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CONSELHO DA MAGISTRATURA
Des. LEONARDO DE NORONHA TAVARES Desª. MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS
Desª. CÉLIA REGINA DE LIMA PINHEIRO Des. MAIRTON MARQUES CARNEIRO
Desª. MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES Des. JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR
Desª. DIRACY NUNES ALVES Desª. ROSI MARIA GOMES DE FARIAS
DESEMBARGADORES
MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE
RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES GLEIDE PEREIRA DE MOURA
LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO
VÂNIA VALENTE DO COUTO FORTES BITAR CUNHA MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO
RAIMUNDO HOLANDA REIS MARIA EDWIGES DE MIRANDA LOBATO
VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA ROBERTO GONÇALVES DE MOURA
CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE
MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS EDINÉA OLIVEIRA TAVARES
RICARDO FERREIRA NUNES LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO
LEONARDO DE NORONHA TAVARES MAIRTON MARQUES CARNEIRO
CÉLIA REGINA DE LIMA PINHEIRO EZILDA PASTANA MUTRAN
MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES MARIA ELVINA GEMAQUE TAVEIRA
LEONAM GONDIM DA CRUZ JÚNIOR ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA
DIRACY NUNES ALVES NADJA NARA COBRA MEDA
JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR
RONALDO MARQUES VALLE
ROSI MARIA GOMES DE FARIAS
PRESIDÊNCIA
Considerando a promoção do Juiz de Direito Substituto Lucas Quintanilha Furlan para a Comarca de
Portel.
Considerando, ainda, que o Juiz de Direito Substituto Lucas Quintanilha Furlan assumiu a titularidade da
Comarca de Portel em 19/02/2019, conforme expediente PA-MEM-2019/06786.
CESSAR OS EFEITOS da Portaria 2711/2018-GP, que designou o Juiz de Direito Substituto Lucas
Quintanilha Furlan para responder, sem prejuízo de suas designações anteriores, pela Comarca de Pacajá
a contar de 19 de fevereiro do ano de 2019.
Considerando a promoção do Juiz de Direito Daniel Gomes Coelho para a Comarca de 2ª Vara Cível e
Empresarial de Canaã dos Carajás.
Considerando, ainda, que o Juiz de Direito Daniel Gomes Coelho assumiu a titularidade da 2ª Vara Cível e
Empresarial de Canaã dos Carajás em 21/02/2019, conforme expediente PA-EXT-2019/01429.
Art. 1º DESIGNAR o Juiz de Direito Daniel Gomes Coelho, titular da 2ª Vara Cível e Empresarial de Canaã
dos Carajás, para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 1ª Vara Cível e Empresarial e Vara
Criminal de Canaã dos Carajás no período de 21 a 26 de fevereiro do ano de 2019.
Art. 2º DESIGNAR o Juiz de Direito Daniel Gomes Coelho, titular da 2ª Vara Cível e Empresarial de Canaã
dos Carajás, para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Direção do Fórum da Comarca de
Canaã dos Carajás no período de 21 a 26 de fevereiro do ano de 2019.
Art. 3º DESIGNAR o Juiz de Direito Daniel Gomes Coelho, titular da 2ª Vara Cível e Empresarial de Canaã
dos Carajás, para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Vara Única de Eldorado dos Carajás no
período de 21 de fevereiro a 05 de março do ano de 2019.
Considerando o disposto no art. 6º, §5°, da Lei Ordinária Estadual n°. 7.588/11.
SUSPENDER, por necessidade de serviço, as férias do Juiz de Direito José Matias Santana Dias, titular
da 2ª Vara de Cametá, programadas para o mês de fevereiro do ano de 2019, no período de 25 de
fevereiro a 11 de março do ano de 2019.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Art. 1º CESSAR OS EFEITOS da Portaria 1029/2019-GP, que designou o Juiz de Direito Substituto Jacob
Arnaldo Campos Farache para responder, sem prejuízo de suas designações anteriores, pela 2ª Vara de
Cametá e Direção do Fórum da Comarca de Cametá, a contar de 25 de fevereiro do ano de 2019.
Art. 2º DESIGNAR o Juiz de Direito Substituto Jacob Arnaldo Campos Farache para atuar no projeto ¿Rios
de Cidadania¿, a ser realizado no período de 25 de fevereiro a 01 de março do ano de 2019.
DESIGNAR o Juiz de Direito José Matias Santana Dias, titular da 2ª Vara de Cametá, para responder, sem
prejuízo de sua jurisdição, pela 1ª Vara de Cametá no período de 25 de fevereiro a 01 de março do ano de
2019.
APOSENTAR voluntariamente por tempo de contribuição com proventos integrais, a magistrada LUZIA DO
SOCORRO SILVA DOS SANTOS, matrícula funcional nº22330, no cargo de Juíza de 3ª Entrância,
Classe/Padrão MAGMAGJU3EN, lotada na Comarca da Capital, com fulcro no artigo 3º da Emenda
Constitucional nº 47/2005 c/c artigo 54-C da Lei Complementar nº 39/2002 e suas alterações posteriores;
na Lei Federal nº13.752/2018; contando com o tempo de contribuição de 35 (trinta e cinco) anos, 03 (três)
meses e 02 (dois) dias até 21/02/2019.
Considerando o pedido de licença médica da Juíza de Direito Roberta Guterres Caracas, protocolizado
sob o Nº PA-OFI-2019/02841.
DESIGNAR o Juiz de Direito Antônio Carlos de Souza Moita Koury, titular da Comarca de Salinópolis, para
responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela Comarca de Santarém Novo nos dias 21 e 22 de fevereiro
do ano de 2019.
Considerando o pedido de licença médica da Juíza de Direito Substituta Haila Haase de Miranda,
protocolizado sob o Nº PA-REQ-2019/03143.
DESIGNAR a Juíza de Direito Substituta Adriana Grigolin Leite para responder, sem prejuízo de suas
designações anteriores, pela 2ª Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes no período de 21 a 24 de
fevereiro do ano de 2019.
Considerando o pedido de licença médica da Juíza de Direito Substituta Haila Haase de Miranda,
protocolizado sob o Nº PA-REQ-2019/03143.
DESIGNAR o Juiz de Direito Maurício Ponte Ferreira de Souza, titular da 2ª Vara de Violência Doméstica e
Familiar Contra Mulher, para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 2ª Vara de Crimes contra
Crianças e Adolescentes no período de 25 de fevereiro a 07 de março do ano de 2019.
DESIGNAR o Juiz de Direito Daniel Ribeiro Dacier Lobato, titular da Vara de Execução Penal de
Santarém, para auxiliar, com prejuízo de sua jurisdição e sem prejuízo de suas designações anteriores, a
1ª Vara Penal de Inquéritos Policiais no dia 22 de fevereiro do ano de 2019.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
VICE-PRESIDÊNCIA
Situação: REDISTRIBUIDO
e outros...
Situação: CADASTRADO
Situação: DISTRIBUIDO
Situação: DISTRIBUIDO
Situação: DISTRIBUIDO
Fundamento: CAPITULAÇÃO: ARTIGOS 312, CAPUT C/C ART. E 327, § 2º, C/C ART, 71 DO CPB E
ART. 312, CAPUT C/C ART. 71, DO CPB.
e outros...
Situação: DISTRIBUIDO
Situação: DISTRIBUIDO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Fundamento: RESE. CAP.: ARTIGO 157, §2º, I, C/C O ARTIGO 29, DO CÓDIGO PENAL, C/C ARTIGO
69, DO CPB. PETIÇÃO. TRASLADO. EXTRAÍDO DOS AUTOS DA AÇÃO PENAL Nº 0008093-
38.2017.8.14.0115.
Situação: REDISTRIBUIDO
e outros...
Situação: DISTRIBUIDO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Situação: REDISTRIBUIDO
Fundamento: CAPITULAÇÃO: ART. 157, § 3º, C/C AR 14, II, DO CP E ART. 307, DO ESTATUTO- 1
APENSO
Fundamento: CAPITULAÇÃO: ART. 157, § 2º, II E 288, C/C AR 14, II, DO CPB- SENTENÇA
ABSOLUTÓRIA PARA: VALDEMIR SILVA CARDOSO - 1 APENSO
Situação: CADASTRADO
e outros...
Situação: DISTRIBUIDO
Situação: DISTRIBUIDO
Situação: DISTRIBUIDO
Situação: DISTRIBUIDO
Situação: DISTRIBUIDO
Situação: DISTRIBUIDO
Fundamento: CAPITULAÇÃO: 214, C/C ART. 244-A E ART. 71, DO CPB - IDENTIFICADO HABEAS
CORPUS Nº 0010583-24.2016.8.14.0000 TENDO COMO ORIGINÁRIO ESTES AUTOS.DEIXO DE
FAZER A PREVENÇÃO, POR DIVERGÊNCIA DE CÂMARA E A INDISPONIBILIDADE NO SISTEMA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
APELADO: J. E. S. A.
Situação: DISTRIBUIDO
Fundamento: CAP: ART. 217-A C/C ART. 226, II, AMBOS DO CPB.
Partes: APELANTE: R. L. S.
PROCESSO Nº 2019.6.000071-4
REQUERENTE: LEONARDO AMARAL PINHEIRO DA SILVA
REQUERENTE: INSTITUTO BRASILEIRO DE DIREITO DE FAMILIA-IBDFAM
REQUERENTE: NENA SALES PINHEIRO
DESPACHO: Trata-se de sugestão apresentada pelo Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM)
para texto de provimento sobre a lavratura de escritura pública de inventário e testamento, com alteração
do art. 256 do Código de Normas dos Serviços Notariais e de Registro do Estado do Pará, conforme
segue:
Art.256
§1º. É possível a lavratura de escritura pública de inventário nos casos em que houver testamento
revogado, declarado inválido, ou ainda, por ordem judicial;
§2º. Diante da expressa autorização do juízo sucessório competente nos autos da apresentação e
cumprimento de testamento (CPC, ARTS.735, 736 E 737), sendo todos os interessados capazes e
concordes, poder-se-á fazer o inventário por escritura pública, a qual constituirá título hábil para registro e
demais efeitos legais (CPC, art.610, §1º);
§3º. Nas hipóteses previstas no §1º deste artigo, o tabelião solicitará, previamente, a certidão do
testamento e, constatada a existência de disposição reconhecendo filho ou qualquer outra declaração
irrevogável, a lavratura de escritura pública de inventário ficará vedada e o processo de inventário
continuará judicial.
Ocorre que, o Código de Normas de Serviços Notariais e de Registro do Estado do Pará, com publicação
atualizada em 31.01.2019, dispõe:
Art. 295.
(...)
§1º. É possível a lavratura de escritura pública de inventário e partilha nos casos de testamento revogado,
declarado nulo ou caduco ou, ainda, por ordem judicial;
§2º. Diante da expressa autorização do juízo sucessório competente nos autos da apresentação e
cumprimento de testamento (CPC, arts.735, 736 e 737), sendo todos os interessados capazes e
concordes, poder-se-á fazer o inventário por escritura pública, a qual constituirá título hábil para registro e
demais efeitos legais. (CPC, art.610, §1º);
§3º. Na hipótese previstas no §1º deste artigo, o tabelião solicitará, previamente, a certidão do testamento
e, constatada a existência de disposição reconhecendo filho ou qualquer outra declaração irrevogável, a
lavratura de escritura pública de inventário ficará vedada e o processo de inventário continuará judicial.
Desse modo, a sugestão apresentada já se encontra efetivamente substanciada no Código de Normas dos
Serviços Notariais e de Registro do Estado do Pará, de sorte que perdera o objeto o presente expediente.
Comunique-se e arquive-se. Utilize-se cópia do presente como ofício. À Secretaria para os devidos fins.
Belém, 12 de fevereiro de 2017.
Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES
Corregedora de Justiça da Região Metropolitana de Belém
CORREGEDORIA DO INTERIOR
P O R T A R I A Nº 026/2019-CJCI
CONSIDERANDO o disposto no art. 159, do Código de Organização Judiciária do Estado do Pará; e art.
6º, inciso XI, do Regimento Interno da Corregedoria de Justiça das Comarcas do Interior;
R E S O L V E:
II - SUBSTITUIR o Juiz Corregedor LEONARDO DE FARIAS DUARTE pela Juíza de Direito PATRÍCIA
DE OLIVEIRA SÁ MOREIRA, a quem delego poderes para presidir e constituir comissão sindicante,
objetivando dar continuidade à apuração dos fatos objeto da Sindicância Administrativa instaurada pela
Portaria nº 004/2019-CJCI, concedendo-lhe o prazo de 30 (trinta) dias, para a sua conclusão.
Precatórios: 010/2017
ATO DECISÓRIO
Diante do requerimento da parte credora (fl. 07) e informações do Serviço de Análise de Processos à fl.
04, fazendo constar que o Município de Monte Alegre/Pa submetido ao regime geral de pagamento de
precatórios, encontra-se em mora no valor total, atualizado, de R$ 261.884,59 (duzentos e sessenta e um
mil, oitocentos e oitenta e quatro reais e cinquenta e nove centavos), relativo aos precatórios nº. 010/2017,
determino:
1. Oficie-se ao ente devedor para no prazo de trinta (30) dias efetue depósito ou preste informações que
entender necessárias, sob pena de sanção de sequestro de valores com transferência forçada a teor do
§6º, do art. 100 da Constituição Federal;
2. Decorrido o prazo, com ou sem manifestação, sigam os autos ao Ministério Público, certifique-se.
Após, conclusos.
ATO DECISÓRIO
O Ente devedor segue regime especial de pagamento de precatórios, no que consta previsto no art.101-
ADCT, consubstanciado pela Emenda Constitucional nº 94/2016.
Nesse sentido, diante da regularidade formal do Precatório e em atenção ao que dispõe o art.333 do
Regimento Interno ¿ TJPA c/c §3º do art.2º da Portaria nº. 2239/2011-GP, nos estritos moldes que
constam no Protocolo n° 2018.05158697-27, firmado pelo Juízo de Execução, oficie-se o Ente Devedor
para que providencie a composição do débito informado neste Precatório no acervo da dívida inscrita, a
fim de incluir no orçamento do Ente Federado.
Nos termos do art. 335 do Regimento Interno do TJPA, oficie-se ao Juízo Requisitante a propósito de dar
conhecimento sobre a expedição de ofício requisitório ao Ente Federado, para constar dos autos de onde
se originou o precatório.
Publique-se.
Coordenadoria de Precatórios
ATO DECISÓRIO:
Outrossim, ante condicionante erigida e para não ensejar descontinuidade no pagamento de requisitórios
sob estrita ordem cronológica de apresentação, ao Serviço de Cálculos para registro/anotação do crédito
em tese cabível, com seguimento na instrução de precatórios sequenciais.
Publique-se. Oficie-se.
ATO DECISÓRIO:
Outrossim, ante condicionante erigida e para não ensejar descontinuidade no pagamento de requisitórios
sob estrita ordem cronológica de apresentação, ao Serviço de Cálculos para registro/anotação do crédito
em tese cabível, com seguimento na instrução de precatórios sequenciais.
Publique-se. Oficie-se.
TRIBUNAL PLENO
concessão da gratuidade judicial requerida. Isso porque, apesar da agravante ter firmado declaração de
pobreza (id.1387486, pág. 02), tal documento, por si só, desacompanhado de outras provas que
demonstrem o alegado, se mostra insuficiente para o deferimento da benesse. Sobremais, ressai do
acervo probatório que a impetrante é servidora efetiva da Secretaria Estadual de Educação-SEDUC e que
percebe como remuneração bruta o valor de R$6.164,30 (seis mil e cento e sessenta e quatro reais e trinta
centavos), o que afasta a aludida presunção de hipossuficiência arguida.Todavia, conforme preconiza a
legislação processual, compete ao julgador determinar que a parte postulante da gratuidade de justiça
comprove a alegação de hipossuficiência, para, assim, deliberar sobre a concessão ou não do benefício
quando não vislumbrar de plano os requisitos para a sua concessão, nos termos do artigo 99, § 2º, do
CPC/15, ?verbis?:Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode se formulado na petição inicial, na
contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.(...)§ 2o O juiz somente
poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais
para a concessão de gratuidade,devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação
do preenchimento dos referidos pressupostos. (Grifei).No caso, não vislumbrando, até o presente
momento, elementos que evidenciem a hipossuficiência econômica, determino que a agravante, no prazo
de 15 (quinze) dias, emende a inicial com a última Declaração de seu Imposto de Renda e comprovantes
de que sua renda se encontra comprometida com suas despesas essenciais a ponto de inviabilizar o
pagamento das custas processuais, por entender serem tais documentos indispensáveis para deliberação
acerca da gratuidade de justiça.À Secretaria para as devidas providências.Estando nos autos a resposta
ou superado o prazo para tal, volte conclusos.Publique-se. Intime-se.Belém, 20 de fevereiro de 2019.
DesembargadorROBERTO GONÇALVES DE MOURARelator
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
antecipatória para a tutela dos direitos é a probabilidade lógica ? que é aquela que surge da confrontação
das alegações e das provas com os elementos disponíveis nos autos, sendo provável a hipótese que
encontra maior grau de confirmação e menor grau de refutação nesses elementos. ?O juiz tem que se
convencer de que o direito é provável para conceder tutela provisória.?.Cabe enaltecer aqui a lição de
Fredie Didier Jr., que ao discorrer sobre a tutela de urgência entende que: ?...a sua concessão pressupõe,
genericamente, a demonstração da probabilidade do direito (tradicionalmente conhecida como ?fumus
bonis juris?) e, junto a isso, a demonstração do perigo de dano ou de ilícito, ou ainda do comprometimento
da utilidade do resultado final que a demora do processo representa (tradicionalmente conhecido com
?periculum in mora?). Para o deferimento do pedido liminar, se faz necessário a presença simultânea da
fumaça do bom direito, ou seja, que os impetrantes consigam demonstrar através das alegações aduzidas,
em conjunto com a documentação acostada, a possibilidade de que o direito pleiteado exista no caso
concreto, e o reconhecimento de que a demora na definição do direito poderá causar dano grave e de
difícil reparação ao demandante com presumível direito violado ou ameaçado de lesão.No presente caso,
verifico que o Edital do certame foi claro e expresso ao definir que só seriam aceitas as cópias de
documentos que estivessem autenticadas por Cartório de Notas. Vejamos: 7.2Os títulos, acompanhados
do Formulário de Envio de Títulos devidamente preenchido e assinado, deverão ser enviados (sempre
cópia autenticada em cartório), impreterivelmente entre os dias 26 de março de 2018 a 18 de maio de
2018 (...)(...)7.2.2Não serão consideradas, em nenhuma hipótese, para fins de avaliação, as cópias de
documentos que não estejam autenticadas por Cartório de Notas, bem como documentos gerados por via
eletrônica que não estejam acompanhados com o respectivo mecanismo de autenticação.(...)7.4 Os
candidatos deverão enviar cópias dos documentos autenticadas em Cartório de Notas, ou até mesmo a
viaoriginal, sendo que os mesmos não serão devolvidos em hipótese alguma. É cediço, que o edital é
considerado a lei do concurso, preestabelecendo normas garantidoras da isonomia de tratamento e
igualdade de condições para o candidato ingressar no serviço público.Desta feita, neste momento
processual, entendo que a exigência de cópia autenticada dos documentos para análise e, se for o caso,
posterior atribuição de pontos na etapa ?prova de títulos? está correta, vez que está de acordo com o
previsto no edital, não assistindo razão, neste ponto, ao autor. De outra banda, neste momento
processual, entendo que assiste razão ao recorrente no que diz respeito a atribuição de ponto pelo título
de Mestrado, vez que o impetrante apresentou a declaração emitida pela Universidade Federal do Estado
do Pará - UFPA, datada de 17 de abril de 2018, que atesta a conclusão do curso de mestrado, bem como
que o respectivo diploma estava em processo de expedição.Desta feita,DEFIRO PARCIALMENTE o
pedido liminar requerido, para determinar que seja concedido a pontuação devida apenas na prova de
título de mestrado.Notifique-se a autoridade coatora, comunicando-lhe desta decisão, bem como, para
que, no prazo de 10 (dez) dias na forma do inciso I, do artigo 7º da Lei 12.016, de 7.08.2009, preste as
informações que achar necessárias.Dê-se ciência do feito ao órgão de representação judicial nas pessoas
jurídicas interessadas, enviando-lhes cópia da inicial sem documentos, para querendo ingressar no
feito.Cientifique-se o Estado do Pará, enviando-lhe cópia da inicial, para que, querendo, ingresse no
feito.Após, encaminhem-se os autos ao Ministério Público de 2º Grau, para exame e
parecer.P.R.I.C.Belém, 06 de fevereiro de 2019. DESA. NADJA NARA COBRA MEDA Relatora.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
mediante financiamento obtido pelo agravado em instituição financeira de sua livre escolha. Em análise
acurada do teor da decisão agravada, constato que ela se divide em 03 (três pontos), a saber: o
congelamento do saldo devedor do agravado junto à agravante, a partir de abril de 2013 até a data da
efetiva entrega do imóvel, com a obrigação de apresentar em juízo o saldo devedor calculado
considerando o período compreendido entre maio de 2010 e março de 2013; a proibição imposta ao
agravante em realizar quaisquer cobrança de valores a título de multa, juros e pro rata até que fosse
apurado o valor devido pelo agravado relativo ao financiamento em aberto; e a multa aplicada, a título de
astreintes, para o caso de descumprimento de quaisquer das determinações impostas em sede de
antecipação de tutela. Entretanto, em suas razões recursais o agravante discorre somente sobre o
congelamento do saldo devedor, deixando de impugnar os outros 02 (dois) pontos da decisão agravada,
motivo pelo imperioso reconhecer a preclusão quanto a estes aspectos. Posto isto, discorro sobre o
congelamento do saldo devedor. Pois bem. Conforme a cláusula 9.1 do contrato de promessa de compra e
venda pactuado, o prazo estabelecido para a entrega da unidade era de 36 (trinta e seis) meses a contar
do registro da incorporação imobiliária. Conforme o item 5.6, "b" do capítulo V do contrato assinado (fl. 26),
tal registro ocorreu 25/09/2009. Todavia, até a data da prolação da decisão agravada, 09/04/2014, o
imóvel não havia sido entregue. Sobre o mérito, tenho que o recurso merece parcial provimento, eis que
não há possibilidade de congelamento de saldo devedor em decorrência do atraso na entrega da obra. Isto
porque, em relação a correção monetária do saldo devedor, o STJ pacificou o entendimento de que,
considerando o prazo de prorrogação de 180 (cento e oitenta) dias, deve ocorrer a substituição do índice
de correção monetária do INCC pelo IPCA (salvo se o INCC for menor) a partir do transcurso da data
limite prevista no contrato para entrega do bem, por considerar ser a maneira mais acertada de dirimir a
questão, sem prejudicar nenhuma das partes, conforme ementa do Recurso Especial nº 1.454.139 - RJ
(2014/0044528-1), in verbis: CIVIL. CONTRATOS. COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. MORA NA
ENTREGA DAS CHAVES. CORREÇÃO MONETÁRIA DO SALDO DEVEDOR. SUSPENSÃO.
IMPOSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE EQUIVALÊNCIA ECONÔMICA DAS OBRIGAÇÕES.
DISPOSITIVOS LEGAIS ANALISADOS: ARTS. 395, 884 E 944 DO CC/02; 1º DA LEI Nº 4.864/65; E 46
DA LEI Nº 10.931/04. 1. Agravo de instrumento interposto em 01.04.2013. Recurso especial concluso ao
gabinete da Relatora em 12.03.2014. 2. Recurso especial em que se discute a legalidade da decisão
judicial que, diante da mora do vendedor na entrega do imóvel ao comprador, suspende a correção do
saldo devedor. 3. A correção monetária nada acrescenta ao valor da moeda, servindo apenas para
recompor o seu poder aquisitivo, corroído pelos efeitos da inflação, constituindo fator de reajuste intrínseco
às dívidas de valor. 4. Nos termos dos arts. 395 e 944 do CC/02, as indenizações decorrentes de
inadimplência contratual devem guardar equivalência econômica com o prejuízo suportado pela outra
parte, sob pena de se induzir o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato e o enriquecimento sem
causa de uma das partes. 5. Hipótese de aquisição de imóvel na planta em que, diante do atraso na
entrega das chaves, determinou-se fosse suspensa a correção monetária do saldo devedor. Ausente
equivalência econômica entre as duas obrigações/direitos, o melhor é que se restabeleça a correção do
saldo devedor, sem prejuízo da fixação de outras medidas, que tenham equivalência econômica com os
danos decorrentes do atraso na entrega das chaves e, por conseguinte, restaurem o equilíbrio contratual
comprometido pela inadimplência da vendedora. 6. Considerando, de um lado, que o mutuário não pode
ser prejudicado por descumprimento contratual imputável exclusivamente à construtora e, de outro, que a
correção monetária visa apenas a recompor o valor da moeda, a solução que melhor reequilibra a relação
contratual nos casos em que, ausente má-fé da construtora, há atraso na entrega da obra, é a
substituição, como indexador do saldo devedor, do Índice Nacional de Custo de Construção (INCC, que
afere os custos dos insumos empregados em construções habitacionais, sendo certo que sua variação em
geral supera a variação do custo de vida médio da população) pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA, indexador oficial calculado pelo IBGE e que reflete a variação do custo de vida
de famílias com renda mensal entre 01 e 40 salários mínimos), salvo se o INCC for menor. Essa
substituição se dará com o transcurso da data limite estipulada no contrato para a entrega da obra,
incluindo-se eventual prazo de tolerância previsto no instrumento. 7. Recurso especial provido. (REsp
1454139/RJ, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 03/06/2014, DJe
17/06/2014) Esta Egrégia Corte, por suas 02 (duas) Turmas de Direito Privado, seguem a mesma
orientação jurisprudencial. Vejamos: PODER JUDICIÁRIO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
PARÁ. GABINETE DA DESEMBARGADORA GLEIDE PEREIRA DE MOURA. SECRETARIA ÚNICA DE
DIREITO PÚBLICO E PRIVADO - 2º TURMA DE DIREITO PRIVADO. AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº
0006384-56.2016.8.14.0000. AGRAVANTE: ORION INCORPORADORA LTDA. INTERESSADO:
CONSTRUTORA LEAL MOREIRA LTDA. ADVOGADO: MARTA MARIA VINAGRE BEMBOM.
ADVOGADO: DOUGLAS MOTA DOURADO E OUTROS. AGRAVADO: TILZA MARIA BARBOSA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
apreciar o mérito recursal, em decisão monocrática, referida previsão está disciplinada no art. 133, do
Regimento Interno desta Corte, que visa dar cumprimento ao preceito legal imposto no art. 926, §1º, do
NCPC. Vejamos: Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e
coerente. § 1o Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no regimento interno, os
tribunais editarão enunciados de súmula correspondentes a sua jurisprudência dominante. Gize-se, ainda,
que tais decisões têm por finalidade desafogar os Órgãos Colegiados, buscando dar mais efetividade ao
princípio da celeridade e economia processual, sem deixar de observar, por óbvio, as garantias
constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Assim, plenamente cabível o
julgamento do recurso por meio de decisão monocrática, porque há autorização para tanto no sistema
processual civil vigente. Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso. A parte
Apelante sustenta que a decisão que julgou improcedente a ação de interdito proibitório deve ser revista,
pois partiu de premissa equivocada de que a recorrente não é a possuidora do imóvel. Adianto, NÃO
assiste razão a apelante. Inicialmente, é necessário ressaltar que se discute na origem direito possessório
e não petitório. E, sobre o assunto, dispõe o Código Civil: Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido
na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo
receio de ser molestado. § 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua
própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do
indispensável à manutenção, ou restituição da posse. § 2o Não obsta à manutenção ou reintegração na
posse a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa. (...) O Código de Processo Civil de
1973, aplicável, à época do deferimento da medida de urgência sobre o assunto, dispunha: Art. 926. O
possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado no de esbulho. Art. 927.
Incumbe ao autor provar: I - a sua posse; Il - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu; III - a data da
turbação ou do esbulho; IV - a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção; a perda
da posse, na ação de reintegração. Art. 928. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz
deferirá, sem ouvir o ré, a expedição do mandado d liminar de manutenção ou de reintegração; no caso
contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à
audiência que for designada. Deste modo, incumbe àquele que pleiteia a manutenção ou a reintegração
de posse o ônus de demonstrar que fruía da posse do bem previamente à alegada turbação praticado pela
outra parte. A teor do art. 1.210 e seguintes do Código Civil, nas ações possessórias cabe às partes tão
somente a comprovação fática da posse para concessão das medidas possessórias, não havendo que se
elucubrar alegações sobre a propriedade ou outro direito sobre a coisa, porquanto estas possuem meio
próprio de defesa, a saber, as ações reivindicatórias. Na espécie, não se pode ignorar que o ora apelado é
o verdadeiro possuidor do imóvel, conforme se verifica pela sentença homologatória de divórcio (fls. 20),
na qual ficou acordado que o bem em litígio ficaria em posse do recorrido; do carnê do IPTU em seu nome
(fls.44/47), declaração do presidente da associação dos moradores do bairro união de Alter do chão (fls.
52) que informa que o mesmo é possuidor de uma residência e sócio da comunidade (fls. 52), e o esbulho
praticado pela apelante que foi registrado por meio de boletim de ocorrência (fls. 48). Deste modo, ao
contrário do que tenta convencer a recorrente, não há qualquer evidência de que ela exerça a posse em
nome próprio sobre imóvel objeto da lide, por se tratar de mera permissão. Aliás, trata-se de ocupação
precária, que não habilita a apelante a demandar judicialmente para tal efeito. Sobre o assunto, o Código
Civil de 2002 estatui, in verbis : Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de
dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou
instruções suas. Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve este
artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se detentor, até que prove o contrário. [...] Art.
1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de
qualquer dos poderes inerentes à propriedade. [...] Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera
permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos,
senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade. Como se vê, o genitor/apelado apenas consentia
que seus filhos ocupassem o referido imóvel, para fins de moradia, conforme consta na declaração escrita
por uma das filhas Eleonai Nubia Pontes Cardoso, que atesta que residiu na casa de propriedade do pai
ISAIAS DOS SANTOS CARDOSO (fls. 51) situado na vila Alter do chão, na Rua do sairé, 345, lote 18 e
demais depoimentos colhidos durante instrução processual. Vejamos: Às fls. 86, ISAIAS DOS SANTOS
CARDOSO (...) respondeu: "Que viveu em Alter do Chão aproximadamente 12 anos, época em que ficava
na casa do filho Pedro Nelson; que na época um político de nome Pedro, que era próximo de um
empresário de no Pedroso, acabou distribuindo terrenos através de uma associação; q declarante foi
agraciado com um terreno, limpou o local e com ajuda sobrinhos fez uma pequena edificação; que seus
filhos não ajudar, edificação; que a autora não tinha moradia e pediu para morar no local, seno que o
declarante permitiu e disse que a casa não estava acabada, mas autora argumentou que continuaria a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
edificação; que a autora mora local há muitos anos, mas o declarante nunca doou o terreno para ela,
apenas permitiu que lá habitasse; que a autora é neta do declarante, mas foi registrada como filha; que a
autor sempre foi uma boa filha, mas nos últimos tempos a relação restou bastante abalada.". Às fls. 88, a
2.a testemunha da parte demandada - DENISE DO ROSÁRIO SERRÃO , brasileira, nascida no dia
05/11/1979, filho de Raimundo Azevedo Serrão e Deusa Lopes do Rosário, com endereço na Rua Sairé,
N° 501, Bairro União, Alter-do-Chão, Santarém/PA. Devidamente compromissada a falar a verdade, sob
pena de praticar crime, às perguntas, às perguntas do Juízo respondeu: "Que a declarante é casada com
pessoa de nome Bruno, o qual é neto do demandado; que conheceu Bruno faz 2 anos; que na época que
conheceu o companheiro ele morava no bem litigioso; que o Bruno sempre disse declarante que o bem em
litígio é do se avo (réu); que faz 1 ano que esteve no bem litigioso, oportunidade que visitar sua cunhada
que havia dado a luz; que vê o companheiro da autora no bem litigioso e eventualmente também percebe
a presença da autora no local; que não sabe se sua cunhada pagava aluguel e nem quem permitiu que
morasse no local". Deste modo, o fato de a APELANTE ter permissão para residir na casa do APELADO
não a torna possuidora, por se tratar de ato de mera tolerância. Nesse sentido, colaciono julgados:
INTERDITO PROIBITÓRIO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DO ART. 932 CPC. INEXISTÊNCIA DE
SERVIDÃO DE PASSAGEM. ATOS DE MERA PERMISSÃO OU TOLERÂNCIA. Deve ser mantida a
sentença que rejeitou o pedido de interdito proibitório diante da prova de que os autores não exerciam
posse sobre a passagem lateral, e sim, atos de mera permissão ou tolerância. Ademais, o imóvel dos
autores não estava encravado, tendo ampla saída para a via pública. Logo, descaracterizada a tese de
servidão de passagem. RECURSO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70057470791, Décima Sétima
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Elaine Harzheim Macedo, Julgado em 19/12/2013) (TJ-
RS - AC: 70057470791 RS, Relator: Elaine Harzheim Macedo, Data de Julgamento: 19/12/2013, Décima
Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 21/01/2014) APELAÇÃO CÍVEL.
EMBARGOS DE TERCEIRO. EXECUÇÃO. IMÓVEL HIPOTECADO. PENHORA. LIBERAÇÃO DA
CONSTRIÇÃO. DESCABIMENTO. AUSÊNCIA DE ANIMUS DOMINI. POSSE INDEMONSTRADA. MERO
COMODATO. USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO. VIA INADEQUADA. RECURSO NÃO CONHECIDO
NESTE PONTO E DESPROVIDO NA EXTENSÃO. APELAÇÃO CÍVEL. USUCAPIÃO ESPECIAL
URBANO. TERRENO COM EDIFICAÇÃO. OCUPAÇÃO DO IMÓVEL. CONSENTIMENTO DO EX-
SOGRO. ATO DE MERA TOLERÂNCIA. POSSE PRECÁRIA. PRESCRIÇÃO AQUISITIVA VEDADA.
SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Os atos de mera permissão ou tolerância não
constituem modos de aquisição da posse, o que afasta, por consequência, o reconhecimento da posse ad
usucapionem. (TJ-SC - AC: 582864 SC 2010.058286-4, Relator: Fernando Carioni, Data de Julgamento:
11/11/2010, Terceira Câmara de Direito Civil, Data de Publicação: Apelação Cível n. , de Jaguaruna) Com
efeito, não apresenta conotação de posse o poder de fato exercido sobre bem imóvel por aquele que o
conserva em nome de outrem decorrente de relação empregatícia, assim como não induzem posse os
atos de mera permissão ou tolerância, que é o caso dos autos, uma vez que o apelado apenas cedeu
temporariamente o imóvel a apelante. Isso posto, CONHEÇO e NEGO PROVIMENTO à Apelação, nos
termos da fundamentação, mantendo a sentença de primeiro grau tal como lançada. Sem custa e
honorários, por serem as partes beneficiárias da justiça gratuita. Belém, 19 de fevereiro de 2019. MARIA
FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE Desembargadora Relatora PROCESSO: 00006478620058140031
PROCESSO ANTIGO: 201430117346 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO Ação: Apelação Cível em: 25/02/2019 APELADO:MARIA DO
SOCORRO DA COSTA PANTOJA Representante(s): OAB 13085 - MARIA CLAUDIA SILVA COSTA
(ADVOGADO) MARIA CLAUDIA SILVA COSTA (ADVOGADO) APELANTE:SIPKE HUIZINGA
Representante(s): OAB 18839 - VINICIUS SOUZA FLEXA (ADVOGADO) LARISSA MANUELA ANGLADA
TIMOTEO (ADVOGADO) APELADO:GILBERTO ALVES CORDOVIL DO NASCIMENTO
Representante(s): OAB 7960 - HILDEMAN ANTONIO ROMERO COLMENARES JR. (ADVOGADO) OAB
1340 - HAMILTON RIBAMAR GUALBERTO (ADVOGADO) IZILENE LOPES FERREIRA (ADVOGADO) .
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ GABINETE DESEMBARGADOR
CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO 1.ª TURMA DE DIREITO PRIVADO. APELAÇÃO CÍVEL - N.º
0000647-86.2005.814.0031. COMARCA: MOJU/PA. APELANTE: SPIKE HUIZINGA. ADVOGADO:
LARISSA M. ANGLADA TIMÓTEO - OAB/PA N. 9.926; LUCIANO FLEXA DI PAOLO - OAB/PA N. 17.417;
e VINÍCIUS SOUZA FLEXA - OAB/PA N. 18.839. APELADO: GILBERTO ALVES CORDOVIL
NASCIMENTO. ADVOGADO: IZILENE LOPES FERREIRA - OAB/PA N. 7.903. APELADO: MARIA SO
SOCORRO DA COSTA PANTOJA. ADVOGADO: MARIA CLÁUDIA SILVA COSTA - OAB/PA N. 13.085.
RELATOR: DES. JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR. DESEMBARGADOR: DES.
CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Pois bem, trata-se de despacho
exarado pela Vice-Presidente, determinando que este Desembargador se manifeste acerca de prevenção
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
em petição formulada às fls. 1.222/1.226 e no despacho de fl. 1245. De ressaltar que às fls. 1.222/1.226 se
trata de uma petição protocolizada pela parte GILBERTO ALVES CORDOVIL NASCIMENTO requerendo
a redistribuição dos presentes autos à este Desembargador, sob a alegação de que já existe um acórdão
com trânsito em julgado, acerca da matéria discutida na apelação n. 0000647-86.2005.8.14.0031, acerca
de idêntica questão, novamente suscitada em Ação de Anulação. E no tocante ao despacho de fls. 1.245,
o ilustre Des. Relator José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Junior aduziu que "compulsando os autos e em
consulta ao sistema LIBRA, verifica-se que ambos os feitos versam sobre imóveis denominado de
Fazenda Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, sendo que, no presente feito, as partes litigam sobre a
anulação de Registro de Imóveis e Escritura de Compra e Venda das Fazendas Nossa Senhora do
Perpétuo Socorro I, II e III, ao passo que a ação de Reintegração de Posse (Processo: 0000080-
11.2005.8.14.0031) versa sobre as Fazendas Nossa Senhora do Perpétuo Socorro I, III e IV". Diante desta
alegação, o nobre Relator, fundamentada nos artigos 930, parágrafo único do CPC; §3º, do art. 55 do
CPC; e art. 116 do RITJPA determinou o encaminhamento dos presentes autos à Vice-Presidência, para
as previdências que julgar necessárias. Assim, cabe inicialmente verificar a existência ou não da
prevenção. Sendo assim, passo a análise dos dispositivos apontados pelo Relator do feito, que embasam
o pedido de prevenção para este Desembargador. E para a melhor elucidação dos fatos, transcrevo
referidos dispositivos a seguir: I - Art. 930 do CPC. Far-se-á a distribuição de acordo com o regimento
interno do tribunal, observando-se a alternatividade, o sorteio eletrônico e a publicidade. Parágrafo único.
O primeiro recurso protocolado no tribunal tornará prevento o relator para eventual recurso subsequente
interposto no mesmo processo ou em processo CONEXO. II - Art. 116 do RITJPA. A distribuição da ação
ou de recurso gera prevenção para todos os processos a eles vinculados por CONEXÃO, continência ou
referentes ao mesmo feito. III - Art. 55 do CPC. §3º. Serão reunidos para julgamento conjunto os
processos que possam gerar riscos de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos
separadamente, MESMO SEM CONEXÃO ENTRE ELES. Desta forma, o ilustre relator aponta a
existência de uma conexão entre as ações supramencionadas, motivo pelo qual, tendo este
Desembargador julgado a Ação de Reintegração de Posse (Processo n. 0000080-11.2005.8.14.0031),
seria o prevento para a análise da presente Ação Anulatória (Processo n. 000647-86.2005.8.14.0301). DA
INEXISTÊNCIA DE CONEXÃO ENTRE AÇÃO POSSESSÓRIA E PETITÓRIA. INSTITUTOS
AUTÔNOMOS, INDEPENDENTES E COM ESPECIFICIDADE PRÓPRIA. Pois bem, no caso em comento,
destaco que é patente que o objeto da ação possessória está circunscrito apenas à proteção da posse, em
face da violência que venha a se caracterizar no campo da ameaça, turbação ou esbulho. Já na Ação
Reivindicatória, cuja a natureza é petitória, o proprietário sem posse pretende a restituição da coisa em
face do possuidor, que injustamente, a detenha. No presente caso, entendo que a discussão sobre a
nulidade do título que transferiu o bem (em Ação Anulatória), no qual irá se discutir a propriedade do bem
imóvel, não prejudica o trâmite da ação de reintegração de posse, que, conforme verificado em alhures,
discutirá a existência ou não de ameaça, turbação ou esbulho. Neste sentido, transcrevo precedente do C.
STJ: AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE IMISSÃO NA POSSE.
DISCUSSÃO DA NULIDADE DO TÍTULO QUE TRANSFERIU O DOMÍNIO EM AÇÃO AJUIZADA EM
FACE DE TERCEIRO. INEXISTÊNCIA DE PREJUDICIALIDADE EXTERNA. DESNECESSÁRIA A
SUSPENSÃO DO PROCESSO E A REUNIÃO DOS FEITOS POR CONEXÃO. DECISÃO MANTIDA.
RECURSO DESPROVIDO. 1. A discussão sobre a nulidade do título que transferiu o domínio ao imitente,
em ação anulatória ajuizada em desfavor de terceiro, não deve prejudicar o trâmite da ação de imissão na
posse intentada pelo atual proprietário do imóvel. Isso, porque a demanda anulatória do ato de
transferência do domínio não pode afetar a pretensão do proprietário de boa-fé e sem posse. 2. Inexistindo
identidade de objetos e causas de pedir entre as ações, é desnecessária a reunião dos feitos por conexão,
na forma como exige o art. 103 do CPC/73. 3. No âmbito estreito do recurso especial, não é possível
contrastar a afirmativa do acórdão recorrido, quanto à boa-fé do atual proprietário e sua relação estranha à
das partes envolvidas na ação anulatória, sob a argumentação de que ele tem relação com a outra lide e
tinha conhecimento da prática ilícita de agiotagem. 4. Agravo interno não provido. (AgInt no AgInt no
AREsp 961.360/SP, Rel. Ministro LÁZARO GUIMARÃES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 5ª
REGIÃO), QUARTA TURMA, julgado em 07/11/2017, DJe 13/11/2017) Isto porque, o conceito de
prevenção não se confunde com o de conexão. A conexão é uma das causas de reunião de processos.
Recorre-se às regras de prevenção para definir perante qual juízo as ações serão reunidas. A prevenção,
portanto, não é causa de reunião de processos, mas regra para definição da competência. As hipóteses de
modificação de competência estão tratadas nos artigos 102 a 111, no CPC/1973 e nos artigos 54 a 63 no
CPC/2015. A reunião de ações em razão de conexão encontra previsão no art. 105, do CPC/73, e 55, §1º,
do CPC/2015. As hipóteses de distribuição por dependência de ações idênticas estão nos artigos 253, III,
do CPC/1973 e 286, III, do CPC/2015. Entretanto, mesmo que haja conexão, não haverá reunião de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
processos se um deles já houver sido sentenciado. A regra está implícita no art. 105 do CPC/73, eis que,
com um dos processos sentenciados, torna-se materialmente impossível a simultaneidade dos
julgamentos. No CPC/2015, a regra foi explicitada no art. 55, §1º: "Os processos serão reunidos para
decisão conjunta, salvo de um deles já houver sido sentenciado". Igual entendimento encontra-se, há
muito, sumulado pelo C. STJ, in verbis: "Súmula 235: A conexão não determina a reunião de processos se
um deles já foi julgado". É incontroverso que a ação possessória (Processo n. 0000080-
11.2005.8.14.0031) foi julgada em primeira e em segunda instâncias (neste momento por este julgador),
conforme certidão de fls. 1.243. E não há acessoriedade (caráter preparatório de uma ação em relação a
outra), pois conforme já mencionado em alhures, elas têm causa de pedir diversa. A ação de anulação de
registro público está fundada no domínio do bem, enquanto a possessória, na posse, sendo possível, em
tese, que ações de tal natureza tenham desfechos diversos, o que afasta a existência de uma conexão
entre elas, o que seria de fundamental importância para a existência de prevenção por parte deste
julgador. Neste sentido, destaco jurisprudência pátria: CONFLITO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO
REIVINDICATÓRIA CUMULADA COM PERDAS E DANOS e AÇÃO POSSESSÓRIA. CONEXÃO.
REUNIÃO DE PROCESSOS. DESCABIMENTO. ACESSORIEDADE E RISCO DE DECISÕES
COLIDENTES INEXISTENTES. CONEXÃO INEXISTENTE. UMA DAS AÇÕES JÁ JULGADA. AUSÊNCIA
DE CAUSA DE MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA. PERPETUAÇÃO DA JURISDIÇÃO. COMPETÊNCIA
DO JUÍZO SUSCITADO. Juízo que, ao receber ação, livremente distribuída, reivindicatória cumulada com
perdas e danos, reconhece sua incompetência considerando acessoriedade com ação possessória.
Inexistência de conexão. Pedidos e causas de pedir distintos. Ausência de risco de decisões colidentes.
Ação possessória já julgada, com trânsito em julgado. Impossibilidade material de julgamento simultâneo.
Perpetuação da jurisdição. Ausente causa de modificação de competência. Inteligência do art. 105 do
CPC/73 e da Súmula 235 do col. STJ. CONFLITO DE COMPETÊNCIA PROCEDENTE. (TJSP; Conflito de
competência 0068937-43.2015.8.26.0000; Relator (a): Alves Braga Junior; Órgão Julgador: Câmara
Especial; Foro de São José dos Campos - 2ª. Vara Cível; Data do Julgamento: 20/06/2016; Data de
Registro: 22/06/2016) CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA - CONEXÃO ENTRE AÇÃO
POSSESSÓRIA E PETITÓRIA - INOCORRÊNCIA - INSTITUTOS AUTÔNOMOS, INDEPENDENTES E
COM ESPECIFICIDADE PRÓPRIA - PEDIDO PROCEDENTE - COMPETÊNCIA DO JUÍZO SUSCITADO.
1. No caso concreto, inexiste chance de as decisões prolatadas na Ação Possessória n. 6855-
78.2017.8.11.0046 e na Ação Reivindicatória (Código 61769) serem conflitantes, pela simples razão de
versarem sobre direito autônomos, independentes e com especificidade própria no ponto de vista da
proteção e do reconhecimento no âmbito judicial. 2. Procedência do conflito negativo para reconhecer
como competente para processar e julgar a Ação Possessória n. 6855-78.2917.8.11.0046 o Juízo da 2º
Vara da Comarca de Comodoro. (TJMT. Conflito de Competência n. 1001738-96.2018.8.11.0000. Julgado
em 02/08/2018). Sobre o tema, transcrevo também precedente do C. STJ, in verbis: AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. CONEXÃO ENTRE AÇÃO DE
REINTEGRAÇÃO DE POSSE E DE USUCAPIÃO. RECONHECIMENTO DA CONEXÃO. FACULDADE
ATRIBUÍDA AO JUÍZO. INEXISTÊNCIA DE PREJUDICIALIDADE EXTERNA, CONEXÃO OU
CONTINÊNCIA ENTRE AÇÃO POSSESSÓRIA E USUCAPIÃO. 1. Segundo a jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça, a reunião dos processos por conexão configura faculdade atribuída ao julgador. 2. Não
há prejudicialidade externa que justifique a suspensão da demanda possessória até que se julgue a ação
de usucapião. 3. A posse é fato, podendo estar dissociada da propriedade. 4. Por conseguinte, a tutela da
posse pode ser eventualmente concedida mesmo contra o direito de propriedade. 5. As demandas,
possessória e de usucapião, não possuem, entre si, relação de conexão ou continência. 6. Não
apresentação pela parte agravante de argumentos novos capazes de infirmar os fundamentos que
alicerçaram a decisão agravada. 7. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. (AgRg no REsp 1483832/SP,
Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 06/10/2015, DJe
13/10/2015) Assim, no caso concreto, inexiste chances de as decisões prolatadas na Ação Possessória n.
0000080-11.2005.8.14.0031 e na Ação Anulatória n. 000647-86.2005.8.14.0301 serem conflitantes, pela
simples razão de versarem sobre direitos autônomos, independentes e com especificidade própria do
ponto de vista da proteção e do reconhecimento no âmbito judicial. De ressaltar também, que se torna
impossível a aplicação do §3º, do art. 55 do CPC/2015, já transcrito anteriormente, sob o fundamento de
que a Ação de Reintegração de Posse já se encontra julgada, conforme certidão de trânsito em julgado de
fls. 1.243, não havendo mais a possibilidade de reunião para julgamento em conjunto, como determina
aludido dispositivo. ASSIM, antes de instaurar um Conflito de Competência, considerando os fundamentos
ao norte expostos, entendo que os presentes autos devem continuar sob a relatoria do DES. JOSÉ
ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR, para a análise do feito, em estrita observância as regras
regimentais, do CPC e de precedentes de Tribunais Pátrios e do C. STJ, conforme verificado em alhures.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
P.R.I. Oficie-se no que couber. À Vice-Presidência para os devidos fins. Belém/PA, 21 de fevereiro de
2019. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO Desembargador
__________________________________________________________________ Gabinete
Desembargador - CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO PROCESSO: 00015190220148140051
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIA FILOMENA DE
ALMEIDA BUARQUE Ação: Apelação Cível em: 25/02/2019 APELANTE:CENTRAIS ELETRICAS DO
PARA SA CELPA Representante(s): OAB 11331 - LIZANDRA DE MATOS PANTOJA (ADVOGADO)
APELADO:ANA MARY LINS LEAL Representante(s): OAB 14519 - JULIANE FONTENELE ZAMPIETRO
(ADVOGADO) OAB 18138 - DANIELA SILVA SALGADO (ADVOGADO) . 1ª TURMA DE DIREITO
PRIVADO ORIGEM: JUÍZO DA 3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE SANTARÉM APELAÇÃO CÍVEL Nº
0001519-02.2014.8.14.0051 APELANTE: CENTRAIS ELÉTRICAS DO PARÁ S/A- REDE CELPA
APELADO: ANA MARY LINS LEAL RELATORA: DESA. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE
APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL DA CELPA. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. CORTE DE ENERGIA. TRATAMENTO GROSSEIRO POR FUNCIONÁRIO DE EMPRESA
TERCERIZADA QUE REALIZA O CORTE DE ENERGIA. DANO MORAL CONFIGURADO. MONTANTE
FIXADO NA SENTENÇA REDUZIDO DE R$ 20.000(VINTE MIL REAIS) PARA R$ 2.000,00 (DOIS MIL
REAIS). APELO QUE SE DÁ PROVIMENTO PARCIAL. DECISÃO MONOCRÁTICA Trata-se de
RECURSO DE APELAÇÃO interposto CENTRAIS ELÉTRICAS DO PARÁ S/A- REDE CELPA diante do
seu inconformismo com a sentença proferida pelo juízo da JUÍZO DA 3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL
DE SANTARÉM que julgou procedente a ação de indenização ajuizada por ANA MARY LINS LEAL,
condenando a concessionária ao pagamento de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) a título de danos morais. Na
origem a autora/apelada ANA MARY LINS LEAL alega que no dia 26/11/2013, por volta das 21:30 horas,
uma equipe de funcionários de uma empresa terceirizada vinculada à CELPA realizava serviços no poste
que transmite energia ao condomínio de sua residência e, ao indagar o que estava acontecendo, foi
submetida a constrangimento imensurável, presenciado por várias pessoas e vizinhos, mediante
tratamento grosseiro, gritos e acusação de furto de energia elétrica, tendo ocorrido o corte no fornecimento
de energia em sua residência. Asseverou que se sente indignada com o ocorrido, suportou sofrimento, não
praticou nenhum crime, é pessoa de reputação ilibada. Requereu a condenação da demandada ao
pagamento de indenização por dano moral no montante sugerido de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Em
audiência de tentativa de conciliação, a mesma restou infrutífera (fls. 51). Citada, a demandada ofereceu
resposta INTEMPESTIVA à ação, em forma de contestação (fls. 120), tendo sido decretada a sua
REVELIA (fls. 121). As partes requereram produção de provas (fls. 111/114 e 118/119). Durante a
instrução, foram ouvidas 04 testemunhas (fls. 128/132 e 142/144). A parte autora apresentou as suas
razões finais (fls. 146/161) a parte ré preferiu não se manifestar (fls. 162). Após sobreveio a SENTENÇA
(fls. 163): ISTO POSTO, com fundamento no art. 269, inciso I, do Código de Processo Civil c/c art. 186,
927, do Código Civil e art. 6º, inciso VI, do CDC, julgo PROCEDENTE e CONDENO a Requerida a pagar,
em favor da Autora, a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais), a título de compensação por danos morais,
atualizada monetariamente pelos índices do INPC e juros legais de 1% (um por cento) ao mês, ambos a
contar desta decisão (SÚMULA 362, STJ). CONDENO, ainda, o Requerido ao pagamento de custas
judiciais e honorários advocatícios, estes últimos na razão de 15% (quinze por cento) sobre o valor da
condenação, nos termos do art. 20, § 3º, do CPC. Oficie-se ao SERASA, para que retire, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas, o nome da Autora dos seus cadastros de inadimplentes, caso ainda negativado
em função da unidade consumidora de nº 19.351.866. Transitada em julgado esta decisão, não havendo
mais requerimentos, arquivem-se os autos. Expeça-se o necessário. P.R.I.C. Inconformado com a
sentença, o réu interpôs RECURSO DE APELAÇÃO 169/180, alegando que é parte ilegítima para figurar
no polo passivo da ação pois o ato foi praticado por funcionário de empresa terceirizado e não da
concessionária de energia elétrica. Aduz que não cabe o pagamento de indenização por danos morais,
tendo em vista que não se trata de cobrança abusiva, pois o procedimento realizado pela ré, está de
acordo com as normas da ANEEL. Pugna pela reformada da sentença para revogar a condenação, e
alternativamente a redução do quantum indenizatório. Apelação recebida em duplo efeito fls. 184.
Contrarrazões da apelada às fls. 185/205, requerendo a manutenção da decisão. É o relatório. DECIDO
Conheço do recurso, presentes os pressupostos de sua admissão. Cinge a controvérsia em verificar se é
devida indenização por danos morais ao apelante, em razão da interrupção do fornecimento do serviço de
energia elétrica em sua propriedade sem prévia comunicação e o pelo fato do funcionário de empresa
terceiriza pela Celpa ter ofendido verbalmente a apelada. Adianto, NÃO assiste razão a empresa Apelante.
É cediço que a concessão de serviços públicos deve atender ao interesse público e subsume-se à
exigência de certos atributos, quais sejam: qualidade, continuidade, regularidade, eficiência, atualidade,
generalidade, modicidade, cortesia e segurança. No tocante ao princípio da continuidade, impõe-se ao
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
concessionário a prestação do serviço, sem interrupção, salvo expressas ressalvas legais. Assim, o
princípio não assume caráter absoluto, na medida em que deve ser sopesado com o princípio da
supremacia do interesse público. A propósito, a Lei nº 8.987/95, que trata da concessão de serviços
públicos, prevê: "Art. 6º - (...) § 3º - Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção
em situação de emergência ou após prévio aviso, quando: (...) II - Por inadimplemento do usuário,
considerado o interesse da coletividade." Lado outro, o art. 91, inciso I, da Resolução n. 456/2000 da
ANEEL - vigente ao tempo em que se sucederam os fatos descritos na exordial e do próprio ajuizamento
da ação, também disciplina a possibilidade de corte do serviço em caso de inadimplência do consumidor:
"Art. 91. A concessionária poderá suspender o fornecimento, após prévia comunicação formal ao
consumidor, nas seguintes situações: I - atraso no pagamento da fatura relativa a prestação do serviço
público de energia elétrica;" A interpretação sistemática dos dispositivos retro citados revela, destarte, ser
possível a suspensão do fornecimento pela concessionária. Imprescindível, no entanto, a prévia
comunicação formal ao consumidor, o que não foi atendido na hipótese em comento, tendo a vista que
empresa apelante não comprovou inadimplemento por parte da consumidora, e o respectivo envio de
notificação do corte de energia, ou mesmo a existência de furto de energia. Pelo contrário, o TERMO DE
OCORRENCIA DE INSPEÇÃO de fls. 117 (TOI) conclui que a medição é normal, o que torna abusiva a
suspensão de energia elétrica. Outrossim, a relação existente entre as partes é típica de consumo, sendo
regulamentada pelo art. 14 do Código de Defesa do Consumidor, respondendo a demandada, ora
fornecedora de serviços, pelos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação de
serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição ou riscos, na forma
objetiva, independentemente do exame da culpa. Ademais, o fato do serviço de corte de energia ter sido
realizado por empresa terceiriza não afasta responsabilidade civil da concessionária de energia elétrica. A
consumidora/apelada comprovou por meio de testemunhas que foi destratada e humilhada por pessoa
que, embora não ostente a qualidade de empregado da apelante, age em nome desta, por meio de
empresa terceiriza. Com efeito, o Código Civil dispõe sobre a responsabilidade civil, mais especificamente
sobre o dever de indenizar: Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil : (...) III - o
empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes
competir, ou em razão dele; Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda
que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos. Pelo
exposto, podemos concluir que a responsabilidade civil não abrange apenas o empregador, como também
aqueles que o representam. Ademais, a súmula nº 341 do Supremo Tribunal Federal dispõe ser
"presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto " Na hipótese dos
autos, o dano moral é in re ipsa, ou seja, evidenciado o ilícito da empresa demanda, que procedeu o corte
do fornecimento de energia da autora, sem qualquer aviso prévio e sem motivo algum, caracterizando o
dano moral puro, o qual se presume, conforme as mais elementares regras da experiência comum,
prescindindo de prova quanto à ocorrência de prejuízo concreto. Nesse sentido: Apelação cível.
Responsabilidade civil. Indenização. Concessionária de serviço público. Responsabilidade objetiva.
Aplicação do diploma consumerista. Corte no fornecimento de energia elétrica efetuado de forma
injustificada. Dano moral. Ocorrência. Dever de indenizar. Dano in re ipsa. Manutenção do quantum
indenizatório. À unanimidade, afastada a preliminar contrarrecursal, negaram provimento ao apelo.
(Apelação Cível Nº 70035392398, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luís Augusto
Coelho Braga, Julgado em 21/10/2010) (grifo nosso) Outrossim, "a prova do dano moral, por se tratar de
aspecto imaterial, deve lastrear-se em pressupostos diversos do dano material. Não há, como regra geral,
avaliar por testemunhas ou mensurar em pericia a dor pela morte, pela agressão moral, pelo desconforto
anormal ou pelo desprestígio social. Valer-se-á o juiz, sem dúvida, de máximas experiências." (VENOSA,
Sílvio de Salvo. Direito Civil IV 4ª Edição. Editora Atlas: São Paulo, 2004) O valor a ser arbitrado deve
atender a reparação do mal causado e deve servir como forma de coagir o ofensor para que não volte a
repetir o ato, sem causar, contudo, enriquecimento indevido da parte. Nesta linha, entendo que a condição
econômica das partes, e a conduta do agente devem ser analisadas para o justo arbitramento do valor
indenizatório. Examinados tais critérios entendo que o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) destoa do
valor arbitrado por esse E. Tribunal em casos semelhantes, pelo que os reduzo para o montante de R$
2.000,00 (dois mil reais), sendo este valor razoável e proporcional, para indenizar o autor/apelado, sem
que haja o enriquecimento ilícito. Nesse sentido: APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL EM
RAZÃO DE COBRANÇA INDEVIDA E INSCRIÇÃO EM ÓRGÃO DE RESTRIÇÃO AO CRÉDITO.
RELAÇÃO DE CONSUMO. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO NÃO CARACTERIZADA. A prescrição, em
se tratando de pretensão de reparação por danos decorrentes de defeito na prestação de serviço
(cobrança indevida de supostos débitos) encontra disciplina no art. 27 do CDC (prazo de 05 anos).
Prescrição não caracterizada. O dano moral sofrido pelo autor é patente, pois teve restrições de crédito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
que lhe causaram constrangimentos de forma presumida, em razão do ilícito perpetrado pela apelada, que
efetuou cobrança indevida. Considerando, assim, os parâmetros citados, as circunstâncias em que os
fatos ocorreram e as suas consequências, o valor da indenização por dano moral deve ser fixado no
importe de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) em favor do autor, quantia esta razoável, proporcional e incapaz
de ensejar enriquecimento indevido. (2018.02338267-07, Não Informado, Rel. MARIA FILOMENA DE
ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 2018-06-15,
Publicado em 2018-06-15) APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO
POR DANOS MORAIS. INSCRIÇÃO EM ÓRGÃOS DE RESTRIÇÃO DE CRÉDITO PELA EMPRESA
CELPA. FRAUDE NA CONTRATAÇÃO. DANO MORAL. CONFIGURAÇÃO. QUANTUM
INDENIZATÓRIO. MONTANTE FIXADO NA SENTENÇA REDUZIDO. COMPROVADA A ILICITUDE DO
ATO PRATICADO PELO RÉU/APELANTE, CARACTERIZADO ESTÁ O DANO MORAL, EXSURGINDO O
DEVER DE INDENIZAR. QUANTUM INDENIZATÓRIO ARBITRADO EM PRIMEIRO GRAU REDUZIDOS
PARA R$ 4.000,00 (QUATRO MIL REAIS). APELO QUE SE DÁ PROVIMENTO PARCIAL
(2018.01598830-25, Não Informado, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador 1ª
TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 2018-05-14, Publicado em 2018-05-14) Por fim, no que diz
respeito aos honorários advocatícios, não há que se falar em sucumbência recíproca, porque, segundo o
entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o pedido de dano moral é sempre estimativo, não
caracterizando sucumbência recíproca a condenação em valor inferior ao pleiteado (Sumula nº 326"STJ).
Ante o exposto, CONHEÇO E DOU PARCIAL PROVIMENTO ao recurso de apelação, apenas para reduzir
os danos morais para o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), mantendo os demais termos da sentença.
Custas e honorários pelo apelante. P. R. I. C. Belém/PA, 19 de fevereiro de 2019. MARIA FILOMENA DE
ALMEIDA BUARQUE Desembargadora Relatora PROCESSO: 00015580320128140040 PROCESSO
ANTIGO: 201330100863 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CONSTANTINO
AUGUSTO GUERREIRO Ação: Apelação Cível em: 25/02/2019 APELANTE:GEOMAM ENGENHARIA
LTDA Representante(s): VITOR ANTONIO TOCANTINS COSTA E OUTRO (ADVOGADO) APELADO:TIM
CELULAR S.A. Representante(s): CARLOS ROBERTO SIQUEIRA CASTRO (ADVOGADO) CASSIO
CHAVES CUNHA (ADVOGADO) . PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
GABINETE DESEMBARGADOR CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO 1ª TURMA DE DIREITO
PRIVADO. APELAÇÃO CÍVEL - Nº. 0001558-03.2012.814.0040 COMARCA: PARAUAPEBAS/PA.
APELANTE: GEOMAN ENGENHARIA LTDA. ADVOGADO: VITOR ANTONIO TOCANTINS COSTA - OAB
Nº 16.816. APELADO: TIM CELULAR S/A ADVOGADO: CARLOS ROBERTO SIQUEIRA CASTRO - OAB
Nº 15.410-A e CASSIO CHAVES CUNHA - OAB/PA Nº 12.268. RELATOR: Des. CONSTANTINO
AUGUSTO GUERREIRO. D E C I S Ã O M O N O C R Á T I C A Des. CONSTANTINO AUGUSTO
GUERREIRO. EMENTA: AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO DE C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. COBRANÇA INDEVIDA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TELEFONIA CELULAR MÓVEL.
INTERNET. "ROAMING INTERNACIONAL". CLÁUSULA CONTRATUAL EXPRESSA. USUÁRIO QUE SE
UTILIZOU DOS SERVIÇO NO EXTERIOR. DEVIDA COBRANÇA DAS FATURAS PELOS SERVIÇOS
UTILIZADOS. DANO MORAL AFASTADO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Trata-se de
APELAÇÃO CÍVEL, interposta perante este Egrégio Tribunal de Justiça, por GEOMAM ENGENHARIA
LTDA, nos autos da AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO DE C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
(Proc. n.º 0001558-03.2012.814.0040), que move contra TIM CELULAR S/A, diante de seu inconformismo
com a sentença prolatada pelo Juízo de Direito da 2ª Vara Cível de Parauapebas/PA, que julgou
improcedente a ação, condenando ainda a parte autora em custas e honorário de sucumbência no valor
de R$-500,00. Razões às fls. 131/136, onde a Apelante sustenta, basicamente, que o valor de R$-
10.061,95 cobrado pela empresa de telefonia, consoante descrito na fatura de fls. 034/038, é indevido
posto que contrato de serviço bloqueava ligações a transmissão de dados internacionais. Segundo o
apelante, a magistrada de piso deixou de observar que o serviço GESTOR TOTAL, contratado pela a
apelante junto a TIM, tinha como objetivo controlar os gastos da linha celular móvel, bloqueando
chamadas, mensagens e transmissão de dados, para que a fatura ficasse sempre dentro do limite de R$-
98,70. Alega ainda que o juízo de piso não se manifestou acerca do ônus da prova. Não foram
apresentadas as contrarrazões, conforme certidão de fls. 145. Incialmente os autos foram distribuídos em
17/04/2013 à relatoria da Desª. Célia Regina de Lima Pinheiro, a qual, em 14/02/2017, diante da Emenda
Regimental nº 05/2016, determinou a redistribuição do feito. Em 02/02/2017, os autos foram redistribuídos
à Desª Maria de Nazaré Saavedra Guimarães. Posteriormente, diante da Ordem de Serviço nº 01/2017, da
Vice-Presidência, os autos foram redistribuídos a este relator onde encontram-se atualmente para
julgamento, tendo sido remetido conclusos ao gabinete em 22/08/2017. É o relatório. Decido
monocraticamente. Presentes os requisitos de admissibilidade, conheço do presente recurso.
Compulsando os autos, verifico que a irresignação do Recorrente se pauta na alegação de que o valor de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
R$-10.061,95 cobrados pela empresa de telefonia, consoante descrito na fatura de fls. 034/038, é indevido
posto que contrato de serviço bloqueava ligações a transmissão de dados internacionais. Segundo ele
todos os pacotes contratados e com o Gestão Total a conta do usuário nunca deveria ter ultrapassado o
valor de R$-98,70. Entretanto, entendo que não assiste razão ao apelante. Verifico que às fls. 106/108 foi
juntado o contrato de prestação de serviços onde constam as informações sobre os pacotes os quais o
autor aderiu. Analisando detidamente o referido documento, observo que o autor não contratou o serviço
de Roaming Internacional. Aliás, às fls. 117, encontrei destacada a cláusula "D" do contrato, que diz
expressamente: (...) (D) A utilização dos pacotes ora contratados, tanto de voz quanto de dados, é válida
apenas no território nacional. Os demais minutos seguem a regra atual de tarifação. Os serviços utilizados
em roaming internacional serão cobrados separadamente. Antes de viajar consulte os valores em
www.tim.com.br. (...) Portanto, resta claro que o apelante tinha ou deveria ter ciência de que os serviços
contratados não excluíam a cobrança pelo consumo em Roaming Internacional. Apesar do autor alegar em
sua petição inicial, que não autorizou o uso de dados e ligações internacionais, o que não é crível, pois, ao
assinar o contrato presume-se ciente das cláusulas, percebo o mesmo realizou diversas ligações enquanto
estava no exterior, consoante fatura juntada por ele próprio às fls. 34/38. Ou seja, o autor usufruiu do
serviço. Conforme muito bem ressaltado pelo juízo de piso, o próprio autor juntou às fl. 43 dos autos,
documento no qual informa exatamente sobre o plano Liberty Passport Web, relativo à "Roaming
Internacional", onde consta um ícone "Confira aqui o regulamento", fazendo presumir que o autor
conheceu o dito regulamento, ou pelo menos que sabia da existência de um serviço específico relativo à
dados e ligações internacionais passível de tarifação e cobrança em separado. É de ressaltar também, na
mesma linha de raciocínio da sentença guerreada, que o sócio proprietário da empresa autora, Sr. Vitor
Antônio Tocantins Costa, tem formação em jurídica, sendo advogado atuante comarca de origem, não
havendo possibilidade de se caracterizar uma eventual hipossuficiência de ordem técnica. A esse respeito,
colaciono a jurisprudência dos Tribunais pátrios: "APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DECLARATÓRIA DE
NULIDADE DE COBRANÇA C.C. RESCISÃO CONTRATUAL - UTILIZAÇÃO DE LINHA TELEFÔNICA
MOVEL NO EXTERIOR - ROAMING INTERNACIONAL - SERVIÇO NÃO INCLUSO NO PACOTE
ILIMITADO DE INTERNET - COBRANÇA DEVIDA - RECURSO NÃO PROVIDO. A utilização no exterior
de internet na linha telefônica enseja a cobrança de tarifa diferenciada (roaming internacional)" (TJSP, AC
00079523720118120001, Relator Des. Julizar Barbosa Trindade, 2ª Câmara Cível, Julgamento em
08/01/2013). AGRAVO LEGAL EM APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL E DO CONSUMIDOR. ROAMING
INTERNACIONAL. UTILIZAÇÃO DE LINHA TELEFÔNICA MÓVEL E TRANSFERÊNCIA DE DADOS
PARA INTERNET NO EXTERIOR. SERVIÇO NÃO INCLUSO NO PACOTE CONTRATADO PELA
EMPRESA RECORRENTE. COBRANÇA DEVIDA. RECURSO NÃO PROVIDO.1. O contrato de serviços
celebrado entre as partes é claro ao prever que o serviço de roaming internacional e transferência de
dados (MB) para internet no exterior não estão cobertos pelo pacote aderido pela recorrente, bem como
que os valores cobrados por tais serviços são diferenciados.2. Sendo incontroversa nos autos a utilização
do serviço pela recorrente, é devida a cobrança.3. Recurso a que se nega provimento. (TJPE, Agravo
307384-50003989-06.2012.8.17.0370, Rel. José Fernandes de Lemos, 5ª Câmara Cível, julgado em
04/03/2015, DJe 18/03/2015) APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL. CONSUMIDOR. AÇÃO DE
PROEDIMENTO COMUM SUMÁRIO. PEDIDO DE DECLARAÇÃO DE NULIDADE D DÉBITO EM
CUMULAÇÃO SUCESSIVA COM CONSTITUIÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER E RESPONSABILIDADE
CIVIL (DANO MORAL). TELEFONIA MÓVEL. ROAMING INTERNACIONAL. COBRANÇA PELO
UTILIZAÇÃO DE PACOTE DE INTERNET DURANTE VIAGEM AO EXTERIOR. SENTENÇA DE PARCIAL
PROCEDÊNCIA. IRRESGINAÇÃO DOS AUTORES, QUE PRETENDEM A COMPENSAÇÃO POR
DANOS MORAIS. IMPOSSIBILIDADE. É FATO PÚBLICO E NOTÓRIO A EXISTÊNCIA DE TARIFAÇÃO
DIFERENCIADA PARA USO DE INTERNET EM ROAMING INTERNACIONAL, DEMANDANTES QUE
CONFESSAM TER UTILIZADO O SERVIÇO. COBRANÇA QUE ERA, PORTANTO, DEVIDA. (...) (TJRJ,
AC APL 04820664720128190001, Relator Des. Gilberto Guarino, 9º Câmara Cívil, Julgamento em
19/09/2013). APELAÇÃO CÍVEL - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR - COBRANÇA INDEVIDA - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TELEFONIA CELULAR
MÓVEL - INTERNET - "ROAMING"INTERNACIONAL - USUÁRIO QUE MESMO TENDO CANCELADO O
SERVIÇO UTILIZOU-SE DESTES NO EXTERIOR- DEVIDO O PAGAMENTO DAS FATURAS PELO
SERVIÇO UTILIZADO. DANO MORAL AFASTADO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. (TJPR - 11ª
C.Cível - AC - 1121648-3 - Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba - Rel.: Angela
Maria Machado Costa - Unânime - - J. 03.09.2014) (TJ-PR - APL: 11216483 PR 1121648-3 (Acórdão),
Relator: Angela Maria Machado Costa, Data de Julgamento: 03/09/2014, 11ª Câmara Cível, Data de
Publicação: DJ: 1444 30/10/2014) Direito Civil e Direito Processual Civil. Inscrição do nome do devedor no
rol dos inadimplentes. Ação Anulatória cumulada com Indenizatória e Cautelar. Existência de débitos. Ato
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
lícito do credor. Exercício regular de direito. Pedido julgado improcedente. Apelação. Recurso conhecido e
não provido. (TJ-DF, Relator: WALDIR LEÔNCIO LOPES JÚNIOR, Data de Julgamento: 23/07/2014, 2ª
Turma Cível). Destaco também precedente monocrático deste Egrégio Tribunal de Justiça: DECISÃO
MONOCRÁTICA Em análise aos autos, não havendo novas informações, entendo que o processo está
apto para julgamento, em conformidade com o que dispõe o art. 557, do CPC. Em suma, a irresignação da
agravante visa atacar decisão interlocutória proferida pelo juízo "a quo", que indeferiu o pedido liminar de
concessão de tutela antecipada para que a empresa de telefonia não proceda, por entender ausente nos
autos provas inequívocas que demonstrassem a verossimilhança do direito alegado, mais precisamente
quanto a inexistência dos débitos cobrados pela empresa TIM CELULAR S.A, ora agravada. No caso sub
judice, verifica-se que a agravante não conseguiu demonstrar, de forma inequívoca, a verossimilhança do
direito alegado, pois não juntou quaisquer provas que demonstrem a não utilização os serviços prestados
pela empresa agravada, mas ateve-se a dizer que deixou de efetuar o pagamento das contas que
chegavam em sua residência. Assim, a agravante não deixou de fazer uso dos serviços prestados pela
agravada, efetuando normalmente ligações, utilizando do serviço de foto mensagem, torpedos e etc.,
como se pode concluir pelas faturas juntadas às fls. 28/40, o que por óbvio geraria a cobrança de
consumo. A este respeito, colaciono a jurisprudência dos Tribunais pátrios: APELAÇÃO CÍVEL -
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - COBRANÇA INDEVIDA -
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TELEFONIA CELULAR MÓVEL - INTERNET -
"ROAMING"INTERNACIONAL - USUÁRIO QUE MESMO TENDO CANCELADO O SERVIÇO UTILIZOU-
SE DESTES NO EXTERIOR- DEVIDO O PAGAMENTO DAS FATURAS PELO SERVIÇO UTILIZADO.
DANO MORAL AFASTADO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. (TJPR - 11ª C.Cível - AC - 1121648-3
- Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba - Rel.: Angela Maria Machado Costa -
Unânime - - J. 03.09.2014) Destarte, não há como ser deferido o pedido de tutela antecipada recursal uma
vez que a Agravante utilizou os serviços oferecidos pela agravada e, não tendo sido realizado o seu
devido pagamento, a inscrição nos cadastros de restrição ao crédito torna-se lícita. (TJPA.
2015.01831271-85, Não Informado, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN - JUIZA CONVOCADA, Órgão
Julgador 2ª CÂMARA CÍVEL ISOLADA, Julgado em 2015-05-28, Publicado em 2015-05-28) ASSIM, ante
todo o exposto, CONHEÇO e NEGO PROVIMENTO ao recurso de apelação interposto, mantendo-se a
sentença em todos os seus termos, conforme fundamentação acima exposta. P.R.I. Oficie-se no que
couber. Após o trânsito em julgado, arquive-se. Belém/PA, 22 de fevereiro de 2019. CONSTANTINO
A U G U S T O G U E R R E I R O D e s e m b a r g a d o r - R e l a t o r
________________________________________________________________________________Gabin
ete Desembargador - CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO PROCESSO: 00016860720168140000
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): JOSE ROBERTO
PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR Ação: Agravo de Instrumento em: 25/02/2019 AGRAVADO:SUZETE
LAUBE Representante(s): OAB 21361 - CAMILA PINHEIRO CUNHA (ADVOGADO)
AGRAVANTE:UNIMED BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Representante(s): OAB 14782 -
JOSE MILTON DE LIMA SAMPAIO NETO (ADVOGADO) . Trata-se de Pedido de Reconsideração
(processo nº 0001686-07.2016.8.14.0000), protocolado às fls. 158/162, pela UNIMED BELÉM -
COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO, contra decisão monocrática deste Relator às fls. 156/156v.,
que determinou a conversão do recurso de Agravo de Instrumento interposto em Agravo Retido, com
fulcro nos artigos 522 e 527, II do CPC/73, vigente à época da interposição. Consultando os autos,
constato que a empresa peticionante tomou ciência inequívoca do teor da decisão deste relator em
10/11/2016, através de publicação no DJe nº 6.087/2016, contando a partir desta data o prazo para
interposição do agravo interno (art. 1.021 do CPC), recurso legal competente para combater a decisão
monocrática proferida. No entanto, transcorrido o prazo legal, cuja data final foi o dia 02/12/2016, não
houve a interposição do citado recurso. Isto posto, não conheço do pedido de reconsideração por não
haver previsão legal de tal meio como modo de impugnação à decisão monocrática do relator. À UPJ, para
certificação do trânsito em julgado do presente agravo e remessa dos autos ao juízo de origem, como
determinado à fl. 156v. Belém, 21 de fevereiro de 2019. JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA
JÚNIOR Desembargador - Relator PROCESSO: 00019615320168140000 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): GLEIDE PEREIRA DE MOURA Ação: Agravo de
Instrumento em: 25/02/2019 AGRAVANTE:EMBRATEL EMPRESA BRASILEIRA DE
TELECOMUNICACOES Representante(s): OAB 12077 - ADRIANO PALERMO COELHO (ADVOGADO)
OAB 98709 - PAULO GUILHERME DE MENDONCA LOPES (ADVOGADO) OAB 19685 - NATASHA DE
OLIVA FARIAS (ADVOGADO) AGRAVADO:JLM BARROS ME Representante(s): OAB 4767 - ANTONIO
AUGUSTO DE OLIVEIRA ALVES (ADVOGADO) OAB 14885 - ELIAS WILLIAM PEREIRA DE SOUSA
(ADVOGADO) . F PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ GABINETE DA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
FRONCHETTI (ADVOGADO) OAB 755-B - DAVID CARVALHO DE SOUZA (ADVOGADO) OAB 40179 -
GUSTAVO MUNIZ LAGO (ADVOGADO) AGRAVADO:SCOPEL SP- 38 EM PREENDIMENTOS
IMOBILIARIOS LTDA Representante(s): OAB 21399 - HIGOR DE ALMEIDA SOUZA (ADVOGADO) OAB
154.056 - LUIS PAULO GERMANOS (ADVOGADO) OAB 292617 - LIVIA CAROLINA FERREIRA
(ADVOGADO) OAB 204163 - ALESSANDRA LEMES FABRO (ADVOGADO) OAB 284.026 - JULIANA
FLECK VISNARDI (ADVOGADO) OAB 333.161 - TATIANA HELEN DA SILVA MAIA (ADVOGADO) .
Vistos, etc. Trata-se de Agravo de Instrumento (Processo nº 0002085-36.2016.8.14.0000), interposto por
JOBSON SANTOS COSTA, em face de INCORPORADORA NOVO PROGRESSO EMPREENDIMENTOS
IMOBILIÁRIOS LTDA e outros, em razão de decisão interlocutória proferida pelo juízo da Vara Única da
Comarca de São João do Araguaia - PA, às fls. 18/20, que reconheceu a ausência de atribuição legal para
conhecer e julgar a demanda originária, determinando então a remessa dos autos à Comarca de Marabá -
PA. Inconformado, o agravante interpôs o presente recurso, às fls. 02/13, alegando, que a causa de pedir
da demanda originária se baseia em descumprimento de contrato adesivo, nulidade de contrato de
alienação fiduciária e inexistência de contrato de mútuo, sendo o cerne da questão a aplicabilidade do
Código de Defesa do Consumidor. Desta forma, sustenta ser a comarca correta para o ajuizamento da
ação a de seu domicílio, motivo pelo qual requer a concessão de liminar e o provimento do recurso. Em
decisão prolatada às fls. 58/59, a Desembargadora Rosi Maria Gomes de Farias, à época juíza
convocada, negou o efeito suspensivo requerido. Contrarrazões recursais às fls. 60/66, nas quais os
agravados requerem o desprovimento do recurso. Coube-me o feito por redistribuição, à fl. 76. É o sucinto
relatório. DECIDO. De início, vale salientar que a análise do juízo de admissibilidade recursal é matéria de
ordem pública, portanto, uma vez constatada a ausência de um dos seus requisitos, resta impossibilitado o
conhecimento do recurso. O prazo para interposição do presente Agravo de Instrumento, protocolado no
dia 16/02/2016, estava previsto no art. 522 do CPC/73, que assim rezava: Art. 522. Das decisões
interlocutórias caberá agravo, no prazo de 10 (dez) dias, na forma retida, salvo quando se tratar de
decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de
inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, quando será admitida a
sua interposição por instrumento. (Grifei) A decisão agravada foi publicada na resenha forense do Diário
de Justiça Eletrônico, no dia 1º/02/2016 (segunda-feira), conforme certidão acostada aos autos à fl. 21. À
vista disso, e considerando a regra contida no art. 522 do CPC/73, vigente à época, a contagem do prazo
iniciou no dia 02/02/2016 (terça-feira), findando em 11/02/2016 (quinta-feira). Contudo, o agravante
protocolou seu recurso, na data de 16/02/2016 (terça-feira), fora do prazo legal, conforme protocolo à fl.
02. Desse modo, NÃO CONHEÇO do presente recurso, ex vi do art. 932, III do CPC, em face de sua
interposição intempestiva. Belém - PA, 21 de fevereiro de 2019. JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA
BEZERRA JÚNIOR Desembargador - Relator PROCESSO: 00023561120178140000 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): GLEIDE PEREIRA DE MOURA Ação:
Agravo de Instrumento em: 25/02/2019 AGRAVANTE:BAYER S/A Representante(s): OAB 79416 - PAULO
EDUARDO BARCELLOS (ADVOGADO) AGRAVADO:JOSE ANTONIO CORREA Representante(s): OAB
1601 - SONIA HAGE AMARO PINGARILHO (ADVOGADO) . k PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ GABINETE DA DESEMBARGADORA GLEIDE PEREIRA DE MOURA
SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO - 2º TURMA DE DIREITO PRIVADO AGRAVO
DE INSTRUMENTO Nº 0002356-11.2017.8.14.0000 AGRAVANTE: BAYER S/A ADVOGADO: PAULO
EDUARDO BARCELLOS AGRAVADO: JOSE ANTONIO CORREA ADVOGADO: SONIA HAGE AMARO
PINGARILHO RELATORA: DESEMBARGADORA GLEIDE PEREIRA DE MOURA RELATÓRIO Trata-se
de Agravo de Instrumento com pedido de efeito suspensivo, interposto por BAYER S/A em face da decisão
proferida pelo Juízo da 3ª Vara Cível da Comarca de Belém/PA, nos autos da Ação de Prestação de
Contas em face de JOSE ANTONIO CORREA. A decisão agravada foi a que rejeitou a exceção de
Incompetência, determinando o prosseguimento do processo principal, anulando assim a cláusula de
eleição de foro, sob alegação de que por se tratar de contrato de representação comercial e constatada a
hipossuficiência do representante, deve prevalecer a competência estabelecida em detrimento do foro
eleito. Alega o agravante que a cláusula de eleição de foro é válida, uma vez que as partes celebraram
livremente o contrato e elegeram como foro competente para dirimir as questões oriundas desta relação a
comarca do Estado de São Paulo, e que o pedido se funda em suposto direito pessoal do agravado. Alega
que o agravado não é hipossuficiente e que sua deficiência visual, ora mencionada nos autos não impediu
a negociação, pois o mesmo é assessorado por pessoas especializadas, não havendo indícios de que terá
dificuldades para acesso à Justiça, se acolhida a Exceção. Aduz ainda, que não existem provas quanto ao
desequilíbrio no vínculo contratual, e é plenamente válido o foro de eleição previsto em contrato de
distribuição, afirmando que o contrato não é um contrato de adesão. Requer, a concessão do efeito
suspensivo ao recurso, para suspender a decisão agravada. Ao receber os autos, esta relatora proferiu
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
decisão monocrática pelo não conhecimento do presente agravo de instrumento, ocasião em que o
agravante opôs Embargos de Declaração conforme fls. 101 e 102. É o breve relato. Passo a decidir.
Apesar de não estar previsto no rol taxativo do art. 1.015 do NCPC a questão da incompetência, esta
desafia recurso de Agravo de instrumento, ante a sua interpretação extensiva, conforme decisões
reiteradas do STJ, razão pela qual chamo o feito à ordem para tornar sem efeito a decisão de fls. 99 e 100,
tornando, consequentemente prejudicado os embargos opostos e passando a análise do efeito suspensivo
pleiteado. Autoriza o art. 1.019, I, que o relator, ao receber o agravo de instrumento no Tribunal, "poderá
atribuir efeito suspensivo ao recurso, ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a
pretensão recursal, comunicando ao Juiz sua decisão". Para a concessão do efeito suspensivo é
necessário o preenchimento de dois requisitos, quais sejam a probabilidade do direito e o perigo de dano
ou risco ao resultado útil do processo. Analisando minuciosamente os autos, bem como todos os
documentos arrolados, verifico não estar presente a probabilidade do direito alegado, pois ainda que exista
cláusula de foro eleito pelas partes, é possível verificar duas partes desiguais, de um lado, pessoa jurídica,
de outro, pessoa física. Partindo deste princípio, é sabido que a hipossuficiência está relacionada quanto a
capacidade financeira entre as partes, e no caso em tela, claramente se vê isso, pois de um lado temos o
BAYER S/A, empresa que é fornecedora de serviços de grande escala nacional e na outra parte uma
pessoa física, que demonstra nos autos estar desempregada. Ademais, verifico estar presente o perigo de
dano no sentido inverso, já que manter a cláusula de eleição de foro estabelecida no contrato de
distribuição, geraria perigo de lesão grave ou difícil reparação, tendo em vista que a agravada teria
dificuldade de acesso ao poder judiciário. Sendo assim, por tudo o que foi exposto, INDEFIRO o pedido de
efeito suspensivo, para que seja mantida a decisão prolatada. Intime-se a parte agravada para que no
prazo de 15 dias ofereça resposta, conforme o art. 1.019, II, sendo-lhe facultado juntar cópias das peças
que reputar convenientes, comunicando-se a presente decisão ao Juízo de origem. Belém, de de 2019.
DESA.GLEIDE PEREIRA DE MOURA Relatora PROCESSO: 00025375720068140040 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELIANE VITÓRIA AMADOR
QUARESMA Ação: Apelação Cível em: 25/02/2019 APELANTE:RICARDO DA SILVA FREITAS
Representante(s): OAB 7784 - LAFAYETTE BENTES DA COSTA NUNES (ADVOGADO) OAB 10213 -
RUBENS MOTTA DE AZEVEDO MORAES JUNIOR (ADVOGADO) OAB 16566 - AMANDA CAROLINE
MELO DE MELO (ADVOGADO) APELADO:RAIMUNDO SANCHES DA SILVA Representante(s): OAB
12084-A - VITORIA FERNANDES DA SILVA (ADVOGADO) . Conforme dispõe o Provimento nº 0006/2006
- CJRMB, fica por este ato intimado o embargado, por meio de seu patrono, para apresentar manifestação
aos Embargos de Declaração opostos nestes autos, no prazo legal. 21/02/2019 PROCESSO:
00025983820158140000 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
JOSE ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR Ação: Agravo de Instrumento em: 25/02/2019
AGRAVADO:MATHEUS BEZERRA GOIS VERISSIMO Representante(s): OAB 12364 - LENISE AYRES
PEREIRA (ADVOGADO) AGRAVANTE:ASACORP EMPREENDIMENTOS E PARTICIPACOES SA
Representante(s): OAB 131693 - YUN KI LEE (ADVOGADO) AGRAVADO:ADRIANA DE OLIVEIRA
LAMEIRA VERISSIMO AGRAVANTE:SPE PROGRESSO INCORPORADORA LTDA Representante(s):
OAB 131693 - YUN KI LEE (ADVOGADO) . RELATÓRIO Trata-se de Agravo de Instrumento interposto
por PROGRESSO INCORPORADORA LTDA. e outro, visando combater a decisão proferida pelo Juiz de
Direito da 12ª Vara Cível e Empresarial da Comarca da Capital, nos autos da Ação Indenizatória por
Perdas e Danos Materiais e Morais Decorrentes de Atraso na Entrega de Obra de Imóvel c/c Pedido de
Antecipação de Tutela (Processo de origem nº 0061319-84.2014.8.14.0301), proposta por ADRIANA DE
OLIVEIRA LAMEIRA VERÍSSIMO e outro, ora agravados, na qual o juízo a quo concedeu antecipação de
tutela para declarar a nulidade da cláusula contratual de tolerância e determinar que as agravantes
arquem com o ônus de toda e qualquer cobrança de juros advinda do atraso na entrega do imóvel objeto
do contrato de compra e venda, com multa diária fixada no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) por cada
cobrança indevida realizada. Em suas razões recursais, às fls. 02/23, o agravante alega a ausência do
preenchimento dos requisitos legais para o deferimento da tutela antecipada, além da validade da cláusula
que estabeleceu prazo de tolerância relativa a conclusão da obra. Requereu a concessão do efeito
suspensivo e ao final, a procedência do presente Agravo de Instrumento. Em decisão às fls. 192/193, a
Desembargadora Marneide Merabet, relatora inicial do feito, indeferiu o pedido de efeito suspensivo ao
recurso. Contrarrazões recursais ofertadas às fls. 196/206, nas quais o agravado requer o desprovimento
do recurso. Coube-me o feito por redistribuição, conforme papeleta de processo à fl. 231. É o relatório.
Decidirei monocraticamente. DECISÃO MONOCRÁTICA Inicialmente, esclareço que se aplicam ao caso
os termos do Enunciado Administrativo nº 2 do STJ: Aos recursos interpostos com fundamento no
CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de março de 2016) devem ser exigidos os requisitos de
admissibilidade na forma nele prevista, com as interpretações dadas, até então, pela jurisprudência do
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Superior Tribunal de Justiça. Em sede deste E. Tribunal, vejamos o Enunciado nº 01: Nos recursos
interpostos com fundamento no CPC de 1973 (impugnando decisões publicadas até 17/03/2016) serão
aferidos, pelos juízos de 1º grau, os requisitos de admissibilidade na forma prevista neste código, com as
interpretações consolidadas até então pela jurisprudência dos Tribunais Superiores e do Tribunal de
Justiça do Estado do Pará. O recurso comporta julgamento imediato, com fulcro na interpretação conjunta
do art. 932, VIII do CPC c/c art. 133, XII, "d" do Regimento Interno deste E. TJPA (Redação dada pela
Emenda Regimental nº 03, de 21/07/2016). O feito original, processo nº 0061319-84.2014.8.14.0301, se
trata de ação indenizatória com pedido de antecipação de tutela, na qual os agravados alegam o
descumprimento, por parte das agravantes, de contrato de promessa de compra e venda de unidade
imobiliária firmado em 02/08/2010, cujo preço atribuído ao imóvel foi R$ 123.258,13 (cento e vinte e três
mil, duzentos e cinquenta e oito reais e treze centavos), mediante pagamento a ser efetuado da seguinte
forma: · R$ 1.858,13 (um mil, oitocentos e cinquenta e oito reais e treze centavos), a título de sinal; · R$
16.200,00 (dezesseis mil e duzentos reais) divididos em 27 (vinte e sete) parcelas mensais e sucessivas
no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais); · 02 (duas) parcelas intermediárias no valor de R$ 600,00
(seiscentos reais), com vencimento em 30/08/2010 e 30/09/2010; · R$ 104.000,00 (cento e quatro mil
reais), a serem pagos à vista ou através de financiamento junto à CEF - Caixa Econômica Federal.
Conforme a cláusula sexta, item VII do contrato de promessa de compra e venda pactuado (fl. 61), o prazo
estabelecido para a entrega da unidade era o dia 31/12/2012, prorrogável por 180 (cento e oitenta dias),
ou seja, junho de 2013. Todavia, até a data do ajuizamento da ação, 04/12/2014, o imóvel não havia sido
entregue. Em análise acurada do teor da decisão agravada, constato que ela se divide em 03 (três
pontos), a saber: a declaração de nulidade da cláusula contratual de tolerância, prevista no item VII da
cláusula sexta do contrato firmado entre as partes; a determinação imposta ao agravante em arcar com
quaisquer cobranças advindas do contrato; e a multa aplicada, a título de astreintes, para o caso de
descumprimento de quaisquer das determinações impostas em sede de antecipação de tutela. Entretanto,
em suas razões recursais o agravante discorre somente sobre a validade da cláusula de tolerância do
contrato, deixando de impugnar os outros 02 (dois) pontos da decisão agravada, motivo pelo qual
imperioso reconhecer a preclusão quantos a estes aspectos. Posto isto, discorro sobre as mesmas. Em
suas razões de mérito, a agravante discorre sobre a inexistência dos requisitos autorizadores da
concessão de antecipação de tutela, além da anulação da cláusula de tolerância do contrato firmado entre
as partes. Ora, a tutela antecipada, inserida no art. 273 do CPC de 1973, vigente à época, antecipava os
efeitos da sentença de mérito frente a provas inequívocas, que geram um sentimento de verossimilhança
quanto aos fatos alegados e o perigo de dano irreparável ou de difícil reparação, nos termos do que
preconizava o art. 273, I do CPC/73, vigente à época. No caso concreto, o contrato firmado entre as
partes, no qual consta a data prevista de entrega do bem imóvel, e o atraso comprovado na entrega da
obra por parte da agravante constituem a prova inequívoca que demonstra a verossimilhança das
alegações do agravado. Quanto ao perigo de dano, é assente na jurisprudência que o dano decorrente do
atraso na entrega da obra é gerado pela impossibilidade de usufruir de imóvel adquirido, sendo conhecido
pela experiência comum e portanto considerado in re ipsa, isto é, não se faz necessária a prova do
prejuízo, que é presumido e decorre do próprio fato (STJ - REsp nº 1774684). Entretanto, em que pese
estarem presentes os requisitos autorizadores da antecipação de tutela pretendida, tenho que o recurso
merece provimento parcial, eis que, seguindo o entendimento firmado pelo STJ (REsp 1582318/RJ), bem
como nos precedentes desta Egrégia Corte de Justiça, restou fixado como válida a cláusula contratual que
estipula o prazo de 180 (cento e oitenta) dias como limite máximo para a cláusula de tolerância, em caso
de prorrogação de entrega do imóvel face ao atraso na obra. Nestes termos, cito os julgados: AGRAVO
DE INSTRUMENTO. INDENIZAÇÃO. ATRASO NA ENTREGA DA OBRA DE BEM IMÓVEL. LUCROS
CESSANTES. CABÍVEL. DANO PRESUMIDO. CLÁUSULA DE TOLERÂNCIA DE 180 DIAS. VÁLIDA.
INDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA. APLICABILIDADE. APÓS A DATA LIMITE PREVISTA NO
CONTRATO PARA ENTREGA DO BEM APLICA-SE O IPCA. PRECEDENTES. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO. I - A decisão agravada indeferiu o pedido liminar para a concessão de lucros
cessantes, reputou válida a cláusula de tolerância de 180 dias e cabível a incidência de correção
monetária ao saldo devedor. II - Os lucros cessantes decorrem do atraso na entrega do bem imóvel por
parte da construtora, o que representa uma lesão ao consumidor, pois inviabiliza a utilização do bem da
forma que lhe aprouver, sendo, por isso, considerado presumido o dano. Cabendo, então, a concessão de
lucros cessantes, devendo a decisão agravada ser modificada neste ponto, a fim de aplicar a medida de
1% sobre o valor contratual, referente aos aluguéis. III - A cláusula de tolerância de 180 dias para a
entrega do bem imóvel, adquirido na planta, se mostra plausível para atenuar os fatores de
imprevisibilidade no decorrer da obra, devendo incidir a indenização (lucros cessantes) quando do
inadimplemento no término do referido prazo. IV - O índice de correção monetária não se destina a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
acrescentar valor adicional ao preço do bem pactuado, mas se destina a garantir a atualização da moeda,
que sofre desvalorização com o decurso do tempo. Nesse sentido, o STJ pacificou o entendimento de que
deve ocorrer a substituição do INCC para o IPCA (salvo se o INCC for menor) a partir do transcurso da
data limite prevista no contrato para entrega do bem. V - Recurso conhecido e parcialmente provido, para
reformar a decisão agravada apenas para reconhecer a incidência de lucros cessantes. (2018.01098047-
38, 187.198, Rel. GLEIDE PEREIRA DE MOURA, Órgão Julgador 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO,
Julgado em 2018-03-06, publicado em 2018-08-21) APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS E MATERIAIS. SENTENÇA PROCEDENTE. PRELIMINAR DE NULIDADE
PROCESSUAL POR CERCEAMENTO DE DEFESA REJEITADA. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE
QUE ISOLADAMENTE NÃO CARACTERIZA CERCEAMENTO DE DEFESA. MÉRITO. ATRASO DE
OBRA QUE SE CARACTERIZA APÓS O EXAURIMENTO DO PRAZO DE TOLERÂNCIA
ESTABELECIDO EM CONTRATO PARA ENTREGA DA UNIDADE IMOBILIÁRIA. VALIDADE DE
CLÁUSULA DE TOLERÂNCIA DE 180 DIAS. PRECEDENTES DESTA CORTE. SENTENÇA QUE
MERECE REFORMA NESTE PONTO. ATRASO NA ENTREGA DA OBRA POR PERÍODO SUPERIOR
AO PRAZO DE TOLERÂNCIA. GREVE DOS TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL QUE NÃO
ELIDE A RESPONSABILIDADE DAS CONSTRUTORAS. INTEMPERES INERENTES A ATIVIDADE.
CASO FORTUITO E DE FORÇA MAIOR NÃO CONFIGURADOS. SITUAÇÃO EXCEPCIONAL QUE
ULTRAPASSA O MERO DISSABOR. DANO MORAL CARACTERIZADO. DEVER DE INDENIZAR.
QUANTUM INDENIZATÓRIO FIXADO EM PATAMAR RAZOÁVEL. ALUGUEIS FIXADOS A TÍTULO DE
LUCROS CESSANTES. POSSIBILIDADE. PATAMAR QUE DEVE SER FIXADO EM 1% SOBRE O
VALOR DO IMÓVEL. VARIAÇÃO PERCENTUAL CONSAGRADA PELA JURISPRUDÊNCIA PÁTRIA.
CONGELAMENTO DO SALDO DEVEDOR. IMPOSSIBILIDADE. CORREÇÃO MONETÁRIA QUE
APENAS REPÕE AS PERDAS INFLACIONÁRIAS. SUBSTITUIÇÃO DO ÍNDICE INCC PELO IPCA-IBGE.
REFORMA NESTE PONTO QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.
(2018.02095242-30, 190.827, Rel. MARIA DE NAZARE SAAVEDRA GUIMARAES, Órgão Julgador 2ª
TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 2018-05-22, publicado em 2018-05-28) Desta forma, a tutela
antecipada deferida no 1º grau carece de reforma no sentido de cassar a declaração de nulidade da
cláusula contratual de tolerância, que fixa o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para prorrogação do prazo
de entrega da obra, conforme a orientação jurisprudencial pátria. Posto isto, CONHEÇO E DOU PARCIAL
PROVIMENTO ao recurso, nos termos da fundamentação ao norte lançada, modificando tão somente a
decisão interlocutória de 1º grau agravada no sentido de cassar a declaração de nulidade da cláusula de
tolerância do contrato firmado entre as partes, que prevê a prorrogação do prazo de entrega da obra por
180 (cento e oitenta) dias, por se tratar da melhor medida de direito ao caso em comento nos termos do
art. 932, VIII do CPC c/c art. 133, XI, "d" do Regimento Interno deste E. TJPA. É a decisão. Belém - PA, 14
de fevereiro de 2019. José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Júnior Desembargador - Relator PROCESSO:
00031372020128140061 PROCESSO ANTIGO: 201430277140
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELIANE VITÓRIA AMADOR QUARESMA Ação:
Apelação Cível em: 25/02/2019 APELADO:RAIMUNDO LUCIO FARIAS MORENO Representante(s):
RENAN CORREA FARAON - DEF.PÚBLICO (ADVOGADO) APELANTE:TIM CELULAR SA
Representante(s): OAB 12268 - CASSIO CHAVES CUNHA (ADVOGADO) CASSIO CHAVES CUNHA
(ADVOGADO) CARLOS ROBERTO SIQUEIRA CASTRO (ADVOGADO) . Conforme dispõe o Provimento
nº 0006/2006 - CJRMB, fica por este ato intimado, por meio de seu patrono, para apresentar manifestação
ao Agravo Interno, interposto nestes autos, no prazo legal. Belém, 21/02/2019 PROCESSO:
00037557520178140000 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO Ação: Agravo de Instrumento em: 25/02/2019
AGRAVADO:HIDELMA HIDRAULICA ELETRICA E MANUTENCAO LTDA AGRAVANTE:NICOLAU
MURAD PRADO Representante(s): OAB 14531-B - TATHIANA ASSUNCAO PRADO (ADVOGADO) OAB
15364 - ALEX FERNANDO GARCIA (ADVOGADO) OAB 14774-B - NICOLAU MURAD PRADO
(ADVOGADO) . 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO Nº. 0003755-75.2017.814.0000. COMARCA DE PARAUAPEBAS - PA (02ª VARA CÍVEL
E EMPRESARIAL). AGRAVANTE: NICOLAU MURAD PRADO. ADVOGADO: TATHIANA ASSUNÇÃO
PRADO (OAB/PA n. 14531-B) E OUTRO. AGRAVADO: HIDELMA HIDRÁULICA ELÉTRICA E
MANUTENÇÃO LTDA. RELATORA: Desª. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO. DECISÃO
MONOCRÁTICA Trata-se de Agravo Regimental interposto por NICOLAU MURAD PRADO, em face da
decisão monocrática de fls. 216/218 que conheceu e negou provimento ao recurso de Agravo de
Instrumento com pedido efeito suspensivo, com arrimo no art. 932 do CPC. Em suas razões (fls. 219/221),
pugna pela reforma da decisão por suposto error in judicando. Repisa todas os termos das razões
recursais do agravo de instrumento, insurgindo-se especificamente contra o indeferimento do pedido de
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desconsideração da personalidade jurídica, aduzindo que seria patente a fraude à execução, sendo que
embora se tratem de 02 empresas distintas, estas são controladas pelo mesmo sócio, o Sr. Edgar Luis
Fernando Insfran, tratando-se do mesmo grupo econômico. Requer, ao final, o conhecimento e provimento
do recurso, com a retratação da decisão monocrática ou que o feito seja pautado para julgamento
colegiado. Em despacho ordinatório de fl. 226, a Secretaria da UPJ determinou a intimação do agravante
para recolher as custas para a expedição de Carta de Intimação da parte AGRAVADA, no prazo de 5
(cinco) dias, a teor da conjugação do art. 218, § 3º, CPC/2015 com o arts. 12 e 23 da Lei de Custas do
Estado do Pará (Lei Estadual nº 8.328/2015) e Instrução Conjunta n.º 001/2015-GP/CJRM/CJIJ. A
Secretaria da UPJ certificou o descumprimento do ato ordinatório (fl. 230), eis que o recorrente juntou
apenas o boleto referente às despesas dos correios. Vieram conclusos. É o relatório. DECIDO.
Considerando a certidão de fl. 230, que atesta a ausência de cumprimento da parte agravante ao ato
ordinatório de fl. 226, entendo que é caso de negativa de seguimento do recurso, ante a DESERÇÃO.
Logo, restando desatendido o despacho ordinatório, o qual goza de fé-pública, é caso de não
conhecimento do recurso por falta de recolhimento das custas processuais para fins de expedição de
Carta de Intimação da parte agravada, a teor da conjugação do art. 218, § 3º, CPC/2015 com o art. 23 da
Lei de Custas do Estado do Pará (Lei Estadual nº 8.328/2015). Ante o exposto, não conheço do recurso,
eis que o não recolhimento das custas intermediárias o tornou inadmissível, nos termos do art. 1.011, I, c/c
932, III c/c parágrafo único, todos do Código de Processo Civil. Em consequência, revoga-se a decisão
que deferiu em parte o efeito suspensivo. Diligências legais. Belém, 21 de fevereiro de 2019. Desa. MARIA
DO CÉO MACIEL COUTINHO Relatora PROCESSO: 00042269120178140000 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): GLEIDE PEREIRA DE MOURA Ação: Agravo de
Instrumento em: 25/02/2019 AGRAVANTE:BANCO BRADESCO S A Representante(s): OAB 13904-A -
ACACIO FERNANDES ROBOREDO (ADVOGADO) AGRAVADO:ASSOCIACAO DE DEFESA DOS
DIREITOS DOS MUTUARIOS DE FINANCIAMENTOS E CREDITO ADCRED Representante(s): OAB
29508 - EDUARDO MIRANDA MATIAS (ADVOGADO) . K k PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ GABINETE DESA. GLEIDE PEREIRA DE MOURA SECRETARIA
ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO - 2º TURMA DE DIREITO PRIVADO AGRAVO DE
INSTRUMENTO Nº 0004226-91.2017.8.14.0000 AGRAVANTE: BANCO BRADESCO S/A ADVOGADO:
ACACIO FERNANDES ROBOREDO AGRAVADO: ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DOS
MUTUARIOS DE FINANCIAMENTOS E CREDITO ADCRED ADVOGADO: EDUARDO MIRANDA
MATIAS RELATORA: DESEMBARGADORA GLEIDE PEREIRA DE MOURA Analisando detidamente os
autos, observo a ausência de documento obrigatório para a apreciação do presente Recurso, qual seja, a
devida certidão ou documento que possa auferir a tempestividade do recurso. Vejamos, pois, o art. 1.017, I
do CPC: "Art.1.017 - A petição de agravo de instrumento será instruída: I - obrigatoriamente, com cópias
da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão
agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade
e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado"; Desse modo, a fim de que
seja dado prosseguimento a análise do presente recurso, determino a intimação do agravante, para que
no prazo de 05 (cinco) dias tome as providências cabíveis, como fundamento, uso o parágrafo único do
Art.932 do CPC: "Art.932, parágrafo único: Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá
o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação
exigível". Belém-PA, de de 2019. DESA.GLEIDE PEREIRA DE MOURA Relatora PROCESSO:
00045827120088140028 PROCESSO ANTIGO: 201330324398
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELIANE VITÓRIA AMADOR QUARESMA Ação:
Apelação Cível em: 25/02/2019 APELANTE:BANCO DO ESTADO DO PARA SA Representante(s):
FATIMA C. A. A. FERREIRA (ADVOGADO) OAB 11362 - ERON CAMPOS SILVA (ADVOGADO) FATIMA
C. A. A. FERREIRA (ADVOGADO) OAB 11362 - ERON CAMPOS SILVA (ADVOGADO)
APELADO:JULIENE SOUSA OLIVEIRA Representante(s): OAB 17791-A - DANIELLE FREITAS FRANCO
ZIMNY (ADVOGADO) JANAINA ALBUQUERQUE DE LIMA CUNHA (ADVOGADO) FERNANDO
MENEZES CUNHA (ADVOGADO) OAB 17791-A - DANIELLE FREITAS FRANCO ZIMNY (ADVOGADO)
JANAINA ALBUQUERQUE DE LIMA CUNHA (ADVOGADO) FERNANDO MENEZES CUNHA
(ADVOGADO) . Conforme dispõe o Provimento nº 0006/2006 - CJRMB, fica por este ato intimado, por
meio de seu patrono, para apresentar manifestação ao Agravo Interno, interposto nestes autos, no prazo
legal. Belém, 21/02/2019 PROCESSO: 00054975620078140006 PROCESSO ANTIGO: 201430267927
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELIANE VITÓRIA AMADOR QUARESMA Ação:
Apelação Cível em: 25/02/2019 APELADO:SA BITAR IRMAOS Representante(s): OAB 1746 -
REYNALDO ANDRADE DA SILVEIRA (ADVOGADO) OAB 7359 - TELMA LUCIA BORBA PINHEIRO
(ADVOGADO) MARCOS ROLIM DA SILVA E OUTROS (ADVOGADO) APELANTE:NORTE AUTO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
POSTO LTDA Representante(s): OAB 6803 - ELISIO AUGUSTO VELLOSO BASTOS (ADVOGADO) OAB
6801 - JEAN CARLOS DIAS (ADVOGADO) OAB 20237 - PAMELA FALCAO CONCEICAO (ADVOGADO)
. Conforme dispõe o Provimento nº0006/2006 - CJRMB, fica por este ato intimado, por meio de seu
patrono, para apresentar manifestação ao Recurso Especial interposto nestes autos, no prazo legal.
Belém, 21 de fevereiro de 2019 PROCESSO: 00055216620178140000 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): GLEIDE PEREIRA DE MOURA Ação: Agravo de
Instrumento em: 25/02/2019 AGRAVANTE:BANCO BRADESCO FIANCIAMENTOS SA Representante(s):
OAB 15733-A - JOSE EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO (ADVOGADO) AGRAVADO:MARIA DAS
GRACAS SANTOS FURTADO Representante(s): OAB 20786 - RITA DE CASSIA SANTOS DE AGUIAR
(ADVOGADO) . k PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ GABINETE
DESA. GLEIDE PEREIRA DE MOURA SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO - 2º
TURMA DE DIREITO PRIVADO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0005521-66.2017.8.14.0000
AGRAVANTE: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S/A ADVOGADO: JOSE EDGARD DA CUNHA
BUENO FILHO AGRAVADO: MARIA DAS GRAÇAS SANTOS FURTADO ADVOGADO: RITA DE CASSIA
SANTOS DE AGUIAR RELATORA: DESEMBARGADORA GLEIDE PEREIRA DE MOURA Analisando
detidamente os autos, observo a ausência de documento obrigatório para a apreciação do presente
Recurso, qual seja, a devida certidão ou documento que possa auferir a tempestividade do recurso.
Vejamos, pois, o art. 1.017, I do CPC: "Art.1.017 - A petição de agravo de instrumento será instruída: I -
obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão
agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial
que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do
agravado"; Desse modo, a fim de que seja dado prosseguimento a análise do presente recurso, determino
a intimação do agravante, para que no prazo de 05 (cinco) dias, colacione aos autos o documento acima
referenciado, como fundamento, uso o parágrafo único do Art.932 do CPC: "Art.932, parágrafo único:
Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente
para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível". Belém-PA, de de 2019.
DESA.GLEIDE PEREIRA DE MOURA Relatora PROCESSO: 00089357220178140000 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): GLEIDE PEREIRA DE MOURA Ação:
Agravo de Instrumento em: 25/02/2019 AGRAVANTE:BANCO VOLKSWAGEN SA Representante(s): OAB
20397 - MANUELA MOTTA MOURA DA FONTE (ADVOGADO) AGRAVADO:ARTUR DE FARIAS
MARTINS Representante(s): OAB 18004 - HAROLDO SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB 15650 -
KENIA SOARES DA COSTA (ADVOGADO) . k PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DO PARÁ GABINETE DESA. GLEIDE PEREIRA DE MOURA SECRETARIA ÚNICA DE
DIREITO PÚBLICO E PRIVADO - 2º TURMA DE DIREITO PRIVADO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº
0008935-72.2017.8.14.0000 AGRAVANTE: BANCO VOLKSWAGEN ADVOGADO: MANUELA MOTTA
MOURA DA FONTE AGRAVADO: ARTUR DE FARIAS MARTINS ADVOGADO: KENIA SOARES DA
COSTA RELATORA: DESEMBARGADORA GLEIDE PEREIRA DE MOURA Analisando detidamente os
autos, observo a ausência de documento obrigatório para a apreciação do presente Recurso, qual seja a
procuração que deve ser outorgada à advogada que outrora assina o devido agravo, bem como demais
documentos. Vejamos, pois, o art. 1.017, I do CPC: "Art.1.017 - A petição de agravo de instrumento será
instruída: I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a
decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento
oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do
agravado"; Desse modo, a fim de que seja dado prosseguimento a análise do presente recurso, determino
a intimação da agravante, para que no prazo de 05 (cinco) dias, colacione aos autos o documento acima
referenciado, como fundamento, uso o parágrafo único do Art.932 do CPC: "Art.932, parágrafo único:
Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente
para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível". Belém-PA, de de 2019.
DESA.GLEIDE PEREIRA DE MOURA Relatora PROCESSO: 00090128120178140000 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): GLEIDE PEREIRA DE MOURA Ação:
Agravo de Instrumento em: 25/02/2019 AGRAVANTE:MARIA DOS REIS MARQUES DO NASCIMENTO
Representante(s): OAB 24385 - JOHNNATA DA SILVA FREITAS (ADVOGADO) OAB 24705 - ANTÔNIO
GERMANO MARQUES DO NASCIMENTO (ADVOGADO) AGRAVADO:FUNDAÇÃO PETROBRAS DE
SEGURIDADE SOCIAL - PETROS. F PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
PARÁ GABINETE DA DESEMBARGADORA GLEIDE PEREIRA DE MOURA SECRETARIA ÚNICA DE
DIREITO PÚBLICO E PRIVADO - 2º TURMA DE DIREITO PRIVADO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº
0009012-81.2017.8.14.0000 AGRAVANTE: MARIA DOS REIS MARQUES DO NASCIMENTO
ADVOGADO: JOHNNATA DA SILVA FREITAS E OUTRO AGRAVADO: FUNDAÇÃO PETROBRAS DE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
até o momento da decisão. Os Tribunais pátrios entendem que havendo indícios de que a cobrança de
energia elétrica está abusiva, pode ser deferida a tutela antecipada a fim de impedir o corte de energia
elétrica. Vejamos: "EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE
ENERGIA ELÉTRICA - SUPOSTO CONSUMO IRREGULAR - MEDIDOR - INTERRUPÇÃO NO
FORNECIMENTO - IMPOSSIBILIDADE - TUTELA ANTECIPADA - PRESENÇA DOS REQUISITOS -
CAUÇÃO EM ESPÉCIE - DESNECESSIDADE. - A tutela antecipada, nos termos do art. 273 do Código de
Processo Civil, é possível quando forem apresentadas as circunstâncias fáticas e jurídicas que
demonstrem ser recomendável a providência antecipatória. - A suspensão do fornecimento de energia
elétrica somente é possível na hipótese de o débito cobrado ser referente ao consumo atual, estampado
nas contas emitidas mensalmente, não sendo possível adotar o mesmo procedimento quando se tratar de
débitos pretéritos, reunidos em única fatura. - Possibilidade de dano grave ou de difícil reparação, caso
haja corte de energia na residência. -Desnecessidade de se condicionar o deferimento da tutela
antecipada com a prestação de caução em espécie. - Preliminar de nulidade da decisão rejeitada
(suscitada pelo Vogal). Mostra-se desnecessária a declaração de nulidade de decisão condicionada à
prestação de caução, bastando que o próprio Tribunal faça o decote. - Recurso provido." (TJMG - Agravo
de Instrumento-Cv 1.0024.14.203045-1/001, Relator(a): Des.(a) Heloisa Combat , 4ª CÂMARA CÍVEL,
julgamento em 27/11/2014, publicação da súmula em 04/12/2014) EMENTA: AGRAVO DE
INSTRUMENTO - TUTELA ANTECIPADA - AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO -
CORTE DE ENERGIA ELÉTRICA - VALOR DISCREPANTE - CAUÇÃO EM ESPÉCIE - INEXIGIBILIDADE
- RECURSO PROVIDO. - A suspensão da prestação do serviço público de fornecimento de energia
elétrica só pode ocorrer na hipótese de liquidez patente e incontroversa, o que não se revela pela grande
discrepância dos valores entre os períodos de apuração. - Considerando provável a ilegitimidade do
débito, plausível a determinação de não inclusão do nome do devedor até ulterior decisão. - Mostra-se
incabível o condicionamento da concessão da tutela antecipada ao oferecimento de caução se, a princípio,
há aparência do bom direito e verossimilhança nas alegações do agravante. (TJMG - Agravo de
Instrumento-Cv 1.0016.15.009792-7/001, Relator(a): Des.(a) Wilson Benevides , 7ª CÂMARA CÍVEL,
julgamento em 08/03/2016, publicação da súmula em 15/03/2016) Por outro lado, quanto a insurgência do
recorrente acerca da multa fixadas pelo Juízo a quo, entendo que merece acolhimento os argumentos do
Agravante. Pois bem, é relevante considerar que os artigos 497 e 536 do NCPC permitem que o juiz, até
mesmo de ofício, nas obrigações de fazer ou de não fazer, determine medidas necessárias à efetivação da
tutela específica ou que assegurem a obtenção de resultado prático equivalente. Deste modo, tem-se que
as astreintes consistem em multa cuja finalidade reside na coerção do devedor para o cumprimento do
dever que lhe foi imposto. A obrigação a que se vincula a multa refere a abstenção de efetuar o corte de
energia elétrica, de incluir o nome do autor no cadastro de proteção ao crédito e quanto à suspensão dos
efeitos do T.O.I. nº 803009. No tocante ao quantum arbitrado, entendo que a multa deve ser fixada em
valor suficiente para desestimular o descumprimento da ordem judicial pelo agravante no prazo fixado,
bem como há que se observar a razoabilidade e proporcionalidade. Ademais, dever ser considerado,
ainda, as possibilidades futuras de responsabilização da parte que houver descumprido a ordem judicial.
Nesse compasso, entendo que o arbitramento da multa imposta pelo Juízo a quo afigura-se demasiada.
Neste sentido, entendo que merece ser atribuído efeito suspensivo ativo ao recurso somente no que tange
a redução da multa por descumprimento da obrigação de fazer (efetuar o corte de energia elétrica, incluir o
nome do autor no cadastro de proteção ao crédito e suspender os efeitos do T.O.I.), pelo que modifico a
decisão recorrida fixando a astreinte no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para cada evento. Ante o
exposto, DOU PARCIAL PROVIMENTO, tão somente para reduzir a astreinte, nos termos da
fundamentação. P. R. I. C. Belém, 20 de fevereiro de 2019. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE
Desembargadora Relatora PROCESSO: 00094946320168140000 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): JOSE ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA
JUNIOR Ação: Agravo de Instrumento em: 25/02/2019 AGRAVANTE:CONSTRUTORA LUCAIA LTDA
Representante(s): OAB 11.279 - FRANCISCO BERTINO DE CARVALHO (ADVOGADO)
AGRAVADO:PINHEIRO SERVICOS DE TRANSPORTE LTDA Representante(s): OAB 15158 - AMANDA
MARRA SALDANHA (ADVOGADO) OAB 19429-B - JULIANA CRISTINA MEZZAROBA (ADVOGADO)
INTERESSADO:FERNANDO VISCO DIDIER FILHO INTERESSADO:CEZAR AUGUSTO CASTRO.
DECISÃO MONOCRÁTICA Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de efeito suspensivo
ativo, interposto por CONSTRUTORA LUCAIA LTDA em face da decisão proferida pelo Juízo da 2ª Vara
Cível e Empresarial de Parauapebas que, nos autos da Ação da Ação de Execução de Título Executivo
(Processo n.º 0004675-65.2013.8.14.0040) proposta por PINHEIRO SERVIÇOS DE TRANSPORTE LTDA,
rejeitou a exceção de pré-executividade, com o prosseguimento da execução em seus ulteriores termos,
com a realização de bacenjud, considerando que o executado não ofereceu embargos à execução. Em
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
decisão monocrática de fls. 299/299v., deixei de conceder o efeito suspensivo requerido no presente
recurso, por ausência dos pressupostos elencados no parágrafo único do art. 995, do CPC/15. A agravada
apresentou contrarrazões às fls. 302/315. Os autos vieram à minha relatoria em razão de redistribuição de
fl. 316. É o sucinto relatório. Decido Em consulta ao Sistema de Gestão de Processo Judicial (Libra),
verifico que o Juízo de 1º grau proferiu sentença julgando extinguindo o feito, sem resolução do mérito,
com arrimo no art. 485, inc. VI do CPC/15, nos seguintes termos: `(...) In casu, a parte autora, decorrido o
prazo de suspensão da execução, deferida à fl. 434, a parte autora não apresentou manifestação a
respeito do prosseguimento do feito. Ante o exposto, EXTINGO O Feito, sem resolução do mérito, com
arrimo no artigo 485, VI, do Novo Código de Processo Civil. Condeno a parte autora nas custas e
despesas processuais. Não sendo pagas, proceda-se à expedição de certidão para inclusão na dívida
ativa (...)". Assim, diante da sentença acima destacada, resta prejudicado o exame do presente recurso,
em razão da perda superveniente do seu interesse recursal, em consonância com a jurisprudência do E.
Superior Tribunal de Justiça: "(...) A superveniência da sentença proferida no feito principal enseja a perda
de objeto de recursos anteriores que versem sobre questões resolvidas por decisão interlocutória
combatida via agravo de instrumento". (AgRg no REsp 1.485.765/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS
BÔAS CUEVA, Terceira Turma, DJe 29/10/2015). 5. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp
1537636/SP, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 21/06/2016, DJe
29/06/2016) Ante o exposto, NÃO CONHEÇO do presente Agravo de com fulcro no art. 932, III, do CPC,
por se encontrar prejudicado, em face da perda superveniente de seu objeto, diante da sentença que
extinguiu a ação principal na forma do art. 485, inc. VI, do CPC. Serve a presente decisão como
MANDADO/OFÍCIO. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Comunique-se. Após, arquive-se. Belém(PA), 21
de fevereiro de 2019. JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JR Desembargador Relator
PROCESSO: 00108559220168140040 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): JOSE ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA
JUNIOR Ação: Apelação Cível em: 25/02/2019 APELANTE:LUCIRLENE CASSIA DO AMARAL COSTA
APELANTE:LUCINEIDE DE NOVAES LOPES APELANTE:GEORGE DE OLIVEIRA BARBOSA JUNIOR
APELANTE:MARIA DE NAZARE DE LIMA SILVA APELANTE:AUDICELIA DE CARVALHO BARROS
APELANTE:FRANCISCO REGO SILVA APELANTE:VALMIR ALVES DA SILVA FILHO
APELANTE:REGINALDO SILVA DOS ANJOS APELANTE:MARIA DAS DORES SILVA SANTOS
APELANTE:RONALDO VIRGINIO DOS SANTOS SOUSA APELANTE:RONAN GOES DOS SANTOS
APELANTE:TARCISIO SOARES DOS SANTOS Representante(s): OAB 20534 - DENISE BARBOSA
CARDOSO (ADVOGADO) APELADO:NOVA CARAJAS CONSTRUCOES E INCORPORACOES LTDA.
Trata-se de Recurso de Apelação interposto por Audicélia de Carvalho Barros e Outros, contra decisão
proferida pela 2ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Parauapebas, nos autos da AÇÃO DE
RESCISÃO CONTRATUAL C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS COM PEDIDO DE
TUTELA DE URGÊNCIA (processo nº 0010855-92.2016.814.0040), ajuizada pela Agravante em desfavor
de NOVA CARAJÁS CONSTRUÇÕES E INCORPORAÇÕES LTDA, que indeferiu o pedido de justiça
gratuita e, após intimação para pagamento de custas, julgou extinto o feito sem resolução do mérito em
face do não cumprimento da determinação. A Secretaria do Juízo `a quo" certificou a apresentação do
Recurso de Apelação desprovido de preparo, mas tempestivo (fl. 545); comunicou ainda, a não intimação
da parte Apelada para apresentar contrarrazões em virtude da sua não citação, tendo sido determinado
pelo Juízo singular a remessa dos autos a este e. Tribunal. Autos encaminhados a esta E. Corte e
redistribuídos ao Exmo. Sr. Des. Luiz Gonzaga da Costa Neto (fl. 549), cabendo-me a relatoria em
redistribuição (fl. 552). Preenchidos os requisitos de admissibilidade, recebo o presente recurso de
Apelação em seu duplo efeito, nos termos do caput do art. 1.012 do CPC. Registra-se que a presente
Apelação visa desconstituir a sentença combatida que extinguiu o feito sem resolução do mérito, após ter
sido indeferido ao Autor os benefícios da gratuidade de justiça, não tendo o Requerente/Apelante, por sua
vez, realizado o pagamento das custas e despesas processuais. Nessa hipótese de interposição de
recurso contra decisão que indefere a gratuidade, o Código de Processo Civil é claro ao dispor em seu art.
101, § 1º que o Recorrente está dispensado do recolhimento das custas até decisão do Relator sobre a
matéria, `in verbis": Art. 101. Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que acolher pedido de sua
revogação caberá agravo de instrumento, exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a
qual caberá apelação. § 1º O recorrente estará dispensado do recolhimento de custas até decisão do
relator sobre a questão, preliminarmente ao julgamento do recurso. (Grifei). De igual modo e sem margem
para dúvidas, também dispõe o CPC, nos termos do art. 331, § 1º, que, sendo indeferida a petição inicial,
poderá o autor apelar, sendo facultado ao juiz se retratar da decisão primeva. Contudo, em não se
retratando, determinará o magistrado a citação do réu para responder ao recurso. Confira-se o teor da
norma em questão: Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
de 5 (cinco) dias, retratar-se. § 1º Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao
recurso. Neste sentido, estabelece o parágrafo §1º do art. 1.010 do CPC que o apelado será intimado para
apresentar contrarrazões. Portanto, os comandos legais em referência guardam harmonia entre si,
impondo-se a citação da parte ré para apresentar contrarrazões, posto que não integrou a lide e, frise-se,
independentemente do recolhimento de custas pelo Autor. No entanto, compulsando os autos, constato a
ausência de contrarrazões à Apelação, isto posto, chamo o feito à ordem determinando a devolução dos
autos ao Juízo `a quo" para proceder à citação da Apelada para apresentação das contrarrazões, no prazo
de 15 (quinze) dias, independentemente do recolhimento de custas, nos termos dos arts. 331, § 1º c/c
1.010, § 1º, ambos do CPC. Fixo o prazo de 30 (trinta) dias úteis para cumprimento das diligências,
devendo certificar a Secretaria da 2ª Vara Cível e Empresarial de Parauapebas a apresentação ou não
das contrarrazões pela Apelada e devolver estes autos à UPJ. Após o cumprimento dessas diligências,
retornem os autos conclusos a este Relator. Cumpra-se. À UPJ, para os devidos fins. Belém-PA, 21 de
fevereiro de 2018. José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Júnior Desembargador Relator PROCESSO:
00114207920168140000 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
JOSE ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR Ação: Agravo de Instrumento em: 25/02/2019
AGRAVANTE:IVAN FERREIRA DE CARVALHO Representante(s): OAB 15903 - JULLY CLEIA
FERREIRA OLIVEIRA (ADVOGADO) AGRAVADO:CONSORCIO NACIONAL VOLKSWAGEN LTDA.
DECISÃO MONOCRÁTICA Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de efeito suspensivo,
interposto por IVAN FERREIRA DE CARVALHO em face da decisão proferida pelo Juízo da 6ª Vara Cível
e Empresarial de Belém que, nos autos da Ação de Consignação em Pagamento (Processo n.º 0471673-
35.2016.8.14.0301) proposta contra CONSÓRCIO NACIONAL VOLKSWAGEM - ADMINISTRADORA DE
CONSÓRCIO LTDA, indeferiu o pedido de justiça gratuita, determinando que o agravante recolhesse as
custas judiciais e despesas processuais, sob pena de extinção, no prazo de 10 (dez) dias. Em decisão
monocrática de fls. 44/45, a Desembargadora Relatora Original do feito indeferiu o efeito suspensivo
pleitado. Consta certidão de fl. 48 informando o transcurso do prazo sem que o recorrente recolhesse as
custas para expedição do mandado de intimação da recorrida. Os autos vieram à minha relatoria em razão
de redistribuição às fls. 50 e 52. É sucinto relatório. Decido Em consulta ao Sistema de Gestão de
Processo Judicial (Libra), verifico que o Juízo de 1º grau em decisão interlocutória proferida em
22/09/2017, verificou, após a juntada de novos documentos que o requerente, ora recorrente, demonstrou
a hipossuficiência referida na Lei n.º 1.060/50 e no art. 98 do CPC, deferindo a gratuidade das custas
processuais, causando a perda do objeto superveniente do presente recurso, ex vi: `(...) Em análise dos
autos, verifiquei após a juntada de novos documentos (39/52), que o requerente demonstrou a
hipossuficiência referida na lei 1060/50 e no art. 98 do CPC. Assim, defiro a gratuidade das custas
processuais (...)". Assim, diante da decisão interlocutória acima destacada, resta prejudicado o exame do
presente recurso, em razão da perda superveniente do seu interesse recursal, em consonância com a
jurisprudência do E. Superior Tribunal de Justiça: "(...) A superveniência da sentença proferida no feito
principal enseja a perda de objeto de recursos anteriores que versem sobre questões resolvidas por
decisão interlocutória combatida via agravo de instrumento". (AgRg no REsp 1.485.765/SP, Rel. Ministro
RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Terceira Turma, DJe 29/10/2015). 5. Agravo regimental não provido.
(AgRg no REsp 1537636/SP, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em
21/06/2016, DJe 29/06/2016) Ante o exposto, NÃO CONHEÇO do presente Agravo de Instrumento com
fulcro no art. 932, III, do CPC, por se encontrar prejudicado, em face da perda superveniente de seu
objeto. Serve a presente decisão como MANDADO/OFÍCIO. Publique-se. Registre-se. Intime-se.
Comunique-se. Após, arquive-se. Belém(PA), 21 de fevereiro de 2019. JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA
BEZERRA JR Desembargador Relator PROCESSO: 00136899120168140000 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): GLEIDE PEREIRA DE MOURA Ação: Agravo de
Instrumento em: 25/02/2019 AGRAVANTE:UNIMED BELEM - COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO
Representante(s): OAB 11270 - DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE (ADVOGADO) AGRAVADO:SILVIA
MARIA DE SOUZA LEVY Representante(s): OAB 6066-A - RAYMUNDO NONATO MORAES DE
ALBUQUERQUE J. (ADVOGADO) . PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
PARÁ GABINETE DA DESEMBARGADORA GLEIDE PEREIRA DE MOURA SECRETARIA ÚNICA DE
DIREITO PÚBLICO E PRIVADO - 2º TURMA DE DIREITO PRIVADO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº
0013689-91.2016.8.14.0000 AGRAVANTE: UNIMED BELÉM - COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO
ADVOGADO: JOSÉ MILTON DE LIMA SAMPAIO NETO AGRAVADO: SILVIA MARIA DE SOUZA LEVY
ADVOGADO: RAYMUNDO NONATO MORAES DE ALBUQUERQUE J. RELATORA:
DESEMBARGADORA GLEIDE PEREIRA DE MOURA DECISÃO MONOCRÁTICA Trata-se de agravo de
instrumento com pedido de efeito suspensivo, interposto por UNIMED BELÉM - COOPERATIVA DE
TRABALHO MÉDICO contra decisão proferida pelo Juízo da 11ª Vara Cível e Empresarial de Belém/PA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
nos autos da Ação de Obrigação de Fazer c/c Indenização por Danos Morais e Materiais proposta por
SILVIA MARIA DE SOUZA LEVY. A decisão agravada foi a que deferiu a antecipação dos efeitos da tutela
para determinar que a agravante assegure o direito da autora/agravada na manutenção como beneficiária
do Plano Empresarial - Acomodação Coletiva, Abrangência Nacional, nas mesmas condições de cobertura
assistencial que gozava quando da vigência do contrato até o deslinde final da lide, mediante o pagamento
do valor de R$783,78, fixando multa diária no valor de R$1.000,00 em caso de descumprimento. Alega
que a presente demanda não pode prosseguir dado à ocorrência do instituto da Litispendência prevista no
art.337, VI e §1º do CPC, tendo em vista, que a agravada distribuiu a demanda tanto na Justiça Comum
como no Juizado Especial, sendo que neste último houve a entrada no dia 28/01/2016 e gerando o
número processual nº 0800058-08.2016.8.14.0304 tramitando na 1ª Vara do Juizado Especial Cível de
Belém, havendo, inclusive, sentença no dia 01/09/2016". DECIDO. O presente recurso resta prejudicado,
conforme se demonstra a seguir: É sabido que o Código de Processo Civil elencou o acolhimento da
litispendência como causa extintiva do processo sem a apreciação meritória, em seu art.485, V. Vejamos o
Entendimento Jurisprudencial: Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGÓCIOS JURÍDICOS
BANCÁRIOS. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. POUPANÇA. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.
EXTINÇÃO. LITISPENDÊNCIA. Há litispendência quando se reproduz uma ação idêntica à outra, havendo
coincidência entre as partes, causa de pedir e pedido, simultaneamente (art. 337, §§ 1º e 3º, do CPC).
Desse modo, impõe-se a extinção do cumprimento de sentença, nos termos do art. 485, V, do CPC.
AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70067750885, Vigésima Quarta
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Fernando Flores Cabral Junior, Julgado em 31/10/2018)
No presente caso, não pairam dúvidas no sentido de que a pretensão da agravada era a mesma em
ambos os processos, já que possuem mesmas partes, causa de pedir e pedido. Sendo assim, entendo
que assiste razão a agravante ao alegar litispendência, tendo em vista, que a agravada distribuiu a mesma
Ação na Justiça Comum e no Juizado Especial, sendo que neste último houve a entrada no dia
28/01/2016, tendo sido prolatada sentença em 01/09/2016, portanto, anteriormente à Ação proposta na
Justiça Comum. Por todo o exposto, conheço do recurso e dou provimento para que seja reconhecida a
litispendência, sendo assim, concedo efeito translativo ao presente recurso para que o processo de 1º
grau seja extinto sem resolução de mérito, nos moldes do art.485, V do CPC. Belém, de de 2019.
DESA.GLEIDE PEREIRA DE MOURA Relatora PROCESSO: 00143178020168140000 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELIANE VITÓRIA AMADOR
QUARESMA Ação: Agravo de Instrumento em: 25/02/2019 INVENTARIANTE:CEZAR AUGUSTO
PINHEIRO DE OLIVEIRA Representante(s): OAB 11487 - ADAILSON JOSE DE SANTANA (ADVOGADO)
OAB 17856 - FABIANE DO SOCORRO NASCIMENTO DE CASTRO (ADVOGADO)
AGRAVADO:WALBER KILDARE ABREU DE OLIVEIRA (INTERESSADO) Representante(s): OAB 8142 -
JOSE HELDER CHAGAS XIMENES (ADVOGADO) AGRAVANTE:ESPOLIO DE BENEDITO MENDES DE
OLIVEIRA Representante(s): OAB 11487 - ADAILSON JOSE DE SANTANA (ADVOGADO) . Conforme
dispõe o Provimento nº 0006/2006 - CJRMB, fica por este ato intimado o embargado, por meio de seu
patrono, para apresentar manifestação aos Embargos de Declaração opostos nestes autos, no prazo legal.
21/02/2019 PROCESSO: 00222641220118140301 PROCESSO ANTIGO: 201230184537
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO Ação:
Apelação Cível em: 25/02/2019 APELADO:ASSOCIACAO DOS SERVIDORES DO FISCO DO ESTADO
DO PARA - ASFEPA Representante(s): ROLAND RAAD MASSOUD E OUTROS (ADVOGADO)
APELANTE:TIM CELULAR S/A Representante(s): CASSIO CHAVES CUNHA E OUTROS (ADVOGADO) .
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ GABINETE DESEMBARGADOR
CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO. APELAÇÃO Nº. 0022264-
12.2011.8.14.0301 COMARCA: BELÉM / PA. APELANTE(S): TIM CELULAR S/A ADVOGADO(A)(S):
CASSIO CHAVES CUNHA (OAB nº 12.268) APELADO(A)(S): ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO
FISCO DO ESTADO DO PARÁ - ASFEPA. ADVOGADO(A)(S): ROLAND RAAD MASSOUD (OAB/MS nº.
5.192) RELATOR: Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO. D E C I S Ã O M O N O C R Á T I C A
Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO. EMENTA: PROCESSO CIVIL. PREPARO RECURSAL.
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE JUNTADA DE CÓPIA DO RELATÓRIO DE CONTA
DO PROCESSO. DOCUMENTO IMPRESCINDÍVEL. RECURSO DE APELAÇÃO NÃO CONHECIDO.
Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta por TIM CELULAR S/A, nos autos de AÇÃO ORDINÁRIA PARA
CANCELAMENTO DE COBRANÇA DE MULTA C/C PEDIDO DE DANOS MORAIS, em razão do
inconformismo com sentença proferida pelo Juízo da 13ª Vara Cível e Empresarial de Belém (fls. 130/135),
que julgou procedentes os pedidos da demanda. Nas razões recursais (fls. 167/193), a apelante alega, em
suma, da legalidade das cobranças e da multa rescisória, bem como, respeito ao princípio do pacta sunt
servanda. Sustenta ainda que inexiste comprovação dos danos morais. Em contrarrazões (fls. 167/177), a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Taveira, Órgão Julgador 1ª Turma De Direito Público, Julgado em 2018-08-24) AGRAVO REGIMENTAL
CONVERTIDO EM INTERNO. COMPROVAÇÃO DO PREPARO. NECESSIDADE DE APRESENTAÇÃO
TANTO DO BOLETO BANCÁRIO QUITADO COMO TAMBÉM DO RELATÓRIO DE CUSTAS. RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO. 1. O Tribunal de Justiça do Estado do Pará, através da UNAJ, disponibiliza
um memorial descritivo acerca do pagamento do recurso, o qual destina um campo específico para
identificar o processo a que se refere o pagamento. 2. Entendo que a ausência de indicação do número do
processo de origem na guia de arrecadação inviabiliza a identificação da regularidade do pagamento,
situação esta que obsta a admissibilidade do recurso. Precedentes do STJ 3. No caso concreto, constato
que os agravantes colacionam às fls. 36 dos autos boleto bancário e comprovante de pagamento sem
qualquer identificação do processo a que se refere, em inobservância, inclusive, ao Provimento 005/2002
da Corregedoria Geral de Justiça do TJ/PA, que regulamenta a cobrança de custas judiciais. 4. É
imprescindível que se colacione aos autos, além do boleto bancário e o seu comprovante de pagamento -
o documento denominado Conta do Processo, que é o documento hábil a identificar as custas a serem
pagas, o número do processo e o número do boleto bancário gerado, sendo essa a razão, inclusive, da
UNAJ o emitir em três vias, sendo a 2ª via destinada ao processo (art. 6º, II do Prov. 005/2002-CGJ). 5.
Segundo o entendimento do Colendo Tribunal Superior, e consoante o art. 511 do CPC, o comprovante do
preparo deve ser feito no ato da interposição do recurso, isto é, deve o recorrente trazer aos autos a conta
do processo e o boleto respectivo pago, sob pena de preclusão consumativa. 6. Recurso Conhecido E
Improvido. (TJPA, 2015.04416356-77, 153.718, Rel. DIRACY NUNES ALVES, Órgão Julgador 5ª
CAMARA CIVEL ISOLADA, Julgado em 2015-11-12, Publicado em 2015-11-20) (grifo nosso). EMENTA:
AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL C/C EXIBIÇÃO DE
DOCUMENTOS E REPETIÇÃO DE INDÉBITO. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU SEGUIMENTO
AO AGRAVO DE INSTRUMENTO POR FALTA DE REGULAR PREPARO. BOLETO BANCÁRIO SEM O
NÚMERO DO PROCESSO, BEM COMO AUSÊNCIA DO RELATÓRIO DE CONTA. IMPOSSIBILIDADE
DE COMPROVAÇÃO DO RECOLHIMENTO DAS CUSTAS. IRREGULARIDADE FORMAL. DESERÇÃO
DECISÃO MANTIDA. PRECEDENTES. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO À UNANIMIDADE.
(TJ/PA - Acórdão nº. 155.889, Rel. Maria Filomena De Almeida Buarque, Órgão Julgador 1ª Turma De
Direito Privado, julgado em 2016-02-15, publicado em 2016-02-17) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL
CONVERTIDO EM AGRAVO INTERNO. APELAÇÃO CÍVEL. DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO AO
RECURSO ANTE A AUSÊNCIA DE PREPARO. COMPROVANTE DO PREPARO RECURSAL
DESACOMPANHADO DA CONTA DE PROCESSO. IMPOSSIBILIDADE DE JUNTADA POSTERIOR.
DECISÃO MONOCRÁTICA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. 1. Deve o recorrente,
no momento da interposição do recurso, comprovar o preparo recursal, sob pena de deserção, consoante
inteligência do art. 511 CPC/73 c/c artigos 4º a 6º do Provimento nº 005/2002 da C.G.J./TJPA 2. O regular
recolhimento do preparo somente se prova mediante a integralidade da documentação, o que inclui o
relatório da conta do processo, emitido pela Unidade de Arrecadação Judicial - UNAJ, sem o qual não há
como aferir se os valores informados e pagos mantêm relação com a apelação interposta. 3. O relatório da
conta do processo é documento indispensável para demonstrar os valores das custas judiciais a serem
pagas, além de identificar o número do processo e o boleto bancário gerado. 4. Agravo interno conhecido
e improvido. 5. À unanimidade. (TJ/PA, Acórdão nº. 169.758, Rel. Maria De Nazaré Saavedra Guimaraes,
Órgão Julgador 2ª Turma De Direito Privado, Julgado em 2016-12-19, Publicado em 2017-01-10) In casu,
constata-se que, apesar da juntada do boleto bancário com comprovação de pagamento (fl. 150), a
apelante não se desincumbiu da atribuição de apresentar oportunamente a cópia do relatório de conta do
processo, não sendo cabível alegar que tal tarefa pertencia à UNAJ. Para o efetivo cumprimento do
dispositivo legal acima transcrito, o Tribunal de Justiça do Estado do Pará, através da Unidade de
Arrecadação Judiciária - UNAJ, disponibiliza um memorial descritivo referente ao pagamento do recurso,
destinando um campo específico para identificar o número do processo e o nome do recurso. Diante da
situação exposta, vale destacar que o Provimento nº 005/2002 da Corregedoria Geral de Justiça deste
Egrégio Tribunal, em seus artigos 4º, inciso I, 5º e 6º dispõe: "Art. 4º - A Conta do Processo será feita na
Unidade de arrecadação Judicial - UNAJ, após a distribuição no setor competente e incluirá: I - a Taxa
Judiciária; II - as Custas Judiciais; e III - as Despesas Judiciais. [...] Art. 5º. A conta do processo elaborada
pela Unidade de Arrecadação Judicial - UNAJ será demonstrada no documento denominado Conta do
Processo. Parágrafo Único. No formulário Conta do Processo será registrado o número do Boleto
Bancário: padrão FEBRABAN a ser utilizado para pagamento. Art. 6º - O formulário Conta do Processo
será preenchido em 03 (três) vias, com a seguinte destinação: I - 1ª via: usuário; II - 2ª via: processo; III -
3ª via: Coordenadoria do FRJ, quando preenchido manualmente. Parágrafo Único: Nas unidade judiciais
informatizadas, a 3ª via do formulário citado no caput será encaminhada diariamente à Coordenadoria da
FRJ, através de arquivo magnético ou pela Internet.". Conforme previsto nas normas supracitadas, o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
relatório de conta do processo é o documento regular para identificar os valores a serem pagos a título de
taxa, custas e despesas judiciais, bem como para informar número do processo e do boleto bancário que
se vinculam ao cálculo realizado, motivo pelo qual é emitido em 3 vias, sendo uma destinada,
obrigatoriamente, aos autos. Em reforço de argumentação impende mencionar que o Regimento de
Custas e outras despesas processuais no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará (Lei nº
8.328/2015), assim dispõe: Art. 9º. As custas processuais deverão ser discriminadas em relatório de conta
do processo e recolhidas mediante boleto bancário padrão FEBRABAN, que poderá ser quitado em
qualquer banco ou correspondente bancário, vedada qualquer outra forma de recolhimento. § 1º.
Comprova-se o pagamento de custas e despesas processuais mediante a juntada do boleto bancário
correspondente, concomitantemente com o relatório de conta do processo, considerando que no relatório
de conta do processo são registrados os números do documento e do boleto bancário a ser utilizado para
pagamento. Deste modo, inexiste comprovação completa do preparo da apelação, vez que estão
desacompanhados da indispensável conta de processo, sendo deserto o recurso e, portanto, inadmissível.
ASSIM, com fundamento no art. 932, III, do CPC c/c art. 133, do RITJ/PA, NÃO CONHEÇO do recurso de
apelação, considerando inadmissível face sua deserção, nos termos da fundamentação. P.R.I. Oficie-se
no que couber. Após o trânsito em julgado, encaminhem-se os autos ao juízo a quo. Belém/PA, 22 de
fevereiro de 2019. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO Desembargador - Relator
__________________________________________________________________ Gabinete
Desembargador - CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO PROCESSO: 00391033720118140301
PROCESSO ANTIGO: 201330211959 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELIANE
VITÓRIA AMADOR QUARESMA Ação: Apelação Cível em: 25/02/2019 APELANTE:UNIMED BELEM -
COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Representante(s): OAB 11270 - DIOGO DE AZEVEDO
TRINDADE (ADVOGADO) OAB 11270 - DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE (ADVOGADO)
APELADO:LARISSA SOARES LIMA Representante(s): OAB 14512 - ARNALDO ABREU PEREIRA
(ADVOGADO) OAB 14512 - ARNALDO ABREU PEREIRA (ADVOGADO) PROCURADOR(A) DE
JUSTICA:NELSON PEREIRA MEDRADO. Conforme dispõe o Provimento nº 0006/2006 - CJRMB, fica por
este ato intimado o embargado, por meio de seu patrono, para apresentar manifestação aos Embargos de
Declaração opostos nestes autos, no prazo legal. 21/02/2019 PROCESSO: 00411236420128140301
PROCESSO ANTIGO: 201230266236 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO Ação: Apelação Cível em: 25/02/2019 APELANTE:MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARA PROMOTOR(A):WILTON NERY DOS SANTOS APELADO:MARIA DE
NAZARE GUIMARAES Representante(s): CYNTIA BORGES ALEXANDRINO E OUTRA (ADVOGADO) .
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ GABINETE DESEMBARGADOR
CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO APELAÇÃO CÍVEL N.º
0041123-64.2012.8.14.0301 COMARCA: BELÉM / PA. APELANTE(S): MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO PARÁ REPRESENTANTE: 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE REGISTROS PÚBLICOS -
WILTON NERY DOS SANTOS. APELADO(A)(S): MARIA DE NAZARÉ GUIMARÃES ADVOGADO(A)(S):
CYNTIA BORGES ALEXANDRINO (OAB/PA nº. 16.174) E OUTROS. RELATOR: Des. CONSTANTINO
AUGUSTO GUERREIRO. D E S P A C H O: Os autos foram inicialmente distribuídos à relatoria da Desa.
Helena Dornelles e posteriormente coube a relatoria do feito à i. Desa. Rosileide Cunha, que determinou a
redistribuição dos autos para Seção de Direito Privado, considerando a emenda regimental nº. 05/2016,
por conseguinte, os autos foram encaminhados à relatoria da e. Desa. Edinéa Oliveira Tavares, porém, em
razão da transferência deste desembargador para Seção de Direito Privado e da expedição da ordem de
serviço nº 01/2017-VP, coube-me a relatoria do recurso em 05.10.2017. Apesar de todo esse transcurso
processual, o recurso ainda pende de manifestação da Parquet a fim de evitar nulidades, razão pela qual
determino a remessa imediata dos autos para parecer da Procuradoria de Justiça. P.R.I. Expeça-se o
necessário. Após, conclusos. Belém/PA, 21 de fevereiro de 2019. CONSTANTINO AUGUSTO
G U E R R E I R O D e s e m b a r g a d o r - R e l a t o r
____________________________________________________________________________ Gabinete
Desembargador - CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO PROCESSO: 00415068120098140301
PROCESSO ANTIGO: 201230309135 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO Ação: Apelação Cível em: 25/02/2019 APELADO:M. C. S. M.
Representante(s): DANIELA MOTA DE OLIVEIRA E OUTROS (ADVOGADO) APELANTE:C. L. M. C.
Representante(s): JOSE MILTON DE LIMA SAMPAIO NETO E OUTRA (ADVOGADO) . PODER
JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ GABINETE DESEMBARGADOR
CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO. APELAÇÃO Nº. 0041506-
81.2009.8.14.0301 COMARCA: BELÉM / PA. APELANTE(S): CLAURIBERTO LEVY MORAES CORRÊA
ADVOGADO(A)(S): EVA SUELLEM FERREIRA DE ALENCAR (OAB/PA nº. 14.762) ANA CAROLINA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
FERREIRA SILVA (OAB/Pa nº. 13.698) APELADO(A)(S): MARIA DO CARMO MARDOCK DA SILVA
ADVOGADO(A)(S): DANIELA NAZARÉ MOTA DE OLIVEIRA (OAB/PA nº. 15.612) CARLA DO
SOCORRO RODRIGUES ALVES (OAB/PA nº. 14.073) ALFREDO DA SILVA LISBOA NETO (OAB/PA nº.
16.392) PROC. DE JUSTIÇA: ROSA MARIA RODRIGUES CARVALHO RELATOR: Des. CONSTANTINO
AUGUSTO GUERREIRO. D E C I S Ã O M O N O C R Á T I C A Des. CONSTANTINO AUGUSTO
GUERREIRO. EMENTA: CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. ALIMENTOS. AÇÃO DE EXONERAÇÃO.
POSSIBILIDADE DE REDUÇÃO. EXTRA PETITA. NÃO CONFIGURADA. CONDIÇÕES ECONÔMICAS
DO ALIMENTANTE. POSSIBILIDADE-NECESSIDADE. ALTERAÇÃO. TRATAMENTO DE SAÚDE.
CONSTITUIÇÃO DE NOVA FAMÍLIA. CAPACIDADE RELATIVA DE SUSTENTO. APELAÇÃO
CONHECIDA E PROVIDA. Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta por CLAURIBERTO LEVY MORAES
CORRÊA, nos autos de Ação Exoneração de Alimentos proposta contra MARIA DO CARMO MARDOCK
DA SILVA, diante do inconformismo com a sentença proferida pelo Juízo de Direito da 4ª Vara de Família
de Belém (fls. 195/201), que julgou parcialmente procedente o pedido da demanda, convertendo a
pretensão de exoneração em revisional de alimentos e, consequentemente, reduziu o valor da prestação
de alimentos em favor da apelada para o equivalente a 25% (vinte e cinco por cento) dos vencimentos e
vantagens do apelante. O apelante, nas razões recursais (fls. 231/251), objetiva a reforma da sentença no
sentido de se julgar totalmente procedente o pedido exoneração, desobrigando inteiramente o alimentante
da prestação alimentícia em favor da apelada. Argumenta, em síntese, que a sentença de primeiro grau
configurou julgamento extra petita e violação ao princípio da congruência, previsto nos artigos 128 e 460
do CPC/73, pois não fora objeto da ação pedido de redução/minoração, mas sim de exoneração total do
dever de prestar alimentos. Assinala que a sentença, embora tenha reduzido o valor da prestação de
alimentos, trouxe prejuízo ao apelante, porquanto se vê obrigado a prestar alimentos mesmo não
possuindo mais possibilidades econômicas para tanto. Defende, ainda, que, em razão do término do
vínculo matrimonial decorrente do divórcio, restaria extinta a obrigação de mútua assistência, sendo que
eventuais prestações alimentares em favor de ex-cônjuge devem ser provisórias e, no caso dos autos,
somente teriam ocorrido por mera liberalidade do apelante. Por fim, rechaça a imposição de multa aplicada
pelo juízo a quo em virtude da interposição de embargos de declaração contra a sentença, pois tal recurso
não teria caráter protelatório. Embora intimada a apelada não apresentou contrarrazões. O Ministério
Público Estadual, nesta instância, apresentou manifestação no sentido conhecimento e desprovimento do
recurso (fls. 259/261) A relatoria do processo foi inicialmente designada à Desa. Helena Dornelles, sendo
posteriormente designada a i Desa. Rosileide Cunha para relatoria do feito, porém, em razão da emenda
regimental nº. 05/2016, os autos foram encaminhados à Seção de Direito Privado, recaindo a relatoria do
recurso ao i. Des. José Roberto Bezerra Junior. Por fim, considerando a modificação de lotação deste
relator perante à Seção de Direito Privado e a Ordem de Serviço nº. 01/2017-VP, os autos foram
conclusos ao gabinete em 21.08.2017. É o sucinto relatório. Decido monocraticamente. Os requisitos
intrínsecos e extrínsecos de admissibilidade estão preenchidos, razão pela qual conheço da apelação. A
propósito, entendo que é indevido o depósito do valor da multa aplicada pelo juízo a quo decorrente do
julgamento de embargos de declaração opostos contra a sentença. Isso porque, não considero que a
interposição de único embargos de declaração, destinado ao esclarecimento de alegado julgamento extra
petita, configura de pronto intenção protelatória do embargante, ora apelante. Ao contrário do
entendimento do juízo de primeiro grau, mostrava legítima a oposição de embargos para o fim de sanar
admissível incompreensão do apelante com o julgado. Portanto, dada inexistência de nítida natureza
protelatória dos embargos anteriormente opostos, vejo como descabida a aplicação de multa e, por isso
mesmo, entendo desnecessário o condicionamento do presente recurso de apelação ao depósito da
multa. A respeito, cito trecho de julgado do STJ: "2. O condicionamento da interposição de qualquer
recurso ao depósito da multa do art. 538 do CPC só é admissível quando se está diante da segunda
interposição de embargos de declaração protelatórios, o que não ocorreu na espécie." (EDcl nos EDcl no
AgRg no Ag 1349660/MS, Rel. Ministro Marco Buzzi, Quarta Turma, julgado em 16/06/2015, DJe
24/06/2015) No que tange à alegação de julgamento extra petita, assinalo que em ações de natureza
alimentar o pedido mais amplo acaba compreendendo o pedido mais estrito, mitigando o rigor técnico
decorrente do princípio da congruência. Ou seja, o fato de a pretensão do apelante ter se destinado à
desobrigação total de prestar alimentos, não impede que o juízo, analisando as circunstâncias fáticas do
caso, admita a possibilidade e o cabimento apenas da redução do valor dos alimentos. Tal situação, por si
só, não gera ofensa ao postulado da congruência ou adstrição. A distinção entre exoneração e redução de
alimentos é apenas quantitativa, pois ambas as pretensões discutem o direito à prestação de alimentos e,
em última escala, envolvem análise concreta do binômio possibilidade-necessidade. Nesse sentido,
colaciono jurisprudência uníssona do Superior Tribunal de Justiça: AGRAVO REGIMENTAL NO
RECURSO ESPECIAL. DIREITO DE FAMÍLIA. EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. AUSÊNCIA DE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
VIOLAÇÃO AO ART. 535, I E II, DO CPC. REDUÇÃO DO VALOR DA PENSÃO. JULGAMENTO EXTRA
PETITA. NÃO OCORRÊNCIA. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. Não se constata violação ao art. 535, I e II, do
Código de Processo Civil quando a col. Corte de origem dirime, fundamentadamente, todas as questões
que lhe foram submetidas. Havendo manifestação expressa acerca dos temas necessários à integral
solução da lide, ainda que em sentido contrário à pretensão da parte, fica afastada qualquer omissão,
contradição ou obscuridade. 2. Nos termos da orientação jurisprudencial desta Corte Superior, "não é extra
petita a sentença que, diante do pedido de exoneração total de pensão, defere a redução dos alimentos.
Como se sabe, no pedido mais abrangente se inclui o de menor abrangência" (REsp 249.513/SP, Rel.
Ministro SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, QUARTA TURMA, julgado em 6/3/2003, DJ de 7/4/2003, p.
289). 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no REsp 1352321/PB, Rel. Ministro RAUL
ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 24/02/2015, DJe 20/03/2015) PROCESSUAL CIVIL. DIREITO
CIVIL. FAMÍLIA. SEPARAÇÃO JUDICIAL. PENSÃO ALIMENTÍCIA. BINÔMIO
NECESSIDADE/POSSIBILIDADE. ART. 1.694 DO CC/2002. TERMO FINAL. ALIMENTOS
COMPENSATÓRIOS (PRESTAÇÃO COMPENSATÓRIA). POSSIBILIDADE. EQUILÍBRIO ECONÔMICO-
FINANCEIRO DOS CÔNJUGES. JULGAMENTO EXTRA PETITA NÃO CONFIGURADO. VIOLAÇÃO DO
ART. 535 DO CPC NÃO DEMONSTRADA. 1. A violação do art. 535 do CPC não se configura na hipótese
em que o Tribunal de origem, ainda que sucintamente, pronuncia-se sobre a questão controvertida nos
autos, não incorrendo em omissão, contradição ou obscuridade. Ademais, a ausência de manifestação
acerca de matéria não abordada em nenhum momento do iter processual, salvo em embargos de
declaração, não configura ofensa ao art. 535 do CPC. 2. Na ação de alimentos, a sentença não se
subordina ao princípio da adstrição, podendo o magistrado arbitrá-los com base nos elementos fáticos que
integram o binômio necessidade/capacidade, sem que a decisão incorra em violação dos arts. 128 e 460
do CPC. Precedentes do STJ. 3. Ademais, no caso concreto, uma vez constatada a continência entre a
ação de separação judicial e a de oferta de alimentos, ambas ajuizadas pelo cônjuge varão, os processos
foram reunidos para julgamento conjunto dos pedidos. A sentença não se restringiu, portanto, ao exame
exclusivo da pretensão deduzida na ação de oferta da prestação alimentar. 4. Em tais circunstâncias, a
suposta contrariedade ao princípio da congruência não se revelou configurada, pois a condenação ao
pagamento de alimentos e da prestação compensatória baseou-se nos pedidos também formulados na
ação de separação judicial, nos limites delineados pelas partes no curso do processo judicial, conforme se
infere da sentença. 5. Os chamados alimentos compensatórios, ou prestação compensatória, não têm por
finalidade suprir as necessidades de subsistência do credor, tal como ocorre com a pensão alimentícia
regulada pelo art. 1.694 do CC/2002, senão corrigir ou atenuar grave desequilíbrio econômico-financeiro
ou abrupta alteração do padrão de vida do cônjuge desprovido de bens e de meação. 6. Os alimentos
devidos entre ex-cônjuges devem, em regra, ser fixados com termo certo, assegurando-se ao alimentando
tempo hábil para sua inserção, recolocação ou progressão no mercado de trabalho, que lhe possibilite
manter, pelas próprias forças, o status social similar ao período do relacionamento. 7. O Tribunal estadual,
com fundamento em ampla cognição fático-probatória, assentou que a recorrida, nada obstante ser
pessoa jovem e com instrução de nível superior, não possui plenas condições de imediata inserção no
mercado de trabalho, além de o rompimento do vínculo conjugal ter-lhe ocasionado nítido desequilíbrio
econômico-financeiro. 8. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, parcialmente provido
para fixar o termo final da obrigação alimentar. (REsp 1290313/AL, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS
FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 12/11/2013, DJe 07/11/2014) Concluo, deste modo, que a
sentença prolatada não configurou violação à regra do art. 128 e do art. 460, do CPC/73, pois a demanda
de exoneração de alimentos abrange a possibilidade da revisão a menor do valor da prestação alimentícia.
A controvérsia que permanece é a definição do valor da prestação alimentar fornecida pelo ex-cônjuge
varão em prol da ex-cônjuge virago, em atenção ao binômio da necessidade-possibilidade, estabelecido
pela regra dos artigos 1.694 e 1.699, da Lei Civil. Ressalto, de antemão, que a teor do art. 505, I, do CPC,
a alteração fática na relação jurídica de trato sucesso autoriza a revisão ou até mesmo a exoneração da
pensão alimentícia. Pois bem. Contextualizando e atualizando a lide, verifico que a presente ação de
exoneração de alimentos foi proposta pelo alimentante em face da alimentada, considerando a
superveniência de fatores pessoais que teriam afetado a capacidade econômica daquele, notadamente o
fato de ter sofrido infarto do miocárdio no ano de 2008, que resultou na compulsória diminuição de sua
carga de trabalho e na rotineira necessidade de compras de medicamentos, sendo que um anos antes se
casou pela segunda vez e também nesse período foi exonerado de um dos cargos que ocupava na
Prefeitura de Santarém. Registro que a prestação alimentícia em favor da apelada se iniciou em ação
cautelar de separação de corpos, através de sentença proferida 18.12.1981 (fl.113), ou seja, desde esta
data o apelante prestar alimentos no importe de 35% (trinta e cinco) por cento de seus vencimentos e
vantagens. Além disso, atualmente o alimentante conta com 73 (setenta e três) anos de idade, enquanto
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que a alimentada está com 72 (setenta e dois) anos, e ambos recebem proventos de aposentadoria. Tais
circunstâncias devem ser observada no presente julgamento diante do que dispõe o art. 493, do Código de
Processo Civil. Sobre o direito à prestação alimentícia entre pais e filhos o Código Civil brasileiro dispõe
nos artigos 1.694 e 1695, respectivamente: Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros
pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição
social, inclusive para atender às necessidades de sua educação. § 1o Os alimentos devem ser fixados na
proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. § 2o Os alimentos serão
apenas os indispensáveis à subsistência, quando a situação de necessidade resultar de culpa de quem os
pleiteia. Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem
pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los,
sem desfalque do necessário ao seu sustento. Na exata compreensão teleológica dos dispositivos, extrai-
se que a obrigação de prestar alimentos fundamentalmente da evidenciação concreta do binômio
necessidade/possibilidade. Significa dizer que, quem tem direito à prestação alimentar é quem
efetivamente possui condição de necessidade aliada à incapacidade de autossustento e quem prestar os
alimentos possui condições materiais de fornecê-los sem prejuízo próprio. Alia-se a isso, o entendimento
de que os alimentos devidos entre ex-cônjuges são excepcionais, transitórios e devem ser estabelecidos
por prazo determinado, evitando, assim, o estímulo ao ócio conveniente. O homem e a mulher que, após o
fim do casamento, possuam boas condições para autossutento, podem - e devem - assumir a
responsabilidade sobre seus destinos, tornando-se independentes, social e economicamente, de seus ex-
cônjuges. Excetua-se dessa compreensão, os casos nitidamente excepcionais, nos quais o ex-cônjuge
não possua qualquer condição para restabelecer sua autonomia financeira ou para reinserção no mercado
de trabalho. Compulsando os autos, entendo que se trata de um caso excepcional a reclamar, por ora, a
manutenção do dever de prestar alimentos. Não desconheço que lá se vão mais de 38 (trinta e oito) anos
da prestação alimentícia em favor da apelada, o que justifica a séria irresignação do alimentante, contudo,
trata-se de uma senhora idosa, que recebe proventos de aposentadoria do INSS no valor de um salário
mínimo, conforme extrato de Imposto de Renda emitido pelo sítio do INSS
(https://www.inss.gov.br/servicos-do-inss/demonstrativo-de-imposto-de-renda/), e tem necessidade
relevantes e inerentes ao seu estágio de vida, tais como enfermidades relacionadas às articulações do
corpo (osteoartrose) e problemas de acuidade visual (catarata senil). Portanto, entendo que a alimentada
aufere renda de proventos e possui necessidades relevantes que justificam a prestação alimentícia. Por
seu turno, o alimentante também apresenta idade avançada, assim como necessidade de tratamento
médico-cardíaco permanente devido a doença arterial coronariana; soma-se a isso o fato de ter constituído
nova família e estar em inatividade. Em consulta ao site do IGEPREV
(http://www.igeprev.pa.gov.br/node/228), mais precisamente ao relatório de extração mensal sintetizado
dos inativos, verifico que o apelante aufere proventos mensais brutos no valor de R$10.487,04 e líquidos
no montante de R$-4.166,16. Lado outro, a despeito das condições econômicas positivas do alimentando,
entende-se que houve real mudança no panorama da possibilidade do alimentante, uma vez que hoje já
não mais possuem a capacidade laborativa de outrora e tem gastos pessoais e familiares que
seguramente oneram suas finanças pessoais. Repita-se: os alimentos devem ser estabelecidos no exato
limite do necessário dos alimentandos e do possível para o alimentante. Por isso mesmo, mostra-se
adequada o aumento da redução dos alimentos determinada na sentença. Neste ponto, é importante
registrar jurisprudência uníssona do STJ, que reafirma a analise de pretensões alimentares segundo o
binômio necessidade-possibilidade. Veja-se: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. FAMÍLIA.
ALIMENTOS PRESTADOS A EX-CÔNJUGE. OBRIGAÇÃO EXCEPCIONAL. PRAZO INDETERMINADO.
EXCEÇÃO. ALTERAÇÃO NO BINÔMIO NECESSIDADE/POSSIBILIDADE. REEXAME DE PROVAS.
SÚMULA 7/STJ. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA
CORTE SUPERIOR. SÚMULA 83/STJ. 1. O pedido de revisão do valor fixado a título de alimentos
pressupõe necessariamente a análise dos requisitos relativos à necessidade do alimentando e
possibilidade do alimentante, o que demanda o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, inviável
diante do óbice da Súmula 7 do STJ. 2. O Superior Tribunal de Justiça possui jurisprudência no sentido de
que a obrigação de pagar alimentos entre ex-cônjuges é excepcional, de modo que, quando devidos,
devem persistir apenas pelo prazo necessário para a reinserção no mercado de trabalho ou autonomia
financeira do alimentado. As exceções a esse entendimento, caso em que os alimentos entre ex-cônjuges
devem ser fixados por prazo indeterminado, ocorrem nas hipóteses em que o ex-parceiro alimentado não
dispõe de reais condições de reinserção no mercado de trabalho e de readquirir sua autonomia financeira
ou quando conta com problemas graves de saúde. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg
no REsp 1537060/DF, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em
01/09/2015, DJe 09/09/2015) PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. ART. 535 DO CPC.
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certidão de fl. 179, não foram apresentadas as informações pelo Juízo a quo, assim como as
contrarrazões ao recurso das agravadas. Os autos vieram à minha relatoria em razão das redistribuições
de fl. 180. É o relatório. DECIDO. Presentes os requisitos de admissibilidade, conheço do Agravo de
Instrumento, em consonância com o Enunciado Administrativo n° 02, do C. STJ e com o Enunciado n° 01
deste E. TJPA. O presente recurso tem por escopo complementação da antecipação da tutela concedida
em sede de 1º grau, no sentido de que haja o congelamento do financiamento de uma unidade desde a
mora contratual das agravadas; a majoração do percentual dos lucros cessantes para 1% (um por
cento)sobre o valor do imóvel e a declaração de nulidade da cláusula de tolerância de 360 dias. Sabe-se
que para a concessão da antecipação dos efeitos da tutela deveria ser observado pelo magistrado, os
requisitos elencados no artigo 273 do CPC/73 vigente à época, ex vi: Art. 273. O juiz poderá, a
requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial,
desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: I - haja fundado
receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa
ou o manifesto propósito protelatório do réu. Esses requisitos servem para trazer um juízo de certeza, ou
provável certeza, de que há o direito que se propõe buscar, ou que há necessidade de garantir os efeitos
práticos da tutela principal, isto é, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança das
alegações e haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação. Inicialmente, no primeiro
ponto referente ao pedido de congelamento da parcela do financiamento a partir da mora dos recorridos,
não merece acolhida tal argumento diante do entendimento consolidado da jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça: `a correção monetária constituí mera reposição do valor real da moeda, devendo ser
integralmente aplicada, sob pena de enriquecimento sem causa de uma das partes". (REsp 1391770/SP).
O que se observa é que sedimentou-se naquela Colenda Corte Superior o entendimento acerca da
natureza jurídica da correção monetária, a qual não constitui acréscimo patrimonial ou compensação
financeira ao detentor do crédito, mas simples recomposição do valor real da moeda em razão do efeito
corrosivo da inflação, independe, portanto, qual a causa de pedir do congelamento do saldo devedor, se o
atraso na entrega do imóvel ou a demora na entrega dos documentos necessário à concretização do
financiamento, pois o congelamento por si só do saldo devedor configura enriquecimento sem causa dos
ora Agravantes. Certo é que tal posicionamento não afasta a obrigação de ressarcimento por eventuais
danos decorridos pela demora na entrega da documentação, seja por lucros cessantes ou por outros
meios legais que guardem equivalência econômica entre o evento danoso e a medida aplicável a ressarcir
os danos. O que não cabe aqui é impedir a correção monetária do saldo devedor. É nesse sentido que a
vasta jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado do Pará e do Superior Tribunal de Justiça
encontram-se pacificada, in verbis: `PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS C/C PEDIDO DE
TUTELA ANTECIPADA. ATRASO INJUSTIFICADO NA ENTREGA DO IMÓVEL. INDENIZAÇÃO COM
BASE EM LUCROS CESSANTES. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE DANOS
MORAIS E DE LUCROS CESSANTES. DESCABIMENTO DE APLICAÇÃO DE MULTA INVERSA E DE
CONGELAMENTO DO SALDO DEVEDOR. REQUERIMENTO DE REDUÇÃO DO QUANTUM
INDENIZATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 07/STJ. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTOS QUE
JUSTIFIQUEM A ALTERAÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO". (Aglnt
no AREsp 941.690/AM, Rei. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado
em 13/06/2017, DJe 22/06/2017) `AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTRUTORA. ATRASO NA
ENTREGA DO IMÓVEL. LUCROS CESSANTES DEVIDOS. CONGELAMENTO DO SALDO DEVEDOR
NÃO ENCONTRA AMPARO LEGAL. NULIDADE DE CLAUSULA DE TOLERÂNCIA DEVE SER
APRECIADO QUANDO DO JULGAMENTO DO MÉRITO DA AÇÃO. RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO. (...) 3. Isso porque o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já assentou que o
atraso injustificado na entrega de imóvel caracteriza a culpa exclusiva do promitente vendedor na hipótese
de resolução contratual. Recurso conhecido e parcialmente provido. 4. Assim, no presente caso, verifico
estarem presentes os requisitos ensejadores da concessão de tutela de evidência em favor do agravado: o
atraso injustificado na entrega do imóvel, devida e irrefutavelmente comprovado nos autos. 5.
Relativamente à discussão sobre a manutenção ou não da correção monetária do saldo devedor, por
conta do aludido atraso, entendo que a correção deve ser mantida, pois ela tem por finalidade eliminar as
distorções no valor da moeda, a fim de que prevaleça o seu valor real, não representando, portanto, um
bônus ao agravante e nem um ônus ao agravado. 6. No que concerne ao pedido de decretação da
nulidade da clausula de tolerância do contrato entabuiado entre as partes litigantes, tal medida deve ser
tratada quando do julgamento do mérito da ação, sob pena de esvaziamento da jurisdição do juízo de
origem. 7. Recurso conhecido e parcialmente provido". (2017.02099222-70, 175.273, Rei. JOSE MARIA
TEIXEIRA DO ROSARIO, Órgão Julgador 2a TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 2017-05-16,
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INDEFIRO o pedido de execução." Reza o art. 247 do CPC: Art. 247. A citação será feita pelo correio para
qualquer comarca do país, exceto: I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3o; II -
quando o citando for incapaz; III - quando o citando for pessoa de direito público; IV - quando o citando
residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; V - quando o autor,
justificadamente, a requerer de outra forma. Art. 248. Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou o chefe
de secretaria remeterá ao citando cópias da petição inicial e do despacho do juiz e comunicará o prazo
para resposta, o endereço do juízo e o respectivo cartório. § 1o A carta será registrada para entrega ao
citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a entrega, que assine o recibo. Dessa forma, adiro à observação
feita pelo custus iuris, no sentido de que embora a carta expedida por AR ao endereço do Réu tenha sido
recebida por terceiro, estranha ao feito (MARIA DE N. FIGUEIREDO), todavia, não foi contestado pelo
recorrido, sendo válida a citação. Sobre o assunto: AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL. MANDADO. CITAÇÃO. CORRESPONDÊNCIA. ENDEREÇO DO RÉU. RECEBIMENTO POR
TERCEIRO. CIÊNCIA DA DEMANDA. REEXAME. SÚMULA N. 7/STJ. NULIDADE. PREJUÍZO.
AUSÊNCIA. NÃO PROVIMENTO. 1. Consignando as instâncias ordinárias que o mandado de citação foi
entregue no endereço dos réus, embora assinado o AR por terceira pessoa, e que aqueles tiveram ciência
da demanda a tempo de respondê-la, sem alegar qualquer vício, somente vindo a fazê-lo no recurso, não
há que se falar em nulidade do ato por ausência de prejuízo à parte. 2. O simples reexame de prova não
enseja recurso especial, como ensina o enunciado n. 7 da Súmula desta Casa. 3. Agravo interno a que se
nega provimento. (AgInt no AREsp 1020264/PR, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA
TURMA, julgado em 16/05/2017, DJe 22/05/2017) Destarte, arremata o Parquet, in verbis: "Outrossim,
verifica-se que a apelante tem razão em suas alegações, senão vejamos: Às fls. 14 (ver e anverso) consta
o conteúdo da citação postal informando, inclusive que a audiência de conciliação havia sido designada
para o dia 07/06/2016. Já o AR de citação n.º 351634014JS anexado às fls. 16 dos autos está datado de
27/05/2016, portanto, o apelado foi citado na data alegada pela apelante." Nesse contexto, considerando
que a sentença expressamente reconheceu a inexistência de débito, bem como a falta dos requisitos da
execução, entendo que incorreu em equívoco. Ante o exposto, dou provimento monocrático ao recurso de
apelação, em ordem de anular a sentença e determinar o prosseguimento do feito na origem, nos termos
do art. 932, V, "b" e VIII do CPC/15 c/c art. 133, XII, "d" do RITJE/PA. Comunique-se o juízo "a quo".
Diligências legais. Belém - PA, 22 de fevereiro de 2019. Desa. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO
Relatora
fica por este ato intimado o embargado, por meio de seu patrono, para apresentar manifestação aos
Embargos de Declaração opostos nestes autos, no prazo legal. 21/02/2019 PROCESSO:
00159957120148140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
MARIA DE NAZARE SAAVEDRA GUIMARAES Ação: Procedimento Comum em: 25/02/2019
APELANTE/APELADO:SILVIA MARIA DO NASCIMENTO THEREZO Representante(s): OAB 18020 -
CARLOS AUGUSTO CARDOSO ALVES (ADVOGADO) OAB 21754 - MAYRA LUANA SANTOS ALVES
(ADVOGADO) APELADO/APELANTE:SPE PROGRESSO INCORPORADORA LTDA Representante(s):
OAB 16956 - LUCAS NUNES CHAMA (ADVOGADO) OAB 21974 - MHONYSE MARIA SEABRA
NEGRÃO MOREIRA (ADVOGADO) OAB 21074-A - FABIO RIVELLI (ADVOGADO) . PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ GABINETE DA DESEMBARGADORA MARIA DE
NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES DECISÃO MONOCRÁTICA SILVIA MARIA DO NASCIMENTO E SPE
PROGRESSO INCORPORADORA LTDA., devidamente qualificados nos autos em epígrafe, requereram
homologação judicial de acordo e extinção do feito com resolução do mérito, conforme as petições de
fls.268-269 e 271. Analisando detidamente os autos, verifico que o pedido de homologação formulado
conjuntamente pelas partes se reveste dos requisitos legais, porquanto disponíveis os direitos.
Corroborando o entendimento acima esposado, vejamos a jurisprudência: AGRAVO DE INSTRUMENTO.
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO APÓS SENTENÇA. POSSIBILIDADE.
Tratando-se de direitos patrimoniais de caráter privado, o acordo celebrado entre as partes deve ser
homologado pelo juiz para que surta seus efeitos, independentemente de o processo já ter sido
sentenciado. Inexistência de afronta aos artigos 463 e 471 do CPC. Precedentes jurisprudenciais.
RECURSO PROVIDO. DECISÃO MONOCRÁTICA. (Agravo de Instrumento Nº 70058585340, Décima
Quarta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Judith dos Santos Mottecy, Julgado em
18/02/2014) Por fim, devem custas ser rateadas igualmente entre as partes, devendo, outrossim, cada
uma arcar com os honorários de seus respectivos patronos. DISPOSITIVO Ante o exposto, JULGO O
PROCESSO EXTINTO COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO, com fulcro no artigo 487, inciso III, b do Código
de Processo Civil. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Belém, 21 de fevereiro de 2019. MARIA DE
NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES Desembargadora-Relatora PROCESSO: 00178813320138140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EDINEA OLIVEIRA
TAVARES Ação: Apelação Cível em: 25/02/2019 APELANTE:SAMEA ALBUQUERQUE DA COSTA SARE
Representante(s): OAB 12810-A - SAMEA ALBUQUERQUE DA COSTA SARE (ADVOGADO)
APELADO:THUFI ALBUQUERQUE COSTA SARE Representante(s): OAB 18047 - IANA ALBUQUERQUE
COSTA SARE (ADVOGADO) PROCURADOR(A) DE JUSTICA:MARCOS ANTONIO FERREIRA DA
NEVES. REPUBLICADO POR INCONSISTÊNCIA NO SISTEMA PODER JUDICIÁRIO 2ª TURMA DE
DIREITO PRIVADO COMARCA DE ORIGEM: BELÉM APELAÇÃO CÍVEL Nº 0017881-33.2013.8.14.0401
APELANTE: SAMEA ALBUQUERQUE DA COSTA SARE ADVOGADO: SAMEA ALBUQUERQUE DA
COSTA SARE - OAB Nº 12810-A/PA APELADO: THUFI ALBUQUERQUE COSTA SARE ADVOGADO:
IANA ALBUQUERQUE COSTA SARE - OAB Nº 18.047-A/PA PROCURADORA DE JUSTIÇA: MARCOS
ANTONIO FERREIRA DA NEVES RELATORA: DESA. EDINÉA OLIVEIRA TAVARES EMENTA: CIVIL E
PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO. LEI MARIA DA PENHA. REVOGAÇÃO DAS MEDIDAS PROTETIVAS.
DESAVENÇA ENTRE IRMÃOS. NÃO INCIDÊNCIA DA LEI MARIA DA PENHA. AUSÊNCIA DE
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM RAZÃO DO GÊNERO. REVOGAÇÃO DAS MEDIDAS PROTETIVAS E
EXTINÇÃO DO FEITO CORRETA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. I - Da atenta leitura do
relatório, nada se extrai que possa conduzir-nos à conclusão que a violência sofrida pela vítima, ora
apelante, haja sido motivada pelo gênero. O simples fato de haver sido praticada em ambiente doméstico,
envolvendo pessoas que coabitam (irmãos) e sendo a vítima mulher, não induz à incidência da Lei Maria
da Penha. Consabido que para restar caracterizada a violência de gênero, é necessário que se verifique
que a agressão foi perpetrada com menoscabo da condição feminina, ou seja, que a conduta lesiva contra
a mulher seja associada ao gênero feminino, o que não restou demonstrado na hipótese dos autos. II - Em
síntese, a incidência da Lei nº 11.340/06 reclama a constatação da presença concomitante da violência de
qualquer natureza praticada contra mulher em situação de vulnerabilidade, por motivação de gênero e
praticada por parceiro ou parceira em relação íntima de afeto, fator que, por razões culturais, não eram
objeto de tutela penal, sendo certo que, no caso concreto, o delito supostamente praticado pelo apelado
não guarda qualquer motivação de gênero apta a atrair a incidência da Lei nº 11.340/06. III - Logo se não
há violência doméstica, eventuais desavenças existentes entre as partes, que são irmãos germanos,
envolvendo a discussão sobre a herança deixada pelos genitores das partes deverão ser discutidas em
uma Vara de Família, máximo porque o Direito penal é medida de ultima ratio. IV - Ademais, consoante
boletins de ocorrência anexos, observa-se que a recorrente possui divergências não apenas com o
apelado, mas também com outros membros da família, motivo pelo qual inarredável a conclusão de que a
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questão ora tratada envolve nítido e verdadeiro conflito familiar, e não de superioridade do gênero
masculino sobre o feminino. V - Recurso conhecido e desprovido. DECISÃO MONOCRÁTICA A EXMA.
SRA. DESEMBARGADORA EDINÉA OLIVEIRA TAVARES (RELATORA): Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL
interposta por SAMEA ALBUQUERQUE DA COSTA SARE, inconformada com a sentença proferida pelo
Juízo da 3ª Vara do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a mulher, que revogou as medidas
protetivas anteriormente concedidas, e, extinguiu o processo sem análise meritória, com fulcro no artigo
267, inciso IV do CPC-73, em razão da ausência de pressuposto de desenvolvimento válido e regular do
processo (causa da violência doméstica seja baseada no gênero), nos autos de pedido de Medida
Protetivas formulado pela ora recorrente em desfavor de THUFI ALBUQUERQUE COSTA SARE, ora
recorrido. Inconformada, a requerente interpôs Recurso em Sentido Estrito às fls. 81/92, alegando em
síntese que desde o falecimento dos genitores das partes existe animo e prática de violência/psíquica do
recorrido contra a apelante, o que pode ser confirmado pelos boletins de ocorrência colacionados.
Sustenta que não trata apenas de problemas de herança, mas sim no desrespeito a autodeterminação da
mulher, pois vem sendo perseguida pelo apelado, que apesar de manter laços de sangue, não respeita
sua condição e somente objetiva vingança, prejudicando a ora insurgente inclusive em sua vida
profissional, pois seu escritório de advocacia fica instalado na residência familiar. Finaliza afirmando que
vive sob constante ameaça, e que os prejuízos morais e materiais sofridos repercutem diariamente em sua
vida, razão pela qual entende que devem ser mantidas as medidas protetivas deferidas, pois restou
sobejamente demonstrada a violência de gênero. À fl. 132, o Magistrado "a quo", recebeu o recurso
interposto como Apelação, por se tratar de matéria cível, em homenagem ao princípio da fungibilidade.
Devidamente intimado, o apelado apresentou contrarrazões às fls. 133/141, pugnando pela manutenção
do decisum de 1ª instancia. Instada a se manifestar a Douta Procuradoria de Justiça opinou pelo
conhecimento e desprovimento do apelo. É o sucinto relatório. D E C I D O. A EXMA. SRA.
DESEMBARGADORA EDINÉA OLIVEIRA TAVARES (RELATORA): Em atenção ao princípio do tempus
regit actum e orientação firmada no Enunciado Administrativo nº 2º do STJ, a análise do presente recurso
dar-se-á com embasamento do Código Processualista de 1973, a vista de que a decisão guerreada foi
publicada para efeito de intimação das partes ainda na vigência do referido Codex. Satisfeitos os
pressupostos processuais viabilizadores de admissibilidade recursal, conheço do presente Recurso. Passo
a apreciá-lo, procedendo ao julgamento na forma monocrática por se tratar de matéria cristalizada no
âmbito da jurisprudência pátria e, deste E. Tribunal. O cerne da controvérsia recursal cinge-se em verificar
o acerto da sentença de 1ª grau, que revogou as medidas protetivas de afastamento compulsório do lar -
proibição de aproximação da vítima a uma distância mínima de 100 metros, de manter contato com a
vítima ou frequentar seu local de trabalho - deferidas em favor da ora recorrente, a serem cumpridas pelo
seu irmão, ora recorrido, e, por fim, extinguiu o processo sem exame do mérito, por ausência de
pressuposto de desenvolvimento válido e regular do processo (causa da violência doméstica seja baseada
no gênero. Pois bem. Da atenta leitura do relatório, nada se extrai que possa conduzir à conclusão que a
violência sofrida pela vítima, ora apelante, haja sido motivada pelo gênero. O simples fato de haver sido
praticada em ambiente doméstico, envolvendo pessoas que coabitam (irmãos) e sendo a vítima mulher,
não induz à incidência da Lei Maria da Penha. Consabido que para restar caracterizada a violência de
gênero, é necessário que se verifique que a agressão foi perpetrada com menoscabo da condição
feminina, ou seja, que a conduta lesiva contra a mulher seja associada ao gênero feminino, o que não
restou demonstrado na hipótese dos autos. A propósito, sobre a violência de gênero, Flavia Piosevan
leciona que: "(...) a violência contra a mulher constitui ofensa à dignidade humana, sendo manifestação de
relações de poder historicamente desiguais entre mulheres e homens. (...) Vale dizer, a violência baseada
no gênero ocorre quando um ato é dirigido contra a mulher porque é mulher, ou quando os atos afetam as
mulheres de forma desproporcional". PIOSEVAN, Flávia. Temas de direitos humanos. 3. ed. São Paulo:
Saraiva, 2009, p. 229. Em síntese, a incidência da Lei nº 11.340/06 reclama a constatação da presença
concomitante da violência de qualquer natureza praticada contra mulher em situação de vulnerabilidade,
por motivação de gênero e praticada por parceiro ou parceira em relação íntima de afeto, fator que, por
razões culturais, não eram objeto de tutela penal, sendo certo que, no caso concreto, o delito
supostamente praticado pelo apelado não guarda qualquer motivação de gênero apta a atrair a incidência
da Lei nº 11.340/06. Logo se não há violência doméstica, eventuais desavenças existentes entre as
partes, que são irmãos germanos, envolvendo a discussão sobre a herança deixada pelos genitores das
partes deverão ser discutidas em uma Vara de Família, máximo porque o Direito penal é medida de ultima
ratio. Ademais, consoante boletins de ocorrência anexos, observa-se que a recorrente possui divergências
não apenas com o apelado, mas também com outros membros da família, motivo pelo qual inarredável a
conclusão de que a questão ora tratada envolve nítido e verdadeiro conflito familiar, e não de
superioridade do gênero masculino sobre o feminino. Nesse sentido: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
JUNIOR. DESPACHO Analisando os autos verifica-se que não foi procedida a intimação pessoal do
Estado do Pará para apresentar contrarrazões ao recurso de apelação interposto por Hilton Alves da
Costa, conforme bem frisou o Ministério Público em parecer de fls. 226-227v. Desse modo, a fim de evitar
eventuais nulidades futuras, DETERMINO o retorno dos autos à origem para que haja a intimação do
órgão de representação judicial do Estado do Pará para oferecimento de contrarrazões ao apelo
respectivo. À Secretaria para as devidas Providências. Servirá a presente decisão como mandado/ofício,
nos termos da Portaria nº 3731/2015-GP. Belém, 22 de fevereiro de 2019. Desembargador ROBERTO
GONÇALVES DE MOURA, Relator PROCESSO: 00010655420138140084 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EZILDA PASTANA MUTRAN Ação: Apelação Cível
em: 25/02/2019 APELADO:HEILA DE AZEVEDO ROCHA Representante(s): OAB 16715 - TATIANNA
CUNHA DA CUNHA (ADVOGADO) APELANTE:MUNICIPIO DE FARO Representante(s): OAB 16085 -
EMILIANO DA SILVA COSTA (PROCURADOR(A)) PROCURADOR(A) DE JUSTICA:ANTONIO
EDUARDO BARLETA DE ALMEIDA. DESPACHO Considerando a ausência de devolução do AR pelos
Correios, ensejando a carência de comprovação de intimação do Município de Faro referente ao Acórdão
emanado pela 1ª Turma de Direito Público, conforme Certidão (vide fl. 107), determino a expedição de
Carta de Ordem visando a regular intimação da Fazenda Pública Municipal. À Secretaria para as
providências cabíveis. P. R. I. Cumpra-se. Servirá cópia da presente decisão como mandado/ofício, nos
termos da Portaria n° 3731/2015-GP. Belém (PA), 18 de fevereiro de 2019. Desembargadora EZILDA
PASTANA MUTRAN Relatora PROCESSO: 00026579020078140301 PROCESSO ANTIGO:
201430268272 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EZILDA PASTANA MUTRAN Ação:
Apelação / Remessa Necessária em: 25/02/2019 SENTENCIADO / APELANTE:ESTADO DO PARA
Representante(s): OAB 12840 - MYRZA TANDAYA NYLANDER BRITO (PROCURADOR(A)) RAFAEL F.
ROLO - PROC. ESTADO (ADVOGADO) OAB 12840 - MYRZA TANDAYA NYLANDER BRITO
(PROCURADOR(A)) RAFAEL F. ROLO - PROC. ESTADO (ADVOGADO) SENTENCIANTE:JUIZO DA 1ª
VARA DE FAZENDA DA CAPITAL SENTENCIADO / APELADO:OSMAR DA SILVA NASCIMENTO
Representante(s): OAB 8514 - ADRIANE FARIAS SIMOES (ADVOGADO) OAB 13372 - ALINE DE
FATIMA MARTINS DA COSTA (ADVOGADO) OAB 17291 - ANA PAULA REIS CARDOSO (ADVOGADO)
OAB 22885 - ELAINE RABELO LIMA (ADVOGADO) . DESPACHO Vistos e etc. Ao analisar os autos,
verifico que OSMAR DA SILVA NASCIMENTO, autor da presente Ação Ordinária de Representação com
pedido de tutela antecipada, ajuizada em face do Estado do Pará, sob a minha relatoria, interpôs
RECURSO EXTRAORDINÁRIO (fls. 239/257) em face de decisão constante no Acórdão n° 149.718 (fls.
