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Uma alimentação adequada é sempre necessária a uma boa cicatrização.

As
feridas, em especial as crónicas, requerem uma nutrição equilibrada e até
adequada às suas necessidades especificas de cicatrização. A Direcção geral de
Saúde apresenta no seu site algumas publicações com sugestões para uma
alimentação saudável. São textos acessíveis, em formato PDF, mas que clarificam
os princípios de uma alimentação saudável. Parecem-me especialmente úteis para
formação em grupo e para providenciar material de leitura aos utentes. Ajudam
a simplificar a linguagem e servem como um elemento de orientação para o
profissional de saúde.

http://www.dgs.pt?cr=7781

http://www.dgs.pt?cr=11243

http://www.dgs.pt?cr=11241

http://www.dgs.pt?cr=11242

http://www.dgs.pt?cr=11244

PUClas 2
April 30, 2008 By: cancela Category: Ulcera de pressão, Avaliação/Medição Ferida,
Diversos No Comments →

EPUAP - Classificação das úlceras de pressão


Como prometido, apresento a versão 2 do programa PUClas ( PUClas2 ) que está
disponivel no site da European Pressure Ulcer Advisory Panel. (A provocação para
forçar o feedback não resultou ). O PUClas é um programa desenvolvido pela
EPUAP, para servir de ferramenta de estudo ao tema Úlcera de Pressão,
especialmente no que respeita à sua classificação.Um claro melhoramento em
relação à versão original. Muito bem organizado e ilustrado. Um trabalho a não
perder para uma boa compreensão da dinâmica que envolve a classificação da
ulceração dos tecidos, provocada por pressão excessiva. Estão ainda disponíveis os
testes da versão 1 e 2. Na página de escolha do idioma também é possível
encontrar alguns exercícios sobre prevenção de úlceras de pressão. Pena que ainda
não esteja disponível em Português. O teste da versão puclas 2 acrescenta uma
explicação sumária da ferida mas suficiente para se perceber a posição dos Autores.

As figuras têm os endereços para a versão portuguesa e para os exercícios em


Inglês.

Preparação do Leito da Ferida


March 11, 2008 By: cancela Category: Conceitos no Tratamentos de Feridas, Diversos 1
Comment →

Este é um tema fundamental no debate sobre a cicatrização de uma ferida.


Apesar de cada ferida estar inserida num contexto global da pessoa sua
portadora, conseguir as condições necessárias à sua cicatrização é essencial para
o encerramento. A manutenção do meio ideal no leito das feridas, é também
um factor determinante para a cicatrização. O delicado equilíbrio existente entre
a capacidade de gerar um meio húmido adequado e a maceração dos tecidos, é
muito ténue. Requer capacidade de observação e espírito crítico por parte do
profissional de saúde. A preparação do leito da ferida vai depender de vários
factores como a etiologia da ferida, as condições da pessoa e o material
disponível para o seu tratamento. A motivação do profissional é um ponto
sempre a considerar, mas vamos admitir que está presente e é adequada. Dentro
deste tema há vários conceitos, como por exemplo o conceito TIME, que ajudam
a direccionar as decisões sobre o tratamento adequado. Falarei destes conceitos
em futuras oportunidades. Este tema tem vários artigos publicados on-line. Irei
colocar os endereços de alguns desses artigos e o texto será actualizado
conforme forem surgindo novos artigos.

Se tiverem conhecimento de algum artigo ou endereço que não esteja neste


texto por favor coloquem em comentário.

A incontornável EWMA… …e mais endereços com a mesma


temática

http://www.bu.edu/woundbiotech/woundcare/Woundbedpr.html

http://www.thefreelibrary.com/Wound+bed+preparation:+clinical+considerati
ons-a0123515378

http://www.guideline.gov/summary/summary.aspx?doc_id=9830&nbr=5254&
ss=6&xl=999

Exsudado
December 16, 2007 By: cancela Category: Livros/Artigos Recomendados, Conceitos no
Tratamentos de Feridas, Diversos No Comments →

Exudado en las heridas Wound exudate

y utilidad de los apósitos and the role of dressings

Um excelente documento sobre o que é o exsudado das feridas e a sua interacção


com os apósitos utilizados. O documento está dividido em: Boas práticas, o que é o
exsudado?, o que nos diz o exsudado, avaliação do exsudado e controle do
exsudado. Um trabalho verdadeiramente sistematizador do tema, produzido pela
World Union of Wound Healing Societies (WUWHS). Principios de las mejores
prácticas: Exudado en las heridas y utilidad de los apósitos. Un documento de
consenso. London: MEP Ltd, 2007.

http://www.gneaupp.org/docs/pos8_gneaupp.pdf

…e em Inglês para quem preferir.


PUSH Tool
December 16, 2007 By: cancela Category: Ulcera de pressão, Avaliação/Medição
Ferida, Diversos No Comments →

P U S H Tool
A ferramenta PUSH para medição e avaliação da progressão de úlceras de pressão
foi apresentada em 1998 pela NPUAP (National Pressure Ulcer Advisory Panel), uma
associação norte americana, que se dedica ao estudo das úlceras de pressão. A
PUSH-PT, versão portuguesa, que se encontra no site do Gaif, tem validação para a
população portuguesa. Uma parceria Gaif e CEIS. Como ferramenta de
investigação, as escalas validadas não devem ser alteradas. Os endereços em baixo
são relativos a sites onde se encontra a escala e instruções de uso.

http://www.npuap.org/PDF/push3.pdf
http://www.gaif.net/artigos/EscaladeCicatrizacaoInstrAvaliacao.pdf
http://www.lhcr.org/PDF/nh/PUSH%20Tool_1.6.04_P187.pdf
http://www.novartisnutrition.com/pdfs/us/moreproductinfo/PUSH_Tool_03.pdf
http://www.cfmc.org/files/nh/PUSHTool_Frantz092603-rev.pdf
http://www.o-wm.com/article/1868
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v13n3/v13n3a04.pdf

Visitrak
December 08, 2007 By: cancela Category: Avaliação/Medição Ferida, Diversos No
Comments →

Um sistema de medição da ferida, muito útil para quem pretende fazer


investigação.
Permite utilizar vários métodos de avaliação da progressão da ferida, que incluem
a medição da altura pela largura, a contagem de quadrados de uma grelha e a
medição precisa da área da ferida. Este ultimo apresenta claras vantagens para um
estudo em que se pretenda rigor na avaliação da progressão da ferida.

http://wound.smith-nephew.com/UK/node.asp?NodeId=3066

Feridas cirúrgicas: Revisão de conceitos


December 07, 2007 By: Ricardo Ribeiro Category: Conceitos no Tratamentos de
Feridas, Feridas Agudas/Traumáticas 1 Comment →

FERIDAS CIRÚRGICAS: REVISÃO DE CONCEITOS

Autor: Enfermeiro Ricardo Ribeiro

Objectivo: Apresentar conceitos sobre feridas cirúrgicas

Introdução

O tratamento de feridas é desde há muito uma das principais áreas de intervenção dos
enfermeiros. Sendo a presença de ferida um factor que influencia a qualidade de vida
dos indivíduos, os enfermeiros têm como objectivo da sua actuação no tratamento de
feridas curar a ferida, proporcionando o máximo de qualidade de vida possível ao
indivíduo. As finalidades do tratamento de feridas são prevenir a contaminação, facilitar
a cicatrização e aliviar a dor.

Definição de ferida cirúrgica

(more…)

Réguas
December 07, 2007 By: cancela Category: Avaliação/Medição Ferida, Diversos No
Comments →

A utilidade das coisas simples.


