homem
conduz para um resultado satisfatório, isto é, a tecnologia pode ser avaliada por critérios instrumental
(conduzido à resultados desejados) e critérios econômicos (resultados desejados com poucas despesas).
A perfeição instrumental é quando se produz um produto padrão com taxa constante, porque com as
experiências adquiridas dos trabalhadores, reduz a perda de material e pode levar a modificação de
maquinaria.
Tecnologia intensiva consiste em diversas habilidades, especializações, técnicas variadas para modificar
um único objetivo. Thompson classifica a tecnologia flexível, assim: as máquinas, o conhecimento
técnico e as matérias-primas são usados para outros produtos ou serviços e a tecnologia fixa não permite
utilização em outros produtos ou serviços.
Tipologia da Tecnologia
Tecnologia fixa e produto concreto: provém de empresas onde a mudança tecnológica é muito menos,
existindo uns problemas, o que não aceite seus produtos. Ex: o ramo automóvel.
Tecnologia fixa e produto abstrato: A empresa tem capacidade de mudar segundo algumas normas
impostas pela tecnologia fixa ou flexível. As partes relevantes do ambiente de tarefa precisam ser
influenciadas à aceitar novos produtos que a organização oferecer, para isso a formulação da estratégia
global das organizações enfatiza a obtenção do suporte ambiental necessário para a mudança. Ex:
Instituições educacionais baseadas em conhecimentos que oferecem cursos especializados.
Tecnologia flexível e produto concreto: A organização efetua com facilidade mudanças para um produto
novo ou diferente através das máquinas, técnicas, pessoal, conhecimento, etc. Ex: as empresas do ramo
plástico, de equipamentos eletrônicos, sujeitos à mudanças, fazendo com que as tecnologias adotadas
sejam constantemente reavaliadas, modificadas ou adaptadas.
Tecnologia flexível e produto abstrato: A possibilidade de mudanças são muitas e o problema maior das
organizações está na escolha entre qual alternativa é a mais adequada: o consenso dos clientes (consenso
externo em relação ao produto ou serviço oferecido ao mercado), ou aos processos de produção (consenso
dos empregados). Ex: as organizações secretas ou mesmo abertas (mas extra-oficiais), as empresas de
propaganda e de ralações públicas, etc.
Todas as organizações apresentam problemas pois as contingências impostas por diferentes tecnologias
são importantes para a organização e sua gestão.
Uma organização comprometida com uma tecnologia específica pode perder a chance de produzir outro
produto para outras organizações de tecnologias mais flexíveis pois a cada dia a tecnologia fica mais
especializada e a flexibilidade da organização de rapidamente passar de um produto para outro pode
decrescer.
Se a empresa já for dotada de grandes recursos e aplicar-se em um novo campo de atividades ou produtos,
pode usufruir do surgimento de novas tecnologias e assim facilitar tal chance. Mas, a medida que a
tecnologia se torna mais complexa, a empresa passa a ter menos controle sobre o processo tecnológico
global, e assim ficando dependente de outras empresas do ambiente de tarefa. Dependência crescente de
especialistas, de treinamento prévio feito por outras organizações que exigem mais integração e
coordenação.
As organizações enfrentam desafios tanto internos como externos, independente do seu tamanho ou
natureza. Ela se diferencia em três níveis organizacionais:
É o nível mais alto de uma empresa, composto pelos diretos, proprietários, acionistas e é onde as decisões
são tomadas, onde são traçados os objetivos à serem alcançados.
É composto pela média gestão de uma empresa e se localiza entre o Nível institucional e o Nível
operacional. Seu objetivo é unir internamente estes dois níveis, gerenciando o comando de ações,
ajustando as decisões tomadas pelos níveis institucionais com o que é realizado pelo nível operacional.
Ao nível Intermédio está a responsabilidade também de administrar o nível operacional, pois é ele que
está frente à frente com as incertezas do ambiente, intervindo e amortecendo estes impactos de forma a
não prejudicar as operações internas dentro do nível.
Está ligado aos problemas básicos do dia a dia e é onde as tarefas e operações são realizadas, envolvendo
os trabalhos básicos tanto relacionados com a produção de produtos como de serviços da organização. É
um nível que comanda toda a operação de uma organização e é nele que se localizam máquinas, os
equipamentos, instalações físicas, a linha de montagem, os escritórios, tendo a responsabilidade de
As organizações são, de certa forma, sistema aberto, pois muitas vezes surgem as incertezas do ambiente,
contudo são capazes de se anteciparem se defendendo e se ajustando a elas.
Podem ser também sistema fechado, uma vez que este nível opera tecnologicamente com meios racionais.
É eficiente, pois nela as operações seguem uma rotina e procedimentos padronizados, repetitivos.
A estrutura e o comportamento de uma organização são contingentes, porque elas enfrentam
constrangimentos ligados as suas tecnologias e ambiente de tarefas.
Não há, no entanto, uma maneira específica, ou melhor, de organizar e estruturar uma organização. As
contingências por serem diferente em cada organização, há uma variação em suas estruturas e
comportamentos.
Desenho organizacional
Estrutura Matricial – Também chamada matriz, é a gestão em grade ou gestão por projeto, embora seja
diferente da departamentalização por projeto, pois esta não implica uma grade ou matriz. A essência da
organização matricial é combinar as duas formas de departamentalização, departamentalização funcional
e de produtos e projetos – na mesma estrutura organizacional. Trata-se de uma estrutura híbrida.
Organização por equipes – A mais recente tendência tem sido o esforço das organizações em implementar
os conceitos de equipa. A cadeia vertical de comando constitui um poderoso meio de controle, mas seu
ponto frágil é atirar a responsabilidade para o topo. A abordagem de equipas torna a organização mais
flexível e ágil ao meio ambiente global e competitivo.
Divisão do trabalho e especialização – Através de estudos realizados pela gestão científica, com a divisão
do trabalho ocorre especialização do colaborador e consequente aumento da produção.
2.Mapeamento ambiental
Mapeamento ambiental
Ambiente é tudo que envolve uma organização. É o contexto na qual ela está inserida. É tão vasto e
complexo que é impossível conhecê-lo e compreendê-lo totalmente. Assim as organizações precisam
tatear, explorar e discernir o ambiente, para reduzir a incerteza a seu respeito. Em outros termos a
organização precisar mapear seu espaço ambiental. Tal mapeamento não e feito pela organização em sí,
mas por pessoas – sujeitas as diferenças individuais – que nela ocupam cargos ou posições destinados a
isso.
a) Seleção ambiental: de acordo com a natureza dos estímulos, as condições da empresa e o que está em
jogo.
b) Ambiente de tarefa: é o contexto ambiental mais próximo da organização que lhe fornece as entradas
ou insumos de recursos e informações, bem como a colocação e distribuição de suas saídas ou resultados.
O ambiente de tarefa é constituído pelas partes do ambiente que são relevantes ou potencialmente
relevantes para a organização poder estabelecer e alcançar seus objetivos. Geralmente constituído de
agentes com quem a organização tem uma relação direta no seu dia-a-dia como os consumidores, clientes,
usuários, fornecedores, concorrentes e grupos reguladores.
3.Desenho organizacional
a) Os ambientes das organizações: tratamento das entradas dos ambientes gerais e da tarefa
b) As características das organizações: as funções executada para obter as saídas e resultados
c) A tecnologia utilizada pela organização: como a organização executa as suas tarefas
d) Os critérios para definir a eficácia organizacional: como são comparados os resultados almejados e
alcançados
Processo de decisão
Define decisões como escolhas que procuram resolver problemas e aproveitar oportunidades. Dentro
deste processo há ambientes que são:
Ambiente Geral
As decisões tomadas nesse ambiente são extremamente importantes, pois afeta direta ou indiretamente
toda a organização.
Ambiente Tarefa
É um segmento do ambiente geral do qual extrai a suas entradas e deposita suas saída
4.Adocracia
Adhocracia é um termo criado por Warren Bennis, segundo Gareth Morgan, utilizado na Teoria das
Organizações.
O termo teve origem nas “forças-tarefas” militares para enfrentar situações de forma rápida.
Toffer estabeleceu que no futuro a sociedade será extremamente dinâmica e mutável e que as
organizações que quiserem sobreviver terão que ser inovadoras, temporárias, orgânicas e anti-
burocráticas.
Outras referências definem o termo como a organização baseada em projetos, uma alternativa para a
antiga Organização Departamental (baseada na divisão racional do trabalho) e para a intermediária
Organização Matricial (que juntaria elementos da Departamentalização com a Gerência de Projetos).
A característica central da adhocracia são os grupos e equipes cooperativos que resolvem problemas e
desempenham o trabalho. As posições e as tarefas não são permanentes e as formas organizacionais são
livres.
5.Homem complexo
Motivações
1.Administração participativa
A administração participativa é uma filosofia ou política de administração de pessoas, que valoriza sua
capacidade de tomar decisões e resolver problemas, aprimorando a satisfação e a motivação no trabalho,
contribuindo para o melhor desempenho e para a competitividade das organizações.