236/237v) referente aos Embargos de Declaração em Reexame Necessário e Apelação Cível, ao qual
conheci, mas neguei-lhe provimento. Constatei, ainda, que o douto relator Ministro Dias Toffoli determinou
o sobrestamento do feito, até o julgamento pelo Plenário da Corte da ADI 5154/PA de relatoria do Ministro
Luiz Fux. (fls. 288 e 297/299). Pelo exposto, verifica-se exaurida a jurisdição desta relatora, diante disso,
remetam-se os autos à Vice-Presidência para os fins devidos, nos termos do Regimento Interno deste
TJ/PA. Belém (PA), 18 de fevereiro de 2019. Desembargadora EZILDA PASTANA MUTRAN Relatora
PROCESSO: 00056389120168140000 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EZILDA PASTANA MUTRAN Ação: Agravo de
Instrumento em: 25/02/2019 AGRAVANTE:RAIMUNDA ROSA RODRIGUES CARVALHO VOUZELA
Representante(s): OAB 20434 - THAYARA CORREA FERREIRA (ADVOGADO)
AGRAVADO:MINISTERIO PUBLICO ESTADUAL PROMOTOR:REGINA LUIZA TAVEIRA DA SILVA
PROCURADOR(A) DE JUSTICA:MARIA TERCIA AVILA BASTOS DOS SANTOS. DESPACHO Vistos e
etc. Compulsando os autos, verifico que houve a interposição de Recurso Especial (fls. 212/228) em face
do Acórdão n° 194.008 (fls. 207/209v) referente. Pelo exposto, verifica-se exaurida a jurisdição desta
relatora, diante disso, remetam-se os autos à Vice-Presidência para os fins devidos, nos termos do
Regimento Interno deste TJ/PA. Belém (PA), 15 de fevereiro de 2019. Desembargadora EZILDA
PASTANA MUTRAN Relatora PROCESSO: 00063435520178140000 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELIANE VITÓRIA AMADOR QUARESMA Ação:
Agravo de Instrumento em: 25/02/2019 AGRAVANTE:MUNICIPIO DE BELEM Representante(s): OAB
11271 - GUSTAVO AZEVEDO ROLA (PROCURADOR(A)) AGRAVADO:OSMARINO ALVES HOLANDA
NETO Representante(s): OAB 11994 - JOSE ANIJAR FRAGOSO REI (DEFENSOR) . Conforme dispõe o
Provimento nº0006/2006 - CJRMB, fica por este ato intimado, por meio de seu patrono, para apresentar
manifestação ao Recurso Especial interposto nestes autos, no prazo legal. Belém, 21 de fevereiro de 2019
PROCESSO: 00083493520178140000 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EZILDA PASTANA MUTRAN Ação: Agravo de
Instrumento em: 25/02/2019 AGRAVANTE:MUNICIPIO DE MONTE ALEGRE Representante(s): OAB
7014 - SALAZAR FONSECA JUNIOR (PROCURADOR(A)) AGRAVADO:PEDRO ALVARO MENDES
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
BARBOSA Representante(s): OAB 8409 - PAULO BOAVENTURA MAIA MEDEIROS (ADVOGADO) OAB
13789 - CARIM JORGE MELEM NETO (ADVOGADO) . Processo n° 0008349-35.2017.814.0000 (PJE)
Órgão Julgador: 1ª Turma de Direito Público Agravante: MUNICÍPIO DE MONTE ALEGRE Procuradora do
Município: Salazar Fonseca Junior Agravado: PEDRO ALVARO MENDES BARBOSA Advogados: Paulo
Boaventura Maia Medeiros; Carim Jorge Melem Neto Relatora: Desembargadora EZILDA PASTANA
MUTRAN DECISÃO MONOCRÁTICA Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE
EFEITO SUSPENSIVO interposto pelo MUNICÍPIO DE MONTE ALEGRE contra decisão interlocutória
proferida pelo D. Juízo de Direito da Vara Única da Comarca de Monte Alegre/Pa (fls. 27/29), que, nos
autos de Mandado de Segurança (proc. nº 0004782-94.2017.814.0032), impetrado por PEDRO ALVARO
MENDES BARBOSA, deferiu o pedido liminar, determinando a imediata suspensão de qualquer
procedimento e efeitos proferidos pela Comissão de Sindicância n° 001/2017, incluindo o Relatório Final,
bem como da decisão administrativa exarada pela autoridade impetrada, até o julgamento do mérito da
ação mandamental. Em suas razões recursais (fls. 02/05), o município agravante, após breve exposição
dos fatos, defende a reforma da decisão hostilizada, argumentando, em síntese: [1] que a Secretaria
Municipal de Administração e Finanças tomou conhecimento que o agravado, servidor efetivo do município
de Monte Alegre, no período de 23/09/2015 a 31/12/2016, teria acumulado de forma indevida e ilegal o
subsídio de Secretário Municipal com a remuneração de seu cargo efetivo de Agente Administrativo; [2]
aduz que o servidor recebeu de forma ilegal quantia excedente em sua remuneração, conforme a ficha
financeira individual do recorrido; [3] relata que foi instaurado processo administrativo sob a forma de
Sindicância n° 001/2017, com observância do contraditório e da ampla defesa, com a finalidade de apurar
a irregularidade, sendo expedida a Portaria n° 169, de 22/03/2017; [4] afirma que o processo
administrativo instaurado é o da modalidade processo de controle, que diferencia-se do processo punitivo;
[5] que a Comissão Processante da Sindicância foi composta pelo Procurador do Município, Dr. Salazar
Fonseca Junior, e pelo servidor João Evangelista Souza da Fonseca, ambos ocupantes de cargos
comissionados, observando o disposto no artigo 157 do RJU Municipal; [6] aduz que a Comissão
apresentou Relatório Final, concluindo que os valores foram indevidamente percebidos pelo sindicado, ora
agravado, bem como que a quantia seria restituída aos cofres da municipalidade, através de descontos
nos pagamentos futuros do servidor, observando o limite de 25% da remuneração; [7] defende a
possibilidade da Comissão Processante ser composta por servidores comissionados, com base no
disposto no artigo 157 da Lei Municipal n° 4.080/1993 (RJU municipal). Defende a presença dos requisitos
legais para a concessão do efeito suspensivo. Ao final, requer o conhecimento e o provimento do recurso,
no sentido de que seja reformada integralmente a decisão guerreada. Juntou documentos (fls. 06/83). Os
autos foram distribuídos à minha relatoria (fl. 84). O pedido de efeito suspensivo foi indeferido, por
entender ausentes os requisitos legais, conforme decisão monocrática (vide fl. 86/87). O agravado não
apresentou contrarrazões ao recurso, conforme certidão (fl. 88). Instado a se manifestar, o Ministério
Público nesta instância apresentou parecer, manifestando-se pelo conhecimento e desprovimento do
recurso. Os autos retornaram conclusos. É o relatório. DECIDO. O recurso comporta julgamento imediato
na forma do art. 932, III do NCPC/2015. Analisando os autos originários, constata-se que o Juízo a quo
proferiu Sentença nos autos principais de Mandado de Segurança (processo nº 0004782-
94.2017.814.0032), circunstância que acarreta a perda do objeto do presente Agravo de Instrumento. Por
oportuno, transcrevo a sentença prolatada na ação originária: "AÇ"O DE MANDADO DE SEGURANÇA
COM PEDIDO DE LIMINAR - PROCESSO Nº 0004782-94.2017.814.0032 IMPETRANTE: PEDRO
ALVARO MENDES BARBOSA ADVOGADO: CARIM JORGE MELEM NETO ADVOGADO: PAULO
BOAVENTURA MAIA MEDEIROS IMPETRADO: PREFEITO MUNICIPAL DE MONTE ALEGRE
LITISCONSORTE PASSIVO: MUNICÍPIO DE MONTE ALEGRE ADVOGADO: SALAZAR FONSECA
JÚNIOR SENTENÇA CÍVEL COM MÉRITO Vistos, etc. Trata-se de Ação de Mandado de Segurança com
pedido de liminar formulado por PEDRO ALVARO MENDES BARBOSA, já qualificado, contra ato do
Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal de Monte Alegre, JARDEL VASCONCELOS CARMO e
membros da Comissão de Sindicância instaurada pela Portaria nº 169, aduzindo sinteticamente que
arrimado em parecer jurídico do Procurador do Município SALAZAR FONSECA JÚNIOR, a Autoridade
impetrada, por intermédio da Portaria nº 169/2017 determinou a instauração da Sindicância nº 001/2017,
com a finalidade de serem apurados e restituídos aos cofres públicos os valores excedentes que alguns
servidores receberam da Administração Pública, sendo que no ato foram nomeados os Senhores
SALAZAR FONSECA JÚNIOR e JO"O EVANGELISTA SOUZA DA FONSECA para respectivamente
funcionarem como Presidente e membro da referida comissão de sindicância. Informa que instaurada e
aberto os procedimentos, ao impetrante foi dada a possibilidade de defesa escrita, sendo posteriormente
intimado a comparecer perante a Comissão com a finalidade de ser interrogado, esclarecendo que
comparecendo à audiência, afirmou à Comissão que tencionava fazer sua defesa oral em respostas às
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
perguntas que lhe fossem formuladas, contudo, desde que a Comissão enfrentasse as preliminares
suscitadas trazidas na defesa escrita, motivo pelo qual a Comissão suspendeu os procedimentos sem
maiores questionamentos deixando, porém, de produzir as provas requeridas pelo impetrante. Por fim
assevera que sem qualquer manifestação, a Comissão proferiu um RELATÓRIO FINAL, em 12 de abril de
2017, decidindo que o impetrante deveria devolver aos cofres públicos os valores supostamente indevidos
percebidos, tendo o Prefeito Municipal acatado o referido relatório, decidindo pela condenação do
impetrante à restituição, determinando que um profissional de contabilidade apresentasse qual o valor a
ser restituído. Pleiteou medida liminar para que se determine, até o julgamento do mérito, que a
Autoridade impetrada suspenda a decisão e todos os procedimentos referente a Sindicância nº 001/2017 e
no mérito, pugna pela anulação do ato administrativo. A medida liminar foi deferida. A Autoridade
impetrada apresentou as informações necessárias e pugnou pela improcedência do pedido. O Ministério
Público se manifestou pela concessão da segurança. É o relatório. DECIDO. Não existem questões
preliminares a serem apreciadas. No mérito, não houve modificação no entendimento do Juízo acerca da
questão controvertida, que ao analisar o pedido de liminar, assim decidiu: "(...) No caso vertente, o
impetrante impugna ato do Excelentíssimo Senhor Prefeito de Monte Alegre que arrimado em parecer do
Procurador do Município SALAZAR FONSECA JÚNIOR, determinou por intermédio da Portaria 169, de
22/03/2017 a instauração de Sindicância nº 001/2017, como a finalidade se serem apuradas e restituídos
aos cofres públicos os valores excedentes que receberam servidores públicos municipais, entre os quais o
impetrante, bem como a decisão proferida pela Autoridade impetrada, que acatando o Relatório Final da
Comissão de Sindicância, condenou o impetrante a restituição de valores aos cofres públicos a serem
apurados por um profissional de contabilidade. O impetrante alega a ilegalidade do procedimento,
considerando para tanto a nulidade formal da Portaria, pois os membros designados para a composição
da Comissão são servidores unicamente comissionados, estranhos ao quadro efetivo, a nulidade absoluta
da sindicância, bem como o cerceamento do direito da ampla defesa. Pois bem, inicialmente destaco que
o substrato da matéria envolve o controle jurisdicional sobre os atos da administração, porquanto a
impugnação do impetrante associa-se à promessa constitucional de inafastabilidade de controle
jurisdicional. Nesse sentido, importa anotar que "é princípio assente em nosso Direito em com expresso
respaldo na Lei Magna que nenhuma lesão ou ameaça a direito poderá ser subtraída à apreciação do
Poder Judiciário (art. 5º, XXXV). Nem mesmo a lei poderá excepcionar este preceito, pois, a tanto, o
dispositivo mencionado opõe insuperável embargo. Segue-se que um ato gravoso, provenha de quem
provier, pode ser submetido ao órgão judicante a fim de que este afira sua legitimidade e o fulmine se
reputar configurada ofensa a um direito" (Celso Antonio Bandeira de Mello, Curso de Direito
Administrativo, 29ª ed., S"o Paulo: Malheiros, 2012, p. 974). A extens"o do controle jurisdicional sobre os
atos administrativos está circunscrita à análise de sua legitimidade, limitando-se a dizer o direito no caso
concreto, sem, contudo, invadir a seara administrativa. Especificamente sobre o controle jurisdicional do
processo administrativo disciplinar, a atuaç"o do Judiciário nessa seara revela expediente reservado para
circunstâncias excepcionais, de forma a n"o conflagrar interferência entre poderes. Nesse sentido:
"RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. PROCESSO
DISCIPLINAR. AUTONOMIA DAS INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVA E PENAL. SUFICIÊNCIA E
VALIDADE DAS PROVAS. INCURS"O NO MÉRITO ADMINISTRATIVO. (...) 2. Compete ao Poder
Judiciário apreciar a regularidade do procedimento disciplinar, à luz dos princípios do contraditório, da
ampla defesa e do devido processo legal, sem, contudo, adentrar no mérito administrativo" (STJ, RMS
12.971/TO, 6ª Turma, rel. Min. Hamilton Carvalhido, j. 18.05.2004). Nesse contexto, constato a relevância
dos fundamentos jurídicos da impetração, pois, numa atenta análise dos autos revela que a marcha do
processo administrativo violou os princípios constitucionais da ampla defesa e principalmente da
imparcialidade. Num exame sumário, de plano, identifico a nulidade do procedimento em face da
composição da comissão de sindicância, uma vez que presidida por funcionário não estável, ocupante de
cargo em comissão, no caso, o Procurador Jurídico SALAZAR FONSECA JÚNIOR. O processo
administrativo é realizado por comissões disciplinares, pois é a melhor forma para garantir a
imparcialidade na instrução do processo e, "para garantir essa imparcialidade, tem-se entendido, inclusive
na jurisprudência, que os integrantes da comissão devem ser funcionários estáveis e não interinos ou
exoneráveis 'ad nutum'" (Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Direito Administrativo, 25ª edição, 2012, Editora
Atlas, p. 694). Este é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça: "ADMINISTRATIVO.
PREQUESTIONAMENTO IMPLÍCITO. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. MEMBROS DA
COMISS"O PROCESSANTE. ESTABILIDADE NO CARGO E N"O APENAS NO SERVIÇO PÚBLICO. 1.
No caso concreto, dois dos membros da comissão processante não se apresentavam com estabilidade no
cargo de auditor fiscal, à míngua dos três anos de exercício. Eles eram servidores da Receita Federal e
Técnicos do Tesouro Nacional/Técnicos da Receita Federal, mas, no cargo específico de Auditor Fiscal,
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não havia ainda completado o tempo de três anos para adquirem a estabilidade. 2. O art. 149 da Lei n.
8.112/90, quando estabelece que o processo disciplinar será conduzido por comissão composta por três
servidores estáveis, tem por escopo assegurar a total independência desses servidores, de modo a evitar
que sofram ingerência indevida da atual chefia. Trata-se, na verdade, de uma garantia do investigado,
assim como é uma garantia do cidadão as prerrogativas conferidas aos membros da magistratura e do
ministério público. 3. A simples estabilidade no serviço público n"o assegura ao servidor essa
independência. Isso porque, o atual cargo é fruto de um desejo do servidor, que se submeteu a um novo
concurso público e, portanto, afigura-se-lhe de considerável importância. Toda ameaça a bem valioso - o
atual cargo pode ser assim considerado é suficiente para intimidar, causar temor, receio, o que podem
comprometer a imparcialidade no desempenho das funções a serem exercidas na comissão processante.
4. Portanto, em respeito ao art. 149 da Lei n. 8.112/90, os membros da comissão processante devem ser
estáveis no atual cargo em que ocupam, e n"o apenas no serviço público. Agravo regimental improvido"
(AgRg no REsp n. 1.317.278/PE, 2ª Turma, rel. Min. Humberto Martins, j. 28.08.2012). Assim sendo, n"o
se pode admitir que a Comissão Sindicante seja presidida por servidor unicamente comissionado, como
ocorreu no presente caso. Como se sabe, não cabe ao Judiciário avaliar as provas produzidas ou a justiça
da decisão proferida no processo administrativo. Incumbe-lhe apenas a análise da observância do devido
processo legal e das normas correlatas que deverão ser aplicadas ao caso concreto. Acontece que,
identificado o vício no procedimento, capaz de ensejar potencial prejuízo ao exercício da ampla defesa e à
imparcialidade da comissão julgadora, identifica-se hipótese de controle jurisdicional dos atos
administrativos, permitindo a atuação do Poder Judiciário em face da lesão a direito do servidor
investigado. Na mesma linha, anoto a jurisprudência pátria: "REEXAME NECESSÁRIO Mandado de
segurança. Sindicância e afastamento liminar de servidor público de seu cargo Município de Queluz.
Composição viciada da comissão de sindicância. Funcionários ocupantes de cargo em comissão. Violação
aos princípios constitucionais da ampla defesa e da imparcialidade. RECURSO DESPROVIDO. Fere os
princípios constitucionais da ampla defesa e da imparcialidade, comissão de sindicância composta por
funcionários ocupantes de cargo em comissão" (TJSP, Relator (a): Vicente de Abreu Amadei; Comarca:
Queluz; Órg"o julgador: 1ª Câmara de Direito Público; Data do julgamento: 12/11/2013; Data de registro:
14/11/2013). "RECURSO DE APELAÇ"O. ANULAÇ"O DE PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR.
COMISS"O PROCESSANTE FORMADA POR AGENTES OCUPANTES DE CARGOS EM COMISS"O.
INADMISSIBILIDADE. VÍCIO RECONHECIDO. 1. A comissão processante disciplinar deve ser composta
por funcionários que ocupam cargos de efetivo provimento, sob pena de nulidade do processo
administrativo dela resultante. 2. Inteligência dos artigos 259 a 261 da Lei Municipal n.º 3.181/76 (Estatuto
dos Funcionários Públicos Municipais). 3. Ação julgada procedente para decretar a nulidade do processo
administrativo, com o cancelamento da penalidade e demais efeitos, mais a restituição dos valores retidos.
4. Sentença de improcedência reformada. 5. Recurso de apelação provido" (TJSP. Relator (a): Francisco
Bianco; Comarca: Ribeirão Preto; Órg"o julgador: 5ª Câmara de Direito Público; Data do julgamento:
02/04/2012; Data de registro: 10/04/2012; Outros números: 6673415900).Diante disso, em sede de
cognição sumária, descortina-se a nulidade da decisão proferida na Sindicância nº 001/2017, instaurada
através da portaria nº 169/2017, da lavra do Excelentíssimo Senhor Prefeito de Monte Alegra, motivo pelo
qual a concessão da liminar é medida que se impõe". Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido
contido na inicial e em via de consequência CONCEDO A SEGURANÇA pleiteada, confirmando os efeitos
da liminar concedida às fls. 96/98, e em via de consequência ANULO integralmente todos procedimentos
levados a efeito pela Comissão de Sindicância nº 001/2017, desde a instalação da comissão processante
até o Relatório Final, bem como a decisão administrativa exarada pela Autoridade Impetrada, que
determinou que o (a) impetrante devolva aos cofres públicos da municipalidade os valores recebidos
indevidamente, após cálculo por profissional de contabilidade. Sem honorários, por força das Súmulas nº
512 do Supremo Tribunal Federal e 105 do Superior Tribunal de Justiça. A sentença está sujeita ao duplo
grau de jurisdição obrigatório, conforme dispõe o art. 14, caput, da Lei nº 12.016/2009. Destarte, decorrido
o prazo para recurso voluntário, interposto ou não, remetam-se os autos ao Tribunal de Justiça do Estado
do Pará. P. R. I. Monte Alegre/PA, 18 de julho de 2017. THIAGO TAPAJÓS GONÇALVES Juiz de Direito"
Assim, no caso em comento, tendo em vista a superveniência de sentença, o presente Agravo de
Instrumento, que tem por objeto a reforma da decisão interlocutória de primeiro grau, perdeu o seu objeto,
ficando prejudicado, na medida em que o deslinde entre as partes já foi superado com a decisão de mérito
prolatada. Acerca da perda do objeto, Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery, na obra "Código
de Processo Civil Comentado", 8ª ed., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004, p. 1041, anotam:
"Recurso prejudicado. É aquele que perdeu seu objeto. Ocorrendo a perda do objeto, há falta
superveniente de interesse recursal, impondo-se o não conhecimento do recurso. Assim, ao relator cabe
julgar inadmissível o recurso por falta de interesse, ou seja, julgá-lo prejudicado." O art. 932, III do Código
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Processual Civil/15 preceitua: "Art. 932. Incumbe ao relator: III - não conhecer de recurso inadmissível,
prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida" (grifei)
Com efeito, vislumbra-se que o objeto da ação principal já foi solucionado pelas partes, motivo pelo qual a
análise do presente recurso encontra-se prejudicada. Isso ocorre porque, o provimento ou improvimento
do recurso resta sem efeito diante da solução do litígio. Corroborando com o tema, a jurisprudência assim
se posiciona: "AGRAVO INTERNO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU SEGUIMENTO
AO RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. POR PERDA DE OBJETO EM FACE DA PROLAÇÃO
DE SENTENÇA NO PROCESSO PRINCIPAL. AUSENTE QUALQUER INOVAÇÃO, NO PRESENTE
AGRAVO INTERNO, NA SITUAÇÃO FÁTICA-JURÍDICA ESTAMPADA NO AGRAVO DE INSTRUMENTO,
QUE BUSCA RECONSIDERAÇÃO DO DECISUM FUSTIGADO, O RECURSO NÃO MERECE
PROVIMENTO. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, PORÉM À UNAMINIDADE DESPROVIDO.
(2017.01035344-16, 171.759, Rel. LEONARDO DE NORONHA TAVARES, Órgão Julgador 1ª TURMA DE
DIREITO PRIVADO, Julgado em 2017-03-13, Publicado em 2017-03-17) AGRAVO DE INSTRUMENTO.
APLICAÇÃO DA NORMA PROCESSUAL NA ESPÉCIE. PROLAÇÃO DE SENTENÇA PELO JUÍZO
AGRAVADO. PERDA SUPERVENIENTE DO OBJETO. RECURSO PREJUDICADO. NÃO
CONHECIMENTO DO RECURSO. 1. Ante o disposto no art. 14, do CPC/2015, tem-se que a norma
processual não retroagirá, de maneira que devem ser respeitados os atos processuais e as situações
jurídicas consolidadas sob a vigência da lei revogada. Desse modo, hão de ser aplicados os comandos
insertos no CPC/1973, vigente por ocasião da publicação e da intimação da decisão agravada. 2. Se antes
do julgamento do Agravo de Instrumento é prolatada a sentença pelo juízo de origem, resta caracterizada
a perda superveniente do objeto recursal, o que implica no seu não conhecimento. (2016.05122506-58,
169.609, Rel. ROBERTO GONCALVES DE MOURA, Órgão Julgador 2ª CÂMARA CÍVEL ISOLADA,
Julgado em 2016-11-28, Publicado em 2017-01-09) Portanto, constata-se que não se faz necessária a
análise do mérito da decisão interlocutória ora recorrida. Pelo exposto, NEGO SEGUIMENTO AO
PRESENTE AGRAVO, por julgá-lo prejudicado, nos termos do art. 932, III, do CPC/15. Certifique-se o
trânsito em julgado desta decisão, após arquive-se. Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos
termos da Portaria n°3731/2015-GP. P.R.I. Belém (PA), 14 de fevereiro de 2019. Desembargadora
EZILDA PASTANA MUTRAN Relatora PROCESSO: 00144558520148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELIANE VITÓRIA AMADOR QUARESMA Ação:
Apelação Cível em: 25/02/2019 APELANTE:MARA BETANIA DOS SANTOS SILVA Representante(s):
OAB 8429 - ANDRE LUIZ EIRO DO NASCIMENTO (ADVOGADO) APELADO:MUNICIPIO DE BELEM
Representante(s): OAB 11902 - LUCIANO SANTOS DE OLIVEIRA GOES (PROCURADOR(A))
PROCURADOR(A) DE JUSTICA:TEREZA CRISTINA DE LIMA. ATO ORDINATÓRIO Conforme dispõe o
Provimento nº 0006/2006 - CJRMB, fica por este ato intimado, por meio de seu patrono, para apresentar
manifestação ao Agravo, interposto nestes autos, no prazo legal. Belém, 21/2/19 PROCESSO:
00208936120018140301 PROCESSO ANTIGO: 201130163342
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELIANE VITÓRIA AMADOR QUARESMA Ação:
Apelação Cível em: 25/02/2019 APELANTE:MUNICIPIO DE BELEM Representante(s): JOAO BATISTA
VIEIRA DOS ANJOS (ADVOGADO) APELADO:SINDICATO DO COM VAREJISTA DE PROD
FARMACEUTICOS NO ESTADO DO PARA Representante(s): OAB 7331 - ANDRE LUIZ SALGADO
PINTO (ADVOGADO) OAB 7331 - ANDRE LUIZ SALGADO PINTO (ADVOGADO) PROCURADOR(A) DE
JUSTICA:MARIA DO PERPETUO SOCORRO VELASCO DOS SANTOS. Conforme dispõe o Provimento
nº0006/2006 - CJRMB, fica por este ato intimado, por meio de seu patrono, para apresentar manifestação
ao Recurso Especial interposto nestes autos, no prazo legal. Belém, 21 de fevereiro de 2019 PROCESSO:
00336790720088140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ELIANE VITÓRIA AMADOR QUARESMA Ação: Apelação / Remessa Necessária em: 25/02/2019
SENTENCIADO / APELADO:MANOEL GILBERTO LOBATO CORDEIRO SENTENCIADO /
APELADO:ANTONIO MARIA GOMES SENTENCIADO / APELADO:JURANDIR NASCIMENTO
SENTENCIADO / APELADO:ASSIS DA CONCEICAO DOS REIS RAMOS SENTENCIADO /
APELADO:ROBERTO FLAVIO DA COSTA SILVA SENTENCIADO / APELADO:PAULO SERGIO DA
FONSECA DIAS SENTENCIADO / APELADO:NELSON DIAS DA SILVA SENTENCIADO /
APELADO:RILTON DA SILVA ALVES SENTENCIADO / APELADO:ZENO MONTEIRO CAMPOS
Representante(s): OAB 20936 - JONAS HENRIQUE BAIMA DA SILVA (ADVOGADO) OAB 26853 -
CRISLAN MORAES DA VEIGA (ADVOGADO) SENTENCIADO / APELADO:RAIMUNDO MIGUEL
BENEVIDES DE SOUZA Representante(s): OAB 13209 - MARCIO AUGUSTO MOURA DE MORAES
(ADVOGADO) OAB 26853 - CRISLAN MORAES DA VEIGA (ADVOGADO) SENTENCIADO /
APELANTE:IGEPREV - INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO PARA
Representante(s): OAB 7884 - MARLON JOSE FERREIRA DE BRITO (PROCURADOR(A))
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jurídica, qual seja, o Estado do Pará. Tratando-se de decisão monocrática proferida por relator, cabível é a
interposição do agravo interno, o qual se não exercido o juízo de retratação, deverá ser levado a
julgamento no órgão colegiado, nos termos do art. 1.021, §2º, do CPC. Art. 1.021. Contra decisão
proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao
processamento, as regras do regimento interno do tribunal. (...) § 2o O agravo será dirigido ao relator, que
intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não
havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta. Pois
bem, o agravante se insurge quanto ao valor da multa diária, arbitrada em R$ 10.000,00 (dez mil reais),
em caso de descumprimento. Da análise dos autos verifico que a agravada sofreu lesão no joelho em
2011 quando praticava atividade esportiva. Após submeter-se a procedimento cirúrgico em 09/04/2014,
permaneceu com dores no quadril, dependendo de muletas para caminhar, sentia que sua perna direita
estava ficando menor e os joelhos estavam inchados e doloridos. Posteriormente, procurou outro
ortopedista, que indicou nova cirurgia e após consultar hospitais particulares concluiu que precisaria de
oito mil reais. Sem condições de arcar com tais custos, pleiteou junto ao Poder Judiciário o provimento
necessário para realizar o procedimento na rede pública. Sobre o elevado valor da multa arbitrada pelo
Magistrado de origem e mantido pela desembargadora da decisão ora atacada, o agravante sustenta que
o quantum é desproporcional e dissociado da razoabilidade diante do caso concreto. Com efeito, assiste
razão ao ora agravante, uma vez a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de se
admitir a redução da multa diária cominatória, tanto para se atender aos princípios da proporcionalidade e
razoabilidade quanto para se evitar o enriquecimento sem causa, ainda que se verifique o descaso do
devedor. Ainda nesse sentido, ressalte-se que o valor fixado a título de astreintes encontra limitações na
proporcionalidade e razoabilidade e, uma vez verificado pelo julgador que se tornou insuficiente ou
excessivo, pode de ofício, nos termos do atual art. 537, § 1º, I, do CPC/15, modificar o valor ou a
periodicidade da multa. Nesse sentido, os seguintes precedentes, verbis: AGRAVO REGIMENTAL.
RECURSO ESPECIAL. ASTREINTES. REVISÃO DO VALOR. POSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE
VIOLAÇÃO A COISA JULGADA. INTIMAÇÃO PESSOAL. NECESSIDADE. SÚMULA 410/STJ. DECISÃO
AGRAVADA MANTIDA. IMPROVIMENTO. 1.- A jurisprudência desta Corte orienta que "o legislador
concedeu ao juiz a prerrogativa de impor multa diária ao réu com vista a assegurar o adimplemento da
obrigação de fazer (art. 461, caput, do CPC), bem como permitiu que o magistrado afaste ou altere, de
ofício ou a requerimento da parte, o seu valor quando se tornar insuficiente ou excessiva, mesmo depois
de transitada em julgado a sentença, não se observando a preclusão ou a coisa julgada, de modo a
preservar a essência do instituto e a própria lógica da efetividade processual (art. 461, § 6º, do CPC)"
(AgRg no AREsp 195.303/SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 28/05/2013,
DJe 12/06/2013). [...] 4.- Agravo Regimental improvido.' (STJ , AgRg nos EDcl no REsp 1.459.296/SP,
Relator o Ministro SIDNEI BENETI, DJe de 1º/9/2014) CIVIL E PROCESSUAL. AGRAVO REGIMENTAL.
EXECUÇÃO. MULTA. ALTERAÇÃO DE VALOR ABSURDO. AGRAVO IMPROVIDO. I. Esta Corte já
firmou o entendimento de que a multa pelo descumprimento de decisão judicial deve e pode ser alterada
quando fixada, na origem, cm valor excessivo ou insuficiente (Artigo 461, § 6º, do Código de Processo
Civil). II. Agravo improvido. (STJ, AgRg no Ag 1032856/SP, Rei. Ministro ALDIR PASSARINHO JÚNIOR,
QUARTA TURMA, julgado em 17/09/2009, DJe 13/10/2009) EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO EM
AÇÃO ORDINÁRIA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. TUTELA ANTECIPADA DETERMINANDO O
ENCAMINHAMENTO PARA CENTRO DE TRATAMENTO DE REFERÊNCIA PARA AVALIAÇÃO,
TRATAMENTO E PROCEDIMENTO CIRÚRGICO ESPECIALIZADO. ARBITRAMENTO DE ASTREINTES
NO VALOR DE R$ 10.000,00 (DEZ MIL REAIS) AO DIA EM CASO DE DESCUMPRIMENTO. REDUÇÃO
DO QUANTUM EM ATENÇÃO AOS CRITÉRIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE.
POSSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 537, § 1º, I DO CPC/15. AGRAVO CONHECIDO E
PROVIDO. À UNANIMIDADE. 1. Conforme entendimento do Col. STJ, o valor fixado a título de astreintes
encontra limitações na proporcionalidade e razoabilidade e, uma vez verificado pelo julgador que se tornou
insuficiente ou excessivo, poderá ele modificar o valor ou a periodicidade da multa. 2. Verificado o elevado
valor da multa arbitrada pelo Juízo de piso, cabe a sua redução com vistas a atender os critérios da
razoabilidade e proporcionalidade. Precedentes STJ. 3. Agravo conhecido e provido. Decisão unânime.
(Agravo de Instrumento. Proc. nº 0012663-58.2016.814.0000. TJ/PA. 1ª Turma de Direito Público. Relator:
Des. Roberto Gonçalves de Moura. Julgado: 23/07/2018. Publicado: 14/08/2018) Dessa forma, é possível
o Julgador, de ofício ou a requerimento da parte, reduzir o valor da multa fixada em caso de
descumprimento de decisão judicial quando se verificar que foi estabelecida fora dos parâmetros da
razoabilidade ou quando se tornar exorbitante, evitando, com isso, enriquecimento indevido. Logo,
entendo que a decisão atacada merece reforma nesse aspecto, visto que o valor arbitrado pelo Juízo a
quo em R$ 10.000,00 (dez mil reais) ao dia por descumprimento, mostra-se elevado em demasia, além da
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falta de limitação ao montante. Assim, diante das peculiaridades do caso entendo razoável minorar a multa
aplicada, estabelecendo o quantum de R$ 1.000,00 (mil reais), por dia, em caso de descumprimento,
limitando-a ao montante de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Sobre a responsabilização pessoal do
agente público, em caso de descumprimento de ordem judicial, deve-se atentar ao que dispõe o art. 37, §
6º, da Constituição Federal: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem
a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Considerando, portanto, que a responsabilidade civil dos gestores da Administração Pública é subsidiária,
inexiste fundamento legal para responsabilizá-los, haja vista sequer ter figurado como parte na relação
processual em que foi imposta a cominação, sob pena de violação do direito constitucional da ampla
defesa. Neste sentido, o Colendo Superior Tribunal de Justiça assim decidiu: ADMINISTRATIVO.
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇ"O DE SENTENÇA. AÇ"O CIVIL PÚBLICA. APLICAÇ"O DE MULTA
PREVISTA NO ART. 461, §§ 4º E 5º, DO CPC. IMPOSSIBILIDADE DE REDIRECIONAMENTO AO
GESTOR PÚBLICO POR N"O SER PARTE NO FEITO. 1. Nos termos da jurisprudência pacífica desta
Corte, em se tratando de obrigação de fazer, é permitido ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, a
imposição de multa cominatória ao devedor (astreintes), mesmo contra a Fazenda Pública. 2. Não é
possível, contudo, a extensão ao agente político de sanção coercitiva aplicada à Fazenda Pública em
decorrência da sua não participação efetiva no processo. Entendimento contrário acabaria por violar os
princípios do contraditório e da ampla defesa. Agravo regimental improvido. (Processo AgRg no AREsp
196946 / SE Relator(a) Ministro HUMBERTO MARTINS (1130) Órgão Julgador T2 - SEGUNDA TURMA
Data do Julgamento 02/05/2013 - grifei). Do mesmo modo é o entendimento firmado neste Egrégio
Tribunal de Justiça: APELAÇÃO CÍVEL. CONSTITUCIONAL. PRELIMINAR - ILEGITIMIDADE PASSIVA
DO ESTADO DO PARÁ. AFASTADA. MÉRITO. DIREITO À SAÚDE. DEVER DO ESTADO E DO
MUNICÍPIO. OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA ENTRE OS ENTES FEDERATIVOS. TRATAMENTO MÉDICO E
MEDICAMENTO INDISPENSÁVEL À SAÚDE DO PACIENTE. CONDENAÇÃO EM MULTA PESSOAL EM
CASO DE DESCUMPRIMENTO. INCIDÊNCIA SOBRE A FIGURA PESSOAL DO GESTOR AFASTADA.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. EM REEXAME NECESSÁRIO, SENTENÇA
REFORMADA EM PARTE. À UNANIMIDADE. 1. Ante o disposto no art. 14, do CPC/2015, tem-se que a
norma processual não retroagirá, de maneira que devem ser respeitados os atos processuais e as
situações jurídicas consolidadas sob a vigência da lei revogada. Desse modo, hão de ser aplicados os
comandos insertos no CPC/1973, vigente por ocasião da publicação e da intimação da decisão apelada.
PRELIMINAR 2. Ilegitimidade Passiva do Estado. A saúde é responsabilidade do Estado que, em seu
sentido amplo, compreende todos entes federados (União, Estado e Municípios, além do Distrito Federal),
não havendo falar em fatiamento de atribuições quando se trata da prestação dessa garantia
constitucional. MÉRITO 3. O direito à saúde, constitucionalmente assegurado, revela-se como uma das
pilastras sobre a qual se sustenta a Federação, o que levou o legislador constituinte a estabelecer um
sistema único e integrado por todos os entes federados, cada um dentro de sua esfera de atribuição, para
administrá-lo e executá-lo, seja de forma direta ou por intermédio de terceiros. 4. Impende assinalar a
existência de expressa disposição constitucional sobre o dever de participação dos entes federados no
financiamento do Sistema Único de Saúde, nos termos do art. 198, parágrafo único. Precedentes do C.
STJ e STF. 5. Multa diária em caso de descumprimento. Aplicação tão somente à pessoa jurídica
responsável pelo cumprimento da ordem, no caso o Estado do Pará. 6. Apelação conhecida e provida
parcialmente. Em reexame necessário, sentença reformada parcialmente. Decisão Unânime. (TJPA,
2017.01669107-24, 174.202, Rel. ROBERTO GONCALVES DE MOURA, Órgão Julgador 1ª TURMA DE
DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2017-04-03, Publicado em 2017-04-28). (grifos nossos). EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALEGAÇÃO DE OMISSÃO. OMISSÃO
RECONHECIDA. MÉRITO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
NÃO CABIMENTO DAS ASTREINTES NA PESSOA DO GESTOR PÚBLICO, NO CASO, O
GOVERNADOR DO ESTADO DO PARÁ. MULTA PERMANECE EM FACE DA FAZENDA PÚBLICA
ESTADUAL. JURISPRUDÊNCIA PACÍFICA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDO E PROVIDO.
AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO A UNANIMIDADE. 1 - De fato ao analisar as razões recursais do
agravo de instrumento interposto e a decisão de mérito proferida pela Desa. MARNEIDE TRINDADE P.
MERABET, verifico que a então relatora deixou de se manifestar acerca do acerto ou não da decisão
interlocutória atacada no ponto concernente à aplicação de multa diária na pessoa do gestor, no caso, o
Governador do Estado do Pará. Desse modo, configurada a omissão apontada. 2 - Manutenção das
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astreintes em face da fazenda pública estadual, com o fim de garantir efetividade ao provimento
jurisdicional. (TJPA, 2017.01145818-43, 172.131, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão Julgador 1ª
TURMA DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2017-03-13, Publicado em 2017-03-24). (grifos nossos).
DECISÃO MONOCRÁTICA: Trata-se de agravo de instrumento interposto pela Superintendência do
Sistema Penitenciário do Estado do Pará SUSIPE, em irresignação à decisão prolatada pelo Juízo da 1ª
Vara Cível da Comarca de Paragominas de deferir o pedido de antecipação de tutela elaborado no
caderno processual da ação de obrigação de fazer c/c indenização por danos estéticos por Ednaldo
Furtado Pantoja. Nas razões recursais (fls. 02 a 24), narra a agravante que o agravado é interno
custodiado no Centro de Recuperação de Paragominas, portador de pseudoartrose no membro superior
esquerdo e que, ao acionar a jurisdição, foi determinado a seu favor que aquela e o Estado do Pará
fornecessem o tratamento médico específico, inclusive, se necessário, a realização de cirurgia, no prazo
de quinze dias, sob pena de multa diária de R$1.000,00 até o limite de R$50.000,00. (...) Agora, quanto à
aplicação de multa diária, não obstante os tribunais pátrios não vislumbrem óbice algum quando voltada
ao Poder Público considerando a finalidade de forçá-lo ao adimplemento, dentro do prazo estipulado, da
obrigação de fazer , entendem que aquela não pode incidir sobre o patrimônio pessoal do seu agente;
afinal, este nem mesmo integra a lide. (...) Assim sendo, razão assiste à agravante no que diz respeito às
astreintes não poderem recair sobre o patrimônio pessoal do representante do Poder Público. À vista do
exposto, com fulcro no art. 557, do CPC, concedo parcial provimento ao presente recurso, no sentido de
modificar a decisão agravada tão somente para não incidir sobre os bens próprios do gestor público a
multa aplicada para compelir a agravante ao seu cumprimento. Publique-se e intime-se a Defensoria
Pública pessoalmente. Comunique-se ao juízo de primeiro grau. (TJPA, 2013.04210008-68, Não
Informado, Rel. LEONAM GONDIM DA CRUZ JUNIOR, Órgão Julgador 3ª CÂMARA CÍVEL ISOLADA,
Julgado em 2013-10-24, Publicado em 2013-10-24). Dessa forma, a multa diária arbitrada contra o gestor
deve ser revertida para a pessoa jurídica responsável pelo cumprimento do ato. Ante o exposto, exercendo
o juízo de retratação, reconsidero a decisão agravada (fls. 47-49) e dou provimento, para reduzir o valor da
multa arbitrada, em caso de descumprimento, fixando-a em R$ 1.000,00 (mil reais), limitada a R$
50.000,00 (cinquenta mil reais), a ser suportada pela pessoa jurídica de direito público, nos termos da
fundamentação. Intimem-se. Cumpra-se. Belém-PA, 18 de fevereiro de 2019. Desembargadora CÉLIA
REGINA DE LIMA PINHEIRO Relatora I PROCESSO: 00540293620008140301 PROCESSO ANTIGO:
201330130729 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EZILDA PASTANA MUTRAN Ação:
Apelação / Remessa Necessária em: 25/02/2019 SENTENCIADO / APELADO:ELIDIMAR DE ALMEIDA
BRAGA SENTENCIADO / APELANTE:INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO ESTADO DO
PARA - IGEPREV Representante(s): ADRIANA MOREIRA ROCHA BOHADANA - PROC. AUTARQ. -
IGEPREV (ADVOGADO) SENTENCIADO / APELADO:PAULA VANESSA BORGES DA FONSECA
SENTENCIANTE:JUIZO DA 3ª VARA DE FAZENDA DE BELEM REPRESENTANTE:ANA MARIA GAIA
COSTA REPRESENTANTE:MARIA CONCEICAO FERREIRA DA SILVA Representante(s): OAB 6769 -
IVONE SILVA DA COSTA LEITAO (ADVOGADO) OAB 6769 - IVONE SILVA DA COSTA LEITAO
(ADVOGADO) SENTENCIADO / APELADO:EREMITA DE OLIVEIRA MENDES SENTENCIADO /
APELADO:ELIEZER DE ALMEIDA GAIA SENTENCIADO / APELADO:EZEQUIEL SILVA
REPRESENTANTE:VANIA DO SOCORRO BORGES DA FONSECA SENTENCIADO /
APELADO:DORACY RODRIGUES DE CAMPOS MATOS PROCURADOR(A) DE JUSTICA:MANOEL
SANTINO NASCIMENTO JUNIOR. D E S P A C H O Vistos e etc. Tendo em vista a noticia do falecimento
de DORACY RODRIGUES CAMPOS, converto o julgamento em diligência, para que se intime
pessoalmente a sua advogada Dra. Ivone Silva da Costa Leitão (OAB/PA nº 6.769), a fim de esclarecer a
notícia, e em caso afirmativo, apresente o atestado de óbito, pelo que concedo o prazo de 15 dias para
regularização da habilitação dos herdeiros. Após, conclusos. Belém (PA), 19 de fevereiro de 2019.
Desembargadora EZILDA PASTANA MUTRAN Relatora
nº0006/2006 - CJRMB, fica por este ato intimado, por meio de seu patrono, para apresentar manifestação
ao Recurso Especial interposto nestes autos, no prazo legal. Belém, 21 de fevereiro de 2019 PROCESSO:
00007253420058140200 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
LUZIA NADJA GUIMARAES NASCIMENTO Ação: Apelação Cível em: 25/02/2019 APELANTE:ESTADO
DO PARA Representante(s): CHRISTIANNE PENEDO DANIN (PROCURADOR(A))
APELADO:MARIVALDO LUZ COSTA Representante(s): OAB 5178 - BENEDITO CORDEIRO NEVES
(ADVOGADO) PROCURADOR(A) DE JUSTICA:WALDIR MACIEIRA DA COSTA. PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ APELAÇÃO CÍVEL - PROCESSO N° 0000725-
34.2005.8.14.0200 ÓRGÃO JULGADOR: TRIBUNA PLENO RELATORA: DESEMBARGADORA LUZIA
NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO APELANTE: ESTADO DO PARÁ PROCURADORA: CHRISTIANNE
PENEDO DANIN APELADO: MARINALDO LUZ DA COSTA ADVOGADO: BENEDIDO CORDEIRO
NEVES PROCURADOR DE JUSTIÇA: WALDIR MACIEIRA DA COSTA FILHO DECISÃO
MONOCRÁTICA Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta por ESTADO DO PARÁ contra a sentença
proferida nos autos de EMGARGOS À EXECUÇÃO que opôs em desfavor de MARINALDO LUZ DA
COSTA, com a finalidade de impugnar cálculo de atualização de valor executado, que foi homologado na
sentença recorrida de fls. 378/379, na importância total de R$ 447.272,18 (quatrocentos e quarenta e sete
mil duzentos e setenta e dois reais e dezoito centavos), correspondente a cumprimento de sentença,
transitado em julgado, determinando a reintegração da embargada na corporação do Policial Militar do
Estado do Pará, sendo o crédito da remuneração que deixou de receber no valor de R$ 316.508,25;
honorários advocatícios da PGE no valor de R$ 8.780,62; honorários advocatícios contratuais no valor de
R$ 81.322,21; honorários de sucumbência no valor de R$ 40.661,10; total do valor do precatório no valor
de R$ 406.611,08, e total dos valores abandados no valor de R$ 90.102,83, conforme consta da sentença
Alega o apelante a sentença reforma sob os seguintes fundamentos: Preliminar de Nulidade da sentença
homologatória por violação ao contraditório e ampla defesa, tendo em vista que a matéria foi levantada em
sede de embargos de declaração, mas não foi acolhida pelo Juízo a quo, pois no prazo o Estado do Pará
se manifestar os autos foram retirado da Secretária pela parte contrária com carga no dia 04.05.2015 e
somente devolvido no dia 12/05/2015, conforme certidão de fl. 345, sem que houvesse ajuste prévio entre
as partes, ou seja, o processo teria sido retirado antes do início do seu prazo e permaneceu com o
advogado até o fim do referido prazo, ensejando a necessidade de restituição do prazo para manifestação,
na forma do art. 180 do CPC/15; No mérito, argui a existência de erros no cálculo de atualização em
relação aos índices de correção aplicados no cálculo e honorários advocatícios de sucumbência apurados,
mas ainda assim os cálculos foram homologados na sentença e defende que devem ser corrigidos, ainda
que ex ofício, por este Juízo ad quem. Diz que sobre o índice de correção monetária foi corrido pelo INPC
durante todo o período, mas sustenta que a partir de junho de 2009 deveria ser aplicada como índice a
TR, face a vigência da Lei n.º 11.960/09 sobre correção de débitos da Fazenda Pública. Argui que a
matéria foi objeto de impugnação em sede de embargos à execução, inclusive acolhido pela Contadora ao
elaborar a conta inicial apresentada à fl. 242, e que há recurso repetitivo do Superior Tribunal de Justiça
sobre a matéria, na forma do art. 543-C, do CPC, razão pela qual, afirma que a conta deve ser modificada
neste particular, para a aplicação da TR como índice de correção, a partir de junho de 2009. Diz ainda que
há erro material em relação aos honorários advocatícios atualizados, porque a sentença executada teria
arbitrado honorários no percentual de 5% (cinco por cento) sobre o valor da condenação, mas a Contadora
que realizou a atualização apurou o valor no percentual de 10% (dez por cento) sobre o crédito do
exequente, afrontando assim a coisa julgada. Por tais razões, sustenta que o valor correto devido total
seria no montante de R$ 325.942,75 (trezentos e vinte e cinco mil novecentos e quarenta e dois reais e
setenta e cinco centavos) e não na importância total de R$ 447.272,18 (quatrocentos e quarenta e sete mil
duzentos e setenta e dois reais e dezoito centavos), pois o crédito do exequente seria no valor de R$
239.024,69; os honorários advocatícios da PGE no valor de R$ 9.312,65; os honorários advocatícios
contratuais no valor de R$ 62.084,33, e os honorários de sucumbência do exequente no valor de R$
15.521,08. Requer assim seja provido o apelo com o acolhimento da preliminar de nulidade e seja
proferida outra decisão com a observância dos cálculos apresentados, no valor total de R$ 325.942,75
(trezentos e vinte e cinco mil novecentos e quarenta e dois reais e setenta e cinco centavos), nos termos
da fundamentação. As contrarrazões foram apresentadas às fls. 421/428. O processo foi distribuído a
relatoria da Excelentíssima Desembargadora Gleide Pereira de Moura em 20.05.2016 (fl. 432), mas por
força da Emenda Regimental n.º 05, houve redistribuição a minha relatoria em 24.01.2017 (fl. 435). O
Ministério Público apresentou parecer da lavra do Excelentíssima Promotor de Justiça, em exercício da 2.ª
PJC, opinando pelo conhecimento e provimento do apelo, para anular a sentença homologatória e sejam
apurados os valores devidos. É o relatório. DECIDO. A apelação satisfaz os pressupostos de
admissibilidade e deve ser conhecida. No concernente a preliminar de nulidade, entendo que deve ser
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
acolhida. Vejamos: Realmente houve devolução do prazo para pronunciamento do Estado do Pará sobre o
cálculo homologado às fls. 330/336, conforme consignado no despacho de fl. 343, pois o processo
encontrava-se fora de Secretária com vista ao Contador da Justiça Militar (fl. 240). Ocorre que, na data da
publicação do referido despacho, o advogado do exequente obteve vistas dos autos fora de Secretária, em
04.05.2015 (fl. 344), e o processo somente foi devolvido em 12.05.2015, conforme consta dos registros de
vista e carga do processo à fl. 345. Logo, o executado não teve oportunidade de se pronunciar sobre os
cálculos e somente o exequente apresentou manifestação às fls. 346/349, sendo que o Magistrado
homologou os cálculos na sentença recorrida às fls. 327/336, sem corrigir a irregularidade existente.
Verifico ainda que o apelante/executado tentou corrigir a irregularidade arguindo a matéria em sede de
embargos de declaração às fls. 383/391, mas teve seu recurso rejeitado na decisão de fls. 408/409,
ensejando a interposição da apelação ora em análise. Assim, restou caracterizado o prejuízo sofrido pelo
apelante, face a restrição ao seu direito de contraditório e ampla defesa, pois inobstante a devolução do
prazo, houve novo óbice de acesso ao processo, para apresentar a manifestação, ensejando a
necessidade de nova devolução de prazo, na forma do art. 180 do CPC. Daí porque, acolho a preliminar
de nulidade da sentença de homologação de cálculos de fls. 327/336, para todos os efeitos legais, mas
considerando que o apelante/executado arguiu também em seu arrazoado os fundamentos da
impugnação e sobre eles a parte contrária teve oportunidade de se pronunciar nas contrarrazões
recursais, entendo que o processo se encontra apto a apreciação e por economia e celeridade processual,
passo a analisar o mérito da impugnação. O apelante/impugnante arguiu a irregularidade da utilizado o
INPC como índice de correção monetária a partir de junho de 2009, sob o fundamento de que deve ser
aplicada a TR, face a vigência da Lei n.º 11.960/09, que alterou o art. 1.º-F da Lei 9.494/97. No entanto,
entendo que não assiste razão a insurgência do apelante neste particular, pois a Primeira Seção Superior
Tribunal de Justiça, em sede de recurso repetitivo, no julgamento do REsp. 1.495.146/MG (Tema 905),
seguindo o posicionamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE 870.947/SE,
submetido ao regime de repercussão geral, definiu que é inconstitucional a aplicação da TR como índice
de correção por não ser hábil a capturar a verdadeira variação dos preços da economia, impondo restrição
ao direito de propriedade, e fixou que é legitima a utilização do INPC ou IPCA-E como índice de correção
monetária enquanto tais índices sejam capazes de captar o fenômeno inflacionário do período
correspondente. Ademais, consignou ainda que a modulação dos efeitos proferidos no julgamento de
inconstitucionalidade proferido na ADIs 4.357/DF e 4.425/DF não se aplicam as atualização monetárias de
débitos da Fazenda Pública, onde ainda não foi expedido os precatórios, pois a modulação teve a
finalidade de preservar os efeitos dos precatórios expedidos até 25.03.2015, impedindo a rediscussão dos
mesmos em relação aos índices aplicados, ou seja, os motivos de segurança jurídica da modulação, não e
aplicam a correção monetária dos processos ainda em fase de liquidação. Por final, fixou em relação as
condenações administrativas referentes a servidores públicos a recomendação é de aplicação do IPCA-E,
que melhor reflete perda inflacionaria, a partir de julho de 2009, in verbis: "PROCESSUAL CIVIL.
RECURSO ESPECIAL. SUBMISSÃO À REGRA PREVISTA NO ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 02/STJ.
DISCUSSÃO SOBRE A APLICAÇÃO DO ART. 1º-F DA LEI 9.494/97 (COM REDAÇÃO DADA PELA LEI
11.960/2009) ÀS CONDENAÇÕES IMPOSTAS À FAZENDA PÚBLICA. CASO CONCRETO QUE É
RELATIVO A INDÉBITO TRIBUTÁRIO. . TESES JURÍDICAS FIXADAS. 1. Correção monetária: o art. 1º-F
da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009), para fins de correção monetária, não é
aplicável nas condenações judiciais impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua natureza.
1.1Impossibilidade de fixação apriorística da taxa de correção monetária. No presente julgamento, o
estabelecimento de índices que devem ser aplicados a título de correção monetária não implica pré-
fixação (ou fixação apriorística) de taxa de atualização monetária. Do contrário, a decisão baseia-se em
índices que, atualmente, refletem a correção monetária ocorrida no período correspondente. Nesse
contexto, em relação às situações futuras, a aplicação dos índices em comento, sobretudo o INPC e o
IPCA-E, é legítima enquanto tais índices sejam capazes de captar o fenômeno inflacionário. 1.2 Não
cabimento de modulação dos efeitos da decisão. A modulação dos efeitos da decisão que declarou
inconstitucional a atualização monetária dos débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de
remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, objetivou reconhecer a
validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de março de 2015, impedindo, desse modo, a
rediscussão do débito baseada na aplicação de índices diversos. Assim, mostra-se descabida a
modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento de precatório. 2. Juros de
mora: o art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009), na parte em que estabelece a
incidência de juros de mora nos débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de remuneração da
caderneta de poupança, aplica-se às condenações impostas à Fazenda Pública, excepcionadas as
condenações oriundas de relação jurídico-tributária. 3. Índices aplicáveis a depender da natureza da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
sucumbência no percentual de 5% (cinco por cento), conforme consta à fl. 241 dos autos em apenso.
Assim, resta caracterizada a afronta a coisa julgada neste particular, porque os cálculos homologados
foram realizados em desacordo com o título judicial executado, transitado em julgado, em afronta a coisa
julgada. Ante o exposto, conheço da apelação e dou-lhe parcial provimento, monocrático, na forma do art.
557, §1.º-A, do CPC/73, para reformar a sentença apenas em relação aos em relação aos cálculos dos
honorário de sucumbência no percentual de 10% (dez por cento), pois devem ser refeitos para a incidência
no percentual de 5% (cinco por cento), consoante os fundamentos expostos. Após o trânsito em julgado da
presente decisão proceda-se a baixa do processo no sistema Libra 2G e posterior remessa dos autos ao
Juízo de origem para os fins de direito. Publique-se. Intime-se. Belém/PA, 20 de fevereiro de 2019. DESA.
LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO RELATORA PROCESSO: 00019614920148140121
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): DIRACY NUNES ALVES
Ação: Remessa Necessária Cível em: 25/02/2019 SENTENCIANTE:JUIZO DE DIREITO DA COMARCA
DE SANTA LUZIA DO PARA SENTENCIADO:MUNICIPIO DE SANTA LUZIA DO PARA
SENTENCIADO:A DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA Representante(s): OAB 16518-B -
JOAQUIM AZEVEDO LIMA FILHO (DEFENSOR) SENTENCIADO:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO
DO PARA PROMOTOR:NADILSON PORTILHO GOMES TERCEIRO:JOSE RAIMUNDO FERREIRA DA
COSTA. PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ GABINETE DA
DESEMBARGADORA DIRACY NUNES ALVES REEXAME NECESSÁRIO PROCESSO Nº: 0001961-
49.2014.814.0121 ÓRGÃO JULGADOR: 2ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO. COMARCA: SANTA LUZIA
DO PARÁ SENTENCIADO/REQUERENTE: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ E
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARÁ. PROMOTOR DE JUSTIÇA: NADILSON PORTILHO
GOMES DEFENSOR PÚBLICO: JOAQUIM AZAVEDO LIMA FILHO SENTENCIADO: MUNICÍPIO DE
SANTA LUZIA DO PARÁ SENTENCIANTE: JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE
SANTA LUZIA DO PARÁ PROCURADOR DE JUSTIÇA: NELSON PEREIRA MEDRADO RELATORA:
DESEMBARGADORA DIRACY NUNES ALVES. DECISÃO MONOCRÁTICA Trata-se de remessa
necessária de sentença de fls. 447-452 dos autos da ação civil pública com pedido de liminar, ajuizada
pelo Ministério Público do Estado do Pará e Defensoria Pública do Estado do Pará em face do Município
de Santa Luzia do Pará, que julgou parcialmente procedentes os pedidos deduzidos na inicial. A sentença
ora reexaminada assim consignou: "(...) Os autores pleiteiam sejam pagos aos servidores os salários e 13º
atrasado referente ao ano 2012, pleiteando ainda indenização por dano moral. Pois bem, tenho que a
demanda merece parcial procedência, sendo integralmente devidos os pagamentos a título de salários e
13º, contudo indevidas indenizações como dano moral. Isto porque não restou comprovado, sequer
consignado fatos individualizados a alicerçar o Juízo quanto à configuração concreta do abalo moral,
psíquico ou físicos ensejadores da indenização compensatória. Ainda, oportunizada a produção de prova,
pugnaram os autores pelo julgamento antecipado, dispensando qualquer produção de prova nesse
sentido, pelo que resta improcedente pleitos de indenização a título de danos morais". Não houve
interposição de recursos, conforme certidão acostada à fl. 457. A d. Procuradoria de Justiça em brilhante
manifestação opinou pela manutenção total da sentença (fls. 463/466). É o breve relatório. Decido. Com
fundamento no art.496 do CPC, conheço do reexame necessário e passo a analisar seu mérito.
Analisando os autos, entendo que não merece qualquer reparo a sentença lançada às fls. 447-452 dos
autos, pois que em conformidade com o direito aplicado à matéria. Extrai-se dos autos que, após
instauração de inquérito civil público de n.º 02/2013-MP/PJSLP, ficou demonstrado que o município de
Santa Luzia do Pará, de forma injustificada, deixou de pagar regularmente o salário e demais vantagens
aos servidores públicos nos meses finais de 2012. O direito ao recebimento dos salários é um direito
constitucionalmente protegido e somente é desconstituído pela administração pública com a apresentação
de documentos que comprovam o pagamento ou o ato de exoneração dos autores em período anterior ao
mês cobrado. Pois bem, as verbas em discussão (salários de outubro, novembro, dezembro e 13º salário
do ano de 2012) são a contraprestação pelo uso da força laboral do homem e não lhe pode ser negada em
atenção aos mais comezinhos princípios legais e éticos, sob pena de se reconhecer a possibilidade de
verdadeiro trabalho escravo. Em contrapartida, é vedado o enriquecimento ilícito da administração, não
podendo eximir-se da responsabilidade do pagamento devido aos servidores que efetivamente
trabalharam, não se podendo devolver a força de trabalho por eles despendida. Compulsando os autos,
percebo que o Município de Santa Luzia do Pará não se desincumbiu do ônus de comprovar fato extintivo,
modificativo ou impeditivo do direito do autor, na forma do artigo 333, II, do CPC. Dessa forma, não se
desincumbindo a Municipalidade do seu ônus probatório, o pagamento aos servidores dos salários
pleiteados, é medida que se impõe. Nesse sentido: APELAÇÃO CÍVEL. PRELIMINAR DE
CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. AÇÃO DE COBRANÇA. SERVIDOR MUNICIPAL.
VERBAS SALARIAIS EM ATRASO. PAGAMENTO. NÃO COMPROVAÇÃO. ÔNUS DA PROVA DO RÉU.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
SENTENÇA MANTIDA. - Se a decisão proferida na vigência do Código de Processo Civil de 1973 que
indeferiu a produção de provas não foi atacada por meio de recurso próprio, opera-se a preclusão, não
restando configurado o cerceamento de defesa. - O município é responsável pelo pagamento das verbas
salariais de seus servidores, e não o ex-gestor, que por meio de mandato eletivo temporariamente o
representa. - É induvidoso que a prova do pagamento das verbas remuneratórias devidas recai sobre o
município, de modo que não tendo o mesmo feito prova dos fatos impeditivos, modificativos ou extintivos
do direito da parte autora, a manutenção da sentença que condenou o ente público no pagamento da
parcela salarial é medida que se impõe. (TJMG - Apelação Cível 1.0123.14.002895-2/001, Relator(a):
Des.(a) Moacyr Lobato, 5ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 09/03/2017, publicação da súmula em
21/03/2017) APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO ADMINISTRATIVO. AÇÃO DE COBRANÇA. SERVIDORA
PÚBLICA MUNICIPAL DE CAPELINHA. VERBAS REMUNERATÓRIAS NÃO PAGAS. DENUNCIAÇÃO À
LIDE DO EX-PREFEITO. NÃO CABIMENTO. SALÁRIO INTEGRAL DE DEZEMBRO E PARCELA DO
DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO DE 2008. FATO NEGATIVO. ÔNUS DA PROVA. AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO DO PAGAMENTO PELO MUNICÍPIO. PROCEDÊNCIA DA AÇÃO. SENTENÇA
CONFIRMADA NO REEXAME NECESSÁRIO CONHECIDO DE OFÍCIO. PREJUDICADA A ANÁLISE DO
RECURSO VOLUNTÁRIO. - Tratando-se de condenação ilíquida imposta à Fazenda Pública, não incide a
exceção prevista no art. 475, §2º, do CPC, conforme o enunciado da Súmula 490, do Superior Tribunal de
Justiça, motivo pelo qual deve ser conhecido, de ofício, o reexame necessário. - Incumbe ao ente estatal e
não ao seu representante legal, responder pelo pagamento de verbas trabalhistas pleiteadas pelo servidor,
pelo que não é cabível nesta sede a pretendida denunciação à lide. - No que tange ao ônus da prova, o
art. 333, do CPC, prevê que cabe ao autor o dever de provar o fato constitutivo do seu direito, restando ao
réu comprovar a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Em se tratando
de "fato negativo" alegado pelo autor - inexistência de pagamento das verbas salariais -, o ônus da prova
se inverte, devendo o réu comprovar a ocorrência do saldar. - Demonstrada a existência de vínculo jurídico
entre autora e réu durante o período reclamado e ausente a prova de que foram pagas à demandante as
verbas salariais reclamadas, a procedência da pretensão é medida que se impõe. - Sentença confirmada
em reexame necessário conhecido de ofício, prejudicado o recurso de apelação. (TJMG - Apelação Cível
1.0123.13.000065-6/001, Relator(a): Des.(a) Claret de Moraes, 6ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em
01/12/2015, publicação da súmula em 11/12/2015) Corroborando do mesmo entendimento, esta Corte já
se manifestou: EMENTA: DIREITO ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. REEXAME NECESSÁRIO
E APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA DE COBRANÇA. SERVIDORES PÚBLICOS. CONTRATAÇÃO
TEMPORÁRIA. CONTRATO DE TRABALHO IRREGULAR. NULIDADE DA CONTRATAÇÃO. SALÁRIOS
NÃO ADIMPLIDOS PELA MUNICIPALIDADE. RECONHECIMENTO DO DIREITO AO RECEBIMENTO DA
VERBA. ENTENDIMENTO DO STJ. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. EM
REEXAME NECESSÁRIO, SENTENÇA ALTERADA, APENAS PARA EXCLUIR A CONDENAÇÃO DA
FAZENDA PÚBLICA ÀS CUSTAS PROCESSUAIS. I- A Constituição da República Federativa do Brasil,
em seu artigo 37, II, estabelece os princípios que os Entes Federativos devem obrigatoriamente obedecer,
bem como dispõe a necessidade de aprovação prévia em concurso público para a investidura em cargo ou
emprego público. Ao desobedecer diretamente a Constituição Federal, há violação do princípio da
moralidade e assim, a nulidade do contrato é medida que se impõe. II- Apesar de ser considerado nulo o
contrato firmado entre as partes, o posicionamento da nossa mais alta Corte de Justiça é no sentido do
reconhecimento do direito, apenas, ao saldo de salário efetivamente trabalhado. III- Inexistindo prova de
fato impeditivo, extintivo ou modificativo do direito dos autores/apelados, deve o réu/apelante suportar o
compromisso assumido e cumprir sua obrigação (art. 333, II, do CPC c/c art. 320 do CC), restando
constituído o direito de recebimento das verbas remuneratórias relativas ao período determinado na
sentença, sob pena de enriquecimento ilícito; IV- A única exceção refere-se ao pagamento do salário do
mês de setembro de 2000, ao autor Aurélio Rocha Ferreira, uma vez que o documento de fls. 16 dos autos
comprova o efetivo pagamento da verba do referido mês, razão pela qual tal parcela deve ser excluída da
condenação da Municipalidade. V- O magistrado de piso condenou o município réu ao pagamento das
custas processuais. Todavia, de acordo com o que prevê o artigo 15, ?g?, da Lei Estadual nº 5.738/93, a
Fazenda Pública é isenta do pagamento do ônus processual. VI- Recurso conhecido e parcialmente
provido, apenas para excluir da condenação do réu o pagamento do salário referente ao mês de setembro
de 2000, referente ao autor Aurélio Rocha Ferreira, mantendo os demais termos da sentença em relação
aos demais autores. VII- Em Reexame Necessário, sentença alterada apenas para excluir a condenação
da Fazenda Pública nas custas processuais. Decisão unânime. (2018.03305651-95, 194.245, Rel.
ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Órgão Julgador 2ª CÂMARA CÍVEL ISOLADA, Julgado em
2018-08-13, Publicado em 2018-08-17) APELAÇÃO CÍVEL. ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL.
SERVIDORES PÚBLICOS. ÁREA DA SAÚDE. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. COBRANÇA DE SALÁRIOS
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
TURMA DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2016-10-20, publicado em 2016-10-20). Por tais razões, pelo
que autoriza a Súmula 253 do STJ, em decisão monocrática, nego seguimento ao reexame necessário,
com fulcro no art. 133, XI, alínea d" do RITJ/PA e na forma do art. 557 do CPC/73, mantenho a sentença
recorrida em todos os seus termos e pelos seus próprios fundamentos, pois que de acordo com a
jurisprudência desta Corte. Após o trânsito em julgado da presente decisão proceda-se a baixa do
presente processo no sistema Libra 2G e posterior remessa ao Juízo de origem para ulteriores de direito.
É como decido. Belém, 14 de fevereiro de 2019. Desembargadora Diracy Nunes Alves Relatora
PROCESSO: 00048853120148140057 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): DIRACY NUNES ALVES Ação: Remessa
Necessária Cível em: 25/02/2019 SENTENCIANTE:JUIZO DE DIREITO DA VARA UNICA DA COMARCA
DE SANTA MARIA DO PARA SENTENCIADO:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA
PROMOTOR:FRANCYS LUCY GALHARDO DO VALE INTERESSADO:M. V. G. S.
SENTENCIADO:MUNICIPIO DE SANTA MARIA DO PARA Representante(s): OAB 17838 - JOAO BOSCO
PEREIRA DE ARAUJO JUNIOR (ADVOGADO) . PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DO PARÁ GABINETE DA DESEMBARGADORA DIRACY NUNES ALVES REEXAME
NECESSÁRIO PROCESSO Nº: 0004885-31.2014.814.0057 ÓRGÃO JULGADOR: 2ª TURMA DE
DIREITO PÚBLICO. COMARCA: SANTA MARIA DO PARÁ SENTENCIADO/REQUERENTE:
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ. PROMOTORA DE JUSTIÇA: FRANCYS GALHARDO
DO VALE SENTENCIADO: MUNICÍPIO DE SANTA MARIA DO PARÁ SENTENCIANTE: JUÍZO DE
DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE SANTA MARIA DO PARÁ PROMOTOR DE JUSTIÇA
CONVOCADO: HAMILTON NOGUEIRA SALAME RELATORA: DESEMBARGADORA DIRACY NUNES
ALVES. DECISÃO MONOCRÁTICA Trata-se de remessa necessária de sentença de fls. 51-53 dos autos
da ação civil pública com pedido de antecipação dos efeitos da tutela, ajuizada pelo Ministério Público do
Estado do Pará em face do Município de Santa Maria do Pará, que julgou procedente o pedido inicial.
Antecipação da tutela deferida às fls. 43-44. Decorrido o prazo para contestação, apesar de regularmente
citado/intimado, o Município não se manifestou (certidão de fl. 50). Sobreveio sentença que julgou
procedente o pedido inicial e condenou o Município de Santa Maria do Pará em obrigação de fazer,
consistente em fornecer ao infante M.V.G.D.S transporte adequado para a frequência a tratamento médico
na instituição APAE, localizada no Município de Castanhal, às segundas, quartas e sextas-feiras, com
início às 14h. Não houve recurso voluntário, conforme certificado à fl. 57 dos autos. Distribuídos os autos
no 2º grau de jurisdição, o Ministério Público afirmou ser dispensável sua atuação com base na
Recomendação n.º 34/2016 do CNMP (fls. 65/66). É o breve relatório. Decido. Analisando os autos,
entendo que não merece qualquer reparo a sentença lançada às fls. 51-53 dos autos, pois que em
conformidade com o direito aplicado à matéria. No caso concreto, ficou claro que o infante M.V.G.D.S. é
portador de necessidades especiais (retardo no desenvolvimento motor ocasionado por paralisia cerebral)
e que o cidade de Santa Maria do Pará não dispõe de tratamento especializado para atendê-lo, razão pela
qual o menor precisa se deslocar até a cidade de Castanhal para fazer seu tratamento três vezes por
semana, na APAE. A Constituição Federal, quanto ao direito à saúde, em seu artigo 196, bem definiu o
tema em discussão, a saber: Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. A respeito do
assunto, trago a orientação doutrinária: Define este artigo a saúde como direito subjetivo público, exigível
do Estado, o qual deve atuar tanto de forma preventiva como reparativa ou curativa, sendo que a atuação
preventiva foi privilegiada. Na verdade, essa definição de saúde coincide em grande parte com aquela
adotada pela Organização Mundial de Saúde - OMS, no preâmbulo de sua constituição, que a concebe
não apenas como a ausência de doença, mas como um estado de total bem-estar físico, mental e social.
Mais do que isso, porém, a amplitude do conceito constitucional da saúde e o seu nítido caráter de direito
subjetivo público mostram a indubitável filiação do constituinte à ideia de seguridade social, sobretudo por
conta da universalidade do acesso à proteção. Sem dúvida é na saúde que o princípio da universalidade
da cobertura e do atendimento alcança maior aplicação no Brasil, como manifestação do princípio da
igualdade.1 Ainda, importante destacar que restou demonstrado aos autos a hipossuficiência econômica
do representante legal do menor de fornecer, às suas expensas, o transporte regular do infante. Assim,
entendo que o tratamento do infante se mostra imprescindível como garantia ao direito à saúde. Nesse
sentido: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PÚBLICO NÃO ESPECIFICADO. TRATAMENTO DE SAÚDE. 1.
Da preliminar. 1.1. Responsabilidade solidária. Cumpre tanto à União, quanto ao Estado e ao Município,
modo solidário, à luz do disposto nos artigos 196 e 23, II, da CF/88, o fornecimento de medicamentos a
quem deles necessita, mas não pode arcar com os pesados custos. A ação poderá ser proposta contra um
ou contra outro, ou, ainda, contra Estado e Município, pois todos os entes federativos têm
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
responsabilidade acerca da saúde pública. 2. Mérito. 2.1 Autoaplicabilidade do art. 196 da Constituição
Federal de 1988. Postulado constitucional da dignidade da pessoa humana. O direito à saúde é garantia
fundamental, prevista no art. 6º, caput, da Carta, com aplicação imediata - leia-se § 1º do art. 5º da mesma
Constituição -, e não um direito meramente programático. 2.2 Princípio da tripartição dos poderes. Dos
princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Da proibição de retrocesso. A violação de direitos
fundamentais, sobretudo a uma existência digna, legitima o controle judicial, haja vista a inércia do Poder
Executivo. Princípio da reserva do possível. Não se aplica quando se está diante de direitos fundamentais,
em que se busca preservar a dignidade da vida humana, consagrado na CF/88 como um dos fundamentos
do nosso Estado Democrático e Social de Direito (art. 1º, inc. III, da Carta Magna). 2.4 Princípio da
proteção do núcleo essencial. Princípio da vinculação. É de preservação dos direitos fundamentais que se
trata, evitando-se o seu esvaziamento em decorrência de restrições descabidas, desnecessárias ou
desproporcionais. Direito ao tratamento. Sendo dever do ente público a garantia da saúde física e mental
dos indivíduos, e restando comprovada nos autos a necessidade da parte requerente de submeter-se ao
tratamento descrito na inicial, imperiosa a procedência do pedido para que o ente público o custeie.
Exegese que se faz do disposto nos artigos 196 e 198, incisos, da Constituição Federal de 1988, e 241 da
Constituição Estadual do Rio Grande do Sul, bem como na Lei Estadual/RS n.º 9.908/93. APELO
DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70070582572, Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Carlos Roberto Lofego Canibal, Julgado em 14/12/2016) APELAÇÃO CÍVEL. ESTADO.
ASSISTÊNCIA À SAÚDE. ATENDIMENTO INTEGRAL. DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO
LATO SENSU. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. EXEGESE DOS ARTS. 196 E 198, II, DA CF.
SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. REFORMA COM RESTABELECIMENTO DA LIMINAR. APELAÇÃO
PROVIDA. (Apelação Cível Nº 70063200588, Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Irineu Mariani, Julgado em 01/06/2015). Por tais razões, pelo que autoriza a Súmula 253 do STJ, em
decisão monocrática, nego seguimento ao reexame necessário, na forma do art. 557 do CPC/73, porque a
sentença recorrida encontra-se de acordo com a jurisprudência pátria sobre a matéria, nos termos a
fundamentação. Após o trânsito em julgado da presente decisão proceda-se a baixa do presente processo
no sistema Libra 2G e posterior remessa ao Juízo de origem para ulteriores de direito. É como decido.
Belém, 13 de fevereiro de 2019. Desembargadora Diracy Nunes Alves Relatora PROCESSO:
00050599020148140008 PROCESSO ANTIGO: 201430226361
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): NADJA NARA COBRA MEDA Ação: Agravo de
Instrumento em: 25/02/2019 AGRAVADO:MINISTERIO PUBLICO ESTADUAL PROMOTOR(A):DANIEL
HENRIQUE QUEIROZ DE AZEVEDO AGRAVANTE:IMERYS RIO CAPIM CAULIM S/A Representante(s):
PEDRO BENTES PINHEIRO NETO (ADVOGADO) . PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DO PARÁ 2ª Turma de Direito Público Gabinete da Desª. Nadja Nara Cobra Meda RECURSO:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO PROCESSO Nº 0005059-
90.2014.814.0008 COMARCA DE BARCARENA EMBARGANTE: IMERYS RIO CAPIM CAULIM S/A
EMBARGADO: MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL RELATORA: DESA. NADJA NARA COBRA MEDA
DESPACHO Tratam os presentes autos de Embargos de Declaração oposto pela IMERYS RIO CAPIM
CAULIM S/A, em face do acórdão de nº 164798, que negou provimento ao Agravo de Instrumento
interposto pelo embargante. Em síntese, o embargante, registra omissão em razão ao a extinção do
processo com resolução do mérito em razão da abrangência do pedido liminar pelo TAC celebrado entre
as partes e o MPE, bem como em relação à determinação de pagamento em dinheiro e o perigo da
irreversibilidade. Ao fim, pugna pela concessão de efeito suspensivo aos presentes embargos. Em
Contrarrazões, o embargado, requer seja negado provimento aos embargos interpostos, em razão de
ausência de vício a ser sanado Os autos foram distribuídos à esta relatoria. (fl. 152) Desde setembro de
2017 (petição fls.1200; 1202;1205;1207;1210;1213) há pedido de suspensão do feito em razão de
possibilidade de acordo. As partes atravessaram petição de fls. 1233-1253, requerendo mais uma vez
suspensão do feito em razão do Termo de Compromisso Extrajudicial firmado entre as partes e o
Município de Barcarena. Desta feita determino a suspensão do presente recurso, pelo prazo de máximo de
3 (três) anos, conforme cláusula décima terceira do TAC anexados aos autos (fls. 1239), período esse
estipulado para a conclusão da construção, implementação e entrega do aterro sanitário ao MUNICÍPIO
DE BARCARENA. Após este prazo, com ou sem manifestação, retornem-me conclusos os autos. À
Secretaria para as providências legais. Intimem-se. Cumpra-se. Belém, 19 de fevereiro de 2019. Desa.
NADJA NARA COBRA MEDA. Relatora PROCESSO: 00050941820148140051 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): DIRACY NUNES ALVES Ação: Apelação /
Remessa Necessária em: 25/02/2019 SENTENCIADO / APELADO:FRANCISCO ELSON SILVA
RODRIGUES Representante(s): OAB 14747 - FRANCISCA DAS CHAGAS OLIVEIRA DIAS (ADVOGADO)
SENTENCIADO / APELANTE:DEPARTAMENTO DE TRANSITO DO ESTADO DO PARA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Belém, 19 de fevereiro de 2019. Desa. NADJA NARA COBRA MEDA. Relatora PROCESSO:
00105319120178140000 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO Ação: Agravo de Instrumento em: 25/02/2019 AGRAVANTE:ESTADO
DO PARA Representante(s): OAB 5962 - JOSE RUBENS BARREIROS DE LEAO (PROCURADOR(A))
AGRAVADO:BRUNO ALVES CARDOSO Representante(s): OAB 21150-A - MARIA DANTAS VAZ
FERREIRA (ADVOGADO) OAB 21193 - MARCIO VAZ FERREIRA (ADVOGADO) PROCURADOR(A) DE
JUSTICA:ANTONIO EDUARDO BARLETA DE ALMEIDA. PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO ESTADO DO PARÁ PROCESSO Nº 0010531-91.2017.8.14.0000 ÓRGÃO JULGADOR: 2.ª TURMA
DE DIREITO PÚBLICO RECURSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO COMARCA: BELÉM (JUIZADO
ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA) AGRAVANTE: ESTADO DO PARÁ PROCURADOR DO ESTADO:
JOSÉ RUBENS BARREIROS DE LEÃO - OAB/PA Nº 5962 AGRAVADO: BRUNO ALVES CARDOSO
ADVOGADO: MÁRCIO VAZ FERREIRA - OAB/PA Nº 21.193 RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA
COSTA NETO AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO SENTENCIADO.
PERDA DO OBJETO. PREJUDICIALIDADE. 1. Considerando que o processo foi sentenciado, fica
prejudicado o exame do agravo de instrumento. 2. Recurso não conhecido. DECISÃO MONOCRÁTICA
Tratam os presentes autos de AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO,
interposto por ESTADO DO PARÁ, contra decisão interlocutória proferida pelo Juizado Especial da
Fazenda Pública de Belém, nos autos da Ação Ordinária com Pedido de Antecipação de Tutela Inaudita
Altera Pars (n.º 0811532-48.2017.8.14.0301) promovida por BRUNO ALVES CARDOSO. O agravante
relata que a decisão de 1.º grau deferiu liminar, determinando que o Estado proceda o retorno do
agravado ao concurso público para provimento de cargos de nível superior das carreiras policiais de
investigador de polícia civil, de escrivão de polícia civil e papiloscopista - Edital nº 01/2016 - SEAD/PCPA,
11 de julho de 2016, considerando-o apto na subfase exame médico, habilitando-o a participar nas demais
fases do concurso, sob pena de multa diária de R$ 2.000,00 (dois mil reais), em caso de descumprimento.
Em suas razões, suscita que não há qualquer ilegalidade na reprovação do recorrido, mas estrito
cumprimento do edital, baseado em regulamentação técnica expressa no edital e autorizada por lei.
Acrescenta que, não sendo apresentado o exame de colesterol total e frações no prazo determinado,
torna-se válida a sua eliminação, no estrito cumprimento ao item 4.4.14 do edital. Aduz a estrita
observância ao princípio da legalidade e da vinculação às normas do edital e afiança que as conclusões
da banca examinadora não podem ser alteradas pelo Poder Judiciário, sob pena de interferência indevida
na avaliação feita pelo Poder Executivo, em afronta ao princípio da separação de poderes. Por tais
motivos, requer a concessão do efeito suspensivo ao presente recurso a fim de que seja sobrestada a
decisão do juízo a quo e, ao final, que a r. decisão seja cassada. Em decisão interlocutória (fls. 189/190),
deferi o pedido de efeito suspensivo. O recorrido apresentou agravo interno às fls.193/204 e contrarrazões
às fls. 208/221. A parte agravante apresentou contrarrazões ao agravo interno às fls.224/230. Em
manifestação de fl. 233/235, o Ministério Público de 1º grau manifestou-se pelo não seguimento do
presente recurso, porquanto manifestamente prejudicado. Em consulta ao Processo Judicial Eletrônico -
PJE procedida pela minha assessoria foi obtida informação de que o processo de origem foi sentenciado
no dia 28/11/2017. É o sucinto relatório. Decido. Considerando que o magistrado a quo sentenciou o feito
de 1º grau, julgando extinto o processo com resolução do mérito, com fundamento no art. 485, I do Código
de Processo Civil, fica prejudicado o exame do agravo de instrumento, em face de decisão interlocutória
que não mais subsiste, diante da perda superveniente do seu objeto. Ante o exposto, com fulcro no art.
932, III, do NCPC, não conheço do recurso porque manifestamente prejudicada a sua análise. Decorrido,
"in albis", o prazo recursal da presente decisão, certifique-se o seu trânsito em julgado e, em seguida,
arquivem-se os autos, dando-se baixa na distribuição deste Tribunal. Publique-se. Intime-se. Belém, 18 de
fevereiro de 2019. DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO RELATOR PROCESSO:
00198947320158140000 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
LUZIA NADJA GUIMARAES NASCIMENTO Ação: Agravo de Instrumento em: 25/02/2019
AGRAVADO:RUI GUILHERME CRUZ NEVES Representante(s): OAB 8286 - MAURO AUGUSTO RIOS
BRITO (ADVOGADO) OAB 19521 - MAURICIO DE OLIVEIRA LARANJEIRA (ADVOGADO)
AGRAVANTE:ESTADO DO PARA Representante(s): FRANCISCO EDSON LOPES DA ROCHA JUNIOR
(PROCURADOR(A)) . PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
DESPACHO Intime-se o agravante para se manifestar quanto os documentos de fls.124/132, sob pena de
não conhecimento deste recurso. P.R.I.C. Belém, DESA. LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO
Relatora PROCESSO: 00508349320128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELIANE VITÓRIA AMADOR QUARESMA Ação:
Apelação / Remessa Necessária em: 25/02/2019 SENTENCIADO / APELANTE:LAURO TADEU BRAGA
DA CONCEICAO Representante(s): OAB 12728 - CARLOS FELIPE BAIDEK (ADVOGADO) OAB 12727 -
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
concessão da antecipação de tutela neste grau, faz-se necessário a parte que a requer demonstrar a
existência de elementos que evidenciem a probabilidade do direito reclamado e o perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo, conforme prescreve o artigo 300 do CPC, ?ipseris iteris? :Art. 300. A
tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Conforme se extrai do supratranscrito artigo, para
a concessão do efeito suspensivo, o relator deverá observar a probabilidade de provimento do recurso ou
se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação. No caso em
tela, insurge-se o agravante contra a decisão proferida pelo Magistrado de origem (id.1343982 ? fls.75/78
), que indeferiu o pedido de antecipação de tutela consistente na limitação de 30% (trinta por cento) dos
descontos da conta salário, ao fundamento de que a restrição não pode ser aplicada em relação às
operações bancárias de empréstimo distinto do consignado. De fato, observa-se que, em se tratando de
descontos em conta corrente, e não compulsório em folha que possui lei própria, o Judiciário tem se
valido, por analogia, em vista dos artigos 1º 2º, § 2º, da Lei n 10.820/2003, bem como do artigo 126 da Lei
nº 5810/94 c/c artigo 5º do Decreto Estadual nº 2.071/2010, que versam acerca dos descontos
consignados em folha de pagamento, que tem-se limitado o desconto a 30% (trinta por cento) da
remuneração percebida pelo servidor. Todavia, no caso em tela, consta, nos autos da ação principal, que
os descontos das parcelas da prestação contratual, conforme se afere do extrato (id. 1343982 ? fls. 45/46)
ocorrem posteriormente ao recebimento de seus rendimentos, não caracterizando, pois, consignação em
folha de pagamento. Assim, considerando a questão, não se mostra razoável e isonômico, a par de não ter
nenhum supedâneo legal, aplicar a limitação legal prevista para empréstimo consignado em folha de
pagamento, de maneira arbitrária, a contrato específico de mútuo livremente pactuado. Nesse passo,
vislumbra-se do acervo probatório que o agravante contraiuempréstimo junto à instituição agravada de
natureza pessoal. Nesse diapasão, tem-se que a decisão atacada se encontra em sintonia com o que
recentemente decidido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), nos autos do Recurso Especial nº
1.586.910 ? SP, de Relatoria do Ministro Luis Felipe Salomão, DJe: 03/10/2017, na qual aquele Sodalício
assentou que a limitação prevista nos empréstimos consignados não pode ser aplicada, por analogia, às
operações bancárias de natureza diversa. À vista do exposto,nos termos dos artigos 1.019, I,INDEFIROo
pedido de efeito suspensivo ativo até decisão ulterior.Intime-se a parte agravada para, caso queira e
dentro do prazo legal, responder ao recurso, sendo-lhe facultado juntar documentação que entender
conveniente, na forma do art. 1.019, II, do NCPC.Estando nos autos a resposta ou superado o prazo para
tal, vista ao Ministério Público com assento neste grau.Servirá a presente decisão como mandado/ofício,
nos termos da Portaria nº 3731/2005-GP. Belém, 21 de fevereiro de 2019. DesembargadorROBERTO
GONÇALVES DE MOURARelator
que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Com
efeito,arrestoé a apreensão judicial dos bens do devedor que podem ser posteriormente reivindicados para
o pagamento de uma dívida comprovada. Considera-se uma tutela de urgência de natureza cautelar que
visa prevenir o perecimento da coisa,e impedir que o devedor se exima da obrigação, alienando os bens
que possui ou transferindo-os para nome de terceiros. Para a concessão de tal medida é indispensável
que o credor apresenteprova literal da dívida líquida e certa, bem como prova documental da intenção do
devedor em não cumprir com sua obrigação, nos termos do art. 300 e 301, do NCPC: Art. 300. A tutela de
urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a PROBABILIDADE DO DIREITOe
oPERIGO DE DANO OU O RISCO AO RESULTADO ÚTIL DO PROCESSO.§ 1oPara a concessão da
tutela de urgência,o juiz pode, conforme o caso,exigir caução real ou fidejussória idôneapara ressarcir os
danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente
hipossuficiente não puder oferecê-la.§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após
justificação prévia.§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver
perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelarpode
ser efetivada mediantearresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de
bem equalquer outra medida idônea para asseguração do direito. Do exame dos documentos juntados
pelo Autor/Agravado constato quea Cédula de Produto Rural (Num. 5178193 - Pág. 6 a 9, dos autosde
origem) é título executivo extrajudicial, com fulcro no art. 4º, caput, da Lei n. 8.929/1994, e está vencida
desde 30 de março de 2018. (Num. 5178193 - Pág. 7, dos autosde origem). A avença também
estabeleceu as seguintes garantias: Deste modo, a obrigação em discussão é líquida, certa e exigível e
atendeu os requisitos da execução de entrega de coisa certa. Apesar disso, a decisão recorrida merece
ser reformada, porque o Autor/Agravado não cumpriu os seguintes pressupostos para a concessão da
medida de arresto. Primeiramente, por não ter comprovado o recolhimento as custas iniciais, circunstância
que pode levar a extinção da ação, nos termos do art. 290, do NCPC. Segundo, porque o arresto e a
indisponibilidade de bens, por acarretarem ônus considerável ao patrimônio do devedor, apenas podem
ser deferidos,se houver risco de dilapidação de bensouindícios de que a parte esteja se ocultando, o que
não restou minimamente comprovado nos autos, já que a dívida está garantida por penhor agrícola. Cito
precedente: Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. LOCAÇÃO. AÇÃO DE DESPEJO CUMULADA COM
COBRANÇA. CONTRATO QUE VIGE SEM QUALQUER GARANTIA. DESPEJO LIMINAR. VIABILIDADE.
Hipótese em que o contrato de locação vige sem quaisquer das garantias, já que os fiadores não o
firmaram, o que autoriza o despejo liminar, na forma do art. 59, § 1º, inciso IX, da Lei de Locações.
DISPENSA DE CAUÇÃO. POSSIBILIDADE NO CASO CONCRETO. Estando o locatário em atraso com
os alugueres há mais de três meses (no caso, há mais de um ano), deve ser dispensado o locador da
caução de que trata o art. 59, § 1º da Lei 8.245/91. ARRESTO DE BENS. DESCABIMENTO NO CASO
CONCRETO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS.Somente seria possível o arresto caso
demonstrado que a ré está se desfazendo dos seus bens ou em estado de insolvência, com o que restaria
demonstrada a urgência do pleito, a evidenciar o periculum in mora, o que inocorre no caso concreto, de
modo que inviável a constrição prematura do patrimônio da agravada. RECURSO PARCIALMENTE
PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70071487581, Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do
RS, Relator: Cláudia Maria Hardt, Julgado em 15/12/2016) Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO.
DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO MONITÓRIA. LATICÍNIOS BOM GOSTO. TUTELA
ANTECIPADA INDEFERIDA. ARRESTO E INDISPONIBILIDADE DE BENS. AUSÊNCIA DOS
REQUISITOS DO ARTIGO 273, AMBOS DO CPC. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. Para a concessão
da tutela antecipada, necessário que se façam presentes os requisitos insculpidos no art. 273 do Código
de Processo Civil, quais sejam, a verossimilhança do direito alegado (caput) e o fundado receio de dano
irreparável ou de difícil reparação (inciso I), que não restaram demonstrados,uma vez que para o arresto e
a indisponibilidade de bens, por acarretarem ônus considerável ao patrimônio do devedor, apenas podem
ser deferidos, se houver risco de dilapidação de bens ou indícios de que a parte esteja se ocultando, o que
não restou minimamente comprovado nos autos.Necessidade de submeter à pretensão ao crivo do
contraditório, visando propiciar manifestação da parte contrária e formação de juízo de valor mais seguro a
respeito da pretensão veiculada. Manutenção da decisão agravada. AGRAVO DE INSTRUMENTO
DESPROVIDO. UNÂNIME. (Agravo de Instrumento Nº 70067361147, Décima Sétima Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liege Puricelli Pires, Julgado em 10/03/2016) Consigno mais, o STJ,
ao julgar o REsp n. 1.340.236/SP sob o rito previsto para os recursos repetitivos, já considerando as
disposições do atual CPC, resguardou orientação daquela Corte Superior de que a exigência do depósito
em dinheiro ou caução real ou fidejussóriaprevalece, assentando a seguinte tese:(...)A legislação de
regência estabelece que o documento hábil a protesto extrajudicial é aquele que caracteriza prova escrita
de obrigação pecuniária líquida, certa e exigível. Portanto, asustação de protesto de título, por representar
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
restrição a direito do credor, exige prévio oferecimento de contracautela, a ser fixada conforme o prudente
arbítrio do magistrado. (...) Assim, considerando que não houve o oferecimento de caução real ou
fidejussória idônea para assegurar o ressarcimento de danos que a outra parte possa vir a sofrer em razão
do arresto, porque somente consta a providência de ordem de penhora via BACENJUD,sem que tenha
sido juntado aos autos a sua efetivação,nem ter sido comprovado a hipossuficiência financeira da
Agravada em oferecê-la, a medida mostra-se ilegítima. Por fim, o agravante sustenta que a decisão
proferida por este órgão recursal, no sentido de suspender a eficácia da ordem agravada, não vem sendo
cumprida pelo agravado com relação a devolução da soja arrestada, motivo pelo qual pleiteia a fixação
deastreinte. Entretanto, o que se verifica mediante a análise dos autos é que há provas do desbloqueio do
valor constrito no BACENJUD e não há prova de que o arresto da soja determinado pelo Juízo de origem
tenha sido efetivamente cumprido antes da concessão de efeito suspensivo ao presente Agravo de
instrumento. Neste contexto, a medida mais adequada e útil é a devolução das partes ao status quo ante,
a fim de que sejam devolvidas quantias eventualmente bloqueadas através do sistema Bacenjud e/ou
quaisquer bens eventualmente arrestados. Eventual descumprimento deverá ser informado e provado ao
Juízo de origem, o qual tomará as medidas adequadas para sua efetivação. Ante o exposto,DOU
PROVIMENTO AO PRESENTE RECURSOpara desconstituir a decisão agravada e determino ao Juízo de
origem a tomada de providências para retorno das partes ao status quo ante. Belém, 20 de fevereiro de
2019. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUEDesembargadora Relatora
interlocutória proferida pela MM. Juiz de Direito da 1ª Vara da Comarca de Tailândia nos autos daAÇÃO
CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA(Proc. nº0013342-59.2018.8.14.0074),
que deliberou, em sede liminar, nos seguintes termos (id nº 1359217):?DIANTE DO EXPOSTO, defiro os
pedidos liminares formulados pelo Ministério Público, nos termos do 4º, 11 e 21 da Lei 7.347/85 c/c art. 7º,
16 e 20 da Lei 8.429/92, determinando o seguinte:a) A imediata suspensão do contrato administrativo n°
001/2017PMT-FMS-PP-SRP, entre o Município de Tailândia e a empresa Helisul Taxi Aéreo, com a
suspensão dos empenhos e pagamentos de quaisquer valores relativos ao contrato, e a interrupção
imediata do serviço de transporte aero médico de pacientes no Município de Tailândia;b) A
indisponibilidade de bens do requerido Paulo Liberte Jasper, no valor de R$ 296.106,66 (duzentos e
noventa e seis mil cento e dez reais e sessenta e seis centavos);c) A indisponibilidade de bens da
empresa Helisul Taxi Aéreo Ltda, no valor de R$ 525.349,99 (quinhentos e vinte e cinco mil trezentos e
quarenta e nove reais e noventa e nove centavos);d) Determino a quebra dos sigilo bancário dos
requeridos Paulo Liberte Jasper e da empresa Helisul Taxi Aéreo, determinando que as instituições
financeiras em que tiverem contas bancárias forneçam a este juízo os extratos do período de maio de
2017 a setembro de 2018, devendo ser oficiado ao Banco Central para que forneçam essas informações
bancárias, devendo ser identificados todos os cheques e Transferências de valores de valores autorizadas
pelo requerido Paulo Liberte Jasper do período de 01 a 31 de maior de 2017, identificando ainda o nome,
e o CNPJ dos beneficiários das transações autorizadas pelo requerido, fornecendo as microfilmagens
correspondentes;e) Determino a quebra do sigilo fiscal dos requeridos Paulo Liberte Jasper e da empresa
Helisul Taxi Aereo, requisitando-se à Receita Federal as cópias das declarações anuais de imposto de
renda do período de 2016 a 2018.f) Determino que seja oficiado ao Cartório de Registro de Imóveis da
Comarca de Tailândia, comunicando-se desta decisão de indisponibilidade de bens, bem como que o
oficial informe a este juízo a existência de bens imóveis e procurações que tenham como outorgados os
requeridos Paulo Liberte Jasper, Helisul Taxi Aeréo, Adolfo Eugenio Rosseto de Almeida, Fabricio Magno
Habere Mauro Tadeu da Silva Oliveira; g) Expeça-se oficio ao Presidente da Junta Comercial do Pará,
determinando a impossibilidade de qualquer alteração nos contratos sociais ali registrados, em que
figurem o nome dos requeridos desta ação;h) Oficie-se à Capitania dos Portos, para informar se os
requeridos possuem embarcações em seus nomes;i) Oficie-se à Comissão de Valores Mobiliários - CVM,
para que informe se os requeridos são titulares de ações;j) Oficie-se à Agência de Defesa Agropecuária do
listado do Pará (ADEPARÁ) para que seja informada a indisponibilidade decretada nesta decisão, bem
como informe sobre a existência de semoventes em nome dos requeridos, sendo proibida a transferência
para o nome de terceiros por tempo indeterminado;k) Determino a notificação dos requeridos para
oferecem manifestação por escrito, pelo prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 17, § 7 º da Lei
8.429/92;l) Dê-se ciência desta demanda ao Município de Tailândia, através do Procurador Geral, nos
termos do art. 17, § 3º da Lei 8.429/92.? Em suas razões recursais (id nº 1359199), o agravante relata os
fatos, esclarecendo que o Ministério Público propôs a Ação Civil Pública sob o fundamento deter
identificado possíveis irregularidades na contratação e no cumprimento do contrato de um helicóptero, pelo
Município de Tailândia, cujo objetivo seria o transporte de pacientes em UTI, mas que estaria
supostamente sendo utilizadopara atender interesses particulares do próprio Prefeito,e que as
irregularidades apontadas são concernentes aoprocesso licitatório irregular; a inexistência de aeródromos
públicos no Município de Tailândia; que a aeronave estaria sendo utilizada de forma não prevista no
contrato celebrado entre o Município e a empresa Helisul Táxi Aéreo Ltda, além de outras irregularidades
na execução contratual.Para defender o seu direito, o agravante sustenta preliminarmentea incompetência
da justiça comum, visto que as supostas irregularidades do contrato administrativo são custeadaspelo
Fundo Municipal de Saúde de Tailândia, oriundo do Fundo Nacional de Saúde - FNS, gestor financeiro dos
recursos do Sistema Único de Saúde ? SUS, e, portanto, considerando que os recursos transferidos pela
União, no âmbito do SUS, estão sujeitos à prestação de contas ao Ministério da Saúde e sujeitos ao
controle do TCU, entende quecompete à Justiça Federal processar e julgar as causas envolvendo
despesas realizadas com esses recursos financeiros.E, em razão dessa incompetência absoluta (ratione
materiae), pleiteia o deferimento da pretensão recursal (art. 1.019, inciso I), comunicando ao prolator da
decisão recorrida a necessidade de que seja determinada a remessa dos autos da ação originária
(processo nº 0013342-59.2018.8.14.0074) para a Vara Federal competente para julgar o feito.O Agravante
argumenta além disso que em momentoalgum o elemento subjetivo, quer seja dolo, quer seja culpa, foi
demonstrado pelo Ministério Público no decorrer de toda a argumentação da peça vestibular. E, sobre
esse ponto, destaca que, ainda que um determinado ato administrativo seja considerado ilegal, não
significa que seja necessariamente ímprobo, tendo em vista que a improbidade é a ilegalidade tipificada e
qualificada justamente pelo elemento subjetivo da conduta do agente. Portanto, entende que não poderia
ter sido deferido o pedido de indisponibilidade de bens, garantidora de eventual ressarcimento de prejuízo
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ao erário decorrente de ato ímprobo, visto que tal medida reclama que existamfortes indíciosde
responsabilidade pela prática desse ato, o que não seria o caso.Argumenta que a inicial descreve o
agravante praticamente como um bandido, cuja única intenção à frente da administração do Município de
Tailândia seria a de se aproveitar do dinheiro público.Aduz que a peça inaugural adquire contornos de
pessoalidade, com um tom irônico em vários trechos.Assevera que Ministério Público apenas faz
argumentações e acusações, sem comprovar de fato quantas pessoas deixaram de ser atendidas pelo
transporte aeromédico e sem destacar quantas vidas já foram salvas em razão de existir esse transporte
rápido no município.Defende a legalidade do procedimento licitatório realizado na modalidade de pregão
presencial.Explica que não há porque haver suspeita de ilegalidade na realização do pregão na
modalidade pregão presencial, visto quea maior parte dos municípios do interior do Estado realiza pregão
presencial, conforme fazem prova os avisos de licitação publicados no mural do Tribunal de Contas dos
Municípios do Pará ? TCM (doc. anexo), pelo simples fato de não possuírem suporte tecnológico para a
realização na modalidade eletrônica.Ressalta que todos os pregões eletrônicos do Município de Tailândia
são realizados de forma presencial.E, portanto,não houve exceção para beneficiar a empresa licitante, e
posteriormente contratada, dado que essa é a regra, assim como de vários municípios do interior do
Estado, repise-se,pelo fato do pregão eletrônico demandar a necessidade de uma plataforma de uso e
acesso específica, via internet.E se houve erro do pregoeiro do Município, sobre o qual o agravante não
possui qualquer ingerência, foi o de não ter elaborado uma justificativa sobre a inviabilidade de se realizar
pregão eletrônico, porém isso se deve ao fato de, repita-se, somente serem realizados pregões
presenciais em Tailândia, sem que isso macule o procedimento. Trata-se, quando muito, de uma mera
irregularidade, sem qualquer conotação de improbidade ou ilegalidade.Acrescenta quea isonomia e a
competitividade não foram frustradas, vez que o princípio da publicidade foi exaustivamente
observado,tendo sido publicado o aviso de licitação em três meios distintos,na data de 20 de abril de 2017,
em observância ao prazo previsto no art. 4º, inciso V, da Lei nº 10.520/02, qual seja, 8 (oito) dias úteis
antes da apresentação das propostas, issono mural físico da Prefeitura, no Diário Oficial do Estado (edição
nº 33.358, p. 78) e no Diário Oficial da União (edição nº 76, p. 207, seção 3), permitindo a participação de
quaisquer interessados que atendessem aos requisitos exigidos, e propiciando a seleção da proposta mais
vantajosa para a administração municipal.Assim, entende que ainda que tenha sido realizado na forma
presencial, o Pregão nº 001/2017 foi concretizado por intermédio de sessão pública, aberta, não havendo
que se falar em ?licitação dirigida?.Ressalta que não há prova nos autosde que alguém tenha tido
conhecimento da realização do pregãoantesque o edital tivesse sido publicado com grande
amplitude.Argumenta que, se na data da sessão de abertura, 05 de maio de 2017, não acudiram outros
interessados, isso não leva à conclusão de que a licitação foi dirigida ou que outra empresa foi impedida
de demonstrar interesse na prestação do serviço.Sobre a suposta relação entre os envolvidos, que
caracterizaria fraude, esclarece que apenas um dos pilotos da empresa, Sr. Mauro Tadeu, tem parentesco
por afinidade com o ex-Secretário de Saúde, Sr. Fabrício Magno Haber, entretanto não há vedação legal
para tanto, em razão da cláusula proibitiva do edital, e justamente questionada pelo MPE, não havendo
qualquer prova, ou mesmo indício, que a empresa tenha obtido informações privilegiadas.Acerca da
suposta cláusula que restringiria a competição, esclarece que ela se justifica em razão das despesas para
o pagamento do contrato serem custeadas através de recursos federais.Destaca que não há qualquer
irregularidade na não participação do Conselho Municipal de Saúde no procedimento licitatório, pois, nos
termos do art. 3º, inciso I da Lei Municipal nº 69/97, não caberia ao Conselho Municipal de Saúde fazer as
vezes de gestor do FMS, atuando na fiscalização das despesas, e sim ao Secretário Municipal de
Saúde.Ressalta que a despesa com a contratação do transporte aeromédico estava, sim, prevista na Lei
Municipal nº 341/2016, que fixou as receitas e despesas para o ano de 2017, na função 10 - Saúde
(serviços de média e alta complexidade).O Agravante explica que não há prova nos autos acerca da
improbidade cometida, destacando que o Ministério Público pinçou dos depoimentos das testemunhas
trechos aos quais deu interpretação absolutamente equivocada, e deixou de mencionar outros que
demonstram exatamente a regularidade da contratação.Destaca que o MPE faz crer que, para a
contratação de serviços de transporte aéreo pelo Município de Tailândia, seria necessária a existência de
um aeródromo público no local. Contudo, defende que não é condição de validade, para a contratação de
tais serviços, a existência de aeródromos públicos.Acerca do uso indevido do helicóptero, o agravante
explica que, ao contrário do alegado, nesse período o helicóptero foi utilizado sim para a finalidade para a
qual foi contratado, qual seja, o transporte aeromédico, na capital do Estado, no período das procissões do
Círio de Nazaré, mas não visando autopromoção ou passeio turístico, e simatendendo a pedido da
Diretoria da Festa de Nazaré que, em 20 de setembro de 2017, solicitou ao agravante, por escrito,?a UTI
AÉREA, para cobertura do Círio de Nazaré?.Ou seja, o helicóptero teria sido trazido para a capitalpara
atender a pedido da Diretoria do Círio, como UTI aérea, com a finalidade de socorrer os romeiros, se
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preciso fosse.Assim, destaca estar presente o interesse público no uso da aeronave, naquele período e
que não houve registro de chamado do aeromédico, no mesmo período, em Tailândia, ou seja, os
munícipes não foram relegados a segundo plano.Por fim, defende que a decretação de indisponibilidade
de bens deve ser feita apenas no montante necessário para satisfazer o ressarcimento do valor do dano
causado, ao erário, sendo inadmissível a indisponibilidadeem tesedos bens do agravante na quantia
determinada. E, no caso em tela, sendo indisponibilizados judicialmente os valores totais para cada um
dos réus, os valores bloqueados em muito ultrapassariam o valor perseguido pelo MPE, e isto sem que
ainda se possa individualizar, qualificar ou quantificar as responsabilidades de cada um, o que configuraria
excesso na cautela, pelo que entende que deve ser inteiramente reformada a decisãoa quo.Ao final requer
a concessão do efeito suspensivo no sentido de suspender parte da decisão agravada que determinou a
indisponibilidade dos seus bens, e, no mérito, requer o conhecimento e provimento do presente recurso
para reformar em definitivo a decisão combatida.Juntou documentos.Os presentes autos eletrônicos
vieram distribuídos à minha relatoria.É breve o relatório, síntese do necessário.DECIDO.Presentes os
pressupostos de admissibilidade recursal, conheço do recurso, pelo que passo a apreciar o pedido de
efeito suspensivo. Verifica-se que o presente recurso tem por finalidade a reforma da decisão proferida
pelo MM. Juiz de Direito da 1ª Vara da Comarca de Tailândia que, nos autos da AÇÃO CIVIL PÚBLICA,
ajuizada pelo Ministério Público Estadual, deferiu medida liminar nos termos enunciados acima. O
agravante, por sua vez, busca, nesse momento processual, a concessão do efeito suspensivo para
suspender parte da decisão que determinou a indisponibilidade dos seus bens no valor de R$296.106,66.
Sabe-se que em sede de Agravo de Instrumento a abordagem deve ser restrita ao acerto ou não da
decisão que concedeu a medida liminar, levando-se em conta a presença dos requisitos aptos a
ensejarem o (in)deferimentoab initiodo pleito excepcional e não do mérito da ação.Para a concessão de
efeito suspensivo ao recurso interposto, torna-se indispensável a presença de dois requisitos, quais sejam,
ofumus boni iurise opericulum in mora.Portanto, se faz necessário a presença simultânea da fumaça do
bom direito, ou seja, que o agravante consiga demonstrar através das alegações aduzidas, em conjunto
com a documentação acostada, apossibilidade de que o direito pleiteado exista no caso concreto, eo
reconhecimento de que a demora na definição do direito poderá causar dano grave e de difícil reparação
ao demandante com presumível direito violado ou ameaçado de lesão.Estabelecidos, pois, os limites
possíveis de apreciação judicial nesta fase de cognição sumária, passo ao exame dos requisitos
mencionados.De plano, verifico nãoassistir razão ao agravante, neste momento, uma vez que não se
mostra incontestável o requisito da relevância da fundamentação.Com efeito, o requisito do ?fumus boni
iuris? não diviso configurado, de pronto, na questão sob exame, tendo em vista que a probabilidade de
deferimento futuro da pretensão meritória não surge incontestável, ?in casu?, porquanto a matéria posta
em discussão mostra-se controversa, estando a merecer maiores ilações, o que só será possível se
estabelecido o contraditório.Nessa linha de raciocínio, e tendo em vista o caráter restrito nesta sede
recursal do exame da questão discutida,considerando a relevância do bem jurídico envolvido, não diviso
pertinente alterar neste momento o decisório atacado, principalmente porque tem em vista ele garantir a
possibilidade de ressarcimento integral do dano, no diapasão do que vem entendendo a jurisprudência
pátria, tanto que o Superior Tribunal de Justiça, no AgReg no Resp 1311013/RO, Dje 13-12-2012, decidiu
que a medida de indisponibilidade de bens pode ser aplicada em qualquer hipótese de ato de improbidade
administrativa, inclusive no bojo dos autos principais e sem oitiva do réu.E no Recurso Especial n.º 880427
MG 2006/0185508-2, de Relatoria do Ministro LUIZ FUX, o STJ assenta:?PROCESSUAL CIVIL.
ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. MEDIDA CAUTELAR.
INDISPONIBILIDADE E SEQÜESTRO DE BENS. REQUERIMENTO NA INICIAL DA AÇÃO PRINCIPAL.
DEFERIMENTO DE LIMINAR INAUDITA ALTERA PARS ANTES DA NOTIFICAÇÃO PRÉVIA.
POSSIBILIDADE. ARTS. 7º E 16 DA LEI 8429/92. 1. É licita a concessão de liminar inaudita altera pars
(art. 804 do CPC) em sede de medida cautelar preparatória ou incidental, antes do recebimento da Ação
Civil Pública, para a decretação de indisponibilidade (art. 7º, da Lei 8429/92) e de seqüestro de bens,
incluído o bloqueio de ativos do agente público ou de terceiro beneficiado pelo ato de improbidade (art. 16
da Lei 8.429/92), porquanto medidas assecuratórias do resultado útil da tutela jurisdicional, qual seja,
reparação do dano ao erário ou de restituição de bens e valores havidos ilicitamente por ato de
improbidade. Precedentes do REsp 821.720/DF">STJ: REsp 821.720/DF, DJ 30.11.2007; REsp
206222/SP, DJ 13.02.2006 e REsp 293797/AC, DJ 11.06.2001. 2. Os arts 7º e 16, §§ 1º e 2º, da Lei
8.429/92, que tratam da indisponibilidade e do seqüestro de bens, dispõem: Art. 7º Quando o ato de
improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade
administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos
bens do indiciado. Parágrafo único.A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre
bens que assegurem o integral ressarcimento do dano,ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do
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enriquecimento ilícito. Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará
ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do
seqüestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao
patrimônio público. § 1º O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e
825 do Código de Processo Civil. § 2º Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o
bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos
termos da lei e dos tratados internacionais." 3. Recurso Especial desprovido.?(STJ - REsp: 880427 MG
2006/0185508-2, Relator: Ministro LUIZ FUX, Data de Julgamento: 04/11/2008, T1 - PRIMEIRA TURMA,
Data de Publicação: DJe 04/12/2008) (Grifei) IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. DECRETAÇÃO
LIMINAR DE INDISPONIBILIDADE PATRIMONIAL. DEMONSTRAÇÃO DE INDÍCIOS DA PRÁTICA DE
ATO ÍMPROBO.REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 7 DO STJ.
INEXISTÊNCIA DE DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. PARÂMETRO PARA FIXAÇÃO DO LIMITE DA
INDISPONIBILIDADE. LESÃO AO ERÁRIO PÚBLICO, ACRESCIDO DO VALOR DA MULTA CIVIL.
RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE CONHECIDO E NÃO PROVIDO.1. Na origem, cuida-se de Ação
Civil Pública por supostos atos de improbidade administrativa, em que foi concedida, pelo Juízo de
primeiro grau, liminar para determinar a indisponibilidade dos bens móveis e imóveis dos réus, inclusive
ativos financeiros.2. A decretação liminar de indisponibilidade de bens em Ação de Improbidade
Administrativa depende da identificação de suficientes indícios da prática de ato ímprobo, sendo
dispensada a verificação do periculum in mora (REsp 1.366.721/BA, em regime de repetitivo).3. Ao
contrário do afirmado, o acórdão recorrido, a partir de elementos extraídos do inquérito policial, ingressou
a fundo na análise dos indícios relacionados à prática de atos de improbidade administrativa por parte do
recorrente. A análise da pertinência e relevância de tais indícios implica o reexame do conjunto fático-
probatório, esbarrando no óbice da Súmula 7/STJ.4. Não há ofensa ao princípio dispositivo ou julgamento
extra petita quando o órgão julgador especifica quais indícios foram considerados em relação ao
recorrente, fundamentando a decretação de indisponibilidade de seu patrimônio.5. Dissídio jurisprudencial
em relação ao REsp 1.366.721/BA não demonstrado, uma vez que o acórdão recorrido observou os
fundamentos estabelecidos em tal precedente. Ademais, não se realizou o cotejo analítico entre os
acórdãos e tampouco se demonstrou similitude fática em relação ao paradigma, o que é pressuposto para
o conhecimento do recurso com esteio no art. 105, inciso III, alínea "c", da Constituição Federal.
Precedentes do STJ.6. O entendimento dominante neste Superior Tribunal é que a constrição patrimonial
deve observar o valor da totalidade da lesão ao erário, acrescido do montante de possível multa civil,
excluídos os bens impenhoráveis.Tal posicionamento se justifica na medida em que há solidariedade entre
os responsáveis pelos atos reputados como ímprobo.7. Recurso Especial parcialmente conhecido e, no
mérito, negado provimento.(REsp 1637831/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,
julgado em 15/12/2016, DJe 19/12/2016) Seguindo tal entendimento, para fins de decretação da medida
de indisponibilidade, o parâmetro a ser adotado não se restringe ao valor especificadamente envolvido na
conduta do recorrente, mas sim à totalidade da lesão ao erário e, ainda, de eventual multa civil.Assim, não
havendo como se concluir, nessa fase processual, que todos os réus permanecerão como parte no
processo até o trânsito em julgado da presente demanda e considerando haver solidariedadeentre os
responsáveis pelos atos reputados como ímprobo,entendo que,a priori, deva ser mantida a decisão que
determinou a indisponibilidade de bens do agravante no valor total de R$296.106,66, com o fim
deresguardar a saúde processual e o resultado prático do processo, como ressarcimento ao erário do
valor integral do dano,tendo em vista quenesta fase inicial do processo prevalece o princípio doin dubio
pro societatecomo forma de resguardar o interesse público.Insta salientar, ainda, que a referida medida de
indisponibilidade, por ser uma tutela fundada em evidência, não possui caráter sancionador em nem
antecipa a culpabilidade do agente, até mesmo em razão da possibilidade de reversão do provimento
judicial que a concede. E como já restou assentado, a medida ora mencionada deve recair sobre o
patrimônio do réu de modo suficiente a garantir o integral ressarcimento de eventual prejuízo aos cofres
públicos, levando-se em consideração, ainda, o valor de uma possível multa civil como sanção
autônoma.Portanto, vislumbro mais prudente, por ora, manter a decisão agravada.Posto isto,INDEFIRO
Oefeito suspensivo requerido.Intime-se o agravado, para, querendo, apresentar contraminuta ao presente
recurso, facultando-lhe juntar cópias das peças que entender necessárias.Encaminhem-se os autos à
Procuradoria de Justiça para manifestação, vinda as contrarrazões ou superado o prazo para tal.Publique-
se. Intimem-se. À Secretaria para as devidas providências.Belém (PA), 20 de fevereiro de 2019.
DesembargadorROBERTO GONÇALVES DE MOURA Relator
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efeitos patrimoniais retroativos em mandado de segurança, pelo que fora ajuizada a presente ação de
cobrança para receber parcelas que são anteriores à impetração, procedimento que encontra guarida no
entendimento pacificado do STFSúmulas 269 e 271 do STF).8- Demonstrado o direito da Apelada à título
de pensão por morte, do valor de 100% dos proventos do de cujus como se vivo fosse, já se encontrando
referido direito reconhecido em sede mandamental, faz jus aopagamento das vantagens no período de
correspondente à 01/04/1999 até 26/03/2001, data de que antecede 05 anos do ajuizamento da presente
ação, até a data de impetração do mandado de segurança, processo nº0006493-87.2001.8.14.0301.9-
Consectários Legais.Tratando-se de condenaçãojudicial de natureza administrativa referente a servidor
público sujeitam-se aos seguintes encargos: (a) até julho/2001: juros de mora: 1% ao mês (capitalização
simples); correção monetária: índices previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal, com destaque
para a incidência do IPCA-E a partir de janeiro/2001; (b) agosto/2001 a junho/2009: juros de mora: 0,5%
ao mês; correção monetária: IPCA-E; (c) a partir de julho/2009: juros de mora: remuneração oficial da
caderneta de poupança; correção monetária: IPCA-E, consoante Item 3.1.1do Resp 1.495.146 ? MG
(Tema 905),ressalvando que, em eventual modulação do tema 810 pelo STF, os parâmetros deverão ser
observados em liquidação.10-Honorários advocatícios.Constatada a iliquidez da decisão, os honorários
advocatícios deverão ser fixados na liquidação do julgado.11-Reexame Necessário conhecido e
parcialmente provido.12-À unanimidade. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam
Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público, à
unanimidade, CONHECER e NEGAR PROVIMENTO à APELAÇÃO e,CONHECER e DAR PARCIAL
PROVIMENTO ao Reexame Necessário,nos termos do voto da eminente Desembargadora Relatora. 5ª
Sessão Ordinária ? 1ª Turma de Direito Público, Tribunal de Justiça do Estado do Pará, aos 18 de
fevereiro de 2019. Julgamento presidido pelo Exmo. Des. Roberto Gonçalves de Moura. ELVINA
GEMAQUE TAVEIRADesembargadora Relatora
AIRES VIANAOAB: 70000A Participação: ADVOGADO Nome: BRENDA FERNANDES BARRAOAB: 443
Participação: AGRAVANTE Nome: MARIA DE FATIMA OLIVEIRA TORRES Participação: ADVOGADO
Nome: EDUARDO MARCELO AIRES VIANAOAB: 70000A Participação: ADVOGADO Nome: BRENDA
FERNANDES BARRAOAB: 443 Participação: AGRAVADO Nome: BANCO BRADESCO SA Participação:
ADVOGADO Nome: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUESOAB: 15201/PA1ª TURMA DE DIREITO
PRIVADOAGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0805441-
35.2018.8.14.0000Processo de 1º grau: 0013163-97.1996.814.0301AGRAVANTE: LICON SERVICOS
GERAIS LTDA.Advogados: Dr. Eduardo Marcelo Aires Viana, OAB/PA nº 24.797, e outro.AGRAVADO:
BANCO BRADESCO S.A.Advogados: Dr. Nelson Willians Fratoni Rodrigues, OAB/PA nº 15.201-
A.RELATORA: DESEMBARGADORA MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO DESPACHO Considerando
que o agravado já possui advogado constituído nos autos de origem deste recurso em 1º
grau,DETERMINO à UPJque proceda a intimação da parte agravada para apresentar contrarrazões ao
presente Agravo Interno manejado(art. 1.021, §2º, CPC), via publicação no DJE, em nome de seu
advogado Dr. Nelson Willians Fratoni Rodrigues, OAB/PA nº 15.201-A. Belém, 22 de fevereiro de 2019.
Desa. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHORelatora
Participação: APELADO Nome: HOMERO BRITTO RIBEIRO Participação: ADVOGADO Nome: TELMA
LUCIA BORBA PINHEIROOAB: 59 Participação: ADVOGADO Nome: ANTONIO ARAUJO DE OLIVEIRA
JUNIOROAB: 79000A Participação: ADVOGADO Nome: CAMILLA BARBOSA FIGUEIREDOOAB: 902
Participação: ADVOGADO Nome: THIAGO ANDERSON REIS FERREIRAOAB: 784 Participação:
ADVOGADO Nome: REYNALDO ANDRADE DA SILVEIRAOAB: 46ÓRGÃO COLEGIADO JULGADOR: 1ª
TURMA DE DIREITO PRIVADORECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL Nº0039562-04.2009.8.14.0301JUIZ
DE ORIGEM: 3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉMAPELANTE:CONDOMINIO DO EDIFICIO
MARIA TUDORAPELADO: HOMERO BRITTO RIBEIRORELATORA: DESEMBARGADORA MARIA DO
CEO MACIEL COUTINHODESPACHOEm sede de juízo de admissibilidade recursal único, verifico que, o
recurso de Apelação Cível interposto porCONDOMINIO DO EDIFICIO MARIA TUDOR (ID1039821 - Pág.
1/14) é tempestivo conforme certidão de ID1039822 - Pág. 1, e conta com o devido preparo (ID1039821 -
Pág. 15/17). Portanto,a priori,vislumbro que o referido recurso, preenche os
pressupostosextrínsecos(tempestividade, regularidade formal e preparo) eintrínsecos(cabimento,
legitimidade para recorrer e interesse recursal).Recebo o presente recurso de Apelação Cível nos efeitos
suspensivo e devolutivo, conforme dispõe o art. 1.012, CPC/15[1].A parte recorrida apresentou
contrarrazões ao recurso de Apelação Cível tempestivamente (ID1039822 - Pág. 4/15).Transcorrido o
prazo para interposição de eventual recurso, retornem os autos conclusos.Publique-se e intimem-
se.Belém, 22 de fevereiro de 2019. Desa. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHORelatora[1]Art. 1.012. A
apelação terá efeito suspensivo.
pelo Juízo agravado, que, todavia, determinou a juntada do contrato original, sob pena de extinção do
feito.Pontua não ser obrigatória a juntada do contrato original, bastando somente a juntada da cópia do
instrumento, nos termos do art. 424 do CPC, ponderando que a cédula de crédito constitui apenas meio de
prova do fato constitutivo do direito do Recorrente e, mais, que o documento em cópia que instrui a inicial
se apresenta legível, sendo possível identificar as partes contratantes e as cláusulas contratuais.Assim,
requer a concessão de antecipação dos efeitos da tutela recursal para que seja determinada a imediata
citação do Agravado para pagamento do débito. No mérito, pleiteia o provimento do Recurso.É o
relatório.Decido.O Recurso em tela comporta julgamento monocrático por este Relator, nos termos do art.
932, III, do CPC, por ser inadmissível.Com efeito, sabe-se que a todo recurso existem algumas condições
de admissibilidade que necessitam estar presentes para que o Juízoad quempossa proferir o julgamento
do mérito no recurso.Tais requisitos se classificam em dois grupos: a) requisitos intrínsecos (concernentes
à própria existência do poder de recorrer): cabimento, legitimação, interesse e inexistência de fato
impeditivo ou extintivo do poder de recorrer; b) requisitos extrínsecos (relativos ao modo de exercício do
direito de recorrer): preparo, tempestividade e regularidade formal.No presente caso, merece destaque a
análise do cabimento, no qual, em juízo de admissibilidade, é verificado se foi interposto o recurso
adequado contra a decisão recorrível, desdobrando-se o cabimento em dois elementos, quais sejam: a
previsão legal do recurso e sua adequação.Com efeito, tem-se que o ato judicial ora agravo não se trata
de decisão interlocutória, hábil a gerar à parte risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação ou,
ainda, ao resultado útil do processo, não se enquadrando a espécie nas hipóteses do art. 1.015, do
CPC.Em verdade, cuida-se de despacho de mero expediente (determinação para que a Agravante
emendasse à inicial), o qual é irrecorrível, nos termos do art. 1.001, do CPC, vez que não traz em seu bojo
cunho decisório, ínsito às decisões interlocutórias, que poderia ensejar a recorribilidade por meio de
agravo.A jurisprudência deste C. Tribunal é pacífica nesse sentido:AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NÃO CONHECEU DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
POR MANIFESTA INADMISSIBILIDADE. A DECISÃO, OBJETO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO,
DETERMINOU A EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL. DECISÃO NÃO AGRAVÁVEL E SEM CONTEÚDO
DECISÓRIO. PRECEDENTES. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS 1.015 E 1.001 DO CPC ATUAL (ANTIGO
ART. 504). APLICAÇÃO DO ART. 932, III DO CPC (ANTIGO 557). DECISÃO MANTIDA. RECURSO
DESPROVIDO. I - Insurgiu-se o agravante em face de decisão monocrática que deixou de conhecer do
agravo de instrumento, considerando o relator que o recorrente havia se voltado contra despacho de mero
expediente, uma vez que a decisão, objeto do agravo de instrumento, se tratava da determinação para
emendar a petição inicial para juntada de contrato original do negócio jurídico, firmado entre as partes. II -
A decisão que determina a emenda da petição inicial, ainda que sob pena de indeferimento, não é passível
de agravo de instrumento, primeiro, porque, de acordo com nova sistemática processual, não se encontra
no rol de art. 1.015, e, segundo, porque não se trata de decisão interlocutória, e sim de despacho de mero
expediente, que faz referência o art. 1.001 do CPC atual (antigo art. 504). Precedentes. III - Recurso
conhecido e desprovido, para manter a decisão monocrática, que não conheceu do agravo de instrumento,
nos moldes do art. 932, III do CPC atual (antigo art. 557). (TJ-PA, Acórdão 191.883, Rel. GLEIDE
PEREIRA DE MOURA, 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 22/05/2018, Publicado em
08/06/2018).AGRAVO INTERNO EM DECISÃO MONOCRÁTICA DE NEGATIVA DE SEGUIMENTO EM
AGRAVO DE INSTRUMENTO: NEGATIVA DE SEGUIMENTO, NOS TERMOS DO ART. 1015
CUMULADO COM ART. 932, III, AMBOS DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - RECURSO
INTERPOSTO EM FACE DE DESPACHO DE MERO EXPEDIENTE - INADMISSIBILIDADE -
MANUTENÇÃO DA DECISÃO ATACADA - RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO - DECISÃO
UNÂNIME. (TJ-PA, Acórdão 190.836, Rel. MARIA DE NAZARE SAAVEDRA GUIMARAES, 2ª TURMA DE
DIREITO PRIVADO, Julgado em 22/05/2018-05-22, Publicado em 28/05/2018).AGRAVO DE
INSTRUMENTO. DESPACHO DE MERO EXPEDIENTE. DECISÃO IRRECORRÍVEL. RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO. 1. Agravo de instrumento com objetivo de reformar despacho que
determinou que o exequente juntasse aos autos de Certidão atualizada de imóvel competente. 2. O
despacho não possui caráter decisório, pois se trata de despacho de mero expediente, mostrando-se
inviável a interposição de agravo de instrumento, nos termos do art. 1.001 do novo CPC, no qual guarda
correspondência no art. 504 do CPC de 1973. 3. Recurso improvido Á unanimidade. (TJ-PA, Acórdão
161.639, Rel. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, 2ª CÂMARA CÍVEL ISOLADA, Julgado em
27/06/2016, Publicado em 29/06/2016).Outros precedentes desta E. Corte na mesma direção:Acórdão
189.616, Rel. ROBERTO GONCALVES DE MOURA, 1ª TURMA DE DIREITO PÚBLICO, DJe
10/05/2018;Agravo de Instrumento 0010466-96.2017.8.14.0000, Rel. MARIA DO CEO MACIEL
COUTINHO, 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, DJe 25/08/2017; eAgravo de Instrumento 0005960-
77.2017.8.14.0000, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, DJe
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
obrigatórias, referidas no art. 1.017 do CPC.Não obstante o Processo de primeiro grau tramitar pelo PJE,
não foi possível o acesso ao sistema para obter as informações necessárias ao esclarecimento da lide.Isto
posto, intime-se o Agravante para que, no prazo de 48h, apresente as peças obrigatórias para a análise e
processamento do presente agravo.Belém, JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIODesembargador
Relator
dos vencimentos.Aduz que em razão dos descontos indevidos promovidos pelo agravado, o agravante tem
passado por privações de ordem alimentar e de serviços básicos o que justifica a atuação judicial a fim de
restabelecer a dignidade e garantia mínima de subsistência para si e sua família. Defende que seu objetivo
é justamente o de evitar que seja privado da mínima sobrevivência digna com sua família, eis que vive
atualmente com grave carência financeira, e queo que se busca atingir é um equilíbrio entre o objetivo do
contrato (razoabilidade) e o caráter alimentar da remuneração (dignidade da pessoa humana).Destaca que
tem uma grande parte de seu salário comprometido com o agravado, na verdade,91,39%, pelo que
entende que os empréstimos consignados deduzidos em folha de pagamento bem como as parcelas do
empréstimo contraído na modalidade do CDCdevem ser limitados em 30% (trinta por cento) da
remuneração líquida percebida pelo servidor, após deduzidos os descontos obrigatórios (Previdência e
Imposto de Renda).Ao final requer a concessão da antecipação da tutela recursal no sentido de limitar
imediatamente os descontos no contracheque e conta corrente do agravante em 30% da remuneração
líquida por ele percebida.No mérito requer o conhecimento e provimento do presente recurso para
confirmar a antecipação concedida e reformar totalmente a decisão agravada.Requereu a gratuidade de
justiça.Juntou documentos.Os autos vieram distribuídos a minha relatoria.É o relato do
necessário.DECIDO.Defiro a gratuidade de justiça neste grau de jurisdição, considerando os documentos
juntados aos autos.Presentes os pressupostos de admissibilidade recursal, uma vez que tempestivo e
dispensado de preparo ante a gratuidade de justiça concedida e estando a matéria tratada inserida no rol
das hipóteses previstas no art. 1.015 do NCPC/2015, conheço do presente recurso de Agravo de
Instrumento e passo a apreciar o pedido de antecipação de tutela recursal nele formulado.O Novo Código
de Processo Civil/2015 em seu art. 1.019, inciso I, assim prevê:?Art. 1.019. Recebido o agravo de
instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação doart. 932, incisos III e
IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso oudeferir, em
antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;?(grifo
nosso)Nos termos do que dispõe o art. 300 do novo Código de Processo Civil, dois são os requisitos
cumulativos para a concessão da tutela de urgência: quando houver elementos nos autos que evidenciem
a probabilidade do direito reclamado (fumus boni iuris) e houver perigo de dano ou risco ao resultado útil
do processo (periculum in mora). O dispositivo referido encontra-se lavrado nestes termos:?Art. 300. A
tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.§ 1oPara a concessão da tutela de urgência, o juiz
pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte
possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não
puder oferecê-la.§ 2oA tutela de urgência pode ser concedida liminarmenteou após justificação prévia.§
3oA tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão.? (grifei)Como se vê, o legislador alterou os requisitos exigidos no
Código de Processo Civil de 1973, que condicionava a concessão de antecipação de tutela à existência de
prova inequívoca capaz de convencer o juiz a respeito da verossimilhança das alegações.Pois bem. No
que pertine à probabilidade do direito,Luiz GuilhermeMarinoniassevera que a probabilidade que autoriza o
emprego da técnica antecipatória para a tutela dos direitos é a probabilidade lógica ? que é aquela que
surge da confrontação das alegações e das provas com os elementos disponíveis nos autos, sendo
provável a hipótese que encontra maior grau de confirmação e menor grau de refutação nesses
elementos. O juiz tem que se convencer de que o direito é provável para conceder tutela
provisória.?[1].Quanto ao perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, lecionaAraken de
Assisque o perigo hábil à concessão da liminar reside na circunstância de que a manutenção do status
quo poderá tornar inútil a garantia (segurança para a execução) ou a posterior realização do direito
(execução para segurança)?[2].Importante lembrar aqui da lição deFredie Didier Jr., que ao discorrer sobre
a tutela de urgência entende que ?... a sua concessão pressupõe, genericamente, a demonstração da
probabilidade do direito (tradicionalmente conhecida como ?fumus bonis juris?) e, junto a isso, a
demonstração do perigo de dano ou de ilícito, ou ainda do comprometimento da utilidade do resultado final
que a demora do processo representa (tradicionalmente conhecido como ?periculum in mora?)[3].Na
hipótese específica dos autos, o recorrente interpôs o presente recurso visando a reforma da decisão do
juízoa quoque indeferiu o pedidode antecipação de tutela consistente na limitação de 30% (trinta por
cento) dos descontos da sua conta bancária, ao fundamento de que a restrição não pode ser aplicada em
relação às operações bancárias de empréstimo distinto do consignado.Não obstante as considerações do
agravante,a priori, não merece reforma odecisumhostilizado, tendo em vista que, pelo menos neste
momento processual, não diviso presente o requisito da relevância da fundamentação, como exigido pelo
art. 300, caput, do CPC/2015.De fato, na questão sob análise, a configuração do requisito dofumus boni
iurisnão surge inconteste, poisobserva-se que em se tratando de descontos em conta corrente essa
123
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
limitação de 30% não é aplicada, visto que a regra legal é no sentido de quesomente deve haver a
restrição do referido percentual nas hipóteses de crédito consignado, não sendo este aplicável por
analogia às demais operações bancáriasde natureza diversa.Cumpre esclarecer que, no âmbito deste
Estado, a matéria é regulamentada pelo Decreto nº 2.071/06, que considera em seu artigo 2º, II, a
consignação facultativa como o ?desconto incidente sobre a remuneração do servidor civil e do militar,
mediante sua autorização prévia e formal e anuência do respectivo órgão de lotação, por meio de contrato,
acordo, convenção, convênio ou outra forma regular de ajuste?.E, ao contrário do que sucede com o
crédito consignado, em se tratando de empréstimo bancário com débito de parcelas em conta corrente
autorizado pelo contratante, pode este solicitar do órgão em que labora o pagamento do salário em outra
instituição financeira, arcando com as consequências do inadimplemento da obrigação, de tal sorte que
não há falar em penhora de salário, tampouco de retenção, mas sim de desconto livremente pactuado e
autorizado pelo contratante em benefício próprio. Nesse sentido, num exame primeiro, não se mostra
razoável, em razão de ausência de supedâneo legal, aplicar a limitação legal prevista para empréstimo
consignado em folha de pagamento a contrato especifico de mútuo livremente pactuado.Inclusive o STJ já
firmou entendimento no sentido de que a regra de limitação incidente em empréstimo consignado não
pode ser aplicada em operações bancárias em que o consumidor contrai crédito diverso dessa
modalidade.Nesse passo, vislumbra-se do acervo probatório, que os empréstimos consignados, no valor
total de R$1.072,05, não alcançam o limite de 30% do rendimento líquido mensal do agravante (id nº
7922790 ? fl. 52 ? margem consignável de R$1.191,24) conforme determina a lei, não havendo que se
falar, por conseguinte, em abusividade dos descontos efetuados pela instituição financeira.Por outro lado,
o empréstimo contraído pelo Agravante junto à instituição agravada no valor de R$1.420,12 (um mil,
quatrocentos e vinte reais e doze centavos), refere-se a empréstimo de natureza pessoal, não se
enquadrando na regra da limitação.Seguindo o entendimento do STJ, e considerando que, no presente
caso, a adesão do Agravante ao contrato de conta corrente em que percebe sua remuneração foi
espontânea e que os descontos das parcelas do vínculo firmado possuem expressa previsão contratual e
ocorrem posteriormente ao recebimento do salário, não configura consignação em folha de pagamento,
não havendo que se falar em aplicação da limitação de 30%. Assim, pelas razões expostas, entendo não
restar demonstrada a fumaça do bom direito em favor da agravante que justifique o deferimento da tutela
de urgência pleiteada, visto que não se mostra razoável e isonômico, a par de não ter nenhum supedâneo
legal, aplicar a limitação legal prevista para empréstimo consignado em folha de pagamento, de maneira
arbitrária, a contrato específico de mutuo livremente pactuado.À vista do exposto,nos termos dos artigos
1.019, I,INDEFIROo pedido de antecipação da tutela recursal até decisão ulterior.Intime-se a parte
agravada para, caso queira e dentro do prazo legal, responder ao recurso, sendo-lhe facultado juntar
documentação que entender conveniente, na forma do art. 1.019, II, do NCPC.Estando nos autos a
resposta ou superado o prazo para tal, vista ao Ministério Público com assento neste grau.Publique-se.
Intimem-se.Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da Portaria nº 3731/2005-
GP.Belém, 22 de fevereiro de 2019. DesembargadorROBERTO GONÇALVES DE
MOURARelator[1]MARINONI, Luiz Guilhermeet al. Novo Código de Processo Civil Comentado. 1ª edição.
Editora Revista dos Tribunais. p. 312[2]ASSIS, Araken de. Processo civil brasileiro, volume II: parte geral:
institutos fundamentais: tomo 2. 1ª edição. Editora Revista dos Tribunais. p. 417[3](Didier Jr., Fredie.
Curso de direito processual civil: teoria da prova, direito probatório, ações probatórias, decisão,
precedente, coisa julgada e antecipação dos efeitos da tutela / Fredie Didier Jr., Paulo Sarno Braga e
Rafael Alexandria de Oliveira ? 10 ed. ? Salvador: Ed. Jus Podivm, 2015. v2).
concessão da tutela de urgência, transcrevo precedente deste Egrégio Tribunal de Justiça: AGRAVO DE
INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LIMINAR. REALIZAÇÃO DE EXAME COM CARÁTER DE
URGÊNCIA. CABE AO ESTADO PROPICIAR O DIREITO À SAÚDE. DIREITO AMPARADO NO ARTIGO
196 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.PRESENTES OS REQUISITOS À CONCESSÃO DA TUTELA
ANTECIPADA. REFORMA DA DECISÃO AGRAVADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO, PARA
DEFERIR A TUTELA ANTECIPADA, COM MANUTENÇÃO DA TUTELA RECURSAL DEFERIDA. 1 - O
direito à saúde, consequência do direito à vida, constitui direito fundamental, direito individual indisponível
(C.F., art. 196). Deve ser confirmada a decisão interlocutória que impõe ao ente público a implementação
de política pública que concretize o direito esse, demonstrada a necessidade do autor. 2.Demonstrado a
probabilidade do direito, bem como, o perigo de dano a ser suportado pelo autor, portanto, presentes os
requisitos autorizadores para a concessão da tutela antecipada, necessária a reforma da decisão
agravada. 3.Recurso conhecido e provido, para reformada a decisão agravada, deferindo a tutela
antecipada, nos termos em que deferida em sede de tutela recursal. (TJPA. 2018.00451536-56, 185.394,
Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão Julgador 2ª CÂMARA CÍVEL ISOLADA, Julgado em 2018-02-05,
Publicado em 2018-02-07) Desta forma, uma vez caracterizados os requisitos para a concessão da tutela
de urgência, deve a mesma ser concedida, como o foi no presente caso, em que a mesma foi concedida
parcialmente, deixando para o mérito a discussão a respeito das ilegalidades das demais notas fiscais, até
porque, conforme se constatou da documentação acostada aos autos pelo próprio recorrente na ação
principal, existe um instrumento contratual ligando efetivamente as partes.ASSIM, ante o exposto,
ancorado em precedente deste Egrégio Tribunal de Justiça e do C. STJ, apoiando-me na dicção do art.
133, XI, alínea ?d?, do Regimento Interno do TJPA,CONHEÇO e NEGO PROVIMENTO ao Agravo de
Instrumento, mantendo odecisumdo juízo de primeiro grau em todos os seus termos.P.R.I. Oficie-se no
que couber.Após o trânsito em julgado, arquive-se.Belém/PA,22defevereirode 2019. CONSTANTINO
AUGUSTO GUERREIRODesembargador ? Relator
lastreasse, senão vejamos. Em relação às transferências bancárias, afirma não fazerem prova de que os
valores movimentados se tratavam de remuneração, porém, também não esclareceu qual a natureza
deles. Quanto ao pretenso vínculo trabalhista alegado, não conta nos autos CTPS, contrato de trabalho,
ou qualquer outro documento idôneo à sua demonstração.Em contrapartida, a parte agravada, por sua
vez, trouxe elementos indicativos de que sua função transbordava a de mero colaborador da sociedade
empresária, quer porque era diretor geraldo ?Grupo Centrão? (Id. 1018817, pág. 03), quer porque, dos
diálogos juntados aos autos (Id. 1194916, págs. 01/14), denota-se relação de amizade - e não
subordinação - entre os interlocutores, ora contendores, que tratam questões sensíveis acerca da
administração societária, com destaque para o excerto contido no Id. 1194916-pág. 12, que ora merece
transcrição:- Alexandre Watanabe:Amigo Jean, bom dia.Seguindo para SP.Cuida da nossa empresa, por
favor.Abraço Amigo!- Jeanpierre Alhadef:Bom dia meu grande amigo. Boa viagem epode deixar que verei
tudo pra nós. Abs.Ainda, milita em favor da parte agravada, a relação de funcionários do grupo societário
em testilha e respectiva folha de pagamento (Id. 1194920, 11494921, 11494923, 11494924, 11494925 e
11494926), nas quais não é possível identificar o seu nome, indício este que corrobora o raciocínio
segundo o qual a parte agravada era sócio de fato da ?Centrão?.Portanto, tanto mais agora, remanesce a
conclusão preliminar desta relatora, segundo a qual os valores transferidos se tratavam de pró-labore e
não de pagamento salarial.Contudo, restou incontroverso nos autos que a parte agravada desenvolve
outra atividade empresarial no ramo de distribuição de bebidas, denominada de ?JP Distribuidora?, pois à
decisão agravada, sobrevieram elementos novos elucidativos nesse sentido, quais sejam, as publicações
em redes sociais (Id. 1183279) ? que dão conta de grandes parcerias formadas no ramo em que atua,
inclusive com celebridades do mundo esportivo ? bem como o reconhecimento da própria parte agravada
em sua peça de defesa recursal; fatos estes que atenuam o caráter iminente do perigo da demora que não
possa aguardar o julgamento do feito, sendo provável que o risco à sobrevivência da parte ora agravada,
vislumbrado por ocasião da concessão da tutela de urgência ora agravada, tenha cessado.À vista do
exposto, CONHEÇO DO RECURSO e, lançando mão do juízo de retratação, nos termos do art. 1.021, §2º
do CPC/2015[1], DOU-LHE PROVIMENTO, para reformar a tutela de urgência concedida, no sentido de
cessar o pagamento de pró-labore à parte ora agravada.Dê-se imediata ciência ao juízo de origem e às
partes, podendo servir a presente decisão como ofício/mandado,nos termos da Portaria nº 3.731/2015 -
GP.Após o trânsito em julgado desta decisão, venham-me os autos conclusos para o julgamento do
recurso principal de agravo de instrumento.Belém/PA, 22 de fevereiro de 2019. Desa.MARIA DO CÉO
MACIEL COUTINHORelatora [1]Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno
para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno
do tribunal. (...)§ 2oO agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o
recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual,não havendo retratação, o relator levá-lo-á a
julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.(Destaquei)
Agravante peticionou, requerendo a juntada certidão de intimação, de novo boleto de custas recursais,
novo relatório de contas do processo e novo comprovante de pagamento de títulos (Num. 1110933-
Pág.1/2, Num. 1110935-Pág.1, Num. 1110938-Pág.1 e Num. 1110941-Pág.1).Não juntou aos autos o
relatório de contas referente ao boleto de Num. 1032020-Pág.1. É o breve relatório. Decido.Conforme
disciplina o art. 9º, §1º e art. 10º da lei estadual nº 8.328/2015, se comprova o pagamento de custas e
despesas processuais mediante a juntada do boleto bancário concomitantemente com o relatório de conta
do processo, in verbis:Art. 9º. As custas processuais deverão ser discriminadas em relatório de conta do
processo e recolhidas mediante boleto bancário padrão FEBRABAN, que poderá ser quitado em qualquer
banco ou correspondente bancário, vedada qualquer outra forma de recolhimento.§ 1º. Comprova-se o
pagamento de custas e despesas processuais mediante a juntada do boleto bancário correspondente,
concomitantemente com o relatório de conta do processo, considerando que no relatório de conta do
processo são registrados os números do documento e do boleto bancário a ser utilizado para pagamento.
Art. 10. Sem prejuízo da verificação e homologação definitiva do pagamento, a cargo do TJPA e que se
fará com base nas informações do arquivo eletrônico disponibilizado pelo Banco conveniado, o
interessado fará prova do recolhimento apresentando o relatório de conta do processo e o respectivo
boleto:I ? Autenticado mecanicamente; ouII ? Acompanhado do comprovante do pagamento emitido pelo
guichê de caixa ou pelos canais eletrônicos da instituição financeira. Ressalte-se ainda que, em razão da
ausência do documento ?relatório de custas do processo?, não há como se verificar se as custas
constantes no Num. 1032020-Pág.1 são referentes ao presente Agravo de Instrumento, razão pela qual
determinei seu recolhimento em dobro, conforme determina o art. 1.007, §4º do CPC.Art. 1.007(...)§ 4oO
recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive
porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento
em dobro, sob pena de deserção.Todavia, em que pese tenha o Agravante sido intimado para apresentar
o preparo recursal em dobro, sendo-lhe autorizado a recolher a diferença caso juntasse o relatório de
contas que acompanha o boleto de Num. 1032020-Pág.1, limitou-se em apenas apresentar o comprovante
de pagamento de novas custas recursais, conforme petição e documentos de Num. 1110933-Pág.1/2,
Num. 1110935-Pág.1, Num. 1110938-Pág.1.O Agravante, então, quedou-se inerte quanto a apresentação
do relatório de contas que referente ao boleto de Num. 1032020-Pág.1, impossibilitando a comprovação
de que tal preparo recursal é referente ao presente Instrumento.Ante o exposto,NÃO CONHEÇO do
Agravo de Instrumentopor ser inadmissível, nos termos do art. 932, III, do CPC, em razão de sua
deserção, nos termos da fundamentação acima lançada. Comunique-se ao Juízoa quoa presente
decisão.Após o trânsito em julgado, dê-se baixa na distribuição e arquive-se.Belém-PA, 22 de fevereiro de
2019. JOSÉ ROBERTOPINHEIRO MAIABEZERRAJÚNIORDesembargador - Relator
de Cobrança de Seguro Obrigatório ? DPVAT ajuizada por Rosemira Costa Santos Lima.Analisando os
autos, verifico que o acidente automobilístico ocorreu em 17.04.2010, ou seja, após a edição da MP
451/08, posteriormente convertida na Lei 11.945/09, que determinou que a indenização do seguro DPVAT
deveria ser gradativa, isto é, calculada percentualmente, de acordo com o grau da lesão constatada.Com
efeito, o Supremo Tribunal Federal analisando Ação Direta de Inconstitucionalidade n.º 4350 - DF,
questionando as alterações promovidas pelas Leis n.º 11.482-2007 e nº 11.945-2009, julgou a Ação
improcedente, declarando a constitucionalidade das referidas Leis, sobretudo em relação ao dever de
gradação das lesões e sua adaptação à tabela anexa à Lei n.º 6.194/74.O C. STJ, no mesmo sentido,
editou a Súmula 474, a qual estabelece que?a indenização do seguro DPVAT, em caso de invalidez
parcial do beneficiário, será paga de forma proporcional ao grau da invalidez.?O art. 3º da Lei nº
6.194/1974, além de fixar os valores máximos devidos pelo seguro DPVAT, previu nos incisos I e II do seu
§ 1º, o modo de enquadramento das diferentes qualificações de invalidez permanente para fins de cálculo
doquantumdevido.De acordo com o disposto na referida lei, o cálculo do valor devido a título de
indenização de seguro DPVAT por invalidez permanente parcial incompleta segue dois passos: I)
enquadramento da perda anatômica ou funcional nos mesmos moldes da invalidez permanente parcial
completa e II) redução proporcional da indenização conforme a repercussão da perda.No presente caso,
ainda que o laudo pericial apresentado pela Apelada ateste a existência de lesão, faz-se necessária a
realização de nova perícia, eis que o referido laudo somente menciona que o acidente sofrido pelo apelado
resultou em debilidade da função do ombro direito, não demonstrando, portanto, o percentual do dano
corporal sofrido, requisito imprescindível para a determinar o valor da indenização, que será proporcional
ao grau de invalidez da segurada, a ser auferido de acordo com a Tabela anexa à Lei6.194/74.Ante o
exposto,CONHEÇODO RECURSO E DOU-LHE PROVIMENTO,para reformar a sentença que confronta a
jurisprudência dominante de Cortes Superiores, conforme previsão do art. 133, XI, d do RITJPA,para
anular a decisão combatida em todos os seus termos e determinar o retorno dos autos ao juízo de origem
para a realização de nova perícia técnica na apelada, a fim de apurar o grau de sua lesão e quantificar a
respectiva indenização devida, conforme a Tabela adicionada à Lei n.º 6.194/74 pelaMedida Provisória n.º
451/2008 (convertida na Lei n. 11.945/2009).
legais de admissibilidade, recebo o recurso de apelação id. 1380415 APENAS no efeito devolutivo
conforme os art. 1.012, §1º, V, do CPC/20151.À Procuradoria de Justiça, na qualidade decustus legis,
para os devidos fins.Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da Portaria nº
3731/2015-GP.Belém, 21 de fevereiro de 2019. Des. ROBERTO GONÇALVES DE MOURARelator
__________________________________________1 ? CPC/15Art. 1.012. A apelação terá efeito
suspensivo.§ 1oAlém de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após
a sua publicação a sentença que:(...)V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
arcar com o pensionamento já fixado, nem tampouco a autossuficiência da Agravante que continua
impossibilitada para a atividade laboral, portadora de doença degenerativa da coluna cervical e que
mesmo assim teve seu benefício de auxílio doença suspenso pelo INSS. Pugna pelaconcessão do efeito
suspensivo a este recurso, vez que presentes os pressupostos autorizadores da medida e, ao final,pelo
acolhimento do recurso para anular o ato decisório.Passo a analisar o pedido de concessão do efeito
suspensivo.Preleciona o artigo 1.019, inciso I do Código de Processo Civil que o relator poderá atribuir
efeito suspensivo ao recurso de agravo de instrumento, ou deferir, em antecipação de tutela, total ou
parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão.Pois bem, para que isto ocorra, é
necessário que, nos termos do parágrafo único do artigo 995 do Código de Processo Civil, o agravante
demonstre que o efeito imediato da decisão recorrida cause risco de dano grave, de difícil ou impossível
reparação e, demonstre a probabilidade de provimento do recurso.Quanto ao primeiro requisito, vislumbro
ter a agravante demonstrado a sua ocorrência, visto que a manutenção dos efeitos da decisão recorrida, a
qual determinou a suspensão do desconto da pensão alimentícia em seu favor, no percentual de 59%
(cinquenta e nove por cento) do salário mínimo, poderá causar risco de dano grave ou de difícil
reparação.Isto, na medida em que se trata de pensão alimentícia que vem sendo recebida pela agravante
há aproximadamente 6 (seis) anos e, principalmente, considerando o indeferimento do pedido de auxílio-
doença efetuado pela Agravante perante o Instituto Nacional do Seguro Social ? INSS (ID nº. 1407270), o
que poderá lhe impossibilitar de prover a própria subsistência.De outra banda, quanto ao pressuposto de
probabilidade de provimento do recurso, entendo que também foi preenchido, na medida em que, neste
momento processual, não é possível afirmar o preenchimento dos requisitos para a exoneração da pensão
alimentícia, em sede de tutela provisória de caráter de urgência.O regime geral das tutelas de urgência
está preconizado no artigo 300 do Código de Processo Civil que unificou os pressupostos fundamentais
para a sua concessão: ?A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo?. Vejamos:Art. 300. A
tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. § 1o Para a concessão da tutela de urgência, o
juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra
parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não
puder oferecê-la. § 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. §
3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão.In casu, o MM. Juízoa quoentendeu pela configuração da
probabilidade do direito em razão de a agravante receber auxílio doença previdenciário, de forma que
seria possível pressupor que apresenta condições para garantir seu próprio sustento. Todavia, pelo menos
em sede de análise perfunctória, verifico haver dúvidas acerca da capacidade laboral da agravante e das
condições de prover seu próprio sustento, considerando o documento de ID 1407270, no qual houve a
negativa de concessão do auxílio doença, afastando a probabilidade do direito exigida para a concessão
da tutela provisória.Assim, pelo acima exposto, e entendendo estarem preenchidos os requisitos previstos
no art. 995 do NCPC,decido conceder efeito suspensivo ao presente recurso, comunicando-se o juízo
prolator da decisão guerreada.Intime-se o Agravado para, querendo, no prazo legal, responder aos termos
do recurso, nos termos do inciso II do art. 1.019 do NCPC.Após a apresentação das contrarrazões, ou
decurso do prazo para tanto, encaminhem-se os autos ao Ministério Público de 2º grau para exame e
pronunciamento, na forma legal.Servirá a cópia da presente decisão como mandado/ofício.Após,
conclusos para julgamento.Belém, 22 de fevereiro de 2019. JOSÉ TORQUATO ARAÚJO DE
ALENCARJuiz Convocado
a manutenção do status quo poderá tornar inútil a garantia (segurança para a execução) ou a posterior
realização do direito (execução para segurança)?[2].Importante lembrar aqui da lição deFredie Didier Jr.,
que ao discorrer sobre a tutela de urgência entende que ?... a sua concessão pressupõe, genericamente,
a demonstração da probabilidade do direito (tradicionalmente conhecida como ?fumus bonis juris?) e, junto
a isso, a demonstração do perigo de dano ou de ilícito, ou ainda do comprometimento da utilidade do
resultado final que a demora do processo representa (tradicionalmente conhecido como ?periculum in
mora?)[3].Na hipótese específica dos autos, o recorrente interpôs o presente recurso visando a reforma da
decisão do juízoa quoque indeferiu o pedidode antecipação de tutela consistente na limitação de 30%
(trinta por cento) dos descontos da sua conta bancária, ao fundamento de que a restrição não pode ser
aplicada em relação às operações bancárias de empréstimo distinto do consignado.Não obstante as
considerações da agravante,a priori, não merece reforma odecisumhostilizado, tendo em vista que, pelo
menos neste momento processual, não diviso presente o requisito da relevância da fundamentação, como
exigido pelo art. 300, caput, do CPC/2015.De fato, na questão sob análise, a configuração do requisito
dofumus boni iurisnão surge inconteste, poisobserva-se que em se tratando de descontos em conta
corrente essa limitação de 30% não é aplicada, visto que a regra legal é no sentido de quesomente deve
haver a restrição do referido percentual nas hipóteses de crédito consignado, não sendo este aplicável por
analogia às demais operações bancáriasde natureza diversa.Cumpre esclarecer que, no âmbito deste
Estado, a matéria é regulamentada pelo Decreto nº 2.071/06, que considera em seu artigo 2º, II, a
consignação facultativa como o ?desconto incidente sobre a remuneração do servidor civil e do militar,
mediante sua autorização prévia e formal e anuência do respectivo órgão de lotação, por meio de contrato,
acordo, convenção, convênio ou outra forma regular de ajuste?.E, ao contrário do que sucede com o
crédito consignado, em se tratando de empréstimo bancário com débito de parcelas em conta corrente
autorizado pelo contratante, pode este solicitar do órgão em que labora o pagamento do salário em outra
instituição financeira, arcando com as consequências do inadimplemento da obrigação, de tal sorte que
não há falar em penhora de salário, tampouco de retenção, mas sim de desconto livremente pactuado e
autorizado pelo contratante em benefício próprio. Nesse sentido, num exame primeiro, não se mostra
razoável, em razão de ausência de supedâneo legal, aplicar a limitação legal prevista para empréstimo
consignado em folha de pagamento a contrato especifico de mútuo livremente pactuado.Inclusive o STJ já
firmou entendimento no sentido de que a regra de limitação incidente em empréstimo consignado não
pode ser aplicada em operações bancárias em que o consumidor contrai crédito diverso dessa
modalidade.Nesse passo, vislumbra-se do acervo probatório, que os empréstimos consignados, no valor
total de R$877,47, não alcançam o limite de 30% do rendimento líquido mensal do agravante (id nº
1341341 ? fl. 51 ? margem consignável de R$984,32) conforme determina a lei, não havendo que se falar,
por conseguinte, em abusividade dos descontos efetuados pela instituição financeira.Por outro lado, o
empréstimo contraído pelo Agravante junto à instituição agravada no valor de R$1.221,09 (um mil e
duzentos e vinte e um reais e nove centavos), refere-se a empréstimo de natureza pessoal, não se
enquadrando na regra da limitação.Seguindo o entendimento do STJ, e considerando que, no presente
caso, a adesão do Agravante ao contrato de conta corrente em que percebe sua remuneração foi
espontânea e que os descontos das parcelas do vínculo firmado possuem expressa previsão contratual e
ocorrem posteriormente ao recebimento do salário, não configura consignação em folha de pagamento,
não havendo que se falar em aplicação da limitação de 30%. Assim, pelas razões expostas, entendo não
restar demonstrada a fumaça do bom direito em favor da agravante que justifique o deferimento da tutela
de urgência pleiteada, visto que não se mostra razoável e isonômico, a par de não ter nenhum supedâneo
legal, aplicar a limitação legal prevista para empréstimo consignado em folha de pagamento, de maneira
arbitrária, a contrato específico de mutuo livremente pactuado.À vista do exposto,nos termos dos artigos
1.019, I,INDEFIROo pedido de antecipação da tutela recursal até decisão ulterior.Intime-se a parte
agravada para, caso queira e dentro do prazo legal, responder ao recurso, sendo-lhe facultado juntar
documentação que entender conveniente, na forma do art. 1.019, II, do NCPC.Estando nos autos a
resposta ou superado o prazo para tal, vista ao Ministério Público com assento neste grau.Publique-se.
Intimem-se.Servirá a presente decisão como mandado/ofício, nos termos da Portaria nº 3731/2005-
GP.Belém, 22 de fevereiro de 2019. DesembargadorROBERTO GONÇALVES DE
MOURARelator[1]MARINONI, Luiz Guilhermeet al. Novo Código de Processo Civil Comentado. 1ª edição.
Editora Revista dos Tribunais. p. 312[2]ASSIS, Araken de. Processo civil brasileiro, volume II: parte geral:
institutos fundamentais: tomo 2. 1ª edição. Editora Revista dos Tribunais. p. 417[3](Didier Jr., Fredie.
Curso de direito processual civil: teoria da prova, direito probatório, ações probatórias, decisão,
precedente, coisa julgada e antecipação dos efeitos da tutela / Fredie Didier Jr., Paulo Sarno Braga e
Rafael Alexandria de Oliveira ? 10 ed. ? Salvador: Ed. Jus Podivm, 2015. v2).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Trata-se de Agravo de Instrumento (Num.570973? Pág. 1/20) com pedido de efeito interposto suspensivo
porLEAL MOREIRA ENGENHARIA LTDA,contra decisão proferida pelo Juízo da 7ª Vara Cível e
Empresarial da Comarca de Belém, nos autos daAÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO
POR DANOS MORAIS, MATERIAS, COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA (Processo: 0006968-
30.2015.8.14.0301),proposta porANTÔNIO FERNANDO RUFFEIL TABOSA,ora Agravado,que deferiu o
bloqueio referente aos valores apenas quanto ao lucros cessantes(Núm. 570988 ? Pág.1/2).Sustenta a
agravante ausência de fundamentação da determinação do Juízo de piso, de bloqueio dos valores
referentes aos lucros cessantes. Afirma, ainda, que a medida não observou ao princípio da menor
onerosidade, e que afetou o capital de giro, o que inviabiliza o cumprimento de obras e pagamentos de
funcionários. Aduz, ainda, inexistência dos requisitos necessários para a concessão das medidas
liminares. Requer a concessão do efeito suspensivo, e no mérito, o provimento do recurso a fim de que
seja reformada a decisão.Determinei à agravada que anexasse de maneira correta os documentos 570985
e 570987, e comprovasse a tempestividade(Núm. 975295 ? P.1/2),o que foi devidamente cumprido pela
agravante(Núm. 1007290 ? P.1/2).Através do despacho(Núm. 1205670),requeri à parte agravante que
trouxesse aos autos cópia dos julgados mencionados na decisão agravada (Agravos de Instrumento
nº0005754-34.2015.8.14.0000 e 00857338-67.2015.8.14.0000), o que não foi cumprido, conforme
certificado(Núm. 12948877).É o breve relatório. DECIDO.Embora não tenha a agravante observado a
determinação contida no Despacho deNúm. 1205670 (P.11/2),de trazer aos autos cópia dos julgados
mencionados pelo Juízo de piso, observo que fui o relator do Agravo de Instrumento nº00857338-
67.2015.8.14.0000, o qual combateu a decisão de 1º grau que concedeu em tutela antecipada os lucros
cessantes.Este recurso foijulgado em 19/02/2019.Consta na Ementa do referido julgado:AGRAVO DE
INSTRUMENTO. AÇÃO ORDINÁRIA. ILEGITIMIDADE PASSIVA SUSCITADA PELA EMPRESA LEAL
MOREIRA ENGENHARIA LTDA. EMPRESA É PARTE INTEGRANTE DA CADEIA DE CONSUMO. ART.
3º DO CDC. REJEITADA. ATRASO NA ENTREGA DA OBRA. TUTELA ANTECIPADA CONCEDIDA.
LUCROS CESSANTES. PREJUÍZO PRESUMIDO. ENTEDIMENTO DO STJ. QUANTUM
INDENIZATÓRIO. MANUTENÇÃO. VALOR FIXADO NA ORIGEM EM PATAMAR QUE ATENDE AOS
CRITÉRIOS DE RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. ÍNDICE DE ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA.
INVIÁVEL O CONGELAMENTO DO SALDO DEVEDOR. SUBSTITUIÇÃO DO INCC PELO IPCA.
ENTENDIMENTO DO STJ. OBRIGAÇÃO DE PAGAR. CUMULAÇÃO COM ASTREINTE. NÃO
CABIMENTO. DECISÃO REFORMADA EM PARTE. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO.(2019.00606312-18, 200.736, Rel. JOSE ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR,
Órgão Julgador 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 2019-02-18)Vê-se que foi mantida a
decisão guerreada quanto ao direito de agravado receber lucros cessantes, sendo que no recurso ora em
julgamento o agravante pretende suspender o bloqueio determinado pelo Juízo ?a quo? em razão da
concessão da tutela antecipada.Isto posto, o recurso comporta julgamento imediato, na forma do art. 932,
III do CPC/2015, eis que émanifestamente inadmissível, face o não preenchimento do requisito de
admissibilidade recursal do seu cabimento, onde se verifica a adequação do recurso interposto.Assim, em
suma, o cabimento desdobra-se em dois elementos, quais sejam, a previsão legal do recurso e sua
adequação. De acordo com o art. 1.015 do CPC, para o ato judicial ser objeto de agravo, ele precisa ser,
obrigatoriamente, uma decisão interlocutória No caso em tela, insurge-se a agravante da decisão do juízo
de piso, que decidiu pelo bloqueio dos valores referentes aos lucros cessantes, sendo que tal medida visa
dar impulso processual à demanda judicial. Nesse sentido, tenho que a decisão agravada não comporta
agravo de instrumento, tornando inadmissível o presente Recurso. Nesse sentido:AGRAVO DE
INSTRUMENTO. TERCEIRA TURMA RECURSAL DA FAZENDA PÚBLICA. DETERMINAÇÃO DE
BLOQUEIO NA CONTA DO ESTADO DO RS. AUSÊNCIA DE DECISÃO ANTECIPATÓRIA. NÃO
CONHECIMENTO. AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO CONHECIDO. (Agravo de Instrumento Nº
71007665268, Terceira Turma Recursal da Fazenda Pública, Turmas Recursais, Relator: Lílian Cristiane
Siman, Julgado em 29/04/2018).(TJ-RS - AI: 71007665268 RS, Relator: Lílian Cristiane Siman, Data de
Julgamento: 29/04/2018, Terceira Turma Recursal da Fazenda Pública, Data de Publicação: Diário da
Justiça do dia 04/05/2018) Ora, o comando expedido pelo julgador singular, de bloqueio referente ao valor
arbitrado em benefício do agravado à título de lucros cessante constitui mero ato ato que destina-se a dar
cumprimento à decisão anterior, a de que impôs ao agravante o pagamento de lucros cessantes. Logo,
impossível de ser atacado mediante o recurso de Agravo de Instrumento. Por decisão interlocutória
compreende-se o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente. São despachos
todos os demais atos praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte, cujo respeito à lei não
estabelece outra forma. Melhor esclarecendo a matéria, o citado diploma legal determina que, no que
tange aos despachos, estes são irrecorríveis, na forma do art. 1.001 do Código de Processo Civil.Desse
dispositivo assim esclarece o Professor Luiz Guilherme Marinoni, em sua obra Código de Processo Civil
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Comentado, 2008, Ed. RT, p. 518: ?Irrecorribilidade dos Despachos. Os despachos de mero expediente
são atos judiciais que visam simplesmente a impulsionar o procedimento (art. 162, § 3º, CPC). Distinguem-
se dos acórdãos, das sentenças e das decisões interlocutórias porque nada decidem - são insuscetíveis
de causar gravame a qualquer das partes. Daí a razão pela qual não desafiam qualquer recurso. Para
aferição da natureza da manifestação judicial pouco importa o nome com que foi chamado pelo
magistrado. Interessa, para esse fim, a análise do conteúdo do ato judicial. Ante o exposto,NÃO
CONHEÇO do Agravo de Instrumentopor ser inadmissível, nos termos do art. 932, III, do CPC/2015, em
razão de a decisão guerreada não ser impugnável pela via do Agravo de Instrumento.Comunique-se ao
Juízoa quoa presente decisão.Após o trânsito em julgado desta decisão, arquive-se.Belém, 22 de fevereiro
de 2019. JOSÉ ROBERTOPINHEIRO MAIABEZERRAJÚNIORDESEMBARGADOR- RELATOR
decisão do magistrado que reputou ciente a agravante da penhora e determinou a intimação da mesma
para o oferecimento de embargos à execução. Recurso não conhecido.Trata-se deAGRAVO DE
INSTRUMENTOcom pedido de efeito suspensivointerposto perante este Egrégio Tribunal de Justiça
porMARIANNA CARDOSO DOURADO, em face deBANCO DA AMAZONIA SA, diante de seu
inconformismo com decisão interlocutória proferida pelo juízo de primeiro grauque a reputou ciente da
penhora, concedendo-lhe o prazo de 15 dias para o oferecimento de Embargos.Em suasrazões, a
recorrente argumenta que em 16/02/1984 o oficial de justiça procedeu a citação dos executados e realizou
a penhora de bem imóvel, depositando o bem junto ao depositário público, tendo deixado, todavia, de
intimar o proprietário e sua esposa, ora agravante.Aduz que, ao ser considerada como intimada da
constrição, o magistrado de primeiro grau, ainda que implicitamente, considerou válida a penhora efetivada
no ano de 1984, em que pese eivada de nulidade.Afirma já ter apresentado Embargos de Terceiro no ano
de 2013, ainda pendentes de julgamento, e que esse fato teria sigo ignorado pelo magistrado de primeiro
grau, que, na decisão agravada, concedeu o prazo de 15 dias para a agravante apresentar
embargos.Segue argumentando que o oficial de justiça deixou de intimar os devedores a respeito da
penhora e de adverti-los sobre o início do prazo de 10 dias para oferecimento de embargos, concluindo,
portanto, que a intimação foi insuficiente.Protestou pela atribuição de efeito suspensivo ao recurso e, ao
final, pelo seu conhecimento e integral provimento.É o relatório. Decido monocraticamente.Analisando os
autos, observo que, em que pese a recorrente não tenha sido intimada a respeito da penhora, tal fato não
enseja a nulidade do ato, tendo em vista que a mesma demonstrou ter ciência da constrição no momento
em apresentou Embargos de Terceiro, senão vejamos trecho da inicial daquela ação: ?O embargado
ajuizou ação de execução de título extrajudicial (...).Nesta ação de execução foi penhorado o único bem
imóvel do casal (que é bem de família!), qual seja um lote 156, contínuo e integrante de imóvel residencial
(...)? (Id 554568 - Pág. 3)Ademais, conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça não há
nulidade sem prejuízo.No que se refere ao fato de já ter apresentando Embargos de Terceiro, percebe-se
que a decisão agravada oportunizou à recorrente o oferecimento de Embargos de Devedor, tendo em vista
a dupla legitimidade do cônjuge em processos de execução. Neste sentido, vejamos: PROCESSO CIVIL.
RECURSO ESPECIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. 1. CÔNJUGE. PRESCRIÇÃO DA DÍVIDA.
LEGITIMIDADE RECONHECIDA. INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 1.046, § 3.º, DO CÓDIGO
DE PROCESSO CIVIL. 2. DEMANDA PROPOSTA PELO DEVEDOR. DEFESA JUDICIAL DO CRÉDITO.
INÉRCIA DO CREDOR. AFASTADA. CITAÇÃO. PRAZO PRESCRICIONAL. INTERRUPÇÃO. RECURSO
PROVIDO. 1.Na esteira dos precedentes do STJ, a intimação do cônjuge enseja-lhe a utilização tanto da
via dos embargos à execução, por meio dos quais se admite a discussão da própria causa debendi e a
defesa do patrimônio como um todo, como da via dos embargos de terceiro, para defesa de sua meação.
2. Entre os dois instrumentos processuais, desde que respeitado o prazo próprio para oposição, aplica-se
a fungibilidade, garantindo a instrumentalização do procedimento na concretização do direito material
resguardado. 3. A objeção de pré-executividade, por se tratar de criação jurisprudencial destinada a
impedir a prática de atos tipicamente executivos, em face da existência de vícios ou matérias conhecíveis
de ofício e identificáveis de plano pela autoridade judicial, é meio processual adequado para deduzir a
prescrição do título em execução. 4. Assim, reconhecida a legitimidade ampla do cônjuge para defesa do
patrimônio do casal pela via dos embargos à execução, deve-se ser estendida a ele, igualmente, a
utilização da exceção ou objeção de pré-executividade. 5. A prescrição é instituto jurídico destinado a
sancionar a inércia do detentor de um direito, reconhecendo o desinteresse no exercício de sua posição
jurídica e tornando definitivo o estado das coisas. 6. Nos termos do art. 202 do CC, o decurso do prazo
prescricional interrompe-se, uma única vez, quando presente qualquer das hipóteses definidas no art. 202
do CC. 7. A propositura de demanda em que se debate o próprio crédito - seja ela anulatória, revisional ou
cautelar de sustação de protesto - denota o conhecimento do devedor do interesse do credor em exigir seu
crédito. Ademais, a atuação judicial do credor em defesa de seu crédito implica o inevitável afastamento
da inércia. 8. Desse modo, aplica-se a interrupção do prazo prescricional, nos termos do art. 202, I, do CC,
ainda que a judicialização da relação jurídica tenha sido provocada pelo devedor. 9. Recurso especial
provido.(REsp 1522093/MS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em
17/11/2015, DJe 26/11/2015) Entretanto, da análise dos autos, em especial das alegações da própria
recorrente, a mesma aponta que ao opor os Embargos de Terceiro, não poderia ser obrigada a praticar
novamente o ato, o que é plenamente possível, conforme verificado no precedente
supramencionado.Portanto, entendo que odecisumvergastado em nada trás de prejuízo à recorrente, até
porque a presente matéria será amplamente analisada quando da interposição dos Embargos à
Execução.Dito isto, filio-me a precedente do C. STJ, segundo o qual: ?para a otimização do Código de
Processo Civil, deve o exegeta interpretar restritivamente o dispositivo legal no sentido de que o Agravo de
Instrumento não pode ser utilizado como meio de impugnação de toda e qualquer decisão interlocutória
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proferida no Processo de Execução, porquanto tal liberdade iria de encontro à celeridade que se espera do
trâmite processual. Ademais, se, a cada decisão proferida pelo juiz a quo, o Tribunal de revisão for instado
a se manifestar imediatamente sobre o seu acerto ou desacerto, haverá drástica diminuição na efetividade
do processo?(REsp 1700305/PB, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
25/09/2018, DJe 27/11/2018).Desta forma, não obstante o decisum impugnado possuir conteúdo decisório,
entendo ser desnecessário, neste momento (ancorado no C. STJ), a interposição do recurso de Agravo de
Instrumento contra despacho ou decisão do magistrado que reputou ciente a agravante da penhora e
determinou a intimação da mesma para o oferecimento de embargos à execução, posto que, conforme já
mencionado em alhures, a presente matéria será amplamente discutida nos Embargos à
Execução.ASSIM,com fundamento no artigo 932, inciso IIIdo CPC,NÃO CONHEÇOdo presente recurso de
agravo, ancorado em precedente de Tribunal Superior, por entender que a decisão do juízoa quonão
trouxe prejuízo à parte, que irá se manifestar em momento oportuno.P.R.I. Oficie-se no que couber.Após o
trânsito em julgado, arquivem-se.Belém/PA, 22 de fevereiro de 2019. CONSTANTINO AUGUSTO
GUERREIRO Desembargador ? Relator
A Secretária da Seção de Direito Penal, Belª. Maria de Nazaré Carvalho Franco, torna pública a decisão
exarada nos seguintes termos:
de prova técnica especializada, cujo resultado, implicou, inclusive, na elucidação da materialidade delitiva,
bem como na realização de diligências, definição de valor de honorários para perito, e atos processuais
que se mostram complexos. De certo, o delito apurado, em princípio, é classificado como de menor
potencial ofensivo, o que remeteria à competência para o Juizado Especial Criminal, haja vista que a pena
máxima do art. 183, II, da Lei nº 9.279/1996 (crime contra patente de invenção ou modelo de utilidade),
somada a pena máxima do art. 184 (crime contra patente de invenção ou modelo de utilidade), do mesmo
artigo, não ultrapassa 02 (dois) anos de prisão. Ocorre que, a hipótese não retrata a mera somatória de
penas, mas sim de necessidade de perícia, cuja produção encontra-se expressamente possibilitada no
âmbito dos juizados, pelas disposições do art. 69, da Lei n.º 9.099/95. Outrossim, consta dos autos o laudo
pericial, às fls. 94/129 - Apenso, solicitado pelo Juízo da 5ª Vara Penal da Comarca de Marabá, em Ação
Cautelar de Busca e Apreensão, o qual, concluiu que o aparelho para a desmoldagem automática de ferro
gusa, tem igual, parecida e similar característica técnica quando comparado ao equipamento patenteado.
No entanto, o presente caso, por certo, demandou mais que produção de prova pericial para que fosse
possível analisar com precisão a ocorrência ou não de contrafação. Leva-se, ainda, em consideração que
esta é somente um meio de prova legal, que deverá ser submetido ao contraditório, sendo portando,
passível de contestação mediante outra perícia, em face do princípio da igualdade de direitos. O art. 62, da
Lei n.º 9.099/95 estabelece que o processo perante o Juizado Especial seja orientado pelos critérios de
oralidade, informalidade, economia processual e celeridade. Isso, para se assegurar pronta prestação
jurisdicional. Lado outro, a complexidade ou circunstâncias do caso, segundo a redação do art. 77, § 2º da
Lei em comento, constitui motivo idôneo para o deslocamento da competência do Juizado Especial para o
Juízo comum. Com razão, portanto, o Juízo suscitado ao postular a fixação da competência atribuída ao
suscitante, face à complexidade da causa. Neste sentido: EMENTA: CONFLITO DE COMPETÊNCIA.
DELITOS DE INJÚRIA E CALÚNIA. SOMA DAS PENAS MÁXIMAS EM ABSTRATO DOS DOIS CRIMES
QUE SUPERA O LIMITE MÁXIMO DE PENA PARA CARACTERIZÁ-LO COMO SENDO DE MENOR
POTENCIAL OFENSIVO (ART. 61, DA LEI Nº. 9.099/1995). NECESSIDADE AINDA DE REALIZAÇÃO DE
PROVA PERICIAL. COMPLEXIDADE DA CAUSA (ART. 77, §2º, DA LEI Nº. 9.099/1995). COMPETÊNCIA
DA JUSTIÇA COMUM. CONFLITO CONHECIDO PARA DECLARAR A COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE
DIREITO DA 04ª VARA PENAL DA COMARCA DE BELÉM/PA. (TJE/PA, 2013.04180845-63, 123.336,
Rel. VERA ARAUJO DE SOUZA, Órgão Julgador TRIBUNAL PLENO, Julgado em 2013-08-21, Publicado
em 2013-08-22) CONFLITO NEGATIVO DE JURISDIÇÃO. JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL VERSUS
VARA CRIMINAL COMUM. CRIME AMBIENTAL. NECESSIDADE DE PERÍCIA. COMPLEXIDADE DA
CAUSA E DA PROVA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO CRIMINAL COMUM. 1 Conflito Negativo de
Competência instaurado entre o Juizado Especial Cível e Criminal do Guará e a Primeira Vara Criminal de
Brasília, tendo por objeto o julgamento de crime ambiental. 2 Embora a pena máxima cominada ao crime
imputado ao réu seja inferior a dois anos, a complexidade da causa e a necessidade de perícia técnica
desloca a competência ao Juízo Comum. 3 Conflito negativo de jurisdição conhecido para declarar a
competência do Juízo da Primeira Vara Criminal de Brasília. (TJDFT, Acórdão n.859238,
20150020057495CCR, Relator: GEORGE LOPES LEITE, Câmara Criminal, Data de Julgamento:
06/04/2015, Publicado no DJE: 22/04/2015. Pág.: 112). CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA.
JUÍZO DA 3ª VARA CRIMINAL E JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL, AMBOS DA COMARCA DE SANTA
MARIA. Havendo a possibilidade de concurso material de crimes para a fixação da competência é de ser
considerada a soma das penas máximas abstratamente cominadas, desimportando que todos os delitos
sejam de menor potencial ofensivo. E se a soma das penas ultrapassa o limite de dois anos, a
competência é da justiça comum. Versa o feito sobre delitos de lesões corporais leves, ameaça e
desacato. Por fim, afastam-se do juizado especial as causas de maior complexidade, visto que aquele é
regido pelos princípios da oralidade, informalidade, economia processual e celeridade. CONFLITO DE
COMPETÊNCIA DESACOLHIDO. (TJ-RS, Conflito de Jurisdição Nº 70043953694, Segunda Câmara
Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Laís Rogéria Alves Barbosa, Julgado em 25/08/2011).
CONFLITO DE JURISDIÇÃO. VARA CRIMINAL E JUIZADO ESPECIAL. CRIME AMBIENTAL. ART. 48
DA LEI 9.605/98. COMPLEXIDADE DA MATÉRIA. COMPETÊNCIA DA VARA CRIMINAL. Se a
demonstração da materialidade e autoria do crime, ainda que de menor potencial ofensivo, reclama a
confecção de provas complexas, a competência deve ser deslocada para o Juízo Criminal, nos termos do
que dispõe o art. 77, § 2º, da Lei 9.099/95. (TJ-DF, Acórdão n.859084, 20150020073412CCR, Relator:
ROMÃO C. OLIVEIRA CÂMARA CRIMINAL, Data de Julgamento: 06/04/2015, Publicado no DJE:
09/04/2015. Pág.: 105). Outrossim, impende destacar que, à fl. 302 dos autos, há pedido de desistência da
queixa-crime, ocorre que tal homologação deve ser feita pelo Juízo competente após sanado o conflito,
conforme muito bem asseverou Douto o Procurador de Justiça (fl. 320-v). Ante o exposto, CONHEÇO do
Recurso e LHE DOU PROVIMENTO, para reconhecer a competência e determinar a remessa dos autos
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Belém, 22 de fevereiro de 2019. Maria de Nazaré Carvalho Franco, Secretária da Seção de Direito Penal.
benefício deMARIA DA CONCEIÇÃO TOSCANO DA SILVA, figurando como autoridade coatora oJUÍZO
DA VARA DA COMARCA DE JURUTI.Narra a impetração que a paciente foi presa em flagrante em 30 de
novembro de 2018, pela suposta prática do crime previsto no art. 33,caput, da Lei nº 11.343/06.Alega, que
posteriormente, a Douta Magistrada competente no feito, converteu a prisão em flagrante em preventiva, a
fim de zelar pela conveniência da instrução criminal e assegurar a ordem pública, autorizando sua prisão,
bem como assevera que o paciente não cometeu o ilícito.Assevera que a paciente é mãe de 05 (cinco)
filhos, dos quais 03 (três) possuem menos de 12 anos, que precisam urgentemente de seus cuidados, pois
estão sob os cuidados de pessoas que não são familiares consanguíneos, culminando em abalo
emocional e psicológico para as crianças, tendo em vista que o pai encontra-se custodiado no Município
de Santarém/PA.Diante disso, requer a concessão do direito de responder o processo em prisão
domiciliar, na forma do art. 318, incisos III e V, do Código de Processo Penal.Cita, ainda, Habeas Corpus
Coletivo julgado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal, em que foi concedido o direito à prisão
domiciliar a todas as presas mães de crianças de até 12 (doze) anos e gestantes sem condenação
transitada em julgado, situação em que a paciente se enquadra.Juntou documentos.Procedeu-se à
distribuição do feito cabendo a minha relatoria, pelo que reserve-me ao exame da liminar somente após o
oferecimento das informações prestadas pela autoridade coatora, e após, o seu encaminhamento ao
Ministério Público em 2º grau para manifestação na condição decustos legis.Instada a manifestar-se, o
Juízo da Vara de Juruti, em 16/01/2019, relatou a situação processual, esclarecendo que o processo
original refere-se à ação penal intentada pelo Ministério Público do Estado do Pará em face da paciente,
imputando-lhe a conduta descrita no artigo 33, caput, da Lei nº 11.343/06;Afirma que em 30/11/2018, a ora
paciente foi presa em flagrante por supostamente armazenar entorpecentes em sua residência para fins
de mercancia, bem como que na data de 01/12/2018, foi decretada a sua prisão preventiva por meio de
decisão interlocutória, sob fundamento da garantia da ordem pública e conveniência da instrução
criminal.Prossegue esclarecendo que a defesa requereu a substituição da prisão preventiva por
segregação domiciliar, tendo em vista que a paciente possui filhos menores, tendo oParquetse manifestou
pelo indeferimento deste pedido.Em 12/12/2018, foi prolatada decisão que rejeitou o pedido de revogação
da prisão, com o argumento de fortes indícios de autoria e materialidade delitiva, sendo oferecida denúncia
requerendo a condenação da paciente em 14/01/2019.Destaca que atualmente o processo encontra-se
aguardando a notificação/citação da denunciada para apresentação de defesa prévia.Em seguida foram os
autos encaminhados ao Ministério Público de 2º grau que apresentou manifestação de lavra do eminente
Procurador de Justiça Claudio Bezerra de Melopronunciou-se pela denegação da ordem deHabeas
Corpus.É o relatório. VOTO Inicialmente reconheço presentes os requisitos de admissibilidade da presente
ação mandamental, consequentemente, passo a apreciação do pedido.O presentewrit habeas corpusestá
consubstanciado na alegação de que a prisão da paciente se mostra ilegal por falta de fundamentação
idônea, ao passo que possui requisitos pessoais favoráveis e é mãe de criança menor de 12 anos,
fazendo jus assim à prisão domiciliar, conforme recente decisão do STF emhabeas corpuscom
repercussão geral.Quanto ao pleito de conversão da prisão preventiva do paciente em prisão domiciliar,
tendo em vista que a paciente é mãe de 05 (cinco) filhos, dos quais 03 (três) possuem menos de 12 anos,
que precisam urgentemente de seus cuidados, pois estão sob os cuidados de pessoas que não são
familiares consanguíneos, culminando em abalo emocional e psicológico para as crianças, bem como que
o pai encontra-se custodiado no Município de Santarém/PA, entendo que a paciente atende aos requisitos
previsto no art. 318, do Código de Processo Penal. Vejamos: Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão
preventiva pela domiciliar quando o agente for: I - maior de 80 (oitenta) anos; II - extremamente debilitado
por motivo de doença grave; III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos
de idade ou com deficiência; IV - gestante; V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade
incompletos; VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de
idade incompletos. Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos
estabelecidos neste artigo. Com efeito, a paciente possui requisitos pessoais favoráveis, é primária, sem
antecedentes criminais e possui residência fixa no distrito da culpa, podendo responder ao processo em
prisão domiciliar, sem qualquer prejuízo para a aplicação da lei penal, além de comprovar ser mãe de
criança menor de 12 (doze) anos, cujos cuidados se mostram imprescindíveis, sendo esta dependência
presumida.Nesse sentido, e bastante elucidativo é o seguinte julgado da E. Seção de Direito Penal, in
verbis:HABEAS CORPUSPEDIDO LIMINAR. E ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA
DE FUNDAMENTAÇÃO NO DECRETO PREVENTIVO. IMPROCEDÊNCIA. PRISÃO JUSTIFICADA EM
LEMENTOS CONCRETOS. PEDIDO SUBSIDIÁRIO DE APLICAÇÃO DE MEDIDAS DIVERSAS E
PRISÃO DOMICILIAR. PACIENTE MÃE DE CRIANÇA MENOR DE 12 ANOS. ART. 318 CPP. ORDEM
CONCEDIDA. DECISÃO UNÂNIME.1 - Não há que se falar em falta de fundamentação para manutenção
da constrição cautelar quando, além de provada a materialidade e presentes indícios de autoria, as
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
fugas em massa, sendo apontado como liderança dos detentos, considerado de alta periculosidade e
indisciplinado, bem como, por ser detentor de vasta ficha criminal. Refere que na decisão o paciente se
encontrava custodiado no Centro de Recuperação Penitenciária do Pará (CRPPI), cujas instalações,
segundo narra o Juízo, carecem de celas individuais, motivo pelo qual a convivência do paciente com os
demais segregados supostamente induziria ao aliciamento e ao planejamento de novas ações criminosas.
Afirma, por conseguinte, que o paciente não pode ser reconhecido como ?liderança? entre a massa
carcerária, por ter estado apenas 05 (cinco) meses no Centro de Recuperação de Penitenciária do Pará e
nunca foi líder entre os referidos custodiados; primeiro, porque sequer residia em Belém; segundo, porque
antes mesmo de ser preso estava residindo no Estado de Goiás, portanto, não teria como um recém
custodiado ter influência sob volumosa massa carcerária, tais fatos, são suficientes para espancar de vez
a falsa informação de que o paciente era líder dos presos. Por fim, requer a concessão de liminar para
cessar o constrangimento ilegal que o paciente vem sofrendo, pugnando que seja determinado seu retorno
ao Estado de origem e, ao final, seja confirmada a ordem. Os autos foram distribuídos ao Desembargador
Raimundo Holanda Reis, que se reservou para analisar a liminar pleiteada e solicitou informações à
autoridade coatora.Em Doc. de nº 1263042,o juízo apontado como coator apresentou as informações
esclarecendo, em suma, que a impetrante alega em síntese, constrangimento ilegal em virtude de ter sido
admitida a renovação da permanência no presidio federal.Informa que o procedimento de renovação de
permanência no presídio federal obedeceu a todas as formalidades legais, com prévia manifestação do
Ministério Público e da defesa e posterior decisão.Por fim, saliente que a decisão foi proferida em
26.09.2018, não havendo recurso e somente agora a defesa vem questionar suposta ilegalidade, o que, no
entendimento do magistrado, não existe.Em virtude do afastamento do relator de suas atividades
judicantes, os autos me vieram conclusos, pelo que indeferi a liminar pleiteada e encaminhei, os autos
aoMinistério Público de 2º grau, que apresentou manifestação de lavra do eminente Procurador de Justiça
Luiz Cesar Tavares Bibas, que opinou peladenegaçãoda ordem. É o relatório. VOTO Inicialmente,
reconheço presentes os requisitos de admissibilidade da presente ação mandamental, consequentemente,
passo a apreciação do pedido. A impetrante, requer que seja concedida a ordem para que não seja
renovada a permanência do paciente, no Sistema Penitenciário Federal (Penitenciaria de Porto Velho-
RO). Entretanto, entendo não existir razão à Impetrante. In casu, há necessidade de renovação de
permanência do paciente, no Sistema Penitenciário Federal, nos termos do art. 10, da Lei nº 11.671/08,
como forma de manter a segurança pública. Conforme afirma o Juízo de execução, na decisão de
26.09.2019 (fls. 23/28), o apenado possui comportamento inadequado, exerce nociva liderança junto à
massa carcerária, incluindo participação em fugas e resgates, possui histórico de crimes graves,
especialmente roubos de transportadoras de valores, participou de operações de resgates de presos e
estava em posse de armamento pesado (fuzil AK47). E que, fazê-lo retornar ao Sistema Carcerário do
Pará, promove eventualmente, o fortalecimento de facções, problema que assola o País.Vale salientar que
o Juízo negou a vinda do apenado ao Sistema Carcerário do Pará, porque não há condições de isolar
lideranças criminosas. O Juízo também ressaltou que, o retorno do paciente ao Sistema Carcerário do
Pará, trará risco de desestabilizar o Sistema Penitenciário que, está com recentes ocorrências de rebeliões
e fugas com mortes. Por este motivo, entendo que há necessidade de renovação de transferência do
paciente, para Estabelecimento Federal, principalmente porque a liderança criminosa, o envolvimento em
fugas, e a indisciplina no cárcere, configuram motivos para que ele permaneça no Estabelecimento
Federal, por força dos artigos 3º e 10º, da Lei nº 11.671/08.Vejamos:Lei nº 11.671/08:Art. 3º. Serão
recolhidos em estabelecimentos penais federais de segurança máxima aqueles cuja medida se justifique
no interesse da segurança pública ou do próprio preso, condenado ou provisório.Art. 10. A inclusão de
preso em estabelecimento penal federal de segurança máxima será excepcional e por prazo
determinado.§ 1º. O período de permanência não poderá ser superior a 360 (trezentos e sessenta) dias,
renovável, excepcionalmente, quando solicitado motivadamente pelo juízo de origem, observados os
requisitos da transferência. No que tange ao distanciamento familiar do paciente, entendo que pode
comprometer a ressocialização do apenado, entretanto, conforme o disposto no art.103, da Lei de
Execuções Penais, esse direito de permanência do preso próximo ao seu âmbito familiar não é absoluto,
especialmente, quando em conflito com outras garantias, como a segurança pública. Isto posto, em
conformidade com o parecer ministerial,denego a ordem impetrada.É o voto. Desa. MARIA EDWIGES DE
MIRANDA LOBATORelatora Belém, 19/02/2019
Juliana Veloso mantinham questões contra a vítima Ronivaldo, fato estes que deram cabimento aos
planos de homicídio executado diretamente pelo paciente Lindomar Rodrigues Ribeiro, motivo pelo qual
fora pedido o aditamento da peça acusatória, passando a figurar a ação penal com três réus: José Veloso
Loures, Lindomar Rodrigues Ribeiro e Juliana Cristina Clara Veloso. Diante de tais fatos, o Ministério
Público requereu em cota a expedição de mandado de prisão preventiva em face dos réus. Recebida a
denúncia, fora decretada ordem de prisão em face dos réus em 26/09/2017, com expedição de Cartas
Precatórias para as Comarcas de Petrolina de Goiás e Taquaral de Goiás/GO, para cumprirem os
Mandados de Prisão Preventiva, fundada aordem pública e conveniência da instrução criminal(fls. 73/74).