Para quem está habituado a fotografar feridas, certamente vai ficar satisfeito com estas
imagens. São páginas A4 com réguas de vários laboratórios, para quando acabarem as
originais. Quantas vezes já não desesperamos ao gastar a última régua, em dia de
fotografia ás feridas em estudo…

Estes ficheiros estão em JPEG e ao imprimir a qualidade pareceu-me boa. Se não


estiverem aceitaveis informem, que substituo por ficheiros em formato PDF.

10cm: 3M(pdf) B|Braun Convatec Johnson&Johnson Hartmann

15cm: Johnson&Johnson2 Convatec(pdf)

17cm: Smith&Nephew(pdf)

MousEyes
December 04, 2007 By: cancela Category: Avaliação/Medição Ferida, Diversos No
Comments →

O conhecido programa para medição de feridas através de imagens digitais, é


disponibilizado pelo autor. Visitem a sua página.

http://www.hope-academic.org.uk/staff/rtaylor/

A Gneaupp tem um documento do autor com instruções, traduzido para espanhol.


http://www.gneaupp.org/documentos/externos/mouseyes.pdf

Ulceras de Perna de etiologia Venosa


September 26, 2007 By: cancela Category: Ulcera de Perna de etiologia Venosa,
Conceitos no Tratamentos de Feridas Comments Off

Ulcera de Perna de Etiologia Venosa As úlceras venosas representam o maior


número de feridas crónicas tratadas em saúde comunitária. São factor de grande
despesa de recursos materiais e humanos. O tratamento deste problema deve ser
realizado por profissionais experientes e formados na sua correcta abordagem. As
úlceras venosas causas um grande desconforto aos seus portadores o que implica
que, para alem da cura, o conforto seja também um objectivo do tratamento.
Requerem, por isso, uma atenção especial no sentido de se optimizar os cuidados.

Carlos Cancela

Abordagem holistica a feridas de difícil cicatrização


A EWMA lançou o documento de Maio de 2008. Debruça-se sobre a abordagem a feridas de
difícil cicatrização. Um texto realizado por autores de referência, com qualidade
inquestionável.

“Enquanto alguma atenção tem sido colocada na compreensão dos factores


biológicos que influenciam o atraso na cicatrização, relativamente pouca
tem sido colocada nos factores psicossociais envolvidos. Este documento
tem como meta equilibrar este balanço e olhar como todos estes factores
possam ter um impacto na cicatrização e afectar a vida do paciente.”

C. Moffat (Tradução Livre)

Como é costume, a imagem tem o link para o documento. Boa leitura.

PUClas 2
April 30, 2008 By: cancela Category: Ulcera de pressão, Avaliação/Medição Ferida,
Diversos No Comments →

EPUAP - Classificação das úlceras de pressão


Como prometido, apresento a versão 2 do programa PUClas ( PUClas2 ) que está
disponivel no site da European Pressure Ulcer Advisory Panel. (A provocação para
forçar o feedback não resultou ). O PUClas é um programa desenvolvido pela
EPUAP, para servir de ferramenta de estudo ao tema Úlcera de Pressão,
especialmente no que respeita à sua classificação.Um claro melhoramento em
relação à versão original. Muito bem organizado e ilustrado. Um trabalho a não
perder para uma boa compreensão da dinâmica que envolve a classificação da
ulceração dos tecidos, provocada por pressão excessiva. Estão ainda disponíveis os
testes da versão 1 e 2. Na página de escolha do idioma também é possível
encontrar alguns exercícios sobre prevenção de úlceras de pressão. Pena que ainda
não esteja disponível em Português. O teste da versão puclas 2 acrescenta uma
explicação sumária da ferida mas suficiente para se perceber a posição dos Autores.

As figuras têm os endereços para a versão portuguesa e para os exercícios em


Inglês.
PUSH Tool
December 16, 2007 By: cancela Category: Ulcera de pressão, Avaliação/Medição
Ferida, Diversos No Comments →

P U S H Tool
A ferramenta PUSH para medição e avaliação da progressão de úlceras de pressão
foi apresentada em 1998 pela NPUAP (National Pressure Ulcer Advisory Panel), uma
associação norte americana, que se dedica ao estudo das úlceras de pressão. A
PUSH-PT, versão portuguesa, que se encontra no site do Gaif, tem validação para a
população portuguesa. Uma parceria Gaif e CEIS. Como ferramenta de
investigação, as escalas validadas não devem ser alteradas. Os endereços em baixo
são relativos a sites onde se encontra a escala e instruções de uso.

http://www.npuap.org/PDF/push3.pdf
http://www.gaif.net/artigos/EscaladeCicatrizacaoInstrAvaliacao.pdf
http://www.lhcr.org/PDF/nh/PUSH%20Tool_1.6.04_P187.pdf
http://www.novartisnutrition.com/pdfs/us/moreproductinfo/PUSH_Tool_03.pdf
http://www.cfmc.org/files/nh/PUSHTool_Frantz092603-rev.pdf
http://www.o-wm.com/article/1868
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v13n3/v13n3a04.pdf

PUClas
December 08, 2007 By: cancela Category: Ulcera de pressão, Diversos No Comments

Pressure Ulcer Classification


Tom Defloor, Michael Clark.

Uma classificação de úlceras de pressão apresentada num formato que permite


aprofundar conhecimentos sobre o tema. Para alem da componente teórica, tem
um teste prático com imagens, que ajuda a perceber as nossas capacidades na
avaliação da ferida. Devo dizer que em algumas fotos, especialmente quando se
tem de escolher se a ferida é ou não uma ulcera de pressão ou se o eritema é ou
não branqueável, as fotos atrapalham um bocado. Provavelmente na prática clínica
seria mais fácil. Ainda assim um bom teste aos nossos conhecimentos.Clicando nas
imagens encontram os links da versão inglesa (EPUAP) e espanhola (GNEAUPP).
Quando encontrar on-line a versão portuguesa e a versão Puclas2, acrescento.
Bons Treinos.
LUMT
December 04, 2007 By: cancela Category: Ulcera de Perna de etiologia Venosa No
Comments →

http://www.sjhc.london.on.ca/parkwood/programs/services/wound/keast1.pdf

“LUMT” uma sigla que me despertou a atenção. “Leg Ulcer Measurement Tool”. Um
conceito relativamente recente que envolve a temática dos registos. Este texto de 2004
apresenta alguns dados interessantes relativamente aos USA. Leiam e comentem.

Compreender a terapia de compressão


September 29, 2007 By: cancela Category: Ulcera de Perna de etiologia Venosa No
Comments →

Um trabalho de referência elaborado pela EWMA sobre a terapia de compressão. É de


grande valor para todos aqueles que sentem necessidade de perceber os conceitos que
envolvem a terapia de compressão.

O documento está em PDF.


Directrizes da EWMA

Ulceras de Perna de etiologia Venosa


September 26, 2007 By: cancela Category: Ulcera de Perna de etiologia Venosa,
Conceitos no Tratamentos de Feridas Comments Off

Ulcera de Perna de Etiologia Venosa As úlceras venosas representam o maior


número de feridas crónicas tratadas em saúde comunitária. São factor de grande
despesa de recursos materiais e humanos. O tratamento deste problema deve ser
realizado por profissionais experientes e formados na sua correcta abordagem. As
úlceras venosas causas um grande desconforto aos seus portadores o que implica
que, para alem da cura, o conforto seja também um objectivo do tratamento.
Requerem, por isso, uma atenção especial no sentido de se optimizar os cuidados.

Carlos Cancela

As Feridas Crónicas
September 26, 2007 By: cancela Category: Feridas Crónicas Comments Off

As feridas crónicas representam um grande desafio para um profissional de saúde.