2.Administração japonesa
O Sistema Toyota de Produção, também chamado de Produção enxuta e Lean Manufacturing, surgiu no
Japão, na fábrica de automóveis Toyota, logo após a Segunda Guerra Mundial. Nesta época a indústria
japonesa tinha uma produtividade muito baixa e uma enorme falta de recursos, o que naturalmente a
impedia adotar o modelo da Produção em massa.
A criação do sistema se deve a três pessoas: O fundador da Toyota e mestre de invenções, Toyoda Sakichi,
seu filho Toyoda Kiichiro e o principal executivo o engenheiro Taiichi Ohno. O sistema objetiva aumentar
a eficiência da produção pela eliminação contínua de desperdícios.
O sistema de Produção em massa desenvolvido por Frederick Taylor e Henry Ford no início do século XX
predominou no mundo até a década de 90. Procurava reduzir os custos unitários dos produtos através da
produção em larga escala, especialização e divisão do trabalho. Entretanto este sistema tinha que operar
com estoques e lotes de produção elevados. No início não havia grande preocupação com a qualidade do
produto.
Já no Sistema Toyota de Produção, os lotes de produção são pequenos, permitindo uma maior variedade
de produtos. Exemplo: em vez de produzir um lote de 50 sedans brancos, produz-se 10 lotes com 5
veículos cada, com cores e modelos variados. Os trabalhadores são multifuncionais, ou seja, conhecem
outras tarefas além de sua própria e sabem operar mais que uma única máquina. No Sistema Toyota de
Produção a preocupação com a qualidade do produto é extrema. Foram desenvolvidas diversas técnicas
simples mas extremamente eficientes para proporcionar os resultados esperados, como o Kanban e o
Poka-Yoke.
De acordo com Taiichi Ohno (1988):
Os valores sociais mudaram. Agora, não podemos vender nossos produtos a não ser que nos coloquemos dentro dos
corações de nossos consumidores, cada um dos quais tem conceitos e gostos diferentes. Hoje, o mundo industrial foi
forçado a dominar de verdade o sistema de produção múltiplo, em pequenas quantidades.
3.Administração holística
O holismo significa que o homem é um ser indivisível, que não pode ser entendido através de uma análise
separada de suas diferentes partes.
Com a globalização (integração do mundo; povos e cultura) compartilhamos não somente as
oportunidades que ela oferece mas também os problemas. E para sua compreensão exige a aplicação da
teoria sistêmica. Na busca de uma sabedoria sistêmica, que bem podemos interpretar como sendo a busca
de uma visão holística. A visão holística pode ser considerada a forma de perceber a realidade e a
abordagem sistêmica, o primeiro nível de operacionalização desta visão.
O enfoque sistêmico exige dos indivíduos uma nova forma de pensar; de que o conjunto não é mera soma
de todas as partes, mas as partes compõem o todo, e é o todo que determina o comportamento das partes.
Uma nova visão de mundo, que lhes permitirá perceber com todos os sentidos a unicidade de si mesmo e
de tudo que os cerca. Portanto para e empresa o lucro deixa de ser o objetivo, para se torna uma
conseqüência de todo os processos da empresa; o RH deixa de ser custo e os consumidores deixam de ser
receitas, para se tornarem parte do todo da empresa. A empresa ganha uma nova visão, valorizando todos
os processos e departamentos, e tendo consciência que todos têm a sua importância e que todos compõem
a empresa, que a empresa não é mera soma de departamentos e processos, mas que são eles a empresa.
Traz a percepção da organização como uma série de processos e atividades interligadas. Uma empresa é
um processo que contém vários processos, de manufatura e/ou serviços.
A Administração Holística tem como base que a empresa não pode mais ser vista como um conjunto de
departamentos (Departamentalização) que executam atividades isoladas, mas sim como em conjunto
único, um sistema aberto em continua interação.
Processo de implantação da Administração Holística
Diagnóstico da empresa: avaliação do RH, TI, Fornecedores, Marca, Imagem, Clima e Cultura.
Entender como estão relacionados entre si e dentro da organização.
Análise do meio externo: perceber a situação - política - social - econômica – cultural -
tecnológica e concorrência e suas relação com a empresa.
Identificação do “núcleo da empresa”: Mapear os pontos fortes e competências primordiais para o
negócio.
Estabelecimento da missão
Reconhecimento dos valores da empresa: Identificar o que ela entende como relevante e que
define sua maneira de ser.
Definição das políticas da empresa
A abordagem holística propõe uma integração de conceitos defendidos por outros modelos de
administração, como: a valorização da intuição preconizada pelo modelo japonês, o desenvolvimento
pessoal defendido pela administração por objetivos e a interação valorizada pelo Desenvolvimento
Organizacional.
A proposta de trazer a visão holística para a área de administração, traduzindo-a num modelo de
administração holística, embora tenha seus méritos, também corre o risco de restringi-la. A visão holística
está mais para uma forma de pensar, de perceber a realidade, do que para um modelo. As organizações
reproduzem em pequenas escalas as configurações e dimensões do universo. Por isso se diz que o
desenho das organizações atuais deveria ser uma estrutura de holograma, sem forma e limite definidos,
adaptáveis às circunstâncias, com linhas hierárquicas simplificadas, muitos canais de comunicação e
trabalho matricial ou em redes, formando-se equipes interdisciplinares para resolver os desafios que
enfrenta a organização.
Um pensamento deve ser levado em consideração: a relação hologramática entre as partes e o todo. Quem
não compreende o princípio de recursividade, está condenado à insipidez, à trivialidade e ao erro. Assim
deve-se criar no homem a ideia de viver em harmonia com a natureza, como parte integrante dela, de
quem é reflexo e a quem modifica, e esta necessidade de que se crie uma nova consciência ecológica e se
desenvolva uma nova postura ética perante a natureza é tarefa do gerenciamento holístico.
A ideia do holismo não é nova. Ela está subjacente a várias concepções filosóficas ao longo de toda a
evolução do pensamento humano. O termo holismo origina-se do grego “holos”, que significa todo. Na
concepção holística, não só as partes de cada sistema se encontram no todo, mas os princípios e leis que
regem o todo se encontram em cada uma das partes e todos os fenômenos ou eventos se interligam e se
interpenetram, de forma global.
A holística não é ciência, nem filosofia. Não é uma religião nem uma disciplina mística. Também não
constitui um paradigma. Segundo Pierre Weil, (1991), “a abordagem holística propõe uma visão não-
fragmentada da realidade onde sensação, sentimento, razão e intuição se equilibram e se reforçam”.
O pensamento holístico é profundamente ecológico. O indivíduo e a natureza não estão separados,
formam um conjunto impossível de ser dissociado. É por isso que qualquer forma de agressão à natureza
é pura e simplesmente uma forma de suicídio.
4.Benchmarking
Benchmarking é a busca das melhores práticas na indústria que conduzem ao desempenho superior. É
visto como um processo positivo e pró-ativo por meio do qual uma empresa examina como outra realiza
uma função específica a fim de melhorar como realizar a mesma ou uma função semelhante. O processo
de comparação do desempenho entre dois ou mais sistemas é chamado de benchmarking, e as cargas
usadas são chamadas de benchmark.
Apesar do seu neologismo, "Benchmarking" é mais do que uma simples combinação de palavras -
exprime uma filosofia. Este processo não se limita na simples identificação das melhores práticas, mas,
principalmente, na sua divulgação através das diversas técnicas do Marketing. "Benchmarking é
simplesmente o método sistemático de procurar os melhores processos, as idéias inovadoras e os
procedimentos de operação mais eficazes que conduzam a um desempenho superior" (Christopher E.
Bogan).
Evolução histórica
Inicialmente, é nos EUA que o benchmarking ganha expressão, individualidade e notoriedade, atribuindo-
se à Rank Xerox Corporation o pioneirismo na introdução da prática de Benchmarking. Posteriormente,
outras organizações destacaram-se ao aplicar com sucesso o Benchmarking, entre as quais destacamos:
Ford Motor Company, Alcoa, Millken, AT&T, IBM, Johnson & Johnson, Kodak, Motorola e Texas
Instruments, tornando-se quase obrigatório para qualquer organização que deseje melhorar os seus
produtos, serviços, processos e resultados.
O que é o Benchmarking ?
Os princípios do benchmarking
Sistemático
O Benchmarking não é um método aleatório de recolher informação, mas trata-se de um processo
sistemático estruturado etapa a etapa, com o objetivo de avaliar os métodos de trabalho no mercado.
Os outputs deste processo proporcionam às empresas comparar os seus produtos, serviços e métodos de
trabalho com os das organizações representantes das melhores práticas.
É um processo gerencial permanente, que requer atualização constante da coleta e análise cuidadosa
daquilo que há de melhor externamente em práticas e desempenho para as funções de tomada de decisões
e de comunicações em todos os níveis da empresa. Um processo que obriga ao teste constante das ações
internas em relação aos padrões externos das práticas da indústria.
É um processo de descoberta e de uma experiência de aprendizagem. Exige a identificação das melhores
práticas e a projeção do desempenho futuro.