Requereu a habilitação como assistente de acusação a Sra. Doraciana Palmeira Pereira Loures, cônjuge
virago da vítima. Prossegue esclarecendo que os três réus apresentaram defesa preliminar, sendo que os
réus Juliana Cristina Clara Veloso e Lindomar Rodrigues Ribeiro formularam pedido de revogação da
prisão preventiva, o qual foi aberto vista à acusação e assistente da acusação para se manifestar, o qual
fora denegado. Em decisão,este juízo indeferiu o pedido de revogação da ordem prisional, mormente
porqueos Pacientesencontram-se foragidos, restando a ordem pendente de cumprimento até o presente
instante. Há notícias de que o réu José Veloso Loures faleceu, restando a lide penal em face dos
Pacientes. Ressalta que fora designada audiências de instrução e julgamento para o dia 13/02/2019, às
11h00, no Fórum local, restando o processo aguardando a fase de instrução.Destaca que em relação à
primariedade, não há qualquer informação desabonadora em relação aos réus, a exceção da ré Juliana
Veloso, que possui processo por furto, tendo como vítima Ronivaldo, também vítima nestes autos. Em
relação ao lapso da constrição, apesar de ter sido conferida desde 26/09/2017, até o presente instante a
prisão não fora cumprida, estando os réus foragidos. Em seguida foram os autos encaminhados ao
Ministério Público de 2º grau que apresentou manifestação de lavra do eminente Procurador de Justiça
Adélio Mendes dos Santosque pronunciou-se pela denegação da ordem deHabeas Corpus. É o relatório.
VOTO Inicialmente reconheço presentes os requisitos de admissibilidade da presente ação mandamental,
consequentemente, passo a apreciação do pedido.Cinge-se este writ ao argumento de que o paciente vem
sofrendo constrangimento ilegal porausência dos requisitos para a decretação da segregação cautelar,
diante das condições pessoais favoráveis, bem como, excesso de prazo para a formação da culpa.No que
tange a alegação deausência dos requisitos para a prisão preventiva do paciente, entendo não assistir
razão, uma vez que sua determinação está embasada nas provas de materialidade e indícios de autoria,
uma vez que a acusação que pesa sobre os pacientes é bastante grave, pois trata-se de crime de
homicídio qualificado, encomendado para acerto de desavenças entre os pacientes e a vítima Ronivaldo
Rubens Veloso Loures, todos membros de uma mesma família, além disso, sabe-se que o crime foi
executado com vários disparos de arma de fogo, sem qualquer possibilidade de defesa da vítima.In casu,
a gravidadein concretodo delito, omodus operandie as demais circunstâncias que envolvem o crime,
demonstram a periculosidade dos acusados, e a real possibilidade dos mesmos colocarem em risco a
ordem pública e o andamento da instrução criminal.Desta forma, demonstrada a presença dofumus
comissi delicti e do periculum libertatis, inexiste ilegalidade na decisão ora atacada, porque preenchidos os
pressupostos autorizadores da prisão preventiva, conclui-se que está deve ser mantida, pois restaram
demonstrados em fatos concretos a necessidade da medida cautelar. Nesse sentido transcrevo julgado
desta E. Seção de Direito Penal:EMENTA: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE
LIMINAR. ART. 121, § 2º, I E IV C/C O ARTIGO 29 E 129, § 1º, INCISO I, C/C 29, TODOS DO CÓDIGO
PENAL. PRISÃO PREVENTIVA. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. INOCORRÊNCIA. DECRETO
FUNDAMENTADO. GARANTIA ORDEM PÚBLICA. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. LIBERDADE
PROVISÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. PRESENÇA DOS REQUISITOS PARA PRISÃO PREVENTIVA.
INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 321 DO CPP. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 08 DESTE EGRÉGIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CONFIANÇA NO JUIZ PRÓXIMO DA CAUSA.
WRIT CONHECIDO. ORDEM DENEGADA. UNANIMIDADE DE VOTOS. 1. A custódia preventiva do
paciente se encontra suficientemente arrazoada pela decisão singular, sobretudo pela necessidade de
garantir a ordem pública que justifica a atuação jurisdicional. 2. É cediço que não pode ser concedida
liberdade provisória quando presentes os requisitos da prisão preventiva, sendo, pois, irrelevante, para tal
fim, a presença de condições pessoais favoráveis, consoante se extrai da inteligência do artigo 321 do
Código de Processo Penal e do enunciado constante da súmula nº 8 da jurisprudência dominante deste
Egrégio Tribunal de Justiça. 3. Presença dos requisitos justificadores da segregação cautelar. 4. Trata-se
de crime grave, haja vista que o paciente, agindo em co-autoria, teria ceifado a vida de uma das vítimas e
causado lesão em outra. E, ademais, conforme assevera a autoridade tida como coatora, por ocasião da
decisão que manteve a prisão do paciente, (...) não paira qualquer hipótese de absolvição sumária (...) in
verbis 5. Como versa o princípio da confiança, os magistrados, que se encontram mais próximos à causa,
possuem melhores condições de avaliar a necessidade da segregação cautelar, quando confrontada com
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
VIA, TENDO EM VISTA QUE OHABEAS CORPUSÉ VIA DE COGNIÇÃO SUMÁRIA E NÃO COMPORTA
DILAÇÃO PROBATÓRIA.REVOGAÇÃO DA MEDIDA CAUTELAR DE MONITORAMENTO
ELETRÔNICO.PROCEDENTE.PACIENTE QUE VEM SENDO MONITORADO ELETRÔNICAMENTE
DESDE 26/05/2017.AUSÊNCIA DENOTÍCIA DE QUE TENHA DESCUMPRIDO AS REGRAS DO
MONITORAMENTO.DECISÃO DO CONSELHO DE DISCIPLINA DA PM/PA, SE MANIFESTANDO PELA
INEXISTÊNCIA DE INDÍCIOS DE CRIME DE QUALQUER NATUREZA, BEM COMO PELA
INOCORRÊNCIA DE TRANSGRESSÃO DA DISCIPLINA MILITAR POR PARTE DO
PACIENTE.DECLARAÇÃO DA VÍTIMA DE QUE NÃO SE SENTE AMEAÇADA.MANIFESTAÇÃO
MINISTERIAL PELA REVOGAÇÃO DO MONITORAMENTOELETRÔNICOUMA VEZ QUE TALNÃO
TRARÁ QUALQUER PREJUÍZO AO REGULAR ANDAMENTO DO FEITO. ORDEM PARCIALMENTE
CONHECIDA E, NESTA PARTE, CONCEDIA. Vistos etc...Acordam, os Excelentíssimos Senhores
Desembargadores componentes das Egrégias Câmaras Criminais Reunidas, por unanimidade,
peloparcialconhecimentodowritimpetrado e, no mérito, pelaconcessão da ordemnos termos do voto da
Relatora. Sala das Sessões do Tribunal de Justiça do Pará, aos dezoito dias do mês de fevereiro do ano
de dois mil e dezenove.Julgamento presidido pelo Exmª. Srª. Desª. Vânia Bitar.Belém/PA, 18 de fevereiro
de 2019. RELATÓRIO Trata-se da ordem deHabeas Corpuscom Pedido de Liminar impetrada em
favorEDER WILSON SANTANA DA SILVA,apontando como autoridade coatora oMM. Juízo de Direito da
Comarca de Tomé Açu.Alegou o impetrante, em síntese, que,em 26/05/2017, o paciente teve sua prisão
preventiva substituída por medidas cautelares diversas da prisão, dentre elas o monitoramento eletrônico,
como consta nos autos do processo nº 0004070-20.2017.8.14.0060, em trâmite naquela Comarca; que a
prisão se deu sob a acusação de suposto envolvimento do mesmo em crime de roubo, mas que demais
envolvidos teriam adentrado no estabelecimento da suposta vítima para fazer uma cobrança, não tendo o
paciente sequer entrado no estabelecimento e que estava com os demais em razão de uma carona, não
tendo envolvimento algum com os fatos. Aduziu que o paciente já foi julgado pela PM em processo
administrativo disciplinar, oportunidade em que foi afastada sua participação no evento, não tendo restado
configurado nem mesmo indício de crime ou transgressão disciplinar; que o paciente não tinha
conhecimento da suposta cobrança ou mesmo contato com a vítima, mas que a instrução processual vem
se arrastando há quase 02 anos e a próxima audiência só ocorrerá em 10/07/19, estando o mesmo com
sua liberdade restrita por conta das medidas cautelares que lhe foram impostas e que o monitoramento
eletrônico foi determinado para garantir que não se aproximasse da vítima, mas, que outras medidas são
suficientes.Afirmouque o paciente é policial militar da ativa e que o fato de trazer em seu corpo uma
tornozeleira eletrônica afeta sua intimidade e privacidade, além de prejudicar seu trabalho perante à PM, e
o coloca em situação humilhante perante à corporação, aos colegas de farda e à sociedade, lhe causando
problemas psicológicos, razão pela qual está sob tratamento, sendo o monitoramento excessivo e
desnecessário, se configurando constrangimento ilegal à sua liberdade.Requereu a concessão liminar da
ordem para a revogação do monitoramento eletrônico e o envio de ofício à SUSIPE para que providencie
sua retirada.Juntou documentos.Recebidos os autos, reservei-me para apreciar o pedido liminar após
fossem prestadas informações pela autoridade inquinada coatora, tendo esta as prestado, ID 1244360,
onde relatou, em síntese, que o paciente foi denunciado pelo Ministério Público pela prática dos crimes
previstos no art. 157, §2º, I e II c/c art. 29, 146 c/c art. 29 e 288, § U do CP; que, de acordo com a
denúncia, o paciente, juntamente com terceiros, fora preso em flagrante pelos crimes referidos alhures,
supostamente cometido contra a vítima Adriano Barreto Marques.Relatou que, conforme a denúncia, uma
guarnição da polícia militar estava realizando policiamento na rodovia estadual PA-140, naquele município,
quando foi informada sobre a ocorrência de um assalto em uma empresa situada no distrito de Quatro
Bocas, e que os assaltantes estavam empreendendo fuga em um veículo Sandero, prata, trafegando no
sentido Quatro Bocas-Tomé ? Açu; que a vítima relatou que os acusados Antônio Raimundo e Márcio
Claiton penetraram no local e portando arma de fogo passaram a agredi-la fisicamente e a lhes proferir
ameaças, com intuito de subtrair seu dinheiro.Após o suposto roubo os denunciados se evadiram do
estabelecimento comercial da vítima em um veículo conduzido pelo paciente; que relatada tal ocorrência
aos policiais militares, estes efetuaram diligências na rodovia e avistaram o carro com as respectivas
características há cerca de 200 metros da delegacia de polícia do distrito de Quatro Bocas; que os policiais
se aproximaram do veículo e ordenaram ao condutor que estacionasse o carro para a abordagem,
momento em que constataram que havia 03 indivíduos no interior do veículo e que o motorista era o
paciente, sendo em seguida os 03 presos em flagrante e conduzidos à delegacia.Relatou que no interior
veículo foi encontrada uma mochila na qual continha R$ 6.200,00, além de um cartão do Banco do Brasil e
documentos; que na delegacia o paciente e demais denunciados prestaram depoimento, tendo o paciente
relatado ser policial há 19 anos e que no dia do fato estava de folga no Município de Tomé Açu quando
recebeu uma ligação do corréu Antônio Raimundo que lhe informou também estar naquele Município e
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
que Márcio Claiton havia lhe chamado para cobrar uma dívida que a suposta vítima tinha para com a
empresa de um terceiro, mas que logo retornaria para Castanhal; que o paciente relatou residir em
Castanhal, razão pela qual Antônio Raimundo lhe ofereceu uma carona, que aceitou, tendo se encontrado
com os demais após já terem realizado o suposto crime, afirmando não ter participado em momento algum
dos crimes pelos quais está sendo acusado.Informou que o paciente foi preso em flagrante em
24/04/2017, tendo sua prisão convertida em preventiva em audiência de custódia, sendo esta convertida
em outras medidas cautelares na data de 26/05/2017, sendo oferecida a denúncia pelo MP em
08/06/2017, estando os autos em Secretaria para cumprimento dos expedientes para realização da
audiência de instrução e julgamento redesignada para o dia 10/07/2019. Retornados os autos, deneguei o
pedido liminar; nesta superior instância a Procuradoria de Justiça manifestou-se
peloparcialconhecimentodomandamuse, no mérito, pelaconcessãoda ordem. VOTO Preenchidos os
pressupostos processuais, conheço parcialmente da ordem impetrada e adianto,prima facie, que a
concedo.Quanto à alegação de ausência de provas e negativa de autoria não conheço de tal questão,
pois, sendo a via estreita dohabeas corpusde cognição sumária não comporta dilação probatória e
tampouco análise aprofundada do conjunto fático probatório, sendo neste sentido a jurisprudência, a
saber:HABEAS CORPUS. 'OPERAÇÃO LAVA-JATO'. DIREITO PROCESSUAL PENAL. DENÚNCIA.
ADEQUAÇÃO TÍPICA. RESPONSABILIDADE CRIMINAL DO RÉU. PROPRIEDADE DA PEÇA INICIAL
ACUSATÓRIA. EMENDATIO LIBELI. POSSIBILIDADE. LITISPENDÊNCIA. INADEQUAÇÃO DA
IMPETRAÇÃO. EXISTÊNCIA DE MEIO PRÓPRIO DE ARGUIÇÃO DE LITISPENDÊNCIA. ANALISE DOS
FATOS. 1. Apenas em caráter excepcional ocorre a possibilidade de trancamento do inquérito policial ou
da ação penal, por meio da impetração de habeas corpus, sem necessidade de realização de instrução
probatória. 2. Necessária a demonstração, de plano, da ausência de justa causa para o inquérito ou para a
ação penal, consubstanciada na inexistência de elementos indiciários capazes de demonstrar a autoria e a
materialidade do delito, a atipicidade da conduta e a presença de alguma causa excludente da punibilidade
ou, ainda, nos casos de inépcia da denúncia. (...) Impetração não conhecida no ponto. 9. Ordem
conhecida em parte e denegada(HABEAS CORPUS Nº 411.574 - PR (2017/0198083-4) RELATOR:
MINISTRO FELIX FISCHER) Assim, não cabe a análise de tal alegação por esta estreita via, razão pela
qual não conheço desta parte do pedido.Quanto ao pedido de revogação do monitoramento eletrônico a
que está submetido o paciente, sob a alegação de que o mesmo é Policial Militar, possui residência fixa e
é detentor de condições pessoais favoráveis, além do fato de, como alega a defesa, tal ,monitoramento
causar constrangimento ilegal em sua liberdade de locomoção uma vez que vem tendo invadidos sua
intimidade e privacidade, além de ter prejudicado seu trabalho perante à PM, pois o uso da tornozeleira o
colocaria em situação humilhante perante à corporação, aos colegas de farda e à sociedade, o que lhe
causa também problemas psicológicos, estando sob tratamento, sendo o monitoramento excessivo e
desnecessário, se configurando constrangimento ilegal à sua liberdade, tenho que há de ser concedida a
ordem.Denota-se dos autos que o paciente está sob monitoramento eletrônico desde 26/05/2017, contudo,
de acordo com as informações prestadas pela autoridade inquinada coatora, não há notícias de que tenha
descumprido as regras do monitoramento e, conforme os documentos acostados pelo impetrante, o
Conselho de Disciplina da PM/PA, em decisão prolatada em 20 de agosto de 2018, manifestou-se pela
inexistência de indícios de crime de qualquer natureza, bem como que não houve transgressão da
disciplina militar por parte do paciente, havendo também nos autos declaração da vítima de que não se
sente, de modo algum, ameaçada pelo mesmo.Em sua manifestação, a Procuradoria de Justiça
manifestou-se pela concessão da ordem e revogação do monitoramento, tendo assim se
manifestado,verbis:?Nessa esteira, constata-se que o monitoramento eletrônico vem sendo mantido há 01
ano e 06 meses, não havendo notícias do seu descumprimento, e como o Paciente é Policial Militar há
mais de 19 anos, tenho por bem, sob a influência dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade e à
luz das novas opções fornecidas pelo legislador, reconhecer o excesso de prazo na medida constritiva em
virtude do prolongamento no tempo, diante da redesignação de audiência de instrução para data
longínqua, qual seja, 10/07/2019.(...)Além do mais, as medidas alternativas à prisão não pressupõem ou
não deveriam pressupor a inexistência de requisitos da custódia cautelar, mas sim a existência de uma
providência igualmente eficaz (idônea, adequada) para o fim colimado pela medida extrema, porém com
menor grau de lesividade à liberdade do indivíduo.Dessa forma, o magistrado pode valer-se de uma ou
mais das medidas previstas no artigo 319 do CPP, desde que considere sua opção suficiente e adequada
para obter o mesmo resultado de forma menos gravosa, o que, no presente caso, já ocorreu, visto que
foram determinadas também as seguintes medidas cautelares: manter a distância mínima de 500 metros
da vítima; e manter a distância mínima de 50 km do Município de Tomé Acu, asquais já se mostram
suficientes para resguardar a integridade física da vítima.Posto isso, manifesto-me peloCONHECIMENTO
PARCIALda ordem de Habeas Corpus, e na parte conhecida, por suaCONCESSÃO, para que seja
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
revogada tão somente a medida cautelar de monitoramento eletrônico, em virtude do excesso de prazo na
duração da mesma, mantendo-se as demais medidas cautelares fixadas pelo Juízo a quo.?Observa-se,
dos autos, que o feito apresenta trâmite razoável, em face das peculiaridades do caso concreto que
demanda três réus e emissão de Carta Precatória para outras Comarcas, havendo que se considerar
também que os constantes pedidos do Paciente, perante o Juízo monocrático, para revogação da medida
de monitoramento eletrônico, demanda remessa dos autos ao MP para apreciação prévia, o que
efetivamente provoca delonga ao fim da instrução processual, contudo, entendo que neste momento já
não se faz mais necessária a manutenção da monitoração eletrônica, pois, pelo que dos autos consta, a
vítima não se sente ameaçada e outras medidas cautelares foram impostas que, ao meu ver, se mostram
suficientes a resguardar a instrução criminal e a própria vítima.Assim, entendo que não há motivo que
impeça a concessão do pleito, posto que a revogação do monitoramento eletrônico não trará qualquer
prejuízo ao regular andamento do feito ante a permanência das demais medidas cautelares já decretadas.
Ademais, a lei processual penal prevê que o juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando
verificar a falta de motivo para que subsista e, restando comprovado pelo requerente que a revogação da
limitação imposta não comprometerá o regular desenvolvimento processual, mas, por outro lado, trará
benefícios ao paciente que, inegavelmente, é prejudicado pela manutenção do monitoramento que impede
sua plena participação na vida em sociedade e em família, entendemos ser possível a revogação do
monitoramento eletrônico, mas, com a manutenção das demais medidas cautelares.Neste sentido já se
manifestou a jurisprudência, a saber:HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO. MEDIDA CAUTELAR.
MONITORAMENTO ELETRÔNICO. EXCESSO DE PRAZO. 1. O período de duração da medida cautelar
de monitoração eletrônica (art. 319, IX CPP) deve obedecer ao princípio da razoabilidade. 2. Ordem
conhecida e concedida. (TJ-GO - HABEAS-CORPUS: 221254320178090000, Relator: DES. J.
PAGANUCCI JR., Data de Julgamento: 14/03/2017, 1A CAMARA CRIMINAL, Data de Publicação: DJ
2236 de 24/03/2017)Assim, acompanhando o entendimento firmado pelo douto representante da
Procuradoria de Justiça,CONCEDO A ORDEMe determino a retirada do aparelho de monitoramento
eletrônico do paciente, mantendo, contudo, as demais medidas já decretadas, ressaltando que em caso de
desobediência de qualquer das cautelares já estabelecidas, poderá ser decretado o encarceramento
preventivo do paciente, a critério do magistrado.É o voto.Belém/PA, 18 de fevereiro de 2019. DESªROSI
GOMES DE FARIASRelatora Belém, 19/02/2019
esta,através de Parecer da lavra do Dr. Cláudio Bezerra de Melo, manifestou-se pelo conhecimentoe
denegação da ordem. VOTO O foco da impetração reside na alegação deque resta configurado o
constrangimento ilegal à liberdade do paciente, que tem cerceado seu direito de ir e vir, em razão da
decretação e manutenção de sua prisão preventiva em decisão desprovida de fundamentação, apesar de
possuir o mesmo condições pessoais favoráveis.Preenchidos os pressupostos processuais, conheço da
ordem impetrada e adianto,prima facie,que adenego.Quanto ao decreto cautelar em desfavor do paciente,
tem-se que por força da reforma introduzida pelaLei Nº 11.719/2008,a prisão preventiva somente pode ser
decretada quando preenchidos os requisitos da tutela cautelar (fumus comissi delictiepericulum libertatis),
previstos noartigo 312 do Código de Processo Penal,in verbis:A prisão preventiva poderá ser decretada
como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para
assegurar a aplicação da lei penal,quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de
autoria.(GRIFEI)Assim, prevalece como regra em nosso sistema jurídico aliberdade,que só será
excepcionada quando presentes os requisitos elencados no precitado artigo 312 do Código de Processo
Penal, tudo em obediência às normas jurídicas insculpidas noartigo 5º, incisos LIV e LVII da Constituição
da República.Nessa ordem de ideias, mormente em face dodever de motivação das decisões judiciais
preconizado noartigo 93, inciso IX, da Carta Política,o julgador deve apontar deforma fundamentadaos
motivos pelos quais decreta a prisão processual sob pena de ocorrer transgressão ao princípio da
presunção de inocência e carecer de justa causa a prisão provisória.Nesse sentido orienta ajurisprudência
pátria:HABEAS CORPUS.LIBERDADE PROVISÓRIA. DEFERIMENTO. POSSIBILIDADE. FALTA DE
FUNDAMENTAÇÃO PARA A PRISÃO CAUTELAR. PRISÃO CAUTELAR QUE SE MOSTRA COMO
EXCEÇÃO NO NOSSO SISTEMA. INEXISTÊNCIA DE ELEMENTOS QUE, CONCRETAMENTE,
JUSTIFIQUEM A PRISÃO PREVENTIVA. LIBERDADE PROVISÓRIA CONCEDIDA(...) Isso porque não
cuidou o Magistrado de subsumir a situação fática a ele submetida à disciplina legal acerca da prisão
processual?[TJ/SP. HC nº 990.10.371813-5, 16ª C., Rel. Des. NEWTON NEVES, DJe
19/10/2010]Contudo, na esteira doartigo 311 do Código de Processo Penal,a prisão preventiva poderá ser
decretada em qualquer fase do processo, vejamos o dispositivo: ?Em qualquer fase da investigação
policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da
ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação
da autoridade policial.(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)?. Temos, no caso em tela, que fora
determinada a custódia cautelar do paciente em razão da presença de indícios suficientes de autoria e de
provas de materialidade dos crimes previstos no art. art. 121, § 2º, I e IV e art. 121, § 2º, I e IV c/c art. 14,
II, do Código Penal (homicídio qualificado e homicídio qualificado tentado), tendo a decisão por
fundamento a garantia da ordem pública e aplicação da lei penal, ante a ocorrência do crime contra a vida
cometido, em tese, a mando do paciente tendo seus parceiros atirado com arma de fogo contra uma
residência atingindo 01 pessoa que foi a óbito no local, tendo uma das prováveis vítimas conseguido
escapar, restando fundamentada a decisão que decretou a custódia cautelar do paciente no que preceitua
o art. 311 e 312 do CPP uma vez que a custódia fora requerida pelo representante do órgão ministerial
daquela Comarca ante os fortes indícios da prática de ilícito gravíssimo pelo ora paciente e seus parceiros,
sendo aos mesmos imputada a prática do crime, restando presentes, portanto, o fumus comissi delicti e
opericulum libertatis, além da gravidade concreta do delito e a crueldade com que fora cometido, o que
ensejou a decretação da prisão preventiva em decisão cuja fundamentação se mostrou sucinta, mas,
idônea a sustentar o édito de segregação cautelar,não havendo como subsistir a alegação de violação a
preceito legal, senão, vejamos excerto do decreto preventivo,verbis:?...Quanto ao pedido de conversão da
prisão temporária em prisão preventiva dos réus ... formulado pelo Ministério Público, às fls. 87. A prisão
temporária de José de Ribamar Monteiro da Silva foi cumprida em 10/10/2018...Nos termos do art. 312 do
Código de Processo Penal, a prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da
ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal,
quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.Ao caso vertente, mostra-se
aplicável o referido dispositivo legal, autorizador da segregação preventiva do representado.Os
pressupostos específicos elencados no mencionado art. 312 do CPP são o fumus comissi delicti (prova da
existência do crime e indícios suficientes de autoria) e o periculum libertatis (garantia da ordem pública ou
da ordem econômica, conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei
penal).Quanto ao fumus comissi delicti, verifica-se, inicialmente, sua presença, uma vez que o depoimento
da vítima sobrevivente... relata que estava com seu irmão Iude da Silva Machado ... que identificou os dois
homens que desceram do veículo, que um dos homens era Jailton, que o outro atirador preferiu não
acusar por não ter convicção, bem como que Riba o ameaçou a ele e a seu irmão Iude de morte... a vítima
sobrevivente reconhece José Ribamar Monteiro da Silva como sendo o nacional que lhe ameaçou de
morte em diversas oportunidades ... No depoimento da testemunha ocular Iracema Barbosa da Silva, mãe
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das vítimas, é descrita toda a conduta criminosa... declarando a testemunha que conseguiu identifica-los
como sendo Jailson e João... a testemunha Iracema reconhece José Ribamar Monteiro da Silva como
sendo o nacional que acusa como sendo o autor de diversas ameaças de morte contra seus
filhos...Quanto ao periculum libertatis, invoco, a princípio, o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal
Federal, segundo o qual não há que se falar em inidoneidade do decreto de prisão se este embasa a
custódia cautelar a partir do contexto empírico da causa... Os fatos narrados evidenciam a periculosidade
dos réus e a necessidade de se resguardar a ordem pública da reiteração do cometimento de tão grave
delito. Some-se a isto a existência de antecedentes criminais dos acusados...Tais fatos apontam para a
necessidade de sua segregação cautelar para garantia da ordem pública tendo como objetivo evitar a
reiteração criminosa, evidenciando, assim, a inadequação das medidas cautelares diversas da prisão
mesmo nessa fase processual...?Tem-se então que, ao contrário do que afirmou a impetrante, o
magistrado singular devidamente fundamentou sua decisão não só nos indícios de autoria e nas provas de
materialidade, mas também na necessidade de resguardar a ordem pública, tendo em vista que o paciente
e corréu, como asseverou o magistrado, possuem antecedentes criminais e se faz necessário proteger a
sociedade da possível reiteração de tais condutas.É certo que a segregação provisória consubstancia
simples cumprimento à regra jurídica disposta no artigo 312, inciso II, do Código de Processo Penal e que
não representa qualquer ilegalidade, mormente na hipótese em que a decisão de decretação da
segregação cautelar possui fundamentação idônea, ainda que sucinta, a exemplo do caso concreto, cuja
justificativa está na garantia da ordem pública, ante a presença de indícios de autoria e de materialidade
do crime, o que afasta eventual hipótese de concessão deHabeas Corpus. Nesse sentido está
sedimentada ajurisprudência do Superior Tribunal de Justiça,a saber:PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM
HABEAS CORPUS. FURTO QUALIFICADO. PRISÃO EM FLAGRANTE CONVERTIDA DE OFÍCIO EM
CUSTÓDIA CAUTELAR PELO JUIZ. POSSIBILIDADE. ARTIGO 310, INCISO II, DO CPP. PRISÃO
PREVENTIVA. ORDEM PÚBLICA. DECISÃO DEVIDAMENTE MOTIVADA. REITERAÇÃO DELITIVA.
FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA.- No caso dos autos, verifica-se que a prisão em flagrante foi homologada
pelo Juízo de piso e, logo após, transformada em prisão cautelar, conforme a decisão à fl. 31. Desse
modo, é evidente que Se trata de simples conversão da prisão em flagrante em custódia preventiva, em
cumprimento ao art. 310, II, do Código de Processo Penal. Quanto a possibilidade de o Juiz decretar a
prisão Preventiva de ofício, o entendimento desta Corte já está sedimentado no sentido de inexistir
qualquer ilegalidade. Precedentes.- A jurisprudência desta Corte tem proclamado que a prisão cautelar,
como medida de caráter excepcional, deve ser imposta, ou mantida, apenas quando atendidas, mediante
decisão judicial fundamentada (art. 93, IX, da CF), as exigências do art. 312 do CPP. Isso porque a
liberdade, antes de sentença penal condenatória definitiva, é a regra, e o enclausuramento provisório, a
exceção, como têm insistido esta Corte e o Supremo Tribunal Federal em inúmeros julgados, por força do
princípio da presunção de inocência, ou da não culpabilidade.- A decisão que determinou a segregação
provisória foi devidamente fundamentada para garantia da ordem pública, buscando evitar a reiteração
delitiva, eis que o recorrente possui inúmeras ações penais ajuizadas em seu desfavor, inclusive com
trânsito em julgado, circunstâncias que revelam, pois, a periculosidade concreta do recorrente e a real
possibilidade de que, se solto, volte a delinquir.- Não se pode falar em carência de fundamentação idônea
para a decretação da segregação excepcional, tampouco em não ocorrência dos requisitos autorizadores
previstos no art. 312 do CPP, pois, pelo contrário, as circunstâncias descritas nos autos corroboram a
necessidade de manutenção da prisão preventiva do recorrente. Precedentes.- Recurso ordinário em
habeas corpus desprovido.[RHC 39443/MG. Relª. Minª. Marilza Maynard. Publicação 13/9/2013] HABEAS
CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. DESCABIMENTO. COMPETÊNCIA DAS
CORTES SUPERIORES. MATÉRIA DE DIREITO ESTRITO. MODIFICAÇÃO DE ENTENDIMENTO
DESTE TRIBUNAL, EM CONSONÂNCIA COM A SUPREMA CORTE. FURTO
QUALIFICADO.PRISÃOEMFLAGRANTECONVERTIDA EMPRISÃO PREVENTIVA. TESE DE NULIDADE
PELA DECRETAÇÃO DA CUSTÓDIA DE OFÍCIO PELO JUÍZO PROCESSANTE. IMPROCEDÊNCIA.
NECESSIDADE DA SEGREGAÇÃO CAUTELAR DEMONSTRADA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA.
REITERAÇÃO DELITIVA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS
DAPRISÃO.DESCABIMENTO. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADEFLAGRANTEQUE, EVENTUALMENTE,
PUDESSE ENSEJAR A CONCESSÃO DA ORDEM DE OFÍCIO. ORDEM DE HABEAS CORPUS NÃO
CONHECIDA.(...)3. Não se verifica a alegada nulidade daprisão preventiva,por ter sido decretada de ofício
pelo juízo processante, porquanto se trata, na realidade, de
simplesconversãodaprisãoemflagranteempreventiva,em cumprimento dos ditames do art. 310, inciso II, do
Código de Processo Penal.4. Hipótese em que se mostra legítima aprisão preventivado ora Paciente, em
face das circunstâncias do caso que, pelas características delineadas, retratam, in concreto, a
necessidade da medida. O Paciente "responde a vários processos, tendo até mesmo já sido condenado
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
por outro delito patrimonial", o que evidencia a necessidade da medida constritiva para garantia da ordem
pública, em face da reiteração na conduta delitiva(...).[HC 227595/MG. Minª. Laurita Vaz. Publicação:
27/8/2013]Ademais, o conteúdo normativo doart. 321 do Código de Processo Penal, revela que somente é
possível conceder liberdade provisória quando ausentes os requisitos do art. 312 do mesmo diploma legal.
Em outras palavras, em interpretaçãoa contrario sensu,presentes os motivos autorizadores da prisão
cautelar, deve ser indeferido o pedido de liberdade provisória. Para melhor análise, transcrevo o
dispositivo legal em apreço,in verbis:Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão
preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares
previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste Código. Logo, a
segregação provisória, pelo que se depreende das informações prestadas, atende aos vetores erigidos
noartigo 312 do Código de Processo Penal,não sendo possível conceder liberdade provisória ao paciente
e há muito a jurisprudência doSupremo Tribunal Federaljá se manifestou acerca da possibilidade de
manutenção da segregação quando presentes seus requisitos, senão vejamos:O conceito jurídico de
ordem pública não se confunde com incolumidade das pessoas e do patrimônio (art. 144 da CF/1988).
Sem embargo, ordem pública se constitui em bem jurídico que pode resultar mais ou menos fragilizado
pelo modo personalizado com que se dá a concreta violação da integridade das pessoas ou do patrimônio
de terceiros, tanto quanto da saúde pública (nas hipóteses de tráfico de entorpecentes e drogas afins). Daí
sua categorização jurídico-positiva, não como descrição do delito nem cominação de pena, porém como
pressuposto de prisão cautelar; ou seja, comoimperiosa necessidade de acautelar o meio social contra
fatores de perturbação que já se localizam na gravidade incomum da execução de certos crimes.Não da
incomum gravidade abstrata desse ou daquele crime, mas da incomum gravidade na perpetração em si do
crime, levando à consistente ilação de que, solto, o agente reincidirá no delito. Donde o vínculo
operacional entre necessidade de preservação da ordem pública e acautelamento do meio social. Logo,
conceito de ordem pública que se desvincula do conceito de incolumidade das pessoas e do patrimônio
alheio (assim como da violação à saúde pública), mas que se enlaça umbilicalmente à noção de
acautelamento do meio social.(HC 101.300, Rel. Min.Ayres Britto, julgamento em 5-10-2010, Segunda
Turma, DJE 18-11-2010.) (GRIFEI).A alegação de que a manutenção da custódia violaria o princípio da
presunção de inocência também não prospera e, nesse instante, interessante se faz trazer à colação os
ensinamentos doutrinários do jurista Gilmar Mendes (Curso de Direito Constitucional. 4ª Edição. Editora
Saraiva: p. 678-685) quanto à compatibilidade entre a prisão cautelar e o princípio de presunção de
inocência:(...). Tem sido rico o debate sobre o significado da garantia de presunção de não-culpabilidade
no direito brasileiro, entendido como princípio que impede a outorga de consequências jurídicas sobre o
investigado ou denunciado antes do trânsito em julgado da sentença criminal. (...) No caso da prisão
cautelar, tem o Tribunal enfatizado que a sua decretação não decorre de qualquer propósito de
antecipação de pena ou da execução penal, estando jungida a pressupostos associados,
fundamentalmente, à exitosa persecução criminal.(...) Tal como já observado, o princípio da presunção de
inocência não obsta a que o legislador adote determinadas medidas de caráter cautelar, seja em relação à
própria liberdade do eventual investigado ou denunciado, seja em relação a seus bens ou pertences. (...)
Fundamental no controle de eventuais conformações ou restrições é a boa aplicação do princípio da
proporcionalidade. (...).(GRIFEI).O exame acurado da decisão supracitada revela a necessidade e a
adequação da medida restritiva atacada nesta ação mandamental: as circunstâncias do caso concreto
demonstram a presença dos indícios de autoria e da materialidade delitiva,apesar de o paciente negar tais
fatos. A prisão preventiva foi decretada pela presença dos requisitos da tutela cautelar, havendo na
decisão suficiente motivação acerca dos requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal, não
havendo como se revogar a decisão que decretou, bem como aquela que denegou sua revogação, uma
vez que presentes os requisitos e fundamentos elencados nos artigos 312 e 313 do Código de Processo
Penal, sendo certo, inclusive, que a prisão, como forma de assegurar a segurança da ação penal, não
afronta, por si só, o princípio do estado de inocência.No que tange à alegação de que o paciente preenche
os requisitos favoráveis à concessão da ordemuma vez que reúne condições pessoais como primariedade,
residência fixa e profissão definida, e que o magistrado de piso não considerou tais fatos, impende
esclarecer que tais pressupostos não têm o condão de,per se,garantir-lhe a liberdade provisória se há nos
autos elementos hábeis a recomendar a manutenção da custódia cautelar, conforme decisões reiteradas
desta Corte que,tendo por escopo decisões emanadas dos Tribunais Superiores, editou a Súmula 08
(publicada no Diário da Justiça de 16/10/2012, Edição nº. 5131/2012), assim determinando: "AS
QUALIDADES PESSOAIS SÃO IRRELEVANTES PARA A CONCESSÃO DA ORDEM DE HABEAS
CORPUS, MORMENTE QUANDO ESTIVEREM PRESENTES OS REQUISITOS DA PRISÃO
PREVENTIVA."(GRIFEI).Quanto ao pedido para que ao paciente seja decretada medida cautelar diversa
da prisão, tenho que também não há como ser dado provimento, pois entendo que o magistrado não é
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obrigado a concedê-las e, impende ressaltar, as hipóteses de aplicação de medida cautelar, art. 282 do
CPP, ou aquelas previstas nos incisos do art. 318 do CPP, não são sempre obrigatórias, sendo
consagrado em âmbito doutrinário e jurisprudencial o entendimento de que se faz necessária a aferição
pelo juiz, no caso em concreto, acerca da adequação e suficiência da medida, porquanto a substituição da
prisão preventiva por quaisquer de tais medidas pode acabar por frustrar a finalidade perseguida com a
decretação da custódia.Da pormenorizada análise do conjunto probatório do caso em exame, verifica-se a
insuficiência da substituição da prisão preventiva ante os indícios de autoria e materialidade do crime de
homicídio tentado, praticado com crueldade e sem que as vítimas tivessem a mínima condição de defesa,
restando a necessidade de manutenção da custódia para garantia da ordem pública, bem como para
preservar a integridade dos sobreviventes e das testemunhas que ainda não foram ouvidas, conforme
idoneamente disposto na decisão proferida pelo Juízo de piso.Neste sentido é a jurisprudência, a
saber:Ementa:RECURSO EM HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. FURTO
QUALIFICADO. ALEGAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. PRETENSÃO DE QUE SE
RECONHEÇA NULIDADE NA PRISÃO EM FLAGRANTE. CONVERSÃO PARA A PREVENTIVA DE
OFÍCIO. VALIDADE. PLEITO PELA REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. CIRCUNSTÂNCIAS
AUTORIZADORAS PRESENTES. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA.PEDIDO
PARA SUBSTITUIR A PRISÃO CAUTELAR POR MEDIDA DIVERSA. INADEQUAÇÃO / INSUFICIÊNCIA.
PRECEDENTES. 1. O Juízo processante, ao receber o auto de prisão em flagrante, verificando sua
legalidade e inviabilidade de sua substituição pormedidadiversa, deverá convertê-la em preventiva, quando
reconhecer a existência dos requisitos preconizados nos arts. 312 e 313, do CPP, independente de
representação ou requerimento. 2.A necessidade da segregação cautelar se encontra fundamentada na
garantia da ordem públicaem face da periculosidade do recorrente, caracterizada pela reiteração de
prática delituosa. 3. O Superior Tribunal de Justiça, em orientação uníssona, entende que persistindo os
requisitos autorizadores da segregaçãocautelar(art. 312, CPP), é despiciendo o recorrente possuir
condições pessoais favoráveis. 4. Recurso em "habeas corpus" a que se nega provimento. (STJ) Data de
publicação: 14/11/2013).No que concerne à alegação de ausência de provas, ou mesmo de indícios, de
que o paciente tenha praticado qualquer conduta delituosa, em razão de sua negativa de autoria e do fato
de que os testemunhos contra si são exclusivamente da família das vítimas, reitero que a análise de
provas se refere ao mérito da ação penal enão é cabível em sede deHabeas Corpus,que é de cognição
sumária e célere,e, como cediço, impossível é o revolvimento de provas na via estreita dowrit.Nesse
sentido:HABEAS CORPUS ESTUPRO DE VULNERÁVEL E FRAUDE PROCESSUAL CRIME
CONTINUADO AUSÊNCIA DE PROVAS DE AUTORIA E MATERIALIDADE REVOLVIMENTO FÁTICO
PROBATÓRIO INCABÍVEL NA VIA ELEITA NÃO CONHECIMENTO (...). I.Não se conhece do argumento
que trata da ausência de provas de autoria e materialidade, pois o exame do material probatório, contido
nos autos do processo criminal não pode ser feito através do remédio heroico, ação constitucional de rito
célere e cognição sumária, destinada a corrigir ilegalidades patentes e perceptíveis de pronto. Precedente
do STJ (...); (2017.01845178-73, 174.425, Rel. ROMULO JOSE FERREIRA NUNES, Órgão Julgador
SEÇÃO DE DIREITO PENAL, Julgado em 08/05/2017, publicado em 10/05/2017). Grifei.HABEAS
CORPUS - ROUBO MAJORADO - ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO
QUE MANTEVE A SEGREGAÇÃO CAUTELAR - CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS -
COGITAÇÕES ACERCA DA DOSAGEM DA PENA - VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE
INOCÊNCIA - APLICAÇÃO DE MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO - REITERAÇÃO DE
PEDIDO - SÚMULA Nº 53 DO TJMG - INCOGNIÇÃO -ALEGAÇÃO DE PROVA OBTIDA MEDIANTE
TORTURA - QUESTAO FÁTICA QUE ENVOLVE REVOLVIMENTO DE MATERIAL PROBATÓRIO QUE
NÃO SE PODE REALIZARA NA ESTREITA VIA MANDAMENTAL- WRIT COMO SUCEDÂNEO
RECURSAL - IMPOSSIBILIDADE - PRECENTES DO STJ - NÃO CONHECIMENTO DA IMPETRAÇÃO -
EXCESSO DE PRAZO PARA A FORMAÇÃO DA CULPA - INOCORRÊNCIA - INSTRUÇÃO ENCERRADA
- SENTENÇA PROLATADA - SÚMULA N. 52 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. 1. Não se
conhece de pedido de habeas corpus que se constitua em mera reiteração de anterior, já julgado, nos
termos do enunciado n. 53 do Grupo de Câmaras Criminais deste Tribunal. 2. Encerrada a instrução
criminal, fica superada a alegação de constrangimento ilegal por excesso de prazo, nos termos da Súmula
nº. 52 do Superior Tribunal de Justiça. 3. Em consonância com a orientação jurisprudencial do Supremo
Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, a ação constitucional de Habeas Corpus não pode ser
utilizada como sucedâneo recursal, mormente quando, à impugnação do ato judicial combatido, há
previsão expressa de recurso próprio, excetuados os casos em que patentemente configurado o
constrangimento ilegal, que, in casu, não se verifica. (TJ-MG - HC: 10000150769602000 MG, Relator:
Paulo Calmon Nogueira da Gama, Data de Julgamento: 05/11/2015, Câmaras Criminais / 7ª CÂMARA
CRIMINAL, Data de Publicação: 12/11/2015).Grifei.Assim, não conheço desta parte do pedido.Diante do
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exposto, e tendo em vistaque a decisão que decretou a segregação cautelar do paciente, bem como
aquela que denegou sua revogação,encontra-se devidamente fundamentada, não se podendo falar em
ausência de justa causa, o que autoriza a imposição da medida excepcional para assegurar a garantia da
ordem pública, apesar do que alega o impetrante, acompanho o parecer ministerial eDENEGOa ordem
deHabeas Corpusimpetrada.É o voto.Belém/PA, 18 de fevereiro de 2019. DESª.ROSI GOMES DE
FARIASRelatora Belém, 20/02/2019
inocorrência do alegado constrangimento ilegal à liberdade de locomoção do paciente.É certo que por
força da reforma introduzida pelaLei Nº 11.719/2008,a prisão preventiva somente pode ser decretada e/ou
mantida quando preenchidos os requisitos da tutela cautelar (fumus comissi delictiepericulum libertatis),
previstos noartigo 312 do Código de Processo Penal,in verbis:A prisão preventiva poderá ser decretada
como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, oupara
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de
autoria.(GRIFEI). Em face das normas jurídicas insculpidas noartigo 5º, incisos LIV e LVII da Constituição
da República,prevalece comoregraem nosso sistema jurídico aliberdade,a qual só será excepcionada
quando presentes os requisitos elencados no precitadoartigo 312 do Código de Processo Penal.Nessa
ordem de ideias, mormente em face dodever de motivação das decisões judiciais, preconizado noartigo
93, inciso IX, da Carta Política,o julgador deve apontar deforma fundamentadaos motivos por que decreta
a prisão processual sob pena de ocorrer transgressão ao princípio da presunção de inocência e carecer de
justa causa a prisão provisória. Assim,em face do dever de motivação das decisões judiciais, preconizado
noartigo 93, IX, daLexis Fundamentallis, o julgador deve apontar de forma fundamentada os motivos pelos
quais decreta a prisão processual, sob pena de transgressão aoprincípio da presunção de inocência e de
carecer de justa causa a prisão provisória. Nesse sentido orienta ajurisprudência pátria:HABEAS
CORPUS.LIBERDADE PROVISÓRIA. DEFERIMENTO. POSSIBILIDADE. FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO
PARA A PRISÃO CAUTELAR. PRISÃO CAUTELAR QUE SE MOSTRA COMO EXCEÇÃO NO NOSSO
SISTEMA. INEXISTÊNCIA DE ELEMENTOS QUE, CONCRETAMENTE, JUSTIFIQUEM A PRISÃO
PREVENTIVA. LIBERDADE PROVISÓRIA CONCEDIDA(...) Isso porque não cuidou o Magistrado de
subsumir a situação fática a ele submetida à disciplina legal acerca da prisão processual?[TJ/SP. HC nº
990.10.371813-5, 16ª C., Rel. Des. NEWTON NEVES, DJe 19/10/2010](GRIFEI).Ao contrário do alegado
pelo Impetrante, o fato de ao paciente ter sido negado o direito de recorrer em liberdade não configura,
necessariamente, constrangimento ilegal uma vez que a decisão pela manutenção da constrição do
Paciente se mostra suficientemente fundamentada, conforme se denota da sentença condenatória, senão,
vejamos:?...Afasto a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos ante o disposto
no art. 44, I do Código Penal Brasileiro, considerando que a pena imposta ao acusado é superior a 04
(quatro) anos, bem como pelo fato de ter o delito sido praticado com grave ameaça. O regime de
cumprimento de pena será inicialmente o semiaberto, conforme preceitua o artigo 33, § 2º, ?b?, do Código
Penal Brasileiro. Quanto à regra do artigo 387, § 2º, do Código de Processo Penal, o acusado ficou preso
por tempo insuficiente para, computado como detração, modificar o regime inicial de cumprimento de
pena. A quantidade da pena aplicada, bem como o regime inicial de cumprimento de pena indicam a
necessidade de manutenção da prisão preventiva do réu, principalmente diante de se estar agora diante
de um juízo de certeza quanto à autoria e a materialidade e não só de meros indícios, pois, gera a
necessidade de assegurar a execução da lei penal. Ademais, a soltura do réu nessa fase revelaria
verdadeira desproporcionalidade, visto ter permanecido encarcerado durante todo o trâmite processual,
quando ainda não havia produção de provas robustas. Neste sentido é inclusive o entendimento do
Superior Tribunal de Justiça (STJ): ?A orientação pacificada nesta Corte Superior é no sentido de que no
há lógica em deferir ao condenado o direito de recorrer solto quando permaneceu segregado durante a
persecução criminal, se persistentes os motivos para a preventiva (RHC 74.896/MG, Rel. Ministro JORGE
MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 22/11/2016, DJe 30/11/2016). Desse modo, mantenho a prisão
preventiva do sentenciado...?A autoridade inquinada coatora fundamentou sua decisão nos vetores legais
autorizadores da constrição, sendo certo que a segregação provisória consubstancia simples cumprimento
à regra jurídica disposta noartigo 312, inciso II, do Código de Processo Penal.Não representa, pois,
qualquer ilegalidade, mormente na hipótese em que a decisão de manutenção da segregação cautelar
possui fundamentação idônea, a exemplo do caso concreto, o que afasta eventual hipótese de concessão
doHabeas Corpus, pois, como visto, consubstanciada em fatos ocorridos durante a ação criminosa, se
mostrando necessária a garantia da ordem pública, conforme disposto no art. 312 do CPP.Nesse sentido é
a jurisprudência desta Corte,a saber:HABEAS CORPUS. CRIME DE TRÁFICO DE DROGAS. ARTIGO 33,
CAPUT, DA LEI 11.343/2006.SENTENÇA CONDENATÓRIA. NEGATIVA DO DIREITO DE APELAR EM
LIBERDADE PELO JUÍZO A QUO. ALEGAÇÃO DE ILEGALIDADE NA DECISÃO QUE NEGOU À
PACIENTE O DIREITO DE APELAR EM LIBERDADE POR AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA.
INOCORRÊNCIA. RECURSO DE APELAÇÃO PENDENTE DE JULGAMENTO.DECISÃO
CONSUBSTANCIADA NOS FATOS QUE OCORRERAM DURANTE A INSTRUÇÃO CRIMINAL E
DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA NA GARANTIA DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL. PRINCÍPIO DA
CONFIANÇA NO JUIZ DA CAUSA, EM VIRTUDE DE SE ENCONTRAR MAIS PRÓXIMO DAS PARTES,
DOS FATOS E DAS PROVAS. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO.CONDIÇÕES
PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA. MANUTENÇÃO DA MEDIDA CONSTRITIVA
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cometida pelo Juízo Coator, ingressou com representação contra o Magistrado junto à Corregedoria de
Justiça do Tribunal de Justiça do Estado do Pará e ao Conselho Nacional de Justiça ? CNJ.Alegafalta de
fundamentação para manutenção da prisão preventivaeexcesso de prazo, com o consequente
constrangimento ilegale do cabimento de concessão de liminar em sede dehabeas corpus.Requereu o
deferimento da liminar para que o Paciente seja colocado em liberdade e expedição do alvará de soltura
em favor do Paciente. Ao final, seja julgado procedente a ordem e consequente confirmação da liminar e
garantia para que o Paciente venha a responder o processo em liberdade.Na data de 19/12/2018,reservei-
mepara manifestar-me sobre o pedido de liminar após as informações da autoridade inquinado coatora (ID
1251470)Em 27/12/2018, o Juízo Coator prestou as informações através do Ofício nº 070/2018-GJ (ID
1267353)Na data de 22/01/2019,o pedido de liminar foi denegado,sendo determinado o encaminhamento
dos autos à Procuradoria de Justiça do Ministério Público Estadual (ID 1290952). Nesta superior instância,
o Procurador de Justiça Dr. Luiz César Tavares Bibas manifestou-se, em 05/02/2019, pelo não
conhecimento da ordem deHabeas Corpusem relação ao pedido de ausência dos requisitos da prisão
preventiva diante da ausência de provas pré-constituídas e na extensão em relação ao excesso de prazo,
pelo conhecimento da ordem e denegação. É o relatório. VOTO V O T O Advirto logo que não conheço da
ordem em relação ao pedido de ausência de requisitos da prisão preventiva, por não estarem presentes os
pressupostos de admissibilidade.Como dito alhures, trata-se da ordem deHabeas Corpus Liberatóriocom
pedido de liminar impetrada em 19/12/2018 em favor dePAULO DE ALMEIDA SILVA, sob o fundamento
de constrangimento ilegal por estar o mesmo preso desde a data de 07/04/2018 e sob a custódia do
sistema prisional do Estado, por ter sido preso em flagrante sob a acusação de suposto crime capitulado
no art. 33 da Lei nº 11.343/06 (Tráfico de Drogas). Passo a análise e decisão. 1 - No que concerne à
alegação de falta de fundamentação para manutenção da prisão preventiva.Após análise dos autos,
verifico o caso de não conhecimento da impetração em relação a tese aventada pela Defesa do Paciente
PAULO DE ALMEIDA SILVA. Explico: Por ser a presente ação constitucional de cognição sumária, a
mesma não comporta dilação probatória, exigindo-se por sua vez, que a prova seja pré-constituída, ou
seja, a exordial deve vir instruída com todas as peças necessárias para compreensão e convencimento do
julgador.In casu, o Impetrante não colacionou documento essencial, qual seja, cópia do decreto
preventivo, ou seja a decisão combatida não foi trazida aos autos,até mesmo porque, bem como esta
Relatora determinou que fosse oficiado a autoridade inquinada como coatora e esta também não juntou a
decisão da decretação da Prisão Preventiva do Paciente,tornando-se impossível a comprovação do
alegado constrangimento e o convencimento desta Julgadora.Neste sentido é a jurisprudência, a saber:
PROCESSUAL PENAL E PENAL. HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA.ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA. ESTELIONATO. RECEPTAÇÃO. FALSIFICAÇÃO E USO DE DOCUMENTO PÚBLICO.
ADULTERAÇÃO DE SINAL IDENTIFICADOR DE VEÍCULO AUTOMOTOR. NULIDADE. PRISÃO
DOMICILIAR. TEMAS NÃO ENFRENTADOS NA ORIGEM. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. NEGATIVA DE
AUTORIA. REVOLVIMENTO FÁTICO-PROBATÓRIO. FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA. MODUS
OPERANDI.ILEGALIDADE. AUSÊNCIA. APLICAÇÃO DE MEDIDAS ALTERNATIVAS.INADEQUAÇÃO.
HABEAS CORPUS DENEGADO.1. Matéria não enfrentada na Corte de origem não pode ser analisada
diretamente neste Tribunal Superior, sob pena de supressão de instância.2. No procedimento do habeas
corpus não se permite a produção de provas, pois essa ação constitucional deve ter por objeto sanar
ilegalidade verificada de plano, por isso não é possível aferir a materialidade e a autoria delitiva.3.
Apresentada fundamentação concreta para a decretação da prisão preventiva, explicitada na gravidade
concreta da conduta, em face de indícios da prática de crimes patrimoniais em larga escala por associação
criminosa estruturada com divisão de funções, haja vista o farto material adulterado encontrado em poder
de um dos membros da associação criminosa, não há que se falar em ilegalidade a justificar a concessão
da ordem de habeas corpus.4. Havendo a indicação de fundamentos concretos para justificar a custódia
cautelar, não se revela cabível a aplicação de medidas cautelares alternativas à prisão, visto que
insuficientes para resguardar a ordem pública. Precedentes.5. Habeas corpus denegado.(HC 440.547/RJ,
Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 05/06/2018, DJe 11/06/2018).Negritei PENAL
E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA.
INSTRUÇÃO DEFICIENTE. JUNTADA DE PEÇAS FALTANTES.TRÁFICO DE DROGAS.
FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA PARA A MANUTENÇÃO DA CUSTÓDIA NA SENTENÇA.
REITERAÇÃO DELITIVA. ILEGALIDADE. AUSÊNCIA.AGRAVO REGIMENTAL PROVIDO PARA
PROCESSAR O HABEAS CORPUS E DENEGÁ-LO.1. Ressalta-se que a cópia da sentença e do decreto
prisional do paciente são documentos indispensáveis para o deslinde da controvérsia em âmbito de
habeas corpus, não sendo substituíveis por cópia de acórdão ou de quaisquer outros documentos. 2.
Considerando que a defesa, na petição de agravo, juntou os referidos documentos necessários, faz-se
pertinente reconsiderar a decisão para processar o writ, já estando em fase de exame de mérito, haja vista
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Julgamento, a qual foi reaprazada por não apresentação do preso em razão da falta de escolta, bem como
porque os presos se recusaram a sair das celas, estando designada para o dia 29.11.2018.Assim, no dia
29.11.2018 a audiência de instrução e julgamento não iria se realizar devido a falta de escolta. Ocorre que,
após alguns minutos foi providenciado a escolta e apresentado o acusado para a instrução. Em seguida,
um funcionário do Fórum entrou em contato com o advogado constituído nos autos, para retornar ao
Cartório Eleitoral do Município, local onde se realizaria a audiência.Após, o advogado informou que não
iria retornar. Dessa forma, foi perguntado ao réu se ele gostaria de ser interrogado, com o advogado ad
hoc, ele respondeu sim, e assim ocorreu o audiência, conforme gravação no sistema KENTA (...)?. ID
1267353 Nesta diegese não vislumbro o excesso de prazo alegado pelo Impetrante, pois nos termos da
informação prestada pelo Juízo Coator, o processo transcorre dentro de uma regular movimentação,
observando o princípio da razoabilidade, não havendo que se questionar ou reconhecer o excesso de
prazo alegado pelo Impetrante bem como já fora realizada a audiência de instrução e designada audiência
em continuação para a data de 12/02/2019, às 09h, conforme consulta ao sistema LIBRA.Ressalte-se,
portanto, que o excesso de prazo não se aplica ao presente caso, estando presente o princípio da
razoabilidade, conforme já entendeu esta Egrégia Corte através da manifestação do excelentíssimo
desembargador RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES,in verbis: EMENTA: HABEAS CORPUS -
HOMICÍDIO QUALIFICADO - EXCESSO DE PRAZO NA FORMAÇÃO DA CULPA - DESCABIMENTO -
INSTRUÇÃO PROCESSUAL ENCERRADA DESDE 08/08/2017 - AÇÃO PENAL EM FASE DE
ALEGAÇÕES FINAIS - APLICAÇÃO DAS SÚMULAS 52 E 01 DO STJ E DO TJPA - CUSTÓDIA QUE
DEVE SER MANTIDA PARA A APLICAÇÃO DA LEI PENAL E A GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA -
MODUS OPERANDI QUE RECOMENDA MANUTENÇÃO DA MEDIDA CAUTELAR PRISIONAL -
PERICULOSIDADE CONCRETA - CONFIANÇA NO JUIZ DA CAUSA - ORDEM DENEGADA. 1. Inexiste o
alegado excesso de prazo na formação da culpa. Com base nas informações prestadas pela autoridade
coatora, constata-se que, com base nas informações prestadas pela autoridade coatora, complementadas
com documentação acostada ao writ, verifica-se que o paciente já foi pronunciado e esta decisão, após o
julgamento do recurso em sentido estrito em 30/05/2017, já transitou em julgado. Portanto, não há que se
falar em excesso de prazo, ensejam a aplicação das súmulas 52 e 01 do C.STJ e do TJPA; 2. Estão
presentes no caso em comento, os requisitos legais da prisão cautelar, ex vi do art. 312 do CPP, quais
sejam, a aplicação da lei penal e a garantia da ordem pública, respectivamente, o que, impede a
revogação da medida extrema imposta pelo juízo de Santarém. Com efeito, o paciente em 03/10/2015, na
companhia da nacional Clarice Borges dos Santos, com quem o coacto mantinha união estável, ceifaram a
vida de Ruan Figueira Fialho; 4. A imposição da segregação cautelar deve permanecer inalterada,
presentes os requisitos da medida extrema, seja pelo perigo que o paciente representa e ainda pela forma
como o crime foi cometido, evitando-se a prática de novas infrações penais e até da mesma natureza,
principalmente para a aplicação da lei penal, sendo, inviável a revogação do decreto prisional.
Precedentes do STJ; 5. Deve-se prestar reverência ao Princípio da Confiança no Juiz da Causa, já que o
Magistrado encontra-se mais próximo das partes, e, portanto, tem melhores condições de valorar a
subsistência dos motivos que determinaram a constrição cautelar do paciente; 6. Ordem denegada.
(2017.04679731-16, 182.479, Rel. ROMULO JOSE FERREIRA NUNES, Órgão Julgador SEÇÃO DE
DIREITO PENAL, Julgado em 2017-10-30, Publicado em 2017-11-01). É também a posição de nossa
Corte em decisão emanada da relatoria da Desa MARIA DE NAZARÉ DA SILVA GOUVEIA DOS SANTOS
EMENTA: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR ? ARTIGO 121, §2°, IV, DO
CÓDIGO PENAL ? ALEGA O IMPETRANTE CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONSUBSTANCIADO NO
EXCESSO DE PRAZO PARA FORMAÇÃO DA CULPA ? PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA DIA
29/10/2014 ? INOCORRÊNCIA. Não há como acolher a alegação de excesso de prazo para formação da
culpa, uma vez que o julgamento pelo Tribunal do Júri encontra-se marcado em data próxima, qual seja,
27 de outubro de 2017, às 09 horas e ainda porque o paciente encontra-se foragido do distrito da culpa
desde o dia 03 de agosto de 2017. (fls. 25), quando retornava para Belém, na viatura da Susipe, no trajeto
Novo Repartimento a Tucuruí, sendo necessária a manutenção da custódia preventiva, para a futura
aplicação da lei penal, demonstrando o seu anseio em não colaborar com a justiça, bem como para
garantia da ordem pública. Ademais, conforme informações prestadas pela autoridade coatora, as
redesignações das audiências ocorreram em virtude de ajuste de pauta, tendo sido efetivadas por juízes
diferentes, que respondiam à época de cada sessão. Dessa forma, a questionada delonga processual não
se dá de forma injustificada, tendo o juízo cumprido os atos processuais necessários para o andamento do
feito, tentando efetivar a Lei. ORDEM DENEGADA, nos termos da fundamentação do
voto.(2017.04298058-47, 181.391, Rel. MARIA DE NAZARE SILVA GOUVEIA DOS SANTOS, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PENAL, Julgado em 2017-10-02, Publicado em 2017-10-06). Ademais, o
excesso de prazo por si só não é suficiente para eliminar opericulum libertatisda fundamentação da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
decisão que segregou a liberdade do ora paciente, pois os prazos não devem ser analisados de forma
absoluta nem aritmética. Sobre o tema em testilha, colacionam-se precedente extraído da jurisprudência
do STF, senão vejamos: RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA.
TRÁFICO DE DROGAS, ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO E OUTROS CRIMES. PARCIAL
CONHECIMENTO. FUNDAMENTAÇÃO DO DECRETO PRISIONAL E INCOMPETÊNCIA RELATIVA.
MATÉRIAS NÃO DEBATIDAS NO ACÓRDÃO RECORRIDO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIAS.
ALEGAÇÃO DE INJUSTIFICADO EXCESSO DE PRAZO NA INSTRUÇÃO.NÃO OCORRÊNCIA.
PLURALIDADE DE RÉUS, CRIMES E TESTEMUNHAS. ANDAMENTO REGULAR. CONSTANTE
IMPULSO OFICIAL. INSTRUÇÃO PROCESSUAL ENCERRADA.INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 52 DO
STJ. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E DESPROVIDO.1. Recurso parcialmente conhecido. Os
tópicos relacionados à ilegalidade do decreto prisional por fundamentação inidônea e por não ratificação
do ato pelo Juízo competente não poderão ser conhecidos, sob pena de indevida supressão de instâncias,
uma vez que estas matérias não foram debatidas no acórdão recorrido.2. O constrangimento ilegal por
excesso de prazo não resulta de um critério aritmético, mas de uma aferição realizada pelo julgador, à luz
dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, levando em conta as peculiaridades do caso
concreto.3. Justifica-se certa morosidade em ação penal complexa, que conta com 8 réus, denunciados
pela suposta prática de diversos crimes e representados por patronos distintos, com inúmeras
testemunhas, interceptações telefônicas, requerimento de perícia de comparação de voz, formulado pela
defesa do recorrente (procedimento dispensado, em momento posterior), o que efetivamente justifica a
necessidade de despender maior tempo no cumprimento dos atos referentes à fase de instrução do
processo. Não obstante, não se verifica constrangimento ilegal se a morosidade não pode ser imputada ao
Judiciário, uma vez que o Magistrado processante tem adotado medidas para imprimir celeridade na
solução do caso, estando os autos a receber impulso intenso e constante. Ademais, a instrução criminal
está encerrada: o processo está na fase das alegações finais.4. "Encerrada a instrução criminal, fica
superada a alegação de constrangimento por excesso de prazo" (Súmula 52/STJ).5. Recurso parcialmente
conhecido e, nessa extensão, desprovido.(RHC 97.009/RN, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA
FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 27/11/2018, DJe 10/12/2018) Logo, não há o que se falar em
excesso de prazo para a formação da culpa. Ante o exposto, voto pelo NÃO CONHECIMENTO EM
PARTE DO HCem relação ao pedido de falta de fundamentação para manutenção do decreto preventivo
por ausência de requisitos de admissibilidade vez que o remédio constitucional requer provas pré-
constituídas e pelo CONHECIMENTO e DENEGAÇÃO da ordem em relação a alegação de excesso de
prazo. É como voto. Belém/PA, 18 de fevereiro de 2019. Belém, 19/02/2019
econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal. Além disso,
a segregação preventiva depende, também, da verificação de quaisquer das situações estampadas nos
incisos do artigo 313 do Código de Processo Penal. Diante desse contexto, analisando o caso em
comento, verifiquei que, em tese, a materialidade do fato delituoso e os indícios quanto à autoria estavam
demonstrados, decorrentes inclusive do próprio flagrante, o que basta para fins de segregação cautelar.
Expus que no caso do s autos crimes da ordem do em tela causam grande abalo à ordem pública e
comoção em um Município pacato como Monte Alegre, dando à sociedade uma sensação de insegurança
e impunidade, gerando grande inquietação popular e abalo na paz social, sendo motivação idônea capaz d
justificar o ato constritivo por demonstrar a necessidade de se resguardar a ordem pública. A ordem
pública é ofendida quando a conduta do agente provoca algum: impacto na sociedade, lesando valores
significativamente importantes. Nos autos, omodus operandida prática delituosa revelava apericulosidade
da autuada, a ponto de justificar a sua custodia preventiva, por indicativo deafronta à garantia da ordem
pública e por estarem evidenciado indícios de reiteração delitiva no mesmo tipo penal dos autos em
epígrafe, o que eventualmente geraria novos procedimentos em relação a novas vítimas, e a concessão
de eventual liberdade provisória poderia gerar desmotivação aos ofendidos em fazer novas denúncias, e,
por consequência, descrédito da justiça, e esse quadro evidenciava não só ofumus boni iuris,mas também,
e principalmente, o indispensávelpericulum in mora,a amparar a necessidade da medida excepcional.
Registrei que a prisão para a garantia da ordem pública não se limitava a prevenir a reprodução de fatos
criminosos, mas também acautelar o meio social e a própria credibilidade da justiça, que por certo ficariam
abalados com a soltura da autuada, uma vez que a prisão preventiva com fundamento na garantia da
ordem pública não se destina à proteção do processo penal, mas, ao revés, ao resguardo da própria
sociedade. Com enfoque nesses aspectos, estava comprovado que a conduta da flagrada, de fato
importou importou em ofensa à ordem pública. Ademais, ressalte-se que a Lei n°. 12.403/11, ainda que de
forma excepcional, prevê a possibilidade da decretação da prisão preventiva para os crimes dolosos com o
máximo de pena privativa de liberdade superior .a 04 (quatro) anos, o que engloba o crime do caso em
questão. De outra banda, o fato da autuada ser primária e de bons antecedentes, além de possuir
residência fixa no distrito da culpa, não poderiam ser analisados de forma individual, sem que fosse
considerado todo o contexto dos autos, pois, eles, por si só, não autorizavam a desconstituição da
custódia cautelar quando presentes outros elementos que a justificavam, e este juízo não poderia deixar
de levar em consideração a natureza grave do delito em questão e a audácia de como 'o mesmo foi
praticado. Também não era o caso de substituição pelas medidas cautelares previstas no art. 319 do CPR
pois diante da necessidade da manutenção para garantia da ordem pública, exclui-se a possibilidade da
substituição pelas medidas cautelares, ante a incompatibilidade entre os institutos. Assim, indiferente da
eventual sanção a ser aplicada à flagrada em caso de condenação ao final do processo, a restrição
cautelar da sua liberdade naquele momento era necessária como medida de caráter processual, para
assegurar a ordem pública. Dessa forma, a decretação da custódia preventiva se fundamentava nas
circunstâncias do caso que, pelas características delineadas, retratavam,in concreto', a periculosidade da
agente, a indicar a necessidade da segregaçãopara a garantia da ordem pública e, sobretudo, omodus
operandi dodelito, evidenciando a perniciosidade da ação ao meio social. Por tais motivos, converti a
prisão em flagrante em prisão preventiva(...)? Entendo que a fundamentação do Juízo Coator foi acertada
e devidamente legal, visto ter sido um crime de repercussão local, haja vista o tamanho do município, ou
seja, sua sede municipal por ser pequeno as notícias se espalham com maior rapidez e trazem real
comoção e sentimento de constrangimento junto a sociedade.Por outra banda entendo que a Paciente
encontra-se presa por força de decreto preventivo emanado do Juízo da Vara Única da Comarca de Monte
Alegre/PA, porém ao analisar os presentes autos, vejo que a Paciente encontra-se enquadrada nas
hipóteses do art. 318, inciso V, do CPP,in verbis:Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela
domiciliar quando o agente for:(...)omissisV ? mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade
incompletos.(Negritei)Muito embora a autoridade inquinada coatora tenha indeferido tal pedido feito
anteriormente pelos Impetrantes, tenho como justo a conversão da medida cautelar assecuratória para
Prisão Domiciliar.É o entendimento do STJ, conforme aresto colacionado: HABEAS CORPUS
SUBSTITUTO DE RECURSO PRÓPRIO. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. TRÁFICO ILÍCITO DE
ENTORPECENTES. 243G DE MACONHA. PRISÃO PREVENTIVA. EXCESSO DE PRAZO. NÃO
OCORRÊNCIA. INSTRUÇÃO CRIMINAL NA IMINÊNCIA DO ENCERRAMENTO. SUBSTITUIÇÃO POR
DOMICILIAR. CABIMENTO. PACIENTE MÃE DE DUAS CRIANÇAS MENORES DE 12 ANOS.
PROTEÇÃO INTEGRAL À CRIANÇA. PRIORIDADE. HC COLETIVO N° 143.641/SP (STF). ORDEM NÃO
CONHECIDA, MAS CONCEDIDA DE OFÍCIO. 1. O habeas corpus não pode ser utilizado como
substitutivo de recurso próprio, a fim de que não se desvirtue a finalidade dessa garantia constitucional,
com a exceção de quando a ilegalidade apontada é flagrante, hipótese em que se concede a ordem de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
ofício. 2. Não se vislumbra excesso de prazo em hipótese na qual a prisão em flagrante ocorreu em
29/3/2018, com conversão em preventiva em 1º/4/2018 e recebimento da denúncia em 22/5/2018,
havendo designação da audiência de instrução e julgamento para a data de 2/12/2018 - estando próximo,
portanto, o encerramento do processo.3. O regime jurídico da prisão domiciliar, especialmente no que diz
respeito à proteção da integridade física e emocional da gestante e dos filhos menores de 12 anos, e as
inovações trazidas pela Lei n. 13.257/2016 decorrem, indiscutivelmente, do resgate constitucional do
princípio da fraternidade (Constituição Federal: preâmbulo e art. 3º). 4. O artigo 318 do Código de
Processo Penal (que permite a prisão domiciliar da mulher gestante ou mãe de filhos com até 12 anos
incompletos, dentre outras hipóteses) foi instituído para adequar a legislação brasileira a um compromisso
assumido internacionalmente pelo Brasil nas Regras de Bangkok. "Todas essas circunstâncias devem
constituir objeto de adequada ponderação, em ordem a que a adoção da medida excepcional da prisão
domiciliar efetivamente satisfaça o princípio da proporcionalidade e respeite o interesse maior da criança.
Esses vetores, por isso mesmo, hão de orientar o magistrado na concessão da prisão domiciliar" (STF, HC
n. 134.734/SP, relator Ministro Celso de Melo). 5. Aliás, em uma guinada jurisprudencial, o Supremo
Tribunal Federal passou a admitir até mesmo o Habeas Corpus coletivo (Lei 13.300/2016) e concedeu
comando geral para fins de cumprimento do art. 318, V, do Código de Processo Penal, em sua redação
atual. No ponto, a orientação da Suprema Corte, no Habeas Corpus n° 143.641/SP, da relatoria do
Ministro RICARDO LEWANDOWSKI, julgado em 20/02/2018, é no sentido de substituição da prisão
preventiva pela domiciliar de todas as mulheres presas, gestantes, puérperas ou mães de crianças e
deficientes, nos termos do art. 2º do ECA e da Convenção sobre Direitos das Pessoas com Deficiências
(Decreto Legislativo 186/2008 e Lei 13.146/2015), salvo as seguintes situações: crimes praticados por elas
mediante violência ou grave ameaça, contra seus descendentes ou, ainda, em situações
excepcionalíssimas, as quais deverão ser devidamente fundamentadas pelos juízes que denegarem o
beneficio. 6. Na hipótese dos autos, a decisão ora combatida deixou de realizar o necessário e
indispensável exame acerca da conduta e da personalidade da paciente e, sobretudo, a conveniência de
atendimento ao superior interesse do menor. Lado outro, não consta dos autos existirem condições
pessoais desfavoráveis à paciente, a qual é primária, bem como a quantidade de entorpecentes
apreendidos não é expressiva. 7. Ponderando-se os interesses envolvidos no caso concreto, revela-se
adequada e proporcional a substituição da prisão pela domiciliar. Adequação legal, reforçada pela
necessidade de preservação da integridade física e emocional do infante. Precedentes do STF e do STJ.
8. Habeas corpus não conhecido. Ordem concedida de ofício para, confirmando a medida liminar,
substituir a prisão preventiva da paciente pela domiciliar, sem prejuízo da imposição de outras medidas
cautelares alternativas, a critério do Juízo de primeiro grau. (HC 474.576/GO, Rel. Ministro REYNALDO
SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 27/11/2018, DJe 10/12/2018).Negritei Entendo
também, neste momento, estarem presentes os requisitos para a substituição da Prisão Preventiva pela
Prisão Domiciliar, nos termos do art. 318, inciso V do CPP e a aplicação de Medidas Cautelares Diversas
da Prisão, nos termos do art. 319 do CPP.A prisão domiciliar nada mais representa do que a possibilidade
do autor do delito tenha sua liberdade restrita ao âmbito de sua residência.Existem duas modalidades de
prisão domiciliar: a de natureza cautelar, prevista no art. 318 e a de natureza de pena, nos termos da Lei
de Execuções Penais. Renato Marcão ensina:?algumas situações excepcionais em que se tem concedido
a modalidade domiciliar mesmo quando o sentenciado não está no regime aberto e dentre elas
sobressaem aquelas em que o preso se encontra em estado grave de saúde?(Curso de Execução Penal,
Ed. Saraiva, p. 186). Logo, no que tange ao pedido de substituição da prisão preventiva por
domiciliar,entendo que tal arguição merece acolhimento. Desta forma, por se encaixar exatamente nesse
contexto, reputo cabível e suficientesubstituir a custódia preventiva pela prisão domiciliar,enquanto
perdurar a conclusão da ação penal até seu julgamento pelo Juízo Coator, a qual deve ser acompanhada,
pelo juízo monocrático. Imponho ainda a medida cautelar diversa da prisão, nos termos do art. 319, inciso I
do CPP, qual seja:- comparecimento periódico em Juízo;- ausência da Comarca sem a prévia autorização
do Juízo Monocrático;- proibição de contato com pessoas que estejam ligadas diretamente com os
autos.Fica advertida ainda, que nos termos do art. 319, Parágrafo Único do CPP, o descumprimento de
quaisquer medida cautelar imposta, ensejará a decretação de sua prisão preventiva.À vista do
exposto,conheço e concedo a ordem, acolhendo o pedido de prisão domiciliar,por forçado art. 318, inciso
V, do Código de Processo Penal,e imposição de medidas cautelaresprevistas no art. 319, do CPP,por
estarem presentes os requisitos autorizadores da medida,devendo, para tanto, o magistrado singular
acompanhar as medidas concedidas.Logo, fica a cargo do juiz de primeiro grau a fiscalização do
cumprimento do benefício.Para cumprimento da medida, expeça-se o que for necessário.Ante o exposto
voto peloCONHECIMENTO domandamus eCONCESSÃO DA ORDEM. É como voto. Belém/PA, 18 de
fevereiro de 2019. Belém, 19/02/2019
180
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Como dito alhures, trata-seda ordem deHabeas Corpuscom Pedido de Liminar impetrado em favor do
PacienteCLEIBSON RAIMUNDO DA COSTA BARBOSAsob os fundamentos de ausência de idônea
fundamentação que decretou a prisão preventiva do Paciente, excesso de prazo na formação da
culpaecondições pessoais para revogação da prisão preventiva.Adiantoprima faciequedenego a ordem
impetrada,por não vislumbrar qualquer coação ilegal a ser reparada.Passo a análise das teses levantadas
pela Defesa do Paciente. 1 ? Da ausência de idônea fundamentação que decretou a prisão preventiva do
Paciente. Não prospera a tese levantada, uma vez que a decisão de segregação cautelar decretada pelo
Juízo Coator em 28/07/2018 por conversão de prisão em flagrante por prisão preventiva e a mesma está
devidamente fundamentada nos requisitos dos artigos 312 do CPP, senão vejamos em excerto extraído
das informações: (...) O Paciente foi preso em flagrante, sendo convertida em Preventiva conforme
DECISÃO às fls. 55/56 em 280/07/2018 (...)ID 1282978. A Douta Procuradora de Justiça do Ministério
Público, Dra. Ana Tereza do Socorro da Silva Abucater, se manifesta assim em seu parecer:(...)
Inicialmente, no que diz respeito à alegação de ausência de idônea fundamentação da decisão que
decretou a prisão preventiva do paciente, bem como de ausência dos requisitos autorizadores da medida
extrema, o entendimento dessa Representante Subscrevente é de ter havido a exposição
defundamentação satisfatória por parte do juízo de piso na decisão que decretou a prisão preventiva do
paciente ? autor na ação penal por provável prática do crime de roubo majorado -, quanto à presença do
requisito d a ? garantia da ordem pública? , com base nas circunstâncias fáticas do caso.Tal Juízo valeu-
se, assim, de efetiva fundamentação para decretar a prisão preventiva do ora paciente, mostrando lastro
concreto e válido a legitimar a constrição de sua liberdade, atendendo, com isso, a exigência constitucional
da efetiva fundamentação das decisões judiciais.Ressalte-se que, em se tratando de prisão cautelar, os
fundamentos que,in casu, a sustentam(garantia da ordem pública), são construídos com base em uma
análise meramente perfunctória: compatível, portanto, com os fundamentos ofertados pelo juízo de
piso.Trata-se, assim, de fundamentos que perduram até o presente, e que, decerto, carregam consistência
jurídica suficientemente capaz de assegurar a manutenção da prisão cautelar do paciente.(...)ID 1291967.
Nos termos da decisão mencionada alhures, entendo que o juízo singular fundamentou a decisão ora
impugnada ao mencionar a necessidade de segregação cautelar do paciente em razão da não presença
de fatos novos que pudessem alterar a decisão já prolatada anteriormente. ART. 93. LEI
COMPLEMENTAR, DE INICIATIVA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DISPORÁ SOBRE O
ESTATUTO DA MAGISTRATURA, OBSERVADOS OS SEGUINTES PRINCÍPIOS:IX - TODOS OS
JULGAMENTOS DOS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO SERÃO PÚBLICOS, E FUNDAMENTADAS
TODAS AS DECISÕES, SOB PENA DE NULIDADE, PODENDO A LEI LIMITAR A PRESENÇA, EM
DETERMINADOS ATOS, ÀS PRÓPRIAS PARTES E A SEUS ADVOGADOS, OU SOMENTE A ESTES,
EM CASOS NOS QUAIS A PRESERVAÇÃO DO DIREITO À INTIMIDADE DO INTERESSADO NO
SIGILO NÃO PREJUDIQUE O INTERESSE PÚBLICO À INFORMAÇÃO; Assim, não existe
constrangimento ilegal quando a decretação da prisão está devidamente fundamentada em circunstâncias
do art. 312 do CPP, o qual dispõe: ART. 312. A PRISÃO PREVENTIVA PODERÁ SER DECRETADA
COMO GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA, DA ORDEM ECONÔMICA, POR CONVENIÊNCIA DA
INSTRUÇÃO CRIMINAL, OU PARA ASSEGURAR A APLICAÇÃO DA LEI PENAL, QUANDO HOUVER
PROVA DA EXISTÊNCIA DO CRIME E INDÍCIO SUFICIENTE DE AUTORIA. Nestes termos, é a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,in verbis: HABEAS CORPUS ? PRISÃO PREVENTIVA ?
NECESSIDADE COMPROVADA DE SUA DECRETAÇÃO ? DECISÃO FUNDAMENTADA ? MOTIVAÇÃO
IDÔNEA QUE ENCONTRA APOIO EM FATOS CONCRETOS ? PERICULOSIDADE DO ACUSADO/RÉU
EVIDENCIADA PELO ?MODUS OPERANDI? DA REALIZAÇÃO DA PRÁTICA DELITUOSA ?
PRECEDENTES DESTA SUPREMA CORTE ? LEGALIDADE DA DECISÃO QUE DECRETOU A PRISÃO
CAUTELAR ? PRECEDENTES ? RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. A PRISÃO CAUTELAR
CONSTITUI MEDIDA DE NATUREZA EXCEPCIONAL ? A privação cautelar da liberdade individual
reveste-se de caráter excepcional, somente devendo ser decretada ou mantida em situações de absoluta
necessidade. ? A questão da decretabilidade ou da manutenção da prisão cautelar. Possibilidade
excepcional, desde que satisfeitos os requisitos mencionados no art. 312 do CPP. Necessidade da
verificação concreta, em cada caso, da imprescindibilidade da adoção dessa medida extraordinária.
Precedentes.DEMONSTRAÇÃO, NO CASO, DA NECESSIDADE CONCRETA DE DECRETAR-SE A
PRISÃO CAUTELAR DO PACIENTE ? Revela-se legítima a prisão cautelar se a decisão que a decreta
encontra suporte idôneo em elementos concretos e reais que ? além de ajustarem-se aos fundamentos
abstratos definidos em sede legal ? demonstram que a permanência em liberdade do suposto autor do
delito comprometerá a garantia da ordem pública e frustrará a aplicação da lei penal.(HC 133244 AgR,
Relator(a): Min. Celso de Mello, Segunda Turma, julgado em 15/03/2016. Data da Publicação:
08/04/2016). Grifei. Em relação a garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal, o STJ
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
ao writ, verifica-se que o paciente já foi pronunciado e esta decisão, após o julgamento do recurso em
sentido estrito em 30/05/2017, já transitou em julgado. Portanto, não há que se falar em excesso de prazo,
ensejam a aplicação das súmulas 52 e 01 do C.STJ e do TJPA; 2. Estão presentes no caso em comento,
os requisitos legais da prisão cautelar, ex vi do art. 312 do CPP, quais sejam, a aplicação da lei penal e a
garantia da ordem pública, respectivamente, o que, impede a revogação da medida extrema imposta pelo
juízo de Santarém. Com efeito, o paciente em 03/10/2015, na companhia da nacional Clarice Borges dos
Santos, com quem o coacto mantinha união estável, ceifaram a vida de Ruan Figueira Fialho; 4. A
imposição da segregação cautelar deve permanecer inalterada, presentes os requisitos da medida
extrema, seja pelo perigo que o paciente representa e ainda pela forma como o crime foi cometido,
evitando-se a prática de novas infrações penais e até da mesma natureza, principalmente para a aplicação
da lei penal, sendo, inviável a revogação do decreto prisional. Precedentes do STJ; 5. Deve-se prestar
reverência ao Princípio da Confiança no Juiz da Causa, já que o Magistrado encontra-se mais próximo das
partes, e, portanto, tem melhores condições de valorar a subsistência dos motivos que determinaram a
constrição cautelar do paciente; 6. Ordem denegada. (2017.04679731-16, 182.479, Rel. ROMULO JOSE
FERREIRA NUNES, Órgão Julgador SEÇÃO DE DIREITO PENAL, Julgado em 2017-10-30, Publicado em
2017-11-01). É também a posição de nossa Corte em decisão emanada da relatoria da Desa MARIA DE
NAZARÉ DA SILVA GOUVEIA DOS SANTOS EMENTA: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM
PEDIDO DE LIMINAR ? ARTIGO 121, §2°, IV, DO CÓDIGO PENAL ? ALEGA O IMPETRANTE
CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONSUBSTANCIADO NO EXCESSO DE PRAZO PARA FORMAÇÃO DA
CULPA ? PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA DIA 29/10/2014 ? INOCORRÊNCIA. Não há como acolher
a alegação de excesso de prazo para formação da culpa, uma vez que o julgamento pelo Tribunal do Júri
encontra-se marcado em data próxima, qual seja, 27 de outubro de 2017, às 09 horas e ainda porque o
paciente encontra-se foragido do distrito da culpa desde o dia 03 de agosto de 2017. (fls. 25), quando
retornava para Belém, na viatura da Susipe, no trajeto Novo Repartimento a Tucuruí, sendo necessária a
manutenção da custódia preventiva, para a futura aplicação da lei penal, demonstrando o seu anseio em
não colaborar com a justiça, bem como para garantia da ordem pública. Ademais, conforme informações
prestadas pela autoridade coatora, as redesignações das audiências ocorreram em virtude de ajuste de
pauta, tendo sido efetivadas por juízes diferentes, que respondiam à época de cada sessão. Dessa forma,
a questionada delonga processual não se dá de forma injustificada, tendo o juízo cumprido os atos
processuais necessários para o andamento do feito, tentando efetivar a Lei. ORDEM DENEGADA, nos
termos da fundamentação do voto.(2017.04298058-47, 181.391, Rel. MARIA DE NAZARE SILVA
GOUVEIA DOS SANTOS, Órgão Julgador SEÇÃO DE DIREITO PENAL, Julgado em 2017-10-02,
Publicado em 2017-10-06). Ademais, o excesso de prazo por si só não é suficiente para eliminar
opericulum libertatisda fundamentação da decisão que segregou a liberdade do ora paciente, pois os
prazos não devem ser analisados de forma absoluta nem aritmética. Sobre o tema em testilha,
colacionam-se precedente extraído da jurisprudência do STF, senão vejamos: RECURSO ORDINÁRIO
EM HABEAS CORPUS. ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA. TRÁFICO DE DROGAS, ASSOCIAÇÃO PARA O
TRÁFICO E OUTROS CRIMES. PARCIAL CONHECIMENTO. FUNDAMENTAÇÃO DO DECRETO
PRISIONAL E INCOMPETÊNCIA RELATIVA. MATÉRIAS NÃO DEBATIDAS NO ACÓRDÃO
RECORRIDO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIAS. ALEGAÇÃO DE INJUSTIFICADO EXCESSO DE PRAZO
NA INSTRUÇÃO.NÃO OCORRÊNCIA. PLURALIDADE DE RÉUS, CRIMES E TESTEMUNHAS.
ANDAMENTO REGULAR. CONSTANTE IMPULSO OFICIAL. INSTRUÇÃO PROCESSUAL
ENCERRADA.INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 52 DO STJ. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E
DESPROVIDO.1. Recurso parcialmente conhecido. Os tópicos relacionados à ilegalidade do decreto
prisional por fundamentação inidônea e por não ratificação do ato pelo Juízo competente não poderão ser
conhecidos, sob pena de indevida supressão de instâncias, uma vez que estas matérias não foram
debatidas no acórdão recorrido.2. O constrangimento ilegal por excesso de prazo não resulta de um
critério aritmético, mas de uma aferição realizada pelo julgador, à luz dos princípios da razoabilidade e
proporcionalidade, levando em conta as peculiaridades do caso concreto.3. Justifica-se certa morosidade
em ação penal complexa, que conta com 8 réus, denunciados pela suposta prática de diversos crimes e
representados por patronos distintos, com inúmeras testemunhas, interceptações telefônicas,
requerimento de perícia de comparação de voz, formulado pela defesa do recorrente (procedimento
dispensado, em momento posterior), o que efetivamente justifica a necessidade de despender maior
tempo no cumprimento dos atos referentes à fase de instrução do processo. Não obstante, não se verifica
constrangimento ilegal se a morosidade não pode ser imputada ao Judiciário, uma vez que o Magistrado
processante tem adotado medidas para imprimir celeridade na solução do caso, estando os autos a
receber impulso intenso e constante. Ademais, a instrução criminal está encerrada: o processo está na
fase das alegações finais.4. "Encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de constrangimento
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
por excesso de prazo" (Súmula 52/STJ).5. Recurso parcialmente conhecido e, nessa extensão,
desprovido.(RHC 97.009/RN, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA,
julgado em 27/11/2018, DJe 10/12/2018) 3 ? Argumentação de condições pessoais favoráveis à
concessão da liberdade provisória. Entendo que não merece ser acolhida a tese levantada pela Defesa do
Paciente, pois as supostas condições pessoais do paciente não são suficientes para a revogação da
prisão se o juízo monocrático fundamentou a necessidade de manutenção da medida restritiva de sua
liberdade, assim entende a jurisprudência desta Egrégia Corte de Justiça, senão vejamos: HABEAS
CORPUS - CRIME DO ARTIGO 157, PARÁGRAFO 2º, I E II C/C ARTIGO 14, II E ARTIGO 288
PARÁGRAFO ÚNICO DO CPB - EXCESSO DE PRAZO - IMPOSSIBILIDADE ANTE À APRESENTAÇÃO
DA DENÚNCIA - DESNECESSIDADE DA CUSTÓDIA - AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA E DE
FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA DO DECRETO PRISIONAL - IMPROCEDÊNCIA -QUALIDADES PESSOAIS
FAVORÁVEIS - INSUFICIÊNCIA - INTELIGÊNCIA DA SÚMULA 08 DO TJPA- INVIÁVEL A
SUBSTITUIÇÃO DA PRISÃO POR MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS - DESCABIMENTO EM RAZÃO
DA PRESENÇA DOS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA - ORDEM DENEGADA - DECISÃO
UNÂNIME. (...) 3. As qualidades pessoais são irrelevantes para garantir ao paciente o direito de aguardar
o julgamento em liberdade. Súmula nº 08 do TJPA; 4. Mostra-se descabida a pretensão de substituição da
custódia preventiva por outras medidas cautelares, tendo em vista que a prisão se faz imprescindível para
a garantia da ordem pública; 5. Ordem denegada. Decisão unânime. (488165, Não Informado, Rel.
ROMULO JOSE FERREIRA NUNES, Órgão Julgador Seção de Direito Penal, Julgado em 13/03/2018,
Publicado em 20/03/2018). Grifei. Esse é o teor do enunciado da súmula 08 do TJE/PA,in verbis: AS
QUALIDADES PESSOAIS SÃO IRRELEVANTES PARA A CONCESSÃO DA ORDEM DE HABEAS
CORPUS, MORMENTE QUANDO ESTIVEREM PRESENTES OS REQUISITOS DA PRISÃO
PREVENTIVA. Ante o exposto e com base no parecer ministerial, voto peloCONHECIMENTO
domandamus eDENEGAÇÃO DA ORDEM DEHABEAS CORPUSpor estarem presentes os requisitos
autorizadores da prisão preventiva. É como voto. Belém/PA, 18 de fevereiro de 2019. Belém, 19/02/2019
predicados pessoais favoráveis e aplicação de medidas cautelares diversas, por se tratarem de reiteração
de argumentos já apreciados na ordem nº 0808524-59.2018.8.14.0000, julgada em 10/12/2018, conhecida
e denegada à unanimidade por esta Seção de Direito Penal.5.Conhecimento da arguição de excesso de
prazo, bem como reconhecimento de sua inexistência, uma vez que a contagem dos prazos processuais
do CPP se dá de modo aritmético.Deve-se analisar tais prazos à luz da razoabilidade oriunda das
peculiaridades do caso concreto, de modo a conferir-se maior elasticidade aos lapsos temporais.No caso
em si, consoante informado pelo Juízo: ?Após a impetração do primeiro HC nº 0800273-
18.2019.8.14.0000, foi dada continuidade ao trâmite processual, com a apresentação de Resposta à
Acusação pelo réu Benedito, em 21.11.2018. Em seguida, foi designada audiência de instrução para o dia
04.12.2018, na qual foram ouvidas testemunhas e os réus. No entanto, resta a testemunha Maria da Paz
Silva Santos ser ouvida por Carta Precatória nº 063/2018, na comarca de Altamira/PA, cuja audiência está
agendada para o dia 25.01.2019. Em 12.12.2018, a defesa de Benedito requereu a revogação da prisão
preventiva, tendo sido indeferido o pedido (...) Conforme já relatado acima, o investigado se encontra
custodiado desde o dia 10.09.2018. Aguarda-se a realização da oitiva da testemunha Maria da Paz Silva
Santos (Carta Precatória nº 063/2018, na Comarca de Altamira/PA), no dia 25.01.2019. Casa não haja
requerimento de diligências, o processo criminal entrará em fase de Memoriais Finais.? Da análise deste
aparato cronológico processual, verifica-se correr o prazo naturalmente, dentro de um prazo razoável,
levando-se em conta a presença de vetores antagônicos ao andamento da boa marcha processual na
espécie, quais sejam, a pluralidade de réus, necessidade de expedição de carta precatória, e, ainda, a
complexidade da causa.Destaque-se que o informado pelo magistrado em suas informações é dotado de
fé-pública, e suas informações são primordiais para formação do contraditório e ampla defesa, assim como
para elucidação por parte do Relator para julgamento domandamus.Assim, desde o termo de prisão do
paciente (10.09.2018), até a presente data (perfazendo aproximadamente cinco meses), não há qualquer
excesso de prazo que justifique a sua soltura, muito ao contrário, haja vista já estar o processo
encaminhando para a fase de alegações finais, para quando será proferida decisão de pronúncia ou
impronúncia, pelo que deve ser rechaçada também esta segunda alegação.ORDEM PARCIALMENTE
CONHECIDA E DENEGADA NA PARTE CONHECIDA. UNANIMIDADE DOS VOTOS. Vistos, relatados e
discutidos estes autos, acordam Excelentíssimos Senhores Desembargadores, que integram a Seção de
Direito Penal deste Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de votos,
emCONHECER PARCIALMENTE A PRESENTE ORDEM deHABEAS CORPUSe emDENEGÁ-LA NA
PARTE CONHECIDA, nos termos do voto do Excelentíssimo Senhor Desembargador - Relator Mairton
Marques Carneiro.Esta Sessão foi presidida pela Excelentíssima Senhora Desembargadora Vânia Fortes
Bitar. RELATÓRIO Habeas CorpusLiberatório com pedido de liminar.Paciente:Benedito Sales de
Freitas.Impetrante: Ivonaldo Cascaes Lopes Junior.Impetrado: Juízo de Direito da Vara Única da Comarca
de Senador José Porfírio/PA.Relator: Des. Mairton Marques Carneiro.Procuradora de Justiça: Ubiragilda
Silva Pimentel.Processo nº:0800273-18.2019.8.14.0000.RELATÓRIO IVONALDO CASCAES LOPES
JUNIORimpetrou a presente ordem deHabeas CorpusLiberatório com pedido de liminarem favor
deBENEDITO SALES DE FREITAS, apontando como autoridade coatora oJuízo de Direito da Vara Única
da Comarca de Senador José Porfírio/PA. Aduz o impetrante queno dia 02 de setembro de 2018, a Polícia
Civil tomou conhecimento da morte do Sr. IZOELDO BATISTA GUEDES, vulgarmente conhecido como
?ELDO? por meio da Noticia Criminis informada pelo nacional Yuri Railan Almeida Guedes, sobrinho da
vítima, constante do Boletim de Ocorrência nº 00563/2018.100029-4.Assevera que diante dos fatos
narrados, foi tombado o Inquérito Policial por Portaria sob o nº 00563/2018.100028-0. Colhidos diversos
depoimentos em sede Policial, com o adiantado das investigações preliminares, foi observado que o
paciente tinha um histórico de ameaças pretéritas oriundas de seus antigos cunhado e sogro, em virtude
de brigas por divisão de gado.Assevera, ainda, que outra linha de investigação adotada pela Polícia, foi de
um suposto relacionamento extraconjugal que a esposa do paciente BENEDITO SALES DE FREITAS teria
há cerca de um ano atrás com a vítima.Relata que colhido o depoimento da Sra. Nailza (esposa do
paciente) a qual confessou o seu envolvimento extraconjugal com a vítima, porém, o seu marido, ora
paciente além de ter lhe perdoado, em momento algum disse que queria se vingar ou tomar algum tipo de
satisfação com a vítima. Relatos esses confirmados pelos depoimentos de testemunhas carreadas aos
autos do Inquérito Policial supracitado.Narra que no dia 08 de setembro de 2018, foi representada pela
prisão temporária dos acusados BENEDITO SALES DE FREITAS, RAIMUNDO FREITAS DA SILVA e
JOSE AILTON BEZERRA. Representação esta, acatada pela Juízoa quo, a qual decretou no dia09 de
setembro de 2018, pelo período de 30 (trinta) dias, a prisão dos nacionais já mencionados, fundamentando
tal decisão no art. 1º da Lei 7960/89 c/c art.2º,§4º da Lei 8072/90, decisão esta, cumprida no mesmo dia,
ou seja, os réus estão com a sua liberdade privada há exatos 134 (cento e trinta e quatro) dias.Afirma que
encerrado o referido Inquérito Policial, no dia 26 de setembro de 2018, foram reinquiridos os acusados,
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frisa-se sem o crivo do contraditório presente naquele momento, concluindo pela conversão da prisão
temporária em prisão preventiva do paciente e terceiros.Pontua que no dia 08 de outubro de 2018, o
Representante Ministerial proferiu parecer favorável a conversão da medida cautelar, sem manifestar-se
nem tampouco mencionar a exordial acusatória, salientando que o inquérito policial já estava concluído há
mais de 10 (dez) dias.Afirma que no dia 08 de outubro de 2018, o juízo de Senador José Porfírio sob os
fundamentos prescritos no art. 312 ?caput? do CPP (garantia da ordem pública e aplicação da lei penal)
converteu a Prisão Temporária dos agentes em Prisão Preventiva.Alega condições pessoais favoráveis do
paciente.Relata que no dia 08 de novembro de 2018, o representante do Ministério Público apresentou a
exordial acusatória do paciente e outros, sendo a mesma, recebida pelo juízo ora coator no mesmo dia.
Dando prosseguimento à marcha processual, apresentada a Resposta à Acusação do paciente, foi
designada audiência de instrução e julgamento pra o dia 04 de dezembro de 2018. No referido ato
processual, foram ouvidas as testemunhas de acusação NAILZA DA SILVA BEZERRA DE FREITAS e
CRISTIANO BARROS LOPES, ficando as demais de serem ouvidas mediante carta precatória. Após a
desistência das testemunhas de defesa, foi realizado o interrogatório dos réus.Frisa que não obstante se
tratar de prisão processual, as testemunhas arroladas pelo ministério público não apontam o paciente
como autor dos fatos,estando a instrução processual em andamento com o paciente preso desde o dia 09
de setembro de 2018,em virtude de representação de prisão temporária posteriormente convertida em
prisão preventiva, como já narrado acima, sem previsão razoável de conclusão da instruçãoin judicio.Alega
ausência dos requisitos do art. 312 do CPP, traz argumentos para atestar negativa de autoria do paciente
(fatos novos), e argui excesso de prazo na prisão do paciente.Alega possibilidade de aplicação de
medidas cautelares diversas da prisão.Requer a concessão de medida liminar para revogar a prisão
preventiva do paciente, aplicando medidas cautelares diversas da prisão. No mérito, pugna pela
concessão definitiva da ordem.A presente ordem recaiu sob a relatoria do Des. Milton Augusto de Brito
Nobre, o qual, em atenção aos critérios de prevenção, determinou a mim a remessa do feito.Distribuídos
os autos sob minha relatoria, a medida liminar foi por indeferida, e, no ato, requisitadas informações de
estilo à autoridade coatora, que as prestou em 24/01/2019, consoante Id. 1314182, nos seguintes termos
(sic):?SÍNTESE DOS FATOSInformo, inicialmente, que já houve impetração de HC em favor do paciente
(nº 0808524-59.2018.8.14.0058), cujas informações foram prestadas nos seguintes termos:?A autoridade
policial apresentou representação pleiteando a prisão temporária do Réu Benedito Sales de Freitas, e
outros, apontando seguros indícios de autoria e materialidade delitiva no cometimento de crime tipificado
no art. 121, §2º, VI, do CPB, posto que o investigado, sabedor que sua companheira Nailza da Silva
Bezerra de Freitas e a Vítima mantiveram relações extraconjugais, inebriuou-se de incontrolável espírito
de vingança e articulou, juntamente com 02 (dois) indivíduos, o assassinato da Vítima mediante
emboscada no domicílio desta.Por estarem presentes os requisitos autorizadores para a referida custódia
cautelar, sua decretação pelo prazo de 30 dias foi exarada em 09/09/2018, e cumprida em 10/09/2018.Os
fatos robustamente investigados pela Polícia Civil do Estado do Pará, na ?Operação Desenredo?, revelam
larga potencialidade de autoria e materialidade do crime, inclusive tendo o Réu Benedito confessado em
depoimento à DEPOL (fls. 81/82) que, na companhia do Réu José Ailton Bezerra, se dirigiu ao lote da
Vítima portando arma de fogo tipo espingarda calibre 16, comprada pelo Réu Raimundo Freitas da Silva, e
preparou uma emboscada disparando contra a Vítima quando esta chegara em seu lote.Ademais, o Réu
Benedito depôs que o Réu Raimundo deslocou-se diversas vezes com o Réu José Ailton para assassinar
a vítima, porém nunca havia consumado o crime por falta de coragem. Portanto, o Réu e executor do
disparo que ceifou a vida da Vítima teve tempo para refletir sobre o cometimento do crime, porém, ao
invés de desistir do ato delitivo, revestiu-se da coragem que faltara ao réu Raimundo para consumar o
crime hediondo em comento.Posteriormente, a instrução criminal permaneceu aprofundando a
participação do Réu Benedito no caso em tela, sendo relatado pelos 03 (três) Réus que o autor do disparo
da arma de fogo foi o Réu Benedito. Na apresentação do Relatório Final (fls. 128/136), a Autoridade
Policial requereu a conversão da prisão temporária em prisão preventiva, pedido este ratificado pelo
Parquet em 08/10/2018 (fls. 144/145) e deferido por esta Magistrada no mesmo dia 08, com base,
especialmente, na gravidade efetiva do crime e na sua repercussão negativa revelada pelo clamor
público.Da mesma forma, impende salientar que o Réu Benedito, juntamente com os demais Réus, é
figura temida na pacífica e humilde Comunidade da Ressaca. Inclusive, alguns populares da região
declararam ter medo de falar e testemunhas sobre o crime, de modo que, claramente, a liberdade do Réu
Benedito acarretaria inegáveis prejuízo e risco à pretensa e necessária resposta estatal deste caso que
comoveu a população local, especialmente por se tratar de homicídio de um agente político numa
comunidade pequena?Após a impetração do primeiro HC nº 0800273-18.2019.8.14.0000, foi dada
continuidade ao trâmite processual, com a apresentação de Resposta à Acusação pelo réu Benedito, em
21.11.2018. Em seguida, foi designada audiência de instrução para o dia 04.12.2018, na qual foram
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ouvidas testemunhas e os réus. No entanto, resta a testemunha Maria da Paz Silva Santos ser ouvida por
Carta Precatória nº 063/2018, na comarca de Altamira/PA, cuja audiência está agendada para o dia
25.01.2019.Em 12.12.2018, a defesa de Benedito requereu a revogação da prisão preventiva, tendo sido
indeferido o pedido.DEMAIS INFORMAÇÕESO paciente é tecnicamente primário, apesar de estar sendo
processado criminalmente, nesta comarca, pelo crime capitulado no art. 14, da Lei nº 10.826/03.Conforme
já relatado acima, o investigado se encontra custodiado desde o dia 10.09.2018.Aguarda-se a realização
da oitiva da testemunha Maria da Paz Silva Santos (Carta Precatória nº 063/2018, na Comarca de
Altamira/PA), no dia 25.01.2019. Casa não haja requerimento de diligências, o processo criminal entrará
em fase de Memoriais Finais.?Petição Id. nº 1317744 do impetrante reforçando o excesso de prazo, e
requerendo novamente a concessão da medida liminar.Petição Id. nº 1323204 do impetrante informando a
desistência do Habeas Corpus que tramitava junto ao STJ.Manifestação Ministerial Id. nº 1370199, na qual
a Douta Procuradoria se pronunciou pelo conhecimento e denegação da ordem.É o relatório. VOTO
VOTO:Suscita o impetrante a concessão da presente ordem deHabeas Corpusem favor do
paciente,alegando, substancialmente para tanto, ausência dos requisitos do art. 312 do CPP; argumentos
para atestar negativa de autoria do paciente (fatos novos); predicados pessoais favoráveis; excesso de
prazo na prisão do paciente; e possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.Ab
initio,com relação ao pedido de concessão da medida liminar formulado no Id. nº 1317744, tendo em vista
que o mesmo se confunde com o mérito da questão, passo a analisá-lo por ocasião da prolação deste voto
condutor.Pois bem, no que tange às diversas alegações de fatos novos que buscam atestar a negativa de
autoria do paciente, tenho que as mesmas não merecem ser conhecidas.Tais arguições se revelam
inapropriadas na via eleita dehabeas corpus, dados seus limites de cognição, sumário e célere.São
alegações que devem ser ventiladas no curso da marcha instrutória, sob o crivo do contraditório e da
ampla defesa, e não na presente via estreita, sobretudo, diante da impossibilidade de dilação e
revolvimento probatório.Nesse sentido:EMENTA: HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO
PREVENTIVA. NEGATIVA DE AUTORIA. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. VIA
IMPRÓPRIA. CONSNTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CONFIGURADO. ORDEM DENEGADA.- A tese de
negativa de autoria, por demandar dilação probatória, é incompatível com o rito sumário do habeas corpus,
devendo a questão ser analisada no curso da ação penal, sob o crivo do contraditório.(TJ-MG - HC:
10000180167900000 MG, Relator: Renato Martins Jacob, Data de Julgamento: 15/03/2018, Data de
Publicação: 26/03/2018) Assim, não conheço das alegações que buscam atestar a negativa de autoria do
paciente, dada a clara impropriedade da via eleita para tanto.Tenho, também, por não conhecer, das
arguições referentes à ausência dos requisitos do art. 312 do CPP, presença de predicados pessoais
favoráveis e aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, por se tratarem de reiteração de
argumentos já apreciados em via anterior, qual seja, a ordem nº 0808524-59.2018.8.14.0000, julgado em
10/12/2018, conhecida e denegada à unanimidade por esta Seção de Direito Penal, cuja ementa passo a
transcrever:EMENTA: HABEAS CORPUS ? HOMICÍDIO QUALIFICADO ? ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA
DOS REQUISITOS DO ART. 312 DO CPP E DE CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS DO PACIENTE,
BEM COMO DE EXCESSO DE PRAZO NA PRISÃO CAUTELAR E NO OFERECIMENTO DA DENÚNCIA
E PLEITO DE APLICAÇÃO DE MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO ? PRELIMINAR
MINISTERIAL DE SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA REJEITADA ? DESNECESSIDADE DE PEDIDO
PRÉVIO DE REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA ? DECRETO PRISIONAL QUE SE
CONSUBSTANCIA NO ATO JUDICIAL COATOR EM SICONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO
DEMONSTRADO ? DECISÃO SUFICIENTEMENTE FUNDAMENTADA ? PRESENÇA DOS REQUISITOS
DA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA E APLICAÇÃO DA LEI PENAL ? GRAVIDADE CONCRETA ?
PERICULOSIDADE REAL DO PACIENTE ? INSUFICIÊNCIA E INADEQUAÇÃO DE MEDIDAS
CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO ? PRINCÍPIO DA CONFIANÇA NO JUIZ DA CAUSA ?
CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS QUE NÃO SE SOBREPÕEM AOS REQUISITOS DA PRISÃO
PREVENTIVA NOS TERMOS DA SÚMULA Nº 08 DESTE TRIBUNAL ? EXCESSO DE PRAZO
SUPERADO COM RELAÇÃO AO OFERECIMENTO DA DENÚNCIA ? INEXISTÊNCIA DE EXCESSO DE
PRAZO NA PRISÃO CAUTELAR DO PACIENTE ? PRAZOS ELÁSTICOS ? PECULIARIDADES
PROCESSUAIS ? PLURALIDADE DE RÉUS E COMPLEXIDADE DO FEITO ? ANÁLISE À LUZ DA
RAZOABILIDADE ? ORDEM CONHECIDA E DENEGADA ? UNANIMIDADE.1.Paciente denunciado como
incurso nas penas do art. 121, §2º, VI, do CPB.2.Alegação de ausência dos requisitos do art. 312 do CPP,
de condições pessoais favoráveis do paciente e de excesso de prazo no oferecimento da denúncia e na
prisão do paciente, bem como pleito de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.3.Preliminar
Ministerial de não conhecimento da presente ordem sob alegação de supressão de instância
inacolhida.Esta Corte tem decidido no sentido de desnecessidade de pedido prévio de revogação de
prisão preventiva ou de liberdade provisória perante o Juízo a quo, haja vista que a existência do ato
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
ouvidas testemunhas e os réus. No entanto, resta a testemunha Maria da Paz Silva Santos ser ouvida por
Carta Precatória nº 063/2018, na comarca de Altamira/PA, cuja audiência está agendada para o dia
25.01.2019. Em 12.12.2018, a defesa de Benedito requereu a revogação da prisão preventiva, tendo sido
indeferido o pedido (...) Conforme já relatado acima, o investigado se encontra custodiado desde o dia
10.09.2018. Aguarda-se a realização da oitiva da testemunha Maria da Paz Silva Santos (Carta Precatória
nº 063/2018, na Comarca de Altamira/PA), no dia 25.01.2019. Casa não haja requerimento de diligências,
o processo criminal entrará em fase de Memoriais Finais.? Da análise deste aparato cronológico
processual, verifica-se correr o prazo naturalmente, dentro de um prazo razoável, levando-se em conta a
presença de vetores antagônicos ao andamento da boa marcha processual na espécie, quais sejam, a
pluralidade de réus, necessidade de expedição de carta precatória, e, ainda, a complexidade da
causa.Destaque-se que o informado pelo magistrado em suas informações é dotado de fé-pública, e suas
informações são primordiais para formação do contraditório e ampla defesa, assim como para elucidação
por parte do Relator para julgamento domandamus.Assim, desde o termo de prisão do paciente
(10.09.2018), até a presente data (perfazendo aproximadamente cinco meses), não há qualquer excesso
de prazo que justifique a sua soltura, muito ao contrário, haja vista já estar o processo encaminhando para
a fase de alegações finais, para quando será proferida decisão de pronúncia ou impronúncia, pelo que
deve ser rechaçada também esta segunda alegação.Colaciono os seguintes julgados no sentido do
explanado:HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. HOMICÍDIO QUALIFICADO TENTADO POR
CINCO VEZES. EXCESSO DE PRAZO. CAUSA COMPLEXA. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO
ILEGAL. ORDEM DENEGADA.1. Os prazos processuais devem ser computados de maneira global e o
reconhecimento do excesso deve pautar-se sempre pelos critérios da razoabilidade e da proporcionalidade
(art. 5º, LXXVIII da CF/1988), que se estruturam a partir das particularidades do caso concreto.2. o caso
em discussão é complexo, porquanto se trata de crime hediondo, homicídio qualificado tentado, por cinco
vezes, praticado mediante concurso de agentes, no qual há muitas testemunhas e vítimas a serem
ouvidas, o que justifica a observação dos prazos processuais com razoabilidade. Não se pode esquecer
que, como bem ressaltado nas Informações, durante esse período ainda houve o recesso forense e a
suspensão do prazos processuais, o que impediu a designação de audiência para o início deste mês de
janeiro. Destarte, não vislumbro neste momento excesso de prazo irrazoável a revelar qualquer
constrangimento ilegal à liberdade de locomoção do paciente, de maneira que o extrapolamento do prazo
de prisão numericamente estipulado no Código de Processo Penal está justificado. 3. Ordem
denegada.(TJ-DF 00240953520178070000 DF 0024095-35.2017.8.07.0000, Relator: MARIA IVATÔNIA,
Data de Julgamento: 25/01/2018, 2ª Turma Criminal, Data de Publicação: Publicado no DJE : 30/01/2018 .
Pág.: Sem Página Cadastrada.) E M E N T A ? HABEAS CORPUS ? PRISÃO PREVENTIVA
DECRETADA ? DENÚNCIA COMO INCURSO NOS CRIMES DO artigo 250, § 1º, inciso II, alínea c, artigo
155, § 1º, ambos do Código Penal e artigos 306 e 309, ambos da Lei n.º 9.503/97 ? ALEGAÇÃO DE
EXCESSO DE PRAZO ? CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CONFIGURADO ? ORDEM
DENEGADAConforme entendimento consolidado nos Tribunais Superiores, somente configura
constrangimento ilegal por excesso de prazo na formação da culpa, a mora que decorra de ofensa ao
princípio da razoabilidade, consubstanciada em desídia do Poder Judiciário ou da acusação, jamais sendo
aferível apenas a partir da mera soma aritmética dos prazos processuais. Se o andamento do feito é
regular, inclusive com designação de audiência de instrução e julgamento, não há que se falar em desídia
do Poder Judiciário ou expedientes protelatórios da acusação.(TJ-MS - HC: 14069581720178120000 MS
1406958-17.2017.8.12.0000, Relator: Des. Paschoal Carmello Leandro, Data de Julgamento: 18/07/2017,
1ª Câmara Criminal) HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO. EXCESSO DE PRAZO. NÃO
OCORRÊNCIA. RÉU FORAGIDO. SESSÃO DO JÚRI MARCADA. ORDEM DENEGADA.1. Não há falar
em desídia, paralisação indevida ou atraso injustificado atribuível aos órgãos estatais que possam dar
ensejo à revogação da prisão preventiva em tão grave situação. O réu, que permaneceu foragido entre
2007 e 2016, já foi pronunciado, e a sessão de julgamento pelo Tribunal do Júri já foi marcada. 2. Ordem
denegada.(STJ - HC: 453558 RJ 2018/0136368-7, Relator: Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, Data de
Julgamento: 02/08/2018, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 09/08/2018) Ante o exposto, pelos
fundamentos declinados,CONHEÇO PARCIALMENTE A PRESENTE ORDEM DEHABEAS CORPUSe
aDENEGO NA PARTE CONHECIDA.Belém, 18 de fevereiro de 2019.Des.MairtonMarquesCarneiro
Relator Belém, 19/02/2019
se identificou como gerente da empresa, tendo o paciente informado que o credito já havia sido aprovado
pelo banco e que deveria providenciar um fiador. A vítima indicou sua esposa como fiadora, porém, foi
informado que o banco não havia liberado credito para sua esposa, fato esse, que fez com que a vítima
pedisse cancelamento do contrato, tendo então o paciente, demonstrando a boa-fé, solicitado o prazo de
10 dias para ressarcimento dos valores.Assevera que a autoridade policial afirmou que o paciente já havia
agido pelo mesmo em relação a outrasmodus operandivítimas, bem como, apresentou histórico de
ocorrências envolvendo o paciente quando o mesmo trabalhava na área de consórcio.Ressalta que os
inquéritos policiais sempre tramitaram de forma normal pela Delegacia de Crimes contra o consumidor,
tendo o requerente sempre comparecido a todas as oitivas sempre que necessário, inclusive já tendo se
prontificado a devolver os valores de forma parcelada para a vítima. No entanto, na data de 07/12/2018, o
paciente tomou conhecimento da existência de um mandado de prisão contra sua pessoa que havia sido
decretado pela Vara de Inquéritos, fundamentando que a prisão preventiva foi decretada para a garantia
da ordem pública, tendo o paciente se apresentado espontaneamente na delegacia do consumidor,
demonstrado, não possui nenhum interesse em fugir ou atrapalhar o andamento processual. Alegou
ausência de fundamentação na decisão que decretou a custódia cautelar, ausências dos requisitos do art.
312 do CPP, a presença de condições pessoais favoráveis e arguiu.Alega não manifestação acerca de
medidas cautelares diversas e pugna alternativamente, por sua aplicação.Requer a concessão de medida
liminar para ver expedido alvará de soltura em favor do paciente. Subsidiariamente, pugna pela aplicação
de medida cautelar diversa da prisão. No mérito, pugna pela concessão definitiva da ordem.Juntou
documentos. Denegadaa liminar peloDesembargador Mairton Marques Carneiro no qual requereu
informações à autoridade dita coatora. Em sede deinformações(em 17/01/2019), o juízo de primeiro grau
esclareceuo que segue: Relatou que foi verificado a necessidade de decretar a custódia do paciente em
razão de estarem presentes os pressupostos da prisão cautelar :fumus comissi delicti e o periculum
libertatis,tendo em vista fortes indícios de autoria do crime de estelionato na forma contumaz, pelos
elementos colhidos ao longo da investigação policial.Relata ainda que em 11/12/2018, a defesa do
paciente requereu a revogação de sua prisão preventiva, sendo o pleito indeferido pelo juízo em
18/12/2019, nos seguintes termos: ?(...) O indiciado foi preso preventivamente sob acusação de ter violado
o disposto no art. 171, caput, do Código Penal.Analisando os autos, verifico que o indiciado é possuidor de
maus antecedentes, respondendo pela prática de crimes de mesma natureza, demonstrando assim ser
cidadão em conflito com a alei e que não pretende cessar sua atividade delitiva, bem como que adotou tais
condutas como meio de vida.Assim, ante a fortes indícios de que a liberdade atentará contra a ordem
pública, urge a manutenção do encarceramento do indiciado diante da necessidade desse resguardara
segurança do meio social, evitando-se que o indiciado cometa outros delitos, bem como resguardar a
aplicação da lei penal estando presentes os requisitos ensejadores da medida cautelar constritiva de
liberdade, fumus comissi delicti e periculum libertatis.A medida cautelar imposta se mostra adequada,
necessária e razoável, pois o interesse público de cautela à segurança pública prepondera ante o
interesse individual da liberdade.Assim, conforme o art. 312, do CPP, se faz necessário manter a custódia
preventiva, a fim de evitar a possível reincidência criminosa do acusado.Sabe-se que a garantia da ordem
pública, visa, entre outras coisas, evitar a reiteração delitiva, assim resguardando a sociedade de maiores
danos (STF-2ªT, HC 84.658/PE, Rel. Ministro Joaquim Barbosa, p. no DJU 03.06.2005, p. 00048, e no
mesmo sentido ; HC 84.981/ES; HC 84.680/PA; STJ-HC 20401492743 (39034/SP).(...)De outra forma, não
existe possibilidade de aplicação de medida cautelar típica ou atípica diversa da prisão, pois se fosse
imposta, seria inadequada e insuficiente, já que a consequência imediata seria a soltura do autuado e,
conforme demonstrado na fundamentação supra, este não possui condições de voltar ao convívio social
nesta fase do procedimento sem acarretar abalo processual e à ordem pública. (CPP, arts. 282, § 6º, 310,
caput, II e 319).Ante o exposto, considerando a garantia da ordem pública e garantia da aplicação da lei
penal, MANTENHO A PRISÃO PREVENTIVA do indiciado FLÁVIO LEONARDO COSTA SANTANA, com
base nos arts. 311 e 312 do Código de Processo Penal (...)?.Relatou ainda quanto a conduta social e
personalidade do paciente, não há elementos sólidos nos autos que informem.Por final relatou que o
inquérito policial foi concluído e encaminhado ao referido juízo e será remetido à Central de Distribuição
para ser redistribuído para uma das varas criminais para processamento e julgamento do feito, nos termos
da Resolução TJ/PA nº 17/2008-GP.Em 11/02/2019 os autos foram redistribuídos e essa Relatora em
razão de conexão com o habeas corpus nº 0809377-68.2018.8.14.0000, julgado sob a minha relatoria.
Nesta instância superior a Procuradoria de Justiça exarou parecer se manifestando pela denegação da
ordem. VOTO Primeiramente reconheço presentes os requisitos de admissibilidade processamento da
ação mandamental interposta.A presente ação deHabeas Corpustem porobjetoa alegação
deconstrangimento ilegal à liberdade de locomoção do paciente em virtude de o magistradoa quo, sem a
devida fundamentação, ter decretado sua custódia cautelar. 1. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. No que
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concerne à alegação de ausência justa causa para alicerçar ospressupostos autorizadores da prisão
preventiva,verifico que o magistrado de primeiro grau fundamentou concretamente a necessidade da
segregação cautelar nos requisitos previstos noartigo 312 do Código de Processo Penal, bem como pela
documentação acostada e pelas informações prestadas, a alegada falta de fundamentação da decisão que
determinou a prisão preventiva do paciente, ao contrário, o decreto preventivo apresenta sim justa
fundamentação, não havendo, portanto, que se falar em falta de fundamentação da referida decisão. Com
efeito, a alegação de ausência de fundamentação idônea para a prisão preventiva não prospera na medida
em que o decreto prisional cautelar, bem como a decisão que indeferiu o pleito da revogação da custódia
preventiva encontram-se concretamente fundamentados nos pressupostos legais (materialidade e indícios
de autoria) e requisitos processuais (garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e
assegurar a aplicação da lei penal), na conformidade do que autoriza o art. 312, CPP, ante a prática
reiterada de estelionato pelo paciente como bem relevou o juízoa quo. Aliás, frise-se, é o que se colhe da
leitura atenta das informações relatadas pela autoridade judiciária,in verbis: ?(...) O indiciado foi preso
preventivamente sob acusação de ter violado o disposto no art. 171, caput, do Código Penal.Analisando os
autos, verifico que o indiciado é possuidor de maus antecedentes, respondendo pela prática de crimes de
mesma natureza, demonstrando assim ser cidadão em conflito com a alei e que não pretende cessar sua
atividade delitiva, bem como que adotou tais condutas como meio de vida.Assim, ante a fortes indícios de
que a liberdade atentará contra a ordem pública, urge a manutenção do encarceramento do indiciado
diante da necessidade desse resguardara segurança do meio social, evitando-se que o indiciado cometa
outros delitos, bem como resguardar a aplicação da lei penal estando presentes os requisitos ensejadores
da medida cautelar constritiva de liberdade, fumus comissi delicti e periculum libertatis.A medida cautelar
imposta se mostra adequada, necessária e razoável, pois o interesse público de cautela à segurança
pública prepondera ante o interesse individual da liberdade.Assim, conforme o art. 312, do CPP, se faz
necessário manter a custódia preventiva, a fim de evitar a possível reincidência criminosa do
acusado.Sabe-se que a garantia da ordem pública, visa, entre outras coisas, evitar a reiteração delitiva,
assim resguardando a sociedade de maiores danos (STF-2ªT, HC 84.658/PE, Rel. Ministro Joaquim
Barbosa, p. no DJU 03.06.2005, p. 00048, e no mesmo sentido ; HC 84.981/ES; HC 84.680/PA; STJ-HC
20401492743 (39034/SP).(...)De outra forma, não existe possibilidade de aplicação de medida cautelar
típica ou atípica diversa da prisão, pois se fosse imposta, seria inadequada e insuficiente, já que a
consequência imediata seria a soltura do autuado e, conforme demonstrado na fundamentação supra, este
não possui condições de voltar ao convívio social nesta fase do procedimento sem acarretar abalo
processual e à ordem pública. (CPP, arts. 282, § 6º, 310, caput, II e 319).Ante o exposto, considerando a
garantia da ordem pública e garantia da aplicação da lei penal, MANTENHO A PRISÃO PREVENTIVA do
indiciado FLÁVIO LEONARDO COSTA SANTANA, com base nos arts. 311 e 312 do Código de Processo
Penal (...)?. Analisando detidamente o caso, resta incogitável falar-se de violação aoprincípio da
presunção de culpabilidade e de execução provisória da pena, sendo imperioso ressaltar que a medida
cautelar constritiva da liberdade, suficientemente motivada, conforme destacado acima, derivou de uma
decisão consentânea ao princípio da proporcionalidade, consubstanciado nos critérios de necessidade e
adequação (inexistência de medida cautelar mais eficaz e menos gravosa para a asseguração do
processo). Interessa, nesse instante, trazer à colação osensinamentos doutrinários do jurista Gilmar
Mendes (Curso de Direito Constitucional. 4ª Edição. Editora Saraiva: p. 678-685)quanto à compatibilidade
entre a prisão cautelar e o princípio de presunção de inocência: (...). Tem sido rico o debate sobre o
significado da garantia de presunção de não-culpabilidade no direito brasileiro, entendido como princípio
que impede a outorga de consequências jurídicas sobre o investigado ou denunciado antes do trânsito em
julgado da sentença criminal. (...) No caso da prisão cautelar, tem o Tribunal enfatizado que a sua
decretação não decorre de qualquer propósito de antecipação de pena ou da execução penal, estando
jungida a pressuposto associados, fundamentalmente, à exitosa persecução criminal. (...) Tal como já
observado, o princípio da presunção de inocência não obsta a que o legislador adote determinadas
medidas de caráter cautelar, seja em relação à própria liberdade do eventual investigado ou denunciado,
seja em relação a seus bens ou pertences. (...) Fundamental no controle de eventuais conformações ou
restrições é a boa aplicação do princípio da proporcionalidade. (...). O exame acurado das decisões
supracitadas revela anecessidade e a adequação da medida restritiva atacada nesta ação
mandamental:as circunstâncias do caso concreto demonstram a ocorrência dosindícios de autoria e da
materialidade delitiva. Em outras palavras, a prisão provisória fora decretada por estarem presentes os
requisitos da tutela cautelar. Assim, existindo na decisão suficiente motivação acerca dos requisitos
doartigo 312 do Código de Processo Penalnão há que se falar em falta de justa causa para a segregação
provisória, conforme se extrai dajurisprudênciadeste Egrégio Tribunal de Justiça,a saber: HABEAS
CORPUSLIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR. (...). AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA
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ao Recurso interposto, o Ministro Luiz Fux, em decisão monocrática, reformou o acórdão recorrido e
esclareceu que o parâmetro temporal adotado pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é a data
do trânsito em julgado da última condenação e não a data da prisão do apenado. A decisão transitou em
julgado no dia 09/11/2018. Vejamos: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. EXECUÇÃO
PENAL. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ARTIGO 5º, XXXVI E XLVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
PRINCÍPIOS DOS LIMITES DA COISA JULGADA E DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA. DATA-BASE
PARA A CONCESSÃO DE NOVOS BENEFÍCIOS. TRÂNSITO EM JULGADO DA ÚLTIMA
CONDENAÇÃO. ACÓRDÃO CONTRÁRIO À JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. PRECEDENTES.
AGRAVO PROVIDO PARA, DESDE LOGO, PROVER O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Decisão: Trata-
se de agravo nos próprios autos objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário,
manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, in verbis:
?AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL ? INSURGÊNCIA MINISTERIAL ? PLEITO DE RETIFICAÇÃO DO
CÁLCULO DE PENA ? DATA-BASE PARA A PROGRESSÃO DE REGIME ? SUPERVENIENTE
CONDENAÇÃO TRANSITADA EM JULGADO ? IMPOSSIBILIDADE ? PRECEDENTES DO STJ ?
RECURSO IMPROVIDO. I ? A superveniente condenação transitada em julgado não altera a data-base
para fins de progressão de regime e livramento condicional, sendo considerada para fins de progressão, a
data em que o apenado foi preso ou a da prática da última falta grave, precedentes do STJ (HC nº
381.218/MG). II ? Contra o parecer, recurso improvido.? (Doc. 1, fl. 84) Não foram opostos embargos de
declaração. Nas razões do apelo extremo, o recorrente sustenta a preliminar de repercussão geral e, no
mérito, aponta violação ao disposto no artigo 5º, XXXVI e XLVI, da Constituição Federal. Argumenta que
?o STF possui entendimento consolidado há muito tempo no sentido de que o termo inicial de contagem
para a concessão de benefícios, no caso de superveniência de nova condenação no curso da execução
criminal, é a data do trânsito em julgado da nova condenação.? (Doc. 3, fl. 13) O Tribunal a quo negou
seguimento ao recurso extraordinário por entender que as alegações encontram óbice na Súmula 282 do
STF (doc. 3, fl. 38). É o relatório. DECIDO. O agravo merece prosperar. A jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal fixou-se no sentido de que ?a superveniência de nova condenação definitiva no curso da
execução criminal sempre altera a data-base para concessão de benefícios, ainda que o crime tenha sido
cometido antes do início de cumprimento da pena. A data do trânsito em julgado da nova condenação é o
termo inicial de contagem para concessão de benefícios, que passa a ser calculado a partir do somatório
das penas que restam a ser cumpridas.? (HC 101.023, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma,
DJe de 26/3/2010) Por oportuno, impende esclarecer que o parâmetro temporal adotado pela
jurisprudência é a data do trânsito em julgado da última condenação e não a data da prisão do apenado.
Nesse sentido, trago à colação, ainda: ?Recurso ordinário em habeas corpus. Penal. Roubo triplamente
qualificado. Não conhecimento da impetração pelo Superior Tribunal de Justiça, por ser ela substitutiva de
recurso especial. Entendimento que não se coaduna com o entendimento da Corte. Precedentes.
Execução penal. Somatória ou unificação de penas. Alteração da data-base para a concessão de
benefícios. Trânsito em julgado de última condenação. Precedentes. Recurso parcialmente provido. 1. O
Supremo Tribunal Federal não tem admitido a rejeição da impetração perante o Superior Tribunal de
Justiça a pretexto de se cuidar de substitutivo de recurso especial cabível (HC nº 115.715/CE, Primeira
Turma, Rel. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, julg. em 11/6/13). 2. Firmou-se na Turma o entendimento de que,
sobrevindo nova condenação no curso da execução penal, a contagem do prazo para a concessão de
benefícios é interrompida e passa a ter como parâmetro a pena unificada ou somada, considerando-se
como termo inicial para a contagem do período aquisitivo, a data do trânsito em julgado da última
condenação, não importando se o delito é anterior ou posterior ao início da execução penal. Precedentes.
3. Recurso a que se dá parcial provimento.? (RHC 121.849, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de
17/6/2014, grifei) ?RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. EXECUÇÃO
PENAL. SUPERVENIÊNCIA DE NOVA CONDENAÇÃO NO CURSO DA EXECUÇÃO DA PENA.
UNIFICAÇÃO DE PENAS. TRÂNSITO EM JULGADO DA ÚLTIMA CONDENAÇÃO: TERMO INICIAL DOS
PRAZOS PARA A OBTENÇÃO DE BENEFÍCIOS. RECURSO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. É
pacífica a jurisprudência deste Supremo Tribunal segundo a qual, em se tratando de unificação de penas,
como na espécie vertente, altera-se a data-base para a concessão de benefícios, sendo considerado
como termo inicial o trânsito em julgado de última condenação. Precedentes. 2. Recurso ao qual se nega
provimento.?(RHC 133.934, Rel.Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 235/2016, grifei) ?PENAS ?
UNIFICAÇÃO ? BENEFÍCIOS ? TERMO INICIAL. Havendo a unificação de penas ante o fato de o
custodiado ter cometido crime no curso de execução de título condenatório anter ior, surge novo termo
inicial para benefícios, coincidente com a data da preclusão maior da última condenação. Precedentes:
agravo regimental no recurso ordinário em habeas corpus nº 135.826/MG, relator ministro Luiz Fux,
julgado na Primeira Turma do Supremo, com acórdão publicado no Diário da Justiça eletrônico de 13 de
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junho de 2017 e habeas corpus nº 415.276/MG, relator ministro Joel Ilan Paciornik, julgado na Quinta
Turma do Superior Tribunal de Justiça, com acórdão veiculado no Diário da Justiça eletrônico de 12 de
março de 2018.? (RHC 134.122, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 13/6/2018, grifei) Ex
positis, PROVEJO o agravo e, com fundamento no disposto nos artigos 932, V, do CPC/2015 e 21, § 2º,
do RISTF, DOU PROVIMENTO ao recurso extraordinário para que seja alterada a database, para fins de
progressão de regime prisional, para a data do trânsito em julgado da condenação superveniente, qual
seja 7/10/2016. Publique-se. Brasília, 26 de setembro de 2018. Ministro Luiz Fux Relator Documento
assinado digitalmente (STF - ARE: 1154175 MS - MATO GROSSO DO SUL, Relator: Min. LUIZ FUX, Data
de Julgamento: 26/09/2018, Data de Publicação: DJe-206 28/09/2018). Isto posto, em conformidade com o
parecer ministerial,denego a ordem impetrada. É o voto. Desa. MARIA EDWIGES DE MIRANDA
LOBATORelatora Belém, 19/02/2019
pois, que a presente prisão seja convertida em preventiva. Vê-se, ainda, que nenhuma das medidas
cautelares diversas da prisão a serem aplicadas a conduzida se mostram suficientes ou adequadas, em
virtude do exposto. (...)?.Com relação ao fato da paciente ter filho menor de 12 anos, ressaltou a decisão
alhures mencionada:?(...) Da mesma forma, muito embora a autuada tenha filho menor, a substituição da
prisão preventiva por prisão domiciliar não se mostra possível, uma vez que há os autos indicativos
suficientes de prática de delito de tráfico de drogas pela autuada dentro de sua residência, pondo em
severos riscos crianças que eventualmente lá residam (...) sendo cediço que a decisão do STF referente
às mães gestantes fora no sentido de conceder proteção aos menores, com o observância do principio da
proteção integral. (...).Acrescente-se, ademais, que a autuada declarou em audiência que o seu filho seria
também cuidado por sua avó, portanto, não estaria desassistido. Registre-se, alfim, que é cediço que as
condições pessoais do custodiado, per si, não autoriza a concessão de liberdade ao ora custodiado na
espécie. (...)".A certidão de antecedentes criminais da paciente será digitalizada e encaminhada em anexo.
Quanto a conduta social e personalidade do paciente, não há elementos sólidos nos autos que as
informem.Há pedido de revogação da referida prisão preventiva (protocolo n° 2019.00194213-50),
protocolado em 21/01/2019, motivo pelo qual os autos foram encaminhados ao Ministério Público para
manifestação em 23/01/2019, ainda estando em poder daquele órgão, pelo que me resto impossibilitado
de prestar melhores informações.Por fim, informo que, nesta data, determinei que a Secretaria empreenda
diligencias urgentes junto à Autoridade Policial visando a conclusão do inquérito e remessa ao Poder
Judiciário, e tão seja recebido na secretaria desta vara especializada, será imprimida a maior celeridade
possível em sua tramitação.(..)?. Em seguida, os autos foram encaminhados ao Ministério Público de 2º
grau que apresentou manifestação de lavra do eminente Procurador de Justiça Sérgio Tibúrcio Dos Santos
Silva, que opinou pelaconcessãoda ordem. É o relatório. VOTO Inicialmente reconheço presentes os
requisitos de admissibilidade da presente ação mandamental, consequentemente, passo a apreciação do
pedido. No que tangeao pedido pararesponder ao processo em liberdade, pois possui filhos menores de
12 (doze) anos,merece guarida a pretensão da Impetrante.Conforme acima exposto, a paciente possui
requisitos pessoais favoráveis, além de comprovar ser mãe de 03 (três) criança menor de 12 (doze) anos,
cujos cuidados se mostram imprescindíveis, sendo esta dependência presumida, conforme a decisão do
Colendo Pretório Excelso. Neste sentido:FURTO QUALIFICADO EMENTA: HABEAS CORPUS COM
PEDIDO LIMINAR. E ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO
NO DECRETO PREVENTIVO. IMPROCEDÊNCIA. PRISÃO JUSTIFICADA EM LEMENTOS
CONCRETOS. PEDIDO SUBSIDIÁRIO DE APLICAÇÃO DE MEDIDAS DIVERSAS E PRISÃO
DOMICILIAR. PACIENTE MÃE DE CRIANÇA MENOR DE 12 ANOS. ART. 318 CPP. ORDEM
CONCEDIDA. DECISÃO UNÂNIME.1 - Não há que se falar em falta de fundamentação para manutenção
da constrição cautelar quando, além de provada a materialidade e presentes indícios de autoria, as
decisões que decretaram e mantiveram a custódia cautelar encontram-se consubstanciadas,
fundamentadamente, no resguardo da ordem pública ? diante da gravidade do crime e da periculosidade
revelada pelo modus operandi da paciente que, em conluio com outros agentes, foi responsável pelo
desvio de vultosas quantidades de dinheiro da empresa em que trabalhava. 2 - Com o advento da Lei
13.257/2016, passou-se a admitir a substituição da prisão preventiva por domiciliar na situação de mulher
com filho de até 12 anos de idade incompletos, nos moldes do art. 318, V, CPP.3 - Sendo a paciente
comprovadamente mãe de menina de 8 anos de idade que necessita de seus cuidados, torna-se
adequada a substituição da prisão preventiva pela domiciliar.4 - Ordem concedida para substituir a prisão
preventiva da paciente por prisão domiciliar com monitoramento, sem prejuízo da fixação de outras
medidas cautelares diversas da prisão pelo magistrado de primeiro grau, em decisão devidamente
fundamentada. (TJPA - HABEAS CORPUS 0806737-92.2018.8.14.0000 PACIENTE: MARLEIDE
RODRIGUES CARDOSO RELATOR(A): Desembargador MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE) Desta
feita, embora não despreze a gravidade do delito praticado (arts. 33 da Lei nº 11.343/06), entendo que as
circunstâncias do caso autorizam a substituição da prisão com condenação não definitiva pela prisão
domiciliar, com o intuito de preservar os cuidados da menor, o que, ao fim e ao cabo, atende a teleologia
dos artigos 227 e 229 da Constituição da República. Por todo o exposto,concedo a ordem para substituir a
prisão com condenação não definitiva pela prisão domiciliar, sem prejuízo de serem fixadas medidas
diversas de prisão que o Juízo a quo entenda oportunas. É o voto. Desa. MARIA EDWIGES DE MIRANDA
LOBATORelatora Belém, 19/02/2019
alegado, devendo a parte demonstrar, de maneira inequívoca, por meio de documentos que evidenciem a
pretensão aduzida, a existência do constrangimento ilegal suportado pelo paciente. Inviável a impetração
se não há prova pré-constituída do constrangimento sofrido pelo coacto. Precedentes do STJ.II. Ordem
não conhecida. Decisão unânime.(TJE/PA ? Proc. nº 20133020886-5 ? Câmaras Criminais Reunidas ?
Rel. Des. Rômulo José Ferreira Nunes ? Pub. DJe de 21.11.2013).À vista do exposto, ausente qualquer
ilegalidade que eventualmente autorize a concessão da ordem de ofício, não conheço dohabeas corpuspor
falta de prova pré-constituída.À Secretaria para as formalidades legais.Belém, 22 de fevereiro de
2019.Des.Leonam Gondim da Cruz JúniorRelator
esta Relatora se reservado para manifestação sobre o pedido de concessão de liminar após as
informações da autoridade tida como coatora. Ocorre que na data de 10/12/2018, o Juízo da 1ª Vara Penal
de Inquéritos Policiais de Belém/PA, informou que os autos já haviam sido distribuídos para a 8ª Vara
Criminal de Belém/PA, passando esta a ser a autoridade inquinada coatora (ID 1214082).Foi oficiado a 8ª
Vara Criminal de Belém/PA que prestasse as informações solicitadas, bem como na data de 16/01/2019, a
autoridade inquinada coatora prestou as informações (ID 1281052), nos seguintes termos:?O Paciente
juntamente com o réu ODAIR JOSÉ DE JESUS DAS CHAGAS foram denunciados pelo Ministério Público
de no dia 23/11/2018, por volta das 10h15min, com emprego de arma de fogo, com mais outros dois
indivíduos não identificados invadido a residência da víitma A.S.J., ocasião em que todos os moradores
foram rendidos e foram subtraídos diversos pertences, entre eles 20 relógios de marcas diversas e
impostadas, um cordão de ouro com pingente e três aparelhos celulares de marca iphone 7, iphone X e
Motorola, em seguida evadiram-se do local. Perante a autoridade policial ODAIR JOSÉ confessou ter
participado do assalto juntamente com FÁBIO, o ora Paciente e que este último ficou com o encargo de
vender os objetos e a policia recuperou parte da res furtiva na posse de um terceiro que havia recebido
uma sacola com pertences de Fábio e que deveria ser entregue a um indivíduo de prenome Sérgio. Odair
José foi preso em flagrante delito na data de 23.11.2018. Foi determinada a citação do Paciente?Na data
28/01/19,indeferi o pedido de liminarformulado pelo impetrante e determinei que os autos fossem a
Procuradoria de Justiça do Ministério Público Estadual para manifestação.Nesta superior instância,o
Procurador de Justiça, através de parecer da lavra do Dr. Luiz César Tavares Bibas, manifestou-se
peloconhecimentodowrit,e, no mérito, peladenegação da ordem.É o relatório VOTO VOTO Atendidos os
pressupostos de admissibilidade, sobretudo observado o art. 654 do Código de Processo
Penal,conheçodo presentemandamus.Dito isto,adianto que a ordem impetrada deve ser denegada, não
merecendo guarida as alegações da defesa, pois as decisões judiciais proferidas estão em consonância
com o arcabouço jurídico pátrio, inexistindo ilegalidade a ser sanada na via estreita do presente
writ.Conforme enunciado anteriormente, trata-se deHabeas Corpuspreventivo,com pedido de liminar,
impetrado em favor deFÁBIO HENRIQUE CARVALHO SANTOS,com intuito de perigo iminente no seu
direito de liberdade, haja vista o mesmo estar sendo acusado de participação em crime de roubo
qualificado e associação criminosa, onde o mesmo seria partícipe na ação delituosa.De acordo com o
impetrante, a acusação que paira contra sua pessoa são infundadas e sua temerosidade é de que venha a
ser preso a qualquer momento, mesmo alegando não ter concorrido para o evento criminoso.Examinando
atentamente os autos e as peças que o instruem, assim como as informações prestadas pela autoridade
inquinada coatora, observo muito embora haja nas informações da autoridade inquinada coatora de que o
Ministério Público denunciou-o, juntamente com o réu ODAIR JOSÉ DE JESUS DAS CHAGAS de crime
previsto no art. 157, § 2º, incisos I, c/c art. 288, Parágrafo Único, ambos do CP, observa-se que somente
foi mantida a prisão preventiva do réu ODAIR JOSÉ DE JESUS DAS CHAGAS, sendo que o Paciente se
encontra em liberdade.Logo, entendo que o remédio heroico se dá quando o paciente está sofrendo ou na
iminência de sofrer coação ilegal em seu direito de liberdade por autoridade competente, o que não se
observa no presente caso.Não basta somente que haja um temor por meras suposições e conjecturas, é
necessário como dito alhures, que tenha a presença de uma grave ameaça e um iminente perigo na
liberdade do Paciente.É o entendimento do STJ:HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO
PRÓPRIO. NÃO CABIMENTO.OCULTAÇÃO DE CADÁVER E COAÇÃO NO CURSO DO PROCESSO.
PRISÃO PREVENTIVA. SUPERVENIÊNCIA DA SENTENÇA DE PRONÚNCIA. SEGREGAÇÃO
MANTIDA PELOS MESMOS FUNDAMENTOS. AUSÊNCIA DE PREJUDICIALIDADE.REVOGAÇÃO DA
CUSTÓDIA. IMPOSSIBILIDADE. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA.PERICULOSIDADE DO AGENTE.
GRAVIDADE CONCRETA DOS DELITOS. MODUS OPERANDI. AMEAÇA DE MORTE A TESTEMUNHA.
GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA E CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL. CONDIÇÕES
PESSOAIS FAVORÁVEIS.IRRELEVÂNCIA. EXCESSO DE PRAZO NA FORMAÇÃO DA CULPA.
SUPERVENIÊNCIA DA PROLAÇÃO DA SENTENÇA DE PRONÚNCIA. SÚMULA N. 21 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA - STJ. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO.HABEAS CORPUS
NÃO CONHECIDO.1. Diante da hipótese de habeas corpus substitutivo de recurso próprio, a impetração
sequer deveria ser conhecida, segundo orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal - STF e do
próprio Superior Tribunal de Justiça - STJ. Contudo, considerando as alegações expostas na inicial,
razoável a análise do feito para verificar a existência de eventual constrangimento ilegal que justifique a
concessão da ordem de ofício.2. Esta Quinta Turma possui firme entendimento no sentido de que a
manutenção da custódia cautelar por ocasião de sentença de pronúncia superveniente não possui o
condão de tornar prejudicado o habeas corpus em que se busca sua revogação, quando não agregados
novos e diversos fundamentos ao decreto prisional primitivo.3. O Superior Tribunal de Justiça - STJ firmou
posicionamento segundo o qual, considerando a natureza excepcional da prisão preventiva, somente se
201
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
DOS SANTOS Participação: ADVOGADO Nome: NILTON FERNANDO GALVAO DE LIMAOAB: 6905
Participação: AUTORIDADE COATORA Nome: JUIZO DE DIREITO DA VARA UNICA DA COMARCA DE
SÃO FELIX DO XINGU/PATRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ HABEAS CORPUS
CRIMINAL (307) - 0809929-33.2018.8.14.0000PACIENTE: WILLAMY PEREIRA DOS
SANTOSAUTORIDADE COATORA: JUIZO DE DIREITO DA VARA UNICA DA COMARCA DE SÃO
FELIX DO XINGU/PARELATOR(A):Desembargadora ROSI MARIA GOMES DE FARIAS EMENTA
HABEAS CORPUSLIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR. PRISÃO PREVENTIVA. ARTIGO 33 DA
LEI 11.343/06 (TRÁFICO DE ENTORPECENTES). 1. DA AUSÊNCIA DE JUSTA
CAUSA.DESPROVIMENTO. INOCORRÊNCIA. (...)PARA A DECRETAÇÃO OU MANUTENÇÃO DA
PRISÃO PREVENTIVA, COMO SABIDOÉINDISPENSÁVEL A DEMONSTRAÇÃO DA PROVA DA
EXISTÊNCIA DO CRIME (MATERIALIDADE), ALÉM DOS INDÍCIOS SUFICIENTES DA AUTORIA OU DE
PARTICIPAÇÃO NA INFRAÇÃO TUDO CONFORME ARTIGO 312 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL.
ALÉM DOS ELEMENTOS ACIMA APONTADOSÉNECESSÁRIO QUE SE APRESENTE O FATOR RISCO
A JUSTIFICAR A IMPRESCINDIBILIDADE DA MEDIDA, A SABER, A GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA,
DA ORDEM ECONÔMICA, POR CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL, OU PARA ASSEGURAR
A APLICAÇÃO DA LEI PENAL. PRESENTE SE ENCONTRA O FUMUS DELICTI COMISSI. O
PERICULUM LIBERTATIS, EMERGE CRISTALINO PELA NECESSIDADE DA GARANTIA DA ORDEM
PÚBLICA, EXPRESSÃO DE TRANQUILIDADE E PAZ NO MEIO SOCIAL, OBJETIVANDO QUE O
AGENTE NÃO REITERE NA AÇÃO CRIMINOSA (..). 2. DAS CONDIÇÕES PESSOAIS
FAVORÁVEIS.IRRELEVÂNCIA. AS CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS, TAIS COMO RÉU
PRIMÁRIO, BONS ANTECEDENTES, POSSUIR RESIDÊNCIA FIXA, SER PESSOA CONHECIDA E
EXERCER ATIVIDADE LABORAL LÍCITA, ENTRE OUTRAS, NÃO TÊM O CONDÃO DE, POR SI SÓS,
GARANTIREM AO PACIENTE A REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, SE HÁNOS AUTOS
ELEMENTOS HÁBEIS A RECOMENDAR A MANUTENÇÃO DE SUA CUSTÓDIA CAUTELAR, COMOÉO
CASO DA PRESENTE HIPÓTESE. APLICAÇÃO DA SÚMULA 8 TJ/PA. PRECEDENTES. HABEAS
CORPUSCONHECIDO. ORDEM DENEGADA. ACÓRDÃO Vistos etc... Acordam, os Excelentíssimos
Senhores Desembargadores, por unanimidade, peloconhecimentodowritimpetrado e, no mérito,
peladenegaçãoda ordem nos termos do voto da Relatora. Sala das Sessões do Tribunal de Justiça do
Pará, aos dezoito dias do mês de fevereiro de dois mil e dezenove. Julgamento presidido pelo
Excelentíssimo SenhorDesembargador Vânia Bitar. RELATÓRIO RELATÓRIO Trata-se da ordem
deHabeas CorpusLiberatório com Pedido de Liminar, impetrado em favor deWILLAMY PEREIRA DOS
SANTOS,em face de ato do Juízo da VaraÚnica de São Felix do Xingu/PA, nos autos da Ação Penal
nº0011413-54.2018.8.14.0053. Asseverou que o paciente foi preso em flagrante delito, no dia 15/12/2018,
em sua residência, pela prática do crime de tráfico de drogas, após operação policial deflagrada por
denúncia anônima. Na ocasião, foram supostamente encontrados pelos policiais 71 (setenta e um)
invólucros de crack, pesando 35 gramas, 03 (três) embalagens para embalar droga, 04 (quatro) depósitos
em nome do paciente e o valor de R$ 2.943,00 (dois mil, novecentos e quarenta e três reais).
ConduzidoàDelegacia, o paciente alegou não ser usuário de crack, que as substâncias assemelhadas ao
crack encontradas em sua residência são suas, e que comercializava cada porção pelo valor de R$ 20,00
(vinte reais) e que, no dia 15/12/2018 estava comercializando as substâncias em sua residência quando foi
abordado pelos policiais civis. A audiência de custódia ocorreu no dia 19/12/18, foi reconhecido pelo
MM.Juiz de Direito que a prisão em flagrante fora legal, estando claro o estado de flagrância, conforme
dispõe o art. 302, I do CPP, deliberando por cognição sumária o não vislumbramento de vícios formais ou
materiais que ensejasse a nulidade do ato flagrancial. Asseverou o impetrante que foi severamente
espancado e levado a depol por policiais civis juntamente com a autoridade policial, defende que resta
claro e evidente que a prisão foi ilegal, pois este sofreu coação física, moral e psicológica por parte da
autoridade policial, uma vez que o mesmo não se enquadra em nenhuma das hipóteses do art. 302, do
CPP, pois teve que declarar mediante constrangimento ilegal de que a droga encontrada seria para
comercialização.Sustentou, ainda, que o paciente ostenta condições pessoais favoráveis, como residência
fixa, ocupação lícita e primariedade. Denegadaa liminar pela Desembargadora Plantonista Nadja Nara
Cobra Meda (fls. 02/03), dos autos, solicitando informaçõesàautoridade inquinada coatora. Em sede
deinformações, o juízo de primeiro grau esclareceuo que segue: - Trata-se de auto de prisão em flagrante,
pelo crime tipificado no art. 33 da Lei nº11.343/2006. Constam nas peças enviadas ao juízo que no dia
14/12/2018, o paciente foi preso com 71 invólucros de entorpecente cloridrato de cocaína crack, pesando
no total 35 gramas, a quantia de R$ 2.943,00 e três embalagens características para embalar drogas. -
Homologação da Prisão em flagrante e conversão em preventiva: 19/12/2018. - O paciente requereu
liberdade provisória em 19/12/2018, não havendo decisão atéo presente momento. - A conclusão do
inquérito ainda não encaminhada ao juízo, contudo dentro do prazo legal, conforme art.51 da Lei
203
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
nº11.343/2006. - Dos autos constam auto de apreensão e laudo de constatação provisória de substância
entorpecente. NestaSuperior Instância, a Procuradoria de Justiça do Ministério Público Estadual, por
intermédio do Dr. Cláudio Bezerra de Melo, se manifestou peloconhecimento,do mandado, porém, no
mérito, pela suadenegaçãoda ordem. Éo relatório. VOTO V O T O O foco da impetração reside na
alegação deque resta configurado o constrangimento ilegalàliberdade do ora paciente, porausência de
justa causa e fundamentação no decreto preventivo e sua manutenção, pois o paciente possui condições
pessoais favoráveisàconcessão de sua liberdade provisória. Além disso o impetrante alega que o paciente
sofreu coação de sua liberdade por um flagrante preparado e forjado, e ainda que sua confissão ocorreu
sob coação física, moral e psicológica por parte da Autoridade Policial. Adianto desde logo
queconheçoedenego a ordem impetrada,uma vez que não vislumbro qualquer coação ilegal a ser
reparada. 1. DA AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. No que tangeàalegação de ausência justa causa e
fundamentação para alicerçar ospressupostos autorizadores da prisão preventiva,verifico que o
magistrado de primeiro graudecretou a prisão preventiva do ora pacientefundamentando concretamente a
necessidade da segregação cautelar nos requisitos previstos noartigo 312 do Código de Processo Penal,
sendo esclarecedor transcrever trecho da decisão: (...) para a decretação ou manutenção da prisão
preventiva, como sabidoéindispensável a demonstração da prova da existência do crime (materialidade),
além dos indícios suficientes da autoria ou de participação na infração tudo conforme artigo 312 do Código
de Processo Penal. Além dos elementos acima apontadosénecessário que se apresente o fator risco a
justificar a imprescindibilidade da medida, a saber, a garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal. Presente se encontra o
fumus delicti comissi. O periculum libertatis, emerge cristalino pela necessidade da garantia da ordem
pública, expressão de tranquilidade e paz no meio social, objetivando que o agente não reitere na ação
criminosa. Por fim, entendo ser inviável a adoção das novas medidas cautelares diversas da prisão
previstas em lei, uma vez que no caso concreto, nenhuma delas se mostram adequada ou suficiente para
impedir a virtual reiteração criminosa que se pretende evitar com aplicação da custódia processual. (...)?.
Analisando detidamente odecisumque decretou a prisão preventiva, nota-se a propriedade do decreto
constritivo, devidamente motivado, conforme destacado acima, evidenciada pela da demonstração
dopericulum in mora,tendo em vista que o paciente comercializava entorpecente em sua própria
residência, ocasionando a preensão pelos policiais militares de 71 invólucros de substânciaentorpecente
cloridrato de cocaína -?crack?, pesando no total 35 gramas e mais o montante de R$ 2.943,00. O exame
acurado da decisão supracitada revela anecessidade e a adequação da medida restritiva atacada nesta
ação mandamental:as circunstâncias do caso concreto demonstram a ocorrência dosindícios de autoria e
da materialidade delitiva, bem como anecessidade de garantir a ordem pública. Em outras palavras, a
prisão provisória fora decretada por estarem presentes os requisitos da tutela cautelar. Assim, existindo na
decisão suficiente motivação acerca dos requisitos doartigo 312 do Código de Processo Penalnão háque
se falar em falta de justa causa e fundamentação para a segregação provisória, conforme se extrai
dajurisprudênciadeste Egrégio Tribunal de Justiça,a saber: HABEAS CORPUSLIBERATÓRIO COM
PEDIDO DE LIMINAR. (...). AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA NA DECISÃO QUE DECRETOU
A PRISÃO PREVENTIVA - PRESENÇA DOS REQUISITOS AUTORIZADORES DA CUSTÓDIA
CAUTELAR - CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CARACTERIZADO. (...). ORDEM CONHECIDA E
DENEGADA - UNANIMIDADE.1 - Não configura constrangimento ilegal a prisão cautelar que atende aos
requisitos autorizadoresínsitos no art. 312, do CPP, notadamente a necessidade de acautelamento da
ordem pública e da instrução criminal; 2 - Presentes a materialidade do delito e indícios de autoria, bem
como as circunstâncias ensejadoras da custódia cautelar, quais sejam, a garantia da ordem pública,
conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da sanção penal futura, não háque se
falar em constrangimento ilegal;3?(...).(TJ/PA, Acórdão Nº164.320, Des. Rel. Leonam Gondim da Cruz
Júnior, Publicação: 13/09/2016). GRIFEI. HABEAS CORPUSLIBERATÓRIO. ARTIGO 157,§2º, I E II C DO
CÓDIGO PENAL. (...).2.Ausência de fundamentação para a manutenção da prisão preventiva.
Inocorrência.A decisão foi devidamente fundamentada na garantia da ordem pública e na aplicação da lei
penal, demonstrados nos indícios de autoria e materialidade do paciente, bem como por tratar-se de crime
de elevada gravidade (roubo qualificado), praticado com uso de arma de fogo e em concurso de agentes.
Ressalta ainda, que no caso em questão, não háelementos nos autos que façam concluir que em
liberdade o denunciado não se evada do distrito da culpa, pois o mesmo após o cometimento do crime
tentou empreender fuga, tendo sido impedido por populares. Assim, diante do exame acurado do decreto
preventivo e aliando-se a presença de circunstâncias autorizadoras da medida conforme o artigo 312 do
CPP. (...). Ordem denegada.(TJ/PA, Acórdão Nº164.311, Desa. Rela. Maria Edwiges de Miranda Lobato,
Publicação: 13/09/2016). GRIFEI. Por conseguinte, no caso em tela, conforme salientado alhures, a prisão
cautelar fora decretada por existirem indícios de autoria e prova da materialidade delitiva, bem como em
204
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
face da necessidade de garantir a ordem pública, em consonância com os vetores erigidos noartigo 312 do
Código de Processo Penal, principalmente pelo fato do ora paciente ter sido preso em flagrante portando
71 invólucros de substancia entorpecente vulgarmente conhecida como CRACK, três embalagens para
embalar drogas,04 (quatro) depósitos em nome do pacientee o montante de R$2.943,00,00 (dois mil,
novecentos e quarenta e três reais), conforme Auto de Constatação Provisória de Substância da Natureza
Tóxica -?CRACK|?(fl. 07). Assim,não acolhoàalegação ora em comento. 2. DAS CONDIÇÕES PESSOAIS
FAVORÁVEIS. Por fim, no que tangeàalegação de que o paciente preenche os requisitos
favoráveisàconcessão da ordemuma vez que reúne condições pessoais favoráveis possuindo residência
fixa, ser pessoa conhecida, possuir atividade laboral lícita, não oferece risco nenhumàordem pública ou
econômica, e sequeràinstrução que seráinicializada, tais pressupostos, não têm o condão de por si
garantir a liberdade provisória, se hános autos elementos hábeis a recomendar a manutenção custódia
cautelar.Écerto, inclusive, que a prisão como forma de assegurar a segurança da ação penal, não afronta,
por si só, o princípio do estado de inocência. Nesse sentido,jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:
(...).CONDIÇÕESPESSOAISFAVORÁVEIS.IRRELEVÂNCIA.1. (...). 5. As condições pessoais favoráveis
do acusado não têm o condão de, por si sós, inviabilizar a decretação da custódia preventiva, se existem
outros elementos nos autos que respaldam a medida constritiva. 6. Habeas corpus não
conhecido.(HABEAS CORPUSNº314.893,MIN. GURGEL DE FARIA, PUBLICAÇÃO: 04/06/2015). No
mesmo sentido, entendimentodessa Egrégia Corte de Justiça: HABEAS CORPUSLIBERATÓRIO. (...).
PREDICATIVOS PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVANTE. (SÚMULA Nº08 DO TJPA). ORDEM
DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME.1. (...). 4. Eventuais condições pessoais de cunho subjetivo, por si sós,
não têm o condão de conferir ao coacto o direito de responder em liberdade (Súmula nº08/TJPA). 5.Ordem
denegada, por unanimidade.(TJ/PA, Acórdão Nº168.638, Des. Rel. Milton Nobre, Publicação: 06/12/16).
Ademais, esteEgrégio Tribunal de Justiça,publicou em 16 de outubro de 2012, aSúmula Nº8,contendo o
seguinte teor: As qualidades pessoais são irrelevantes para a concessão da ordem de habeas corpus,
mormente quando estiverem presentes os requisitos da prisão preventiva. Assim,não acolhoàalegação ora
em comento. Diante do exposto, pornão observar, na hipótese, a existência de qualquer ilegalidade a ser
sanada na via estreita dowrit,denego a ordem dehabeas corpusimpetrada. Écomo voto. Belém, 19/02/2019
da ordem pública, em razão da quantidade de droga apreendida (1,726 kg de maconha), não havendo
ilegalidade a ser suprida por esta Corte.3. Concretamente demonstrada pelas instâncias ordinárias a
necessidade da prisão preventiva, em razão da expressiva quantidade de droga, não se afigura suficiente
a fixação de medidas cautelares alternativas.4. Ordem denegada.(HC 471.528/SP, Rel. Ministro
SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 04/12/2018). Daconveniência
para a instrução criminal, é entendimento de nossa corte que o réu em liberdade poderá influenciar no
ânimo das testemunhas. É o que explicita o aresto colacionado: EMENTA: HABEAS CORPUS COM
PEDIDO DE LIMINAR. PRISÃO CAUTELAR. ESTUPRO DE VULNERÁVEL. ALEGADA AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA DA DECISÃO QUE DECRETOU A PRISÃO PREVENTIVA. DECRETO
CAUTELAR DEVIDAMENTE JUSTIFICADO. PERICULOSIDADE DO PACIENTE REVELADA PELA
GRAVIDADE CONCRETA DO DELITO QUE REFLETE A NECESSIDADE DE GARANTIA DA ORDEM
PÚBLICA E CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO PROCESSUAL. RISCO DE REITERAÇÃO DELITIVA.
INEFICÁCIA DA APLICAÇÃO DE MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. IRRELEVÂNCIA
DAS CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. APLICAÇÃO DA SÚMULA 08/TJPA.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. ORDEM DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME. 1. Não
há que se falar em revogação da prisão preventiva quando o magistrado a quo, a quem incumbe a análise
detalhada dos fatos, entendeu, com base nos elementos de provas disponíveis, estarem demonstrados
indícios suficientes de autoria e da materialidade delitiva, requisitos indispensáveis ao decreto da prisão
preventiva, assim como quando demonstrada a gravidade concreta do delito, a revelar a acentuada
periculosidade do coacto e elevada reprovabilidade da conduta e suas devastadoras consequências,
evidenciadas pelo modus operandi utilizado, contra menores, de forma reiterada e abusando da confiança
das famílias das vítimas, tendo se utilizado da condição de preceptor religioso das menores para a prática
do crime. Revelando-se imprescindível, também, pela conveniência da instrução criminal, uma vez que
conforme enfatizado pelo magistrado a quo, o acusado, em liberdade, poderá influenciar no ânimo das
vítimas sendo, portanto, medida que se impõe. Não se pode olvidar, ainda, a evidente possibilidade de
reiteração criminosa 2. Mostram-se insuficientes a aplicação das medidas cautelares alternativas ao
cárcere, previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal. 3. As qualidades pessoais são irrelevantes
quando estiverem presentes os requisitos da prisão preventiva, conforme dispõe a Súmula nº 08 do TJ/PA.
4. Ordem parcialmente conhecida e, nesta parte, denegada. Decisão unânime. (2017.04276520-59,
181.340, Rel. ROMULO JOSE FERREIRA NUNES, Órgão Julgador SEÇÃO DE DIREITO PENAL, Julgado
em 2017-10-02, Publicadoem 2017-10-05). Dagarantia da aplicação da lei penal.Sobre a garantia da
aplicação da lei penalNUCCI (2011, p. 66) busca exemplificar algumas hipóteses que poderiam demandar
a incidência da detenção cautelar:?a) sumir logo após a prática do crime, sem retornar, nem dar o seu
paradeiro; b) dispor de seus bens e desligar-se de seu emprego; c) despedir-se de familiares e amigos,
buscando a transferência de valores ou bens a outro Estado ou ao exterior; d) viajar a local ignorado, sem
dar qualquer satisfação do seu paradeiro, ao juiz do feito, por tempo duradouro; e) ocultar sua residência e
manter-se em lugar inatingível pela Justiça.? (NUCCI, Guilherme de Souza. Prisão e Liberdade: as
reformas processuais penais introduzidas pela Lei 12.403, de 4 de maio de 2011. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2011) Junto jurisprudência atual de nossa Corte: RECURSO EM SENTIDO
ESTRITO. SENTENÇA DE PRONÚNCIA - ARTIGO 121, §2º, II CÓDIGO PENAL. HOMICÍDIO
QUALIFICADO. PROVA DA MATERIALIDADE E INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA. PRISÃO
PREVENTIVA MANTIDA (ART. 312 do CPP). RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. Verifica-se que
estão presentes os indícios de autoria e materialidade necessários para a pronúncia do recorrente. O
laudo necroscópico, constante às fls. 33-34, indicam que ficou constatado que a vítima Hermes José de
Oliveira foi morta a pauladas. (materialidade). Quanto à autoria do crime, constata-se que há indícios
suficientes da participação do recorrente na prática do crime de homicídio qualificado, conforme
depoimento da testemunha Diocesano Barbosa Lima (policial militar - condutor) ? fls. 23-mídia. Sabe-se
que a análise da prova, in casu, configura mero juízo de admissibilidade da acusação, a não exigir certeza
das imputações, bastando verificar a existência de elementos capazes de gerar uma dúvida razoável, que
sustente a competência constitucional do Tribunal do Júri para julgar o feito. Assim, à vista das provas
examinadas, verifica-se que há indícios suficientes de que, em tese, o recorrente José Domingos Nogueira
da Silva tenha praticado o delito narrado na denúncia com a ajuda do menor A.P.C. Além disso, em suas
razões recursais, o réu restringe-se a negar, genericamente, a autoria delitiva, deixando de apresentar
fundamentos concretos capazes de reformar a sentença de pronúncia. No caso, há indícios suficientes de
autoria e prova da materialidade, a preencher os requisitos do artigo 413 do Código de Processo Penal
para pronunciar o acusado. (precedentes). Desta forma, comungo dos fundamentos constantes na decisão
de pronúncia, para que não seja subtraída a apreciação da causa pelo Conselho de Sentença, Juiz natural
dos crimes dolosos contra a vida, uma vez que nesta fase prevalece o princípio in dúbio pro societate
208
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
sobre o do in dúbio pro reo. DO PEDIDO DE REVOGAÇÃO DO DECRETO PRISIONAL. Não assiste
razão os argumentos mencionados pela defesa, uma vez que o decreto prisional foi muito bem
fundamentado, não havendo qualquer equívoco na fundamentação jurídica do juízo a quo. Assim, não
resta configurada a hipótese de falta de fundamentação para a manutenção da prisão, pois, repita-se, os
motivos estão elencados na sentença de pronúncia, onde o magistrado a quo entendeu necessário manter
a medida cautelar em consonância à garantia da ordem pública e aplicação da lei penal, na tentativa de
resguardá-la dapericulosidade ostentada pelo recorrente e na possibilidade de fuga. Além disso, o referido
entendimento encontra-se em consonância a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça consolidou-se
no sentido de que é válido o decreto da prisão preventiva fundamentado na fuga do recorrente do distrito
da culpa, notadamente quando constatado que ele pretende furtar-se à aplicação da lei, impossibilitando,
inclusive, o andamento do processo. Ressalto também que as condições pessoais favoráveis, tais como
primariedade, bons antecedentes, ocupação lícita e residência fixa, não têm o condão de, por si sós,
desconstituir a custódia antecipada, caso estejam presentes outros requisitos de ordem objetiva e
subjetiva que autorizem a decretação da medida extrema (art. 312 do CPB). Dispositivo. Ante o exposto,
em consonância com o parecer da Procuradoria de Justiça, conheço do presente recurso e lhe nego
provimento, confirmando a decisão de pronúncia na sua integralidade. Vistos etc. Acordam os
Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da Turma Julgadora da 3ª Turma de Direito
Penal, por unanimidade de votos, CONHECER DO RECURSO E NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos
do voto do Relator. Sala das Sessões do Tribunal de Justiça do Pará. Julgamento presidido pelo
Excelentíssimo Senhor Desembargador Leonam Gondim da Cruz Junior. (2018.02803266-64, 193.364,
Rel. MAIRTON MARQUES CARNEIRO, Órgão Julgador 3ª TURMA DE DIREITO PENAL, Julgado em
2018-07-12, Publicado em 2018-07-13).Negritei e grifei O STF tem posicionamento sobre a matéria,
conforme aresto: PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO
ORDINÁRIO.INADEQUAÇÃO. HOMICÍDIO QUALIFICADO TENTADO. EXCESSO DE PRAZO NA
INSTRUÇÃO CRIMINAL. RÉU PRONUNCIADO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 21/STJ.PRISÃO
PREVENTIVA. GARANTIA DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL. PACIENTE QUE PERMANECEU
FORAGIDO POR MAIS DE UM ANO APÓS A DATA DO DECRETO PREVENTIVO.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CARACTERIZADO. WRIT NÃO CONHECIDO.1. Esta Corte e o
Supremo Tribunal Federal pacificaram orientação no sentido de que não cabe habeas corpus substitutivo
do recurso legalmente previsto para a hipótese, impondo-se o não conhecimento da impetração, salvo
quando constatada a existência de flagrante ilegalidade no ato judicial impugnado. 2. Segundo
entendimento consolidado nos Tribunais Superiores, a análise do excesso de prazo na instrução criminal
será feita à luz do princípio da razoabilidade e da proporcionalidade, devendo ser aferidas as
particularidades do caso concreto, a atuação das partes e a forma de condução do feito pelo Estado-juiz.
Dessa forma, a mera extrapolação dos prazos processuais legalmente previstos não acarreta
automaticamente o relaxamento da segregação cautelar do acusado. 3. Hipótese em que, apesar de o
paciente encontrar-se segregado há mais de um ano (12/9/2017), o feito observou seu transcurso regular,
uma vez certificada a fuga do réu do distrito da culpa por mais de um ano e meio, além da demora do
acusado para apresentação da sua defesa prévia, protocolada apenas em 3/9/2018.4. Ademais, extrai-se
das informações apresentadas pelo Juízo de origem, que o paciente foi pronunciado em 31/10/2018. Tem-
se, portanto, o caso de incidência da Súmula 21 desta Corte Superior, segundo a qual: "pronunciado o réu,
fica superada a alegação do constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo na instrução." 5. Nos
termos do art. 312 do Código de Processo Penal, havendo prova da existência do crime e indícios
suficientes de autoria, a prisão preventiva poderá ser decretada para garantia da ordem pública, da ordem
econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal.6. In casu,
verifica-se que a custódia provisória está adequadamente motivada em elementos extraídos dos autos,
que demonstram a necessidade de se assegurar a aplicação da lei penal, uma vez que a prisão preventiva
foi decretada em 08/04/2016 mas apenas houve o cumprimento do mandado de prisão em 12/09/2017.
Nesse contexto, é válida a prisão cautelar decretada com o fim de resguardar a aplicação da lei penal,
haja vista a fuga do paciente do distrito da culpa.7. As condições pessoais favoráveis não têm o condão
de, por si só, garantir a liberdade ao acusado, quando há, nos autos, elementos hábeis que autorizam a
manutenção da medida extrema nos termos do art. 312 do CPP.8. "Demonstrada a necessidade concreta
da custódia provisória, a bem do resguardo da ordem pública, as medidas cautelares alternativas à prisão,
introduzidas pela Lei n. 12.403/2011, não se mostram suficientes e adequadas à prevenção e à repressão
do crime" (HC 261.128/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em
23/4/2013, DJe 29/4/2013).9. Habeas corpus não conhecido.(HC 477.113/SP, Rel. Ministro RIBEIRO
DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 13/12/2018, DJe 19/12/2018).Negritei. Em seguida passo a
análise da tese levantada pela Defesa dos Pacientes quanto:2 -alegaçÃO de excesso de prazo PARA
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devendo o constrangimento ser reconhecido como ilegal somente quando o retardo ou a morosidade
sejam injustificados e possam ser atribuídos ao Judiciário.7. Na espécie, as particularidades do caso e o
fato de tratar-se de ação penal em que se apura a ocorrência de crime dotado de especial gravidade -
roubo duplamente majorado -, praticado por 7 (sete) agentes, com procuradores diferentes, são
circunstâncias que certamente exigem que se utilize maior tempo até se chegar à solução final da causa.8.
Assim, ainda que, isoladamente, algum dos atos judiciais eventualmente tenha tido solução retardada,
forçoso reconhecer que o conjunto dos atos praticados denotam a regular tramitação do feito, não
havendo notícias recentes de que esteja ocorrendo morosidade ou retardo excessivo na implementação
das fases processuais, tampouco desídia ou inércia na prestação jurisdicional, que se aproxima à
conclusão, uma vez que os autos encontram-se conclusos com Desembargador Relator.9. Habeas corpus
não conhecido, com recomendação ao Tribunal de origem para que imprima celeridade no julgamento do
recurso de Apelação.(HC 451.766/SP, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em
02/08/2018, DJe 09/08/2018).Ademais, o excesso de prazo por si só não é suficiente para eliminar
opericulum libertatisda fundamentação da decisão que segregou a liberdade do ora paciente, pois os
prazos não devem ser analisados de forma absoluta nem aritmética. Colacionamos ainda jurisprudência
do STJ: PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS SUCEDÂNEO DERECURSO
APROPRIADO.TENTATIVA DE FEMINICÍDIO E LESÃO CORPORAL. EXCESSO DE PRAZO NA
INSTRUÇÃO CRIMINAL. NECESSIDADE DE EXPEDIÇÃO DE VÁRIAS CARTAS PRECATÓRIAS.
RAZOABILIDADE. PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA NA DECISÃO DE PRONÚNCIA. GARANTIA DA
ORDEM PÚBLICA. PERICULOSIDADE DO AGENTE.MODUS OPERANDI E REITERAÇÃO DELITIVA.
MOTIVAÇÃO IDÔNEA.CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CARACTERIZADO. WRIT NÃO
CONHECIDO.1. Esta Corte e o Supremo Tribunal Federal pacificaram orientação no sentido de que não
cabe habeas corpus substitutivo do recurso legalmente previsto para a hipótese, impondo-se o não
conhecimento da impetração, salvo quando constatada a existência de flagrante ilegalidade no ato judicial
impugnado.2. Segundo entendimento consolidado nos Tribunais Superiores, a análise do excesso de
prazo na instrução criminal será feita à luz do princípio da razoabilidade e da proporcionalidade, devendo
ser considerada as particularidades do caso concreto e a forma de condução do feito pelo Estado-juiz.
Dessa forma, a mera extrapolação dos prazos processuais legalmente previstos não acarreta
automaticamente o relaxamento da segregação cautelar do acusado.3. Hipótese em que, os crimes de
homicídio qualificado e lesão corporal foram supostamente cometidos pelo paciente em 14/7/2017 e a
denúncia recebida em 25/8/2017. Em 2/10/2017 foi apresentada resposta à acusação e indeferido pedido
de revogação da custódia preventiva. Na data de 8/11/2017 foi realizada audiência de instrução e
julgamento e houve a expedição de carta precatória para ouvida da vítima e de uma testemunha de
acusação. Em 12/4/2018 foi novamente indeferido o pedido de liberdade provisória, em 16/4/2018 uma
das precatórias retornou ao juízo deprecante cumprida positivamente e, diante do não cumprimento
integral da outra, foi determinada a expedição de uma nova carta precatória em 26/6/2018 para ouvida da
vítima e da testemunha faltante.4. Embora o paciente esteja cautelarmente segregado há
aproximadamente um ano e meio, o processo segue seu trâmite regular, uma vez consideradas as
peculiaridades da causa, principalmente diante da necessidade de expedição de várias cartas precatórias
para a ouvida de vítimas e testemunhas. Destarte, não se identifica, por ora, manifesto constrangimento
ilegal imposto ao paciente passível de ser reparado por este Superior Tribunal, em razão do suposto
excesso de prazo na custódia provisória.5. Segundo reiterada jurisprudência desta Corte, a periculosidade
do agente, evidenciada no modus operandi do delito e na comprovada reiteração delitiva, é fundamento
idôneo para justificar o encarceramento cautelar, tendo como fim o resguardo da ordem pública.
Precedentes.6. In casu, observa-se que a custódia provisória cautelar foi decretada, em decisão
suficientemente motivada, tendo em vista a gravidade concreta da conduta delitiva e os antecedentes
registrados pelo paciente, que evidenciam sua periculosidade ao meio social. Segundo se verifica, o
paciente é acusado de ter desferido golpes de faca em sua companheira e agredido a filha da vítima, que
tentava impedir o delito. O crime teria sido motivado por desconfianças do paciente de que estaria sendo
traído pela vítima.7. "Demonstrada a necessidade concreta da custódia provisória, a bem do resguardo da
ordem pública, as medidas cautelares alternativas à prisão, introduzidas pela Lei n. 12.403/2011, não se
mostram suficientes e adequadas à prevenção e à repressão do crime" (HC 261.128/SP, Rel. Ministro
MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em 23/4/2013, DJe 29/4/2013).8. Habeas corpus
não conhecido.(HC 464.804/SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em
27/11/2018, DJe 03/12/2018). O Ministério Público de 2º Grau, através do Procurador de Justiça Criminal,
Dr. Francisco Barbosa de Oliveira, se manifestou nos seguintes termos:(...)Diante disso requer, em
síntese, que lhe sejaconcedido o direto de aguardar em liberdade o julgamento de seu apeloou, senão,
quelhe sejam aplicadas medidas cautelares diversas da prisão(art. 319, do CPP), isso tudo baseado na
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cabível, a despeito da concessão de prisão domiciliar ao acusado pelo juízo singular. Isso porque o
eventual acolhimento do pedido principal, qual seja a liberdade do paciente, lhe é mais favorável, pois
afastaria todas limitações ainda hoje existentes para o exercício do seu direito de ir e vir. Precedentes.2.
Conforme relatado, o Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Conceição do Araguaia decretou a prisão
preventiva do paciente, em 06/03/2018 e, no mesmo ato, determinou a redistribuição dos autos ao Juízo
da 2ª Vara Criminal daquela Comarca, por ser o competente para processar e julgar os delitos dolosos
contra a vida.3. Não há que se falar em nulidade do decreto por incompetência do juízo que impôs a
custódia, tendo em vista que o ato praticado antes do reconhecimento da incompetência, qual seja a
conversão da prisão em flagrante em preventiva, é válido vez que foi devidamente fundamentado, sendo,
inclusive, ratificado, logo após, pelo juízo competente, conforme se observa: a denúncia foi oferecida em
28/03/2018, requerendo a pronúncia do paciente; o processo-crime foi recebido no dia 10/04/2018,
determinando-se a citação do réu. A defesa do acusado protocolou pedidos de liberdade provisória em
19/04/2018 e 25/04/2018, os quais foram indeferidos em 03/05/2018. Em 14 de setembro de 2018, foi
mantida a decisão de prisão preventiva do paciente, com espeque na garantia de aplicação da lei penal,
ordem pública e no interesse da instrução processual. Em 06/12/2018, a prisão preventiva foi convertida
em prisão preventiva domiciliar, na forma do art. 318, III do CPP. Nesse sentido, as decisões proferidas
pelo juízo competente que indeferiram, por várias vezes, os pedidos de revogação da prisão cautelar,
tornam superada a arguida nulidade do decreto prisional, assim como a decisão superveniente que
substituiu a custódia preventiva em domiciliar. Precedentes.4. Cumpre observar que o alongamento no
andamento do processo não pode ser atribuído ao Juiz ou ao Ministério Público, mas à complexidade do
próprio feito, não restando configurada flagrante ilegalidade no caso. Ressalta-se que eventual dilação é
aceitável devido à observância aos trâmites processuais e formalidades legais. Outrossim, o prazo
legalmente estabelecido para a conclusão da instrução criminal não é absoluto e o constrangimento ilegal
por excesso de prazo só pode ser reconhecido quando a demora for injustificada, o que, como dito, não se
vislumbra na presente hipótese. Ademais, a superveniência da decisão que substituiu a custódia do coacto
por domiciliar pressupõe a existência de novo título, o que por si só torna superada a alegação.
2.Ordemconhecida e denegada. Decisãounânime. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes
autos, acordam os Desembargadores da Seção de Direito Penal, por unanimidade, em conhecer
dowritedenegar a ordem, tudo na conformidade do voto do relator. Julgamento presidido pela
Excelentíssima Desembargadora Vânia Couto Fortes. RELATÓRIO Trata-se deHabeas Corpuscom
Pedido de Liminar, impetrado em favor deCLAUDAIR DA SILVA RODRIGUES, contra ato da MM. Juíza de
Plantão da 1ª Vara Criminal de Conceição do Araguaia, acusado pela suposta prática dos crimes previstos
no artigo 121 (por quatro vezes) c/c artigo 129, § 2º, c/c artigo 70, in fine, todos do CP, c/c artigos 304 e
306, § 1º, I e II do CTB, nos moldes do artigo 302, IV do CPP, por ter, em tese, ingerido bebida alcoólica e
conduzido veículo automotor, causando um acidente e morte de 05 (cinco) pessoas.Alega o impetrante
que o coacto está sofrendo constrangimento ilegal no seustatus libertatis, tendo em vista que se encontra
preso desde 05/03/2018, portanto, há 08 (oito) meses e 23 (vinte e três) dias. Argui, ainda, nulidade
absoluta por incompetência do juízo, uma vez que após ter decretado a prisão preventiva do paciente, o
Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Conceição do Araguaia se declarou incompetente, remetendo os
autos ao Juízo da 2ª Vara Criminal daquela comarca, aduzindo ser o competente para processar e julgar
os crimes dolosos contra a vida. Por fim, requereu, em sede de liminar e no mérito, o reconhecimento da
nulidade e a consequente revogação da prisão cautelar, com a imediata expedição de alvará de soltura.Os
presentes autos foram distribuídos, por sorteio, em 28/11/2018, à Desembargadora relatora Rosi Maria
Gomes de Farias, a qual identificou de pronto a prevenção deste Desembargador ao HC nº0803585-
36.2018.8.14.0000, determinando a sua redistribuição, entretanto, considerando o meu impedimento para
atuar no feito por encontrar-me, à época, em exercício de cargo de direção (Portaria nº 6104/2018), o
processo retornou à relatoria originária. Em despacho datado de 04/12/2018 (ID nº 1186757), a Relatora
se reservou para apreciar o pedido de liminar após as informações da autoridade inquinada coatora. As
informações foram prestadas no dia 08/12/2018 (ID nº 1260355), entretanto, não houve apreciação da
liminar. A então Relatora proferiu despacho, no dia 10/01/2019 (ID nº 1272670), encaminhando os autos
ao órgão ministerial para parecer, o qual opinou, em 04/02/2019, pelo não conhecimento dowrite, caso
conhecido, pela denegação da Ordem (ID nº 1344299). Em novo despacho, a Desembargadora Rosi
Maria Gomes de Farias determinou a redistribuição dos autos à minha relatoria, com base no art.116 do
Regimento Interno desta Corte.Recebi os autos conclusos para julgamento, em 12/02/2019. É o relatório.
VOTO Colhe-se dos autos, em informações prestadas pela autoridade coatora, que no dia05/03/2018, por
volta das07H00, o coacto estava conduzindo o veículo BI-TREM SCANIAR/R 440 A6X4, ANO 2013, COR
BRANCA, PLACA AHU 9096, com reboque SR/RANDON, COR PRETA, ANO 2013, PLACA AWQ 6298,
na Rodovia PA-287, no município de Conceição do Araguaia, transportando 50 (cinquenta) toneladas de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
soja, com capacidade psicomotora alterada em razão de ter ingerido bebida alcoólica, colidiu com uma
viatura da Polícia Militar, ceifando a vida dos policiaisFrancisco José Gomes de Freitas,Luís Antônio Cruz
Aguiar,Arlan Campos Lopes da Silva,Antônio Marcos Carvalho da SilvaeResley de Lima Souza.Após a
consumação do crime, o coacto evadiu-se do local, conduzindo o caminhão, trafegando em zig-zag por
aproximadamente 10 (dez) Km e só parou o veículo após ser interceptado por uma viatura da Polícia
Militar, momento em que foi preso em flagrante delito. A comunicação do flagrante se deu no mesmo dia,
estando incurso, em tese, nas sanções dos delitos do artigo 121 (por quatro vezes) c/c artigo 129, § 2° c/c
artigo 70, todos do CPB e artigo 304 e 306, § 1°, incisos I e II do CTB.Ademais, conforme denúncia
juntada pelo juízo inquinado coator, o coacto, em seu interrogatório policial, confessou a ingestão de 09
(nove) cervejas e 02 (duas) doses de pinga até às 03H30 num bar de Redenção, bem como ter dormido
apenas uma hora e meia antes de voltar a trafegar com o veículo de carga pesada.A denúncia foi
oferecida em 28/03/2018, requerendo a pronúncia do paciente. O processo-crime foi recebido no dia
10/04/2018, determinando-se a citação do réu. A defesa do acusado protocolou pedidos de liberdade
provisória em 19/04/2018 e 25/04/2018, os quais foram indeferidos em 03/05/2018. A audiência de
instrução e julgamento foi realizada em 10/09/2018, com interrogatório, pendendo da devolução de Cartas
Precatórias e laudos periciais e outras constatações para formação de eventual responsabilidade penal.
Em 14 de setembro de 2018, foi mantida a decisão de prisão preventiva do paciente, com espeque na
garantia de aplicação da lei penal, ordem pública e no interesse da instrução processual. Em 06/12/2018,
a prisão preventiva foi convertida em prisão preventiva domiciliar, na forma do art. 318, III do CPP, com a
expedição de alvará de soltura.Eis a suma dos fatos.Em análise aos autos, constata-se que foi
impetradoHabeas Corpusanterior, autuado sob o nº0803585-36.2018.8.14.0000, em benefício domesmo
paciente,julgado por essa Egrégia Corte de Justiça, em 04/06/2018, o qual teve aOrdem denegadaà
unanimidade de votos, conforme se vê doAcórdão ID n.º ----_, também sob a minha relatoria. Inconformado
com a referida decisão, o ora paciente interpôs, junto ao Superior Tribunal de Justiça, oRecurso
emHabeas Corpusnº 99.903-PA, o qual teve oprovimento negadono julgamento realizadoem 04/09/2018,
sob a relatoria do Ministro Ribeiro Dantas, cujo acórdão transcrevo,in verbis:?PROCESSUAL PENAL.
RECURSO ORDINÁRIO EMHABEAS CORPUS.CINCO HOMICÍDIOS QUALIFICADOS, COMETIDOS NA
CONDUÇÃO DE CARRETA QUE TRANSPORTAVA CINQUENTA TONELADAS DE SOJA. RÉU
EMBRIAGADO DURANTE O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE MOTORISTA DE CAMINHÃO. PRISÃO
PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. GRAVIDADE CONCRETA DA CONDUTA
DELITIVA.MODUS OPERANDI. MOTIVAÇÃO IDÔNEA. RECURSO NÃO PROVIDO.1. Nos termos do art.