Desde a resistência da patologia ao tratamento instituído até ao comportamento do
utente com um problema crónico, são inúmeras e varias as competências
necessárias. Há diversas definições para feridas crónicas e todas elas enquadram
bem o problema. Brevemente serão colocadas algumas definições.

Carlos Cancela

As feridas cirúrgicas limpas cicatrizam, de forma geral, rapidamente. As feridas


crónicas, onde se incluem as úlceras de pressão e úlceras de hipertensão venosa,
levantam problemas complexos que podem ser abordados de forma simultânea. A
colonização bacteriana das feridas crónicas é uma constante, com o consequente risco
de representar uma porta de entrada para infecções profundas ou sistémicas (celulite,
osteomielite, septicémia). Deste modo, deve ser dada a maior atenção aos cuidados
locais, nomeadamente à limpeza cirúrgica e à utilização de pensos adequados, factores
que reduzem os riscos apontados e facilitam o processo cicatricial. Não deve ser
utilizada antibioticoterapia local ou sistémica para resolver problemas de colonização.
Caso se verifique infecções com envolvimento mais profundo (erisipela, celulite) está
indicada a antibioticoterapia sistémica.
Consegue-se diminuição da dor e recuperação mais rápida com pensos de alginatos,
hidrocolóides, hidrogeles e hidropolímeros. A escolha entre os diferentes produtos varia
em função de três parâmetros principais:

a) antecedentes pessoais (história de alergias ou intolerâncias);

b) características clínicas da ferida (bordos, extensão, profundidade, localização,


infecção secundária e fase de cicatrização);

c) sintomatologia geral da ferida (dor, hemorragia, sinais inflamatórios).

Estas diferentes classes de pensos promovem:

1 - a cicatrização em meio húmido, propicia a migração celular, nomeadamente de


macrófagos;

2 - a protecção contra a conspurcação por outras bactérias e traumatismos, além de um


maior conforto para o doente.

De modo sintético, são estas as características de cada tipo de penso:

Hidrocolóides

- Composição: polímeros de carboximetilcelulose (em pectina ou gelatina), em filme de


poliuretano;

- Propriedades: moderadamente absorventes; semipermeáveis (permitem trocas


gasosas); aderentes à pele sã (não aderentes à ferida); boa moldagem às superfícies
irregulares;

- Indicações: feridas pouco exsudativas; promovem a granulação; podem ser usados em


todos os estádios da cicatrização; - Efeitos adversos: maceração ao nível dos bordos;
odor fétido;

- Apresentação: placas adesivas de dimensões variáveis ou pasta;

- Modo e ritmo de aplicação: substituição cada 5 a 7 dias; não necessitam de penso


secundário.

Hidrogeles - Composição: polímeros de celulose (carboximetilcelulose), hidratados a


75%;

- Propriedades: libertam água no leito da ferida, hidratando-a; pouco absorventes; não


aderentes; impermeáveis; transparentes (permitem inspecção);

- Indicações: feridas desidratadas, sem exsudado; favorecem a re-epitelização;

- Efeitos adversos: “repassamento” do penso, quando mal ocluído;

- Apresentação: placas não adesivas de dimensões variáveis; geles;


- Modo e ritmo de aplicação: substituição cada 3 a 5 dias; necessitam de penso
secundário adequado (ex: película oclusiva de poliuretano ou hidrocolóide).

Alginatos

- Composição: polímeros de ácidos algínicos (alginato de cálcio);

- Propriedades: muito absorventes e hemostáticos; favorecem o desbridamento da


ferida; permeáveis; não aderentes; - Indicações: feridas muito exsudativas ou
hemorrágicas; podem ser aplicados em feridas infectadas; diminuem o odor; - Efeitos
adversos: exsicação da ferida (podem associar-se a hidrogeles);

- Apresentação: compressas não adesivas;

- Modo e ritmo de aplicação: substituição cada 3 a 5 dias; necessitam de penso


secundário (película oclusiva de poliuretano).

Hidropolímeros

- Composição: “espuma” de poliuretano hidrofílica revestida de filme impermeável


(também designados por “Hidrocelulares”);

- Propriedades: muito absorventes; não aderentes à ferida; moldáveis;

- Indicações: em todos os estádios do processo cicatricial; em todos os tipos de feridas


(incluindo “cavidades”); diminuem o odor;

- Efeitos adversos: exsicação das feridas;

- Apresentação: compressas adesivas e não adesivas de espuma adaptáveis às cavidades;

- Modo e ritmo de aplicação: substituição de 3 a 5 dias; as apresentações não adesivas


necessitam de penso secundário.

Carvão activado

Os apósitos de carvão activado são constituídos por duas camadas (interna e externa) de
tecido não tecido no interior das quais existe uma camada intermédia de carvão
activado.

Este caracteriza-se por apresentar uma elevada capacidade de desodorização uma vez
que adsorve à sua superfície as moléculas responsáveis pelo mau cheiro. Para além
dessas moléculas, absorve água, bactérias e outros componentes presentes no exsudado.
Essas propriedades fazem com que estes apósitos estejam indicados em feridas com
mau odor, infectadas ou com quantidade moderada de exsudados nomeadamente úlceras
de pressão e de perna (de origem vasculares ou diabética), bem como em feridas
oncológicas.

No caso de feridas pouco exsudativas o penso pode aderir à pele pelo que, pode ser
aplicado hidrogel na ferida previamente à aplicação do penso.
Para que o carvão permaneça activo durante mais tempo alguns pensos associam ao
carvão activado alginatos e carboximetilcelulose (ex. Carboflex®) para absorção de
exsudados. Outros pensos associam ao carvão activado prata, a qual tem propriedades
bactericidas (Actisorb Silver®).

Estes apósitos não devem ser cortados, devido ao risco de dispersam das partículas de
carvão na ferida constituindo corpos estranhos.

Requerem um penso secundário e a sua mudança deve ser diária em feridas infectadas,
podendo permanecer mais tempo nos casos e feridas pouco exsudativas.

Aquacel:
- uma hidrofibra "uma compressa de tecido nao tecido
constituida por fibras de hidrocoloide (carboximetilcelulose)";
- absorve os fluidos da ferida (apenas verticalmente) formando
um gel;
- utilizado em feridas com exsudado elevado a moderado;

- Hidrogel:
- constituido por polimeros organicos complexos que contêm
uma elevada percentagem de agua (entre 30 a 90%);
- para feridas com exsudado fraco a moderado;
- cria um ambiente húmido na ferida;
- facilita a autólise, granulação, epitelização;
- nao usar em feridas altamente exsudativas;
- alguns necessitam de penso secundário (ex: hidrocoloide);
- podem macerar a pele circundante;
- pode ser usado com pensos com actividade microbiana.

Já agora uma achega sobre desbridamento autolítico:

"A autólise consiste na degradação natural dos tecidos desvitalizados


utilizando as enzimas do organismo e a humidade do leito da ferida
para rehidratar, amolecer e liquefazer o tecido necrosado"
Indicado em feridas com tecido necrosado e exsudado ligeiro a
moderado.

Se queremos, num tratamento, potenciar o efeito autolitico, o mais


acertado será potenciar a acção do hidrogel com um hidrocoloide,
mantendo assim o leito da ferida numa humidade excelente para se
dar este tipo de desbridamento.
Caso o enfermeiro "experimente" um hidrogel para humedecer a
ferida.....e logo de seguida "espete" com uma hidrofibra em cima que
irá certamente absorver toda a humidade, é sem duvida um
tratamento a reprovar! Depois admiram-se dem quando se retira o
Aquacel...metade da ferida venha com ele (tudo seco). Isto dá para
resolver, se logo por cima das compressas que estarão em cima do
Aquacel for colocado uma pelicula de biofilme, que controle a
transpiraçao da ferida, nao permitindo que fique seca tao
intensamente.