A idéia por trás do benchmarking é de que ninguém é melhor em tudo. Então, "copiar" modelos de outras
empresas significa "economizar" tempo e trabalho.
Por definição, as "cópias" nunca serão iguais. Haverá sempre ajustes, adaptação e aprimoramentos, o que
garante a "evolução" da idéia original.
O Benchmarking é um dos mais úteis instrumentos de gestão para melhorar o desempenho das empresas e
conquistar a superioridade em relação à concorrência. Baseia-se na aprendizagem das melhores
experiências de empresas similares e ajuda a explicar todo o processo que envolve uma excelente
performance empresarial . A essência deste instrumento parte do princípio de que nenhuma empresa é a
melhor em tudo, o que implica reconhecer que existe no mercado quem faz melhor do que nós.
Habitualmente, um processo de Benchmarking arranca quando se constata que a empresa está a diminuir
a sua rendibilidade. Quando a aprendizagem resultante de um processo de Benchmarking é aplicada de
forma correcta, facilita a melhoria do desempenho em situações críticas no seio de uma empresa.
Benchmarking é:
Um processo contínuo
Uma procura que fornece informação valiosa
Um processo de aprendizagem
Um leque de oportunidades
Uma análise aos processos
Uma ferramenta de gestão, aplicável aos processos da empresa
Benchmarking não é:
Um ato isolado
Um livro de receitas
Uma cópia ou uma imitação
Reinventar o que já foi inventado
Uma constatação de fatos
Uma moda de gestão
As vantagens da análise de Benchmarking são, sem dúvida, mais numerosas que as desvantagens, quanto
mais não seja porque, quer as pessoas, quer as empresas, todos gostam de ser como os melhores e o
Benchmarking é precisamente, “espreitar” os melhores para ser como eles.
Caracteriza-se por ter como alvo específico as práticas dos concorrentes. Na prática, é o menos usual uma
vez que é quase impossível que as empresas se prestem a facilitar dados que estão ligados diretamente
com a sua atividade à concorrência. Por isso muitas vezes é necessário contratar uma consultora externa
para obter informações sobre o Benchmarking Competitivo. Além disso, tem como objetivo atividades
similares em diferentes locais, departamentos, unidades operacionais, país, etc.
Benchmarking interno
A procura pelas melhores práticas ocorre dentro da própria organização em unidades diferentes (outros
departamentos, sedes, etc.). Tem como vantagens a facilidade para se obter parcerias, custos mais baixos e
a valorização pessoal interna. A grande desvantagem é que as práticas estarão sempre impregnadas com
os mesmos paradigmas. Este é o tipo mais utilizado.
Benchmarking genérico
Ocorre quando o Benchmarking é baseado num processo que atravessa várias funções da organização e
pode ser encontrado na maioria das empresas do mesmo porte, como por exemplo, o processo desde a
entrada de um pedido até a entrega do produto ao cliente. É neste tipo de Benchmarking que encontramos
a maioria dos exemplos práticos e onde as empresas estão mais dispostas a colaborar e a ser mais
verdadeiras.
Benchmarking funcional
Baseado numa função específica, que pode existir ou não na própria organização e serve para trocarmos
informações acerca de uma atividade bem definida como, por exemplo, a distribuição, o faturamento ou
embalagem. Alguns autores vinculam o conceito de benchmarking funcional ao benchmarking genérico,
pela possibilidade dos mesmos serem utilizados sem se levar em consideração a concorrência direta da
organização que aprende ou patrocina o estudo e a organização "investigada".
Conceito
Isto é, o benchmarking consiste na procura de melhores práticas de administração, como forma de ganhar
vantagens competitivas. Faz uso de pontos de referências que funcionam em vez de criar algo novo.
O Benchmarking é uma das mais antigas ferramentas de gestão. O seu propósito é estimular e facilitar as
mudanças organizacionais e a melhoria de desempenho das organizações através de um processo de
aprendizagem. Isto é feito de duas maneiras:
O benchmarking é uma das formas mais eficazes de se estabelecer metas e tem um efeito motivacional
grande junto às equipes.
Processo de Benchmarking
O processo de Benchmarking tem, em geral, 5 fases: planejamento, coleta de dados, análise, adaptação e
implementação. Mas a metodologia mais detalhada, descrita por CAMP (1998) apresenta as seguintes
etapas:
Benchmark
Histórico
Pode-se dizer que o processo benchmarking foi inserido no ambiente de negócios pela Xerox, que o
definiu como "o processo contínuo para medir os nossos produtos, serviços e práticas com os mais fortes
concorrentes ou com as companhias reconhecidas como líderes da indústria".
Melhoria contínua
Nesta altura, após terem sido alcançados os objetivos a que se propusera, a organização tem duas
alternativas: direcionar os esforços para a melhoria de outro item e nada fazer pelo primeiro ou continuar
a trabalhar na melhoria do desempenho do item. Quando se abandonam os esforços de melhoria contínua,
o melhor que pode acontecer é que o desempenho se mantenha estável. No entanto, as organizações
concorrentes poderão estar a trabalhar em melhoria contínua, o que vai provocar, num futuro próximo, um
novo desvio negativo no desempenho do item. É claro que é preferível continuar os esforços de melhoria
do item, e para tal deverão ser realizadas duas atividades:
Manutenção da base de dados
Implementação da melhoria contínua do desempenho
4.Downsizing
Downsizing (em português: achatamento) é uma das técnicas da Administração contemporânea, que tem
por objetivo a eliminação da burocracia corporativa desnecessária, pois ela é focada no centro da pirâmide
hierárquica, isto é, na área de recursos humanos (RH).
Trata-se de um projeto de racionalização planejado em todas as suas etapas, que deve estar consistente
com a Planejamento estratégico do negócio e cuja meta global é construir uma organização o mais
eficiente e capaz possível, privilegiando práticas que mantenham a organização mais enxuta possível.
A curto prazo envolve demissões, achatamento da estrutura organizacional, reestruturação, redução de
custos, e racionalização.
A longo prazo revitaliza a empresa com a expansão do seu mercado, desenvolve melhores produtos e
serviços, melhora a moral dos funcionários, moderniza a empresa e principalmente, a mantêm enxuta, de
forma que a burocracia não venha a se instalar novamente, uma vez amenizadas as pressões.
O downsizing requer um projeto de racionalização planejado e de acordo com a visão estratégica dos
negócios, as metas globais da organização e a partir da definição clara de seus objetivos.
O termo downsizing também é usado para definir uma situação onde sistemas originalmente hospedados
em um computador de grande porte (mainframe) são adaptados para computadores de menor porte
(mini/microcomputadores) e esse processo se dá em função da redução do porte da empresa ou do
aumento da capacidade computacional dos computadores de menor custo.
Objetivos
Redução de custos;
Rapidez na tomada de decisão;
Resposta mais rápida às ações do concorrente;
Comunicação menos distorcida e mais rápida;
Manutenção da orientação para a ação com menos análise e paralisia;
Promoção das sinergias dentro da empresa;
Elevação da moral na gerência geral;
Criação do foco nas necessidades do cliente, e não nos procedimentos internos;
Aumento da produtividade dos gerentes.
6.Learning organization
Learning Organization ( Organizações que aprendem), são organizações que têm capacidade de aprender,
renovar e inovar continuamente.
8.Reengenharia
A reengenharia, criada pelos americanos Michael Hammer e James Champy, no início da década de 90, é
um sistema administrativo utilizado pelas organizações para se manterem competitivas no mercado e
alcançarem as suas metas, reformulando o seu modo de fazer negócios, suas atividades e tarefas e/ou
processos.
Segundo Branco (2008, p. 123), ao contrário do que tinha acontecido com muitas das metodologias de
Gestão da Qualidade, os primeiros exemplos da sua aplicação vieram dos Estados Unidos da América e
não do Japão.
A reengenharia para Stair e Reynolds (2002, p.39) é vista como “redesenho de processos, envolve a
readequação dos processos empresariais, estruturas organizacionais, sistemas de informação e valores da
organização objetivando uma guinada nos resultados dos negócios da organização”.
Esta focalização no aumento da eficiência dos processos e, na obtenção de mais-valias a curto prazo,
implica melhorias em três níveis a destacar: redução de custos, redução de tempo e melhoria da qualidade
dos serviços.
Os princípios básicos desta “filosofia” de gestão, passam por reinventar e não evoluir, através do
desenvolvimento de processos que promovam o “corte” com a organização existente.
Um processo empresarial inclui o planejamento – considerado atividade interna – e a tomada de decisão –
considerada atividade externa. Estas atividades modificam entradas em saídas. São elas que norteiam a
execução do trabalho.
Esta abordagem implicaria pôr em questão toda a forma de trabalhar da organização, com a redifinição
total dos processos num corte claro com o passado. O primeiro passo é a definição de uma estratégia
global, com recurso à recolha de informação e dados factuais sobre as necessidades e expectativas dos
clientes e identificação das alterações a efetuar. A partir destes pressupostos estão criadas as condições
para identificar a nova rede de processos da organização e otimizar a mesma, através da análise de valor
de cada processo e eventual eliminação de atividades que não tragam mais-valias para a organização e/ou
cliente.