312 do Código de Processo Penal, havendo prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria,
a prisão preventiva poderá ser decretada para garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal.2. Hipótese em que a
custódia provisória está suficientemente motivada na garantia da ordem pública, tendo em vista a
gravidade concreta da conduta delitiva. Segundo se infere, o recorrente, no exercício da função de
motorista de caminhão do tipo carreta, transportando cinquenta toneladas de soja, e sob forte influência de
bebida alcóolica, teria trafegado perigosamente em zigue-zague por vários quilômetros na rodovia PA 287
e, ao se deslocar na contramão, teria colidido com uma viatura conduzindo cinco policiais militares,
causando o óbito imediato de quatro deles, tendo a última vítima falecido posteriormente em instituição
hospitalar. Extrai-se, ainda, dos autos que "Por ocasião do seu interrogatório, o acusado confessou a
ingestão de 9 (nove) cervejas e 2 (duas) doses de pinga (Velho Barreiro) até as 3:30 num bar de
Redenção/PA, bem como ter dormido apenas uma hora e meia antes de voltar a trafegar com o veículo de
carga pesada" .3. O Superior Tribunal de Justiça possui entendimento consolidado de que não há
constrangimento ilegal quando a prisão preventiva é decretada em razão da gravidade concreta da
conduta delituosa, evidenciada pelomodus operandicom que o crime fora praticado.4. Consoante
orientação jurisprudencial deste Tribunal Superior, as condições pessoais favoráveis do agente não têm o
condão de garantir-lhe a liberdade, quando há, nos autos, elementos hábeis que autorizam a manutenção
da medida extrema.5. Concluindo as instâncias de origem pela imprescindibilidade da custódia preventiva,
resta clara a insuficiência e a inadequação da imposição de medidas cautelares mais brandas ao agente
(HC 261.128/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em 23/4/2013,
DJe 29/4/2013).6. Recurso não provido.? (RHC 99.903/PA, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA
TURMA, julgado em 04/09/2018). PRELIMINAR DE NÃO CONHECIMENTO DOMANDAMUSSUSCITADA
PELO MINISTÉRIO PÚBLICO O Ministério Público sustenta que a análise do presentewritresta
prejudicada, tendo em vista que o paciente teve a sua prisão preventiva revogada, e decretada a
domiciliar, alterando, portanto, a sua situação prisional.Não merece ser acolhida a preliminar suscitada
peloParquet, vez que cabível o prosseguimento da análise dohabeas corpus, a despeito da concessão de
prisão domiciliar ao acusado pelo juízo singular. Isso porque o eventual acolhimento do pedido principal,
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qual seja a liberdade do paciente, lhe é mais favorável, pois afastaria todas limitações ainda hoje
existentes para o exercício do seu direito de ir e vir.No mesmo sentido a jurisprudência pátria,in verbis:
?HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA. ART. 312 DO
CPP.PERICULUM LIBERTATIS. MOTIVAÇÃO INIDÔNEA. ORDEM CONCEDIDA.1.A despeito da
concessão de prisão domiciliar à acusada pelo Juízo singular, é cabível o prosseguimento do exame do
constrangimento ilegal suscitado na impetração, uma vez que o eventual acolhimento do pedido principal é
mais favorável à paciente, por retirar todas as limitações hoje estabelecidas para o exercício de sua
liberdade de locomoção.2. (omissis). (HC 437.291/RS, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA
TURMA, julgado em 15/05/2018, DJe 29/05/2018). Assim sendo, conheço do presentemandamuse passo
a analisa-lo. DA NULIDADE ABSOLUTA DO DECRETO PREVENTIVO DECORRENTE DE AUTORIDADE
INCOMPETENTE Pretende, o impetrante, o reconhecimento da nulidade do decreto prisional por
incompetência da autoridade judicial que decretou a segregação cautelar.Conforme relatado, o Juízo da 1ª
Vara Criminal da Comarca de Conceição do Araguaia decretou a prisão preventiva do paciente, em
06/03/2018 e, no mesmo ato, determinou a redistribuição dos autos ao Juízo da 2ª Vara Criminal daquela
Comarca, por possuir competência para processar e julgar os delitos dolosos contra a vida.Não há que se
falar em nulidade do decreto por incompetência do juízo que impôs a custódia, tendo em vista que o ato
praticado antes do reconhecimento da incompetência, qual seja a conversão da prisão em flagrante em
preventiva, é válido vez que foi devidamente fundamentado sendo, inclusive, ratificado, logo após, pelo
juízo competente.Ademais, de acordo com as informações prestadas pela autoridade inquinada coatora,
constata-se que a denúncia foi oferecida em 28/03/2018, requerendo a pronúncia do paciente; o processo-
crime foi recebido no dia 10/04/2018, determinando-se a citação do réu. A defesa do acusado protocolou
pedidos de liberdade provisória em 19/04/2018 e 25/04/2018, os quais foram indeferidos em 03/05/2018.
Em 14 de setembro de 2018, foi mantida a decisão de prisão preventiva do paciente, com espeque na
garantia de aplicação da lei penal, ordem pública e no interesse da instrução processual. Em 06/12/2018,
a prisão preventiva foi convertida em prisão preventiva domiciliar, na forma do art. 318, III do CPPDessa
forma, não merece prosperar a alegação de que o acusado encontra-se ilegalmente preso, em função de
decisão proferida por Juízo incompetente, pois, como acima demonstrado, existiu manifestação expressa
reafirmando a necessidade da prisão e indeferindo o pedido concessão da liberdade provisória por mais
de uma vez, isso quando o processo já se encontrava em curso na Vara competente para o apreciar os
crimes dolosos contra a vida.Nesse sentido, as decisões proferidas pelo juízo competente que indeferiram,
por várias vezes, os pedidos de revogação da prisão cautelar, tornam superada a arguida nulidade do
decreto prisional, assim como a decisão superveniente que substituiu a custódia preventiva em
domiciliar.Nessa esteira, precedentes desta Corte,verbis: ?HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO. TRÁFICO
DE ENTORPECENTES. ARGUIÇÃO DE INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO. ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA.
DECLÍNIO A VARA ESPECIALIZADA. JURISDIÇÃO EM TODO O ESTADO. COMPETÊNCIA
DEFINIDA.ATOS DO JUIZ ANTERIOR RATIFICADOS NO JUIZO COMPETENTE, ALCANÇANDO A
CUSTÓDIA DO PACIENTE. LEGALIDADE. EXTENSÃO DE BENEFÍCIO DE LIBERDADE.
IMPOSSIBILIDADE. INCONSTITUCIONALIDADE DA CRIAÇÃO DA VARA ESPECIALIZADA.
IMPROCEDENTE. 1. Resta insustentável a arguição de incompetência do Juiz da Vara de Entorpecentes
e Combate à Organizações Criminosas, cuja jurisdição é de abrangência em todo o Estado, quando há
evidência de que tipificação de figura delitiva que se enquadra na competência desse juízo especializado.
2.Encontra-se superada a alegação de ilegalidade da custódia preventiva, quando esta, juntamente com
os demais atos praticados pelo juiz incompetente, foi objeto de ratificação por Juízo competente, como no
caso. 3. Não procede a extensão do benefício concedida a corré, quando não há igualdade jurídico-factual
entre as envolvidas. 4. Não procede de inconstitucionalidade na fixação de competência dos órgãos
fracionais dos Tribunais e de Varas Judiciais por Resolução, conforme precedentes do Colendo STF (HC
96104/MS; HC 91509/RN; HC 94146/MS), em aplicação ao art. 96, I, a e b, da Constituição. 5. Ordem
denegada, por unanimidade. (2012.03458317-37, 112.902, Rel. MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE,
Órgão Julgador SEÇÃO DE DIREITO PENAL, Julgado em 2012-10-08, Publicado em 2012-10-10). DO
ALEGADO EXCESSO DE PRAZO DA PRISÃO CAUTELAR Igualmente não procede a alegação de
excesso de prazo a da prisão.Cumpre observar que o alongamento no andamento do processo não pode
ser atribuído ao Juiz ou ao Ministério Público, mas à complexidade do próprio feito, não restando
configurada flagrante ilegalidade no caso.Ressalta-se que eventual dilação é aceitável devido à
observância aos trâmites processuais e formalidades legais.Outrossim, o prazo legalmente estabelecido
para a conclusão da instrução criminal não é absoluto e o constrangimento ilegal por excesso de prazo só
pode ser reconhecido quando a demora for injustificada, o que, como dito, não se vislumbra na presente
hipótese. Nesse sentido, os precedentes desta Corte: ?RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS.
ROUBO CIRCUNSTANCIADO E FORMAÇÃO DE QUADRILHA ARMADA. PRISÃO PREVENTIVA.
215
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
antecipação de benefícios dos apenados que exercem trabalho/estudo externo no regime semiaberto no
âmbito da VEP/RMB, lastreada na Súmula Vinculante nº 56 e Recurso Extraordinário 641320/RS do
STF.Alega a Impetrante ausência de justa causa para concessão do pedido de antecipação da progressão
do regime semiaberto para o aberto.Assevera que o Paciente é possuidor dos requisitos constante da
Portaria nº 001/2018, da Vara de Execuções Penais da Região Metropolitana de Belém, á que o mesmo
exerce trabalho/estudo externo e se encontra no regime semiaberto.Alega que o Paciente possui duas
condenações, quais sejam: pelo Juízo da 1ª Vara Penal de Barcarena, processo nº 0000758-
39.2005.814.0008, no qual foi apenado a 22 (vinte e dois) anos de reclusão em regime inicialmente
fechado, pela prática do delito previsto no art. 157, § 1º, § 2º e 3º, do CP; e pelo Juízo da 3ª Vara Penal de
Paragominas, processo nº 0004078-70.2011.814.0039, no qual foi apenado a 11 (onze) anos de reclusão
em regime inicialmente fechado, pela prática do delito previsto no art. 157, § 2º, inciso II e § 3º, do CP.Tais
penas totalizam 33 (trinta e três) anos e 02 (dois) meses e 12 (doze) dias de reclusão e o cumprimento se
iniciou em 02/02/2005 no regime fechado.Alega fazer o Paciente jus ao referido benefício, visto o Paciente
fazer jus a progressão de regime para o aberto na data de 12/04/2019 e que durante o tempo em que
permaneceu preso somente existiu uma fuga em seu histórico carcerário e que já se encontra há mais de
06 (seis) meses no regime semiaberto e mais de 03 (três) meses exercendo trabalho formal
externo.Ingressou com o pedido de antecipação de progressão de regime junto ao Juízo Coator e o
mesmo foi indeferido, mesmo havendo parecer favorável pelo Ministério Público.Com o indeferimento do
pedido pelo Juízo Coator, a Impetrante interpôs Agravo em Execução objetivando a retratação do Juízo
Coator que este não o fez.Alega ausência de justa causa para a não concessão do pedido de antecipação
da progressão do regime semiaberto para o aberto.A Impetrante assevera a possibilidade de concessão
de liminar em sede dehabeas corpuspois presentes os requisitos para concessão da medida cautelar
quais sejam ofumus boni iurise opericulum in mora.Requereu concessão de medida liminar para
autorização de antecipação da progressão de regime semiaberto para o aberto e no mérito pela
concessão definitiva da ordem. No dia 08/02/2019,o pedido de liminar foi denegado,sendo solicitadas
informações à autoridade coatora e determinado o encaminhamento dos autos à Procuradoria de Justiça
do Ministério Público Estadual (ID 1354090). Prestadas asinformações pelo Juízo Coator na data de
08/02/2019,através do Ofício nº 021/2019-GJ, informou o que segue: ?O Paciente alega constrangimento
ilegal.Em junho/2018 foi publicada uma Portaria de implementação de mutirão para presos condenados da
região metropolitana de Belém para antecipação de benefícios. Ocorre que o Paciente não preenche os
requisitos subjetivos, pois consta em sua ficha carcerária uma fuga, bem como o benefício para
progressão de regime do Paciente está previsto para 12/04/2019. Informa que em consequência da fuga, o
apenado não faz jus ao benefício?. ID 1364721Nesta superior instância, a Procuradora de Justiça Dra.
Dulcelinda Lobato PANTOJA manifestou-se, em 12/02/2019, inicialmente pelonão conhecimentodowrite se
não for o entendimento, seja aordem denegada. É o relatório. VOTO V O T O Advirto logo que não
conheço da ordem por não ser o remédio legal substitutivo de recurso próprio.Como dito alhures, trata-se
da ordem deHabeas Corpus Preventivocom pedido de liminar impetrada em 07/02/2019 em favor
deWAGNER NONATO CAMPOS MENEZES, sob o fundamento de constrangimento ilegal pela não
concessão do benefício de antecipação de regime semiaberto para o aberto, nos termos da Portaria nº
001/2018, da Vara de Execuções Penais da Região Metropolitana de Belém, em observância à Súmula
Vinculante nº 56 e Recurso Extraordinário 641320/RS do STF.Consta que o Juízo Coator indeferiu o
pedido do Paciente alegando que o Paciente não preenche os requisitos subjetivos para concessão do
benefício, pois consta uma fuga em seu assentamentos carcerários.O Impetrante não conformado com a
decisão que negou o benefício de antecipação de regime, interpôs Agravo em Execução de nº0000322-
92.2019.814.0000 com ofito de que o Juízo Coator usasse o juízo de retração o que não foi feito. Consta
ainda que referido Agravo em Execução foi distribuído a esta Relatora.Entendo que se refere ao mérito da
ação penal, cuja análise não é cabível em sede deHabeas Corpusem razão da necessidade de
revolvimento de provas. Nesse sentido, colaciono julgado do Desembargador Rômulo Nunes: HABEAS
CORPUS ESTUPRO DE VULNERÁVEL E FRAUDE PROCESSUAL CRIME CONTINUADO AUSÊNCIA
DE PROVAS DE AUTORIA E MATERIALIDADE REVOLVIMENTO FÁTICO PROBATÓRIO INCABÍVEL
NA VIA ELEITA NÃO CONHECIMENTO (...). I.Não se conhece do argumento que trata da ausência de
provas de autoria e materialidade, pois o exame do material probatório, contido nos autos do processo
criminal não pode ser feito através do remédio heróico, ação constitucional de rito célere e cognição
sumária, destinada a corrigir ilegalidades patentes e perceptíveis de pronto. Precedente do STJ (...);
(2017.01845178-73, 174.425, Rel. ROMULO JOSE FERREIRA NUNES, Órgão Julgador SEÇÃO DE
DIREITO PENAL, Julgado em 08/05/2017, publicado em 10/05/2017). Grifei Assim, as alegações do
Impetrante de que existe constrangimento ilegal não assiste, uma vez que o remédio constitucional não se
prende a análise de revolvimento de provas o que levaria a desvirtuação da finalidade do remédio heroico,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
já que sua finalidade precípua éo de evitar ou fazer cessar a violência ou coação à liberdade de
locomoção, decorrente de ilegalidade ou abuso de poder.Entendo que o pedido principal do Paciente, está
ligado ao não conhecimento de antecipação de regime do semiaberto para o aberto, o que não é cabível à
análise no presentemandamusjá que a matéria é afeita ao Juízo da Vara de Execuções Penais da Região
Metropolitana de Belém e no caso em tela, a Impetrante já ingressou com o recurso cabível, no caso
oAgravo em Execução,cuja relatoria coube a esta Relatora.No mesmo sentido é a manifestação da
Procuradoria de Justiça, conforme parecer acostado aos autos, senão vejamos: ?(..)Ocorre que, conforme
precedentes dos Tribunais Superiores, firmou-se o entendimento de não se admitir a impetração dohabeas
corpuscomo substitutivo derecurso próprio.In casu, como o assunto vergastado foi uma decisão do Juízo
da Vara de Execuções Penais da Capital, deveria a advogada impetrante ter manejado o agravo em
execução, nos termos do art. 1971 da Lei de Execução Penal, o que impede, porquanto, seja a ordem
conhecida.De outro modo, como informado pela própria impetrante, já interposto agravo em execução
sobre o assunto vergastado, o que também impede seja o recurso conhecido a fim de que não se tenha
perante esse Egrégio Tribunal decisões conflitantes.Ainda assim, porventura entenda esse Colegiado que
deve ohabeas corpusser conhecido, não merece guarida o que vem sendo sustentado pela advogada
impetrante em benefício de seu cliente.Observa-se que a antecipação de progressão de regime do
semiaberto para o aberto foi assegurado mediante a Portaria nº 001/20018, em que se implementou
MUTIRÃO para tal fim e outros, com obediência de alguns requisitos, como por exemplo que os apenados
não tivessem histórico de fugas ou outras faltas graves, o que não se ajusta ao paciente, como bem
consignou a autoridade apontada como coatora, tendo em vista que empreendeu fuga, sendo
posteriormente preso em flagrante delito.Referida circunstância foi inclusive mensurada pela própria
impetrante, que afirma a existência de uma única fuga do paciente, mas que isso não seria suficiente para
obstar a concessão do pleito, o que se mostra incompatível com a portaria em destaque, até porque faz a
ressalva de não assegurar a antecipação de benefícios àqueles que possuam histórico de fugas e faltas
graves, sem exceção.Constata-se, portanto, legal a decisão açoitada, nada justificando os argumentos
defensivos manejados no presentehabeas corpus, devendo, pois, permanecer incólume. Logo, não fazjuso
apenado ao benefício ora pleiteado?.ID 1373345. Ademais, não consta nos autos ilegalidade manifesta
que possibilite a análise das teses aventadas pela defesa na via eleita.Pelo exposto, não conheço da
alegação em epígrafe. Ante o exposto, voto peloNÃO CONHECIMENTOda ordem uma vez que o remédio
constitucional não é a via eleita para análise da concessão de antecipação de regime. É como voto.
Belém/PA, 18 de fevereiro de 2019. Belém, 19/02/2019
simples, de maneira que a liberdade do paciente e demais comparsas no crime poderia colocar-lhes em
riso. Em outras palavras, a prisão preventiva fora decretada por estarem presentes os requisitos da tutela
cautelar. Assim, existindo na decisão suficiente motivação acerca dos requisitos doartigo 312 do Código
de Processo Penalnão há que se falar em falta de justa causa e fundamentação para a segregação
provisória, conforme se extrai dajurisprudênciadeste Egrégio Tribunal de Justiça,a saber: HABEAS
CORPUSLIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR. (...). AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA
NA DECISÃO QUE DECRETOU A PRISÃO PREVENTIVA - PRESENÇA DOS REQUISITOS
AUTORIZADORES DA CUSTÓDIA CAUTELAR - CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO
CARACTERIZADO. (...). ORDEM CONHECIDA E DENEGADA - UNANIMIDADE.1 - Não configura
constrangimento ilegal a prisão cautelar que atende aos requisitos autorizadores ínsitos no art. 312, do
CPP, notadamente a necessidade de acautelamento da ordem pública e da instrução criminal; 2 -
Presentes a materialidade do delito e indícios de autoria, bem como as circunstâncias ensejadoras da
custódia cautelar, quais sejam, a garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e para
assegurar a aplicação da sanção penal futura, não há que se falar em constrangimento ilegal;3 ?
(...).(TJ/PA, Acórdão Nº 164.320, Des. Rel. Leonam Gondim da Cruz Júnior, Publicação: 13/09/2016).
GRIFEI. HABEAS CORPUSLIBERATÓRIO. ARTIGO 157, §2º, I E II C DO CÓDIGO PENAL.
(...).2.Ausência de fundamentação para a manutenção da prisão preventiva. Inocorrência.A decisão foi
devidamente fundamentada na garantia da ordem pública e na aplicação da lei penal, demonstrados nos
indícios de autoria e materialidade do paciente, bem como por tratar-se de crime de elevada gravidade
(roubo qualificado), praticado com uso de arma de fogo e em concurso de agentes. Ressalta ainda, que no
caso em questão, não há elementos nos autos que façam concluir que em liberdade o denunciado não se
evada do distrito da culpa, pois o mesmo após o cometimento do crime tentou empreender fuga, tendo
sido impedido por populares. Assim, diante do exame acurado do decreto preventivo e aliando-se a
presença de circunstâncias autorizadoras da medida conforme o artigo 312 do CPP. (...). Ordem
denegada.(TJ/PA, Acórdão Nº 164.311, Desa. Rela. Maria Edwiges de Miranda Lobato, Publicação:
13/09/2016). GRIFEI.Por conseguinte, não deve prosperar a argumentação de ausência de justa causa
para a persecução, tendo em vista que além dos fatos descritos constituírem o crime em tese, possuem
prova de materialidade e contundentes indícios de autoria. Assim, é lógico se concluir que os
acontecimentos deverão ser apurados no curso da instrução processual, possibilitando ao paciente o
pleno exercício do contraditório e da ampla defesa, para rechaçar as imputações e comprovar a alegação
de negativa de autoria de qualquer participação no crime. Ademais, ao contrário do que diz o impetrante,
odecisumimpetrado encontra-se devidamente fundamentado, nos termos do art. 93, Inciso IX da
Constituição Federal, vez que, o Magistrado singular examinou criteriosamente a dinâmica dos fatos e
enquadrou-a nos requisitos legais previstos no art. 312 do Código de Processo Penal, justificando
satisfatoriamente a necessidade de aplicação da medida extrema no casosub examen. Assim,não acolhoà
alegação ora em comento. Diante do exposto, pornão observar, na hipótese, a existência de qualquer
ilegalidade a ser sanada na via estreita dowrit,denego a ordem dehabeas corpusimpetrada. É como voto.
Belém, 20/02/2019
açãopenal, alegando o impetrante, para tanto, ausência de justa causa. Alegou, ainda existência de
flagrante preparado, crime impossível e não análise de condição objetiva de punibilidade para absolvição
sumária. Em sede de liminar, pleiteou a suspensão da audiência a ocorrer no dia 23/01/2019.3. Quanto ao
pleito liminar de suspensão da audiência a ocorrer no dia 23/01/2019, o mesmo se encontra superado ante
o transcurso do tempo.4. Não conhecimento das matérias relativas à existência de crime impossível e
flagrante preparado, por impossibilidade de incurso probatório nesta via estreita, de rito célere e sumário.5.
Não conhecimento da arguição de não análise de condição objetiva de punibilidade para absolvição
sumária em virtude de se encontrar em aberto no primeiro grau desde 27.11.2018 pedido da defesa
pleiteando a ?análise da preliminar de absolvição sumária por ausência de condição objetiva de
punibilidade e atipicidade da conduta?, conforme explicado pela autoridade coatora em suas informações,
de sorte que se incorreria em indevida supressão de instância o exame da questão no presente momento,
no sentir do entendimento que vem sendo emanado por esta Seção de Direito Penal.Neste caso, busca o
impetrante a dupla análise da questão, como forma de burlar o procedimento, devendo, pois, aguardar a
decisão do Juízoa quoque se encontra em aberto.5.Improcedência da alegação de ausência de justa
causa para prosseguimento da ação penal.6.Não se verifica ser o caso excepcional de trancamento da
ação penal, posto que a denúncia preenche todos os requisitos inerentes ao art. 41 do CPP, bem como da
presença mínima de justa causa.7. Da leitura da exordial acusatória (id. 1291216), infere-se que a mesma
descreve a conduta do paciente, apontando de modo circunstanciado a sua suposta participação no
evento delitivo, acocorando-se em provas materiais e testemunhais, preenchendo, portanto, os requisitos
constantes no art. 41 do CPP, o que afasta a alegação do impetrante de ausência de justa causa.8.Nesse
viés, não se vislumbra qualquer coação ilegal que enseje a medida excepcional de trancamento da ação
penal, posto que a alegação de ausência de justa causa, além de improcedentes, demandam
aprofundamento probatório, o que se mostra vedado nesta via estreita.Apenas para elucidar, o que se
pode ver,a priori, é que há justa causa mínima, como mencionado pelo RMPE, nos depoimentos das
testemunhas, sobretudo do Conselheiro Tutelar, apresentando, ainda, o RMPE, satisfatório rol de
testemunhas.Portanto, não há qualquer constrangimento ilegal a ser sanado nesta via estreita.ORDEM
PARCIALMENTE CONHECIDA E DENEGADA NA PARTE CONHECIDA. UNANIMIDADE DOS VOTOS.
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam Excelentíssimos Senhores Desembargadores, que
integram a Seção de Direito Penal deste Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, à unanimidade de
votos, emCONHECER PARCIALMENTE A PRESENTE ORDEM deHABEAS CORPUSe emDENEGÁ-LA
NA PARTE CONHECIDA, nos termos do voto do Excelentíssimo Senhor Desembargador - Relator Mairton
Marques Carneiro.Esta Sessão foi presidida pela Excelentíssima Senhora Desembargadora Vânia Fortes
Bitar.
segregação cautelar deve ser considerada exceção, já que tal medida constritiva só se justifica caso
demonstrada sua real indispensabilidade para assegurar a ordem pública, a instrução criminal ou a
aplicação da lei penal, ex vi do artigo 312 do Código de Processo Penal. II- Na hipótese, o decreto
prisional encontra-se devidamente fundamentada em dados concretos extraídos dos autos, que
evidenciam de maneira inconteste a necessidade da prisão para garantia da ordem pública, em virtude do
fundado receio de reiteração delitiva, já que os recorrentes ostentam diversas passagens por crime de
mesma natureza e utilizam a própria residência como ponto de venda de entorpecentes, revelando a
probabilidade de repetição de condutas tidas por delituosas, sendo imperiosa a imposição da medida
extrema. (Precedentes). III - Não é cabível a aplicação das medidas cautelares alternativas à prisão, in
casu, haja vista estarem presentes os requisitos para a decretação da prisão preventiva, consoante
determina o art. 282, § 6º, do Código de Processo Penal. Recurso ordinário desprovido. (STJ - RHC:
101591 AL 2018/0200068-5, Relator: Ministro FELIX FISCHER, Data de Julgamento: 04/09/2018, T5 -
QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe 10/09/2018)Odecreto prisional encontra-se devidamente
fundamentado em dados concretos extraídos dos autos, eis que restou demonstrado que o paciente, e
corréus, representam perigo à ordem pública,sendo a gravidade de suas condutas motivação concreta e
suficiente ao decreto cautelar. É certo que por força da reforma introduzida pelaLei nº 11.719/2008, a
prisão preventiva somente pode ser decretada quando preenchidos os requisitos da tutela cautelar (fumus
comissi delictiepericulum libertatis), previstos noartigo 312 do Código de Processo Penale que, em face
das normas jurídicas insculpidas noartigo 5º, LIV e LVII, da Constituição da Repúblicade1988,prevalece
como regra em nosso sistema jurídico a liberdade, a qual somente será excepcionada quando presentes
os requisitos elencados no precitado artigo. Nessa ordem de ideias, mormente em face do dever de
motivação das decisões judiciais, preconizado noartigo 93, IX, daLexis Fundamentallis, o julgador deve
apontar de forma fundamentada os motivos pelos quais decreta a prisão processual, sob pena de
transgressão ao princípio da presunção de inocência e de carecer de justa causa a prisão provisória, o
que, ao contrário do alegado pela defesa, denoto na decisão atacada, que apresenta suficiente
fundamentação. Pude aferir, de tudo que dos autos consta, que as razões que fulcraram o decreto de
prisão cautelar, assim como da decisão que denegou sua revogação, permanecem íntegras ante a
presença dofumus comissi delictie dopericulum libertatis,conforme bem fundamentado pelo magistrado
aquo; dessa feita, não vislumbro qualquer coação ilegal a ser reparada, pois,embora a nova ordem
constitucional apresente a liberdade como regra, somente excepcionando aludido entendimento em casos
estritamente forçosos, há de se ressaltar que a segregação cautelar não conflita com a presunção de
inocência quando devidamente fundamentada pelo julgador a sua necessidade, como é o caso dos autos,
onde o magistrado aquoressaltou a necessidade da medida excepcional de privação cautelar de liberdade
para resguardar a ordem pública.Ademais, o decreto cautelar cumpre também seu papel de evitar que
criminosos, postos em liberdade logo após a prática do delito, se vejam estimulados a voltarem a delinquir,
trazendo às vítimas insegurança, pois esta certamente se sentirá ameaçada.Acerca da possibilidade da
segregação, vejamos o entendimento jurisprudencial:RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS.
ESTELIONATO.PRISÃO PREVENTIVA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. PRESENÇA DE ELEMENTO
CONCRETO A JUSTIFICAR A NECESSIDADE DA MEDIDA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA.
PERICULOSIDADE EVIDENCIADA PELA REITERAÇÃO DELITIVA DO ACUSADO.NECESSIDADE DE
MANUTENÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. AUSÊNCIA DE PATENTE ILEGALIDADE. I - A prisão
cautelar, nos termos do art. 5º, inciso LVII, da Constituição da República, é medida excepcional de
privação de liberdade, que somente poderá ser adotada quando ascircunstâncias do caso concreto,
devidamente fundamentadas no art. 312, do Código de Processo Penal, demonstrarem a sua
imprescindibilidade. II -A prisão preventiva está devidamente fundamentada na necessidade de garantia
da ordem pública, porquanto evidenciada a periculosidade do Recorrente face ao seu envolvimento
anterior em práticas criminosas, demonstrando fazer da prática de delitos o seu meio de vida, pois, além
das vítimas apuradas na ação penal em referência, constam outros 29 (vinte e nove) inquéritos policiais,
nos quais é investigado pela prática de estelionato, em sua maioria, contra vítimas idosas. III - Recurso
ordinário em habeas corpus improvido. (STJ - RHC: 45667 CE 2014/0043883-5, Relator: Ministra REGINA
HELENA COSTA, Data de Julgamento: 06/05/2014, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe
12/05/2014)Daanálise da decisão ao norte colacionada constata-se a presença da devida fundamentação
destacando a imprescindibilidade da manutenção da prisão preventiva, e não há que se falar em
constrangimento ilegal quando a decisão que decreta a prisão preventiva está fundamentada em fatos
concretos dos autos a evidenciar a necessidade de manutenção da custódia cautelar, como no caso em
análise. Em outras palavras, a prisão provisória fora decretada ante a presença dos requisitos da tutela
cautelar, existindo na decisão suficiente motivação acerca dos requisitos do artigo 312 do Código de
Processo Penal, não havendo que se falar em falta de justa causa para a segregação provisória, conforme
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
as armas.Narrou que, sem entender nada o que se passava, o paciente e os demais ocupantes do veículo
foram obrigados a descer do veículo para uma vistoria no interior do mesmo e que apesar de não
encontrarem absolutamente nada, os agentes de segurança começaram a fazer pressão psicológica para
que o paciente e os demais entregassem as armas e por não entenderem nada, pois sequer tinham armas
no interior do carro, começaram a sofrer uma seção de tortura por parte dos policias, fato este constado
em audiência de custódia do dia 09.11.18, conforme relatos do paciente.Relatou que após os fatos ilegais
e agressivos sofridos pelo paciente, ele e sua companheira e mais um amigo do casal, foram levados por
policiais até uma residência que não sabem a que pertencia e lá foi encontrado um outro indivíduo de
prenome Fernando e no interior da residência fora encontrada uma grande quantidade de entorpecente
(maconha) em tabletes; que após continuarem apanhando, até a chegada na delegacia, os ocupantes do
veículo e o paciente foram encaminhados à DRCO para lavratura de flagrante por tráfico e associação
para o tráfico de drogas.Alegou ser o paciente detentor de condições pessoais favoráveis, ausência de
fundamentação e justa causa ao decreto prisional, a ocorrência de tortura, bem como a possibilidade de
aplicação de medidas cautelares diversas e, por fim, requereu liminar e, no mérito, a concessão definitiva
da ordem, requerendo ainda a substituição da prisão por qualquer das medidas cautelares. Em ID
1227698, foi denegadaa liminar e solicitadas informações à autoridade coatora. Em sede deinformações,
ID 1330221, o Juízo Monocrático esclareceuo que segue: - Refere a peça acusatória que no dia
08/11/2018, por volta das 11:30 horas, os denunciados Carlos, Francisca e Luiz Cleidinaldo, foram presos
em flagrante por terem sido encontrando mantendo em depósito 3 sacolas contendo cerca de 25 kg, cada
uma, de maconha. - Após exames periciais, foi constatado que se tratava de 95 tablets envoltos em
plástico transparente, contendo erva prensada, totalizando 96,220 kg de maconha. Além disso, foi
apreendido com os referidos denunciados um veículo modelo Ford e 3 aparelhos celulares.- Que por volta
de uma semana, antes da prisão em flagrante, a polícia recebeu informações de que os pacientes
CARLOS RUDNEI e LUIZ CLEIDALDO, haviam se deslocado até a fronteira do Brasil com o Paraguai, no
Estado do Paraná, a fim de trazer, por via terrestre, armamento e entorpecentes. Desta feita, a polícia, em
diligências, constatou a veracidade da viagem realizada pelos pacientes, bem como que CARLOS
RUDNEI havia adquirido o veículo FORD ECOSPORT; que os policiais receberam informações de que os
denunciados estariam chegando ao Pará transportando o referido carregamento. Sendo assim,
empreitaram diligências para interceptar os sujeitos, porém, restou infrutífera; que os policiais foram
informados de que os denunciados haviam se deslocado para o município de Paragominas com o fim de
buscar a mercadoria que lá haviam escondido em 05/11/2018, ocorrendo a interceptação já em Belém,
quando foi verificado no interior do veículo 25 kgs de maconha prensada em tabletes.Relatou que ao ser
indagado, o paciente confirmou que a substância era de sua propriedade e que outra parte do
carregamento estava em sua residência, tendo Rudinei afirmado que apenas transportava a carga de São
Paulo para Paragominas e que na data do flagrante havia saído para acompanha Cleidinaldo para buscar
o que faltava, razão pela qual os policiais se deslocaram até à residência do paciente e lá foram recebidos
por Fernando, sendo encontrados mais três sacos contendo a mesma substância já encontrada
anteriormente, sendo o material apreendido e encaminhado à autoridade policial.Informou que a audiência
de custódia ocorreu no dia 09/11/2018, momento em que a prisão em flagrante dos denunciados fora
convertida em preventiva. Nesta Superior Instância, ID 1344160, a Procuradoria de Justiça do Ministério
Público Estadual, por intermédio do Dr. Sergio Tibúrcio dos Santos Silva, se manifestou
peloconhecimentoedenegaçãoda ordem, por inexistência de qualquer constrangimento ilegal na prisão
preventiva do paciente. VOTO O foco da impetração reside na alegação de restarconfigurado o
constrangimento ilegal à liberdade do ora paciente, por ausência de justa causa e fundamentação no
decreto preventivo, requerendo ainda a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão e por suas
condições pessoais favoráveis, alegando ainda que a confissão do paciente se deu sob tortura. Restando
preenchidos os pressupostos processuais de admissibilidade, conheço domandamuse adianto,prima
facie,que acompanho a manifestação ministerial edenego a ordem impetrada. No que tange à alegação de
ausência justa causa e fundamentação para alicerçar o decreto de prisão preventiva,verifico, ao contrário
do alegado pelo impetrante, que o magistrado de piso decretou a prisão preventiva do ora paciente em
decisão fundamentada concretamente na necessidade da segregação cautelar ante a presença dos
requisitos previstos noartigo 312 do Código de Processo Penal, sendo esclarecedor transcrever trecho da
decisão, prolatada em 09/11/2018: (...) A medida constritiva se justifica, diante dos indícios que levam à
demonstração da possibilidade de traficância, tais como forma de acondicionamento da droga, 95 (noventa
e cinco) tabletes envolto em plástico transparente com erva prensada pesando no total de 96,220 kg
(NOVENTA E SEIS QUILOGRAMAS DUZENTOS E VINTE GRAMAS) de maconha conforme Laudo
2018.012.003770-QUI e o modus operandi dos indiciados. A garantia da ordem pública somente se
resguarda, salvo exceções, com a custódia preventiva, não se mostrando suficientes as outras medidas
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cautelares de natureza processual penal do art. 319, incisos I a IX, do CPP para o caso em tela. Demais
disso, a possibilidade de decretação da prisão com base na necessidade de garantia da ordem pública é
identificada em diversos precedentes dos Tribunais Superiores, sobretudo nas hipóteses em que se
visualiza a periculosidade do agente pela gravidade do crime perpetrado, em tese, identificada a partir das
circunstâncias concretas do fato. (...). Imperioso ressaltar que a prisão preventiva pode ser decretada
quando expressamente justificada na indispensabilidade de assegurar a ordem pública, a instrução
criminal, a aplicação da lei penal ou a ordem econômica,ex vi do artigo 312 do CPP. Dentre as hipóteses
justificadoras da medida de exceção destaca-se agarantia da ordem públicaque visa assegurar a
manutenção da paz e a tranquilidade social, impedindo que o agente possa delinquir novamente, além de
resguardar a própria credibilidade da justiça, reafirmando a validade e autoridade da ordem jurídica posta
em perigo pela gravidade do crime, circunstâncias do fato, condições pessoais do acusado bem como a
reprovação social do crime. Outrossim, devem ser observados os pressupostos para a decretação e
manutenção de qualquer prisão cautelar, qual sejam, ofumus commissi delictie opericulum libertatis. Em
outras palavras, primeiro há de ser constatadas a materialidade do delito e a existência de indícios de sua
autoria (que são os pressupostos da prisão cautelar); em seguida, deverá ser aferida a ocorrência do
perigo concreto que a manutenção da liberdade do acusado representa para a sociedade, instrução
processual ou para a futura aplicação da lei penal (seus requisitos). No caso em exame, resta
demonstrado ofumus commissi delicti, em razão das fortes provas da materialidade e indícios da autoria
delitiva, consubstanciado em informações colhidas nos próprios autos dehabeas corpus, qual seja, a
grande quantidade de substância ilícita, maconha, encontrada em poder do paciente.Por outro lado, no
que tange aopericulum libertatis, também com base no decreto prisional, o magistrado referiu a
necessidade de garantir a ordem pública, considerando a gravidade concreta do crime, tendo em vista
também a expressiva quantidade de droga apreendida ? 95 tabletes de maconha, pesando 95,220kg.
Portanto, entendo que o juízo singular fundamentou as decisões ora impugnadas, observando o que
dispõe o art. 93, IX, da CF/1988,in verbis: ART. 93. LEI COMPLEMENTAR, DE INICIATIVA DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DISPORÁ SOBRE O ESTATUTO DA MAGISTRATURA,
OBSERVADOS OS SEGUINTES PRINCÍPIOS: IX - TODOS OS JULGAMENTOS DOS ÓRGÃOS DO
PODER JUDICIÁRIO SERÃO PÚBLICOS, E FUNDAMENTADAS TODAS AS DECISÕES, SOB PENA DE
NULIDADE, PODENDO A LEI LIMITAR A PRESENÇA, EM DETERMINADOS ATOS, ÀS PRÓPRIAS
PARTES E A SEUS ADVOGADOS, OU SOMENTE A ESTES, EM CASOS NOS QUAIS A
PRESERVAÇÃO DO DIREITO À INTIMIDADE DO INTERESSADO NO SIGILO NÃO PREJUDIQUE O
INTERESSE PÚBLICO À INFORMAÇÃO; Assim, não existe constrangimento ilegal quando a
decretação/manutenção da prisão está devidamente fundamentada em circunstâncias do art. 312 do CPP,
o qual dispõe:ART. 312. A PRISÃO PREVENTIVA PODERÁ SER DECRETADA COMO GARANTIA DA
ORDEM PÚBLICA, DA ORDEM ECONÔMICA, POR CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL, OU
PARA ASSEGURAR A APLICAÇÃO DA LEI PENAL, QUANDO HOUVER PROVA DA EXISTÊNCIA DO
CRIME E INDÍCIO SUFICIENTE DE AUTORIA. Nestes termos, é a jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal,in verbis: HABEAS CORPUS ? PRISÃO PREVENTIVA ? NECESSIDADE COMPROVADA DE
SUA DECRETAÇÃO ? DECISÃO FUNDAMENTADA ? MOTIVAÇÃO IDÔNEA QUE ENCONTRA APOIO
EM FATOS CONCRETOS ? PERICULOSIDADE DO ACUSADO/RÉU EVIDENCIADA PELO ?MODUS
OPERANDI? DA REALIZAÇÃO DA PRÁTICA DELITUOSA ? PRECEDENTES DESTA SUPREMA CORTE
? LEGALIDADE DA DECISÃO QUE DECRETOU A PRISÃO CAUTELAR ? PRECEDENTES ? RECURSO
DE AGRAVO IMPROVIDO. A PRISÃO CAUTELAR CONSTITUI MEDIDA DE NATUREZA EXCEPCIONAL
? A privação cautelar da liberdade individual reveste-se de caráter excepcional, somente devendo ser
decretada ou mantida em situações de absoluta necessidade. ? A questão da decretabilidade ou da
manutenção da prisão cautelar. Possibilidade excepcional, desde que satisfeitos os requisitos
mencionados no art. 312 do CPP. Necessidade da verificação concreta, em cada caso, da
imprescindibilidade da adoção dessa medida extraordinária. Precedentes.DEMONSTRAÇÃO, NO CASO,
DA NECESSIDADE CONCRETA DE DECRETAR-SE A PRISÃO CAUTELAR DO PACIENTE ? Revela-se
legítima a prisão cautelar se a decisão que a decreta encontra suporte idôneo em elementos concretos e
reais que ? além de ajustarem-se aos fundamentos abstratos definidos em sede legal ? demonstram que a
permanência em liberdade do suposto autor do delito comprometerá a garantia da ordem pública e
frustrará a aplicação da lei penal.(HC 133244 AgR, Relator(a): Min. Celso de Mello, Segunda Turma,
julgado em 15/03/2016. Data da Publicação: 08/04/2016). Grifei.Este também é o entendimento desta
Corte,in verbis: HABEAS CORPUS DECLARATÓRIO DE NULIDADE E LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE
LIMINAR QUADRILHA DE ASSALTOS À BANCO NO INTERIOR DENÚNCIA OFERECIDA CONTRA
OUTRA PESSOA QUE NÃO É O PACIENTE. IMPROCEDÊNCIA. PACIENTE E DENUNCIADO QUE SÃO
A MESMA PESSOA UTILIZAÇÃO DE NOMES FALSOS FOTOGRAFIA DE DOCUMENTOS
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porquanto a substituição da prisão preventiva por quaisquer de tais medidas pode acabar por frustrar a
finalidade perseguida com a decretação da custódia, nãosendo o magistrado obrigado a concedê-las e, no
caso concreto,verifica-se a insuficiência da substituição da prisão preventiva, sendo as provas amealhadas
indicativas da necessidade de manutenção da custódia, visto que mantidos os requisitos ensejadores da
sua decretação.Neste sentido é a jurisprudência, a saber:Ementa:RECURSO EM HABEAS CORPUS.
CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. FURTO QUALIFICADO. ALEGAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO
ILEGAL. PRETENSÃO DE QUE SE RECONHEÇA NULIDADE NA PRISÃO EM FLAGRANTE.
CONVERSÃO PARA A PREVENTIVA DE OFÍCIO. VALIDADE. PLEITO PELA REVOGAÇÃO DA PRISÃO
PREVENTIVA. CIRCUNSTÂNCIAS AUTORIZADORAS PRESENTES. CONDIÇÕES PESSOAIS
FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA.PEDIDO PARA SUBSTITUIR A PRISÃO CAUTELAR POR MEDIDA
DIVERSA. INADEQUAÇÃO / INSUFICIÊNCIA. PRECEDENTES. 1. O Juízo processante, ao receber o
auto de prisão em flagrante, verificando sua legalidade e inviabilidade de sua substituição
pormedidadiversa, deverá convertê-la em preventiva, quando reconhecer a existência dos requisitos
preconizados nos arts. 312 e 313, do CPP, independente de representação ou requerimento. 2. A
necessidade da segregaçãocautelarse encontra fundamentada na garantia da ordem pública em face da
periculosidade do recorrente, caracterizada pela reiteração de prática delituosa. 3. O Superior Tribunal de
Justiça, em orientação uníssona, entende que persistindo os requisitos autorizadores da
segregaçãocautelar(art. 312, CPP), é despiciendo o recorrente possuir condições pessoais favoráveis. 4.
Recurso em "habeas corpus" a que se nega provimento. (STJ) Data de publicação: 14/11/2013).Ementa:
PENAL. PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS E PORTE DE ARMA DE
FOGO. ALEGAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DOS REQUISITOS E FUNDAMENTOS DA PRISÃO
PREVENTIVA. 1 ? Não carece de falta de fundamentação custodia onde o magistrado de base, por três
vezes, se manifestas acerca dos requisitos e fundamentos do artigo 312 da Lei Adjetiva Penal. O juiz deixa
claro o fato da grande quantidade de drogas e materiais apreendidos - inclusive arma de fogo - como
fatores obstativosparaconcessão da Liberdade Provisória. 2 ? Impossibilidade
deconversãoparamedidacautelardiversa da prisão porque restaria por desvirtuar os fins da prisão, sendo
caso de manutenção (CPP; artigo 286, §6º e artigo 319). Paciente que possui diversos procedimentos
penais, inclusive já em execução de pena. HABEAS CORPUS conhecido e denegado. (HABEAS
CORPUS, Terceira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do MA, Relator: José Joaquim Figueiredo dos
Anjos). (TJ-MA - Habeas Corpus HC 0447822012 MA 0007672-89.2012.8.10.0000 (TJ-MA) Data de
publicação: 21/02/2013).É pertinente enfatizar que o magistrado de primeira instância, por conhecer a
causa com mais profundidade e atuar de maneira próxima aos fatos e pessoas nela envolvidas, tem mais
condições de, via de regra, decidir com prudência e segurança acerca da necessidade ou não da
manutenção da custódia cautelar, sendocurial que se confira eficácia aoprincípio da confiança no juiz da
causano que toca à fundamentação relativa à necessidade e à adequação da medida, pois é quem está
mais próximo dos fatos em apreciação. Acerca do tema colaciono jurisprudência desta Corte:EMENTA:
HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR. (...)APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA
CONFIANÇA NO JUIZ DE 1º GRAU. (...) WRIT CONHECIDO. ORDEM DENEGADA. UNÂNIME.
(...)Possibilidade de se aplicar no caso em tela o princípio da confiança no juízo a quo, uma vez que este é
o detentor das provas dos autos, (...). Ordem denegada. 6. Unânime. (201430087317, 132558, Rel. VERA
ARAUJO DE SOUZA, Órgão Julgador CÂMARAS CRIMINAIS REUNIDAS, Julgado em 28/04/2014,
Publicado em 30/04/2014). (GRIFEI). EMENTA: HABEAS CORPUS PREVENTIVO (...)confiança no juiz da
causa- qualidades pessoais irrelevantes aplicação do enunciado n.º 08 do TJ/PA - ordem denegada.
(...)Deve-se, prestar reverência ao Princípio da Confiança no Juiz da Causa, já que o Magistrado encontra-
se mais próximo das partes, e, portanto, tem melhores condições de valorar a subsistência dos motivos
que determinaram a constrição cautelar do paciente(...). Ordem denegada. (201330178240, 126007, Rel.
ROMULO JOSE FERREIRA NUNES, Órgão Julgador CÂMARAS CRIMINAIS REUNIDAS, Julgado em
04/11/2013, Publicado em 06/11/2013). (GRIFEI).No que concerne à alegação deque a confissão do
paciente foi obtida por meio de tortura, entendo que a análise de provas se refere ao mérito da ação penal
enão é cabível em sede deHabeas Corpus enão há nos autos qualquer prova neste sentido, razão pela
qual este ponto do recurso não merece ser conhecido, pois não restou provado, por qualquer meio, tal
alegação, pois não trouxe o impetrante aos autos qualquer elemento que comprovasse, de plano, as
torturas sofridas pelo pacientee, como cediço, impossível é o revolvimento de provas na via estreita
dowrit.Nesse sentido:HABEAS CORPUS ESTUPRO DE VULNERÁVEL E FRAUDE PROCESSUAL
CRIME CONTINUADO AUSÊNCIA DE PROVAS DE AUTORIA E MATERIALIDADE REVOLVIMENTO
FÁTICO PROBATÓRIO INCABÍVEL NA VIA ELEITA NÃO CONHECIMENTO (...). I.Não se conhece do
argumento que trata da ausência de provas de autoria e materialidade, pois o exame do material
probatório, contido nos autos do processo criminal não pode ser feito através do remédio heroico, ação
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constitucional de rito célere e cognição sumária, destinada a corrigir ilegalidades patentes e perceptíveis
de pronto. Precedente do STJ (...); (2017.01845178-73, 174.425, Rel. ROMULO JOSE FERREIRA
NUNES, Órgão Julgador SEÇÃO DE DIREITO PENAL, Julgado em 08/05/2017, publicado em
10/05/2017). Grifei.HABEAS CORPUS - ROUBO MAJORADO - ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO QUE MANTEVE A SEGREGAÇÃO CAUTELAR - CONDIÇÕES
PESSOAIS FAVORÁVEIS - COGITAÇÕES ACERCA DA DOSAGEM DA PENA - VIOLAÇÃO AO
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA - APLICAÇÃO DE MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS
DA PRISÃO - REITERAÇÃO DE PEDIDO - SÚMULA Nº 53 DO TJMG - INCOGNIÇÃO -ALEGAÇÃO DE
PROVA OBTIDA MEDIANTE TORTURA - QUESTAO FÁTICA QUE ENVOLVE REVOLVIMENTO DE
MATERIAL PROBATÓRIO QUE NÃO SE PODE REALIZARA NA ESTREITA VIA MANDAMENTAL? (...) a
ação constitucional de Habeas Corpus não pode ser utilizada como sucedâneo recursal, mormente
quando, à impugnação do ato judicial combatido, há previsão expressa de recurso próprio, excetuados os
casos em que patentemente configurado o constrangimento ilegal, que, in casu, não se verifica. (TJ-MG -
HC: 10000150769602000 MG, Relator: Paulo Calmon Nogueira da Gama, Data de Julgamento:
05/11/2015, Câmaras Criminais / 7ª CÂMARA CRIMINAL, Data de Publicação: 12/11/2015).Grifei.Assim,
não conheço desta parte do pedido.Diante do exposto, e em consonância com o parecer ministerial,não se
observa na hipótese, a existência de qualquer ilegalidade a ser sanada na via estreita dowrit,razão pela
qualdenego a ordem dehabeas corpusimpetrada.Belém/PA, 18 fevereiro de 2019. Belém, 19/02/2019
drogas e portando 08 ?trouxas? de substância conhecida como maconha, sendo que já era investigado
pela polícia, havendo fortes suspeitas de que faça parte de organização criminosa ligada ao Comando
Vermelho, o que aponta a sua elevada periculosidade e demonstra seu total menosprezo para com o
império da lei.2. Tais circunstâncias indicam a necessidade da clausura, para resguardar a ordem pública,
conforme bem pontuado pelo magistrado, revelando o acerto em sua decisão.3. As qualidades pessoais
são irrelevantes para a concessão da ordem de habeas corpus, mormente quando estiverem presentes os
requisitos da prisão preventiva, comoin casu(Súmula n.º 08 deste Tribunal).4. Presentes os requisitos da
clausura, não há que se falar em aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, vez que
flagrantemente ineficazes.5. O constrangimento ilegal por excesso de prazo não resulta de um critério
aritmético, mas de uma aferição realizada pelo julgador, à luz dos princípios da razoabilidade e
proporcionalidade, levando em conta as peculiaridades do caso concreto.6. In casu, o paciente foi preso
em flagrante em 08/09/2018, havendo audiência de instrução e julgamento designada para o dia
20/03/2019. Desde a prisão, o processo vem sendo constantemente impulsionado, tendo sido proferida
decisão mantendo a prisão em 17/01/2019, não se constatando, portanto, nenhuma desídia do juízo e nem
paralisação injustificada do trâmite processual, ao contrário, a dilação do prazo ainda se encontra dentro
dos limites da razoabilidade que devem nortear esta decisão.7. ORDEM CONHECIDA E DENEGADA.
DECISÃO UNÂNIME. ACÓRDÃOVistos etc.Acordam, os Excelentíssimos Senhores Desembargadores,
componentes da Egrégia Seção de Direito Penal, à unanimidade, emCONHECER E DENEGAR A
ORDEM, nos termos do voto do Desembargador Relator.Saladas Sessões do Tribunal de Justiça do Pará,
aos dezoito dias do mês de fevereiro de 2019.Julgamentopresidido pela Excelentíssima Senhora
Desembargadora Vânia Fortes Bitar. RELATÓRIO Trata-se da ordem de habeas corpus liberatório, com
pedido de liminar, impetrada em favor de ANDERSON RAMOS CORREA, processado, no âmbito do juízo
impetrado, pelo delito de tráfico de drogas e associação para o tráfico.Consta dos autos que o paciente foi
preso em flagrante no dia 08/09/2018, por volta das 03h30min, após ter sido pego trazendo consigo 08
(oito) trouxas de substância entorpecente conhecida por ?maconha?. Consta, ainda, que a ação se deu
durante a festividade municipal ?festival do açaí?, logo após uma abordagem preventiva das polícias civil e
militar em alguns usuários, que informaram que haviam comprado substância entorpecente do
denunciado, ora paciente, e que este estaria comercializando drogas na cidade.A impetrante informa que o
flagrante foi convertido em prisão preventiva, em decisão datada de 09/09/2018.O paciente foi denunciado,
no dia 20/09/2018, pela prática dos delitos previstos nos arts. 33 e 35 da Lei 11.343/06,Alega, em suma,
que a fundamentação apresentada pelo juízo não é idônea; que não estão presentes os requisitos da
custódia preventiva; que o paciente reúne condições subjetivas favoráveis à concessão da ordem; que faz
jus a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão; e, por fim, que há constrangimento ilegal
decorrente do excesso de prazo na instrução.O feito me veio regularmente distribuído e, em 22/01/2019,
indeferi a liminar, requisitei informações ao juízo e determinei sua remessa aocustos legis.O magistradoa
quoprestou as informações de praxe e ressaltou que: - O paciente foi denunciado pelo Ministério Público,
no dia 20/09/2018, pela prática dos delitos previstos nos arts. 33 e 35 da Lei 11.343/06, por ter no dia
08/09/2018, por volta das 03h:30min, sido preso em flagrante delito trazendo consigo 08 (oito) trouxas de
substância entorpecente, conhecida por ?maconha?. A ação se deu durante a ocorrência da festividade
municipal ?festival do açaí?, e logo após uma abordagem preventiva das polícias civil e militar em alguns
usuários, que informaram que haviam comprado substância entorpecente do denunciado, ora paciente, e
que este estaria comercializando drogas na cidade.- Consta nos autos do Inquérito Policial, processo n.º
0005665-32.2018.8.14.0056, que o paciente vinha sendo investigado pelo Núcleo de Inteligência da
Polícia Civil, no bojo das Operações ?Tríade? e ?Hidra de Lerna?, tendo em vista a formação de
organização criminosa que atua no município de São Sebastião da Boa Vista. No referido processo
(0005665-32.2018.8.14.0056), os documentos e transcrições colacionadas demonstraram claramente a
intensa atuação do paciente na organização criminosa, bem como seu papel na arregimentação ao tráfico
de drogas, demonstrando ser indivíduo de alta periculosidade, ligado à facção criminosa ?Comando
vermelho?, possuindo função de ?disciplina? na cidade de São Sebastião da Boa Vista, realizando
cobranças mensais para, manter a organização, além de demonstrar a participação e prática de outros
crimes, como o homicídio do traficante ?Brega?, e envolvimento com armas.- A prisão em flagrante do
paciente foi homologada e convertida em prisão preventiva no dia 09/09/2018, para a garantia da ordem
pública, conveniência da instrução processual e assegurar a aplicação da lei penal, tendo em vista a
gravidade do delito, que causou abalo na sociedade, o receio de intimidar testemunhas e o receio de que
solto, volte a delinquir.- O réu foi citado e apresentou resposta à acusação, tendo sido designada a
audiência de instrução e julgamento para o dia 20/03/2019, às 12h:30m. O Procurador de Justiça Luiz
Cesar Tavares Bibas se manifestou pelo conhecimento e denegação da ordem.É o relatório. VOTO A
irresignação cinge-se a alegação de ausência de fundamentação idônea na decisão que decretou a prisão
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preventiva do paciente, ausência dos seus requisitos e condições subjetivas favoráveis para aguardar em
liberdade o desfecho da ação penal, com a possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da
prisão e excesso de prazo na instrução.Tenho que melhor sorte não socorre o paciente.Se observa dos
autos que, ao homologar a prisão em flagrante e convertê-la em prisão preventiva, em decisão datada de
09/09/2018, o magistradoa quoressaltoua gravidade do delito, a maneira de agir fria e insensível do
indiciado, atuando no tráfico de forma aberta e escancarada nesta pequena comunidade, indiferente à
iminente ação policial, circunstâncias estas reveladoras de sua periculosidade concreta, indicando que a
segregação cautelar do conduzido é necessária e imprescindível para a garantia da ordem pública.Ao
indeferir pleito de revogação da medida extrema, em decisão recente, datada de 17/01/2019, o magistrado
afirmou que seus requisitos autorizadores remanesciam, sendo necessário resguardar a ordem pública, a
instrução criminal e a aplicação da lei penal. Ao analisar a alegação de excesso de prazo, a magistrada
ressaltou haver audiência designada para o dia 20/03/2019 próximo.Ora, conforme bem pontuado pelo
Procurador de Justiça, em seu judicioso parecer, a decisão que transformou a custódia flagrancial em
prisão preventiva está fundamentada nas hipóteses do art. 311 e art. 312, do Código Processo Penal, com
base nas circunstâncias do crime, estando presentes os indícios de autoria e materialidade delitiva, e,
portanto, satisfeitos os requisitos dofumus commissi delictie dopericulum libertatis.Conforme já relatado, há
fortes indícios de que o paciente tenha ligação com organização criminosa ligada ao Comando Vermelho,
sendo ele um dos braços fortes da facção, comandando o tráfico de drogas na região de São Sebastião da
Boa Vista.Tais circunstâncias, em especial o flagrante comércio de entorpecentes que levou a prisão do
indigitado, indicam a necessidade da clausura, para resguardar a ordem pública, conforme bem pontuado
pelo magistrado.Nesse passo, as eventuais condições pessoais favoráveis do paciente não impõem a
revogação da medida, conforme orienta a súmula n.º 08 deste sodalício.Assim, com base nos elementos
que instruem estes autos, entendo que a custódia cautelar encontra-se bem fundamentada, revelando
incabível a substituição da segregação preventiva por medidas cautelares diversas da prisão, eis que
presentes todos os requisitos necessários para sua manutenção, nos termos do artigo 312 do Código de
Processo Penal, não se podendo falar em constrangimento ilegal na segregação do paciente. Cito julgado
do Superior Tribunal de Justiça, ilustrativo: (...) as condições pessoais favoráveis aos acusados ?
primariedade, bons antecedentes, emprego lícito, família e residência fixa ? não são causas que impedem
a decretação da prisão preventiva, e nem têm força para alcançar sua revogação, mormente quando
presentes os motivos autorizadores da prisão preventiva, como no caso em tela. Proporcional e razoável,
assim, a manutenção da custódia cautelar dos réus, em razão da necessidade de resguardo da ordem
pública, quer para evitar a reiteração criminosa, quer para resgatar a estabilidade social(...). Resta claro
ainda, que as medidas cautelares alternativas à prisão preventiva (art. 319 do CPP) não se mostram
suficientes, adequadas e proporcionais à gravidade do fato praticado e à periculosidade dos acusados,
denotada nas circunstâncias do delito. Ante o exposto, inalteradas as circunstâncias que ensejaram a
decretação das prisões cautelares, mantenho a r. Decisão que as decretaram por seus próprios
fundamentos e INDEFIRO o pedido de revogação (...) (STJ ? HC: 419570 SP 2017/ 0259717-0, Relator:
Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, Data de Publicação: DJ 10/10/2017) Por fim, no que se
refere à alegação de excesso de prazo, conforme relatei, o paciente foi preso em flagrante em 08/09/2018,
havendo audiência de instrução e julgamento designada para o dia 20/03/2019, já próximo.Desde a prisão,
o processo foi constantemente impulsionado, não se verificando nenhuma desídia do juízo e nem
paralisação injustificada do trâmite processual, ou seja, não há registro de qualquer evento relevante
atribuído ao Poder Judiciário que possa caracterizar constrangimento ilegal e justificar o relaxamento da
prisão, ao contrário, entendo que a dilação do prazo ainda se encontra dentro dos limites da razoabilidade
que devem nortear esta decisão.É cediço que a garantia constitucional da razoável duração do processo
deve ser compatibilizada com outras de igual estatura constitucional, como o devido processo legal, a
ampla defesa e o contraditório que, da mesma forma, precisam ser asseguradas às partes no curso do
processo.Assim, eventual constrangimento ilegal por excesso de prazo não resulta de um critério
aritmético, mas de uma aferição realizada pelo julgador, à luz dos princípios da razoabilidade e
proporcionalidade, levando em conta as peculiaridades do caso concreto.Nesse prisma, entendo ausentes,
por ora, motivos que justifiquem o relaxamento da prisão do paciente pelo argumento de excesso de
prazo, uma vez que a instrução segue seus trâmites legais.Por todo o exposto, denego a ordem.É o
voto.Belém, 18 de fevereiro de 2019.Des.RONALDOMARQUESVALLE Relator Belém, 20/02/2019
quoestabeleceu a medida cautelar extrema do paciente para a garantia da ordem pública, face o seu
envolvimento na prática de outros delitos e aplicação da lei penal, face à fuga do distrito da culpa, estando,
pois, justificada a necessidade da custódia e, consequentemente, a impossibilidade de sua substituição
por outras medidas cautelares, adiante se lê:[...]DECISÃODetermino que sejam promovidas
IMEDIATAMENTE a citação dos acusados para que, em atenção à norma do art. 396 do CPP, com a
redação que lhe foi dada pela Lei nº 11.719/2008, ofereçam sua defesa escrita no prazo de 10 (dez)
dias.Em suas respostas, os acusados poderão arguir preliminares e alegar tudo que interesse às suas
defesas, inclusive oferecer documentos e justificações, devendo especificar as provas pretendidas e
arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação quando necessário (art. 396-A do CPP
acrescentado pela Lei nº 11.719/2008).Caso as respostas não forem apresentadas no prazo legal, será
nomeado aos acusados defensor público para oferecê-la. Transcorrido in albis o prazo acima assinalado,
dê-se vista à DP.Em relação ao requerimento formulado pelo órgão ministerial, no sentido da decretação
da prisão preventiva dos denunciados, entendo que o pleito merece prosperar.Convém consignar,
inicialmente, que a lei permite a constrição provisória da liberdade individual de forma excepcional, quando
tal providência se revela imprescindível ao resguardo da ordem pública e econômica, da conveniência da
instrução criminal e da possível aplicação da lei penal, desde que se façam presentes indícios suficientes
de autoria e prova da existência do crime. O fumus boni iuris resultou configurado pelos indícios de
materialidade e autoria consubstanciados nos termos de declarações das testemunhas ouvidas em sede
policial, bem como pelos laudos periciais e pela confissão dos acusados ANTONIO JOSINEI OLIVEIRA
DE SOUZA e JULIO DO NASCIMENTO NONATO, que relataram com detalhes cometimento do crime.A
existência de crime deve ser fato certo e provado por qualquer meio de prova em direito admitido tais
como documentos, testemunhas etc. No entanto, no que diz respeito à autoria, bastam indícios, querendo
a lei com isso dizer que não precisa haver robustez tal como aquela a ensejar uma condenação. Daí
porque esses dois requisitos caracterizam a fumaça do bom direito, devendo em cada caso ser analisado
se os elementos existentes atestam a materialidade do crime e se apontam, ao menos, a autoria.O exame
da autoria não exige prova plena, bastando que haja meros indícios. Isso porque a decretação da medida
cautelar não pode consistir em antecipação do exame do mérito da questão, baseando-se, antes, num
juízo de verossimilhança, isto é, numa ponderação da probabilidade de o réu ter sido o autor do fato
criminoso.O periculum in mora decorre da necessidade de resguardar a ordem pública e de assegurar a
aplicação de eventual sanção penal, pelos motivos que passo a expor.Com efeito, a necessidade da
custódia cautelar exsurge não apenas da gravidade concreta do fato, ousadia da ação e prejuízo de
grande monta à vítima e mas também em razão dos antecedentes criminais dos denunciados JULIO DO
NASCIMENTO NONATO, ALESSANDRO DE SOUSA, DENILSON GONÇALVES FURTADO, MARCIO
AFONSO MELO FERNANDESA FERREIRA, que faz presumir que em liberdade continuarão a delinquir.
Por outro lado, o acusado ANTONIO JOSINEI OLIVEIRA DE SOUZA que não possui antecedentes
criminais, conforme a certidão juntada aos autos, confessou sua participação no delito e seu envolvimento
em outros crimes, tendo confessado, inclusive, ser foragido do sistema penitenciário deste Estado, sendo
necessária a segregação cautelar para garantia da aplicação da lei penal e da ordem pública.Com efeito,
apresenta-se inegável, no caso, a necessidade da segregação cautelar do representado para garantia da
ordem pública, face aos antecedentes criminais e aplicação da lei penal, face à fuga do distrito da culpa,
conforme noticiado no inquérito policial.O magistério de Júlio F. Mirabete ensina que a ordem pública está
relacionada com a periculosidade do agente, a prevenir a reprodução de fatos criminosos, acautelar o
meio social e a própria credibilidade da justiça em face da gravidade do crime e de sua repercussão,
concluindo que a prisão preventiva está justificada no caso de ser o acusado dotado de periculosidade, na
perseverança da prática delituosa, quando se denuncia torpeza, perversão, malvadez, cupidez e
insensibilidade moral (Processo Penal 10. ed. rev. e atual - São Paulo: Atlas, 2000, p.386).No caso dos
autos, o crime é grave, estando presente no vertente caso a necessidade de garantir a aplicação da lei
penal e a ordem pública, razão pela qual decreto a prisão preventiva dos acusados ANTONIO JOSINEI
OLIVEIRA DE SOUZA, JULIO DO NASCIMENTO NONATO, ALESSANDRO DE SOUZA FERREIRA,
DENILSON GONÇALVES FURTADO, MARCIO AFONSO DE MELO FERNANDES, com fundamento no
art. 312 do CPPB.[...] QUANTO AO EXCESSO DE PRAZO PARA A FORMAÇÃO DA CULPA.Os
impetrantes alegam opericulum in mora, tendo em vista o excesso de prazo, estando o paciente
dependendo da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará para ter escolta para as audiências,
vez que 02 (duas) audiências já foram redesignadas por ausência do paciente e novamente redesignada
para o próximo dia14/02/2019.Aduzem ainda os impetrantes, que resta patente a coação ilegal praticada
em desfavor do requerente, pois está encarcerado a mais tempo do que determina a Lei, tornando-se
evidente o excesso de prazo da prisão.A audiência de instrução foi redesignada para o dia14/02/2019,
determinando a intimação por condução coercitiva das testemunhasJulijan Araujo DiaseLucivaldo de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Almeida Rocha. Em relação as testemunhasAntônio Carlos Abreu GavaeIvanaldo Alves de Almeida, foram
expedidas cartas precatórias, devolvidas sem cumprimento, pois o endereço não pertence a Comarca
informada, conforme certificou o Oficial de Justiça.Entretanto, da análise dos documentos constantes dos
autos, constato que não há excesso de prazo para a formação da culpa do coacto, tendo em vista que
trata-se de feito complexo, envolvendo vários acusados, testemunhas, inclusive houve a necessidade de
se expedir cartas precatórias para interrogá-los, diligência usualmente demoradas, o que justifica a
delonga na conclusão da instrução processual por força do princípio da razoabilidade.EXISTÊNCIA DE
QUALIDADES PESSOAIS FAVORÁVEIS. SUBSTITUIÇÃO DA PRISÃO POR OUTRAS MEDIDAS
CAUTELARES.As qualidades pessoais do paciente são irrelevantes para a concessão da ordem dowrit,
mormente quando estiverem presentes os requisitos da prisão preventiva, ao disposto no enunciado
sumular nº 08 do TJPA.Ante o exposto, acompanhando o parecer ministerial, conheçoparcialmente e
denego a ordemdeHabeas Corpusimpetrada, tudo nos termos da fundamentação. É o meu voto.Belém.
(PA), 18 de fevereiro de 2019. DesembargadorRÔMULO NUNESRelator Belém, 19/02/2019
parágrafo único, inciso III, ambos da Lei nº 10.826/03.Pleiteia a concessão do Habeas Corpus, com base
na alegação de constrangimento ilegal porexcesso de prazopara o término da instrução criminal. Alega
ainda o impetrante aausência dos requisitos da prisão preventiva.Juntou documentos. Os autos me vieram
conclusos, pelo que indeferi a liminar pleiteada e solicitei informações à autoridade coatora.Em Doc. de nº
1290610,o juízo apontado como coator apresentou as informações esclarecendo,in verbis:? Os pacientes
foram presos em flagrante delito juntamente outros denunciados, quais sejam Germano Pereira Cruz Filho,
Jean Ferreira do Carmo, Rafael Silva do Nascimento e Cristiano Oliveira Martins, em 15/02/2018, em
decorrência de associação criminosa para o cometimento de crimes de roubo com o uso de armas de fogo
e explosivos, tendo firmado base operatória na residência do denunciado Germano.Em 15/02/2018, data
da prisão, foi apreendido na base operatória do grupo, diversas armas de uso permitido e restrito (fuzil
726, rifle 30, pistola 9mm, etc), munições, artefatos explosivos (bananas de dinamite), além de coletes à
prova de balas e parte do dinheiro roubado do Supermercado Roma, tudo indicando que se preparavam
para roubar uma agência bancária local.Foi oferecida a denúncia em 15/03/2018, recebida em
20/03/2018.Todos os denunciados no feito foram citados, sendo que o ora paciente EDGAR VIEIRA DA
SILVA e GILDVAL DA SILVA ALVES foram citados em 23/03/2018, bem como apresentaram defesa,
ambos o fazendo em 02/04/2018, tudo certificado nos autos.Em face da ação principal envolver diversos
réus, registro ainda que: em 03/04/2018 foi deferido pedido de recambiamento do corréu Jean; em
25/04/2018 foi negado pedido de revogação da prisão do corréu Germano; em 02/05/2018 nomeado
defensor dativo para o corréu Cristiano; em 17/05/2018 deferido e autorizado encaminhamento das
bananas de dinamite ao Exército Brasileiro, em Marabá.Em 04/06/2018, com as respostas à acusação, os
autos foram encaminhados ao Ministério Público para manifestação.Autos conclusos em 14/06/2018 para
designação de audiência de instrução e julgamento, ocasião em que foi proferida a seguinte decisão, cujo
teor segue abaixo:Processo ? 0001044-98.2018.8.14.0053DECISÃOCompulsando os autos, verifico que
há preliminar levantada, argumentando não haver justa causa, que não merece prosperar, tendo em vista
que a inicial satisfaz os requisitos do art. 41 do CPP, bem como, a denúncia está acompanhada de
suficiente lastro probatório.Assim sendo, REJEITO a preliminar suscitada pela defesa.Ademais, vislumbro
que não se encontram presentes as hipóteses do artigo 397 do CPP, logo não é o caso de absolvição
sumária. (...)Em 29/08/2018 a audiência de instrução e julgamento foi redesignada em prazo razoável para
o dia 04/12/2018, em face de peculiaridades do caso que envolve uma grande mobilização da SUSIPE
para mobilização dos réus e da enorme distância da comarca para os presídios.No dia 26/09/2018, nos
termos da orientação firmada na Portaria de nº. 04/2018-GJ, a qual estabeleceu "Mutirão" relativo à
análise dos processos de presos provisórios, foi reanalisado ex officio a cautelaridade da prisão preventiva
dos acusados do processo em tela, concluindo-se pela manutenção da prisão preventiva.No dia
04/12/2018, ocorreu a audiência de instrução e julgamento, onde compareceu apenas o acusado Jean
Ferreira do Carmo, estando ausente os demais acusados sem justificativa da SUSIPE.Foi determinada a
apresentação dos custodiados pela SUSIPE em nova audiência que ocorrerá no dia 08/02/2019, às 9h da
manhã. Determinou-se ainda que fosse oficiado a SUSIPE e a Corregedoria do Interior do Pará para
apurar a responsabilidade dos envolvidos pela não apresentação dos presos.Em 13/12/2019 e em
09/01/2019, os pacientes EDGAR VIEIRA DA SILVA e GILDVAL DA SILVA ALVES, e os demais
acusados, através de seus defensores, postularam pedidos de liberdade provisória, os quais foram
indeferidos por este juízo, visto subsistir os pressupostos da prisão cautelar. (...)?.Em seguida, os autos
aoMinistério Público de 2º grau, que apresentou manifestação de lavra do eminente Procurador de Justiça
Marcos Antônio Ferreira das Neves, que opinou peladenegaçãoda ordem. É o relatório. VOTO
Inicialmente, reconheço presentes os requisitos de admissibilidade da presente ação mandamental,
consequentemente, passo a apreciação do pedido. No que tange à alegação de ilegalidade porinexistência
de motivos para segregação cautelar, entendo que a mesma não pode prosperar, pois o douto
magistradoa quofundamentou sua decisão na garantia da ordem pública, posto que, ao analisar o caso,
entendeu está demonstrado o fumus comissi delicti resta evidente diante das provas acostadas aos autos
de prisão em flagrante e do IPL, que de forma clara e serena apontaram a existência do delito de roubo,
onde há a participação efetiva dos réus em seu cometimento.Com relação ao periculum libertatis, verificou
que a gravidade do crime, seu modus operandi e a violência, por si só, demonstram que os pacientes, em
liberdade oferecem riscos à coletividade.Dessa forma,diante do exame acurado do decreto preventivo
ealiando-se a presença de circunstâncias autorizadoras da medida conforme determina o artigo 312 do
CPP, entendo que estão presentes os motivos para a manutenção da prisão preventiva do paciente.
Nessa linha transcrevo julgado desta E. Seção de Direito Penal,in verbis: EMENTA: HABEAS CORPUS
LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR. ART. 121, § 2º, I E IV C/C O ARTIGO 29 E 129, § 1º, INCISO
I, C/C 29, TODOS DO CÓDIGO PENAL. PRISÃO PREVENTIVA. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA.
INOCORRÊNCIA. DECRETO FUNDAMENTADO. GARANTIA ORDEM PÚBLICA. CONDIÇÕES
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
dos cuidados de sua enteada que é enfermeira e reside no município de Marabá. O Juízo de primeiro grau
indeferiu o pleito de transferência de unidade prisional sob a seguinte fundamentação,verbis: ?Cuida-se de
pedido de transferência do apenado JOSE EDMUNDO ORTIZ VERGOLINO, RG 827124 SSP/PA CPF
026.197.6782-68 nascido em 14/08/1937 sentenciado com mandado de prisão expedido nos autos
0015793-666.2016.8.14.0401 pelo Juízo da 2ª Vara do Júri de Belém. Informou o Delegado Marcelo
Delgado Dias, responsável pela prisão que o capturado é idoso e que sua prisão decorreu de um crime de
repercussão o que levou esse magistrado a confirmar as informações junto ao sistema e localizar a
Execução Penal de número 0001322-14.2009.8.14.040 e o Processo 0015793-55.2006.8.14.0401 no qual
o réu foi condenado a 152 anos de prisão por ordenar a morte de trabalhadores. Registro ainda que o caso
teve repercussão internacional nas cortes de Direitos Humanos. Como se sabe a situação do Sistema
Prisional de Marabá é hoje caótico, além da média estadual e nacional.O CRAMA é antigo e não possui
condições de segurança perfeitas para suportar casos extraordinários. Hoje são 690 presos para 180
vagas.Considerando o pedidodiante das razões apresentadas que abarcamquestões de segurança e
garantia da vida humana e ainda que compete à Administração Penitenciária gerir da melhor forma
possível a movimentação e guarda de presos não vislumbro óbice na transferência requerida.Já decidiu o
Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul: HABEAS CORPUS. TRANSFERÊNCIA
COMPULSÓRIA DO PRESO. AUSÊNCIA DE MANIFESTAÇÃO PRÉVIA DO RECLUSO OU DA DEFESA.
ILEGALIDADE INEXISTENTE. Ao juiz da execução cabe, a requerimento da autoridade administrativa,
definir o estabelecimento prisional adequado para abrigar o preso provisório ou condenado, em atenção ao
regime e aos requisitos estabelecidos, como também determinar o cumprimento da pena ou medida de
segurança em outra Comarca ? art. 86, § 3º e art. 66, V, ?g?, ambos da LEP. Preceitos que devem ser
conjugados com o direito do preso à visitação de familiares ? art. 41, inciso X da LEP -, mas também em
observância à conveniência da administração, vinculada, sobretudo, à segurança. Nos casos de urgência,
a transferência pode ser determinada à revelia de manifestação prévia da defesa ou ouvida do preso, o
contraditório sendo diferido. Hipótese na qual o apenado, cujo histórico prisional indica ser de alta
periculosidade, foi identificado como um dos líderes de um motim, cuja contenção exigiu a intervenção dos
agentes penitenciários, da Brigada Militar e auxílio do Corpo de Bombeiros. Conveniência da
Administração que se sobrepõe ao interesse particular do preso. Ausência de qualquer ilegalidade que
pudesse ensejar a concessão da ordem. ORDEM DENEGADA. (TJRS - HC 70057769291 - 8.ª Câmara
Criminal - j.29/1/2014 - julgado por Fabianne Breton Baisch). Autorizo em caráter de urgência observadas
as formalidades legais. DETERMINO A SEGUP deve informar em qual Casa Penal entregou o preso
comunicando-se as partes e a Vara de Execuções Penais de Belém a respeito Informar a 2 Vara do Júri
de Belém para encaminhar a Guia de Execução a VEP de Belém. Ciência ao MP e a Defesa.?.Ab initio,
cumpre observar que a Lei de Execuções Penais ? LEP, em seu artigo 103, estabelece que ?cada
comarca terá, pelo menos 1 (uma) cadeiapública a fim de resguardar o interesse da Administração da
Justiça Criminal e a permanência do preso em local próximo ao seu meio social e familiar.? (grifei). Por
outro lado, a mesma lei dispõe no artigo 86, § 3º, que ?caberá ao juiz competente, a requerimento da
autoridade administrativa definir o estabelecimento prisional adequado para abrigar o preso provisório ou
condenado, em atenção ao regime e aos requisitos estabelecidos?(grifei), o que demonstra não se tratar
de direito subjetivo do preso.Acerca da matéria, esta Seção de Direito Penal firmou entendimento de que a
transferência do sentenciado para unidade prisional mais próxima da família não constitui um direito
subjetivo do apenado, cabendo ao Juízo de Execuções Penais avaliar a conveniência da medida, desde
que de maneira fundamentada.No caso dos autos, da análise dos trechos acima transcritos, verifica-se
que o pedido de transferência do apenado foi indeferido pelo juízo singular de forma fundamentada, com
base nas peculiaridades do caso concreto, sobretudo considerando as circunstâncias que envolveram os
fatos, por tratar-se de caso de grande repercussão, inclusive, de repercussão internacional nas Cortes de
Direitos Humanos, em que houve necessidade de desaforamento do julgamento. Outrossim, de acordo
com o entendimento firmado pelo juízoa quo, a casa penal de Marabá - CRAMA ? trata-se de
estabelecimento muito antigo que não possui condições de segurança aptas a suportar casos
extraordinários, como o dos autos. Demonstrando, ainda, o magistrado, que hoje o referido presídio aloja
690 presos ao passo que sua capacidade é de 180 vagas, caracterizando flagrante superlotação, fato que
vai de encontro com a condição de idoso do paciente.Assim sendo, transcrevo parte das informações
prestadas pela autoridade inquinada coatora ressaltando que deferiu a transferência ?não só pelo fato da
condenação ter sido proferida na Comarca da Capital, assim o foi por conta de desaforamento, o que por
si só subentendi ser fato suficientemente forte para que a pena aqui não fosse cumprida já que o
julgamento não o foi por motivos acolhidos anteriormente pela Justiça. Tomei em consideração as
condições do detento que é idoso e ainda a superlotação do presídio de Marabá que atualmente conta
com cerca de 690 presos para 180 vagas. Nesse trilho foi obedecido o disposto nas Regras de Tóquio que
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
visam garantir ao detendo segurança?.Deste modo, observa-se que a decisão que determinou a
transferência do apenado encontra-se devidamente fundamentada e, ainda, constatado o interesse
público, decorrente da precariedade do estabelecimento prisional existente no distrito da culpa é
plenamente aplicável à máxime da prevalência daquele interesse sobre o particular, argumento apto a
justificá-la, inexistindo, assim, ilegalidade no ato.No mesmo sentido a jurisprudência pátria, inclusive desta
Corte,in verbis:?HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRÓPRIO. DESCABIMENTO.
EXECUÇÃO PENAL.TRANSFERÊNCIA DE ESTABELECIMENTO PRISIONAL. INEXISTÊNCIA DE
DIREITO SUBJETIVO DO APENADO. PREVALÊNCIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O
PARTICULAR. JUÍZO DE CONVENIÊNCIA DA SEGURANÇA PÚBLICA. DECISÃO FUNDAMENTADA.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.1. Diante da
hipótese de habeas corpus substitutivo de recurso próprio, a impetração não deve ser conhecida, segundo
orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal - STF e deste Superior Tribunal de Justiça - STJ.
Contudo, ante as alegações expostas na inicial, afigura-se razoável a análise do feito, para verificar-se a
existência de eventual constrangimento ilegal.2. A transferência do sentenciado para unidade prisional
mais próxima da família não constitui um direito subjetivo do apenado, cabendo ao Juízo de Execuções
Penais avaliar a conveniência da medida, em decisão fundamentada. Na análise da remoção o Juiz deve
se orientar pelo atendimento à conveniência do processo de execução penal, seja pela garantia da
aplicação da lei, seja pelo próprio poder de cautela do Magistrado. 3. No caso dos autos, o pedido de
transferência do apenado foi indeferido pelas instâncias ordinárias de forma fundamentada, com base nas
peculiaridades do caso concreto, sobretudo considerando as circunstâncias que envolveram os fatos, o
contexto da organização criminosa e a fuga do comparsa e líder da organização criminosa de
estabelecimento prisional do Estado do Paraná. Habeas corpus não conhecido.? (HC 452.964/SC, Rel.
Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 04/09/2018, DJe 12/09/2018). ?HABEAS
CORPUS PREVENTIVO COM PEDIDO DE LIMINAR. ESTUPRO DE VULNERÁVEL.EXECUÇÃO PENAL.
TRANSFERÊNCIA DO APENADO PARA ESTABELECIMENTO PRISIONAL FORA DO DISTRITO DA
CULPA.NECESSIDADE DA MEDIDA. PREVALENCIA DO INTERESSE COLETIVO. ILEGALIDADE NÃO
EVIDENCIADA.INEXISTÊNCIA DE OFENSA AO ART. 103, DA LEP - CONSTRANGIMENTO ILEGAL
INEXISTENTE - ORDEM DENEGADA. 1 -O artigo 103, da LEP assegura ao preso o direito de cumprir sua
reprimenda em local que permita contato com familiares e amigos, todavia, tal garantia não é absoluta,
quando ficar constatado que não há condições de acolhimento prisional no local onde o constrito se
encontra. 2 -In casu, foi verificado que inexiste estabelecimento prisional adequado ao imposto na
sentença no município de Terra Santa, não tendo ali condições de recolher o paciente, devendo ser
mantida a decisão que determinou o cumprimento da reprimenda na Colônia Agrícola Sílvio Hall de Moura,
no município de Santarém ou outra indicada pela SUSIPE. 3 - A alegação no sentido de que o paciente
está sofrendo constrangimento ilegal por ter sido determinada a sua transferência para a Comarca de
Santarém, foi devidamente justificada e fundamentada. 4 - Afigura-se descabida a alegação de ofensa a
preceito da Lei de Execuções Penais, que assegura a permanência do réu próximo aos familiares, quando,
no confronto de interesses individuais e coletivos, estes são prevalentes. 5 - Habeas corpus denegado.
Unanimidade.? (2017.03020997-21, 178.047, Rel. LEONAM GONDIM DA CRUZ JUNIOR, Órgão Julgador
SEÇÃO DE DIREITO PENAL, Julgado em 2017-07-17, Publicado em 2017-07-18). Dessa forma, não se
vislumbra constrangimento ilegal a ser reparado por esta Corte de Justiça.Ante o exposto, em consonância
com o parecer do órgão ministerial,conheçoedenegoa Ordem deHabeas Corpusimpetrada, tudo nos
termos da fundamentação.É o meu voto. Belém. (PA), 18 de fevereiro de 2019. Desembargador RÔMULO
NUNESRelator Belém, 19/02/2019
CP, nos autos da ação penal de nº 0006400-24.2018.8.14.0005, apontando como autoridade coatora o D.
Juízo de Direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de Altamira/PA.Aduz o impetrante, em síntese, que os
pacientes estão presos provisoriamente desde o dia 10/05/2018 e 27/06/2018. Portanto, há mais de 09
(nove) meses sem que a instrução processual tenha sido concluída, fato que, no seu entender, viola os
princípios da razoabilidade e proporcionalidade e caracteriza o constrangimento ilegal por excesso de
prazo para a formação da culpa.Por fim, pleiteia a concessão da liminar para que seja expedido alvará de
soltura e, ao final, a concessão definitiva dohabeas corpuspara que os acusados respondam a imputação
em liberdade.Junta documentos (Id. 1410085 a 1410087).Relatei.Decido.Aprima facie, convém salientar
que o fundamento do excesso de prazo para a conclusão da instrução processual não justifica, por si só, o
constrangimento ilegal que autorize a liberação dos pacientes, devendo ser levado em consideração para
a análise da alegação todas as circunstâncias advindas do processo em apuração.Sem grandes ilações
neste momento e considerando o fato imputado aos pacientes (Id. 1410085) ser grave, demonstrando que
foi utilizado arma de fogo, não identifico de plano a presença dos requisitos autorizadores para a
concessão da medida de urgência, sendo prudente que se oportunize a melhor instrução processual,
razão pela qual a indefiro.Assim, nos termos da Portaria nº 0368/2009-GP, solicitem-se, de ordem e
através de e-mail, as informações ao juízo coator acerca das razões suscitadas pelos impetrantes,
devendo ser prestadas nos termos da Resolução nº 04/2003-GP, no prazo de 48 (quarenta e oito)
horas.Prestadas as informações, encaminhem-se os autos ao Ministério Público na condição decustos
legis.Caso não sejam prestadas no prazo legal, retornem-me os autos conclusos para as providências
determinadas na Portaria nº 0368/2009-GP ou outra que se julgar adequada. Após, conclusos.À Secretaria
para as formalidades legais.Belém, 21 de fevereiro de 2019.Des. Leonam Gondim da Cruz JuniorRelator
posterior.No presente caso, compulsando os autos, aprima facie, não vislumbro presentes os referidos
requisitos autorizadores da medida liminar, motivo pelo qual aINDEFIRO, determinando, ainda, que:Oficie-
se,em caráter de urgência, ao MM. Juízo de Direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de Breves/PA, para
que, sobre ohabeas corpus, preste a este Relator, no prazo legal, as informações de estilo, devendo o
magistrado observar as diretrizes contidas na Portaria n.º 0368/2009-GP e na Resolução n.º
04/2003.Prestadas as informações pelo Juízo impetrado, encaminhem-se os autos à Douta Procuradoria
de Justiça para emissão de parecer.Cumpra-se.Belém (PA),21 de fevereiro de
2019.DesembargadorMAIRTONMARQUESCARNEIRO Relator
JUÍZO COATOR acerca das razões suscitadas pela ilustre impetrante, que devem ser prestadas nos
termos da Resolução nº 04/2003-GP. Prestadas as informações, encaminhem-se os autos ao Ministério
Público na condição decustos legis. Caso não sejam prestadas no prazo legal, retornem-me os autos
conclusos para as providências determinadas na Portaria nº 0368/2009-GP ou outra que se julgar
adequada. Intime-se e Cumpra-se. Belém, 22 de fevereiro de 2019. Des.Leonam Gondim da Cruz Júnior
Relator
novas diligências no sentido de localizar testemunha de acusação faltante e, que, ao final, fora novamente
requerido ao Juízo da Comarca de Bujaru-PA a substituição da prisão preventiva da Paciente por prisão
domiciliar, com menção às várias decisões do Supremo Tribunal Federal acerca do assunto, dentre elas
as proferidas no HC 143.641, RCL 32.579, entre vários outros; porém, mesmo assim, novamente, a
Magistrada do feitoentendeu por indeferi-lo. Prossegue aduzindo a defesa, que a paciente continua
sofrendo constrangimento ilegal no seu direito ambulatorial, já que adecretação de sua prisão preventiva
não mais encontra respaldo no ordenamento jurídico brasileiro. Quemerece destaque o princípio da
proteção integral e da prioridade absoluta à infância, insculpidos no artigo 227 da Carta Magna, bem como
no Estatuto da Criança e do Adolescente e na Convenção Internacional dos Direitos da Criança, ocupando
assim uma posição central no ordenamento jurídico brasileiro, motivo pelo qual devem ser levados em
consideração em se tratando de genitora presa com filho menor sob sua responsabilidade. Por fim, após
transcrever entendimentos que julga pertinentes ao seu pleito requer a impetração, liminarmente, a
conversão da prisão preventiva da paciente, por prisão domiciliar, com fulcro no art. 318, inc. V, do CPPB.
DECIDO Em análise dos autos, não vislumbro presentes os requisitos indispensáveis à concessão da
liminar requerida, quais sejam, ofumus boni juris e o periculum in mora, razão pela qual,a indefiro.De mais
a mais, a motivação que dá suporte à pretensão liminar confunde-se com o mérito dowrit, devendo o caso
concreto ser analisado mais detalhadamente quando da apreciação e do seu julgamento definitivo pelo
colegiado, sobretudo, porque, ao menos por ora, não se tem notícia da real situação em que se encontram
os infantes. Solicite-se as informaçõesdetalhadasà autoridade apontada como coatora, com o envio de
documentos que entender necessários para efeito de melhores esclarecimentos acerca destehabeas
corpus,nos termos da Resolução nº 004/2003 ? GP. Após, ao parecer do Órgão Ministerial, com os nossos
cumprimentos. Belém/PA, 21 de fevereiro de 2019 Desa.VÂNIA LÚCIA SILVEIRA Relatora
CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR. PECULATO. ART. 312 DO CPP. PRISÃO
PREVENTIVA DECRETADA E MANTIDA PELO JUÍZO A QUO. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DOS
REQUISITOS DO ART. 312 DO CPP, AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO QUANTO À MANIFESTAÇÃO
ACERCA DO CABIMENTO DAS MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO E DE CONDIÇÕES
PESSOAIS FAVORÁVEIS DOS PACIENTES. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO.
DECISÕES DO JUÍZO A QUO SUFICIENTEMENTE FUNDAMENTADAS. MOTIVAÇÕES IDÔNEAS.
PRESENÇA DOS REQUISITOS DA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA E CONVENIENCIA DA
INSTRUÇÃO CRIMINAL. INSUFICIENCIA E INADEQUAÇÃO DAS MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS
DA PRISÃO. PRINCÍPIO DA CONFIANÇA DO JUIZ DA CAUSA. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS
QUE NÃO SE SOBREPÕEM AOS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA NOS TERMOS DA SÚMULA
Nº 08 DESTE TRIBUNAL. ORDEM CONHECIDA E DENEGADA. UNANIMIDADE DOS VOTOS.
(2017.02209283-75, 175.704, Rel. MAIRTON MARQUES CARNEIRO, Órgão Julgador SEÇÃO DE
DIREITO PENAL, Julgado em 2017-05-29, Publicado em 2017-05-31). Noutro giro, maiores incursões
acerca de não haver indícios de autoria e provas de que o Paciente, de fato, atue em organização
criminosa, entendo incabível, pois demandaria, de certo, reexame do conjunto probatório, o que se mostra
inviável na via restrita do remédio constitucional, por sua natureza célere, desprovida de dilação
probatória, ou seja, o Habeas Corpus não é o meio idôneo para se examinar o pedido aduzido na
inicial.Ressalte-se, ainda, a dogmática do princípio da confiança no juiz da causa, o qual estabelece que o
juiz condutor do feito está em melhor condição de avaliar se a segregação social do paciente se revela
necessária.Noutro giro, postula a impetração aaplicação das medidas cautelares descritas no art. 319,
incisos I e III do CPP, pelo quemais uma vez não merece acolhimentoo argumento defensivo, porquanto
tais medidas só são cabíveis quando se mostrarem suficientes para garantir a ordem pública. No caso em
apreço, devido àgravidade concreta do delito,revela-se necessária a manutenção da prisão preventiva do
pacientePor fim, quanto às alegadas condições pessoais favoráveis dopaciente, também não devem
prosperar, pois verifica-se a inexistência de registros criminais contra os Pacientes, e já é posicionamento
uníssono na jurisprudência, que as condições pessoais do paciente não garantem, por si só, a revogação
da segregação cautelar.Diante de todo o exposto, acompanho parecer ministerial edenego a ordem
impetrada.É como o voto.Belém/PA, 18 de fevereiro de 2019. Desa. MARIA EDWIGES DE MIRANDA
LOBATORelatora Belém, 20/02/2019
designada para o dia 12/03/2019;- a prisão do paciente se revela ainda necessária, estão presentes seus
requisitos autorizadores, ressaltando que o agente é contumaz em práticas delitivas, conforme se vê de
sua certidão de antecedentes, bem como em razão de as vítimas que, de fato, ainda não foram inquiridas,
têm medo de represálias. A Procuradora de Justiça Maria do Socorro Martins Carvalho Mendo se
manifesta pelo conhecimento e denegação da ordem.Em razão da minha prevenção, o feito me veio
redistribuído, concluso. É o relatório. VOTO O paciente é acusado de ter tentado matar as vítimas em
retaliação, pois uma carga de contrabando de cigarro de propriedade do paciente Marcelo, de Fabio e de
Francisco, proveniente do Suriname, foi desviada erroneamente por um indivíduo de apelido ?CHEIRO?,
pessoa que foi indicada pela vítima Edielson para pilotar a embarcação. As vítimas estariam sendo
cobradas a devolver a carga, sob pena de retaliação.Ao revogar a prisão do corréu Fábio Menezes
Moreira, o magistrado consignou que não se encontram presentes os seus pressupostos autorizadores,
sendo que ambos se encontravam presos em decorrência do mesmo mandado preventivo.Ora, o paciente
constituiu advogado, que vem atuando em sua defesa, portanto não demonstra querer conturbar a ação
penal, possui os requisitos subjetivos favoráveis à concessão da ordem e os requisitos da custódia não se
apresentam, conforme registrado pelo magistradoa quo.Por outro lado, as vítimas não compareceram em
juízo para prestar informações, embora justifiquem que temem por suas vidas.Não vejo como, neste
momento, manter o decreto preventivo, vez que ausentes seus pressupostos, sendo suficiente a aplicação
de medidas cautelares diversas, a serem estabelecidas pelo juízoa quo.Nesse sentido: HABEAS CORPUS
SUBSTITUTIVO DO RECURSO PRÓPRIO. NÃO CONHECIMENTO. TRÁFICO ILÍCITO DE
ENTORPECENTES. PRISÃO PREVENTIVA. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS. AUSÊNCIA DE
MOTIVAÇÃO CONCRETA. FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA. QUANTIDADE NÃO EXPRESSIVA DE
DROGA (5,3G DE ENTORPECENTES). CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO. HABEAS
CORPUS NÃO CONHECIDO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. MEDIDAS ALTERNATIVAS
PERTINENTES. 1. O habeas corpus não pode ser utilizado como substitutivo de recurso próprio, a fim de
que não se desvirtue a finalidade dessa garantia constitucional, com a exceção de quando a ilegalidade
apontada é flagrante, hipótese em que se concede a ordem de ofício. 2. A privação antecipada da
liberdade do cidadão acusado de crime reveste-se de caráter excepcional em nosso ordenamento jurídico
(art. 5º, LXI, LXV e LXVI, da CF). Assim, a medida, embora possível, deve estar embasada em decisão
judicial fundamentada (art. 93, IX, da CF), que demonstre a existência da prova da materialidade do crime
e a presença de indícios suficientes da autoria, bem como a ocorrência de um ou mais pressupostos do
artigo 312 do Código de Processo Penal. Exige-se, ainda, na linha perfilhada pela jurisprudência
dominante deste Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, que a decisão esteja
pautada em motivação concreta, vedadas considerações abstratas sobre a gravidade do crime, bem como
a imprescindibilidade da segregação cautelar. 3. Na hipótese, o decreto de prisão preventiva não apontou
qualquer dado concreto, à luz do art. 312 do Código de Processo Penal, a respaldar a restrição da
liberdade do paciente, limitando-se a fazer referência à presença dos requisitos previstos no Código de
Ritos, sem ressaltar, contudo, qualquer aspecto relevante da suposta conduta perpetrada que demonstre o
efetivo risco à ordem pública, à instrução criminal e à futura aplicação da lei penal. 4. Fez-se simples
referência à gravidade genérica do delito e à vedação legal à concessão da liberdade provisória aos
acusados do crime de tráfico ilícito de entorpecentes - a qual, como cediço, não mais subsiste -
configurando decisão genérica e padronizada, aplicável a qualquer hipótese de acusação por tal crime (...)
(STJ, Quinta Turma, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, HC 453504/SP, DJe 13/09/2018)
Por todo o exposto, concedo a ordem, para determinar a substituição da prisão preventiva do paciente, por
medidas cautelares diversas a serem definidas pelo juízoa quo.É o voto.Belém, 18 de fevereiro de 2019.
Des.RONALDOMARQUESVALLE Relator Belém, 21/02/2019
que desde então a relação desta nova configuração familiar, o paciente sempre agiria de modo violento
contra o ex-companheiro de sua esposa, movido por ciúmes.Segundo relatos, à época da separação do
casal RONALDO e DENISE, o Sr. JOELSON teria atentado contra a vida de RONALDO com golpes de
facão, não havendo notícias se comunicaram tais fatos para as autoridades policiais.No dia dos fatos
ensejadores da persecução penal, a vítima RONALDO ADRIANO estaria na companhia das pessoas de
NETO e FRANCINEI, quando participavam de um bingo na localidade do Ramal do Aracaju, Comunidade
do Gurupá.Por volta de meia-noite, após o encerramento do bingo, a vítima teria ido até a residência do
seu primo GILBERTO CARDOSO, onde teria consumido bebida alcoólica, local também que se
encontrava JOELSON (Paciente) e DENISE, mas a vítima manteve distância dos mesmos e em dado
momento do festejo o casal teria ido embora.Após, quando a vítima estava sentada num banco de frente
para uma estrada, nas proximidades da residência da Sra. MARIA ROSA, enquanto conversava com
amigos, de forma traiçoeira e sem possibilidade de reação foi golpeada pelas costas com um facão pelo
paciente.Em seguida, o Sr. JOELSON ainda desferiu outros três golpes de facão contra a vítima
RONALDO ADRIANO. A ação criminosa foi interrompida em razão das pessoas de NETO e MARIAROSA
terem se projetado contra o paciente JOELSON, impedindo-lhe de desferir mais golpes.Este teria então
entregue a arma do crime e fugido em direção a residência de sua genitora para se esconder. O Sr.
FRANCINEI correu até a sua residência e acionou a Polícia Militar. A vítima foi socorrida pela pessoa de
KLEYTON que a trouxe até o Hospital Municipal onde foi assistida por profissionais da medicina. Os
registros fotográficos e laudo de lesão corporal demonstram cortesprofundos na parte lateral do tórax e na
cabeça, decorrentes de instrumento corto-contuso. O móvel do paciente JOELSON seria ciúmes em razão
da vítima RONALDOter se relacionado anteriormente com sua esposa DENISE.A quantidade de golpes
desferidos, o modo de ação do paciente ao agir pelas costas da vítima, o instrumento do crime, a sede das
lesões na vítima, assim como a imediata intervenção de terceiros interrompendo a ação criminosa,
demonstram claramente que o intento do Sr. JOELSON era de fato ceifar a vida da vítima. Durante as
investigações policiais o acusado foi ouvido pela Autoridade Policial e confessou parcialmente os fatos,
confirmando que teria deixado o local e retornado momentos depois já agredindo a vítima com uma arma
branca.? Informou ainda que a prisão preventiva foi decretada em razão da necessidade de garantia da
ordem pública e para da futura aplicação da lei penal, estando o feito com audiência de instrução e
julgamento designada para o próximo dia 07 de maio, às 13 horas, estando o feito com curso normal de
tempo e modo.Retornados os autos, foi denegada a liminar.Encaminhados os autos à Procuradoria de
Justiça esta,através de Parecer da lavra da Drª. Ubiragilda Silva Pimentel, manifestou-se pelo
conhecimentoe denegação da ordem. VOTO O foco da impetração reside na alegação deque resta
configurado constrangimento ilegal à liberdade do paciente, que tem cerceado seu direito de ir e vir, em
razão da decretação e manutenção de sua prisão preventiva em decisão desprovida de fundamentação,
apesar de possuir o mesmo condições pessoais favoráveis.Preenchidos os pressupostos processuais,
conheço da ordem impetrada e adianto,prima facie,que adenego.Quanto ao decreto cautelar em desfavor
do paciente, tem-se que por força da reforma introduzida pelaLei Nº 11.719/2008,a prisão preventiva
somente pode ser decretada quando preenchidos os requisitos da tutela cautelar (fumus comissi
delictiepericulum libertatis), previstos noartigo 312 do Código de Processo Penal,in verbis:A prisão
preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência
da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal,quando houver prova da existência do
crime e indício suficiente de autoria.(GRIFEI)Assim, prevalece como regra em nosso sistema jurídico
aliberdade,que só será excepcionada quando presentes os requisitos elencados no precitado artigo 312 do
Código de Processo Penal, tudo em obediência às normas jurídicas insculpidas noartigo 5º, incisos LIV e
LVII da Constituição da República.Nessa ordem de ideias, mormente em face dodever de motivação das
decisões judiciais preconizado noartigo 93, inciso IX, da Carta Política,o julgador deve apontar deforma
fundamentadaos motivos pelos quais decreta a prisão processual sob pena de ocorrer transgressão ao
princípio da presunção de inocência e carecer de justa causa a prisão provisória. Nesse sentido orienta
ajurisprudência pátria:HABEAS CORPUS.LIBERDADE PROVISÓRIA. DEFERIMENTO. POSSIBILIDADE.
FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO PARA A PRISÃO CAUTELAR. PRISÃO CAUTELAR QUE SE MOSTRA
COMO EXCEÇÃO NO NOSSO SISTEMA. INEXISTÊNCIA DE ELEMENTOS QUE, CONCRETAMENTE,
JUSTIFIQUEM A PRISÃO PREVENTIVA. LIBERDADE PROVISÓRIA CONCEDIDA(...) Isso porque não
cuidou o Magistrado de subsumir a situação fática a ele submetida à disciplina legal acerca da prisão
processual?[TJ/SP. HC nº 990.10.371813-5, 16ª C., Rel. Des. NEWTON NEVES, DJe
19/10/2010]Contudo, na esteira doartigo 311 do Código de Processo Penal,in verbis: ?Em qualquer fase
da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se
no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por
representação da autoridade policial.(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)?.Temos, no caso em
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
tela, que fora determinada a custódia cautelar do paciente em razão da presença de indícios suficientes de
autoria e de provas de materialidade do crime previsto no art. art. 121, § 2º, I e II c/c art. 14, II, do Código
Penal (homicídio qualificado tentado), tendo a decisão por fundamento a garantia da ordem pública e
aplicação da lei penal, ante a ocorrência do crime contra a vida cometido, em tese, pelo paciente ao atacar
à vítima pelas costas com um facão, tendo ainda atingido um terceiro, de nome Ronaldo Adriano, com três
golpes.Ainda conforme as informações, a ação criminosa só cessou após algumas testemunhas terem
investido contra o ora paciente e o impedido de continuar a desferir golpes contra as vítimas, oportunidade
em que o mesmo se evadiu do local e se escondeu na casa de sua genitora, tendo o paciente agido por
ciúmes de sua atual companheira que já convivera com a vítima Ronaldo Adriano, restando fundamentada
a decisão que decretou a custódia cautelar do paciente no que preceitua o art. 311 e 312 do CPP uma vez
que a custódia fora requerida pela autoridade policial daquela Comarca ante os fortes indícios da prática
de ilícito gravíssimo pelo ora paciente, sendo ao mesmo imputada a prática do crime, restando presentes,
portanto, o fumus comissi delicti e opericulum libertatis, além da gravidade concreta do delito e a crueldade
com que fora cometido, o que ensejou a decretação da prisão preventiva em decisão cuja fundamentação
se mostrou sucinta, mas, idônea a sustentar o édito de segregação cautelar,não havendo como subsistir a
alegação de violação a preceito legal, senão, vejamos excerto do decreto
preventivo,verbis:?...Considerando os fatos apurados, documentos e provas que instruem o Inquérito
Policial, que demonstram o elevado nível de periculosidade do denunciado, que mesmo estando perante
conhecidos que, aparentemente, mantinha convívio, inclusive com a própria vítima, visto que, esta e o
acusado eram amigos dos donos da residência, assim, tais fatores não foram suficientes para inibir a
prática delituosa do denunciado. Portanto, no intuito de garantir a ordem pública e visando impedir que o
agente perturbe ou impeça a produção de provas,DECRETO A PRISO PREVENTIVA DE JOELSON
CARDOSO, com fulcro no art. 311 c/c art. 312, caput c/c art. 313, I, todos do CPP...?Tem-se então que, ao
contrário do que afirmou o impetrante, o magistrado singular fundamentou, ainda que de forma sucinta,
sua decisão, tendo demonstrado não só na natureza perversa em que o crime foi cometido, mas também
e, principalmente, na necessidade de resguardar a ordem pública e instrução criminal, tendo em vista a
necessidade de impedir que o mesmo, solto, impeça a produção de provas, o que certamente causará
embaraços ao regular andamento do feito, cuja audiência de instrução está designada para o próximo dia
07 de maio.É certo que a segregação provisória consubstancia simples cumprimento à regra jurídica
disposta no artigo 312, inciso II, do Código de Processo Penal e que não representa qualquer ilegalidade,
mormente na hipótese em que a decisão de decretação da segregação cautelar possui fundamentação
idônea, ainda que sucinta, a exemplo do caso concreto, cuja justificativa está na garantia da ordem
pública, ante a presença de indícios de autoria e de materialidade do crime, o que afasta eventual hipótese
de concessão deHabeas Corpus. Nesse sentido está sedimentada ajurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça,a saber:PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. FURTO QUALIFICADO.
PRISÃO EM FLAGRANTE CONVERTIDA DE OFÍCIO EM CUSTÓDIA CAUTELAR PELO JUIZ.
POSSIBILIDADE. ARTIGO 310, INCISO II, DO CPP. PRISÃO PREVENTIVA. ORDEM PÚBLICA.
DECISÃO DEVIDAMENTE MOTIVADA. REITERAÇÃO DELITIVA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA.- No
caso dos autos, verifica-se que a prisão em flagrante foi homologada pelo Juízo de piso e, logo após,
transformada em prisão cautelar, conforme a decisão à fl. 31. Desse modo, é evidente que Se trata de
simples conversão da prisão em flagrante em custódia preventiva, em cumprimento ao art. 310, II, do
Código de Processo Penal. Quanto a possibilidade de o Juiz decretar a prisão Preventiva de ofício, o
entendimento desta Corte já está sedimentado no sentido de inexistir qualquer ilegalidade. Precedentes.-
A jurisprudência desta Corte tem proclamado que a prisão cautelar, como medida de caráter excepcional,
deve ser imposta, ou mantida, apenas quando atendidas, mediante decisão judicial fundamentada (art. 93,
IX, da CF), as exigências do art. 312 do CPP. Isso porque a liberdade, antes de sentença penal
condenatória definitiva, é a regra, e o enclausuramento provisório, a exceção, como têm insistido esta
Corte e o Supremo Tribunal Federal em inúmeros julgados, por força do princípio da presunção de
inocência, ou da não culpabilidade.- A decisão que determinou a segregação provisória foi devidamente
fundamentada para garantia da ordem pública, buscando evitar a reiteração delitiva, eis que o recorrente
possui inúmeras ações penais ajuizadas em seu desfavor, inclusive com trânsito em julgado,
circunstâncias que revelam, pois, a periculosidade concreta do recorrente e a real possibilidade de que, se
solto, volte a delinquir.- Não se pode falar em carência de fundamentação idônea para a decretação da
segregação excepcional, tampouco em não ocorrência dos requisitos autorizadores previstos no art. 312
do CPP, pois, pelo contrário, as circunstâncias descritas nos autos corroboram a necessidade de
manutenção da prisão preventiva do recorrente. Precedentes.- Recurso ordinário em habeas corpus
desprovido.[RHC 39443/MG. Relª. Minª. Marilza Maynard. Publicação 13/9/2013] HABEAS CORPUS
SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. DESCABIMENTO. COMPETÊNCIA DAS CORTES
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da materialidade delitiva,apesar de o paciente negar tais fatos. A prisão preventiva foi decretada pela
presença dos requisitos da tutela cautelar, havendo na decisão suficiente motivação acerca dos requisitos
do artigo 312 do Código de Processo Penal, não havendo como se revogar a decisão que decretou, bem
como aquela que denegou sua revogação, uma vez que presentes os requisitos e fundamentos elencados
nos artigos 312 e 313 do Código de Processo Penal, sendo certo, inclusive, que a prisão, como forma de
assegurar a segurança da ação penal, não afronta, por si só, o princípio do estado de inocência.No que
tange à alegação de que o paciente preenche os requisitos favoráveis à concessão da ordemuma vez que
reúne condições pessoais como primariedade, residência fixa e profissão definida, e que o magistrado de
piso não considerou tais fatos, impende esclarecer que tais pressupostos não têm o condão de,per
se,garantir-lhe a liberdade provisória se há nos autos elementos hábeis a recomendar a manutenção da
custódia cautelar, conforme decisões reiteradas desta Corte que,tendo por escopo decisões emanadas
dos Tribunais Superiores, editou a Súmula 08 (publicada no Diário da Justiça de 16/10/2012, Edição nº.
5131/2012), assim determinando: "AS QUALIDADES PESSOAIS SÃO IRRELEVANTES PARA A
CONCESSÃO DA ORDEM DE HABEAS CORPUS, MORMENTE QUANDO ESTIVEREM PRESENTES
OS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA."(GRIFEI).Quanto à alegação de que as provas dos autos
são de que paciente agiu em legítima defesa, pois seria o mesmo e sua companheira constantemente
ameaçados pelas vítima, não conheço de tal alegação pois insta esclarecer que em sede dehabeas
corpus,na qualidade de remédio constitucional de natureza excepcionalíssima e sumaríssima, inexiste a
possibilidade de discussão acerca do mérito de qualquer demanda, bem como da análise de provas,
ficando o seu objeto adstrito à aferição da legalidade ou não da decisão capaz de privar o paciente de sua
liberdade de locomoção. Assim, no tocante aos argumentos referentes à existência ou não de provas
acerca de sua atuação sob o manto da legítima defesa não há como se verificar nesta via estreita, que é
de cognição sumária, a procedência de tal alegação visto que envolve matéria que exige dilação
probatória incompatível com a celeridade do rito, razão pela qual não conheço desta parte do
pedido.Nesse sentido a jusrisprudência:RECURSO ORDINÁRIO EMHABEAS CORPUSROUBOS DE
CARGA EM CONCURSO DE PESSOAS, USO DE ARMA DE FOGO E RESTRIÇÃO À LIBERDADE DAS
VÍTIMAS. ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA ARMADA. INDÍCIOS DE AUTORIA. QUESTÃO QUE DEMANDA
DILAÇÃO PROBATÓRIA INCOMPATÍVEL COM A VIA ELEITA. PRISÃO PREVENTIVA DEVIDAMENTE
JUSTIFICADA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. PERICULOSIDADE DEMONSTRADA PELOMODUS
OPERANDIDA CONDUTA. EXCESSO DE PRAZO. INOCORRÊNCIA. AÇÃO PENAL COMPLEXA.
DIVERSOS RÉUS (13). NECESSIDADE DE EXPEDIÇÃO DE CARTAS PRECATÓRIAS. IMPULSO
REGULAR PELO MAGISTRADO CONDUTOR DO FEITO. RECURSO DESPROVIDO.1.A privação
antecipada da liberdade do cidadão acusado de crime reveste-se de caráter excepcional em nosso
ordenamento jurídico, e a medida deve estar embasada em decisão judicial fundamentada (art.93,IX,
daCF), que demonstre a existência da prova da materialidade do crime e a presença de indícios
suficientes da autoria, bem como a ocorrência de um ou mais pressupostos do artigo312doCódigo de
Processo Penal.2. Ohabeas corpusnão é a via adequada para sindicar sobre a ausência de provas de
autoria, dada a necessidade de ampla dilação probatória, providência incompatível com o rito célere
domandamus, que exige prova pré-constituída do direito alegado. Precedentes.3.Na hipótese, havendo
prova da materialidade do delito e indícios de autoria, apoiados em ampla investigação policial e
interceptações telefônicas, justifica-se a prisão preventiva para garantia da ordem pública. A gravidade
concreta das condutas imputadas e omodus operandirevelam articulada organização voltada para a
prática de ilícitos contra o patrimônio. especialmente roubos de caminhões e cargas de expressivo valor,
mediante uso de arma de fogo e restrição à liberdade das vítimas.4.O constrangimento ilegal por excesso
de prazo não resulta de um critério aritmético, mas de uma aferição realizada pelo julgador, à luz dos
princípios da razoabilidade e proporcionalidade, levando em conta as peculiaridades do caso
concreto.5.No caso, a ação penal apresenta certa complexidade, em virtude da quantidade de réus (13) e
de crimes em apuração (4), bem como diante da necessidade de expedição de cartas precatórias, mas
vem se desenvolvendo de forma regular, sem desídia do Juiz processante, que tem proferido decisões e
dado impulso ao feito de forma tempestiva, com audiência já realizada, não havendo como reconhecer,
por ora, qualquer excesso de prazo que justifique a concessão da ordem, de ofício, por esta
Corte.6.Recurso ordinário desprovido.(RHC 75.832/BA, Rel. Ministro Reynaldo Soares da Fonseca,
QUINTA TURMA, julgado em 21/02/2017, DJE 24/02/2017).Assim, tendo em vistaque a decisão que
decretou a segregação cautelar do paciente, bem como aquela que denegou sua revogação,encontra-se
devidamente fundamentada, não se podendo falar em ausência de justa causa, o que autoriza a imposição
da medida excepcional para assegurar a garantia da ordem pública, apesar do que alega o impetrante,
acompanho o parecer ministerial eDENEGOa ordem deHabeas Corpusimpetrada.É o voto.Belém/PA, 18
de fevereiro de 2019. DESª.ROSI GOMES DE FARIASRelatora Belém, 20/02/2019
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Vania Valente do Couto Fortes Bitar Cunha. RELATÓRIO Trata-se da ordem de habeas corpus liberatório
ou para concessão de prisão domiciliar, com pedido de liminar impetrado por Advogado particular, em
favor deALINE LÁSARA GOMES DE SOUSA VAZ, contra decisão que decretou a sua prisão preventiva,
de lavra do MM. JUIZO DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DE REDENÇÃO, proferida nos autos da Ação
Penal nº 0015436-04.2017.814.0045, na qual responde por incurso nas sanções do art. 121, §2º, I, III, IV e
VI (duas vezes), sendo uma das vítimas sua própria genitora, bem como tratando-se de crime perpetrado
com auxílio do esposo da paciente, Sr. Jean Altamir e de Wesley Costa da Silva, Euzilene Alves da Silva
Ricardo Pereira Lima da Silva.O impetrante esclarece que, em 09/12/2017 foram encontrados os corpos
desfalecidos de Maria Francisca de Sousa Vaz e Joanice de Oliveira de Jesus, na casa da primeira vítima,
sendo a paciente presa em 11/12/2017, por intermédio de flagrante forjado.Verbera que os indiciados
negam a participação no delito, tendo o processo se baseado unicamente no depoimento de Ricardo
Pereira Lima da Silva que, posteriormente, em 22/01/2018, assumiu a autoria delitiva sozinho.Esclarece
que, na audiência de custódia, realizada em 11/12/2017, a prisão da paciente foi relaxada, diante de sua
ilegalidade, contudo, a autoridade inquinada coatora decretou sua preventiva de forma arbitraria.Nowrit,
com o intuito de demonstrar a ilegalidade da decisãosusomencionada, o Impetrante alega, em síntese, que
há:1. Irregularidade na prisão da paciente, visto que houve o relaxamento da sua prisão em flagrante, mas
ocorreu a decretação da prisão preventiva de ofício pelo magistrado em audiência de custódia,
desrespeitando o art. 311, CPPB;2. Ausência de fundamentação idônea para decretação/mantença da
prisão preventiva, não havendo justa causa para aplicação de seus efeitos;3. Excesso de prazo, visto a
paciente encontrar-se encarcerada há mais de 01 (um) ano, sem ao menos ter ocorrido decisão da
primeira fase do procedimento do tribunal do Júri;4. E, por fim, pleiteia pela prisão domiciliar em favor da
paciente, visto que ela possui dois filhos com idades inferiores a 12 anos de idade e que dependem do seu
zelo e presença, devendo ser aplicado ao caso em comento a determinação do STF nos autos do Habeas
Corpus nº 143.641 de 2018.Juntou documentos.O feito foi distribuído à relatoria da Desembargadora
Vânia Lúcia Silveira, que jurou suspeição para atuar nos autos, sendo-me redistribuído, oportunidade em
que indeferi a medida liminar, determinei a requisição de informações a autoridade inquinada coatora e,
após, remessa ao exame e parecer docustos legis.A autoridade coatora informou que: 1) ALINE LÁSARA
GOMES DE SOUSA VAZ foi denunciada por assassinar, juntamente com outros comparsas, a sua
genitora Maria Francisca de Souza Vaz, no interior da residência dela, onde foi denunciada pelo art. 121,
§2º, I, III, IV e VI, do CPB, sendo presa em flagrante;2) Na audiência de custódia, o magistrado verificou
que a prisão em flagrante era irregular do ponto de vista material e formal, assim, relaxou o flagrante, mas
decretou a prisão preventiva, diante da prova de existência do crime, indícios de autoria, bem como por
conveniência da instrução criminal e garantia da ordem pública.3) Foi colhido o depoimento do acusado
Ricardo, que em sede de inquérito policial confessou o crime e os respectivos desígnios de funções de
cada denunciado, inclusive da paciente Aline;4) Porém, perante o Ministério Público e a autoridade
judiciária, o acusado Ricardo confessou que o crime foi executado apenas por ele e que estava ?possuído
pelo demônio?, onde os demais denunciados são inocentes. Inclusive, alegou que as 08 (oito) ligações
feitas à Aline, foram referentes apenas à um produto que comprou com ela, não havendo qualquer ligação
com o crime.5) Foram anexados documentos da paciente, como carteira de identidade, carteira de
trabalho, certidões de nascimento dos 02 (dois) filhos da paciente e certidão de antecedentes criminais
negativo; a paciente é primária;6) Houve o pedido da conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar
à paciente, por ela possuir dois filhos menores de 12 anos de idade, que necessitam dos seus cuidados,
de acordo com a decisão do STF do HC 143.641.7) Por fim, a magistrada indeferiu o pedido, pois a
acusada cometeu crime de gravidade concreta e agiu com violência contra pessoas.Ademais, não estão
presentes os requisitos autorizadores da prisão domiciliar (art. 317, do CPP), elencados no art. 318, do
CPP, vez que não comprovado nos autos acerca das suas imprescindibilidades nos cuidados dos filhos
menores, bem ainda, persistem os requisitos elencados do art. 312, do CPP, devendo ser mantida a
prisão.8) É importante salientar, que uma das vítimas é mãe da acusada Aline Lásara e que o crime
supostamente foi praticado no ambiente familiar da vítima, sendo de natureza grave e praticado com frieza
e crueldade por parte da ré. O feito foi encaminhado aocustos legis,sendo distribuído a Procuradora de
Justiça MARIA DO SOCORRO MARTINS CARVALHO MENDO que, se manifestou pela denegação da
ordem, me vindo os autos conclusos. VOTO Conheço dowrit,vez que preenchidas as condições da ação
constitucional. 1) ILEGALIDADE DECRETAÇÃO PREVENTIVA DE OFÍCIO. VIOLAÇÃO ART. 311 DO
CPP.Em resumo, o impetrante aduz a ilegalidade da decretação da preventiva da pacienteex ofíciopela
autoridade coatora, por violação ao disposto no art. 311 do CPP, diante da ausência de requerimento do
Ministério Público, ou pedido do querelante ou representação da autoridade policial.Adianto que a
irresignação do impetrante não merece prosperar, sendo imperioso transcrever o raciocínio da doutra
Procuradora de Justiça atuante no feito: Na audiência de custódia, o juízo irá analisar como foi realizada a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
prisão em flagrante do indiciado e se cumpriu com todos os requisitos legais, por exemplo, se houve
irregularidade ou não na prisão. Superado tal ponto, poderá relaxar o flagrante e determinar a expedição
de alvará de soltura imediato ao imputado; decretar medidas cautelares, se preencher os requisitos do art.
319, CPPB; conceder a liberdade provisória com ou sem fiança; conceder a liberdade provisória ao
acusado que agiu acobertado por uma excludente de ilicitude, desde que condicionada ao
comparecimento do acusado a todos os atos processuais; e, por fim, converter para a prisão preventiva,
se preencher os requisitos do art. 312, CPPB.No caso em questão,o magistrado verificou a periculosidade
do caso, em que a paciente está envolvida em um crime de homicídio qualificado contra a sua própria
genitora, onde analisou que a sua prisão deveria ser convertida em prisão preventiva, pois o seu
encarceramento garantirá a ordem pública e a conveniência da instrução criminal.Neste sentido, segue
visão jurisprudencial de Tribunal Superior:EMENTA: "HABEAS CORPUS" - ROUBO MAJORADO PELO
CONCURSO DE AGENTES - CONVERSÃO DA PRISÃO EM FLAGRANTE EM PREVENTIVA
"EXOFICIO" - POSSIBILIDADE - DECISÃO FUNDAMENTADA - GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. Em
conformidade com o disposto no artigo 310, inciso II, do Código de Processo Penal, a conversão do
flagrante em prisão preventiva pode ser realizada ex oficio pela autoridade judicial. A manutenção da
prisão preventiva se sustenta diante da comprovação da materialidade e dos indícios suficientes da autoria
do crime, associados ao motivo legal da garantia da ordem pública, especificamente no que se refere ao
modo concreto com que o paciente teria agido. (TJ-MG - HC: 10000181349408000 MG, Relator: Maria
Luíza de Marilac, Data de Julgamento: 16/12/2018, Data de Publicação: 16/01/2019) Brindando o
entendimento esposado acima, o STJ já decidiu: HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO ORIGINÁRIA.
SUBSTITUIÇÃO AO RECURSO ORDINÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. ROUBO MAJORADO. CONCURSO
DE AGENTES.PRISÃO EM FLAGRANTE. DEMORA NA APRESENTAÇÃO DO AGENTE PERANTE A
AUTORIDADE JUDICIÁRIA. RELAXAMENTO DA MEDIDA E POSTERIOR DECRETO DE PRISÃO
PREVENTIVA NA AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA. POSSIBILIDADE. EXISTÊNCIA DE PREVISÃO
EXPRESSA NA RESOLUÇÃO Nº 213/2015 DO CNJ.VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL.
NÃO OCORRÊNCIA. PROVAS DA MATERIALIDADE E INDÍCIOS SUFICIENTES DA AUTORIA.
PRESENÇA. SEGREGAÇÃO FUNDADA NO ART. 312 DO CPP. CIRCUNSTÂNCIAS DO DELITO.
GRAVIDADE CONCRETA. RÉU QUE POSSUI REGISTRO ANTERIOR PELO MESMO CRIME. RISCO
DE CONTINUIDADE NA ATIVIDADE ILÍCITA. PERICULOSIDADE SOCIAL DO AGENTE. NECESSIDADE
DE GARANTIR A ORDEM PÚBLICA. SEGREGAÇÃO JUSTIFICADA. COAÇÃO ILEGAL NÃO
EVIDENCIADA. WRIT NÃO CONHECIDO. 1. O STF passou a não mais admitir o manejo do habeas
corpus originário em substituição ao recurso ordinário cabível, entendimento que foi aqui adotado,
ressalvados os casos de flagrante ilegalidade, quando a ordem poderá ser concedida de ofício.2. O
decreto da prisão preventiva pelo Magistrado condutor da audiência de custódia trata-se de providência
expressamente prevista no art. 8º, § 1º, inciso III, da Resolução nº 213/2015 do Conselho Nacional de
Justiça, que é de execução obrigatória conforme definido pela Suprema Corte no julgamento da Medida
Cautelar na ADPF nº 347/DF, realizado em 9-9-2015, não constituindo, portanto, qualquer ofensa ao
princípio do Juiz Natural.3. Para a decretação da prisão preventiva não se exige prova concludente da
materialidade ou da autoria delitiva, reservada à condenação criminal, mas apenas indícios suficientes
desta última e comprovação da existência do crime, que se encontram presentes, tanto que a denúncia foi
recebida. 4. A análise acerca da negativa de cometimento dos delitos é questão que não pode ser dirimida
em sede de habeas corpus, por demandar o reexame aprofundado das provas a serem produzidas no
curso da instrução criminal, vedado na via sumária eleita. 5. Ausente constrangimento ilegal quando a
custódia cautelar está devidamente justificada na garantia da ordem pública, em razão da periculosidade
efetiva do agente, evidenciada pelas circunstâncias em que cometido o delito e pelo seu histórico criminal.
6. Caso em que o paciente restou denunciado pela prática de roubo majorado, cometido em concurso de
agentes, os quais mediante grave ameaça, simulando estarem armados, abordaram dois indivíduos que
estavam realizando a entrega de cigarros em um estabelecimento comercial e lograram subtrair 760
pacotes da referida mercadoria, avaliados em mais de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), evadindo-se do local
em seguida. 7. O fato de o agente ser reincidente específico e ostentar condenação por outro delito
patrimonial, estando inclusive em cumprimento de pena no regime aberto quando foi preso pelo delito
objeto da presente ação penal, revela sua inclinação ao cometimento de crimes patrimoniais,
concretizando a conclusão pela sua efetiva periculosidade e inviabilizando a pretendida liberdade, pois
muito provável que, solto, continue delinquindo. 8. Habeas corpus não conhecido. (STJ, HC 365.193/SP,
Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 25/10/2016, DJe 14/11/2016) Pelas razões
acima expostas, afasto a tese defensiva. 2) AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DO ART. 312 DO CPP. O
impetrante prossegue a sua insurgência afirmando a ausência de fundamentação idônea para manutenção
da prisão preventiva da paciente, em razão da ausência de indícios de autoria delitiva, especialmente
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
considerando que o corréu Ricardo Pereira Lima da Silva se retratou em Juízo e assumiu a autoria delitiva
sozinho.A prisão cautelar é medida excepcional e deve ser decretada apenas quando devidamente
amparada pelos requisitos legais, em observância ao princípio constitucional da presunção de inocência,
sob pena de antecipar a reprimenda a ser cumprida quando da condenação. Sendo assim, cabe ao
julgador interpretar restritivamente os pressupostos do art. 312 do CPP, buscando a satisfação dos
requisitos ali elencados.Inicialmente, de bom alvitre ressaltar, que a ausência de elementos próprios que
tipificam o crime imputado a paciente, com análise profunda da autoria delitiva, envolve revolvimento da
matéria fático-probatória, o que é vedado na via estreita domandamus.Temos nos autos, que o corréu
Ricardo Silva, em sede Policial, afirmou que:Há cerca de 03 (três) meses o interrogado foi procurado pelo
nacional JEAN, para tramar o assassinato de Francisca; Que Francisca é sogra de Jean; Que Jean é
casado com Aline, a qual é filha de Francisca; Que Jean desejava ficar com a herança, especificamente
com a casa de Francisca, Que Jean sabia que o interrogado tinha acesso a casa de Francisca, pois o
interrogado costumava ir a casa dela para orar, e eles congregavam na mesma Igreja, que Jean prometeu
pagar R$ 5000,00 (cinco mil reais) ao interrogado se ele a matasse; Que o interrogado passou a
frequentar mais a casa de Francisca para planejar o crime; Que na noite do dia 08/12/2017 para o dia
09/12/2017, o interrogado saiu de casa por volta das 22:30, na sua motocicleta BIS 125 vermelha e a
deixou na base do monte do Serrinha; Que o interrogado deixou a motocicleta estacionada e foi andando a
pé e sozinho até a casa da Francisca; Que quando chegou ao local, lá estava a Francisca e a vizinha
Joanice, que não estava planejando que lá estivesse presente a Joanice; Que o interrogadochegou
dizendo a Francisca que la estava para orar com ela; Que logo em seguida chegou o Wesley e a Eusilene,
os quais são casados, Que Wesley e Eusilene também eram amigos de Francisca e lá também estavam a
mando de Jean, Que Wesley e Eusilene também chegaram no local disfarçando que estavam passeando
e queriam orar com a Francisca, Que Francisca não desconfiou que todos estavam ali para matá-la, Que
logo em seguida,chegou ao local Aline, possivelmente deixada por Jean, Que Aline disse a Francisca que
ali havia chegado para dormir com a mãe; Que tudo isto ocorreu aproximadamente entre as 23h e 01h,
mas não sabe precisar bem os horários com mais detalhes; Que após Aline chegar ao local, o interrogado
trocou olhares com Wesley e decidiram agir, iniciando a execução dos crimes; Que o interrogado e
Eusilene chamaram a Francisca para o lado de fora da casa, no quintal da frente, perto da entrada de
acesso da casa para o salão, Que Eusilene segurou Francisca e o interrogado bateu nela e virou o
pescoço dela, torcendo-o; Que neste momento a Joanice havia ficado dentro da casa com a Aline e o
Wesley; Que o interrogado jogou um saco de cimento em cima de Francisca, pois ela mesmo caída ao
chão ainda demonstrava estar respirando; Que o interrogado e Eusilene, após matarem a Francisca, foram
para dentro da casa e viram que a Joanice ainda lutava para se defender contra a Aline e o Wesley, Que o
interrogado ajudou a segurar a Joanice, a qual estava gritando, e nesse momento a Joanice mordeu a
mão do interrogado, Que Wesley bateu com cabo de vassoura ou rodo, não lembra ao certo, que estava
no local, na boca da Joanice e enfiou o referido cabo de madeira na boca dela; que durante a luta contra a
Joanice, o Wesley disse para pegarem uma faca na cozinha; Que o interrogado correu na cozinha e pegou
uma faca de cozinha e deu para Wesley, Que Wesley enfiou a faca na garganta da Joanice, Que após a
morte das duas o Jean chegou na casa; Que Jean pegou os celulares das vítimas e a faca da cozinha
usada no crime; Que após o crime todos saíram da casa, mas antes mexeram no guarda roupas para
simular um roubo; Que o interrogado foi até sua casa, e o Jean veio atrás, Que chegando na casa dele,
Jean mandou que o interrogado jogasse os celulares e a faca numa fossa da casa vizinha a do
interrogado, Que o interrogado fez isso, jogando os referidos objetos na fossa; Que após os crimes o
interrogado não viu e não falou mais com o Jean; que Jean antes do crime havia orientado o interrogado a
não ir ao enterro e nem ao velório das vítimas; Que o interrogado não chegou a receber o valor de R$
5000,00 (cinco mil reais) de Jean, pois havia prometido que somente pagaria após algum tempo, para não
levantar suspeitas;Que o interrogado achou a presença e conduta da Aline muito fria, pois ela e fria e
mesmo assim estava junto e praticou tosos os atos, (...)Entendo que o depoimento acima, foi minucioso e
esclarecedor quanto a sucessão dos fatos, de modo que a retratação do acusado em Juízo, não elide as
informações colhidas na Polícia, gerando os indícios suficientes de autoria idôneos para a manutenção da
preventiva da paciente, vez que as provas de autoria exigidas para manutenção da prisão devem ser
indiciárias e não concretas, que são exigidas para a condenação.Quanto aopericulum libertatis,de igual
modo entendo que se fazem presentes nos autos. Isto porque, a ordem pública restou concretamente
abalada, diante da gravidade concreta dos crimes que foram imputados a paciente, levando em
consideração a sua frieza, não apenas como mandante, mas também como executora de atos que
culminaram na morte de sua própria genitora, além da vizinha desta, tudo de forma cruel e sem
possibilidade de defesa para as vítimas, configurando omodus operandida ação criminosa idôneo à
manutenção da custódia cautelar. Então, necessária a manutenção de sua prisão para fins de preservação
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
da ordem pública e instrução criminal.A decisão que decretou a preventiva está satisfatoriamente
fundamentada com fulcro no art. 312 do CPP, tendo o magistrado destacado a necessidade de acautelar a
ordem pública, por conveniência da instrução criminal e para aplicação da lei penal, razão pela qual afasto
a tese atinente ausência dos requisitos da preventiva. 3) EXCESSO DE PRAZO PARA FINALIZAÇÃO DA
INSTRUÇÃO PROCESSUAL.A autoridade inquinada coatora informou que os autos, atualmente,
aguardam a juntada de cartas precatórias pendentes de oitivas de testemunhas de acusação e defesa e,
posteriormente será dada vistas as partes para apresentarem os memoriais finais e, após, serão conclusos
para sentença.O constrangimento ilegal por excesso de prazo não resulta de um critério aritmético, mas de
uma aferição realizada pelo julgador, à luz dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, levando
em conta as peculiaridades do caso concreto.In casu, a paciente foi presa em 11/12/2017.Os prazos
devem, portanto, ser contado de forma global, considerando as peculiaridades do caso concreto,
porquanto não é a simples ultrapassagem dos prazos que caracteriza o constrangimento ilegal.Nesse
sentido, cito trecho do Colendo Superior Tribunal de Justiça:?(...)III- O prazo para a conclusão da instrução
criminal não tem as características de fatalidade e de improrrogabilidade, fazendo-se imprescindível
raciocinar com o juízo de razoabilidade para definir o excesso de prazo, não se ponderando a mera soma
aritmética dos prazos para os atos processuais. (Precedentes do STF e do STJ).IV - Na hipótese,
malgrado eventual atraso na instrução criminal, ele se justificaria, tendo em vista a complexidade do feito e
a expedição de cartas precatórias.Habeas corpus não conhecido.(HC 318.978/SP, Rel. Ministro FELIX
FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 19/05/2015, DJe 27/05/2015). Compulsando-se os autos, inexiste
qualquer evento que possa ser atribuído ao Poder Judiciário apto a caracterizar o retardamento do feito,
meio idôneo para caracterizar o constrangimento ilegal e justificar a concessão da ordem para o
relaxamento da prisão, razão pela qual entendo que a dilação do prazo ainda se encontra dentro dos
limites da razoabilidade que devem nortear esta decisão.Nesse diapasão, entendo ausentes, por ora,
motivos que justifiquem o relaxamento da prisão do paciente pelo argumento de excesso de prazo, uma
vez que a instrução já se iniciou e o feito segue seus trâmites legais, apenas aguardando o retorno das
cartas precatórias par finalização da instrução de um feito que envolve complexidade pela pluralidade de
réus, razão pela qual afasto o constrangimento ilegal pelo excesso de prazo. 4) CONVERSÃO DA
PREVENTIVA EM DOMICILIAREm resumo, a questão objurgada no feito, cinge-se em analisar a
existência de cumprimento dos requisitos para concessão de prisão domiciliar à ora paciente.Inicialmente,
destaco que não desconheço a decisão proferida pela 2ª Turma do STF que, por maior concedeu a ordem
em ?habeas corpus? coletivo nº 143641, impetrado em favor de todas as mulheres presas
preventivamente que ostentem a condição de gestantes, de puérperas ou de mães de crianças sob sua
responsabilidade menores de 12 anos. Contudo, a determinação ali exarada não constitui cálculo
aritmético, cuja a presença das incógnitas (gestante ou mãe de filho menor de 12 anos) garanta o
resultado automático atinente a concessão da prisão domiciliar.Odecisumacima referenciado, determinou
a substituição da prisão preventiva pela domiciliar ? sem prejuízo da aplicação concomitante das medidas
alternativas previstas no art. 319 do CPP (1) ? de todas as mulheres presas, gestantes, puérperas, ou
mães de crianças e deficientes sob sua guarda, nos termos do art. 2º do ECA (2) e da Convenção sobre
Direitos das Pessoas com Deficiência (Decreto Legislativo 186/2008 e Lei 13.146/2015), relacionadas
nesse processo pelo DEPEN e outras autoridades estaduais, enquanto perdurar tal
condição,excetuadosos casos de crimes praticados por elas mediante violência ou grave ameaça, contra
seus descendentes ou, ainda, em situações excepcionalíssimas, as quais deverão ser devidamente
fundamentadas pelos juízes que denegarem o benefício.Não obstante as razões do impetrante, da análise
do que consta dos autos, não verifico qualquer ilegalidade a ser sanada no bojo do presentehabeas
corpus,ou qualquer abuso de poder, uma vez que a decisão tomada como paradigma veda sua aplicação
no caso dos crimes cometidos com violência ou grave ameaça contra qualquer pessoa, e não unicamente
quando cometidos contra seus descendentes, o uso da vírgula entre as proposições evidencia que se
tratam de duas modalidades diferentes de restrições: excetuados os casos de crimes praticados por elas I)
mediante violência ou grave ameaça,II) contra seus descendentes.In casu,os documentos que instruem a
inicial demonstram que a conduta delituosa imputada a paciente, é a de matar a própria mãe, além da
vizinha dela. Depreende-se do feito que a paciente, juntamente com seu companheiro Jean e mais amigos
da ofendida, planejaram o assassinato da vítima de forma cruel, sem possibilidade de defesa, vez que
alegavam que iriam orar na casa da vítima, que restou emboscada, pelos referidos agentes, tornando o
precedente julgado pelo STF inaplicável a paciente.A condição de mãe de filhos menores de 12 (doze)
anos, por si só, não autoriza a conversão em prisão domiciliar, pois a lei exige que o impúbere necessite
de cuidados especiais e que esses não possam ser realizados por outra pessoa, sendo imprescindível a
presença dos pais.O art. 318 do Código Penal não constitui direito subjetivo do réu, devendo ser
submetida à apreciação do Juízo, caso a caso a possibilidade ou não do deferimento de prisão
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
domiciliar.Nesse sentido, cabe citação do entendimento de Guilherme de Souza Nucci:A prisão domiciliar
constitui faculdade do juiz e não direito subjetivo do acusado. Por óbvio, não significa dizer que a sua
concessão se submete ao capricho do magistrado, algo afrontoso à legalidade. Se o sujeito, cuja
preventiva é decretada, preenche alguma das hipóteses do art. 318 do CPP, havendo oportunidade,
merecimento e conveniência, o juiz pode inseri-lo em prisão domiciliar?. (Código de Processo Penal
Comentado. 14. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014).Anoto que, a prisão domiciliar foi indeferida em
primeiro grau de jurisdição, por estarem preenchido os requisitos autorizadores da prisão cautelar,
considerando as circunstâncias em que ocorreu o delito, a saber: a gravidade concreta do crime de
homicídio perpetrado em desfavor de sua própria genitora.Sobre o tema, segue jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal:Vistos etc. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por Ercio
Quaresma Firpe em favor de Camila Alves da Cruz Martins, contra acórdão do Superior Tribunal de
Justiça, que negou provimento ao RHC 101.148/MG. A paciente foi presa temporariamente pela suposta
prática do crime de homicídio qualificado (art. 121, § 2º, I, III, IV, VI e § 7º, I, c/c art. 29, ambos do Código
Penal). Posteriormente, o magistrado de primeiro grau converteu a prisão temporária em preventiva.
Irresignada, a Defesa impetrou habeas corpus, perante o Tribunal de Justiça de Minas Gerais/MG, que
denegou a ordem. A questão, então, foi submetida à apreciação do Superior Tribunal de Justiça, que
negou provimento ao RHC 101.148/MG. No presente writ, o Impetrante defende a substituição da prisão
preventiva por domiciliar, porquanto a paciente é genitora de uma criança de 7 (sete) anos de idade.
Aponta que o pai do menor se encontra preso preventivamente por força da mesma decisão judicial.
Argumenta a existência de circunstâncias favoráveis à paciente, como primariedade, bons antecedentes e
residência fixa. Alega a possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão. Requer, em
medida liminar e no mérito, a concessão da prisão domiciliar à paciente. É o relatório. Decido. Extraio do
ato dito coator:PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS.HOMICÍDIO
QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA. PERICULOSIDADE DA AGENTE. SUBSTITUIÇÃO DA
CUSTÓDIA PREVENTIVA POR PRISÃO DOMICILIAR PARA ASSISTÊNCIA DE UMA FILHA MENOR.
IMPOSSIBILIDADE. DELITO COMETIDO COM VIOLÊNCIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO
CARACTERIZADO.RECURSO NÃO PROVIDO. 1. Com o advento da Lei n. 13.257/2016, o art. 318 do
CPP passou a permitir ao juiz a substituição da prisão cautelar pela domiciliar quando o agente for "mulher
com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos". 2.Em recente decisão, nos autos do HC
143.641/SP (Rel. Ministro Ricardo Lewandowski), a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal concedeu
habeas corpus coletivo para determinar a substituição da prisão preventiva pela domiciliar de todas as
mulheres presas, gestantes, puérperas, ou mães de crianças e deficientes, excetuados os casos de:a)
crimes praticados por elas mediante violência ou grave ameaça, b) crimes praticados contra seus
descendentes ou c) situações excepcionalíssimas, devidamente fundamentadas.3. Na espécie, é
inadequada a substituição da custódia preventiva pela prisão domiciliar, e isto porque trata-se denúncia
por delito praticado com violência. Segundo consta, a recorrente, com o auxílio do seu marido, teria
desferido golpes de faca na região da nuca da vítima, que estava aproximadamente na trigésima quarta
semana de gestação. O motivo do delito teria sido o fato de a vítima estar grávida do cônjuge da
recorrente, também réu na ação penal originária.4. A colocação da recorrente em liberdade representa, de
fato, risco concreto ao meio social, dada sua periculosidade concreta verificada no modus operandi do
delito.5. No caso, conforme consta no acórdão impugnado, a criança encontra-se sob os cuidados da avó
paterna.6. Condições pessoais favoráveis da agente não têm o condão de, isoladamente, garantir a
liberdade ao acusado, quando há, nos autos, elementos hábeis que autorizam a manutenção da medida
extrema nos termos do art. 312 do CPP.7. Recurso não provido. Ressalto que, para fins de apreciação do
pedido de liminar, é necessário avaliar se o ato dito coator teve o condão de caracterizar patente
constrangimento ilegal. Ao exame dos autos, verifico que o acórdão exarado pela Corte Superior se
encontra fundamentado, apontando as razões de seu convencimento para rechaçar a tese defensiva. Em
análise de cognição sumária, não detecto a presença dos pressupostos autorizadores da concessão da
medida liminar com a imediata concessão de prisão domiciliar à paciente. Ante o exposto, indefiro o
pedido de liminar. Colha-se a manifestação do Ministério Público Federal. Publique-se. Brasília, 07 de
dezembro de 2018. Ministra Rosa Weber Relatora. (STF - HC: 165945 MG - MINAS GERAIS, Relator: Min.
ROSA WEBER, Data de Julgamento: 07/12/2018, Data de Publicação: DJe-266 12/12/2018). Por todo o
exposto, denego a ordem.É o voto.Belém, 18 de fevereiro de 2019. Des.RONALDOMARQUESVALLE
Relator Belém, 19/02/2019
ordem recaiu sob a relatoria do Des. Milton Nobre, contudo, em razão do seu afastamento funcional, os
autos foram redistribuídos, cabendo a mim relatá-los.A medida liminar foi indeferida em 06/02/2019, e, no
ato, requisitadas informações de estilo à autoridade coatora, que as prestou em 08/09/2019, consoante Id.
nº 1364970, em resumo (sic):?Dispõe o auto de prisão em flagrante que a guarnição da Polícia Militar
estava fazendo ronda, quando por volta das 11:00h, ao passar na Rua Balbino Teixeira avistou dois
indivíduos em atitude suspeita em uma motocicleta e o garupa estava com um embrulho edemonstrou
nervosismo ao ver a viatura policial. Que diante da situação resolveram fazer a abordagem policial nos
mesmos, que ao verem a aproximação da viatura, saíram da motocicleta em que estavam e adentraram
no Supermercado Tradição, deixando o embrulho em cima da motocicleta. Que, em seguida abordaram os
dois suspeitos que soube chamarem-se de Edenilson Gomes de Sousa e Bruno Chaves de Oliveira, em
seguida foi feita a revista no motocicleta e o embrulho que Edenilson estava portando, tratava-se de uma
arma de fogo tipo espingarda de fabricação caseira, que foi dado voz de prisão e Edenilson assumiu ser o
dono da arma, sendo tanto ele como Bruno conduzidos a delegacia.(...)A Defesa requereu a liberdade
provisória quando da realização da audiência de custódia, sendo novamente mantida sob o fundamento de
se evitar a reiteração de crimes por parte do acusado, observando-se que o mesmo acusado responde ao
processo n. 0003225-42.2016.8.14.0021, denunciado por tráfico de drogas, juntamente com um
comparsa.O processo ainda nem iniciou, devendo logo ser apresentado a conclusão do inquérito
policial.?Em sua manifestação, a Douta Procuradoria se pronunciou em 12/02/2019 no Id. nº 1376130 pelo
conhecimento e denegação da ordem.É o relatório. VOTO VOTO:Suscita a impetrante a concessão da
presente ordem deHabeas Corpusem favor do paciente,alegando, para tanto, ausência dos requisitos do
art. 312 do CPP e ausência de fundamentação, bem como a presença de condições pessoais favoráveis
do mesmo, pugnando, ainda, subsidiariamente, pela aplicação de medidas cautelares diversas da
prisão.Compulsando os presentes autos, não vislumbro o alegado constrangimento ilegal na segregação
cautelar do paciente, em virtude da constatação da presença dos requisitos do art. 312 do CPP e da
fundamentação idônea apresentada.Sobre a prisão preventiva, Renato Brasileiro de Lima em sua obra
Manual de Processo Penal: volume único ? 4. Ed. ver., ampl. e atual. ? Salvador: Ed. JusPodivm, 2016, p.
930, conceitua:?Cuida-se de espécie de prisão cautelar decretada pela autoridade judiciária competente,
mediante representação da autoridade policial ou requerimento do Ministério Público, do querelante ou do
assistente, em qualquer fase das investigações ou do processo criminal (nesta hipótese, também pode ser
decretada de ofício pelo magistrado), sempre que estiverem preenchidos os requisitos legais (CPP, art.
313) e ocorrerem os motivos autorizadores listados no art.312 do CPP, e desde que se revelem
inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão (CPP, art. 319)? Para
complementar, transcrevo também o excerto da decisão que fundamentou a decretação da prisão
preventiva do paciente: ?Número: 0800084-74.2019.8.14.0021FLAGRANTEADO: EDENILSON GOMES
DE SOUSA Vistos, etc., Do que observo dos autos, foram cumpridos os requisitos dos art. 304 e 306 do
CPP, tendo sido ouvido o condutor, as testemunhas, os acusados e sendo feitas as comunicações
legais.Dispõe o art. 310 do CPP que ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá
fundamentadamente: I - Relaxar a prisão ilegal; ou II - converter a prisão em flagrante em preventiva,
quando presentes os requisitos constantes do art. 312 desteCódigo, e se revelarem inadequadas ou
insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ouIII - conceder liberdade provisória, com ou sem
fiança. No presente feito, o crime imputado é o de porte de arma. Não há dúvidas quanto a existência do
crime e a autoria já que a prisão foi em flagrante segundo depoimentodas testemunhas. Eugênio Pacelli,
por sua vez, salienta que a prisão para a garantia da ordem pública não se destina a proteger o processo
penal, enquanto instrumento de aplicação da lei penal. Dirige-se, ao contrário, à proteção da própria
comunidade, coletivamente considerada, no pressuposto de que ela seria duramente atingida pelo não-
aprisionamento de autores decrimes que causassem intranquilidade social. Destacando o caráter cautelar
do fundamento em estudo, Antônio Scarence Fernandes ensina que ?se com a sentença e a pena
privativa de liberdade pretende-se, além de outros objetivos, proteger a sociedade, impedindo o acusado
de continuar cometendo delitos, esse objetivo seria acautelado por meio de prisão preventiva.? Por outro
lado, há autores que relacionam a prisão para garantia da ordem pública ao impacto social do crime e até
à credibilidade da Justiça. Nesse sentido, Antônio Magalhães Gomes Filho ensina que à ordem pública
relacionam-se todas aquelas finalidades do encarceramento provisório que não se enquadram nas
exigências de caráter cautelar propriamente ditas, mas constituem formas de privação da liberdade
adotadas como medidas de defesa social; fala-se, então, em ?exemplaridade?, no sentido de imediata
reação ao delito, queteria como efeito satisfazer o sentimento de justiça dasociedade; ou, ainda, a
prevenção especial, assim entendida a necessidade de se evitar novos crimes. No mesmo diapasão,
Fernando Capez adverte que ?a brutalidade do delito provoca comoção no meio social, gerando sensação
de impunidade e descrédito pela demora na prestação jurisdicional, de tal forma que, havendo fumus boni
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
iuris, não convém aguardar-se até o trânsito em julgado para só então prender o indivíduo?. O Superior
Tribunal de Justiça assim tem decidido:HABEAS CORPUS. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO COM
NUMERAÇÃO RASPADA. PRISÃO EM FLAGRANTE CONVERTIDA EM PREVENTIVA.
PERICULOSIDADE REAL.AGENTE QUE RESPONDE A OUTROS PROCESSOS. REITERAÇÃO NA
PRÁTICA DELITIVA. POR OCASIÃO DA PRISÃO SE ENCONTRAVA EM LIBERDADE PROVISÓRIA
NOS AUTOS DE OUTRO CRIME. NECESSIDADE DE RESGUARDAR A ORDEM PÚBLICA.
FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL INEXISTENTE. 1. Por força do princípio
constitucional da presunção de inocência, as prisões de natureza cautelar, assim entendidas as que
antecedem o trânsito em julgado da decisão condenatória, são medidas deíndole excepcional, as quais
somente podem ser decretadas (ou mantidas) caso venham acompanhadas de efetiva fundamentação. 2.
In casu, tem-se que foi concretamente justificada a necessidade de manutenção da segregação cautelar.
Isso porque apontaram as instâncias ordinárias o fato de o paciente responder a outras ações penais, por
delito de tráfico de drogas, homicídio e também por porte ilícito de arma de fogo, bem como por estar,
quando da prisão em flagrante, há apenas dez dias, em liberdade provisória. 3. A periculosidade real e a
reiteração na prática delitiva são tidas como razõesidôneas ao encarceramento, como meio a se
resguardar a ordem pública. 4. Ordem denegada. (STJ - HC: 296536 RS 2014/0137747-9, Relator:
Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, Data de Julgamento: 10/03/2015, T6 - SEXTA TURMA, Data de
Publicação: DJe 20/03/2015). Observo que o acusado já possui outros procedimentos crminais,
respondendo em liberdade, mesmo assim, sempre volta a delinquir, razão pela qual entendo que a prisão,
nesta oportunidade, é a única forma de fazer cessar a continuidade delitiva do autor. Ante todo 0 analisado
como discorrido acima, HOMOLOGO A PRISÃO EM FLAGRANTE, e por fim, CONVERTO A PRISÃO DO
ACUSADO EM PREVENTIVA devendo permanecer no cárcere até nova decisão. Comunique-se ao
Delegado de Polícia e intimem-se o preso da presente decisão, através de cópia que servirá como
mandado?. Analisando a decisão retrotranscrita proferida pelo Juízo, percebo que o mesmo respeitou o
mandamento constitucional insculpido no inciso IX, do art. 93 da Constituição Federal/88, que relata o
princípio da motivação das decisões judiciais.Tal dispositivo assim repousa na atual Carta Magna
vigente:Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:[...]IX Todos os julgamentos dos órgãos do Poder
Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar
a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos
nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público
à informação; Diante de tal dispositivo constitucional, pode-se inferir que não é apenas a sentença e o
acórdão que deverão ser fundamentados, mas sim todos os atos decisórios proferidos pelos julgadores, o
que é devido ao fato da Constituição Federal prevalecer sobre as demais leis.Assim, toda decisão deve
ser suficientemente fundamentada, ofertando às partes a oportunidade de conceber os motivos daquele
ato decisório, para que possa ser interposto eventual recurso.Esta fundamentação deverá apontar às
partes e aos demais interessados os motivos pelos quais o julgador se convenceu para colimar
determinada conclusão.In casu,o Juízo discorreu a legislação pertinente e a subsumiu ao caso concreto,
demonstrando a evidente presença do requisito do art. 312 do CPP da garantia da ordem pública.Segundo
consta nas informações prestadas, o paciente teria sido encontrado com uma arma de fogo tipo
espingarda de fabricação caseira juntamente com outro agente.Já na decisão constritora, fora
fundamentado pelo Juízo que o paciente já possui outros procedimentos criminais pesando contra sim, de
forma que se trata o presente caso de reiteração delitiva.Em consulta efetivada no sistema informatizado
Libra desta Corte, de fato, constatou-se que o paciente também responde a outro procedimento criminal
pelo crime de tráfico de drogas.Vê-se que a ordem pública restou abalada pela gravidade concreta da
suposta conduta do paciente, o que denota a periculosidade real do mesmo, tendo em conta que o
mesmo, supostamente, faz do crime seu meio de vida, ante a prévia verificação de reiteração
delitiva.Assim, para se restabelecer o equilíbrio da ordem pública, quebrada pela suposta conduta delitiva
perpetrada, deve ser mantida prisão cautelar do paciente, uma vez que a sociedade clama pela ação
estatal contra os crescentes índices de criminalidade do Estado.Deste modo, corrobora este Relator com a
escorreita fundamentação exarada pelo Juízo, não sendo outra medida que não seja a mais extrema a
mais cabível na vertente.Nesse viés, descabidas, insuficientes e inoperantes as medidas cautelares
diversas da prisão, em face da presença do requisito do art. 312 do CPP da garantia da ordem pública
levada a cabo pela reiteração delitiva.Nesse sentido:HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA.
HOMICÍDIO QUALIFICADO TENTADO. ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA ARMADA. PORTE DE ARMA DE
USO RESTRITO. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. GRAVIDADE EM CONCRETO E RECEITO DE
REITERAÇÃO CRIMINOSA. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGA. ORDEM DENEGADA.1. A
garantia da ordem pública está elencada no artigo 312 do Código de Processo Penal como um dos
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
fundamentos a justificar a prisão preventiva de uma pessoa. Tal conceito deve ser interpretado como
instrumento de manutenção ou de restabelecimento da tranquilidade do meio social que foi desordenado
pela periculosidade do agente, pelo fundado receio de reiteração da prática criminosa, pela gravidade
concreta da conduta a ele imputada demonstrada pelo modus operandi de sua ação. 2. No caso, a
imputação dos crimes de tentativa de homicídio, de associação criminosa armada e de porte de arma de
uso restrito evidencia a imersão do paciente na seara criminosa organizada, o que, obviamente, causa
severa intranqüilidade social, justificando sua custódia cautelar em razão da gravidade em concreto dos
delitos supostamente praticados. Ademais, a acusação de integrar organização criminosa armada,
inequivocamente, pela própria natureza do tipo penal, faz emergir o fundado receio de reiteração delitiva, o
que também a preventiva. 3. O fato de o paciente supostamente ser primário e emprego lícito, por si só
não autoriza a sua liberdade quando estão satisfeitos os requisitos do artigo 312 do Código de Processo
Penal, o que, a contrario sensu, também repele a pretensão de que fossem determinadas outras medidas
cautelares diversas da prisão para a hipótese dos autos. 4. Ordem denegada.(TJ-DF
07178627820178070000 DF 0717862-78.2017.8.07.0000, Relator: MARIA IVATÔNIA, Data de
Julgamento: 01/02/2018, 2ª Turma Criminal, Data de Publicação: Publicado no PJe : 06/02/2018 . Pág.:
Sem Página Cadastrada.) Ressalte-se, ainda, a dogmática do princípio da confiança no juiz da causa, o
qual estabelece que o juiz condutor do feito está em melhor condição de avaliar se a segregação social do
paciente se revela necessária.Sobre a matéria, trago a conhecimento julgado desta Egrégia
Seção:HABEAS CORPUS - LATROCÍNIO - FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE NA DECISÃO QUE
DECRETOU A PRISÃO PREVENTIVA DO PACIENTE - IMPOSSIBILIDADE - DECISUM MINIMAMENTE
MOTIVADO - PRISÃO QUE DEVE SER MANTIDA PARA A APLICAÇÃO DA LEI PENAL E A GARANTIA
DA ORDEM PÚBLICA - MODUS OPERANDI QUE RECOMENDA A PERMANÊNCIA DO PACIENTE NO
CÁRCERE - JUÍZO A QUO QUE JUSTIFICOU A IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DE MEDIDAS
CAUTELARES - PERICULOSIDADE CONCRETA -CONFIANÇA NO JUIZ DA CAUSA- QUALIDADES
PESSOAIS - IRRELEVANTES - SÚMULA N.° 08 DO TJPA - ORDEM DENEGADA. I. A decisão que
decretou a prisão preventiva (fl. 60), encontra-se minimamente fundamentada na aplicação da lei penal e
na garantia da ordem pública. Com efeito, o coacto usando de agressões físicas e instrumento
contundente, provocando-lhe traumatismo crânio encefálico, ceifando a vida da vítima e subtraindo seus
objetos pessoais; II. Observa-se que a autoridade coatora, vem, reiteradamente, mantendo a custódia
cautelar do paciente, que é contumaz na prática de agressões físicas em desfavor de transeuntes que
circulam pelo local em ocorreu o crime, indeferindo 02 (dois) pedidos da defesa que objetivavam a
devolução do direito ambulatorial do coacto. Em ambos, (fl.75/76 e 78/79), foi corroborado que a
permanência do paciente no cárcere é necessária, seja em razão da presença de indícios suficientes de
autoria do crime de latrocínio, seja pelo modus operandi empregado no delito e ainda pela periculosidade
que representa se for solto, não sendo suficientes, inclusive, a aplicação de medidas cautelares diversas
da custódia; III. Deve-se, prestar reverência ao Princípio da Confiança no Juiz da Causa, já que o
Magistrado encontra-se mais próximo das partes, e, portanto, tem melhores condições de valorar a
subsistência dos motivos que determinaram a constrição cautelar do paciente; IV. Às qualidades pessoais
são irrelevantes ante ao disposto no Enunciado Sumular n.º 08 do TJ/PA; V. Ordem denegada.
(2016.03975856-97, 165.360, Rel. ROMULO JOSE FERREIRA NUNES, Órgão Julgador CÂMARAS
CRIMINAIS REUNIDAS, Julgado em 2016-09-26, Publicado em 2016-09-30) Por derradeiro, cumpre
destacar o teor da Súmula nº 08 deste Tribunal, a qual estabelece que?as qualidades pessoais são
irrelevantes para a concessão da ordem de habeas corpus, mormente quando estiverem presentes os
requisitos da prisão preventiva?,logo, em que pese as alegadas condições pessoais favoráveis do
paciente, entendo presente o requisito do art. 312 do CPP para manutenção da sua custódia cautelar, qual
seja, a garantia da ordem pública.Ante o exposto, pelos fundamentos declinados,CONHEÇOeDENEGOa
presente ordem dehabeas corpus.Belém, 18 de fevereiro de 2019. Des.MairtonMarquesCarneiro Relator
Belém, 19/02/2019
peladenegação.(ID 1364141) Os autos vieram-me para decisão. É o relatório. VOTO V O T O Como dito
alhures, trata-seda ordem deHabeas Corpuscom Pedido de Liminar impetrado em favor do
PacienteCLAUDIO BRUNO ALBUQUERQUE FARIAS,sob os fundamentos de ausência de idônea
fundamentação que decretou a prisão preventiva do Paciente, excesso de prazo na formação da
culpa.Adiantoprima faciequedenego a ordem impetrada,por não vislumbrar qualquer coação ilegal a ser
reparada.Passo a análise das teses levantadas pela Defesa do Paciente. 1 ? Da ausência de idônea
fundamentação que decretou a prisão preventiva do Paciente. Não prospera a tese levantada, uma vez
que a decisão de segregação cautelar decretada pelo Juízo Coator em 24/02/2018 por conversão de
prisão em flagrante por prisão preventiva e a mesma está devidamente fundamentada nos requisitos dos
artigos 312 do CPP, senão vejamos em excerto extraído das informações: (...) O paciente foi preso em
flagrante em 24/02/2018 e teve sua risão convertida em preventiva por este Juízo. Anecessidade de
manutenção da custódia preventiva foi reavaliada na data de 23/04/2018 e, ainda, durante a audiência de
instrução e julgamento do feito, sendo mantida a medida(...)ID 1332541. A Douta Procuradora de Justiça
do Ministério Público, Dra. Maria do Socorro Martins Carvalho Mendo, se manifesta assim em seu
parecer:(...) No caso sub examine, a impetrante almeja a antecipação dos efeitos da tutela, pugnando pela
concessão da ordem liberatória ante a ausência de fundamentação idônea para decretação/mantença da
prisão preventiva, não havendo justa causa para aplicação de seus efeitos. Ademais, rebate que o
paciente possui bons requisitos subjetivos ensejadores da ordem liberatória.Entretanto, desde já,
opinamos que as irresignações lançadas não merecem abrigo, senão vejamos:Como cediço, a prisão
preventiva é uma medida excepcional, de natureza cautelar, que autoriza o Estado, observadas as balizas
legais e demonstrada a absoluta necessidade, a restringir a liberdade do cidadão antes de eventual
condenação com trânsito em julgado (art. 5º, LXI, LXV, LXVI e art. 93, IX, da CF).Para a privação desse
direito fundamental, resta-se indispensável a demonstração de provas da materialidade do crime e de
indícios suficientes da autoria sob o acusado, bem como a ocorrência de um ou mais pressupostos do
artigo 312 do Código de Processo Penal. Assim, tomando como base os documentos instruídos aos autos,
opinamos que a medida excepcional se resta justa e proporcional, vejamos:Quanto aofumus comissi
delicti,resta-se patente a materialidade do crime e os indícios de autoria delitiva sob o paciente, ante auto
de apresentação e apreensão, laudo médico e depoimentos das vítima e testemunhas, assim como pela
confissão da denunciada CRISTINA GOMEZ DE AVIZ, deflagrando o paciente como um dos autores do
delito.No que concerne opericulum in libertatis,é medida que se impõe paragarantir a ordem pública: ante
o perigo concreto do crime e modus operandi empregado, refletindo a periculosidade do réu. Trata-se de
crime complexo, de natureza grave, havendo concurso de pessoas e emprego de armas, onde há
requintes de crueldade, haja vista que a vítima, mesmo rendida e implorando por sua vida, foi alvejada
com um disparo de arma de fogo.A respeito da garantia de ordem pública, o jurista Guilherme de Souza
Nucci1, leciona: "Entende-se pela expressão a necessidade de se manter a ordem na sociedade, que, via
de regra é abalada pela prática de um delito. Se este for grave, de particular repercussão, com reflexos
negativos e traumáticos na vida de muitos, propiciando àqueles que tomam conhecimento da sua
realização um fortesentimento de impunidade e de insegurança, cabe ao Judiciário determinar o
recolhimento do agente. A garantia da ordem pública deve ser visualizada pelo binômio gravidade da
infração mais repercussão social (...)?.ID 1364141. Nos termos da decisão mencionada alhures, entendo
que o juízo singular fundamentou a decisão ora impugnada ao mencionar a necessidade de segregação
cautelar do paciente em razão da não presença de fatos novos que pudessem alterar a decisão já
prolatada anteriormente. ART. 93. LEI COMPLEMENTAR, DE INICIATIVA DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL, DISPORÁ SOBRE O ESTATUTO DA MAGISTRATURA, OBSERVADOS OS SEGUINTES
PRINCÍPIOS:IX - TODOS OS JULGAMENTOS DOS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO SERÃO
PÚBLICOS, E FUNDAMENTADAS TODAS AS DECISÕES, SOB PENA DE NULIDADE, PODENDO A LEI
LIMITAR A PRESENÇA, EM DETERMINADOS ATOS, ÀS PRÓPRIAS PARTES E A SEUS
ADVOGADOS, OU SOMENTE A ESTES, EM CASOS NOS QUAIS A PRESERVAÇÃO DO DIREITO À
INTIMIDADE DO INTERESSADO NO SIGILO NÃO PREJUDIQUE O INTERESSE PÚBLICO À
INFORMAÇÃO; Assim, não existe constrangimento ilegal quando a decretação da prisão está
devidamente fundamentada em circunstâncias do art. 312 do CPP, o qual dispõe: ART. 312. A PRISÃO
PREVENTIVA PODERÁ SER DECRETADA COMO GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA, DA ORDEM
ECONÔMICA, POR CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL, OU PARA ASSEGURAR A
APLICAÇÃO DA LEI PENAL, QUANDO HOUVER PROVA DA EXISTÊNCIA DO CRIME E INDÍCIO
SUFICIENTE DE AUTORIA. Nestes termos, é a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,in verbis:
HABEAS CORPUS ? PRISÃO PREVENTIVA ? NECESSIDADE COMPROVADA DE SUA DECRETAÇÃO
? DECISÃO FUNDAMENTADA ? MOTIVAÇÃO IDÔNEA QUE ENCONTRA APOIO EM FATOS
CONCRETOS ? PERICULOSIDADE DO ACUSADO/RÉU EVIDENCIADA PELO ?MODUS OPERANDI?
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
sentençaRessalte-se, portanto, que o excesso de prazo não se aplica ao presente caso, estando presente
o princípio da razoabilidade, conforme já entendeu esta Egrégia Corte através da manifestação do
excelentíssimo desembargador RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES,in verbis: EMENTA: HABEAS
CORPUS - HOMICÍDIO QUALIFICADO - EXCESSO DE PRAZO NA FORMAÇÃO DA CULPA -
DESCABIMENTO - INSTRUÇÃO PROCESSUAL ENCERRADA DESDE 08/08/2017 - AÇÃO PENAL EM
FASE DE ALEGAÇÕES FINAIS - APLICAÇÃO DAS SÚMULAS 52 E 01 DO STJ E DO TJPA - CUSTÓDIA
QUE DEVE SER MANTIDA PARA A APLICAÇÃO DA LEI PENAL E A GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA -
MODUS OPERANDI QUE RECOMENDA MANUTENÇÃO DA MEDIDA CAUTELAR PRISIONAL -
PERICULOSIDADE CONCRETA - CONFIANÇA NO JUIZ DA CAUSA - ORDEM DENEGADA. 1. Inexiste o
alegado excesso de prazo na formação da culpa. Com base nas informações prestadas pela autoridade
coatora, constata-se que, com base nas informações prestadas pela autoridade coatora, complementadas
com documentação acostada ao writ, verifica-se que o paciente já foi pronunciado e esta decisão, após o
julgamento do recurso em sentido estrito em 30/05/2017, já transitou em julgado. Portanto, não há que se
falar em excesso de prazo, ensejam a aplicação das súmulas 52 e 01 do C.STJ e do TJPA; 2. Estão
presentes no caso em comento, os requisitos legais da prisão cautelar, ex vi do art. 312 do CPP, quais
sejam, a aplicação da lei penal e a garantia da ordem pública, respectivamente, o que, impede a
revogação da medida extrema imposta pelo juízo de Santarém. Com efeito, o paciente em 03/10/2015, na
companhia da nacional Clarice Borges dos Santos, com quem o coacto mantinha união estável, ceifaram a
vida de Ruan Figueira Fialho; 4. A imposição da segregação cautelar deve permanecer inalterada,
presentes os requisitos da medida extrema, seja pelo perigo que o paciente representa e ainda pela forma
como o crime foi cometido, evitando-se a prática de novas infrações penais e até da mesma natureza,
principalmente para a aplicação da lei penal, sendo, inviável a revogação do decreto prisional.
Precedentes do STJ; 5. Deve-se prestar reverência ao Princípio da Confiança no Juiz da Causa, já que o
Magistrado encontra-se mais próximo das partes, e, portanto, tem melhores condições de valorar a
subsistência dos motivos que determinaram a constrição cautelar do paciente; 6. Ordem denegada.
(2017.04679731-16, 182.479, Rel. ROMULO JOSE FERREIRA NUNES, Órgão Julgador SEÇÃO DE
DIREITO PENAL, Julgado em 2017-10-30, Publicado em 2017-11-01). É também a posição de nossa
Corte em decisão emanada da relatoria da Desa MARIA DE NAZARÉ DA SILVA GOUVEIA DOS SANTOS
EMENTA: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR ? ARTIGO 121, §2°, IV, DO
CÓDIGO PENAL ? ALEGA O IMPETRANTE CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONSUBSTANCIADO NO
EXCESSO DE PRAZO PARA FORMAÇÃO DA CULPA ? PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA DIA
29/10/2014 ? INOCORRÊNCIA. Não há como acolher a alegação de excesso de prazo para formação da
culpa, uma vez que o julgamento pelo Tribunal do Júri encontra-se marcado em data próxima, qual seja,
27 de outubro de 2017, às 09 horas e ainda porque o paciente encontra-se foragido do distrito da culpa
desde o dia 03 de agosto de 2017. (fls. 25), quando retornava para Belém, na viatura da Susipe, no trajeto
Novo Repartimento a Tucuruí, sendo necessária a manutenção da custódia preventiva, para a futura
aplicação da lei penal, demonstrando o seu anseio em não colaborar com a justiça, bem como para
garantia da ordem pública. Ademais, conforme informações prestadas pela autoridade coatora, as
redesignações das audiências ocorreram em virtude de ajuste de pauta, tendo sido efetivadas por juízes
diferentes, que respondiam à época de cada sessão. Dessa forma, a questionada delonga processual não
se dá de forma injustificada, tendo o juízo cumprido os atos processuais necessários para o andamento do
feito, tentando efetivar a Lei. ORDEM DENEGADA, nos termos da fundamentação do
voto.(2017.04298058-47, 181.391, Rel. MARIA DE NAZARE SILVA GOUVEIA DOS SANTOS, Órgão
Julgador SEÇÃO DE DIREITO PENAL, Julgado em 2017-10-02, Publicado em 2017-10-06). Ademais, o
excesso de prazo por si só não é suficiente para eliminar opericulum libertatisda fundamentação da
decisão que segregou a liberdade do ora paciente, pois os prazos não devem ser analisados de forma
absoluta nem aritmética. Sobre o tema em testilha, colacionam-se precedente extraído da jurisprudência
do STF, senão vejamos: RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA.
TRÁFICO DE DROGAS, ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO E OUTROS CRIMES. PARCIAL
CONHECIMENTO. FUNDAMENTAÇÃO DO DECRETO PRISIONAL E INCOMPETÊNCIA RELATIVA.
MATÉRIAS NÃO DEBATIDAS NO ACÓRDÃO RECORRIDO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIAS.
ALEGAÇÃO DE INJUSTIFICADO EXCESSO DE PRAZO NA INSTRUÇÃO.NÃO OCORRÊNCIA.
PLURALIDADE DE RÉUS, CRIMES E TESTEMUNHAS. ANDAMENTO REGULAR. CONSTANTE
IMPULSO OFICIAL. INSTRUÇÃO PROCESSUAL ENCERRADA.INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 52 DO
STJ. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E DESPROVIDO.1. Recurso parcialmente conhecido. Os
tópicos relacionados à ilegalidade do decreto prisional por fundamentação inidônea e por não ratificação
do ato pelo Juízo competente não poderão ser conhecidos, sob pena de indevida supressão de instâncias,
uma vez que estas matérias não foram debatidas no acórdão recorrido.2. O constrangimento ilegal por
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excesso de prazo não resulta de um critério aritmético, mas de uma aferição realizada pelo julgador, à luz
dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, levando em conta as peculiaridades do caso
concreto.3. Justifica-se certa morosidade em ação penal complexa, que conta com 8 réus, denunciados
pela suposta prática de diversos crimes e representados por patronos distintos, com inúmeras
testemunhas, interceptações telefônicas, requerimento de perícia de comparação de voz, formulado pela
defesa do recorrente (procedimento dispensado, em momento posterior), o que efetivamente justifica a
necessidade de despender maior tempo no cumprimento dos atos referentes à fase de instrução do
processo. Não obstante, não se verifica constrangimento ilegal se a morosidade não pode ser imputada ao
Judiciário, uma vez que o Magistrado processante tem adotado medidas para imprimir celeridade na
solução do caso, estando os autos a receber impulso intenso e constante. Ademais, a instrução criminal
está encerrada: o processo está na fase das alegações finais.4. "Encerrada a instrução criminal, fica
superada a alegação de constrangimento por excesso de prazo" (Súmula 52/STJ).5. Recurso parcialmente
conhecido e, nessa extensão, desprovido.(RHC 97.009/RN, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA
FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 27/11/2018, DJe 10/12/2018) 3 ? Argumentação de condições
pessoais favoráveis à concessão da liberdade provisória. Entendo que não merece ser acolhida a tese
levantada pela Defesa do Paciente, pois as supostas condições pessoais do paciente não são suficientes
para a revogação da prisão se o juízo monocrático fundamentou a necessidade de manutenção da medida
restritiva de sua liberdade.A Douta Procuradora de Justiça do Ministério Público, Dra. Maria do Socorro
Martins Carvalho Mendo, se manifesta:?(...) Quanto às condições pessoais favoráveis do paciente, insta
aclararmos que estas não obstam a decretação ou mantença da medida segregacionista, quando presente
ao menos um dos requisitos do art. 312 do CPP. Cumpre ressaltar o entendimento assente deste Egrégio
Tribunal de Justiça, consignado na Súmula nº 08 de sua jurisprudência?in verbis:?As qualidades pessoais
são irrelevantes paraa concessão da ordem dehabeas corpus, mormente quando estiverem presentes os
requisitosda prisão preventiva? (...)?ID 1364141 Assim entende a jurisprudência desta Egrégia Corte de
Justiça, senão vejamos: HABEAS CORPUS - CRIME DO ARTIGO 157, PARÁGRAFO 2º, I E II C/C
ARTIGO 14, II E ARTIGO 288 PARÁGRAFO ÚNICO DO CPB - EXCESSO DE PRAZO -
IMPOSSIBILIDADE ANTE À APRESENTAÇÃO DA DENÚNCIA - DESNECESSIDADE DA CUSTÓDIA -
AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA E DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA DO DECRETO PRISIONAL -
IMPROCEDÊNCIA -QUALIDADES PESSOAIS FAVORÁVEIS - INSUFICIÊNCIA - INTELIGÊNCIA DA
SÚMULA 08 DO TJPA- INVIÁVEL A SUBSTITUIÇÃO DA PRISÃO POR MEDIDAS CAUTELARES
DIVERSAS - DESCABIMENTO EM RAZÃO DA PRESENÇA DOS REQUISITOS DA PRISÃO
PREVENTIVA - ORDEM DENEGADA - DECISÃO UNÂNIME. (...) 3. As qualidades pessoais são
irrelevantes para garantir ao paciente o direito de aguardar o julgamento em liberdade. Súmula nº 08 do
TJPA; 4. Mostra-se descabida a pretensão de substituição da custódia preventiva por outras medidas
cautelares, tendo em vista que a prisão se faz imprescindível para a garantia da ordem pública; 5. Ordem
denegada. Decisão unânime. (488165, Não Informado, Rel. ROMULO JOSE FERREIRA NUNES, Órgão
Julgador Seção de Direito Penal, Julgado em 13/03/2018, Publicado em 20/03/2018). Grifei. Esse é o teor
do enunciado da súmula 08 do TJE/PA,in verbis: AS QUALIDADES PESSOAIS SÃO IRRELEVANTES
PARA A CONCESSÃO DA ORDEM DE HABEAS CORPUS, MORMENTE QUANDO ESTIVEREM
PRESENTES OS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA. Ante o exposto e com base no parecer
ministerial, voto peloCONHECIMENTO domandamus eDENEGAÇÃO DA ORDEM DEHABEAS
CORPUSpor estarem presentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva. É como voto. Belém/PA,
18 de fevereiro de 2019. Belém, 19/02/2019
prontidão na reação do Poder Público mostra-se, na hipótese, necessária também, a fim de se resguardar
a legitimidade do exercício da jurisdição penal.A par destes argumentos, fica evidente a configuração do
periculum libertatis, o que conduz à conclusão de que a prisão preventiva precisa ser decretada, sendo
insuficiente, por ora, a imposição de outra medida cautelar. (...)Por fim, frise-se, em observação às regras
estabelecidas pela Lei nº 12.403/2011, não se vislumbra a adequabilidade da aplicação de medidas
cautelares alternativas à prisão ao caso em apreço, especialmente quando se constata a reiteração
delitiva dos investigados, a presença dos motivos que autorizam a prisão preventiva e a insuficiência das
medidas cautelares alternativas pra garantir a ordem pública.(...).?.Vê-se, portanto, que a decisõe
apresenta fundamentação em elementos do caso concreto, tendo o magistrado, ao decretar a medida,
feito considerações pertinentes à sua necessidade e adequação, não subsistindo a alegação de falta de
fundamentação e justa causa, razão pela qual não se observa, portanto, qualquer tipo de ilegalidade uma
vez que justificada e motivada a decisão, não incorrendo, por conseguinte o magistrado em afronta a
regramento inserto no artigo 93, inciso IX da Carta da República/88.O exame acurado da decisão revela a
necessidade e a adequação da medida restritiva atacada nesta ação mandamental: as circunstâncias do
caso concreto demonstram a presença dos indícios de autoria e da materialidade delitiva. A prisão
preventiva foi decretada pela presença dos requisitos da tutela cautelar, havendo na decisão suficiente
motivação acerca dos requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal, devendo, portanto, ser
mantida, também em razão da atenção à necessária confiança no juiz da causa.Oconteúdo normativo
doart. 321 do Código de Processo Penal, revela que somente é possível conceder liberdade provisória
quando ausentes os requisitos do art. 312 do mesmo diploma legal. Em outras palavras, em interpretaçãoa
contrario sensu,presentes os motivos autorizadores da prisão preventiva, deve ser indeferido o pedido de
liberdade provisória. Para melhor análise, transcrevo o dispositivo legal em apreço,in verbis:Art. 321.
Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade
provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados
os critérios constantes do art. 282 deste Código. (grifo nosso)E neste sentido é a jurisprudência, a
saber:RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO DOLOSO TENTADO. RÉU
FORAGIDO. FUNDAMENTAÇÃO SUFICIENTE. GARANTIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL E APLICAÇÃO
DA LEI PENAL. RECURSO IMPROVIDO.1.A jurisprudência desta Corte Superior é remansosa no sentido
de que a determinação de encarceramento do réu antes de transitado em julgado o édito condenatório
deve ser efetivada apenas se presentes e demonstrados os requisitos trazidos pelo art. 312 do Código de
Processo Penal.2. A comprovada condição de foragido do recorrente, pronunciado pelo crime de homicídio
tentado - que perdura até hoje, transcorridos mais de 19 anos do fato criminoso - constitui motivação
válida para o encarceramento provisório do acusado, tendo como fim assegurar o transcurso regular do
processo e a aplicação da lei penal, no caso de eventual sentença condenatória, sobretudo se
considerado que a presença do recorrente é indispensável para a realização do julgamento popular.
Ordemdenegada. (Processo: RHC 44215 RJ 2014/0003793-2. Orgão Julgador: T6 - SEXTA TURMA.
Publicação: DJe 22/04/2014. Julgamento: 3 de Abril de 2014. Relator: Ministro ROGERIO SCHIETTI
CRUZ/STJ).A jurisprudência doSupremo Tribunal Federaljá se manifestou acerca da possibilidade de
manutenção da segregação quando presentes seus requisitos, senão vejamos:O conceito jurídico de
ordem pública não se confunde com incolumidade das pessoas e do patrimônio (art. 144 da CF/1988).
Sem embargo, ordem pública se constitui em bem jurídico que pode resultar mais ou menos fragilizado
pelo modo personalizado com que se dá a concreta violação da integridade das pessoas ou do patrimônio
de terceiros, tanto quanto da saúde pública (nas hipóteses de tráfico de entorpecentes e drogas afins). Daí
sua categorização jurídico-positiva, não como descrição do delito nem cominação de pena, porém como
pressuposto de prisão cautelar; ou seja, comoimperiosa necessidade de acautelar o meio social contra
fatores de perturbação que já se localizam na gravidade incomum da execução de certos crimes.Não da
incomum gravidade abstrata desse ou daquele crime, mas da incomum gravidade na perpetração em si do
crime, levando à consistente ilação de que, solto, o agente reincidirá no delito. Donde o vínculo
operacional entre necessidade de preservação da ordem pública e acautelamento do meio social. Logo,
conceito de ordem pública que se desvincula do conceito de incolumidade das pessoas e do patrimônio
alheio (assim como da violação à saúde pública), mas que se enlaça umbilicalmente à noção de
acautelamento do meio social.(HC 101.300, Rel. Min.Ayres Britto, julgamento em 5-10-2010, Segunda
Turma, DJE 18-11-2010.) (GRIFEI).A alegação de que a decretação da custódia viola o princípio da
presunção de inocência também não prospera e, nesse sentido é o ensinamento doutrinário do eminente
Jurista e Ministro do Supremo Gilmar Mendes (Curso de Direito Constitucional. 4ª Edição. Editora Saraiva:
p. 678-685) quanto à compatibilidade entre a prisão cautelar e o princípio de presunção de inocência:(...).
Tem sido rico o debate sobre o significado da garantia de presunção de não-culpabilidade no direito
brasileiro, entendido como princípio que impede a outorga de consequências jurídicas sobre o investigado
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
ou denunciado antes do trânsito em julgado da sentença criminal. (...) No caso da prisão cautelar, tem o
Tribunal enfatizado que a sua decretação não decorre de qualquer propósito de antecipação de pena ou
da execução penal, estando jungida a pressupostos associados, fundamentalmente, à exitosa persecução
criminal.(...) Tal como já observado, o princípio da presunção de inocência não obsta a que o legislador
adote determinadas medidas de caráter cautelar, seja em relação à própria liberdade do eventual
investigado ou denunciado, seja em relação a seus bens ou pertences. (...) Fundamental no controle de
eventuais conformações ou restrições é a boa aplicação do princípio da proporcionalidade.
(...).(GRIFEI).Assim, embora a nova ordem constitucional apresente a liberdade como regra, somente
excepcionando aludido entendimento em casos estritamente forçosos, há de se ressaltar que a
segregação cautelar não conflita com a presunção de inocência quando devidamente fundamentada pelo
julgador a sua necessidade, como é o caso dos autos.Oconteúdo normativo doart. 321 do Código de
Processo Penal, revela que somente é possível conceder liberdade provisória quando ausentes os
requisitos do art. 312 do mesmo diploma legal. Em outras palavras, em interpretaçãoa contrario
sensu,presentes os motivos autorizadores da prisão preventiva, deve ser indeferido o pedido de liberdade
provisória. Para melhor análise, transcrevo o dispositivo legal em apreço,in verbis:Art. 321. Ausentes os
requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória,
impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados os
critérios constantes do art. 282 deste Código. (grifo nosso)Tenho que a segregação provisória, pelo que se
depreende das informações prestadas e dos documentos acostados aos autos, atende aos vetores
erigidos no artigo 312 do Código de Processo Penalnão sendo possível conceder liberdade provisória ao
ora paciente e, há muito, a jurisprudência doSupremo Tribunal Federaljá se manifestou acerca da
possibilidade de manutenção da segregação quando presentes seus requisitos, sendo certo, inclusive, que
a prisão, como forma de assegurar a segurança da ação penal, não afronta, por si só, o princípio do
estado de inocência.Das informações prestadas, e dos documentos acostados aos autos, se denota que
há fortes indícios de que o paciente cometeu o crime pelo qual está preso, já respondendo o mesmo pela
prática perante de crime da mesma natureza. Assim, restando preenchidos os requisitos do art. 312 do
CPP, uma vezque a decisão que decretou sua prisão preventiva apresenta fundamentação suficiente e
idônea, com lastro no que se encontra nos autos, não há que se falar em concessão da ordem por falta de
fundamentação.Denota-se, de tudo que dos autos consta, que a prisão do paciente ocorreu em
cumprimento a mandado judicial, após extensa operação policial que, por meio de escuta telefônica
autoriza, conseguiu identificar o envolvimento do paciente e demais indiciados no comércio de drogas
naquela região, descrevendo em seguida os detalhes de como se deu o início da abordagem policial até
sua prisão. Assim, a alegação da defesa de que o mesmo fora preso em sua residência e de que não
foram encontradas drogas em sua posse não prosperam, ante os fortes indícios de que compõe
associação criminosa voltada para o tráfico, conforme se infere da decisão do MinistroGilmar Mendes, do
Supremo Tribunal Federal (STF), nos autos do Habeas Corpus (HC 138919/RJ) onde indeferiu pedido de
liminar.Já tendo neste sentido se manifestado a jurisprudência, a saber;HABEAS CORPUS.TRÁFICO E
ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO DE DROGAS. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO. NEGATIVA DE
AUTORIA. VIA IMPRÓPRIA.DECRETO DE PRISÃO PREVENTIVA. NECESSIDADE. CIRCUNSTÂNCIAS
QUE EVIDENCIAM VEEMENTES INDÍCIOS DA EXISTÊNCIA DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
ESTRUTURADA. PERICULOSIDADE CONCRETA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. 1. O "habeas
corpus" não constitui via adequada para apurar alegações que necessitem de dilação probatória. 2.
Havendo circunstâncias que demonstram veementes indícios da existência de uma organização criminosa
estruturada para a prática do delito de tráfico de drogas, inclusive com envolvimento de adolescentes,
revela-se essencial a decretação da prisão cautelar, a bem do resguardo da ordem pública. 3. Eventuais
condições pessoais, ainda que favoráveis, não têm o condão de, por si sós, garantirem a revogação da
prisão preventiva, mormente diante de elementos concretos e legítimos que demonstram a essencialidade
da medida.(TJ-MG - HC: 10000140048695000 MG, Relator: Maria Luíza de Marilac, Data de Julgamento:
25/02/2014, Câmaras Criminais / 3ª CÂMARA CRIMINAL, Data de Publicação: 07/03/2014)HABEAS
CORPUS. PROCESSUAL PENAL. LAVAGEM DE DINHEIRO. MATERIALIDADE INCONTESTE E
VEEMENTES INDÍCIOS DE AUTORIA. PRISÃO PREVENTIVA DEVIDAMENTE JUSTIFICADA NA
NECESSIDADE DE SE RESGUARDAR A ORDEM PÚBLICA E ECONÔMICA E A REGULAR
INSTRUÇÃO PENAL. REITERAÇÃO EM ATIVIDADE ILÍCITA (RÉU JÁ CONDENADO POR TRÁFICO
INTERNACIONAL). VULTOSO MONTANTE ENVOLVIDO. REAL PERICULOSIDADE DO PACIENTE.
EXCESSO DE PRAZO (2 ANOS E 9 MESES) JUSTIFICADO. COMPLEXIDADE DO PROCESSO.
READEQUAÇÃO DO NOVO RITO. PLURALIDADE DE RÉUS (16 PESSOAS) E DE TESTEMUNHAS (16
DA ACUSAÇÃO E 113 DA DEFESA, 4 DELAS RESIDENTES EM PORTUGAL). NECESSIDADE DE 17
CARTAS PRECATÓRIAS. REGULAR ANDAMENTO DO PROCESSO. PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE.
277
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
tráfico de entorpecentes e drogas afins). Daí sua categorização jurídico-positiva, não como descrição do
delito nem cominação de pena, porém como pressuposto de prisão cautelar; ou seja, comoimperiosa
necessidade de acautelar o meio social contra fatores de perturbação que já se localizam na gravidade
incomum da execução de certos crimes.Não da incomum gravidade abstrata desse ou daquele crime, mas
da incomum gravidade na perpetração em si do crime, levando à consistente ilação de que, solto, o agente
reincidirá no delito. Donde o vínculo operacional entre necessidade de preservação da ordem pública e
acautelamento do meio social. Logo, conceito de ordem pública que se desvincula do conceito de
incolumidade das pessoas e do patrimônio alheio (assim como da violação à saúde pública), mas que se
enlaça umbilicalmente à noção de acautelamento do meio social.(HC 101.300, Rel. Min.Ayres Britto,
julgamento em 5-10-2010, Segunda Turma, DJE 18-11-2010.) (GRIFEI).Ressalto ainda queo crime pelo
qual o paciente está preso prevê pena em abstrato que varia de 05 a 15 anos de reclusão, não se
podendo falar em antecipação de pena ou, como afirma a defesa, emnão homogeneidade entre a
manutenção da prisão preventiva e eventual condenação,uma vez que não é possível, em sede dehabeas
corpus, concluir que a reprimenda que será aplicada permitirá a escolha de regime inicial menos gravoso
do que aquele em que por ora se encontra o paciente.No que tange à alegação de que o paciente
preenche os requisitos favoráveis à concessão da ordemuma vez que reúne condições pessoais como
primariedade, residência fixa e bons antecedentes, impende ressaltar que tais pressupostos não têm o
condão de,per se,garantir-lhe a liberdade se há nos autos elementos hábeis a recomendar a manutenção
de sua custódia cautelar, conforme decisões reiteradas desta Corte que,em razão do excessivo número
dehabeas corpusem que os impetrantes alegam a presença de qualidades pessoais do paciente como
argumento para a concessão de liberdade, e tendo por escopo decisões emanadas dos Tribunais
Superiores, editou a Súmula 08 (publicada no Diário da Justiça de 16/10/2012, Edição nº. 5131/2012),
assim determinando:As qualidades pessoais são irrelevantes para a concessão da ordem de Habeas
Corpus, mormente quando estiverem presentes os requisitos da prisão preventiva.Quanto ao pedido para
que seja substituída a prisão preventiva por qualquer das medidas cautelaresprevistas no art. 319 do CPP
ou, subsidiariamente, a prisão domiciliar, tendo em vista as condições pessoais supostamente favoráveis
da paciente, impende ressaltar que as hipóteses de aplicação de medida cautelar, art. 282 do CPP, ou
aquelas previstas nos incisos do art. 318 do CPP, não são sempre obrigatórias. É consagrado em âmbito
doutrinário e jurisprudencial o entendimento de que se faz necessária a aferição pelo juiz, no caso em
concreto, acerca da adequação e suficiência da medida, porquanto a substituição da prisão preventiva por
quaisquer de tais medidas pode acabar por frustrar a finalidade perseguida com a decretação da custódia,
nãosendo o magistrado obrigado a concedê-las e, no caso concreto,verifica-se a insuficiência da
substituição da prisão preventiva, sendo as provas amealhadas indicativas da necessidade de
manutenção da custódia, visto que mantidos os requisitos ensejadores da sua decretação. Neste sentido é
a jurisprudência, a saber:Ementa:RECURSO EM HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO.