No tratamento duma ferida crónica o meio húmido é fundamental


para o processo de cicatrização pelo que quando se pretende
desbridar tecido desvitalizado a acção de um hidrogel deve ser
potenciada por um tipo de penso que promova essa humidade como
é o caso dos hidrocolóides, ou seja, favorecendo a fibrinólise e
simultaneamente promover o crescimento de tecido de granulação.
Em feridas com pouco exsudado este é o tratamento mais adequado
no meu ponto de vista. Para proceder ao desbridamento de tecido
desvitalizado podemos potenciar a acção do hidrogel com o ulcerase,
contudo o uso da colagenase tá contra-indicado em complemento de
pensos que contenham na sua composição prata ou zinco como já
aqui foi dito.
No entanto, no caso de feridas moderada a altamente exsudativas
com presença de tecido necrótico e/ou fibrinoso não vejo o porquê e
não usar uma hidrofibra com o hidrogel já que este apósito tem efeito
absorvente mas a sua absorção faz-se na vertical, não macerado a
região circundante ao contrário do hidrocolóides... Tudo depende da
quantidade de exsudado e do tempo de permanência do penso.

FERID AS
Abrangendo todos os tipos de feridas como
traumas e queimaduras, úlceras de pressão,
úlcera venosa e arterial, além das deiscências
cirúrgicas. Utilizamos de recursos terapêuticos
específicos para cada tipo de ferida, com
avaliação dos fatores relacionados às condições
clínicas de cada paciente, ao estágio do
processo cicatricial, ao tipo, tamanho e forma da
ferida.

Úlcera de pressão
Úlcera venosa ou arterial
Úlcera diabética
Queimaduras
Traumas
Feridas cirúrgicas

As características de um curativo para uma boa


evolução da cicatrização de uma ferida se dão
por:

Eficácia em sua atuação: facilita a remoção do


tecido necrótico, impede a formação de
espessamentos da fibrina, não aderir ao leito
da ferida, impedir a contaminação e o
crescimento bacteriano, manter um grau de
umidade adequado no leito da ferida para
estimular a formação do tecido de granulação,
proteger a lesão das agressões externas e
estimule a epitelização.
Eficácia na aplicação: facilidade de aplicação,
facilidade de retirada, que permite prolongar
o tempo inter-trocas.
Boa aceitação: não ser irritante nem
alergizante, não produza dor, uso fácil e
confortável.
Os produtos utilizados são biológicos, como
alginato de cálcio, gel ou placa hidrocolóide,
carvão ativado, entre outros. O produto é
selecionado de acordo com o tipo e condições
da ferida.
ÚL CERA DE PRES SÃO

A pressão por um período prolongado numa


determinada área do corpo leva a uma isquemia local,
que se agrava com a continuidade da pressão, pois
impede a devida circulação sanguínea local,
desencadeando uma escara. A avaliação de um
portador de feridas requer do profissional
conhecimento científico e perspicácia. As orientações
a seguir são básicas e não tem intenção de dirigir
nenhum tratamento, ficando a cargo de cada
profissional a responsabilidade de cada conduta.

PREVENINDO O SURGIMENTO DE ÚLCERA DE


PRESSÃO
Mudança de decúbito cada 2 horas;
Nutrição e hidratação oral adequada;
Hidratação da pele com emoliente;
Não massagear nas protuberâncias ósseas para
evitar o rompimento dos pequenos vasos
sanguíneos;
Evitar a força do cisalhamento ( o corpo desliza
fazendo fricção entre a pele e o músculo ou o osso)
na posição fowler ou sentado na poltrona;
Utilizar de colchão apropriado conforme condições
físicas do paciente;
Utilizar de almofada apropriada para a poltrona.

TRATANDO A ÚLCERA DE PRESSÃO GRAU I

O estágio I da úlcera de pressão é avaliado pela observação da pele íntegra,


eritema que não regride após eliminação da pressão com diminuição da
sensibilidade na área.

Todas as orientações do item anterior, permanecendo o filme transparente por


até 7 dias.

Úlcera de pressão Grau I

TRATANDO A ÚLCERA DE PRESSÃO GRAU II


O estágio II da úlcera de pressão é avaliado pelo comprometimento da
epiderme e/ou derme, pode-se observar abrasão e/ou flictemas e eritema.
Todas as orientações do item prevenção;
Possíveis curativos conforme avaliação da ferida: Hidropolímero; Filme
transparente; Tela não-aderente; Placa de hidrogel; Hidrocolóide.
Com quadro colonizado ou infectado: Curativo iodado não-aderente.

Úlcera de pressão Grau II Curativo de hidropolímero


TRATANDO A ÚLCERA DE PRESSÃO GRAU III
O estágio III da úlcera de pressão apresenta perda total da pele, celulite,
erosão, fáscia muscular exposta, presença de necrose, exsudato.

Todas as orientações do item prevenção;

Atenção ao exame clínico e os exames complementares,


seguindo as orientações médicas.

Alternativas de curativos conforme avaliação do estado da


ferida, respeitando o processo de cicatrização:

Com necrose seca: hidrogel associado ao filme transparente ou hidrocolóide


Com tecido desvitalizado mole (cinza, marrom ou amarelo): hidrogel
Com tecido desvitalizado duro: hidrogel
Com tecido desvitalizado mole e úmido: hidrogel ou alginato
Com quadro de colonização ou de infecção: curativo de carvão
ativado e prata, associado com hidrogel se necessário.
Com tecido de granulação: curativo de colágeno com alginato - regenerador
celular;
hidrogel – mantém o meio úmido
alginato – mantém o meio úmido
hidropolímero – proteção e absorção do exsudato

Fase de Epitelização: - Hidropolímero


- Filme transparente
- Tela não-aderente
- Placa de hidrogel

Úlcera de pressão grau III

TRATANDO DA ÚLCERA GRAU IV

O estágio da úlcera de pressão Grau IV apresenta destruição de músculo,


podendo afetar tendões e ossos, infecção, necrose, exsudato e odor fétido.

Todas as orientações do item anterior;

Alternativas de curativos conforme avaliação do estado da ferida:


Com necrose seca: hidrogel associado ao filme transparente ou hidrocolóide
Com tecido desvitalizado mole (cinza, marrom ou amarelo): hidrogel
Com tecido desvitalizado duro: hidrogel
Com tecido desvitalizado mole e úmido: hidrogel ou alginato
Com quadro de colonização ou de infecção: curativo de carvão
ativado e prata, associado ao hidrogel se necessário.
Com exposição de osso ou tendão: proteger com hidrogel ou tela
não-aderente
Com tecido de granulação: - curativo de colágeno com alginato -
regenerador celular; -
hidrogel – mantém o meio úmido;

- alginato – mantém o meio úmido


- hidropolímero – proteção e absorção do
exsudato.
Fase de Epitelização: - Hidropolímero
- Filme

Úlcera de pressão grau IV

ÚL CERAS VENOSAS D A PERN A

A doença venosa é o fator que mais contribui para as ulcerações dos


membros inferiores. Outras causas comuns de úlceras, nos membros
inferiores, são: insuficiência arterial, pressão e neuropatia.