A metodologia da implementação de processos de reengenharia pode-se estruturar em quatro fases:
1ª Fase: Preparação: consiste em listar os processos da empresa, selecionar um ou mais processos a
redefinir e mobilizar recursos para o projeto;
2ª Fase: Planejamento: devem-se garantir os meios (tempo, pessoas e orçamento(recursos)), estruturar as
equipes de trabalho e distribuir tarefas;
3ª Fase: Implementação: analisar os processos selecionados (responsável, envolvidos, pontos fracos e
pontos fortes), reinventar o processo (visão cliente/resultado esperado), avaliar o impacto da mudança e
implementar o mesmo;
4ª Fase: Avaliação: medir e comunicar os resultados, controlar o processo e gerir o impacto das alterações
nos outros processos.
A reengenharia vem modificar o perfil do processo empresarial, proporcionando mudanças importantes
para a Estrutura Organizacional, os Valores Organizacionais e os Sistemas de Informação. A reengenharia
assumia o principio de “fazer mais, e eventualmente diferente, por menos”. Entretanto, essas mudanças
criam resistências aos colaboradores que já se consolidaram numa forma de trabalho. Daí resulta a grande
dificuldade para a organização: barrar essas resistências e fazer com que eles entendam os benefícios
deste novo sistema.
Esta abordagem da reengenharia teve de fato um impacto limitado na gestão, visto que foi pontualmente
relacionada com processos de downsizing, ou seja, com processos de reestruturação interna que passam
por redução do número de colaboradores nas organizações.
No entanto, os princípios preconizados por esta abordagem à gestão estão ainda presentes em muitas das
metodologias de melhoria da qualidade e de gerenciamento de processos de negócios
9.Readministração
"A ReAdministração entende que o homem moderno despende significativa de sua vida dentro de
organizações, trabalhando para organizações e que, portanto, as organizações e as tarefas que executam
são, respectivamente, o lugar e o foco apropriado onde buscar seu desenvolvimento. Não queremos dizer
que as organizações têm a obrigação de desenvolver seus recursos humanos, simplesmente porque
entendemos que desenvolvimento, por definição, é sempre autodesenvolvimento. entretanto, as
organizações podem criar - ou não - as condições para que os indivíduos desenvolvam seus talentos,
cresçam profissionalmente, busquem sua auto-realização, preencham seu potencial, sejam tudo aquilo que
eles têm condições de vir a ser." (CARAVANTES, G; BJUR, W. ReAdministração em Ação. A prática da
mudança rumo ao sucesso. São Paulo: Makron Books, 1996)
10.Terceirização
A terceirização ou outsourcing é uma prática que visa a redução de custo e o aumento da qualidade.
Pode ser usada em larga escala por grandes corporações e, observada principalmente em empresas de
telecomunicações, mineração, indústrias e etc.
Apesar das várias vantagens, a Terceirização deve ser praticada com cautela. Uma má gestão de
terceirização pode implicar para as empresas um descontrole e desconhecimento de sua mão-de-obra, a
contratação involuntária de pessoas inadequadas, perdas financeiras em ações trabalhistas movidas pelos
empregados terceirizados, dentre outros problemas.
O processo de terceirização em uma organização deve levar em conta diversos fatores de interesse, tais
como a redução de custos e principalmente o foco na sua atividade-fim. Há um sério risco em atrelar a
terceirização à redução de custo, porque, na maioria das vezes, não é esse o resultado. A terceirização
precisa estar em conformidade com os objetivos estratégicos da organização, os quais irão revelar em que
pontos ela poderá alcançar resultados satisfatórios.
O que não se deve terceirizar? Bom,o princípio básico é que não se terceirize a sua atividade-fim. Sendo
assim, uma organização que desconhece a si mesma, em um processo de terceirização, corre sério risco de
Definições de Terceirização
" Prática que permite a empresa abrir mão da execução de um processo e transferir para um terceiro,
portador de uma base de conhecimento mais especializada, com o objetivo de agregar maior valor ao
produto final.' [Leonardo Leocadio]
" Os desdobramentos mais recentes da terceirização, diferentemente da sua concepção original, permitem
a transferência para terceiros de importantes etapas do processo produtivo." [Leonardo Leocadio]
“Um processo de gestão pelo qual se repassam algumas atividades a terceiros, com os quais se estabelece
uma relação de parceria, ficando a empresa concentrada apenas em tarefas essencialmente ligadas ao
negócio em que atua.” [Giovanna Lima Colombo]
“A transferência de atividades para fornecedores especializados, detentores de tecnologia própria e
moderna, que tenham esta atividade terceirizada como sua atividade-fim, liberando a tomadora para
concentrar seus esforços gerenciais em seu negócio principal, preservando e evoluindo em qualidade e
produtividade, reduzindo custos e ganhando competitividade.” [Giovanna Lima Colombo]
“Uma técnica administrativa que possibilita o estabelecimento de um processo gerenciado de
transferência, a terceiros, das atividades acessórias e de apoio ao escopo das empresas que é a sua
atividade-fim, permitindo a estas concentrarem-se no seu negócio, ou seja, no objetivo final.” [Giovanna
Lima Colombo]
“(...)transferir para outrem atividades consideradas secundárias, ou seja, de suporte, atendo-se a empresa à
sua atividade principal.” [Alice Monteiro de Barros] é um processo no qual repassam atividades para
terceiros,no qual se concentra apenas em negocios a que atua.
Esse termo, utilizado com muita ênfase no final dos anos 1990, entrou no Século XXI como sendo uma
“solução” empresarial para a tão buscada redução de custos operacionais. Em um país onde a soma de
salários, vantagens e tributos a serem pagos ao empregado e para o estado, custa para o empresário o
quanto este pagaria para mais 1,2 funcionários, a terceirização de serviços não destinados à atividade-fim
de determinado empreendimento, pode ser – e muitas vezes é – a melhor solução para resolver o
problema dos custos. "Varias empresas oferecem essa solução com toda segurança necessária ao
contratante" é o que diz o Gestor de Negócios da Conceito Serviços Terceirizados que atua em Minas
Gerais(www.conceito-mg.com.br), algumas medidas como buscar saber referencias, situação fiscal,
podem ajudar a selar parcerias de sucesso e ter na terceirização a ferramenta gerencial de ótimo custo-
benefício.
"O verdadeiro sentido da palavra terceirização é transferir uma determinada atividade para ser realizada
por um especialista na área, o que se traduz em aumento de produtiva e melhor eficiencia", é o que diz o
Surgimento do Termo
"1992 - Terceirização passa a ser o termo do momento. Criado na empresa gaúcha Riocell, foi introduzido
e disseminado no meio empresarial pelas páginas de EXAME". Fonte: Revista Exame - Edição 766
Especial de 35. Aniversário, de 15/05/2002, quando faz uma retrospectiva dos 35 anos. "A incrível
aventura dos negócios", destacando o tema mais importante de cada ano.
No início do século XXI surge uma vertente que sugere a inversão do processo da terceirização, o que foi
chamado de "desterceirização" ou, mais correctamente, de primarização. (Trindade, L.H.) Tercerizar é....
Riscos
Embora o uso da terceirização tenha como objetivo focar a empresa na sua atividade-fim, na verdade o
mercado em geral busca a redução de custos. A curto prazo é o que realmente ocorre, porém a longo prazo
o próprio futuro da empresa é ameaçado, vejamos alguns fatos, por exemplo:
Empresa responde por créditos trabalhistas no caso de inadimplência da prestadora de serviços;
Custo de controle dos serviços terceirizados progressivamente torna-se maior;
Queda de qualidade freqüentemente é relatada por clientes da empresa;
Risco ao terceirizar-se setores chave, tais como: Financeiro, Recursos Humanos, Assessoria,
Almoxarifado...;
Perda de bons funcionários, devido a rotatividade da mão-de-obra dessas empresas;
Ao longo do tempo a empresa pode tornar-se extremamente dependente da terceirização, por
exemplo: Sistema de Informática com padrões incompatíveis com outros;
Decadência do clima organizacional;
Perda da identidade da empresa.
Precarização do Trabalho
Há estudos que indicam que trabalhadores terceirizados tem salários, benefícios e condições de trabalho
inferiores, caracterizando uma precarização do trabalho. Ver autores como Maria da Graça Druck e
Márcio Pochmann.
A teoria geral da administração começou com a ênfase nas tarefas, com a administração científica de
Taylor. A seguir, a preocupação básica passou para a ênfase na estrutura com a teoria clássica de Fayol e
com a teoria burocrática de Max Weber, seguindo-se mais tarde a teoria estruturalista. A reação
humanística surgiu com a ênfase nas pessoas, por meio da teoria comportamental e pela teoria do
desenvolvimento organizacional. A ênfase no ambiente surgiu com a Teoria dos Sistemas, sendo
completada pela teoria da contingência. Esta, posteriormente, desenvolveu a ênfase na tecnologia. Cada
uma dessas cinco variáveis - tarefas, estrutura, pessoas, ambiente e tecnologia - provocou a seu tempo
uma diferente teoria administrativa, marcando um gradativo passo no desenvolvimento da TGA. Cada
teoria administrativa procurou privilegiar ou enfatizar uma dessas cinco variáveis, omitindo ou relegando
a um plano secundário todas as demais.