FURTO QUALIFICADO. ALEGAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. PRETENSÃO DE QUE SE
RECONHEÇA NULIDADE NA PRISÃO EM FLAGRANTE. CONVERSÃO PARA A PREVENTIVA DE
OFÍCIO. VALIDADE. PLEITO PELA REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. CIRCUNSTÂNCIAS
AUTORIZADORAS PRESENTES. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA.PEDIDO
PARA SUBSTITUIR A PRISÃO CAUTELAR POR MEDIDA DIVERSA. INADEQUAÇÃO / INSUFICIÊNCIA.
PRECEDENTES. 1. O Juízo processante, ao receber o auto de prisão em flagrante, verificando sua
legalidade e inviabilidade de sua substituição pormedidadiversa, deverá convertê-la em preventiva, quando
reconhecer a existência dos requisitos preconizados nos arts. 312 e 313, do CPP, independente de
representação ou requerimento. 2. A necessidade da segregaçãocautelarse encontra fundamentada na
garantia da ordem pública em face da periculosidade do recorrente, caracterizada pela reiteração de
prática delituosa. 3. O Superior Tribunal de Justiça, em orientação uníssona, entende que persistindo os
requisitos autorizadores da segregaçãocautelar(art. 312, CPP), é despiciendo o recorrente possuir
condições pessoais favoráveis. 4. Recurso em "habeas corpus" a que se nega provimento. (STJ) Data de
publicação: 14/11/2013).Ementa: PENAL. PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE
DROGAS E PORTE DE ARMA DE FOGO. ALEGAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DOS REQUISITOS E
FUNDAMENTOS DA PRISÃO PREVENTIVA. 1 ? Não carece de falta de fundamentação custodia onde o
magistrado de base, por três vezes, se manifestas acerca dos requisitos e fundamentos do artigo 312 da
Lei Adjetiva Penal. O juiz deixa claro o fato da grande quantidade de drogas e materiais apreendidos -
inclusive arma de fogo - como fatores obstativosparaconcessão da Liberdade Provisória. 2 ?
Impossibilidade deconversãoparamedidacautelardiversa da prisão porque restaria por desvirtuar os fins da
prisão, sendo caso de manutenção (CPP; artigo 286, §6º e artigo 319). Paciente que possui diversos
procedimentos penais, inclusive já em execução de pena. HABEAS CORPUS conhecido e denegado.
(HABEAS CORPUS, Terceira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do MA, Relator: José Joaquim
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
liberdade, em razão da presença de requisito legal previsto do art. 312 do CPPB.2.No que tange ao fato do
réu possuir condições pessoais favoráveis, já que é pessoa de bons antecedentes, primário com
residência fixa e trabalho informal, ainda assim torna-se irrelevante, pois é sabido que a existência de tais
condições não é capaz, por si só, de garantir a liberdade do mesmo, quando outros elementos constantes
dos autos recomendam a sua custódia, consoante entendimento já pacificado por esta Corte de Justiça,
por meio da Súmula nº 08.3.Por fim, a alegada falta de prestígio por parte do Juízoa quoao Princípio da
Presunção de Inocência, consoante art. 5º, inciso LVII, da Carta Magna, da mesma forma não há como
prosperar, pois como se sabe, referido Princípio não se constitui em entrave ao encarceramento
provisório, pois a própria Constituição Federal o coonesta em seu artigo 5º, inc. LXI, ao permitir a
possibilidade de prisão em flagrante ou por ordem fundamentada e escrita da autoridade competente,
como ocorreu no caso vertente. ACÓRDÃOVistos, relatados e discutidos estes autos, acordam
Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da Egrégia Seção de Direito Penal, à
unanimidade, pelo conhecimento dowritimpetrado e, no mérito, pela denegação da ordem, nos termos do
voto da Desembargadora Relatora.Sala das Sessões do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, aos
dezoito dias do mês de fevereiro de 2019.Julgamento presidido pela Exma. Sra. Desa. Vânia Fortes Bitar.
Belém/PA, 18 de fevereiro de 2019Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRARelatora RELATÓRIO Trata-se de
habeas corpus liberatório com pedido de liminar, impetrado em favor do pacienteFelipe Silva Souza,contra
ato do Exmo. Sr. Elano Demétrio Ximenes, Juiz deDireito Titular da Vara Criminal da Comarca de Santa
Izabel do Pará/PA, que o condenou à pena de 06 (seis) anos, 08 (oito) meses e 15 (quinze) dias de
reclusão, em regime inicial semiaberto, pela prática do crime capitulado no art. 157, § 2º, inc. II, do Código
Penal brasileiro. Aduz a impetração,que o no dia 25/08/2017 o paciente foi preso em flagrante delito, tendo
sido este convertido em prisão preventiva. Que após os trâmites legais, adveio sentença em 15/05/2018
que o condenou à sanção supramencionada, negando-lhe o direito de recorrer em liberdade, ou seja,
sendo mantida a custódia cautelar, motivo, pelo qual, encontra-se sofrendo constrangimento ilegal no seu
direito ambulatorial. Alega a nobre advogada, que odecisummantenedor da prisão cautelar do paciente
carece de fundamentação idônea, assim como a autoridade coatora não levou em consideração o fato do
paciente ser réu primário e possuir residência fixa, merecendo sua custódia ser revogada, sob pena de
antecipação de sanção, o que contraria o Princípio da Presunção de Inocência. Por fim, após transcrever
entendimentos que julga pertinentes ao seupleito, requer a ilustre causídica a concessão liminar dowrit,
com a expedição do competente Alvará de Soltura, asseverando que, diante do que fora explanado acima,
deve ser revogada a decisão que manteve a prisão preventiva do paciente. Anexou documentos de fls. e
fls. Às fls. 39/41, a Exma. Sra. Elvina Gemaque Taveira, Desembargadora Plantonista, determinou a
distribuição dos autos no expediente normal, na forma do art. 1º, inc. I, § 6º, da Resolução 016/2016, deste
E. Tribunal. À fl. 43, a Exma. Sra. Maria Edwiges de Miranda Lobato, a quem primeiro foram os presentes
autos distribuídos no expediente normal, denegou a medida liminar pleiteada. À fl. 52, a autoridade coatora
prestou as informações necessárias ao deslinde do feito, destacando-se:?(...).5. Motivo da
Prisão:?Subsistem os motivos para manutenção da custódia cautelar, dado a gravidade dos fatos
praticados pelo réu, o qual demonstrou ousadia ao subtrair o celular da vítima no meio da rua, utilizando-
se de um simulacro de arma de fogo e uma motocicleta roubada.Ademais, é entendimento insistente dos
Tribunais Superiores que se o réu vem respondendo ao processo preso, deve apelar nessa condição,
porquanto, nesse caso, induvidosamente, estão presentes os requisitos ensejadores da prisão cautelar.
De mais a mais, ?é inconciliável com a realidade processual manter-se o acusado preso durante a
instrução e, após a sua condenação, colocá-lo em liberdade, porque depois de tal provimento judicial se
tem como reforçado ou densificado o acervo incriminatório coletado contra o réu?. (STJ, RHC
27769)?.(...)?. Nesta Instância Superior, o 10º Promotor de Justiça Criminal, em exercício, Dr. Sérgio
Tibúrcio dos Santos Silva, pronunciou-se pelo conhecimento e denegação dowrit.À fl. 42, em razão do
afastamento do Exmo. Sr. Des. Ronaldo Marques Valle por motivo de férias, foram os autos redistribuídos.
À fl. 74, a Exma. Sra. Desa. Maria Edwiges de Miranda Lobato encaminhou-me o feito por prevenção. Às
fls. 77/78, acolhi a prevenção arguida em meu favor.É o relatório. VOTO Em análise dos autos, constata-
se que as alegações esposadas pelo impetrante não merecem prosperar. Ab initio, importa salientar que o
paciente foi condenado pelo Juízoa quo, em 15/05/18, pela prática do delito capitulado no art. 157, § 2º,
inc. II, do CPB, à pena de 06 (seis) anos e 04 (quatro) meses de reclusão, a ser cumprida em regime
inicial semiaberto, tendo como vítima Diego Ruan Monteiro de Souza. Com efeito, aduz a defesa que o
paciente possui o inafastável direito de apelar em liberdade, em razão da ausência de fundamentação
idônea a justificar a manutenção de medida extrema,já que na sentença prolatada o douto Magistrado do
feito não levou em consideração o fato do paciente ser réu primário e possuir residência fixa. Ademais,
impossibilitando o paciente de aguardar o julgamento do recurso por ele interposto, em liberdade,
ocasionaria o cumprimento antecipado da pena com flagrante violação do Princípio da Presunção de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Inocência. In casu, observa-se que no bojo da decisão condenatória, aliás juntada aos autos tanto pela
impetração,assim como pelo Juiz sentenciante, o paciente não obteve o direito de apelar em liberdade, por
acreditar àquela autoridade encontrar-se ainda presentes, os motivos à incidência da prisão preventiva,
consubstanciada, especialmente, na necessidade de garantia a preservação da ordem pública, quando
assim se manifestou:?(...).5. Motivo da Prisão:?Subsistem os motivos para manutenção da custódia
cautelar, dado a gravidade dos fatos praticados pelo réu, o qual demonstrou ousadia ao subtrair o celular
da vítima no meio da rua, utilizando-se de um simulacro de arma de fogo e uma motocicleta
roubada.Ademais, é entendimento insistente dos Tribunais Superiores que se o réu vem respondendo ao
processo preso, deve apelar nessa condição, porquanto, nesse caso, induvidosamente, estão presentes
os requisitos ensejadores da prisão cautelar. De mais a mais, ?é inconciliável com a realidade processual
manter-se o acusado preso durante a instrução e, após a sua condenação, colocá-lo em liberdade, porque
depois de tal provimento judicial se tem como reforçado ou densificado o acervo incriminatório coletado
contra o réu?. (STJ, RHC 27769)?.(...)?. Cumpre destacar, que a sentençaa quoapenas ratificou as
demais decisões tomadas pelo Magistrado de 1º Grau, quando se manifestou acerca da necessidade da
prisão preventiva do paciente, para garantia da ordem pública, senão vejamos:Doc. 20170364980068
(26/08/2017)I- DA AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA(...)II- DA APRECIAÇÃO DO FLAGRANTEA prisão foi
efetuada legalmente inexistindo vícios formais ou materiais.A materialidade delitiva e os indícios de autoria
estão consubstanciados nos depoimentos e declarações constantes dos autos flagrancial.Nesta ocasião,
vislumbro como necessária a manutenção da custódia cautelar para garantia da ordem pública, em razão
da periculosidade concreta dos autuados demonstradas pelo seumodus operandino cometimento de
suposto roubo majorado em concurso de agentes com emprego de arma e pelo crime de
receptação.Ressalta-se a apreensão da motocicleta, dos bens subtraídos e o reconhecimento procedido
pela vítima (Diego Ruan Monteiro de Souza) são fatos concretos que demonstram a gravidade do fato e
justifica a custódia cautelar para assegurar a ordem pública. Acerca da matéria o Superior Tribunal de
Justiça entende:''Exige-se concreta motivação do decreto de prisão preventiva, com base em fatos que
efetivamente justifiquem a excepcionalidade da medida. 3. Omodus operandipelo qual foi cometido o
delito, com o emprego de arma e concurso de agentes, sendo um deles menor de idade, denota a
necessidade da segregação provisória para o fim de resguardar a ordem pública. 4. Eventuais condições
pessoais favoráveis do acusado não têm o condão de, por si sós, inviabilizar a decretação da custódia
preventiva, se existem outros elementos nos autos que respaldam a medida constritiva. 5. Habeas corpus
não conhecido.(STJ - HC: 315775 DF 2015/0025854-0, Relator: Ministro GURGEL DE FARIA, Data de
Julgamento: 24/03/2015, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe 09/04/2015).''Ressalta-se que os
atributos de personalidade, tais como bons antecedentes, primariedade, aliados a residência fixa e
ocupação lícita, são circunstâncias que mesmo comprovadas, isoladamente, não garantem eficazmente a
concessão da liberdade provisória.Ante o exposto, converto a prisão em flagrante de FELIPE SILVA
SOUZA e RICARDO OLIVEIRA DA SILVA em custódia preventiva para garantia da ordem pública e da
aplicação da lei penal, forte no art. 310, II, do CPP.(...)?. Doc. 20170462445183 (26/10/2017)DECISÃO
INTERLOCUTÓRIA?Processo nº 0008104-71.2017.8140049Vistos etc.(...).No casosub oculi, assentes a
materialidade delitiva e os indícios de autoria, a segregação cautelar justifica-se, ainda, como forma de
garantir a ordem pública. Os fatos atribuídos aos réus foram consideravelmente graves, conforme já
mencionado na decisão de fls. 11/12-v, o que, indubitavelmente, aflige paz da comunidade Izabelense e a
credibilidade da justiça). Assim, MANTENHO A PRISO PREVENTIVA de FELIPE SILVA SOUZA e
RICARDO OLIVEIRA DA SILVA. No mesmo sentido, em 12/01/2018, o Magistradoa quoindeferiu o pedido
de Revogação da Prisão Preventiva do paciente, bem como naAudiência de Instrução e Julgamento,
datada de 19/01/2018, quando assim se manifestou,verbis:?(...).Encerrada a instrução e havendo prova
cabal da autoria e da materialidade, considero temerária a liberdade dos réus, tendo em vista o anseio à
liberdade, natural a todo e qualquer ser humano. Assim, em homenagem à garantia de aplicação da lei
penal e à garantia da ordem pública (por ser um delito grave e que deixa a população de Santa Izabel
alarmada), o órgão doParquetmanifesta-se contrariamente ao pedido de revogação da segregação
cautelar.Deliberação em audiência: a) A prisão preventiva dos réus foi recentemente mantida,
conformedecisumde fls. 87 e 87v, não ocorrendo nenhuma modificação significativa dos fatos a ensejar,
por ora, a revisão da mesma. Ademais, não há de cogitar em excesso de prazo, pois a instrução já foi
concluída, faltando, apenas, as alegações finais da defesa para, em seguida, a sentença ser prolatada.
Aolumedo exposto, indefiro o pedido dos réus, mantendo a segregação cautelar decretada?. Como se vê,
a negativa imposta ao paciente de apelar em liberdade encontra-se satisfatoriamente fundamentada na
garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal, dois dos requisitos do art. 312 do
CPPB, o que por si só já desautoriza a concessão do remédio heroico, daí não há o que se falar em
constrangimento ilegal, sob o argumento de ilegalidade na decretação da medida extrema, além do
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mesmo ter respondido preso todo processo.Nesse sentido:STJ: ?Não consubstancia constrangimento
ilegal, passível de reparação por via dehabeas corpus, a ordem de custódia preventiva cujo teor contém os
fundamentos suficientes, demonstrativos da presença de uma das circunstâncias inscritas no art. 312 do
CPP?(RT 764/504). Destarte, observa-se que o paciente não se enquadra nas regras que autorizam
condenados por sentença recorrível em apelar em liberdade, motivo pelo qual, o julgador, certamente
entendendo que subsistem os motivos que ensejaram a custódia processual, não titubeou em recomendá-
lo à prisão, o fazendo com fundamentação bastante suficiente, ao contrário do alegado pela defesa. Assim
sendo, os fatos acima narrados impedem o paciente de apelar em liberdade, daí não sem poder falar em
constrangimento ilegal e nem tampouco em direito de aguardar o julgamento do recurso em liberdade, pois
como cediço é o Juízoa quoque, estando mais próximo dos fatos e das pessoas envolvidas quem melhor
pode avaliar a necessidade da custódia cautelar.Nesse sentido:80078532 ? HABEAS CORPUS ? ART.
121, §2º, INCISO I, III E IV, E §4º, PARTE FINAL, DO CÓDIGO PENAL, C/C ART. 1º, DA LEI 2.252/54,
C/C ART. 29 DO CÓDIGO PENAL ? 1. (...) ? 2. (...) ? PRISÃO CAUTELAR DECRETADA EM RESPEITO
AO ART. 312 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL ? 3. (...) ? 4. (...) ? 5. PRINCÍPIO DA CONFIANÇA
NOS JUÍZES ? 6. ORDEM DENEGADA ? UNANIMIDADE ? 1. (...). 2. (...). 3. (...). 4. (...) 5.Como versa o
princípio da confiança nos juízes, os magistrados, que estão próximos à causa, têm melhores condições
de avaliação da necessidade ou não da segregação preventiva, quando confrontada com o caso concreto.
6. Ordem denegada, à unanimidade.(TJES ? HC 100050035862 ? 1ª C.Crim. ? Rel. Des. Alemer Ferraz
Moulin ? J. 23.11.2005) JCP.121 JCP.121.2.I JCP.121.2.III JCP.121.2.IV JCP.121.4 JCP.29 JCPP.312 No
que tange o fato do paciente ter bons antecedentes, primário, com residência fixa e trabalho informal, não
é capaz, por si só, de garantir a sua soltura, quando existem, nos autos, outros elementos ensejadores da
custódia cautelar, consoante Súmula nº 08 deste Egrégio Tribunal.SÚMULA Nº 08:?As qualidades
pessoais são irrelevantes para a concessão da ordem de habeas corpus, mormente quando estiverem
presentes os requisitos da prisão preventiva?. - Da Presunção de InocênciaPor fim, pugna a defesa para
que seja aplicado o Princípio da Presunção de Inocência, já que de acordo com a nossa Carta Magna, em
seu art. 5º, inc. LVII, ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória.Acerca da falta de prestígio, por parte do Juízoa quo, ao Princípio da Presunção de
Inocência, consoante art. 5º, inciso LVII, da Carta Magna, da mesma forma não há como prosperar, pois
como se sabe, referido Princípio não se constitui em entrave ao encarceramento provisório, pois a própria
Constituição Federal o coonesta em seu artigo 5º, inc. LXI, ao permitir a possibilidade de prisão em
flagrante ou por ordem fundamentada e escrita da autoridade competente, como ocorreu no caso
vertente.Nesse sentido:TACRSP: ?Irrelevante, na hipótese, para fins de obtenção de liberdade provisória,
o fato de militar em favor do custodiado a presunção de inocência consagrada no inc. LXII do art. 5º, da
CF. Esta também ressalva expressamente ?a prisão em flagrante ou por ordem escrita da autoridade
judiciária competente? (inc. LXI) e, em dispositivo auto-aplicável, a inafiançabilidade dos delitos da espécie
(inc. XLIII), já afirmada no art. 323, V, do CPP?(RT 649/275)Ante o exposto e, acompanhandoin totumo
parecer Ministerial,DENEGOa ordem impetrada. É o voto.Belém/PA, 18 de fevereiro de 2019Desa.Vânia
Lúcia SilveiraRelatora Belém, 19/02/2019
Justiça do Ministério Público Estadual, por intermédio da Dra. Ana Tereza do Socorro da Silva Abucater,
se manifestou peloconhecimento,do mandado, e, peladenegaçãoda ordem, primando pela contínua
observância das formalidades e cautelas legais de estilo, necessárias para o desenvolvimento regular da
ação. É o relatório. VOTO O foco da impetração reside na alegação deconstrangimento ilegal à liberdade
do ora paciente, porausência de justa causa e fundamentação no decreto preventivo, bem como o
requerimento deaplicação de medidas cautelares diversas da prisão e condições pessoais favoráveis ao
paciente. Adianto desde logo queconheço e denego a ordem impetrada,uma vez que não vislumbro
qualquer coação ilegal a ser reparada. 1. DA AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. No que tange à alegação de
ausência justa causa e fundamentação para alicerçar ospressupostos autorizadores da prisão
preventiva,verifico que o magistrado de origemdecretou a prisão preventiva do ora pacientefundamentando
concretamente a necessidade da segregação cautelar nos requisitos previstos noartigo 312 do Código de
Processo Penal. É de se ressaltar os sérios indícios de periculosidade do impetrante, pois no caso
concreto, o delito de roubo teria sido praticado em concurso de pessoas (sendo 03 agentes), com extrema
violência contra as vítimas, inclusive ameaças de morte, exercendo a grave ameaça com simulacro de
arma de fogo, bem como com a corrupção de 01 adolescente, subtraindo os bens de diversas vítimas, em
continuidade delitiva. Além disso, o impetrante e os demais agentes, foram capturados já distante dos
locais dos crimes graças a ação da Policia Militar, que, em diligência, avistaram os agentes e os
abordaram, sendo encontrados os bens das supostas vítimas e o simulacro de arma de fogo. Fatos esses
que, por si só, demonstra a necessidade da manutenção da prisão para resguardar a ordem pública e
garantir a instrução processual. O exame acurado da decisão supracitada revela anecessidade e a
adequação da medida restritiva atacada nesta ação mandamental:as circunstâncias do caso concreto
demonstram a ocorrência dosindícios de autoria e da materialidade delitiva, bem como anecessidade de
garantir a ordem pública. Em outras palavras, a prisão preventiva fora decretada por estarem presentes os
requisitos da tutela cautelar. Assim, existindo na decisão suficiente motivação acerca dos requisitos
doartigo 312 do Código de Processo Penalnão há que se falar em falta de justa causa e fundamentação
para a segregação provisória, conforme se extrai dajurisprudênciadeste Egrégio Tribunal de Justiça,a
saber: HABEAS CORPUSLIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR. (...). AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA NA DECISÃO QUE DECRETOU A PRISÃO PREVENTIVA - PRESENÇA
DOS REQUISITOS AUTORIZADORES DA CUSTÓDIA CAUTELAR - CONSTRANGIMENTO ILEGAL
NÃO CARACTERIZADO. (...). ORDEM CONHECIDA E DENEGADA - UNANIMIDADE.1 - Não configura
constrangimento ilegal a prisão cautelar que atende aos requisitos autorizadores ínsitos no art. 312, do
CPP, notadamente a necessidade de acautelamento da ordem pública e da instrução criminal; 2 -
Presentes a materialidade do delito e indícios de autoria, bem como as circunstâncias ensejadoras da
custódia cautelar, quais sejam, a garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e para
assegurar a aplicação da sanção penal futura, não há que se falar em constrangimento ilegal;3 ?
(...).(TJ/PA, Acórdão Nº 164.320, Des. Rel. Leonam Gondim da Cruz Júnior, Publicação: 13/09/2016).
GRIFEI. HABEAS CORPUSLIBERATÓRIO. ARTIGO 157, §2º, I E II C DO CÓDIGO PENAL.
(...).2.Ausência de fundamentação para a manutenção da prisão preventiva. Inocorrência.A decisão foi
devidamente fundamentada na garantia da ordem pública e na aplicação da lei penal, demonstrados nos
indícios de autoria e materialidade do paciente, bem como por tratar-se de crime de elevada gravidade
(roubo qualificado), praticado com uso de arma de fogo e em concurso de agentes. Ressalta ainda, que no
caso em questão, não há elementos nos autos que façam concluir que em liberdade o denunciado não se
evada do distrito da culpa, pois o mesmo após o cometimento do crime tentou empreender fuga, tendo
sido impedido por populares. Assim, diante do exame acurado do decreto preventivo e aliando-se a
presença de circunstâncias autorizadoras da medida conforme o artigo 312 do CPP. (...). Ordem
denegada.(TJ/PA, Acórdão Nº 164.311, Desa. Rela. Maria Edwiges de Miranda Lobato, Publicação:
13/09/2016). GRIFEI. Outrossim, pesa em desfavor do paciente o teor da Certidão de
AntecedentesCriminais,a qual revela o registro de outro feito criminal, em trâmite neste Juízo.Da mesma
forma, no citado feito criminal, foi concedida liberdade ao paciente no dia 15/03/2018,todavia, o mesmo
voltou a delinquir. Fatos esses que demonstram suapersonalidade voltada à prática de delitos e o risco de
reiteração delituosa. Por conseguinte, no caso em tela, conforme salientado alhures, a prisão cautelar fora
decretada por existirem indícios de autoria e prova da materialidade delitiva, bem como em face da
necessidade de garantir a ordem pública, em consonância com os vetores erigidos noartigo 312 do Código
de Processo Penal, principalmente pelo fato do crime ser praticado em concurso de agentes, com extrema
violência contra as vítimas, inclusive ameaças de morte. Assim,não acolhoà alegação ora em comento.
2.DAS MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. No que tange ao pedido de aplicação das
medidas cautelares diversas da prisãoincluídas no Código de Processo Penal pela Lei Nº
12.403/11,verifico a impossibilidade de aplicação no caso ora em análise,uma vez que presentes indícios
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
suficientes de autoria e prova da existência do crime, bem como sendo necessária a custódia preventiva
para garantia da ordem pública, consubstanciando-se está na gravidade concreta do delito, em tese,
perpetrado pelo paciente, restando, por conseguinte, imperiosa a manutenção da prisão preventiva. Certo
é que o decreto de prisão preventiva é a exceção, entretanto, diante dos elementos contidos nos autos,
não vislumbro outra possibilidade, senão a sua manutenção, não prosperando a tese de imposição de
outras medidas cautelares, devendo ser mantida a decisão que decretou a custódia cautelar. É que, diante
da gravidade concreta do crime, em tese, perpetrado, conforme restou antes exposto, com notória ofensa
à ordem pública, verifica-se que as medidas cautelares previstas no artigo 319 do Código de Processo
Penal são insuficientes para assegurar a ordem social. Sobre o tema: HABEAS CORPUS.(...).
PRESENÇA DOS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA. OFENSA À ORDEM PÚBLICA
CONFIGURADA.(...). MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. LEI Nº 12.403/11.
IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO AO PACIENTE. É sabido que o decreto de prisão preventiva deve
ser tido como a última ratio, como bem refere o §6º do artigo 282 do CPP, entretanto, diante dos
elementos contidos nos autos, impõe-se a sua manutenção.A prisão preventiva não depende de prévia
imposição de medidas cautelares diversas, quando estas não se revelarem aptas a atingir sua finalidade.
Na espécie, não se vislumbra outra possibilidade, senão a manutenção da segregação.(...).(Habeas
CorpusNº 70071028161, Oitava Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Isabel de Borba
Lucas, Publicação: 28/09/2016). GRIFEI. Assim, verifico que tais fundamentos acolhem a segregação
cautelar do ora paciente, preenchendo os seus requisitos constitucionais e infra legais autorizadores, quais
sejam, a excepcionalidade de sua utilização e a garantia da ordem pública, em estrita obediência com o
que dispõe o artigo 312, do CPP, o que impede a aplicação das medidas cautelares do artigo 319 do CPP.
Dessa forma,não acolhoo pedido em questão. 3.DAS CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. Por fim, no
que tange à alegação de que o paciente preenche os requisitos favoráveis à concessão da ordemuma vez
que reúne condições pessoais favoráveis possuindo residência fixa, sem quaisquer indícios de que o
paciente atrapalhará as investigações ou se locomoverá para local incerto, tais pressupostos, não têm o
condão de por si garantir a liberdade provisória, se há nos autos elementos hábeis a recomendar a
manutenção custódia cautelar. É certo, inclusive, que a prisão como forma de assegurar a segurança da
ação penal, não afronta, por si só, o princípio do estado de inocência. Nesse sentido,jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça: (...).CONDIÇÕESPESSOAISFAVORÁVEIS.IRRELEVÂNCIA.1. (...). 5.
Ascondiçõespessoaisfavoráveisdo acusado não têm o condão de, por si sós, inviabilizar a decretação da
custódia preventiva, se existem outros elementos nos autos que respaldam a medida constritiva. 6.
Habeas corpus não conhecido.(HABEAS CORPUSNº 314.893,MIN. GURGEL DE FARIA, PUBLICAÇÃO:
04/06/2015). No mesmo sentido, entendimentodessa Egrégia Corte de Justiça: HABEAS
CORPUSLIBERATÓRIO. (...). PREDICATIVOS PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVANTE. (SÚMULA
Nº08 DO TJPA). ORDEM DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME.1. (...). 4. Eventuais condições pessoais de
cunho subjetivo, por si sós, não têm o condão de conferir ao coacto o direito de responder em liberdade
(Súmula nº 08/TJPA). 5.Ordem denegada, por unanimidade.(TJ/PA, Acórdão Nº 168.638, Des. Rel. Milton
Nobre, Publicação: 06/12/16). Ademais, esteEgrégio Tribunal de Justiça,publicou em 16 de outubro de
2012, aSúmula Nº 8,contendo o seguinte teor: As qualidades pessoais são irrelevantes para a concessão
da ordem de habeas corpus, mormente quando estiverem presentes os requisitos da prisão preventiva.
Assim,não acolhoà alegação ora em comento. Diante do exposto, pornão observar, na hipótese, a
existência de qualquer ilegalidade a ser sanada na via estreita dowrit,denego a ordem dehabeas
corpusimpetrada. É como voto. Belém, 20/02/2019
trazidos pela autoridade policial, vislumbrou o preenchimento dos requisitos da prisão preventiva, na data
de 13/12/2018. - A defesa protocolou pedido de revogação da prisão temporária em 12/12/2018, porém
com a conversão em prisão preventiva, houve a perda do objeto, sendo fundamentada nos mesmos
moldes da decisão que decretou a prisão. - Atualmente os autos encontram-se em secretaria aguardando
a finalização do inquérito para dar prosseguimento no feito, haja vista, tratar-se de caso com grande
complexidade. Nessa Superior Instância,a Procuradoria de Justiça através do Dr. Claudio Bezerra de
Melo, se manifestou pelonão conhecimentodo writ, ante a perda do objeto, vez que a prisão temporária do
paciente foi convertida em preventiva. No entanto, caso seja ultrapassada tal premissa, no mérito, opina-
se peladenegaçãodowrit. É o relatório. VOTO A ação mandamental preenche os pressupostos objetivos e
subjetivos de admissibilidade, razão pela qual merece ser conhecida em parte. Como mencionado alhures,
trata-seda ordem deHabeas Corpus Liberatóriocom pedido de liminar impetrada em 07/12/2018, em favor
deCLAUDINEI MARCELO CAITANO DA SILVA, sob a alegação de constrangimento ilegal por ausência
de justa causa e fundamentação na custódia cautelar do paciente e de comprovação de autoria na prática
delitiva. Na oportunidade, também informa acerca da existência de condições pessoais favoráveis à
concessão da liberdade provisória. No que concerne à alegação de negativa de autoria, entendo que se
refere ao mérito da ação penal, cuja análise não é cabível em sede deHabeas Corpusem razão da
necessidade de revolvimento de provas. Nesse sentido, colaciono julgado do Desembargador Rômulo
Nunes: HABEAS CORPUS ESTUPRO DE VULNERÁVEL E FRAUDE PROCESSUAL CRIME
CONTINUADO AUSÊNCIA DE PROVAS DE AUTORIA E MATERIALIDADE REVOLVIMENTO FÁTICO
PROBATÓRIO INCABÍVEL NA VIA ELEITA NÃO CONHECIMENTO (...). I.Não se conhece do argumento
que trata da ausência de provas de autoria e materialidade, pois o exame do material probatório, contido
nos autos do processo criminal não pode ser feito através do remédio heroico, ação constitucional de rito
célere e cognição sumária, destinada a corrigir ilegalidades patentes e perceptíveis de pronto. Precedente
do STJ (...); (2017.01845178-73, 174.425, Rel. ROMULO JOSE FERREIRA NUNES, Órgão Julgador
SEÇÃO DE DIREITO PENAL, Julgado em 08/05/2017, publicado em 10/05/2017). Grifei Desse modo, a
alegação de que o paciente não praticou o homicídio em desfavor da vítima,necessita de revolvimento de
provas, o que não é cabível em sede do presente remédio constitucional. Por conseguinte, não consta nos
autos ilegalidade manifesta que possibilite a análise das teses aventadas pela defesa na via eleita.Pelo
exposto, não conheço da tese em referência.Quanto à alegação de ausência de fundamentação na
decretação da prisão temporária da paciente, entendo haver perdido o objeto, uma vez que a prisão
temporária já fora convertida pela prisão preventiva. A defesa fez pedido de revogação da prisão
temporária do representado Claudinei Marcelo Caitano da Silva, no dia 26/11/2018, no entanto, foi
protocolado em 11/12/2018, pedido de conversão da prisão temporária em prisão preventiva do paciente,
uma vez que o inquérito policial se encontra em andamento, tendo o Delegado pedido prorrogação do
prazo, sendo deferido por trata-se de caso complexo que demanda tempo de investigação. Diante do
pedido, o Juízo decretou a conversão da prisão temporária em preventiva, no dia13/12/2018, pois diante
da gravidade do caso e dos elementos investigatórios trazidos pela autoridade policial, se vislumbrou o
preenchimento dos requisitos, destaco trecho da decisão: " (...) Não é ilegal a prisão cautelar decorrente
de decisão devidamente fundamentada nos termos do art. 312, do Código de Processo Penal e da
jurisprudência dominante. Não se concede liberdade provisória com ou sem fiança se evidenciado motivo
autorizador da decretação da prisão preventiva. Eventuais condições pessoais favoráveis não são
garantidoras de direito subjetivo à liberdade provisória, se outros elementos dos autos recomendam a
custódia processual. Recurso desprovido" (RHC nº 12.401/PE Rel. Min. Gilson Dipp 5ª Turma do STJ j.
21/05/2002).Isto posto, e por tudo que dos autos consta, com fulcro no artigo 312 do Código de Processo
Penal, como garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal, decreto a prisão
preventiva do indiciado CLAUDINEI MARCELO CAITANO DA SILVA, vulgo Marcelo do Orlando.Expeça-
se mandado de prisão preventiva com imediato cumprimento, incluindo-o no Banco Nacional de Mandados
De Prisão - BNMP, com data limite até 19/10/2038, encaminhando-o a autoridade policial competente.
(...)?. Dos argumentos trazidos à baila pelo nobre causídico e conforme informações judiciais, verifica-se
aperda do objetodo presentemandamus,uma vez que houve a conversão da prisão temporária em prisão
preventiva. Com relação ao argumento de que o ora paciente possui condições pessoais favoráveis à
concessão da liberdade provisória, entendo que não deve prosperar, pois as supostas condições pessoais
do paciente não são suficientes para a revogação da prisão se o juízo singular fundamentou a
necessidade de manutenção da medida restritiva de liberdade, assim entende a jurisprudência desta
Egrégia Corte de Justiça, senão vejamos: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE LIMINAR.
ART. 157, §2°, I e II, DO CÓDIGO PENAL (...) PACIENTE POSSUIDOR DE CONDIÇÕES PESSOAIS
FAVORÁVEIS.Insubsistência. De acordo com a Súmula n° 08, deste Egrégio Tribunal de Justiça, As
qualidades pessoais são irrelevantes para a concessão da ordem de habeas corpus, quando estiverem
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Raimundo Nonato Alves de Barros e Ézio Vieira Alves, invadiram a fazenda da vítima Jadson e atraíram-
na para o local com o intuito de sequestrá-lo a fim de conseguirem o montante de R$ 2.000.000,0 (dois
milhões) de reais, fato que não ocorreu porque a vítima foi até o local do crime acompanhado do
veterinário Manoel de Paula Ribeiro Filho;c) Abortado o sequestro, o chefe do bando, o denunciado José
Vieira, resolveu assassinar as vítimas Jadson, Manoel de Paula, Samuel Santiago Oliveira e Josué
Francisco de Assis (estes caseiros da citada fazenda), tendo o bando utilizado armas de fogo para
atingirem as vítimas na região crânio-encefálica, provocando-lhes a morte;d) Após o crime, CESAR e
OSVALDO foram presos em flagrante no dia 12/10/2015 e, diante da autoridade policial, confirmaram que
ficaram responsáveis pelo cativeiro em que a vítima ficaria e que participaram dos crimes de homicídio
escondendo as armas usadas nos delitos;e) Em 25/09/2018, o paciente foi condenado pelo Conselho de
Sentençado Tribunal do Júri da Comarca de Marabá pela prática da conduta tipificada no art. 121, §2º,
incisos I e IV do CPB (três vezes), pela morte das vítimas Jadson Michel Pesconi, Samuel Santiago
Oliveira e Manuel de Paula Ribeiro Filho, e condenado pela prática do delito tipificado no art. 121, §2º,
inciso I, do Código Penal, pela morte de Josué Francisco de Assis, sendo-lhe imposta a pena total de 60
(sessenta) anos de reclusão, em regime fechado;f) Na ocasião, foi mantida a prisão preventiva do
paciente, a fim de garantir a ordem pública, haja vista a gravidade concreta da conduta hedionda movida
por sentimento torpe, não dando qualquer chance de defesa para três dos ofendidos, revelando, assim,
elevada periculosidade;g) Em razão do recuso de apelação interposto, em 26/11/2018, os autos foram
remetidos ao TJPA, sendo distribuídos à 3ª Turma de Direito Penal, onde se encontram em trâmite;h)
Após o julgamento do paciente, não fora protocolado qualquer pedido de prisão domiciliar. O Procurador
de Justiça Cláudio Bezerra de Melo se manifestou pelo conhecimentodowrit,pois atendidos os requisitos
que regem sua admissibilidade, e, no mérito, pela concessãoda ordem, devendo ser aplicada a prisão
domiciliar ao acusado, ante seu estado de saúde, com imposição de reavaliação de seu quadro clínico de
forma periódica.O feito veio à minha relatoria redistribuído por prevenção.É o relatório. VOTO Ao conceder
a liminar, a Desembargadora Plantonista proferiu a seguinte decisão:?(...)Em resumo, a questão objurgada
no feito, cinge-se em analisar a existência de cumprimento dos requisitos para concessão de prisão
domiciliar ao ora paciente.Em relação à matéria tratada nos autos, o Superior Tribunal de Justiça possui o
entendimento de que é possível o deferimento de prisão domiciliar ao sentenciado, com o cumprimento da
pena em regime fechado ou semiaberto, quandodevidamente comprovada sua debilidade extrema por
doença grave e aimpossibilidade de recebimento do tratamento adequado no estabelecimento
prisional.Nesse sentido, confiram-se os seguintes julgados:"PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS.
ARTS. 33 E 35 DA LEI 11.343/2006 C/C ART. 29 DO CP. PRISÃO PREVENTIVA. FUNDAMENTAÇÃO
IDÔNEA. QUANTIDADE E DIVERSIDADE DE DROGA APREENDIDA. PARTICIPAÇÃOEM
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA ESPECIALIZADA. RISCO PARA A APLICAÇÃO DA LEI PENAL E
GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. EXCESSO DE PRAZO. INOCORRÊNCIA. GRANDE NÚMERO DE
ACUSADOS. AUSÊNCIA DE APRESENTAÇÃO DE DEFESA PRELIMINAR PELO PACIENTE.
DESMEMBRAMENTO. COMPLEXIDADE DO FEITO. PRISÃO DOMICILIAR. NECESSIDADE DE
TRATAMENTO EXTRAMUROS. AUSÊNCIA DE PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA. ORDEM DENEGADA.1. A
prisão provisória é medida odiosa, reservada para os casos de absoluta imprescindibilidade,
demonstrados os pressupostos e requisitos de cautelaridade.2. Não é ilegal o encarceramento provisório
decretado para o resguardo da ordem pública, quando há menção expressa, pelo juízo de primeiro grau, à
elevada quantidade e variedade de entorpecentes apreendidos em poder do grupo e ao fato de tratar-se
de organização criminosa de elevado nível organizacional e potencial lesivo. Nesse contexto, indevida a
aplicação de medidas cautelares alternativas à prisão, porqueinsuficientes para resguardar a ordem
pública e garantir a aplicação da lei penal.3. A questão do excesso de prazo na formação da culpa não se
esgota na simples verificação aritmética dos prazos previstos na lei processual, devendo ser analisada à
luz do princípio da razoabilidade, segundo as circunstâncias detalhadas de cada caso concreto. In casu, a
demora encontra-se justificada em razão do grande número de acusados, da complexidade do feito e da
necessidade de desmembramento, ante a não apresentação de defesa por parte de alguns dos acusados,
dentre os quais se inclui o paciente.4. A jurisprudência tem admitido a concessão da prisão domiciliar aos
condenados que se encontram em regime semiaberto e fechado, em situações excepcionalíssimas, desde
que comprovada a impossibilidade da assistência médica. In casu,no estabelecimento prisional em que
cumprem sua penanão se demonstrou a existência de debilidade extrema por doença grave, bem como a
impossibilidade do tratamento da enfermidade no estabelecimento prisional.5. Ordem denegada" (HC
323.074/BA, relatora Ministra MMARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, 25/8/2015, DJe de
11/9/2015.) "HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO ORIGINÁRIA. SUBSTITUIÇÃO AO RECURSO
ORDINÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. HOMICÍDIO QUALIFICADO. MOTIVO TORPE E EMPREGO DE MEIO
CRUEL. PRISÃO EM FLAGRANTE CONVERTIDA EM PREVENTIVA. GRAVIDADE DO DELITO.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
ausência de justa causa para manutenção da segregação cautelar do paciente, já que a mesma foi
fundamentada em elementos concretos, sendo notória a presença dos requisitos do artigo 312 do Código
de Processo Penal. Neste sentido é o entendimento firmado pela jurisprudência dominante, in verbis:
Habeas Corpus. Lesão corporal grave. Sentença condenatória. Réu revel. Direito de apelar em liberdade.
Improcedência. Ausência dos requisitos da prisão preventiva. Inocorrência. Ordem denegada. A negativa
do direito de recorrer em liberdade resta plenamente fundamentada no fato do coato ter se evadido do
distrito da culpa, demonstrando a sua real intenção de furtar-se às determinações da Justiça. Estando, a
decisão que negou liberdade ao réu, consubstanciada no resguardo da ordem pública, diante da gravidade
da conduta, indicativa de periculosidade do paciente, mostra-se plenamente justificada a manutenção da
medida cautelar, inexistindo, assim, coação a ser reparada na via do writ. (TJPA- HC 20123005630-6 -
Cam. Crim. Reunidas ? Des. Ronaldo Valle - J. 04/05/2012). Aliado a isso, consultando o sistema LIBRA,
verifica-se que o processo transitou livremente em julgado para o paciente no dia 22/01/2019, não
havendo, por conseguinte, possibilidade de conceder o direito de apelar em liberdade. Isto posto,conheço
parcialmente da ordem impetrada e na parte conhecida, voto pela denegação da ordem, tudo nos termos
da fundamentação. É o voto. Desa. MARIA EDWIGES DE MIRANDA LOBATORelatora Belém, 19/02/2019
Desembargadora Presidente Vânia Fortes Bitar. Belém/PA, 18 de fevereiro de 2019. Desa.VÂNIA LÚCIA
SILVEIRARELATORA
conferiu medidas protetivas de urgência em favor da vítima. A última movimentação nos autos da ação
cautelar de medidas protetivas de urgência, foi o cumprimento do mandado citatório do paciente-
investigado, dando-lhe ciência das respectivas medidas protetivas de urgência deferidas em seu desfavor.
Consigne que o investigado MAURÍCIO CORDOVIL ALVES não possui registro de antecedentes criminais.
Por outro lado, as informações sobre sua personalidade ainda são incipientes, dada a fase inicial do
presente procedimento. Em linhas finais, informo que o autuado se encontra custodiado desde o dia
28/12/2018.? O Ministério Público, na pessoa da ilustre procuradora de justiça, Dra. Maria Célia Filocreão
Gonçalves, manifestou-se pelo conhecimento e denegação da ordem (Id 1364148). Antes da sessão de
julgamento foi juntada aos autos uma certidão da lavra do meirinho, Sr. Diego Maia de Oliveira, à Id.
1392288, atestando que o paciente não foi intimado da decisão que impôs as medidas protetivas. Após ter
ciência da referida certidão, que se trata de documento novo, o ilustre Procurador de Justiça, Dr. Luiz
Cesar Tavares Bibas, em sessão se manifestou pelo não conhecimento dowritpor supressão de instância.
É o relatório. VOTO In casu, o fato trazido com a certidão à Id. 1392288, por suprimir indevidamente a
instância originária, torna inviável o conhecimento destehabeas corpus.Confira-se da
jurisprudência:HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS (ART. 33, CAPUT, C/C O ART. 40, III, DA LEI
11.343/06). PRISÃO EM FLAGRANTE. TRANSFORMAÇÃO EM PREVENTIVA. DECISÃO
FUNDAMENTADA. REVOGAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. PRESENÇA DOS REQUISITOS LEGAIS.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL. NÃO OCORRÊNCIA.(...).2. PRISÃO DOMICILIAR. CONCESSÃO.
SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA.Ausente comprovação de que o pedido de prisão domiciliar foi submetido a
exame no Primeiro Grau de Jurisdição, inviável o seu conhecimento neste Tribunal de Justiça, sob pena
de supressão de instância. ORDEM DENEGADA.(TJGO, Habeas Corpus 5535237-97.2018.8.09.0000,
Rel. LEANDRO CRISPIM, 2ª Câmara Criminal, julgado em 23/11/2018, DJe de 23/11/2018) HABEAS
CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS PRISÃO PREVENTIVA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTOS E
PRESSUPOSTOS AUTORIZADORES DO ENCARCERAMENTO PROVISÓRIO. FALTA DE MOTIVAÇÃO
CONCRETA. BONS PREDICADOS. REITERAÇÃO DE PEDIDO. NÃO CONHECIMENTO. PRISÃO
DOMICILIAR. MULHER GESTANTE COM FILHOS MENORES DE 12 ANOS. SUPRESSÃO INSTÂNCIA.
EXCESSO DE PRAZO. INOCORRÊNCIA. PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE. COMPLEXIDADE DA
CAUSA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO.1) (...).2)Inexistindo manifestação do juízo
singular quanto ao pedido de prisão preventiva domiciliar formulado na impetração, fica vedado ao
Tribunal de Justiça sua apreciação, sob pena de incorrer em indevida supressão de instância.3. (...).4)
ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESSA EXTENSÃO, DENEGADA.(TJGO, Habeas Corpus
5474211-98.2018.8.09.0000, Rel. LÍLIA MÔNICA DE CASTRO BORGES ESCHER, 1ª Câmara Criminal,
julgado em 27/11/2018, DJe de 27/11/2018) HABEAS CORPUS. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. NÃO
CONHECIMENTO.O fato de a matéria tratada nestehabeas corpusnão ter sido, ainda, apreciada por
tribunal superior, impede o seu conhecimento, de modo a evitar supressão de instância.Habeas corpusnão
conhecido.(STF - HC: 96438 SP, Relator: Min. JOAQUIM BARBOSA, Data de Julgamento: 02/02/2010,
Segunda Turma, Data de Publicação: DJe-040 DIVULG 04-03-2010 PUBLIC 05-03-2010 EMENT VOL-
02392-02 PP-00325)À vista do exposto, corroborando com o parecer ministerial da lavra do ilustre
procurador, Dr.Luiz Cesar Tavares Bibas, em sessão de julgamento,epor não verificar qualquer
ilegalidadeque pudesse caracterizar constrangimento ilegal que justificasse a concessão de ofício,não
conheço dohabeas corpus.É como voto. Belém, 20/02/2019
na cidade de ANAPU, ficando impossível da família manter seus medicamentos como assim fazia pela
distância e não saber a sua localização certa.Assevera que o dinheiro que ganhava como trabalhador rural
não era suficiente para custear a medicação e o mesmo ?se sentia muito bem? sem fazer uso.Pontua que
o pedido de revogação foi feito na comarca de Anapu/Pa com todos os laudos necessários que atestam a
doença metal do paciente, a intenção do pedido era que o acusado fosse encaminho para um clínica
particular na cidade de Belém/Pa, a família possuía/possui todo o amparado necessário para o a
internação como Ambulância disponibilizada pela a Prefeitura Municipal de Tucuruí, porém o pedido foi
negado pelo juízo de Anapu-Pa, e o paciente encaminhando para internação em manicômio judicial,
tirando a vaga de alguém que realmente necessita do amparo público, visto que a família possui condições
financeiras para arcar com o tratamento.Alega inimputabilidade e pleiteia a absolvição do paciente.Requer
a concessão da ordem para absolver o paciente e expedir alvará de soltura em seu favor.É O
RELATÓRIO.Compulsando os presentes autos e analisando a inicial formulada pela impetrante, alguns
pontos merecem ser destacados.O primeiro é que não consta na referida prefacial qualquer pleito liminar,
o que destoa por completo do regime de plantão judiciário e suas destinações, a qual é socorrer quem
precisa quando não em funcionamento o expediente forense.Frise-se que a impetrante cadastrou o feito
na competência do plantão, logo, a inexistência de pleito liminar faria afastar a urgência necessária para
se processar o feito inicialmente nesta competência.Segundo, verifica-se que a impetrante não instruiu a
presente ordem com quaisquer documentos hábeis a analisar a ilegalidade da referida coação ilegal do
paciente, sobretudo a decisão constritora do paciente, o que inviabiliza por completo qualquer
possibilidade, ou não, de concessão de liberdade ao mesmo.Como é de notório conhecimento, ohabeas
corpusé medida urgente, a qual exige prova pré-constituída e que não comporta dilação probatória,
devendo os seus elementos serem trazidos no momento de sua impetração, cabendo, assim, ao
impetrante, o ônus de sua instrução, demonstrando a coação indevida sofrida pelo paciente.Terceiro, o
pedido principal da ordem descabe por completo nesta via estreita, sumária e célere, qual seja o de
absolvição do paciente, como visto acima, ante seus limites de cognição. Quarto, e não menos importante,
ainda que fosse o caso de se constatar pleito liminar, a devida instrução do feito, e pedido juridicamente
cabível emhabeas corpus, pelo pouco que fora instruído de peças processuais, observa-se que a presente
ordem dehabeas corpusnão se amoldaria às regras estabelecidas pela Resolução 016/2016 deste Egrégio
Tribunal de Justiça, publicada no DJ de 02.06.2016, que regulamenta o serviço de plantão judiciário,
considerando o que dispõe o art. 1º, inciso I, §5º e §6º c/c. o art. 3º da Resolução acima mencionada, uma
vez que, o fato delitivo teria se dado em 07/01/2019 (conforme relatório policial de flagrante Id. nº
1405581), fora, portanto, da jurisdição deste Magistrado Plantonista.Nesse compasso, pelos fundamentos
acima apresentados,NÃO CONHEÇO DA PRESENTE ORDEM.À Secretaria para as providências
devidas.Cumpra-se.Belém (PA),20 de fevereiro de 2019.
DesembargadorMAIRTONMARQUESCARNEIRO Desembargador Plantonista
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Publicação 25/02/2019
em meu favor. Encaminhem-se os autos à Secretaria para que sejam tomadas as providências cabíveis à
necessária redistribuição a esta relatora, no sentido de modificar a Turma Julgadora e a Relatoria desta
Ação no Sistema Libra, bem como, na capa e na etiqueta do processo físico. Belém/PA, 18 de fevereiro de
2019. Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA Relatora
LOBATO. RELATÓRIO Trata-se de recurso de apelação interposto em favor dos réus, Gerson Pinto Vieira
e André Quaresma da Silva, em face da r. sentença proferida pelo Juízo da 1ª Vara Criminal Distrital de
Icoaraci, que, julgando parcialmente procedente a ação penal, os condenou pela prática do crimes previsto
no artigos 157, § 2º, I e II, do Código Penal Brasileiro c/c art. 14, II, do CPB (roubo qualificado na forma
tentada), impondo ao apelante, André Quaresma da Silva, a pena de 01(um) ano, 09(nove) meses e
10(dez) dias de reclusão e pagamento de 10(dez) dias multa, e ao apelante, Gerson Pinto Vieira, a pena
de 02(dois) anos, 05(cinco) meses e 10(dez) dias de reclusão e pagamento de 13(treze) dias multa, em
regime aberto. (fls. 164/180). Narra a exordial, em síntese, que no dia 24.08.2011, por volta das 20h15min,
o ônibus da empresa Transumi trafegava pelo Outeiro, quando os denunciados adentraram no veículo e
mediante uso de arma de fogo, anunciaram o assalto, subtraindo da cobradora do coletivo, Jocielma
Lobato Pedreira, 01 aparelho celular, marca NOKIA e a quantia de R$ 75,00(setenta e cinco reais). Relata,
ainda, a exordial que, no decorrer da ação criminosa, a polícia foi acionada, e os réus, ao notarem a
presença da viatura, renderam-se, jogando as armas no chão, tendo os policiais dado voz de prisão aos
denunciados, que foram levados à Delegacia para lavratura do auto de prisão em flagrante. Em razões
recursais, de fls. 193/195, pugna o sentenciado, Gerson Pinto Vieira, pelo reconhecimento da atenuante
da confissão. Em razões recursais de fls. 207/210, o apelante, André Quaresma da Silva, pleiteou pela
fixação da pena-base no mínimo legal e nulidade por ausência de fundamentação da agravante e causa
de aumento de pena. Por fim, prequestiona o apelante a matéria legal envolvida na presente causa,
máxime para efeito de interposição de eventual recurso de impugnação extraordinária, caso não haja o
provimento do presente apelo. O Ministério Público em contrarrazões de fls. 198/203, opinou pelo
desprovimento do presente recurso. Parecer do Órgão Ministerial, nesta superior instância, pelo
conhecimento e desprovimento do apelo, para manutenção da sentença em sua integralidade. (fls.
210/212). É o relatório que submeto à revisão. Belém/PA,19 de fevereiro de 2019.
Desembargadora VÂNIA LÚCIA SILVEIRA Relatora
que tinham acabado se sair do presídio. Requer o conhecimento e provimento do apelo manejado.
Em contrarrazões (fls. 54-60), a defesa, por meio da Defensoria Pública do Estado, clama pelo
conhecimento e improvido do recurso ministerial, a fim de que seja mantida a sentença absolutória, em
virtude da não demonstração do liame subjetivo entre os agentes na conduta ilícita. Nesta Superior
Instância, o Custos Legis, representado pela Procuradora de Justiça Dulcelinda Lobato Pantoja,
pronuncia-se pelo conhecimento e provimento do apelo, para que seja reconhecida a suficiência probatória
para condenação. É o relatório. À douta revisão. Belém/PA,19 de fevereiro de 2019.
Desembargadora VÂNIA LÚCIA SILVEIRA Relatora
Justiça Convocado: Dr. Sérgio Tibúrcio dos Santos Relatora: Desª. Maria Edwiges de Miranda Lobato
DESPACHO Trata-se de ação penal ajuizada pelo Ministério Público em face de WALDEIR DOS
SANTOS LANDEIRA e SILVESTRE RAMOS ALFAIA. Verifica-se que o acusado WALDEIR DOS
SANTOS LANDEIRA respondeu ao processo na condição de réu preso, enquanto o réu SILVESTRE
RAMOS ALFAIA foi considerado foragido desde a decretação de sua revelia e prisão preventiva em
12/09/2016 (fl. 140). O andamento processual ocorreu normalmente, sendo a instrução finalizada e
proferida sentença condenatória em 27/11/2017 (fls. 183/192), na qual os réus WALDEIR DOS SANTOS
LANDEIRA e SILVESTRE RAMOS ALFAIA foram condenados pela prática dos crimes tipificados no art.
157, § 2°, I e II, do CP c at. 244-B, do ECA. A Defensora Pública interpôs recurso de apelação em
favor de ambos os acusados. Observo que foi determinado o desmembramento do feito em relação ao
réu SILVESTRE RAMOS ALFAIA, o que foi devidamente cumprido conforme certidão de fl. 237, que
informa que os novos autos, em relação ao réu SILVESTRE RAMOS ALFAIA foi recebido sob o n°
0002322-60.2018.8.14.0401. Foram apresentadas contrarrazões ao recurso de apelação interposto em
favor do réu WALDEIR DOS SANTOS LANDEIRA e SILVESTRE RAMOS ALFAIA, os autos
encaminhados ao E. TJPA para julgamento do recurso de apelação, sendo proferido o acórdão n° 197.053
(fls. 255/257), negando os apelos de ambos os réus. Conforme se constata pela análise da certidão de
fl. 274 e pela análise dos autos o feito em relação ao réu SILVESTRE RAMOS ALFAIA não tramita mais
nestes autos, uma vez que foi desmembrado tramitando sob o n° 0002322-60.2018.8.14.0401, atualmente
em trâmite na Vara de Crimes Contra Criança e Adolescente, aguardando a intimação por edital quanto ao
conteúdo da sentença condenatória do citado acusado/condenado. Desse modo, considerando que os
presentes autos tramitam exclusivamente para o réu WALDEIR DOS SANTOS LANDEIRA, determino a
exclusão do condenado SILVESTRE RAMOS ALFAIA do presente Acórdão, tornando sem efeito a decisão
desta 1ª Turma de Direito Penal, apenas em relação a este condenado, mantendo in totum a decisão do
Colegiado para o Apelante Waldeir dos Santos Landeira. Belém, 19 de fevereiro de 2019 Desa. Maria
Edwiges de Miranda Lobato - Relatora
VÂNIA LÚCIA SILVEIRA RELATÓRIO Cledenilson Murilo Farias Ferreira interpôs Recurso de
Apelação Criminal, inconformado com a sentença prolatada em 15/05/2018, às fls. 57/60, pelo MM. Juiz de
Direito da 3ª Vara Criminal da Comarca de Ananindeua/PA, Dr. Carlos Magno Gomes de Oliveira, que o
condenou a uma pena definitiva de 01 (um) ano e 08 (oito) meses de reclusão, bem como ao pagamento
de 111 (cento e onze) dias-multa, estabelecido o valor do dia-multa em 1/30 (um trigésimo) do salário
mínimo vigente na época do fato, a ser cumprida em regime inicial aberto, pela prática da conduta delitiva
capitulada no art. 33, caput, da Lei Nº 11.343/2006 (tráfico). Vale destacar que, o juízo converteu a
pena privativa de liberdade em 02 (duas) restritivas de direito consistentes em: 1) prestação de serviços à
comunidade em um dos estabelecimentos a que se refere o art. 46, §2º, do CPB, à razão de uma hora de
tarefa por dia de condenação, de modo a não prejudicar eventual jornada de trabalho ou estudos do
acusado; 2) limitação de fim de semana, nos termos do art. 48 do CPB. Consta da denúncia (fls.
02/05) que, no dia 21/10/2015, por volta das 09h13m, o denunciado Cledenilson Murilo Farias Ferreira foi
preso em flagrante pela prática de tráfico de drogas. De acordo com as peças informativas, policiais
militares, no comando da VTR 2905, em ronda rotineira pelo bairro do Curuçambá, próximo ao final da
linha do ônibus, avistaram o denunciado que, ao perceber a aproximação da viatura, ficou nervoso e
tentou esconder algo no interior da camisa. Em seguida, a guarnição deteve o acusado e procedeu
a revista pessoal, ocasião em que encontraram em seu poder cerca de 12 (doze) ¿trouxinhas¿ de uma
substância verde embaladas em plástico transparente e outras 05 (cinco) envoltas em plástico na cor azul,
que, na experiência policial, assemelhavam-se a droga vulgarmente conhecida como maconha.
Diante desse contexto, o denunciado recebeu voz de prisão, sendo conduzido até a Depol para
realização das providências legais, onde confessou o porte de droga, afirmando que adquiriu a substância
de um indivíduo desconhecido e que era destinada à comercialização, revendendo ao preço de R$ 5,00
(cinco reais) cada embalagem. O material apreendido foi encaminhado à perícia que atestou reação
positiva para a substância Delta-9-THC, princípio ativo do vegetal Cannabis Sativa L., popularmente
conhecida como ¿maconha¿, pesando um total de 13,601g (treze gramas e seiscentos e um miligramas)
de erva seca prensada. Em razões recursais (fls. 66/77), a defesa requer a reforma da sentença
recorrida para desclassificar o crime do art. 33 da Lei nº 11.343/2006 para o crime de uso, previsto no art.
28 da mencionada lei, não bastando a apreensão do material entorpecente para a caracterização do
tráfico, sendo, mais um caso, de crime forjado, já que o acusado foi vítima de uma armação por parte dos
policiais militares para incriminá-lo. Caso se entenda pela condenação, requer a correta dosimetria
da pena, afastando a Súmula nº 231 do STJ. Clama pelo conhecimento e provimento do apelo.
Em contrarrazões (fls. 78/88), a Promotora de Justiça, Dra. Viviane Lobato Sobral, pugna pela
manutenção da sentença vergastada, devendo ser negado provimento ao recurso de apelação.
Nesta Superior Instância, o Procurador de Justiça Cláudio Bezerra de Melo, na condição de Custos
Legis, opina pelo conhecimento e improvimento do apelo (parecer de fls. 93/94-v). É o relatório. À
douta revisão. Belém/PA,19 de fevereiro de 2019. Desembargadora VÂNIA LÚCIA SILVEIRA
Relatora
argumentos expendidos pelo ilustre Desembargador, acolher a prevenção arguida em meu favor.
Encaminhem-se os autos à Secretaria para que sejam tomadas as providências cabíveis à necessária
redistribuição a esta relatora, no sentido de modificar a Turma Julgadora e a Relatoria desta Ação no
Sistema Libra, bem como, na capa e na etiqueta do processo físico. Belém/PA, 20 de fevereiro de 2019.
Desa. VÂNIA LÚCIA SILVEIRA Relatora
CARNEIRO Relator
Termo Circunstanciado em: 20/02/2019 AUTOR DO FATO:MARCELO PAIVA DOS SANTOS VITIMA:A. C.
. Autos nº 0000603-16.2018.8.14.0701 Autor do fato: MARCELO PAIVA DOS SANTOS (RG nº 2343795 4ª
Via PC/PA) Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98. TERMO DE
AUDIÊNCIA PRELIMINAR Aos 20 dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e dezenove, às 10:00
horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DO MEIO
AMBIENTE DA CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO,
Magistrada titular da referida Vara, presente a Dra. JACIREMA FERREIRA DA SILVA E CUNHA,
Representante do Ministério Público, presente a conciliadora SEBASTIANA FARIAS PENA (Portaria n°
4752/2015-GP de 09/11/2015). No horário designado para audiência, foi feito o pregão de praxe e
constatou-se o seguinte: Presente o autor do fato, desacompanhado de advogado. OCORRÊNCIAS:
Nesta ocasião o autor do fato informou que não possui condições de arcar com as custas de um advogado
particular, requerendo, assim, a assistência da Defensoria Pública. Em seguida a MMa. Juíza proferiu a
seguinte decisão: DECISÃO: Considerando que o autor do fato não possui advogado e também não
possui condições financeiras para custear as despesas dos serviços desse profissional, e que em tal
situação era dever do Estado fornecer Defensor Público, nos termos do art. 134 e 5º, inciso LXXIV da CF,
e diante do teor do art. 68 da Lei 9.099/95, todavia, tendo em vista o teor dos Ofícios nº 427/2016-GAB-
DPG de 05/09/2016, recebido neste Juizado em 09/09/2016, Ofício nº 1053/2017-GAB-DPG de
22/11/2017, recebido em 29/11/2017, ambos da lavra da Dra. JENIFFER DE BARROS RODRIGUES
ARAÚJO, Defensora Pública Geral do Estado do Pará, e, ainda, Ofício nº 91/2018-DM/DP de 20/12/2018,
da lavra da Dra. CÉLIA SYMONNE FILOGREÃO GONÇALVES, Defensoria Pública Diretora
Metropolitana, informando acerca da impossibilidade de atuação de Defensor Público neste Juizado
Ambiental, bem como em atenção ao Memorando nº 361/2016 de 23/11/2016 da Coordenadoria dos
Juizados Especiais do TJE/PA, recomendando a designação de advogado Ad Hoc em face do
mencionado ofício, considerando, finalmente, a necessidade de evitar a remarcação de audiências desta
Vara e o congestionamento de pauta, NOMEIO ADVOGADO AD HOC o Dr. THIAGO DA SILVA CRUZ,
OAB/PA n° 25944, para acompanhar e/ou defender o referido autor do fato nesta audiência. Como tal
atribuição de defesa e/ou acompanhamento deveria ser realizada a custas do Estado e que não se pode
exigir que advogados atuem gratuitamente a seu serviço, mas que também não se pode onerar demais
tais atribuições que deveriam ser realizadas por Defensor Público, até porque não se trata de audiência de
grande complexidade, mas apenas de audiência preliminar, ARBITRO honorários em favor da advogada
ad hoc no valor equivalente a 1/5 do salário mínimo vigente a época do efetivo pagamento pelo Estado,
através dos meios administrativos/judiciais devidos, em conformidade com o Oficio Circular nº 179/2017-
GP-TJE/PA e Resolução 2014/00305-CJF de 07/10/2014. Em seguida, foram efetuados os
esclarecimentos do autor do fato acerca do procedimento da Lei nº 9.099/95, especialmente acerca da
possibilidade de aceitação de proposta(s) de composição de dano(s) ambiental(is) e transação penal
(aplicação imediata de pena/medida não privativa de liberdade), nos termos dos arts. 6, 72, 74 e 76 da
mencionada Lei c/ art. 27 da Lei 9.605/981, por preencher os requisitos legais. O(A)(s) autor(a)(es) do fato
de forma livre, consciente e sem manifestar dúvida, aceitou/aceitaram as propostas de composição de
dano(s) ambientais e de transação penal, formalizadas pelo Ministério Público às fls. 14/16 dos autos,
comprometendo-se, neste ato, a efetuar as seguintes condutas: 1) COMPOSIÇÃO DE DANOS
AMBIENTAIS: PRAZO DE CUMPRIMENTO: 3 (TRÊS) MESES. a) Efetuar a recomposição dos danos
ambientais, mediante o compromisso de não mais reincidir na prática delituosa; b) Participar de programa
de educação ambiental (art. 27 da Lei 9.605/98 c/c art. 74 da Lei 9.099/95) a ser realizado junto a
DIVISÃO ESPECIALIZADA EM MEIO AMBIENTE - DEMA, cuja conclusão deverá ser comprovada a este
Juizado no prazo de 3 (três) meses. 2) TRANSAÇÃO PENAL: PRAZO DE CUMPRIMENTO: 3 (TRÊS)
MESES, contados da data de notificação pela VEPMA, com cláusula resolutiva para o caso de não
cumprimento no referido prazo. Cumprir, no prazo máximo acima especificado, a transação penal de
prestação de serviços à comunidade pelo prazo de 30 (trinta) horas, com cláusula resolutiva para o caso
de não cumprimento no prazo estabelecido. A referida prestação de serviços deverá ser cumprida através
da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas da Comarca da Capital (VEPMA), competente em
face da Lei Estadual nº 6.840/2002 e no Provimento nº 03/2007 da CJRMB) e Enunciado 87 do FONAJE,
preferencialmente em entidade ambiental cadastrada na referida Vara. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: A
MMª Juíza deliberou o seguinte: SENTENÇA - Dispensado o relatório, nos termos do art. 81, § 3º da Lei nº
9.099/95. PASSO A DECIDIR: Estando presentes os requisitos legais, HOMOLOGO por sentença a
COMPOSIÇÃO DE DANOS AMBIENTAIS e a TRANSAÇÃO PENAL, formalizadas pelo Ministério Público
e aceitas de forma livre e consciente pelo(a)(s) autor(a)(es) do fato, nos termos dos arts. 74 e 76,
parágrafo 4º, da Lei nº 9.099/95 c/c art. 27 da Lei 9.605/1998, para que produzam seus jurídicos e legais
efeitos, todavia, com cláusula resolutiva expressa quanto à referida transação (prevista no Enunciado 79
321
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
ESPECIAL CRIMINAL DO MEIO AMBIENTE DA CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN
CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO, Magistrada titular da referida Vara, presente a Dra. JACIREMA
FERREIRA DA SILVA E CUNHA, Representante do Ministério Público. No horário designado para
audiência, foi feito o pregão de praxe e constatou-se o seguinte: Presente o autor do fato,
desacompanhado de advogado. OCORRÊNCIAS: Aberta a audiência, foram efetuados os esclarecimentos
do(a) autor(a) do fato acerca do procedimento da Lei nº 9.099/95, especialmente acerca da possibilidade
de aceitação de proposta(s) de composição de dano(s) ambiental(is) e transação penal (aplicação
imediata de pena/medida não privativa de liberdade), nos termos dos arts. 6, 72, 74 e 76 da mencionada
Lei c/ art. 27 da Lei 9.605/981, por preencher os requisitos legais. Nesta ocasião, o autor do fato informou
que não possui interesse nas propostas de recomposição do dano ambiental e de transação penal,
formalizadas pelo Ministério Público às fls. 14/16, vez que nega os fatos que lhe são imputados. A
Representante do Ministério Público requereu vista dos autos. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: A MMª
Juíza deliberou o seguinte: Diante das ocorrências acima consignadas, encaminhem-se os autos à
manifestação do Ministério Público, conforme requerido. Intimados os presentes neste ato. Nada mais
havendo foi encerrado o presente termo. Eu, Fabio Ferreira Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei e
subscrevi ______________________________. JUÍZA: PROMOTORA DE JUSTIÇA: AUTOR DO FATO:
1 Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena
restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei 9.099/95, de 27 de setembro de 1995, somente
poderá ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, que trata o art. 74
da mesma Lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade. PROCESSO: 00006257420188140701
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELLEN CHRISTIANE
BEMERGUY PEIXOTO Ação: Termo Circunstanciado em: 20/02/2019 AUTOR DO FATO:MARILENE
PIEDADE DA CONCEICAO NOVAIS VITIMA:A. C. . Autos nº 0000625-74.2018.8.14.0701 Autora do fato:
MARILENE PIEDADE DA CONCEIÇÃO NOVAIS (RG nº 2843979 4ª Via PC/PA) Vítima: A
COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 29, § 1º, inciso III da Lei nº 9.605/98. TERMO DE AUDIÊNCIA
PRELIMINAR Aos 20 dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e dezenove, às 11:45 horas, nesta
cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DO MEIO AMBIENTE DA
CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO, Magistrada
titular da referida Vara, presente a Dra. JACIREMA FERREIRA DA SILVA E CUNHA, Representante do
Ministério Público, presente a conciliadora SEBASTIANA FARIAS PENA (Portaria n° 4752/2015-GP de
09/11/2015). No horário designado para audiência, foi feito o pregão de praxe e constatou-se o seguinte:
Presente a autora do fato, desacompanhada de advogado. OCORRÊNCIAS: Nesta ocasião a autora do
fato informou que não possui condições de arcar com as custas de um advogado particular, requerendo,
assim, a assistência da Defensoria Pública. Em seguida a MMa. Juíza proferiu a seguinte decisão:
DECISÃO: Considerando que o autor do fato não possui advogado e também não possui condições
financeiras para custear as despesas dos serviços desse profissional, e que em tal situação era dever do
Estado fornecer Defensor Público, nos termos do art. 134 e 5º, inciso LXXIV da CF, e diante do teor do art.
68 da Lei 9.099/95, todavia, tendo em vista o teor dos Ofícios nº 427/2016-GAB-DPG de 05/09/2016,
recebido neste Juizado em 09/09/2016, Ofício nº 1053/2017-GAB-DPG de 22/11/2017, recebido em
29/11/2017, ambos da lavra da Dra. JENIFFER DE BARROS RODRIGUES ARAÚJO, Defensora Pública
Geral do Estado do Pará, e, ainda, Ofício nº 91/2018-DM/DP de 20/12/2018, da lavra da Dra. CÉLIA
SYMONNE FILOGREÃO GONÇALVES, Defensoria Pública Diretora Metropolitana, informando acerca da
impossibilidade de atuação de Defensor Público neste Juizado Ambiental, bem como em atenção ao
Memorando nº 361/2016 de 23/11/2016 da Coordenadoria dos Juizados Especiais do TJE/PA,
recomendando a designação de advogado Ad Hoc em face do mencionado ofício, considerando,
finalmente, a necessidade de evitar a remarcação de audiências desta Vara e o congestionamento de
pauta, NOMEIO ADVOGADO AD HOC o Dr. THIAGO DA SILVA CRUZ, OAB/PA n° 25944, para
acompanhar e/ou defender o referido autor do fato nesta audiência. Como tal atribuição de defesa e/ou
acompanhamento deveria ser realizada a custas do Estado e que não se pode exigir que advogados
atuem gratuitamente a seu serviço, mas que também não se pode onerar demais tais atribuições que
deveriam ser realizadas por Defensor Público, até porque não se trata de audiência de grande
complexidade, mas apenas de audiência preliminar, ARBITRO honorários em favor da advogada ad hoc
no valor equivalente a 1/5 do salário mínimo vigente a época do efetivo pagamento pelo Estado, através
dos meios administrativos/judiciais devidos, em conformidade com o Oficio Circular nº 179/2017-GP-
TJE/PA e Resolução 2014/00305-CJF de 07/10/2014. Em seguida, foram efetuados os esclarecimentos do
autor do fato acerca do procedimento da Lei nº 9.099/95, especialmente acerca da possibilidade de
aceitação de proposta(s) de composição de dano(s) ambiental(is) e transação penal (aplicação imediata
de pena/medida não privativa de liberdade), nos termos dos arts. 6, 72, 74 e 76 da mencionada Lei c/ art.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
27 da Lei 9.605/981, por preencher os requisitos legais. O(A)(s) autor(a)(es) do fato de forma livre,
consciente e sem manifestar dúvida, aceitou/aceitaram as propostas de composição de dano(s)
ambientais e de transação penal, formalizadas pelo Ministério Público às fls. 18/20 dos autos,
comprometendo-se, neste ato, a efetuar as seguintes condutas: 1) COMPOSIÇÃO DE DANOS
AMBIENTAIS: PRAZO DE CUMPRIMENTO: 3 (TRÊS) MESES. a) Efetuar a recomposição dos danos
ambientais, mediante o compromisso de não mais reincidir na prática delituosa; b) Participar de programa
de educação ambiental (art. 27 da Lei 9.605/98 c/c art. 74 da Lei 9.099/95) a ser realizado junto a
DIVISÃO ESPECIALIZADA EM MEIO AMBIENTE - DEMA, cuja conclusão deverá ser comprovada a este
Juizado no prazo de 3 (três) meses. 2) TRANSAÇÃO PENAL: PRAZO DE CUMPRIMENTO: 3 (TRÊS)
MESES, contados da data de notificação pela VEPMA, com cláusula resolutiva para o caso de não
cumprimento no referido prazo. Cumprir, no prazo máximo acima especificado, a transação penal de
prestação de serviços à comunidade pelo prazo de 30 (trinta) horas, com cláusula resolutiva para o caso
de não cumprimento no prazo estabelecido. A referida prestação de serviços deverá ser cumprida através
da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas da Comarca da Capital (VEPMA), competente em
face da Lei Estadual nº 6.840/2002 e no Provimento nº 03/2007 da CJRMB) e Enunciado 87 do FONAJE,
preferencialmente em entidade ambiental cadastrada na referida Vara. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: A
MMª Juíza deliberou o seguinte: SENTENÇA - Dispensado o relatório, nos termos do art. 81, § 3º da Lei nº
9.099/95. PASSO A DECIDIR: Estando presentes os requisitos legais, HOMOLOGO por sentença a
COMPOSIÇÃO DE DANOS AMBIENTAIS e a TRANSAÇÃO PENAL, formalizadas pelo Ministério Público
e aceitas de forma livre e consciente pelo(a)(s) autor(a)(es) do fato, nos termos dos arts. 74 e 76,
parágrafo 4º, da Lei nº 9.099/95 c/c art. 27 da Lei 9.605/1998, para que produzam seus jurídicos e legais
efeitos, todavia, com cláusula resolutiva expressa quanto à referida transação (prevista no Enunciado 79
do XXVIII FONAJE2) de que o descumprimento da obrigação transacional importará no prosseguimento
do feito, conforme, inclusive, orientação do STF, 2ª Turma, no HC 79.572 de Goiás, j. 29.02.2000, rel. Min.
Marco Aurélio, que considerou a possibilidade de desconstituição do acordo penal no caso de
descumprimento do mesmo, que, no entender desta magistrada, constitui a melhor posição a fim de
garantir a prestação jurisdicional eficaz. Por outro lado, o cumprimento da transação em questão ensejará
o efeito de extinguir de imediato a punibilidade do(a) autor(a) do fato. Em consequência, aplico ao(a)(s)
autor(a)(es) do fato a pena restritiva de direitos, na modalidade de prestação de serviço a comunidade,
conforme especificado na proposta. O(A)(s) autor(a)(es) do fato fica(m) ciente(s) de que de que a
aplicação da referida pena não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir que
possa(m) novamente gozar do benefício no prazo de cinco (05) anos. Fica(m), ainda, o(a)(s) autor(a)(es)
do fato intimado(a)(s) que deverá/deverão comparecer neste Juizado Especial Criminal, no próximo dia útil
subsequente, trazendo consigo RG, CPF e duas cópias do comprovante de residência, para que seja
preenchida a respectiva guia, conforme Provimento nº 001/2011-CJRMB. Expeça-se guia para o
cumprimento da transação em questão à Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas da Região
Metropolitana de Belém (VEPMA), competente em face da Lei Estadual nº 6.840/2002 e no Provimento nº
03/2007 da CJRMB), bem como do Enunciado 87 do FONAJE3 (que substituiu o Enunciado 15),
preferencialmente com destinação da prestação de serviço à entidade ambiental cadastrada na referida
Vara. Expeça-se, ainda, ofício para cumprimento da composição civil. O(A)(s) autor(a)(es) do fato fica(m)
intimado(a)(s) neste ato que deverá/deverão apresentar na Secretaria deste Juizado no prazo acima
especificado os comprovantes de cumprimento da composição de dano(s) e da transação em questão, sob
pena de, no primeiro caso (composição), serem efetuadas as providências devidas para o cumprimento no
Juízo cível competente por se tratar de título executivo, nos termos do art. 74 da Lei 9.099/954, e, no
segundo caso (transação), sob pena de prosseguimento deste procedimento criminal5. Ratifico a decisão
proferida neste ato quanto a designação de advogado ad hoc em face dos fundamentos acima já
especificados. Cabe destacar, novamente, que, como tal atribuição de defesa e/ou acompanhamento
deveria ser realizada a custas do Estado e que não se pode exigir que advogados atuem gratuitamente a
seu serviço, mas que também não se pode onerar demais tais atribuições que deveriam ser realizadas por
Defensor Público, até porque não se trata de audiência de grande complexidade, mas apenas de
audiência preliminar, CONDENO o Estado ao pagamento dos honorários em favor do advogado ad hoc no
valor acima arbitrado - equivalente a 1/5 do salário mínimo vigente a época do efetivo pagamento, através
dos meios administrativos/judiciais devidos, em conformidade com o Oficio Circular nº 179/2017-GP-
TJE/PA e Resolução 2014/00305-CJF de 07/10/2014. Proceda a Senhora Diretora de Secretaria as
providências devidas. Após o trânsito em julgado e feitas as necessárias anotações e comunicações,
arquivem-se, conforme orientação expressa no Provimento nº 03/2007-CJRMP. Sem custas. No caso de
ser constatado pela Sra. Diretora de Secretaria desta Vara o não cumprimento das referidas obrigações,
deverá efetuar as providências devidas para o desarquivamento destes autos e posterior encaminhamento
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
ao Ministério Público para a(s) finalidade(s) acima especificada(s), devendo, ainda, ser observado o
disposto no Enunciado 44 do XXVIII Fórum Nacional de Juizados Especiais. Sentença publicada em
audiência e intimados os presentes neste ato. Nada mais havendo foi encerrado o presente termo. Eu,
Fabio Ferreira Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei e subscrevi ______________________________.
JUÍZA: PROMOTORA DE JUSTIÇA: CONCILIADORA: AUTORA DO FATO: ADVOGADO: 1 Art. 27. Nos
crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de
direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei 9.099/95, de 27 de setembro de 1995, somente poderá ser
formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, que trata o art. 74 da mesma
Lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade. 2 Enunciado nº 79 do FONAJE: É incabível o
oferecimento de denúncia após sentença homologatória de transação penal em que não haja cláusula
resolutiva expressa, podendo constar da proposta que a sua homologação fica condicionada ao prévio
cumprimento do avençado. O descumprimento, no caso de não homologação, poderá ensejar o
prosseguimento do feito (Aprovado no XIX Encontro - Aracaju/SE). 3 Enunciado 87 (Substitui o Enunciado
15) - O Juizado Especial Criminal é competente para a execução das penas ou medidas aplicadas em
transação penal, salvo quando houver central ou vara de penas e medidas alternativas com competência
específica (Aprovado - no XXI Encontro - Vitória/ES). 4 Art. 74. A composição dos danos civis será
reduzida a escrito e homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser
executada no juízo cível competente. 5 Descumprida a transação penal, há de se retornar ao status quo
ante a fim de possibilitar ao Ministério Público a persecução penal (precedentes. (STF - HC 88785-SP, DJ
04.08.2006, p. 78, Rel. Min. Eros Grau) PROCESSO: 00014903420178140701 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação:
Termo Circunstanciado em: 20/02/2019 AUTOR DO FATO:RAIMUNDA DE JESUS PEREIRA LEAL
VITIMA:A. C. . Autos nº 0001490-34.2017.8.14.0701 Autora do fato: RAIMUNDA DE JESUS PEREIRA
LEAL Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 32 da Lei nº 9.605/98. TERMO DE AUDIÊNCIA
PRELIMINAR Aos 20 dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e dezenove, às 09:00 horas, nesta
cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DO MEIO AMBIENTE DA
CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO, Magistrada
titular da referida Vara, presente a Dra. JACIREMA FERREIRA DA SILVA E CUNHA, Representante do
Ministério Público, presente a conciliadora SEBASTIANA FARIAS PENA (Portaria n° 4752/2015-GP de
09/11/2015). No horário designado para audiência, foi feito o pregão de praxe e constatou-se o seguinte:
Ausente a autora do fato, não constando nos autos comprovante de sua intimação. DELIBERAÇÃO EM
AUDIÊNCIA: A MMª Juíza deliberou o seguinte: Tendo em vista que não consta nos autos comprovante de
intimação da autora do fato, proceda a Secretaria a designação de audiência preliminar, visando eventual
recomposição do dano e transação penal. Intime-se a autora do fato, através de Oficial de Justiça, com as
advertências do art. 68 da Lei nº 9.099/95, a comparecer munida dos documentos necessários à referida
transação. Intimados os presentes neste ato. Nada mais havendo foi encerrado o presente termo. Eu,
Fabio Ferreira Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei e subscrevi ______________________________.
JUÍZA: PROMOTORA DE JUSTIÇA: CONCILIADORA: PROCESSO: 00018047720178140701
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELLEN CHRISTIANE
BEMERGUY PEIXOTO Ação: Termo Circunstanciado em: 20/02/2019 AUTOR DO FATO:IRONILDO
RIBEIRO ALVES OLIVEIRA AUTOR DO FATO:JAIR NATALINO MARCOS DA CONCEICAO VITIMA:A. C.
O. E. . Autos nº 0001804-77.2017.8.14.0701 Autores do fato: IRONILDO RIBEIRO ALVES OLIVEIRA JAIR
NATALINO MARCOS DA CONCEIÇÃO Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei
nº 9.605/98. TERMO DE AUDIÊNCIA PRELIMINAR Aos 20 dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e
dezenove, às 10:45 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO ESPECIAL
CRIMINAL DO MEIO AMBIENTE DA CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN CHRISTIANE
BEMERGUY PEIXOTO, Magistrada titular da referida Vara, presente a Dra. JACIREMA FERREIRA DA
SILVA E CUNHA, Representante do Ministério Público, presente a conciliadora SEBASTIANA FARIAS
PENA (Portaria n° 4752/2015-GP de 09/11/2015). No horário designado para audiência, foi feito o pregão
de praxe e constatou-se o seguinte: Ausente os autores do fato, não tendo sido intimado pessoalmente,
conforme ARs de fls. 52 e 53. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: A MMª Juíza deliberou o seguinte: Em
que pese o teor dos ARs de fls. 52 e 53, não tendo sido os autores do fato intimados pessoalmente,
proceda a Secretaria a designação de audiência preliminar, visando eventual recomposição do dano e
transação penal. Intimem-se os autores do fato, através de Oficial de Justiça, com as advertências do art.
68 da Lei nº 9.099/95, a comparecer munidos dos documentos necessários à referida transação. Intimados
os presentes neste ato. Nada mais havendo foi encerrado o presente termo. Eu, Fabio Ferreira Pacheco
Filho (Assessor de Juiz) digitei e subscrevi ______________________________. JUÍZA: PROMOTORA
DE JUSTIÇA: CONCILIADORA: PROCESSO: 00021835220168140701 PROCESSO ANTIGO: ----
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prazo. Cumprir, no prazo máximo acima especificado, a transação penal na modalidade de prestação
pecuniária no valor equivalente a 01 (um) salário mínimo, com cláusula resolutiva para o caso de não
cumprimento. A referida doação deverá ser efetuada através da Vara de Execução de Penas e Medidas
Alternativas da Comarca da Capital (VEPMA), competente em face da Lei Estadual nº 6.840/2002 e no
Provimento nº 03/2007 da CJRMB) e Enunciado 87 do FONAJE, nos termos da Resolução nº 154/2012 do
CNJ. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: A MMª Juíza deliberou o seguinte: SENTENÇA - Dispensado o
relatório, nos termos do art. 81, § 3º da Lei nº 9.099/95. PASSO A DECIDIR: Estando presentes os
requisitos legais, HOMOLOGO por sentença a COMPOSIÇÃO DE DANOS AMBIENTAIS e a
TRANSAÇÃO PENAL, formalizadas pelo Ministério Público e aceitas de forma livre e consciente pelo(a)(s)
autor(a)(es) do fato, nos termos dos arts. 74 e 76, parágrafo 4º, da Lei nº 9.099/95 c/c art. 27 da Lei
9.605/1998, para que produzam seus jurídicos e legais efeitos, todavia, com cláusula resolutiva expressa
quanto à referida transação (prevista no Enunciado 79 do XXVIII FONAJE2) de que o descumprimento da
obrigação transacional importará no prosseguimento do feito, conforme, inclusive, orientação do STF, 2ª
Turma, no HC 79.572 de Goiás, j. 29.02.2000, rel. Min. Marco Aurélio, que considerou a possibilidade de
desconstituição do acordo penal no caso de descumprimento do mesmo, que, no entender desta
magistrada, constitui a melhor posição a fim de garantir a prestação jurisdicional eficaz. Por outro lado, o
cumprimento da transação em questão ensejará o efeito de extinguir de imediato a punibilidade do(a)
autor(a) do fato. Em consequência, aplico ao(a)(s) autor(a)(es) do fato a pena restritiva de direitos, na
modalidade de prestação pecuniária, conforme especificado na proposta. O(A)(s) autor(a)(es) do fato
fica(m) ciente(s) de que de que a aplicação da referida pena não importará em reincidência, sendo
registrada apenas para impedir que possa(m) novamente gozar do benefício no prazo de cinco (05) anos.
Fica(m), ainda, o(a)(s) autor(a)(es) do fato intimado(a)(s) que deverá/deverão comparecer neste Juizado
Especial Criminal, no próximo dia útil subsequente, trazendo consigo RG, CPF e duas cópias do
comprovante de residência, para que seja preenchida a respectiva guia, conforme Provimento nº
001/2011-CJRMB. Expeça-se guia para o cumprimento da transação em questão à Vara de Execução de
Penas e Medidas Alternativas da Região Metropolitana de Belém (VEPMA), competente em face da Lei
Estadual nº 6.840/2002 e no Provimento nº 03/2007 da CJRMB), bem como do Enunciado 87 do
FONAJE3 (que substituiu o Enunciado 15), nos termos da Resolução nº 154/2012 do CNJ. Expeça-se,
ainda, ofício para cumprimento da composição civil. O(A)(s) autor(a)(es) do fato fica(m) intimado(a)(s)
neste ato que deverá/deverão apresentar na Secretaria deste Juizado no prazo acima especificado os
comprovantes de cumprimento da composição de dano(s) e da transação em questão, sob pena de, no
primeiro caso (composição), serem efetuadas as providências devidas para o cumprimento no Juízo cível
competente por se tratar de título executivo, nos termos do art. 74 da Lei 9.099/954, e, no segundo caso
(transação), sob pena de prosseguimento deste procedimento criminal5. Ratifico a decisão proferida neste
ato quanto a designação de advogado ad hoc em face dos fundamentos acima já especificados. Cabe
destacar, novamente, que, como tal atribuição de defesa e/ou acompanhamento deveria ser realizada a
custas do Estado e que não se pode exigir que advogados atuem gratuitamente a seu serviço, mas que
também não se pode onerar demais tais atribuições que deveriam ser realizadas por Defensor Público, até
porque não se trata de audiência de grande complexidade, mas apenas de audiência preliminar,
CONDENO o Estado ao pagamento dos honorários em favor do advogado ad hoc no valor acima arbitrado
- equivalente a 1/5 do salário mínimo vigente a época do efetivo pagamento, através dos meios
administrativos/judiciais devidos, em conformidade com o Oficio Circular nº 179/2017-GP-TJE/PA e
Resolução 2014/00305-CJF de 07/10/2014. Proceda a Senhora Diretora de Secretaria as providências
devidas. Após o trânsito em julgado e feitas as necessárias anotações e comunicações, arquivem-se,
conforme orientação expressa no Provimento nº 03/2007-CJRMP. Sem custas. No caso de ser constatado
pela Sra. Diretora de Secretaria desta Vara o não cumprimento das referidas obrigações, deverá efetuar
as providências devidas para o desarquivamento destes autos e posterior encaminhamento ao Ministério
Público para a(s) finalidade(s) acima especificada(s), devendo, ainda, ser observado o disposto no
Enunciado 44 do XXVIII Fórum Nacional de Juizados Especiais. Sentença publicada em audiência e
intimados os presentes neste ato.. Nada mais havendo foi encerrado o presente termo. Eu, Fabio Ferreira
Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei e subscrevi ______________________________. JUÍZA: AUTOR
DO FATO: ADVOGADO: 1 Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de
aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei 9.099/95, de 27 de
setembro de 1995, somente poderá ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano
ambiental, que trata o art. 74 da mesma Lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade. 2 Enunciado
nº 79 do FONAJE: É incabível o oferecimento de denúncia após sentença homologatória de transação
penal em que não haja cláusula resolutiva expressa, podendo constar da proposta que a sua homologação
fica condicionada ao prévio cumprimento do avençado. O descumprimento, no caso de não homologação,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
munido dos documentos necessários à referida transação. Intimados os presentes neste ato. Nada mais
havendo foi encerrado o presente termo. Eu, Fabio Ferreira Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei e
subscrevi ______________________________. JUÍZA: PROMOTORA DE JUSTIÇA: CONCILIADORA:
PROCESSO: 00006248920188140701 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação:
Termo Circunstanciado em: 21/02/2019 AUTOR DO FATO:JOSE RODRIGO MESCOUTO MOIA
VITIMA:A. C. . Autos nº 0000624-89.2018.8.14.0701 Autor do fato: JOSÉ RODRIGO MESCOUTO MOIA
(RG nº 4595483 PC/PA) Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98.
TERMO DE AUDIÊNCIA PRELIMINAR Aos 21 dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e dezenove, às
09:30 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DO MEIO
AMBIENTE DA CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO,
Magistrada titular da referida Vara, presente a Dra. JACIREMA FERREIRA DA SILVA E CUNHA,
Representante do Ministério Público, presente a conciliadora SEBASTIANA FARIAS PENA (Portaria n°
4752/2015-GP de 09/11/2015). No horário designado para audiência, foi feito o pregão de praxe e
constatou-se o seguinte: Presente o autor do fato, desacompanhado de advogado. OCORRÊNCIAS:
Nesta ocasião o autor do fato informou que não possui condições de arcar com as custas de um advogado
particular, requerendo, assim, a assistência da Defensoria Pública. Em seguida a MMa. Juíza proferiu a
seguinte decisão: DECISÃO: Considerando que o autor do fato não possui advogado e também não
possui condições financeiras para custear as despesas dos serviços desse profissional, e que em tal
situação era dever do Estado fornecer Defensor Público, nos termos do art. 134 e 5º, inciso LXXIV da CF,
e diante do teor do art. 68 da Lei 9.099/95, todavia, tendo em vista o teor dos Ofícios nº 427/2016-GAB-
DPG de 05/09/2016, recebido neste Juizado em 09/09/2016, Ofício nº 1053/2017-GAB-DPG de
22/11/2017, recebido em 29/11/2017, ambos da lavra da Dra. JENIFFER DE BARROS RODRIGUES
ARAÚJO, Defensora Pública Geral do Estado do Pará, e, ainda, Ofício nº 91/2018-DM/DP de 20/12/2018,
da lavra da Dra. CÉLIA SYMONNE FILOGREÃO GONÇALVES, Defensoria Pública Diretora
Metropolitana, informando acerca da impossibilidade de atuação de Defensor Público neste Juizado
Ambiental, bem como em atenção ao Memorando nº 361/2016 de 23/11/2016 da Coordenadoria dos
Juizados Especiais do TJE/PA, recomendando a designação de advogado Ad Hoc em face do
mencionado ofício, considerando, finalmente, a necessidade de evitar a remarcação de audiências desta
Vara e o congestionamento de pauta, NOMEIO ADVOGADA AD HOC a Dra. JOANA D"ARC DA COSTA
MIRANDA, OAB/PA nº 19816, para acompanhar e/ou defender o referido autor do fato nesta audiência.
Como tal atribuição de defesa e/ou acompanhamento deveria ser realizada a custas do Estado e que não
se pode exigir que advogados atuem gratuitamente a seu serviço, mas que também não se pode onerar
demais tais atribuições que deveriam ser realizadas por Defensor Público, até porque não se trata de
audiência de grande complexidade, mas apenas de audiência preliminar, ARBITRO honorários em favor
da advogada ad hoc no valor equivalente a 1/5 do salário mínimo vigente a época do efetivo pagamento
pelo Estado, através dos meios administrativos/judiciais devidos, em conformidade com o Oficio Circular nº
179/2017-GP-TJE/PA e Resolução 2014/00305-CJF de 07/10/2014. Em seguida, foram efetuados os
esclarecimentos do autor do fato acerca do procedimento da Lei nº 9.099/95, especialmente acerca da
possibilidade de aceitação de proposta(s) de composição de dano(s) ambiental(is) e transação penal
(aplicação imediata de pena/medida não privativa de liberdade), nos termos dos arts. 6, 72, 74 e 76 da
mencionada Lei c/ art. 27 da Lei 9.605/981, por preencher os requisitos legais. O(A)(s) autor(a)(es) do fato
de forma livre, consciente e sem manifestar dúvida, aceitou/aceitaram as propostas de composição de
dano(s) ambientais e de transação penal, formalizadas pelo Ministério Público às fls. 15/17 dos autos,
comprometendo-se, neste ato, a efetuar as seguintes condutas: 1) COMPOSIÇÃO DE DANOS
AMBIENTAIS: PRAZO DE CUMPRIMENTO: 3 (TRÊS) MESES. a) Efetuar a recomposição dos danos
ambientais, mediante o compromisso de não mais reincidir na prática delituosa; b) Participar de programa
de educação ambiental (art. 27 da Lei 9.605/98 c/c art. 74 da Lei 9.099/95) a ser realizado junto a
DIVISÃO ESPECIALIZADA EM MEIO AMBIENTE - DEMA, cuja conclusão deverá ser comprovada a este
Juizado no prazo de 3 (três) meses. 2) TRANSAÇÃO PENAL: PRAZO DE CUMPRIMENTO: 3 (TRÊS)
MESES, contados da data de notificação pela VEPMA, com cláusula resolutiva para o caso de não
cumprimento no referido prazo. Cumprir, no prazo máximo acima especificado, a transação penal de
prestação de serviços à comunidade pelo prazo de 30 (trinta) horas, com cláusula resolutiva para o caso
de não cumprimento no prazo estabelecido. A referida prestação de serviços deverá ser cumprida através
da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas da Comarca da Capital (VEPMA), competente em
face da Lei Estadual nº 6.840/2002 e no Provimento nº 03/2007 da CJRMB) e Enunciado 87 do FONAJE,
preferencialmente em entidade ambiental cadastrada na referida Vara. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: A
MMª Juíza deliberou o seguinte: SENTENÇA - Dispensado o relatório, nos termos do art. 81, § 3º da Lei nº
333
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
9.099/95. PASSO A DECIDIR: Estando presentes os requisitos legais, HOMOLOGO por sentença a
COMPOSIÇÃO DE DANOS AMBIENTAIS e a TRANSAÇÃO PENAL, formalizadas pelo Ministério Público
e aceitas de forma livre e consciente pelo(a)(s) autor(a)(es) do fato, nos termos dos arts. 74 e 76,
parágrafo 4º, da Lei nº 9.099/95 c/c art. 27 da Lei 9.605/1998, para que produzam seus jurídicos e legais
efeitos, todavia, com cláusula resolutiva expressa quanto à referida transação (prevista no Enunciado 79
do XXVIII FONAJE2) de que o descumprimento da obrigação transacional importará no prosseguimento
do feito, conforme, inclusive, orientação do STF, 2ª Turma, no HC 79.572 de Goiás, j. 29.02.2000, rel. Min.
Marco Aurélio, que considerou a possibilidade de desconstituição do acordo penal no caso de
descumprimento do mesmo, que, no entender desta magistrada, constitui a melhor posição a fim de
garantir a prestação jurisdicional eficaz. Por outro lado, o cumprimento da transação em questão ensejará
o efeito de extinguir de imediato a punibilidade do(a) autor(a) do fato. Em consequência, aplico ao(a)(s)
autor(a)(es) do fato a pena restritiva de direitos, na modalidade de prestação de serviço a comunidade,
conforme especificado na proposta. O(A)(s) autor(a)(es) do fato fica(m) ciente(s) de que de que a
aplicação da referida pena não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir que
possa(m) novamente gozar do benefício no prazo de cinco (05) anos. Fica(m), ainda, o(a)(s) autor(a)(es)
do fato intimado(a)(s) que deverá/deverão comparecer neste Juizado Especial Criminal, no próximo dia útil
subsequente, trazendo consigo RG, CPF e duas cópias do comprovante de residência, para que seja
preenchida a respectiva guia, conforme Provimento nº 001/2011-CJRMB. Expeça-se guia para o
cumprimento da transação em questão à Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas da Região
Metropolitana de Belém (VEPMA), competente em face da Lei Estadual nº 6.840/2002 e no Provimento nº
03/2007 da CJRMB), bem como do Enunciado 87 do FONAJE3 (que substituiu o Enunciado 15),
preferencialmente com destinação da prestação de serviço à entidade ambiental cadastrada na referida
Vara. Expeça-se, ainda, ofício para cumprimento da composição civil. O(A)(s) autor(a)(es) do fato fica(m)
intimado(a)(s) neste ato que deverá/deverão apresentar na Secretaria deste Juizado no prazo acima
especificado os comprovantes de cumprimento da composição de dano(s) e da transação em questão, sob
pena de, no primeiro caso (composição), serem efetuadas as providências devidas para o cumprimento no
Juízo cível competente por se tratar de título executivo, nos termos do art. 74 da Lei 9.099/954, e, no
segundo caso (transação), sob pena de prosseguimento deste procedimento criminal5. Ratifico a decisão
proferida neste ato quanto a designação de advogada ad hoc em face dos fundamentos acima já
especificados. Cabe destacar, novamente, que, como tal atribuição de defesa e/ou acompanhamento
deveria ser realizada a custas do Estado e que não se pode exigir que advogados atuem gratuitamente a
seu serviço, mas que também não se pode onerar demais tais atribuições que deveriam ser realizadas por
Defensor Público, até porque não se trata de audiência de grande complexidade, mas apenas de
audiência preliminar, CONDENO o Estado ao pagamento dos honorários em favor da advogada ad hoc no
valor acima arbitrado - equivalente a 1/5 do salário mínimo vigente a época do efetivo pagamento, através
dos meios administrativos/judiciais devidos, em conformidade com o Oficio Circular nº 179/2017-GP-
TJE/PA e Resolução 2014/00305-CJF de 07/10/2014. Proceda a Senhora Diretora de Secretaria as
providências devidas. Após o trânsito em julgado e feitas as necessárias anotações e comunicações,
arquivem-se, conforme orientação expressa no Provimento nº 03/2007-CJRMP. Sem custas. No caso de
ser constatado pela Sra. Diretora de Secretaria desta Vara o não cumprimento das referidas obrigações,
deverá efetuar as providências devidas para o desarquivamento destes autos e posterior encaminhamento
ao Ministério Público para a(s) finalidade(s) acima especificada(s), devendo, ainda, ser observado o
disposto no Enunciado 44 do XXVIII Fórum Nacional de Juizados Especiais. Sentença publicada em
audiência e intimados os presentes neste ato. Nada mais havendo foi encerrado o presente termo. Eu,
Fabio Ferreira Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei e subscrevi ______________________________.
JUÍZA: PROMOTORA DE JUSTIÇA: CONCILIADORA: AUTOR DO FATO: ADVOGADA: 1 Art. 27. Nos
crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de
direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei 9.099/95, de 27 de setembro de 1995, somente poderá ser
formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, que trata o art. 74 da mesma
Lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade. 2 Enunciado nº 79 do FONAJE: É incabível o
oferecimento de denúncia após sentença homologatória de transação penal em que não haja cláusula
resolutiva expressa, podendo constar da proposta que a sua homologação fica condicionada ao prévio
cumprimento do avençado. O descumprimento, no caso de não homologação, poderá ensejar o
prosseguimento do feito (Aprovado no XIX Encontro - Aracaju/SE). 3 Enunciado 87 (Substitui o Enunciado
15) - O Juizado Especial Criminal é competente para a execução das penas ou medidas aplicadas em
transação penal, salvo quando houver central ou vara de penas e medidas alternativas com competência
específica (Aprovado - no XXI Encontro - Vitória/ES). 4 Art. 74. A composição dos danos civis será
reduzida a escrito e homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
executada no juízo cível competente. 5 Descumprida a transação penal, há de se retornar ao status quo
ante a fim de possibilitar ao Ministério Público a persecução penal (precedentes. (STF - HC 88785-SP, DJ
04.08.2006, p. 78, Rel. Min. Eros Grau) PROCESSO: 00011210620188140701 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação:
Termo Circunstanciado em: 21/02/2019 AUTOR DO FATO:RENATA IBY MATOS CAVALEIRO DE
MACEDO LIMA VITIMA:A. C. . Autos nº 0001121-06.2018.8.14.0701 Autora do fato: RENATA IBY MATOS
CAVALEIRO DE MACEDO LIMA Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº
9.605/98. TERMO DE AUDIÊNCIA PRELIMINAR Aos 21 dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e
dezenove, às 11:45 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO ESPECIAL
CRIMINAL DO MEIO AMBIENTE DA CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN CHRISTIANE
BEMERGUY PEIXOTO, Magistrada titular da referida Vara, presente a Dra. JACIREMA FERREIRA DA
SILVA E CUNHA, Representante do Ministério Público, presente a conciliadora SEBASTIANA FARIAS
PENA (Portaria n° 4752/2015-GP de 09/11/2015). No horário designado para audiência, foi feito o pregão
de praxe e constatou-se o seguinte: Ausente a autora do fato, não tendo sido intimada, conforme ARs de
fls. 29/31. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: A MMª Juíza deliberou o seguinte: Em que pese o teor dos
ARs de fls. 29/31, proceda a Secretaria a designação de audiência preliminar, visando eventual
recomposição do dano e transação penal. Intime-se a autora do fato, através de Oficial de Justiça, com as
advertências do art. 68 da Lei nº 9.099/95, a comparecer munida dos documentos necessários à referida
transação. Intimados os presentes neste ato. Nada mais havendo foi encerrado o presente termo. Eu,
Fabio Ferreira Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei e subscrevi ______________________________.
JUÍZA: PROMOTORA DE JUSTIÇA: CONCILIADORA: PROCESSO: 00012631020188140701
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELLEN CHRISTIANE
BEMERGUY PEIXOTO Ação: Termo Circunstanciado em: 21/02/2019 AUTOR DO FATO:DEUSELINA
XAVIER. Autos nº 0001263-10.2018.8.14.0701 Autora do fato: DEUSELINA XAVIER Vítima: A
COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98. TERMO DE AUDIÊNCIA
PRELIMINAR Aos 21 dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e dezenove, às 12:00 horas, nesta
cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DO MEIO AMBIENTE DA
CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO, Magistrada
titular da referida Vara, presente a Dra. JACIREMA FERREIRA DA SILVA E CUNHA, Representante do
Ministério Público, presente a conciliadora SEBASTIANA FARIAS PENA (Portaria n° 4752/2015-GP de
09/11/2015). No horário designado para audiência, foi feito o pregão de praxe e constatou-se o seguinte:
Ausente a autora do fato, não tendo sido intimada, conforme AR de fl. 25. DELIBERAÇÃO EM
AUDIÊNCIA: A MMª Juíza deliberou o seguinte: Em que pese o teor do AR de fl. 25, proceda a Secretaria
a designação de audiência preliminar, visando eventual recomposição do dano e transação penal. Intime-
se a autora do fato, através de Oficial de Justiça, com as advertências do art. 68 da Lei nº 9.099/95, a
comparecer munida dos documentos necessários à referida transação. Intimados os presentes neste ato.
Nada mais havendo foi encerrado o presente termo. Eu, Fabio Ferreira Pacheco Filho (Assessor de Juiz)
digitei e subscrevi ______________________________. JUÍZA: PROMOTORA DE JUSTIÇA:
CONCILIADORA: PROCESSO: 00014813820188140701 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação:
Termo Circunstanciado em: 21/02/2019 AUTOR DO FATO:GABRIEL REIS DE MORAES VITIMA:A. C. .
Autos nº 0001481-38.2018.8.14.0701 Autor do fato: GABRIEL REIS DE MORAES (RG nº 7447672 PC/PA)
Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98. TERMO DE AUDIÊNCIA
PRELIMINAR Aos 21 dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e dezenove, às 09:45 horas, nesta
cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DO MEIO AMBIENTE DA
CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO, Magistrada
titular da referida Vara, presente a Dra. JACIREMA FERREIRA DA SILVA E CUNHA, Representante do
Ministério Público, presente a conciliadora SEBASTIANA FARIAS PENA (Portaria n° 4752/2015-GP de
09/11/2015). No horário designado para audiência, foi feito o pregão de praxe e constatou-se o seguinte:
Presente o autor do fato, desacompanhado de advogado. OCORRÊNCIAS: Nesta ocasião o autor do fato
informou que não possui condições de arcar com as custas de um advogado particular, requerendo,
assim, a assistência da Defensoria Pública. Em seguida a MMa. Juíza proferiu a seguinte decisão:
DECISÃO: Considerando que o autor do fato não possui advogado e também não possui condições
financeiras para custear as despesas dos serviços desse profissional, e que em tal situação era dever do
Estado fornecer Defensor Público, nos termos do art. 134 e 5º, inciso LXXIV da CF, e diante do teor do art.
68 da Lei 9.099/95, todavia, tendo em vista o teor dos Ofícios nº 427/2016-GAB-DPG de 05/09/2016,
recebido neste Juizado em 09/09/2016, Ofício nº 1053/2017-GAB-DPG de 22/11/2017, recebido em
29/11/2017, ambos da lavra da Dra. JENIFFER DE BARROS RODRIGUES ARAÚJO, Defensora Pública
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Geral do Estado do Pará, e, ainda, Ofício nº 91/2018-DM/DP de 20/12/2018, da lavra da Dra. CÉLIA
SYMONNE FILOGREÃO GONÇALVES, Defensoria Pública Diretora Metropolitana, informando acerca da
impossibilidade de atuação de Defensor Público neste Juizado Ambiental, bem como em atenção ao
Memorando nº 361/2016 de 23/11/2016 da Coordenadoria dos Juizados Especiais do TJE/PA,
recomendando a designação de advogado Ad Hoc em face do mencionado ofício, considerando,
finalmente, a necessidade de evitar a remarcação de audiências desta Vara e o congestionamento de
pauta, NOMEIO ADVOGADA AD HOC a Dra. JOANA D"ARC DA COSTA MIRANDA, OAB/PA nº 19816,
para acompanhar e/ou defender o referido autor do fato nesta audiência. Como tal atribuição de defesa
e/ou acompanhamento deveria ser realizada a custas do Estado e que não se pode exigir que advogados
atuem gratuitamente a seu serviço, mas que também não se pode onerar demais tais atribuições que
deveriam ser realizadas por Defensor Público, até porque não se trata de audiência de grande
complexidade, mas apenas de audiência preliminar, ARBITRO honorários em favor da advogada ad hoc
no valor equivalente a 1/5 do salário mínimo vigente a época do efetivo pagamento pelo Estado, através
dos meios administrativos/judiciais devidos, em conformidade com o Oficio Circular nº 179/2017-GP-
TJE/PA e Resolução 2014/00305-CJF de 07/10/2014. Em seguida, foram efetuados os esclarecimentos do
autor do fato acerca do procedimento da Lei nº 9.099/95, especialmente acerca da possibilidade de
aceitação de proposta(s) de composição de dano(s) ambiental(is) e transação penal (aplicação imediata
de pena/medida não privativa de liberdade), nos termos dos arts. 6, 72, 74 e 76 da mencionada Lei c/ art.
27 da Lei 9.605/981, por preencher os requisitos legais. O(A)(s) autor(a)(es) do fato de forma livre,
consciente e sem manifestar dúvida, aceitou/aceitaram as propostas de composição de dano(s)
ambientais e de transação penal, formalizadas pelo Ministério Público às fls. 20/22 dos autos,
comprometendo-se, neste ato, a efetuar as seguintes condutas: 1) COMPOSIÇÃO DE DANOS
AMBIENTAIS: PRAZO DE CUMPRIMENTO: 3 (TRÊS) MESES. a) Efetuar a recomposição dos danos
ambientais, mediante o compromisso de não mais reincidir na prática delituosa; b) Apresentar no prazo de
3 (três) meses estudo acadêmico sobre "Direito e responsabilidade do cidadão para com meio ambiente
(Cidadão Ecológico)". 2) TRANSAÇÃO PENAL: PRAZO DE CUMPRIMENTO: 3 (TRÊS) MESES, contados
da data de notificação pela VEPMA, com cláusula resolutiva para o caso de não cumprimento no referido
prazo. Cumprir, no prazo máximo acima especificado, a transação penal de prestação de serviços à
comunidade pelo prazo de 30 (trinta) horas, com cláusula resolutiva para o caso de não cumprimento no
prazo estabelecido. A referida prestação de serviços deverá ser cumprida através da Vara de Execução de
Penas e Medidas Alternativas da Comarca da Capital (VEPMA), competente em face da Lei Estadual nº
6.840/2002 e no Provimento nº 03/2007 da CJRMB) e Enunciado 87 do FONAJE, preferencialmente em
entidade ambiental cadastrada na referida Vara. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: A MMª Juíza deliberou
o seguinte: SENTENÇA - Dispensado o relatório, nos termos do art. 81, § 3º da Lei nº 9.099/95. PASSO A
DECIDIR: Estando presentes os requisitos legais, HOMOLOGO por sentença a COMPOSIÇÃO DE
DANOS AMBIENTAIS e a TRANSAÇÃO PENAL, formalizadas pelo Ministério Público e aceitas de forma
livre e consciente pelo(a)(s) autor(a)(es) do fato, nos termos dos arts. 74 e 76, parágrafo 4º, da Lei nº
9.099/95 c/c art. 27 da Lei 9.605/1998, para que produzam seus jurídicos e legais efeitos, todavia, com
cláusula resolutiva expressa quanto à referida transação (prevista no Enunciado 79 do XXVIII FONAJE2)
de que o descumprimento da obrigação transacional importará no prosseguimento do feito, conforme,
inclusive, orientação do STF, 2ª Turma, no HC 79.572 de Goiás, j. 29.02.2000, rel. Min. Marco Aurélio, que
considerou a possibilidade de desconstituição do acordo penal no caso de descumprimento do mesmo,
que, no entender desta magistrada, constitui a melhor posição a fim de garantir a prestação jurisdicional
eficaz. Por outro lado, o cumprimento da transação em questão ensejará o efeito de extinguir de imediato
a punibilidade do(a) autor(a) do fato. Em consequência, aplico ao(a)(s) autor(a)(es) do fato a pena
restritiva de direitos, na modalidade de prestação de serviço a comunidade, conforme especificado na
proposta. O(A)(s) autor(a)(es) do fato fica(m) ciente(s) de que de que a aplicação da referida pena não
importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir que possa(m) novamente gozar do
benefício no prazo de cinco (05) anos. Fica(m), ainda, o(a)(s) autor(a)(es) do fato intimado(a)(s) que
deverá/deverão comparecer neste Juizado Especial Criminal, no próximo dia útil subsequente, trazendo
consigo RG, CPF e duas cópias do comprovante de residência, para que seja preenchida a respectiva
guia, conforme Provimento nº 001/2011-CJRMB. Expeça-se guia para o cumprimento da transação em
questão à Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas da Região Metropolitana de Belém
(VEPMA), competente em face da Lei Estadual nº 6.840/2002 e no Provimento nº 03/2007 da CJRMB),
bem como do Enunciado 87 do FONAJE3 (que substituiu o Enunciado 15), preferencialmente com
destinação da prestação de serviço à entidade ambiental cadastrada na referida Vara. O(A)(s) autor(a)(es)
do fato fica(m) intimado(a)(s) neste ato que deverá/deverão apresentar na Secretaria deste Juizado no
prazo acima especificado os comprovantes de cumprimento da composição de dano(s) e da transação em
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questão, sob pena de, no primeiro caso (composição), serem efetuadas as providências devidas para o
cumprimento no Juízo cível competente por se tratar de título executivo, nos termos do art. 74 da Lei
9.099/954, e, no segundo caso (transação), sob pena de prosseguimento deste procedimento criminal5.
Ratifico a decisão proferida neste ato quanto a designação de advogada ad hoc em face dos fundamentos
acima já especificados. Cabe destacar, novamente, que, como tal atribuição de defesa e/ou
acompanhamento deveria ser realizada a custas do Estado e que não se pode exigir que advogados
atuem gratuitamente a seu serviço, mas que também não se pode onerar demais tais atribuições que
deveriam ser realizadas por Defensor Público, até porque não se trata de audiência de grande
complexidade, mas apenas de audiência preliminar, CONDENO o Estado ao pagamento dos honorários
em favor da advogada ad hoc no valor acima arbitrado - equivalente a 1/5 do salário mínimo vigente a
época do efetivo pagamento, através dos meios administrativos/judiciais devidos, em conformidade com o
Oficio Circular nº 179/2017-GP-TJE/PA e Resolução 2014/00305-CJF de 07/10/2014. Proceda a Senhora
Diretora de Secretaria as providências devidas. Após o trânsito em julgado e feitas as necessárias
anotações e comunicações, arquivem-se, conforme orientação expressa no Provimento nº 03/2007-
CJRMP. Sem custas. No caso de ser constatado pela Sra. Diretora de Secretaria desta Vara o não
cumprimento das referidas obrigações, deverá efetuar as providências devidas para o desarquivamento
destes autos e posterior encaminhamento ao Ministério Público para a(s) finalidade(s) acima
especificada(s), devendo, ainda, ser observado o disposto no Enunciado 44 do XXVIII Fórum Nacional de
Juizados Especiais. Sentença publicada em audiência e intimados os presentes neste ato. Nada mais
havendo foi encerrado o presente termo. Eu, Fabio Ferreira Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei e
subscrevi ______________________________. JUÍZA: PROMOTORA DE JUSTIÇA: CONCILIADORA:
AUTOR DO FATO: ADVOGADA: 1 Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta
de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei 9.099/95, de 27 de
setembro de 1995, somente poderá ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano
ambiental, que trata o art. 74 da mesma Lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade. 2 Enunciado
nº 79 do FONAJE: É incabível o oferecimento de denúncia após sentença homologatória de transação
penal em que não haja cláusula resolutiva expressa, podendo constar da proposta que a sua homologação
fica condicionada ao prévio cumprimento do avençado. O descumprimento, no caso de não homologação,
poderá ensejar o prosseguimento do feito (Aprovado no XIX Encontro - Aracaju/SE). 3 Enunciado 87
(Substitui o Enunciado 15) - O Juizado Especial Criminal é competente para a execução das penas ou
medidas aplicadas em transação penal, salvo quando houver central ou vara de penas e medidas
alternativas com competência específica (Aprovado - no XXI Encontro - Vitória/ES). 4 Art. 74. A
composição dos danos civis será reduzida a escrito e homologada pelo Juiz mediante sentença
irrecorrível, terá eficácia de título a ser executada no juízo cível competente. 5 Descumprida a transação
penal, há de se retornar ao status quo ante a fim de possibilitar ao Ministério Público a persecução penal
(precedentes. (STF - HC 88785-SP, DJ 04.08.2006, p. 78, Rel. Min. Eros Grau) PROCESSO:
00015012920188140701 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação: Termo Circunstanciado em: 21/02/2019 AUTOR DO
FATO:VALDECY DE LIMA MIRANDA VITIMA:A. C. . Autos nº 0001501-29.2018.8.14.0701 Autor do fato:
VALDECY DE LIMA MIRANDA (RG nº 2192709 SSP/PA) Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal:
art. 29, § 1º, inciso III da Lei nº 9.605/98. TERMO DE AUDIÊNCIA PRELIMINAR Aos 21 dias do mês de
fevereiro do ano de dois mil e dezenove, às 10:00 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências do
JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DO MEIO AMBIENTE DA CAPITAL, onde presente se achava a Dra.
ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO, Magistrada titular da referida Vara, presente a Dra.
JACIREMA FERREIRA DA SILVA E CUNHA, Representante do Ministério Público, presente a conciliadora
SEBASTIANA FARIAS PENA (Portaria n° 4752/2015-GP de 09/11/2015). No horário designado para
audiência, foi feito o pregão de praxe e constatou-se o seguinte: Presente o autor do fato,
desacompanhado de advogado. OCORRÊNCIAS: Nesta ocasião o autor do fato informou que não possui
condições de arcar com as custas de um advogado particular, requerendo, assim, a assistência da
Defensoria Pública. Em seguida a MMa. Juíza proferiu a seguinte decisão: DECISÃO: Considerando que o
autor do fato não possui advogado e também não possui condições financeiras para custear as despesas
dos serviços desse profissional, e que em tal situação era dever do Estado fornecer Defensor Público, nos
termos do art. 134 e 5º, inciso LXXIV da CF, e diante do teor do art. 68 da Lei 9.099/95, todavia, tendo em
vista o teor dos Ofícios nº 427/2016-GAB-DPG de 05/09/2016, recebido neste Juizado em 09/09/2016,
Ofício nº 1053/2017-GAB-DPG de 22/11/2017, recebido em 29/11/2017, ambos da lavra da Dra.
JENIFFER DE BARROS RODRIGUES ARAÚJO, Defensora Pública Geral do Estado do Pará, e, ainda,
Ofício nº 91/2018-DM/DP de 20/12/2018, da lavra da Dra. CÉLIA SYMONNE FILOGREÃO GONÇALVES,
Defensoria Pública Diretora Metropolitana, informando acerca da impossibilidade de atuação de Defensor
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Público neste Juizado Ambiental, bem como em atenção ao Memorando nº 361/2016 de 23/11/2016 da
Coordenadoria dos Juizados Especiais do TJE/PA, recomendando a designação de advogado Ad Hoc em
face do mencionado ofício, considerando, finalmente, a necessidade de evitar a remarcação de audiências
desta Vara e o congestionamento de pauta, NOMEIO ADVOGADA AD HOC a Dra. JOANA D"ARC DA
COSTA MIRANDA, OAB/PA nº 19816, para acompanhar e/ou defender o referido autor do fato nesta
audiência. Como tal atribuição de defesa e/ou acompanhamento deveria ser realizada a custas do Estado
e que não se pode exigir que advogados atuem gratuitamente a seu serviço, mas que também não se
pode onerar demais tais atribuições que deveriam ser realizadas por Defensor Público, até porque não se
trata de audiência de grande complexidade, mas apenas de audiência preliminar, ARBITRO honorários em
favor da advogada ad hoc no valor equivalente a 1/5 do salário mínimo vigente a época do efetivo
pagamento pelo Estado, através dos meios administrativos/judiciais devidos, em conformidade com o
Oficio Circular nº 179/2017-GP-TJE/PA e Resolução 2014/00305-CJF de 07/10/2014. Em seguida, foram
efetuados os esclarecimentos do autor do fato acerca do procedimento da Lei nº 9.099/95, especialmente
acerca da possibilidade de aceitação de proposta(s) de composição de dano(s) ambiental(is) e transação
penal (aplicação imediata de pena/medida não privativa de liberdade), nos termos dos arts. 6, 72, 74 e 76
da mencionada Lei c/ art. 27 da Lei 9.605/981, por preencher os requisitos legais. O(A)(s) autor(a)(es) do
fato de forma livre, consciente e sem manifestar dúvida, aceitou/aceitaram as propostas de composição de
dano(s) ambientais e de transação penal, formalizadas pelo Ministério Público às fls. 22/24 dos autos,
comprometendo-se, neste ato, a efetuar as seguintes condutas: 1) COMPOSIÇÃO DE DANOS
AMBIENTAIS: PRAZO DE CUMPRIMENTO: 3 (TRÊS) MESES. a) Efetuar a recomposição dos danos
ambientais, mediante o compromisso de não mais reincidir na prática delituosa; b) Participar de programa
de educação ambiental (art. 27 da Lei 9.605/98 c/c art. 74 da Lei 9.099/95) a ser realizado junto a
DIVISÃO ESPECIALIZADA EM MEIO AMBIENTE - DEMA, cuja conclusão deverá ser comprovada a este
Juizado no prazo de 3 (três) meses. 2) TRANSAÇÃO PENAL: PRAZO DE CUMPRIMENTO: 3 (TRÊS)
MESES, contados da data de notificação pela VEPMA, com cláusula resolutiva para o caso de não
cumprimento no referido prazo. Cumprir, no prazo máximo acima especificado, a transação penal de
prestação de serviços à comunidade pelo prazo de 30 (trinta) horas, com cláusula resolutiva para o caso
de não cumprimento no prazo estabelecido. A referida prestação de serviços deverá ser cumprida através
da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas da Comarca da Capital (VEPMA), competente em
face da Lei Estadual nº 6.840/2002 e no Provimento nº 03/2007 da CJRMB) e Enunciado 87 do FONAJE,
preferencialmente em entidade ambiental cadastrada na referida Vara. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: A
MMª Juíza deliberou o seguinte: SENTENÇA - Dispensado o relatório, nos termos do art. 81, § 3º da Lei nº
9.099/95. PASSO A DECIDIR: Estando presentes os requisitos legais, HOMOLOGO por sentença a
COMPOSIÇÃO DE DANOS AMBIENTAIS e a TRANSAÇÃO PENAL, formalizadas pelo Ministério Público
e aceitas de forma livre e consciente pelo(a)(s) autor(a)(es) do fato, nos termos dos arts. 74 e 76,
parágrafo 4º, da Lei nº 9.099/95 c/c art. 27 da Lei 9.605/1998, para que produzam seus jurídicos e legais
efeitos, todavia, com cláusula resolutiva expressa quanto à referida transação (prevista no Enunciado 79
do XXVIII FONAJE2) de que o descumprimento da obrigação transacional importará no prosseguimento
do feito, conforme, inclusive, orientação do STF, 2ª Turma, no HC 79.572 de Goiás, j. 29.02.2000, rel. Min.
Marco Aurélio, que considerou a possibilidade de desconstituição do acordo penal no caso de
descumprimento do mesmo, que, no entender desta magistrada, constitui a melhor posição a fim de
garantir a prestação jurisdicional eficaz. Por outro lado, o cumprimento da transação em questão ensejará
o efeito de extinguir de imediato a punibilidade do(a) autor(a) do fato. Em consequência, aplico ao(a)(s)
autor(a)(es) do fato a pena restritiva de direitos, na modalidade de prestação de serviço a comunidade,
conforme especificado na proposta. O(A)(s) autor(a)(es) do fato fica(m) ciente(s) de que de que a
aplicação da referida pena não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir que
possa(m) novamente gozar do benefício no prazo de cinco (05) anos. Fica(m), ainda, o(a)(s) autor(a)(es)
do fato intimado(a)(s) que deverá/deverão comparecer neste Juizado Especial Criminal, no próximo dia útil
subsequente, trazendo consigo RG, CPF e duas cópias do comprovante de residência, para que seja
preenchida a respectiva guia, conforme Provimento nº 001/2011-CJRMB. Expeça-se guia para o
cumprimento da transação em questão à Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas da Região
Metropolitana de Belém (VEPMA), competente em face da Lei Estadual nº 6.840/2002 e no Provimento nº
03/2007 da CJRMB), bem como do Enunciado 87 do FONAJE3 (que substituiu o Enunciado 15),
preferencialmente com destinação da prestação de serviço à entidade ambiental cadastrada na referida
Vara. Expeça-se, ainda, ofício para cumprimento da composição civil. O(A)(s) autor(a)(es) do fato fica(m)
intimado(a)(s) neste ato que deverá/deverão apresentar na Secretaria deste Juizado no prazo acima
especificado os comprovantes de cumprimento da composição de dano(s) e da transação em questão, sob
pena de, no primeiro caso (composição), serem efetuadas as providências devidas para o cumprimento no
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Juízo cível competente por se tratar de título executivo, nos termos do art. 74 da Lei 9.099/954, e, no
segundo caso (transação), sob pena de prosseguimento deste procedimento criminal5. Ratifico a decisão
proferida neste ato quanto a designação de advogada ad hoc em face dos fundamentos acima já
especificados. Cabe destacar, novamente, que, como tal atribuição de defesa e/ou acompanhamento
deveria ser realizada a custas do Estado e que não se pode exigir que advogados atuem gratuitamente a
seu serviço, mas que também não se pode onerar demais tais atribuições que deveriam ser realizadas por
Defensor Público, até porque não se trata de audiência de grande complexidade, mas apenas de
audiência preliminar, CONDENO o Estado ao pagamento dos honorários em favor da advogada ad hoc no
valor acima arbitrado - equivalente a 1/5 do salário mínimo vigente a época do efetivo pagamento, através
dos meios administrativos/judiciais devidos, em conformidade com o Oficio Circular nº 179/2017-GP-
TJE/PA e Resolução 2014/00305-CJF de 07/10/2014. Proceda a Senhora Diretora de Secretaria as
providências devidas. Após o trânsito em julgado e feitas as necessárias anotações e comunicações,
arquivem-se, conforme orientação expressa no Provimento nº 03/2007-CJRMP. Sem custas. No caso de
ser constatado pela Sra. Diretora de Secretaria desta Vara o não cumprimento das referidas obrigações,
deverá efetuar as providências devidas para o desarquivamento destes autos e posterior encaminhamento
ao Ministério Público para a(s) finalidade(s) acima especificada(s), devendo, ainda, ser observado o
disposto no Enunciado 44 do XXVIII Fórum Nacional de Juizados Especiais. Sentença publicada em
audiência e intimados os presentes neste ato. Nada mais havendo foi encerrado o presente termo. Eu,
Fabio Ferreira Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei e subscrevi ______________________________.
JUÍZA: PROMOTORA DE JUSTIÇA: CONCILIADORA: AUTOR DO FATO: ADVOGADA: 1 Art. 27. Nos
crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de
direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei 9.099/95, de 27 de setembro de 1995, somente poderá ser
formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, que trata o art. 74 da mesma
Lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade. 2 Enunciado nº 79 do FONAJE: É incabível o
oferecimento de denúncia após sentença homologatória de transação penal em que não haja cláusula
resolutiva expressa, podendo constar da proposta que a sua homologação fica condicionada ao prévio
cumprimento do avençado. O descumprimento, no caso de não homologação, poderá ensejar o
prosseguimento do feito (Aprovado no XIX Encontro - Aracaju/SE). 3 Enunciado 87 (Substitui o Enunciado
15) - O Juizado Especial Criminal é competente para a execução das penas ou medidas aplicadas em
transação penal, salvo quando houver central ou vara de penas e medidas alternativas com competência
específica (Aprovado - no XXI Encontro - Vitória/ES). 4 Art. 74. A composição dos danos civis será
reduzida a escrito e homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser
executada no juízo cível competente. 5 Descumprida a transação penal, há de se retornar ao status quo
ante a fim de possibilitar ao Ministério Público a persecução penal (precedentes. (STF - HC 88785-SP, DJ
04.08.2006, p. 78, Rel. Min. Eros Grau) PROCESSO: 00015429320188140701 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação:
Termo Circunstanciado em: 21/02/2019 AUTOR DO FATO:REGINALDO VIEIRA MOTA VITIMA:A. C. .
Autos nº 0001542-93.2018.8.14.0701 Autor do fato: REGINALDO VIEIRA MOTA Vítima: A
COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98. TERMO DE AUDIÊNCIA
PRELIMINAR Aos 21 dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e dezenove, às 10:15 horas, nesta
cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DO MEIO AMBIENTE DA
CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO, Magistrada
titular da referida Vara, presente a Dra. JACIREMA FERREIRA DA SILVA E CUNHA, Representante do
Ministério Público, presente a conciliadora SEBASTIANA FARIAS PENA (Portaria n° 4752/2015-GP de
09/11/2015). No horário designado para audiência, foi feito o pregão de praxe e constatou-se o seguinte:
Ausente o autor do fato, não tendo sido intimado pessoalmente, conforme AR de fl. 28. DELIBERAÇÃO
EM AUDIÊNCIA: A MMª Juíza deliberou o seguinte: Considerando que o autor do fato não foi intimado
pessoalmente, conforme AR de fl. 28, proceda a Secretaria a designação de audiência preliminar, visando
eventual recomposição do dano e transação penal. Intime-se o autor do fato, através de Oficial de Justiça,
com as advertências do art. 68 da Lei nº 9.099/95, a comparecer munido dos documentos necessários à
referida transação. Intimados os presentes neste ato. Nada mais havendo foi encerrado o presente termo.
Eu, Fabio Ferreira Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei e subscrevi
______________________________. JUÍZA: PROMOTORA DE JUSTIÇA: CONCILIADORA:
PROCESSO: 00015827520188140701 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação:
Termo Circunstanciado em: 21/02/2019 AUTOR DO FATO:ROMULO ALBERTO XAVIER VIANA
Representante(s): OAB 24861 - THAYANA SILVA DE CASTRO (ADVOGADO) VITIMA:A. C. . Autos nº
0001582-75.2018.8.14.0701 Autor do fato: ROMULO ALBERTO XAVIER VIANA (RG nº 5588872 2ª Via
339
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
PC/PA) Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98. TERMO DE
AUDIÊNCIA PRELIMINAR Aos 21 dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e dezenove, às 10:45
horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DO MEIO
AMBIENTE DA CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO,
Magistrada titular da referida Vara, presente a Dra. JACIREMA FERREIRA DA SILVA E CUNHA,
Representante do Ministério Público, presente a conciliadora SEBASTIANA FARIAS PENA (Portaria n°
4752/2015-GP de 09/11/2015). No horário designado para audiência, foi feito o pregão de praxe e
constatou-se o seguinte: Presente o autor do fato, acompanhado de advogado Dra. THAYANA SILVA DE
CASTRO (OAB/PA nº 24861). OCORRÊNCIAS: Neste ato a advogada do autor do fato requereu a juntada
de procuração e substabelecimento, sendo a mesma deferida. Em seguida, o autor do fato ROMULO
ALBERTO XAVIER VIANA, outorgou poderes para a advogada Dra. THAYANA SILVA DE CASTRO
(OAB/PA nº 24861), a fim de lhe acompanhar nesta audiência, prestando-lhe a necessária assistência
jurídica para os fins de audiência preliminar A advogado do autor do fato requereu a análise da
modificação do polo passivo da ação para que conste apenas a pessoa jurídica LOJAS AMERICANAS,
considerando que seu cliente estava apenas em sua atividade laboral como gerente da mencionada
pessoa jurídica. A Representante do Ministério Público requereu vista dos autos, bem como requer vista
dos autos do processo nº 0002881-87.2018.8.14.0701 em que figura como autor do fato a pessoa jurídica
LOJAS AMERICANAS. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: A MMª Juíza deliberou o seguinte: Diante das
ocorrências acima consignadas, encaminhem-se os presentes autos à manifestação do Ministério Público,
bem como encaminhem-se os autos do processo número 0002881-87.2018.8.14.0701, conforme
requerido. Após, retornem-se ambos os autos conclusos. Intimados os presentes neste ato. Nada mais
havendo foi encerrado o presente termo. Eu, Fabio Ferreira Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei e
subscrevi ______________________________. JUÍZA: PROMOTORA DE JUSTIÇA: CONCILIADORA:
AUTOR DO FATO: ADVOGADA: PROCESSO: 00016018120188140701 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação:
Termo Circunstanciado em: 21/02/2019 AUTOR DO FATO:ALESSANDRO DE JESUS MARQUES
TAVARES Representante(s): OAB 12019 - WILSON ALCANTARA DE OLIVEIRA NETO (ADVOGADO)
VITIMA:A. C. . Autos nº 0001601-81.2018.8.14.0701 Autor do fato: ALESSANDRO DE JESUS MARQUES
TAVARES (RG nº 5072015 3ª Via PC/PA) Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da
Lei nº 9.605/98. TERMO DE AUDIÊNCIA PRELIMINAR Aos 21 dias do mês de fevereiro do ano de dois
mil e dezenove, às 10:30 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO ESPECIAL
CRIMINAL DO MEIO AMBIENTE DA CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN CHRISTIANE
BEMERGUY PEIXOTO, Magistrada titular da referida Vara, presente a Dra. JACIREMA FERREIRA DA
SILVA E CUNHA, Representante do Ministério Público, presente a conciliadora SEBASTIANA FARIAS
PENA (Portaria n° 4752/2015-GP de 09/11/2015). No horário designado para audiência, foi feito o pregão
de praxe e constatou-se o seguinte: Presente o autor do fato, acompanhado de advogado Dr. WILSON
ALCANTARA DE OLIVEIRA NETO (OAB/PA nº 12019). OCORRÊNCIAS: Neste ato o autor do fato
ALESSANDRO DE JESUS MARQUES TAVARES, outorgou poderes para o advogado Dr. WILSON
ALCANTARA DE OLIVEIRA NETO (OAB/PA nº 12019), a fim de lhe acompanhar nesta audiência,
prestando-lhe a necessária assistência jurídica para os fins de audiência preliminar Aberta a audiência,
foram efetuados os esclarecimentos do(a)(s) autor(a)(es) do fato acerca do procedimento da Lei nº
9.099/95, especialmente acerca da possibilidade de aceitação de proposta(s) de composição de dano(s)
ambiental(is) e transação penal (aplicação imediata de pena/medida não privativa de liberdade), nos
termos dos arts. 72, 74 e 76 da mencionada Lei c/ art. 27 da Lei 9.605/981, por preencher os requisitos
legais. O(A)(s) autor(a)(es) do fato de forma livre, consciente e sem manifestar dúvida, aceitou/aceitaram
as propostas de composição de dano(s) ambientais e de transação penal, formalizadas pelo Ministério
Público às fls. 22/24 dos autos, comprometendo-se, neste ato, a efetuar as seguintes condutas: 1)
COMPOSIÇÃO DE DANOS AMBIENTAIS: PRAZO DE CUMPRIMENTO: 3 (TRÊS) MESES. a) Efetuar a
recomposição dos danos ambientais, mediante o compromisso de não mais reincidir na prática delituosa;
b) Participar de programa de educação ambiental (art. 27 da Lei 9.605/98 c/c art. 74 da Lei 9.099/95) a ser
realizado junto a DIVISÃO ESPECIALIZADA EM MEIO AMBIENTE - DEMA, cuja conclusão deverá ser
comprovada a este Juizado no prazo de 3 (três) meses. 2) TRANSAÇÃO PENAL: PRAZO DE
CUMPRIMENTO: 3 (TRÊS) MESES, contados da data de notificação pela VEPMA, com cláusula
resolutiva para o caso de não cumprimento no referido prazo. Cumprir, no prazo máximo acima
especificado, a transação penal de prestação de serviços à comunidade pelo prazo de 30 (trinta) horas,
com cláusula resolutiva para o caso de não cumprimento no prazo estabelecido. A referida prestação de
serviços deverá ser cumprida através da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas da Comarca
da Capital (VEPMA), competente em face da Lei Estadual nº 6.840/2002 e no Provimento nº 03/2007 da
340
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
9.605/98. TERMO DE AUDIÊNCIA PRELIMINAR Aos 21 dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e
dezenove, às 11:00 horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO ESPECIAL
CRIMINAL DO MEIO AMBIENTE DA CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN CHRISTIANE
BEMERGUY PEIXOTO, Magistrada titular da referida Vara, presente a Dra. JACIREMA FERREIRA DA
SILVA E CUNHA, Representante do Ministério Público, presente a conciliadora SEBASTIANA FARIAS
PENA (Portaria n° 4752/2015-GP de 09/11/2015). No horário designado para audiência, foi feito o pregão
de praxe e constatou-se o seguinte: Ausente o autor do fato, injustificadamente, apesar de intimado
pessoalmente, conforme AR de fl. 27. OCORRÊNCIAS: A Representante do Ministério Público requereu
vista dos autos. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: A MMª Juíza deliberou o seguinte: Diante da ausência
injustificada do autor do fato, apesar de intimado pessoalmente, conforme AR de fl. 27, encaminhem-se os
autos à manifestação do Ministério Público, conforme requerido. Intimados os presentes neste ato. Nada
mais havendo foi encerrado o presente termo. Eu, Fabio Ferreira Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei
e subscrevi ______________________________. JUÍZA: PROMOTORA DE JUSTIÇA: CONCILIADORA:
PROCESSO: 00017065820188140701 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação:
Termo Circunstanciado em: 21/02/2019 AUTOR DO FATO:ANDERSON SANTOS MOURA VITIMA:A. C. .
Autos nº 0001706-58.2018.8.14.0701 Autor do fato: ANDERSON SANTOS MOURA (RG nº 3591527
PC/PA) Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98. TERMO DE
AUDIÊNCIA PRELIMINAR Aos 21 dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e dezenove, às 11:30
horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DO MEIO
AMBIENTE DA CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO,
Magistrada titular da referida Vara, presente a Dra. JACIREMA FERREIRA DA SILVA E CUNHA,
Representante do Ministério Público, presente a conciliadora SEBASTIANA FARIAS PENA (Portaria n°
4752/2015-GP de 09/11/2015). No horário designado para audiência, foi feito o pregão de praxe e
constatou-se o seguinte: Presente o autor do fato, desacompanhado de advogado. OCORRÊNCIAS:
Nesta ocasião o autor do fato informou que não possui condições de arcar com as custas de um advogado
particular, requerendo, assim, a assistência da Defensoria Pública. Em seguida a MMa. Juíza proferiu a
seguinte decisão: DECISÃO: Considerando que o autor do fato não possui advogado e também não
possui condições financeiras para custear as despesas dos serviços desse profissional, e que em tal
situação era dever do Estado fornecer Defensor Público, nos termos do art. 134 e 5º, inciso LXXIV da CF,
e diante do teor do art. 68 da Lei 9.099/95, todavia, tendo em vista o teor dos Ofícios nº 427/2016-GAB-
DPG de 05/09/2016, recebido neste Juizado em 09/09/2016, Ofício nº 1053/2017-GAB-DPG de
22/11/2017, recebido em 29/11/2017, ambos da lavra da Dra. JENIFFER DE BARROS RODRIGUES
ARAÚJO, Defensora Pública Geral do Estado do Pará, e, ainda, Ofício nº 91/2018-DM/DP de 20/12/2018,
da lavra da Dra. CÉLIA SYMONNE FILOGREÃO GONÇALVES, Defensoria Pública Diretora
Metropolitana, informando acerca da impossibilidade de atuação de Defensor Público neste Juizado
Ambiental, bem como em atenção ao Memorando nº 361/2016 de 23/11/2016 da Coordenadoria dos
Juizados Especiais do TJE/PA, recomendando a designação de advogado Ad Hoc em face do
mencionado ofício, considerando, finalmente, a necessidade de evitar a remarcação de audiências desta
Vara e o congestionamento de pauta, NOMEIO ADVOGADA AD HOC a Dra. JOANA D"ARC DA COSTA
MIRANDA, OAB/PA nº 19816, para acompanhar e/ou defender o referido autor do fato nesta audiência.
Como tal atribuição de defesa e/ou acompanhamento deveria ser realizada a custas do Estado e que não
se pode exigir que advogados atuem gratuitamente a seu serviço, mas que também não se pode onerar
demais tais atribuições que deveriam ser realizadas por Defensor Público, até porque não se trata de
audiência de grande complexidade, mas apenas de audiência preliminar, ARBITRO honorários em favor
da advogada ad hoc no valor equivalente a 1/5 do salário mínimo vigente a época do efetivo pagamento
pelo Estado, através dos meios administrativos/judiciais devidos, em conformidade com o Oficio Circular nº
179/2017-GP-TJE/PA e Resolução 2014/00305-CJF de 07/10/2014. Em seguida, foram efetuados os
esclarecimentos do autor do fato acerca do procedimento da Lei nº 9.099/95, especialmente acerca da
possibilidade de aceitação de proposta(s) de composição de dano(s) ambiental(is) e transação penal
(aplicação imediata de pena/medida não privativa de liberdade), nos termos dos arts. 6, 72, 74 e 76 da
mencionada Lei c/ art. 27 da Lei 9.605/981, por preencher os requisitos legais. O(A)(s) autor(a)(es) do fato
de forma livre, consciente e sem manifestar dúvida, aceitou/aceitaram as propostas de composição de
dano(s) ambientais e de transação penal, formalizadas pelo Ministério Público às fls. 19/21 dos autos,
comprometendo-se, neste ato, a efetuar as seguintes condutas: 1) COMPOSIÇÃO DE DANOS
AMBIENTAIS: PRAZO DE CUMPRIMENTO: 3 (TRÊS) MESES. a) Efetuar a recomposição dos danos
ambientais, mediante o compromisso de não mais reincidir na prática delituosa; b) Participar de programa
de educação ambiental (art. 27 da Lei 9.605/98 c/c art. 74 da Lei 9.099/95) a ser realizado junto a
342
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
DIVISÃO ESPECIALIZADA EM MEIO AMBIENTE - DEMA, cuja conclusão deverá ser comprovada a este
Juizado no prazo de 3 (três) meses. 2) TRANSAÇÃO PENAL: PRAZO DE CUMPRIMENTO: 3 (TRÊS)
MESES, contados da data de notificação pela VEPMA, com cláusula resolutiva para o caso de não
cumprimento no referido prazo. Cumprir, no prazo máximo acima especificado, a transação penal de
prestação de serviços à comunidade pelo prazo de 30 (trinta) horas, com cláusula resolutiva para o caso
de não cumprimento no prazo estabelecido. A referida prestação de serviços deverá ser cumprida através
da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas da Comarca da Capital (VEPMA), competente em
face da Lei Estadual nº 6.840/2002 e no Provimento nº 03/2007 da CJRMB) e Enunciado 87 do FONAJE,
preferencialmente em entidade ambiental cadastrada na referida Vara. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: A
MMª Juíza deliberou o seguinte: SENTENÇA - Dispensado o relatório, nos termos do art. 81, § 3º da Lei nº
9.099/95. PASSO A DECIDIR: Estando presentes os requisitos legais, HOMOLOGO por sentença a
COMPOSIÇÃO DE DANOS AMBIENTAIS e a TRANSAÇÃO PENAL, formalizadas pelo Ministério Público
e aceitas de forma livre e consciente pelo(a)(s) autor(a)(es) do fato, nos termos dos arts. 74 e 76,
parágrafo 4º, da Lei nº 9.099/95 c/c art. 27 da Lei 9.605/1998, para que produzam seus jurídicos e legais
efeitos, todavia, com cláusula resolutiva expressa quanto à referida transação (prevista no Enunciado 79
do XXVIII FONAJE2) de que o descumprimento da obrigação transacional importará no prosseguimento
do feito, conforme, inclusive, orientação do STF, 2ª Turma, no HC 79.572 de Goiás, j. 29.02.2000, rel. Min.
Marco Aurélio, que considerou a possibilidade de desconstituição do acordo penal no caso de
descumprimento do mesmo, que, no entender desta magistrada, constitui a melhor posição a fim de
garantir a prestação jurisdicional eficaz. Por outro lado, o cumprimento da transação em questão ensejará
o efeito de extinguir de imediato a punibilidade do(a) autor(a) do fato. Em consequência, aplico ao(a)(s)
autor(a)(es) do fato a pena restritiva de direitos, na modalidade de prestação de serviço a comunidade,
conforme especificado na proposta. O(A)(s) autor(a)(es) do fato fica(m) ciente(s) de que de que a
aplicação da referida pena não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir que
possa(m) novamente gozar do benefício no prazo de cinco (05) anos. Fica(m), ainda, o(a)(s) autor(a)(es)
do fato intimado(a)(s) que deverá/deverão comparecer neste Juizado Especial Criminal, no próximo dia útil
subsequente, trazendo consigo RG, CPF e duas cópias do comprovante de residência, para que seja
preenchida a respectiva guia, conforme Provimento nº 001/2011-CJRMB. Expeça-se guia para o
cumprimento da transação em questão à Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas da Região
Metropolitana de Belém (VEPMA), competente em face da Lei Estadual nº 6.840/2002 e no Provimento nº
03/2007 da CJRMB), bem como do Enunciado 87 do FONAJE3 (que substituiu o Enunciado 15),
preferencialmente com destinação da prestação de serviço à entidade ambiental cadastrada na referida
Vara. Expeça-se, ainda, ofício para cumprimento da composição civil. O(A)(s) autor(a)(es) do fato fica(m)
intimado(a)(s) neste ato que deverá/deverão apresentar na Secretaria deste Juizado no prazo acima
especificado os comprovantes de cumprimento da composição de dano(s) e da transação em questão, sob
pena de, no primeiro caso (composição), serem efetuadas as providências devidas para o cumprimento no
Juízo cível competente por se tratar de título executivo, nos termos do art. 74 da Lei 9.099/954, e, no
segundo caso (transação), sob pena de prosseguimento deste procedimento criminal5. Ratifico a decisão
proferida neste ato quanto a designação de advogada ad hoc em face dos fundamentos acima já
especificados. Cabe destacar, novamente, que, como tal atribuição de defesa e/ou acompanhamento
deveria ser realizada a custas do Estado e que não se pode exigir que advogados atuem gratuitamente a
seu serviço, mas que também não se pode onerar demais tais atribuições que deveriam ser realizadas por
Defensor Público, até porque não se trata de audiência de grande complexidade, mas apenas de
audiência preliminar, CONDENO o Estado ao pagamento dos honorários em favor da advogada ad hoc no
valor acima arbitrado - equivalente a 1/5 do salário mínimo vigente a época do efetivo pagamento, através
dos meios administrativos/judiciais devidos, em conformidade com o Oficio Circular nº 179/2017-GP-
TJE/PA e Resolução 2014/00305-CJF de 07/10/2014. Proceda a Senhora Diretora de Secretaria as
providências devidas. Após o trânsito em julgado e feitas as necessárias anotações e comunicações,
arquivem-se, conforme orientação expressa no Provimento nº 03/2007-CJRMP. Sem custas. No caso de
ser constatado pela Sra. Diretora de Secretaria desta Vara o não cumprimento das referidas obrigações,
deverá efetuar as providências devidas para o desarquivamento destes autos e posterior encaminhamento
ao Ministério Público para a(s) finalidade(s) acima especificada(s), devendo, ainda, ser observado o
disposto no Enunciado 44 do XXVIII Fórum Nacional de Juizados Especiais. Sentença publicada em
audiência e intimados os presentes neste ato. Nada mais havendo foi encerrado o presente termo. Eu,
Fabio Ferreira Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei e subscrevi ______________________________.
JUÍZA: PROMOTORA DE JUSTIÇA: CONCILIADORA: AUTOR DO FATO: ADVOGADA: 1 Art. 27. Nos
crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de
direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei 9.099/95, de 27 de setembro de 1995, somente poderá ser
343
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, que trata o art. 74 da mesma
Lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade. 2 Enunciado nº 79 do FONAJE: É incabível o
oferecimento de denúncia após sentença homologatória de transação penal em que não haja cláusula
resolutiva expressa, podendo constar da proposta que a sua homologação fica condicionada ao prévio
cumprimento do avençado. O descumprimento, no caso de não homologação, poderá ensejar o
prosseguimento do feito (Aprovado no XIX Encontro - Aracaju/SE). 3 Enunciado 87 (Substitui o Enunciado
15) - O Juizado Especial Criminal é competente para a execução das penas ou medidas aplicadas em
transação penal, salvo quando houver central ou vara de penas e medidas alternativas com competência
específica (Aprovado - no XXI Encontro - Vitória/ES). 4 Art. 74. A composição dos danos civis será
reduzida a escrito e homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser
executada no juízo cível competente. 5 Descumprida a transação penal, há de se retornar ao status quo
ante a fim de possibilitar ao Ministério Público a persecução penal (precedentes. (STF - HC 88785-SP, DJ
04.08.2006, p. 78, Rel. Min. Eros Grau) PROCESSO: 00017212720188140701 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação:
Termo Circunstanciado em: 21/02/2019 AUTOR DO FATO:KERVEN HENRIQUE DOS SANTOS
PIMENTEL Representante(s): OAB 18352 - LYGIA AMARAL DE OLIVEIRA (ADVOGADO) VITIMA:A. C. .
Autos nº 0001721-27.2018.8.14.0701 Autor do fato: KERVEN HENRIQUE DOS SANTOS PIMENTEL (RG
nº 6038570 PC/PA) Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98. TERMO
DE AUDIÊNCIA PRELIMINAR Aos 21 dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e dezenove, às 11:15
horas, nesta cidade de Belém, na sala de audiências do JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DO MEIO
AMBIENTE DA CAPITAL, onde presente se achava a Dra. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO,
Magistrada titular da referida Vara, presente a Dra. JACIREMA FERREIRA DA SILVA E CUNHA,
Representante do Ministério Público, presente a conciliadora SEBASTIANA FARIAS PENA (Portaria n°
4752/2015-GP de 09/11/2015). No horário designado para audiência, foi feito o pregão de praxe e
constatou-se o seguinte: Presente o autor do fato, acompanhado de advogado Dr. DIEGO FAGNER DA
COSTA CHAVES (OAB/PA nº 18352). OCORRÊNCIAS: Aberta a audiência, foram efetuados os
esclarecimentos do(a) autor(a) do fato acerca do procedimento da Lei nº 9.099/95, especialmente acerca
da possibilidade de aceitação de proposta(s) de composição de dano(s) ambiental(is) e transação penal
(aplicação imediata de pena/medida não privativa de liberdade), nos termos dos arts. 6, 72, 74 e 76 da
mencionada Lei c/ art. 27 da Lei 9.605/981, por preencher os requisitos legais. O(A)(s) autor(a)(es) do fato
de forma livre, consciente e sem manifestar dúvida, aceitou/aceitaram as propostas de composição de
dano(s) ambientais e de transação penal, formalizadas pelo Ministério Público às fls. 15/17 dos autos,
comprometendo-se, neste ato, a efetuar as seguintes condutas: 1) COMPOSIÇÃO DE DANOS
AMBIENTAIS: PRAZO DE CUMPRIMENTO: 3 (TRÊS) MESES. a) Efetuar a recomposição dos danos
ambientais, mediante o compromisso de não mais reincidir na prática delituosa; b) Apresentar no prazo de
3 (três) meses estudo acadêmico sobre "Direito e responsabilidade do cidadão para com meio ambiente
(Cidadão Ecológico)". 2) TRANSAÇÃO PENAL: PRAZO DE CUMPRIMENTO: 3 (TRÊS) MESES, contados
da data de notificação pela VEPMA, com cláusula resolutiva para o caso de não cumprimento no referido
prazo. Cumprir, no prazo máximo acima especificado, a transação penal de prestação de serviços à
comunidade pelo prazo de 30 (trinta) horas, com cláusula resolutiva para o caso de não cumprimento no
prazo estabelecido. A referida prestação de serviços deverá ser cumprida através da Vara de Execução de
Penas e Medidas Alternativas da Comarca da Capital (VEPMA), competente em face da Lei Estadual nº
6.840/2002 e no Provimento nº 03/2007 da CJRMB) e Enunciado 87 do FONAJE, preferencialmente em
entidade ambiental cadastrada na referida Vara. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: A MMª Juíza deliberou
o seguinte: SENTENÇA - Dispensado o relatório, nos termos do art. 81, § 3º da Lei nº 9.099/95. DECIDO:
Estando presentes os requisitos legais, HOMOLOGO por sentença a COMPOSIÇÃO DE DANOS
AMBIENTAIS e a TRANSAÇÃO PENAL, formalizadas pelo Ministério Público e aceitas de forma livre e
consciente pelo(a)(s) autor(a)(es) do fato, nos termos dos arts. 74 e 76, parágrafo 4º, da Lei nº 9.099/95
c/c art. 27 da Lei 9.605/1998, para que produzam seus jurídicos e legais efeitos, todavia, com cláusula
resolutiva expressa quanto à referida transação (prevista no Enunciado 79 do XXVIII FONAJE2) de que o
descumprimento da obrigação transacional importará no prosseguimento do feito, conforme, inclusive,
orientação do STF, 2ª Turma, no HC 79.572 de Goiás, j. 29.02.2000, rel. Min. Marco Aurélio, que
considerou a possibilidade de desconstituição do acordo penal no caso de descumprimento do mesmo,
que, no entender desta magistrada, constitui a melhor posição a fim de garantir a prestação jurisdicional
eficaz. Por outro lado, o cumprimento da transação em questão ensejará o efeito de extinguir de imediato
a punibilidade do(a) autor(a) do fato. Em consequência, aplico ao(a)(s) autor(a)(es) do fato a pena
restritiva de direitos, na modalidade de prestação de serviço a comunidade, conforme especificado na
proposta. O(A)(s) autor(a)(es) do fato fica(m) ciente(s) de que de que a aplicação da referida pena não
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir que possa(m) novamente gozar do
benefício no prazo de cinco (05) anos. Fica(m), ainda, o(a)(s) autor(a)(es) do fato intimado(a)(s) que
deverá/deverão comparecer neste Juizado Especial Criminal, no próximo dia útil subsequente, trazendo
consigo RG, CPF e duas cópias do comprovante de residência, para que seja preenchida a respectiva
guia, conforme Provimento nº 001/2011-CJRMB. Expeça-se guia para o cumprimento da transação em
questão à Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas da Região Metropolitana de Belém
(VEPMA), competente em face da Lei Estadual nº 6.840/2002 e no Provimento nº 03/2007 da CJRMB),
bem como do Enunciado 87 do FONAJE3 (que substituiu o Enunciado 15), preferencialmente com
destinação da prestação de serviço à entidade ambiental cadastrada na referida Vara. O(A)(s) autor(a)(es)
do fato fica(m) intimado(a)(s) neste ato que deverá/deverão apresentar na Secretaria deste Juizado no
prazo acima especificado os comprovantes de cumprimento da composição de dano(s) e da transação em
questão, sob pena de, no primeiro caso (composição), serem efetuadas as providências devidas para o
cumprimento no Juízo cível competente por se tratar de título executivo, nos termos do art. 74 da Lei
9.099/954, e, no segundo caso (transação), sob pena de prosseguimento deste procedimento criminal5.
Após o trânsito em julgado e feitas as necessárias anotações e comunicações, arquivem-se, conforme
orientação expressa no Provimento nº 03/2007-CJRMP. Sem custas. No caso de ser constatado pela Sra.
Diretora de Secretaria desta Vara o não cumprimento das referidas obrigações, deverá efetuar as
providências devidas para o desarquivamento destes autos e posterior encaminhamento ao Ministério
Público para a(s) finalidade(s) acima especificada(s), devendo, ainda, ser observado o disposto no
Enunciado 44 do XXVIII Fórum Nacional de Juizados Especiais. Sentença publicada em audiência e
intimados os presentes neste ato. Nada mais havendo foi encerrado o presente termo. Eu, Fabio Ferreira
Pacheco Filho (Assessor de Juiz) digitei e subscrevi ______________________________. JUÍZA:
PROMOTORA DE JUSTIÇA: CONCILIADORA: AUTOR DO FATO: ADVOGADO: 1 Art. 27. Nos crimes
ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou
multa, prevista no art. 76 da Lei 9.099/95, de 27 de setembro de 1995, somente poderá ser formulada
desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, que trata o art. 74 da mesma Lei, salvo
em caso de comprovada impossibilidade. 2 Enunciado nº 79 do FONAJE: É incabível o oferecimento de
denúncia após sentença homologatória de transação penal em que não haja cláusula resolutiva expressa,
podendo constar da proposta que a sua homologação fica condicionada ao prévio cumprimento do
avençado. O descumprimento, no caso de não homologação, poderá ensejar o prosseguimento do feito
(Aprovado no XIX Encontro - Aracaju/SE). 3 Enunciado 87 (Substitui o Enunciado 15) - O Juizado Especial
Criminal é competente para a execução das penas ou medidas aplicadas em transação penal, salvo
quando houver central ou vara de penas e medidas alternativas com competência específica (Aprovado -
no XXI Encontro - Vitória/ES). 4 Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e
homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executada no juízo cível
competente. 5 Descumprida a transação penal, há de se retornar ao status quo ante a fim de possibilitar
ao Ministério Público a persecução penal (precedentes. (STF - HC 88785-SP, DJ 04.08.2006, p. 78, Rel.
Min. Eros Grau) PROCESSO: 00000815720168140701 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANE CRISTYNA KUHN Ação: Termo
Circunstanciado em: 22/02/2019 AUTOR DO FATO:MANOEL ANTONIO DOS SANTOS FILHO VITIMA:A.
C. O. E. . TERMO DE REMESSA Nesta data faço remessa dos presentes autos ao Ministério Público do
Estado do Pará. Belém, 22 de fevereiro de 2019. Adriane C. Kuhn - Mat. 126446 Secretária do JECrim
Ambiental PROCESSO: 00002616820198140701 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação:
Termo Circunstanciado em: 22/02/2019 AUTOR DO FATO:FABIO DE JESUS DA COSTA VITIMA:A. C. .
Autos nº.: 0000261-68.2019.8.14.0701 Autor do fato: FABIO DE JESUS DA COSTA Vítima: A
COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98. DESPACHO 1 - Cumpra-se conforme
requer o Ministério Público no último item da fl. 19. Certifique a Senhora Diretora de Secretaria se o autor
do fato foi condenado no processo nº 0002805-31.2014.8.14.0401. 2 - Em seguida, considerando a
manifestação do Ministério Público de fls. 18/19, retornem os autos à autoridade policial competente, via
Corregedoria de Polícia, a fim de que realize as diligências requeridas pelo Ministério Público (fls. 18/19),
no prazo de 30 (trinta) dias. Após, retornem-se os autos à manifestação do Parquet. Belém (PA), 22 de
fevereiro de 2019. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Juíza de Direito do Juizado Especial
Criminal do Meio Ambiente PROCESSO: 00002625320198140701 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação:
Termo Circunstanciado em: 22/02/2019 AUTOR DO FATO:IVANILSON NOBRE NEVES VITIMA:A. C. .
Autos nº.: 0000262-53.2019.8.14.0701 Autor do Fato: IVANILSON NOBRE NEVES Vítima: A
COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98. DECISÃO 1 - Em manifestação de fl.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
17, o Ministério Público sustenta a possibilidade de reconhecimento de continuidade delitiva dos crimes
que deram origem aos procedimentos tombados sob o nº 0000262-53.2019.8.14.0701 e 0000061-
61.2019.8.14.0701, vez que presentes os elementos objetivos e subjetivos constantes no art. 71 do CP,
requerendo que os mesmos sejam apensados Passo a decidir: Após efetuar a análise dos autos em
questão, verifica-se que, realmente, ocorre a existência de crime continuado, prevista no art. 71 do CP,
como sustentado pelo Ministério Público. Cumpre ressaltar que, nessas circunstâncias, não se trata de
apenas aproveitar prova isolada (laudo de constatação) de um dos autos para que seja juntada no outro,
considerando que tal procedimento ocasionaria prejuízo à concatenação de atos que deram origem à
referida prova, bem como prejuízo à defesa do autor do fato, inclusive no que se refere a tipicidade ou não
do delito continuado. Ademais, deve ser observado que a prova da infração continuada influi na prova da
infração de origem, razão pela qual se enquadra na situação prevista no art. 76, inciso III do CPP, ou seja,
caso de conexão a justificar a reunião de procedimentos, prevista no art. 79 do mesmo diploma legal.
Nesse diapasão, entendo ser o caso de reunião de ambos os procedimentos instaurados para que seja
efetuada instrução probatória unificada e, se for o caso, prolatada sentença única, inclusive considerando
que tais procedimentos se encontram em fase inicial. Note-se que não se trata de litispendência, a ensejar
arquivamento, e sim de configuração de continuidade delitiva a ocasionar a reunião de procedimentos já
instaurados. Por elucidativo destaco os seguintes ensinamentos jurisprudenciais: PENAL E
PROCESSUAL PENAL. CRIME CONTINUADO. COMPETÊNCIA FIRMADA PELA PREVENÇÃO.
UNIDADE DE PROCESSO E JULGAMENTO. [...] 2. No crime continuado, os agentes têm direito a um só
processo ou, se deflagrado mais de um, a uma sentença única. O fato de um dos feitos encontrar-se na
fase de alegações finais não impede a reunião dos processos, em ordem a que as imputações sejam
julgadas numa única sentença, podendo o magistrado, nessa oportunidade, com maior aproximação da
prova, decidir (sendo o caso) pelo crime continuado ou pelo concurso material. 3. Hipótese em que não se
justifica o pedido de trancamento de uma das ações penais, em face de uma eventual litispendência,
senão a reunião dos processos, para julgamento único, a tempo e modo. 4. Concessão parcial da ordem
de habeas corpus, para determinar a reunião dos processos aos quais respondem os pacientes, na Vara
Federal de Jequié/BA. (TRF-1 - HC: 19337 BA 0019337-87.2012.4.01.0000, Relator: DESEMBARGADOR
FEDERAL I'TALO FIORAVANTI SABO MENDES, Data de Julgamento: 09/04/2013, QUARTA TURMA,
Data de Publicação: e-DJF1 p.305 de 17/05/2013) CONFLITO NEGATIVO DE COMPETENCIA - AÇÃO
PENAL - PRATICA DE CRIME CONTINUADO - REUNIÃO OBRIGATORIA DE PROCESSOS. 1.
HAVENDO CONTINUIDADE DELITIVA, QUE DETERMINA A UNIDADE DE PROCESSO E
JULGAMENTO, E OBRIGATORIA A AVOCAÇÃO DAS AÇÕES PENAIS INSTAURADAS FORA DO
JUÍZO PREVALENTE (ART. 82 DO CPP), SALVO SE JA ESTIVEREM COM SENTENÇA DEFINITIVA, O
QUE NÃO OCORRE NO CASO CONCRETO. 2. CONFLITO JULGADO PROCEDENTE, PARA O FIM DE
DETERMINAR-SE A REMESSA DOS AUTOS DA AÇÃO PENAL AO JUÍZO FEDERAL SUSCITADO,
CUJA JURISDIÇÃO SE ACHA PREVENTA, EM VIRTUDE DA DISTRIBUIÇÃO DA AÇÃO PENAL
ANTERIOR. (TRF-3 - CC: 4590 SP 92.03.004590-2, Relator: JUIZ PEDRO ROTTA, Data de Julgamento:
16/09/1992, Data de Publicação: DJU DATA:13/10/1992) Deve ser notado, ainda, que nosso Código Penal
adotou a teoria da ficção para definição da natureza jurídica dos crimes continuados, reconhecendo,
assim, que se trata de pluralidade de crimes em que os subsequentes devem ser interpretados como
continuação do primeiro, conforme destacado no art. 71 do CP, e não se tratando de crime único a ensejar
a litispendência. Por todo o exposto, defiro o pedido formalizado pelo Ministério Público à fl. 17 e
determino a reunião dos procedimentos em questão para instrução probatória unificada e, se for o caso,
julgamento único. Proceda-se, assim, o apensamento do Procedimento n° 0000061-61.2019.8.14.0701, a
estes autos, certificando-se no mesmo a determinação da referida reunião e juntando-se cópia da presente
decisão. Cumpra-se com observância das formalidades legais devidas. 2 - Após, encaminhem-se os autos
à manifestação do Ministério Público. Belém (PA), 22 de fevereiro de 2019. ELLEN CHRISTIANE
BEMERGUY PEIXOTO Juíza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente PROCESSO:
00002633820198140701 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação: Termo Circunstanciado em: 22/02/2019 AUTOR DO
FATO:ANDERSON CARLOS ARAGAO CORREA VITIMA:A. C. . Autos nº.: 0000263-38.2019.8.14.0701
Autor do Fato: ANDERSON CARLOS ARAGÃO CORREA Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal:
art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98. DESPACHO Conforme requer o Ministério Público às fls. 20/22, proceda a
Secretaria a designação de audiência preliminar, visando eventual recomposição do dano e transação
penal. Intime-se o autor do fato, com as advertências do art. 68 da Lei nº 9.099/95, a comparecer munido
dos documentos necessários à referida transação. Belém (PA), 22 de fevereiro de 2019. ELLEN
CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Juíza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente
PROCESSO: 00002815920198140701 PROCESSO ANTIGO: ----
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fixar a legitimação para agir na Ação Civil Pública, não é incompatível com a existência de vítimas
individualizadas ou individualizáveis, bastando que os bens jurídicos afetados sejam, no atacado,
associados a valores maiores da sociedade, compartilhados por todos, e a todos igualmente garantidos,
pela norma constitucional ou legal, como é o caso do meio ambiente ecologicamente equilibrado e da
saúde. 10. Recurso Especial provido. (STJ - REsp: 1051306 MG 2008/0087087-3, Relator: Ministro
CASTRO MEIRA, Data de Julgamento: 16/10/2008, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe
10/09/2010) A saúde dos seres humanos é comprovadamente afetada pelos ruídos sonoros que
ultrapassam os 50dB, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS),1 podendo ocasionar perda de
audição, de concentração, atenção e memória, agressividade, cefaléias, insônia, aumento da pressão
arterial, gastrite, úlcera, cansaço, estresse e depressão. Nessa senda, o tipo penal referente à poluição
sonora pretende preservar o bem estar das pessoas que estão sujeitas aos ruídos excessivos, bem como
a qualidade e o equilíbrio do meio ambiente. MEIO AMBIENTE - POLUIÇ"O SONORA - QUEST"O DE
DIREITO COLETIVO - PREJUÍZO À SAÚDE DA POPULAÇ"O CIRCUNVIZINHA - MINISTÉRIO PÚBLICO
- LEGITIMIDADE ATIVA - AÇ"O CIVIL PÚBLICA - RELEVÂNCIA SOCIAL DA TUTELA COLETIVA DOS
INTERESSES OU DIREITOS SOCIAIS DISPONÍVEIS. A poluição sonora é uma questão de direito
coletivo, por afetar a saúde de toda a população circunvizinha. É evidente o prejuízo que causa à saúde,
pois, segundo a Medicina, o excesso de ruídos (barulho) provoca distúrbios cerebrais e cardíacos e ataca
o sistema nervoso, o que, por si só, impõe ao poluidor sonoro não apenas a obrigação de implantar
sistema de isolamento acústico, mas também - e principalmente - o dever de sua manutenção (dele,
sistema implantado). (...) (TJ-MG 100270000123620011 MG 1.0027.00.001236-2/001(1), Relator:
HYPARCO IMMESI, Data de Julgamento: 23/06/2005, Data de Publicação: 19/08/2005) Por outro lado, a
contravenção do artigo 42 não possui caráter de poluição sonora, pois sempre identificará uma vítima
determinada. Nesse diapasão, Fiorillo leciona que os objetos jurídicos tutelados pelos artigos 42 da Lei
das Contravenções Penais e 54 da Lei de Crimes Ambientais são distintos. A contravenção penal em
comento objetiva assegurar a tranquilidade de alguém, não necessariamente preservar a saúde humana.
Pretende salvaguardar o trabalho e o sossego alheios, que podem vir a ser perturbados seja por excesso
de ruídos ou por outros fatores. A norma penal prevista na Lei de Contravenções Penais não reclama que
a ofensa possua um caráter difuso, ao contrário do delito de poluição sonora que possui caráter de
difusibilidade, já que consiste em crime ambiental. Dessa forma, resta evidente que os bens tutelados pela
contravenção penal do artigo 42 e pelo tipo penal do artigo 54 da Lei 9605/98 são totalmente diversos, isso
porque enquanto o primeiro pretende proteger o trabalho e o sossego de uma pessoa identificada, o objeto
jurídico tutelado pela poluição sonora consiste na preservação do meio ambiente ecologicamente
equilibrado, a fim de proporcionar sempre boas condições de desenvolvimento da vida e da saúde
humana, assim como da subsistência da fauna e da flora. No que tange à determinação do nível de critério
de avaliação - NCA, o qual averigua o limite para produção sonora em determinado horário, estabelece a
NBR 10151:2000: 6.2 Determinação do nível de critério de avaliação - NCA 6.2.1 O nível de critério de
avaliação NCA para ambientes externos está indicado na tabela 1. 6.2.2 Os limites de horário para o
período diurno e noturno da tabela 1 podem ser definidos pelas autoridades de acordo com os hábitos da
população. Porém, o período noturno não deve começar depois das 22 h e não deve terminar antes das 7
h do dia seguinte. Se o dia seguinte for domingo ou feriado o término do período noturno não deve ser
antes das 9 h. 6.2.3 O nível de critério de avaliação NCA para ambientes internos é o nível indicado na
tabela 1 com a correção de - 10 dB(A) para janela aberta e - 15 dB(A) para janela fechada. 6.2.4 Se o nível
de ruído ambiente Lra, for superior ao valor da tabela 1 para a área e o horário em questão, o NCA
assume o valor do Lra. Tabela 1 - Nível de critério de avaliação NCA para ambientes externos, em dB(A)
Tipos de áreas Diurno Noturno Áreas de sítios e fazendas 40 35 Área estritamente residencial urbana ou
de hospitais ou de escolas 50 45 Área mista, predominantemente residencial 55 50 Área mista, com
vocação comercial e administrativa 60 55 Área mista, com vocação recreacional 65 55 Área
predominantemente industrial 70 60 Com efeito, na hipótese de ser constatado ruído ambiente (Lra)
superior ao valor estabelecido pela tabela 1, o NCA assume o valor do ruído ambiente. O NCA referido
consistirá no limite máximo de pressão sonora estipulado pela NBR 10151:2000, e não na intensidade
constatada como resultado da fonte sonora vistoriada. N"o é o caso dos autos. Tendo sido o ruído de
fundo obtido inferior ao nível critério de avaliação da tabela, mantém-se o último para avaliação. Tendo o
nível de emissão sonora in casu alcançado até 76,8 decibéis, conforme a vistoria de constatação nº
0424/2014, constante às fls. 11, portanto muito acima dos 55 dB estabelecidos pela Resolução 001/90
CONAMA e a N.B.R 10.151 (ABNT) como não prejudiciais à saúde humana, inquestionável que
potencialmente prejudicial à saúde, à segurança e ao sossego público, pois todas as pessoas expostas ao
ruído excessivo estariam correndo perigo real de sofrerem sérios prejuízos físicos e emocionais já
descritos nos compêndios médicos, como surdez, cefaléias, impotência, irritação constante e outros
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sintomas característicos do estresse. Essas consequências maléficas das emissões sonoras em excesso
nos integrantes da comunidade onde está localizada a fonte poluente são muitas vezes irreversíveis,
afetando sua vida familiar e social, daí o caráter difuso do bem tutelado. Analisemos, agora, o princípio da
insignificância, necessariamente em conexão com os postulados da fragmentariedade e da intervenção
mínima do Estado em matéria penal, examinada na perspectiva de seu caráter material. Esse princípio,
em seu processo de formulação teórica baseou-se no reconhecimento de que o caráter subsidiário do
sistema penal reclama e impõe, em função dos próprios objetivos por ele visados, a intervenção mínima
do poder público, considerando-se a relevante circunstância de que a privação da liberdade e a restrição
de direitos do indivíduo somente se justificam quando estritamente necessárias à própria proteção das
pessoas, da sociedade e de outros bens jurídicos que lhes sejam essenciais notadamente naqueles casos
em que os valores penalmente tutelados se exponham a dano, efetivo ou potencial, impregnado de
significativa lesividade. Assim, como acentuou o Ministro Celso de Mello no HC 84.412-0/SP, publicado no
DJU de 19.11.2004 e na RT 834/477: O Direito Penal não deve se ocupar de condutas que produzam
resultado, cujo desvalor - por não importar em lesão significativa, a bens jurídicos relevantes, não
represente, por isso, mesmo, prejuízo importante, seja ao titular do bem jurídico tutelado, seja à
integridade da própria ordem social. O conceito de delito de bagatela, diz Maurício Antonio Ribeiro Lopes,
não está na dogmática jurídica. Nenhum instrumento legislativo ordinário ou constitucional o define ou o
acata formalmente, apenas podendo ser inferido na exata proporção em que se aceitam limites para a
interpretação constitucional e das leis em geral. É de criação exclusivamente doutrinária e pretoriana, o
que se faz justificar estas como autênticas fontes de Direito. Por outro lado, mercê da tônica
conservadorista do Direito, afeta seu grau de recepcionalidade no mundo jurídico. Na objetiva visão de
Luiz Flávio Gomes, bagatela significa ninharia, algo de pouca ou nenhuma importância ou significância,
tendo o princípio bases eminentemente objetivas, não se coadunando com nenhum tipo de subjetivação, o
que significa que corresponde ao reconhecimento de uma infração bagatelar própria, que tem como
fundamento o desvalor do resultado e/ou da conduta. Tal princípio seria causa da exclusão da tipicidade
material do fato, ou porque a conduta não é juridicamente desaprovada ou porque há o desvalor do
resultado jurídico. Nessa esteira, pode-se inferir que para a aplicação do princípio da insignificância,
doutrina e jurisprudência consideram necessária na aferição do relevo material da tipicidade penal a
presença dos seguintes vetores: a) a mínima ofensividade da conduta do agente; b) a nenhuma
periculosidade social da ação; c) o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; d) a
inexpressividade da lesão jurídica provocada. Abstraindo-se o importante detalhe de que inúmeros
doutrinadores rejeitam de forma veemente a possibilidade da aplicação do princípio da insignificância em
matéria ambiental, em razão da relevância do meio ambiente como bem jurídico fundamental, que ostenta
titularidade difusa e que se reconhece como patrimônio de toda a humanidade a ser preservado para as
presentes e futuras gerações, como atestam inúmeras decisões jurisprudenciais, ("Não é insignificante o
crime contra o meio ambiente, pois ele produz efeitos a longo prazo e que são, muitas vezes, irreversíveis"
-TRF 4ª Região, ApCrim 97.04.72902-2/RS, 1ª T, rel. Des. Vladimir Passos de Freitas, DJ de 22-7-1998),
este juízo admite sua aplicação cautelosa, sempre que evidenciada de forma objetiva, a insignificância
material da conduta imputada ao agente, bem como o desvalor do resultado, pressupostos não
observados, porém, no presente caso. Também não merece prosperar a argumentação ministerial
favorável à aplicação do princípio da adequação social para afastar a configuração do delito de poluição
sonora no presente caso, pois a produção de poluição sonora não pode ser considerada conduta
socialmente aceita. Para a aplicação do princípio da adequação social busca-se aferir a aceitação social
da conduta, que deve ser considerada comum, normal, tolerável, isto é, não contestada ou discutida na
polícia ou em juízo, cujo resultado também não provoque lesão jurídica desvaliosa. Luís Flávio Gomes
define o princípio da adequação social como causa supralegal de exclusão da tipicidade material, que tem
como fundamento dois juízos distintos: a) o juízo de valoração (desaprovação) da conduta; b) juízo de
valoração (desaprovação) do resultado. Em casos de conduta socialmente aceita (manutenção de motéis,
por exemplo), ficaria afastada sua desaprovação, pois esta criaria risco tolerado, aceito. Nos casos em que
o resultado seria socialmente adequado (perfuração da orelha da criança, por exemplo), ficaria afastado o
requisito da ofensa intolerável. Em seu processo de formulação teórica esse princípio também se baseou
no reconhecimento de que o caráter subsidiário do sistema penal reclama e impõe, em função dos
próprios objetivos por ele visados, a intervenção mínima do poder público, considerando-se a relevante
circunstância de que a privação da liberdade e a restrição de direitos do indivíduo somente se justificam
quando estritamente necessárias à própria proteção das pessoas, da sociedade e de outros bens jurídicos
que lhes sejam essenciais notadamente naqueles casos em que os valores penalmente tutelados se
exponham a dano, efetivo ou potencial, impregnado de significativa lesividade. Na objetiva visão daquele
autor, entretanto, para a incidência do princípio da adequação social a presença de um certo consenso na
350
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
0004711-30.2014.8.14.0701, fls. 22/26, deste Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente da Capital
PROCESSO: 00006213720188140701 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANE CRISTYNA KUHN Ação: Termo
Circunstanciado em: 22/02/2019 AUTOR DO FATO:RUBEM CALDAS VALOIS VITIMA:A. C. . TERMO DE
REMESSA Nesta data faço remessa dos presentes autos ao Ministério Público do Estado do Pará. Belém,
22 de fevereiro de 2019. Adriane C. Kuhn - Mat. 126446 Secretária do JECrim Ambiental PROCESSO:
00009017620168140701 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação: Termo Circunstanciado em: 22/02/2019 AUTOR DO
FATO:LUIZ CARLOS CARDOSO LOPES VITIMA:A. C. . Autos nº.: 0000901-76.2016.8.14.0701 Autor do
fato: LUIZ CARLOS CARDOSO LOPES Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 32 da Lei nº
9.605/98. DESPACHO Considerando o tempo decorrido da data da transação penal formalizada nestes
autos, bem como considerando os princípios que regem este Juizado, especialmente o da celeridade e,
ainda, o princípio da razoável duração do processo, havendo a impossibilidade destes autos
permanecerem na Secretaria por tempo indefinido aguardando o cumprimento da referida transação,
determino o seguinte: Conforme requer o Ministério Público à fl. 77, proceda-se a intimação pessoal do
autor do fato através de Oficial de Justiça, para que comprove o cumprimento da transação penal de fls.
57/59 neste Juizado no prazo de 10 (dez) dias ou para que justifique o motivo do descumprimento da
mesma, sob pena de prosseguimento do procedimento penal em questão. Decorrido o referido prazo, com
ou sem o cumprimento da referida providência pelo autor do fato, encaminhem-se os autos à manifestação
do Ministério Público. Cumpra-se com a necessária brevidade, tendo em vista tratar-se de processo
inserido na Meta 2/2019 do CNJ. Belém (PA), 22 de fevereiro de 2019. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY
PEIXOTO Juíza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente PROCESSO:
00012033720188140701 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação: Termo Circunstanciado em: 22/02/2019 AUTOR DO
FATO:IVANILDO MARTINS GARCIA VITIMA:A. C. . Autos nº.: 0001203-37.2018.8.14.0701 Autor do Fato:
IVANILDO MARTINS GARCIA Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº
9.605/98. SENTENÇA Dispensado o relatório, nos termos do art. 81, § 3º da Lei nº 9.099/95. Trata-se de
pedido de EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE feito pela ilustre Representante do Ministério Público em
decorrência da morte do autor do fato (fl. 44). Compulsando os autos, verifico que razão assiste à
Representante do Ministério Público, uma vez que resta comprovado o falecimento do autor do fato,
conforme certidão de fl. 42. Isto posto, defiro o pedido do Ministério Público e declaro extinta a punibilidade
do referido autor do fato. P.R.I. Após o trânsito em julgado e feitas as necessárias anotações e
comunicações, arquivem-se. Sem custas. Belém (PA), 22 de fevereiro de 2019. ELLEN CHRISTIANE
BEMERGUY PEIXOTO Juíza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente PROCESSO:
00015827520188140701 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ADRIANE CRISTYNA KUHN Ação: Termo Circunstanciado em: 22/02/2019 AUTOR DO FATO:ROMULO
ALBERTO XAVIER VIANA Representante(s): OAB 24861 - THAYANA SILVA DE CASTRO (ADVOGADO)
VITIMA:A. C. . TERMO DE REMESSA Nesta data faço remessa dos presentes autos ao Ministério Público
do Estado do Pará. Belém, 22 de fevereiro de 2019. Adriane C. Kuhn - Mat. 126446 Secretária do JECrim
Ambiental PROCESSO: 00016477020188140701 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANE CRISTYNA KUHN Ação: Termo
Circunstanciado em: 22/02/2019 AUTOR DO FATO:GENILSON ARAUJO MACEDO VITIMA:A. C. .
TERMO DE REMESSA Nesta data faço remessa dos presentes autos ao Ministério Público do Estado do
Pará. Belém, 22 de fevereiro de 2019. Adriane C. Kuhn - Mat. 126446 Secretária do JECrim Ambiental
PROCESSO: 00017030620188140701 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação:
Termo Circunstanciado em: 22/02/2019 AUTOR DO FATO:JOAO GUILHERME DO AMARAL GODINHO
VITIMA:A. C. . Autos nº.: 0001703-06.2018.8.14.0701 Autor do Fato: JOÃO GUILHERME DO AMARAL
GODINHO Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 60 da Lei nº 9.605/98. DESPACHO
Conforme requer o Ministério Público às fls. 36/40, proceda a Secretaria a designação de audiência
preliminar, visando eventual recomposição do dano e transação penal. Intime-se o autor do fato, com as
advertências do art. 68 da Lei nº 9.099/95, a comparecer munido dos documentos necessários à referida
transação. Belém (PA), 22 de fevereiro de 2019. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Juíza de
Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente PROCESSO: 00020019520188140701
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELLEN CHRISTIANE
BEMERGUY PEIXOTO Ação: Termo Circunstanciado em: 22/02/2019 AUTOR DO FATO:MARCIO
DOUGLAS DOS SANTOS GOMES VITIMA:A. C. . Autos nº.: 0002001-95.2018.8.14.0701 Autor do Fato:
MARCIO DOUGLAS DOS SANTOS GOMES Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 60 da Lei
352
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
nº 9.605/98. DESPACHO Conforme requer o Ministério Público às fls. 35/39, proceda a Secretaria a
designação de audiência preliminar, visando eventual recomposição do dano e transação penal. Intime-se
o autor do fato, com as advertências do art. 68 da Lei nº 9.099/95, a comparecer munido dos documentos
necessários à referida transação. Belém (PA), 22 de fevereiro de 2019. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY
PEIXOTO Juíza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente PROCESSO:
00022830720168140701 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação: Termo Circunstanciado em: 22/02/2019 AUTOR DO
FATO:FLAVIO AUGUSTO ROZARIO DA SILVA VITIMA:A. C. . Autos nº.: 0002283-07.2016.8.14.0701
Autor do fato: FLAVIO AUGUSTO ROZÁRIO DA SILVA Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art.
54, § 1º da Lei nº 9.605/98. DESPACHO Considerando o tempo decorrido da data da transação penal
formalizada nestes autos, bem como considerando os princípios que regem este Juizado, especialmente o
da celeridade e, ainda, o princípio da razoável duração do processo, havendo a impossibilidade destes
autos permanecerem na Secretaria por tempo indefinido aguardando o cumprimento da referida transação,
determino o seguinte: Conforme requer o Ministério Público à fl. 56, proceda-se a intimação pessoal do
autor do fato através de Oficial de Justiça, para que comprove o cumprimento da transação penal de fls.
39/40 neste Juizado no prazo de 10 (dez) dias ou para que justifique o motivo do descumprimento da
mesma, sob pena de prosseguimento do procedimento penal em questão. Decorrido o referido prazo, com
ou sem o cumprimento da referida providência pelo autor do fato, encaminhem-se os autos à manifestação
do Ministério Público. Cumpra-se com a necessária brevidade, tendo em vista tratar-se de processo
inserido na Meta 2/2019 do CNJ. Belém (PA), 22 de fevereiro de 2019. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY
PEIXOTO Juíza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente PROCESSO:
00024667520168140701 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação: Termo Circunstanciado em: 22/02/2019 AUTOR DO
FATO:GEOVANE DE ARAUJO SILVA Representante(s): OAB 22245 - MARCELO BRASIL CAMPOS
(ADVOGADO) VITIMA:A. C. O. E. . Autos nº.: 0002466-75.2016.8.14.0701 Autor do fato: GEOVANE DE
ARAÚJO SILVA Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98.
DESPACHO Considerando o tempo decorrido da data da transação penal formalizada nestes autos, bem
como considerando os princípios que regem este Juizado, especialmente o da celeridade e, ainda, o
princípio da razoável duração do processo, havendo a impossibilidade destes autos permanecerem na
Secretaria por tempo indefinido aguardando o cumprimento da referida transação, determino o seguinte:
Conforme requer o Ministério Público à fl. 46, proceda-se a intimação pessoal do autor do fato através de
Oficial de Justiça, para que comprove o cumprimento da transação penal de fls. 34/35 neste Juizado no
prazo de 10 (dez) dias ou para que justifique o motivo do descumprimento da mesma, sob pena de
prosseguimento do procedimento penal em questão. Decorrido o referido prazo, com ou sem o
cumprimento da referida providência pelo autor do fato, encaminhem-se os autos à manifestação do
Ministério Público. Cumpra-se com a necessária brevidade, tendo em vista tratar-se de processo inserido
na Meta 2/2019 do CNJ. Belém (PA), 22 de fevereiro de 2019. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY
PEIXOTO Juíza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente PROCESSO:
00025227420178140701 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação: Termo Circunstanciado em: 22/02/2019 AUTOR DO
FATO:PAULO JORGE MONTEIRO LOBO VITIMA:A. C. . Autos nº.: 0002522-74.2017.8.14.0701 Autor do
fato: PAULO JORGE MONTEIRO LOBO Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei
nº 9.605/98. DESPACHO Considerando o tempo decorrido da data da transação penal formalizada nestes
autos, bem como considerando os princípios que regem este Juizado, especialmente o da celeridade e,
ainda, o princípio da razoável duração do processo, havendo a impossibilidade destes autos
permanecerem na Secretaria por tempo indefinido aguardando o cumprimento da referida transação,
determino o seguinte: Conforme requer o Ministério Público à fl. 52, proceda-se a intimação pessoal do
autor do fato através de Oficial de Justiça, para que comprove o cumprimento da transação penal de fls.
28/30 neste Juizado no prazo de 10 (dez) dias ou para que justifique o motivo do descumprimento da
mesma, sob pena de prosseguimento do procedimento penal em questão. Decorrido o referido prazo, com
ou sem o cumprimento da referida providência pelo autor do fato, encaminhem-se os autos à manifestação
do Ministério Público. Belém (PA), 22 de fevereiro de 2019. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO
Juíza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente PROCESSO: 00026243320168140701
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELLEN CHRISTIANE
BEMERGUY PEIXOTO Ação: Termo Circunstanciado em: 22/02/2019 AUTOR DO FATO:ANDERSON
LUIZ DE LIMA ALVES VITIMA:A. C. O. E. . Autos nº.: 0002624-33.2016.8.14.0701 Autor do fato:
ANDERSON LUIZ DE LIMA ALVES Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº
9.605/98. DESPACHO Considerando o tempo decorrido da data da transação penal formalizada nestes
353
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
autos, bem como considerando os princípios que regem este Juizado, especialmente o da celeridade e,
ainda, o princípio da razoável duração do processo, havendo a impossibilidade destes autos
permanecerem na Secretaria por tempo indefinido aguardando o cumprimento da referida transação,
determino o seguinte: Conforme requer o Ministério Público à fl. 56, proceda-se a intimação pessoal do
autor do fato através de Oficial de Justiça, para que comprove o cumprimento da transação penal de fls.
41/43 neste Juizado no prazo de 10 (dez) dias ou para que justifique o motivo do descumprimento da
mesma, sob pena de prosseguimento do procedimento penal em questão. Decorrido o referido prazo, com
ou sem o cumprimento da referida providência pelo autor do fato, encaminhem-se os autos à manifestação
do Ministério Público. Cumpra-se com a necessária brevidade, tendo em vista tratar-se de processo
inserido na Meta 2/2019 do CNJ. Belém (PA), 22 de fevereiro de 2019. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY
PEIXOTO Juíza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente PROCESSO:
00027017120188140701 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação: Termo Circunstanciado em: 22/02/2019 AUTOR DO
FATO:MANOEL AUGUSTO ZEFERINO PEREIRA AUTOR DO FATO:JAIR NAZARENO DA SILVA DA
COSTA VITIMA:O. E. . Autos nº.: 0002701-71.2018.8.14.0701 Autores do Fato: MANOEL AUGUSTO
ZEFERINO PEREIRA JAIR NAZARENO DA SILVA DA COSTA Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação
Penal: art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98. DESPACHO Diante do oferecimento da denúncia pelo Ministério
Público, proceda-se a designação de audiência de suspensão condicional do processo, nos termos do art.