Quando o retorno venoso está comprometido devido ao mal


funcionamento da válvulas ou da bomba muscular, a pressão sanguínea
nos membros inferiores aumenta e permanece elevada (hipertensão
venosa). A hipertensão venosa prolongada pode levar a edema,
alterações teciduais e, por fim, à ulceração. Os fatores que perturbam a
função normal do sistema venoso podem ser: trombose venosa profunda,
insuficiência cardíaca congestiva, incompetência valvular, obesidade,
gravidez e atrofia muscular.

A cicatrização desse tipo de úlcera geralmente é lenta. As úlceras


venosas também têm um índice de recidiva muito alto.

As causas potenciais de úlceras nas pernas podem ser: Insuficiência


venosa, insuficiência arterial, neuropatia diabética, pressão , anemia
falciforme, artrite reumatóide, Lúpus sistêmico, carcinoma de célula
escamosa, melanoma maligno, carcinoma basocelular

O diagnóstico apropriado das úlceras venosas é essencial, assim como


o acompanhamento médico da hipertensão venosa e seus efeitos.
Em termos de tratamento da úlcera, é importante eliminar ou controlar
os obstáculos à cicatrização, como infecção, tecido desvitalizado ou
materiais estranhos no leito da ferida, mantendo um ambiente ideal para
a cicatrização, com o uso de absorventes, hidratantes ou curativos
protetores adequados.

Úlcera com tecido necrótico

As úlceras venosas raramente apresentam tecido necrótico ou


desvitalizado significante, porém devem ser eliminados quando
presentes através de algum tipo de desbridamento. Um dos métodos
é o desbridamento autolítico, por meio de curativos que retêm a
umidade para manter as enzimas endógenas na superfície da ferida,
de modo que digiram os tecidos desvitalizados. É o método mais
seletivo e menos invasivo, ainda que seja o mais demorado.

Úlcera infectada ou colonizada

Para permitir o processo de cicatrização, a úlcera deve estar com o


ambiente controlado em níveis bacterianos. Para este controle temos a
alternativa do curativo de carvão ativado e prata, que é constituída de
uma almofada de não tecido envolvendo um tecido carbonizado
impregnado com prata. As bactérias e as moléculas de odor são
adsorvidas nos poros do tecido carbonizado e a prata elimina as
bactérias. Quando houver úlcera superficial colonizada temos a
alternativa do curativo iodado não-aderente.
Úlcera venosa com tecido desvitalizado

Tratado com hidrogel com alginato


para o desbridamento autolítico e
curativo de carvão ativado e prata
para a descolonização.

Após 4 dias, com troca do curativo a cada 2 dias.

Úlcera superficial limpa

Nesta fase o excesso de umidade deve ser controlado para evitar a


hipergranulação e permitir o processo de epitelização. As alternativas
para se alcançar esta finalidade são os curativos de hidropolímeros, as
telas não-aderentes e os colágenos.
Úlcera venosa superficial com tecido de granulação

Após curativos com tela não-aderente com troca cada 3


dias, trocando-se somente o curativo secundário (gaze
ou acolchoada) diariamente, para evitar o excesso de
um idade. Pode ser associado com o curativo de
colágeno para acelerar a epitelização.

Úlceras hipergranuladas

A hipergranulação é resultado de excesso de umidade na fase de


epitelização. Nas hipergranulações discretas podemos utilizar a tela-
não aderente. Nas mais elevadas podemos utilizar do curativo iodado
não-aderente. Em ambos os casos, troca-se a tela a cada 2-3 dias,
trocando-se somente as coberturas secundárias (gaze ou acolchoada)
diariamente, evitando-se o excesso de umidade na ferida.

Uma das terapias para a insuficiência venosa são as ataduras de


compressão externa prolongada e graduada, aplicadas desde o antepé
até imediatamente abaixo do joelho. A compressão neutraliza muitos
dos efeitos da hipertensão, em especial o edema.

Para o paciente, as instruções, o apoio e o reforço da necessidade e de


um compromisso vitalício com a terapia são imprescindíveis não só para
o tratamento de uma úlcera, mas também par evitar ocorrências futuras.
ÚLCERAS DO PÉ DIABÉTICO

A ulceração no pé diabético é uma das complicações no paciente diabético.


As complicações mais graves como infecções, gangrena ou amputação
podem ser evitadas através de uma intervenção precoce e agressiva, com
exames médicos regulares e instruções em caráter contínuo.

O tipo de conduta selecionado para o tratamento da ferida dependerá da


avaliação da ferida. O padrão de cuidados com as feridas são os mesmos
aplicados como a manutenção de leito da ferida úmido, que sejam
absorventes e protetores.

As metas do tratamento localizado devem incluir:

Remoção do tecido necrótico


Proteção da ferida
Manutenção da umidade do leito da ferida
Proteção do tecido circunvizinho
Absorção de exsudato
Prevenção de infecções
Eliminação dos espaços mortos
Um conceito básico para a seleção de curativos é: se estiver em
exsudação, absorva-a. Se estiver seca, forneça umidade.
Devido a diversidade de curativos disponíveis, será mais fácil agrupá-los
por tipo de produto e função e em seguida proceder à seleção de acordo
com a avaliação da ferida.

Hidrogéis: são produtos baseados em água e polímeros. Hidratam as


feridas secas, hidratam e amaciam os tecidos necróticos e auxiliam no
desbridamento autolítico.

Carvão ativado e prata: Almofada contendo carvão ativado impregnado


com prata 0,15%, com cobertura de baixa aderência. O carvão ativado
absorve o exsudato, retém as bactérias e filtra o odor; A prata exerce ação
bactericida.

Colágeno: quando combinado a um alginato, facilitam a hemostasia,


estimulam o desbridamento autolítico e atraem granulócitos e fibroblastos
para o leito da ferida, promovendo proliferação celular. No paciente com
ferida crônica ou comprometida, isso é benéfico, pois a produção natural
do colágeno pelo organismo está freqüentemente abaixo do normal.

Gazes Impregnadas: são impregnadas com vaselina, emulsões oleosas ou


com antimicrobiano; fornecem umidade adequada, proteção e permite a
passagem do exsudato. O curativo iodado não-aderente libera o PVPI
gradativamente diminuindo a carga bacteriana local.

Alginatos: são placas ou ramas de fibras absorventes e combinadas,


fabricadas a partir de sais de algas marinhas que se transformam em gel à
medida que absorvem o exsudato, mantendo o leito da ferida úmido,
estimula o desbridamento autolítico. Alguns curativos com alginato se
acham combinados com colágeno, o qual é benéfico na promoção da
hemostasia, regeneração e reconstrução da ferida.

Espumas: são almofadas absorventes fabricadas com poliuretano ou com


hidropolímeros e projetadas para conduzir o exsudato para fora,
protegendo o tecido circunjacente à ferida ; algumas se expandem
suavemente de forma a preencher o espaço morto, podendo apresentar
uma borda adesiva. Os curativos de espuma podem ser utilizados tanto
como curativos primários como secundários.

Fatores de Crescimento : derivado de plaquetas, normalmente encontrado


no sangue, é distribuído sob a forma de gel para ser aplicado às feridas.
Promove a migração celular e a proliferação das células necessárias à
cicatrização das feridas.
Filmes transparentes: são filmes de poliuretano transparente, elástica e
estéril. Ocluem a ferida, aderem somente à pele íntegra e possuem uma
taxa de transmissão de vapor úmido por causa do diâmetro dos poros,
podendo ser impermeáveis ou semipermeáveis, permitindo a liberação de
gases e evaporação de água. Barreira bacteriana e viral; mantém ambiente
úmido entre a ferida e a cobertura, favorecendo a cicatrização. Por serem
transparentes, permitem uma visualização da ferida.Também utilizada
como curativo secundário.