Ameaças: São forças ambientais incontroláveis pela empresa, que criam obstáculos
à sua ação estratégica, mas que poderão ou não ser evitados desde que conhecidas em
tempo hábil.
O executivo deve identificar os componentes relevantes do ambiente e, em seguida, analisar
quanto à situação de oportunidade ou ameaças para a empresa.
A análise externa corresponde ao estudo dos diversos fatores e forças do ambiente, às relações
entre eles ao longo do tempo e seus efeitos ou potenciais efeitos sobre a empresa, sendo baseadas
nas percepções das áreas em que as decisões estratégicas da empresa deverão ser tornadas. A
análise externa é geralmente usada sob dois enfoques:
Para resolver algum problema imediato que exija alguma decisão estratégica e, neste caso,
a interação entre empresa e ambiente ocorre em "tempo real".
Para identificar futuras oportunidades ou ameaças que ainda não foram percebidas
claramente pela empresa.
Samuel C. Certo e J. Paul Peter em seu livro Administração Estratégica sub-divide o ambiente
externo em dois: Ambiente Geral e Ambiente Organizacional.
O Ambiente Geral
O ambiente geral é o nível de um ambiente externo à organização composto de componentes que
normalmente têm amplo escopo e pouca aplicação imediata para administrar uma organização. O
ambiente geral se divide em:
O Ambiente Operacional
O ambiente operacional é o nível do ambiente externo à organização composto de setores que
normalmente têm implicações específicas e relativamente mais imediatas na administração da
organização. Dividindo-se em:
O componente cliente do ambiente operacional reflete as características e o
comportamento daqueles que compram mercadorias e serviços fornecidos pela
organização.
O componente concorrência do ambiente operacional consiste naqueles que a
organização tem de combater para conseguir recursos. Basicamente, o propósito da
análise da concorrência é ajudar a administração a avaliar os pontos fortes e fracos
e a capacidade de concorrentes existentes e em potencial e predizer que estratégias
eles provavelmente adotarão.
O componente mão de obra do ambiente operacional é composto de fatores que
influenciam a disponibilidade de mão de obra para realizar as tarefas
organizacionais necessárias.
O componente fornecedor do ambiente operacional inclui todas as variáveis
relacionadas aos que fornecem recursos para a organização. Esses recursos são
adquiridos e transformados durante o processo produtivo em mercadorias e
serviços finais.
O componente internacional da análise operacional compreende todas as
implicações internacionais das operações organizacionais. Embora nem todas as
organizações lidem com questões internacionais, o número das que o fazem está
aumentando dramaticamente.
EXERCÍCIOS
1. De acordo com a análise externa de uma empresa o que são oportunidades e ameaças?
Teoria Geral de Sistemas (também conhecida pela sigla, T.G.S.) surgiu com os trabalhos do biólogo
austríaco Ludwig von Bertalanffy, publicados entre 1950 e 1968.
A T.G.S. não busca solucionar problemas ou tentar soluções práticas, mas sim produzir teorias e
formulações conceituais que possam criar condições de aplicação na realidade empírica.
Existe uma nítida tendência para a integração nas várias ciências naturais e sociais;
Essa integração parece orientar-se rumo a uma teoria dos sistemas;
Essa teoria de sistemas pode ser uma maneira mais abrangente de estudar os campos não
físicos do conhecimento científico, especialmente as ciências sociais;
Essa teoria de sistemas, ao desenvolver princípios unificadores que atravessam
verticalmente os universos particulares das diversas ciências envolvidas, aproxima-nos do
objetivo da unidade da ciência;
Isso pode levar a uma integração muito necessária da educação científica.
Teoria dos sistemas começou a ser aplicada a administração principalmente em função da necessidade de
uma síntese e uma maior integração das teorias anteriores (Científicas e Relações Humanas, Estruturalista
e Comportamental oriundas das Ciências Sociais) e da intensificação do uso da cibernética e da
tecnologia da informação nas empresas.
Os sistemas vivos, sejam indivíduos ou organizações, são analisados como “sistema abertos”, mantendo
um continuo intercâmbio de matéria/energia/informação com o ambiente. A Teoria de Sistema permite
reconceituar os fenômenos em uma abordagem global, permitindo a inter-relação e integração de assuntos
que são, na maioria das vezes, de natureza completamente diferentes.
TIPOS DE SISTEMAS
Há uma grande variedade de sistemas e uma ampla gama de tipologias para classificá-los, de acordo com
certas características básicas.
Abstratos ou conceituais: quando compostos por conceitos, planos, hipóteses e idéias que muitas
vezes só existem no pensamento das pessoas (conceitos, planos, idéias, software).
Na realidade, há uma complementaridade entre sistemas físicos e abstratos: os sistemas físicos precisam
de um sistema abstrato para funcionar, e os sistemas abstratos somente se realizam quando aplicados a
algum sistema físico.
Fechados: não apresentam intercâmbio com o meio ambiente que os circunda, sendo assim não recebem
nenhuma influencia do ambiente e por outro lado não influenciam. Não recebem nenhum recurso externo
e nada produzem que seja enviado para fora.
Ex: A matemática é um sistema fechado, pois não sofrerá nenhuma influência do meio
ambiente, sempre 1+1 será 2.
Abertos: são os sistemas que apresentam relações de intercâmbio com o ambiente, por meio de
entradas e saídas.
Os sistemas abertos trocam matéria, energia e informação regularmente com o meio ambiente. São
eminentemente adaptativos, isto é, para sobreviver devem reajustar-se constantemente as condições do
meio.
As organizações são por definição sistemas abertos, pois não podem ser adequadamente compreendidas
de forma isolada, mas sim pelo inter-relacionamento entre diversas variáveis internas e externas, que
afetam seu comportamento. Tal como os organismos vivos, as organizações têm seis funções primárias ou
principais, que mantêm estreita relação entre si, mas que podem ser estudadas individualmente.
a) Ingestão: as organizações adquirem ou compram materiais para processá-los de alguma maneira. Para
assistirem outras funções, como os organismos vivos que ingerem alimentos para suprirem outras funções
e manter a energia.
c) Reação ao ambiente: o animal que reage frente a mudanças ambientais para sua sobrevivência deve
adaptar-se as mudanças. Também nas organizações reage ao seu ambiente, mudando seus materiais,
consumidores, empregados e recursos financeiros. As alterações podem se efetuar nos produtos, no
processo ou na estrutura (mudanças face ao mercado).
d) Suprimento das partes: os participantes da organização são supridos, não só do significado de suas
funções, mas também de dados de compras, produção, vendas ou contabilidade, e são recompensados
principalmente sob a forma de salários e benefícios.
e) Regeneração das partes: as partes do organismo perdem sua eficiência, adoecem ou morrem e devem
b) Parte de uma sociedade maior: as organizações são vistas como sistemas dentro de sistemas. Os
sistemas são complexos de elementos colocados em interação. Essas interações entre os elementos
produzem um todo que não pode ser compreendido pela simples investigação das várias partes tomadas
isoladamente. – ajuste constante entre grupos internos e externos, como estudado mais propriamente na
Sociologia, Antropologia ou Economia (econômico e cultural);
c) Interdependência entre as partes: uma organização não é um sistema mecânico, no qual uma das partes
pode ser mudada sem um efeito concomitante sobre as outras. Em face da diferenciação das partes
provocadas pela divisão do trabalho, as partes precisam ser coordenadas por meio de integração e de
trabalho. As interações internas e externas do sistema refletem diferentes escalões de controle e da
autonomia. Uma variedade de subsistema deve cumprir a função do sistema e as suas atividades devem
ser coordenadas. – divisão de trabalho, coordenação, integração e controle;
e) Fronteiras ou limites: é a linha imaginária que serve para marcar o que está dentro e o que está fora do
sistema. Nem sempre a fronteira de um sistema existe fisicamente. –fronteiras permeáveis- sobreposições
e intercâmbios com os sistemas do ambiente;
Para aplicação da Teoria Geral dos Sistemas no âmbito do Direito, pode-se apontar Claus-Wilhelm
Canaris como uma doutrina que pode ofertar, sinteticamente, as diversas possibilidades que o tema
apresenta no Direito contemporâneo. Para tanto vide seu Pensamento Sistemático e Conceito de Sistema
na Ciência do Direito, em tradução portuguesa (Calouste Gulbenkian) efetivada pelo eminente Prof.
Menezes Cordeiro.
São diversas Escolas que se valem das noções de sistema, como no caso de Canaris e a Escola do
Pensamento Sistemático, como também de Niklas Luhmann e sua visão autopoiética em um Pensamento
Sistêmico, que também é central para o início da corrente sistêmica na Sociologia moderna. Mesmo
escolas de base oitocentista, como a Escola da Exegese e a Pandectista, também dialogam com as esferas
de sistemas e suas teorias.