78 e seguintes da Lei nº 9.099/95. Citem-se os autores do fato, entregando-se, inclusive, cópia da referida
denúncia, cientificando-os de que deverão arrolar sua(s) testemunha(s), independentemente de intimação,
e que deverão comparecer acompanhados de advogado, advertindo-os, ainda, de que, na falta deste, ser-
lhe-á nomeado Defensor Público (art. 68 da Lei nº 9.099/95). Cientifique-se o Ministério Público e a
Defensoria Pública. A secretaria deverá providenciar cópia da denúncia a fim de instruir os mandados de
citação. Belém (PA), 22 de fevereiro de 2019. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Juíza de
Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente PROCESSO: 00028818720188140701
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANE CRISTYNA
KUHN Ação: Termo Circunstanciado em: 22/02/2019 AUTOR DO FATO:LOJAS AMERICANAS SA
VITIMA:A. C. . TERMO DE REMESSA Nesta data faço remessa dos presentes autos ao Ministério Público
do Estado do Pará. Belém, 22 de fevereiro de 2019. Adriane C. Kuhn - Mat. 126446 Secretária do JECrim
Ambiental PROCESSO: 00074028920158140601 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação:
Termo Circunstanciado em: 22/02/2019 AUTOR DO FATO:RODRIGO MOURA DA SILVA AUTOR DO
FATO:FAUSTINO DA SILVA MIRANDA NETO VITIMA:A. C. O. E. . Autos nº.: 0007402-89.2015.8.14.0601
Autor do fato: RODRIGO MOURA DA SILVA Vítima: A COLETIVIDADE Capitulação Penal: art. 54, § 1º da
Lei nº 9.605/98. DESPACHO Considerando o tempo decorrido da data da transação penal formalizada
nestes autos, bem como considerando os princípios que regem este Juizado, especialmente o da
celeridade e, ainda, o princípio da razoável duração do processo, havendo a impossibilidade destes autos
permanecerem na Secretaria por tempo indefinido aguardando o cumprimento da referida transação,
determino o seguinte: Conforme requer o Ministério Público à fl. 79, proceda-se a intimação pessoal do
autor do fato através de Oficial de Justiça, para que comprove o cumprimento da transação penal de fls.
49/51 neste Juizado no prazo de 10 (dez) dias ou para que justifique o motivo do descumprimento da
mesma, sob pena de prosseguimento do procedimento penal em questão. Decorrido o referido prazo, com
ou sem o cumprimento da referida providência pelo autor do fato, encaminhem-se os autos à manifestação
do Ministério Público. Cumpra-se com a necessária brevidade, tendo em vista tratar-se de processo
inserido na Meta 2/2019 do CNJ. Belém (PA), 22 de fevereiro de 2019. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY
PEIXOTO Juíza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio Ambiente PROCESSO:
00914800720158140701 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Ação: Termo Circunstanciado em: 22/02/2019 AUTOR DO
FATO:GEISON CRISTIAN FONSECA BATISTA VITIMA:A. C. O. E. . Autos nº.: 0091480-
07.2015.8.14.0701 Autor do fato: GEISON CRISTIAN FONSECA BATISTA Vítima: A COLETIVIDADE
Capitulação Penal: art. 54, § 1º da Lei nº 9.605/98. DESPACHO Tratando-se de processo inserido na Meta
2/2019 do CNJ, considerando a manifestação do Ministério Público à fl. 67, expeça-se nova Guia de
Execução à Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas - VEPMA, visando o cumprimento da
transação penal de fls. 20/21, observando-se o endereço constante à fl. 64. Belém (PA), 22 de fevereiro de
2019. ELLEN CHRISTIANE BEMERGUY PEIXOTO Juíza de Direito do Juizado Especial Criminal do Meio
Ambiente
354
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
do fornecimento de energia antes que a parte autora comprove o pagamento do débito referente a
03/2018, refaturado para o valor de R$ 578,59 (quinhentos e setenta e oito reais e cinquenta e nove
centavos), assim como das faturas supervenientes, já que a ninguém é dado ter fornecimento gratuito de
energia elétrica. DAS MULTAS POR DESCUMPRIMENTO Conforme consta da decisão do evento
7018414, este juízo emitiu ordem de bloqueio de valores referentes às multas por descumprimento de
ordem judicial, conforme cálculo do juízo deduzido no ID 6754703.A requerida, a seu turno, em petição de
ID 7735377, alegou, em síntese: a) impossibilidade de aplicação de multa por descumprimento de tutela
em decorrência de acordo superveniente que a esse respeito silencia; b) não ter ocorrido qualquer
descumprimento, com base no argumento de que a fatura referente a março de 2018 não ter sido objeto
do acordo.O argumento de que a fatura referência 03/2018 não faria parte do acordo homologado nestes
autos, além de impreciso, já se encontra superado, uma vez que o juízo sobre isso já decidiu (ID
7018414), conforme mencionado acima.Quanto à inexequibilidade das multas por descumprimento
anteriores ao acordo homologado, assiste razão à requerida, já que o acordo faz lei entre as partes e a
sua execução deve ser limitada aos seus estritos termos. Não subsistem asastreintesnão havendo
expressa referência no acordo e, portanto, o valor bloqueado a esse título merece ser afastado, mantendo-
se somente as multas constantes nos itens 4 e 5 do cálculo do juízo (ID 6754703), perfazendo um total de
R$ 19.000,00 (dezenove mil reais). DA LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ A requerida aduziu pedido para
condenação da parte autora em litigância de má-fé em razão de ter ocultado a existência de outros débitos
na conta-contrato objeto da lide, incluído as parcelas pactuadas no acordo.Ocorre que, se é certo que a
parte autora omitiu questões de fato, também o é que a requerida descumpriu ordens judiciais emanadas
deste juízo, de tal forma que a condenação de uma das partes em litigância de má exigiria, igualmente, a
condenação da outra, o que implicaria em compensação recíproca, motivo pelo qual REJEITO tal
pedido.Diante de todo o exposto, INDEFIRO o pedido de RESTABELECIMENTO imediato do fornecimento
de energia e ACOLHO, em parte, a IMPUGNAÇÃO à penhora, apenas para afastar o bloqueio referente às
multas anteriores ao acordo, mantendo apenas aquelas atinentes aos itens 4 e 5 do cálculo do
juízo.Expeço, nesta data, ordem de transferência do valor de R$ 19.000,00 (dezenove mil reais), conforme
protocolo BACENJUD anexo.Tão logo o valor aporte na conta única do Tribunal, e transitada em julgado a
presente decisão, expeça-se o que for necessário a fim de liberá-lo à parte autora.Belém/PA, 19 de
fevereiro de 2019. ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEOJuíza de Direito respondendo pela11ª Vara do
Juizado Especial Cível
julgamento antecipado da lide visto que para tal é necessário a anuência da ambas as partes, e a ré não
assentiu com o pedido, conforme ata de audiência. Belém, 13 de fevereiro de 2019 Ana Lucia Bentes
LynchJuíza de Direitof.p.
Quantum indenizatório fixado em sentença que não merece reparos, pois, considerando os princípios da
proporcionalidade e da razoabilidade, bem como os entendimentos desta Turma Recursal, está de acordo
com o caso concreto. 7. Destarte, a sentença atacada merece ser confirmada por seus próprios
fundamentos, nos termos do art. 46, da Lei nº 9.099/95. Precedente desta Turma Recursal: Recurso Cível
Nº 71006876668, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Fabio Vieira Heerdt, Julgado
em 22/02/2018). RECURSO IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71007679228, Terceira Turma Recursal
Cível, Turmas Recursais, Relator: Fabio Vieira Heerdt, Julgado em 29/11/2018) A verba indenizatória deve
ser arbitrada em conformidade com os critérios objetivos e subjetivos do caso concreto, observados os
parâmetros adotados pela jurisprudência de nossos tribunais, bem assim os do STJ, mas, essencialmente,
deve buscar a compensação da vítima, evitando enriquecê-la indevidamente.Em razão da falta de
conteúdo econômico do dano moral, a indenização deve se pautar em alguns critérios para concretizar seu
aspecto satisfativo-punitivo, visando notadamente evitar condutas repetitivas e melhorar qualitativamente o
mercado de consumo, norteado pela defesa do consumidor. Sendo assim, demonstrada a abusividade do
ato praticado pela reclamada e, levando em conta as condições econômicas e sociais das partes;
considerando principalmente a reprovabilidade da conduta da reclamada; o caráter coercitivo e
pedagógico da indenização; os princípios da proporcionalidade e razoabilidade; e que a reparação não
pode servir de causa a enriquecimento injustificado; levando-se, ainda em consideração as peculiaridades
do caso, entendo que o quantum destinado à reparação da lesão à esfera jurídica do reclamante bem
poderá ser representado pelo valor correspondente a R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais). Fixo,
desde logo, tal montante, buscando dar solução definitiva ao caso e evitando inconvenientes e
retardamento da solução jurisdicional. Ante o exposto, julgo parcialmente procedente o pedido contido na
exordial para condenar a empresa reclamada a pagar ao reclamante, como forma de compensação pelo
dano moral sofrido, a quantia de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), corrigido monetariamente pelo
INPC e juros de mora de 1% ao mês, a partir desta decisão;Ratifico os termos da tutela antecipada.Em
conseqüência, declaro extinto o processo, com apreciação de seu mérito, nos termos do art. 487, I, do
CPC.Deixo de condenar em ônus sucumbenciais por não serem devidos nesta fase e nesta
instância.P.R.I. Cumpra-se. Belém, 10 de DEZEMBRO de 2018. WANDER LUIS BERNARDOJuiz de
DireitoR.G.
PROCESSO N. 0024404-72.2015.814.0601
EXECUTADA: OI- TELEMAR NORTE LESTE S/A ADVOGADO: ELADIO MIRANDA LIMA, OAB/RJ 86235
SENTENÇA
Vistos, etc. Cuida-se de cumprimento de sentença promovida pela Exequente em face da Executada, hoje
em recuperação judicial. Nos termos do art. 49 da Lei 11.101/2005 os créditos que estão submetidos ao
plano de recuperação judicial são aqueles constituídos até a data do pedido do benefício legal, sendo que
o entendimento do c. STJ é o de que o prosseguimento de execuções individuais fora do juízo em que
tramita a recuperação pode prejudicar o plano de recuperação da empresa. Considerando a decisão
proferida pelo Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital - RJ, nos autos do processo de nº
0203711-65.2016.8.19.0001, homologando o plano de recuperação judicial para as empresas do Grupo
Oi, do qual faz parte a empresa Executada, e a necessidade de habilitação retardatária dos créditos
perseguidos na presente demanda no próprio processo que trata da recuperação da empresa, conforme
procedimento constante da Lei nº 11.101/05, entendo que o presente cumprimento de sentença não pode
prosseguir neste juízo. Em outras palavras, o crédito buscado na presente demanda deve ser pago na
forma do plano de recuperação judicial e uma vez sendo vedada ao juízo da execução a prática de
quaisquer atos de constrição judicial sobre o patrimônio da empresa recuperanda, desconstituo a penhora
de valores eventualmente realizada nos autos, ficando desde já autorizada a expedição de alvará em favor
da executada para levantamento dos valores penhorados nos autos, se for o caso. Ademais, há orientação
jurisprudencial aplicável ao microssistema dos Juizados Especiais que trata especificamente sobre a
circunstância do prosseguimento de ação em face de empresas que se encontram em recuperação judicial
somente até a constituição do título executivo judicial, qual seja, o Enunciado nº 51 do FONAJE, o qual
preceitua que: ENUNCIADO 51 - Os processos de conhecimento contra empresas sob liquidação
370
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
extrajudicial, concordata ou recuperação judicial devem prosseguir até a sentença de mérito, para
constituição do título executivo judicial, possibilitando a parte habilitar o seu crédito, no momento
oportuno, pela via própria (nova redação - XXI Encontro - Vitória/ES). Assim, outro caminho não há a
trilhar senão o da extinção do feito para que a parte possa habilitar seu crédito no juízo universal da
recuperação judicial. Por fim, destaco que no âmbito dos Juizados Especiais, é desnecessária a prévia
intimação pessoal das partes antes da extinção do feito (artigo 51, § 1º, da Lei nº 9.099/95). Isto posto,
julgo extinto o cumprimento de sentença com fundamento no Enunciado nº 51 do FONAJE. Diante das
orientações do juízo da recuperação judicial contidas no Ofício Circular nº 91/2018-GP, determino à
Secretaria Judicial seja procedido aos cálculos para apuração do crédito em favor da parte credora, cujo
montante deverá ser atualizado até 20.06.2016 e, após, fica autorizada expedição de certidão de crédito
em favor da parte Exequente, acaso requerida, para fins de habilitação junto ao juízo competente.
Havendo valores bloqueados ou depositados nos autos, fica autorizada sua devolução à executada
mediante expedição de alvará a ser agendado na secretaria deste juízo. Transitada em julgado, arquivem-
se os autos. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se. Belém/PA, 20 de fevereiro de 2019. IRAN
FERREIRA SAMPAIO, Juiz de Direito.
PROCESSO N. 0004477-57.2014.814.0601
SENTENÇA
Vistos etc.
Cuida-se de Cumprimento de Sentença formulado por Fabricio Gomes da Silva e Waldecileni Santos Silva
em face de João Rodrigues da Cunha Filho, sendo que a parte exequente foi intimada para providenciar
os elementos necessários ao desenvolvimento da relação processual mediante a indicação do
representante legal do espólio da parte executada para integrar o polo passivo da demanda, porém, o
prazo decorreu sem que cumprisse as providências que lhe foram ordenadas.
A lei estabelece ônus e deveres aos sujeitos que integram a relação jurídica processual: ao demandante
incumbe fornecer os elementos que possibilitem o desenvolvimento válido da relação processual e do
procedimento, ao passo que o juízo tem o dever de dar continuidade ao processo, depois que este é
instaurado (art.2º, do CPC).
Nessa linha, havendo a morte do coproprietário do imóvel penhorado, incumbe ao exequente diligenciar e
propiciar os elementos necessários ao desenvolvimento regular do processo, cuja produção constituem
ônus exclusivo da parte, como já dito. Em consequência sem habilitação, configura-se o defeito de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Vale dizer, se a parte não possibilita o desenvolvimento regular do processo, e ou não justifica a
impossibilidade de fazê-lo, depois de lhe ser ordenada a diligência ou esclarecimento, ao juízo incumbe
proferir a sentença de extinção (art.485 do CPC).
É mister ter bem presente que ao exequente foi assegurado prazo bastante razoável para cumprir as
diligências, sendo certo que não é dever do Poder Judiciário executar providências que incumbem
somente à parte.
Destarte, visto que o exequente não cuidou de fornecer elementos a respeito do representante legal da
contraparte, como constitui seu ônus processual indeclinável, cumpre extinguir o processo, por ausência
de pressuposto de desenvolvimento da relação processual (art. 485, IV, do CPC).
Posto isso, julgo extinto o processo, sem resolução do mérito, na forma do art. 485, IV, do CPC, pois
ausente pressuposto de constituição e desenvolvimento válido e regular do processo.
Autorizo a expedição de certidão do crédito do exequente, como título para futura execução, sem prejuízo
da manutenção do nome da parte executada no Cartório Distribuidor, conforme Enunciado nº 75, do
FONAJE.
PROCESSO: 0000144-20.2013.814.0303
INTIMAÇÃO
Pelo presente a parte reclamada está INTIMADA neste ato, por meio do Sistema Projudi e DJE, a efetuar
o pagamento voluntário (boleto em anexo) no prazo legal, sob pena de incidência de multa do art. 523,§1º
do CPC. O referido é verdade e dou fé.
Lorenna França
Auxiliar Judiciária
Processo nº 0005228-02.2013.814.0303
CERTIFICO, em virtude das atribuições que me são conferidas por lei, que a decisão do ev. 124 transitou
em julgado em 10/05/2016 e que, apesar de confeccionado o alvará (ev. 129), não houve o recebimento
de valores pelo exequente, o que ensejou o cancelamento daquele.
Pelo exposto, promovo neste ato, por meio do Sistema Projudi e DJE, a INTIMAÇÃO do exequente para
comparecer nesta Secretaria para recebimento do alvará, conforme decisão do ev. 124. O referido é
verdade e dou fé.
Lorenna França
Auxiliar Judiciária
378
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
intimado(a). Cientifique-o(a), por fim, que sua ausência injustificada poderá ensejar condenação em
pagamento de custas.Belém, 22 de fevereiro de 2019. MARIA LAÍS CARVALHO MARANHÃOAnalista
Judiciário da 9ª Vara do Juizado Especial Cível
patrona do exequente, razão pela qualdetermino que: a) seja expedido alvará judicial referente aos 80%
do valor penhorado no feito, via BACENJUD, em favor do condomínio exequente, ficando desde já
autorizada a retirada do mesmo em Secretaria pelo novo patrono identificado como Lucas Gomes
Bombonato, OAB/PA Nº. 19.067, conforme requerido no Id nº.7300297 dos autos;b) seja expedido alvará
judicial de transferência referente aos 20% do valor penhorado no feito, via BACENJUD, em favor da
antiga patrona do condomínio exequente, a título de honorários advocatícios, em atenção aos dados
bancários informados no Id nº. 7300297.Cumpridas as diligências retro ordenadas, deverá a Secretaria
comprovar no feito o recebimento/expedição dos respectivos alvarás judiciais. Após nada mais havendo,
arquivem-se os autos.Cumpra-se.Belém, 19 de fevereiro de 2019.MÁRCIA CRISTINA LEÃO
MURRIETAJuíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível
Justiça do RS, Relator: Almir Porto da Rocha Filho, Julgado em 27/03/2013). O não pagamento do valor
devido pelo serviço efetivamente utilizado causaria enriquecimento indevido à reclamante, o que é vedado
pelo art. 884 do Código Civil:?Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem,
será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários?.Porém,
embora devida a cobrança, entendo que se apresenta excessiva e desarrazoada, tendo em vista que, de
acordo com a planilha de cálculo juntada aos autos (Id.4054205 ? Proc. Nº 0807940-30.2016.8.14.0301)
para recuperação de receita a reclamada utilizou como valor de referência 1.364 kw, relativos ao consumo
pós-normalização. Ocorre que pelo histórico da unidade consumidora (Id. 1006807- Proc. Nº 0807940-
30.2016.8.14.0301), verifica-se que nos 12 meses que precederam o período da irregularidade, isto é, de
janeiro a dezembro de 2014, a média de gasto mensal foi de 225 Kw/h/mês, o que demonstra a
abusividade do valor de referência adotado no cálculo feito pela reclamada.Desta forma, tendo em vista
que no Sistema dos Juizados Especiais, de acordo com o art. 6º da Lei nº 9.099/95, o Juiz deve adotar,
em cada caso, a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e às
exigências do bem comum, compreendo que para se calcular o montante devido pelo reclamante a título
de recuperação de consumo deve ser adotada a média acima aludida.Nesse sentido:RECURSO
INOMINADO. ENERGIA ELÉTRICA. AÇÃO DE DESCONSTITUIÇÃO DE DÉBITO. RECUPERAÇÃO DE
CONSUMO. IRREGULARIDADES NO MEDIDOR DE ENERGIA E ALTERAÇÃO DA MÉDIA DE
CONSUMO APÓS A SUBSTITUIÇÃO DO MEDIDOR COMPROVADAS. RECUPERAÇAO DE CONSUMO
DEVIDA. 1. A versão autoral de que não manipulou o medidor de energia não exime a responsabilidade do
autor, no caso concreto, pelo pagamento da diferença do que foi efetivamente consumido e não cobrado
em razão das irregularidades encontradas no equipamento. [...] 4.Período de aferição do débito que deve
ser adequado e ter por base a média dos últimos 12 (doze) meses anteriores à constatação da ocorrência
da fraude (janeiro/14), para se observar o melhor critério de apuração do consumo a ser recuperado.[...].
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005434865, Quarta Turma Recursal Cível,
Turmas Recursais, Relator: Glaucia DippDreher, Julgado em 31/07/2015). Grifos nossos.?APELAÇÃO
CÍVEL. DIREITO PÚBLICO NÃO ESPECIFICADO. IRREGULARIDADES NO MEDIDOR. RECUPERAÇÃO
DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA. POSSIBILIDADE. VARIAÇÃO DE CONSUMO CONFIGURADA.
APLICAÇÃO DO CDC. POSSIBILIDADE. RELAÇÃO DE CONSUMO DEMONSTRADA. AVALIAÇÃO
TÉCNICA QUE CONSTATOU A ADULTERAÇÃO DO MEDIDOR. OBSERVÂNCIA DO PROCEDIMENTO
ESTABELECIDO PELA RESOLUÇÃO Nº 414/2010 DA ANEEL. [...]4. Cálculo. Embora não haja
ilegalidade no critério adotado pela Concessionária ao aplicar o art. 130, inciso III, da Resolução Normativa
da ANEEL nº 414/2010, não deve ser aplicado o método da média dos três maiores consumos, por
consistir em evidente abusividade, quando manifestamente desgarrados do que se observa ter sido o
consumo médio do ano do anterior à prática da irregularidade. Assim, o critério a ser adotado para o
cálculo deve se dar não com base na média dos três maiores consumos verificados nos 12 (doze) meses
anteriores ao início da irregularidade, mas sim com base na média aritmética do consumo dos últimos 12
(doze) meses, por se mostrar o critério mais razoável, ajustado à ideia da recuperação de consumo, que
não é a de promover enriquecimento da concessionária e nem punição ao consumidor.[...]. APELAÇÃO
PARCIALMENTE PROVIDA. (Apelação Cível Nº 70060752201, Vigésima Primeira Câmara Cível, Tribunal
de Justiça do RS, Relator: Marcelo Bandeira Pereira, Julgado em 29/07/2015). Grifos
nossos.??Fornecimento de energia elétrica. Alteração do medidor. Ato administrativo. Presunção de
legitimidade e veracidade. 1 - Constatada violação do medidor de energia elétrica, por meio de termo de
ocorrência de irregularidade, e não requerida perícia pelo consumidor, legítima a cobrança da diferença
apurada, em revisão de consumo, do usuário do serviço. 2 - A presunção de legitimidade e veracidade do
ato, um dos atributos dos atos administrativos, torna o ato presumivelmente válido até que prova em
contrário demonstre que foi praticado de modo ilegal. 3 - Apelação não provida. (TJ-DF - APC:
20130111315683, Relator: JAIR SOARES, Data de Julgamento: 22/04/2015, 6ª Turma Cível, Data de
Publicação: Publicado no DJE : 28/04/2015 . Pág.: 747). Desta forma, deve ser julgado parcialmente
procedente o pedido para se declarar inexistente o débito da fatura no valor de R$12.213,19,naquilo que
exceder a contraprestação devida pelo consumo médio de 225 kw/hpara cada um dos 12 ciclos referentes
ao período da irregularidade.Quanto às demais faturas de energia impugnadas(fevereiro a outubro de
2017), que supostamente seriam abusivas, devo anotar que, em relação ao argumento da reclamante de
que a reclamada revisou as faturas dos meses de julho de 2016 a janeiro de 2017 com base numa média
de apenas 196 kw/h e que, portanto, esse seria o seu real consumo, devo dizer que isso ocorreu emsede
de acordo, firmado no Processo nº 0800121-42.2016.8.14.0301, que não produz efeito algum para os
meses não contemplados no respectivo termo, tampouco vincula este juízo em relação aos meses
posteriores. Ademais, até a conta de novembro de 2016 a leitura do consumo era feita pelo medidor de nº
1343009763 (id. 1006806 ? Proc. Nº 0807940-30.2016.8.14.0301), contudo, o gasto mensal do reclamante
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
lançado nas faturas de fevereiro a outubro de 2017 foi aferido através de um novo equipamento (medidor
nº 2102004384), vide id. 1571357 ? Proc. Nº 0808709-04.2017.8.14.0301).Por outro lado, comparando-se
o período impugnado pela reclamante (fevereiro a outubro de 2017), com o imediatamente seguinte
(novembro de 2017 a maio de 2018), nota-se que em boa parte do primeiro foi registrado consumo
sensivelmente superior. À guisa de exemplo, o maior consumo apurado no período não impugnado foi de
795 Kw/h (maio de 2018), enquanto nos meses de maio a outubro/2017 o apurado variou entre 845 e 922
kw/h, motivo pelo qual considero razoável que pelo menos estas faturas (meses05 a 10 de 2017)sejam
revisadas.Quanto ao critério a ser utilizado para a revisão, considerando que a média de consumo das
faturas impugnadas foi de 840 kw/h, enquanto das que se seguiram (11/2017 a 05/2018) foi de
apenas683,57 kw/h, creio que este deva ser o valor de referência a ser adotado no cálculo, sobretudo
porque a reclamante não se opôs judicialmente ao que lhe foi cobrado no referido período.Quanto às
tutelas de urgência concedidas em favor da reclamante, consigno que a concessionária reclamada só
pode ser proibida de interromper serviço à conta contrato 1468936 em relação à fatura de consumo não
registrado, pois se trata de débito pretérito, que não autoriza o corte de energia, conforme entendimento já
pacificado pelo C. STJ. As demais faturas, embora revisadas nesta sentença, poderão dar azo à
interrupção do serviço, assim como à negativação do nome da reclamante, caso,após o refaturamento e
reemissão pela empresa, não sejam adimplidas no prazo devido.Quanto ao pedido de indenização por
danos morais, em que pese a revisão das faturas acima mencionada, feita com base em critérios
instituídos por este juízo, não considero que tenha havido falha na prestação do serviço por parte da
empresa. Ao contrário, diante do inconformismo da consumidora com o que estava sendo cobrado, a
empresa ré realizou a troca do equipamento medidor, como dito ano norte, encaminhou o aparelho
substituído para teste no IMETROPARA, efetuou uma inspeção geral na unidade consumidora m da
reclamada (Id. 5186299 ? Processo nº 0819815-60.2017.8.14.0301), enfim, adotou as providências que
lhe competiam no âmbito administrativo. As cobranças levadas a cabo pela empresa e contestadas nas
ações ora em análise, não ocorreram de modo aleatório, e sim com base no que até então era
considerado o correto, tendo em vista que estava sendo realizada a medição do consumo da
reclamante.Por fim, como consequência da revisão das faturas impugnadas, o pedido contraposto deve
ser julgado procedente em relação às faturas de fevereiro, março e abril de 2017, para condenar a
reclamar ao pagamento do valor originalmente lançado pela reclamada. Deve ainda o pedido contraposto
ser julgado parcialmente procedente em relação à fatura de CNR (01/2016), para condenação da
reclamante ao pagamento do valor correspondente àcontraprestação devida pelo consumo médio de 225
kw/hpara cada um dos 12 ciclos referentes ao período da irregularidade, bem ainda, para condená-la ao
pagamento das faturas de maio, junho, julho, agosto, setembro e outubro de 2017, no valor
correspondente a média aritmética de 683,57 kw/h para cada ciclo.Isto posto, nos termos da
fundamentação, confirmo em parte a tutela de urgência eJULGO PARCIALMENTE PROCEDENTESos
pedidos para:a) determinar a revisão da fatura de CNR relativa a 01/2016, no valor original de
R$12.213,19, a fim de que seja refaturada com base na média de 225 kw/h para cada um dos doze
períodos de irregularidade; b) determinar a revisão das faturas de energia dos meses de maio, junho,
julho, agosto, setembro e outubro de 2017, a fim de limitar cada uma ao valor correspondente à média de
consumo de 683.57 kw/h por ciclo, acrescido de correção monetária pelo INPC; c) determinar que a
reclamada se abstenha de interromper o fornecimento de energia elétrica da unidade consumidora
1468936por conta da fatura de consumo não registrado mencionada no itema, ou, caso já o tenha
interrompido, restabeleça o serviço no prazo de 04 (quatro) horas, a contar da intimação consumada,
abstendo-se de efetuar novo corte em decorrência da dívida nela contida;d) JULGO PARCIALMENTE
PROCEDENTEo pedido contraposto para condenar a reclamante MARIA JOSE DOS SANTOS PINTO
CAMARGO a pagar à reclamada CENTRAIS ELÉTRICAS DO PARÁ em relação à fatura de consumo não
registrado (01/2016) o valor equivalente a fatura de CNR relativa a 01/2016, a média de 225 kw/h para
cada um dos doze períodos de irregularidade, assim como, a pagar em relação às faturas dos meses de
maio, junho, julho, agosto, setembro e outubro de 2017 o valor pecuniário correspondente à média
aritmética de consumo de 225 kw/h, sem qualquer acréscimo de custo administrativo ou qualquer
modalidade de juros e multa, devendo apenas ser acrescido ao valor obtido correção monetária pelo
INPC.Para fins de pagamento das faturas revisadas, deverá a reclamada refaturá-las logo após o trânsito
em julgado desta sentença, devendo a primeira ter o vencimento lançado para trinta dias após essa data e
as demais sucessivamente, sempre com intervalo de 30 dias em relação à anterior.Restam extintos os
Processos nº0807940-30.2016.8.14.0301, 0808709-04.2017.8.14.0301, 0819815-60.2017.8.14.0301 e
0842135-07.2017.8.14.0301,com resolução de mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do
CPC/2015.Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da
gratuidade do primeiro grau de jurisdição nos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95).Fica a
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reclamada intimada a comprovar, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, ter disponibilizado (nestes autos e no
site) as faturas com os novos valores, nos termos desta sentença, sob pena de ser punida com multa por
ato atentatório à dignidade da justiça de até 20% (vinte por cento) do valor da causa, sem prejuízo de
outras sanções de natureza criminal, civil e processual (art. 77, IV, e §§ 1º e 2º, CPC/2015).Havendo
cumprimento espontâneo,expeça-se alvará judicial em nome da parte reclamada ou de seu/sua
advogado(a)(caso haja pedido e este tenha poderes expressos para receber e dar quitação) para
levantamento dos valores depositados em juízo, devendo o seu recebimento ser comprovado nos
autos.Comprovado o cumprimento espontâneo da presente sentença ou informado o parcelamento
administrativo do débito, arquivem-se os autos.P.R.I.C.Belém/PA, 31 de janeiro de 2019. MÁRCIA
CRISTINA LEÃO MURRIETAJuíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível de Be
nº. 7120484, consoante razões a seguir expostas.Compulsando detidamente os autos, verifica-se que o
pedido de incidência da multa de 20% por atraso no pagamento da primeira parcela do acordo vencida em
05.09.2018 não merece prosperar, visto que a intimação do executado ocorreu somente em 06.09.2018,
portanto, após o vencimento da supracitada parcela.No que tange à segunda parcela vencida no dia
05.10.2018, assiste razão à parte exequente quanto à incidência da multa prevista no acordo, uma vez
que o referido pagamento apenas ocorreu em 17.10.2018, isto é, 12 dias após a respectiva data de
vencimento.De igual forma, consultando o extrato de subconta do presente processo, cujo cópia segue em
anexo, verifica-se que o executado realizou com atraso o pagamento das parcelas vencidas em
05.11.2018 e 05.12.2018, cujo adimplemento ocorreu nos dias 03 e 06.12.2018, respectivamente, bem
como que até o presente momento deixou de efetuar o embolso das parcelas vencidas em 05.01.2019 e
05.02.2019, o que por óbvio também implicará na incidência da multa retro mencionada.Desta forma, a fim
de não mais causar embaraços no cumprimento do acordo celebrado entre as partes, determino a
intimação do executado para que no prazo máximo de 15 dias úteis promova:- R$1.012,16 (um mil e doze
reais e dezesseis centavos)a título de multa de 20%por atraso no pagamento das parcelas vencidas em
05.10.2018, 05.11.2018 e 05.12.2018 e das vencidas e não pagas em 05.01.2019 e 05.02.2019;-
R$2.024,32 (dois mil e vinte e quatro reais e trinta e dois centavos) correspondente ao valor das parcelas
vencidas e não pagas em 05.01.2019 e 05.02.2019.Advirto ainda ao executado que o não pagamento dos
valores acima descritos resultará na execução imediata do saldo devedor, em razão do vencimento
antecipado das prestações subsequentes, bem como o reinício dos atos executivos.Por fim, considerando
que há saldo na subconta dos presentes autos referente às parcelas vencidas em 05.11.2018 e
05.12.2018, as quais foram pagas com atraso nos dias 03 e 06.12.2018, respectivamente, expeça-se
alvará judicial em favor da exequente ou ao seu patrono (caso haja procuração com poderes expressos
para receber e dar quitação), para levantamento do valor depositado na subconta do Juízo, comprovando-
se o recebimento nos autos. Após, aguarde-se o prazo para cumprimento integral do acordo e dos
pagamentos retro mencionados,findos os quais, com ou sem manifestação, retornem os autos conclusos
para decisão.Cumpra-se.Belém, 19 de fevereiro de 2019. MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETAJuíza de
Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível
que há saldo na subconta dos presentes autos referente às parcelas vencidas em 05.11.2018 e
05.12.2018, as quais foram pagas com atraso nos dias 03 e 06.12.2018, respectivamente, expeça-se
alvará judicial em favor da exequente ou ao seu patrono (caso haja procuração com poderes expressos
para receber e dar quitação), para levantamento do valor depositado na subconta do Juízo, comprovando-
se o recebimento nos autos. Após, aguarde-se o prazo para cumprimento integral do acordo e dos
pagamentos retro mencionados,findos os quais, com ou sem manifestação, retornem os autos conclusos
para decisão.Cumpra-se.Belém, 19 de fevereiro de 2019. MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETAJuíza de
Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível
LOGISTICA LTDA E DETRAN - Departamento de Transito do Estado do Pará, que tem personalidade
jurídica de direito público, sendo uma autarquia estadual vinculada à SECRETARIA DE SEGURANÇA
PUBLICA E DEFESA SOCIAL, conforme dispõe o DECRETO Nº 1.635 DE 2005. Ocorre que, nos termos
do art. 3º, §2º, da Lei nº 9.099/95, não estão abrangidas na competência dos Juizados Especiais Cíveis as
causas de interesse da Fazenda Pública, razão pela qual DECLARO EXTINTO o processo sem resolução
do mérito, na forma do art. 485, inciso IV, do CPC/2015. Sem condenação em custas e honorários (LJE,
art. 55, caput). P.R.I. Arquive-se. Belém, 19 de fevereiro de 2019. MÁRCIA CRISTINA LEÃO
MURRIETAJuíza de Direito Titular da 9ª Vara do Juizado Especial Cível
ato da matrícula. Assim, uma vez que a mãe do reclamante adoeceudia 04 de janeiro de 2019, conforme
atestado médico (Id. 8438409) eo período dematrícula se iniciou dia 07, o estudante e sua família tiveram
tempo suficiente para providenciar a nomeação de um procurador que pudesse representá-la ? em tempo
hábil ? perante a instituição de ensino. No entanto, somente em 11 de janeiro de 2019 o aluno e a
representante legal de sua mãe se dirigiram de Altamira para Belém, sede da faculdade.Assim, o que se
percebe é que, apesar da doença que acometeu a mãe do reclamante se caracterizar como um fato alheio
à vontade de qualquer dos envolvidos, o próprio edital que regulava o certame previa uma alternativa para
solucionar o impasse, qual seja, a constituição de um procurador, que até foi utilizada pelo reclamante,
porém,de modo tardio.Por fim, não obstante os fundamentos acima mencionados, ainda é válido destacar
que, de acordo a cláusula 15 do edital, na data em que o reclamante compareceu na faculdade
(11/01/2019_havia se iniciado o prazo da chamada ?repescagem?, ou seja, da convocação de candidatos
remanescentes não classificados, que deveriam se habilitar no prazo de 48 horas. Com isso, considerando
que a ação foi ajuizada somente 30 dias depois, o deferimento da tutela no caso concreto poderia implicar
em prejuízo a terceiros, uma vez que, pelo decurso do tempo, a vaga que se destinava ao reclamante de
certo já se encontra preenchida e, evidentemente, não se pode compelir a faculdade a criar outra apenas
para contemplar o autor desta ação, ainda que este tenha sido aprovado no vestibular. Ante o exposto,
ante a ausência de requisito legal,INDEFIRO O PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE
URGÊNCIA.Intimem-se ambas as partes desta decisão.Cumpra-se.Belém/PA, 22 de fevereiro de 2019.
MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETAJuíza de Direito titular da 9ª Vara de Juizado Especial Cível
noto que não se faz presente no caso concreto a probabilidade do direito alegado pelo reclamante. Senão
vejamos.A tela juntada com a inicial sob o id. 8438411 demonstra que foi realizada uma ligação para um
determinado número de telefone fixo, que se presume ser da requerida, porém, obviamente, não permite
saber o conteúdo da conversa travada entre os interlocutores. Assim, carece de prova a alegação de que
a faculdade informou ao aluno que o período de matrícula se estenderia até 11 de janeiro. Não há que se
falar aqui em falha do dever de informação, pois não se tem prova ao menos de que houve informação no
sentido que alega o autor.Assim, inexistindo até aqui demonstração de que haveria prorrogação da
matricula, é de se concluir que ao pleitear sua matrícula dia 11 de janeiro de 2019 o reclamante o fez a
destempo, pois, segundo a cláusula 13.4 do Edital, o prazo havia se encerrado dia 09 de janeiro de 2019,
às 20h.Vale dizer que o edital em comento, lançado em 01 de outubro de 2018, previa expressamente a
possibilidade de o responsável financeiro do candidato aprovado se fazer representar por procurador no
ato da matrícula. Assim, uma vez que a mãe do reclamante adoeceudia 04 de janeiro de 2019, conforme
atestado médico (Id. 8438409) eo período dematrícula se iniciou dia 07, o estudante e sua família tiveram
tempo suficiente para providenciar a nomeação de um procurador que pudesse representá-la ? em tempo
hábil ? perante a instituição de ensino. No entanto, somente em 11 de janeiro de 2019 o aluno e a
representante legal de sua mãe se dirigiram de Altamira para Belém, sede da faculdade.Assim, o que se
percebe é que, apesar da doença que acometeu a mãe do reclamante se caracterizar como um fato alheio
à vontade de qualquer dos envolvidos, o próprio edital que regulava o certame previa uma alternativa para
solucionar o impasse, qual seja, a constituição de um procurador, que até foi utilizada pelo reclamante,
porém,de modo tardio.Por fim, não obstante os fundamentos acima mencionados, ainda é válido destacar
que, de acordo a cláusula 15 do edital, na data em que o reclamante compareceu na faculdade
(11/01/2019_havia se iniciado o prazo da chamada ?repescagem?, ou seja, da convocação de candidatos
remanescentes não classificados, que deveriam se habilitar no prazo de 48 horas. Com isso, considerando
que a ação foi ajuizada somente 30 dias depois, o deferimento da tutela no caso concreto poderia implicar
em prejuízo a terceiros, uma vez que, pelo decurso do tempo, a vaga que se destinava ao reclamante de
certo já se encontra preenchida e, evidentemente, não se pode compelir a faculdade a criar outra apenas
para contemplar o autor desta ação, ainda que este tenha sido aprovado no vestibular. Ante o exposto,
ante a ausência de requisito legal,INDEFIRO O PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE
URGÊNCIA.Intimem-se ambas as partes desta decisão.Cumpra-se.Belém/PA, 22 de fevereiro de 2019.
MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETAJuíza de Direito titular da 9ª Vara de Juizado Especial Cível
presente ação, consoante o art. 51, inciso I, da Lei nº 9099/95.05. O NÃO COMPARECIMENTO EM
AUDIÊNCIA pela parte promovida ensejará a aplicação da revelia consoante o art. 20 da Lei 9.099/95,
reputando-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor.06. Ocorrendo AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E
JULGAMENTO, nela poderá ser oferecida defesa escrita ou oral e produzidas provas admitidas em direito
e que forem entendidas como necessárias, inclusive testemunhais. A DEFESA DEVERÁ SER INSERIDA
NO SISTEMA ANTES DA AUDIÊNCIA, SOB PENA DE REVELIA (Por analogia à Portaria n° 01/2011 -
6ªVJEC, publicada no DJE n° 4793/2011 de 06/05/2011). Serão admitidas, no máximo, três testemunhas,
que poderão ser apresentadas no dia da audiência ou intimadas mediante requerimento a este Juízo
formalizado, no mínimo, 05 (cinco) dias antes da audiência de instrução e julgamento.07. Sendo o valor da
causa superior a 20 (vinte) salários mínimos, as partes devem comparecer acompanhadas de advogado
(art. 9º, Lei 9.099/95) e, neste caso, a ausência de contestação, escrita ou oral, ainda que presente o
reclamado, implicará em revelia. (Enunciado nº 11/FONAJE).08. Tratando a ação de relação de consumo,
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA restou promovida desde o despacho inicial, nos termos do art. 6º,
inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor.09. As partes deverão comunicar ao Juízo a mudança de
endereço, ocorrida no curso do processo, sob pena de serem consideradas como válidas as intimações
enviadas ao endereço anterior, constante dos autos (art. 19, § 2º, da lei 9099/95).10. COMPARECER 30
MINUTOS ANTES DO HORÁRIO DA AUDIÊNCIA.
verifica-se que a controvérsia principal está em definir se o crédito decorrente de sentença condenatória,
proferida em autos de ação indenizatória ajuizada antes do pedido de soerguimento, submete-se, ou não,
aos efeitos da recuperação judicial em curso. 3. A ação na qual se busca indenização por danos morais -
caso dos autos - é tida por "demanda ilíquida", pois cabe ao magistrado avaliar a existência do evento
danoso, bem como determinar a extensão e o valor da reparação para o caso concreto. 4. Tratando-se,
portanto, de demanda cujos pedidos são ilíquidos, a ação de conhecimento deverá prosseguir perante o
juízo na qual foi proposta, após o qual, sendo determinado o valor do crédito, deverá ser habilitado no
quadro geral de credores da sociedade em recuperação judicial. Interpretação do § 1º do art. 6º da Lei n.
11.101/2005. 5. Segundo o caput do art. 49 da Lei n. 11.101/2005, estão sujeitos à recuperação judicial
todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos.6. A situação dos autos demonstra
que o evento danoso, que deu origem ao crédito discutido, bem como a sentença que reconheceu a
existência de dano moral indenizável e dimensionou o montante da reparação, ocorreram antes do pedido
de recuperação judicial. 7. Na hipótese de crédito decorrente de responsabilidade civil, oriundo de fato
preexistente ao momento da recuperação judicial, é necessária a sua habilitação e inclusão no plano de
recuperação da sociedade devedora.8. Recurso especial provido. (REsp 1447918/SP, Rel. Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 07/04/2016, DJe 16/05/2016). Grifos nossos.Desta
forma, como é de conhecimento público, foi aprovado o plano de recuperação judicial da empresa
reclamada em 18.08.2018, conforme decisão anexada no Id nº. 8013045 dos autos, o que implica em
novação dos créditos de natureza concursal, ou seja, aqueles cujo fato gerador sejaanterior ao pedidoe a
decisão homologatória constitui, ela própria, novo título executivo judicial, nos termos do art. 59,caput, e §
1º da Lei nº 11.101/2015, a seguir transcrito:Art. 59.O plano de recuperação judicial implica novação dos
créditos anteriores ao pedido, e obriga o devedor e todos os credores a ele sujeitos, sem prejuízo das
garantias, observado o disposto no § 1º do art. 50 desta Lei.§ 1º A decisão judicial que conceder a
recuperação judicial constituirá título executivo judicial, nos termos do art. 584, inciso III, docaputda Lei n
5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.Outrossim, por força do dispositivo em tela, no
Sistema dos Juizados Especiais, foi editado o Enunciado nº. 51 do FONAJE, que a seguir
transcrevemos:ENUNCIADO 51 ? Os processos de conhecimento contra empresas sob liquidação
extrajudicial, concordata ou recuperação judicial devemprosseguir até a sentença de mérito, para
constituição do título executivo judicial, possibilitando a parte habilitar o seu crédito, no momento oportuno,
pela via própria(nova redação ? XXI Encontro ? Vitória/ES). Portanto, em virtude da decisão do Juízo
Universal retro referida e por tudo o que dos autos consta, resta incontroverso que não há possibilidade de
prosseguimento da presente execução neste feito, devendo o credor promover a pertinente habilitação de
seu crédito e aguardar o pagamento que se dará perante o Juízo da Recuperação Judicial, na forma da
legislação de regência (Lei nº.11.101/2005).Ante o exposto, tendo em vista a perda superveniente de
interesse processual do reclamante, determino a extinção do presente feito nos moldes do art. 485, VI do
CPC/2015, devendo a parte autora/credora requerer a habilitação do crédito a que faz jus perante o Juízo
onde se processa a Recuperação Judicial da empresa ré.Expeça-se, com a máxima urgência, certidão de
crédito em favor do credor, cujo montante deverá ser atualizado até 16.05.2017, nos termos do art. 9º,
inciso II, da Lei nº 11.101/2005, intimando-o em seguida para fins de recebimento.Isento as partes de
custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da gratuidade do primeiro grau de
jurisdição nos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei nº. 9.099/1995).P.R.I.C.Após, arquive-se.Belém, 01
de fevereiro de 2019. MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETAJuíza de Direito da 9ª Vara do Juizado
Especial Cível de Belém
conseguinte, imperioso ainda ressaltar que o Enunciado 89 do FONAJE menciona que: ?A incompetência
territorial pode ser reconhecida de ofício no sistema de Juizados Especiais Cíveis?, sendo que não há
previsão na Lei nº. 9.099/1995 de declinação de competência, mas sim, de extinção do feito.
Destarte,DECLARO A INCOMPETÊNCIA DESTE JUIZADO ESPECIAL CÍVELpara julgar a presente ação
e extingo o processo sem resolução do mérito, nos moldes do artigo 51, III, da Lei nº. 9.099/1995. Dê-se
baixa na Distribuição. Transitada em julgado, arquive-se. Cancele-se a audiência designada
automaticamente nos autos. Intime-se o reclamante. Cumpra-se. Belém, 19 de fevereiro de 2019. MÁRCIA
CRISTINA LEÃO MURRIETAJuíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível
posto, sendo manifesta a incompetência,julgo extinto o processo sem apreciação do mérito, na forma do
art. 51, inciso II, da Lei nº 9.099/95 c/c art. 485, inciso IV, do NCPC.Sem condenação em custas e
honorários (LJE, art. 55,caput).Após o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquivem-se estes autos.P. R.
I.C. Belém, 19 de fevereiro de 2019. MÁRCIA CRISTINA LEÃO MURRIETAJuíza de Direito da 9ª Vara do
Juizado Especial Cível
recálculo deve ter por base a média dos 12 (doze) meses que antecederam à constatação da ocorrência
da fraude, fins de adotar o melhor critério para apuração do consumo a ser recuperado. O critério a ser
utilizado, todavia é da média aritmética, e não do maior consumo, pois é o critério que melhor favorece as
partes. CUSTO ADMINISTRATIVO. MULTA 30%: Além de o percentual cobrado mostrar-se abusivo ao
caso concreto, as despesas não foram comprovadas pela empresa, sendo, portanto, inviável a cobrança.
(...) APELO DO AUTOR PARCIALMENTE PROVIDO. VENCIDO O RELATOR QUE PROVIA
PARCIALMENTE O RECURSO, EM MENOR EXTENSÃO.? (Apelação Cível Nº 70054768734, Segunda
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: João Barcelos de Souza Junior, Julgado em
26/06/2013)Grifos nossos, omitido o irrelevante.?APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PÚBLICO NÃO
ESPECIFICADO. ENERGIA ELÉTRICA. IRREGULARIDADE NA UNIDADE CONSUMIDORA. DESVIO DE
ENERGIA.Independentemente da revelia, os documentos trazidos aos autos são contundentes e
suficientes para a comprovação do desvio de energia elétrica na unidade consumidora, tendo a ré
satisfeito plenamente o ônus probatório invertido. Desnecessidade de comprovação da autoria do fato
delituoso, sendo o proprietário responsável pelo pagamento do consumo não registrado, pois dele se
beneficiou. Dever de zelar pelo equipamento. Precedentes jurisprudenciais.(...) APELAÇÃO
PARCIALMENTE PROVIDA. (Apelação Cível Nº 70050882901, Segunda Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Almir Porto da Rocha Filho, Julgado em 27/03/2013). O não pagamento do valor
devido pelo serviço efetivamente utilizado causaria enriquecimento indevido à reclamante, o que é vedado
pelo art. 884 do Código Civil:?Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem,
será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários?.Porém,
embora devida a cobrança, entendo que se apresenta excessiva e desarrazoada, tendo em vista que, de
acordo com a planilha de cálculo juntada aos autos (Id.4054205 ? Proc. Nº 0807940-30.2016.8.14.0301)
para recuperação de receita a reclamada utilizou como valor de referência 1.364 kw, relativos ao consumo
pós-normalização. Ocorre que pelo histórico da unidade consumidora (Id. 1006807- Proc. Nº 0807940-
30.2016.8.14.0301), verifica-se que nos 12 meses que precederam o período da irregularidade, isto é, de
janeiro a dezembro de 2014, a média de gasto mensal foi de 225 Kw/h/mês, o que demonstra a
abusividade do valor de referência adotado no cálculo feito pela reclamada.Desta forma, tendo em vista
que no Sistema dos Juizados Especiais, de acordo com o art. 6º da Lei nº 9.099/95, o Juiz deve adotar,
em cada caso, a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e às
exigências do bem comum, compreendo que para se calcular o montante devido pelo reclamante a título
de recuperação de consumo deve ser adotada a média acima aludida.Nesse sentido:RECURSO
INOMINADO. ENERGIA ELÉTRICA. AÇÃO DE DESCONSTITUIÇÃO DE DÉBITO. RECUPERAÇÃO DE
CONSUMO. IRREGULARIDADES NO MEDIDOR DE ENERGIA E ALTERAÇÃO DA MÉDIA DE
CONSUMO APÓS A SUBSTITUIÇÃO DO MEDIDOR COMPROVADAS. RECUPERAÇAO DE CONSUMO
DEVIDA. 1. A versão autoral de que não manipulou o medidor de energia não exime a responsabilidade do
autor, no caso concreto, pelo pagamento da diferença do que foi efetivamente consumido e não cobrado
em razão das irregularidades encontradas no equipamento. [...] 4.Período de aferição do débito que deve
ser adequado e ter por base a média dos últimos 12 (doze) meses anteriores à constatação da ocorrência
da fraude (janeiro/14), para se observar o melhor critério de apuração do consumo a ser recuperado.[...].
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005434865, Quarta Turma Recursal Cível,
Turmas Recursais, Relator: Glaucia DippDreher, Julgado em 31/07/2015). Grifos nossos.?APELAÇÃO
CÍVEL. DIREITO PÚBLICO NÃO ESPECIFICADO. IRREGULARIDADES NO MEDIDOR. RECUPERAÇÃO
DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA. POSSIBILIDADE. VARIAÇÃO DE CONSUMO CONFIGURADA.
APLICAÇÃO DO CDC. POSSIBILIDADE. RELAÇÃO DE CONSUMO DEMONSTRADA. AVALIAÇÃO
TÉCNICA QUE CONSTATOU A ADULTERAÇÃO DO MEDIDOR. OBSERVÂNCIA DO PROCEDIMENTO
ESTABELECIDO PELA RESOLUÇÃO Nº 414/2010 DA ANEEL. [...]4. Cálculo. Embora não haja
ilegalidade no critério adotado pela Concessionária ao aplicar o art. 130, inciso III, da Resolução Normativa
da ANEEL nº 414/2010, não deve ser aplicado o método da média dos três maiores consumos, por
consistir em evidente abusividade, quando manifestamente desgarrados do que se observa ter sido o
consumo médio do ano do anterior à prática da irregularidade. Assim, o critério a ser adotado para o
cálculo deve se dar não com base na média dos três maiores consumos verificados nos 12 (doze) meses
anteriores ao início da irregularidade, mas sim com base na média aritmética do consumo dos últimos 12
(doze) meses, por se mostrar o critério mais razoável, ajustado à ideia da recuperação de consumo, que
não é a de promover enriquecimento da concessionária e nem punição ao consumidor.[...]. APELAÇÃO
PARCIALMENTE PROVIDA. (Apelação Cível Nº 70060752201, Vigésima Primeira Câmara Cível, Tribunal
de Justiça do RS, Relator: Marcelo Bandeira Pereira, Julgado em 29/07/2015). Grifos
nossos.??Fornecimento de energia elétrica. Alteração do medidor. Ato administrativo. Presunção de
legitimidade e veracidade. 1 - Constatada violação do medidor de energia elétrica, por meio de termo de
402
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
ocorrência de irregularidade, e não requerida perícia pelo consumidor, legítima a cobrança da diferença
apurada, em revisão de consumo, do usuário do serviço. 2 - A presunção de legitimidade e veracidade do
ato, um dos atributos dos atos administrativos, torna o ato presumivelmente válido até que prova em
contrário demonstre que foi praticado de modo ilegal. 3 - Apelação não provida. (TJ-DF - APC:
20130111315683, Relator: JAIR SOARES, Data de Julgamento: 22/04/2015, 6ª Turma Cível, Data de
Publicação: Publicado no DJE : 28/04/2015 . Pág.: 747). Desta forma, deve ser julgado parcialmente
procedente o pedido para se declarar inexistente o débito da fatura no valor de R$12.213,19,naquilo que
exceder a contraprestação devida pelo consumo médio de 225 kw/hpara cada um dos 12 ciclos referentes
ao período da irregularidade.Quanto às demais faturas de energia impugnadas(fevereiro a outubro de
2017), que supostamente seriam abusivas, devo anotar que, em relação ao argumento da reclamante de
que a reclamada revisou as faturas dos meses de julho de 2016 a janeiro de 2017 com base numa média
de apenas 196 kw/h e que, portanto, esse seria o seu real consumo, devo dizer que isso ocorreu emsede
de acordo, firmado no Processo nº 0800121-42.2016.8.14.0301, que não produz efeito algum para os
meses não contemplados no respectivo termo, tampouco vincula este juízo em relação aos meses
posteriores. Ademais, até a conta de novembro de 2016 a leitura do consumo era feita pelo medidor de nº
1343009763 (id. 1006806 ? Proc. Nº 0807940-30.2016.8.14.0301), contudo, o gasto mensal do reclamante
lançado nas faturas de fevereiro a outubro de 2017 foi aferido através de um novo equipamento (medidor
nº 2102004384), vide id. 1571357 ? Proc. Nº 0808709-04.2017.8.14.0301).Por outro lado, comparando-se
o período impugnado pela reclamante (fevereiro a outubro de 2017), com o imediatamente seguinte
(novembro de 2017 a maio de 2018), nota-se que em boa parte do primeiro foi registrado consumo
sensivelmente superior. À guisa de exemplo, o maior consumo apurado no período não impugnado foi de
795 Kw/h (maio de 2018), enquanto nos meses de maio a outubro/2017 o apurado variou entre 845 e 922
kw/h, motivo pelo qual considero razoável que pelo menos estas faturas (meses05 a 10 de 2017)sejam
revisadas.Quanto ao critério a ser utilizado para a revisão, considerando que a média de consumo das
faturas impugnadas foi de 840 kw/h, enquanto das que se seguiram (11/2017 a 05/2018) foi de
apenas683,57 kw/h, creio que este deva ser o valor de referência a ser adotado no cálculo, sobretudo
porque a reclamante não se opôs judicialmente ao que lhe foi cobrado no referido período.Quanto às
tutelas de urgência concedidas em favor da reclamante, consigno que a concessionária reclamada só
pode ser proibida de interromper serviço à conta contrato 1468936 em relação à fatura de consumo não
registrado, pois se trata de débito pretérito, que não autoriza o corte de energia, conforme entendimento já
pacificado pelo C. STJ. As demais faturas, embora revisadas nesta sentença, poderão dar azo à
interrupção do serviço, assim como à negativação do nome da reclamante, caso,após o refaturamento e
reemissão pela empresa, não sejam adimplidas no prazo devido.Quanto ao pedido de indenização por
danos morais, em que pese a revisão das faturas acima mencionada, feita com base em critérios
instituídos por este juízo, não considero que tenha havido falha na prestação do serviço por parte da
empresa. Ao contrário, diante do inconformismo da consumidora com o que estava sendo cobrado, a
empresa ré realizou a troca do equipamento medidor, como dito ano norte, encaminhou o aparelho
substituído para teste no IMETROPARA, efetuou uma inspeção geral na unidade consumidora m da
reclamada (Id. 5186299 ? Processo nº 0819815-60.2017.8.14.0301), enfim, adotou as providências que
lhe competiam no âmbito administrativo. As cobranças levadas a cabo pela empresa e contestadas nas
ações ora em análise, não ocorreram de modo aleatório, e sim com base no que até então era
considerado o correto, tendo em vista que estava sendo realizada a medição do consumo da
reclamante.Por fim, como consequência da revisão das faturas impugnadas, o pedido contraposto deve
ser julgado procedente em relação às faturas de fevereiro, março e abril de 2017, para condenar a
reclamar ao pagamento do valor originalmente lançado pela reclamada. Deve ainda o pedido contraposto
ser julgado parcialmente procedente em relação à fatura de CNR (01/2016), para condenação da
reclamante ao pagamento do valor correspondente àcontraprestação devida pelo consumo médio de 225
kw/hpara cada um dos 12 ciclos referentes ao período da irregularidade, bem ainda, para condená-la ao
pagamento das faturas de maio, junho, julho, agosto, setembro e outubro de 2017, no valor
correspondente a média aritmética de 683,57 kw/h para cada ciclo.Isto posto, nos termos da
fundamentação, confirmo em parte a tutela de urgência eJULGO PARCIALMENTE PROCEDENTESos
pedidos para:a) determinar a revisão da fatura de CNR relativa a 01/2016, no valor original de
R$12.213,19, a fim de que seja refaturada com base na média de 225 kw/h para cada um dos doze
períodos de irregularidade; b) determinar a revisão das faturas de energia dos meses de maio, junho,
julho, agosto, setembro e outubro de 2017, a fim de limitar cada uma ao valor correspondente à média de
consumo de 683.57 kw/h por ciclo, acrescido de correção monetária pelo INPC; c) determinar que a
reclamada se abstenha de interromper o fornecimento de energia elétrica da unidade consumidora
1468936por conta da fatura de consumo não registrado mencionada no itema, ou, caso já o tenha
403
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
RECLAMADO Nome: LATAM AIRLINES GROUP S/A Participação: ADVOGADO Nome: FABIO
RIVELLIOAB: 29760/SPPROCESSO NÚMERO:0826310-86.2018.8.14.0301DESPACHO Acolhida a
justificativa apresentada pelo autor Alexandre Rosa em audiência,tendo em vista a declaração anexada no
Id nº. 7199308 dos autos, bem como à ausência de oposição da parte ré.Aguarde-se a audiência
designada no feito.Intimem-se. Cumpra-se.Belém, 21 de fevereiro de 2019. MÁRCIA CRISTINA LEÃO
MURRIETA Juíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível
reclamante nunca solicitou aferição alguma no aparelho. Diz ainda que?foi verificado que as leituras das
faturas defevereiro, março e abril de 2017estão com confirmação normal, em ordem crescente,
demonstrando o real consumo da Reclamante no faturamento mensal, não tendo nenhum apontamento de
erro.Constatou-se não haver nenhum erro de leitura, nem vazamento de corrente ou irregularidade na
ligação ou ramal da Conta Contrato até o ponto de entrega. Logo, não há que se falar em valor
exorbitante, sendo que o consumo foi devidamente faturado, de acordo com o conjunto probatório
anexado?. Também afirma nos Processos 0819815-60.2017.8.14.0301 e 0842135-07.2017.8.14.0301 que
a reclamante se utiliza de um acordo firmado em outro processo, no qual por mera liberalidade a empresa
revisou algumas faturas com base na média de 196 kw para afirmar que esse mesmo valor deve ser
aplicado para as faturas posteriores. Destaca que ?foi verificado que as leituras das faturas demaio à
outubro de 2017estão com confirmação normal, em ordem crescente, demonstrando o real consumo da
Reclamante no faturamento mensal, não tendo nenhum apontamento de erro. A requerida chama atenção
para o fato de ter sido realizada inspeção na conta contrato 1468936, em queNÃOfoi verificado qualquer
irregularidade no consumo ou vazamento de energia, desta forma, não há que se falar em erro de
leitura?.? Formula ainda pedido contraposto para que a reclamante seja condenada a pagar as faturas
inadimplidas: Processos nº0807940-30.2016.8.14.0301 (R$21.327,00), 0808709-04.2017.8.14.0301
(R$1.800,43); 0819815-60.2017.8.14.0301 (R$5.472,47); 0842135-07.2017.8.14.0301
(R$21.327,07)Inicialmente, cumpre dizer que as faturas dos meses 09/2016, 10/2016 e 11/2016 e o
parcelamento de ajuste de consumo no valor de R$467,80 (todos impugnados no processo nº 0807940-
30.2016.8.14.0301) foram objeto de acordo realizado entre as partes no Processo nº 0806048-
52.2017.8.14.0301, devidamente homologado por este juízo, de modo que, em relação a eles nada há que
se analisar nesta sentença, tendo em vista os efeitos da coisa julgada. Contudo, resta pendente de
julgamento uma última questão ventilada no Processo nº 0807940-30.2016.8.14.0301, que diz respeito a
fatura no valor de R$12.213,19, assim como os demais processos objeto desta sentença.Versam os autos
sobre típica relação de consumo, uma vez que reclamante e reclamada ostentam respectivamente a
condição de consumidor ? destinatário final ? e fornecedor de serviço, nos termos dos arts. 2º, 3º e 22 do
CDC.De outro lado, a reclamante, além de consumidora, é hipossuficiente no que tange à produção
probatória ? uma vez que dela não se espera a detenção do conhecimento técnico e dos meios
necessários à prova de que as faturas não condizem com o real consumo de sua unidade consumidora ?,
razão pela qual é imperioso inverter o ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso VIII, do CDC.Aponte-se
que os requisitos para inversão do ônus da prova previstos no dispositivo supra ? verossimilhança das
alegações formuladas e hipossuficiência do consumidor ? são alternativos, bastando a presença de um
deles para deferimento da medida.Além do mais, de acordo com a Teoria da Distribuição Dinâmica do
Ônus da Prova, é a reclamada quem detém as melhores condições de provar a regularidade das
cobranças impugnadas pela reclamante.Quanto ao mérito, ficou evidenciado nos autos que a fatura no
valor de R$12.213,19 refere-se à irregularidade ocorrida na unidade consumidora da reclamante no
período de janeiro de 2015 a janeiro de 2016, devidamente comprovada pelo Termo de Ocorrência de
Inspeção de id. 4054233 (Processo n º 0807940-30.2016.8.14.0301), instruído com fotografias e,
sobretudo, pelo Laudo do IMETROPARÁ que detectou anomalia no aparelho de medição. Segundo o
instituto os erros encontrados variavam entre menos 49,23% e menos 50,48%, enquanto o erro máximo
admissível seria de 4% para mais ou para menos (id.4054245).Assim, creio que a reclamada se
desincumbiu do ônus de provar a irregularidade de consumo, razão pela qual é cabível a cobrança da
diferença de consumo.A propósito do tema, a jurisprudência pátria vem decidindo que a recuperação de
consumo é devida quando comprovada a irregularidade e que há presunção de veracidade e legitimidade
dos atos administrativos, bem como que, ainda que não fique comprovada a participação do consumidor
na irregularidade, este deve efetuar o pagamento do valor cobrado, pois se beneficiou do uso da energia e
por ela não pagou, conforme acórdãos abaixo transcritos: ?APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PÚBLICO NÃO
ESPECIFICADO. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. DESCONSTITUIÇÃO DO DÉBITO.
IMPOSSIBILIDADE. IRREGULARIDADE NO MEDIDOR DE ENERGIA. DANO MORAL. CUSTO
ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE. A confissão de dívida não obsta a revisão do cálculo... Ver
íntegra da ementa da recuperação de consumo. É ônus da parte ré comprovar que a parte autora violou o
medidor. Não o fazendo, não poder ser atribuída à parte autora a responsabilidade pela violação.No
entanto, a documentação acostada aos autos comprovou o desvio de energia elétrica a beneficiar o
apelante em detrimento da concessionária. Assim, o pagamento da recuperação do consumo decorre da
utilização da energia fornecida e não registrada corretamente, razão pela qual não se discute a culpa do
consumidor com relação à fraude.PERÍODO DE AFERIÇÃO DO DÉBITO: No caso dos autos é razoável
que a recuperação de consumo seja limitada aos últimos 12 meses do período apontado pela parte ré. O
recálculo deve ter por base a média dos 12 (doze) meses que antecederam à constatação da ocorrência
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
da fraude, fins de adotar o melhor critério para apuração do consumo a ser recuperado. O critério a ser
utilizado, todavia é da média aritmética, e não do maior consumo, pois é o critério que melhor favorece as
partes. CUSTO ADMINISTRATIVO. MULTA 30%: Além de o percentual cobrado mostrar-se abusivo ao
caso concreto, as despesas não foram comprovadas pela empresa, sendo, portanto, inviável a cobrança.
(...) APELO DO AUTOR PARCIALMENTE PROVIDO. VENCIDO O RELATOR QUE PROVIA
PARCIALMENTE O RECURSO, EM MENOR EXTENSÃO.? (Apelação Cível Nº 70054768734, Segunda
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: João Barcelos de Souza Junior, Julgado em
26/06/2013)Grifos nossos, omitido o irrelevante.?APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PÚBLICO NÃO
ESPECIFICADO. ENERGIA ELÉTRICA. IRREGULARIDADE NA UNIDADE CONSUMIDORA. DESVIO DE
ENERGIA.Independentemente da revelia, os documentos trazidos aos autos são contundentes e
suficientes para a comprovação do desvio de energia elétrica na unidade consumidora, tendo a ré
satisfeito plenamente o ônus probatório invertido. Desnecessidade de comprovação da autoria do fato
delituoso, sendo o proprietário responsável pelo pagamento do consumo não registrado, pois dele se
beneficiou. Dever de zelar pelo equipamento. Precedentes jurisprudenciais.(...) APELAÇÃO
PARCIALMENTE PROVIDA. (Apelação Cível Nº 70050882901, Segunda Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Almir Porto da Rocha Filho, Julgado em 27/03/2013). O não pagamento do valor
devido pelo serviço efetivamente utilizado causaria enriquecimento indevido à reclamante, o que é vedado
pelo art. 884 do Código Civil:?Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem,
será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários?.Porém,
embora devida a cobrança, entendo que se apresenta excessiva e desarrazoada, tendo em vista que, de
acordo com a planilha de cálculo juntada aos autos (Id.4054205 ? Proc. Nº 0807940-30.2016.8.14.0301)
para recuperação de receita a reclamada utilizou como valor de referência 1.364 kw, relativos ao consumo
pós-normalização. Ocorre que pelo histórico da unidade consumidora (Id.1006807-Proc. Nº 0807940-
30.2016.8.14.0301), verifica-se que nos 12 meses que precederam o período da irregularidade, isto é, de
janeiro a dezembro de 2014, a média de gasto mensal foi de 225 Kw/h/mês, o que demonstra a
abusividade do valor de referência adotado no cálculo feito pela reclamada.Desta forma, tendo em vista
que no Sistema dos Juizados Especiais, de acordo com o art. 6º da Lei nº 9.099/95, o Juiz deve adotar,
em cada caso, a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e às
exigências do bem comum, compreendo que para se calcular o montante devido pelo reclamante a título
de recuperação de consumo deve ser adotada a média acima aludida.Nesse sentido:RECURSO
INOMINADO. ENERGIA ELÉTRICA. AÇÃO DE DESCONSTITUIÇÃO DE DÉBITO. RECUPERAÇÃO DE
CONSUMO. IRREGULARIDADES NO MEDIDOR DE ENERGIA E ALTERAÇÃO DA MÉDIA DE
CONSUMO APÓS A SUBSTITUIÇÃO DO MEDIDOR COMPROVADAS. RECUPERAÇAO DE CONSUMO
DEVIDA. 1. A versão autoral de que não manipulou o medidor de energia não exime a responsabilidade do
autor, no caso concreto, pelo pagamento da diferença do que foi efetivamente consumido e não cobrado
em razão das irregularidades encontradas no equipamento. [...] 4.Período de aferição do débito que deve
ser adequado e ter por base a média dos últimos 12 (doze) meses anteriores à constatação da ocorrência
da fraude (janeiro/14), para se observar o melhor critério de apuração do consumo a ser recuperado.[...].
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005434865, Quarta Turma Recursal Cível,
Turmas Recursais, Relator: Glaucia DippDreher, Julgado em 31/07/2015). Grifos nossos.?APELAÇÃO
CÍVEL. DIREITO PÚBLICO NÃO ESPECIFICADO. IRREGULARIDADES NO MEDIDOR. RECUPERAÇÃO
DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA. POSSIBILIDADE. VARIAÇÃO DE CONSUMO CONFIGURADA.
APLICAÇÃO DO CDC. POSSIBILIDADE. RELAÇÃO DE CONSUMO DEMONSTRADA. AVALIAÇÃO
TÉCNICA QUE CONSTATOU A ADULTERAÇÃO DO MEDIDOR. OBSERVÂNCIA DO PROCEDIMENTO
ESTABELECIDO PELA RESOLUÇÃO Nº 414/2010 DA ANEEL. [...]4. Cálculo. Embora não haja
ilegalidade no critério adotado pela Concessionária ao aplicar o art. 130, inciso III, da Resolução Normativa
da ANEEL nº 414/2010, não deve ser aplicado o método da média dos três maiores consumos, por
consistir em evidente abusividade, quando manifestamente desgarrados do que se observa ter sido o
consumo médio do ano do anterior à prática da irregularidade. Assim, o critério a ser adotado para o
cálculo deve se dar não com base na média dos três maiores consumos verificados nos 12 (doze) meses
anteriores ao início da irregularidade, mas sim com base na média aritmética do consumo dos últimos 12
(doze) meses, por se mostrar o critério mais razoável, ajustado à ideia da recuperação de consumo, que
não é a de promover enriquecimento da concessionária e nem punição ao consumidor.[...]. APELAÇÃO
PARCIALMENTE PROVIDA. (Apelação Cível Nº 70060752201, Vigésima Primeira Câmara Cível, Tribunal
de Justiça do RS, Relator: Marcelo Bandeira Pereira, Julgado em 29/07/2015). Grifos
nossos.??Fornecimento de energia elétrica. Alteração do medidor. Ato administrativo. Presunção de
legitimidade e veracidade. 1 - Constatada violação do medidor de energia elétrica, por meio de termo de
ocorrência de irregularidade, e não requerida perícia pelo consumidor, legítima a cobrança da diferença
408
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
abstendo-se de efetuar novo corte em decorrência da dívida nela contida;d) JULGO PARCIALMENTE
PROCEDENTEo pedido contraposto para condenar a reclamanteMARIA JOSE DOS SANTOS PINTO
CAMARGOa pagar à reclamada CENTRAIS ELÉTRICAS DO PARÁ em relação à fatura de consumo não
registrado (01/2016) o valor equivalente a fatura de CNR relativa a 01/2016, a média de 225 kw/h para
cada um dos doze períodos de irregularidade, assim como, a pagar em relação às faturas dos meses de
maio, junho, julho, agosto, setembro e outubro de 2017 o valor pecuniário correspondente à média
aritmética de consumo de 225 kw/h, sem qualquer acréscimo de custo administrativo ou qualquer
modalidade de juros e multa, devendo apenas ser acrescido ao valor obtido correção monetária pelo
INPC.Para fins de pagamento das faturas revisadas, deverá a reclamada refaturá-las logo após o trânsito
em julgado desta sentença, devendo a primeira ter o vencimento lançado para trinta dias após essa data e
as demais sucessivamente, sempre com intervalo de 30 dias em relação à anterior.Restam extintos os
Processos nº0807940-30.2016.8.14.0301, 0808709-04.2017.8.14.0301, 0819815-60.2017.8.14.0301 e
0842135-07.2017.8.14.0301,com resolução de mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do
CPC/2015.Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da
gratuidade do primeiro grau de jurisdição nos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95).Fica a
reclamada intimada a comprovar, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, ter disponibilizado (nestes autos e no
site) as faturas com os novos valores, nos termos desta sentença, sob pena de ser punida com multa por
ato atentatório à dignidade da justiça de até 20% (vinte por cento) do valor da causa, sem prejuízo de
outras sanções de natureza criminal, civil e processual (art. 77, IV, e §§ 1º e 2º, CPC/2015).Havendo
cumprimento espontâneo,expeça-se alvará judicial em nome da parte reclamada ou de seu/sua
advogado(a)(caso haja pedido e este tenha poderes expressos para receber e dar quitação) para
levantamento dos valores depositados em juízo, devendo o seu recebimento ser comprovado nos
autos.Comprovado o cumprimento espontâneo da presente sentença ou informado o parcelamento
administrativo do débito, arquivem-se os autos.P.R.I.C.Belém/PA, 31 de janeiro de 2019. MÁRCIA
CRISTINA LEÃO MURRIETAJuíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém
reclamante nunca solicitou aferição alguma no aparelho. Diz ainda que?foi verificado que as leituras das
faturas defevereiro, março e abril de 2017estão com confirmação normal, em ordem crescente,
demonstrando o real consumo da Reclamante no faturamento mensal, não tendo nenhum apontamento de
erro.Constatou-se não haver nenhum erro de leitura, nem vazamento de corrente ou irregularidade na
ligação ou ramal da Conta Contrato até o ponto de entrega. Logo, não há que se falar em valor
exorbitante, sendo que o consumo foi devidamente faturado, de acordo com o conjunto probatório
anexado?. Também afirma nos Processos 0819815-60.2017.8.14.0301 e 0842135-07.2017.8.14.0301 que
a reclamante se utiliza de um acordo firmado em outro processo, no qual por mera liberalidade a empresa
revisou algumas faturas com base na média de 196 kw para afirmar que esse mesmo valor deve ser
aplicado para as faturas posteriores. Destaca que ?foi verificado que as leituras das faturas demaio à
outubro de 2017estão com confirmação normal, em ordem crescente, demonstrando o real consumo da
Reclamante no faturamento mensal, não tendo nenhum apontamento de erro. A requerida chama atenção
para o fato de ter sido realizada inspeção na conta contrato 1468936, em queNÃOfoi verificado qualquer
irregularidade no consumo ou vazamento de energia, desta forma, não há que se falar em erro de
leitura?.? Formula ainda pedido contraposto para que a reclamante seja condenada a pagar as faturas
inadimplidas: Processos nº0807940-30.2016.8.14.0301 (R$21.327,00), 0808709-04.2017.8.14.0301
(R$1.800,43); 0819815-60.2017.8.14.0301 (R$5.472,47); 0842135-07.2017.8.14.0301
(R$21.327,07)Inicialmente, cumpre dizer que as faturas dos meses 09/2016, 10/2016 e 11/2016 e o
parcelamento de ajuste de consumo no valor de R$467,80 (todos impugnados no processo nº 0807940-
30.2016.8.14.0301) foram objeto de acordo realizado entre as partes no Processo nº 0806048-
52.2017.8.14.0301, devidamente homologado por este juízo, de modo que, em relação a eles nada há que
se analisar nesta sentença, tendo em vista os efeitos da coisa julgada. Contudo, resta pendente de
julgamento uma última questão ventilada no Processo nº 0807940-30.2016.8.14.0301, que diz respeito a
fatura no valor de R$12.213,19, assim como os demais processos objeto desta sentença.Versam os autos
sobre típica relação de consumo, uma vez que reclamante e reclamada ostentam respectivamente a
condição de consumidor ? destinatário final ? e fornecedor de serviço, nos termos dos arts. 2º, 3º e 22 do
CDC.De outro lado, a reclamante, além de consumidora, é hipossuficiente no que tange à produção
probatória ? uma vez que dela não se espera a detenção do conhecimento técnico e dos meios
necessários à prova de que as faturas não condizem com o real consumo de sua unidade consumidora ?,
razão pela qual é imperioso inverter o ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso VIII, do CDC.Aponte-se
que os requisitos para inversão do ônus da prova previstos no dispositivo supra ? verossimilhança das
alegações formuladas e hipossuficiência do consumidor ? são alternativos, bastando a presença de um
deles para deferimento da medida.Além do mais, de acordo com a Teoria da Distribuição Dinâmica do
Ônus da Prova, é a reclamada quem detém as melhores condições de provar a regularidade das
cobranças impugnadas pela reclamante.Quanto ao mérito, ficou evidenciado nos autos que a fatura no
valor de R$12.213,19 refere-se à irregularidade ocorrida na unidade consumidora da reclamante no
período de janeiro de 2015 a janeiro de 2016, devidamente comprovada pelo Termo de Ocorrência de
Inspeção de id. 4054233 (Processo n º 0807940-30.2016.8.14.0301), instruído com fotografias e,
sobretudo, pelo Laudo do IMETROPARÁ que detectou anomalia no aparelho de medição. Segundo o
instituto os erros encontrados variavam entre menos 49,23% e menos 50,48%, enquanto o erro máximo
admissível seria de 4% para mais ou para menos (id. 4054245).Assim, creio que a reclamada se
desincumbiu do ônus de provar a irregularidade de consumo, razão pela qual é cabível a cobrança da
diferença de consumo.A propósito do tema, a jurisprudência pátria vem decidindo que a recuperação de
consumo é devida quando comprovada a irregularidade e que há presunção de veracidade e legitimidade
dos atos administrativos, bem como que, ainda que não fique comprovada a participação do consumidor
na irregularidade, este deve efetuar o pagamento do valor cobrado, pois se beneficiou do uso da energia e
por ela não pagou, conforme acórdãos abaixo transcritos: ?APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PÚBLICO NÃO
ESPECIFICADO. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. DESCONSTITUIÇÃO DO DÉBITO.
IMPOSSIBILIDADE. IRREGULARIDADE NO MEDIDOR DE ENERGIA. DANO MORAL. CUSTO
ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE. A confissão de dívida não obsta a revisão do cálculo... Ver
íntegra da ementa da recuperação de consumo. É ônus da parte ré comprovar que a parte autora violou o
medidor. Não o fazendo, não poder ser atribuída à parte autora a responsabilidade pela violação.No
entanto, a documentação acostada aos autos comprovou o desvio de energia elétrica a beneficiar o
apelante em detrimento da concessionária. Assim, o pagamento da recuperação do consumo decorre da
utilização da energia fornecida e não registrada corretamente, razão pela qual não se discute a culpa do
consumidor com relação à fraude.PERÍODO DE AFERIÇÃO DO DÉBITO: No caso dos autos é razoável
que a recuperação de consumo seja limitada aos últimos 12 meses do período apontado pela parte ré. O
recálculo deve ter por base a média dos 12 (doze) meses que antecederam à constatação da ocorrência
411
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
da fraude, fins de adotar o melhor critério para apuração do consumo a ser recuperado. O critério a ser
utilizado, todavia é da média aritmética, e não do maior consumo, pois é o critério que melhor favorece as
partes. CUSTO ADMINISTRATIVO. MULTA 30%: Além de o percentual cobrado mostrar-se abusivo ao
caso concreto, as despesas não foram comprovadas pela empresa, sendo, portanto, inviável a cobrança.
(...) APELO DO AUTOR PARCIALMENTE PROVIDO. VENCIDO O RELATOR QUE PROVIA
PARCIALMENTE O RECURSO, EM MENOR EXTENSÃO.? (Apelação Cível Nº 70054768734, Segunda
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: João Barcelos de Souza Junior, Julgado em
26/06/2013)Grifos nossos, omitido o irrelevante.?APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PÚBLICO NÃO
ESPECIFICADO. ENERGIA ELÉTRICA. IRREGULARIDADE NA UNIDADE CONSUMIDORA. DESVIO DE
ENERGIA.Independentemente da revelia, os documentos trazidos aos autos são contundentes e
suficientes para a comprovação do desvio de energia elétrica na unidade consumidora, tendo a ré
satisfeito plenamente o ônus probatório invertido. Desnecessidade de comprovação da autoria do fato
delituoso, sendo o proprietário responsável pelo pagamento do consumo não registrado, pois dele se
beneficiou. Dever de zelar pelo equipamento. Precedentes jurisprudenciais.(...) APELAÇÃO
PARCIALMENTE PROVIDA. (Apelação Cível Nº 70050882901, Segunda Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Almir Porto da Rocha Filho, Julgado em 27/03/2013). O não pagamento do valor
devido pelo serviço efetivamente utilizado causaria enriquecimento indevido à reclamante, o que é vedado
pelo art. 884 do Código Civil:?Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem,
será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários?.Porém,
embora devida a cobrança, entendo que se apresenta excessiva e desarrazoada, tendo em vista que, de
acordo com a planilha de cálculo juntada aos autos (Id.4054205 ? Proc. Nº 0807940-30.2016.8.14.0301)
para recuperação de receita a reclamada utilizou como valor de referência 1.364 kw, relativos ao consumo
pós-normalização. Ocorre que pelo histórico da unidade consumidora (Id. 1006807- Proc. Nº 0807940-
30.2016.8.14.0301), verifica-se que nos 12 meses que precederam o período da irregularidade, isto é, de
janeiro a dezembro de 2014, a média de gasto mensal foi de 225 Kw/h/mês, o que demonstra a
abusividade do valor de referência adotado no cálculo feito pela reclamada.Desta forma, tendo em vista
que no Sistema dos Juizados Especiais, de acordo com o art. 6º da Lei nº 9.099/95, o Juiz deve adotar,
em cada caso, a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e às
exigências do bem comum, compreendo que para se calcular o montante devido pelo reclamante a título
de recuperação de consumo deve ser adotada a média acima aludida.Nesse sentido:RECURSO
INOMINADO. ENERGIA ELÉTRICA. AÇÃO DE DESCONSTITUIÇÃO DE DÉBITO. RECUPERAÇÃO DE
CONSUMO. IRREGULARIDADES NO MEDIDOR DE ENERGIA E ALTERAÇÃO DA MÉDIA DE
CONSUMO APÓS A SUBSTITUIÇÃO DO MEDIDOR COMPROVADAS. RECUPERAÇAO DE CONSUMO
DEVIDA. 1. A versão autoral de que não manipulou o medidor de energia não exime a responsabilidade do
autor, no caso concreto, pelo pagamento da diferença do que foi efetivamente consumido e não cobrado
em razão das irregularidades encontradas no equipamento. [...] 4.Período de aferição do débito que deve
ser adequado e ter por base a média dos últimos 12 (doze) meses anteriores à constatação da ocorrência
da fraude (janeiro/14), para se observar o melhor critério de apuração do consumo a ser recuperado.[...].
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005434865, Quarta Turma Recursal Cível,
Turmas Recursais, Relator: Glaucia DippDreher, Julgado em 31/07/2015). Grifos nossos.?APELAÇÃO
CÍVEL. DIREITO PÚBLICO NÃO ESPECIFICADO. IRREGULARIDADES NO MEDIDOR. RECUPERAÇÃO
DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA. POSSIBILIDADE. VARIAÇÃO DE CONSUMO CONFIGURADA.
APLICAÇÃO DO CDC. POSSIBILIDADE. RELAÇÃO DE CONSUMO DEMONSTRADA. AVALIAÇÃO
TÉCNICA QUE CONSTATOU A ADULTERAÇÃO DO MEDIDOR. OBSERVÂNCIA DO PROCEDIMENTO
ESTABELECIDO PELA RESOLUÇÃO Nº 414/2010 DA ANEEL. [...]4. Cálculo. Embora não haja
ilegalidade no critério adotado pela Concessionária ao aplicar o art. 130, inciso III, da Resolução Normativa
da ANEEL nº 414/2010, não deve ser aplicado o método da média dos três maiores consumos, por
consistir em evidente abusividade, quando manifestamente desgarrados do que se observa ter sido o
consumo médio do ano do anterior à prática da irregularidade. Assim, o critério a ser adotado para o
cálculo deve se dar não com base na média dos três maiores consumos verificados nos 12 (doze) meses
anteriores ao início da irregularidade, mas sim com base na média aritmética do consumo dos últimos 12
(doze) meses, por se mostrar o critério mais razoável, ajustado à ideia da recuperação de consumo, que
não é a de promover enriquecimento da concessionária e nem punição ao consumidor.[...]. APELAÇÃO
PARCIALMENTE PROVIDA. (Apelação Cível Nº 70060752201, Vigésima Primeira Câmara Cível, Tribunal
de Justiça do RS, Relator: Marcelo Bandeira Pereira, Julgado em 29/07/2015). Grifos
nossos.??Fornecimento de energia elétrica. Alteração do medidor. Ato administrativo. Presunção de
legitimidade e veracidade. 1 - Constatada violação do medidor de energia elétrica, por meio de termo de
ocorrência de irregularidade, e não requerida perícia pelo consumidor, legítima a cobrança da diferença
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
abstendo-se de efetuar novo corte em decorrência da dívida nela contida;d) JULGO PARCIALMENTE
PROCEDENTEo pedido contraposto para condenar a reclamante MARIA JOSE DOS SANTOS PINTO
CAMARGO a pagar à reclamada CENTRAIS ELÉTRICAS DO PARÁ em relação à fatura de consumo não
registrado (01/2016) o valor equivalente a fatura de CNR relativa a 01/2016, a média de 225 kw/h para
cada um dos doze períodos de irregularidade, assim como, a pagar em relação às faturas dos meses de
maio, junho, julho, agosto, setembro e outubro de 2017 o valor pecuniário correspondente à média
aritmética de consumo de 225 kw/h, sem qualquer acréscimo de custo administrativo ou qualquer
modalidade de juros e multa, devendo apenas ser acrescido ao valor obtido correção monetária pelo
INPC.Para fins de pagamento das faturas revisadas, deverá a reclamada refaturá-las logo após o trânsito
em julgado desta sentença, devendo a primeira ter o vencimento lançado para trinta dias após essa data e
as demais sucessivamente, sempre com intervalo de 30 dias em relação à anterior.Restam extintos os
Processos nº0807940-30.2016.8.14.0301, 0808709-04.2017.8.14.0301, 0819815-60.2017.8.14.0301 e
0842135-07.2017.8.14.0301,com resolução de mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do
CPC/2015.Isento as partes de custas, despesas processuais e honorários de sucumbência, em virtude da
gratuidade do primeiro grau de jurisdição nos Juizados Especiais (arts. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95).Fica a
reclamada intimada a comprovar, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, ter disponibilizado (nestes autos e no
site) as faturas com os novos valores, nos termos desta sentença, sob pena de ser punida com multa por
ato atentatório à dignidade da justiça de até 20% (vinte por cento) do valor da causa, sem prejuízo de
outras sanções de natureza criminal, civil e processual (art. 77, IV, e §§ 1º e 2º, CPC/2015).Havendo
cumprimento espontâneo,expeça-se alvará judicial em nome da parte reclamada ou de seu/sua
advogado(a)(caso haja pedido e este tenha poderes expressos para receber e dar quitação) para
levantamento dos valores depositados em juízo, devendo o seu recebimento ser comprovado nos
autos.Comprovado o cumprimento espontâneo da presente sentença ou informado o parcelamento
administrativo do débito, arquivem-se os autos.P.R.I.C.Belém/PA, 31 de janeiro de 2019. MÁRCIA
CRISTINA LEÃO MURRIETAJuíza de Direito da 9ª Vara do Juizado Especial Cível de Be
probatório,poderia a própria ré consultar nesse sistema a data em que os livros foram retirados pela autora
e verificar se, até a data da entrega, houve alguma interrupção em tal sistema. Contudo, mesmo em poder
de tais informações, a ré quedou-se inerte nesse ponto.A parte ré sequer arrolou sua funcionária
responsável pela biblioteca no dia do ocorrido (?Regina?), a qual poderia melhor elucidar os fatos.Milita
em favor da parte autora o fato de ter juntado documentos que comprovam: o débito com a biblioteca no
valor de R$ 1.170,00, datado de 05.05.2016 (ID 348709); bem como sua matrícula no 6º
semestre,posterior ao suposto débito com a biblioteca (ID 348703), o que deixa o seguinte
questionamento: por quê foi impedida de se matricular no 7º semestre em razão da suposta dívida, mas
pôde se matricular no 6º?Nesse ponto, outra situação merece destaque: o fato de não haver qualquer
comprovação de que a ré tenha comunicado/notificado a autora acerca das pendências com a
biblioteca.Ora, a dívida pela não entrega dos livros somente chegou à vultosa quantia de R$ 1.170,00 em
razão do tempo que levou para a autora ser informada do débito. Tanto que se matriculou normalmente no
6º semestre e somente teve conhecimento da dívida ao tentar se matricular no 7º semestre.Tal fato, por si
só, demonstra falha na prestação de serviço, posto que a autora era aluna da faculdade ré, frequentando,
ao menos em tese, regularmente as aulas. Poderia a ré, nesse sentido, ter entrado em contato com a
autora de várias formas para evitar o acúmulo da dívida, mas não comprovou ter assim procedido.Deve
ser ressaltado, ainda, o depoimento em audiência da testemunha arrolada pela autora (ID 2142933), tendo
esta afirmado que, na época dos fatos, estava fazendo um trabalho em grupo com a autora e outras
pessoas,tendo presenciado a parte autora devolver os livros na bibliotecaquando o sistema responsável
por registrar a devolução estava fora do ar. Afirmou que era comum tal sistema ficar inoperante, e que ela
mesma já teve que pagar multas pequenas em razão de atrasos na devolução de livros que já havia
devolvido.Tendo em vista todo o conteúdo probatório produzido no decorrer da instrução, bem como a
presunção favorável que recai em prol da consumidora, parte hipossuficiente da relação, dou credibilidade
a tese autoral reconhecendo a inexistência da dívida em questão por considerar que os livros foram
devolvidos conforme asseverou a testemunha.No que concerne aos danos morais reclamados,extrai-se
que a autora passou a enfrentar problemas que ultrapassam o mero aborrecimento e o dissabor cotidiano,
como necessidade de autorização para frequentar as aulas e fazer provas, além das incertezas geradas a
cada novo período de rematrícula.Cabe destacar, ainda, que a autora é beneficiária de financiamento
estudantil concedido por programa federal, o que, no entendimento deste Juízo, agrava o quadro ora
verificado, causando profundo sentimento de angústia e preocupação da parte autora com seu futuro no
curso, situação apta a ensejar o dano extrapatrimonial.No caso, patente está a falha na prestação do
serviço, caracterizando-se a responsabilidade das rés como objetiva, nos termos do art. 14, do Código de
Defesa do Consumidor. Portanto a autora faz jus a indenização pleiteada.Passo a quantificar a
indenização:Ao efetuar o presente arbitramento levo em consideração que em se tratando de indenização
por danos morais, mormente na responsabilidade civil dentro das relações de consumo, os princípios que
informam o sistema especial de proteção e defesa do consumidor devem ser considerados, a fim de que o
valor da indenização por danos morais tenha caráter tríplice, ou seja:punitivoem relação ao agente que
viola a norma jurídica,compensatórioem relação à vítima, que tem direito ao recebimento de quantia que
lhe compense a angústia e humilhação pelo abalo sofrido, eeducativono sentido de incentivar o condenado
a evitar a prática de condutas análogas que venham prejudicar outros consumidores.Busco posicionar o
quantum indenizatório num patamar equânime que não empobreça demasiadamente a reclamada
inviabilizando sua atividade, mas que desestimule condutas análogas, sem constituir enriquecimento
absurdo para o autor.Desse modo, concluo que o valor deR$ 8.000,00 (oito mil e reais)atende aos
parâmetros legais para fixação do quantum indenizatório no presente caso concreto.Ante o
exposto,JULGO PROCEDENTE O PEDIDO FORMULADO PELO AUTOR NA PETIÇÃO INICIAL, para
confirmar os efeitos da tutela antecipada concedida neste feito, e declarar a inexistência da dívida da
autora com a biblioteca da ré, questionada nestes autos.Condeno a ré, ainda,a pagar à parte autora o
valor deR$ 8.000,00 (oito mil e reais),a título de indenização por danos morais,que deverá ser corrigido
através do índice INPC/IBGE desde a data da presente decisão (Súmula 362 do STJ), mais juros de 1%
ao mês a partir da citação (art. 405, do Código Civil).Por consequência,EXTINGO O PROCESSO COM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO, com fulcro no art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil.Defiro o benefício
da justiça gratuita à autora, nos termos do art. 99 do CPC.Sem condenação em custas ou honorários
advocatícios, nos termos dos arts. 54,caput,e 55 da Lei Federal nº. 9.099/1995.Intime-se nos termos do
art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 do GP/VP. Cumpra-se.Belém, 21 de fevereiro de 2019. CARMEN
OLIVEIRA DE CASTRO CARVALHOJuíza de Direito da 10ª Vara do JECível de BelémA
417
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil.Defiro o benefício da justiça gratuita à parte autora, nos
termos do art. 99 do CPC.Sem condenação em custas ou honorários advocatícios, nos termos dos arts.
54,caput,e 55 da Lei Federal nº. 9.099/1995.Transitada em julgado, certifique-se e arquivem-se os
autos.Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 do GP/VP. Cumpra-se.Belém, 21
de fevereiro de 2019. CARMEN OLIVEIRA DE CASTRO CARVALHOJuíza de Direito da 10ª Vara do
JECível de Belém A
serviços só não será responsabilizado quando provar:I -que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;II -
a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.É, portanto, presumivelmente verdadeira a narrativa inicial
de que a parte autora deixou seu televisor para conserto na empresa ré, não tendo esta cumprido os
prazos firmados para a conclusão do serviço e nem lhe devolvido o dinheiro pago como parte do
pagamento.Milita em favor da parte autora o fato de juntar o recibo no valor de R$ 250,00, relativo à
contratação do serviço da ré (ID 1111174).Assim, restou inconteste que a conduta da ré foi ilícita, na
medida em que se comprometeu a realizar o conserto da TV e firmou com o autor um prazo para conserto
e entrega mas não cumpriu, além de não demonstrar transparência na resolução do problema. No caso,
patente está a falha na prestação do serviço, caracterizando-se a responsabilidade da empresa requerida
como objetiva, nos termos do art. 14, do Código de Defesa do Consumidor.Portanto,deve responder pelos
danos materiais causados à parte autora.Passo a quantificar a indenização:Diferentemente do dano moral,
a indenização por dano material pressupõeprova efetiva do prejuízo sofrido, sendo este classificado em
duas modalidades a partir da ocorrência do dano: o que efetivamente se perdeu (danos emergentes); ou o
que razoavelmente se deixou de ganhar (lucros cessantes).No caso em tela, o recibo juntado no ID
1111174 tem o condão de comprovar o prejuízo material sofrido pela parte autora, no valor de R$
250,00.Portanto,deve ser restituído ao autor o valor de R$ 250,00, a título de dano material na modalidade
emergente.Não merece ser acolhido o pedido de restituição do valor integral pago pelo autor no televisor
(R$ 1.699,00), nos termos da nota de compra do ID 1111174.Isto porque tal valor constitui o preço pago
pelo autor peloprodutonovo, em18.02.2012,portanto, cerca dequatro anos antes de o produto apresentar
defeitos.Inclusive, o próprio autor afirma na inicial que seu televisor apresentou defeito na placa principal
(daí a necessidade de conserto).Não tendo sido apresentada pela parte autora qualquer estimativa com
uma média de preço de mercado de um televisor em condições e características semelhantes ao seu,
afasta-se mais ainda a responsabilidade de a parte ré arcar com o valor integral pago pelo produto em
2012.Adotando um juízo de equidade, entendo que o mais prudente a ser feito, além da devolução do
valor pago pelo conserto, é determinar à ré que também devolva o televisor do autor, no estado em que
este lhe entregou para conserto.Ante o exposto,JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO
FORMULADO NA PETIÇÃO INICIAL, determinando à ré que devolva o televisor do autor, no estado em
que este lhe entregou para conserto, no prazo de 10 dias, sob pena de multa diária de R$ 50,00, a incidir
por um período máximo de 40 dias.Condeno a parte ré, ainda,a restituir ao autor, a título de danos
materiais, a quantia deR$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais),incidindo correção monetária pelo índice
INPC/IBGE desde a data do efetivo prejuízo (Súmula 43 do STJ), que, no caso, é a data do pagamento
(13.06.2016), mais juros de mora de 1% ao mês a contar da citação.Por consequência,EXTINGO O
PROCESSO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, com fulcro no art. 487, inciso I, do Código de Processo
Civil.Defiro a justiça gratuita à parte autora, nos termos do art. 99 do CPC.Sem condenação em custas ou
honorários advocatícios, nos termos dos arts. 54,caput,e 55 da Lei Federal nº. 9.099/1995.Intime-se nos
termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 do GP/VP. Cumpra-se.Belém, 14 de fevereiro de 2019.
CARMEN OLIVEIRA DE CASTRO CARVALHOJuíza de Direito da 10ª Vara do JECível de BelémA
conciliação marcada para este feito ? da qual a ré foi devidamenteintimada? foi aquela do
dia08.08.2017(ID 1680784).Asessão de mediaçãopara qual a parte ré foiconvidada, com data
para09.08.2017,não se constituiu em um ato obrigatório deste processo,não tendo o condão de excluir a
audiência previamente designada pelo Juízo.Tanto é verdade que, na Carta Convite do ID 1979109, há
expressa menção de que, em caso de impossibilidade de comparecimento ou não celebração de acordo, a
audiência designada no Juízo de origem seria mantida.Extrai-se, portanto, que a única hipótese de a
sessão de mediação cancelar a audiência designada inicialmente pelo Juízo de origem seria eventual
celebração de acordo, o que não ocorreu, posto que a parte ré não junta aos autos qualquer prova nesse
sentido.O Enunciado FONAJE nº 20 dispõe que o comparecimento pessoal da parte às audiências
éobrigatório,podendo a pessoa jurídica ser representada por preposto.Não tendo comparecido a parte ré a
ato processual obrigatório designado no curso do processo, impõe-se a decretação da revelia.Portanto,
considerando a ausência injustificada da ré à audiência realizada (ID 2158330), decreto-lhe a revelia, nos
termos do art. 20 da Lei n.º 9.099/1995.No que concerne à análise da decretação de revelia, embora haja
presunção de veracidade do arcabouço fático contido na inicial, deve ser ressaltado que esta não opera
seus efeitos de forma absoluta e irrestrita, estando condicionada à livre apreciação da prova produzida nos
autos, o que é feito pelo juiz.Não havendo outras questões prejudiciais ou preliminares, passo ao mérito da
causa.Tendo em vista a revelia da ré, aliada à verossimilhança das razões e documentos trazidos pela
parte autora,defiro a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso VIII, do Código de Defesa do
Consumidor e art. 373, §1º, do Código de Processo Civil.Invertido o ônus probatório, é certo que a ré,
enquanto revel, não comprovou a regularidade da cobrança realizada em detrimento da parte autora, não
se comprovando as excludentes de responsabilidade objetiva previstas no §3º do art. 14 do CDC, que
assim dispõe:Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.§ 3°O fornecedor de
serviços só não será responsabilizado quando provar:I -que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;II -
a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.Milita em favor da parte autora o fato de ter juntado
documentos que comprovam a inscrição de seu nome nos cadastros restritivos de crédito por parte da
demandada (IDs 1222953), sendo presumidamente verdadeira a narrativa inicial de que o nunca contratou
os serviços da parte ré.A seu turno, caberia à ré comprovar que a inscrição se deu em virtude de dívidas
efetivamente contraídas, ônus do qual não se desincumbiu, restando inconteste que sua conduta foi ilícita,
na medida em que, efetuou a cobrança indevida de dívidas pagas e ainda inscreveu o nome do autor nos
cadastros restritivos de crédito.Mesmo as telas de sistema juntadas pela parte ré antes da decretação da
revelia (IDs 1748873 e 1748883) se mostram insuficientes para comprovar, inequivocamente, a utilização
da linha telefônica pelo autor, pois entendo que estava ao alcance da ré juntar outras provas para
comprovar tal situação (ordem de serviço no endereço do autor para instalação da linha telefônica,
gravação de chamada com a contratação, contrato de adesão assinado pela parte autora, etc).No caso,
patente está a falha na prestação do serviço, caracterizando-se a responsabilidade da empresa requerida
como objetiva, nos termos do art. 14, do Código de Defesa do Consumidor.Portanto,deve responder pelos
danos morais pleiteados.A jurisprudência dominante dos Tribunais Pátrios, inclusive no STJ, é harmoniosa
quanto ao fato de que, havendo cobrança e inclusão do nome do consumidor em cadastros de
inadimplentes de forma indevida, a obrigação de indenizar os prejuízos experimentados revela-sein re
ipsa, o que dispensa a comprovação da extensão dos danos, sendo estes evidenciados pelas
circunstâncias do próprio ato ilícito praticado.Passo a quantificar a indenização:Ao efetuar o presente
arbitramento, levo em consideração que em se tratando de indenização por danos morais, mormente na
responsabilidade civil dentro das relações de consumo, os princípios que informam o sistema especial de
proteção e defesa do consumidor devem ser considerados, a fim de que o valor da indenização por danos
morais tenha caráter tríplice, ou seja:punitivoem relação ao agente que viola a norma
jurídica,compensatórioem relação à vítima, que tem direito ao recebimento de quantia que lhe compense a
angústia e humilhação pelo abalo sofrido, eeducativono sentido de incentivar o condenado a evitar a
prática de condutas análogas que venham prejudicar outros consumidores.Busco posicionar o quantum
indenizatório num patamar equânime que não empobreça demasiadamente a reclamada inviabilizando
sua atividade, mas que desestimule condutas análogas, sem constituir enriquecimento absurdo para o
autor.Desse modo, concluo que o valor deR$ 5.000,00 (cinco mil reais)atende aos parâmetros legais para
fixação do quantum indenizatório no presente caso concreto.Ante o exposto,JULGO PROCEDENTE O
PEDIDO FORMULADO NA PETIÇÃO INICIAL, tornando definitivos os efeitos da decisão que concedeu a
tutela de urgência (ID 1383637), e declarando inexistentes os débitos questionados na inicial, bem como
determinando que a parte ré se abstenha a inscrever o nome da parte autora em cadastros restritivos de
crédito por tais débitos.Condenoa parte ré, ainda,a pagar à parte autora o valor de5.000,00 (cinco mil
422
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
reais),a título de indenização por danos morais,que deverá ser corrigido através do índice INPC/IBGE
desde a data da presente decisão (Súmula 362 do STJ), mais juros de 1% ao mês a partir do evento
danoso (art. 398 do CC e Súmula 54 do STJ), que, no caso, é a data da inscrição indevida (03.01.2013).
Por fim,EXTINGO O PROCESSO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, com fulcro no art. 487, inciso I, do
Código de Processo Civil.Sem condenação em custas ou honorários advocatícios, nos termos dos arts.
54,caput,e 55 da Lei Federal nº. 9.099/1995.Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº
01/2018 do GP/VP. Cumpra-se.Belém, 21 de fevereiro de 2019. CARMEN OLIVEIRA DE CASTRO
CARVALHOJuíza de Direito da 10ª Vara do JECível de BelémA
parágrafo único, 485, inciso I, 771, Parágrafo Único e 801 do Código de Processo Civil,INDEFIRO A
PETIÇÃO INICIAL EEXTINGO O PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. Sem condenação em
custas ou honorários (arts. 54 e 55, da Lei Federal nº. 9.099/1995).Transitada em julgado, certifique-se, e
arquivem-se os autos. Intime-se nos termos do art. 26, da Portaria Conjunta nº 01/2018 do
GP/VP.Cumpra-se.Belém, 21 de fevereiro de 2019 CARMEN OLIVEIRA DE CASTRO CARVALHOJuíza
de Direito da 10ª Vara do JECível de BelémE
ATO ORDINATÓRIO Com base no Provimento nº006/2006 da Corregedoria Geral do T.J.E., fica
designada Audiência Preliminar para o dia 24 / 06 / 2019 às 09:00h. Belém, 20 de fevereiro de 2019. ANA
DANIELA TEIXEIRA Diretora de Secretaria 2ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém
Aos vinte (20) dia(s) do mês de fevereiro do ano de dois mil e dezenove, nesta cidade e
Comarca de Belém, Estado do Pará, na sala das audiências da 2ª Vara do Juizado do Especial Criminal,
situado na Av. Pedro Miranda, n. 1593, esquina com a Travessa Angustura, Bairro da Pedreira, presente o
Dr. PROCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU FILHO, MM. Juiz de Direito desta Vara, comigo
escrevente judicial abaixo assinado, foi declarada instalada a audiência. Feito o pregão no
horário aprazado, certificou-se estarem presentes a autora do fato, Fernanda Fonseca Moreno, RG
7141113 SSP/PA, acompanhada pela Defensora Pública, Dra. MARIALVA DE SENA SANTOS, a vítima,
Claudenilce Silva, RG 3174896 SSP/PA, e o(a) representante do Ministério Público, Dr(a). MARIA LUIZA
BORBOREMA. Aberta a audiência, e tratando-se de ação penal condicionada à representação,
o MM. Juiz de Direito esclareceu às partes o disposto nos artigos 72 e 74 da Lei 9099/95, oportunizando a
composição, sem reconhecimento da culpabilidade, informando que havendo conciliação entre os
envolvidos, o processo não terá prosseguimento, uma vez que a reparação de danos atende o objetivo da
pacificação social visado pela lei que rege o Juizado especial, faltando assim justa causa para dar
seguimento à persecução penal. Em seguida, foi dada a palavra às partes, que resolveram
assumir perante as autoridades o compromisso de respeito recíproco, sem agressões físicas ou morais,
com tratamento urbano e cordial, buscando sempre a solução pacífica das divergências que entre elas se
apresentarem. Em face desse compromisso e tratando-se de ação penal pública condicionada à
representação, a vítima, de acordo com o que lhe faculta a lei, manifestou o desejo de não prosseguir com
o presente feito, pelo que se retrata da representação feita contra a autora do fato. Dada a
palavra ao Ministério Público: `MM. Juiz, o crime que se apura nesse procedimento depende de
representação, face se enquadrar no art. 147 do CPB, o que deveria ter sido feito no interstício legal de 06
meses após a data da ocorrência dos fatos ou na ocasião em que a vítima tomou conhecimento de quem
seria o autor. No caso em questão, diante da declaração da vítima, de que não tem interesse no
prosseguimento do feito, motivo pelo qual se retratou da representação anteriormente oferecida e que os
fatos ocorreram no dia 23.04.2018, conforme TCO de fls. 04, verifica-se que o prazo decadencial
transcorrera in albis. Assim sendo, requer este Órgão Ministerial que o Juízo declare extinta a punibilidade
da autora do fato pela decadência do direito de representação nos termos dos arts. 107, IV do CPB e 38 e
61 do CPP¿. Diante disso, o MM. Juiz assim sentenciou: `Vistos e etc. Trata-se de TCO
lavrado para apuração do crime previsto no art. 147 do CPB, crime de ação penal pública condicionada à
representação. O art. 38 do CPP dispõe que a vítima deverá oferecer representação no prazo máximo de
06 meses contados do dia em que vier a saber quem é o autor do crime. No caso dos autos, a vítima
declarou não ter interesse no prosseguimento do feito, razão pela qual se retratou da representação feita.
Assim sendo e considerando que os fatos ocorreram no dia 23.04.2018 (fls. 04), verifica-se que o prazo
decadencial foi transposto in albis. Isto posto, face o Enunciado 113 do FONAJE permitir à vítima
renunciar expressamente ao direito de representação até a prolação da sentença, declaro extinta a
punibilidade da autora do fato, em virtude de ter ocorrido a decadência do direito de representar por parte
da vítima, tudo com fundamento nos arts. 88 e 92 da Lei 9.099/95 e ainda com o art. 107, IV, combinado
com o art. 103, todos do CPB. Publique-se. Registre-se e arquive-se¿. Nada mais havendo, foi
encerrada a presente audiência. Eu, __________, secretário de audiência, digitei e subscrevi. Magistrado:
___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensora Pública:
___________________________________________ Fernanda Fonseca Moreno:
___________________________________________ Claudenilce Silva:
___________________________________________
2646851 SSP/PA, e Robison Gemaque dos Santos, RG 2624813 SPS/PA, acompanhados pela Defensora
Pública, Dra. MARIALVA DE SENA SANTOS, a vítima, Maria de Nazare dos Santos Costa, RG 2709791
SSP/PA, e o(a) representante do Ministério Público, Dr(a). MARIA LUIZA BORBOREMA.
Aberta a audiência, e tratando-se de ação penal condicionada à representação, o MM. Juiz de
Direito esclareceu às partes o disposto nos artigos 72 e 74 da Lei 9099/95, oportunizando a composição,
sem reconhecimento da culpabilidade, informando que havendo conciliação entre os envolvidos, o
processo não terá prosseguimento, uma vez que a reparação de danos atende o objetivo da pacificação
social visado pela lei que rege o Juizado especial, faltando assim justa causa para dar seguimento à
persecução penal. Em seguida, foi dada a palavra às partes, que resolveram assumir perante
as autoridades o compromisso de respeito recíproco, sem agressões físicas ou morais, com tratamento
urbano e cordial, buscando sempre a solução pacífica das divergências que entre elas se apresentarem.
Em face desse compromisso e tratando-se de ação penal pública condicionada à representação, a vítima,
de acordo com o que lhe faculta a lei, manifestou o desejo de não prosseguir com o presente feito, pelo
que se retrata da representação feita contra os autores do fato. Dada a palavra ao Ministério
Público: `MM. Juiz, o crime que se apura nesse procedimento depende de representação, face se
enquadrar no art. 147 do CPB, o que deveria ter sido feito no interstício legal de 06 meses após a data da
ocorrência dos fatos ou na ocasião em que a vítima tomou conhecimento de quem seria o autor. No caso
em questão, diante da declaração da vítima, de que não tem interesse no prosseguimento do feito, motivo
pelo qual se retratou da representação anteriormente oferecida e que os fatos ocorreram no dia
11.06.2018, conforme TCO de fls. 04, verifica-se que o prazo decadencial transcorrera in albis. Assim
sendo, requer este Órgão Ministerial que o Juízo declare extinta a punibilidade dos autores do fato pela
decadência do direito de representação nos termos dos arts. 107, IV do CPB e 38 e 61 do CPP¿.
Diante disso, o MM. Juiz assim sentenciou: `Vistos e etc. Trata-se de TCO lavrado para
apuração do crime previsto no art. 147 do CPB, crime de ação penal pública condicionada à
representação. O art. 38 do CPP dispõe que a vítima deverá oferecer representação no prazo máximo de
06 meses contados do dia em que vier a saber quem é o autor do crime. No caso dos autos, a vítima
declarou não ter interesse no prosseguimento do feito, razão pela qual se retratou da representação feita.
Assim sendo e considerando que os fatos ocorreram no dia 11.06.2018 (fls. 04), verifica-se que o prazo
decadencial foi transposto in albis. Isto posto, face o Enunciado 113 do FONAJE permitir à vítima
renunciar expressamente ao direito de representação até a prolação da sentença, declaro extinta a
punibilidade dos autores do fato, em virtude de ter ocorrido a decadência do direito de representar por
parte da vítima, tudo com fundamento nos arts. 88 e 92 da Lei 9.099/95 e ainda com o art. 107, IV,
combinado com o art. 103, todos do CPB. Publique-se. Registre-se e arquive-se¿. Nada mais
havendo, foi encerrada a presente audiência. Eu, __________, secretário de audiência, digitei e subscrevi.
Magistrado: ___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensora Pública:
___________________________________________ Francinede Vieira Soares:
___________________________________________ Robison Gemaque dos Santos:
___________________________________________ Maria de Nazare dos Santos Costa:
___________________________________________
julgamento do mesmo, que a vítima formalize a necessária queixa contra o autor do fato, a teor do
disposto no artigo 145 do Código Penal Brasileiro, sendo que, no presente caso, até a presente data, a
vítima n¿o apresentou esta necessária queixa para desencadear a aç¿o penal contra os autores do fato.
Resulta ent¿o que no presente caso n¿o se mostra mais possível ao Estado-Juiz processar e julgar os
autores do fato pela infraç¿o tipificada nos autos em face da ocorrência da decadência, pois já transcorreu
mais de 06 (seis) meses sem que a vítima oferecesse a necessária queixa-crime. Assim sendo, com
fundamento nos artigos 103, caput, c/c o artigo 107, IV, ambos do Código Penal Brasileiro, e artigo 61 do
Código de Processo Penal, declaro de ofício a ocorrência da DECADÊNCIA, pelo que declaro extinta a
punibilidade dos autores do fato, os nacionais MARIA RAIMUNDA CAMPOS GOMES e MÁRIO
FERREIRA GOMES. Transitada em julgado, arquivem-se os autos, com as cautelas de lei. P. R. I.
Cumpra-se. Belém/PA, 06 de fevereiro de 2019. PRÓCION BARRETO DA ROCHA KLAUTAU FILHO Juiz
de Direito Titular da 2ª Vara do Juizado Especial Criminal Página de
2 Fórum de: BELÉM Email: 2jecrimbelem@tjpa.jus.br Endereço: Av. Pedro Miranda nº 1593, esquina
com a Tv. Angustura CEP: 66.085-023 Bairro: Pedreira Fone: (91)3310-7415
janela. O autor do fato foi registrar uma ocorrência por possível calúnia; que ao ser chamada perante a
Seccional de São Braz, esclareceu os fatos perante a autoridade policial, juntando uma mídia, onde o
autor do fato tinha sido filmado arremessando um objeto contra o seu veículo; que respondeu para a
autoridade policial que desejava prosseguir com a apuração dos fatos, tendo sido chamada para conversar
com o autor do fato, o qual lhe disse: ¿que se eu desse continuidade com o processo, eu iria ficar com o
nome sujo, iria ficar fichada¿; que a delegada, ao ouvir a minha versão e ver as imagens, autuou o autor
do fato pelo art. 340 do CPB. Dada a palavra ao Ministério Público: ¿MM. Juiz, em relação ao
crime do art. 163, verifica-se que o prosseguimento do feito depende do oferecimento de queixa-crime a
ser oferecida pela parte ofendida. Assim e considerando que os fatos ocorreram no dia 31.07.2018,
conforme TCO de fls. 05, verifica-se que o prazo decadencial encontra-se ultrapassado, uma vez que até a
presente data não consta dos autos, queixa-crime da vítima contra o autor do fato. Assim sendo, este
Órgão Ministerial requer que o Juízo declare extinta a punibilidade do autor do fato pela decadência do
direito de queixa nos termos dos arts. 107, IV do CPB e 38 e 61 do CPP. Em relação ao delito do art. 340
do CPB, o MP requer que a vítima presente seja intimada a apresentar rol de testemunhas, a fim de dar
prosseguimento ao feito¿. Diante disso, o MM. Juiz assim sentenciou: ¿Trata-se de termo
circunstanciado de ocorrência lavrado pela prática dos crimes previstos nos arts. 163 e 340 do CPB. Em
relação ao crime do art. 163 do CPB, o art. 38 do CPP dispõe que a vítima deverá oferecer queixa-crime
no prazo máximo de 06 meses contados do dia em que vier a saber quem é o autor do crime. No caso dos
autos, considerando que, segundo TCO de fls. 05, os fatos ocorreram no dia 31.07.2018, e que até a
presente data, a vítima não ofereceu queixa-crime contra o autor do fato, verifica-se que o prazo do art. 38
do CPP, encontra-se ultrapassado. Isto posto, outra alternativa não há que não seja o reconhecimento da
decadência do direito de queixa por parte da vítima, pelo que declaro extinta a punibilidade do autor do
fato, tudo com fundamento no art. 38 do CPP, e ainda com o art. 107, IV do CPB. Publique-se. Registre-se
e arquive-se¿. Deliberação em audiência: Em relação ao delito do art. 340 do CPB, aguarde-se
em secretaria o prazo de dez dias para que a vítima presente ofereça rol de testemunhas, qualificando-as,
informando, inclusive, a sua data de nascimento, ficando ciente de que não apresentado o rol poderá
ocasionar o arquivamento dos autos pela falta de justa causa para propositura da ação penal. Decorrido o
prazo e certificado nos autos o ocorrido, abra-se vista ao MP¿. Nada mais havendo, foi
encerrada a presente audiência. Eu, __________, secretário de audiência, digitei e subscrevi. Magistrado:
___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Raiza da Silva Souza:
___________________________________________
109, VI, do CPB, onde a prescrição ocorre em três anos, posto que já transcorrera entre a data do fato tido
como criminoso e a presente data mais de três anos sem que a denúncia tenha sido recebida por este
Juízo. Ante o exposto julgo extinta a punibilidade do autor do fato, em razão da prescrição da pretensão
punitiva do Estado, com base nos art. 109, VI, art. 107, IV, combinado com os arts. 111, I, e 117, I, todos
do C.P.B. Determino que após o trânsito em julgado desta decisão sejam os autos arquivados. Dou por
publicada em audiência¿. Nada mais havendo, foi encerrada a presente audiência. Eu, __________,
secretário de audiência, digitei e subscrevi. Magistrado:
___________________________________________ Promotor(a) de Justiça:
___________________________________________ Defensora Pública:
___________________________________________ Luiz Carlos dos Santos:
___________________________________________ Advogado:
___________________________________________
Polícia Civil para que determine à autoridade policial competente que proceda a realização de novas
diligências objetivando a elucidação dos fatos tratados no TCO, enviando-se à autoridade policial cópia
integral dos presentes autos, inclusive o requerimento em referência, consignando-se o prazo de 30 (trinta)
dias para o cumprimento das diligências. Decorrido o prazo ora assinalado, cumprida ou não a diligência
requisitada, tudo devidamente certificado, dê-se vista dos autos ao Ministério Público para o fim de direito.
Após, conclusos. Int. Cumpra-se. Belém/PA, 21 de fevereiro de 2019. PRÓCION BARRETO DA ROCHA
KLAUTAU FILHO Juiz de Direito Titular da 2ª Vara do Juizado Especial Criminal
novamente tenta a conciliação entre as partes, tendo restada frutífera, que então foi feita nos seguintes
termos: O DENUNCIADO DECLARA QUE CONHECE A VÍTIMA, QUE SE TRATA DE UMA BOA
PESSOA, E QUE NÃO TEVE A INTENÇÃO DE AGREDÍ-LO. AS PARTES COMPROMETEM-SE A NÃO
AJUIZAR AÇÕES NAS ESFERAS CÍVEL E CRIMINAL, EM RELAÇÃO AOS FATOS DA PRESENTE
QUEIXA. A VÍTIMA DESISTE DA AÇÃO CÍVEL AJUIZADA, CUJO REGISTRO É O Nº 0854401-
89.2018.8.14.0301, EM TRÂMITE PELA 7ª VARA DE JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA CAPITAL,
CONTRA O ORA DENUNCIADO. AS PARTES COMPROMETEM-SE AINDA, A RESPEITAREM A
INTEGRIDADE FÍSICA, MORAL E PSICOLÓGICA UMA DA OUTRA. A vítima declara não mais ter
interesse em dar prosseguimento ao feito, portanto RETRATA-SE da representação feita nos autos à fl.
27. Dada a palavra ao Ministério Público, o ilustre Promotor manifestou-se nos seguintes termos: MM Juiz,
considerando o acordo feito pelas partes nesta audiência, o MP requer a homologação do acordo
supracitado. Considerando ainda que, neste ato, a vítima se retratou, expressamente, da representação
feita nos autos à fl. 27, o M.P. requer a extinção da punibilidade do autor do fato, e o consequente
arquivamento dos autos, nos termos do Enunciado do FONAJE nº 113 (XXVIII Encontro - Salvador/BA).
Requer ainda, seja rejeitada a denúncia ofertada às fls. 02-03. Pede deferimento. Em seguida, passou o
MM. Juiz a proferir SENTENÇA: VISTOS, ETC. ADOTO COMO RELATÓRIO O QUE DOS AUTOS
CONSTA. HOMOLOGO O SUPRACITADO ACORDO. CONSIDERANDO A RENÚNCIA EXPRESSA DA
VÍTIMA AO DIREITO DE REPRESENTAÇÃO, FEITA NESTA AUDIÊNCIA. DETERMINO O
ARQUIVAMENTO DOS AUTOS. DECRETO A EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE DO DENUNCIADO,
EDIVALDO DOUGLAIR CORREA PINHEIRO, COM FULCRO NO ART. 107, V DO C.P.B. ISTO POSTO
COM FULCRO NO ART. 395, III, DO CPP REJEITO A DENÚNCIA. APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO
DESTA DECISÃO A SENHORA DIRETORA DE SECRETARIA PARA O REGISTRO E ANOTAÇÕES
CABÍVEIS. DOU POR PUBLICADA NESTA AUDIÊNCIA. SAEM TODOS OS PRESENTES CIENTES.
ARQUIVE-SE. Nada mais havendo foi encerrado o presente termo.
princípios insculpidos no art. 2º da Lei nº 9.099/95 que norteiam os Juizados Especiais, verifica-se que o
deslinde do feito foge da competência dos Juizados Especiais Criminais, cujo procedimento por Lei deve
ser breve e restrito, não se admitindo a ampliação da produção de provas quando da complexidade da
causa, muito menos a inobservância da garantia dos direitos fundamentais da criança (filha da vítima),
vitimada no presente feito, sendo imperioso reconhecer a incompetência absoluta deste Juizado para
processar e julgar o presente feito, uma vez que a causa se mostra complexa para ser solucionada através
do rito dos Juizados Especiais Criminais (art. 77, §2º da Lei nº 9.099/95) e com possibilidade de ocorrência
de crimes que extrapolam o limite legal dos crimes de menor potencial ofensivo, nos termos do art. 61 da
Lei nº 9.099/95. ISTO POSTO, pelos fundamentos acima, acolho a manifestação do Ministério Público
(fls.18/21), para DECLARAR a INCOMPETENCIA deste Juizado Especial Criminal para processar e julgar
o presente feito, nos termos dos arts. 61 e 77, §2º da Lei nº 9.099/95, devendo os autos serem
redistribuídos a uma das Varas do juízo comum de Belém. Intime-se. Redistribua-se. Belém, 20 de
fevereiro de 2019. RICARDO SALAME GUIMARÃES. Juiz de Direito Titular da 4ª Vara de Juizado
Especial Criminal
pelo Ministério Público. Em seguida, o MM. Juiz proferiu SENTENÇA: VISTOS, ETC. ADOTO COMO
RELATÓRIO O QUE DOS AUTOS CONSTA, COM BASE NO PERMISSIVO LEGAL DO ART. 76, § 4º, DA
LEI Nº. 9.099/95. HOMOLOGO POR SENTENÇA, A TRANSAÇÃO PROPOSTA PELO MINISTÉRIO
PÚBLICO, IMPONDO AO DENUNCIADO, PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE PELO
PERÍODO DE 01 (UM) MÊS, COM CARGA HORÁRIA DE 07 (SETE) HORAS SEMANAIS, EM ENTIDADE
A SER DETERMINADA PELA VARA DE EXECUÇÃO DE PENAS E MEDIDAS ALTERNATIVAS,
APLICANDO A SÚMULA VINCULANTE 35 DO STF. ESTA SANÇÃO NÃO IMPORTARÁ REINCIDÊNCIA
E NEM CONSTARÁ DE CERTIDÃO DE ANTECEDENTES CRIMINAIS, DEVENDO SER REGISTRADA
APENAS PARA IMPEDIR QUE O DENUNCIADO VENHA A SER NOVAMENTE BENEFICIADO PELO
INSTITUTO NO PRAZO DE 05 (CINCO) ANOS, TUDO EM CONFORMIDADE COM O ART. 76 E
PARÁGRAFOS DA LEI 9.099/95. DOU A PRESENTE POR PUBLICADA EM AUDIÊNCIA. REGISTRE-SE.
CUMPRA-SE. SAEM CIENTES TODOS OS PRESENTES. Nada mais havendo foi encerrado o presente
termo.
PROCESSO Nº0000281-09.2005.8.14.0941
SENTENÇA
Vistos etc.
Analisando os presentes autos, constato que todas as tentativas de penhora de bens do reclamado
restaram infrutíferas por ausência de bens penhoráveis.
Da análise dos autos infere-se que n¿o foram encontrados na residência do autor bens passíveis de
penhora, que as tentativas de penhora via bacenjud e via renajud restaram infrutíferas e que n¿o foram
encontrados imóveis em nome dos reclamados, conforme certid¿o de registro de imóveis constante de
fls.113/116.
O art. 53, § 4º da Lei n.º 9.099/95 disp¿e que: ¿N¿o encontrado o devedor ou inexistindo bens
penhoráveis, o processo será imediatamente extinto, devolvendo-se os documentos ao autor¿.
Pelo exposto, EXTINGO a aç¿o de execuç¿o, sem resoluç¿o do mérito, na forma do que disp¿e o artigo
53, § 4º, da Lei n.º 9.099/95.
Ressalto que a presente decis¿o n¿o extingue o crédito da parte autora que poderá requerer Certid¿o de
Crédito, a qual, querendo, poderá ser utilizada como Título de Crédito a ser usado para se lavrar o
Protesto da Dívida junto ao Cartório de Protesto, ficando as despesas por conta da parte interessada junto
àquela serventia, com fundamento no art.1º, da Lei nº 9.492/97 c/c art.1º, Provimento Conjunto nº
001/2013.
Expedida a Certid¿o de Crédito e entregue à parte interessada, arquive-se os autos, dando-se baixa.
Publique-se.Registre-se.Intimem-se.
Juíza de Direito
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em revelia. (Enunciado nº 11/FONAJE).3. No caso da parte reclamada constituir advogado, este deverá
efetivar seu CADASTRAMENTO e HABILITAÇÃO no Sistema PJE, conforme art. 9º, §2º da Resolução n.º
005/2008-GP, sob pena de seus atos serem havidos por inexistentes, respondendo o advogado por
despesas e perdas e danos (art. 37, parágrafo único do CPC).Ananindeua, Pa22 de fevereiro de
2019Marcos José Gomes RodriguesAnalista Judiciário da 1ª Vara do Juizado Especial Cível de
AnanindeuaDocumento assinado digitalmente na forma da Lei nº 11.419/06
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Proc: 0002349-52.2007.8.14.0943 Autor (es): Maria de Fátima da Silva Gonçalves; Domingas Silva dos
Santos, Oneide Leite dos Anjos, Martinha Leite da Silva; Odete da Silva Gonçalves; Deolinda Leite e Silva;
Maria Lucia da Silva Munis, Agostinho Leite da Silva, (Adv) Klecyton Nobre Dias, OAB/PA 15.167-A e
Paulo Afonso Cardoso, OAB/PA 11.855 Réu: Unibanco AIG Seguros S/A (Itaú Seguros S/A) (Adv) Luana
Silva Santos, OAB/PA 16.292 e Marília Dias Andrade, OAB/PA 14.351; ATO ORDINATÓRIO De ordem do
MM, Juiz de Direito Titular desta vara e, considerando os termos do Provimento nª 006/2006 onde delega
poderes ao Diretor de Secretaria a praticar atos da administração e expediente, sem caráter decisório,
INTIMO as partes para apresentarem manifestação sobre os cálculos realizados, fls. 133 no prazo
legal. Intime-se. Ananindeua, 04/02/2019 Fernanda Farinha Ayres, Diretora de Secretaria.
Proc: 0003119-11.2008.8.14.0943 Autor: Marcio Eric Quaresma Medeiros, (Adv) Thais Martins Mergulhão
OAB/PA 19.775; Réu: CELPA, Leonardo Martins Maia, OAB/PA 16.818; Vistos etc., Em face da
disponibilidade dos direitos ora discutidos e da pertinência da manifestação das partes, HOMOLOGO POR
SENTENÇA O ACORDO firmado pelas partes e constante do evento retro, para que produza os devidos
e necessários efeitos legais, nos termos do art. 22, parágrafo único, da Lei nº 9.099/95. Julgo extinto o
processo com julgamento de mérito, nos termos do artigo 487, III, b, do CPC. Se necessário, expeça-se
alvará em favor da parte autora. Após, arquivem-se os autos Ananindeua, 30 de outubro de 2018. Fábio
Penezi Póvoa, Juiz de Direito
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ANDERSON ALBERTO RIBEIRO ALFAIA Participação: ADVOGADO Nome: ADRIELLY CANTO NUNES
DE CARVALHOOAB: 12032-B/PA Participação: ADVOGADO Nome: ALYNE MARCELY FERNANDES DE
SOUZAOAB: 014491/PATERMO DE INTIMAÇÃO A Secretaria Geral das Turmas Recursais INTIMA V.Sª
a apresentar, no prazo legal, CONTRARRAZÕES ao RECURSO EXTRAORDINÁRIO interposto por
Instituto de Previdência e Assistência do MUNICÍPIO DE BELÉM - IPAMB. Belém, 22/02/2019.Marden
Leda Noronha MacedoAnalista Judiciário (Mat. 121398)
(PR), que deixou vazar nafta nas águas da região (REsp Nº 1.114.398/PR). Destarte, na esteira deste
julgado repetitivo de controvérsia, entendo que o dano moral e material em questão só se configuraria
caso o postulante provasse ser pescador inscrito, à data do evento danoso, no departamento competente
do Ministério da Pesca, Agricultura e Abastecimento e que demonstrasse, ainda que minimamente, os
prejuízos sofridos em decorrência do desastre ambiental. 5. O recorrente também reclama que o
julgamento antecipado da lide o privou do contraditório e ampla defesa. O STJ e o STF têm
posicionamento pacífico que não há ofensa àquele princípio constitucional se o magistrado antecipa o
julgamento da lide quando está convencido de que os elementos nos autos são suficientes para embasar
o seu convencimento. 6. Recurso conhecido e improvido.
técnicos, reportagens dos danos sofridos publicadas nos meios de comunicação, comprovantes de gastos
em razão da poluição comprovariam que o agravante sofreu psicologicamente, ou que teve prejuízos de
ordem financeira, ou mesmo deixou de auferir lucro em razão das consequências físico-químicas do
acidente em Barcarena. 4. Ademais, o Colendo STJ enfrentou questão semelhante quando julgou, em
sede de recurso repetitivo de controvérsia, o acidente ambiental decorrente do choque do Navio NORMA T
no Porto de Paranaguá (PR), que deixou vazar nafta nas águas da região (REsp Nº 1.114.398/PR).
Destarte, na esteira deste julgado repetitivo de controvérsia, entendo que o dano moral e material em
questão só se configuraria caso o postulante provasse ser pescador inscrito, à data do evento danoso, no
departamento competente do Ministério da Pesca, Agricultura e Abastecimento e que demonstrasse, ainda
que minimamente, os prejuízos sofridos em decorrência do desastre ambiental. 5. O recorrente também
reclama que o julgamento antecipado da lide o privou do contraditório e ampla defesa. O STJ e o STF têm
posicionamento pacífico que não há ofensa àquele princípio constitucional se o magistrado antecipa o
julgamento da lide quando está convencido de que os elementos nos autos são suficientes para embasar
o seu convencimento. 6. Recurso conhecido e improvido.
recorrente em face de ALUNORTE ? Alumina do Norte do Brasil S/A. 2. Cediço que a regra processual
civil, tanto a pretérita como a vigente, impõe que a inicial deve vir acostada de documentos que
comprovem o direito do demandante (art. 396 do CPC/1973 e art. 434 do CPC/2015), e que o ônus
probatório, salvo exceções legais, é de encargo do demandante (art. 333, I, do CPC/1973 e art. 373, I, do
CPC/2015). 3. Dessa maneira, no caso em comento, não constam nos autos quaisquer imagens, áudios,
receitas médicas, prescrições de medicamentos, prontuários hospitalares, laudos técnicos, reportagens
dos danos sofridos publicadas nos meios de comunicação, comprovantes de gastos em razão da poluição
comprovariam que o agravante sofreu psicologicamente, ou que teve prejuízos de ordem financeira, ou
mesmo deixou de auferir lucro em razão das consequências físico-químicas do acidente em Barcarena. 4.
Ademais, o Colendo STJ enfrentou questão semelhante quando julgou, em sede de recurso repetitivo de
controvérsia, o acidente ambiental decorrente do choque do Navio NORMA T no Porto de Paranaguá
(PR), que deixou vazar nafta nas águas da região (REsp Nº 1.114.398/PR). Destarte, na esteira deste
julgado repetitivo de controvérsia, entendo que o dano moral e material em questão só se configuraria
caso o postulante provasse ser pescador inscrito, à data do evento danoso, no departamento competente
do Ministério da Pesca, Agricultura e Abastecimento e que demonstrasse, ainda que minimamente, os
prejuízos sofridos em decorrência do desastre ambiental. 5. O recorrente também reclama que o
julgamento antecipado da lide o privou do contraditório e ampla defesa. O STJ e o STF têm
posicionamento pacífico que não há ofensa àquele princípio constitucional se o magistrado antecipa o
julgamento da lide quando está convencido de que os elementos nos autos são suficientes para embasar
o seu convencimento. 6. Recurso conhecido e improvido.
Analisando-se a sentença de 1º grau, observa-se que a pena cominada ao réu já fora fixada e mantida
definitiva, pelo magistrado a quo, em seu patamar mínimo legal, sendo, logo depois, suspensa
condicionalmente, mediante o cumprimento de algumas condições, pelo que se vê que tais pleitos não
passam de mero equívoco. 4. Compete ao Juiz da Vara de Execuções Penais decidir sobre a suspensão
condicional da pena, assim como alterar a forma de execução para ajustá-la às modificações ocorridas na
jornada de trabalho do apenado. 5. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO à unanimidade, nos termos
do voto da Desembargadora Relatora.
ACÓRDÃO: 201049 COMARCA: MÃE DO RIO DATA DE JULGAMENTO: 19/02/2019 00:00 PROCESSO:
0 0 0 0 8 0 1 4 3 2 0 1 5 8 1 4 0 0 2 7 P R O C E S S O A N T I G O : n u l l
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): VANIA LUCIA CARVALHO DA SILVEIRA
CÂMARA: 1ª TURMA DE DIREITO PENAL Ação: Apelação Criminal em: APELANTE:JOSE CARLOS DA
SILVA CUNHA Representante(s): OAB 18827 - WESLEY DA SILVA TRAVASSOS (ADVOGADO)
APELADO:JUSTIÇA PUBLICA PROCURADOR(A) DE JUSTICA:FRANCISCO BARBOSA DE OLIVEIRA
EMENTA: . EMENTA. APELAÇÃO PENAL. ART. 157, §2º, I E II, DO CPB. PRELIMINAR. NULIDADE DA
SENTENÇA CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO APRECIAÇÃO DAS TESES DEFENSIVAS ALEGAS
EM ALEGAÇÕES FINAIS. PRELIMINAR REJEITADA. DECISÃO QUE REBATE IMPLICITAMENTE
TODOS OS ARGUMENTO DA DEFESA, ACOLHENDO TESE OPOSTA. MÉRITO. PLEITO
ABSOLUTÓRIO. INSUFICIÊNCIA DE PROVAS. IMPROCEDÊNCIA. DELAÇÃO DE COAUTOR. ARMA
UTILIZADA NO CRIME ENCONTRADA NA RESIDÊNCIA DO RECORRENTE. DEPOIMENTOS
COLHIDOS NA ESFERA INQUISITIVA CORROBORADOS PELA PROVA JUDICIALIZADA. PENA.
CONDUÇÃO DA PENA BASE AO MÍNIMO LEGAL. INCABIMENTO. PERSISTÊNCIA DE
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. PECULIARIDADES DO CASO. MULTA. REDUÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. OBEDIÊNCIA AO SISTEMA TRIFÁSICO. VALOR DO DIA-MULTA EM R$100,00
(CEM REAIS). CORREÇÃO NECESSÁRIA PARA 1/30 (UM TRIGÉSIMO) DO SALÁRIO MÍNIMO
VIGENTE AO TEMPO DA PRÁTICA DELITIVA. SITUAÇÃO ECONÔMICA DO RÉU. REGIME DE
CUMPRIMENTO DE PENA. MODIFICAÇÃO PARA O SEMIABERTO. CABIMENTO. PENA NÃO
SUPERIOR A 08 (OITO) ANOS DE RECLUSÃO. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. 1. O Juízo sentenciante não está obrigado a rebater todas as teses
defensivas, uma a uma, quando, de forma motivada, lastreia a condenação em tese contrária, deixando de
acolher a versão da defesa de forma implícita, sobretudo quando a falta de melhor técnica da parte
impossibilita a análise de seus argumentos e pedidos pelo julgador. 2. Na verdade, todas as alegações
defensivas, atinentes a provas da autoria delitiva, resumem-se à uma única tese, a de insuficiência de
provas a lastrear a edição do decreto condenatório. No caso, apesar de o magistrado não ter refutado
todas as teses defensivas de forma explícita, da interpretação lógica de sua fundamentação, constata-se
que o julgador resolveu por adotar tese contrária, expressamente. 3. O liame harmônico depreendido entre
a prova oral da fase de inquérito e os testemunhos convalidados judicialmente sob o crivo do contraditório
e da ampla defesa, que indica, satisfatoriamente, a autoria dos agentes, é suficiente para respaldar a
sentença condenatória. 4. Na hipótese, verifica-se que, embora o apelante não tenha sido preso em
flagrante delito, posto que se evadira da cidade, a fim de não ser capturado, sua participação no ilícito
resta inquestionável, não apenas pela delação de seu comparsa, mas pelo fato de arma do crime ter sido
encontrada em sua residência, e entregue por sua própria esposa, além do rolo de fita gomada utilizada no
crime para prender as vítimas. A vítima aponta ainda o recorrente como aquele que portava a arma de
fogo no momento do assalto. 5. As circunstâncias em que o crime foi praticado extrapolam, certamente, o
comum para a espécie, dado que os agentes agiram com extrema ousadia e destemor, abordando as
vítimas dentro da própria residência desta, na presença de crianças, suficiente a ensejar a valoração
negativa da culpabilidade, pela reprovabilidade social acentuada da conduta praticada. Os réus, ainda,
agiram com violência desnecessária em relação às vítimas, mantendo-as amarradas com fita gomada, em
um quarto, restringindo a liberdade das mesmas. 6. É firme a jurisprudência no sentido de ser possível o
emprego das causas de aumento sobejantes - vale dizer, das não empregadas na terceira fase - do roubo
praticado com mais de uma circunstância majorante, para motivar a exasperação da pena-base, vedado
apenas o bis in idem. Como no caso, em que a restrição à liberdade das vítimas foi utilizado apenas para
exasperar a pena base. 7. Assim, a persistência de demais vetores judiciais desfavoráveis, no caso, a
culpabilidade e as circunstâncias do crime, não se revela razoável a minoração da pena base atribuída ao
apelante, até porque determinada em apenas dois anos acima do menor patamar previsto em lei, ou seja,
em 06 (seis) anos de reclusão. 8. A pena pecuniária deve guardar proporcionalidade com a pena corporal,
devendo ser fixada pelo eminente Juiz, no uso de sua discricionariedade, com base nos mesmos critérios
estabelecidos para a fixação da pena privativa de liberdade. A pena corporal, no caso, foi fixada acima
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
mínimo legal, havendo, portanto, motivação para que a pena de multa seja determinada em patamar mais
elevado, no caso, 80 (oitenta) dias-multa, uma vez que segue o mesmo critério trifásico aplicável àquela.
9. Ao estabelecer a sanção pecuniária, a sentença deverá se limitar à fixação do número de dias-multa e o
valor unitário de cada um, sendo inadmissível que estabeleça seu valor em moeda corrente, o que deverá
ocorrer na execução da decisão. 10. Punido o réu com pena privativa de liberdade de 08 (oito) anos de
reclusão, perfeitamente cabível a fixação do regime inicial de cumprimento de pena intermediário, segundo
as diretrizes do art. 33, §2º, alínea ?b?, do CPB, até porque não valoradas de forma desfavorável a
maioria das circunstâncias judiciais do art. 59 do CPB, a atrair a incidência da regra do §3º, do dispositivo
legal mencionado. 11. Recurso conhecido e parcialmente provido, para modificar o valor do dia-multa para
1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente a tempo da prática criminosa; bem como para alterar o
regime inicial de cumprimento de pena para o semiaberto. Decisão unânime.
prisão em flagrante do apelante, todos uniformes e coesos com os elementos probatórios extraídos do
caderno processual e que dão conta de que foi o apelante, na companhia de mais duas pessoas, dentre
os quais um adolescente, que, valendo-se do emprego de duas armas de fogo, abordou a vítima, a
ameaçou de morte e subtraiu sua bicicleta; 02. Reavaliando-se as circunstâncias judiciais do art. 59, do
CP, vê-se existir circunstância judicial negativa que justifica a fixação a reprimenda base acima do mínimo
legal previsto para o crime de roubo, in casu, as circunstâncias nas quais o mesmo foi cometido, ou seja,
por volta de 02h30min da madrugada, em pleno centro da cidade, tendo sido subtraídos os objetos
pessoais da vítima que ainda foi agredida com um violento tapa em sua nuca, tendo sido utilizadas duas
armas de fogo, das quais uma foi colocada na cabeça da citada vítima. Além disso, após o delito, o
acusado conseguiu fugir do local, todavia antes de ser preso pela polícia militar, após intensa perseguição
por várias ruas da cidade, colocando em risco a vida de terceiros, trocou tiros com os policiais, saindo
ferido após o confronto com a autoridade policial, fatos que demonstram ser o mesmo perigoso e
destemido, elevando o grau de reprovabilidade da conduta por ele praticada e justificando, portanto, a
fixação da pena base em 05 (cinco) anos de reclusão e 10 (dez) dias-multa, atenuada que foi em 06 (seis)
meses de reclusão em razão da menoridade do agente à época do crime, sendo estabelecida, na segunda
fase da dosimetria, em 04 (quatro) anos e 06 (seis) meses de reclusão, mantida pelo juiz ?a quo?, a pena
de multa em 10 (dez) dias, mínimo legal; 03. Não havendo causas de diminuição, a supracitada pena foi
majorada à 1/2 (metade) pelo juiz ?a quo?, diante da causa de aumento de pena referente ao concurso de
agentes, pois o uso de arma de fogo foi utilizado como circunstância judicial na primeira fase, estando
devidamente justificado posto que comprovado nos autos ter sido a ação criminosa executada pelo
apelante e mais dois acusados, sendo um deles menor de idade, totalizando o quantum de 06 (seis) anos
e 09 (nove) meses de reclusão e 15 (quinze) dias-multa, à razão de 1/30 (um trinta avos) do salário
mínimo vigente à época do fato delituoso, a ser cumprida em regime inicial semiaberto, nos termos do art.
33, §2º, ?b?, do CP, pena justa e proporcional na hipótese. 04. Declara-se extinta a punibilidade do
apelante em razão da ocorrência da prescrição da pretensão punitiva do estado na modalidade
superveniente, pois ele foi condenado às penas definitivas de 01 (um) ano e 06 (seis) meses de reclusão e
08 (oito) meses de detenção, respectivamente, pelos crimes de corrupção de menores e resistência, com
sentença transitada em julgado para a acusação, reprimendas que, portanto, não estão mais sujeitas a
acréscimos, devendo adotar-se os patamares em questão como parâmetros para aferição dos prazos
prescricionais, consoante previsão legal disposta no art. 110, §1º, do CP, tendo em vista que a prescrição,
depois de transitar em julgado a sentença condenatória para a acusação, regula-se pela pena aplicada e
afere-se de acordo com os prazos estipulados no art. 109, do CP, constatando-se, no caso em exame, que
ela se efetiva nos prazos de 04 (quatro) e 03 (três) anos, respectivamente, conforme previsto nos incisos V
e VI, art. 109, do CP. Ademais, os mencionados prazos prescricionais devem ser reduzidos pela metade,
conforme o dispõe o art. 115, do CP, pois o apelante era ao tempo do crime menor de 21 (vinte e um)
anos de idade, e assim, transcorridos mais de 02 (dois) anos entre a data da publicação da sentença
condenatória em mãos do Diretor de Secretaria, em 24/08/2016, e a data de hoje, transcorreu lapso
temporal superior ao necessário à efetivação da prescrição, impondo-se a extinção da punibilidade do
apelante em relação aos crimes de corrupção de menores e resistência, em razão da prescrição da
pretensão punitiva estatal na modalidade superveniente, que se declara de ofício; 05. Recurso conhecido
e improvido, porém, de ofício, declarada extinta a punibilidade do apelante em relação aos crimes
previstos no art. 244-B, do ECA e art. 329, do CP, em razão da prescrição superveniente da pretensão
punitiva estatal.
E DESPROVIDO.
de declaração constituem recurso de efeito devolutivo de argumentação vinculada, ou seja, tal recurso só
pode ser manejado quando tenha o intuito de suprir eventual lacuna havida no julgado, desde que
provocada por omissão, contradição ou obscuridade. 2. Não houve omissão na decisão embargada, que
analisou especificamente a alegação das Embargantes de que houve caso fortuito que obstou o
prosseguimento da construção em seu curso regular, ressaltando-se que os entraves que atrasam o
regular andamento das atividades de construção civil não constituem eventos revestidos de
imprevisibilidade, de modo que não configuram casos fortuito apto a afastar a responsabilidade civil da
construtora/incorporadora pela falta de entrega do empreendimento imobiliário no prazo avençado. 3. Não
merece ser acolhida a alegação de que houve contradição no acórdão, já que a contradição consiste na
existência de proposições inconciliáveis entre si na decisão, de forma que a afirmação de uma
logicamente significará a negação da outra, o que não se observa no presente caso. 4. Nesse diapasão,
constato somente o intuito da embargante em rediscutir o entendimento já outorgado por este Tribunal na
questão debatida nos autos RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO
demandante (art. 396 do CPC/1973 e art. 434 do CPC/2015), e que o ônus probatório, salvo exceções
legais, é de encargo do demandante (art. 333, I, do CPC/1973 e art. 373, I, do CPC/2015). 3. Dessa
maneira, no caso em comento, não constam nos autos quaisquer imagens, áudios, receitas médicas,
prescrições de medicamentos, prontuários hospitalares, laudos técnicos, reportagens dos danos sofridos
publicadas nos meios de comunicação, comprovantes de gastos em razão da poluição comprovariam que
o agravante sofreu psicologicamente, ou que teve prejuízos de ordem financeira, ou mesmo deixou de
auferir lucro em razão das consequências físico-químicas do acidente em Barcarena. 4. Ademais, o
Colendo STJ enfrentou questão semelhante quando julgou, em sede de recurso repetitivo de controvérsia,
o acidente ambiental decorrente do choque do Navio NORMA T no Porto de Paranaguá (PR), que deixou
vazar nafta nas águas da região (REsp Nº 1.114.398/PR). Destarte, na esteira deste julgado repetitivo de
controvérsia, entendo que o dano moral e material em questão só se configuraria caso o postulante
provasse ser pescador inscrito, à data do evento danoso, no departamento competente do Ministério da
Pesca, Agricultura e Abastecimento e que demonstrasse, ainda que minimamente, os prejuízos sofridos
em decorrência do desastre ambiental. 5. O recorrente também reclama que o julgamento antecipado da
lide o privou do contraditório e ampla defesa. O STJ e o STF têm posicionamento pacífico que não há
ofensa àquele princípio constitucional se o magistrado antecipa o julgamento da lide quando está
convencido de que os elementos nos autos são suficientes para embasar o seu convencimento. 6.
Recurso conhecido e improvido.
prescrições de medicamentos, prontuários hospitalares, laudos técnicos, reportagens dos danos sofridos
publicadas nos meios de comunicação, comprovantes de gastos em razão da poluição comprovariam que
o agravante sofreu psicologicamente, ou que teve prejuízos de ordem financeira, ou mesmo deixou de
auferir lucro em razão das consequências físico-químicas do acidente em Barcarena. 4. Ademais, o
Colendo STJ enfrentou questão semelhante quando julgou, em sede de recurso repetitivo de controvérsia,
o acidente ambiental decorrente do choque do Navio NORMA T no Porto de Paranaguá (PR), que deixou
vazar nafta nas águas da região (REsp Nº 1.114.398/PR). Destarte, na esteira deste julgado repetitivo de
controvérsia, entendo que o dano moral e material em questão só se configuraria caso o postulante
provasse ser pescador inscrito, à data do evento danoso, no departamento competente do Ministério da
Pesca, Agricultura e Abastecimento e que demonstrasse, ainda que minimamente, os prejuízos sofridos
em decorrência do desastre ambiental. 5. O recorrente também reclama que o julgamento antecipado da
lide o privou do contraditório e ampla defesa. O STJ e o STF têm posicionamento pacífico que não há
ofensa àquele princípio constitucional se o magistrado antecipa o julgamento da lide quando está
convencido de que os elementos nos autos são suficientes para embasar o seu convencimento. 6.
Recurso conhecido e improvido.
devolução em dobro do dano material, merece ser mantida, haja vista que os descontos foram efetivados
sem qualquer base contratual ou jurídica, o que, a meu ver, caracteriza a má-fé da instituição financeira. 7.
Recurso conhecido e desprovido.
parcialmente nos seus pedidos. 7. Sentença anulada. Apelação provida. Julgamento da Ação. Pedido
parcialmente procedente. União estável reconhecida. Partilha de bens reformada. Sucumbência recíproca.
Custas rateadas entre os litigantes.
RECURSO ADESIVO DA AUTORA. 1. Depreende-se dos fatos relatados e comprovados na inicial, que a
autora sofreu abalo moral, em razão da inabilidade e incapacidades dos funcionários da companhia em
resolver o problema, os quais não tiveram bom senso em resolver a questão de forma adequada. 2. A
apelante estava grávida e ficou nervosa com a situação. Além disso, tomou todos os cuidados para
efetivar o embarque, apresentou laudo médico, contudo foi impedida de realizar a viagem no dia marcado,
em razão de inconsistências na data de expedição do documento médico. 3. Tais inconsistências,
contudo, não interferiam no teor do documento e nem no período da viagem, já que nele constava que a
requerente poderia viajar do dia 28 de julho a 03 de agosto de 2010, contudo, a médica se equivocou com
a data de confecção, inserindo data posterior a da viagem (07.08.2010). 4. Dessa forma, nota-se, portanto,
que referido equívoco se tratava de mera irregularidade e não poderia ter gerado o impedimento. 5. Assim,
das razões acima, vislumbro que a apelante não se desincumbiu do seu dever de atender adequadamente
seus clientes, previsto no Código de Defesa do Consumidor. Arremata-se, ainda, o fato de que poderia ter
resolvido equívoco sem maiores embaraços, contudo, preferiu causar transtorno a autora, a qual estava
grávida e deveria ter recebido tratamento adequado a sua situação. 6. A indenização por dano moral foi
fixada em valor ínfimo, em cinco salários mínimos da época, ou seja, R$3.390,00, não levando em
consideração a condição financeira da recorrente e nem os fatos que culminaram na ocorrência do dano.
7. Assim, tendo em vista a gravidade dos fatos, a inabilidade da companhia com a situação, o dano
causado a autora e a situação financeira do causador do dano, entendo justo arbitrar o valor em
R$10.000,00. 8. Recursos conhecidos e desprovido o interposto pela requerida. Provido parcialmente o
interposto pela autora.
FÓRUM CÍVEL
conforme linhas seguintes. Cuida-se de tutela de urgência em caráter antecipada incidental e cautelar
incidental, com sucedâneo no art. 303 e ss. do Código de Processo Civil.Analisando acuradamente a
exordial, e todos os demais documentos que se encontram anexos aos autos, constata-se que estão
substancialmente demonstrados os requisitos legais para concessão da tutela pretendida, já que assentes
os pressupostos do artigo 300 do Código de Processo Civil, quais sejam, a probabilidade do direito e o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Como já deferido por esta magistrada nos autos
acima referidos, desde já, "reconheço a relação de consumo materializado à espécie, na forma do que
descreve do Código de Defesa do Consumidor. E o faço, porque os inúmeros documentos angariados aos
autos refletem com toda clareza que as Requeridas tentam destinar um contrato ?nato? de compra e
venda de incorporação por um de reserva de quota em associação, também nomeado por aquela de obra
por custo fechado. As Requeridas, igualmente, formularam um documento (estatuto) onde tentaram ratear
a responsabilização que originariamente possuem enquanto prestador de serviços de modo subsidiário
aos Autores, o que é equivocado e indevido. Ilegal ainda é a tentativa das Rés estipularem condições
unilateralmente para gerir as contas correntes, pagamento de salários, contratação de funcionários, etc., e
no fim, sorrateiramente delegar a responsabilidade a Associação que os Autores compulsoriamente
tiveram que associar-se.De toda sorte, observa-se pelos instrumentos juntados que os mesmos
prescrevem cláusulas que imputam diversas despesas pré-operacionais, como a TAXA DE ADESÃO e
comissões de corretagem, fatos que comprovam a natureza contratual de um contrato de compra e venda
de incorporação imobiliária na essência e permitem a caracterização da relação de consumo entre as
partes.Assim, reputo, liminarmente, abusiva e nula a cláusula que prescreve que a obra se desenvolve
juridicamente como a PREÇO DE CUSTO, sendo certo que se trata de instrumento particular de compra e
venda imobiliária, na essência. Logo, reconheço a incidência do Código de Defesa do Consumidor à
presente demanda, com lastro no art. 6o do mesmo diploma, invertendo-se o ônus da prova, sendo certo
que as cláusulas e condições inseridas devem ser interpretadas de maneira mais favorável aos autores,
por deterem natureza jurídica de contrato de adesão.Igualmente, verifico a existência de Grupo Econômico
entre as empresas Requeridas. Não obstante, ambas as empresas funcionam no mesmo endereço
comercial e que possuem o Sr. Fernando Marroquim como sócio de ambas. Ademais, percebe-se
clarividente o empreendimento SAVONA é anunciado a venda no própria sitio eletrônico da ré
MARROQUIM ENGENHARIA e o contrato assinado pela MARROQUIM JUNIOR. Ora, aqui se constitui a
intenção de blindar a Ré MARROQUIM ENGENHARIA (matriz) no qual é detentora dos bens dos sócios
em seu nome de isentar das responsabilidades advindas da atividade que exercem quando porventura
acionadas judicialmente. Logo, reconheço a existência de grupo econômico para o fim de imputar
responsabilidade solidária entre as Requeridas. Quanto ao pedido liminar específico destes autos, quer
seja, o de determinar à parte ré a DEVOLUÇÃO DA TAXA DE ADESÃO cobrada dos autores, na monta de
R$ 887.480,00 (Oitocentos e oitenta e sete mil, quatrocentos e oitenta reais), quantia essa a ser
depositada em conta judicial vinculada ao presente feito, verifico, em cognição sumária, presentes os
requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora. O primeiro requisito se revela na própria
inobservância ao previsto na Lei 4.591/64, uma vez que, muito embora o contrato assinado pelos autores
dava conta de o regime da obra ser a preço de custo, havia a previsão de cobrança dessa TAXA DE
ADESÃO, a qual, conforme expressamente referido no contrato assinado (cláusula d.2.1), se encontra fora
do âmbito do chamadocusto integral da obra, tendo este previsão contratual obrigatória, conforme o art. 59
da supracitada lei, desnaturando, assim, o instrumento jurídico então nomeado. No mais, o próprio
contrato assinado faz menção que a referida taxa se destinaria a pagar pelas despesas preliminares até a
formação do condomínio, dentre as quais as decorrentes da elaboração do memorial de incorporação e
seu registro, por exemplo, obrigação essa que até o momento não restou cumprida pela Requerida,
conforme se obtém notícia dos autos de nº 0827399-47.2018.814.0301, caracterizada, pois, a
inadimplência contratual. Por fim, a Requerida fez colocar a cláusula abusiva de isenção de prestação de
contas de valores recebidos a título de taxa de adesão (cláusula d.5). O perigo na demora, igualmente, se
evidencia, pois há grande probabilidade, no caso de ser reconhecida, em cognição exauriente, a
procedência do pedido de devolução de dita taxa, em razão do alegado inadimplemento contratual das
Requeridas, de não se efetivar o seu ressarcimento aos autores, na medida em que a
requeridaMARROQUIM ENGENHARIA LTDA (CNPJ/MF sob o n° 04.263.057/0001-34) já se encontra em
recuperação judicial, do que se pode depreender um risco considerável de as demais empresas
integrantes do grupo econômico em questão encontrarem-se à beira da insolvência ou possam estar
dilapidando o próprio patrimônio. Desses fatos, se observa a probabilidade de um efetivo risco ao
resultado útil do processo. Diante de todo o exposto, DEFIRO A TUTELA DE URGÊNCIA pleiteada, para
determinar às Requeridas MARROQUIM ENGENHARIA LTDA, filial, eMARROQUIM JUNIOR
CONSTRUCOES E PROJETOS LTDA, que depositem em subconta judicial vinculada ao presente feito,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
junto ao BANPARÁ, no prazo de dez dias, o valor referente à cobrança de TAXA DE ADESÃO paga pelos
autores, no montante de R$ 887.480,00 (Oitocentos e oitenta e sete mil, quatrocentos e oitenta reais).
Ademais, registro que o descumprimento injustificado desta decisão ou a criação de embaraços à sua
efetivação poderão ser considerados atos atentatórios à dignidade da justiça ou litigância de má-fé com a
incidência das punições cabíveis (art. 77, IV, §1º, do CPC), sem prejuízo de eventual caracterização de
crime de desobediência (art. 297, parágrafo único, c/c o § 3º do art. 536, do CPC).Intimem-se.3. Designo o
dia14 de agosto de 2019, às 12h, para a realização de Audiência de Conciliação.A audiência somente não
será realizada se ambas as partes manifestarem expresso desinteresse no ato processual (capute § 4º, I,
do art. 334, do NCPC). 4.CITEM-SE os Requeridos,POR OFICIAL DE JUSTIÇA, com antecedência
mínima de 20 (vinte) dias,na pessoa de seu respectivo representante legal ou procurador legalmente
autorizado, quando for o caso (art. 242 e art. 248, §2º, CPC), para que tome ciência da presente
ação,compareça à audiência acima designada e, posteriormente, sendo o caso, apresente defesa
5.Oprazo de 15 (quinze) dias úteis para a apresentação de contestação contar-se-á: (a) da data da
Audiência de Conciliação ou Mediação (ou da última sessão de conciliação), quando qualquer das partes
não comparecer ou, comparecendo, não houver composição; (b) da data do protocolo do pedido de
cancelamento da Audiência de Conciliação ou Mediação apresentado pelo(a) Requerido(a) ou todos os
litisconsortes, desde que o(a) Autor(a) tenha se manifestado no mesmo sentido (art. 335 c.c. art. 334, §§
4º, 5º e 6º); 6.Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo (art. 218, § 4º,
do CPC); 7.Não sendo contestada a ação, será decretada a revelia, podendo ensejar a presunção de
veracidade das alegações de fato formuladas pela parte demandante. Além disso, os prazos para o réu
revel sem patrono nos autos fluirão da data de publicação de cada ato decisório no órgão oficial, podendo
intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar (arts. 344 e 346 do
CPC). 8.Ficam ambas as partes advertidas de quedevem comparecer à audiência conciliatória
acompanhadas de seus advogados ou defensores públicos, bem como que o não comparecimento
injustificado à Audiência de Conciliação de qualquer das partes será considerada conduta atentatória à
dignidade da justiça e será sancionada commulta de até 2% (dois por cento) da vantagem econômica
pretendida ou do valor da causa, a ser revertida em favor do Estado (§§ 8º e 9º, art. 334, do NCPC); 9.A
parte poderá fazer-se presente por meio de procurador com poderes específicos para negociar e transigir
(§ 10, art. 334, do NCPC); 10.Obtida a autocomposição, a mesma será reduzida a termo e homologada
por sentença (§ 11, art. 334, do NCPC); 11.INTIME-SE o(a) Autor(a), na pessoa de seu advogado, para
comparecer à supramencionada Audiência (§ 3º, art. 334, do NCPC). 12.Servirá a presente, por cópia
digitalizada, como mandado de citação/intimação. CUMPRA-SE NA FORMA E SOB AS PENAS DA LEI
(Provimentos ns. 003 e 011/2009?CJRMB); P. R. I. C. Belém-PA,21 de fevereiro de 2019. JUÍZO DE
DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL
período locatício, multa e juros não pagos pela suplicada atrasados, desde 04/2016, bem como, aqueles
que se vencerem até a efetiva desocupação do imóvel e imissão da autora em sua posse, além do
pagamento de eventual débito de energia elétrica do período locatício. O valor dos alugueis deve ser
devidamente atualizado a partir do vencimento de cada parcelaaté a efetiva desocupação, com juros de
1%, e correção monetária, com adoção do IGP-M (artigo 397 do CC), acrescido da multa contratual, bem
como através de simples petição poderá o Requerente demonstrar as parcelas que se venceram no curso
do processo.Em razão da sucumbência e por força do disposto nos artigos 82, § 2º, 84 e 85, todos do
Código de Processo Civil, condena a requerida ao pagamento das despesas processuais e honorários ao
advogado do vencedor que fixo em 15% sobre o valor da condenação, observado o disposto no parágrafo
16 do artigo 85 do Código de Processo Civil e tendo em vista os parâmetros delineados nos incisos I a IV
do parágrafo 2º do artigo 85 também do Código de Processo Civil.Certificado o trânsito em julgado, a
secretaria deve tomar as seguintes providências: a) aguarde-se o prazo estabelecido em lei para o início
do cumprimento de sentença; b) após o escoamento do prazo, com ou sem manifestação, devidamente
certificada, retornem-me os autos conclusos. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se. Belém (PA)
20 de fevereiro de 2019. SILVIO CÉSAR DOS SANTOS MARIAJuiz de Direito da 3ª Vara Cível e
Empresarial da Capital
da audiência acima designada e manifestação.7. Servirá o presente como mandado. Cumpra-se na forma
e sob as penas da lei. Belém-PA, 20 de fevereiro de 2019. Silvio César dos Santos MariaJuiz de Direito
Titular da 3ª Vara Cível e Empresarial da Capital
absoluta no nosso sistema civil brasileiro.Todas as pessoas com deficiência, das quais tratava o comando
anterior, passam a ser, em regra, plenamente capazes para o Direito Civil.As pessoas naturais, maiores de
18 (dezoito) anos, portadoras de enfermidade mentais, conforme o caso, podem ser consideradas
relativamente incapazes, conforme dispõe o artigo 4º, III, do Código Civil,in verbis:?Art. 4º São incapazes,
relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:(...)III - aqueles que, por causa transitória ou
permanente, não puderem exprimir sua vontade;?A estas pessoas de que trata o inciso III, do artigo 4º, do
Código Civil, estão sujeitas a curatela, conforme passou a dispor o artigo 1.767, do mesmo Código, om a
redação dada pela Lei 13.146/2015, assim dispõe:?Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:I - aqueles que,
por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;?Assim, face às alterações
introduzidas no Código Civil pela Lei 13.146/2015, reconhecida a enfermidade mental, a depender do grau
de comprometimento da sua capacidade intelectiva, deve ser a mesma considerada relativamente incapaz
e ser decretada a sua interdição, sujeitando-a à curatela, devendo o juiz estabelecer, na sentença, os atos
da vida civil que a mesma pode ou não praticar pessoalmente e aqueles em que deve ser assistida pelo
curador.O escopo da interdição é proteger a pessoa interditada e conferir segurança jurídica aos atos
jurídicos em que haja sua intervenção, por si ou com a assistência.Observo que o cancelamento do
alistamento eleitoral da pessoa portadora de enfermidade mental, mostra-se incompatível com as
disposições contidas na Lei 13.146/2015, podendo o mesmo exercer pessoalmente o direito ao voto, sem
assistência do curador, o que também deve ser aplicado ao casamento, ao reconhecimento da
paternidade e outros atos considerados personalíssimos pelo ordenamento jurídico.No caso, dadas as
informações médicas, penso que o(a) interditando(a) deve ser impedido de praticar, por si, os atos da vida
civil que importem na assunção de obrigação para si, seus herdeiros e dependentes, podendo fazê-lo com
a assistência do(a) curador(a), salvo aqueles considerados personalíssimos, como o exercício do direito
ao voto e outros. ISTO POSTO, decido o seguinte:Reconheço a incapacidade relativa do(a)
interditando(a)ANDRÉ LUIZ BARBOSA AFONSO, e, com fundamento no artigo 4º, III, do Código Civil,
decreto-lhe a interdição, nomeando-lhe curador(a) o(a) senhor(a)MONICA DE JESUS BARBOSA
AFONSO,conforme artigo 1.767 e seguintes, do mesmo Código; Salvo os considerados personalíssimos
pelo ordenamento jurídico, fica o(a) interditado(a) impedido(a) de praticar pessoalmente, sem assistência
do(a) curador(a), todos os atos da vida civil que importem na assunção de obrigação perante terceiros,
para si, seus herdeiros e dependentes, podendo fazê-los somente se devidamente assistido pelo
curador(a); O(a)curador(a), ora nomeado(a), deverá comparecer na secretaria o juízo a fim de prestar o
compromisso de bem e fielmente exercer o encargo, firmando o competente termo;Expeça-se Mandado de
Registro da presente Interdição e Curatela, a fim de que o Senhor Oficial do Cartório de Registro Civil
Comarca promova o cumprimento ao artigo 92, Lei 6.015/73;Expeça-se mandado de averbação para
constar no registro de nascimento ou casamento do(a) interditado(a) que foi decretada a interdição e
nomeado curador(a) a(o) mesmo(a); eOficie-se a Receita Federal informando sobre a interdição e
curatela, do(a) interditado(a).Sem custas.Transitada em julgado, cumprida a decisão, arquive-se em
definitivo, observando-se as cautelas de estilo.Publique-se em conformidade com o art.755, §3º, do CPC.
Registre-se. Intimem-se. Dê ciência ao Ministério Público. Expeça-se o necessário. Cumpra-se. Belém-PA,
21 de fevereiro de 2019. Silvio César dos Santos MariaJuiz de Direito Titular da 3ª Vara Cível e
Empresarial
Superior Tribunal de Justiça, para quem é possível a cumulação da cláusula moratória e da cláusula
compensatória, desde que ambas estejam expressamente previstas no contrato eabranjam fatos
geradores distintos.Nesse sentido:AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
AÇÃO DE COBRANÇA. CONTRATO DE LOCAÇÃO.CLÁUSULA MORATÓRIA. CLÁUSULA
COMPENSATÓRIA. CUMULAÇÃO. POSSIBILIDADE.INEXISTÊNCIA DE BIS IN IDEM.1. É possível a
cumulação da multa moratória em razão da falta de pagamento de aluguéis com a multa compensatória
estipulada no contrato de locação em virtude da devolução do imóvel antes do prazo estipulado para o
término da locação. Tais fatos geradores, por serem diversos, não configuram, bis in idem.2. Agravo
regimental não provido.(AgRg no AREsp 388.570/RJ, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA,
TERCEIRA TURMA, julgado em 16/06/2016, DJe 27/06/2016) AGRAVO INTERNO. AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.
CONTRATO DE LOCAÇÃO. EXECUÇÃO DE MULTA CONTRATUAL EM RAZÃO DA RESCISÃO
ANTECIPADA DO CONTRATO. CUMULAÇÃO DE MULTAS COMPENSATÓRIAS. INVIABILIDADE.
REEXAME DE MATÉRIA CONTRATUAL E FÁTICA DA LIDE. SÚMULAS 5 E 7/STJ. ENTENDIMENTO
ADOTADO NESTA CORTE. VERBETE 83 DA SÚMULA DO STJ. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
FUNDAMENTOS DO ACÓRDÃO. NÃO IMPUGNAÇÃO. INCIDÊNCIA DO VERBETE 283 DA
SÚMULA/STF. NÃO PROVIMENTO.1. Se as questões trazidas à discussão foram dirimidas pelo Tribunal
de origem de forma suficientemente ampla, fundamentada e sem omissões, deve ser afastada a alegada
violação ao artigo 535 do Código de Processo Civil de 1973.2. Inviável a análise do recurso especial
quando dependente de reexame de cláusulas contratuais e de prova (Súmulas 5 e 7 do STJ).3.
"Conquanto seja possível a cumulação das multas moratória e compensatória, é indispensável para tanto
que ambas estejam previstas no contrato e tenham fatos geradores distintos"(AgRg no REsp 1280274/MG,
Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 23/6/2015, DJe 30/6/2015) 4. O
Tribunal de origem julgou nos moldes da jurisprudência desta Corte. Incidente, portanto, o enunciado 83
da Súmula do STJ.5. "A incidência da Súmula 83/STJ não se restringe aos recursos especiais interpostos
com fundamento na alínea "c" do permissivo constitucional, sendo também aplicável nos reclamos
fundados na alínea "a", uma vez que o termo "divergência", a que se refere a citada súmula, relaciona-se
com a interpretação de norma infraconstitucional". (AgRg no AREsp 679.421/RJ, Rel. Ministro MARCO
BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 17/3/2016, DJe 31/3/2016) 6. As razões elencadas pelo Tribunal de
origem não foram devidamente impugnadas. Incidência do enunciado 283 da Súmula/STF.7. Agravo
interno a que se nega provimento.(AgInt no AREsp 720.037/SC, Rel.Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI,
QUARTA TURMA, julgado em 03/05/2016, DJe 11/05/2016) No caso em apreço, a multa moratória está
prevista na Cláusula Terceira. Enquanto que a multa compensatória está prevista na Cláusula Nona do
instrumento contratual, conforme ID 2900573, a saber:Cláusula Nona: "A falta de cumprimento deste
contrato sujeita a locatária, ao pagamento de uma multa contratual correspondente a 10% (dez por cento),
do valor total do contrato que estiver em vigor, sem prejuízo dos aluguéis atrasados, e indenização por
perdas e danos causados, cobráveis em ação própria, inclusive pagamento de honorários advocatícios,
juros de mora, atualização monetária e despesas processuais, além da multa estipulada na CLÁUSULA
TERCEIRA". Desse modo, o singelo inadimplemento não tem o condão de fazer incidir dupla penalidade,
configurando, ao contrário do entendimento de origem,bis in idema incidência da multa moratória e da
multa compensatória no caso concreto. Nesse sentido:APELAÇÃO CÍVEL. LOCAÇÃO. AÇÃO DE
DESPEJO CUMULADA COM COBRANÇA DE ENCARGOS LOCATÍCIOS. PROLAÇÃO DE SENTENÇA
CITRA PETITA CONFIGURADA. SUPRESSÃO DA OMISSÃO EM GRAU RECURSAL, POR FORÇA DA
APLICAÇÃO DO ARTIGO 1.013, § 3º, III, DO CPC/2015. NÃO CONFIGURADA A ALEGADA EXCEÇÃO
DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO PARA FINS DE AFASTAMENTO DA COBRANÇA DE ENCARGOS
MORATÓRIOS. NÃO DEMONSTRADO O ALEGADO DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL POR PARTE
DO LOCADOR, NA PROMOÇÃO DO SHOPPING. A JURISPRUDÊNCIA DO STJ É FIRME NO SENTIDO
DE QUE A CUMULAÇÃO DA MULTA MORATÓRIA COM A MULTA COMPENSATÓRIA PRESSUPÕE A
EXISTÊNCIA DE FATOS GERADORES DIVERSOS. ASSIM SENDO, A MORA DA PARTE LOCATÁRIA
NÃO AUTORIZA A CUMULAÇÃO DE MULTAS, IMPONDO-SE, PARA TANTO, QUE HAJA OUTRA
INFRAÇÃO CONTRATUAL A ATRAIR A INCIDÊNCIA DA CLÁUSULA PENAL, O QUE NÃO OCORRE
NO CASO CONCRETO. AFASTADA A INCIDÊNCIA DA MULTA COMPENSATÓRIA. HONORÁRIOS
PREVISTOS NO CONTRATO DE LOCAÇÃO PARA COBRANÇA EXTRAJUDICIAL OU JUDICIAL.
DESCABIMENTO. TERMO FINAL DA LOCAÇÃO CORRESPONDENTE AO MOMENTO EM QUE
ENCERRADO O PRAZO DE ACESSO ÀS DEPENDÊNCIAS DA LOJA, APÓS O ENCERRAMENTO DO
SHOPPING. DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO DE APELAÇÃO. UNÂNIME. (Apelação
Cível Nº 70076398460, Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Paulo Sérgio
Scarparo, Julgado em 17/05/2018) APELAÇÃO CÍVEL. LOCAÇÃO. AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE
489
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
limite permitido de 30%, pugnando, ao final, pela adequação do percentual do desconto dentro do limite
legal permitido, bem como a condenação na reparação dos danos morais sofridos ? juntou documentos. A
tutela provisória foi deferida ID 5066805. O requerido contesta a devida ação, alegando que o suplicante
celebrou vários contratos um deles de empréstimo consignado, o qual está dentro da margem consignável
permitida em lei de 30%, pois já se sabe o quanto deve ser limitado pelos descontos consignados, sempre
atribuindo valores inferiores a 30%. Na situação em questão, foi observado o que disciplina o Decreto
Estadual n.º 2.071/2006. Ressalta ainda a defesa, que há diferença entre empréstimos consignados em
folha de pagamento e os demais empréstimos concedidos a título de crédito pessoal, frisando que a
modalidade de empréstimo consignado em folha consubstancia-se em uma linha de crédito pessoal
disponível para servidores públicos estaduais, independente de serem correntistas ou não correntistas, na
qual as prestações de pagamento do crédito concedido são repassadas diretamente da folha de
pagamento pela Secretaria de Estado de Administração (SEAD) para a Instituição Financeira,
obedecendo, para tanto, a margem consignável legal que todo o servidor público possui.Discorre sobre os
juros compostos que não são abusivos, da regularidade dos contratos firmados pela requerente (pacta
sunt servanda) e, por final, requer a improcedência dos pedidos. Audiência de conciliação restou
infrutífera. É o sucinto relatório. DECIDO. O feito se encontra em fase de julgamento antecipado da lide em
razão de tratar de matéria somente de direito, passo ao julgamento da lide a teor do artigo 355 do CPC.
Conforme se pode observar, a parte Requerente maneja a pretensão de revisão contratual,bem como
requerendo a limitação dos descontos ao limite de 30% do seu salário, questionando a abusividade de
cláusulas constates de contrato de financiamento celebrado entre as partes. DA PRETENSÃO DE
LIMITAÇÃO DOS DESCONTOS AO PATAMAR DE 30% DO SALÁRIO DO AUTOR. O Requerente
maneja, ainda, pretensão de limitação dos descontos efetuados pelo Requerido em sua conta corrente e
na folha de pagamento, sob a alegação de que estes excederam o limite de 30% do salário do Autor.
Entendo que, diante de tantos empréstimos celebrados, o Requerente encontra-se em situação de
superendividamento que comprometeu a totalidade de sua renda. O Requerente, servidor público
Estadual, celebrou vários empréstimos, sendo um deles consignado, e outros com descontos em sua
conta corrente, porém o próprio Autor autorizou de livre e espontânea vontade em sua renda dispondo de
seu patrimônio. Contudo, entendo que as leis 108020/03 e 5810/94 e seu decreto regulamentar n.
2071/2006 é expresso em dizer que a Soma mensal das consignações em folha não poderá exceder a um
terço da remuneração. Entendo que essa limitação não deve ser aplicada a todos os descontos efetuados
na conta corrente/salário do Requerente, uma interpretação extensiva não é viável, tendo em vista que a
legislação é clara em afirmar que está dentro do limite apenas as consignações em folha de pagamento.
Concordo com o requerido na tese da diferença entre empréstimos consignados e folha de pagamento e
empréstimos concedidos a título de crédito pessoal. Tenho que citar a doutrinadora Claudia Lima
Marques,a consignação em folha de pagamento é permitida para fins de contrato de crédito ao consumo,
devendo, nesse caso específico, "preservar o mínimo existencial". "Hoje, indiretamente, por se permitir a
consignação de apenas 30% do salário do funcionário público, imagina-se que o mínimo existencial é de
70% do salário ou pensão. Em outras palavras, com os 70% a pessoa pode continuar a escolher quais dos
seus devedores paga mês a mês e viver dignamente com sua família, mesmo que ganhe pouco, sem cair
no superendividamento". (MARQUES, Cláudia Lima; MIRAGEM, Bruno (Orgs.). Doutrinas essenciais,
Direito do consumidor: vulnerabilidade do consumidor e modelos de proteção. Vol. II. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2011, p. 584). Não vislumbro nenhum empecilho do autor proceder ainsolvência civil, e que,
na vigência do CPC?2015, permanece disciplinada pelo Código de 1973 (vide art. 1.052 do novel
Diploma). Não vislumbro a razoabilidade e isonomia, pela falta de base legal, impor a limitação legislativa
prevista para empréstimo consignado em folha de pagamento, de modo arbitrário, a contrato específico de
mútuo livremente compactuado. Esse é o entendimento do RESP ? STJ -1586910 SP 2016/0047238-7
que passo a colecionar:RECURSO ESPECIAL Nº 1.586.910 - SP (2016?0047238-7)RELATOR :
MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃORECORRENTE : ISAC GONCALVESADVOGADO : ANA C M V
DELPHINO - SP161420RECORRENTE : BANCO DO BRASIL S?AADVOGADO : FERNANDO ALVES DE
PINHO E OUTRO (S) - RJ097492RECORRIDO : OS MESMOSEMENTARECURSO ESPECIAL.
PRESTAÇÕES DE MÚTUO FIRMADO COM INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. DESCONTO EM CONTA-
CORRENTE E DESCONTO EM FOLHA. HIPÓTESES DISTINTAS. APLICAÇÃO, POR ANALOGIA, DA
LIMITAÇÃO LEGAL AO EMPRÉSTIMO CONSIGNADO AO MERO DESCONTO EM CONTA-CORRENTE,
SUPERVENIENTE AO RECEBIMENTO DA REMUNERAÇÃO. INVIABILIDADE. DIRIGISMO
CONTRATUAL, SEM SUPEDÂNEO LEGAL. IMPOSSIBILIDADE.1. A regra legal que fixa a limitação do
desconto em folha é salutar, possibilitando ao consumidor que tome empréstimos, obtendo condições e
prazos mais vantajosos, em decorrência da maior segurança propiciada ao financiador. O legislador
ordinário concretiza, na relação privada, o respeito à dignidade humana, pois, com razoabilidade, limitam-
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
se os descontos compulsórios que incidirão sobre verba alimentar, sem menosprezar a autonomia
privada.2. O contrato de conta-corrente é modalidade absorvida pela prática bancária, que traz praticidade
e simplificação contábil, da qual dependem várias outras prestações do banco e mesmo o cumprimento de
pagamento de obrigações contratuais diversas para com terceiros, que têm, nessa relação contratual, o
meio de sua viabilização. A instituição financeira assume o papel de administradora dos recursos do
cliente, registrando lançamentos de créditos e débitos conforme os recursos depositados, sacados ou
transferidos de outra conta, pelo próprio correntista ou por terceiros.3. Como característica do contrato, por
questão de praticidade, segurança e pelo desuso, a cada dia mais acentuado, do pagamento de despesas
em dinheiro, costumeiramente o consumidor centraliza, na conta-corrente, suas despesas pessoais, como,
v.g., luz, água, telefone, tv a cabo, cartão de crédito, cheques, boletos variados e demais despesas com
débito automático em conta.4. Consta, na própria petição inicial, que a adesão ao contrato de conta-
corrente, em que o autor percebe sua remuneração, foi espontânea, e que os descontos das parcelas da
prestação - conjuntamente com prestações de outras obrigações firmadas com terceiros - têm expressa
previsão contratual e ocorrem posteriormente ao recebimento de seus proventos, não caracterizando
consignação em folha de pagamento.5. Não há supedâneo legal e razoabilidade na adoção da mesma
limitação, referente a empréstimo para desconto em folha, para a prestação do mútuo firmado com a
instituição financeira administradora da conta-corrente. Com efeito, no âmbito do direito comparado, não
se extrai nenhuma experiência similar - os exemplos das legislações estrangeiras, costumeiramente
invocados, buscam, por vezes, com medidas extrajudiciais, solução para o superendividamento ou
sobreendividamento que, isonomicamente, envolvem todos os credores, propiciando, a médio ou longo
prazo, a quitação do débito.6. À míngua de novas disposições legais específicas, há procedimento, já
previsto no ordenamento jurídico, para casos de superendividamento ou sobreendividamento - do qual
podem lançar mão os próprios devedores -, que é o da insolvência civil.7. A solução concebida pelas
instâncias ordinárias, em vez de solucionar o superendividamento, opera no sentido oposto, tendo o
condão de eternizar a obrigação, visto que leva à amortização negativa do débito, resultando em aumento
mês a mês do saldo devedor. Ademais, uma vinculação perene do devedor à obrigação, como a que
conduz as decisões das instâncias ordinárias, não se compadece com o sistema do direito obrigacional,
que tende a ter termo.8. O art. 6º, parágrafo 1º, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
confere proteção ao ato jurídico perfeito, e, consoante os arts. 313 e 314 do CC, o credor não pode ser
obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.9. A limitação imposta
pela decisão recorrida é de difícil operacionalização, e resultaria, no comércio bancário e nas vendas a
prazo, em encarecimento ou até mesmo restrição do crédito, sobretudo para aqueles que não conseguem
comprovar a renda.10. Recurso especial do réu provido, julgado prejudicado o do autor.ACÓRDÃOVistos,
relatados e discutidos estes autos, os Ministros da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça acordam,
na conformidade dos votos e das notas taquigráficas Prosseguindo no julgamento, após o voto-vista do
Ministro Antonio Carlos Ferreira, acompanhando o relator,, por maioria, dar provimento ao recurso especial
do BANCO DO BRASIL S?A para julgar improcedente o pedido inicial, e declarar prejudicado o recurso
especial de ISAC GONÇALVES, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.Vencidos os Srs. Ministros
Raul Araujo e Marco Buzzi, que negavam provimento a ambos os recursos especiais. A Sra. Ministra
Maria Isabel Gallotti e o Sr. Ministro Antonio Carlos Ferreira (Presidente) (voto-vista) votaram com o Sr.
Ministro Relator.Brasília (DF), 29 de agosto de 2017 (Data do Julgamento)MINISTRO LUIS FELIPE
SALOMÃO O BanparáCred/Card não se trata de crédito consignado em folha de pagamento e, portanto,
não se aplica o limite legal de consignação em folha de pagamento de servidores públicos mas de
desconto livremente pactuado e autorizado pelo devedor, em benefício próprio, para substituir dívida mais
onerosa por dívida menos cara. Já em relação ao consignado, deve o Requerente ser socorrido pela
atividade jurisdicional para ver resguardada sua dignidade humana e, assim, preservar um patrimônio
mínimo para garantir sua existência de forma adequada, uma vez que o salário traduz verba alimentar e
deve ser preservado um mínimo de recursos que possibilite a subsistência do devedor (CPC/2015, art.
833, IV), sob pena de ofensa à dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III). Seguindo a premissa
hermenêutica acima fixada, os contratos celebrados entre o Requerente e a Banpará devem ser
readequados, somente os empréstimos consignados, para garantir ao consumidor um patrimônio mínimo
para sua subsistência, com base na jurisprudência do STJ RESP 1586910/SP. Com base nos princípios
da dignidade humana e na garantia do mínimo existencial, aplicáveis por força da eficácia horizontal dos
direitos fundamentais nas relações privadas, bem como na equidade e analogia como fonte do Direito,
determino ao Requerido Banco Banpará que proceda à readequação de todos os contratos de
consignados celebrados com o Autor a fim de que este somente tenha descontado em folha de pagamento
o valor mensal equivalente a 30% de sua remuneração bruta, devendo o saldo devedor ser pago em
tantas parcelas quantas bastem à quitação do débito, mantendo-se as demais cláusulas contratadas.
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Todavia, observa-se no contracheque do autor juntado aos autos, que ele possui apenas 01 empréstimo
consignado, no valor de R$ 457,15, a parcela, ou seja, dentro do limite consignável, haja vista possuir uma
renda bruta de R$ 2.257,36. Deste modo, não carece de adequação de desconto neste particular.
QUANTO AO PEDIDO DE REPARAÇÃO DOS DANOS MORAIS Não vislumbro na espécie a ocorrência
do abalo moral referido pelo demandante, uma vez que o banco requerido não está descontando em folha
de pagamento valores acima do percentual legal permitido. Ademais, os demais descontos efetuados na
conta corrente do autor, decorre de previsão contratual onde o autor livremente anuiu. Nesta linha,
necessário ressaltar que, além do demandante jamais negar a existência da contratação, tendo pleno
conhecimento anterior acerca da quantia que lhe seria descontada mensalmente, os valores eram devidos,
conforme as condições estabelecidas quando da concessão do empréstimo. Penso que não há falar em
agir ilícito da instituição financeira, que se limitou a conceder empréstimo, mediante as condições
previamente comunicadas e aceitas pela contratante, procedendo aos descontos na forma pactuada.
Assim, e considerando que os descontos estavam fundados em autorização contratual do autor, não
vislumbro a ocorrência de ilícito apto a caracterizar abalo moral. Quanto ao tema, ilustrativo o seguinte
precedente:?APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO
MORAL. BUSCA E APREENSÃO DE VEÍCULO. DESCUMPRIMENTO DE ORDEM JUDICIAL EXARADA
EM DEMANDA ANTERIOR. DEVER DE INDENIZAR NÃO CONFIGURADO. (...)O descumprimento de
ordem judicial, de per si, não enseja, a rigor, indenização por dano moral, mormente porque para a
hipótese de descumprimento existe cominação de penalidade específica no Código de Processo Civil
regulada para os atos atentatórios à dignidade da Justiça. (...) APELAÇÃO DESPROVIDA. (Apelação
Cível Nº70062849070, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sylvio José Costa da Silva
Tavares, Julgado em 13/10/2016)? ??Ex positis??, JULGO IMPROCEDENTE a pretensão do Requerente
e revogo a tutela de urgência concedida. Todavia, ressalto, que os valores que deixaram de ser cobrados
por força da tutela de urgência concedida, devem ser cobrados ao final do contrato e não de forma
cumulativa. Deixo de condenar o requerente no pagamento das custas processuais e honorários de
sucumbência, em razão de encontra-se acobertado sob o palio da assistência judiciária gratuita.
Determino a extinção do processo com a resolução do mérito, forte no art. 487, inciso I, do CPC. P.R.I.C.
Belém, 20 de fevereiro de 2019. Silvio César dos Santos MariaJuiz de Direito da 3ª Vara Cível e
Empresarial da Comarca de Belém
verifica-se que a requerente pugnou pela desistência da ação.ANTE O EXPOSTO, COM FUNDAMENTO
NO ART. 485, INCISO VIII, DO CPC, HOMOLOGO O PEDIDO DE DESISTÊNCIA DA AÇÃO E
DETERMINO A EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM A RESOLUÇÃO DO MÉRITO.ARQUIVE-SE OS
AUTOS, DANDO-SE BAIXA.SEM CUSTAS.BELÉM (PA)., 20 de fevereiro de 2019. SILVIO CÉSAR DOS
SANTOS MARIAJUIZ DE DIREITO TITULAR DA 3ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE
BELÉM
70% do salário ou pensão. Em outras palavras, com os 70% a pessoa pode continuar a escolher quais dos
seus devedores paga mês a mês e viver dignamente com sua família, mesmo que ganhe pouco, sem cair
no superendividamento". (MARQUES, Cláudia Lima; MIRAGEM, Bruno (Orgs.). Doutrinas essenciais,
Direito do consumidor: vulnerabilidade do consumidor e modelos de proteção. Vol. II. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2011, p. 584). Não vislumbro nenhum empecilho do autor proceder ainsolvência civil, e que,
na vigência do CPC?2015, permanece disciplinada pelo Código de 1973 (vide art. 1.052 do novel
Diploma). Não vislumbro a razoabilidade e isonomia, pela falta de base legal, impor a limitação legislativa
prevista para empréstimo consignado em folha de pagamento, de modo arbitrário, a contrato específico de
mútuo livremente compactuado. Esse é o entendimento do RESP ? STJ -1586910 SP 2016/0047238-7
que passo a colecionar:RECURSO ESPECIAL Nº 1.586.910 - SP (2016?0047238-7)RELATOR :
MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃORECORRENTE : ISAC GONCALVESADVOGADO : ANA C M V
DELPHINO - SP161420RECORRENTE : BANCO DO BRASIL S?AADVOGADO : FERNANDO ALVES DE
PINHO E OUTRO (S) - RJ097492RECORRIDO : OS MESMOSEMENTARECURSO ESPECIAL.