CUIDADOS COM OS PÉS

Além de todos os parâmetros importantes para serem controlados num


paciente diabético, como o nível de glicemia, dieta, tabagismo, exercícios,
etc., temos os cuidados básicos para a prevenção de úlceras:

Examinar os pés diariamente; se necessário, usar um espelho.


Lavar diariamente os pés e secá-lo bem, especialmente entre os dedos.
Testar sempre a temperatura da água primeiro com as mãos.
Hidratar a pele após o banho, quando a pele estiver ressecada.
Não passar hidratante entre os dedos dos pés.
Cortar as unhas dos pés em corte reto ou pedir ao médico ou ao
enfermeiro especializado que as corte, caso se apresentem espessas ou
duras.
Usar diariamente meias que não tenham furos ou cerzidos grosseiros.
Verificar a presença de objetos estranhos dentro dos sapatos antes de
calçá-los.
Antes de adquirir calçados, medir sempre os pés, de preferência à tarde,
quando os pés atingem seu maior tamanho.
Se houver deformidades, a melhor escolha será calçados
terapêuticos/ortóticos.
Consultar imediatamente um médico caso observar o desenvolvimento
de bolhas ou ferimentos

ÚL CERAS VENOSAS D A PERN A

A doença venosa é o fator que mais contribui para as ulcerações dos


membros inferiores. Outras causas comuns de úlceras, nos membros
inferiores, são: insuficiência arterial, pressão e neuropatia.

Quando o retorno venoso está comprometido devido ao mal


funcionamento da válvulas ou da bomba muscular, a pressão sanguínea
nos membros inferiores aumenta e permanece elevada (hipertensão
venosa). A hipertensão venosa prolongada pode levar a edema,
alterações teciduais e, por fim, à ulceração. Os fatores que perturbam a
função normal do sistema venoso podem ser: trombose venosa profunda,
insuficiência cardíaca congestiva, incompetência valvular, obesidade,
gravidez e atrofia muscular.

A cicatrização desse tipo de úlcera geralmente é lenta. As úlceras


venosas também têm um índice de recidiva muito alto.

As causas potenciais de úlceras nas pernas podem ser: Insuficiência


venosa, insuficiência arterial, neuropatia diabética, pressão , anemia
falciforme, artrite reumatóide, Lúpus sistêmico, carcinoma de célula
escamosa, melanoma maligno, carcinoma basocelular

O diagnóstico apropriado das úlceras venosas é essencial, assim como


o acompanhamento médico da hipertensão venosa e seus efeitos.

Em termos de tratamento da úlcera, é importante eliminar ou controlar


os obstáculos à cicatrização, como infecção, tecido desvitalizado ou
materiais estranhos no leito da ferida, mantendo um ambiente ideal para
a cicatrização, com o uso de absorventes, hidratantes ou curativos
protetores adequados.
Úlcera com tecido necrótico

As úlceras venosas raramente apresentam tecido necrótico ou


desvitalizado significante, porém devem ser eliminados quando
presentes através de algum tipo de desbridamento. Um dos métodos
é o desbridamento autolítico, por meio de curativos que retêm a
umidade para manter as enzimas endógenas na superfície da ferida,
de modo que digiram os tecidos desvitalizados. É o método mais
seletivo e menos invasivo, ainda que seja o mais demorado.

Úlcera infectada ou colonizada

Para permitir o processo de cicatrização, a úlcera deve estar com o


ambiente controlado em níveis bacterianos. Para este controle temos a
alternativa do curativo de carvão ativado e prata, que é constituída de
uma almofada de não tecido envolvendo um tecido carbonizado
impregnado com prata. As bactérias e as moléculas de odor são
adsorvidas nos poros do tecido carbonizado e a prata elimina as
bactérias. Quando houver úlcera superficial colonizada temos a
alternativa do curativo iodado não-aderente.
Úlcera venosa com tecido desvitalizado

Tratado com hidrogel com alginato


para o desbridamento autolítico e
curativo de carvão ativado e prata
para a descolonização.

Após 4 dias, com troca do curativo a cada 2 dias.

Úlcera superficial limpa

Nesta fase o excesso de umidade deve ser controlado para evitar a


hipergranulação e permitir o processo de epitelização. As alternativas
para se alcançar esta finalidade são os curativos de hidropolímeros, as
telas não-aderentes e os colágenos.
Úlcera venosa superficial com tecido de granulação

Após curativos com tela não-aderente com troca cada 3


dias, trocando-se somente o curativo secundário (gaze
ou acolchoada) diariamente, para evitar o excesso de
um idade. Pode ser associado com o curativo de
colágeno para acelerar a epitelização.

Úlceras hipergranuladas

A hipergranulação é resultado de excesso de umidade na fase de


epitelização. Nas hipergranulações discretas podemos utilizar a tela-
não aderente. Nas mais elevadas podemos utilizar do curativo iodado
não-aderente. Em ambos os casos, troca-se a tela a cada 2-3 dias,
trocando-se somente as coberturas secundárias (gaze ou acolchoada)
diariamente, evitando-se o excesso de umidade na ferida.

Uma das terapias para a insuficiência venosa são as ataduras de


compressão externa prolongada e graduada, aplicadas desde o antepé
até imediatamente abaixo do joelho. A compressão neutraliza muitos
dos efeitos da hipertensão, em especial o edema.

Para o paciente, as instruções, o apoio e o reforço da necessidade e de


um compromisso vitalício com a terapia são imprescindíveis não só para
o tratamento de uma úlcera, mas também par evitar ocorrências futuras.
ÚLCERAS DO PÉ DIABÉTICO

A ulceração no pé diabético é uma das complicações no paciente diabético.


As complicações mais graves como infecções, gangrena ou amputação
podem ser evitadas através de uma intervenção precoce e agressiva, com
exames médicos regulares e instruções em caráter contínuo.

O tipo de conduta selecionado para o tratamento da ferida dependerá da


avaliação da ferida. O padrão de cuidados com as feridas são os mesmos
aplicados como a manutenção de leito da ferida úmido, que sejam
absorventes e protetores.

As metas do tratamento localizado devem incluir:

Remoção do tecido necrótico


Proteção da ferida
Manutenção da umidade do leito da ferida
Proteção do tecido circunvizinho
Absorção de exsudato
Prevenção de infecções
Eliminação dos espaços mortos
Um conceito básico para a seleção de curativos é: se estiver em
exsudação, absorva-a. Se estiver seca, forneça umidade.
Devido a diversidade de curativos disponíveis, será mais fácil agrupá-los
por tipo de produto e função e em seguida proceder à seleção de acordo
com a avaliação da ferida.

Hidrogéis: são produtos baseados em água e polímeros. Hidratam as


feridas secas, hidratam e amaciam os tecidos necróticos e auxiliam no
desbridamento autolítico.

Carvão ativado e prata: Almofada contendo carvão ativado impregnado


com prata 0,15%, com cobertura de baixa aderência. O carvão ativado
absorve o exsudato, retém as bactérias e filtra o odor; A prata exerce ação
bactericida.

Colágeno: quando combinado a um alginato, facilitam a hemostasia,


estimulam o desbridamento autolítico e atraem granulócitos e fibroblastos
para o leito da ferida, promovendo proliferação celular. No paciente com
ferida crônica ou comprometida, isso é benéfico, pois a produção natural
do colágeno pelo organismo está freqüentemente abaixo do normal.

Gazes Impregnadas: são impregnadas com vaselina, emulsões oleosas ou


com antimicrobiano; fornecem umidade adequada, proteção e permite a
passagem do exsudato. O curativo iodado não-aderente libera o PVPI
gradativamente diminuindo a carga bacteriana local.