EXERCÍCIOS
Sob o ponto de vista formal, uma organização empresarial consiste em um conjunto de encargos
funcionais e hierárquicos, orientados para o objetivo econômico de produzir bens ou serviços. A estrutura
orgânico deste conjunto de encargos está condicionada à natureza do ramo de atividade, aos meios de
trabalho, às circunstâncias sócio-econômicas da comunidade e à maneira de conceber a atividade
empresarial. As principais características da organização formal são:
1. Divisão do Trabalho;
2. Especialização;
3. Hierarquia;
4. Distribuição da autoridade e da responsabilidade;
5. Racionalismo.
1. Divisão do Trabalho
O objetivo imediato e fundamental de todo e qualquer tipo de organização é a produção. Para ser
eficiente, a produção deve basear-se na divisão do trabalho, que nada mais é do que a maneira pela qual
um processo complexo pode ser decomposto em uma série de pequenas tarefas. O procedimento de
dividir o trabalho começou a ser praticado mais intensamente com o advento da Revolução Industrial,
provocando uma mudança radical no conceito de produção, principalmente no fabrico maciço de grandes
quantidades através do uso da máquina, substituindo o artesanato, e o uso do trabalho especializado na
linha de montagem. O importante era que cada pessoa pudesse produzir o máximo de unidades dentro de
um padrão aceitável, objetivo que somente poderia ser atingido automatizando a atividade humana ao
repetir a mesma tarefa várias vezes. Essa divisão do trabalho foi iniciada ao nível dos operários com a
Administração Científica no começo deste século.
2. Especialização
A especialização do trabalho proposta pela Administração Científica constitui uma maneira de aumentar a
eficiência e de diminuir os custos de produção. Simplificando as tarefas, atribuindo a cada posto de
trabalho tarefas simples e repetitivas que requeiram pouca experiência do executor e escassos
conhecimentos prévios, reduzem-se os períodos de aprendizagem, facilitando substituições de uns
indivíduos por outros, permitindo melhorias de métodos de incentivos no trabalho e, consequentemente,
aumentando o rendimento de produção.
3. Hierarquia
Uma das consequências do princípio da divisão do trabalho é a diversificação funcional dentro da
organização. Porém, uma pluralidade de funções desarticuladas entre si não forma uma organização
eficiente. Como decorrência das funções especializadas, surge inevitavelmente a de comando, para dirigir
e controlar todas as atividades para que sejam cumpridas harmoniosamente. Portanto, a organização
precisa, além de uma estrutura de funções, de uma estrutura hierárquica, cuja missão é dirigir as
operações dos níveis que lhes estão subordinados. Em toda organização formal existe uma hierarquia.
Esta divide a organização em camadas ou escalas ou níveis de autoridade, tendo os superiores autoridade
sobre os inferiores. À medida que se sobe na escala hierárquica, aumenta a autoridade do ocupante do
cargo.
EXERCÍCIOS
3. Defina Especialização.
4. Defina Hierarquia.
6. Defina Racionalismo.
CAPÍTULO V – DIREÇÃO
2.Missão e atribuições
No âmbito da sua missão como organismo de apoio logístico aos processos eleitorais, o DGAI realiza
ações de apoio jurídico, logístico e financeiro às entidades intervenientes nas eleições, nomeadamente, os
Governos Regionais e Ministros da República para as Regiões Autônomas, Governos Civis dos Distritos,
Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia e Comissões Recenseadoras. O STAPE também realiza as
operações de escrutínio provisório dos atos eleitorais, o registro dos eleitos locais e a realização de
estudos em matéria eleitoral.
O quê é solicitado?
Subordinados têm condição de executar?
O quê os outros chefes fariam ou estão fazendo?
Primeira vez: autoridade para executar, descrição do que deve ser feito, como se deverá fazer.
Segunda vez: só a autoridade para executar.
- Agravos (Indisciplina)
Redução ou remoção.
Ação disciplinar apropriada.
Motivação positiva.
- Tipos de Chefes
Autocrata
Atende rispidamente, raramente com educação; não aceita opiniões; raramente tem tempo para todos;
sempre enérgico; organizado; ordens sempre por escrito - determina; os subordinados o atendem com
pavor; quando deixa o recinto tudo praticamente para; distribui o trabalho impondo.
Democrata
Atende a todos com educação; troca ideias; procura ajudar, ensinar; aceita opiniões; sempre tem tempo
para todos; divide, organiza; bom quando precisa ser e duro se necessário; ordens por escrito - distribui o
trabalho; quando deixa o recinto tudo continua a funcionar.
Laissez Faire
Aparentemente boa praça; se tudo está bem, foi ele que fez; se tudo está mal, a culpa é dos funcionários;
não cria nada; a bagunça é normal com ele presente ou não; deixa o barco correr; não distribui o trabalho;
não é organizado; não troca ideias, foge da responsabilidade.
EXERCÍCIOS
1. Defina Direção.
INTRODUÇÃO
Quando nos referimos à Tomada de Decisão, principalmente por parte de uma organização,
independentemente de sua finalidade (lucrativa ou não), na maioria das vezes, devemos obrigatoriamente
levar em consideração o Planejamento Estratégico adotado por esta organização.
A globalização, o imperativo da competitividade por que passam as empresas, cuja palavra de ordem é
sempre a de aumentar as vantagens competitivas destas empresas com relação aos seus concorrentes,
aumentando por conseguinte suas parcelas nos mercados onde atuam, fazem com que estas empresas
estabeleçam estratégias de ações para atuarem em mercados locais, regionais e até mesmo globais.
O Planejamento Estratégico das empresas tem, entre outros, o objetivo de fixar diretrizes de atuação nas
áreas administrativa, financeira, de marketing e de manufatura ou operações, visando dar à empresa uma
ou mais vantagens competitivas. Desta forma, uma empresa pode obter uma vantagem competitiva a
partir de uma estratégia financeira adequada, o mesmo valendo para marketing ou manufatura ou
operações.
Uma empresa pode estabelecer uma ou mais estratégias competitivas, como por exemplo: informatização,
desmobilizações, qualidade total de seus produtos, aquisições de outras empresas, incentivos para seus
funcionários, projeção de demanda com baixas margens de erros e robotização das linhas de produção,
custos de seus produtos, prazos de entregas de sues produtos, inovação de seus produtos e processos,
aumento de sua produtividade, eficiência na fabricação de seus produtos etc.
Planejar é, portanto, saber onde queremos chegar. É tomar todas as medidas e Decisões necessárias e pró-
ativas, para que, mesmo que o nosso barco venha a enfrentar as várias tempestades proporcionadas pelo
mar bravio, possamos ter a absoluta certeza e a tranquilidade de que, no final, estaremos aportando em
terras firmes.
Como exemplo, apresentamos o quadro abaixo, o qual demonstra claramente as principais decisões que
deverão ser tomadas pelo proprietário de uma organização para se definir a localização de sua empresa.
O Planejamento Organizacional pode ser divido em três níveis: estratégico, tático e operacional.
Nível Estratégico: é aquele que geralmente é executado com uma visão mais mediata, isto é, mais a
longo prazo e, dada à sua natureza e seu grau de importância para a organização, representa um impacto
mais amplo, profundo e duradouro sobre a mencionada organização. É importante frisar que, como o
planejamento estratégico, na maioria das organizações, é elaborado pelo seu mais alto escalão
hierárquico, o mesmo deverá contemplar uma série de decisões que deverão ser tomadas nos demais
níveis hierárquicos da organização.
Como exemplos de decisões que via de regra são tomadas no nível estratégico de planejamento por parte
da organização, podemos elencar os seguintes:
Missão: é o motivo principal da existência de uma organização, demonstrando seu verdadeiro papel
perante as sociedades interna e externa, onde ela atua.
Visão: representa o objetivo maior da organização, onde todos os esforços internos da organização e de
todas as pessoas envolvidas dentro deste contexto , possam estar levando a empresa ao seu ápice
organizacional. É a melhoria é a buscar contínua pela conquista da tão sonhada e necessária excelência
organizacional.
Clientes: são os principais responsáveis pelo sucesso ou pelo insucesso da organização. São eles que
estarão absorvendo ou rejeitando os produtos oferecidos pela organização. Em última instância, são eles
também que "pagam os salários dos funcionários da organização".
Fornecedores: dentro da moderna concepção de parceria, os fornecedores têm um papel importante para
as organizações. É o chamado "comakership", onde a relação de parceria entre cliente-fornecedor atinge
um elevado grau de evolução, traduzida em confiança mútua, participação, fornecimento com qualidade
assegurada etc.
Negócios: área de atuação da organização que tem por objetivo suprir as necessidades apresentadas pelos
seus clientes, através dos fornecimentos dos produtos e também dos serviços necessários para satisfazer
tais necessidades.
Macroestratégias: são as definições adotadas pela organização, visando a perenidade de seu sucesso, tais
como:
Nível Tático: o principal objetivo do planejamento tático é o de traduzir as decisões estratégicas em ações
efetivas a serem implementadas pelos mais diversos setores da organização. Desta forma, o nível tático
tem seu foco mais específico. No nível tático, existe um menor nível de incerteza para as tomadas de
decisões.
O tempo de planejamento no nível tático, é a médio prazo. As decisões do nível tático, são mais
facilmente revistas, quando necessárias, haja visto a sua menor abrangência e a superficialidade de seu
impacto, comparando-as com as estratégias.
O universo das decisões táticas é bastante amplo, porém proporcional ao tamanho e ao tipo de
complexidade estrutura de cada organização. O imperativo é que cada área ou função tenha seus planos
específicos, os quais estejam interligados umbilicalmente às ações estratégicas da companhia como um
todo.
Ex: Política de Recrutamento e Seleção de Pessoal
Nível Operacional: os esforços são direcionados para cada processo ou projeto da organização. São
aplicadas em setores específicos e apresentar impactos limitados.
O tempo de planejamento no nível operacional, é a curto prazo. As decisões do nível operacional, por
serem relativamente fáceis, são revistas à todo momento, quando necessárias, exatamente ao contrário do
que ocorre com as decisões táticas e, de modo especial, com as decisões estratégicas.
As decisões operacionais são eminentemente técnicas, isto é, sem um forte alcance de cunho político-
social, exatamente o contrário das decisões estratégicas, as quais representam , muitas vezes, podem
representar até mesmo a existência da organização.
Ex: Levantamento da Necessidade de Treinamento
EXERCÍCIOS
DEFINIÇÕES E TIPOLOGIA
A tipologia de mudança proposta por esses autores é chamada mudança descontínua. Para Nadler, esse
tipo de mudança acontece em resposta a eventos desestabilizadores e em períodos de maior desequilíbrio
na vida das organizações.
Nesse tipo de mudança, ao invés de buscar melhorias incrementais no seu desempenho, a organização está
em busca de uma nova reconfiguração, envolvendo novas estratégias, atividades, missão, organização dos
processos, da estrutura e das pessoas.
CAUSADORES
Adotar estratégias de mudança que obtenham sucesso envolve compreender aspectos do ambiente, dos
indivíduos e da organização como um todo. Desta forma, identificar variáveis do contexto que estariam
provocando as mudanças, sejam contínuas ou descontínuas, apresenta-se como uma vantagem para os
gerenciadores da mudança, na medida em que esse conhecimento poderia permitir o manejo e a
implantação da mudança, o aumento da eficácia organizacional e de sua chance de sobrevivência.
Robbins apresenta seis aspectos específicos que atuam como desencadeadores de mudança: a natureza da
força do trabalho, a tecnologia, os choques econômicos, a concorrência, as tendências sociais e a política
mundial. Esses aspectos estariam presentes no cotidiano organizacional de forma mais ou menos aguda
em determinados momentos, mas constantemente exerceriam pressão sobre a organização.
Para Pettigrew os fatores capazes de precipitar mudanças organizacionais são basicamente extra-
organizacionais, ou seja, mudanças no ambiente de negócios e recessão econômica. No entanto, outros
aspectos também devem ser analisados em um processo de mudança: a inércia organizacional, as
mudanças de estrutura da organização e o ambiente em que esta se insere.
externo e as características da própria organização. Por aspectos ligados ao ambiente externo entende-se:
política mundial, crises e tendências macroeconômicas, mudanças legais e regulamentação, recessão
econômica, competição e inovação tecnológica; e por características da própria organização entende-se:
desempenho, características pessoais dos gerentes, natureza da força do trabalho, crescimento
organizacional e descontinuidade na estrutura organizacional.
Observa-se que os eventos causadores de mudança, de certa forma, também são facilitadores, pois
influenciam a decisão de mudança. No entanto, são destacados elementos que podem facilitar, mas
também, dificultar a implementação da decisão e da estratégia de mudança em uma organização. Neste
sentido, os facilitadores e dificultadores diferem dos causadores na medida em que, enquanto esses
últimos descrevem o porquê da mudança, aqueles se referem aos fatores que tornam a mudança
possível ou que a impossibilitam.
Huber, Sutcliffe, Miller e Glick indicam a existência de doze fatores que podem propiciar ou retardar as
mudanças e os agrupa em cinco categorias:
Cada fator pode atuar como facilitador ou dificultador de um tipo específico de mudança. A principal
conclusão do estudo é que somente o ambiente turbulento é capaz de causar mudanças significativas, bem
como facilitar sua implementação, na medida em que exige um reposicionamento da organização frente às
novas demandas do meio.
De maneira geral, as reações mais frequentes à mudança organizacional são de resistência. Isso pode se
dever ao fato de que as mudanças, independentemente de seu tipo ou objetivo, não costumam ser bem-
vindas.
A resistência à mudança, para Robbins, pode se dar nos âmbitos: individual e organizacional. As fontes de
resistência individual relacionam-se às características subjetivas e pessoais dos indivíduos e envolvem
aspectos como: hábitos, necessidades, características de personalidade, inseguranças, grau de
conhecimento e questões econômicas. As fontes de resistência organizacional encontram-se direcionadas
aos aspectos globais, envolvendo a organização como um todo, e relacionam-se à inércia estrutural e do
grupo, ao foco restrito da mudança (ex: mudanças apenas em um setor) e às percepções de ameaça
advindas da mudança.
Ainda no que se refere à resistência, para Pereira, ela é característica comum a todos os mecanismos para
lidar com as mudanças ou com as perdas que elas proporcionam e afirma:
[...] a estabilidade é conhecida, não traz surpresas, não ameaça. A mudança traz o inesperado, a surpresa, o
desafio, o movimento. Mesmo quando a expectativa da mudança é favorável, quem nos garante, a priori,
que ela seguirá os caminhos traçados? Daí a angústia, o medo e a fuga" (p.116). Ou seja, a literatura
parece apontar a existência de uma resistência natural dos indivíduos às mudanças, porém em graus
variados. No entanto, existem autores como Hernandez e Caldas (2000) que se contrapõem a esta visão da
resistência como algo natural e inevitável. Em suma, não é possível elaborar receituários de como lidar
com a reação dos empregados às mudanças. O que de fato interessa é alertar os gestores sobre a
necessidade de conhecer os indivíduos e a cultura da organização, a fim de planejar as mudanças e saber
lidar com as mais diferentes reações apresentadas.
EXERCÍCIOS
Em outras palavras, a cultura organizacional representa as normas informais e não escritas que orientam o
comportamento dos membros de uma organização no dia-a-dia e que direcionam suas ações para o
alcance dos objetivos organizacionais. No fundo, é a cultura que define a missão e provoca o nascimento
e o estabelecimento dos objetivos da organização. A cultura precisa ser alinhada juntamente com outros
aspectos das decisões e ações da organização como planejamento, organização, direção e controle para
que se possa melhor conhecer a organização.
Segundo Kissil (1998), para que a organização possa sobreviver e se desenvolver, para que existam
revitalização e inovação, deve-se mudar a cultura organizacional. Esse conceito responde plenamente esta
questão, onde o Autor sugere que a revitalização e a inovação são fatores importantes para as empresas, e
de certo modo só se consegue isso mudando a cultura da organização.
O esforço de entendimento mútuo dentro da empresa é uma maneira de garantir uma estrutura consistente
e manter o ritmo de produtividade da organização. Para montar as equipes com um perfil variado é
preciso de um enfoque cultural e escolher as pessoas que são diferentes. O que faz uma empresa forte é o
respeito mútuo interno, é ele que poderá gerar respostas rápidas e eficientes. Se as diversidades forem
integradas em torno de um único compromisso, a empresa estará sempre pronta para administrar as
mudanças que forem necessárias. Só se consegue isso com uma cultura organizacional forte, onde as
pessoas têm os valores e princípios da empresa disseminados de forma clara, onde todos tem orgulho de
fazer parte de uma organização transparente e focada no sucesso.
Clareza de objetivos, valores e princípios: Onde a empresa tem seus objetivos claros, definidos,
formalmente estabelecidos e orientados para médio e longo prazo. Para dar certo a empresa deve fazer
com que todos funcionários tenham acesso aos seus objetivos, ter definidos os valores e princípios, sendo
relembrados periodicamente (Ex. reunião mensal), isso auxilia no processo de mudança e seu retorno
pode ser de médio prazo, caso bem divulgado e aplicado.
Imagem de produtos e serviços: Grau em que os vários públicos (internos e externos) percebem a
qualidade dos produtos e serviços oferecidos. Não basta o cliente externo ter percepção da empresa, mas
também os funcionários, a "venda" interna é muito importante, divulgação de projetos que estão sendo
executados, conquistas, detalhes sobre a qualidade de seus produtos e serviços, devem ser do
conhecimento dos clientes internos e externos, fazendo com que o funcionário tenha orgulho do seu
trabalho. Seu resultado na mudança pode ser notado no longo prazo. Deve ser também ser trabalhado
constantemente, para manter os funcionários informados.