Alginatos: são placas ou ramas de fibras absorventes e combinadas,


fabricadas a partir de sais de algas marinhas que se transformam em gel à
medida que absorvem o exsudato, mantendo o leito da ferida úmido,
estimula o desbridamento autolítico. Alguns curativos com alginato se
acham combinados com colágeno, o qual é benéfico na promoção da
hemostasia, regeneração e reconstrução da ferida.

Espumas: são almofadas absorventes fabricadas com poliuretano ou com


hidropolímeros e projetadas para conduzir o exsudato para fora,
protegendo o tecido circunjacente à ferida ; algumas se expandem
suavemente de forma a preencher o espaço morto, podendo apresentar
uma borda adesiva. Os curativos de espuma podem ser utilizados tanto
como curativos primários como secundários.

Fatores de Crescimento : derivado de plaquetas, normalmente encontrado


no sangue, é distribuído sob a forma de gel para ser aplicado às feridas.
Promove a migração celular e a proliferação das células necessárias à
cicatrização das feridas.
Filmes transparentes: são filmes de poliuretano transparente, elástica e
estéril. Ocluem a ferida, aderem somente à pele íntegra e possuem uma
taxa de transmissão de vapor úmido por causa do diâmetro dos poros,
podendo ser impermeáveis ou semipermeáveis, permitindo a liberação de
gases e evaporação de água. Barreira bacteriana e viral; mantém ambiente
úmido entre a ferida e a cobertura, favorecendo a cicatrização. Por serem
transparentes, permitem uma visualização da ferida.Também utilizada
como curativo secundário.

CUIDADOS COM OS PÉS

Além de todos os parâmetros importantes para serem controlados num


paciente diabético, como o nível de glicemia, dieta, tabagismo, exercícios,
etc., temos os cuidados básicos para a prevenção de úlceras:

Examinar os pés diariamente; se necessário, usar um espelho.


Lavar diariamente os pés e secá-lo bem, especialmente entre os dedos.
Testar sempre a temperatura da água primeiro com as mãos.
Hidratar a pele após o banho, quando a pele estiver ressecada.
Não passar hidratante entre os dedos dos pés.
Cortar as unhas dos pés em corte reto ou pedir ao médico ou ao
enfermeiro especializado que as corte, caso se apresentem espessas ou
duras.
Usar diariamente meias que não tenham furos ou cerzidos grosseiros.
Verificar a presença de objetos estranhos dentro dos sapatos antes de
calçá-los.
Antes de adquirir calçados, medir sempre os pés, de preferência à tarde,
quando os pés atingem seu maior tamanho.
Se houver deformidades, a melhor escolha será calçados
terapêuticos/ortóticos.
Consultar imediatamente um médico caso observar o desenvolvimento
de bolhas ou ferimentos

QUEIMADURAS

O tratamento de queimaduras envolve a participação ativa de muitos profissionais,


médicos e para-médicos, constituindo uma equipe multidisciplinar para uma assistência
eficiente e que conduza para uma rápida reabilitação do paciente.
Grau da queimadura

Grau da queimadura significa determinar a profundidade do trauma térmico na pele.

• Lesão de primeiro grau: atinge a camada mais externa da pele, a epiderme, que
se apresenta hiperemiada na ausência de bolhas ou flictenas. EX: eritemas pelos
raios solares ou por água aquecida;
• Lesão de segundo grau: atinge tanto a epiderme como a derme e apresenta uma
superfície rósea e com bolhas ou flictenas. Ex: flictenas decorrentes de lesão
térmica causada por líquido superaquecido;
• Lesão de terceiro grau: acomete a totalidade das camadas da derme, podendo
também atingir outros tecidos, como o tecido subcutâneo, músculo e tecido
ósseo. O aspecto é pálida e com uma superfície mais endurecida. Ex:
queimadura elétrica ou térmica.;

O atendimento ao queimado abrange uma assistência ampla desde avaliação de


Insuficiência respiratória, um acesso venoso eficiente para um suporte hemodinâmico,
analgesia e resfriamento imediato da área queimada. O tratamento tópico segue o
protocolo de cada instituição, atentando-se para que cada cliente caracteriza um caso
com avaliação individual. As alternativas de coberturas variam conforme a necessidade
da ferida:

• Gazes Impregnadas: são impregnadas com vaselina, emulsões oleosas ou com


antimicrobiano; fornecem umidade adequada, proteção e permitem a passagem
do exsudato.

A gaze não-aderente é um viscose-rayon impregnada com petrolatum, que permite a


troca do curativo sem dor, sendo trocado a cada 2-5 dias. Deve ser coberta com uma
cobertura secundária para absorção do exsudato, que deverá ser trocada quando estiver
saturada. Também utilizada para proteção de tendão ou
osso.

O curativo iodado não-aderente é impregnado com PVPI a 10%, liberando o PVPI


gradativamente diminuindo a carga bacteriana local. Utilizado em pequenas regiões
necessárias, com troca cada 2-3 dias, até 4 trocas, trocando-se somente o curativo
secundário quando saturado.

• Hidrogel em Placa: é um curativo oclusivo que consiste de polivinilpirrolidona


e água, revestido por um filme de polietileno que protege ambos os lados.
Mantém meio úmido que estimula o desbridamento autolítico; hidrata o leito
minimizando a dor e o desconforto do paciente. Utilizada em queimaduras de
primeiro e segundo grau; queimaduras de sol; áreas doadoras e receptoras de
enxerto; podem ser fixadas com um filme transparente ou fita adesiva.

• Hidrogéis com alginato: são produtos baseados em água e polímeros. Hidratam


as feridas secas, hidratam e amaciam os tecidos necróticos e auxiliam no
desbridamento autolítico.O componente alginato aumenta a sua consistência
facilitando a sua aplicação e permanência na lesão.
• Carvão ativado e prata: Almofada contendo carvão ativado impregnado com
prata 0,15%, com cobertura de baixa aderência.Utilizada em feridas infectadas,
podendo ser associado ao hidrogel. O carvão ativado absorve o exsudato, retém
as bactérias e filtra o odor; A prata exerce ação bactericida.
• Colágeno: quando combinado a um alginato, facilitam a hemostasia, estimulam
o desbridamento autolítico e atraem granulócitos e fibroblastos para o leito da
ferida, promovendo proliferação celular. No paciente com ferida crônica ou
comprometida, isso é benéfico, pois a produção natural do colágeno pelo
organismo está freqüentemente abaixo do normal. Na fase de epitelização pode
ser associado com a gaze não-aderente ou hidropolímero.
• Alginatos: são placas ou ramas de fibras absorventes e combinadas, fabricadas
a partir de sais de algas marinhas que se transformam em gel à medida que
absorvem o exsudato, mantendo o leito da ferida úmido, estimula o
desbridamento autolítico. Alguns curativos com alginato se acham combinados
com colágeno, o qual é benéfico na promoção da hemostasia, regeneração e
reconstrução da ferida.
• Espumas: são almofadas absorventes fabricadas com poliuretano ou com
hidropolímeros e projetadas para conduzir o exsudato para fora, protegendo o
tecido circunjacente à ferida ; algumas se expandem suavemente de forma a
preencher o espaço morto, podendo apresentar uma borda adesiva. Os curativos
de espuma podem ser utilizados tanto como curativos primários como
secundários.
• Fatores de Crescimento : derivado de plaquetas, normalmente encontrado no
sangue, é distribuído sob a forma de gel para ser aplicado às feridas. Promove a
migração celular e a proliferação das células necessárias à cicatrização das
feridas.
• Matriz de Regeneração Dérmica: é um sistema de duas camadas, usado para
substituição dérmica, sendo uma camada de regeneração dérmica e uma camada
epidérmica provisória. É indicada para o tratamento pós-excisional de lesões de
espessura total e parcial, para as quais não há auto-enxerto suficiente disponível
no momento da excisão, ou o auto-enxerto não é desejável devido à condição
fisiológica do paciente.