Abertura a novas idéias: Grau em que a empresa é dinâmica, está atenta às mudanças, tem senso de
oportunidade, estabelece objetivos arrojados, é líder de tendências e cria um ambiente motivador. Nesse
ambiente a empresa valoriza e incentiva as novas ideias de seus colaboradores. Pode ser feito incentivos
financeiros como premiações por economia na mudança de algum processo, criar uma caixa de sugestões,
ter reuniões periódicas entre setores na busca de melhorias, criar um grupo de melhoria, etc. Depende
muito da comunicação, ela deve ser aberta a ponto do funcionário ter a ousadia de expor e criar novos
métodos e procedimentos. É um trabalho que pode trazer resultados no curto, médio, ou longo prazo.
Critérios para recrutamento, seleção, promoção de empregados. Os tipos de pessoas que são contratadas e
os que têm sucesso são aqueles que aceitam e comportam-se de acordo com os valores da organização. É
fundamental não ter o favoritismo de algumas pessoas, onde o caráter paternalista, pode ser visto muito
fortemente em empresas familiares acontecer tornando a organização desacreditada internamente. Aplica-
se com um recrutamento e seleção feita por profissionais qualificados, onde são buscados profissionais
que se encaixam com o perfil da vaga e os objetivos da organização. Seu retorno é de longo prazo.
É importante, porém, ressaltar que antes de qualquer atitude deve-se primeiramente fazer um diagnóstico
da atual cultura da organização, para poder assim fazer um plano de ação e finalmente executá-lo e
controlá-lo.
Os mecanismos acima citados, realmente podem ser aplicados, e são formas de fazer com que a
organização mude sua cultura corporativa, claro que se deve observar o tamanho e a estrutura de cada
empresa e adaptar a ferramenta conforme sua situação.
A mudança da cultura certamente começa de cima para baixo, e podem e devem ser executadas pela
Diretoria (CEO). Os gerentes intermediários, supervisores, ou chefes de departamentos, devem
obrigatoriamente fazer parte do processo, ou etapas como a de comunicação não funcionariam, é seu
papel também incentivar as mudanças propostas, é por eles que as instruções normalmente chegam, e se
falhar nessa etapa todo o processo pode vir por água abaixo.
Dessa forma conclui-se que apenas com a integração de todos é possível fazer com que se mude a cultura
de uma organização.
O QUE É CULTURA
Cultura é o termo genérico usado para significar duas acepções diferentes. De um lado, o conjunto de
costumes, civilização e realizações de uma época ou povo, e, de outro lado, artes, erudição e demais
manifestações mais sofisticadas do intelecto e da sensibilidade humana, consideradas coletivamente. A
cultura organizacional nada tem a ver com isto. No estudo das organizações, a cultura equivale ao modo
de vida da organização em todos os seus aspectos, como idéias, crenças, costumes, regras, técnicas, etc.
Neste sentido, todos os seres humanos são dotados de cultura, pois fazem parte de algum sistema cultural.
Em função disso, toda pessoa tende a ver e julgar as outras culturas a partir do ponto de vista de sua
própria cultura. Daí o relativismo: as crenças e comportamentos só podem ser compreendidos em relação
ao seu contexto cultural.
Cada organização cultiva e mantém a sua própria cultura. É por este motivo que algumas empresas são
conhecidas por algumas peculiaridades próprias. Os administradores da Procter & Gamble fazem
memorandos que não ultrapassam uma página. Todas as reuniões da Du Pont começam com um
comentário obrigatório sobre segurança. O pessoal da Toyota está concentrado em perfeição.
A cultura exprime a identidade da organização. Ela é construída ao longo do tempo e passa a impregnar
todas as práticas, impregnar todas as práticas, constituindo um complexo de representações mentais e um
sistema coerente de significados que une todos os membros em torno dos mesmos objetivos e dos
mesmos modos de agir. Ela serve de elo entre o presente e o passado e contribui para a permanência e a
coesão da organização. Em outras palavras, a cultura organizacional representa as normas informais e não
escritas que orientam o comportamento dos membros de uma organização no dia-a-dia e que direcionam
suas ações para o alcance dos objetivos organizacionais. No fundo, é a cultura que define a missão e
provoca o nascimento e o estabelecimento dos objetivos da organização. A cultura precisa ser alinhada
juntamente com outros aspectos das decisões e ações da organização como planejamento, organização,
direção e controle para que se possa melhor conhecer a organização.
Toda cultura se apresenta em três diferentes níveis: artefatos, valores compartilhados e pressuposições
básicas.
Artefatos: Constituem o primeiro nível da cultura, o mais superficial, visível e perceptível. Artefatos são
as coisas concretas que cada um vê, ouve e sente quando se depara com uma organização. Incluem os
produtos, serviços, e os padrões, de comportamento dos membros de uma organização. Quando se
percorre os escritórios de uma organização, pode-se notar como as pessoas se vestem, como elas falam,
sobre o que conversam, como se comportam, o que são importantes e relevantes para elas. Os artefatos
são todas ou eventos que podem nos indicar visual ou auditivamente como é a cultura da organização. Os
símbolos, as histórias, os heróis, os lemas, as cerimônias anuais são exemplos de artefatos.
Valores compartilhados: Constituem o segundo nível da cultura. São os valores relevantes que se tornam
importantes para as pessoas e que definem as razões pelas quais elas fazem o que fazem. Funcionam
como justificativas aceitas por todos os membros. Em muitas culturas organizacionais os valores são
criados originalmente pelos fundadores da organização.
Pressuposições básicas: Constituem o nível mais íntimo, profundo e oculto da cultura organizacional.
São as crenças inconscientes, percepções, sentimentos e pressuposições dominantes nos quais as pessoas
acreditam. A cultura prescreve a maneira de fazer as coisas adotadas na organização, muitas vezes através
de pressuposições não escritas e nem sequer faladas.
Os funcionários aprendem a cultura organizacional através de várias formas, como histórias, rituais,
símbolos materiais e linguagem.
Histórias: Contos e passagens sobre o fundador da companhia, lembranças, sobre dificuldades ou eventos
especiais, regras de conduta, corte e recolocação de funcionários. Acertos e erros do passado geralmente
ancoram o presente no passado e explicam a legitimação das práticas atuais.
Rituais e Cerimônias: São seqüências repetitivas de atividades que expressam e reforçam os valores
principais da organização. As cerimônias de fim de ano e as comemorações do aniversário da organização
são rituais que reúnem e aproximam a totalidade dos funcionários para motivar e reforçar aspectos da
cultura da organização, bem como reduzir os conflitos.
Símbolos Materiais: A arquitetura do edifício, as salas e mesas, o tamanho e arranjo físico dos escritórios
constituem símbolos materiais que definem o grau de igualdade ou diferenciação entre as pessoas e o tipo
de comportamento ( como assumir riscos ou seguir a rotina, autoritarismo ou espírito democrático, estilo
participativo ou individualismo, atitude conservadora ou inovadora) desejado pela organização. Os
símbolos materiais constituem a comunicação não verbal.
Linguagem: Muitas organizações e mesmo unidades dentro das organizações utilizam a linguagem como
um meio de identificar membros de uma cultura ou subcultura. Ao aprender a linguagem, o membro
confirma a aceitação da cultura e ajuda a preserva-la. As organizações desenvolvem termos singulares
para descrever equipamentos, escritórios, pessoas - chaves, fornecedores, clientes ou produtos. Também a
maneira como as pessoas se vestem e os documentos utilizados constituem formas de expressar a cultura
organizacional.
A cultura organizacional se caracteriza pela sua aceitação implícita pelos seus membros. Ela é também
reforçada pelo próprio processo de seleção, que elimina as pessoas com características discrepantes com
os padrões estabelecidos e ajuda a preservar a cultura.
TIPOS DE CULTURA
Culturas adaptativas
Caracterizam-se pela sua maleabilidade e flexibilidade e são voltadas para a inovação e a mudança. São
organizações que adotam e fazem constantes revisões e atualizações, em suas culturas adaptativas se
caracterizam pela criatividade, inovação e mudanças. De um lado, a necessidade de mudança e a
adaptação para garantir a atualização e modernização, e de outro, a necessidade de estabilidade e
permanência para garantir a identidade da organização. O Japão, por exemplo, é um país que convive com
tradições milenares ao mesmo tempo em que cultua e incentiva a mudança e a inovação constantes.
Culturas conservadoras
São caracterizadas pela manutenção de ideias, valores, costumes e tradições que permanecem arraigados
e que não mudam ao longo do tempo. São organizações conservadoras que se mantêm inalteradas como
se nada tivesse mudado no mundo ao seu redor.
Culturas Fortes
Seus valores são compartilhados intensamente pela maioria dos funcionários e influencia comportamentos
e expectativas.
Empresas como IBM, 3M, Merk, Sony, Honda, estão entre aquelas que ostentam culturas fortes.
Culturas Fracas
São culturas mais facilmente mudadas. Como exemplo, seria uma empresa pequena e jovem, como está
no início, é mais fácil para a administração comunicar os novos valores, isto explica a dificuldade que as
grandes corporações tem para mudar sua cultura.
EXERCÍCIOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Teoria Geral Da Administraçao Para O Século XXI. NOGUEIRA, ARNALDO JOSE FRANÇA
MAZZEI. ATICA.2007.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!