Traumas
O atendimento da ferida traumática, deve seguir conforme
avaliações médicas com necessidades cirúrgicas ou
clínicas. Nos grandes traumas a limpeza da ferida é
realizada sob anestesia, devendo-se lavar com SF para a
retirada de corpos estranhos, hematomas e outros detritos,
sendo desbridado todo o material necrótico.
Na ferida traumática impossibilitada de reconstrução
cirúrgica, segue-se o procedimento de um curativo que
mantenha um ambiente úmido para evitar necroses e
facilitar a proliferação celular, além de protege-la de
infecções. As alternativas de coberturas variam conforme a
necessidade da ferida:
• Gazes Impregnadas: são impregnadas com vaselina,
emulsões oleosas ou com antimicrobiano; fornecem
umidade adequada, proteção e permitem a passagem
do exsudato.
A gaze não-aderente é um viscose-rayon impregnada com
petrolatum, que permite a troca do curativo sem dor, sendo
trocado a cada 2-5 dias. Deve ser coberta com uma
cobertura secundária para absorção do exsudato, que
deverá ser trocada quando estiver saturada. Também
utilizada para proteção de tendão ou
osso.

O curativo iodado não-aderente é impregnado com


PVPI a 10%, liberando o PVPI gradativamente
diminuindo a carga bacteriana local. Utilizado em
pequenas regiões necessárias, com troca cada 2-3 dias, até
4 trocas, trocando-se somente o curativo secundário
quando saturado.
• Hidrogéis com alginato: são produtos baseados em
água e polímeros. Hidratam as feridas secas, hidratam
e amaciam os tecidos necróticos e auxiliam no
desbridamento autolítico.O componente alginato
aumenta a sua consistência facilitando a sua
aplicação e permanência na lesão.
• Hidrogel em Placa: é um curativo oclusivo que
consiste de polivinilpirrolidona e água, revestido por
um filme de polietileno que protege ambos os lados.
Mantém meio úmido que estimula o desbridamento
autolítico; hidrata o leito minimizando a dor e o
desconforto do paciente. Utilizada em lesões
superficiais, queimaduras de primeiro e segundo
grau; queimaduras de sol; áreas doadoras e receptoras
de enxerto; podem ser fixadas com um filme
transparente ou fita adesiva.
• Carvão ativado e prata: Almofada contendo carvão
ativado impregnado com prata 0,15%, com cobertura
de baixa aderência.Utilizada em feridas infectadas,
podendo ser associado ao hidrogel. O carvão ativado
absorve o exsudato, retém as bactérias e filtra o odor;
A prata exerce ação bactericida.
• Colágeno: quando combinado a um alginato,
facilitam a hemostasia, estimulam o desbridamento
autolítico e atraem granulócitos e fibroblastos para o
leito da ferida, promovendo proliferação celular. No
paciente com ferida crônica ou comprometida, isso é
benéfico, pois a produção natural do colágeno pelo
organismo está freqüentemente abaixo do normal. Na
fase de epitelização pode ser associado com a gaze
não-aderente ou hidropolímero.
• Alginatos: são placas ou ramas de fibras absorventes
e combinadas, fabricadas a partir de sais de algas
marinhas que se transformam em gel à medida que
absorvem o exsudato, mantendo o leito da ferida
úmido, estimula o desbridamento autolítico. Alguns
curativos com alginato se acham combinados com
colágeno, o qual é benéfico na promoção da
hemostasia, regeneração e reconstrução da ferida.
• Espumas: são almofadas absorventes fabricadas com
poliuretano ou com hidropolímeros e projetadas para
conduzir o exsudato para fora, protegendo o tecido
circunjacente à ferida ; algumas se expandem
suavemente de forma a preencher o espaço morto,
podendo apresentar uma borda adesiva. Os curativos
de espuma podem ser utilizados tanto como curativos
primários como secundários.
Feridas Cirúrgicas

As incisões cirúrgicas e lacerações limpas são conduzidas para a cicatrização


por primeira intenção, que é quando as bordas de uma ferida são
reaproximadas na hora da lesão e aproximadas com suturas, grampos ou
adesivos, onde a reepitelização se dá rapidamente. As alternativas de cobertura
dependerão da característica da incisão. Nos casos de incisões que podem
sofrer drenagem no pós-operatório, utilizam-se coberturas que são absorventes
e trocadas em 24 horas ou 48 horas. Após este período, se as bordas estiverem
bem aproximadas e a linha de sutura está seca, a incisão pode ser deixada
aberta ao ar, ou utilizar de filmes transparentes para prevenção de infecção
exógena, além de agilizar a epitelização, diminuir a dor e proporcionar conforto
e sensação de proteção para o paciente.

Quando as bordas da ferida não são possíveis de aproximação e um espaço é


deixado para ser preenchido com tecido de granulação ocorre a cicatrização por
segunda intenção, como no procedimento de ressecção de cisto pilonidal.

Nos casos de feridas que se programam o fechamento primário retardado,


ocorre a cicatrização por terceira intenção, isto é, mantem-se a ferida aberta,
permitindo a cicatrização por segunda intenção e posteriormente se realiza a
aproximação das bordas. Acontece nos casos de deiscências de incisão por
infecção, fasciotomias, edemas, e outros.

Nestes casos, as alternativas de coberturas de última geração deverão ser


produtos que retenham umidade adequada no leito da ferida, que favoreçam a
regeneração celular e bactericida quando necessário. Entre eles temos:

Colágeno com alginato: Aplicadas em feridas limpas e úmidas, facilitam a


hemostasia, estimulam o desbridamento autolítico e atraem granulócitos e
fibroblastos para o leito da ferida, promovendo proliferação celular.

Hidrogéis: são produtos baseados em água e polímeros. Hidratam as feridas


cavitárias e auxiliam no desbridamento autolítico. O componente alginato de Na
auxilia num maior período de retenção da umidade no leito da ferida.
Carvão ativado e prata: Aplicadas em casos de feridas infectadas ou
colonizadas. Almofada contendo carvão ativado impregnado com prata 0,15%,
com cobertura de baixa aderência.O carvão ativado absorve o exsudato, retém
as bactérias e filtra o odor; A prata exerce ação bactericida.

Gazes não-aderente: uma alternativa de cobertura nas lesões mais superficiais;


é um viscose-rayon impregnada com petrolatum, favorece umidade adequada,
proteção e permitem a passagem do exsudato.

Alginatos: são placas ou ramas de fibras absorventes e combinadas, fabricadas


a partir de sais de algas marinhas que se transformam em gel à medida que
absorvem o exsudato, mantendo o leito da ferida úmido, estimula o
desbridamento autolítico. Alguns curativos com alginato se acham combinados
com colágeno, o qual é benéfico na promoção da hemostasia, regeneração e
reconstrução da ferida.

Espumas: são almofadas absorventes fabricadas com poliuretano ou com


hidropolímeros e projetadas para conduzir o exsudato para fora, protegendo o
tecido circunjacente à ferida ; algumas se expandem suavemente de forma a
preencher o espaço morto, podendo apresentar uma borda adesiva. Os
curativos de espuma podem ser utilizados tanto como curativos primários nos
caso de feridas mais superficiais, ou como secundários nos casos de feridas
mais profundas associados a outro produto que preencha o espaço morto.

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