PRESTAÇÕES DE MÚTUO FIRMADO COM INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. DESCONTO EM CONTA-
CORRENTE E DESCONTO EM FOLHA. HIPÓTESES DISTINTAS. APLICAÇÃO, POR ANALOGIA, DA
LIMITAÇÃO LEGAL AO EMPRÉSTIMO CONSIGNADO AO MERO DESCONTO EM CONTA-CORRENTE,
SUPERVENIENTE AO RECEBIMENTO DA REMUNERAÇÃO. INVIABILIDADE. DIRIGISMO
CONTRATUAL, SEM SUPEDÂNEO LEGAL. IMPOSSIBILIDADE.1. A regra legal que fixa a limitação do
desconto em folha é salutar, possibilitando ao consumidor que tome empréstimos, obtendo condições e
prazos mais vantajosos, em decorrência da maior segurança propiciada ao financiador. O legislador
ordinário concretiza, na relação privada, o respeito à dignidade humana, pois, com razoabilidade, limitam-
se os descontos compulsórios que incidirão sobre verba alimentar, sem menosprezar a autonomia
privada.2. O contrato de conta-corrente é modalidade absorvida pela prática bancária, que traz praticidade
e simplificação contábil, da qual dependem várias outras prestações do banco e mesmo o cumprimento de
pagamento de obrigações contratuais diversas para com terceiros, que têm, nessa relação contratual, o
meio de sua viabilização. A instituição financeira assume o papel de administradora dos recursos do
cliente, registrando lançamentos de créditos e débitos conforme os recursos depositados, sacados ou
transferidos de outra conta, pelo próprio correntista ou por terceiros.3. Como característica do contrato, por
questão de praticidade, segurança e pelo desuso, a cada dia mais acentuado, do pagamento de despesas
em dinheiro, costumeiramente o consumidor centraliza, na conta-corrente, suas despesas pessoais, como,
v.g., luz, água, telefone, tv a cabo, cartão de crédito, cheques, boletos variados e demais despesas com
débito automático em conta.4. Consta, na própria petição inicial, que a adesão ao contrato de conta-
corrente, em que o autor percebe sua remuneração, foi espontânea, e que os descontos das parcelas da
prestação - conjuntamente com prestações de outras obrigações firmadas com terceiros - têm expressa
previsão contratual e ocorrem posteriormente ao recebimento de seus proventos, não caracterizando
consignação em folha de pagamento.5. Não há supedâneo legal e razoabilidade na adoção da mesma
limitação, referente a empréstimo para desconto em folha, para a prestação do mútuo firmado com a
instituição financeira administradora da conta-corrente. Com efeito, no âmbito do direito comparado, não
se extrai nenhuma experiência similar - os exemplos das legislações estrangeiras, costumeiramente
invocados, buscam, por vezes, com medidas extrajudiciais, solução para o superendividamento ou
sobreendividamento que, isonomicamente, envolvem todos os credores, propiciando, a médio ou longo
prazo, a quitação do débito.6. À míngua de novas disposições legais específicas, há procedimento, já
previsto no ordenamento jurídico, para casos de superendividamento ou sobreendividamento - do qual
podem lançar mão os próprios devedores -, que é o da insolvência civil.7. A solução concebida pelas
instâncias ordinárias, em vez de solucionar o superendividamento, opera no sentido oposto, tendo o
condão de eternizar a obrigação, visto que leva à amortização negativa do débito, resultando em aumento
mês a mês do saldo devedor. Ademais, uma vinculação perene do devedor à obrigação, como a que
conduz as decisões das instâncias ordinárias, não se compadece com o sistema do direito obrigacional,
que tende a ter termo.8. O art. 6º, parágrafo 1º, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
confere proteção ao ato jurídico perfeito, e, consoante os arts. 313 e 314 do CC, o credor não pode ser
obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.9. A limitação imposta
pela decisão recorrida é de difícil operacionalização, e resultaria, no comércio bancário e nas vendas a
prazo, em encarecimento ou até mesmo restrição do crédito, sobretudo para aqueles que não conseguem
comprovar a renda.10. Recurso especial do réu provido, julgado prejudicado o do autor.ACÓRDÃOVistos,
relatados e discutidos estes autos, os Ministros da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça acordam,
na conformidade dos votos e das notas taquigráficas Prosseguindo no julgamento, após o voto-vista do
Ministro Antonio Carlos Ferreira, acompanhando o relator,, por maioria, dar provimento ao recurso especial
do BANCO DO BRASIL S?A para julgar improcedente o pedido inicial, e declarar prejudicado o recurso
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
especial de ISAC GONÇALVES, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.Vencidos os Srs. Ministros
Raul Araujo e Marco Buzzi, que negavam provimento a ambos os recursos especiais. A Sra. Ministra
Maria Isabel Gallotti e o Sr. Ministro Antonio Carlos Ferreira (Presidente) (voto-vista) votaram com o Sr.
Ministro Relator.Brasília (DF), 29 de agosto de 2017 (Data do Julgamento)MINISTRO LUIS FELIPE
SALOMÃO O BanparáCred/Card não se trata de crédito consignado em folha de pagamento e, portanto,
não se aplica o limite legal de consignação em folha de pagamento de servidores públicos mas de
desconto livremente pactuado e autorizado pelo devedor, em benefício próprio, para substituir dívida mais
onerosa por dívida menos cara. Já em relação ao consignado, deve o Requerente ser socorrido pela
atividade jurisdicional para ver resguardada sua dignidade humana e, assim, preservar um patrimônio
mínimo para garantir sua existência de forma adequada, uma vez que o salário traduz verba alimentar e
deve ser preservado um mínimo de recursos que possibilite a subsistência do devedor (CPC/2015, art.
833, IV), sob pena de ofensa à dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III). Seguindo a premissa
hermenêutica acima fixada, os contratos celebrados entre o Requerente e a Banpará devem ser
readequados, somente os empréstimos consignados, para garantir ao consumidor um patrimônio mínimo
para sua subsistência, com base na jurisprudência do STJ RESP 1586910/SP. Com base nos princípios
da dignidade humana e na garantia do mínimo existencial, aplicáveis por força da eficácia horizontal dos
direitos fundamentais nas relações privadas, bem como na equidade e analogia como fonte do Direito,
determino ao Requerido Banco Banpará que proceda à readequação de todos os contratos de
consignados celebrados com o Autor a fim de que este somente tenha descontado em folha de pagamento
o valor mensal equivalente a 30% de sua remuneração bruta, devendo o saldo devedor ser pago em
tantas parcelas quantas bastem à quitação do débito, mantendo-se as demais cláusulas contratadas.
Todavia, observa-se no contracheque do autor juntado aos autos, que ele possui apenas 01 empréstimo
consignado, no valor de R$ 1.689,97, ou seja, dentro do limite consignável, haja vista possuir uma renda
bruta de R$ 7.433,74. Deste modo, não carece de adequação de desconto neste particular. QUANTO AO
PEDIDO DE REPARAÇÃO DOS DANOS MORAIS Não vislumbro na espécie a ocorrência do abalo moral
referido pelo demandante, uma vez que o banco requerido não está descontando em folha de pagamento
valores acima do percentual legal permitido. Ademais, os demais descontos efetuados na conta corrente
do autor, decorre de previsão contratual onde o autor livremente anuiu. Nesta linha, necessário ressaltar
que, além do demandante jamais negar a existência da contratação, tendo pleno conhecimento anterior
acerca da quantia que lhe seria descontada mensalmente, os valores eram devidos, conforme as
condições estabelecidas quando da concessão do empréstimo. Penso que não há falar em agir ilícito da
instituição financeira, que se limitou a conceder empréstimo, mediante as condições previamente
comunicadas e aceitas pela contratante, procedendo aos descontos na forma pactuada. Assim, e
considerando que os descontos estavam fundados em autorização contratual do autor, não vislumbro a
ocorrência de ilícito apto a caracterizar abalo moral. Quanto ao tema, ilustrativo o seguinte
precedente:?APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO
MORAL. BUSCA E APREENSÃO DE VEÍCULO. DESCUMPRIMENTO DE ORDEM JUDICIAL EXARADA
EM DEMANDA ANTERIOR. DEVER DE INDENIZAR NÃO CONFIGURADO. (...)O descumprimento de
ordem judicial, de per si, não enseja, a rigor, indenização por dano moral, mormente porque para a
hipótese de descumprimento existe cominação de penalidade específica no Código de Processo Civil
regulada para os atos atentatórios à dignidade da Justiça. (...) APELAÇÃO DESPROVIDA. (Apelação
Cível Nº70062849070, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sylvio José Costa da Silva
Tavares, Julgado em 13/10/2016)? ??Ex positis??, JULGO IMPROCEDENTE a pretensão do Requerente
e revogo a tutela de urgência concedida. Todavia, ressalto, que os valores que deixaram de ser cobrados
por força da tutela de urgência concedida, devem ser cobrados ao final do contrato e não de forma
cumulativa. Deixo de condenar o requerente no pagamento das custas processuais e honorários de
sucumbência, em razão de encontra-se acobertado sob o palio da assistência judiciária gratuita.
Determino a extinção do processo com a resolução do mérito, forte no art. 487, inciso I, do CPC. P.R.I.C.
Belém, 20 de fevereiro de 2019. Silvio César dos Santos MariaJuiz de Direito da 3ª Vara Cível e
Empresarial da Comarca de Belém
FILHOOAB: 10PA Participação: ADVOGADO Nome: PEDRO BENTES PINHEIRO NETOOAB: 816PAR.
H.Manuseando-se os autos, verifica-se que se trata de típica relação de consumo, de forma que procedo a
inversão do ônus da prova, na conformidade do que determina o art. 6º, inciso VIII, do CDC,
especificamente diante da dificuldade da autora na produção da prova.Determino que seja produzida
prova pericial na residência sinistrada, a fim de identificar a causa do incêndio, se foi ou não provocada
pelo por falha no equipamento fornecido pela requerida ou qual o outro motivo.Para tanto, nomeio como
perito deste Juízo o Engenheiro Elétrico LEONAN CANDEIRA BOUILLET, CREA/PA nº 9988D, residente
e domiciliado na Travessa 03 de Maio, 1514, Edifício Torre Residence, apto 1902A, Bairro São Brás, CEP
66063-388, Belém/Pa, Telefone 091 99191-5777.Arbitro honorários periciais no valor de R$ 10.000,00
(dez mil reais) que deverá ser pago pela requerida. Intime a suplicada para proceder o depósito do valor
dos honorários periciais, em 15 dias, bem como apresentar quesitos.Intime a autora para, querendo,
apresentar quesitos em 15 dias.Procedido o depósito dos honorários, Intime o perito nomeado para
informar se aceita o encargo. Se positivo, que proceda a realização da pericia no prazo de 30 dias,
apresentando laudo.Apresentado laudo pericial, manifestem-se as partes, em 05 dias e voltem os autos
conclusos.Quanto ao pedido de Tutela de Urgência, este Juízo irá apreciar após a realização da prova
pericial. Belém (Pa)., 21 de fevereiro de 2019. Silvio César dos Santos MariaJuiz de Direito da 3ª Vara
Cível e e Empresarial da Comarca de Belém
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Participação: ADVOGADO Nome: ALEX LOBO CARDOSOOAB: 24993/PA Participação: RÉU Nome:
CENTRAIS ELETRICAS DO PARA S.A. - CELPAPODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO PARÁ4ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITALAÇÃO: PROCEDIMENTO COMUM
CÍVEL (7)PROCESSO Nº: 0861080-08.2018.8.14.0301AUTOR: GABRIELA PACHECO DA
SILVAREQUERIDO: CENTRAIS ELETRICAS DO PARA S.A. - CELPAEndereço: Rodovia Augusto
Montenegro, s/n, km 8,5, Coqueiro, BELéM - PA - CEP: 66823-010 Vistos, etc. Considerando o alegado e
provado no documento ID 7180651, defiro o benefício de gratuidade de justiça à parte reclamante.
Registre-se no PJE.Diante das especificidades da causa, de modo a adequar o rito processual às
necessidades do conflito, deixo para momento oportuno a análise da conveniência da audiência de
conciliação. (CPC, art.139, VI e Enunciado n. 35 da ENFAM). Cite-se a parte requerida para, querendo,
contestar a ação no prazo de 15 (quinze) dias úteis (art. 335,caput, do CPC/2015), advertindo-a, nos
termos do art. 344 do CPC/2015, que caso não o faça será considerada revel e presumir-se-ão
verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo requerente. Havendo contestação, intime-se a parte
requerente para, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, manifestar-se em réplica. Sendo formulada
reconvenção na contestação ou no seu prazo, deverá a parte requerente apresentar resposta à
reconvenção. Após, certifique-se e voltem-me os autos conclusos. Intimem-se as partes. SE
NECESSÁRIO, SERVIRÁ CÓPIA DESTE(A) DESPACHO/DECISÃOCOMO MANDADO/CARTA DE
CITAÇÃO, conforme autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009, devendo o Sr. Diretor observar o
disposto em seus artigos 3º e 4º. BELÉM/PA, 21 de fevereiro de 2019.Célio Petrônio D?AnunciaçãoJuiz
deDireito, respondendo pela 4ª Vara Cível e Empresarial da Capital107
depositado pelo INSS, nos termos da Resolução nº281/2002, do CJF e do art. 12,§1º, da Lei
nº10.259/2001; 6. Designo audiência de conciliação, instrução e julgamento parao dia02/10/2019,às11h00;
7. Intime-se o requerido, INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, na pessoa de seu
Procurador Federal, por mandado, para: a) indicar, no prazo de 05 (cinco) dias, assistente técnico e
apresentar quesitos; b) tomar ciência do local, dia e hora designados no item anterior para realização da
perícia médica na pessoa do requerente; c) efetuar o pagamento dos honorários da senhora perita do
Juízo, diretamente na conta corrente desta, a saber: Banco do Brasil (código 001), agência nº5752-5,
conta corrente nº20.818-3, RG Nº2147463, CPF/MF nº023.845.902-00, fazendo a devida comprovação
nos autos.8 - Intime-se o Requerente, na pessoa de seu advogado habilitado nos autos, para, querendo,
no prazo de 05 (cinco) dias, indicar os quesitos a serem respondidos pelo perito nomeado por este juízo e
indicar assistente técnico;9- Determino que os quesitos apresentados pelo Requerido, os porventura
formulados pelo Requerente e os declinados abaixo, os quais estão de acordo com a Recomendação CNJ
nº01, de 15/12/2015, sejam remetidos incontinenti ao perito do juízo, por e-mail ou fax;10 - Deve o senhor
Perito do Juízo responder: I- No que diz respeito aoHistórico Laboral Do(A) Periciado(A): a) Profissão
declarada; b) Tempo de profissão; c) Atividade declarada como exercida; d) Tempo de atividade; e)
Descrição da atividade; f) Experiência laboral anterior; g) Data declarada de afastamento do trabalho, se
tiver ocorrido. II- Exame Clínico e Considerações Médico-Periciais sobre a Patologia : a) Queixa que o(a)
periciado(a) apresenta no ato da perícia; b) Doença, lesão ou deficiência diagnosticada por ocasião da
perícia (com CID); c) Causa provável da(s) doença/moléstia(s)/incapacidade; d) Doença/moléstia ou lesão
decorrem do trabalho exercido? Justifique indicando o agente de risco ou agente nocivo causador; e) A
doença/moléstia ou lesão decorrem de acidente de trabalho? Em caso positivo, circunstanciar o fato, com
data e local, bem como se reclamou assistência médica e/ou hospitalar; f) Doença/moléstia ou lesão torna
o(a) periciado(a) incapacitado(a) para o exercício doúltimo trabalho ou atividade habitual? Justifique a
resposta, descrevendo os elementos nos quais se baseou a conclusão; g) Sendo positiva a resposta ao
quesito anterior, a incapacidade do(a) periciado(a)éde natureza permanente ou temporária? Parcial ou
total?; h) Data provável do início da(s) doença/lesão/moléstias(s) que acomete(m) o(a) periciado(a); i) Data
provável de início da incapacidade identificada. Justifique; j) Incapacidade remontaàdata de início da(s)
doença/moléstia(s) ou decorre de progressão ou agravamento dessa patologia? Justifique; k)Épossível
afirmar se havia incapacidade entre a data do indeferimento ou da cessação do benefício administrativo e
a data da realização da perícia judicial? Se positivo, justificar apontando os elementos para esta
conclusão; l) Caso se conclua pela incapacidade parcial e permanente,épossível afirmar se o(a)
periciado(a) estáapto para o exercício de outra atividade profissional ou para a reabilitação? Qual
atividade; m) Sendo positiva a existência de incapacidade total e permanente, o(a) periciado(a) necessita
de assistência permanente de outra pessoa para as atividades diárias? A partir de quando? n) Qual ou
quais são os exames clínicos, laudos ou elementos considerados para o presente ato médico pericial?; o)
O(a) periciado(a) estárealizando tratamento? Qual a previsão de duração do tratamento? Háprevisão ou
foi realizado tratamento cirúrgico? O tratamentoéoferecido pelo SUS? p)Épossível estimar qual o tempo e
o eventual tratamento necessários para que o(a) periciado(a) se recupere e tenha condições de voltar a
exercer seu trabalho ou atividade habitual (data de cessação da incapacidade)? q) Preste o perito demais
esclarecimentos que entenda serem pertinentes para melhor elucidação da causa. r) Pode o perito afirmar
se existe qualquer indício ou sinais de dissimulação ou de exacerbação de sintomas? Responda apenas
em caso afirmativo. III-Quesitos específicos para as hipóteses de pedido deauxílio-acidenteou nos casos
em que o autor járecebe auxílio-acidente e pretende o recebimento de auxílio-doença: a) O(a)
periciado(a)éportador de lesão ou perturbação funcional que implique redução de sua capacidade para o
trabalho? Qual?; b) Se houver lesão ou perturbação funcional, decorre de acidente de trabalho ou de
qualquer natureza? Em caso positivo, indique o agente causador ou circunstancie o fato, com data e local,
bem como indique se o(a) periciado(a) reclamou assistência médica e/ou hospitalar; c) O(a) periciado(a)
apresenta sequelas de acidente de qualquer natureza, que causam dispêndio de maior esforço na
execução da atividade habitual?; d) Se positiva a resposta ao quesito anterior, quais são as dificuldades
encontradas pelo(a) periciado(a) para continuar desempenhando suas funções habituais? Tais sequelas
são permanentes, ou seja, não passíveis de cura?; e) Houve alguma perda anatômica? Qual? A força
muscular estámantida?; f) A mobilidade das articulações estápreservada?; g) A sequela ou lesão
porventura verificada se enquadra em alguma das situações discriminadas no Anexo III do Decreto
3.048/1999?; h) Faceàsequela, ou doença, o(a) periciado(a) está: a) com sua capacidade laborativa
reduzida, porém, não impedido de exercer a mesma atividade; b) impedido de exercer a mesma atividade,
mas não para outra; c) inválido para o exercício de qualquer atividade?Comunique-se; 11. Intime-se o(a)
requerente,através de seu advogado na forma do art. 272 do CPC/2015, a fim de que compareça no local,
dia e horário para ser submetidoàperícia médica e para que compareçaàaudiência no dia e hora
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designados, munido dos documentos pessoais e de todos os exames, laudos e atestados relacionados ao
pedido inicial e para que compareçaàaudiência inaugural designada no item anterior; 12. Serviráo
presente, por cópia digitalizada, com mandado de citação e de intimação, nos termos do Provimento
nº003/2009 - CJRMB; 13. Cumpra-se. Belém /PA, 21/02/2019. Célio Petrônio D?Anunciação Juiz
deDireito, respondendo pela 4ª Vara Cível e Empresarial da Capital109
na pessoa de seu(s) patrono(s) no feito, para que, em 05 (cinco) diasúteis(arts. 218, § 3º e 219,ambosdo
CPC, Lei federal nº 13.105/2015),DIGAsobre aCERTIDÃO do(a) Sr(a). Oficial de Justiça, vinculada aos
autos no dia18/12/2018(ID7841876). Belém-PA,22/02/2019. Eu, __________, Everton Meireles Costa,
analista judiciário, mat. 6773-3, lotado(a) na Secretaria da 4ª Vara Cível e Empresarial da Capital, digitei e
subscrevo-o.
de assistência permanente de outra pessoa para as atividades diárias? A partir de quando? n) Qual ou
quais são os exames clínicos, laudos ou elementos considerados para o presente ato médico pericial?; o)
O(a) periciado(a) estárealizando tratamento? Qual a previsão de duração do tratamento? Háprevisão ou
foi realizado tratamento cirúrgico? O tratamentoéoferecido pelo SUS? p)Épossível estimar qual o tempo e
o eventual tratamento necessários para que o(a) periciado(a) se recupere e tenha condições de voltar a
exercer seu trabalho ou atividade habitual (data de cessação da incapacidade)? q) Preste o perito demais
esclarecimentos que entenda serem pertinentes para melhor elucidação da causa. r) Pode o perito afirmar
se existe qualquer indício ou sinais de dissimulação ou de exacerbação de sintomas? Responda apenas
em caso afirmativo. III-Quesitos específicos para as hipóteses de pedido deauxílio-acidenteou nos casos
em que o autor járecebe auxílio-acidente e pretende o recebimento de auxílio-doença: a) O(a)
periciado(a)éportador de lesão ou perturbação funcional que implique redução de sua capacidade para o
trabalho? Qual?; b) Se houver lesão ou perturbação funcional, decorre de acidente de trabalho ou de
qualquer natureza? Em caso positivo, indique o agente causador ou circunstancie o fato, com data e local,
bem como indique se o(a) periciado(a) reclamou assistência médica e/ou hospitalar; c) O(a) periciado(a)
apresenta sequelas de acidente de qualquer natureza, que causam dispêndio de maior esforço na
execução da atividade habitual?; d) Se positiva a resposta ao quesito anterior, quais são as dificuldades
encontradas pelo(a) periciado(a) para continuar desempenhando suas funções habituais? Tais sequelas
são permanentes, ou seja, não passíveis de cura?; e) Houve alguma perda anatômica? Qual? A força
muscular estámantida?; f) A mobilidade das articulações estápreservada?; g) A sequela ou lesão
porventura verificada se enquadra em alguma das situações discriminadas no Anexo III do Decreto
3.048/1999?; h) Faceàsequela, ou doença, o(a) periciado(a) está: a) com sua capacidade laborativa
reduzida, porém, não impedido de exercer a mesma atividade; b) impedido de exercer a mesma atividade,
mas não para outra; c) inválido para o exercício de qualquer atividade?Comunique-se; 11. Intime-se o(a)
requerente,através de seu advogado na forma do art. 272 do CPC/2015, a fim de que compareça no local,
dia e horário para ser submetidoàperícia médica e para que compareçaàaudiência no dia e hora
designados, munido dos documentos pessoais e de todos os exames, laudos e atestados relacionados ao
pedido inicial e para que compareçaàaudiência inaugural designada no item anterior; 12. Serviráo
presente, por cópia digitalizada, com mandado de citação e de intimação, nos termos do Provimento
nº003/2009 - CJRMB; 13. Cumpra-se. Belém /PA, 21/02/2019. Célio Petrônio D?Anunciação Juiz
deDireito, respondendo pela 4ª Vara Cível e Empresarial da Capital109
indicar, no prazo de 05 (cinco) dias, assistente técnico e apresentar quesitos; b) tomar ciência do local, dia
e hora designados no item anterior para realização da perícia médica na pessoa do requerente; c) efetuar
o pagamento dos honorários da senhora perita do Juízo, diretamente na conta corrente desta, a saber:
Banco do Brasil (código 001), agência nº5752-5, conta corrente nº20.818-3, RG Nº2147463, CPF/MF
nº023.845.902-00, fazendo a devida comprovação nos autos.8 - Intime-se o Requerente, na pessoa de
seu advogado habilitado nos autos, para, querendo, no prazo de 05 (cinco) dias, indicar os quesitos a
serem respondidos pelo perito nomeado por este juízo e indicar assistente técnico;9- Determino que os
quesitos apresentados pelo Requerido, os porventura formulados pelo Requerente e os declinados abaixo,
os quais estão de acordo com a Recomendação CNJ nº01, de 15/12/2015, sejam remetidos incontinenti
ao perito do juízo, por e-mail ou fax;10 - Deve o senhor Perito do Juízo responder: I- No que diz respeito
aoHistórico Laboral Do(A) Periciado(A): a) Profissão declarada; b) Tempo de profissão; c) Atividade
declarada como exercida; d) Tempo de atividade; e) Descrição da atividade; f) Experiência laboral anterior;
g) Data declarada de afastamento do trabalho, se tiver ocorrido. II- Exame Clínico e Considerações
Médico-Periciais sobre a Patologia : a) Queixa que o(a) periciado(a) apresenta no ato da perícia; b)
Doença, lesão ou deficiência diagnosticada por ocasião da perícia (com CID); c) Causa provável da(s)
doença/moléstia(s)/incapacidade; d) Doença/moléstia ou lesão decorrem do trabalho exercido? Justifique
indicando o agente de risco ou agente nocivo causador; e) A doença/moléstia ou lesão decorrem de
acidente de trabalho? Em caso positivo, circunstanciar o fato, com data e local, bem como se reclamou
assistência médica e/ou hospitalar; f) Doença/moléstia ou lesão torna o(a) periciado(a) incapacitado(a)
para o exercício doúltimo trabalho ou atividade habitual? Justifique a resposta, descrevendo os elementos
nos quais se baseou a conclusão; g) Sendo positiva a resposta ao quesito anterior, a incapacidade do(a)
periciado(a)éde natureza permanente ou temporária? Parcial ou total?; h) Data provável do início da(s)
doença/lesão/moléstias(s) que acomete(m) o(a) periciado(a); i) Data provável de início da incapacidade
identificada. Justifique; j) Incapacidade remontaàdata de início da(s) doença/moléstia(s) ou decorre de
progressão ou agravamento dessa patologia? Justifique; k)Épossível afirmar se havia incapacidade entre a
data do indeferimento ou da cessação do benefício administrativo e a data da realização da perícia
judicial? Se positivo, justificar apontando os elementos para esta conclusão; l) Caso se conclua pela
incapacidade parcial e permanente,épossível afirmar se o(a) periciado(a) estáapto para o exercício de
outra atividade profissional ou para a reabilitação? Qual atividade; m) Sendo positiva a existência de
incapacidade total e permanente, o(a) periciado(a) necessita de assistência permanente de outra pessoa
para as atividades diárias? A partir de quando? n) Qual ou quais são os exames clínicos, laudos ou
elementos considerados para o presente ato médico pericial?; o) O(a) periciado(a) estárealizando
tratamento? Qual a previsão de duração do tratamento? Háprevisão ou foi realizado tratamento cirúrgico?
O tratamentoéoferecido pelo SUS? p)Épossível estimar qual o tempo e o eventual tratamento necessários
para que o(a) periciado(a) se recupere e tenha condições de voltar a exercer seu trabalho ou atividade
habitual (data de cessação da incapacidade)? q) Preste o perito demais esclarecimentos que entenda
serem pertinentes para melhor elucidação da causa. r) Pode o perito afirmar se existe qualquer indício ou
sinais de dissimulação ou de exacerbação de sintomas? Responda apenas em caso afirmativo. III-
Quesitos específicos para as hipóteses de pedido deauxílio-acidenteou nos casos em que o autor járecebe
auxílio-acidente e pretende o recebimento de auxílio-doença: a) O(a) periciado(a)éportador de lesão ou
perturbação funcional que implique redução de sua capacidade para o trabalho? Qual?; b) Se houver
lesão ou perturbação funcional, decorre de acidente de trabalho ou de qualquer natureza? Em caso
positivo, indique o agente causador ou circunstancie o fato, com data e local, bem como indique se o(a)
periciado(a) reclamou assistência médica e/ou hospitalar; c) O(a) periciado(a) apresenta sequelas de
acidente de qualquer natureza, que causam dispêndio de maior esforço na execução da atividade
habitual?; d) Se positiva a resposta ao quesito anterior, quais são as dificuldades encontradas pelo(a)
periciado(a) para continuar desempenhando suas funções habituais? Tais sequelas são permanentes, ou
seja, não passíveis de cura?; e) Houve alguma perda anatômica? Qual? A força muscular estámantida?; f)
A mobilidade das articulações estápreservada?; g) A sequela ou lesão porventura verificada se enquadra
em alguma das situações discriminadas no Anexo III do Decreto 3.048/1999?; h) Faceàsequela, ou
doença, o(a) periciado(a) está: a) com sua capacidade laborativa reduzida, porém, não impedido de
exercer a mesma atividade; b) impedido de exercer a mesma atividade, mas não para outra; c) inválido
para o exercício de qualquer atividade?Comunique-se; 11. Intime-se o(a) requerente,através de seu
advogado na forma do art. 272 do CPC/2015, a fim de que compareça no local, dia e horário para ser
submetidoàperícia médica e para que compareçaàaudiência no dia e hora designados, munido dos
documentos pessoais e de todos os exames, laudos e atestados relacionados ao pedido inicial e para que
compareçaàaudiência inaugural designada no item anterior; 12. Serviráo presente, por cópia digitalizada,
com mandado de citação e de intimação, nos termos do Provimento nº003/2009 - CJRMB; 13. Cumpra-se.
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Belém /PA, 21/02/2019. Célio Petrônio D?Anunciação Juiz deDireito, respondendo pela 4ª Vara Cível e
Empresarial da Capital109
de assistência permanente de outra pessoa para as atividades diárias? A partir de quando? n) Qual ou
quais são os exames clínicos, laudos ou elementos considerados para o presente ato médico pericial?; o)
O(a) periciado(a) estárealizando tratamento? Qual a previsão de duração do tratamento? Háprevisão ou
foi realizado tratamento cirúrgico? O tratamentoéoferecido pelo SUS? p)Épossível estimar qual o tempo e
o eventual tratamento necessários para que o(a) periciado(a) se recupere e tenha condições de voltar a
exercer seu trabalho ou atividade habitual (data de cessação da incapacidade)? q) Preste o perito demais
esclarecimentos que entenda serem pertinentes para melhor elucidação da causa. r) Pode o perito afirmar
se existe qualquer indício ou sinais de dissimulação ou de exacerbação de sintomas? Responda apenas
em caso afirmativo. III-Quesitos específicos para as hipóteses de pedido deauxílio-acidenteou nos casos
em que o autor járecebe auxílio-acidente e pretende o recebimento de auxílio-doença: a) O(a)
periciado(a)éportador de lesão ou perturbação funcional que implique redução de sua capacidade para o
trabalho? Qual?; b) Se houver lesão ou perturbação funcional, decorre de acidente de trabalho ou de
qualquer natureza? Em caso positivo, indique o agente causador ou circunstancie o fato, com data e local,
bem como indique se o(a) periciado(a) reclamou assistência médica e/ou hospitalar; c) O(a) periciado(a)
apresenta sequelas de acidente de qualquer natureza, que causam dispêndio de maior esforço na
execução da atividade habitual?; d) Se positiva a resposta ao quesito anterior, quais são as dificuldades
encontradas pelo(a) periciado(a) para continuar desempenhando suas funções habituais? Tais sequelas
são permanentes, ou seja, não passíveis de cura?; e) Houve alguma perda anatômica? Qual? A força
muscular estámantida?; f) A mobilidade das articulações estápreservada?; g) A sequela ou lesão
porventura verificada se enquadra em alguma das situações discriminadas no Anexo III do Decreto
3.048/1999?; h) Faceàsequela, ou doença, o(a) periciado(a) está: a) com sua capacidade laborativa
reduzida, porém, não impedido de exercer a mesma atividade; b) impedido de exercer a mesma atividade,
mas não para outra; c) inválido para o exercício de qualquer atividade?Comunique-se; 10. Intime-se o(a)
requerente,através de seu advogado na forma do art. 272 do CPC/2015, a fim de que compareça no local,
dia e horário para ser submetidoàperícia médica e para que compareçaàaudiência no dia e hora
designados, munido dos documentos pessoais e de todos os exames, laudos e atestados relacionados ao
pedido inicial e para que compareçaàaudiência inaugural designada no item anterior; 11. Serviráo
presente, por cópia digitalizada, com mandado de citação e de intimação, nos termos do Provimento
nº003/2009 - CJRMB; 12. Cumpra-se. Belém /PA, 21/02/2019. Célio Petrônio D?Anunciação Juiz
deDireito, respondendo pela 4ª Vara Cível e Empresarial da Capital109
rubricadas e numeradas, no qual foi interposto Recurso de APELAÇÃO, pelo que, encaminho o processo à
Central de Digitalização do 1º GRAU do TJ/PA, para fins de migração dos autos ao Sistema PJE e
tramitação ao Tribunal em grau de recurso, nos termos do art. 49 da Portaria Conjunta nº 001/2018-
GP/VP, publicada no DJE de 29/05/2018. Certifico ainda, que procedi com os ajustes, no Sistema LIBRA,
quanto ao cadastro de Classe e Assunto, cadastro de CPF e/ou CNPJ, bem como de endereço, com o
respectivo CEP, das partes, prepostos, representantes legais, terceiros interessados e advogados e ainda
a verificação/seleção de segredo de justiça, sigilo processual e prioridades processuais, conforme o caso,
nos termos do Art. 64, § 5º e incisos da Portaria Conjunta 001/2018-GP/VP. Certifico outrossim, que o
referido processo ( )não contém ( )contém mídia digital lacrada às fls. _____. O referido é verdade e dou
fé. Belém-PA, 21 de fevereiro de 2019. Eu, ___________, ROSILENE FREIRE MONTEIRO, Auxiliar
Judiciário da 5ª Vara Cível e Empresarial de Belém, digitei e
subscrevi.////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// PROCESSO: 00120090820088140301
PROCESSO ANTIGO: 200810360244 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSILENE
FREIRE MONTEIRO Ação: Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 21/02/2019
REQUERIDO:RENATO BESSA SOBRINHO Representante(s): DR. NILZA RODRIGUES BESSA
(ADVOGADO) REQUERENTE:BANCO FINASA S/A Representante(s): ANA PAULA DA ROCHA GOMES
(ADVOGADO) OAB 13536-A - CELSO MARCON (ADVOGADO) . ATO ORDINATÓRIO Com fundamento
no art. 1º, § 2º, XI do Provimento n. 006/2006-CJRMB, fica a parte REQUERENTE, por meio de seus
advogados, intimados(as) para providenciar o recolhimento das custas para expedição de novo(s)
mandado(s) e custas complementares, no prazo de 15 (quinze) dias. Após, comprovar o pagamento
mediante a juntada do boleto bancário correspondente e do relatório de conta do processo, conforme art.
9º, § 1º da Lei 8328/2015. Belém-PA, 21 de fevereiro de 2019 . Eu, __________, ROSILENE FREIRE
MONTEIRO, Auxiliar Judiciário da 5ª Vara Cível e Empresarial de Belém, o digitei e subscrevi.////////
PUBLICADO EM ____/____/____ PROCESSO: 00138821820128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ANTONIO MARIA GUEDES LEAL Ação:
Procedimento Comum em: 21/02/2019 REQUERENTE:MARIA DA PAZ PINHEIRO DA SILVA
Representante(s): DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) REQUERIDO:BANCO
BONSUCESSO SA Representante(s): OAB 62192 - JOAO THOMAZ PRAZERES GONDIM (ADVOGADO)
. ATO ORDINATÓRIO De ordem do MM Juiz de Direito da 5.ª Vara Cível em Empresarial de Belém-PA e
com fulcro no art. 1.º " § 2º, do Provimento 006/2006-CJRMB, tendo em vista a tempestividade da
APELAÇÃO de fls. 114/119, interposta pelo Requerido, fica a Apelada, intimada para apresentar
contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias. Belém-PA, 21 de fevereiro de 2019. Eu, __________, Antônio
Maria Guedes Leal, Auxiliar Judiciário da Secretaria da 5ª Vara Cível, o digitei e subscrevi. PUBLICADO
EM ____/____/____ PROCESSO: 00144474520138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): KARISE ASSAD CECCAGNO Ação: Imissão na
Posse em: 21/02/2019 REQUERENTE:FRANCISCA EDNA DE MELO CABRAL Representante(s):
DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) REQUERIDO:LINDORACY DE JESUS
PINTO ABREU Representante(s): DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR)
REQUERIDO:ALESSANDRO PEREIRA CARVALHO Representante(s): OAB 7705 - MARCUS
ALEXANDRE RIBEIRO FIDELIS (ADVOGADO) . Processo nº 0014447-45.2013.8.14.0301 Requerente:
FRANCISCA EDNA DE MELO CABRAL Requerido: ALESSANDRO CARVALHO LINDORACY DE JESUS
ABREU SENTENÇA Vistos, FRANCISCA EDNA DE MELO CABRAL ajuizou a presente ação de imissão
na posse c/c perdas e danos em face de ALESSANDRO CARVALHO e LINDORACY DE JESUS ABREU,
alegando que é legítima proprietária do imóvel localizado no Conjunto Natalia Lins, Bloco B-8, nº108,
Rodovia Augusto Montenegro, tendo adquirido através de leilão realizado pela Caixa Econômica Federal.
Aduz que os réus encontram-se ocupando indevidamente o referido bem e nega-se a desocupá-lo
voluntariamente. Pugna pela procedência dos pedidos com a sua imissão na posse do bem. Juntou
documentos de fls. 08/30. Citado, o réu ALESSANDRO CARVALHO apresentou contestação às fls. 47/66
alegando em síntese que é possuidor de direito do imóvel e requerendo a improcedência da ação. Citada,
a ré LINDORACY DE JESUS ABREU apresentou contestação às fls. 108/110 alegando em síntese que é
possuidor de direito do imóvel e requerendo a declaração de usucapião do imóvel e improcedência da
ação. A medida liminar foi deferida às fls. 115. As partes foram intimadas para produção de provas. A
requerente informou que não tinha mais provas a produzir e os requeridos permaneceram inertes. Os
autos vieram conclusos para julgamento. É o relatório. Decido. A ação de imissão na posse é um
instrumento posto à disposição do proprietário do bem que nunca teve a sua posse. É exatamente o caso
dos autos, onde o autor adquiriu um bem através de leilão da Caixa Econômica Federal sem, contudo,
exercer posse sobre o bem, por circunstâncias externas, como a ocupação do imóvel por terceira pessoa.
A matéria questionada nos autos, embora de fato e de direito, não necessita de produção de provas em
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audiência ou mesmo fora dela, estando suficientemente instruída com os documentos necessários a
análise do pedido principal. Ademais, o E. Supremo Tribunal Federal já de há muito se posicionou no
sentido de que a necessidade de produção de prova há de ficar evidenciada para que o julgamento
antecipado da lide implique em cerceamento de defesa. A antecipação é legítima se os aspectos decisivos
da causa estão suficientemente líquidos para embasar o convencimento do magistrado (RTJ 115/789).
Durante o tramite processual, o autor comprovou ser o proprietário do bem em litígio, juntando escritura
pública do imóvel (fls. 11/13), o que ampara seu direito em pretender reivindicar o imóvel para si. Em sede
de contestação, os réus não alegaram nenhum fato capaz de afastar o direito da autora em reivindicar
imóvel de sua propriedade, pois não suscitaram argumentos aptos a fulminar o direito de propriedade no
qual se funda a presente ação. Assim, a partir do momento do registro de adjudicação no registro de
imóveis, a ocupação do réu tornou-se irregular, devendo este arcar com as consequências advindas desta
irregularidade. Havendo ocupação ilegítima de imóvel alheio, deve o réu pagar a título de taxa mensal a
quantia correspondendo ao aluguel de mercado à época da ocupação ao autor, desde a data do registro
da carta de adjudicação no registro do imóvel até a efetiva imissão do autor na posse do bem, nos moldes
requeridos na exordial, devendo o autor providenciar os cálculos devidos para fins de cumprimento de
sentença. No concernente a Usucapião alegada pela requerida LINDORACY DE JESUS ABREU, não
prospera, senão, vejamos os artigos do Código Civil que tratam da matéria em apreço: "Art. 1238. Aquele
que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a
propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por
sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. Parágrafo único. O
prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua
moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo." "Art. 1240. Aquele que
possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-se para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o
domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural." "Art. 1242. Adquire também a
propriedade do imóvel aquele que, contígua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por
dez anos." Vislumbra-se, assim, que a requerido não preencheram nenhum dos requisitos ensejadores do
direito a usucapir o imóvel, em nenhuma de suas modalidades, na medida em que não há provas
testemunhais e nem documentais nos autos acerca de suas alegações, que comprovem a posse mansa e
pacífica e o tempo em que deteve a posse. Estando o imóvel registrado no cartório de registro imobiliário
em nome dos autores da ação reivindicatória, há presunção "juris tantum" da propriedade, cabendo à parte
ré produzir prova robusta em contrário, inocorrente nos autos. Portanto, não há como reconhecer a
prescrição aquisitiva dos apelantes por meio da usucapião constitucional. Nesse sentido: EMENTA:
APELAÇÃO. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. REGISTRO JUNTO AO CARTÓRIO IMOBILIÁRIO.
PROPRIEDADE. COMPROVAÇÃO. USUCAPIÃO COMO MATÉRIA DE DEFESA. REQUISITOS NÃO
DEMONSTRADOS. SENTENÇA MANTIDA - Estando o imóvel registrado no cartório de registro imobiliário
em nome dos autores da ação reivindicatória, há presunção "juris tantum" da propriedade, cabendo à parte
ré produzir prova robusta em contrário - Não tendo a parte ré comprovado a presença dos requisitos, não
há como reconhecer a configuração da prescrição aquisitiva por meio da usucapião constitucional. (TJ-MG
- AC: 10056970064343002 MG, Relator: Moacyr Lobato, Data de Julgamento: 24/05/2018, Data de
Publicação: 28/05/2018). APELAÇÃO CÍVEL - REINTEGRAÇÃO DE POSSE. CERCEAMENTO DE
DEFESA. PEDIDO CONTRAPOSTO. USUCAPIÃO.PRELIMINAR AFASTADA. MÉRITO. PROTEÇÃO
POSSESSÓRIA - REQUISITOS -NÃO COMPROVAÇÃO - IMPROCEDÊNCIA. 1- Não se vislumbra o
cerceamento de defesa defendendo nas razões recuais, uma vem que a peça contestatória obedeceu ao
comando da Súmula 237, do STJ o qual permite a arguição da usucapião como matéria de defesa. 2 - A
ação possessória tem como finalidade a defesa da posse, em caso de esbulho ou turbação. Daí decorre
que, para o manejo desta ação, devem estar devidamente comprovados a posse, sua duração e o esbulho
ou turbação praticado pelo réu. Não demonstrados todos esses requisitos, o pedido possessório deve ser
julgado improcedente. 3 ? Apelação conhecida e improvida. (TJ-PA - APL: 00006645320098140130
BELÉM, Relator: MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Data de Julgamento: 27/08/2015, 3ª
CÂMARA CÍVEL ISOLADA, Data de Publicação: 27/10/2015) DISPOSITIVO Diante do exposto, confirmo a
tutela antecipada de fls. 115 e JULGO PROCEDENTE os pedidos deduzidos por FRANCISCA EDNA DE
MELO CABRAL em face de ALESSANDRO CARVALHO e LINDORACY DE JESUS ABREU, partes já
devidamente qualificadas, resolvendo, assim, o mérito da lide (art. 487, inc. I, do Código de Processo
Civil). JULGO IMPROCEDENTE o pedido contraposto de usucapião. Em consequência, DETERMINO a
imissão definitiva do autor na posse do imóvel melhor descrito na inicial. CONDENO ainda os réus
solidariamente ao pagamento da taxa mensal correspondente ao aluguel de mercado à época da
ocupação ao autor, desde a data do registro da carta de adjudicação no registro do imóvel até a efetiva
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imissão do autor na posse do bem, valor este que deverá ser cobrado por meio de cumprimento de
sentença. Condeno os requeridos ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, fixando
estes em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa atualizado. Defiro o benéfico gratuito requerido por
ambos em réus em contestação e por serem beneficiários da gratuidade da justiça, determino a
suspensão da exigibilidade dos créditos até que se comprove a insubsistência da condição de
hipossuficiência financeira que autoriza o benefício. Ultrapassados 5 (cinco) anos sem que tenha se
verificado que a sucumbente possui suficiência de recursos para assumir os ônus sucumbenciais, devem
as referidas condenações serem extintas (art. 98, §3º do CPC). Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Transitada em julgado esta sentença, arquive-se. Belém, 15 de fevereiro de 2018. KARISE ASSAD
CECCAGNO Juíza de Direito, em auxílio à 5ª Vara Cível PROCESSO: 00202471520178140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CELIO PETRONIO D
ANUNCIACAO Ação: Procedimento Comum em: 21/02/2019 AUTOR:LUCIANO REGES VIDAL
AUTOR:LILIANE ALMEIDA VIDAL Representante(s): OAB 13325 - ARACELY DOS SANTOS
EVANGELISTA (ADVOGADO) REU:INFINITY CORPORATE CENTER EMPREENDIMENTOS
IMOBILIARIOS SPE LTDA. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ JUIZO DA 5ª VARA CIVEL,
COMÉRCIO E REGISTRO PÚBLICO TERMO DE AUDIÊNCIA- PROC. Nº 0020247-15.2017.8.14.0301
Aos 21.02.2019, nesta cidade de Belém, Capital do Estado do Pará às 09:30 horas, na sala de audiências,
onde estavam presentes o Dr. CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO, Juiz de Direito da 5ª Vara Cível da
Capital, juntamente comigo, assessora, adiante nomeada, para audiência de conciliação, nos autos cíveis,
processo acima epigrafado. Feito o pregão, presente a parte autora LILIANE ALMEIDA VIDAL - RG
2702228 - SSP/DF e LUCIANO REGES VIDAL - RG 6426549 - PC/PA, acompanhados do advogado Dr.
ARACELY DOS SANTOS EVANGELISTA - OAB/PA 13225. Ausente a parte requerida, não podendo ser
confirmada sua citação, tendo em vista que até o presente momento não houve retorno do AR.
Deliberação: Acautelem os autos em secretaria até o retorno do AR. Em seguida retornem conclusos para
decisão. Cientes os presentes. Nada mais havendo, encerra-se o presente termo. JUIZ DE DIREITO:
REQUERENTE: REQUERENTE: ADVOGADO: PROCESSO: 00208576320118140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CELIO PETRONIO D ANUNCIACAO
Ação: Execução de Título Extrajudicial em: 21/02/2019 EXEQUENTE:CERES FUNDACAO DE
SEGURIDADE SOCIAL Representante(s): OAB 15201-A - NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES
(ADVOGADO) EXECUTADO:EUCLIDES PEREIRA DOS SANTOS FILHO Representante(s):
DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) . Processo: 0020857-63.2011.814.0301
Despacho Tendo em vista a prolação de sentença nos autos dos embargos à execução, dou
prosseguimento ao feito. Procedo à consulta nos sistemas judiciais online BACENJUD e RENAJUD em
desfavor do executado, conforme minutas em anexo. Levando em conta que a lei 8313/2015 passou a
vigorar em 01 de abril de 2016, CIENTIFICO a parte solicitante, que haverá cobrança de custas para
consulta no sistema BACENJUD/RENAJUD, salientando-se que não haverá devolução do valor recolhido
em razão de buscas que apresentem resultado negativo. Acautelem-se os autos em gabinete pelo prazo
de 05 (cinco) dias aguardando resposta das instituições financeiras. Tendo sido encontrados ativos
financeiros, converto, desde já, o bloqueio em penhora e determino a intimação das partes para que se
manifestem no prazo de 05 (cinco) dias. Não havendo bens, intime-se a parte Exequente para que indique
bens no prazo de 01 (um) ano, findo os quais e não havendo indicação, certifique-se e voltem-se os autos
conclusos. Após, remetam os autos a UNAJ para cálculo de custas, intimando a parte autora para
recolhimento das custas, em 10 (dez) dias. Cumpra-se. Belém, 18 de fevereiro de 2019. CÉLIO
PETRÔNIO D'ANUNCIAÇ"O Juiz de Direito PROCESSO: 00216535220068140301 PROCESSO ANTIGO:
200610633924 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): KARISE ASSAD CECCAGNO
Ação: Despejo por Falta de Pagamento em: 21/02/2019 REU:IVO PINHEIRO LOUREIRO DO AMARAL
Representante(s): OAB 15633 - RICARDO JOAO OLIVEIRA BRAZ (ADVOGADO) REU:INSTITUTO DE
FORMACAO INFANTIL INFORMA Representante(s): OAB 11505 - VENINO TOURAO PANTOJA JUNIOR
(ADVOGADO) REU:LUZIA LIMA LOUREIRO DO AMARAL Representante(s): OAB 15633 - RICARDO
JOAO OLIVEIRA BRAZ (ADVOGADO) AUTOR:CARMEN LEITE RUFFEIL Representante(s): ORLANDO
ANTONIO FONSECA (ADVOGADO) . Processo nº 0021653-52.2006.8.14.0301 Requerente: CARMEN
LEITE RUFFIEL Requerido: INSTITUTO DE FORMAÇ?O INFANTIL ? INFORMA e outros DESPACHO
Vistos etc. Considerando que o existe agravo de instrumento interposto (fls.680/689), certifique a
secretaria se houve julgamento do recurso. Caso positivo, voltem conclusos para decis?o quanto ao
levantamento dos valores. Caso negativo aguarde em secretaria o julgamento do recurso e após,
conclusos. Belém, 15 de fevereiro de 2019. KARISE ASSAD CECCAGNO Juíza de Direito, em auxílio à 5ª
Vara Cível PROCESSO: 00247481220178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): KARISE ASSAD CECCAGNO Ação: Procedimento
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
543, do STJ, que estabelece: SÚMULA 543 - Na hipótese de resolução contratual de contrato de
promessa de compra e venda de imóvel submetido ao Código de Defesa do Consumidor, deve ocorrer a
imediata restituição das parcelas pagas pelo promitente comprador - integralmente, em caso de culpa
exclusiva do promitente vendedor/construtor, ou parcialmente, caso tenha sido o comprador quem deu
causa ao desfazimento. De acordo com o que dos autos consta, restou claro que a resolução contratual foi
motivada pela parte autora, que efetivamente não continuou na relação contratual, deixando de efetivar o
pagamento relativo ao respectivo saldo remanescente, uma vez que alega ter passado por dificuldades
financeiras. Entretanto, uma vez tendo o autor comunicado as demandadas do seu interesse na rescisão
contratual, estas mantiveram-se inerte, e não cumpriram com a devolução, ainda que parcial, do montante
recebido. O contrato entabulado entre as partes fls. 34/39 prevê a retenção de 20% do valor pago pelo
cessionário em caso de rescisão por ele motivada (Cláusula 9 - Parágrafo Primeiro), cujo o pagamento
deveria ocorrer de forma parcelada, em até 12 (doze) parcelas (Cláusula 9 - Parágrafo Segundo). Ainda
que a rescisão ocorra por culpa exclusiva do adquirente, revela-se abusiva o parcelamento da restituição
dos valores dispendidos pelo autor. Com efeito, nos termos do disposto no art. 51, IV, c/c § 1º., do CDC,
sabe-se serem nulas de pleno direito as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e
serviços que estabeleçam obrigações consideradas abusivas e que coloquem o consumidor em
desvantagem exagerada, presumindo-se esta quando se mostrar excessivamente onerosa ao consumidor,
importando assim em enriquecimento ilícito do fornecedor. Assim, configurada abusividade das
disposições contratuais que disciplinam a rescisão contratual e a devolução dos valores adimplidos, que
são previstas na cláusula 9, Parágrafo Segundo do contrato. Ademais, verifica-se que a retenção do
percentual de 20% (vinte por cento), encontra-se dentro de limite do razoável, conforme entendimento
firmado pelo Superior Tribunal de Justiça na Súmula 543, e conforme se verifica do voto do Relator
MINISTRO MARCO AURÉLIO BELLIZZE (STJ, 3ª. Turma, AgInt no REsp 1361921 / MG, DJe
01/07/2016), abaixo transcrito: A jurisprudência desta Corte, em casos análogos (de resolução do
compromisso de compra e venda por culpa do promitente comprador) entende ser lícito ao vendedor reter
entre 10% e 25% dos valores pagos. Dentro dessa margem, o valor exato do percentual deverá ser
analisado caso a caso, de acordo com as particularidades de cada hipótese, não sendo viável a sua
revisão nesta instância extraordinária, sob pena de afronta à Súmula 7/STJ. Desta forma, condeno as
requeridas de forma solidária, ao ressarcimento de 80% do valor total pago pelo requerente, que deverá
ser pago em parcela única, devidamente corrigida pelo INPC, acrescido de multa de 1% ao mês, devidos
desde a formalização do pedido de rescisão do contrato, ocorrido através da notificação extrajudicial fls.
59, em 14 de junho de 2016. DOS DANOS MORAIS O Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90)
prevê o dever de reparação, posto que, ao enunciar os direitos do consumidor, em seu art. 6º, traz, dentre
outros, o direito de "a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos
e difusos" (inc. VI) e "o acesso aos órgãos judiciários e administrativos, com vistas à prevenção ou
reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção
jurídica, administrativa e técnica aos necessitados" (inc. VII). Vê-se, desde logo, que a própria lei já prevê
a possibilidade de reparação de danos morais decorrentes do sofrimento, do constrangimento, da situação
vexatória, do desconforto em que se encontram os consumidores. A Constituição Federal em seu artigo 5º,
inciso V, assim preleciona: É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, moral ou à imagem. Desta forma, o dano moral atinge, pois, a esfera íntima
e valorativa do lesado. Caracteriza-se, no entanto, sempre por via de reflexo produzido, por ação ou
omissão de outrem, na personalidade do lesado, nos planos referidos. Atingem-se, portanto, componentes
sentimentais e valorativos da pessoa, conforme ensina a melhor doutrina, abaixo transcrita: Nos danos
morais a esfera ética da pessoa é que é ofendida; o dano não patrimonial é o que, só atingindo o devedor
como ser humano, não lhe atinge o patrimônio (PONTES DE MIRANDA) - (Rui Stocco, Responsabilidade
Civil e sua Interpretação Jurisprudencial, ed. RT, p. 395). O dano moral, no sentido jurídico não é a dor, a
angústia, ou qualquer outro sentimento negativo experimentado por uma pessoa, mas sim uma lesão que
legitima a vítima e os interessados reclamarem uma indenização pecuniária, no sentido de atenuar, em
parte, as consequências da lesão jurídica por eles sofridos" (Diniz, Maria Helena, Curso de Direito Civil
Brasileiro, Editora Saraiva, SP, 1998, p. 81.) Verifica-se no caso em julgamento que as requeridas
descumpriram deliberadamente a própria disposição contratual, ao não promoverem de forma efetiva a
restituição do montante pago pelo autor, ainda que com a retenção de 20% vinte por cento), utilizando-se,
portanto, de forma maliciosa dos valores dispendidos pelo autor, para financiar seus projetos, em
detrimento aos interesses do próprio demandante, verdadeiro senhor dos recursos, que teve durante todo
este período suas verbas imobilizadas, o que configura dano passível de indenização. Assim, definida a
efetiva existência de responsabilidade da requerida, passa-se, adiante, ao arbitramento da indenização
pelo dano moral. O dano moral, apesar de ter sido consagrado no art. 5º, incisos V e X, da Constituição
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
violação à Súmula 54"STJ quando o dever de reparar decorre da responsabilidade contratual. 5. Agravo
regimental a que se nega provimento. (AgRg na Rcl 11.749/SC, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 03/09/2013) PROCESSO CIVIL. AGRAVO
REGIMENTAL. RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. DANO MORAL. TERMO INICIAL DOS JUROS DE
MORA. CITAÇÃO. 1. Em se tratando de responsabilidade civil contratual, o termo inicial dos juros
moratórios, consoante jurisprudência sedimentada da Segunda Seção, é a data da citação. Precedentes.
2. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp 1428807/DF, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,
QUARTA TURMA, julgado em 22/05/2014, DJe 02/06/2014) Ante o exposto, CONHEÇO do agravo para,
conhecer parcialmente do recurso especial e, nessa parte, DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO. Publique-
se. Intimem-se. Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo regimental. É como voto. - (STJ, 2ª. T.,
EDcl no AREsp 551471 PR 2014/0178702-9, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe
23/03/2015). DO DISPOSITIVO Pelo exposto, julgo PROCEDENTES os pedidos formulados pelo autor
RENAN DOURADO BARBOSA COSTA em face das requeridas MR2 SPE EMPREENDIMENTOS
IMOBILIÁRIOS S/A e ALPHAVILLE SPE 10 EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA, ratificando a
liminar de fls. 92/93, e para: 1- Condenar as requeridas de forma solidária, ao ressarcimento de 80% do
valor total pago pelo requerente, em única parcela, montante devidamente corrigido pelo INPC, acrescido
de multa de 1% ao mês, devidos desde 14 de junho de 2016; 2 - Condenar ao pagamento de indenização
por danos morais, no valor equivalente a R$ 10.000,00 (dez mil reais), em tudo acrescido de juros e
correção monetária; Condeno as requeridas ao pagamento de custas processuais e em honorários
advocatícios, que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, § 2º,
do CPC. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Transitada em julgado esta sentença, arquive-se. Belém,
18 de fevereiro de 2018. KARISE ASSAD CECCAGNO Juíza de Direito, em auxílio à 5ª Vara Cível
PROCESSO: 00403810520138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): KARISE ASSAD CECCAGNO Ação: Execução de
Título Extrajudicial em: 21/02/2019 EXEQUENTE:BANCO DO BRASIL SOCIEDADE ANONIMA
Representante(s): OAB 211.648 - RAFAEL SGANZERLA DURAND (ADVOGADO)
EXECUTADO:JURANDYR NASCIMENTO GARCEZ Representante(s): OAB 11203 - SERGIO AUGUSTO
AZEVEDO ROSA (ADVOGADO) OAB 16622 - FELIPE ANDRE AZEVEDO ROSA (ADVOGADO) OAB
21903 - THIAGO EMILIO AZEVEDO ROSA (ADVOGADO) . Poder Judiciário - Tribunal de Justiça do
Estado do Pará 5ª Vara Cível da Capital PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
PARÁ 5ª VARA CÍVEL DA CPAPITAL Processo nº 0040381-05.2013.8.14.0301 Requerente: FRUTAS
NATIVAS DO BRASIL LTDA - EPP Requerido: INDUSTRIA E COMERCIO DE CREMES DA AMAZONIA
LTDA - ME DESPACHODESPACHO Defiro o pedido de pesquisa junto aos Sistemas
BACENJUD/RENAJUD/INFOJUD solicitada na petição de fls. 28. Levando em conta o art. 3º, § 8º, da Lei
8.328/2015, CIENTIFICO a parte solicitante, que haverá cobrança de custas para consulta no sistema
informatizados, a ser adimplida no prazo de 10 (dez) dias, salientando-se que não haverá devolução do
valor recolhido em razão de buscas que apresentem resultado negativo. Remetam os autos a UNAJ para
cálculo de custas, e intime-se a parte autora para que providencie o recolhimento das custas. Após,
conclusos. Belém, 15 de fevereiro de 2019. KARISE ASSAD CECCAGNO Juíza de Direito, em auxílio à 5ª
Vara Cível PROCESSO: 00439506220088140301 PROCESSO ANTIGO: 200811185394
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ANTONIO MARIA GUEDES LEAL Ação: Busca e
Apreensão em Alienação Fiduciária em: 21/02/2019 REQUERENTE:AYMORE CREDITO
FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO SA Representante(s): OAB 89774 - ACACIO FERNANDES
ROBOREDO (ADVOGADO) REQUERIDO:MARTA PAES MARTINS TERCEIRO:FUNDO PCG
TERCEIRO:FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITRIOS NOPADRONIZADOS PCG
BRASIL MULTICARTEIRA. ATO ORDINATÓRIO De ordem do MM Juiz de Direito da 5.ª Vara Cível em
Empresarial de Belém-PA e com fulcro no art. 1.º " § 2º, do Provimento 006/2006-CJRMB, tendo em vista
a tempestividade da APELAÇÃO de fls. 46/60, interposta pela Requerente, fica a Apelada, intimada para
apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias. Belém-PA, 21 de fevereiro de 2019. Eu,
__________, Antônio Maria Guedes Leal, Auxiliar Judiciário da Secretaria da 5ª Vara Cível, o digitei e
subscrevi. PUBLICADO EM ____/____/____ PROCESSO: 00446058320138140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): KARISE ASSAD CECCAGNO Ação:
Procedimento Comum em: 21/02/2019 REQUERIDO:BANCO DO BRASIL SOCIEDADE ANONIMA
Representante(s): OAB 211.648 - RAFAEL SGANZERLA DURAND (ADVOGADO)
REQUERENTE:JURANDYR NASCIMENTO GARCEZ Representante(s): OAB 11203 - SERGIO
AUGUSTO AZEVEDO ROSA (ADVOGADO) OAB 21903 - THIAGO EMILIO AZEVEDO ROSA
(ADVOGADO) . Processo nº 0044605-83.2013.8.14.0301 Requerente: JURANDIR NASCIMENTO
GARCEZ Requerido: BANCO DO BRASIL S/A SENTENÇA Vistos, JURANDIR NASCIMENTO GARCEZ,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
qualificado nos autos em epígrafe, por meio de procurador devidamente habilitado, ajuizou a presente
AÇÃO DE REVISÃO CONTRATUAL C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PEDIDO DE TUTELA
ANTECIPADA, em desfavor do BANCO DO BRASIL S/A, já qualificado. Alega, em síntese, que possui
conta corrente junto a requerida e que estava com débitos muitos elevados perante o bando. Relata e
efetuou empréstimos pelo CDC e cheque especial, porem diante de problemas de ordem pessoal e
financeiros deixou de horar com os pagamentos integrais, passando a notar que quanto mais pagava,
maior era seu saldo devedor. Diante dessa situação firmou 02 parcelamentos através do contrato
nº754390065, debito originado de credito de renovação no valor de R$100.651,15 formalizado em
31/03/2010 e contrato nº754389577, debito originado de consignação renovação no valor de
R$130.943,89, formalizado em 31/03/2010. Afirma que passou a observar que seus débitos evoluíram
muito rapidamente, concluindo que o requerido capitaliza juros sobre juros (anatocismo), o que o fez
solicitar a repactuação dos débitos através de cédula de credito bancário que foi formalizado em julho de
2012 dando origem a mais 03 parcelamentos. Alega que foi enganado na repactuação e que verificou
posteriormente que o valor não estava compatível com seus rendimentos. Argumenta que diante de
irregularidades perpetradas pelo requerido pretende a revisão das cláusulas contratuais da cédula de
credito bancário firmado em 2012, com declaração de sua ilegalidade e, repactuação dos débitos para
uma parcela no valor de R$1.000,00, e dano moral. Por fim requereu a concessão de tutela antecipada.
Instruiu a inicial com os documentos de fls.32/67. Liminar indeferida às fls. 69/72. Citados o requerido
apresentou contestação (fls. 79/98) alegando em síntese a impossibilidade de limitação dos descontos,
obrigatoriedade contratual e legalidade da cobrança efetuada, prévio conhecimento das cláusulas
contratuais, inexistência de ato ilícito e danos morais. Ao final pugna pela improcedência da ação. Replica
às fls. 145/150. Em seguida, vieram os autos conclusos. Decido. A quaestio iuris posta em discussão nos
presentes autos cinge-se em supostas cobranças abusivas de juros e encargos contratuais, não havendo
necessidade de realização de perícia ou de outras provas, uma vez que a matéria é exclusivamente de
direito e as supostas ilegalidades são apuradas confrontando-se as leis aplicáveis ao caso com as
cláusulas contratuais impugnadas, motivo pela qual procedo ao julgamento antecipado da lide nos termos
do art. 355, inciso I, do CPC. Do exame da petição inicial, depreende-se que os pedidos revisionais
formulados pelo autor se limitam a alegar, genericamente, a existência de abusividades nos encargos do
contrato de abertura de conta e empréstimo para abertura de capital de giro firmado com o réu. Além
disso, mencionou a incidência do CDC e requereu repactuação dos débitos incluindo todos os
empréstimos no valor de R$1.000,00 (mil reais) revisão de todas as parcelas vencidas e vincendas em
razão dos valores elevados, revisão dos jurus cobrados acima das taxas e cumulados, cobrança indevida
de taxas, serviços e multa. No caso é inadmissível a revisão, de ofício, das cláusulas contratuais
consideradas abusivas, uma vez que se trata de direito patrimonial disponível. É o que decidiu o STJ:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E BANCÁRIO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO REVISIONAL DE
CONTRATO BANCÁRIO. INCIDENTE DE PROCESSO REPETITIVO. [...] DISPOSIÇÕES DE OFÍCIO. [...]
ORIENTAÇÃO 5 - DISPOSIÇÕES DE OFÍCIO. É vedado aos juízes de primeiro e segundo graus de
jurisdição julgar, com fundamento no art. 51 do CDC, sem pedido expresso, a abusividade de cláusulas
nos contratos bancários [...]. (Recurso Especial n. 1.061.530/RS, Relatora Ministra NANCY ANDRIGHI,
SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 22/10/2008, DJe 10/03/2009). Corroborando o posicionamento, temos a
Súmula 381 do STJ que diz: "nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da
abusividade das cláusulas." Na hipótese, reafirmo, os pedidos revisionais do autor são genéricos, uma vez
que ele sequer menciona fundamentação jurídica a embasar seus pedidos de limitação dos encargos do
contratado, bem como não refere qual a taxa de juros aplicada pelo banco, tampouco as cláusulas
contratuais onde constam as alegadas abusividades. Em relação ao pedido de indenização por danos
morais, tenho que não é devido, visto que não restou sobejamente provado nos autos ofensa a direitos da
personalidade. Logo, não vislumbro nos autos os elementos caracterizadores da responsabilidade civil e,
consequentemente do dever de indenizar, razão pela qual indefiro pedido formulado pela reclamante.
DISPOSITIVO Pelo exposto, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC, JULGO IMPROCEDENTE o pedido
encartado na peça preambular, conforme fundamentos supra. Condeno a requerente ao pagamento de
custas processuais e honorários advocatícios, fixando estes em 10% (dez por cento) sobre o valor da
causa atualizado. Por ser a autora beneficiário da gratuidade da justiça, determino a suspensão da
exigibilidade dos créditos até que se comprove a insubsistência da condição de hipossuficiência financeira
que autoriza o benefício. Ultrapassados 5 (cinco) anos sem que tenha se verificado que a sucumbente
possui suficiência de recursos para assumir os ônus sucumbenciais, devem as referidas condenações
serem extintas (art. 98, §3º do CPC). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Transitada em julgado esta
sentença, arquive-se. Belém, 15 de fevereiro de 2018. KARISE ASSAD CECCAGNO Juíza de Direito, em
auxílio à 5ª Vara Cível PROCESSO: 00540156820138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
de saúde, a beneficiária não foi prévia e adequadamente informada sobre os percentuais de reajuste
praticados. Vale dizer, no instrumento contratual a que teve acesso a requerente não foram expostas as
informações necessárias para seu pleno conhecimento sobre a possibilidade de reajuste e índices
aplicáveis, em contrariedade com o que determina a legislação. Tendo como norte essas orientações,
atesta-se que no caso em comento NÃO há previsão no contrato estabelecido entre as partes acerca de
reajuste. Com efeito, a requerida não junta aos autos o contrato firmado pelas partes em que prevê o
percentual de aumento. Devido, dessa forma, o reajuste anual previsto na Resolução Normativa ANS nº
63, de 22/12/2003, que independe de previsão contratual e que determina o limite máximo desse reajuste
nos contratos de seguro-saúde, sendo o percentual máximo atual de 10% (dez por cento), podendo a
cobrança com o índice de reajuste ser feita a partir do mês de aniversário do contrato. DA LIMINAR E DAS
ASTREINTES Impõe-se registrar que as astreintes, em verdade, não constituem pedido final. Têm caráter
acessório e eventual, com vistas à garantia a efetividade da determinação judicial, seja em antecipação de
tutela ou em decisão final de mérito, por meio da coação econômica em face da possível resistência do
destinatário da prestação devida. Com vistas a eliminar quaisquer dúvidas acerca da incidência da multa,
teço as seguintes considerações: A decisão antecipatória determinou que a requerida suspendesse as
restrições impostas aos beneficiários do plano coletivo de saúde firmado pela parte autora, a fim de
possibilitar a utilização normal dos serviços de saúde contratados, sob pena de cominação de multa diária
de R$ 1.000,00 (um mil reais) a contar da intimação da referida decisão. Deferiu também o pedido da
reclamante de depósito em subconta judicial das parcelas mensais devidas à requerida, sem o reajuste
ora questionado, o que importaria no valor de R$ 2.109,89 (dois mil cento e nove reais e oitenta e nova
centavos). Sendo assim, tendo a intimação ocorrido em 13/11/2013 (fls. 103), o descumprimento da
decisão iniciou-se em 14/11/2013 (dia posterior à data da intimação) e o efetivo cumprimento da liminar
em 25/11/2013. Por derradeiro, nos termos do art. 537 do CPC/2015, o fixo o valor das astreintes em
R$11.000,00 (onze mil reais), valor este que se mostra razoável e proporcional às características do caso
concreto. Do DANO MORAL A jurisprudência pátria tem se consolidado no sentido de que é possível a
indenização por dano moral para pessoa jurídica. Assim dispõe a Súmula nº 227 do Superior Tribunal de
Justiça (STJ): SÚMULA Nº 227 A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. Para tanto, é necessário que
haja lesão à sua honra objetiva, ao conceito de goza no meio social. DIREITO ADMINISTRATIVO.
RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL. PESSOA JURÍDICA. HONRA OBJETIVA. VIOLAÇÃO.
Pessoa jurídica pode sofrer dano moral, mas apenas na hipótese em que haja ferimento à sua honra
objetiva, isto é, ao conceito de que goza no meio social. Embora a Súm. n. 227/STJ preceitue que "a
pessoa jurídica pode sofrer dano moral", a aplicação desse enunciado é restrita às hipóteses em que há
ferimento à honra objetiva da entidade, ou seja, às situações nas quais a pessoa jurídica tenha o seu
conceito social abalado pelo ato ilícito, entendendo-se como honra também os valores morais,
concernentes à reputação, ao crédito que lhe é atribuído, qualidades essas inteiramente aplicáveis às
pessoas jurídicas, além de se tratar de bens que integram o seu patrimônio. Talvez por isso, o art. 52 do
CC, segundo o qual se aplica "às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção aos direitos da
personalidade", tenha-se valido da expressão "no que couber", para deixar claro que somente se protege a
honra objetiva da pessoa jurídica, destituída que é de honra subjetiva. O dano moral para a pessoa jurídica
não é, portanto, o mesmo que se pode imputar à pessoa natural, tendo em vista que somente a pessoa
natural, obviamente, tem atributos biopsíquicos. O dano moral da pessoa jurídica, assim sendo, está
associado a um "desconforto extraordinário" que afeta o nome e a tradição de mercado, com repercussão
econômica, à honra objetiva da pessoa jurídica, vale dizer, à sua imagem, conceito e boa fama, não se
referindo aos mesmos atributos das pessoas naturais. Precedente citado: REsp 45.889-SP, DJ 15/8/1994.
REsp 1.298.689-RS, Rel. Min. Castro Meira, julgado em 23/10/2012. No caso ora em análise, não observo
lesão à honra objetiva capaz de acarretar indenização a título de danos morais. A parte autora não foi
capaz de comprovar que sua reputação no mercado foi abalada pela alteração desproporcional do valor da
mensalidade do plano de saúde. Assim, improcedente o pedido de indenização a título de danos morais.
DA REPETIÇAO DE INDEBITO Quanto a repetição do indébito, segundo o Código Civil "todo aquele que
recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir" (artigo 876). Ou seja, na eventualidade de ser
efetuado um pagamento indevido, quem tiver recebido fica obrigado a devolver a quantia, devidamente
corrigida, sob pena de configurar enriquecimento sem causa (artigos 884 e 885, do CC). Trata-se da
repetição do indébito (repetitio indebiti), usualmente aplicada nas relações jurídico tributárias e civis, seja
decorrente de vínculos obrigacionais/contratuais ou não. Também sobre a repetição de indébito, o CDC
dispõe: Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será
submetido a qual tipo de constrangimento ou ameaça. Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia
indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido
de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável. A responsabilidade da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
requerida é inconteste, quanto ao dever de restituição do valor pago. Porém, o valor a ser restituído, não
configura cobrança indevida, daí porque não há que se falar na devolução em dobro prevista no art. 42 do
CDC, mas tão somente na restituição do valor pago. Dessa forma o requerido deverá devolver ao
requerente a quantia de R$193,49 (cento e quarente e três reais e quarenta e nove centavos).
DISPOSITIVO Ante o exposto, julgo procedente o pedido, para: a) DETERMINAR que a requerida proceda
à aplicação APENAS do reajuste anual, a ser feito a partir do mês de aniversário do contrato, ao máximo
de 10% (dez por cento) por ano, conforme atualmente previsto pela Agência Nacional de Saúde - ANS. b)
DETERMINAR que seja assegurada a plena e regular vigência do plano de saúde contratado sem que
haja qualquer dificuldade de acesso aos serviços prestados pela reclamada, desde que demonstrado o
pagamento conforme a presente decisão, inclusive com a quitação, pela parte autora, de eventual saldo
devedor a ser apurado pela diferença entre os valores já consignados em juízo e o valor efetivamente
devido conforme os parâmetros supracitados. c) CONDENAR a requerida ao pagamento do valor devido
em decorrência da incidência das astreintes, no montante de R$11.000,00 (onze mil reais), a ser acrescido
de correção monetária pelo INPC e juros de 1% ao mês, ambos a contar de 13/11/2013. d) RESTITUIR o
valor R R$193,49 (cento e quarente e três reais e quarenta e nove centavos), com correção monetária
pelo índice do INPC, a partir da data do desembolso, além de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês,
desde a data do pagamento. Resta extinto o processo com resolução do mérito (CPC, art. 487, I). Por ser
sucumbente em maior parte condeno requerida ao pagamento das custas e despesas processuais, bem
como dos honorários advocatícios, ora fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Transitada em julgado esta sentença, arquive-se. Belém, 15 de
fevereiro de 2018. KARISE ASSAD CECCAGNO Juíza de Direito, em auxílio à 5ª Vara Cível PROCESSO:
01291135420168140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ANTONIO MARIA GUEDES LEAL Ação: Procedimento Comum em: 21/02/2019 REQUERENTE:ALCINEA
DE ARAUJO PALHETA Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA
(DEFENSOR) REQUERIDO:COOPERATIVA MEDICA UNIMED BELEM Representante(s): OAB 14782 -
JOSE MILTON DE LIMA SAMPAIO NETO (ADVOGADO) . ATO ORDINATÓRIO Certifico que os
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO de fls.171/177, são tempestivos. Manifeste-se a parte adversa no prazo
de 05(cinco) dias. Belém-PA, 21 de Fevereiro de 2019. Eu, __________, Antônio Maria Guedes Leal,
Auxiliar Judiciário da Secretaria da 5ª Vara Cível, o digitei e subscrevi. PUBLICADO EM ____/____/____
PROCESSO: 02312909620168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): KARISE ASSAD CECCAGNO Ação: Consignação
em Pagamento em: 21/02/2019 REQUERENTE:CELPA CENTRAIS ELETRICAS DO PARA
Representante(s): OAB 11307-A - ROBERTA MENEZES COELHO DE SOUZA (ADVOGADO) OAB 8770 -
BRUNO MENEZES COELHO DE SOUZA (ADVOGADO) REQUERIDO:AGILTEC SOLUCOES EM TI
LTDA Representante(s): OAB 187.144 - LEONARDO LUIZ AURICCHIO (ADVOGADO)
REQUERIDO:SILVERADO GESTAO E INVESTIMENTOS LTDA Representante(s): OAB 238263 -
DOUGLAS RIBEIRO NEVES (ADVOGADO) . Poder Judiciário - Tribunal de Justiça do Estado do Pará 5ª
Vara Cível da Capital PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ 5ª VARA
CÍVEL DA CPAPITAL Processo nº 0231290-96.2016.8.14.0301 Requerente: CENTRAIS ELETRICAS DO
PARÁ S/A - CELPA Requerido: AGILTEC SOLUÇOES EM T.I. LTDA. SILVERADP GESTÃO DE
INVESTIMENTOS LTDA. DESPACHO Vistos etc. Considerando que o processo se encontra
suficientemente instruído, não havendo necessidade da produção de outras provas, haja vista que as
provas documentais existentes nos autos são o bastante para o julgamento da ação, remetam-se os autos
à UNAJ para cálculo de custas finais e intime-se a parte requerente para o recolhimento de custas finais
pendentes, em 15 (quinze) dias, se houver. Após o decurso do prazo, com ou sem manifestação, voltem
os autos conclusos para sentença. Belém, 12 de fevereiro de 2019. KARISE ASSAD CECCAGNO Juíza
de Direito, em auxílio à 5ª Vara Cível PROCESSO: 02422926320168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CELIO PETRONIO D ANUNCIACAO Ação:
Procedimento Comum em: 21/02/2019 REQUERENTE:BELLOSONO COMERCIO DE COLCHOES LTDA
Representante(s): OAB 11203 - SERGIO AUGUSTO AZEVEDO ROSA (ADVOGADO) OAB 21903 -
THIAGO EMILIO AZEVEDO ROSA (ADVOGADO) REQUERIDO:INDUSTRIA E COMERCIO DE
ESPUMAS E COLCHOES BELEM LTDA. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ JUIZO DA 5ª
VARA CIVEL, COMÉRCIO E REGISTRO PÚBLICO TERMO DE AUDIÊNCIA- PROC. Nº 0242292-
63.2016.8.14.0301 Aos 21.02.2019, nesta cidade de Belém, Capital do Estado do Pará às 12:00 horas, na
sala de audiências, onde estavam presentes o Dr. CÉLIO PETRÔNIO D ANUNCIAÇÃO, Juiz de Direito da
5ª Vara Cível da Capital, juntamente comigo, assessora, adiante nomeada, para audiência de conciliação,
nos autos cíveis, processo acima epigrafado. Feito o pregão, ausente a parte autora BELLOSONO
COMERCIO DE COLCHOES LTDA, NESTE ATO REPRESENTADA PELO Sr. Elson Lima dos Santos -
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
RG 3229047 - SSP/PA, acompanhado do advogado Dr. Cleber Williams pereira de Lima - OAB/PA 20767,
que requer prazo para juntar substabelecimento. Ausente a parte requerida. DELIBERAÇÃO: prazo de 05
(cinco) dias para juntada do substabelecimento. Analisando os autos, verifico que não fora expedido
citação ao requerido para comparecimento a esta audiência. Assim, determino a sua citação, pessoal, por
oficial de justiça para querendo, nos termos do artigo 335 do CPC, oferecer contestação no prazo de 15
(quinze) dias, cujo termo inicial será a data prevista no artigo 231, de acordo com o modo como foi feita a
citação (CPC, artigo 335, III). Apesentada contestação, abra-se vistas a parte autora para replica, e após,
retornem conclusos os autos para decisão. Expeça-se o necessário. Cientes os presentes. Nada mais
havendo, encerra-se o presente termo. JUIZ DE DIREITO: REQUERENTE: ADVOGADO: PROCESSO:
04236271520168140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ANTONIO MARIA GUEDES LEAL Ação: Usucapião em: 21/02/2019 REQUERENTE:REGINALDO
TENORIO FERREIRA Representante(s): OAB 5116 - MARIA ZENEIDE MACHADO DE ALMEIDA GAMA
(ADVOGADO) REQUERIDO:EMILIA DA SILVA COSTA. ATO ORDINATÓRIO Tendo em vista que a parte
autora esta patrocinada por Advogada,fls.53/55 dos autos. Fica intimada a se manifestar, no prazo legal.
sobre o despacho de fls.52 Belém-Pa, 22 de fevereiro de 2019.Eu, _________, Antônio Maria Guedes
Leal, Auxiliar Judiciário da Secretaria da 5ª Vara Cível, o digitei e subscrevi.///////////////////////////////////
PUBLICADO EM ____/____/____ PROCESSO: 08036264120168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): KARISE ASSAD CECCAGNO Ação: Habilitação
em: 21/02/2019 REQUERENTE:MARIA DA CONCEICAO RUFFEIL MOREIRA E OUTROS
Representante(s): OAB 1342 - ORLANDO ANTONIO MACHADO FONSECA (ADVOGADO)
REQUERIDO:IVO PINHEIRO LOUREIRO DO AMARAL Representante(s): OAB 8724 - ANA KARINA
TUMA MELO (ADVOGADO) REQUERIDO:LUZIA LIMA LOUREIRO DO AMARAL Representante(s): OAB
8724 - ANA KARINA TUMA MELO (ADVOGADO) . Processo nº 0803626-41.2016.8.14.0301 DESPACHO
Diante do trânsito em julgado da sentença de fls. 29/30, conforme certificado às fls. 31, arquivem-se os
presentes autos, com as cautelas legais. Cumpra-se. Belém, 15 de fevereiro de 2019. KARISE ASSAD
CECCAGNO Juíza de Direito, em auxílio à 5ª Vara Cível
Imobiliária requereu ingresso na demanda sob alegação de interesse, por ser supostamente titular da
hipoteca, por força de recursos financeiros repassados pelo extinto BNH, sobre a porção maior em que
está inserido o Bem usucapiendo. Este Juízo determinou a expedição de ofício a Caixa Econômica
Federal nos demais processos de Usucapião referentes a mesma área (Residencial Carmelândia -
Alegações, sobre interesse em compor a Lide, da Empresa Tradição Companhia Imobiliária - Recursos
BNH), com mesmo pedido e causa de pedir da presente demanda, para indagar acerca do interesse em
ingressar na demanda. Nos autos de nº 00004659020158140301, a Caixa Econômica (fls. 82) solicitou
vistas para análise e posteriormente poder afirmar se tem interesse ou não na causa. Por razões de
economia processual e celeridade na tramitação do feito, determino, desde já, nos presentes autos, a
autorização para que a Caixa Econômica Federal (CEF) retire os autos de Secretaria para consulta, pelo
prazo de 10 (dez) dias. Para tanto determino a intimação da Caixa Econômica Federal (CEF), na pessoa
de seu representante, no endereço Avenida Governador José Malcher, nº 2723, São Brás, Belém Pará,
CEP: 66090-100, por Oficial de Justiça. 07- Insira, no Sistema LIBRA, o nome dos advogados da Empresa
Tradição Companhia Imobiliária. 08- Somente após todas as diligências listadas, dê-se ciência ao
Ministério Público. Serve, a presente, como MANDADO, CARTA ou OFÍCIO Intime-se. Cumpra-se. Belém,
18 de fevereiro de 2019. Alessandro Ozanan. Juiz de Direito. PROCESSO: 00004632320158140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALESSANDRO
OZANAN Ação: Usucapião em: 21/02/2019 AUTOR:IDALINA NAZARE ALVES DE SOUZA
Representante(s): OAB 4426 - REGINA LUCIA BARATA PINHEIRO DE SOUSA (DEFENSOR) REU:CIC
COMPANHIA INDUSTRIAL DE CONSTRUCOES. 00004632320158140301 Trata-se de Ação de
Usucapião proposta por IDALINA NAZARÉ ALVES DE SOUZA em face de CIC - Companhia Industrial de
Construções. 01- Recebo a Emenda a Inicial (fls. 46 e ss.). Vejo que todos confinantes subscreveram
Declaração de não oposição de limites, restando apenas a juntada de cópias da Carteira de identidade,
pelo que determino que se proceda a juntada no prazo de 15 (quinze) dias. 02- Determino que, por força
do Princípio da Cooperação entre os sujeitos do Processo (art. 6º do CPC), no prazo de 15 (quinze) dias,
sob pena de extinção do feito, que a parte Requerente informe a este Juízo os nomes dos confinantes
restantes, eis que a exegese do art. 246, §3º do CPC conclui que os confinantes são partes do processo,
inclusive devem ser citados para que seja realizada a citação dos mesmos. Tão logo a parte Requerente
informe o nome dos confinantes faltantes, expeça-se mandado de citação. 03- Oficiem-se para que
manifestem eventual interesse na causa a União, o Estado e o Município, encaminhando-se a cada ente
cópia da inicial e dos documentos que a instruíram, inclusive a planta do bem (fls. 13). 04- Caso a CODEM
(Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém) manifeste interesse no
bem Usucapiendo, determino a citação da mesma, nos termos do Código de Processo Civil, devendo a
parte Requerente, caso queira, apresentar réplica. 05- Vejo que a parte Requerida foi citada e apresentou
defesa, pelo que determino que a parte autora se manifeste quanto a Defesa da Ré. Ato continuo,
manifeste-se sobre o pedido de Assistência Simples de fls. 18. 06- Assim, nos termos dos artigos 357,
385, 455 e 459 do NCPC, designo audiência de Instrução para o dia 13/11/2019, às 10:00 horas, devendo
cada uma das partes trazer suas testemunhas, independente de intimação, ou por intimação feita pelo
advogado das partes, cabendo informarem as testemunhas por eles arroladas do dia, da hora e do local
da audiência designada, por carta com aviso de recebimento, cumprindo ao procurador juntar aos autos,
com antecedência de pelo menos 3 (três) dias da data da audiência, cópia da correspondência de
intimação e do comprovante de recebimento. 07- A Empresa Tradição Companhia Imobiliária requereu
ingresso na demanda sob alegação de interesse, por ser supostamente titular da hipoteca, por força de
recursos financeiros repassados pelo extinto BNH, sobre a porção maior em que está inserido o Bem
usucapiendo. Este Juízo determinou a expedição de ofício a Caixa Econômica Federal nos demais
processos de Usucapião referentes a mesma área (Residencial Carmelândia - Alegações, sobre interesse
em compor a Lide, da Empresa Tradição Companhia Imobiliária - Recursos BNH), com mesmo pedido e
causa de pedir da presente demanda, para indagar acerca do interesse em ingressar na demanda. Nos
autos de nº 00004659020158140301, a Caixa Econômica (fls. 82) solicitou vistas para análise e
posteriormente poder afirmar se tem interesse ou não na causa. Por razões de economia processual e
celeridade na tramitação do feito, determino, desde já, nos presentes autos, a autorização para que a
Caixa Econômica Federal (CEF) retire os autos de Secretaria para consulta, pelo prazo de 10 (dez) dias.
Para tanto determino a intimação da Caixa Econômica Federal (CEF), na pessoa de seu representante, no
endereço Avenida Governador José Malcher, nº 2723, São Brás, Belém Pará, CEP: 66090-100, por Oficial
de Justiça. 08- Insira, no Sistema LIBRA, o nome dos advogados da Empresa Tradição Companhia
Imobiliária. 09- Somente após todas as diligências listadas, dê-se ciência ao Ministério Público. Serve, a
presente, como MANDADO, CARTA ou OFÍCIO Intime-se. Cumpra-se. Belém, 18 de fevereiro de 2019.
Alessandro Ozanan. Juiz de Direito. PROCESSO: 00008798820158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
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advogados da Empresa Tradição Companhia Imobiliária. 09- Somente após todas as diligências listadas,
dê-se ciência ao Ministério Público. Serve, a presente, como MANDADO, CARTA ou OFÍCIO Intime-se.
Cumpra-se. Belém, 18 de fevereiro de 2019. Alessandro Ozanan. Juiz de Direito. PROCESSO:
00015285320158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ALESSANDRO OZANAN Ação: Usucapião em: 21/02/2019 AUTOR:MARCELINA SERRIM DUARTE
Representante(s): REGINA LUCIA BARATA PINHEIRO DE SOUSA (DEFENSOR) REU:CIC COMPANHIA
INDUSTRIAL DE CONSTRUCOES. 00015285320158140301 Trata-se de Ação de Usucapião proposta
por MARCELINA SERRIM DUARTE em face de CIC - Companhia Industrial de Construções. 01- Recebo a
Emenda a Inicial (fls. 43 e ss.) para determinar a parte Requerente junte declarações de não oposição de
limites subscritas pelos confinantes, bem como a juntada das cópias das carteiras de identidade dos
respectivos. Porém constatei que faltou a identificação do confinante dos fundos (morador da casa nº 133
da Rua Chico Mendes) , pelo que determino, por força do Princípio da Cooperação entre os sujeitos do
Processo (art. 6º do CPC), no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção do feito, que informe a este
Juízo os nome do confinante dos fundos, eis que a exegese do art. 246, §3º do CPC conclui que os
confinantes são partes do processo, inclusive devem ser citados. 02- Oficiem-se para que manifestem
eventual interesse na causa a União, o Estado e o Município, encaminhando-se a cada ente cópia da
inicial e dos documentos que a instruíram, inclusive a planta do bem (fls. 10). 03- Caso a CODEM
(Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém) manifeste interesse no
bem Usucapiendo, determino a citação da mesma, nos termos do Código de Processo Civil, devendo a
parte Requerente, caso queira, apresentar réplica. 04- Vejo que a parte Requerida foi citada e apresentou
defesa, pelo que determino que a parte autora se manifeste quanto a Defesa da Ré. Ato continuo,
manifeste-se sobre o pedido de Assistência Simples de fls. 15. 05- Nos termos dos artigos 357, 385, 455 e
459 do NCPC, designo audiência de Instrução para o dia 12/11/2019, às 12:00 horas, devendo cada uma
das partes trazer suas testemunhas, independente de intimação, ou por intimação feita pelo advogado das
partes, cabendo informarem as testemunhas por eles arroladas do dia, da hora e do local da audiência
designada, por carta com aviso de recebimento, cumprindo ao procurador juntar aos autos, com
antecedência de pelo menos 3 (três) dias da data da audiência, cópia da correspondência de intimação e
do comprovante de recebimento. 06- A Empresa Tradição Companhia Imobiliária requereu ingresso na
demanda sob alegação de interesse, por ser supostamente titular da hipoteca, por força de recursos
financeiros repassados pelo extinto BNH, sobre a porção maior em que esta inserido o Bem usucapiendo.
Este Juízo determinou a expedição de ofício a Caixa Econômica Federal nos demais processos de
Usucapião referentes a mesma área (Residencial Carmelândia - Alegações, sobre interesse em compor a
Lide, da Empresa Tradição Companhia Imobiliária - Recursos BNH), com mesmo pedido e causa de pedir
da presente demanda, para indagar acerca do interesse em ingressar na demanda. Nos autos de nº
00004659020158140301, a Caixa Econômica (fls. 82) solicitou vistas para análise e posteriormente poder
afirmar se tem interesse ou não na causa. Por razões de economia processual e celeridade na tramitação
do feito, determino, desde já, nos presentes autos, a autorização para que a Caixa Econômica Federal
(CEF) retire os autos de Secretaria para consulta, pelo prazo de 10 (dez) dias. Para tanto determino a
intimação da Caixa Econômica Federal (CEF), na pessoa de seu representante, no endereço Avenida
Governador José Malcher, nº 2723, São Brás, Belém Pará, CEP: 66090-100, por Oficial de Justiça. 07-
Insira, no Sistema LIBRA, o nome dos advogados da Empresa Tradição Companhia Imobiliária. 08-
Somente após todas as diligências listadas, dê-se ciência ao Ministério Público. Serve, a presente, como
MANDADO, CARTA ou OFÍCIO Intime-se. Cumpra-se. Belém, 18 de fevereiro de 2019. Alessandro
Ozanan. Juiz de Direito. PROCESSO: 00017242320158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALESSANDRO OZANAN Ação: Usucapião em:
21/02/2019 REQUERENTE:ANA LIDIA CORDEIRO FERREIRA Representante(s): OAB 7171 - ANELYSE
SANTOS DE FREITAS (DEFENSOR) REQUERIDO:CIC COMPANHIA INDUSTRIAL DE
CONSTRUCOES. 00017242320158140301 Trata-se de Ação de Usucapião proposta por ANA LÍDIA
CORDEIRO FERREIRA em face de CIC - Companhia Industrial de Construções. 01- Recebo a Emenda a
Inicial (fls. 47 e ss.). 02- Vejo apenas um dos confinantes foi identificado (Sra. Ana Angélica de Oliveira
Reis). Assim, determino que, por força do Princípio da Cooperação entre os sujeitos do Processo (art. 6º
do CPC), no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção do feito, que a parte Requerente informe a
este Juízo o nome dos demais confinantes, eis que a exegese do art. 246, §3º do CPC conclui que os
confinantes são partes do processo, inclusive devem ser citados para que seja realizada a citação dos
mesmos. Tão logo a parte Requerente informe o nome do confinante faltante, expeça-se mandado de
citação, eis que a parte Autora afirma que os Confinantes não assinaram declaração de concordância de
limites. 03- Oficiem-se para que manifestem eventual interesse na causa a União, o Estado e o Município,
encaminhando-se a cada ente cópia da inicial e dos documentos que a instruíram, inclusive a planta do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
bem (fls. 14). 04- Caso a CODEM (Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área
Metropolitana de Belém) manifeste interesse no bem Usucapiendo, determino a citação da mesma, nos
termos do Código de Processo Civil, devendo a parte Requerente, caso queira, apresentar réplica. 05-
Vejo que a parte Requerida foi citada e apresentou defesa, pelo que determino que a parte autora se
manifeste quanto a Defesa da Ré. Ato continuo, manifeste-se sobre o pedido de Assistência Simples de
fls. 19. 06- Nos termos dos artigos 357, 385, 455 e 459 do NCPC, designo audiência de Instrução para o
dia 13/11/2019, às 12:00 horas, devendo cada uma das partes trazer suas testemunhas, independente de
intimação, ou por intimação feita pelo advogado das partes, cabendo informarem as testemunhas por eles
arroladas do dia, da hora e do local da audiência designada, por carta com aviso de recebimento,
cumprindo ao procurador juntar aos autos, com antecedência de pelo menos 3 (três) dias da data da
audiência, cópia da correspondência de intimação e do comprovante de recebimento. 07- A Empresa
Tradição Companhia Imobiliária requereu ingresso na demanda sob alegação de interesse, por ser
supostamente titular da hipoteca, por força de recursos financeiros repassados pelo extinto BNH, sobre a
porção maior em que está inserido o Bem usucapiendo. Este Juízo determinou a expedição de ofício a
Caixa Econômica Federal nos demais processos de Usucapião referentes a mesma área (Residencial
Carmelândia - Alegações, sobre interesse em compor a Lide, da Empresa Tradição Companhia Imobiliária
- Recursos BNH), com mesmo pedido e causa de pedir da presente demanda, para indagar acerca do
interesse em ingressar na demanda. Nos autos de nº 00004659020158140301, a Caixa Econômica (fls.
82) solicitou vistas para análise e posteriormente poder afirmar se tem interesse ou não na causa. Por
razões de economia processual e celeridade na tramitação do feito, determino, desde já, nos presentes
autos, a autorização para que a Caixa Econômica Federal (CEF) retire os autos de Secretaria para
consulta, pelo prazo de 10 (dez) dias. Para tanto determino a intimação da Caixa Econômica Federal
(CEF), na pessoa de seu representante, no endereço Avenida Governador José Malcher, nº 2723, São
Brás, Belém Pará, CEP: 66090-100, por Oficial de Justiça. 08- Insira, no Sistema LIBRA, o nome dos
advogados da Empresa Tradição Companhia Imobiliária. 09- Somente após todas as diligências listadas,
dê-se ciência ao Ministério Público. Serve, a presente, como MANDADO, CARTA ou OFÍCIO Intime-se.
Cumpra-se. Belém, 18 de fevereiro de 2019. Alessandro Ozanan. Juiz de Direito. PROCESSO:
00020030920158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ALESSANDRO OZANAN Ação: Usucapião em: 21/02/2019 AUTOR:ISARINA FERREIRA SOUSA
Representante(s): OAB 7171 - ANELYSE SANTOS DE FREITAS (DEFENSOR) REU:CIC COMPANHIA
INDUSTRIAL DE CONSTRUCOES REQUERIDO:ECILA SANTOS REQUERIDO:MARIA DO SOCORRO
FERREIRA CARDOSO REQUERIDO:VERA LUCIA PINHEIRO LOPES ENVOLVIDO:TRADICAO
COMPANHIA IMOBILIARIA Representante(s): OAB 9933 - DANIEL LACERDA FARIAS (ADVOGADO)
ENVOLVIDO:A CAIXA ECONOMICA FEDERAL Representante(s): OAB 15498 - RENAN JOSE
RODRIGUES AZEVEDO (ADVOGADO) . 00020030920158140301 Trata-se de Ação de Usucapião
proposta por ISARINA FERREIRA SOUSA em face de CIC - Companhia Industrial de Construções. Este
Juízo determinou a expedição de ofício a Caixa Econômica Federal, não só nestes autos, mas nos demais
processos de Usucapião referentes a mesma área (Residencial Carmelândia), com mesmo pedido e causa
de pedir, para indagar acerca do interesse em ingressar na demanda. Nos autos de nº
00004659020158140301, a Caixa Econômica (fls. 82) solicitou vistas dos autos para análise e
posteriormente poder afirmar se tem interesse ou não na causa. Por razões de economia processual e
celeridade na tramitação do feito, determino, desde já, nos presentes autos, a autorização para que a
Caixa Econômica Federal (CEF) retire os autos de Secretaria para consulta, pelo prazo de 10 (dez) dias.
Para tanto determino a intimação da Caixa Econômica Federal (CEF), na pessoa de seu representante, no
endereço Avenida Governador José Malcher, nº 2723, São Brás, Belém Pará, CEP: 66090-100, por Oficial
de Justiça. Quanto a devolução do Envelope de citação da Ré pelos correios (fls. 52) com o timbre de "não
cumprido", nos termos do art. 249 do CPC ("Art. 249. A citação será feita por meio de oficial de justiça nas
hipóteses previstas neste Código ou em lei, ou quando frustrada a citação pelo correio.") determino a
citação da Requerida CIC - Companhia Industrial de Construções, mediante Carta Precatória. Redesigno a
audiência marcada para o dia 14/03/2019, às 09:00h para a data de 07/11/2019, às 11:00h. Cumpra-se as
demais determinações do despacho de fls. 47 e ss. Intime-se. Cumpra-se. Belém, 18 de fevereiro de 2019.
Alessandro Ozanan. Juiz de Direito. PROCESSO: 00040554220058140301 PROCESSO ANTIGO:
200510123091 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALESSANDRO OZANAN Ação:
Procedimento Comum em: 21/02/2019 LITISCONSORTE:UNIMED BELEM COOPERATIVA DE
TRABALHO MEDICO Representante(s): OAB 7781 - RAIMUNDA DE NAZARE GAMA GARCEZ
(ADVOGADO) OAB 8757 - ARY LIMA CAVALCANTI (ADVOGADO) OAB 9752 - ALEXANDRE SALES
SANTOS (ADVOGADO) REQUERENTE:RAIMUNDA NONATO SILVA DA CUNHA Representante(s): OAB
6480 - SAMMY HENDERSON DOS SANTOS GENTIL (ADVOGADO) LITISCONSORTE:HOSPITAL DO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
CORAÇÃO DO PARÁ S/C LTDA Representante(s): OAB 6778 - MARLUCE ALMEIDA DE MEDEIROS
(ADVOGADO) LITISCONSORTE:DIAGNOSIS CENTRO DE DIAGNOSTICOS LTDA Representante(s):
OAB 6778 - MARLUCE ALMEIDA DE MEDEIROS (ADVOGADO) . PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DA 6ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL
TERMO DE AUDIÊNCIA. Às 10:00 horas do dia vinte e um do mês de janeiro do ano de dois mil e
dezenove, na cidade de Belém, Capital do Estado do Pará, no Fórum Cível da Capital ? Fórum Daniel
Coelho de Souza, na Sala de Audiências do Juízo da 6º Vara Cível e Empresarial da Capital, perante o
MM. Juiz de Direito da Vara, Dr. ALESSANDRO OZANAN, juntamente comigo o servidor abaixo
identificado, determinou que fosse aberta Audiência de Instrução e Julgamento, nos autos cíveis do
PROCESSO Nº 0004055-42.2005.8.14.0301da AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
proposta por RAIMUNDA NONATO SILVA DA CUNHA em face de UNIMED BELEM ? COOPERATIVA DE
TRABALHO MEDICO, HOSPITAL DO CORAÇÃO DO PARÁ S/C LTDA e DIAGNOSIS CENTRO DE
DIAGNOSTICOS LTDA. Apregoadas as partes, estas acudiram ao pregão os requeridos UNIMED DE
BELÉM COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO, representada pelo preposto, Sr. ADONAY JUNIOR
CINHA CARDOSO, CPF 763.981.102-34 e assistido pela advogada, Dra. ANDREA MONTEIRO PUGET ,
OAB/PA 25.212, Dra. LORENA RORIGUES RIBEIRO SILVA, OAB/PA 28.115 e ALEXANDRE SALES
SANTOS, OAB/PA 009752; HOSPITAL DO CORAÇÃO DO PARÁ S/C LTDA, representada por seu
preposto, CARLA FERNANDES FIGUEIREDO MELLO, CPF 795.604.742-00, assistida pela advogada,
Dra. MARLUCE ALMEIDA DE MEDEIROS, OAB/PA 6778, e Dr. THALES EDUARDO RODRIGUES
PEREIRA, OAB/PA 3574; e DIAGNOSIS CENTRO DE DIAGNOSTICOS LTDA, representada por seu
preposto, Sr. ADILON PASSARINHO KOURY, CPF: 303.369.882-49. Presente a advogada, Dra. DANUZA
DALTRO DE VIVEIROS, OAB/PA 6180. Presente ainda o estagiário Sr. CARLOS ALBERTO DOS
SANTOS SOUZA, CPF nº 528.572.472-49, OAB/PA-E 8562. Ausente a Requerente Sra. RAIMUNDA
NONATO SILVA DA CUNHA. Aberta audiência, o advogado da parte requerida requer prazo para juntada
de substabelecimento. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA Pela ordem, a requerida UNIMED, considerando a
complexidade da matéria tratada nos autos e em busca da verdade real e processual, bem como
considerando o livre convencimento do magistrado pertinente à elucidação dos fatos de cunho técnico,
reitera seu pedido de prova pericial no prontuário do paciente para que seja nomeado perito competente
para que emita parecer técnico no sentido de estabelecer e sustentar a inexistência de nexo de
causalidade entre os fatos ocorridos e a conduta dos requeridos e o dano. Ressalva a Requerida UNIMED
que quanto a seu pedido de perícia anteriormente negado em juízo de 1ª e 2º grau quedou-se inerte em
interpor os competentes recursos (especial e extraordinário), os quais estão retidos nos autos. Por fim,
considerando que tais recursos estão retidos nos autos e serão apreciados em pedido posterior, podendo
inclusive haver o provimento dos mesmos, pelo princípio da celeridade e economia processual, reitero o
pedido de perícia. As requeridas HOSPITAL DO CORAÇÃO E DIAGNOSIS aderem ao pedido formulado
pela primeira reclamada UNIMED para que seja chamado o feito à ordem com, vistas à realização de
perícia dos prontuários médicos do de cujus, eis que trata-se de matéria que necessita da avaliação de um
expert para que seja confirmado que foram adotados todos os procedimentos médicos necessários ao
caso apresentado, com a utilização da melhor técnica da medicina desvinculando qualquer ilícito apontado
pela Autora pudesse dar azo ao pedido de indenização formulado na inicial. Dou por encerrada a instrução
processual. Após, retornem os autos conclusos. Nada mais a registrar, lavrei o presente termo, que segue
devidamente assinado por mim. Eu, LUIZA CLÁUDIA HOLANDA ALCANTARA, Analista Judiciário da 6ª
Vara Cível desta Capital. Juiz de Direito: ALESSANDRO OZANAN
___________________________________ Sra. RAIMUNDA NONATA DA SILVA CUNHA (Requerente)
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ D r a . ( A d v o g a d o d a
Requerente)_______________________________________ UNIMED DE BELÉM COOPERATIVA DE
TRABALHO MÉDICO______________________________ Dr. (advogado da
Requerida)________________________________________________ HOSPITAL DO CORAÇÃO DO
PARÁ S/C LTDA ______________________________________ Dr. (advogado da
Requerida)__________________________________________________ DIAGNOSIS CENTRO DE
DIAGNOSTICOS LTDA __________________________________ Dr. (advogado da
Requerida)_____________________________________________ PROCESSO:
00087457920178140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
EDMILTON PINTO SAMPAIO Ação: Procedimento Comum em: 21/02/2019 REQUERENTE:EDINALDO
DE ALMEIDA DA SILVA Representante(s): OAB 13443 - BRENDA FERNANDES BARRA (ADVOGADO)
REQUERIDO:BANCO BV FINANCEIRA SA. Processo nº 0008745-79.2017.8.14.0301 ATO
ORDINATÓRIO Considerando o Provimento nº 006/2006 - Corregedoria da Justiça da Região
Metropolitana de Belém, datado de 05.10.2006, que delega poderes a este Diretor de Secretaria, para
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
praticar atos de administração e expediente, sem caráter decisório: Ficam intimadas as partes a se
manifestarem acerca do retorno dos autos do Tribunal. Belém-PA, 21 de fevereiro de 2019.
______________________________ DIRETOR DE SECRETARIA PROCESSO: 00103827020148140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALESSANDRO
OZANAN Ação: Usucapião em: 21/02/2019 AUTOR:TAMARA MICHELLE BATTIOLLE GONCALVES
Representante(s): OAB 14469 - DANILO CORREA BELEM (ADVOGADO) OAB 3555 - DORIVALDO DE
ALMEIDA BELEM (ADVOGADO) REU:BANCO BANORTE S/A Representante(s): OAB 15136 -
JHAYANNE RODRIGUES BARROS (ADVOGADO) OAB 14139 - DANIEL LIMA DE SOUZA
(ADVOGADO) . 00103827020148140301 Trata-se de Ação de Usucapião proposta por TAMARA
MICHELLE BATTIOLLE GONÇALVES em face de BANCO BANORTE S/A. Consta de fls. 45 que o bem é
de propriedade do banco Réu, que apresentou defesa as fls. 61, alegando que a posse da autora nunca foi
mansa e pacifica. As fls. 122, a CODEM afirmou que tem interesse na lide. A União e o Estado,
contrariamente, afirmaram desinteresse no feito (fls.124 e 46). Nestes termos, determino: a) Indefiro o
pedido de Justiça gratuita. Porém, nos termos da Portaria Conjunta 03/17-GP, determino o parcelamento
das custas processuais. b) Em virtude do interesse da CODEM no feito, cite-se para que a Companhia
apresente defesa, caso queira, no prazo de 15 (quinze) dias, inclusive informando sobre o dia da
Audiência designada. c) Nos termos dos artigos 357, 385, 455 e 459 do NCPC, designo audiência de
Instrução para o dia 21/08/2019, às 11:30h, devendo cada uma das partes trazer suas testemunhas,
independente de intimação, ou por intimação feita pelo advogado das partes, cabendo informarem as
testemunhas por eles arroladas do dia, da hora e do local da audiência designada, por carta com aviso de
recebimento, cumprindo ao procurador juntar aos autos, com antecedência de pelo menos 3 (três) dias da
data da audiência, cópia da correspondência de intimação e do comprovante de recebimento. Serve, a
presente, como MANDADO, CARTA ou OFÍCIO Intime-se. Cumpra-se. Belém, 18 de fevereiro de 2019.
Alessandro Ozanan. Juiz de Direito. PROCESSO: 00132880720038140301 PROCESSO ANTIGO:
200310172842 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALESSANDRO OZANAN Ação:
Despejo por Falta de Pagamento em: 21/02/2019 REU:FRANCISCO ABELARDO S VERAS
Representante(s): OAB 5192 - ROLAND RAAD MASSOUD (ADVOGADO) ADVOGADO:MARCELO
MEIRA MATTOS AUTOR:ESPOLIO DE MARIA DA GRACA MAROJA MARINHO Representante(s):
MARCELO MARINHO MEIRA MATTOS (ADVOGADO) REU:SAMER NAIM ZAHLAN REDWAN
REU:RAIMUNDO NONATO DE ARAUJO CORREA Representante(s): OAB 5580 - MARIA DO
PERPETUO SOCORRO LOBATO ROSSY (ADVOGADO) JOSE ANTONIO COELHO (ADVOGADO) .
00132880720038140301 Trata-se de AÇÃO DE DESPEJO em que as partes fizeram acordo (fls.36/40).
Às fls. 182, a parte Requerente deu ciência ao Juízo do cumprimento parcial do acordo, restando o
adimplemento dos valores referentes ao IPTU (Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana) e
Condomínio, orçado em R$ 191.539,15 (cento e noventa e um mil, quinhentos e trinta e nove reais e
quinze centavos). Às fls. 189, foi determinado o pagamento do valor de R$ 191.539,15 (cento e noventa e
um mil, quinhentos e trinta e nove reais e quinze centavos), sob pena de incidência da multa de 10%. O
Fiador, Sr. Raimundo Nonato de Araújo Correa, propôs Exceção de Pré Executividade, a qual foi rejeitada.
Em sequência, foi analisada a Impugnação proposta pelo Fiador (fls. 237 e ss.), em que se alegava
prescrição, a qual foi julgada improcedente. Ato contínuo foi determinada a penhora Bacenjud sobre as
contas do Fiador, a qual logrou êxito. Em virtude dos bloqueios nas contas bancárias, o Executado
Raimundo Nonato apresentou Impugnação, pelo que foi determinado o desbloqueio de parte dos valores,
bem como a juntada de documentos referentes as dívidas de IPTU e Condomínio e, por fim, remessa dos
autos ao Contador. As fls. 281/286, foram apresentados os cálculos. Manifestem-se as partes quanto aos
cálculos apresentados pela contadoria do Juízo, no prazo de 05 (cinco) dias. Intime-se. Cumpra-se.
Belém, 18 de fevereiro de 2019. Alessandro Ozanan. Juiz de Direito. PROCESSO:
00208904120158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ALESSANDRO OZANAN Ação: Usucapião em: 21/02/2019 REQUERENTE:MANOEL XAVIER DA LUZ
Representante(s): OAB 7171 - ANELYSE SANTOS DE FREITAS (DEFENSOR) REQUERIDO:CIC
COMPANHIA INDUSTRIAL DE CONSTRUCOES REQUERIDO:ERIKA DANIELE FERREIRA DE SOUZA
REQUERIDO:ELISANGELA DO SOCORRO LIMA DA SILVA ENVOLVIDO:A CAIXA ECONOMICA
FEDERAL Representante(s): OAB 15498 - RENAN JOSE RODRIGUES AZEVEDO (ADVOGADO) .
00208904120158140301 Trata-se de Ação de Usucapião proposta por MANOEL XAVIER DA LUZ em face
de CIC - Companhia Industrial de Construções. Este Juízo determinou a expedição de ofício a Caixa
Econômica Federal, não só nestes autos, mas nos demais processos de Usucapião referentes a mesma
área (Residencial Carmelândia), com mesmo pedido e causa de pedir, para indagar acerca do interesse
em ingressar na demanda. Nos autos de nº 00004659020158140301, a Caixa Econômica (fls. 82) solicitou
vistas dos autos para análise e posteriormente poder afirmar se tem interesse ou não na causa. Por
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
razões de economia processual e celeridade na tramitação do feito, determino, desde já, nos presentes
autos, a autorização para que a Caixa Econômica Federal (CEF) retire os autos de Secretaria para
consulta, pelo prazo de 10 (dez) dias. Para tanto determino a intimação da Caixa Econômica Federal
(CEF), na pessoa de seu representante, no endereço Avenida Governador José Malcher, nº 2723, São
Brás, Belém Pará, CEP: 66090-100, por Oficial de Justiça. Quanto a devolução do Envelope de citação da
Ré pelos correios (fls. 64) com o timbre de "não cumprido", nos termos do art. 249 do CPC ("Art. 249. A
citação será feita por meio de oficial de justiça nas hipóteses previstas neste Código ou em lei, ou quando
frustrada a citação pelo correio.") determino a citação da Requerida CIC - Companhia Industrial de
Construções, mediante Carta Precatória. Redesigno a audiência marcada para o dia 14/05/2019, às
10:00h para a data de 07/11/2019, às 09:00h. Cumpra-se os demais itens do despacho de fls. 60. Intime-
se. Cumpra-se. Belém, 18 de fevereiro de 2019. Alessandro Ozanan. Juiz de Direito. PROCESSO:
00215469520158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ALESSANDRO OZANAN Ação: Usucapião em: 21/02/2019 REQUERENTE:SILENE DO SOCORRO
PIQUIA MATIAS Representante(s): OAB 7171 - ANELYSE SANTOS DE FREITAS (DEFENSOR)
REQUERIDO:CIC COMPANHIA INDUSTRIAL DE CONSTRUCOES. 00215469520158140301 Trata-se de
Ação de Usucapião proposta por SILENE DO SOCORRO PIQUIAS MATIAS em face de CIC - Companhia
Industrial de Construções. 01- Recebo a Emenda a Inicial (fls. 44 e ss.). Vejo que a parte indicou 11 (onze)
confinantes dos quais seis apresentam-se qualificados. Assim, determino a citação dos Confinantes Cesar
Ricardo, Wanessa Kelly, Wagner Rodrigues, Francisca Araújo, Antônio Narciso e Marilene Araújo,
indicados as fls. 44 (frente e verso) para apresentarem defesa, nos termos do art. 246, §3º do CPC. 02-
Determino que, por força do Princípio da Cooperação entre os sujeitos do Processo (art. 6º do CPC), no
prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção do feito, que a parte Requerente informe a este Juízo os
nomes dos confinantes restantes, eis que a exegese do art. 246, §3º do CPC conclui que os confinantes
são partes do processo, inclusive devem ser citados para que seja realizada a citação dos mesmos. Tão
logo a parte Requerente informe o nome dos confinantes faltantes, expeça-se mandado de citação. 03-
Oficiem-se para que manifestem eventual interesse na causa a União, o Estado e o Município,
encaminhando-se a cada ente cópia da inicial e dos documentos que a instruíram, inclusive a planta do
bem (fls. 11). 04- Caso a CODEM (Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área
Metropolitana de Belém) manifeste interesse no bem Usucapiendo, determino a citação da mesma, nos
termos do Código de Processo Civil, devendo a parte Requerente, caso queira, apresentar réplica. 05-
Vejo que a parte Requerida foi citada e apresentou defesa, pelo que determino que a parte autora se
manifeste quanto a Defesa da Ré. Ato continuo, manifeste-se sobre o pedido de Assistência Simples de
fls. 16. 06- Nos termos dos artigos 357, 385, 455 e 459 do NCPC, designo audiência de Instrução para o
dia 13/11/2019, às 09:00 horas, devendo cada uma das partes trazer suas testemunhas, independente de
intimação, ou por intimação feita pelo advogado das partes, cabendo informarem as testemunhas por eles
arroladas do dia, da hora e do local da audiência designada, por carta com aviso de recebimento,
cumprindo ao procurador juntar aos autos, com antecedência de pelo menos 3 (três) dias da data da
audiência, cópia da correspondência de intimação e do comprovante de recebimento. 07- A Empresa
Tradição Companhia Imobiliária requereu ingresso na demanda sob alegação de interesse, por ser
supostamente titular da hipoteca, por força de recursos financeiros repassados pelo extinto BNH, sobre a
porção maior em que está inserido o Bem usucapiendo. Este Juízo determinou a expedição de ofício a
Caixa Econômica Federal nos demais processos de Usucapião referentes a mesma área (Residencial
Carmelândia - Alegações, sobre interesse em compor a Lide, da Empresa Tradição Companhia Imobiliária
- Recursos BNH), com mesmo pedido e causa de pedir da presente demanda, para indagar acerca do
interesse em ingressar na demanda. Nos autos de nº 00004659020158140301, a Caixa Econômica (fls.
82) solicitou vistas para análise e posteriormente poder afirmar se tem interesse ou não na causa. Por
razões de economia processual e celeridade na tramitação do feito, determino, desde já, nos presentes
autos, a autorização para que a Caixa Econômica Federal (CEF) retire os autos de Secretaria para
consulta, pelo prazo de 10 (dez) dias. Para tanto determino a intimação da Caixa Econômica Federal
(CEF), na pessoa de seu representante, no endereço Avenida Governador José Malcher, nº 2723, São
Brás, Belém Pará, CEP: 66090-100, por Oficial de Justiça. 08- Insira, no Sistema LIBRA, o nome dos
advogados da Empresa Tradição Companhia Imobiliária. 09- Somente após todas as diligências listadas,
dê-se ciência ao Ministério Público. Serve, a presente, como MANDADO, CARTA ou OFÍCIO Intime-se.
Cumpra-se. Belém, 18 de fevereiro de 2019. Alessandro Ozanan. Juiz de Direito. PROCESSO:
00217929120158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ALESSANDRO OZANAN Ação: Usucapião em: 21/02/2019 AUTOR:MARIA VERLENE TELES CARDOSO
Representante(s): OAB 7171 - ANELYSE SANTOS DE FREITAS (DEFENSOR) REU:CIC COMPANHIA
INDUSTRIAL DE CONSTRUCOES. 00217929120158140301 Trata-se de Ação de Usucapião proposta
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
por MARIA VERLENE TELES CARDOSO em face de CIC - Companhia Industrial de Construções. 01-
Recebo a Emenda a Inicial (fls. 32 e ss.) para inserir no polo ativo da demanda o nome do esposo da
Requerente, Sr. ANTONIO JOSÉ CARDOSO. 02- Vejo que a parte Requerente juntou 02 (DUAS)
declarações dos confinantes (fls. 11/12), de não oposição de limites, pelo que recebo como prova
documental. Porém constato que faltam 02 (duas) declarações dos confinantes restantes. Determino que,
por força do Princípio da Cooperação entre os sujeitos do Processo (art. 6º do CPC), no prazo de 15
(quinze) dias, sob pena de extinção do feito, que informe a este Juízo os nomes dos confinantes restantes,
eis que a exegese do art. 246, §3º do CPC conclui que os confinantes são partes do processo, inclusive
devem ser citados. 03- Oficiem-se para que manifestem eventual interesse na causa a União, o Estado e o
Município, encaminhando-se a cada ente cópia da inicial e dos documentos que a instruíram, inclusive a
planta do bem (fls. 13). 04- Caso a CODEM (Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área
Metropolitana de Belém) manifeste interesse no bem Usucapiendo, determino a citação da mesma, nos
termos do Código de Processo Civil, devendo a parte Requerente, caso queira, apresentar réplica. 05-
Vejo que a parte Requerida não foi citada, pelo que determino sua citação, mediante Carta Precatória. 06-
Manifeste-se, a parte Requerente, sobre o pedido de Assistência Simples de fls. 18. 07- A Empresa
Tradição Companhia Imobiliária requereu ingresso na demanda sob alegação de interesse, por ser
supostamente titular da hipoteca, por força de recursos financeiros repassados pelo extinto BNH, sobre a
porção maior em que está inserido o Bem usucapiendo. Este Juízo determinou a expedição de ofício a
Caixa Econômica Federal nos demais processos de Usucapião referentes a mesma área (Residencial
Carmelândia - Alegações, sobre interesse em compor a Lide, da Empresa Tradição Companhia Imobiliária
- Recursos BNH), com mesmo pedido e causa de pedir da presente demanda, para indagar acerca do
interesse em ingressar na demanda. Nos autos de nº 00004659020158140301, a Caixa Econômica (fls.
82) solicitou vistas para análise e posteriormente poder afirmar se tem interesse ou não na causa. Por
razões de economia processual e celeridade na tramitação do feito, determino, desde já, nos presentes
autos, a autorização para que a Caixa Econômica Federal (CEF) retire os autos de Secretaria para
consulta, pelo prazo de 10 (dez) dias. Para tanto determino a intimação da Caixa Econômica Federal
(CEF), na pessoa de seu representante, no endereço Avenida Governador José Malcher, nº 2723, São
Brás, Belém Pará, CEP: 66090-100, por Oficial de Justiça. 08- Insira, no Sistema LIBRA, o nome dos
advogados da Empresa Tradição Companhia Imobiliária. 09- Somente após todas as diligências listadas,
dê-se ciência ao Ministério Público. Serve, a presente, como MANDADO, CARTA ou OFÍCIO Intime-se.
Cumpra-se. Belém, 18 de fevereiro de 2019. Alessandro Ozanan. Juiz de Direito. PROCESSO:
00225913720158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ALESSANDRO OZANAN Ação: Usucapião em: 21/02/2019 AUTOR:MANOEL CARVALHO CORREA
Representante(s): OAB 7171 - ANELYSE SANTOS DE FREITAS (DEFENSOR) REU:CIC COMPANHIA
INDUSTRIAL DE CONSTRUCOES. 00225913720158140301 Trata-se de Ação de Usucapião proposta
por MANOEL CARVALHO CORREA em face de CIC - Companhia Industrial de Construções. 01- Recebo
a Emenda a Inicial (fls. 30 e ss.). 02- Vejo que a parte Requerente qualificou apenas um dos confinantes
(MARIA VERLENE TELES CARDOSO) e afirmou que nenhum aceitou assinar a declaração de não
oposição de limites. 03- Desta forma determino a citação da confinante MARIA VERLENE TELES
CARDOSO no endereço indicado as fls. 30. 04- Por força do Princípio da Cooperação entre os sujeitos do
Processo (art. 6º do CPC), determino, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção do feito, que
informe a este Juízo os nomes dos demais confinantes, eis que a exegese do art. 246, §3º do CPC conclui
que os confinantes são partes do processo, inclusive devem ser citados. Tão logo informe, o Autor, os
nomes do confinantes, expeçam-se os mandados de citação. 05- Oficiem-se para que manifestem
eventual interesse na causa a União, o Estado e o Município, encaminhando-se a cada ente cópia da
inicial e dos documentos que a instruíram, inclusive a planta do bem (fls. 11). 06- Caso a CODEM
(Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém) manifeste interesse no
bem Usucapiendo, determino a citação da mesma, nos termos do Código de Processo Civil, devendo a
parte Requerente, caso queira, apresentar réplica. 07- Vejo que a parte Requerida não foi citada, pelo que
determino sua citação, mediante Carta Precatória. 08- Manifeste-se, a parte Requerente, sobre o pedido
de Assistência Simples de fls. 16. 09- A Empresa Tradição Companhia Imobiliária requereu ingresso na
demanda sob alegação de interesse, por ser supostamente titular da hipoteca, por força de recursos
financeiros repassados pelo extinto BNH, sobre a porção maior em que está inserido o Bem usucapiendo.
Este Juízo determinou a expedição de ofício a Caixa Econômica Federal nos demais processos de
Usucapião referentes a mesma área (Residencial Carmelândia - Alegações, sobre interesse em compor a
Lide, da Empresa Tradição Companhia Imobiliária - Recursos BNH), com mesmo pedido e causa de pedir
da presente demanda, para indagar acerca do interesse em ingressar na demanda. Nos autos de nº
00004659020158140301, a Caixa Econômica (fls. 82) solicitou vistas para análise e posteriormente poder
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afirmar se tem interesse ou não na causa. Por razões de economia processual e celeridade na tramitação
do feito, determino, desde já, nos presentes autos, a autorização para que a Caixa Econômica Federal
(CEF) retire os autos de Secretaria para consulta, pelo prazo de 10 (dez) dias. Para tanto determino a
intimação da Caixa Econômica Federal (CEF), na pessoa de seu representante, no endereço Avenida
Governador José Malcher, nº 2723, São Brás, Belém Pará, CEP: 66090-100, por Oficial de Justiça. 10-
Insira, no Sistema LIBRA, o nome dos advogados da Empresa Tradição Companhia Imobiliária. 11-
Somente após todas as diligências listadas, dê-se ciência ao Ministério Público. Serve, a presente, como
MANDADO, CARTA ou OFÍCIO Intime-se. Cumpra-se. Belém, 18 de fevereiro de 2019. Alessandro
Ozanan. Juiz de Direito. PROCESSO: 00235561520158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALESSANDRO OZANAN Ação: Usucapião em:
21/02/2019 AUTOR:CARMEM GRACIETE DE SOUSA TEIXEIRA Representante(s): OAB 7171 -
ANELYSE SANTOS DE FREITAS (DEFENSOR) REU:CIC COMPANHIA INDUSTRIAL DE
CONSTRUCOES REQUERIDO:ANA CRISTINA R ARAUJO REQUERIDO:JOAO MORAES DE BRITO
REQUERIDO:WELLINGTON LIMA DA SILVA. 00235561520158140301 Trata-se de Ação de Usucapião
proposta por CARMEM GRACIETE DE SOUSA TEIXEIRA. Quanto ao pedido da Caixa Econômica
Federal (FLS. 41), que requereu vistas dos autos para poder afirmar se tem interesse ou não na causa,
defiro-o para que a Caixa Econômica (CEF) retire os autos de Secretaria para consulta, no prazo de 10
(dez) dias. Para tanto determino a intimação da Caixa Econômica Federal (CEF), na pessoa de seu
representante, no endereço Avenida Governador José Malcher, nº 2723, São Brás, Belém Pará, CEP:
66090-100, por Oficial de Justiça. Junte, ao Ofício, a presente decisão. Quanto a devolução do Envelope
de citação da Ré pelos correios (fls. 34) com o timbre de "não cumprido", nos termos do art. 249 do CPC
("Art. 249. A citação será feita por meio de oficial de justiça nas hipóteses previstas neste Código ou em
lei, ou quando frustrada a citação pelo correio.") determino a citação da Requerida CIC - Companhia
Industrial de Construções, mediante Carta Precatória. Redesigno a audiência marcada para o dia
12/03/2019, às 11:00h para a data de 06/11/2019, às 12:00h. Cumpra-se os demais itens do despacho de
fls. 30 dos autos. Intime-se. Cumpra-se. Belém, 18 de fevereiro de 2019. Alessandro Ozanan. Juiz de
Direito. PROCESSO: 00235588220158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALESSANDRO OZANAN Ação: Usucapião em:
21/02/2019 AUTOR:CARMEN LUCIA DO NASCIMENTO BRASIL Representante(s): OAB 7171 -
ANELYSE SANTOS DE FREITAS (DEFENSOR) REU:CIC COMPANHIA INDUSTRIAL DE
CONSTRUCOES. 00235588220158140301 Trata-se de Ação de Usucapião proposta por CARMEN LUCIA
DO NASCIMENTO BRASIL em face de CIC - Companhia Industrial de Construções. 01- Recebo a
Emenda a Inicial (fls. 33 e ss.) para inserir no polo passivo o Cônjuge da Requerente Sr. JOSÉ CHAGAS
BRASIL. 02- Determino a citação do Confinante dos Fundos, Sr. REGINO DE PINHO VARROS, no
endereço indicado às fls. 34, em virtude de ter se recusado a assinar a Declaração de não oposição de
limites. 03- Recebo as declarações de não oposição de limites (fls. 11/13) como prova documental,
restando a juntada das cópias das carteiras de identidade dos declarantes. 04- Oficiem-se para que
manifestem eventual interesse na causa a União, o Estado e o Município, encaminhando-se a cada ente
cópia da inicial e dos documentos que a instruíram, inclusive a planta do bem (fls. 14). 05- Caso a CODEM
(Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém) manifeste interesse no
bem Usucapiendo, determino a citação da mesma, nos termos do Código de Processo Civil, devendo a
parte Requerente, caso queira, apresentar réplica. 06- Vejo que a parte Requerida não foi citada, pelo que
determino sua citação, mediante Carta Precatória, para o endereço indicado na inicial. 07- Manifeste-se, a
parte Requerente, sobre o pedido de Assistência Simples de fls. 19. 08- A Empresa Tradição Companhia
Imobiliária requereu ingresso na demanda sob alegação de interesse, por ser supostamente titular da
hipoteca, por força de recursos financeiros repassados pelo extinto BNH, sobre a porção maior em que
está inserido o Bem usucapiendo. Este Juízo determinou a expedição de ofício a Caixa Econômica
Federal nos demais processos de Usucapião referentes a mesma área (Residencial Carmelândia -
Alegações, sobre interesse em compor a Lide, da Empresa Tradição Companhia Imobiliária - Recursos
BNH), com mesmo pedido e causa de pedir da presente demanda, para indagar acerca do interesse em
ingressar na demanda. Nos autos de nº 00004659020158140301, a Caixa Econômica (fls. 82) solicitou
vistas para análise e posteriormente poder afirmar se tem interesse ou não na causa. Por razões de
economia processual e celeridade na tramitação do feito, determino, desde já, nos presentes autos, a
autorização para que a Caixa Econômica Federal (CEF) retire os autos de Secretaria para consulta, pelo
prazo de 10 (dez) dias. Para tanto determino a intimação da Caixa Econômica Federal (CEF), na pessoa
de seu representante, no endereço Avenida Governador José Malcher, nº 2723, São Brás, Belém Pará,
CEP: 66090-100, por Oficial de Justiça. 07- Insira, no Sistema LIBRA, o nome dos advogados da Empresa
Tradição Companhia Imobiliária. 08- Somente após todas as diligências listadas, dê-se ciência ao
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Ministério Público. Serve, a presente, como MANDADO, CARTA ou OFÍCIO Intime-se. Cumpra-se. Belém,
18 de fevereiro de 2019. Alessandro Ozanan. Juiz de Direito. PROCESSO: 00313676620108140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALESSANDRO
OZANAN Ação: Embargos à Execução em: 21/02/2019 EMBARGANTE:JOELMA DO SOCORRO
ARAUJO DOS SANTOS Representante(s): OAB 9138 - ANDREY MONTENEGRO DE SA (ADVOGADO)
EMBARGADO:LADSTAR LOGISTICA DE TRANSPORTE E TERMINAIS LTDA. Representante(s): OAB
11540 - THIAGO COSTA LOPES (ADVOGADO) OAB 15289 - SUELLEM CASSIANE DOS REMEDIOS
ALVES (ADVOGADO) OAB 17147 - ROUMIEE HALAN DA SILVA SOUSA (ADVOGADO) OAB 20246 -
ALESSANDRA MARIA CARDOSO (ADVOGADO) TERCEIRO:ANDREY MONTENEGRO DE S. 0031367-
66.2010.8.14.0301 DECISÃO Cls. Tratam-se de EMBARGOS À EXECUÇÃO, opostos por JOELMA DO
SOCORRO ARAÚJO DOS SANTOS (Embargante) na AÇÃO DE EXECUÇÃO que lhe moveu LADSTAR
LOGÍSTICA DE TRANSPORTE E TERMINAIS LTDA (Embargada). Foi prolatada sentença que
reconheceu a existência de carência da ação, com A consequente Extinção da Execução, conforme fls.
71/76. Em sede de Embargos de Declaração, opostos por JOELMA DO SOCORRO ARAÚJO,
reconheceu-se que sentença foi silente quanto ao arbitramento de honorários sucumbenciais, pelo que, na
oportunidade, foram arbitrados no equivalente a 20% sobre o valor da causa, em favor do patrono da parte
Embargante (fls. 89-91). Negado provimento ao Recurso de Apelação interposto, certificou-se o trânsito
em julgado (fls. 118-122 e fls. 124). ANDREY MONTENEGRO DE SÁ, patrono da Embargante, iniciou o
Cumprimento de Sentença para os honorários sucumbenciais (fls. 125/128). Remetidos os autos à
Contadoria do Juízo, apurou-se o valor de R$60.436,30 (sessenta mil, quatrocentos e trinta e seis reais e
trinta centavos) como devido à época, conforme fls. 156/163. A pedido da ora Executada LADSTAR (fls.
164-167), o prazo para manifestação acerca dos cálculos apresentados pelo contador judicial foi
devolvido, por meio de Decisão devidamente publicada (fls. 170-174). ANDREY MONTENEGRO DE SÁ
manifestou sua concordância com os referidos cálculos e requereu a continuidade da Execução de
Honorários, por meio dos Sistemas BACENJUD e RENAJUD, às fls. 180 e 185/186, instruindo o petitório
com os cálculos de atualização do valor, perfazendo a monta de R$-64.739,21 (sessenta e quatro mil,
setecentos e trinta e nove e vinte e um centavos). Conforme requerido, determinou-se, às fls. 190/201,
bloqueio via BACENJUD da quantia de R$-64.739,21 (sessenta e quatro mil, setecentos e trinta e nove e
vinte e um centavos), bem como bloqueio de veículos via RENAJUD, em desfavor de LADSTAR. Houve
êxito na constrição de dinheiro, pelo que, às fls. 202/210, este Juízo determinou o imediato desbloqueio
dos veículos. O resultado da constrição foi mais que suficiente, no seguinte valor: - Total bloqueado: R$-
104.812,28 (cento e quatro mil, oitocentos e doze reais e vinte e oito centavos), dividido em três contas: 1.
R$-54.457,98 (cinquenta e quatro mil, quatrocentos e cinquenta e sete reais e noventa e oito centavos) em
conta do ITAÚ UNIBANCO S.A.; 2. R$-48.676,30 (quarenta e oito mil, seiscentos e setenta e seis reais e
trinta centavos) em conta do BANCO BRADESCO; 3. R$-1.678,00 (mil, seiscentos e setenta e oito reais)
em conta do BANCO DA AMAZÔNIA. Em face do êxito na constrição, este Juízo, às fls. 203/verso, por
meio do Sistema BACENJUD, determinou a transferência à conta judicial dos valores de R$-54.457,98 da
conta ITAÚ UNIBANCO S.A., bem como de R$-10.281,23 (dez mil, duzentos e oitenta e um reais e vinte e
três centavos) da conta do BANCO BRADESCO, totalizando o valor integral da execução, R$-64.739,21
(sessenta e quatro mil, setecentos e trinta e nove e vinte e um centavos). Uma vez garantido o Juízo,
determinou-se o imediato desbloqueio do valor excedente na conta do BANCO BRADESCO, no importe
de R$-38.395,07 (trinta e oito mil, trezentos e noventa e cinco reais e sete centavos) e o desbloqueio de
R$-1.678,00 da conta do BANCO DA AMAZÔNIA, por ultrapassarem o executório (fls. 202-203).
LADSTAR, às fls. 213/220, peticionou informando que, ao invés de ser cumprida a ordem de transferência
de R$-10.281,23 da conta do BANCO BRADESCO e desbloqueio do remanescente, na realidade, fora
retirada a totalidade do valor que havia nessa conta (R$-48.676,30) e, após a ordem de desbloqueio do
excedente (R$-38.395,07), foi feita para a mesma conta uma transferência de R$-10.281,23, o mesmo
valor que se determinou fosse transferido para a subconta judicial. Informou não possuir informações a
respeito do restante do valor remanescente que deveria ser devolvido, agora de R$-28.113,84 (R$-
38.395,07 - R$-10.281,23 = R$-28.113,84), pelo que requereu a reiteração da ordem de devolução ou que
fosse oficiado ao Banco Central a fim de que esclareça o motivo do cumprimento equivocado da ordem e
para que proceda à imediata devolução do montante. É o relatório do necessário para a decisão que
segue. Em primeiro lugar, importa frisar que não houve, data venia, equívoco do Juízo quanto às ordens
de bloqueio e transferência, conforme se observa da própria tela do sistema BACENJUD juntada aos
autos às fls. 203. Em segundo lugar, é importante ressaltar que, uma vez emitida a ordem de bloqueio, o
sistema BACENJUD bloqueia automaticamente o valor ordenado em tantas quantas contas bancárias
existirem sob a titularidade da parte Executada e somente após, é que o emissor da ordem pode
determinar o desbloqueio do excedente. Diante dos fatos trazidos pela ora Executada LADSTAR,
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em compor a Lide, da Empresa Tradição Companhia Imobiliária - Recursos BNH), com mesmo pedido e
causa de pedir da presente demanda, para indagar acerca do interesse em ingressar na demanda. Nos
autos de nº 00004659020158140301, a Caixa Econômica (fls. 82) solicitou vistas para análise e
posteriormente poder afirmar se tem interesse ou não na causa. Por razões de economia processual e
celeridade na tramitação do feito, determino, desde já, nos presentes autos, a autorização para que a
Caixa Econômica Federal (CEF) retire os autos de Secretaria para consulta, pelo prazo de 10 (dez) dias.
Para tanto determino a intimação da Caixa Econômica Federal (CEF), na pessoa de seu representante, no
endereço Avenida Governador José Malcher, nº 2723, São Brás, Belém Pará, CEP: 66090-100, por Oficial
de Justiça. 07- Insira, no Sistema LIBRA, o nome dos advogados da Empresa Tradição Companhia
Imobiliária. 08- Somente após todas as diligências listadas, dê-se ciência ao Ministério Público. Serve, a
presente, como MANDADO, CARTA ou OFÍCIO Intime-se. Cumpra-se. Belém, 18 de fevereiro de 2019.
Alessandro Ozanan. Juiz de Direito. PROCESSO: 00420323820148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALESSANDRO OZANAN Ação: Impugnação ao
Valor da Causa em: 21/02/2019 IMPUGNANTE:BANCO BANORTE SA Representante(s): OAB 15136 -
JHAYANNE RODRIGUES BARROS (ADVOGADO) OAB 16662 - JOAO JORGE DE OLIVEIRA SILVA
(ADVOGADO) IMPUGNADO:TAMARA MICHELLE BATTIOLLE GONCALVES Representante(s): OAB
3555 - DORIVALDO DE ALMEIDA BELEM (ADVOGADO) . 00420323820148140301 Fatos: Trata-se de
Impugnação ao Valor da Causa (Ação de Usucapião) proposta por BANCO BANORTE S/A em face de
TAMARA MICHELLE BATTIOLLE GONÇALVES. A Impugnada deu o valor a causa de R$50.000,00
(cinquenta mil reais), desconsiderando o valor venal do imóvel, pelo que requereu a retificação do valor
dado a causa. Na Ação de Usucapião (Processo nº 00103827020148140301), às fls. 134/135 a
Impugnada reconheceu o erro no valor dado a causa e requereu a retificação para o importe de R$
97.998,99 (noventa e sete mil, novecentos e noventa e oito reais e noventa e nove centavos) valor venal
do imóvel (cópia do Carnê de IPTU as fls. 84 dos autos de Usucapião). É o Relatório Fundamentação A
Requerente retificou o valor da causa, perdendo, a Impugnação seu objeto, pelo reconhecimento do
pedido do Impugnante. "Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: III - homologar: a) o
reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;" Dispositivo Isto posto,
extingo o feito, com resolução do mérito, nos termos do art. art. 487, III, "a" do CPC. Custas, se houver,
pela parte Ré. Sem honorários advocatícios. Intime-se; Cumpra-se. Belém, 19 de fevereiro de 2019.
Alessandro Ozanan Juiz de Direito. PROCESSO: 00426909620138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALESSANDRO OZANAN Ação: Procedimento
Comum em: 21/02/2019 REQUERENTE:BOM GOSTO COMERCIO DE ALIMENTOS LTDA
Representante(s): OAB 10928-B - JULIANO MARTINS (ADVOGADO) REQUERIDO:BANCO
SANTANDER S/A - AGÊNCIA BELÉM-NAZARÉ Representante(s): OAB 38534 - ANTONIO BRAZ DA
SILVA (ADVOGADO) OAB 12306 - ANA PAULA BARBOSA DA ROCHA GOMES (ADVOGADO) OAB
14974 - CARLA RENATA DE OLIVEIRA CARNEIRO (ADVOGADO) . Processo de nº 0042690-
96.2013.814.0301 Autora: BOM GOSTO COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDA Requerido: BANCO
SANTANDER S/A SENTENÇA BOM GOSTO COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDA, devidamente
qualificada nos autos de nº 0042690-96.2013.814.0301, ajuizou AÇÃO DE REVISÃO CONTRATUAL C/C
OBRIGAÇÃO DE FAZER E PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA contra BANCO SANTANDER S/A,
também devidamente qualificado nos autos (fls. 2/56). Narra, em síntese, que a fim de fomentar sua
atividade empresarial, a autora realizou diversos empréstimos junto à instituição financeira requerida.
Ocorre que os referidos contratos se encontram eivados de cláusulas que considera abusivas, motivo pelo
qual ajuizou o presente feito. Considerando o exposto, requer a) em sede de tutela antecipada, a
suspensão da cobranças de parcelas vencidas e vincendas; suspensão de qualquer ato de cobrança, bem
como a inserção do nome da autora ou seus fiadores no cadastro dos órgãos de proteção ao crédito; b)
seja determinado ao requerido a exibição dos documentos referentes aos empréstimos identificados; c) a
nulidade de cláusulas abusivas descritas bem como as demais contidas no contrato; d) seja declarada a
abusividade do anatocismo, comissão de permanência cumulada com outros encargos, com a exclusão de
todos os excessos cobrados ilegalmente; e) restituição em dobro dos valores cobrados a maior; f)
declaração dos juros legais a serem pagos, bem como readequação às capacidades da empresa autora.
Juntou documentos em fls. 57/271. BANCO SANTANDER BRASIL S/A apresentou Contestação (fls.
303/317) alegando que os contratos questionados atendem a sua função social. Preliminarmente, aduz a
decadência com base no art. 26 do Código de Defesa do Consumidor; a inépcia da inicial, por se encontrar
em descompasso com o art. 285-B do Código de Processo Civil; o não cabimento da tutela antecipatória.
Aduz a inexistência de abusividade nos juros remuneratórios; a inexistência de capitalização de juros nos
contratos celebrados; a inexistência de vedação à cobrança da comissão de permanência; a legalidade
dos encargos moratórios cobrados; a inexistência de desequilíbrio contratual. Juntou documentos em fls.
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318/327. BOM GOSTO COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDA apresentou Réplica à Contestação, em fls.
329/336. BANCO SANTANDER BRASIL S/A informou acerca da existência de acordo extrajudicial, em fls.
337/338. No entanto, o autor, em fls. 340/344, pugnou pelo prosseguimento do feito. Decisão interlocutória
indeferindo o pedido de antecipação da tutela jurisdicional, em fls. 352/354. Em 10/5/2016 (fl. 356) foi
realizada audiência judicial, em que foram indeferidas as preliminares de decadência e inépcia da inicial,
sendo deferida a produção de prova pericial. Era o que tinha a relatar. Passo a decidir. Analisando os
autos, verifico que designada audiência judicial, as partes não compareceram, em claro desinteresse na
composição, motivo pelo qual deixo de designar nova audiência de conciliação, por se mostrar inócua.
Ademais, verifico que se trata de matéria documental e de direito, sendo desnecessária a produção de
prova pericial. Isso porque, conforme fixado como ponto controvertido (fl. 356), a lide versa sobre a
legalidade ou não das cobranças realizadas decorrentes dos contratos celebrados entre as partes. Dessa
forma, na hipótese de serem possíveis e coerentes com o ordenamento jurídico ou irregulares, as
cobranças realizadas, não verifico a necessidade de perícia para comprová-las. Havendo a possibilidade
de verificação de legalidade com a mera análise dos instrumentos contratuais questionados - todos
juntados aos autos - não há necessidade de produção de prova pericial, e por se tratar de matéria
documental e de direito, passo ao julgamento antecipado da lide, na forma do art. 355, I, do Código de
Processo Civil. Em relação às preliminares ao mérito alegadas - decadência e inépcia da inicial - verifico
que as mesmas foram afastadas, em sede de audiência judicial. Assim, não havendo mais preliminares a
serem analisadas, passo ao julgamento do feito. O §2º do art. 330 do Código de Processo Civil preleciona
que nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigações decorrentes de financiamento, o autor
deverá indicar as obrigações que pretende controverter, sendo vedado ao juiz conhecer de ofício da
abusividade de cláusulas em contratos bancários (Súmula 381 do STJ). Dessa forma, serão objeto de
análise somente as cláusulas expressamente reputadas como abusivas, pelo autor, na exordial. A
hipótese é de improcedência dos pleitos exordiais. DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR A parte autora pleiteia pelo reconhecimento da relação de consumo entre as partes, com a
consequente aplicação do Código de Defesa do Consumidor e suas disposições protetivas na análise do
presente feito. O Código de Defesa do Consumidor (CDC) conceitua consumidor em seu art. 2º, que
preleciona: Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço
como destinatário final. JOSÉ GERALDO BRITO FILOMENO, um dos autores do Anteprojeto do Código
de Defesa do Consumidor, ensina, quanto ao conceito de consumidor: Consoante já salientado, o conceito
de consumidor adotado pelo Código foi exclusivamente de caráter econômico, ou seja, levando-se em
consideração tão-somente o personagem que no mercado de consumo adquire bens ou então contrata a
prestação de serviços, como destinatário final, pressupondo-se que assim age com vistas ao atendimento
de uma necessidade própria e não para o desenvolvimento de uma outra atividade negocial. (Código
Brasileiro de Defesa do Consumidor. Ada Pellegrini Grinover et al. 8ª ed. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 2008, p. 27). Dessa forma, analisado o caso concreto, e aplicada a teoria finalista adotada
pelo diploma consumerista, é evidente que a parte autora não se caracteriza como destinatária final do
negócio jurídico, tendo em vista que o valor do financiamento foi aplicado para o fomento de sua atividade
empresarial, conforme explicitado na própria exordial. Assim, não haveria relação de consumo na relação
empresa-instituição financeira. A jurisprudência pátria, no entanto, alinhada à multiplicidade de relações e
circunstâncias individuais da vida em sociedade, ampliou o conceito de consumidor, na medida em que
passou a considerar como tal pessoas físicas ou jurídicas que se enquadrem como vulneráveis diante do
fornecedor, no que ficou conhecido como finalismo aprofundado ou mitigado. [...] De um lado, a maioria
maximalista e objetiva restringiu seu ímpeto; de outro, os finalistas aumentaram seu subjetivismo, mas
relativizaram o finalismo permitindo tratar de casos difíceis de forma mais diferenciada. Em casos difíceis
envolvendo pequenas empresas que utilizam insumos para sua produção, mas não em sua área de
expertise ou com uma utilização mista, principalmente na área de serviços; provada a vulnerabilidade,
conclui-se pela destinação final de consumo prevalente. (MARQUES, Claudia Lima. BENJAMIN, Antonio
Herman V. MIRAGEM, Bruno. Comentários ao Código de Defesa do Consumidor. 5 ed. rev., atual. e ampl.
São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 124). Nesse sentido, o Superior Tribunal de Justiça se
manifestou: DIREITO DO CONSUMIDOR. CONSUMO INTERMEDIÁRIO. VULNERABILIDADE.
FINALISMO APROFUNDADO. Não ostenta a qualidade de consumidor a pessoa física ou jurídica que não
é destinatária fática ou econômica do bem ou serviço, salvo se caracterizada a sua vulnerabilidade frente
ao fornecedor. A determinação da qualidade de consumidor deve, em regra, ser feita mediante aplicação
da teoria finalista, que, numa exegese restritiva do art. 2º do CDC, considera destinatário final tão somente
o destinatário fático e econômico do bem ou serviço, seja ele pessoa física ou jurídica. Dessa forma, fica
excluído da proteção do CDC o consumo intermediário, assim entendido como aquele cujo produto retorna
para as cadeias de produção e distribuição, compondo o custo (e, portanto, o preço final) de um novo bem
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ou serviço. Vale dizer, só pode ser considerado consumidor, para fins de tutela pelo CDC, aquele que
exaure a função econômica do bem ou serviço, excluindo-o de forma definitiva do mercado de consumo.
Todavia, a jurisprudência do STJ, tomando por base o conceito de consumidor por equiparação previsto
no art. 29 do CDC, tem evoluído para uma aplicação temperada da teoria finalista frente às pessoas
jurídicas, num processo que a doutrina vem denominando "finalismo aprofundado". Assim, tem se admitido
que, em determinadas hipóteses, a pessoa jurídica adquirente de um produto ou serviço possa ser
equiparada à condição de consumidora, por apresentar frente ao fornecedor alguma vulnerabilidade, que
constitui o princípio-motor da política nacional das relações de consumo, premissa expressamente fixada
no art. 4º, I, do CDC, que legitima toda a proteção conferida ao consumidor. A doutrina tradicionalmente
aponta a existência de três modalidades de vulnerabilidade: técnica (ausência de conhecimento específico
acerca do produto ou serviço objeto de consumo), jurídica (falta de conhecimento jurídico, contábil ou
econômico e de seus reflexos na relação de consumo) e fática (situações em que a insuficiência
econômica, física ou até mesmo psicológica do consumidor o coloca em pé de desigualdade frente ao
fornecedor). Mais recentemente, tem se incluído também a vulnerabilidade informacional (dados
insuficientes sobre o produto ou serviço capazes de influenciar no processo decisório de compra). Além
disso, a casuística poderá apresentar novas formas de vulnerabilidade aptas a atrair a incidência do CDC
à relação de consumo. Numa relação interempresarial, para além das hipóteses de vulnerabilidade já
consagradas pela doutrina e pela jurisprudência, a relação de dependência de uma das partes frente à
outra pode, conforme o caso, caracterizar uma vulnerabilidade legitimadora da aplicação do CDC,
mitigando os rigores da teoria finalista e autorizando a equiparação da pessoa jurídica compradora à
condição de consumidora. Precedentes citados: REsp 1.196.951-PI, DJe 9/4/2012, e REsp 1.027.165-ES,
DJe 14/6/2011. REsp 1.195.642-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 13/11/2012. Entretanto, no caso
concreto, não é possível observar a vulnerabilidade que caracteriza a teoria finalista aprofundada ou
mitigada, tendo em vista que a parte autora é uma empresa que lida com uma multiplicidade de serviços,
sendo evidente que as transações com instituição financeiras, bem como seus desdobramentos e
consequências, fazem parte do cotidiano de qualquer empresa dessa natureza. A teoria finalista mitigada
deve ser observada para evitar que o posicionamento adotado pelo diploma consumerista deixe de assistir
os intermediários das relações de consumo, especificamente aqueles que também se encontram em
condição de hipossuficiência técnica, econômica ou jurídica em relação ao fornecedor de um produto ou
serviço. No entanto, considerado a atividade realizada pela autora, as justificativas para a pactuação dos
negócios jurídicos, bem como a desenvoltura na repactuação destes - observada pelos contratos e
aditivos colacionados aos autos, não verifico a hipossuficiência, a vulnerabilidade, que a caracterizaria
como consumidora. Dessa forma, melhor analisando os autos, bem como os documentos que instruem o
feito, por não se enquadrar, a parte autora, no conceito de destinatário final adotada pelo diploma
consumerista e, ainda, ausente a vulnerabilidade que caracteriza o finalismo aprofundado, não verifico
hipótese de aplicação do Código de Defesa do Consumidor ao caso concreto. Nessa lógica, TORNO SEM
EFEITO a inversão do ônus da prova anteriormente deferido, de forma que impossibilitada a fixação da
multa delimitada - diária de R$2003,00 (duzentos reais) até o limite de R$100.000,00 (cem mil reais) - fl.
356. DA CAPITALIZAÇÃO DE JUROS Aduz, o autor, a impossibilidade cobrança de juros de forma
capitalizada. O requerido, por sua vez, aduz que não há previsão de capitalização de juros nos contratos
celebrados entre as partes. No entanto, a análise dos instrumentos contratuais carreados torna evidente a
capitalização. Relativamente à incidência de capitalização de juros, matéria sobre a qual o Superior
Tribunal de Justiça já possui entendimento pacificado no sentido da admissibilidade da capitalização de
juros nos contratos bancários desde o advento da Medida Provisória n° 2.170-36/2001. Assim, não
merecem acolhimento as asserções da parte requerente constantes da exordial, até mesmo porque o
contrato prevê a capitalização mensal quando da discriminação dos juros pactuados, conforme fls. 73/86,
94/107, 108, 109/122, 123/131, 146/154, 156/159, 172/177, 179/184. Observado o dever de informação ao
consumidor, uma vez que, em se tratando de financiamento com parcelas prefixadas, o consumidor sabe
de forma antecipada à sua anuência ao contrato quanto vai pagar ao longo de todo o financiamento. Não
há qualquer surpresa quanto a este respeito, bastando para a incidência da capitalização mensal de juros
que o contrato contenha a diferenciação entre a taxa anual e mensal de juros, sendo, portanto, legais os
juros pactuados no contrato. Neste sentido, trago à colação julgado exemplificativo do entendimento
consolidado: Processo AgRg no REsp 1342243 / RS; AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL
2012/0187976-0; Relator(a): Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO (1140); Órgão Julgador: T4 - QUARTA
TURMA; Data do Julgamento: 09/10/2012; Data da Publicação/Fonte: DJe 16/10/2012. Ementa.
CONTRATO BANCÁRIO. REVISIONAL. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. PACTUAÇÃO DA CAPITALIZAÇÃO
MENSAL DOS JUROS. DIFERENÇA ENTRE TAXAS DE JUROS MENSAL E ANUAL. A PREVISÃO DE
TAXA ANUAL DOS JUROS SUPERIOR À TAXA MENSAL, MULTIPLICADA POR DOZE, CONFIGURA A
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art. 85, §8º, do Código de Processo Civil, bem como em observância aos princípios da proporcionalidade e
equidade. Havendo Apelação, intime-se o apelado para apresentar contrarrazões no prazo legal, caso
queira. Decorrido o prazo legal, independentemente de manifestação ou nova conclusão, certifique-se e
encaminhem-se os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, para os devidos fins. Na
hipótese de trânsito em julgado, certifique-se, dê-se baixa na distribuição e arquivem-se os autos. P. R. I.
C. Belém-PA, 19 de fevereiro de 2019. ALESSANDRO OZANAN Juiz de Direito PROCESSO:
01059594120158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ALESSANDRO OZANAN Ação: Usucapião em: 21/02/2019 AUTOR:RIBAMAR DA SILVA TEIXEIRA
Representante(s): OAB 7171 - ANELYSE SANTOS DE FREITAS (DEFENSOR) REU:CIC COMPANHIA
INDUSTRIAL DE CONSTRUCOES. 01059594120158140301 Trata-se de Ação de Usucapião proposta
por RIBAMAR DA SILVA TEIXEIRA em face de CIC - Companhia Industrial de Construções. 01- Recebo a
Emenda a Inicial (fls. 47 e ss.). Vejo que todos confinantes subscreveram Declaração de não oposição de
limites, com exceção do confinante dos fundos. Assim, determino que, por força do Princípio da
Cooperação entre os sujeitos do Processo (art. 6º do CPC), no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
extinção do feito, que a parte Requerente informe a este Juízo o nome do confinante dos fundos, eis que a
exegese do art. 246, §3º do CPC conclui que os confinantes são partes do processo, inclusive devem ser
citados para que seja realizada a citação dos mesmos. Tão logo a parte Requerente informe o nome do
confinante faltante, expeça-se mandado de citação. 02- Oficiem-se para que manifestem eventual
interesse na causa a União, o Estado e o Município, encaminhando-se a cada ente cópia da inicial e dos
documentos que a instruíram, inclusive a planta do bem (fls. 13). 04- Caso a CODEM (Companhia de
Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém) manifeste interesse no bem
Usucapiendo, determino a citação da mesma, nos termos do Código de Processo Civil, devendo a parte
Requerente, caso queira, apresentar réplica. 05- Vejo que a parte Requerida foi citada e apresentou
defesa, pelo que determino que a parte autora se manifeste quanto a Defesa da Ré. Ato continuo,
manifeste-se sobre o pedido de Assistência Simples de fls. 19. 06- Nos termos dos artigos 357, 385, 455 e
459 do NCPC, designo audiência de Instrução para o dia 13/11/2019, às 11:00 horas, devendo cada uma
das partes trazer suas testemunhas, independente de intimação, ou por intimação feita pelo advogado das
partes, cabendo informarem as testemunhas por eles arroladas do dia, da hora e do local da audiência
designada, por carta com aviso de recebimento, cumprindo ao procurador juntar aos autos, com
antecedência de pelo menos 3 (três) dias da data da audiência, cópia da correspondência de intimação e
do comprovante de recebimento. 07- A Empresa Tradição Companhia Imobiliária requereu ingresso na
demanda sob alegação de interesse, por ser supostamente titular da hipoteca, por força de recursos
financeiros repassados pelo extinto BNH, sobre a porção maior em que está inserido o Bem usucapiendo.
Este Juízo determinou a expedição de ofício a Caixa Econômica Federal nos demais processos de
Usucapião referentes a mesma área (Residencial Carmelândia - Alegações, sobre interesse em compor a
Lide, da Empresa Tradição Companhia Imobiliária - Recursos BNH), com mesmo pedido e causa de pedir
da presente demanda, para indagar acerca do interesse em ingressar na demanda. Nos autos de nº
00004659020158140301, a Caixa Econômica (fls. 82) solicitou vistas para análise e posteriormente poder
afirmar se tem interesse ou não na causa. Por razões de economia processual e celeridade na tramitação
do feito, determino, desde já, nos presentes autos, a autorização para que a Caixa Econômica Federal
(CEF) retire os autos de Secretaria para consulta, pelo prazo de 10 (dez) dias. Para tanto determino a
intimação da Caixa Econômica Federal (CEF), na pessoa de seu representante, no endereço Avenida
Governador José Malcher, nº 2723, São Brás, Belém Pará, CEP: 66090-100, por Oficial de Justiça. 08-
Insira, no Sistema LIBRA, o nome dos advogados da Empresa Tradição Companhia Imobiliária. 09-
Somente após todas as diligências listadas, dê-se ciência ao Ministério Público. Serve, a presente, como
MANDADO, CARTA ou OFÍCIO Intime-se. Cumpra-se. Belém, 18 de fevereiro de 2019. Alessandro
Ozanan. Juiz de Direito. PROCESSO: 01059654820158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALESSANDRO OZANAN Ação: Usucapião em:
21/02/2019 REQUERENTE:TATIANE CRISTINA GUERREIRA VILAR Representante(s): OAB 7171 -
ANELYSE SANTOS DE FREITAS (DEFENSOR) REQUERIDO:CIC COMPANHIA INDUSTRIAL DE
CONSTRUCOES ENVOLVIDO:TRADICAO COMPANHIA IMOBILIARIA Representante(s): OAB 9933 -
DANIEL LACERDA FARIAS (ADVOGADO) REQUERIDO:LILIAN MARIA DOS REIS COSTA
REQUERIDO:ALDERINA RODRIGUES DA SILVA REQUERIDO:MARIA IOLETE FONTE MELO
ENVOLVIDO:A CAIXA ECONOMICA FEDERAL Representante(s): OAB 15498 - RENAN JOSE
RODRIGUES AZEVEDO (ADVOGADO) . 01059654820158140301 Trata-se de Ação de Usucapião
proposta por TATIANE CRISTINA GUERREIRO VILAR em face de CIC - Companhia Industrial de
Construções. Este Juízo determinou a expedição de ofício a Caixa Econômica Federal, não só nestes
autos, mas nos demais processos de Usucapião referentes a mesma área (Residencial Carmelândia), com
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
mesmo pedido e causa de pedir, para indagar acerca do interesse em ingressar na demanda. Nos autos
de nº 00004659020158140301, a Caixa Econômica (fls. 82) solicitou vistas dos autos para análise e
posteriormente poder afirmar se tem interesse ou não na causa. Por razões de economia processual e
celeridade na tramitação do feito, determino, desde já, nos presentes autos, a autorização para que a
Caixa Econômica Federal (CEF) retire os autos de Secretaria para consulta, pelo prazo de 10 (dez) dias.
Para tanto determino a intimação da Caixa Econômica Federal (CEF), na pessoa de seu representante, no
endereço Avenida Governador José Malcher, nº 2723, São Brás, Belém Pará, CEP: 66090-100, por Oficial
de Justiça. Quanto a devolução do Envelope de citação da Ré pelos correios (fls. 56) com o timbre de "não
cumprido", nos termos do art. 249 do CPC ("Art. 249. A citação será feita por meio de oficial de justiça nas
hipóteses previstas neste Código ou em lei, ou quando frustrada a citação pelo correio.") determino a
citação da Requerida CIC - Companhia Industrial de Construções, mediante Carta Precatória. Redesigno a
audiência marcada para o dia 13/03/2019, às 10:00h para a data de 12/11/2019, às 10:00h. Cumpra-se as
demais determinações do despacho de fls. 49 e ss. Intime-se. Cumpra-se. Belém, 18 de fevereiro de 2019.
Alessandro Ozanan. Juiz de Direito. PROCESSO: 01062296520158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALESSANDRO OZANAN Ação: Usucapião em:
21/02/2019 REQUERIDO:CIC COMPANHIA INDUSTRIAL DE CONSTRUCOES REQUERENTE:MARIA
CLEUZA DA SILVA SANTOS NUNES Representante(s): OAB 4426 - REGINA LUCIA BARATA PINHEIRO
DE SOUSA (DEFENSOR) ENVOLVIDO:ALEXSANDRE DA SILVA NUNES ENVOLVIDO:MARGARIDA
GAMA BARBOSA ENVOLVIDO:MARIA JOSE VELOSO LEAO ENVOLVIDO:A CAIXA ECONOMICA
FEDERAL Representante(s): OAB 15498 - RENAN JOSE RODRIGUES AZEVEDO (ADVOGADO) .
01062296520158140301 Trata-se de Ação de Usucapião proposta por MARIA CLEUZA DA SILVA
SANTOS NUNES. Este Juízo determinou a expedição de ofício a Caixa Econômica Federal, não só nestes
autos, mas nos demais processos de Usucapião referentes a mesma área (Residencial Carmelândia), com
mesmo pedido e causa de pedir, para indagar acerca do interesse em ingressar na demanda. Nos autos
de nº 00004659020158140301, a Caixa Econômica (fls. 82) solicitou vistas dos autos para análise e
posteriormente poder afirmar se tem interesse ou não na causa. Por razões de economia processual e
celeridade na tramitação do feito, determino, desde já, nos presentes autos, a autorização para que a
Caixa Econômica Federal (CEF) retire os autos de Secretaria para consulta, pelo prazo de 10 (dez) dias.
Para tanto determino a intimação da Caixa Econômica Federal (CEF), na pessoa de seu representante, no
endereço Avenida Governador José Malcher, nº 2723, São Brás, Belém Pará, CEP: 66090-100, por Oficial
de Justiça. Quanto a devolução do Envelope de citação da Ré pelos correios (fls. 47) com o timbre de "não
cumprido", nos termos do art. 249 do CPC ("Art. 249. A citação será feita por meio de oficial de justiça nas
hipóteses previstas neste Código ou em lei, ou quando frustrada a citação pelo correio.") determino a
citação da Requerida CIC - Companhia Industrial de Construções, mediante Carta Precatória. Redesigno a
audiência marcada para o dia 11/04/2019, às10:00h para a data de 07/11/2019, às 12:00h. Cumpra-se as
demais determinações do despacho de fls. 42 e ss. Intime-se. Cumpra-se. Belém, 18 de fevereiro de 2019.
Alessandro Ozanan. Juiz de Direito. PROCESSO: 01075677420158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALESSANDRO OZANAN Ação: Usucapião em:
21/02/2019 REQUERENTE:MERCEDES MARIA CARDOSO PALMEIRA Representante(s): OAB 7171 -
ANELYSE SANTOS DE FREITAS (DEFENSOR) REQUERIDO:CIC COMPANHIA INDUSTRIAL DE
CONSTRUCOES ENVOLVIDO:TRADICAO COMPANHIA IMOBILIARIA Representante(s): OAB 9933 -
DANIEL LACERDA FARIAS (ADVOGADO) . 01075677420158140301 Trata-se de Ação de Usucapião
proposta por MERCEDES MARIA CARDOSO PALMEIRA. Quanto ao pedido da Caixa Econômica Federal
(FLS. 44), que requereu vistas dos autos para poder afirmar se tem interesse ou não na causa, defiro-o
para que a Caixa Econômica (CEF) retire os autos de Secretaria para consulta, no prazo de 10 (dez) dias.
Para tanto determino a intimação da Caixa Econômica Federal (CEF), na pessoa de seu representante, no
endereço Avenida Governador José Malcher, nº 2723, São Brás, Belém Pará, CEP: 66090-100, por Oficial
de Justiça. Junte, ao Ofício, a presente decisão. Cite-se a Requerida CIC - COMPANHIA INDUSTRIAL DE
CONSTRUÇÕES por Carta Precatória, por Carta Precatória. Redesigno a audiência marcada para o dia
26/03/2019, às 10:00h para a data de 06/11/2019, às 11:00h. Cumpra-se os demais itens do despacho de
fls. 32 dos autos. Intime-se. Cumpra-se. Belém, 18 de fevereiro de 2019. Alessandro Ozanan. Juiz de
Direito. PROCESSO: 01077227720158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALESSANDRO OZANAN Ação: Usucapião em:
21/02/2019 AUTOR:ROSIVALDO PANTOJA DOS SANTOS Representante(s): OAB 7171 - ANELYSE
SANTOS DE FREITAS (DEFENSOR) REU:CIC COMPANHIA INDUSTRIAL DE CONSTRUCOES
REQUERIDO:DIONE MONTEIRO DE CASTRO REQUERIDO:ANA REGINA DE SOUSA PIMENTA
REQUERIDO:JOAO UCHOA VIANA ENVOLVIDO:A CAIXA ECONOMICA FEDERAL Representante(s):
OAB 15498 - RENAN JOSE RODRIGUES AZEVEDO (ADVOGADO) . 01077227720158140301 Trata-se
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de Ação de Usucapião proposta por ROSIVALDO PANTOJA DOS SANTOS em face de CIC - Companhia
Industrial de Construções. Este Juízo determinou a expedição de ofício a Caixa Econômica Federal, não
só nestes autos, mas nos demais processos de Usucapião referentes a mesma área (Residencial
Carmelândia), com mesmo pedido e causa de pedir, para indagar acerca do interesse em ingressar na
demanda. Nos autos de nº 00004659020158140301, a Caixa Econômica (fls. 82) solicitou vistas dos autos
para análise e posteriormente poder afirmar se tem interesse ou não na causa. Por razões de economia
processual e celeridade na tramitação do feito, determino, desde já, nos presentes autos, a autorização
para que a Caixa Econômica Federal (CEF) retire os autos de Secretaria para consulta, pelo prazo de 10
(dez) dias. Para tanto determino a intimação da Caixa Econômica Federal (CEF), na pessoa de seu
representante, no endereço Avenida Governador José Malcher, nº 2723, São Brás, Belém Pará, CEP:
66090-100, por Oficial de Justiça. Quanto a devolução do Envelope de citação da Ré pelos correios (fls.
44) com o timbre de "não cumprido", nos termos do art. 249 do CPC ("Art. 249. A citação será feita por
meio de oficial de justiça nas hipóteses previstas neste Código ou em lei, ou quando frustrada a citação
pelo correio.") determino a citação da Requerida CIC - Companhia Industrial de Construções, mediante
Carta Precatória. Redesigno a audiência marcada para o dia 13/03/2019, às 09:00h para a data de
12/11/2019, às 09:00h. Cumpra-se as demais determinações do despacho de fls. 39 e ss. Intime-se.
Cumpra-se. Belém, 18 de fevereiro de 2019. Alessandro Ozanan. Juiz de Direito. PROCESSO:
01077296920158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ALESSANDRO OZANAN Ação: Usucapião em: 21/02/2019 REQUERENTE:SEBASTIANA GADELHA DE
OLIVEIRA Representante(s): OAB 7171 - ANELYSE SANTOS DE FREITAS (DEFENSOR)
REQUERIDO:CIC COMPANHIA INDUSTRIAL DE CONSTRUCOES. 01077296920158140301 Trata-se de
Ação de Usucapião proposta por SEBASTIANA GADELHA DE OLIVEIRA em face de CIC - Companhia
Industrial de Construções. 01- Recebo a Emenda a Inicial (fls. 19 e ss.). Vejo que a parte Autora juntou
declaração de não oposição de limites dos Confinantes RAQUEL, RAKKEL E ANA CÉLIA, faltando a
declaração do Confinante morador da Rua Joé Monteiro, nº 124, o que não for possível. Assim, determino,
por força do Princípio da Cooperação entre os sujeitos do Processo (art. 6º do CPC), no prazo de 15
(quinze) dias, sob pena de extinção do feito, que a parte Requerente indique, a este Juízo, o nome do
confinantes dos fundos, no prazo de 15 (quinze) dias. 02- Proceda a citação da parte Ré por Carta
Precatória, no endereço indicado na exordial. 03- Oficiem-se para que manifestem eventual interesse na
causa a União, o Estado e o Município, encaminhando-se a cada ente cópia da inicial e dos documentos
que a instruíram, inclusive a planta do bem (fls. 11). 04- Caso a CODEM (Companhia de Desenvolvimento
e Administração da Área Metropolitana de Belém) manifeste interesse no bem Usucapiendo, determino a
citação da mesma, nos termos do Código de Processo Civil, devendo a parte Requerente, caso queira,
apresentar réplica. 05- Somente após todas as diligências listadas, dê-se ciência ao Ministério Público.
Serve, a presente, como MANDADO, CARTA ou OFÍCIO Intime-se. Cumpra-se. Belém, 18 de fevereiro de
2019. Alessandro Ozanan. Juiz de Direito. PROCESSO: 01079704320158140301 PROCESSO ANTIGO: -
--- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALESSANDRO OZANAN Ação: Usucapião em:
21/02/2019 REQUERENTE:VANESSA BOTELHO DOS REIS Representante(s): OAB 7171 - ANELYSE
SANTOS DE FREITAS (DEFENSOR) REQUERIDO:CIC COMPANHIA INDUSTRIAL DE
CONSTRUCOES. 01079704320158140301 Trata-se de Ação de Usucapião proposta por VANESSA
BOTELHO DOS REIS em face de CIC - Companhia Industrial de Construções. 01- Recebo a Emenda a
Inicial (fls. 48 e ss.). 02- Vejo que foram juntadas Declarações de não oposição de Limites (fls. 55 e ss.),
juntamente com copias das carteiras de identidade dos confinantes, pelo que recebo como provas
documentais. 03- Oficiem-se para que manifestem eventual interesse na causa a União, o Estado e o
Município, encaminhando-se a cada ente cópia da inicial e dos documentos que a instruíram, inclusive a
planta do bem (fls. 12). 04- Caso a CODEM (Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área
Metropolitana de Belém) manifeste interesse no bem Usucapiendo, determino a citação da mesma, nos
termos do Código de Processo Civil, devendo a parte Requerente, caso queira, apresentar réplica. 05-
Vejo que a parte Requerida foi citada e apresentou defesa, pelo que determino que a parte autora se
manifeste quanto a Defesa da Ré. Ato continuo, manifeste-se sobre o pedido de Assistência Simples de
fls. 20. 06- Assim, nos termos dos artigos 357, 385, 455 e 459 do NCPC, designo audiência de Instrução
para o dia 14/11/2019, às 10:00 horas, devendo cada uma das partes trazer suas testemunhas,
independente de intimação, ou por intimação feita pelo advogado das partes, cabendo informarem as
testemunhas por eles arroladas do dia, da hora e do local da audiência designada, por carta com aviso de
recebimento, cumprindo ao procurador juntar aos autos, com antecedência de pelo menos 3 (três) dias da
data da audiência, cópia da correspondência de intimação e do comprovante de recebimento. 07- A
Empresa Tradição Companhia Imobiliária requereu ingresso na demanda sob alegação de interesse, por
ser supostamente titular da hipoteca, por força de recursos financeiros repassados pelo extinto BNH, sobre
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
a porção maior em que está inserido o Bem usucapiendo. Este Juízo determinou a expedição de ofício a
Caixa Econômica Federal nos demais processos de Usucapião referentes a mesma área (Residencial
Carmelândia - Alegações, sobre interesse em compor a Lide, da Empresa Tradição Companhia Imobiliária
- Recursos BNH), com mesmo pedido e causa de pedir da presente demanda, para indagar acerca do
interesse em ingressar na demanda. Nos autos de nº 00004659020158140301, a Caixa Econômica (fls.
82) solicitou vistas para análise e posteriormente poder afirmar se tem interesse ou não na causa. Por
razões de economia processual e celeridade na tramitação do feito, determino, desde já, nos presentes
autos, a autorização para que a Caixa Econômica Federal (CEF) retire os autos de Secretaria para
consulta, pelo prazo de 10 (dez) dias. Para tanto determino a intimação da Caixa Econômica Federal
(CEF), na pessoa de seu representante, no endereço Avenida Governador José Malcher, nº 2723, São
Brás, Belém Pará, CEP: 66090-100, por Oficial de Justiça. 08- Insira, no Sistema LIBRA, o nome dos
advogados da Empresa Tradição Companhia Imobiliária. 09- Somente após todas as diligências listadas,
dê-se ciência ao Ministério Público. Serve, a presente, como MANDADO, CARTA ou OFÍCIO Intime-se.
Cumpra-se. Belém, 18 de fevereiro de 2019. Alessandro Ozanan. Juiz de Direito. PROCESSO:
01180919620168140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ALESSANDRO OZANAN Ação: Procedimento Comum em: 21/02/2019 AUTOR:ORLEILSON RIBEIRO DA
SILVA Representante(s): OAB 53400 - ROBERTO CESAR GOUVEIA MAJCHSZAK (ADVOGADO)
REU:SEGURADORA LIDER CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT SA Representante(s): OAB 14351 -
MARILIA DIAS ANDRADE (ADVOGADO) OAB 16292 - LUANA SILVA SANTOS (ADVOGADO) . PODER
JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DA 6ª VARA CÍVEL E
E M P R E S A R I A L D A C A P I T A L
____________________________________________________________________________ TERMO
DE AUDIÊNCIA Às 11:00 horas do dia vinte e um do mês de fevereiro do ano de dois mil e dezenove, na
cidade de Belém, Capital do Estado do Pará, no Fórum Cível da Capital ? Fórum Daniel Coelho de Souza,
na Sala de Audiências do Juízo da 6º Vara Cível e Empresarial da Capital, perante o MM. Juiz de Direito
da Vara, Dr. ALESSANDRO OZANAN, juntamente comigo o servidor abaixo identificado, determinou que
fosse aberta Audiência de Conciliação, nos autos cíveis do PROCESSO Nº 0118091-96.2016.8.14.0301
da AÇÃO DE COBRANÇA proposta por ORLEILSON RIBEIRO DA SILVA em face de SEGURADORA
LIDER DOS CONÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S.A. Apregoadas as partes, ninguém compareceu.
DELIBERACÃO EM AUDIÊNCIA: Encaminhe-se a parte autora para realização de perícia, já deferida
através do Termo de Cooperação nº 021/2016-TJPA entre o Tribunal de Justiça e a Seguradora Líder ?
DPVAT. Em seguida, conclusos. Cumpram-se. Nada mais a registrar, lavrei o presente termo, que segue
devidamente assinado por mim. Eu,...................................., Analista Judiciário da 6ª Vara Cível desta
Capital. Juiz de Direito: _________________
declarado constitucional pelo STF no RE 612043 (tema 499), tem a sua incidência restrita às demandas
propostas por associações civis, na defesa dos interesses e direitos dos seus associados, não podendo tal
norma ser estendida às entidades sindicais. Neste sentido, trago à colação o seguinte julgado do Supremo
Tribunal Federal: ??RE 1159334 / RS - RIO GRANDE DO SUL, RECURSO EXTRAORDINÁRIO;
Relator(a): Min. CELSO DE MELLO; Julgamento: 30/10/2018; Publicação: PROCESSO ELETRÔNICO;
DJe-235 DIVULG 05/11/2018 PUBLIC 06/11/2018Partes:RECTE.(S) : WILSON GALLIADV.(A/S) :
CARLOS HORACIO BONAMIGO FILHOADV.(A/S) : ARTUR GARRASTAZU GOMES
FERREIRAADV.(A/S) : ALEXANDRE BUBOLZ ANDERSENADV.(A/S) : RAPHAEL HAUS
ZANETIRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA
NACIONALDecisão DECISÃO: O presente recurso extraordinário foi interposto por Wilson Galli contra
acórdão que, proferido pelo E. Tribunal Regional Federal da 4ª Região, está assim ementado:
?PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO INDIVIDUAL DE AÇÃO COLETIVA AJUIZADA POR SINDICATO.
POSSIBILIDADE. LEGITIMIDADE SINDICAL QUE BENEFICIA TODOS OS MEMBROS DA CATEGORIA
NA BASE TERRITORIAL. 1.O art. 2º-A da Lei 9.494/97, declarado constitucional pelo STF no RE 612043
(tema 499), tem a sua incidência restrita às demandas propostas por associações civis, na defesa dos
interesses e direitos dos seus associados, não podendo tal norma ser estendida às entidades sindicais.
2.O sindicato, como substituto processual, tem legitimidade extraordinária conferida pela Constituição, no
art. 8º, III, para defender judicialmente interesses coletivos de toda a categoria e não apenas de seus
filiados, não se exigindo apresentação de relação nominal dos filiados e de autorização expressa de cada
um deles. 3. Assim, a formação da coisa julgada nos autos de ação coletiva promovida por sindicato deve
beneficiar todos os membros da categoria, nos limites da base territorial do respectivo sindicato. 4. No
caso concreto, a sentença em ação coletiva obtida por sindicato que tem por base o estado da Bahia não
aproveita ao autor, que nunca teve ligação com aquela entidade e é residente em diverso estado da
federação. Tal limitação decorre do princípio da unicidade sindical (art. 8º, III da CF/88).? A parte
recorrente, ao deduzir o apelo extremo em questão, sustentou que o Tribunal ?a quo? teria transgredido
preceitos inscritos na Constituição da República. Sendo esse o contexto, passo a examinar a postulação
recursal em causa. E, ao fazê-lo, observo que o Supremo Tribunal Federal, apreciando a ocorrência, ou
não, de controvérsia alegadamente impregnada de transcendência, entendeu destituída de repercussão
geral a questão suscitada no ARE 796.473-RG/RS, Rel. Min. GILMAR MENDES, por tratar-se de litígio
referente a matéria infraconstitucional, fazendo-o em decisão assim ementada: ?PROCESSUAL CIVIL.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LIMITES TERRITORIAIS DA COISA JULGADA. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AOS
ARTIGOS 18 E 125 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INTERPRETAÇÃO DE NORMAS
INFRACONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA.? O não
atendimento desse pré-requisito de admissibilidade recursal, considerado o que dispõe o art. 322 do
RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, inviabiliza o conhecimento, no ponto, do
recurso extraordinário interposto pela parte ora recorrente. Cabe registrar, ainda, que incide, na espécie, o
enunciado constante da Súmula 279/STF, que assim dispõe: ?Para simples reexame de prova, não cabe
recurso extraordinário.? (grifei) Com efeito, para se acolher o pleito deduzido em sede recursal
extraordinária, tornar-se-ia necessário o reexame dos fatos e das provas constantes dos autos,
circunstância essa que obsta, como acima observado, o próprio conhecimento do apelo extremo, em face
do que se contém na Súmula 279/STF. A mera análise do acórdão recorrido torna evidente que o E.
Tribunal Regional Federal da 4ª Região, ao proferir a decisão questionada, fundamentou as suas
conclusões em aspectos fático- -probatórios: ?No caso concreto, a parte exequente, embora alegue ter
sido 'bancário no período entre 1989 e 1995, mantendo vínculo junto à Caixa de Previdência Privada do
Banco do Brasil (Previ)', não trouxe aos autos qualquer prova de que se enquadraria entre os beneficiados
pela respeitável sentença ? bancários do estado da Bahia em qualquer época. Assim, ainda que reste
superada a questão da competência jurisdicional para execução do título, no caso em tela, ante a
existência de delimitação específica dos efeitos da sentença, a parte exequente não comprovou sua
alegada legitimidade ativa, razão pela qual a sentença que indefere a inicial deve ser mantida.? Impende
registrar, por necessário, que o entendimento exposto na presente decisão tem sido observado em
julgamentos proferidos no âmbito desta Corte (RE 468.140-AgR/PE, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI
? RE 788.989-AgR/DF, Rel. Min. LUIZ FUX ? RE 1.154.048/PR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, v.g.): ?Agravo
regimental no recurso extraordinário. Processual civil. Prequestionamento. Ausência. Ação coletiva.
Limites territoriais da eficácia da decisão. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame.
Impossibilidade. Violação do princípioda reserva de plenário. Inexistência. Precedentes. 1. Inadmissível o
recurso extraordinário se o dispositivo constitucional que nele se alega violado não está devidamente
prequestionado. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2. A questão sobre a limitação territorial da
eficácia da decisão proferida em ação coletiva proposta por sindicato restringe-se ao âmbito
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infraconstitucional. 3. Agravo regimental não provido.? (RE 862.020-AgR/DF, Rel. Min. DIAS TOFFOLI)
Sendo assim, e em face das razões expostas, não conheço do recurso extraordinário, por manifestamente
inadmissível (CPC, art. 932, III). Não incide, neste caso, o que prescreve o art. 85, § 11, do CPC, ante a
ausência de condenação em verba honorária na origem. Publique-se. Brasília, 30 de outubro de
2018.Ministro CELSO DE MELLORelator (grifo nosso)?? I.II. O Autor pretende o chamamento ao processo
na qualidade de litisconsortes passivas a SEST ? Secretária de Coordenação de Governança das
Empresas Estatais e a PREVIC ? Superintendência Nacional da Previdência Complementar, preliminar
que rechaço, uma vez que estas não terão de suportar qualquer repercussão patrimonial de eventual
sentença de procedência dada nesta ação, não havendo qualquer interesse direto destas no deslinde da
causa. I.III. Ilegítima também é a Petrobrás para figurar no polo passivo da demanda na medida em que a
Petrobrás não faz parte da relação contratual de previdência privada estabelecida entre os substituídos
que a parte Requerente representa e a Fundação Petros, sendo a Petrobrás uma mera patrocinadora. A
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é consolidada no sentido de reconhecer a ilegitimidade
do(a) patrocinador(a) para figurar no polo passivo de litígios envolvendo participante e entidade de
previdência privada, conforme os seguintes julgados exemplificativos do entendimento: ??RECURSO
ESPECIAL. CIVIL. PREVIDÊNCIA PRIVADA. PATROCINADOR. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM.
ENTIDADE FECHADA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.
INAPLICABILIDADE. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA COMPLEMENTAR. CÁLCULO DA RENDA
MENSAL INICIAL. REGULAMENTO DA ÉPOCA DO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DO
BENEFÍCIO. INCIDÊNCIA. NORMAS REGULAMENTARES VIGENTES NA DATA DA ADESÃO.
AFASTAMENTO. DIREITO ADQUIRIDO. INEXISTÊNCIA. 1. Ação ordinária em que se discute se na
previdência complementar fechada o regime regulamentar para o cálculo da renda mensal inicial de
benefício de prestação programada e continuada é o da data da adesão do participante ou o da data do
cumprimento dos requisitos necessários à sua percepção.2.A orientação jurisprudencial desta Corte
Superior é no sentido de que o patrocinador não possui legitimidade para figurar no polo passivo de
demandas que envolvam participante e entidade de previdência privada, ainda mais se a controvérsia se
referir ao plano de benefícios, como a concessão de aposentadoria suplementar. Isso porque o
patrocinador e o fundo de pensão são dotados de personalidades jurídicas próprias e patrimônios distintos,
sendo o interesse daquele meramente econômico e não jurídico.3. O Código de Defesa do Consumidor
não é aplicável à relação jurídica mantida entre a entidade fechada de previdência privada e seus
participantes, porquanto o patrimônio da entidade e os respectivos rendimentos revertem-se integralmente
na concessão e manutenção do pagamento de benefícios, prevalecendo o associativismo e o mutualismo,
o que afasta o intuito lucrativo. Desse modo, o fundo de pensão não se enquadra no conceito legal de
fornecedor, devendo a Súmula nº 321/STJ ser aplicada somente às entidades abertas de previdência
complementar. Precedente.4. A relação jurídica estabelecida entre o participante e a entidade fechada de
previdência privada é de índole civil e não trabalhista, não se confundindo, portanto, com a relação
formada entre o empregador (patrocinador) e o empregado (participante). Assim, para a solução das
controvérsias atinentes à previdência privada, devem incidir, prioritariamente, as normas que a disciplinam
e não outras, alheias às suas peculiaridades.5. Seja sob a égide da Lei nº 6.435/1977 ou das Leis
Complementares nºs 108/2001 e 109/2001, sempre foi permitida à entidade fechada de previdência
privada alterar os regulamentos dos planos de custeio e de benefícios como forma de manter o equilíbrio
atuarial das reservas e cumprir os compromissos assumidos diante das novas realidades econômicas e de
mercado que vão surgindo ao longo do tempo. Por isso é que periodicamente há adaptações e revisões
dos planos de benefícios a conceder, incidindo as modificações a todos os participantes do fundo de
pensão após a devida aprovação pelos órgãos competentes (regulador e fiscalizador), observado, em
qualquer caso, o direito acumulado de cada aderente. Daí o caráter estatutário do plano de previdência
complementar, próprio do regime de capitalização.6. Não há falar em direito adquirido, mas em mera
expectativa de direito do participante, à aplicação das regras de concessão da aposentadoria suplementar
quando de sua admissão ao plano, sendo apenas assegurada a incidência das disposições
regulamentares vigentes na data em que cumprir todos os requisitos exigidos para obtenção do benefício,
tornando-o elegível.7. O participante de plano de aposentadoria complementar somente possuirá direito
adquirido a regime regulamentar de cálculo de renda mensal inicial de benefício suplementar quando
preencher os requisitos necessários à sua percepção, devendo ser ressalvado, entretanto, o direito
acumulado, que, na previdência privada, possui sentido estritamente financeiro: reservas constituídas pelo
participante ou reserva matemática, o que lhe for mais favorável (art. 15, parágrafo único, da Lei
Complementar nº 109/2001).8. Não há ilegalidade no ato da entidade de previdência privada que aplicou
fator redutor no cálculo da suplementação de aposentadoria do participante, visto que tão somente
observou o regulamento em vigor na ocasião em que foram implementadas todas as condições de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
elegibilidade do benefício, ou seja, em que o direito foi adquirido, sendo descabida a pretensão de revisão
da renda mensal inicial para fazer incidir fórmula não mais vigente, prevista em norma estatutária da época
da adesão ao plano, quando o que reinava era apenas a mera expectativa de direito.9. Recurso especial
provido?? (REsp 1443304/SE, T3, STJ, Rel. Min. Ricardo Villas Boas Cueva, j. 26/05/2015, DJe
02/06/2015) (grifo nosso). ??ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. PREVIDÊNCIA PRIVADA.
BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO COMPLEMENTAR. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. INEXISTÊNCIA.
DEVIDO ENFRENTAMENTO DAS QUESTÕES RECURSAIS. CUSTEIO DAS DESPESAS. OMISSÃO.
INEXISTÊNCIA. DEVIDO ENFRENTAMENTO DAS QUESTÕES RECURSAIS. INCONFORMAÇÃO COM
A TESE ADOTADA. RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DO BACEN
ENQUANTO PATROCINADOR. MANUTENÇÃO DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. ART. 27, §
10, DO ADCT.1. Inexiste violação do art. 535 do CPC quando a prestação jurisdicional é dada na medida
da pretensão deduzida, com enfrentamento e resolução das questões abordadas no recurso.2. Na
espécie, o Tribunal de origem consignou que "a questão da recomposição das reservas matemáticas
autariais sequer foi abordada pela douta sentença. Assim, se houve omissão foi da embargante que
deixou, no momento próprio, de questionar a matéria, que agora quer ver tardiamente apreciada."3. Na
verdade, no presente caso a questão não foi decidida conforme objetivava o recorrente, uma vez que foi
aplicado entendimento diverso ao pretendido, de modo que a irresignação traduz-se em inconformação
com a tese adotada.4.A "jurisprudência deste Tribunal é firme em afastar a legitimidade do(a)
patrocinador(a) para figurar no polo passivo de litígios envolvendo participante e entidade de previdência
privada, em que se discute matéria referente a plano de benefícios (complementação de aposentadoria,
aplicação de índices de correção monetária, resgate de valores vertidos ao fundo, dentre outros temas)"
(AgRg no AREsp 295.151/MG, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em
19/9/2013, DJe 30/9/2013).5. Em que pese o reconhecimento da ilegitimidade passiva ad causam do
BACEN, remanescendo no feito como legitimada passiva tão somente a FUNDAÇÃO BANCO CENTRAL
DE PREVIDÊNCIA PRIVADA - CENTRUS, deve ser mantida a competência da Justiça Federal para
prosseguimento da presente ação, por força do art. 27, § 10, do ADCT. Agravo regimental improvido??
(AgRg nos EDcl no REsp 147447/RJ, T2, STJ, Rel. Min. Humberto Martins, j. 15/09/2015, DJe 23/09/2015)
(grifo nosso). Os Tribunais pátrios também decidiram: ??TJPB-0045746) AÇÃO DE COMPLEMENTAÇÃO
DE BENEFÍCIO SUPLEMENTAR. PREVIDÊNCIA PRIVADA. EMPREGADO APOSENTADO DA
PETROBRAS. PEDIDO DE IMPLANTAÇÃO E PAGAMENTO RETROATIVO DA PARCELA
DENOMINADA PL/DL 1971. PROCEDÊNCIA. APELAÇÕES DA PETROBRAS E DA PETROS.
PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. LEGITIMATIO APENAS DA ENTIDADE
PREVIDENCIÁRIA. ILEGITIMIDADE DA PATROCINADORA. ACOLHIMENTO COM RELAÇÃO À
PETROBRAS E REJEIÇÃO QUANTO À PETROS. MÉRITO. BENEFÍCIO PL/DL-1971. EXTENSÃO AOS
INATIVOS. IMPOSSIBILIDADE. VERBA QUE NÃO INTEGRA A BASE DE CÁLCULO DA
CONTRIBUIÇÃO E NÃO ESTÁ PREVISTA NO PLANO DE BENEFÍCIOS. PRECEDENTES DO STJ.
IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. PROVIMENTO DOS RECURSOS. 1."ESTA CORTE POSSUI O
ENTENDIMENTO DE QUE O PATROCINADOR NÃO TEM LEGITIMIDADE PARA FIGURAR NO POLO
PASSIVO DAS LIDES INSTAURADAS ENTRE A ENTIDADE FECHADA DE PREVIDÊNCIA PRIVADA E
BENEFICIÁRIOS DOS SEUS PLANOS DE BENEFÍCIOS." (AGINT NO RESP 1.573.570/RJ, REL.
MINISTRO MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, JULGADO EM 23.08.2016, DJE 31.08.2016)2. A
TERCEIRA TURMA DESTA CORTE, NO JULGAMENTO DO RESP Nº 1.617.166/SE, DE RELATORIA
DO EM. MIN. RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, FIRMOU ORIENTAÇÃO DE QUE. 1) a Segunda Seção
desta Corte, no julgamento de Recurso Repetitivo (REsp nº 1.425.326/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE
SALOMÃO, DJe 01.08.2014), consolidou o entendimento de que é vedado o repasse de abonos e
vantagens de qualquer natureza para os benefícios em manutenção, não se afigurando possível a
concessão de parcela não prevista no correspondente plano de benefícios, à míngua da necessária fonte
de custeio; 2) a verba PL/DL-1971 não foi base de cálculo para a contribuição para a PETROS, o que, por
si só, já afasta a pretensão ao recebimento da referida parcela; e, 3) o pleito de suplementação de
aposentadoria, mediante a inclusão de valores, independentemente de prévio custeio para o plano, é
incompatível com o princípio do mutualismo, inerente ao regime fechado de previdência privada, assim
como a legislação pertinente, visto que enseja a transferência direta de reservas financeiras para
pagamento de benefício não provisionado, mecanismo que compromete o cálculo atuarial, a reserva
matemática e, por fim, a própria continuidade do plano de benefícios. (AgInt no REsp 1.633.082/SE, Rel.
Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 21.02.2017, DJe 09.03.2017). (Apelação nº
0000777-44.2014.815.0731, 4ª Câmara Especializada Cível do TJPB, Rel. Romero Marcelo da Fonseca
Oliveira. DJe 19.06.2017)?? (grifo nosso). ??TJSP-2068954) PREVIDÊNCIA PRIVADA - EXTINÇÃO DO
FEITO, SEM JULGAMENTO DO MÉRITO, NOS TERMOS DO ART. 485, INC. VI DO CPC EM RELAÇÃO
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EDITAL DE CITAÇÃO COM PRAZO DE TRINTA (30) DIAS - O Dr. ROBERTO CEZAR OLIEIRA
MONTEIRO-Juiz de Direito da 7ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Belém, Estado do Pará, no uso
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
de suas atribuições legais, etc... FAZ SABER a todos quantos o presente EDITAL virem
ou dele notícia tiverem que por este Juízo e expediente do Cartório do 7º Ofício Cível desta Comarca,
processam-se os termos de uma ação ORDINARIA (Proc. nº 00724598120158140301) em que IACI
CARVALHO CAMPELO move contra DAVI NETO, qualificação desconhecida, atualmente em lugar
incerto e não sabido, e por este meio fica CITADO(a), para, ciência de todos os termos da ação e para
comparecer perante este Juízo, que funciona no prédio principal do Fórum Cível, 3º andar, na Praça Felipe
Patroni s/n, no dia 26/03/2019, às 09.00 horas, acompanhados de advogado legalmente habilitado, para
audiência de conciliação, alertando-se de que se não houver auto-composição ou qualquer parte não
comparecer, o prazo para oferecer contestação é de 15 (quinze) dias, e terá início a partir da audiência ou,
se o caso, da última sessão de conciliação (art. 335, I, CPC). Se não contestar, presumir-se-ão
verdadeiras as alegações de fato formuladas pela parte autora (art. 344, CPC), podendo ainda informar
seu desinteresse na realização do ato acima designado, caso em que seu prazo para contestar será
contado na forma do art. 335, II, do CPC. Ficando ciente de que o comparecimento em audiência
acompanhadas de advogado é obrigatório, e que a ausência injustificada caracteriza ato atentatório à
dignidade da justiça a ser sancionado com multa de até 2% (dois por cento) da vantagem econômica
pretendida ou do valor da causa (art. 334, § 8º, CPC). As partes, no entanto, podem constituir
representantes por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir (art.334, § 10,
CPC). E para que chegue ao conhecimento de todos e ninguém possa alegar ignorância, expede-se o
presente EDITAL que será afixado no local público de costume e publicado conforme determina a Lei.
Dado e passado nesta cidade de Belém, Estado do Pará, aos 21 dias do mês de fevereiro de 2019.
Eu,(Ideraldo Bellini, diretor de Secretaria, digitei e subscrevi.
de Processo Civil de julgamento dos processos por ordem cronológica de conclusão, justifica-se o
julgamento deste feito de forma prioritária tendo em vista que o tema em discussão já foi sedimentado
pelos Tribunais, possibilitando o julgamento de processos em bloco em consonância ao que dispõe o art.
12, § 2º, II do CPC. Tendo em vista que o conjunto probatório colacionado aos autos é suficiente
para a formação do convencimento do juízo, sendo desnecessária a produção de outras provas, promovo
o julgamento antecipado dos pedidos, nos termos do art. 355, I, do CPC. Passo a análise da
preliminar de ilegitimidade passiva ad causam da incorporadora. Alega uma das rés ser parte
ilegítima para figurar no polo passivo da presente ação. A legitimidade para a causa é, segundo a
doutrina, a pertinência subjetiva para a demanda. No caso dos autos, tendo em vista que o réu participou
da cadeia de produção, comercialização e circulação do bem, deve, também, ocupar o polo passivo da
presente demanda (art. 7º, parágrafo único, do CDC). Ademais, saber se o mesmo tem ou não
responsabilidade é questão de mérito, e como tal será apreciada em momento oportuno. Destarte,
rejeito a preliminar. Passo ao exame do mérito uma vez presentes os pressupostos processuais e
os requisitos de admissibilidade da demanda. Trata-se de Ação de Rescisão Contratual c/c
Indenização por Danos Materiais e Morais por Atraso em Entrega de Imóvel. Compulsando os autos
infere-se que não há qualquer controvérsia acerca do contrato entabulado entre as partes, bem como do
atraso na entrega do imóvel, cingindo-se a controvérsia à responsabilidade ou não dos réus pelo referido
atraso. Passo a análise das seguintes questões: 1. Relação de consumo: O caso em tela
demonstra, claramente, a existência de relação de consumo entre as partes, amoldando-se elas aos
conceitos de consumidor e de fornecedor, previstos, respectivamente, nos artigos 2º e 3º, da Lei 8.078/90.
Há, portanto, em relação aos autos, clara vulnerabilidade (técnica, jurídica, fática e informacional)
frente aos réus. O enquadramento do autor como consumidor se dá, sobretudo, pelo fato de que a
cadeia de produção e comercialização do bem encerrou-se em suas mãos. Nesse sentido é o
entendimento do Superior Tribunal de Justiça. Portanto, deve aplicar ao caso o Código de Defesa
do Consumidor. 2. Prazo de tolerância de 180 (cento e oitenta) dias e atraso na entrega da unidade
imobiliária: No caso vertente, não há qualquer dúvida acerca do atraso relativo à entrega da unidade
imobiliária objeto do contrato, sendo tal fato incontroverso. À luz do art. 389 do Código Civil o não
cumprimento da obrigação implica a responsabilização do devedor por perdas e danos, juros, atualização
monetária e honorários de advogado. De igual forma, o art. 393 do mesmo diploma legal, dispõe que o
devedor somente não responderá quando os prejuízos resultarem de caso fortuito ou força maior.
Entretanto, cabe destacar que a previsão contratual de prazo de tolerância de 180 (cento e oitenta)
dias mostra-se razoável ao negócio jurídico em tela, tendo em vista que estamos diante de produto
complexo e a referida prorrogação tem a finalidade de fazer frente às intercorrências comuns em obras do
porte da realizada pelos réus pois há a ocorrência de eventuais imprevistos atinentes à construção,
incluindo a morosidade administrativa na expedição do Habite-se, configuram a razão pela qual se admite
a referida prorrogação. Logo, tal consideração, além de amparada na jurisprudência pauta-se em um
critério de razoabilidade. Acompanhando o mesmo princípio, não é razoável qualquer argumento
que pretenda justificar um atraso além da prorrogação já admitida, uma vez que as empresas devem
realizar estudos ambientais e de mercado e, no caso em epígrafe, não há qualquer fato que se apresente
como excludente de responsabilidade. Ademais, conforme entendimento do STJ, atrasos na
conclusão da obra decorrentes de escassez de mão de obra, greve ou mesmo burocracia da
Administração Pública não podem ser caracterizados como caso fortuito ou força maior. Trata-se de
situação que diz respeito aos riscos da própria atividade do fornecedor (fortuito interno). Assim sendo,
caracterizado está o inadimplemento contratual do réu em razão do atraso na entrega da unidade
imobiliária. 3. Devolução integral das parcelas: Tratando-se de resolução contratual fundada no
inadimplemento por culpa exclusiva da construtora e não por desistência ou inadimplemento do
promissário comprador, a devolução integral das parcelas é medida que se impõe. Nesse sentido
foi aprovada pelo Superior Tribunal de Justiça em 26/08/2015 a Súmula n. 543, in verbis: Na hipótese de
resolução de contrato de promessa de compra e venda de imóvel submetido ao Código de Defesa do
Consumidor, deve ocorrer a imediata restituição das parcelas pagas pelo promitente comprador -
integralmente, em caso de culpa exclusiva do promitente vendedor/construtor, ou parcialmente, caso tenha
sido o comprador quem deu causa ao desfazimento. Assim sendo, em outras palavras, resolvendo-
se o contrato, as partes devem retornar ao status que ante. Deve, portanto, ser restituída ao autor a
quantia por ele paga sem qualquer retenção por parte das rés. 4. Perdas e danos (lucros cessantes):
No caso dos autos, tendo o autor cumprido a sua obrigação contratual e, por outro lado, sendo
impossibilitado de desfrutar do bem em razão do atraso na entrega do imóvel, deixou de auferir um lucro
almejado, fazendo jus, portanto, à compensação financeira por lucros cessantes. Vejamos a
jurisprudência: RECURSO ESPECIAL. COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA. COMISSÃO DE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
LUZIA ANGELICA SANTOS SANCHESEndereço: Travessa Barão do Triunfo, 3161, Torre Triunfo, apt
302-A, Marco, BELéM - PA - CEP: 66093-050Nome: JONES FIDELQUINO DE OLIVEIRA
BARROSEndereço: Travessa Barão do Triunfo, 3161, Torre Triunfo, apt 502-A, Marco, BELéM - PA - CEP:
66093-050Nome: ELBELENE NUNES DA SILVA BARROSEndereço: Travessa Barão do Triunfo, 3161,
Torre Triunfo, apt. 502-A, Marco, BELéM - PA - CEP: 66093-050Nome: JOSE ROBERTO ARBAGE
BRITOEndereço: Travessa Barão do Triunfo, 3161, Torre Triunfo, Apt. 502-A, Marco, BELéM - PA - CEP:
66093-050Nome: JORGE SERRA DE ALMEIDAEndereço: Travessa Barão do Triunfo, 3161, Torre
Triunfo, apt. 1801-A, Marco, BELéM - PA - CEP: 66093-050Nome: JOANA RITA AVELAR DE
ALMEIDAEndereço: Travessa Barão do Triunfo, 3161, Torre Triunfo, apt. 1801-A, Marco, BELéM - PA -
CEP: 66093-050Nome: ADEMAR DA SILVA FIGUEIREDOEndereço: Travessa Barão do Triunfo, 3161,
Torre Triunfo, apt. 502-B, Marco, BELéM - PA - CEP: 66093-050Nome: ANA CLAUDIA DANTAS
FIGUEIREDOEndereço: Travessa Barão do Triunfo, 3161, Torre Triunfo, Apt. 502-B, Marco, BELéM - PA -
CEP: 66093-050Nome: ABELARDO RUFINO BARGES JUNIOREndereço: Travessa Barão do Triunfo,
3161, Marco, BELéM - PA - CEP: 66093-050RÉU: Nome: BANCO BRADESCO SAEndereço: Banco
Bradesco S.A., Rua Benedito Américo de Oliveira, s/n, Vila Yara, OSASCO - SP - CEP: 06029-900Nome:
HARMONICA INCORPORADORA LTDAEndereço: Rua João Balbi, 167, sala 07, Nazaré, BELéM - PA -
CEP: 66055-280 Tratam-se dos autos da AÇÃO DE DESCONSTITUIÇÃO DE HIPOTECA C/C
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA movida por ANTONIO
CARLOS MONTEIRO LEMOS, MARCIA IRACEMA RIBAS DA ROCHA LEMOS e outros. Em face de
BANCO BRADESCO S.A, e HARMONICA INCORPORADORA LTDA.As autoras juntaram amplo lastro
probatório aos autos, tendo sido, inclusive, ingressado na lide posteriormente dois novos litigantes,
conforme Id. 8607515, que padecem do mesmo transtorno, qual seja, de verem seus imóveis ?
devidamente quitados ? gravados com o ônus hipotecário. Vieram presente este juízo pedirem em sede de
urgência a desconstituição do ônus em comento, tendo em vista o pagamento das respectivas unidades
residenciais situadas no condomínio ?Torre Triunfo?.Conforme se depreende nos autos, todos os autores
cumpriram com suas obrigações firmadas em contrato, inclusive recebendo suas respectivas unidades,
porém, mesmo passando para a maioria mais de 30 (trinta) meses do adimplemento, com exceção dos
últimos litigantes que foram de 5 (cinco) meses, os imóveis ainda continuam gravados com ônus
hipotecário, ou seja, não houve baixa da inscrição da hipoteca por parte da construtora perante cartório
oficial.Sem mais aprofundamentos factuais, pois além de simples, o caso sustenta-se com amplo suporte
probatório documental,DECIDO:A matéria se revela bastante simples em relação ao pedido de
antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional, pois, a conduta do requerido viola normas básicas que
protegem o consumidor.Além do mais, a matéria tratada encontra-se sumulada pelo STJ através da
Súmula 308, vejamos : ?A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior
à celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel.?Os
argumentos acima se revelam suficientes não só para demonstrar a plausibilidade do direito dos autores,
requisito exigido pelo art. 303 do Código de Processo Civil, ou seja, os fatos articulados, ancorados na
prova documental que acompanha a inicial, mostram algo mais do que um bom direito premente de
violação. Os títulos de quitação dos respectivos imóveis acostados aos autos eletrônicos demonstram a
satisfação da obrigação, não tendo porque ainda estar agravada com ônus aos adquirentes a afetação
hipotecária que em seus imóveis subjazem.É fundado o receio de dano.A persistir a situação atual os
autores não poderão, por exemplo, alienar o imóvel de sua propriedade, o que certamente lhes acarretará
prejuízos. A antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional, repito, reclama o convencimento do juiz acerca
da verossimilhança da alegação, ou juízo plausível de certa e ? conjunção aditiva ? existência de dano de
difícil ou impossível reparação.Segundo Marinoni e Arenhart (2007: 209): ?A verossimilhança a ser exigida
pelo juiz, contudo, deve observar: (i) o valor do bem jurídico ameaçado, (ii) a dificuldade de o autor provar
sua alegação, (iii) a credibilidade da alegação, de acordo com as regras de experiência, e (iv) a própria
urgência descrita. Quando se fala em antecipação de tutela, pensa-se em uma tutela que deve ser
prestada em tempo inferior àquele que será necessário para o término do procedimento. Como a principal
responsável pelo gasto do tempo no processo é a produção da prova, admite-se que a tutela seja
concedida antes que as provas requeridas pelas partes tenham sido produzidas (tutela antecipada). Nesse
sentido, afirma-se que a tutela é concedida com a postecipação da produção da prova, ou com a
postecipação do contraditório.Em casos como estes, ?prova inequívoca? somente pode significar a prova
formalmente perfeita, cujo tempo para produção não é incompatível com a imediatidade em que a tutela
deve ser concedida. A prova não pode ser designada de ?prova de verossimilhança? ou de ?prova de
certeza?. Quando o procedimento deve prosseguir para que outras provas sejam produzidas, há formação
de uma espécie de juízo, o qual deveria ser qualificado como ?juízo provisório?, mas é chamado de ?juízo
de verossimilhança?Falar que a prova deve formar um ?juízo de verossimilhança?, como preceitua a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
legislação, constitui tautologia. Isso porque toda prova, esteja finalizado ou não o procedimento, só pode
permitir a formação de um ?juízo de verossimilhança? quando se parte da concepção de que a verdade a
algo absolutamente intangível. Entretanto, se por ?juízo de verossimilhança? deseja-se significar juízo não
formado com base na plenitude de provas e argumentos das partes, o mais correto é falar de ?juízo-
provisório.?. Candido Rangel Dinamarco, por se turno, leciona que: "A técnica engendrada pelo novo art.
273 consiste em oferecer rapidamente a quem veio ao processo pedir determinada solução para a
situação que descreve, precisamente aquela solução para situação que descreve, precisamente aquela
solução que ele veio ao processo pedir. Não se trata de obter medida que impeça o perecimento do
direito, ou que assegure ao titular a possibilidade de exercê-lo no futuro. A medida antecipatória conceder-
lhe-á o exercício do próprio direito afirmado pelo autor. Na prática, a decisão com que o juiz concede a
tutela terá, no máximo, o mesmo conteúdo do dispositivo da sentença que concede a definitiva e a sua
concessão equivale, mutatis mutandis, à procedência da demanda inicial ? com a diferença fundamental
representada pela provisoriedade.? ("A Reforma do Código de Processo Civil", São Paulo: Malheiros, 1ª
ed., 1995, p. 139/140). Feita as análises jurisprudências e doutrinárias necessárias, é mister passar para a
etapa de apreciação, sendo assim, confirmo que todos os elementos de direito e de fato que autorizam a
antecipação do julgamento estão presentes, como esclareci na fundamentação, por isso,antecipo os
efeitos da tutela jurisdicional, nos termos do art. 300, §2º, do Código de Processo Civil, determinando às
rés que ultimem a imediata liberação das hipotecas registradas nas unidades imobiliárias mencionadas,
junto ao Cartório de Registro de Imóveis do 1º Ofício, sob pena de aplicação de multa diária no valor de
R$ 10.000 (dez mil reais) por dia, tendo em vista o arbitramento desta em face do valor da causa. Os
demais pedidos serão apreciados em tempo oportuno. Além dos autores colacionados na exordial, seja
levado a conhecimento dos demandados a emenda acostada em Id.8607515, ingressando na lide
RENATA AUGUSTA REZENDE SAMPAIO e FRANCISCO SAMPAIO FROTA NETO, conforme contrato
firmado com a empresa Construtora Leal Moreira, respondendo na qualidade de vendedora a ré
HARMÔNICA INCORPORADORA S/A, conforme consta em Id. 8607527. Intime-se os réus desta
decisão,citando-os para contestar o pedido, querendo, no prazo de 15 dias, sob pena de revelia e
confissão quanto à matéria de fato, podendo ser utilizada a cópia desta decisão como mandado de
intimação e citação, conforme Provimento 003/2009 da Corregedoria de Justiça das Comarcas da Região
Metropolitana de Belém.Intimar e cumprir. Belém, 21 de fevereiro de 2019 MARCO ANTONIO LOBO
CASTELO BRANCOJuiz de Direito da 8ª Vara Cível e Empresarial da Capital Praça Felipe Patroni, S/N,
FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260
Vistos etc.Trata-se deAÇÃO DE BUSCA E APREENSÃOde veículo automotor ajuizado com fundamento
no Decreto-Lei 911, de 01/10/1969.As apartes estão devidamente identificadas na inicial.O autor sustenta
que concedeu o requerido financiamento para aquisição do veículo descrito da inicial, que deveria ser
pago na forma e condições contratualmente estabelecidas, as quais não estão sendo cumpridas pela ré,
tendo sido notificada extrajudicialmente.Requereu a concessão da liminar a procedência do pedido.É o
relatório. Decido.O art. 3º do DL 911/69 impõe a concessão da liminar diante da mora, cuja prova se faz
pela notificação (art. 2º § 2º), juntada aos autos pelo requerente e enviada para o endereço da parte
requerida, o que se mostra suficiente (RECURSO ESPECIAL Nº 897.593 ? SP e AgRg no RECURSO
ESPECIAL Nº 752.529 ? RS).No sentido da firmação acima, reproduzo a menta do AgRg no Resp.
752.529 ? MS:AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. BUSCA E APREENSÃO.
VENCIMENTO DO PRAZO. CARACTERIZAÇÃO DA MORA. NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL.
OCORRÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. APLICAÇÃO DE MULTA.1. Constituído em
mora o devedor, seja por meio de notificação extrajudicial ou protesto de título, é de rigor a concessão da
liminar na ação de busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente.2. Agravo regimental não-
provido.Assimdefiro a liminar e determino a busca e apreensão do veículo, que deve ser depositado com o
representante legal do requerente ou quem por ele for indicado por escrito.No prazo de5 (cinco)
diasdepois de executada a liminar a requerida?poderá pagar a integralidade da dívida pendente,segundo
os valores apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na qual o bem lhe será restituído livre do
ônus?.A requerida poderá apresentar resposta, no prazo de 15 (quinze) dias, contados do cumprimento da
liminar, ficando ciente que não o fazendo serão presumidos como verdadeiros os fatos alegados na
petição inicial (art. 344, CPC), permitindo o julgamento antecipado, nos termos do art. 355 do Código de
Processo Civil.A cópia desta decisão servirá como mandado de citação e intimação, nos termos do
Provimento n.º03/2009-CJRMB, de 22.01.2009.Cite-se. Intime-se. Cumpra-se.Expeça-se o
necessário.Belém, 22 de fevereiro de 2019 MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCOJuiz de Direito
da 8ª Vara Cível e Empresarial da Capital Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade
Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-260
cópia desta decisão servirá como mandado de citação e intimação, nos termos do Provimento n.º03/2009-
CJRMB, de 22.01.2009.Cite-se. Intime-se. Cumpra-se.Expeça-se o necessário.Belém, 22 de fevereiro de
2019 MARCO ANTONIO LOBO CASTELO BRANCOJuiz de Direito da 8ª Vara Cível e Empresarial da
Capital Praça Felipe Patroni, S/N, FÓRUM CÍVEL - 2º ANDAR, Cidade Velha, BELéM - PA - CEP: 66015-
260
ocasionando um prejuízo no valor de R$ 618.039,24 (Seiscentos e dezoito mil, trinta e nove reais e vinte e
quatro centavos). Dessa forma, requerem a título de cautelar antecedente o registro de protesto contra
alienação de bens que porventura existam no nome da requerida, com a respectiva comunicação aos 1º e
2º Ofícios de Registro de Imóveis da Comarca de Belém/PA; o Bloqueio dos veículos da mesma via
RENAJUD e Bloqueio de contas bancárias e aplicações financeiras via BACENJUD, com aplicação de
multa diária no caso de descumprimento. Juntou documentos. Brevemente relatado,passo a decidir.Os
requisitos para a concessão da tutela de urgência de natureza cautelar antecedente, segue o disposto no
art. 300 e 305 do CPC/2015, quais sejam, a exposiçãosumária do direito que se objetiva assegurar, com a
respectiva probabilidade do direito, e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Assim, com
base nessas condições, passo a analisar o pedido liminar das requerentes.Conforme se pode observar, as
requerentes objetivam, a título de concessão de tutela de urgência de natureza cautelar antecedente, o
bloqueio dos bens da requerida, como forma de garantir o resultado útil do processo de Ação de Exclusão
de Sócios que será movida posteriormente. Quanto a probabilidade do direito, verifico que o relatório de
auditoria juntado no ID 7631254, atesta a verossimilhança das alegações feitas pelos requerentes,
demonstrando a probabilidade de seus direitos. Por outro lado, os mesmos não lograram demonstrar que
a requerida tenha a intenção de se desfazer de patrimônio, aliás, sequer indicaram os bens pertencentes a
mesma, razão pela qual entendo que não foi preenchido o requisito do perigo de dano. Dessa forma, por
entender que não estão presentes todos os requisitos da medida liminar,INDEFIROa tutela de urgência
cautelar antecedente. Em razão dos requerentes não terem manifestado interesse na realização de
audiência de conciliação e mediação, deixo de designa-la. Intime-se e Cite-se a requerida para que
apresente defesa no prazo legal. A cópia desta decisão servirá como mandado. Belém, 20 de fevereiro de
2019. LAILCE ANA MARRON DA SILVA CARDOSOJUÍZA DE DIREITO TITULAR DA 9ª VARA CÍVEL E
EMRESARIAL DE BELÉM
Nome: GABRIELLA DINELLY RABELO MARECOOAB: 4943PA Participação: ADVOGADO Nome: LENON
WALLACE IZURU DA CONCEICAO YAMADAOAB: 14618/PA Participação: ADVOGADO Nome: JORGE
LUIZ FREITAS MARECO JUNIOROAB: 8726 Participação: RÉU Nome: VIVER INCORPORADORA E
CONSTRUTORA S.A. Participação: ADVOGADO Nome: GABRIELLA DINELLY RABELO MARECOOAB:
4943PA Participação: ADVOGADO Nome: LENON WALLACE IZURU DA CONCEICAO YAMADAOAB:
14618/PA Participação: ADVOGADO Nome: JORGE LUIZ FREITAS MARECO JUNIOROAB:
8726Tribunal de Justiça do Estado do ParáFórum Cível de BelémSecretaria da 9ª Vara Cível e
Empresarial [Perdas e Danos, Indenização por Dano Material, Práticas Abusivas]PROCEDIMENTO
COMUM CÍVEL (7)AUTOR: RIVALDO COSTA CARDOSO JUNIORTendo em vista aCONTESTAÇÃO
TEMPESTIVAcom documentos apresentados e juntados aos presentes autos, diga a parte autora em
réplica através de seu advogado (a) no prazo de QUINZE dias. (Prov. 006/2006 da CJRMB). De ordem,
em 22 de fevereiro de 2019 __________________________________________SERVIDOR 9ª VARA
CÍVEL E EMPRESARIAL
artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal?. Servirá a presente, por cópia
digitada, como mandado de busca e apreensão e citação, nos termos dos Provimentos nºs. 003 e
011/2009 ? CJRMB. Intime-se. Diligencie-se. Belém, 20 de fevereiro de 2019 LAILCE ANA MARRON DA
SILVA CARDOSOJuíza de Direito
decisão servirá como mandado.Belém, 15 de maio de 2018. LAILCE ANA MARRON DA SILVA
CARDOSOJuíza de Direito Titular da 9ª Vara Cível
custas finais no prazo (15) quinze dias, SOB PENA DE INSCRIÇÃO DO DÉBITO EM DÍVIDA ATIVA.
Belém, 21 de fevereiro de 2019 Adriano moda silva analista judiciário
PROCESSO: 00091903020038140301 PROCESSO ANTIGO: 200310126815
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANO MODA SILVA Ação: Execução de Título
Extrajudicial em: 21/02/2019---AUTOR:UNIAO DE ENSINO SUPERIOR DO PARA Representante(s):
OAB 8975 - CLAUDIA DOCE SILVA COELHO DE SOUZA (ADVOGADO) OAB 7108 - LEILA MASOLLER
WENDT (ADVOGADO) ADVOGADO:LEILA WENDT REU:FABIO JOSE DE OLIVEIRA MORAES. ATO
ORDINATÓRIO Com fundamento no artigo 152, inciso VI do Código de Processo Civil vigente, artigo 09º,
§ 3º da Lei Estadual nº. 8.328 de 29/12/2015 e no provimento nº 006/2006 da CJRMB, tomo a seguinte
providência: Fica(m) intimada(s) a(s) REQUERIDA/EXECUTADA(s), através de seus advogados, para
pagamento das custas finais no prazo (15) quinze dias, SOB PENA DE INSCRIÇÃO DO DÉBITO EM
DÍVIDA ATIVA. Belém, 21 de fevereiro de 2019 Adriano moda silva analista judiciário
PROCESSO: 00112309120138140301 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CAMILA CAMPOS DE SOUZA Ação: Procedimento
Comum em: 21/02/2019---AUTOR:BANCO DO BRASIL SOCIEDADE ANONIMA Representante(s): OAB
17895 - ANA AMELIA LANGANKE PEDROSO (ADVOGADO) REU:LABODENTAL IMPORTADORA
LTDA Representante(s): OAB 12071-A - VIRNA DO SOCORRO RODRIGUES C. A. LINS (ADVOGADO)
REU:PEDRO PEREIRA PESSOA FILHO Representante(s): OAB 12071-A - VIRNA DO SOCORRO
RODRIGUES C. A. LINS (ADVOGADO) REU:ANA RAQUEL SILVA PESSOA Representante(s): OAB
12071-A - VIRNA DO SOCORRO RODRIGUES C. A. LINS (ADVOGADO) OAB 20589 - WANDERLEY
SANTOS DE AMORIM (ADVOGADO) . Ato Ordinatório. Em cumprimento ao disposto no art. 1º, § 2º,
inciso XXII, do Provimento 006/2006 da CRMB, intimem-se as partes sobre o retorno dos autos do E.
Tribunal de Justiça do Pará, a fim de que, querendo, procedam aos requerimentos que entenderem
pertinentes, no prazo de 15 (quinze) dias. Belém, 21 de fevereiro de 2019 CAMILA CAMPOS DE SOUZA
ANALISTA JUDICIÁRIO
PROCESSO: 00134597219968140301 PROCESSO ANTIGO: 199610213864
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANO MODA SILVA Ação: Execução de Título
Extrajudicial em: 21/02/2019---ADVOGADO:ANA CRISTINA SOARES AUTOR:BANCO DO ESTADO DE
SAO PAULO Representante(s): JOAO MARCELO FONSECA MARTINS (ADVOGADO) REU:ICA -
INDUSTRIA E NEVEGACAO LTDA. ADVOGADO:JORGE MAURO OLIVEIRA MEDEIROS
REU:MAURICIO GUILHERME DUARTE ALBUQUERQUE. ATO ORDINATÓRIO Com fundamento no
artigo 152, inciso VI do Código de Processo Civil vigente, artigo 09º, § 3º da Lei Estadual nº. 8.328 de
29/12/2015 e no provimento nº 006/2006 da CJRMB, tomo a seguinte providência: Fica(m) intimado(s) o(s)
AUTOR/REQUERENTE/EXEQUENTE(s) através de seus advogados, para pagamento das custas finais
no prazo de (15) quinze dias, SOB PENA DE INSCRIÇÃO DO DÉBITO EM DÍVIDA ATIVA. Belém,
$DTHOJE ADRIANO MODA SILVA ANALISTA JUDICÍARIO
PROCESSO: 00216164920148140301 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CAMILA CAMPOS DE SOUZA Ação: Despejo por
Falta de Pagamento Cumulado Com Cobrança em: 21/02/2019---REQUERENTE:JULIETA SALOMÃO
ANTÔNIO MUFARREJ PATRÍCIO REQUERENTE:JANETE SALOMÃO ANTÔNIO MUFARREJ HAGE
Representante(s): OAB 1601 - SONIA HAGE AMARO PINGARILHO (ADVOGADO)
REQUERENTE:VALQUIRIA DE PAULA LIMA MUFARREJ REQUERENTE:RAJA CHOUERI SALOMÃO
ANTÔNIO MUFARREJ Representante(s): OAB 10317 - NAGIB JORGE HAGE JUNIOR (ADVOGADO)
REQUERIDO:ESPÓLIO DE WINSTON WINDSON MARECHAL REQUERIDO:MARIA ADELAIDE GOMES
CARNEIRO Representante(s): OAB 1283 - FERNANDO DA SILVA GONCALVES (ADVOGADO) . ATO
ORDINATÓRIO Ato Ordinatório. Com fundamento nos artigos 152, inciso VI, art. 1.003 § 5º e 1.010, § 1º
do Código de Processo Civil vigente, fica(m) intimada(s), por seu(s) advogado(s), para que apresente(m)
as contrarrazões ao (s) Embargo (s) de Declaração opostos, no prazo de 05 (cinco) dias. Belém, 21 de
fevereiro de 2019. CAMILA CAMPOS DE SOUZA ANALISTA JUDICIÁRIO
PROCESSO: 00229016220088140301 PROCESSO ANTIGO: 200810718691
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANO MODA SILVA Ação: Busca e Apreensão
em Alienação Fiduciária em: 21/02/2019---REU:LEO FERREIRA COSTA AUTOR:B V FINANCEIRA SA
CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO Representante(s): OAB 89774 - ACACIO FERNANDEZ
ROBOREDO (ADVOGADO) OAB 20399 - MICHELLE DE OLIVEIRA FERREIRA (ADVOGADO)
PATRICIA ALVES MOREIRA MARQUES (ADVOGADO) PAULO HENRIQUE FERREIRA (ADVOGADO) .
ATO ORDINATÓRIO Com fundamento no artigo 152, inciso VI do Código de Processo Civil vigente, artigo
09º, § 3º da Lei Estadual nº. 8.328 de 29/12/2015 e no provimento nº 006/2006 da CJRMB, tomo a
seguinte providência: Fica(m) intimado(s) o(s) AUTOR/REQUERENTE/EXEQUENTE(s) através de seus
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advogados, para pagamento das custas finais no prazo de (15) quinze dias, SOB PENA DE INSCRIÇÃO
DO DÉBITO EM DÍVIDA ATIVA. Belém, $DTHOJE ADRIANO MODA SILVA ANALISTA JUDICÍARIO
PROCESSO: 00294163620118140301 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANO MODA SILVA Ação: Execução de Título
Extrajudicial em: 21/02/2019---EXEQUENTE:ASSOCIAÇÃO CULTURAL E EDUCACIONAL DO PARÁ-
ACEPA Representante(s): OAB 5875 - KELMA SOUSA DE OLIVEIRA REUTER COUTINHO
(ADVOGADO) OAB 3967 - MILENE SOARES BENTES (ADVOGADO) OAB 11986 - BRENDA MELO DA
SILVA (ADVOGADO) EXECUTADO:KAREN SUANNE ALVES DOS SANTOS. ATO ORDINATÓRIO Com
fundamento no artigo 152, inciso VI do Código de Processo Civil vigente, artigo 09º, § 3º da Lei Estadual
nº. 8.328 de 29/12/2015 e no provimento nº 006/2006 da CJRMB, tomo a seguinte providência: Fica(m)
intimado(s) o(s) AUTOR/REQUERENTE/EXEQUENTE(s) através de seus advogados, para pagamento
das custas finais no prazo de (15) quinze dias, SOB PENA DE INSCRIÇÃO DO DÉBITO EM DÍVIDA
ATIVA. Belém, $DTHOJE ADRIANO MODA SILVA ANALISTA JUDICÍARIO
PROCESSO: 00343076820088140301 PROCESSO ANTIGO: 200810968204
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANO MODA SILVA Ação: Execução de Título
Extrajudicial em: 21/02/2019---EXECUTADO:LUIZ FLAVIO ESTRELA ALVARES EXEQUENTE:HSBC
BANK BRASIL S/A - BANCO MULTIPLO Representante(s): OAB 12911 - DENIS VINICIUS RODRIGUES
RENAULT (ADVOGADO) . ATO ORDINATÓRIO Com fundamento no artigo 152, inciso VI do Código de
Processo Civil vigente, artigo 09º, § 3º da Lei Estadual nº. 8.328 de 29/12/2015 e no provimento nº
006/2006 da CJRMB, tomo a seguinte providência: Fica(m) intimada(s) a(s)
REQUERIDA/EXECUTADA(s), através de seus advogados, para pagamento das custas finais no prazo
(15) quinze dias, SOB PENA DE INSCRIÇÃO DO DÉBITO EM DÍVIDA ATIVA. Belém, 21 de fevereiro de
2019 Adriano moda silva analista judiciário
PROCESSO: 00376246720158140301 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANO MODA SILVA Ação: Procedimento
Comum em: 21/02/2019---REQUERENTE:JI COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDA. Representante(s): OAB
15387 - DANIEL PINTO (ADVOGADO) REQUERIDO:CENTRAIS ELETRICAS DO PARA CELPA S/A
Representante(s): OAB 4670 - LUIS OTAVIO LOBO PAIVA RODRIGUES (ADVOGADO) OAB 12436 -
ANDREZA NAZARE CORREA RIBEIRO (ADVOGADO) . ATO ORDINATÓRIO Com fundamento no artigo
152, inciso VI do Código de Processo Civil vigente, artigo 09º, § 3º da Lei Estadual nº. 8.328 de
29/12/2015 e no provimento nº 006/2006 da CJRMB, tomo a seguinte providência: Fica(m) intimado(s) o(s)
AUTOR/REQUERENTE/EXEQUENTE(s) através de seus advogados, para pagamento das custas finais
no prazo de (15) quinze dias, SOB PENA DE INSCRIÇÃO DO DÉBITO EM DÍVIDA ATIVA. Belém,
$DTHOJE ADRIANO MODA SILVA ANALISTA JUDICÍARIO
PROCESSO: 00426128020098140301 PROCESSO ANTIGO: 200910966091
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANO MODA SILVA Ação: Execução de Título
Extrajudicial em: 21/02/2019---EXEQUENTE:CONCREARTE INDUSTRIA E COMERCIO DE CONCRETO
LTDA ME Representante(s): OAB 11934 - FARID BASTOS SALMAN (ADVOGADO) OAB 19940 - MARA
CRISTINA DO NASCIMENTO SANTIAGO (ADVOGADO) EXECUTADO:UNIENGENHARIA E
COMERCIO LTDA Representante(s): OAB 13724 - ALBA CRISTINA BRAGA CARDOSO NORAT
(ADVOGADO) OAB 12560 - RODRIGO BARROS DE MIRANDA (ADVOGADO) DRª. GILVANA
MACHADO RODRIGUES (ADVOGADO) . ATO ORDINATÓRIO Com fundamento no artigo 152, inciso VI
do Código de Processo Civil vigente, artigo 09º, § 3º da Lei Estadual nº. 8.328 de 29/12/2015 e no
provimento nº 006/2006 da CJRMB, tomo a seguinte providência: Fica(m) intimado(s) o(s)
AUTOR/REQUERENTE/EXEQUENTE(s) através de seus advogados, para pagamento das custas finais
no prazo de (15) quinze dias, SOB PENA DE INSCRIÇÃO DO DÉBITO EM DÍVIDA ATIVA. Belém,
$DTHOJE ADRIANO MODA SILVA ANALISTA JUDICÍARIO
PROCESSO: 00437841620128140301 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANO MODA SILVA Ação: Procedimento
Comum em: 21/02/2019---AUTOR:GLEYCE BARBOSA PINHEIRO Representante(s): OAB 10769 -
REGINALDO DA MOTTA CORREA DE MELO JUNIOR (ADVOGADO) REU:SIGMA - IMÓVEIS LTDA
REU:CONSTRUTORA VILLA DEL REY LTDA. ATO ORDINATÓRIO Com fundamento no artigo 152,
inciso VI do Código de Processo Civil vigente, artigo 09º, § 3º da Lei Estadual nº. 8.328 de 29/12/2015 e
no provimento nº 006/2006 da CJRMB, tomo a seguinte providência: Fica(m) intimado(s) o(s)
AUTOR/REQUERENTE/EXEQUENTE(s) através de seus advogados, para pagamento das custas finais
no prazo de (15) quinze dias, SOB PENA DE INSCRIÇÃO DO DÉBITO EM DÍVIDA ATIVA. Belém,
$DTHOJE ADRIANO MODA SILVA ANALISTA JUDICÍARIO
PROCESSO: 00459554920098140301 PROCESSO ANTIGO: 200911055926
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
do encargo financeiro. Igualmente, afirmou que a postura do requerido de efetuar a cobrança de juros
sobre juros viola os princípios da transparência e da boa-fé objetiva previstos, respectivamente, nos arts.
4º, caput e 51, IV do Código de Defesa do Consumidor. Ao final, após fazer citação da legislação, doutrina
e jurisprudência pátrias, requereu a procedência de seu pedido, para que seja o réu condenado a restituir,
em dobro, o valor pago em excesso. Com sua exordial, juntou procuração e documentos de fls. 15/75.
Devidamente citado, o requerido apresentou contestação (fls. 93/121), arguindo, preliminarmente, a
inépcia da inicial, por descumprimento do art. 330, §2º e §3º do CPC/15. Ato contínuo, o demandado
impugnou o deferimento do benefício da justiça gratuita, por entender que seria incompatível o
reconhecimento de sua miserabilidade jurídica com o fato do demandante ter adquirido um veículo
avaliado em R$ 39.000,00 (trinta e nove mil reais). Outrossim, refutou o valor da causa definido pelo autor,
haja vista que, segundo a dicção do art. 292, II do CPC, a ação revisional de contrato bancário deve
utilizar como referência o valor do contrato para fins de apuração do valor da causa. No mérito, aduziu que
a jurisprudência dos tribunais superiores admite a aplicação da capitalização mensal dos juros
remuneratórios para as entidades pertencentes ao sistema financeiro nacional e que a mera previsão no
contrato de que a taxa de juros anual é superior ao duodécuplo da taxa mensal já satisfaz a obrigação de
informação ao consumidor. Ato contínuo, apresentou diversas outras teses defensivas genéricas, que não
guardam relação com o caso posto (possibilidade de cobrança de tarifas bancárias, ausência de limitação
dos juros pela taxa média do Banco Central). Conclui requerendo a improcedência dos pedidos formulados
pela demandante, integralmente. Instada a se manifestar sobre a contestação, a autora quedou-se inerte
(fls. 156v). Vieram os autos conclusos. É O RELATÓRIO. DECIDO. Ab initio, observo que a controvérsia
dos autos se resume a matéria de direito, de tal sorte que concluo pela desnecessidade da submissão do
processo à fase de dilação probatória. Desta maneira, aplico o artigo 335, I do CPC e passo ao julgamento
antecipado da lide. No entanto, em razão da pluralidade de argumentos apresentados, procedo o exame
individualizado dos argumentos invocados. I - DA PRELIMINAR DE INÉPCIA DA INICIAL. Arguiu o
demandado que a exordial padece de irregularidade, porquanto a demandante descumpriu as previsões
contidas no art. 330, §2º e §3º do CPC/15. No entanto, cotejando os argumentos apresentados pelo
demandando com as razões expostas na exordial, não acolho a tese preambular. Decerto, o artigo 330,
§2º determina que "nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo,
de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição
inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor
incontroverso do débito". Assim, em um exame superficial, como o demandante não apontou qualquer
cláusula contratual que reputava nula, ter-se-ia como corolário lógico o reconhecimento da inépcia da peça
vestibular. Sucede que o argumento cardeal proposto pelo requerente é, justamente, a ausência de
cláusula específica prevendo a incidência de capitalização dos juros remuneratórios. Com efeito, no caso
examinado, é manifestamente incompatível a exigência do parágrafo segundo do artigo 330 do CPC, ante
a flagrante impossibilidade de se apontar um item contratual que sequer existe. No que concerne ao
suposto descumprimento do previsto no parágrafo terceiro do citado dispositivo ("o valor incontroverso
deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados"), o desacolhimento da impugnação é ínsito a
própria natureza do conflito em tela, porquanto o demandante já quitou a integralidade das parcelas, não
havendo valores remanescentes a serem pagos. Destarte, rejeito a preliminar em estudo. II - DA
IMPUGNAÇÃO À CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA. Arrazoou o réu que o autor
não pode ser considerado merecedor do benefício da justiça gratuita, dado que o objeto da lide é um
contrato de financiamento para a aquisição de um veículo de R$ 39.000,00 (trinta e nove mil reais), cujas
prestações mensais superam o valor de R$ 1.000,00 (mil reais). De fato, em situações ordinárias, o fato do
autor ter adquirido um veículo com prestações mensais elevadas resultaria no afastamento da presunção
de miserabilidade para fins de concessão do benefício da justiça gratuita, em virtude da incompatibilidade
entre a demonstração de capacidade financeira e a alegação de impossibilidade de arcar com os custos
do processo. Todavia, é importante destacar que o requerente, conforme atesta o próprio contrato de
financiamento vergastado (fl. 71), exerce a profissão de motorista de taxi, de onde se infere que a
aquisição de um veículo - ainda que em valores elevados - não pode ser considerada como a compra de
um bem voluptuário, mas sim do próprio instrumento de trabalho do requerente. Portanto, o mero fato do
autor ter assumido parcelas elevadas não desnatura a alegação de hipossuficiência acostada pelo
jurisdicionado, pelo que não acolho a impugnação em exame. III - DA IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA
CAUSA. Examinando os autos, entendo que igualmente padece de razão o requerido em sua impugnação.
Defende o demandado que, para fins de definição do valor da causa, deve ser aplicado o valor do
contrato, em face do que dispõe o artigo 292, II do CPC: "Art. 292. O valor da causa constará da petição
inicial ou da reconvenção e será: [...] II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o
cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de
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sua parte controvertida". No entanto, é perceptível que o requerente atendeu o disposto no art. 292, II do
Estatuto Processual Civil, pois a controvérsia não gravita em torno da integralidade do contrato, mas sim
ao derredor da cobrança excessiva de juros remuneratórios que, de acordo com seus cálculos, resulta no
valor de R$ 10.778,73 (dez mil, setecentos e setenta e oito reais e setenta e três centavos). Logo, como a
norma fala em "o valor do ato ou da sua parte controvertida", não há qualquer mácula no valor da causa
apresentado, devendo este ser preservado. III - DO MÉRITO. Superado este introito necessário, passo ao
exame do mérito. Compulsando os autos, entendo que não assiste razão ao demandante. Em linhas
gerais, o requerente se insurge contra a aplicação capitalizada dos juros, de forma mensal, articulando que
não havia previsão no contrato deste modo de atualização remuneratória. De saída, é de se esclarecer
que que, consoante a previsão contida nas MPs 1.963-17/2000 e 2.170-36/2001 - reputada constitucional
pelo STF no leading case RE 592377/RS (Tema 33 da Repercussão Geral, julgado em 04/02/2015) -, bem
como em face do entendimento iterativo do STJ, a aplicação da sistemática da capitalização mensal de
juros é admitida, desde que prevista no contrato. A título de ilustração, transcreve-se julgado do STJ
acerca do tema, em sede de recurso repetitivo: [...] Neste ponto, assinalo que o art. 5º da Medida
Provisória 1.963-17/00 tornou admissível nas operações realizadas pelas instituições integrantes do
Sistema Financeiro Nacional "a pactuação de capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano";
vale dizer, no contrato bancário poderá ser pactuada a capitalização semestral, trimestral, mensal, diária,
contínua etc. O intervalo da capitalização deverá ser expressamente definido pelas partes do contrato. [...]
Em síntese, desde 31.3.2000, data da publicação da Medida Provisória 1.963-17/00, admite-se, nos
contratos bancários em geral, a pactuação de capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano (a
mensal, inclusive). (Trecho do voto da Ministra Relatora Maria Isabel Gallotti. REsp 973.827/RS,
SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 08/08/2012, DJe 24/09/2012) [...] Deveras, há razão na premissa inicial
firmada pelo demandante já que, examinando o instrumento de avença, não se localiza qualquer cláusula
específica dispondo sobre a capitalização de juros - o que, em uma análise apressada, ensejaria no
entendimento de que não se poderia aplicar os juros compostos no contrato posto. Contudo, no mesmo
julgado acima transcrito, foi igualmente definido que a previsão da capitalização mensal no contrato pode
ser reconhecida pela mera observância de que a taxa anual supera o duodécuplo da taxa mensal: [...] No
caso em exame, os juros contratados foram prefixados no contrato, no qual consta a taxa mensal nominal
(3,16% ao mês) e a taxa anual efetiva (45,25% ao ano). Não foi comprovada a abusividade, em termos de
mercado, da taxa efetiva de juros remuneratórios pactuada. O valor fixo das 36 prestações igualmente
está expresso no contrato, não podendo o consumidor alegar surpresa quanto aos valores fixos,
inalteráveis, das 36 prestações que se comprometeu a pagar. Não está prevista a incidência de correção
monetária. A expectativa inflacionária já está embutida na taxa de juros. Após pagar duas prestações,
deixou de honrar suas obrigações e ajuizou ação postulando a redução da prestação acordada em R$
331,83 para R$ 199,80. Na realidade, a intenção do autor/recorrido é reduzir drasticamente a taxa efetiva
de juros, usando como um de seus argumentos a confusão entre o conceito legal de "capitalização de
juros vencidos e devidos" e o "regime composto de formação da taxa de juros", ambos designados
indistintamente na literatura matemática e em diversos textos jurídicos, até mesmo nas informações
prestadas nestes autos pelo Banco Central, com o mesmo termo "juros compostos" ou "juros
capitalizados". Não poderia ser, com a devida vênia, mais clara e transparente a contratação do que a
forma como foi feita no caso concreto em exame: com a estipulação das prestações em valores fixos e
iguais (36 prestações de R$ 331,83) e a menção à taxa mensal e à correspondente taxa anual efetiva.
Nada acrescentaria à transparência do contrato, em benefício do consumidor leigo, que constasse uma
cláusula esclarecendo que as taxas mensal e anual previstas no contrato foram obtidas mediante o
método matemático de juros compostos. Sabedor da taxa mensal e da anual e do valor das 36 prestações
fixas, fácil ficou para o consumidor pesquisar, entre as instituições financeiras, se alguma concederia o
mesmo financiamento com uma taxa mensal ou anual inferior, perfazendo as prestações fixas um valor
menor concederia o mesmo financiamento com uma taxa mensal ou anual inferior, perfazendo as
prestações fixas um valor menor. [...] A segunda tese que proponho para os efeitos do art. 543-C é,
portanto, "A pactuação mensal dos juros deve vir estabelecida de forma expressa e clara. A previsão no
contrato bancário de taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a
cobrança da taxa efetiva anual contratada." No caso em exposição, o contrato acostado aos autos (fls.
71/72) demonstra que este requisito é atendido, pois a taxa mensal de juros é de 1,48%, enquanto a anual
é de 19,23% - superior ao duodécuplo da primeira (17,76%). Deste modo, como o precedente
retromencionado estabelece que esta previsão é suficiente para atender o dever de transparência e
informação necessários para o consumidor - e sendo o julgamento firmado através do sistema dos
recursos especiais repetitivos -, impõe-se a sua observância necessária por este Juízo de piso, a rigor do
estabelecido no art. 927, III do CPC. Destarte, sendo reconhecida a regularidade da aplicação dos juros
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compostos, bem como diante da inexistência de outros pedidos a serem apreciados, impõe-se a extinção
da presente ação, com resolução do mérito. DO DISPOSITIVO Ante o exposto, com apoio na
argumentação apresentada e com fundamento no art. 487, I, do NCPC, JULGO TOTALMENTE
IMPROCEDENTE os pedidos do autor, reputando lícita a aplicação dos juros remuneratórios de forma
capitalizada e, por corolário, indeferindo o pedido de repetição do indébito. Condeno o requerente ao
pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, fixando estes em 10% (dez por cento) sobre
o valor da causa atualizado. Por ser o autor beneficiário da gratuidade da justiça, determino a suspensão
da exigibilidade dos créditos até que se comprove a insubsistência da condição de hipossuficiência
financeira que autoriza o benefício. Ultrapassados 5 (cinco) anos sem que tenha se verificado que o
sucumbente possui suficiência de recursos para assumir os ônus sucumbenciais, devem as referidas
condenações serem extintas (art. 98, §3º do CPC). Com trânsito em julgado desta sentença, arquivem-se
os presentes autos, mediante as cautelas legais. P.R.I.C. Belém, 08 de fevereiro de 2019. CESAR
AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES Juiz de Direito da 11ª. Vara Cível e Empresarial da Capital
PROCESSO: 00077905320148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RENATA CELI DO CARMO ALMEIDA LIMA Ação:
Consignação em Pagamento em: 15/02/2019 AUTOR:ELIEZER GALVAO RODRIGUES Representante(s):
OAB 17570 - ARIADNE OLIVEIRA MOTA DURANS (ADVOGADO) REU:BANCO PSA FINANCE BRASIL
SA Representante(s): OAB 15553 - OSMAR MENDES PAIXAO CORTES (ADVOGADO) . Proc. Nº.
0007790-53.2014.814.0301 Em cumprimento ao disposto no inciso XXII, § 2º do Art. 1º do Provimento
006/2006 da CRMB, intimem-se AS PARTES para, no prazo de 15 (quinze) dias, querendo, solicitar (em)
ao que lhe (s) for pertinente, em face do retorno dos presentes autos do Egrégio Tribunal de Justiça.
Belém, 15 de fevereiro de 2019. Analista Judiciário da 11º Vara Cível e Empresarial da Capital
PROCESSO: 00083206219968140301 PROCESSO ANTIGO: 199610136813
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES
Ação: Embargos à Execução em: 15/02/2019 REU:BANCO DO ESTADO DO PARA- BANPARA
Representante(s): MARIA ROSA LOURINHO (ADVOGADO) AUTOR:ANA SILVA E SILVA
ADVOGADO:ROSEANA DOS SANTOS RODRIGUES-BANPARA. DESPACHO Considerando que já há
sentença com trânsito em julgado nos presentes autos (fls. 71-73), bem como que a parte autora foi
intimada pessoalmente acerca da referida decisão (fls. 77), ARQUIVE-SE, mediante aas cautelas legais e
de praxe. Cumpra-se. Belém (PA), 12 de fevereiro de 2019. CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA
RODRIGUES Juiz de Direito da 11º Vara Cível e Empresarial de Belém PROCESSO:
00087535620178140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES Ação: Procedimento Comum em: 15/02/2019
AUTOR:JOSE ALMIR FREIRE MARQUES Representante(s): OAB 7568 - EDILENE SANDRA DE SOUSA
LUZ SILVA (ADVOGADO) REU:SPE PROGRESSO INCORPORADORA LTDA Representante(s): OAB
20063 - GISELLE CRISTINA LOPES DA SILVA (ADVOGADO) REU:ASACORP EMPREENDIMENTOS E
PARTICIPAÇÕES S/A Representante(s): OAB 20063 - GISELLE CRISTINA LOPES DA SILVA
(ADVOGADO) . 0008753-56.2017.8.14.0301 R.H Verifico que as partes não especificaram as provas que
pretendem produzir, assim sendo, determino que sejam intimadas para que o façam em 10 (dez) dias (art.
319, inciso VI c/c art. 336, ambos no NCPC) ou, sendo caso, informem a pretensão de julgamento
antecipado do mérito. Após, conclusos para saneamento ou julgamento antecipado. Intimem-se. Belém
(Pa), 13 de fevereiro de 2019 Cesar Puty Juiz de Direito PROCESSO: 00094028720108140301
PROCESSO ANTIGO: 201010147101 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CESAR
AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES Ação: Execução de Título Extrajudicial em: 15/02/2019
EXECUTADO:CESAR ALMEIDA DE GIORDANO EXEQUENTE:BANCO ITAU SA Representante(s): OAB
151056 - MAURICIO COIMBRA GUILHERME FERREIRA (ADVOGADO) EXECUTADO:CPA
CONSTRUCAO CIVIL E COMERCIO LTDA. R.H. Procedo a juntada aos autos de consulta realizada no
CNPJ e CPF da parte executada pelo sistema RENAJUD, onde foram encontrados veículos com restrição
administrativa e judicial. No mais, antes de proceder a eventual transferência do valor bloqueado à fl. 57,
proceda a secretaria a intimação do executado na pessoa de seu advogado ou, não o tendo,
pessoalmente, para manifestação no prazo de cinco (05) dias, nos termos do §3º. do art. 854, do NCPC;
havendo ou não esta, o que deverá ser certificado, conclusos para deliberação. Considerando ainda o erro
na pesquisa realizada pelo sistema INFOJUD, conforme anexos, determino que seja oficiado ao Banco
Central para que encaminhe, no prazo de cinco (05) dias, cópia das 3 (três) últimas declarações de
Imposto de Renda da empresa executada, devendo a secretaria encaminhar cópia da consulta sem êxito,
em tudo resguardado o sigilo. Intime-se o exequente para se manifestar sobre a pesquisa RENAJUD.
Belém (Pa), 13.02.2019. Cesar Augusto Puty Paiva Rodrigues Juiz de Direito da 11ª. Vara Cível e
Empresarial da Capital . PROCESSO: 00108076320158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
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aguardando o prazo para oferecimento de contestação, e, somente após, retornar os autos conclusos.
Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado e ofício, nos termos do provimento 003/2009 crmb.
Belém (PA), 11 de fevereiro de 2019. CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES Juiz de Direito da
11ª Vara Cível e Empresarial de Belém PROCESSO: 00123004620138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES
Ação: Alvará Judicial em: 15/02/2019 INVENTARIANTE:SEBASTIAO SALUSTIANO DOS SANTOS
Representante(s): OAB 7840 - FRANCISTELA TORRES CALDAS (ADVOGADO) OAB 3961 - ANTONIO
CANDIDO BARRA MONTEIRO DE BRITTO (ADVOGADO) INVENTARIADO:MARIA ELEIDE DO
ESPIRITO SANTO DOS SANTOS INTERESSADO:COOPERUFPA Representante(s): OAB 9605 -
FRANCINETE DO SOCORRO S. B. DE MIRANDA (ADVOGADO) . DESPACHO 1. Defiro o pedido de fl.
67/69 e determino a expedição de ofício ao BANCO DO BRASIL e ao BANCO SANTANDER para que
informem, no prazo de 15 (quinze) dias, a existência de valores depositados em conta bancária de
titularidade da de cujus. 2. Decorrido o prazo legal, com ou sem manifestação, neste último caso
devidamente certificado, voltem-me conclusos para deliberação. Belém, 07 de fevereiro de 2019 Cesar
Augusto Puty Paiva Rodrigues Juiz de Direito da 11ª. Vara Cível e Empresarial de Belém PROCESSO:
00151579220048140301 PROCESSO ANTIGO: 200410510398
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES
Ação: Procedimento Comum em: 15/02/2019 AUTOR:FLAVIO HENRIQUE CARVALHO LAGO
Representante(s): OAB 2746 - HELENA CLAUDIA MIRALHA PINGARILHO (ADVOGADO) OAB 1601 -
SONIA HAGE AMARO PINGARILHO (ADVOGADO) OAB 12123 - CLAUDIO DE SOUZA MIRALHA
PINGARILHO (ADVOGADO) REU:EMPRESA DE TRANSPORTES VIA METROPOLITANA LTDA
Representante(s): OAB 16150 - BRUNO BARAUNA ARAUJO (ADVOGADO) OAB 11649 - RAFAELA
PONTES SCOTTA (ADVOGADO) OAB 13925 - PEDRO HENRIQUE BARATA (ADVOGADO)
DENUNCIADO:SUL AMERICA - COMPANHIA NACIONAL DE SEGUROS Representante(s): OAB 14537 -
GABRIELLE MARTINS SILVA MAUES (ADVOGADO) OAB 14364 - VIVIAN RUTH VIRGOLINO MOREIRA
(ADVOGADO) OAB 19390-A - RENATO TADEU RONDINA MANDALITI (ADVOGADO) JORGE CLAUDIO
MENA WANDERLEY (ADVOGADO) AUTOR:FABIO ANTONIO CARVALHO LAGO. DESPACHO Vistos,
etc. Intimem-se os embargados FABIO ANTÔNIO CARVALHO LAGO, FLAVIO HENRIQUE CARVALHO
LAGO e SUL AMERICA COMPANHIA NACIONAL DE SEGUROS para que, querendo, apresentem
contrarrazões aos Embargos de Declaração de fls. 450/451, no prazo legal. Outrossim, intimem-se os
exequentes para que se manifestem sobre o acordo proposto pela executada SUL AMERICA, no prazo de
10 (dez) dias. Decorrido os prazos acima assinalados, com ou sem manifestação, neste último caso
devidamente certificado, voltem-me conclusos. Belém, 07 de fevereiro de 2019 CÉSAR AUGUSTO PUTY
PAIVA RODRIGUES Juiz de Titular da 11ª Vara Cível da Capital PROCESSO: 00159772120128140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CESAR AUGUSTO
PUTY PAIVA RODRIGUES Ação: Procedimento Comum em: 15/02/2019 AUTOR:ALTAIR LINS DA SILVA
LEAL Representante(s): OAB 12078 - MONICA LIMA DE NORONHA KUSER LEHMKUHL (ADVOGADO)
AUTOR:FERNANDO SOUZA LIMA DA SILVA Representante(s): OAB 12078 - MONICA LIMA DE
NORONHA KUSER LEHMKUHL (ADVOGADO) REU:GAFISA SPE 65 - EMPREENDIMENTOS
IMOBILIARIOS LTDA Representante(s): OAB 11847 - ALESSANDRO PUGET OLIVA (ADVOGADO) OAB
17352 - ALESSANDRA APARECIDA SALES DE OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 19260 - ELISANGELA
MOREIRA PINTO (ADVOGADO) . DESPACHO Vistos etc Examinando os autos, observa-se que a
exequente requer o pagamento do valor de R$ 7.482,08 (sete mil, quatrocentos e oitenta e dois reais e oito
centavos), afirmando que tal montante é obtido através da atualização da diferença entre o valor exigido
em novembro de 2016 (R$ 35.283,66) e a quantia paga pela executada em maio de 2017 (R$ 35.076,06 -
trinta e cinco mil e setenta e seis reais e seis centavos - fls. 614/615), acrescidos de honorários
advocatícios. Ocorre que, ao se examinar os autos, não se verifica a existência de demonstrativo de
cálculo que esclareça como a exequente alcançou o referido valor requerido, o que descumpre o previsto
no art. 524, caput do CPC. Deste modo, antes de deliberar acerca da regularidade do pedido de
complementação do valor devido, intime-se a exequente para que, no prazo de 15 (quinze) dias, apresente
demonstrativo discriminado e atualizado de cálculo do valor executado. Após, retornem os autos conclusos
para apreciação. P.R.I.C Belém, 07 de fevereiro de 2019. CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES
Juiz de Direito da 11ª Vara Cível e Empresarial de Belém PROCESSO: 00216753220178140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CESAR AUGUSTO
PUTY PAIVA RODRIGUES Ação: Procedimento Comum em: 15/02/2019 AUTOR:KATYA CUNHA DA LUZ
MONTEIRO Representante(s): OAB 1287 - LIVIA CUNHA CHERMONT (ADVOGADO) REU:UNIMED
BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO Representante(s): OAB 11270 - DIOGO DE AZEVEDO
TRINDADE (ADVOGADO) . 0021675-32.2017.8.14.0301 R.H Verifico que as partes não especificaram as
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provas que pretendem produzir, assim sendo, determino que sejam intimadas para que o façam em 10
(dez) dias (art. 319, inciso VI c/c art. 336, ambos no NCPC) ou, sendo caso, informem a pretensão de
julgamento antecipado do mérito. Após, conclusos para saneamento ou julgamento antecipado. Intimem-
se. Belém (Pa), 13 de fevereiro de 2019 Cesar Puty Juiz de Direito PROCESSO: 00245536620138140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CESAR AUGUSTO
PUTY PAIVA RODRIGUES Ação: Reintegração / Manutenção de Posse em: 15/02/2019
REQUERENTE:BANCO BRADESCO LEASING SA ARRENDAMENTO MERCANTIL Representante(s):
OAB 12679 - ISANA SILVA GUEDES (ADVOGADO) OAB 18335-A - CLAUDIO KAZUYOSHI KAWASAKI
(ADVOGADO) REQUERIDO:COMERCIAL AGRICOLA BELEM FRUTAS LTDA EPP. Sentença
Considerando-se que a parte autora peticionou pleiteando a desistência do feito e que a parte ré ainda não
foi citada, homologo a desistência da ação para os fins do art. 200, parágrafo único, do Novo Código de
Processo Civil. Julgo, em conseqüência, extinto o processo, com fundamento no art. 485, VIII, do Novo
Código de Processo Civil. Custas na forma da lei, se houver. Certificado o trânsito em julgado, arquive-se,
observadas as formalidades legais. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Belém-PA, 12 de fevereiro de
2019. CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES Juiz de Direito Titular da 11ª Vara Cível e
Empresarial da Capital PROCESSO: 00247849320138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES
Ação: Execução de Título Extrajudicial em: 15/02/2019 EXEQUENTE:BANCO SAFRA SA
Representante(s): OAB 8525 - IVANILDO RODRIGUES DA GAMA JUNIOR (ADVOGADO) OAB 18912 -
FABRICIA CARNEIRO OLIVEIRA (ADVOGADO) EXECUTADO:VITORIA CONFECCOES LTDA
Representante(s): OAB 9117 - ROBERTO TAMER XERFAN JUNIOR (ADVOGADO) OAB 17387 -
ARTHUR CRUZ NOBRE (ADVOGADO) EXECUTADO:SIMONE GUIMARÃES ROCHA XERFAN
Representante(s): OAB 17387 - ARTHUR CRUZ NOBRE (ADVOGADO) OAB 19047 - RAUL YUSSEF
CRUZ FRAIHA (ADVOGADO) OAB 21442 - THIAGO BARBOSA BASTOS REZENDE (ADVOGADO) OAB
9117 - ROBERTO TAMER XERFAN JUNIOR (ADVOGADO) . DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Os
presentes autos vieram conclusos com a mini impugnação da executada Simone Guimarães Rocha
Xerfan, às fls. 63/66, diante do bloqueio realizado pelo sistema BACENJUD, de fls. 57/59, em cumprimento
à determinação constante do art. 854. §2º., do NCPC. A executada afirma que no dia 13 de julho de 2017
teria ocorrido a constrição, por meio do sistema BACENJUD, de sua conta salário, no Banco do Estado do
Pará, Agência 015/01, c/c n. 3303373, do valor de R$ 12.671,32, que seria originário da remuneração da
executada, como servidora pública do Estado. Afirmando, assim, a ilegalidade da constrição por se tratar
de verba impenhorável, por se tratarem de seus vencimentos, a teor do que estabelece o art. 833, IV, do
NCPC, pugnou pelo desbloqueio integral dos valores constritos na conta indicada (R$ 12.671,32). Juntou
aos autos os documentos, de fls. 67/72, para comprovar suas alegações. Intimado para se manifestar, o
exequente, às fls. 74/80, sustentou, em sede de preliminar, o comparecimento espontâneo da executada e
a irregularidade da representação; no mérito, pugnou pela manutenção da penhora parcial sobre o salário
da executada, o que seria admitido pelo STJ. Nestes termos pediu a improcedência da aludida
impugnação. A executada atravessou petição, às fls. 83/86, apresentando procuração e documentos e
reiterando os argumentos de sua impugnação. A parte exequente também atravessou petição, às fls.
90/93, pedindo novas providências para fins de prosseguimento da execução. Relatado. Decido. Antes de
adentrar no mérito da impugnação, passo de plano à análise das preliminares: I. DAS PRELIMINARES 1.
Do comparecimento espontâneo da executada A parte exequente pede que seja reconhecido o
comparecimento espontâneo da executada Simone Guimarães Robha Xerfan, tendo em vista que a
mesma até então não havia sido localizada para fins de citação, conforme certidão de fl. 31. Tem razão a
parte exequente. Sabe-se que o atual CPC, dispõe sobre o conceito de citação em seu art. 238, que
estabelece: Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para
integrar a relação processual. Trata-se, assim, de ato formal de extrema importância para a validade do
processo - pressuposto processual -, e ainda para fins de garantia à parte do seu direito constitucional de
contraditório e ampla defesa. Assim, cabe ao Juízo adotar o máximo de cautela nesta fase processual, a
fim de evitar maiores prejuízos em razão da não obediências de tais formalidades que possam geral
eventual nulidade do processo desde o seu nascedouro. Com efeito, o comparecimento espontâneo
encontra previsão expressa no §1º., do art. 239, do NCPC, e que ora se faz citação: Art. 239. Para a
validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas as hipóteses de
indeferimento de petição inicial ou de improcedência liminar do pedido. §1º. O comparecimento
espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir desta data o
prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução. Pois bem, a executada ao tomar
conhecimento do bloqueio via BACENJUD apresentou impugnação, às fls. 63/66, demonstrando com tal
conduta sua manifesta intenção de apresentar defesa na forma de impugnação, sendo que na forma do
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ser vedada a penhora de verbas salariais do devedor, exceto para pagamento de dívidas de caráter
alimentício. 2. No caso dos autos, trata-se de execução de débito decorrente de contrato de aluguel,
situação que não se enquadra na exceção à impenhorabilidade. 3. Agravo interno não provido. (AgInt no
AgInt no REsp 1504620/DF, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 06/04/2017, DJe
03/05/2017) Assim, estando o acórdão recorrido em consonância com precedentes desta Corte Superior,
incide na espécie a Súmula 83 do STJ. [...] Assim, deve ser reconhecida a impenhorabilidade do valor
bloqueado - de R$ 12.671,32 -, em conta da executada no Banco do Estado do Pará, Agência 015/01, c/c
n. 3303373, por violação ao disposto no art. 833, IV, do NCPC. No mais, os valores demais valores
bloqueados (ITAÚ UNIBANCO S/A - R$ 2.444,98; BANCO BRADESCO - R$ 1.152,49; e BANCO DO
BRASIL - R$ 28,60), devem ser convertidos em penhora e transferidos à subconta vinculada ao processo
para fins de liberação em favor do exequente por meio de alvará judicial. Diante de tais fundamentos,
ACOLHO em parte a manifestação da executada para fins de: a) de reconhecer a impenhorabilidade do
valor bloqueado (R$ 12.671,62) junto ao BANPARÁ, determinando-se, neste ato, a sua imediata liberação
por meio do sistema BACENJUD, juntando-se aos autos o protocolamento da ordem judicial; e b)
CONVERTER EM PENHORA os demais valores bloqueados (ITAÚ UNIBANCO S/A - R$ 2.444,98;
BANCO BRADESCO - R$ 1.152,49; e BANCO DO BRASIL - R$ 28,60), procedendo-se, neste ato, sua
imediata transferência à subconta vinculada ao processo para fins de liberação em favor do exequente por
meio de ALVARÁ JUDICIAL, com as cautelas de praxe. Quanto ao pedido de prosseguimento do feito,
deve primeiramente a parte exequente proceder a atualização do valor do débito com os ajustes por ora
determinados para fins de prosseguimento. Int. Belém (Pa), 14/02/2019. CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA
RODRIGUES Juiz de Direito da 11ª. Vara Cível e Empresarial de Belém PROCESSO:
00269843920148140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
MARINA MOTA E SILVA Ação: Procedimento Comum em: 15/02/2019 REQUERENTE:MARIA DE
LOURDES DA SILVA VASCONCELOS Representante(s): OAB 101010 - DEFENSORIA PUBLICA DO
ESTADO DO PARA (DEFENSOR) REQUERIDO:BANCO ITAUCARD SA Representante(s): OAB 3672 -
SERGIO ANTONIO FERREIRA GALVAO (ADVOGADO) OAB 12479 - GIOVANNY MICHAEL VIEIRA
NAVARRO (ADVOGADO) . Proc. Nº. 00269843920148140301 Em cumprimento ao disposto no inciso II, §
2º do Art. 1º do Provimento 006/2006 da CRMB c/c Ordem de Serviço nº 001/2016-Gab, intimem-se a
parte requerente/apelada para, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentar contrarrazões conforme dispõe o
art. 1.010, § 1° do NCPC. Belém, 15 de fevereiro de 2019 Analista Judiciário da 11º Vara Cível e
Empresarial da Capital PROCESSO: 00315378920108140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES
Ação: Procedimento Comum em: 15/02/2019 AUTOR:SINDICATO DOS EMPREGADOS EM
ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS PA/AP Representante(s): OAB 5623 - MARY LUCIA DO CARMO
XAVIER COHEN (ADVOGADO) REU:BANCO DO ESTADO DO PARA S/A. 0031537-89.2010.8.14.0301
R.H Verifico que as partes não especificaram as provas que pretendem produzir, assim sendo, determino
que sejam intimadas para que o façam em 10 (dez) dias (art. 319, inciso VI c/c art. 336, ambos no NCPC)
ou, sendo caso, informem a pretensão de julgamento antecipado do mérito. Após, conclusos para
saneamento ou julgamento antecipado. Intimem-se. Belém (Pa), 13 de fevereiro de 2019 Cesar Puty Juiz
de Direito PROCESSO: 00343245920078140301 PROCESSO ANTIGO: 200711061371
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES
Ação: Inventário em: 15/02/2019 INVENTARIANTE:RAIMUNDA DA SILVA GOMES NOBRE
Representante(s): OAB 7230 - ELVES DE FREITAS (ADVOGADO) INVENTARIADO:MOACYR BEZERRA
DA COSTA. SENTENÇA Trata-se de Ação de Inventário dos bens deixados por Moacyr Bezerra da Costa,
proposta por Raimunda da Silva Gomes Nobre. Após o despacho inicial (fls. 36) por meio do qual a autora
foi nomeada inventariante, foram determinadas algumas providências de sua parte (fls. 42), no sentido de
dar efetivo andamento ao feito. Em resposta, a requerente peticionou em 17/07/2013 (fls. 44), pedindo
dilatação do prazo para atendimento à determinação acima referida, uma vez que estaria passando por
problemas de saúde. Como desde então o feito não teve mais qualquer andamento e a autora não mais
compareceu aos autos, este juízo determinou sua intimação pessoal, a fim de que a inventariante
manifestasse interesse no prosseguimento do feito, sob pena de extinção do feito com base no Art. 485,
III, do NCPC. Tal determinação foi cumprida à fl. 47. Entretanto, apesar de a intimação pessoal da parte
autora ter sido enviada ao mesmo endereço declinado por ela própria na petição inicial, o aviso de
recebimento retornou com o carimbo de "Não Existe o Número" (fl. 48). É o relatório. DECIDO. Tendo em
vista o abandono do feito por parte da autora, já que sua última atuação no processo se deu em
17/07/2013, bem como que deixou de manter seu endereço devidamente atualizado para o recebimento
de intimações, apesar do dever imposto às partes pelo art. 77, V, do CPC/2015, EXTINGO o presente
feito, sem resolução do mérito, com arrimo no Art. 485, III, do CPC/2015. Sem custas, em razão do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
deferimento de justiça gratuita. Após as cautelas legais e de praxe, ARQUIVE-SE. Publique-se. Registre-
se. Intime-se. Cumpra-se. Belém-PA, 13 de fevereiro de 2019. CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA
RODRIGUES Juiz de Direito da 11º Vara Cível e Empresarial de Belém PROCESSO:
00360434620178140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES Ação: Mandado de Segurança Cível em: 15/02/2019
REQUERENTE:NORTON REVOREDO VENTURA NOBRE Representante(s): OAB 17692 - THYAGO
ZAHARIAS REBOUCAS SILVA (ADVOGADO) OAB 17235 - ANDRE QUEIROZ MERGULHAO
(ADVOGADO) REQUERIDO:FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL - PETROS
REQUERIDO:PETROLE BRASILEIRO S/A - PETROBRAS. SENTENÇA Cuida-se de Mandado de
Segurança, impetrado por NORTON REVOREDO VENTURA NOBRE, em face de FUNDAÇÃO
PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL - PETROS, na qual este juízo determinou, em decisão de fls.
96, que o requerente emendasse a petição inicial, a fim de trazer aos autos documentos que
comprovassem a condição de hipossuficiência econômica alegada, trazer declaração de hipossuficiência
assinada pelo impetrante, ou procuração outorgada ao seu patrono, com poderes especiais para requerer
o mencionado benefício em seu nome, conforme exige o Art. 105, do NCPC. Contudo, apesar de
devidamente intimado para cumprir tal determinação, o impetrante deixou de atender a determinação
judicial, conforme certificado à fl. 96v. É o que merece relato. Decido. Diante disso, considerando o não
cumprimento do despacho de fls. 96, conforme certificado à fl. 96v, indefiro a petição inicial, nos termos do
Art. 330, IV c/c 321, parágrafo único, do NCPC e, por conseqüência, EXTINGO o presente feito, sem
resolução do mérito, com arrimo no Art. 485, I, do mesmo diploma legal. Sem custas, nos termos do Art.
22, da Lei nº 8.328/2015. Após as cautelas legais e de praxe, ARQUIVE-SE. Belém-PA, 13 de fevereiro de
2019. CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES Juiz de Direito da 11ª Vara Cível e Empresarial da
Capital PROCESSO: 00414807320148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES
Ação: Arrolamento Sumário em: 15/02/2019 INVENTARIANTE:RITA IZABEL XAVIER DOS SANTOS
Representante(s): OAB 10837 - ADRIANO SOUTO OLIVEIRA (DEFENSOR) INVENTARIADO:EMILIO
FARIAS DOS SANTOS INVENTARIADO:JULIETA XAVIER DOS SANTOS. PROCESSO N°.
00414807320148140301 INVENTARIADO: EMILIO FARIAS DOS SANTOS e JULIETA XAVIER DOS
SANTOS INVENTARIANTE: RITA IZABEL XAVIER DOS SANTOS SENTENÇA (com resolução de mérito)
RITA IZABEL XAVIER DOS SANTOS, PAULO HENRIQUE XAVIER DOS SANTOS e RITA MARIA DOS
SANTOS PINHEIRO, ajuizaram pedido de abertura de inventário do único bem deixado pelos falecidos
EMILIO FARIAS DOS SANTOS e JULIETA XAVIER DOS SANTOS, cujos óbitos ocorreram,
respectivamente em 20.03.1990 e 29.06.1992, conforme certidões de fls. 11/12. Com a inicial
apresentaram os documentos comprobatórios da condição de herdeiros necessários (fls. 07/08 e 16/21) e
juntaram as certidões de quitação de tributos relativos aos bens do espólio (fls. 29/33). Recebido o
presente como arrolamento sumário, foi nomeada inventariante a herdeira RITA IZABEL XAVIER DOS
SANTOS, independentemente de termo de compromisso, face ao caráter consensual dos autos. Às fls. 35,
atribuiu o valor de R$ 30.600,00 ao bem constante do acervo hereditário, e juntou a certidão atualizada do
registro de imóveis, comprovando a inexistência de ônus sobre o patrimônio, assim identificado: terreno
coletado sob o número 554, situado na Passagem Teixeira, no trecho compreendido entre a travessa 14
de Março e Padre Eutíquio, registrado com a matricula nº384, fls. 384, livro 2-C M, perante o 2º Oficio de
Registro de Imóveis (fls.42) Independentemente de determinação, a inventariante juntou às fls. 36/37, a
comprovação do pagamento do imposto de transmissão causa mortis. É o relatório. DECIDO. Os autos
estão em perfeito acordo com os termos do Código do Processo Civil, que prevê o trâmite do inventário
por arrolamento em caso de herdeiros capazes e de pleno acordo com a partilha. Ademais, constato
estarem cumpridas todas as formalidades legais atinentes ao processo, conforme art. 659 e seguintes do
CPC/2015 e art. 192 do CTN. Após consulta a Central Notarial do Brasil, foi verificada a inexistência de
testamento deixado pelo falecido (fls.48/49). Ante o exposto, julgo por sentença, nos termos do artigo 659
do CPC/2015, o inventário do único bem deixado por EMILIO FARIAS DOS SANTOS e JULIETA XAVIER
DOS SANTOS, em consequência homologo a partilha amigável de fls. 54/55 Após o trânsito em julgado,
expeça-se o competente formal de partilha, necessário para transmissão do bem indicados na inicial. Sem
custas, em razão da concessão do benefício da gratuita. Abra-se vista, com carga nos autos, nos termos
do art. 128 da lei complementar nº80/94 e do ofício circular nº002/DFC/2011, ao respectivo membro da
defensoria pública desta comarca, a fim de que fique intimado desta sentença para os devidos fins.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após as cautelas legais, arquive-se. Belém, 14 de fevereiro de 2019.
CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES Juiz de Direito da 11ª Vara Cível e Empresarial de Belém-
PA. PROCESSO: 00450941020108140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES
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Considerando o retorno diligência presentes nos autos (fls. 96/97), fica(m) intimado(s) o(s)
requerente(s)/exequente(s) a se manifestar(em) acerca da mesma no prazo de 05(cinco) dias. Belém, 18
de fevereiro de 2019 Analista Judiciário da Secretaria da 11ª Vara Cível de Belém. PROCESSO:
00200157320058140301 PROCESSO ANTIGO: 200510640251
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES
Ação: Procedimento de Conhecimento em: 18/02/2019 REQUERIDO:ROSE MARY DA SILVA CHADA
Representante(s): OAB 8655 - ANDRE BENDELACK SANTOS (ADVOGADO) OAB 24799 - GISLAINE
SALES DO NASCIMENTO (ADVOGADO) OAB 25751 - RAFAEL AIRES DA SILVA COSTA (ADVOGADO)
INVENTARIADO:FLAVIO AUGUSTO OLIVEIRA CHADA Representante(s): OAB 15255 - JOAO
ROGERIO DA SILVA RODRIGUES (ADVOGADO) INVENTARIANTE:FLAVIO AUGUSTO OLIVEIRA
CHADA JUNIOR Representante(s): OAB 15255 - JOAO ROGERIO DA SILVA RODRIGUES
(ADVOGADO) REQUERIDO:ARLINDA DA SILVA CHADA Representante(s): OAB 8655 - ANDRE
BENDELACK SANTOS (ADVOGADO) OAB 24799 - GISLAINE SALES DO NASCIMENTO (ADVOGADO)
OAB 25751 - RAFAEL AIRES DA SILVA COSTA (ADVOGADO) . AÇÃO INVENTÁRIO. PROCESSO Nº
0020015-73.2005.8.14.0301 INVENTARIANTE: FLÁVIO AUGUSTO OLIVEIRA CHADA JÚNIOR
INVENTARIADO: FLÁVIO AUGUSTO OLIVEIRA CHADA HERDEIROS: ROSE MARY DA SILVA CHADA;
ARLINDA DA SILVA CHADA e AUGUSTO GONÇALVES CHADA NETO. TERMO DE AUDIÊNCIA DE
CONCILIAÇÃO Aos 18 (dezoito) dias do mês de fevereiro do ano de 2019 (dois mil e dezenove), às 10:00.
(dez horas), na sala de audiências da 11ª Vara Cível da Capital, presente o Dr. Cesar Augusto Puty Paiva
Rodrigues, Juiz de Direito Titular da Vara, juntamente comigo Luiz Reginaldo de Oliveira e Silva, Auxiliar
Judiciário, para audiência de conciliação, (art. 334, §8º do NCPC). Feito o pregão, verificou-se a presença
do inventariante Flávio Augusto Oliveira Chada Júnior - RG nº 4578550 PC/PA, acompanhado de seu
advogado João Rogério da Silva Rodrigues - OAB/PA nº 15.255, presente o advogado Rafael Aires da
silva Costa - OAB/PA nº 25.751, representando os herdeiros Rose Mary da Silva Chada e Arlinda da Silva
Chada, ausente Augusto Gonçalves Chada Neto, assistiu a audiência os acadêmicos de direito Iranildo
Guimarães dos Santos RG nº 736413 SSP/AP; Joyce Coelho da Silva RG nº 5033230 SSP/PA e Tamires
Karoline de Menezes Salomão RG nº 7662523 SSP/PA. Aberta a audiência indagado das partes se
haveria alguma proposta de conciliação está se tornou infrutífera. o patrono do inventariante pediu a
palavra e se manifestou nos seguintes termos: Que o Juízo chame o processo a ordem, para os devidos
saneamento e que nesta oportunidade determine que a senhora Arlinda da Silva Chada e rose Mary da
Silva Chada, que habitam no apartamento nº 1307 do edifício Banna não crie óbice para a entrada de
avaliadores e corretores de imóveis na feitura de venda e avaliação sob pena de configurar crime de
desobediência segundo a determinação deste Juízo. São os termos. O patrono das demais herdeira
requereu a intimação pessoal das mesmas a fim de atender alguma determinação judicial futura.
DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Para fins de melhor análise do pedido do patrono do inventariante
determino que os autos voltem conclusos, por se tratar de prioridade em razão de idoso e por ser processo
da META 2 do CNJ. Nada mais havendo passou o juiz encerrar o presente termo que lido e achado
conforme vai devidamente assinado. Eu,......................., Luiz Reginaldo de Oliveira e Silva, Auxiliar
Judiciário o subscrevi. JUIZ: _________________________________________ Inventariante
___________________________________ Advogado do inventariante_________________________
Advogado dos herdeiros ___________________________ PROCESSO: 00227808320138140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RENATA CELI DO
CARMO ALMEIDA LIMA Ação: Procedimento Comum em: 18/02/2019 AUTOR:JOSE MAURICIO
FERNANDES TOCANTINS Representante(s): OAB 18004 - HAROLDO SOARES DA COSTA
(ADVOGADO) OAB 15650 - KENIA SOARES DA COSTA (ADVOGADO) REU:AYMORE CFI AYMORE
CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO SA. PROCESSO Nº 00227808320138140301 Em
cumprimento ao disposto no inciso II, § 2º do Art. 1º do Provimento 006/2006 da CRMB alterado pelo
Provimento 008/2014 CRMB, e nos termos do Art. 350 no NCPC, manifeste-se a parte autora no prazo de
15 (quinze) dias a contar da publicação oficial no Diário de Justiça Eletrônico, sobre a (s) Contestação
(ões) apresentada (s). Belém, 18 de fevereiro de 2019. Secretaria da 11º Vara Cível e Empresarial da
Capital PROCESSO: 00235949520138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CHARBEL ABDON HABER JEHA Ação:
Procedimento Comum em: 18/02/2019 REQUERENTE:JORGE OSMAR PINHEIRO DILLON
Representante(s): OAB 7666 - SAULO ROBERTO REGIS DE SOUZA MORAES (ADVOGADO)
REQUERENTE:CIRCE CARINA SOAVE DE MORAES Representante(s): OAB 7666 - SAULO ROBERTO
REGIS DE SOUZA MORAES (ADVOGADO) REQUERIDO:BANCO HSBC Representante(s): OAB 13904-
A - ACACIO FERNANDES ROBOREDO (ADVOGADO) . DECISÃO O requerido Banco HSBC, via
embargos de declaração (fls. 57/58), requereu a modificação da r. sentença de fls. 53/56 que o condenou
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ao pagamento de indenização a título de dano moral no importe de R$- 3.000,00 (três mil reais), com
incidência de juros de mora desde a inscrição indevida e correção monetária a partir da data da sentença.
Aduz que a sentença é contraditória, vez que não houve inscrição indevida do nome dos autores nos
órgãos de proteção ao crédito, mas apenas recusa em compensar cheque. É o relato necessário. Decido.
Com efeito, ao analisar o recurso manejado pela parte requerida, compreendo que lhe assiste razão, pois
não houve negativação do nome dos autores nos órgãos de proteção ao crédito. Desse modo, a r.
sentença deverá ser modificada apenas para constar que a incidência de juros de mora deverá ocorrer
desde o dia da recusa de compensação do cheque, o que gerou a propositura da presente ação
Consoante as razões precedentes, conheço dos embargos e lhe dou provimento na forma acima exposta.
Int. e Cumpra-se. Belém/PA, 15 de fevereiro de 2018. CHARBEL ABDON HABER JEHA Juiz de Direito
Auxiliando a 11ª Vara Cível da Capital. PROCESSO: 00407941820138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CHARBEL ABDON HABER JEHA Ação:
Procedimento Comum em: 18/02/2019 REQUERENTE:DEYVISON TAVARES COSTA Representante(s):
OAB 15166 - ANTONIO HAROLDO GUERRA LOBO (ADVOGADO) REQUERIDO:BANCO BRADESCO
SA Representante(s): OAB 21483 - CLAYTON MOLLER (ADVOGADO) OAB 22189 - OSIRIS ANTINOLFI
FILHO (ADVOGADO) OAB 25812 - ANA LUCIA ANTINOLFI (ADVOGADO) . DECISÃO O requerido Banco
Bradesco S.A., via embargos de declaração (fls. 76/78), requereu a modificação da r. sentença de fls.
69/75, a qual julgou parcialmente procedente os pedidos do autor para declarar a nulidade da cobrança de
seguro no valor de R$- 2.014,08 reais. Alega o embargante que a sentença foi contraditória, uma vez que
não observou o enunciado 381 do STJ. É o relato necessário. Decido. Com efeito, ao analisar o recurso
manejado pela parte ré, compreendo que, sob nenhuma hipótese, assiste-lhe razão. Não há razões para
reapreciar a sentença prolatada. Efetivamente, o inconformismo do embargante não obedece aos
requisitos exigidos à propositura do recurso. O art. 1.022 do CPC dispõe literalmente que caberão
embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar
contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento; III - corrigir erro material. A sentença de fls. 69/75 não merece qualquer reparo, uma vez
que não padece de omissão e qualquer outro vício. Verifica-se que, com fundamento no art. 322, inciso II
do CPC, o juiz deverá interpretar os pedidos em conjunto com as postulações e aos preceitos da boa-fé.
Ora, se o autor postula a revisão e anulação de cláusulas contratuais abusivas, cabe ao Juízo analisar o
contrato e declarar a nulidade das cláusulas fixadas em prejuízo do consumidor. Portanto, havendo
abusividade de cláusulas, é lício ao Juiz reconhecer na sentença. Assim, a pretensão da parte recorrente é
apenas de discutir o mérito da decisão, inviável por esta via recursal, estando esgotada,
momentaneamente, a atividade jurisdicional deste MM. Juízo. Consoante as razões precedentes, conheço
dos embargos e nego provimento, mantendo integralmente a sentença atacada. Int. e Cumpra. Belém/PA,
15 de fevereiro de 2019. CHARBEL ABDON HABER JEHA Juiz de Direito Auxiliando a 11ª Vara Cível da
Capital. PROCESSO: 00468474420158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES
Ação: Procedimento Comum em: 18/02/2019 REQUERENTE:REGINA CELIA JOHNSON DO CARMO
Representante(s): OAB 7242 - GELMORYS SANTOS DA SILVA (ADVOGADO) REQUERIDO:ALLIANZ
SEGUROS S/A Representante(s): OAB 5546 - GUILHERME DA COSTA FERREIRA PIGNANELI
(ADVOGADO) OAB 4643 - EDSON ANTONIO SOUSA PINTO (ADVOGADO) . AÇÃO DSE OBRIGAÇÃO
DE FAZER C/C DANOS MORAIS. PROCESSO Nº 0046847-44.2015.8.14.0301 REQUERENTE: REGINA
CÉLIA JOHNSON DO CARMO REQUERIDA: ALLIANZ SEGUROS S/A TERMO DE AUDIÊNCIA DE
CONCILIAÇÃO Aos 18 (dezoito) dias do mês de fevereiro do ano de 2019 (dois mil e dezenove), às
10hs.30.min. (dez horas e trinta minutos), na sala de audiências da 11ª Vara Cível da Capital, presente o
Dr. Cesar Augusto Puty Paiva Rodrigues, Juiz de Direito Titular da Vara, juntamente comigo Luiz
Reginaldo de Oliveira e Silva, Auxiliar Judiciário, para audiência de conciliação, (art. 334, §8º do NCPC).
Feito o pregão, verificou-se a presença do procurador da parte autora José Maurício do Carmo Neto - Rg
nº 4090376 PC/PA, acompanhado do advogado Gelmorys Santos da Silva, presente a parte requerida
Allianz Seguros S/A através de seu preposto Rodrigo Nascimento Martins Pereira - RG nº 5378795
PC/PA, acompanhado do advogado Gabriel Luiz Graim Carvalho - OAB/PA nº 24.944 que pediu juntada
de carta de preposição e substabelecimento o que foi deferido pelo Juízo, assistiu a audiência os
acadêmicos de direito Iranildo Guimarães dos Santos RG nº 736413 SSP/AP; Joyce Coelho da Silva RG
nº 5033230 SSP/PA e Tamires Karoline de Menezes Salomão RG nº 7662523 SSP/PA. Aberta a
audiência, indagado das partes se haveria alguma proposta de conciliação está se tornou infrutífera.
DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Considerando que já existe despacho de especificação de provas à fl.
87 e manifestações das partes, determino que os autos voltem conclusos para o saneamento, conforme
preceitua o artigo 357 do NCPC. Nada mais havendo passou o juiz encerrar o presente termo que lido e
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achado conforme vai devidamente assinado. Eu,......................., Luiz Reginaldo de Oliveira e Silva, Auxiliar
Judiciário o subscrevi. JUIZ: _________________________________________ Requerente
____________________________________ Advogado do requerente__________________________
Requerido (preposto) ______________________________ Advogado do requerido
____________________________ PROCESSO: 00508503920108140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RENATA CELI DO CARMO ALMEIDA LIMA Ação:
Procedimento Comum em: 18/02/2019 REQUERENTE:LUMBERBRAS LTDA Representante(s): OAB
8724 - ANA KARINA TUMA MELO (ADVOGADO) OAB 13083 - ALCEMIR DA COSTA PALHETA JUNIOR
(ADVOGADO) OAB 11099 - WILSON LINDBERGH SILVA (ADVOGADO) REQUERIDO:MAJONAV
NAVEGAÇÃO LTDA Representante(s): OAB 15399 - ARTHUR HENRIQUE NORAT COELHO
(ADVOGADO) . Proc. Nº.00508503920108140301 Em cumprimento ao disposto no inciso II, § 2º do Art. 1º
do Provimento 006/2006 da CRMB c/c Ordem de Serviço nº 001/2016-Gab, intime-se a parte apelada
MAJONAV NAVEGAÇÃO LTDA, através de seus advogados, para, no prazo de 15 (quinze) dias,
apresentar CONTRARRAZÕES conforme dispõe o art. 1.010, § 1° do NCPC. Belém, 18 de fevereiro de
2019. Secretaria da 11º Vara Cível e Empresarial da Capital PROCESSO: 00528444220148140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RENATA CELI DO
CARMO ALMEIDA LIMA Ação: Procedimento Comum em: 18/02/2019 AUTOR:HELY TITO PAMPLONA
AUTOR:IRANEIDE LIMA PAMPLONA Representante(s): JENIFFER DE BARROS RODRIGUES ARAUJO
(DEFENSOR) REU:VIAPLAN APARELHOS ELETRICOS ELETRONICOS E ACESSORIOS. PROC Nº.
0052844-42.2014.814.0301 Ato de mero expediente. Com fundamento no artigo 152, inciso VI do CPC e
no provimento nº 006/2006, Art. 1º, parágrafo 2º, inciso I, da CJRMB, tomo a seguinte providência:
Considerando a resposta da Carta Precatória as fls. 46/48, fica intimado o(a) requerente, através de seu
patrono, a se manifestar(em) acerca da mesma no prazo de 05(cinco) dias; em dobro, caso Defensoria
Pública. Belém, 18 de fevereiro de 2019. Analista Judiciário da Secretaria da 11ª Vara Cível e Empresarial
de Belém. PROCESSO: 00646438220148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): FLAVIANNE TRINDADE ALVES Ação: Exceção de
Incompetência em: 18/02/2019 EXCIPIENTE:VALE.S.A. Representante(s): OAB 9665 - BRUNO BRASIL
DE CARVALHO (ADVOGADO) OAB 15232 - FABIO BRITO GUIMARAES (ADVOGADO) OAB 12766 -
KAUE OSORIO AROUCK (ADVOGADO) EXCEPTO:NORAUTO RENT A CAR LTDA Representante(s):
OAB 13922 - ROLF EUGEN ERICHSEN (ADVOGADO) OAB 13925 - PEDRO HENRIQUE BARATA
(ADVOGADO) . ATO ORDINATÓRIO Em cumprimento ao Artigo 1º, § 2º, XXIV, do Provimento nº
006/2006-CJRMB, considerando que não foi publicado(a) no DJE com o nome de todos os advogados
habilitados, uso do presente para INTIMAR TODOS OS INTERESSADOS, sobre o conteúdo do(a)
referido(a) Despacho/Sentença/Deliberação/Decisão, que a seguir transcrevo, in verbis: ATO
ORDINATÓRIO Proc. Nº. 0064643-82.2014.8.14.0301 Em cumprimento ao disposto no inciso II, § 2º do
Art. 1º do Provimento 006/2006 da CRMB c/c Art. 1º, inciso II da Ordem de Serviço nº 001/2016-Gab,
intimem-se a parte embargada para, no prazo de 05 (cinco) dias, apresentar resposta aos embargos de
declaraç"o opostos conforme disp"e o art. 1.023, § 2° do NCPC. Diretora de Secretaria da 11º Vara Cível e
Empresarial da Capital RENATA CELI DO CARMO Analista Judiciário PROCESSO:
00054326520068140301 PROCESSO ANTIGO: 200610181171
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CHARBEL ABDON HABER JEHA Ação: Ação
Rescisória em: 19/02/2019 AUTOR:MARIA DAS GRACAS DE ASSIS RODRIGUES Representante(s):
OAB 13304 - ARETHA NOBRE COSTA (ADVOGADO) AUTOR:MILARDSON FARIAS RODRIGUES
Representante(s): OAB 13304 - ARETHA NOBRE COSTA (ADVOGADO) OAB 15256 - NATALIA VIEIRA
LOURENCO (ADVOGADO) OAB 5.334 - VANESSA PONTES DOS SANTOS (ADVOGADO) REU:JOAO
LUIZ NASCIMENTO OLIVEIRA Representante(s): OAB 4049 - CARMEN SYLVIA ABUD DE CARVALHO
ZOGHBI (ADVOGADO) OAB 5154 - EVANDRO DE OLIVEIRA COSTA (ADVOGADO) OAB 15905 -
ADRIANO CARVALHO OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 22020 - JESSICA ANNE SARAIVA BRISOLLA
(ADVOGADO) REU:CAROLINA NASCIMENTO DE OLIVEIRA. Vistos etc. Considerando o cumprimento
espontâneo da sentença pelos requeridos, intime-se a parte autora para se manifestar sobre a petição de
fl. 233, bem como receber as chaves do imóvel na secretaria desta unidade judiciária, conforme certidão
de fl. 234. Ademais, tendo em vista a interposição de agravo de instrumento, acautelem-se os autos em
secretaria até o trânsito em julgado do referido recurso, quando deverá ser trasladada cópia da decisão e
certificado o que houver. Após, autos conclusos. Intime-se. Cumpra-se. Belém, 13 de Fevereiro de 2019.
CHARBEL ABDON HABER JEHA Juiz de Direito Auxiliando a 11ª Vara Cível da Capital PROCESSO:
00055668220118140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
CHARBEL ABDON HABER JEHA Ação: Cautelar Inominada em: 19/02/2019 REQUERENTE:MARINA
AZEVEDO FREIRE AGUILERA - COMÉRCIO Representante(s): OAB 6557 - JOSE AUGUSTO FREIRE
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se. Belém, 01 de Fevereiro de 2019. CHARBEL ABDON HABER JEHA Juiz de Direito Auxiliando a 11ª
Vara Cível da Capital PROCESSO: 00249179620178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RENATA CELI DO CARMO ALMEIDA LIMA Ação:
Alvará Judicial em: 19/02/2019 REQUERENTE:HENRIQUE CARDOSO BEZERRA Representante(s): OAB
20572 - KÉRMESON CONCEIÇÃO DE LIMA (ADVOGADO) . PROCESSO Nº Em cumprimento ao
disposto no inciso XI, § 2º do art. 1º do Provimento 006/2006 da CRMB, intime-se a parte REQUERENTE
HENRIQUE CARDOSO BEZERRA, através de seu advogado habilitado nos autos, na forma do Art. 272
do NCPC, para comparecer em Secretaria para agendar levantamento de Alvará Judicial. Belém,
19/02/2019. Analista Judiciário - Secretaria da 11ª Vara Cível de Belém PROCESSO:
00286694720158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
CHARBEL ABDON HABER JEHA Ação: Despejo por Falta de Pagamento Cumulado Com Cobrança em:
19/02/2019 REQUERENTE:LEIDA CASTRO POMPEU Representante(s): OAB 4768 - MARIA ALIDA
SOARES VAN DEN BERG (ADVOGADO) OAB 5888 - JOSE ALBERTO SOARES VASCONCELOS
(ADVOGADO) REQUERIDO:ANA LUCIA BORGES DA SILVA Representante(s): DEFENSORIA PUBLICA
DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) REQUERIDO:GIRLENE DA SILVA PEREIRA Representante(s):
DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) REQUERIDO:MARIA DA CONCEI¿¿O
DAS MERCES RAMOS REQUERIDO:RAFAELA TEIXEIRA DE SOUZA Representante(s): DEFENSORIA
PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) REQUERIDO:THATIANA DOS SANTOS DA SILVA
Representante(s): DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR)
REQUERIDO:ZENAIDE DA SILVA NASCIMENTO Representante(s): DEFENSORIA PUBLICA DO
ESTADO DO PARA (DEFENSOR) . DESPACHO Considerando o cumprimento integral da medida
cautelar deferida por este juízo, bem como que as partes não especificaram as provas que pretendem
produzir, determino que sejam intimadas para que o façam em 10 (dez) dias (art. 319, inciso VI c/c art.
336, ambos no NCPC), de modo a esclarecer a finalidade e fundamentar a necessidade das referidas
provas, sob pena de indeferimento, nos termos do art. 370 do CPC, ou, sendo o caso, informem se
concordam com o julgamento antecipado do mérito ou, ainda, se pretendem a designação de audiência
para tentativa de conciliação. Após, conclusos. Intimem-se. Belém, 01 de Fevereiro de 2019. CHARBEL
ABDON HABER JEHA Juiz de Direito Auxiliando a 11ª Vara Cível da Capital PROCESSO:
00288214720088140301 PROCESSO ANTIGO: 200810849032
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RENATA CELI DO CARMO ALMEIDA LIMA Ação:
Execução de Título Extrajudicial em: 19/02/2019 EXEQUENTE:BANCO BRADESCO Representante(s):
OAB 20455-A - MAURO PAULO GALERA MARY (ADVOGADO) EXECUTADO:ONEIDE DA SILVA
CORREA EXECUTADO:O S CORREA. PROCESSO Nº 0028821-47.2008.8.14.0301 Em cumprimento ao
disposto no inciso XI, § 2º do art. 1º do Provimento 006/2006 da CRMB, intime-se o (a) autor (a) na forma
do Art. 272 do NCPC, para no prazo de trinta (30) dias, efetuar o pagamento das custas para fins de
acesso ao Sistema Infojud. Belém, 19 de fevereiro de 2019 Analista Judiciário da 11º Oficio Cível Diretora
de Secretaria PROCESSO: 00316664220118140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES
Ação: Procedimento Comum em: 19/02/2019 AUTOR:JOSUE QUEIROZ ARAUJO Representante(s): OAB
9215 - PATRICIA GUIMARAES DA ROCHA (ADVOGADO) REU:LOJA FENIX AUTOMOVEIS LTDA
Representante(s): OAB 12969 - DANIEL DE MEIRA LEITE (ADVOGADO) OAB 17510 - MADSON
ANTONIO BRANDAO DA COSTA JUNIOR (ADVOGADO) . AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS
MATERIAIS E LUCROS CESSANTES CAUSADOS POR QUEBRA CONTRATUAL. PROCESSO Nº
0031666-42.2011.8.14.0301 REQUERENTE: JOSUÉ QUEIROZ ARAÚJO. REQUERIDO: LOJA FÊNIX
AUTOMÓVEIS LTDA. TERMO DE AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. Aos dezenove (19)
dias do mês de fevereiro do ano de 2019 (dois mil e dezenove), às 09:00 h (nove horas), na sala de
audiências da 11ª Vara Cível da Capital, presente o Cesar Augusto Puty Paiva Rodrigues, Juiz de Direito,
comigo, Luiz Reginaldo de Oliveira e Silva, Auxiliar Judiciário, para audiência de instrução e julgamento,
(art. 358 NCPC). Feito o pregão, verificou-se a ausência da parte autora e de seu advogado, presente o
preposto da parte requerida através de sua preposta Roberta Paredes Frota e Silva - RG nº 3337859
SSP/PA, acompanhado do advogado Madson Antônio Brandão da Costa Júnior - OAB/PA nº 17.510, que
pediu juntada de carta de preposição, deferido pelo Juízo, assistiu a audiência os acadêmicos de direito
Wagner Cesar Guedes de Sá CPF 749.060.382-04; Iranildo Guimarães dos Santos RG nº 736413
SSP/AP; Joyce Coelho da Silva RG nº 5033230 SSP/PA e Tamires Karoline de Menezes Salomão RG nº
7662523 SSP/PA. Aberta a audiência, prejudicada a conciliação, face a ausência da para autora e deu seu
advogado, foi dada a palavra ao patrono da parte requerida que se manifestou nos seguintes termos:
Pugna-se pela preclusão da produção de provas testemunhal pelo demandante, eis que, devidamente
intimado a comparecer nos autos através de seu advogado, deixou de fazê-lo. Outrossim a presente parte
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requer a desistência do depoimento pessoal do autor. Pede-se ainda, o prazo legal para a apresentação
de alegações finais escritas. São os termos. DELIBERAÇÃO EM AUDIENCIA: Defiro o pedido de dispensa
do depoimento pessoal da parte autora, conforme formulado pelo patrono do requerido. Considerando que
as demais provas deferidas em audiência de saneamento de fls. 69/71 conforme petição do autor de fl. 73,
que seriam depoimento pessoal do requerida a e oitiva de testemunhas, foram solicitadas pela parte
autora que estava ciente da presente audiência por meio de seu advogado, conforme diário acostado aos
autos à fl. 98, e diante da ausência da aludida patrona ao presente ato, com base no art. 362 § 2º do
NCPC, dispenso a produção de provas requeridas pela parte autora, já mencionadas acima. Restou
prejudicada a última tentativa de conciliação, estabelecendo o prazo de 15 (quinze) dias sucessivos, para
apresentação de memoriais escritos, iniciando-se pela parte autora, em seguida para requerida, inclusive
com vistas dos autos. Após conclusos para sentença. Nada mais havendo passou o juiz encerrar o
presente termo que lido e achado conforme vai devidamente assinado. Eu,......................., Luiz Reginaldo
de Oliveira e Silva, Auxiliar Judiciário, o subscrevi. JUIZ:
_____________________________________________ Requerida (preposta) ______________________
Advogado _______________________________ PROCESSO: 00338941920138140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RENATA CELI DO CARMO ALMEIDA
LIMA Ação: Monitória em: 19/02/2019 REQUERIDO:I A UCHOA CAVALCANTI AUTOR:FIDC NP PCG
BRASIL MULTICARTEIRA Representante(s): OAB 13536-A - CELSO MARCON (ADVOGADO) .
PROCESSO Nº Em cumprimento ao disposto no inciso XI, § 2º do art. 1º do Provimento 006/2006 da
CRMB, e com base na Lei 8328/2015 Art. 26, intime-se a PARTE FIDC NP PCG BRASIL
MULTICARTEIRA, através de seu patrono, na forma do Art. 272 do NCPC, para realizar o pagamento das
custas finais até o dia 03/08/2019, anterior à prolação da sentença. Belém, 19/02/2019 Analista Judiciário
da 11º Oficio Cível PROCESSO: 00351787820088140301 PROCESSO ANTIGO: 200810988228
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RENATA CELI DO CARMO ALMEIDA LIMA Ação:
Procedimento Comum em: 19/02/2019 REQUERENTE:OBOE CREDITO, FINANCIAMENTO E
INVESTIMENTO S/A Representante(s): OAB 13371-A - RAUL AMARAL JUNIOR (ADVOGADO)
REQUERIDO:CLEUSO RIBEIRO GEMAQUE Representante(s): OAB 13297 - TAMARA CAVALCANTE
GONCALVES (ADVOGADO) . PROCESSO Nº Em cumprimento ao disposto no inciso XI, § 2º do art. 1º do
Provimento 006/2006 da CRMB, e com base na Lei 8328/2015 Art. 26, intime-se o AUTOR OBOE
CREDITO, FINANCIMENTO E INVESTIMENTO S/A, através de seu patrono, na forma do Art. 272 do
NCPC, para realizar o pagamento das custas finais até o dia 20/07/2019, anterior à prolação da sentença.
Belém, 19/02/2019 Analista Judiciário da 11º Oficio Cível PROCESSO: 00352272720088140301
PROCESSO ANTIGO: 200810989599 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CHARBEL
ABDON HABER JEHA Ação: Procedimento Comum em: 19/02/2019 REQUERIDO:BANCO DO ESTADO
DO PARA BANPARA Representante(s): OAB 9127 - MARIA ROSA DO SOCORRO LOURINHO DE
SOUZA (ADVOGADO) OAB 11136 - DENNY ANDERSON MAIA PALHA (ADVOGADO) OAB 10744 -
EDVALDO CARIBE COSTA FILHO (ADVOGADO) REQUERIDO:MARIA JOSE FREITAS DE BARROS
Representante(s): OAB 3180 - BENEDITO MARQUES DA ROCHA (ADVOGADO) REQUERENTE:RUI
SERGIO MONTEIRO DE BARROS Representante(s): OAB 16307 - ABEL PEREIRA KAHWAGE
(ADVOGADO) . Vistos e etc. Intimem-se as partes para, no prazo de 10 (dez) dias, indicar os pontos que
entendem controvertidos e as provas que pretendem produzir para cada um deles, sob pena de preclusão
(art. 357, § 1o), de modo a esclarecer a finalidade e fundamentar a necessidade das referidas provas, sob
pena de indeferimento, nos termos do art. 370 do CPC, ou, sendo o caso, informem se concordam com o
julgamento antecipado do mérito. Ressalte-se, que as diligências inúteis ou meramente protelatórias serão
indeferidas, nos termos do parágrafo único do artigo 370 do CPC. Ademais, ficam as partes orientadas
que, acaso requeiram o julgamento antecipado do mérito, deverão fundamentar o pedido nos parâmetros
dos artigos 355 e seguintes do CPC. Escoado o prazo, com ou sem manifestação, devidamente
certificado, retornem os autos conclusos para decisão acerca do pedido de provas ou julgamento
antecipado, conforme o caso. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se. Belém, 07 de fevereiro de
2019. CHARBEL ABDON HABER JEHA Juiz de Direito Auxiliando a 11ª Vara Cível da Capital
PROCESSO: 00362868720178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RENATA CELI DO CARMO ALMEIDA LIMA Ação:
Procedimento Comum em: 19/02/2019 AUTOR:OLAVO DE OLIVEIRA Representante(s): OAB 14268 -
ALESSANDRA LIMA DOS SANTOS (ADVOGADO) REU:JM ELETROS E COSMETICOS REU:LUIS
JORGE MENDES DA CONCEICAO REU:ROSIANE FARIAS CHAVES DA CONCEICAO
Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (ADVOGADO) . EDITAL DE CITAÇ"O PROC. Nº
00362868720178140301 AÇÃO DE COBRANÇA REQUERENTE: OLAVO DE OLIVEIRA REQUERIDO:
LUIS JORGE MENDES DA CONCEIÇ"O e JM ELETROS E COSMÉTICOS PRAZO: 20 (VINTE) DIAS
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Considerando que à época da intimação para apresentação de manifestação à contestação a parte autora
era representada pela defensoria pública e que o CPC assegura a intimação pessoal do Defensor Público
para manifestações processuais, chamo o feito à ordem para devolver o prazo ao autor para que se
manifeste à contestação apresentada, no prazo legal, a fim de assegurar o contraditório e evitar futuras
alegações de nulidades. No entanto, tendo em vista que a Defensoria não patrocina mais o feito, ressalta-
se que a intimação da parte autora será realizada através de seu advogado. Após, com ou sem
manifestação, de tudo certificado, retornem os autos conclusos. Intime-se. Cumpra-se. Belém/PA, 15 de
Fevereiro de 2019. CHARBEL ABDON HABER JEHA Juiz de Direito Auxiliando a 11ª Vara Cível da
Capital PROCESSO: 00890880420138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CHARBEL ABDON HABER JEHA Ação: Despejo
por Falta de Pagamento Cumulado Com Cobrança em: 19/02/2019 REQUERENTE:MATISSE
PARTICIPAÇÕES S/A Representante(s): OAB 15188-A - TADEU ALVES SENA GOMES (ADVOGADO)
OAB 17278 - RENATA ISIS DE AZEVEDO REIS (ADVOGADO) REQUERIDO:A ARAUJO MENDES
Representante(s): OAB 5178 - BENEDITO CORDEIRO NEVES (ADVOGADO) REQUERIDO:MIGUEL
DOS SANTOS FERRAZ REQUERIDO:CREUZA MARIA SILVA FERRAZ Representante(s): OAB 5178 -
BENEDITO CORDEIRO NEVES (ADVOGADO) . DECISÃO DEFIRO o pedido de fl. 228. Contudo, antes
de se proceder à pesquisa requerida, é necessário o recolhimento das custas processuais
correspondentes, conforme estabelecido pela Lei nº 8.328/2015, no prazo de 05 (cinco) dias. Após o
decurso do prazo acima estipulado, com ou sem manifestação, neste último caso devidamente certificado,
retornem os autos conclusos. Intimem-se. Belém, 15 de Fevereiro de 2019. CHARBEL ABDON HABER
JEHA Juiz de Direito Auxiliando a 11ª Vara Cível da Capital PROCESSO: 01106483120158140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CHARBEL ABDON
HABER JEHA Ação: Procedimento Comum em: 19/02/2019 REQUERENTE:FLAVIA FARINHA AYRES
Representante(s): OAB 20125 - DIEGO GONÇALVES BARROS (ADVOGADO) OAB 20545 - GUSTAVO
NASCIMENTO BARBI (ADVOGADO) REQUERIDO:ORION INCORPORADORA LTDA Representante(s):
OAB 17213 - DIEGO FIGUEIREDO BASTOS (ADVOGADO) OAB 21379 - RAFAEL REZENDE DE
ALBUQUERQUE (ADVOGADO) OAB 5082 - MARTA MARIA VINAGRE BEMBOM (ADVOGADO)
REQUERIDO:CONSTRUTORA LEAL MOREIRA LTDA Representante(s): OAB 17213 - DIEGO
FIGUEIREDO BASTOS (ADVOGADO) OAB 21379 - RAFAEL REZENDE DE ALBUQUERQUE
(ADVOGADO) OAB 5082 - MARTA MARIA VINAGRE BEMBOM (ADVOGADO) REQUERIDO:PDG
REALTY SA EMPREENDIMENTOS E PARTICIPACOES Representante(s): OAB 16956 - LUCAS NUNES
CHAMA (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0110648-31.2015.814.0301 AÇÃO DE RESOLUÇÃO
CONTRATUAL c/c PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DE VALORES PAGOS E DANOS MORAIS
REQUERENTES: FLAVIA FARINHA ALVES REQUERIDAS: ORION INCORPORADORA LTDA.;
CONSTRUTORA LEAL MOEIRA LTDA E PDG REALTY S/A EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Vistos, etc. Tendo em vista o disposto no artigo 357 do Código de Processo
Civil, passo a proferir decisão de saneamento e de organização do processo. I - Resolução das questões
processuais pendentes 1.1 - Da preliminar de ilegitimidade passiva. De saída, é importante ressaltar que o
ordenamento jurídico brasileiro claramente elegeu, em seu Código de Defesa do Consumidor, o princípio
da máxima proteção ao consumidor, sendo este valor disseminado em todo o corpo da aludida norma.
Todavia, é inegável que um dos dispositivos que melhor ilustra este tema é o art. 25 do CDC, que informa
que: Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a
obrigação de indenizar prevista nesta e nas seções anteriores. § 1° Havendo mais de um responsável pela
causação do dano, todos responderão solidariamente pela reparação prevista nesta e nas seções
anteriores. As requeridas PDG REALTY S/A EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES e
CONSRUTORA LEAL MOREIRA S/A arguiram, em preliminar, a sua ilegitimidade para figurar no polo
passivo do processo, tendo em vista que o contrato celebrado pela autora possuía como partes apenas a
mesma e a incorporadora Orion uma das requeridas. Inobstante as razões articuladas pela demandada,
entendo que a defesa preliminar não merece acolhimento. Bem como, aduzem ainda que, a segunda
Requerida possui personalidade jurídica própria, não havendo motivo para que a primeira Requerida tenha
sido incluída no polo passivo da demanda pois trata-se de empresas do mesmo grupo econômico. Indefiro.
Explico. Entendo que, não obstante o contrato não trazer a primeira Requerida como signatário, o logotipo
da Construtora consta em documentos juntados aos autos. Pelo que se percebe, a PDG REALTY S/A e a
LEAL MOREIRA também são empresas construtoras da obra, de modo que isso sugere que a parte autora
realizou o negócio, também, por acreditar na credibilidade e estabilidade das Construtoras no mercado.
Neste caso, aplico a Teoria da Aparência, que nada mais é do que uma situação em que o direito
reconhece eficácia a situações meramente aparentes, uma vez que, dada sua relevância social, não
podem ser ignoradas. Trata-se, em verdade, de um desdobramento do princípio geral da boa-fé objetiva,
611
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
informar sobre qual questão fática recairá a prova técnica bem como digam em que consistirá a perícia e
informe a profissão mais abalizada para realização do ato. Após o escoamento do prazo, com ou sem
manifestação, devidamente certificada, retornem-me os autos conclusos para decisão acerca do pedido de
provas ou julgamento antecipado. Acaso necessária a instrução processual, tomarei todas as medidas
pertinentes para cada espécie (por exemplo: rol de testemunhas, nomeação de perito etc.) e designarei a
audiência de instrução e julgamento. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se. Belém/PA, 12 de
Fevereiro de 2019. CHARBEL ABDON HABER JEHA Juiz de Direito Auxiliando a 11ª Vara Cível da
Capital PROCESSO: 02943244520168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RENATA CELI DO CARMO ALMEIDA LIMA Ação:
Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 19/02/2019 REQUERENTE:BACO PAN
Representante(s): OAB 20636-A - PATRICIA PONTAROLI JANSEN (ADVOGADO) OAB 13846-A -
CRISTIANE BELINATI GARCIA LOPES (ADVOGADO) REQUERIDO:WILLIAM ABREU DOS SANTOS.
PROCESSO Nº 02943244520168140301 Em cumprimento ao disposto no inciso XI, § 2º do art. 1º do
Provimento 006/2006 da CRMB, intime-se o (a) autor (a) na forma do Art. 272 do NCPC, para no prazo de
dez (10) dias, efetuar o pagamento das custas processuais para expedição de mandado. Belém, 19 de
fevereiro de 2019. Secretaria da 11º Vara Cível de Belém PROCESSO: 07066506920168140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RENATA CELI DO
CARMO ALMEIDA LIMA Ação: Procedimento Comum em: 19/02/2019 REQUERENTE:LIDER COMERCIO
E INDUSTRIA LTDA Representante(s): OAB 18717 - STEFANO RIBEIRO DE SOUSA COSTA
(ADVOGADO) OAB 22540 - PAULA AMANDA RIBEIRO TEIXEIRA VASCONCELOS (ADVOGADO)
REQUERIDO:SALIM SALES ABRAHIM JUNIOR Representante(s): DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO
DO PARA (DEFENSOR) . PROCESSO Nº Em cumprimento ao disposto no inciso XI, § 2º do art. 1º do
Provimento 006/2006 da CRMB, e com base na Lei 8328/2015 Art. 26, intime-se o AUTOR LIDER
COMERCIO E INDUSTRIA LTDA, através de seu patrono, na forma do Art. 272 do NCPC, para realizar o
pagamento das custas finais até o dia 27/07/2019, anterior à prolação da sentença. Belém, 19/02/2019
Analista Judiciário da 11º Oficio Cível PROCESSO: 07377097520168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CHARBEL ABDON HABER JEHA Ação: Monitória
em: 19/02/2019 REQUERENTE:VERTICAL LOCAÇÃO DE MÁQUINAS EQUIPAMENTOS LTDA
Representante(s): OAB 13925 - PEDRO HENRIQUE BARATA (ADVOGADO) OAB 13922 - ROLF EUGEN
ERICHSEN (ADVOGADO) REQUERIDO:AMANHA INCORPORADORA LTDA Representante(s): OAB
21074-A - FABIO RIVELLI (ADVOGADO) . R.h. Considerando as informações apresentadas a este juízo,
intime-se a parte autora para se manifestar acerca das petições de fls. 383/394, 395/410 e 411/432, no
prazo de 5 (cinco) dias. Após, conclusos. Intime-se e cumpra-se. Belém, 11 de Fevereiro de 2019.
CHARBEL ABDON HABER JEHA Juiz de Direito Auxiliando a 11ª Vara Cível da Capital PROCESSO:
00086719320158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES Ação: Procedimento Comum em: 20/02/2019 AUTOR:K.
L. C. S. AUTOR:K. L. C. S. REPRESENTANTE:ALBERTO CORREA DOS SANTOS Representante(s):
OAB 17570 - ARIADNE OLIVEIRA MOTA DURANS (ADVOGADO) OAB 21744 - YURI CORREA DOS
SANTOS (ADVOGADO) REU:CONSTRUTORA LEAL JUNIOR LTDA Representante(s): OAB 5949 -
CRISTOVINA PINHEIRO DE MACEDO (ADVOGADO) . AÇÃO DE INDENIZAÇÃO MORAIS E
MATERIAIS. PROCESSO Nº 0008671-93.2015.8.14.0301 REQUERENTE: KALEB LEÃO CORREA DOS
SANTOS e KAUANE LEÃO CORREA DOS SANTOS, menores impúberes representados por seu genitor
ALBERTO CORREA DOS SANTOS. REQUERIDO: CONSTRUTORA LEAL JÚNIOR. TERMO DE
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. Aos vinte (20) dias do mês de fevereiro do ano de 2019
(dois mil e dezenove), às 09:00 h (nove horas), na sala de audiências da 11ª Vara Cível da Capital,
presente o Cesar Augusto Puty Paiva Rodrigues, Juiz de Direito, comigo, Luiz Reginaldo de Oliveira e
Silva, Auxiliar Judiciário, para audiência de instrução e julgamento, (art. 358 NCPC). Feito o pregão,
verificou-se a presença do Ilustre Representante do Ministério Público, Ernestino Roosevelt Pantoja;
presente seus advogados Yuri Correa dos Santos - OAB/PA nº 21.744 e José Maria Durans de Oliveira
Júnior - OAB/PA nº 28.187, presente o advogado da parte requerida, Sérgio de Carvalho Verdelho -
OAB/PA nº 6693, ausente a testemunha Saulo Ferreira Costa, assistiu a audiência o acadêmico de direito
Álvaro Quaresma de Araújo Neto - RG nº 2381712 SSP/PA, Wagner Cesar Guedes de Sá CPF
749.060.382-04, Iranildo Guimarães dos Santos RG nº 736413 SSP/AP; Joyce Coelho da Silva RG nº
5033230 SSP/PA e Tamires Karoline de Menezes Salomão RG nº 7662523 SSP/PA. Aberta a audiência, o
Representante do Ministério Público desiste da acareação, insistindo nas diligência requeridas 195/196,
(cópia do procedimento policial nº Tombo: 8/2013.000661-9) no sentido de verificar se foi realizada
reconstituição dos fatos e acareação das testemunhas que ainda não se encontra carreada aos autos.
Determinando que a Secretaria reitere o que foi determinado no despacho de fl. 197 e que resposta seja
613
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
no prazo de 10 (dez) dias. Sobre a desistência da acareação os patronos das partes não se opuseram ao
pedido do Ministério Público. DELIBERAÇÃO EM AUDIENCIA: Defiro o pedido de desistência de
acareação dentre testemunhas e partes solicitada pelo MP as fls. 195/196, determinado por fim que seja
novamente oficiado a autoridade policial para cumprimento das diligências determinadas por este Juízo
conforme oficio de fl. 198, a fim que que seja cumprido no prazo máximo de 05 9cinco) dias, devendo
contar no oficio ser esta a segunda vez que esta sendo encaminhado para fins de cumprimento sem que
tenha havido resposta da autoridade policial. Havendo resposta, determino novamente que as partes
sejam ouvidas a respeito da juntada do documento no prazo sucessivo de 05 (cinco) dias para se
manifestarem remetendo-se os autos ao fim para o Ministério Público para memoriais escritos. Após
conclusos para sentença. Nada mais havendo passou o juiz encerrar o presente termo que lido e achado
conforme vai devidamente assinado. Eu,......................., Luiz Reginaldo de Oliveira e Silva, Auxiliar
Judiciário, o subscrevi. JUIZ: ______________________________________________ Promotor de
Justiça ___________________________________ Advogados dos autores
_________________________________ Advogado do Requerido
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ T e s t e m u n h a s
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
____________________________________________ PROCESSO: 00146780420158140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RENATA CELI DO
CARMO ALMEIDA LIMA Ação: Execução de Título Extrajudicial em: 20/02/2019 REQUERENTE:BANCO
PAN S A Representante(s): OAB 18783 - NATASHA VIDIGAL BARROSO (ADVOGADO) OAB 157875 -
HUMBERTO LUIZ TEIXEIRA (ADVOGADO) OAB 13846-A - CRISTIANE BELINATI GARCIA LOPES
(ADVOGADO) REQUERIDO:LUZANIRA SERRÃO DE MIRANDA. PROCESSO Nº
00146780420158140301 Em cumprimento ao disposto no inciso XI, § 2º do art. 1º do Provimento
006/2006 da CRMB, intime-se o (a) autor (a) na forma do Art. 272 do NCPC, para no prazo de trinta (30)
dias, efetuar o pagamento das custas processuais para o cumprimento de diligências requeridas. Belém,
20 de fevereiro de 2019. Secretaria da 11º Vara Cível de Belém PROCESSO: 00166634220148140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): FLAVIANNE TRINDADE
ALVES Ação: Procedimento Comum em: 20/02/2019 REQUERENTE:MARIA ZENEIDE BARBOSA DA
SILVA Representante(s): OAB 12669 - NEILA MOREIRA COSTA (ADVOGADO) REQUERIDO:BANCO
DO BRASIL SEGUROS COMPANHIA DE SEGUROS ALIANCA BRASI Representante(s): OAB 19357 -
CARLOS ANTONIO HARTEN FILHO (ADVOGADO) . Ato de mero expediente. Com fundamento no artigo
152, inciso VI do CPC e no provimento nº 006/2006, Art. 1º, parágrafo 2º, inciso I, da CJRMB, tomo a
seguinte providência: Manifeste-se o autor no prazo de 5 (cinco) dias sobre a petição de fls. 58/63. Belém,
21 de fevereiro de 2019. Analista Judiciário da Secretaria da 11ª Vara Cível e Empresarial de Belém
Página de 1 Fórum de: BELÉM Email: 11civelbelem@tjpa.jus.br Endereço: Praça Felipe Patroni, Sn,
Fórum Cível, Prédio Principal, 2º Andar, Sala 209. CEP: 66.015-260 Bairro: Cidade Velha Fone: (91)3205-
2220 PROCESSO: 00194192420148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): FLAVIANNE TRINDADE ALVES Ação:
Procedimento Comum em: 20/02/2019 REQUERENTE:ALCIR BARROS DO NASCIMENTO
Representante(s): OAB 13443 - BRENDA FERNANDES BARRA (ADVOGADO) REQUERIDO:BANCO
HONDA S/A Representante(s): OAB 7069 - SILVIA VALERIA PINTO SCAPIN (ADVOGADO) . ATO
ORDINATÓRIO Em cumprimento ao Artigo 1º, § 2º, XXIV, do Provimento nº 006/2006-CJRMB,
considerando problemas técnicos no Sistema LIBRA o r. despacho abaixo mencionado não foi publicado
no DJE, uso do presente para INTIMAR TODOS OS INTERESSADOS, sobre o conteúdo do(a) referido(a)
Despacho/Sentença/Deliberaç"o/Decis"o, que a seguir transcrevo, in verbis: Proc. Nº. 0019419-
24.2014.8.14.0301 Em cumprimento ao disposto no inciso II, § 2º do Art. 1º do Provimento 006/2006 da
CRMB c/c Ordem de Serviço nº 001/2016-Gab, intimem-se a parte requerido/apelada para, no prazo de 15
(quinze) dias, apresentar contrarraz"es conforme disp"e o art. 1.010, § 1° do NCPC. Belém. 4 de fevereiro
de 2019 Analista Judiciário da 11º Vara Cível e Empresarial da Capital Belém, 20/02/2019 Secretaria da
11ª Vara Cível de Belém PROCESSO: 00215093020038140301 PROCESSO ANTIGO: 200310440603
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): FLAVIANNE TRINDADE ALVES Ação:
Procedimento Comum em: 20/02/2019 DEFENSOR:AUGUSTO RIOS REU:LABORATORIO
BENEFICENTE DE BELEM Representante(s): OAB 9780 - CAIO DE AZEVEDO TRINDADE
(ADVOGADO) ALMERINDO AUGUSTO DE VASCONCELLOS TRINDADE (ADVOGADO)
AUTOR:SOLANGE SUELY SOUSA DA SILVA Representante(s): OAB 4705 - RAIMUNDO AUGUSTO
RIOS BRITO (ADVOGADO) . ATO ORDINATÓRIO Em cumprimento ao Artigo 1º, § 2º, XXIV, do
Provimento nº 006/2006-CJRMB, considerando problemas técnicos no Sistema LIBRA o r. despacho
abaixo mencionado não foi publicado no DJE, uso do presente para INTIMAR TODOS OS
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
FLAVIANNE TRINDADE ALVES Ação: Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 20/02/2019
REQUERENTE:FIAT ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA Representante(s): OAB 14918 -
TALITA MARIA CARMONA DOS SANTOS (ADVOGADO) OAB 84206 - MARIA LUCILIA GOMES
(ADVOGADO) REQUERIDO:JUSCELINO DA SILVA SANTIAGO. ATO ORDINATÓRIO Em cumprimento
ao Artigo 1º, § 2º, XXIV, do Provimento nº 006/2006-CJRMB, considerando que não foi publicado(a) no
DJE com o nome de todos os advogados habilitados, uso do presente para INTIMAR TODOS OS
INTERESSADOS, sobre o conteúdo do(a) referido(a) Despacho/Sentença/Deliberação/Decisão, que a
seguir transcrevo, in verbis: PROCESSO Nº 00538569120148140301 R.h. Em face da certid"o, de fl. 49,
intime-se a parte autora para manifestar interesse no prosseguimento do feito, no prazo de cinco (05) dias,
devendo no mesmo prazo efetuar o pagamento das custas, sob pena de extinç"o. Efetivado este, cumpra-
se o determinado à fl. 47. Belém (Pa), 11/12/2018. Cesar Augusto Puty Paiva Rodrigues Juiz de Direito da
11ª. Vara Cível e Empresarial de Belém RENATA CELI DO CARMO Analista Judiciário PROCESSO:
00585818920158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
RENATA CELI DO CARMO ALMEIDA LIMA Ação: Procedimento Comum em: 20/02/2019
REQUERENTE:MICHAEL JHONY SOARES DO CARMO Representante(s): OAB 14245-A - THAISA
CRISTINA CANTONI MANHAS (ADVOGADO) OAB 53400 - ROBERTO CESAR GOUVEIA MAJCHSZAK
(ADVOGADO) REQUERIDO:SEGURADORA LIDER CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT SA
Representante(s): OAB 8770 - BRUNO MENEZES COELHO DE SOUZA (ADVOGADO) OAB 11037-A -
ROBERTA MENZES COELHO DE SOUZA (ADVOGADO) . Proc. Nº.00585818920158140301 Em
cumprimento ao disposto no inciso II, § 2º do Art. 1º do Provimento 006/2006 da CRMB c/c Ordem de
Serviço nº 001/2016-Gab, intime-se a parte apelada SEGURADORA LIDER CONSORCIOS DO SEGURO
DPVAT SA, através de seus advogados, para, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentar
CONTRARRAZÕES conforme dispõe o art. 1.010, § 1° do NCPC. Belém, 18 de fevereiro de 2019.
Secretaria da 11º Vara Cível e Empresarial da Capital PROCESSO: 00698474420138140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RENATA CELI DO CARMO ALMEIDA
LIMA Ação: Execução de Título Extrajudicial em: 20/02/2019 EXEQUENTE:MANOEL DUARTE DO
ESPIRITO SANTO FILHO Representante(s): OAB 9136 - ADRIANO DINIZ FERREIRA DE CARVALHO
(ADVOGADO) EXECUTADO:FLAVIO SEAWRIGHT DE OLIVEIRA. PROCESSO Nº
00698474420138140301 Em cumprimento ao disposto no inciso XI, § 2º do art. 1º do Provimento
006/2006 da CRMB, intime-se o (a) autor (a) na forma do Art. 272 do NCPC, para no prazo de dez (10)
dias, efetuar o pagamento das custas processuais para o cumprimento de diligências determinadas as
fls.34. Belém, 20 de fevereiro de 2019. Secretaria da 11º Vara Cível de Belém PROCESSO:
01106344720158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
RENATA CELI DO CARMO ALMEIDA LIMA Ação: Embargos de Terceiro em: 20/02/2019
EMBARGADO:JAQUELINE CAMPOS MAGAIESKI Representante(s): OAB 7314 - MARCIA MODESTO
BITENCOURT (ADVOGADO) OAB 6075 - JAQUELINE CAMPOS MAGAIESKI (ADVOGADO) OAB 7636 -
ALBERTINI ULTIMO DA ROCHA ATHAYDE (ADVOGADO) EMBARGADO:ALBERTINI ULTIMO DA
ROCHA Representante(s): OAB 7314 - MARCIA MODESTO BITENCOURT (ADVOGADO) OAB 6075 -
JAQUELINE CAMPOS MAGAIESKI (ADVOGADO) OAB 7636 - ALBERTINI ULTIMO DA ROCHA
ATHAYDE (ADVOGADO) EMBARGANTE:ESPOLIO DE ANTONIO JOSE ALCANTARA SA
Representante(s): OAB 9888 - AGOSTINHO MONTEIRO JUNIOR (ADVOGADO) . Em cumprimento ao
disposto no inciso XI, § 2º do art. 1º do Provimento 006/2006 da CRMB, intime-se o (a) EMBARGANTE
ESPOLIO DE ANTONIO JOSE ALCANTARA S/A através de seu patrono, na forma do Art. 272 do NCPC,
para realizar o pagamento das custas finais até o dia 10/08/2019, sob pena de inscrição na dívida ativa.
Belém, 20/02/2019 Analista Judiciário da 11º Oficio Cível PROCESSO: 01191355320168140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): FLAVIANNE TRINDADE
ALVES Ação: Procedimento Comum em: 20/02/2019 REQUERENTE:SUL AMERICA CIA. NACIONAL DE
SEGUROS Representante(s): OAB 273843 - JOSE CARLOS VAN CLEEF DE ALMEIDA SANTOS
(ADVOGADO) REQUERIDO:CELPA CENTRAIS ELETRICA DO PARA Representante(s): OAB 14977 -
MARCEL AUGUSTO SOARES DE VASCONCELOS (ADVOGADO) OAB 14976 - LARISSA LUTIANA
FRIZA DE VASCONCELOS (ADVOGADO) . ATO ORDINATÓRIO Em cumprimento ao Artigo 1º, § 2º,
XXIV, do Provimento nº 006/2006-CJRMB, considerando problemas técnicos no Sistema LIBRA o r.
despacho abaixo mencionado não foi publicado no DJE, uso do presente para INTIMAR TODOS OS
INTERESSADOS, sobre o conteúdo do(a) referido(a) Despacho/Sentença/Deliberaç"o/Decis"o, que a
seguir transcrevo, in verbis: Proc. Nº. 0119135-53.2016.8.14.0301 Em cumprimento ao disposto no inciso
II, § 2º do Art. 1º do Provimento 006/2006 da CRMB c/c Ordem de Serviço nº 001/2016-Gab, intimem-se a
parte requerente/apelada para, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentar contrarraz"es conforme disp"e o
art. 1.010, § 1° do NCPC. Belém. 4 de fevereiro de 2019 Analista Judiciário da 11º Vara Cível e
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Empresarial da Capital Belém, 20/02/2019 Secretaria da 11ª Vara Cível de Belém PROCESSO:
07506860220168140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
MARINA MOTA E SILVA Ação: Procedimento Comum em: 20/02/2019 REQUERENTE:DOUGLAS TADEU
MARTINS SOZINHO Representante(s): OAB 14973 - LIVIA BURLE DA MOTA (ADVOGADO)
REQUERIDO:GIOVANY GOMES GUIMARAES Representante(s): OAB 24050 - ISMAEL OLIVEIRA DE
SOUZA (ADVOGADO) REQUERIDO:CORRETORES ASSOCIADOS GGG REQUERIDO:MARY DE
JESUS OLIVEIRA. ATO ORDINATÓRIO Considerando o Provimento nº 006/2006-CJRMB, Artigo 1º, § 2º,
II, datado de 05.10.2006, o qual delega poderes a esta Diretora de Secretaria, para praticar atos de
administração e expediente, sem caráter decisório, diante da manifestação do r. despacho de fl. 177, tomo
a seguinte providência: "Após, intimem-se o requerido, por meio de seu advogado, para especificação de
provas ou para informar interesse no julgamento antecipado, no mesmo prazo de 15 dias. Esclareço ainda
a ambas as partes que havendo requerimento de produção de provas, as mesmas deverão esclarecer a
sua finalidade, com o intuito de evitar a produção de prova desnecessária e protelatória à solução do
litígio. Após, conclusos. " Belém, 20 de fevereiro de 2019. Analista Judiciário da Secretaria da 11ª Vara
Cível e Empresarial de Belém PROCESSO: 00007687520138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES
Ação: Procedimento Comum em: 21/02/2019 REQUERENTE:L. V. L. A. REPRESENTANTE:ELIENE
TAVARES LOBATO ARAUJO Representante(s): OAB 5664 - PAULA ANDREA CASTRO PEIXOTO
(ADVOGADO) REQUERIDO:ANDREI DA SILVA MIRANDA. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS
MATERIAIS E MORAIS. PROCESSO 0000768-75.2013.814.0301. REQUERENTE: LARISSA VITÓRIA
LOBATO ARAÚJO, menor impúbere, representada por sua genitora ELIENE TAVARES LOBATO
ARAÚJO. REQUERIDO: ANDREI DA SILVA MIRANDA. TERMO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO Aos
21 (vinte e um) dias do mês de fevereiro do ano de 2019 (dois mil e dezenove), às 10hs.30min. (dez horas
e trinta minutos) na sala de audiências da 11ª Vara Cível da Capital, presente o Dr. Cesar Augusto Puty
Paiva Rodrigues, Juiz de Direito Titular da Vara, juntamente comigo Luiz Reginaldo de Oliveira e Silva,
Auxiliar Judiciário, presente o Representante do Ministério Público Ernestino Roosevet Silva para
audiência de conciliação, (art. 334, §8º do NCPC). Feito o pregão, verificou-se a ausência das partes.
Aberta a audiência, prejudicada a conciliação, face a ausência das partes e de seus patronos.
DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Concedo o prazo de 10 (dez) dias para que o patrono da parte autora se
manifeste acerca do aviso de recebimento de fl. 63, decorrido o prazo, com ou sem manifestação, neste
último caso, devidamente certificado, voltem conclusos. Nada mais havendo passou o juiz encerrar o
presente termo que lido e achado conforme vai devidamente assinado. Eu,......................., Luiz Reginaldo
de Oliveira e Silva, Auxiliar Judiciário o subscrevi. JUIZ:
_________________________________________ Promotor de Justiça
______________________________ PROCESSO: 00076935320148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RENATA CELI DO CARMO ALMEIDA LIMA Ação:
Agravo de Instrumento em: 21/02/2019 EXEQUENTE:EMILIA LAVAREDA DA SILVA Representante(s):
OAB 10662 - JAQUELINE NORONHA DE M FILOMENO KITAMURA (ADVOGADO) OAB 19618 -
PRISCILLA KARLA AFONSO CARVALHO (ADVOGADO) EXECUTADO:BANCO DO BRASIL SA
Representante(s): OAB 21078-A - JOSE ARNALDO JANSSEN NOGUEIRA (ADVOGADO) OAB 21148-A -
SERVIO TULIO DE BARCELOS (ADVOGADO) . ATO ORDINATÓRIO Baseado no Art. 1º, § 2º, I do
Prov.06/2006 da CJRMB e em nome dos princípios da boa-fé e da cooperação insculpidos nos artigos 5º,
6º do Código de Processo Civil, que objetivam a obtenção, em tempo razoável (NCPC, artigo 4º e CF,
artigo 5º, LXXVIII), de decisão justa e efetiva (princípio da eficiência - NCPC, artigo 8º e CF, artigo 37,
caput) INTIMO a parte, para, no prazo de 05 (cinco) dias, colecionar aos autos cópia da(s) petição(ões)
protocolada(s) no(s) dia(s) 20/09/2019 (protocolo nº 2018.03847075-88), considerando que, mesmo após
incessantes buscas, não foi possível a sua localização na Secretaria da 11º Vara Cível e Empresarial.
Belém, em 21 de fevereiro de 2019. Secretaria da 11º Vara Cível e Empresarial de Belém PROCESSO:
00124568020078140301 PROCESSO ANTIGO: 200710385839
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): FLAVIANNE TRINDADE ALVES Ação:
Reintegração / Manutenção de Posse em: 21/02/2019 REQUERIDO:RUY FERNANDO SOARES
OLIVEIRA REQUERENTE:BANCO ITAU - CIA ITAULEASING ARRENDAMENTO MERCANTIL
Representante(s): OAB 13536-A - CELSO MARCON (ADVOGADO) . ATO ORDINATÓRIO Em
cumprimento ao Artigo 1º, § 2º, XXIV, do Provimento nº 006/2006-CJRMB, considerando que não foi
publicado(a) no DJE com o nome de todos os advogados habilitados, uso do presente para INTIMAR
TODOS OS INTERESSADOS, sobre o conteúdo do(a) referido(a)
Despacho/Sentença/Deliberação/Decisão, que a seguir transcrevo, in verbis: PROCESSO Nº
00124568020078140301 Em cumprimento ao disposto no inciso XI, § 2º do art. 1º do Provimento
618
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
006/2006 da CRMB, intime-se o (a) AUTOR da aç"o BANCO ITAU - CIA ITAULEASING
ARRENDAMENTO MERCANTIL, através de seu patrono, na forma do Art. 272 do NCPC, para realizar o
pagamento das custas finais até o dia 17/04/2019, sob pena de inscriç"o na dívida ativa. Belém,
27/08/2018 Analista Judiciário da 11º Oficio Cível RENATA CELI DO CARMO Analista Judiciário
PROCESSO: 00146668820078140301 PROCESSO ANTIGO: 200710456846
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RENATA CELI DO CARMO ALMEIDA LIMA Ação:
Procedimento Comum em: 21/02/2019 AUTOR:THAIS BRILHANTE PONTES Representante(s): OAB
7430 - MARIA AMELIA FERREIRA LOPES (ADVOGADO) OAB 5781 - LUIS CARLOS SILVA MENDONCA
(ADVOGADO) REU:MAYKA LTDA ME Representante(s): OAB 2837 - ISOMAR FERREIRA DE SOUZA
(ADVOGADO) AUTOR:FERNANDO AUGUSTO BOTELHO PONTES Representante(s): OAB 5781 - LUIS
CARLOS SILVA MENDONCA (ADVOGADO) AUTOR:AMANDA BRILHANTE PONTES Representante(s):
OAB 5781 - LUIS CARLOS SILVA MENDONCA (ADVOGADO) REU:LUIS DE FRANCA VITORINO
VIEIRA Representante(s): OAB 2837 - ISOMAR FERREIRA DE SOUZA (ADVOGADO) . Ato de mero
expediente. Com fundamento no artigo 152, inciso VI do CPC e no provimento nº 006/2006, Art. 1º,
parágrafo 2º, inciso I, da CJRMB, tomo a seguinte providência: Considerando a juntada da proposta de
honorários do perito Alexandre Silva Ericeira, as fls. 264/265, fica (m) intimado(s) o(s) a(s) partes através
de seus patronos a se manifestar(em) acerca do mesmo no prazo comum de 5 (cinco) dias. Belém, 21 de
fevereiro de 2019. Analista Judiciário da Secretaria da 11ª Vara Cível e Empresarial de Belém Página de 1
Fórum de: BELÉM Email: 11civelbelem@tjpa.jus.br Endereço: Praça Felipe Patroni, Sn, Fórum Cível,
Prédio Principal, 2º Andar, Sala 209. CEP: 66.015-260 Bairro: Cidade Velha Fone: (91)3205-2220
PROCESSO: 00197301520148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES
Ação: Procedimento Comum em: 21/02/2019 AUTOR:SILVANA SOARES DE ALMEIDA ZACCARDI
Representante(s): OAB 12246 - SILVIA GOMES NORONHA (DEFENSOR) REU:MARCONI TORRES
GALINDO. AÇÃO DE DISSOLUÇÃO PARCIAL DE SOCIEDADE LTDA. PROCESSO Nº 0019730-
15.2014.814.0301. REQUERENTE: SILVANA SOARES DE ALMEIDA ZACCARDI. REQUERIDO:
MARCONI TORRES GALINDO. TERMO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO Aos 21 (vinte e um) dias do
mês de fevereiro do ano de 2019 (dois mil e dezenove), às 09:00 horas (nove horas), na sala de
audiências da 11ª Vara Cível da Capital, presente o Dr. Cesar Augusto Puty Paiva Rodrigues, Juiz de
Direito Titular da Vara, juntamente comigo Luiz Reginaldo de Oliveira e Silva, Auxiliar Judiciário, para
audiência de conciliação, (art. 334, §8º do NCPC). Feito o pregão, verificou-se a presença da parte autora
Silvana Soares de Almeida Zacardi - RG nº 59.607.189-9 PC/PA, acompanhada de sua Defensora Pública
Claudine Ribeiro de Oliveira Martins Beckman - matricula nº 5558917-5, ausente a parte requerida,
assistiu a audiência os acadêmicos de direito Iranildo Guimarães dos Santos RG nº 736413 SSP/AP;
Wagner Cesar Guedes de Sá - CPF 749.060.382-04; Joyce Coelho da Silva RG nº 5033230 SSP/PA e
Tamires Karoline de Menezes Salomão RG nº 7662523 SSP/PA. Aberta a audiência, prejudicada a
conciliação, face a ausência da parte requerida. Neste momento a Defensora Pública requereu que
constasse no presente termo que a autora desconhece o endereço da parte requerida, solicitando desde
logo a consulta nos sistemas eletrônicos disponíveis para cumprir tal diligência. DELIBERAÇÃO EM
AUDIÊNCIA Defiro o pedido da Defensora Público, devendo os autos retornarem conclusos após a
publicação. Nada mais havendo passou o juiz encerrar o presente termo que lido e achado conforme vai
devidamente assinado. Eu,......................., Luiz Reginaldo de O. e Silva, Auxiliar Judiciário, o subscrevi.
JUIZ: _________________________________________ Requerente
____________________________________ Defensora _____________________________________
PROCESSO: 00256587220098140301 PROCESSO ANTIGO: 200910556264
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RENATA CELI DO CARMO ALMEIDA LIMA Ação:
Procedimento Comum em: 21/02/2019 REU:SERGIO PEDRO AURELIANO DIAS REU:MARIA LUCIA
LANGBECK OHANA Representante(s): OAB 10367 - ANDRE BECKMANN DE CASTRO MENEZES
(ADVOGADO) OAB 2636 - SONIA MARIA DE ARAUJO HESKETH (ADVOGADO) OAB 18051 -
GABRIELLA DE LIMA ACATAUASSU (ADVOGADO) OAB 20261 - MAURICIO VILACA MOURA
(ADVOGADO) AUTOR:HELOISA HELENA DOMINGUES DA SOUZA Representante(s): OAB 8349 -
NEWTON CELIO PACHECO DE ALBUQUERQUE (ADVOGADO) OAB 10758 - FRANCINALDO
FERNANDES DE OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 20235 - TATYANA CRISTINA MOURAO JATAHY
(ADVOGADO) . Proc. Nº. 00256587220098140301 Em cumprimento ao disposto no inciso XXII, § 2º do
Art. 1º do Provimento 006/2006 da CRMB, intimem-se AS PARTES para, no prazo de 15 (quinze) dias,
querendo, solicitar (em) ao que lhe (s) for pertinente, em face do retorno dos presentes autos do Egrégio
Tribunal de Justiça. Belém, 21 de fevereiro de 2019. Analista Judiciário da 11º Vara Cível e Empresarial da
Capital PROCESSO: 00400510520108140301 PROCESSO ANTIGO: ----
619
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Juízo, assistiu a audiência os acadêmicos de direito Iranildo Guimarães dos Santos RG nº 736413
SSP/AP; Wagner Cesar Guedes de Sá - CPF 749.060.382-04; Joyce Coelho da Silva RG nº 5033230
SSP/PA e Tamires Karoline de Menezes Salomão RG nº 7662523 SSP/PA. Aberta a audiência, indagado
das partes se haveria alguma proposta de conciliação, está se tornou infrutífera. DELIBERAÇÃO EM
AUDIÊNCIA: Considerando que o processo já se encontra pronto para o saneamento, determino que após
a publicação os autos retornem para esse fim com fulcro no art. 357 do NCPC. Nada mais havendo
passou o juiz encerrar o presente termo que lido e achado conforme vai devidamente assinado.
Eu,......................., Luiz Reginaldo de Oliveira e Silva, Auxiliar Judiciário o subscrevi. JUIZ:
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ A u t o r
_________________________________________ Advogado
_____________________________________ Requerido (preposto) ____________________________
Advogada _____________________________________
cognição sumária, denoto que são latentes os pressupostos necessários ao deferimento da tutela de
urgência.Subsistem tanto a comprovação da mora, mediante notificação extrajudicial entregue no
endereço do demandado, quanto à aparente regularidade do contrato entabulado entre as partes. Esses
elementos constituem-se em motivos suficientes a justificar a pronta intervenção judicial, nos termos do
art. 3º do Decreto-Lei nº. 911,que foi revigorado pelas alterações introduzidas pela Lei 10.931/2004.Desta
forma, estão assentados o perigo da demora e o indicativo do direito material alegado. O primeiro ante a
possibilidade real de dilapidação e depreciação do bem dado em garantia do valor financiado. O segundo
aspecto, em razão da documentação acostada à inicial, que evidencia a probabilidade do direito.Ex positis,
defiro a liminar pretendida, servindo cópiadesta decisão como mandado de busca e apreensão do veículo
descrito na inicial.Na ocasião da diligência, deverá o Senhor Oficial de Justiça proceder à AVALIAÇÃO do
bem, para fins do disposto no art. 2º., do dec.-Lei 911/69, valor que deverá ser observado pela parte
autora em caso de venda do mesmo.Uma vezexecutada a liminar, o réu deverá ser citado, sendo
advertido que terá cinco (05) dias para pagar o total do débito (o que inclui as parcelas vencidas e
vincendas, além das custas e honorários advocatícios). Nessa hipótese, havendo pagamento tempestivo
do valor correto, o réu terá restituído o bem.Ressalva-se que o prazo para contestação - 15 dias - somente
terá início a partir da execução da liminar, nos termos do art. 3., §3., do Dec.-Lei n. 911/69.Determino a
inclusão da restrição de circulação do veículo junto ao sistema Renajud,procedimento que apenasserá
realizado após o efetivo pagamento das custas, de acordo com a nova Tabela, constante da Lei n.
8328/2015 (DOE 30/12/2015), tudo nos termos do dispositivo supracitado.Servirá o presente, por cópia
digitalizada, como carta de citação ou mandado, nos termos do Provimento n. 003/2009-CJRMB.Expeça-
se o necessário.Belém29 de janeiro de 2019 CESARAUGUSTOPUTYPAIVA RODRIGUESJuiz de Direito
Titular da 11ª Vara Cível da Comarca da Capital
nos termos do Art. 63, §1º, ?a? e ?b?, da Lei nº 8.245/91, sob pena expedição de mandado de
desocupação compulsória, inclusive com auxílio de força policial, se necessário.Transitado em julgado,
arquivem-se os autos com as cautelas legais.P.R.I.C.Belém, 19 de Fevereiro de 2019. Belém, 22/02/2019
Marina Mota e SilvaAnalista Judiciário
tudo acrescido de multa de 10%, honorários de 20%, juros e correção monetária.A pretensão do
requerente encontra guarida na regra insculpida no art. 9°, III, c/c o art. 5°, ambos da Lei n° 8.245/91 que
dispõem o seguinte:Art. 9°. A locação também poderá ser desfeita:III ? em decorrência da falta de
pagamento do aluguel e demais encargos.Art. 5°. Seja qual for o fundamento do término da locação, a
ação do locador para reaver oimóvel é a de despejo.A cobrança dos aluguéis encontra amparo legal no
art. 23, I, da Lei n° 8.245/91, que diz o seguinte:Art. 23. O locatário é obrigado a:I ? pagar pontualmente o
aluguel e os encargos da locação, legal ou contratualmente exigíveis, no prazo estipulado ou, em sua falta,
até o 6° (sexto) dia útil do mês seguinte ao vencido, no imóvel locado, quando outro local não tiver sido
indicado no contrato;Diante disso, tem-se então que os requeridos não efetuaram o pagamento dos
aluguéis descritos na exordial, o que se admite como verdadeiro em face da ausência de contrariedade e
das provas trazidas aos autos pelos autores, situação que impõe reconhecer o desfazimento da locação
celebrada entre as partes com a consequente condenação dos requeridos ao pagamento de aluguéis e
acessórios da locação.DISPOSITIVO.Ante o exposto, julgo os pedidos iniciais, TOTALMENTE
PROCEDENTES nos termos da fundamentação acima, para fins de:1) declarar rescindido o contrato de
locação celebrado entre as partes e, consequentemente, decretar o despejo do locatário JOÃO DA SILVA
GONÇALVES, devidamente qualificado nos autos;2) condenar os requeridos JOÃO DA SILVA
GONÇALVES E EDUARDO DA SILVA GONÇALVES (locatário e fiador, respectivamente) ao pagamento
da quantia discriminada na planilha de cálculo (ID n. 4813437 pág. 12 a 14 e ID 4813489 ? pág. 1), assim
como dos aluguéis vincendos até a efetiva entrega do imóvel pelo locatário, em tudo acrescido de multa de
10%, correção monetária pelo INPC/IBGE e juros simples de 1% (um por cento) ao mês, contados a partir
da data do inadimplemento de cada uma das prestações devidas, conforme dispõe o Art. 397, do CC/02.E
assim sendo, julgo extinto o processo com resolução de mérito, a teor do Art. 487, I, do CPC/2015,
condenando as requeridas, ainda, ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios que
arbitro em 20% (vinte por cento) do valor total apurado, nos termos do Art. 85, §2º do CPC/2015,
devidamente atualizada até o efetivo pagamento.Advirtam-se os réus que, em caso de não pagamento das
despesas processuais apuradas, no prazo de 15 (quinze) dias, o crédito delas decorrente sofrerá
atualização monetária e incidência dos demais encargos legais e será encaminhado para inscrição em
dívida ativa.EXPEÇA-SE mandado de despejo, para desocupação voluntária no prazo de 15 (quinze) dias,
nos termos do Art. 63, §1º, ?a? e ?b?, da Lei nº 8.245/91, sob pena expedição de mandado de
desocupação compulsória, inclusive com auxílio de força policial, se necessário.Transitado em julgado,
arquivem-se os autos com as cautelas legais.P.R.I.C.Belém, 19 de Fevereiro de 2019. Belém, 22/02/2019
Marina Mota e SilvaAnalista Judiciário
efeito de imputação ao fornecedor, de sua responsabilização em razão dos danos causados em razão de
defeito na concepção ou fornecimento de produto ou serviço, determinando seu dever de indenizar pela
violação do dever geral de segurança inerente a sua atuação no mercado de consumo. No direito
brasileiro, o regime de responsabilidade distingue-se em razão do dever jurídico violado pelo fornecedor. A
responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço decorre da violação de um dever de segurança, ou
seja, quando o produto ou serviço não oferece a segurança que o consumidor deveria legitimamente
esperar. Já a responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço decorre da violação de um dever de
adequação, qual seja, o dever dos fornecedores de oferecer produtos ou serviços no mercado de consumo
que sirvam aos fins que legitimamente deles se esperam' (Miragem, Bruno. Direito do consumidor, p.
260)". (destaque) (Comentários ao Código de Defesa do Consumidor. RT. 2010. página 379) Com efeito,
não havendo prova conclusiva acerca de eventual defeito do botijão de GLP, indevida qualquer pretensão
do autor no sentido de obter indenização pelo ocorrido. Transcrevo julgado nesse sentido: RECURSO
INOMINADO. CONSUMIDOR. VÍCIO DO PRODUTO. NÃO COMPROVAÇÃO. AUSÊNCIA DE PROVA
MÍNIMA DOS FATOS CONSTITUTIVOS DO DIREITO DA AUTORA. ARTIGO 333, INCISO I DO CPC.
AUSÊNCIA DE LAUDO TÉCNICO. IMPROCEDÊNCIA. A parte autora pede provimento ao recurso para
reformar a sentença que julgou improcedente a presente ação indenizatória, em face da ausência de prova
mínima dos fatos constitutivos do seu direito. Inversão do ônus probatório prevista no CDC que não
desonera a parte autora de comprovar minimamente os fatos constitutivos do seu direito. Ônus do qual
não se desincumbiu, por força do artigo 333, inciso I do CPC. Ausência de comprovação do vício do
produto. Inexistência de laudo técnico. Prova de cancelamento do negócio. Reembolso de parcela paga
pela recorrente. Reforma parcial da sentença recorrida, apenas para determinar o reembolso à recorrente
da parcela paga à recorrida. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
(Recurso Cível Nº 71005441860, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: José Ricardo
de Bem Sanhudo, Julgado em 01/10/2015). (TJ-RS - Recurso Cível: 71005441860 RS, Relator: José
Ricardo de Bem Sanhudo, Data de Julgamento: 01/10/2015, Primeira Turma Recursal Cível, Data de
Publicação: Diário da Justiça do dia 05/10/2015) 3. DISPOSITIVO Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTE
o pedido do autor, e por conseguinte, julgo extinto o processo com resolução de mérito (art. 487, I do
NCPC), deixando de condenar o vencido em face do reconhecimento de hipossuficiência econômica a
ensejar o deferimento da justiça gratuita. Certificado o trânsito em julgado, a secretaria deve tomar as
seguintes providências: a) aguarde-se o prazo estabelecido em lei para o início do cumprimento de
sentença; b) após o escoamento do prazo, com ou sem manifestação, devidamente certificada, retornem-
me os autos conclusos. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se. Belém (PA) 27 de fevereiro de
2018. DANIEL RIBEIRO DACIER LOBATO Juiz de Direito auxiliando a 13ª Vara Cível da Capital
PROCESSO: 00058878020148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CRISTIANO ARANTES E SILVA Ação:
Procedimento Comum em: 21/02/2019 AUTOR:JOSE DE SOUZA LIMA Representante(s): OAB 2291 -
TADEU FERREIRA MONTEIRO (ADVOGADO) REU:PARAGAS DISTRIBUIDORA LTDA
Representante(s): OAB 12268 - CASSIO CHAVES CUNHA (ADVOGADO) OAB 15410-A - CARLOS
ROBERTO DE SIQUEIRA CASTRO (ADVOGADO) . Cls. À vista do teor da certidão retro, procedi nesta
data novo cadastramento do documento para fins de publicação no sistema Libra. Belém, 21 de fevereiro
de 2019. CRISTIANO ARANTES E SILVA Juiz de Direito - 13 ª Vara Cível. PROCESSO:
00154171120148140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
CRISTIANO ARANTES E SILVA Ação: Procedimento Comum em: 21/02/2019 AUTOR:ANSELMO
CARLOS NOGUEIRA MONTEIRO Representante(s): OAB 4590 - SANDRA BRAZAO E SILVA BECHARA
ROCHA (ADVOGADO) OAB 21021 - HAROLDO ALENCAR DE SOUSA NETO (ADVOGADO) REU:SPE
PROGRESSO INCORPORADORA LTDA Representante(s): OAB 16956 - LUCAS NUNES CHAMA
(ADVOGADO) . Cls. À vista do teor da certidão retro, procedi nesta data novo cadastramento do
documento para fins de publicação no sistema Libra. Belém, 21 de fevereiro de 2019. CRISTIANO
ARANTES E SILVA Juiz de Direito - 13 ª Vara Cível. PROCESSO: 00154171120148140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CRISTIANO ARANTES E SILVA
Ação: Procedimento Comum em: 21/02/2019 AUTOR:ANSELMO CARLOS NOGUEIRA MONTEIRO
Representante(s): OAB 4590 - SANDRA BRAZAO E SILVA BECHARA ROCHA (ADVOGADO) OAB
21021 - HAROLDO ALENCAR DE SOUSA NETO (ADVOGADO) REU:SPE PROGRESSO
INCORPORADORA LTDA Representante(s): OAB 16956 - LUCAS NUNES CHAMA (ADVOGADO) . Visto,
etc. Trata-se de Embargos de Declaração opostos por PROGRESSO INCORPORADORA LTDA. em face
da decisão de fls. 182/183 nos autos da presente Ação de Nulidade de Cláusulas Contratuais c/c Danos
Morais. A embargante alega a existência de omissão, aduzindo que: "a decisão foi omissa vez que não
atentou ao fato de que a intimação para comparecimento na audiência ocorreu apenas dois dias antes da
631
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
data marcada, contrariando o que dispõe o artigo 334 do CPC; houve omissão também em razão de não
ter sido redesignada a audiência frente a nulidade da intimação para comparecimento na mesma; o juízo
deveria manifestar-se quanto ao pedido de suspensão em razão da recuperação judicial". É o relato.
DECIDO. Consoante leciona NELSON NERY JUNIOR, os embargos de declaração não se prestam a
corrigir os fundamentos de uma decisão e nem são meio hábil ao reexame da causa, e sim "remédio
jurídico idôneo a ensejar o esclarecimento da obscuridade, a dissipação da dúvida, a solução da
contradição ou o suprimento da omissão verificada na decisão embargada" (NELSON NERY JÚNIOR,
"Aspectos Polêmicos e Atuais dos Recursos Cíveis", RT, p 241). Nos termos dos ensinamentos
doutrinários acima transcritos, após análise dos argumentos apresentados pelo Embargante e do próprio
decisum embargado, constato que não existe omissão ou quaisquer dos vícios ensejadores da oposição
de embargos declaratórios, uma vez que o juiz não está obrigado a especificar claramente todos os
documentos que levaram à formação de seu convencimento. No caso dos autos, verifico que há na
decisão guerreada a indicação clara e objetiva dos fundamentos que motivaram este juízo à tomada da
decisão, não havendo o que se falar na incidência de contradição. Ante o exposto, considerando a
inexistência de quaisquer dos vícios elencados no artigo 1.022 do Código de Processo Civil/2015,
REJEITO os embargos de declaração, mantendo-se integralmente o teor da decisão de fls. 182/183. DA
SUSPENSÃO DO PROCESSO Quanto ao pedido da requerida de fls. 170/181, o qual, em audiência, foi
postergada sua análise, entendo que a Recuperação Judicial não suspende as ações indenizatórias
ilíquidas, ou seja, com valores a serem apurados, por força do art. 6º, §1º, da Lei 11.101/2005. Portanto,
indefiro o pedido de suspensão da presente ação. DA APLICAÇÃO DE MULTA A conciliação e a
mediação têm se afirmado como a forma mais saudável para a solução dos conflitos, na medida em que
garante às partes o poder de determinarem o desfecho do litígio, auxiliadas pelo Poder Judiciário,
garantindo um ambiente favorável e propício à formação do consenso como ponto de equilíbrio entre os
interesses conflitantes. No caso em comento, tendo em vista as manifestações da requerida, inclusive no
manejo dos Embargos de Declaração interpostos, não ficou demonstrado o interesse efetivo em conciliar,
visto que poderia ter se manifestado expressamente neste sentido. Por outro lado, o argumento da parte
demandada de que sua intimação se deu com prazo exíguo, fato comprovado com a certidão de
publicação de fl. 169, me parece razoável para deixar de aplicar a multa prevista no §8º do art. 334 do
CPC. Por todo o exposto, deixo de redesignar audiência de Conciliação, no entanto, caso as partes se
manifestem expressamente neste sentido, no prazo de 05 (cinco) dias, fica, desde já, autorizada a
Secretaria a providenciar inclusão na pauta deste gabinete, intimando os interessados com prazo mínimo
de 20 (vinte) dias antes de sua realização. DAS PROVAS Sem prejuízo, na forma do art. 357 do CPC,
especifiquem as partes, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, as provas que pretendem produzir,
INDICANDO SUAS FINALIDADES. Do contrário, julgarei antecipadamente a lide. Intimem-se. Cumpra-se.
Belém (PA), 19 de fevereiro de 2018. CRISTIANO ARANTES E SILVA Juiz de Direito - 13ª Vara Cível e
Empresarial da Capital /FR PROCESSO: 00194212820138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CRISTIANO ARANTES E SILVA Ação: Processo
Cautelar em: 21/02/2019 AUTOR:LUIZ HENRIQUE FARIAS BROWN Representante(s): OAB 12688 -
SAPHIRA MAIRA SIQUEIRA DUARTE NETO (ADVOGADO) REU:BANCO BMC S/A. S E N T E N Ç A
Visto, etc. Em ato ordinatório, datado de 27 de abril de 2015, restou determinada a manifestação do autor,
no prazo de 05 (cinco) dias, sobre o retorno do mandado de citação sem cumprimento. Considerando a
publicação do referido Ato Ordinatório no Diário da Justiça e, considerando que a parte demandante
deixou de promover os atos e as diligências que lhe incumbiam, entendo pelo desinteresse superveniente
no processamento da presente demanda. Isto posto, julgo extinto o processo, sem análise do mérito, com
fundamento no art. 485, III e VI, do Código de Processo Civil/2015, pelo abandono e carência de interesse
processual. Custas na forma da lei. Certificado o trânsito em julgado, arquive-se, IMEDIATAMENTE,
dando-se baixa no Sistema Libra. P.I.C. Belém/PA, 05 de outubro de 2018. CRISTIANO ARANTES E
SILVA Juiz de Direito titular da 13ª Vara Cível da Capital JA PROCESSO: 00194212820138140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CRISTIANO ARANTES
E SILVA Ação: Processo Cautelar em: 21/02/2019 AUTOR:LUIZ HENRIQUE FARIAS BROWN
Representante(s): OAB 12688 - SAPHIRA MAIRA SIQUEIRA DUARTE NETO (ADVOGADO)
REU:BANCO BMC S/A. Cls. À vista do teor da certidão retro, procedi nesta data novo cadastramento do
documento para fins de publicação no sistema Libra. Belém, 21 de fevereiro de 2019. CRISTIANO
ARANTES E SILVA Juiz de Direito - 13 ª Vara Cível. PROCESSO: 00195564020138140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CRISTIANO ARANTES E SILVA
Ação: Consignação em Pagamento em: 21/02/2019 AUTOR:ANTONIO MARCOS BARROSO DA SILVA
Representante(s): OAB 13443 - BRENDA FERNANDES BARRA (ADVOGADO) REU:BANCO
VOLKSWAGEN SA Representante(s): OAB 15504 - JULIANA FRANCO MARQUES (ADVOGADO) OAB
632
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
FILHO (ADVOGADO) . Cls. À vista do teor da certidão retro, procedi nesta data novo cadastramento do
documento para fins de publicação no sistema Libra. Belém, 21 de fevereiro de 2019. CRISTIANO
ARANTES E SILVA Juiz de Direito - 13 ª Vara Cível. PROCESSO: 00293179520138140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CRISTIANO ARANTES E SILVA
Ação: Reintegração / Manutenção de Posse em: 21/02/2019 REQUERENTE:BANCO ITAUCARD SA
Representante(s): OAB 14974 - CARLA RENATA DE OLIVEIRA CARNEIRO (ADVOGADO)
REQUERIDO:MARIA CRISTINA ROCHA MAGALHAES Representante(s): OAB 1097 - CLAUDIO
MENDONCA FERREIRA DE SOUZA (ADVOGADO) OAB 1872 - LUIZ SANTIAGO RIBEIRO ALVES
FILHO (ADVOGADO) . S E N T E N Ç A Vistos, etc., Trata-se de Ação de Reintegração de Posse, em que
as partes entabularam acordo (entrega amigável do bem), tendo solicitado a extinção da presente
demanda. Pelo exposto, considerando estar em termos o acordo firmado entre as partes, homologo o
mesmo. Julgo, em consequência, extinto o processo, com fundamento no art. 487, III, do Código de
Processo Civil. Custas na forma da lei. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Após o trânsito em julgado,
arquivem-se os autos, IMEDIATAMENTE, dando-se baixa no Sistema Libra. Expeça-se o necessário.
Certificado o trânsito em julgado, arquive-se, observadas as formalidades legais. Belém, 27 de agosto de
2018. Cristiano Arantes e Silva Juiz de Direito JA PROCESSO: 00416400620118140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CRISTIANO ARANTES E SILVA
Ação: Procedimento Comum em: 21/02/2019 AUTOR:JOSE ALVES DE OLIVEIRA Representante(s): OAB
8232 - JOSE MARIO DA COSTA SILVA (ADVOGADO) OAB 7359 - TELMA LUCIA BORBA PINHEIRO
(ADVOGADO) REU:GUILHERME TADEU DA SILVA GOMES Representante(s): OAB 13134 - ANTONIO
DOS SANTOS GAMA JUNIOR (ADVOGADO) REU:MISAEL BERDEIDE DOS SANTOS. Cls. À vista do
teor da certidão retro, procedi nesta data novo cadastramento do documento para fins de publicação no
sistema Libra. Belém, 21 de fevereiro de 2019. CRISTIANO ARANTES E SILVA Juiz de Direito - 13 ª Vara
Cível. PROCESSO: 00416400620118140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CRISTIANO ARANTES E SILVA Ação:
Procedimento Comum em: 21/02/2019 AUTOR:JOSE ALVES DE OLIVEIRA Representante(s): OAB 8232
- JOSE MARIO DA COSTA SILVA (ADVOGADO) OAB 7359 - TELMA LUCIA BORBA PINHEIRO
(ADVOGADO) REU:GUILHERME TADEU DA SILVA GOMES Representante(s): OAB 13134 - ANTONIO
DOS SANTOS GAMA JUNIOR (ADVOGADO) REU:MISAEL BERDEIDE DOS SANTOS. Vistos etc.
Tratam-se de Embargos de Declaração opostos em face da sentença de fl. 214, sustentando erro material
no decisum. Analisando os autos, de fato há vício na sentença, quando constou no relatório o nome de
Darlei dos Santos Pinheiro, parte estranha aos autos, no entanto, este erro material não tem o condão de
modificar a decisão. Isso posto, conheço dos embargos de declaração e lhes dou provimento, para tão
somente retificar a parte inicial r. sentença de fls. 214 que passa a ter a seguinte redação: JOSÉ ALVES
DE OLIVEIRA, propôs AÇÃO ORDINÁRIA DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS em face de
GUILHERME TADEU DA SILVA GOMES e MISAEL BERDEIDE DOS SANTOS, todos qualificados nos
autos. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Transitada em julgado, retornem os autos ao Gabinete para
julgamento da lide. Belém, 06 de fevereiro de 2018. Cristiano Arantes e Silva Juiz de Direito PROCESSO:
00420346020098140301 PROCESSO ANTIGO: 200910950648
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CRISTIANO ARANTES E SILVA Ação:
Reintegração / Manutenção de Posse em: 21/02/2019 AUTOR:BANCO BFB LEASING SA
ARRENDAMENTO MERCANTIL Representante(s): OAB 12306 - ANA PAULA BARBOSA DA ROCHA
GOMES (ADVOGADO) OAB 14045 - JOAO LUIS BRASIL BATISTA ROLIM DE CASTRO (ADVOGADO)
REU:IZAIAS CORREA DE MIRANDA AUTOR:IITAU UNIBANCO S/A Representante(s): OAB 18629-A -
ROSANGELA DA ROSA CORREA (ADVOGADO) . Cls. À vista do teor da certidão retro, procedi nesta
data novo cadastramento do documento para fins de publicação no sistema Libra. Belém, 21 de fevereiro
de 2019. CRISTIANO ARANTES E SILVA Juiz de Direito - 13 ª Vara Cível. PROCESSO:
00420346020098140301 PROCESSO ANTIGO: 200910950648
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CRISTIANO ARANTES E SILVA Ação:
Reintegração / Manutenção de Posse em: 21/02/2019 AUTOR:BANCO BFB LEASING SA
ARRENDAMENTO MERCANTIL Representante(s): OAB 12306 - ANA PAULA BARBOSA DA ROCHA
GOMES (ADVOGADO) OAB 14045 - JOAO LUIS BRASIL BATISTA ROLIM DE CASTRO (ADVOGADO)
REU:IZAIAS CORREA DE MIRANDA AUTOR:IITAU UNIBANCO S/A Representante(s): OAB 18629-A -
ROSANGELA DA ROSA CORREA (ADVOGADO) . Somente hoje, face ao acúmulo de serviço. Tendo em
conta que o requerido ainda não foi citado, determino que a parte autora manifeste interesse no
prosseguimento do feito. (Prazo: 5 dias). Caso demonstre interesse no prosseguimento do feito, diga o que
pretende, especificando a medida que entender cabível ao caso concreto, cumpra as determinações deste
juízo e providencie o que for necessário ao bom andamento processual, sob pena de extinção do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
término de obra de grande magnitude sujeita a diversos obstáculos e situações imprevisíveis. 7. Deve ser
reputada razoável a cláusula que prevê no máximo o lapso de 180 (cento e oitenta) dias de prorrogação,
visto que, por analogia, é o prazo de validade do registro da incorporação e da carência para desistir do
empreendimento (arts. 33 e 34, § 2º, da Lei nº 4.591"1964 e 12 da Lei nº 4.864"1965) e é o prazo máximo
para que o fornecedor sane vício do produto (art. 18, § 2º, do CDC). 8. Mesmo sendo válida a cláusula de
tolerância para o atraso na entrega da unidade habitacional em construção com prazo determinado de até
180 (cento e oitenta) dias, o incorporador deve observar o dever de informar e os demais princípios da
legislação consumerista, cientificando claramente o adquirente, inclusive em ofertas, informes e peças
publicitárias, do prazo de prorrogação, cujo descumprimento implicará responsabilidade civil. Igualmente,
durante a execução do contrato, deverá notificar o consumidor acerca do uso de tal cláusula juntamente
com a sua justificação, primando pelo direito à informação. 9. Recurso especial não provido. (STJ. 3ª
Turma. REsp 1.582.318-RJ, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 12/9/2017) (grifos apostos).
No caso dos autos, há expressa previsão contratual sobre a referida cláusula de tolerância de 180 dias
(fls. 45), reconhecendo este Juízo a ausência de abusividade da referida cláusula, e concluir como termo
final para entrega do imóvel dia 30/01/2010, estando a requerida em mora a partir de 31/01/2010. DA
INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAS LUCROS CESSANTES/ALUGUÉIS Nota-se, nesse passo, que
as requeridas descumpriram o prazo estipulado em contrato para entrega do imóvel, acrescida a
prorrogação legal, causando, com isso, danos à parte adversa, pois cria justa expectativa de usufruir do
bem a partir da data prometida pela requerida. Com efeito, o art. 402 do Código Civil prevê que, "Salvo as
exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidos ao credor abrangem, além do que
ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar." Em outros termos, as perdas e danos
referidos no artigo em comento incluem os prejuízos efetivos (danos emergentes) e o que se deixou de
ganhar por efeito direto e imediato da inexecução da obrigação (lucros cessantes). Sabe-se, outrossim,
que por se tratar a relação jurídica estabelecida entre as partes de um vínculo eminentemente
consumerista, a responsabilidade civil da requerida no presente caso, como já dito é objetiva, havendo,
portanto, tão somente a necessidade de comprovação do dano (que como se verá adiante é dispensável)
e do nexo de causalidade, ambos devidamente configurados no caso em análise, sendo despiciendo se
perquirir acerca da culpa do prestador do serviço, a teor do que dispõe o art. 12 do CDC. Por outro lado, e
ao contrário do que alegam as requeridas, a prova é dispensável a respeito desse dano, visto que o
prejuízo é presumido, bastando o simples descumprimento do prazo estipulado para entrega do imóvel
pela construtora para fazer jus o promitente comprador ao pagamento de lucros cessantes. Neste sentido,
condeno as requeridas ao pagamento de danos materiais aluguéis/lucros cessantes no equivalente a 0,5%
(meio por cento) do valor total de contrato do imóvel, devidos a partir de 31/01/2010 (data em que se
iniciou a mora), até a entrega efetiva do imóvel. DO CONGELAMENTO DO SALDO DEVEDOR No que diz
respeito ao pedido de congelamento do saldo devedor, entendo que deva ser indeferido considerando que
a correção do saldo devedor, de acordo com entendimento adotado pelo E. STJ, preserva apenas a
atualização do valor da moeda, não implicando assim em onerosidade excessiva ao autor. Cito decisão da
1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, da COMARCA DE BELÉM/PA, no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº.
0000581-92.2016.8.14.0000, que se posiciona nesse sentido, abaixo transcrita: EMENTA: AGRAVO DE
INSTRUMENTO " AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS C/C PEDIDO DE
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. ATRASO NA ENTREGA DA OBRA ALÉM DO PRAZO DE
PRORROGAÇÃO DE 180 (CENTO E OITENTA) DIAS PREVISTO EM CONTRATO. CONGELAMENTO
DO SALDO DEVEDOR. IMPOSSIBILIDADE. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DO SALDO DEVEDOR.
LEGITIMIDADE. PRECEDENTES DO STJ. Congelamento do saldo devedor. O Superior Tribunal de
Justiça em casos dessa natureza reconhece a impossibilidade de ser congelado o saldo devedor, não
sendo possível congelar a correção monetária do saldo devedor mesmo durante o período de mora do
construtor. Isso porque, sendo mero instrumento de manutenção do valor real de determinada soma, a
correção monetária nada acresce em substância ao saldo devedor, de modo que sua exclusão implicaria
enriquecimento sem causa do devedor. Contudo, no período de mora do construtor, já constado o prazo
de tolerância previsto na avença, é mister substituir o Índice Nacional de Custo de Construção (índice da
construção civil (INCC) por indexador que reflita a inflação da economia nacional como um todo. O
contrário seria premiar o fornecedor por sua própria torpeza, quando se sabe que o índice da construção
civil tem sido notoriamente superior, não sendo justo que o consumidor seja onerado com a diferença, que
constituiria desvantagem excessiva decorrente da mora do empreendedor. É razoável, desse modo,
determinar que, no período de mora do incorporador, substitua-se tanto o índice da construção civil quanto
o IGP-M (índice notoriamente atrelado à correção de aluguéis e outros preços imobiliários), pelo IPCA,
indexador oficial calculado pelo IBGE e que reflete a variação do custo de vida de famílias com renda
mensal entre 01 a 40 salários mínimos, salvo se o INCC for menor. Assim, essa substituição se dará com
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
o transcurso da data limite estipulada no contrato para a entrega da obra, incluindo-se, a priori, eventual
prazo de tolerância previsto no instrumento. À unanimidade nos termos do voto do desembargador relator
NEGO PROVIMENTO AO RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO, nos termos da fundamentação
exposta, para manter hígida a decisão de Primeiro Grau, que não acolheu o pedido de congelamento do
saldo devedor. Indevido, pois, o pedido de congelamento do saldo devedor, eis que a correção trata-se tão
somente de atualização do valor da moeda, não implicando dessa forma em onerosidade excessiva à
autora. DA INDENIZAÇ"O POR DANO MORAL O Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90) prevê o
dever de reparação, posto que, ao enunciar os direitos do consumidor, em seu art. 6º, traz, dentre outros,
o direito de "a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e
difusos" (inc. VI) e "o acesso aos órgãos judiciários e administrativos, com vistas à prevenção ou
reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção
jurídica, administrativa e técnica aos necessitados" (inc. VII). Vê-se, desde logo, que a própria lei já prevê
a possibilidade de reparação de danos morais decorrentes do sofrimento, do constrangimento, da situação
vexatória, do desconforto em que se encontram os consumidores. A Constituição Federal em seu artigo 5º,
inciso V, assim preleciona: É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, moral ou à imagem. Desta forma, o dano moral atinge, pois, a esfera íntima
e valorativa do lesado. Caracteriza-se, no entanto, sempre por via de reflexo produzido, por ação ou
omissão de outrem, na personalidade do lesado, nos planos referidos. Atingem-se, portanto, componentes
sentimentais e valorativos da pessoa, conforme ensina a melhor doutrina, abaixo transcrita: "Nos danos
morais a esfera ética da pessoa é que é ofendida; o dano não patrimonial é o que, só atingindo o devedor
como ser humano, não lhe atinge o patrimônio" (PONTES DE MIRANDA) " (Rui Stocco, "Responsabilidade
Civil e sua Interpretação Jurisprudencial", ed. RT, p. 395) "O dano moral, no sentido jurídico não é a dor, a
angústia, ou qualquer outro sentimento negativo experimentado por uma pessoa, mas sim uma lesão que
legitima a vítima e os interessados reclamarem uma indenização pecuniária, no sentido de atenuar, em
parte, as consequências da lesão jurídica por eles sofridos" (Diniz, Maria Helena, Curso de Direito Civil
Brasileiro, Editora Saraiva, SP, 1998, p. 81.) Em situações como a narrada, vem entendendo a
jurisprudência pátria pela desnecessidade de prova do dano moral, bastando para tanto a prova do fato,
conforme entendimento exposto no voto do Relator Cesar Ciampolini (TJ/SP, 10ª Câm. de Direito Privado,
APL 00132979120118260292 SP 0013297-91.2011.8.26.0292, publ. em 26/05/2015), abaixo transcrito: -
Assim, sendo incontestável que houve atraso por parte da construtora, o dano moral configura-se in re
ipsa. Nestes casos, "provado o fato, não há necessidade da prova do dano moral" (STJ, REsp 261.028,
MENEZES DIREITO). Ou, nas palavras de eminente Ministro paulista, "na indenização por dano moral,
não há necessidade de comprovar-se a ocorrência do dano. Resulta ela da situação de vexame,
transtorno e humilhação a que esteve exposta a vítima" (REsp 556.031, BARROS MONTEIRO; ambos os
precedentes coligidos por THEOTONIO NEGR"O et alii, CPC, 46ª ed., pág. 480). Posto isso, de se
reformar a r. sentença no tocante à indenização por danos morais, cabendo-me, então, arbitrar o quantum
indenizatório. Isto se faz à consideração, nas palavras do emérito Desembargador LUIZ AMBRA, de que a
verba deve ser "fator de desestímulo, voltado a servir como corretivo, impedir que abusos dessa ordem
tornem a ocorrer" (Ap. 0012084.79-2012.8.26.0562; grifei). Portanto, considerando elevado o pedido
recursal feito pelo autor, fixo a indenização em R$ 20.000,00, com correção monetária a partir do
arbitramento (Súmula 362 do STJ) e juros de mora a contar do evento danoso (data em que o imóvel
deveria ser entregue; art. 398 do Código Civil). Em casos análogos, esta Colenda 10ª Câmara de Direito
Privado tem fixado indenização deste montante: Ap. 0120512-86.2012.8.26.0100, ELCIO TRUJILLO; e Ap.
0027417-55.2008.8.26.0451, ARALDO TELLES. - Assim, definida a efetiva existência de responsabilidade
da requerida, passa-se, adiante, ao arbitramento da indenização pelo dano moral. O dano moral, apesar
de ter sido consagrado no art. 5º, incisos V e X, da Constituição Federal de l988, na Doutrina e na
Jurisprudência, é ainda muito discutido, principalmente em se tratando da quantificação " dado o teor
subjetivo da questão " que, frente à inexistência de "métodos exatos" para defini-lo, inexiste, igualmente, a
possibilidade de reunir uma certeza, deixando, ao arbítrio do magistrado. Em análise recente, feita já à luz
da Constituição de l998, o grande civilista contemporâneo CAIO MÁRIO DA SILVA MARTINS
(Responsabilidade Civil, 2ª ed., Rio, Forense, 1990, nº pg.67) faz o seguinte balizamento para a fixação do
ressarcimento no caso de dano moral, que, sem dúvida, correspondente à melhor e mais justa lição sobre
o penoso tema: "A vítima de uma lesão a algum daqueles direitos sem cunho patrimonial efetivo, mas
ofendida em um bem jurídico que em certos casos pode ser mesmo mais valioso do que os integrantes de
seu patrimônio, deve receber uma soma que compense a dor ou o sofrimento, a ser arbitrada pelo juiz,
atendendo às circunstâncias de cada caso, e tendo em vista as posses do ofensor e a situação pessoal do
ofendido. Nem tão grande que se converta em fonte de enriquecimento, nem tão pequena que se torne
inexpressiva" Sendo a dor moral insuscetível de uma equivalência com qualquer padrão financeiro, há
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
uma universal recomendação, nos ensinamentos dos doutos e nos arestos dos Tribunais, no sentido de
que "o montante da indenização será fixado equitativamente pelos magistrados". Por isso, lembra R.
LIMONGI FRANÇA a advertência segundo a qual muito importante é o juiz na matéria, pois a equilibrada
fixação do "quantum" da indenização muito depende de sua ponderação e critério (reparação do dano
moral Rt 631/36). Quando a matéria é Dano Moral, das mais difíceis e tormentosas questões é a fixação
do valor do dano Moral, posto que o "quantum" indenizatório fica ao arbítrio do juiz, que, todavia, não pode
ser absoluto, cabendo a esse verificar os fatos de cada caso específico, atentando para todas
circunstâncias inerentes a cada situação, além de se nortear pela doutrina e jurisprudência que serve para
outorgar ao juiz certos parâmetros para a fixação do respectivo valor a título de dano moral. Cabe ao juiz
fixar "o quantum" referente ao dano moral sofrido pela pessoa ofendida, tendo em contas as condições
das partes, com equilíbrio, prudência e, sobretudo, bom senso, conforme aresto abaixo colacionado: "Para
a fixação do quantum em indenização por danos morais, devem ser levados em conta à capacidade
econômica do agente, seu grau de dolo ou culpa, a posição social ou política do ofendido, a prova da dor"
(TAMG, Ap. 140.330-7, Rel. Juiz BRAND"O TEIXEIRA, ac. 05.11.92, DJMG, 19.03.93, pág.09)". Assim,
"ad cautelam", deve o juiz bem pesar ao auferir o quantum a ser atribuído a título de ressarcimento do
dano moral sofrido. Se a vítima pudesse exigir a indenização que bem quisesse e se o juiz pudesse impor
a condenação que lhe aprouvesse, sem condicionamento algum, cada caso que fosse ter à Justiça se
transformaria num jogo lotérico, com soluções imprevisíveis e as mais disparatadas. Na fixação do
quantum debeatur da indenização, mormente tratando-se de dano moral, deve o Juiz ter em mente o
princípio de que o dano não pode ser fonte de lucro, e o princípio da lógica do razoável deve ser a bússola
norteadora do Julgador. Razoável é aquilo que é sensato, comedido, moderado, que guarda uma certa
proporcionalidade. No caso dos autos, verifico que os demandantes enfrentaram grande frustração nas
fases: de entrega do bem; com o descumprimento do prazo de tolerância por parte das construtoras; e, de
acesso efetivo à unidade imobiliária. Diante dos limites da questão posta, e de sua dimensão na esfera
particular e geral do autor, visando além do conforto da reparação, mas também limitar a prática de atos
como o noticiado tenho, como justa, a indenização como ressarcimento e reparação do dano moral, no
valor equivalente a R$ 10.000,00 (dez mil reais) - acrescidos de juros, de 1% a.m. (um por cento ao mês),
a contar da citação (art. 405, Código Civil), e correção monetária, pelo IGPM, a partir da presente decisão
(Súmula 362 ,do STJ). Acerca do juros de mora, colho o voto abaixo colacionado: -É o relatório. O
SENHOR MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES (Relator): Considerando que a pretensão recursal
do embargante é a reforma do julgado e, em atenção ao princípio da fungibilidade recursal, recebo os
presentes embargos de declaração como agravo regimental. A insurgência não merece prosperar.
Verifica-se que a decisão agravada foi acertada e baseada na jurisprudência desta Corte, a qual entende
que, em se tratando responsabilidade contratual, os juros de mora sobre a indenização por danos morais
incidem a partir da data da citação. Assim, não há razão para alterar os fundamentos do decisum
impugnado, motivo pelo qual o mantenho na íntegra, in verbis (e-STJ fls. 413"414): Por fim, Quanto aos
juros de mora sobre o valor da indenização, a jurisprudência desta Corte entende que em se tratando de
responsabilidade contratual, como é o caso dos autos, estes devem incidir a partir da citação. Nesse
sentido: AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇ"O. AÇ"O INDENIZATÓRIA. DANOS MORAIS
DECORRENTES DE SUSPENS"O DE ENERGIA ELÉTRICA. TERMO INICIAL DOS JUROS DE MORA.
RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 54"STJ. 1. Nos termos dos arts.
105, I, f, da Constituição Federal e 187 do RISTJ, a reclamação é instrumento destinado a preservar a
competência deste Tribunal ou garantir a autoridade das suas decisões. 2. No caso, a reclamação foi
apresentada contra acórdão proferido pela 5ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis do Estado de
Santa Catarina que, em demanda que visa à reparação de danos morais suportados pelo consumidor em
razão do indevido corte de energia elétrica, deixou de aplicar a Súmula 54"STJ ("Os juros moratórios fluem
a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual"). 3. A responsabilidade contratual
exsurge da violação de uma obrigação prevista no pacto celebrado entre as partes, que, na hipótese,
consiste no fornecimento de energia elétrica. 4. Não há violação à Súmula 54"STJ quando o dever de
reparar decorre da responsabilidade contratual. 5. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg na
Rcl 11.749"SC, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA SEÇ"O, julgado em 28"08"2013, DJe
03"09"2013) PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. DANO
MORAL. TERMO INICIAL DOS JUROS DE MORA. CITAÇ"O. 1. Em se tratando de responsabilidade civil
contratual, o termo inicial dos juros moratórios, consoante jurisprudência sedimentada da Segunda Seção,
é a data da citação. Precedentes. 2. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp 1428807"DF, Rel.
Ministro LUIS FELIPE SALOM"O, QUARTA TURMA, julgado em 22"05"2014, DJe 02"06"2014) Ante o
exposto, CONHEÇO do agravo para, conhecer parcialmente do recurso especial e, nessa parte, DAR-LHE
PARCIAL PROVIMENTO. Publique-se. Intimem-se. Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo
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regimental. É como voto. " (STJ, 2ª. T., EDcl no AREsp 551471 PR 2014/0178702-9, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, DJe 23/03/2015). CUSTAS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS Em razão da
parte autora ter decaído de parcela mínima dos pedidos firmados na inicial, reputo à requerida como
vencida e por força do disposto nos artigos 82, § 2º, 84 e 85, condeno-a a arcar com o pagamento das
custas processuais e honorários advocatícios de 10% (dez por cento), sobre o valor da condenação, nos
termos do art. 85, §2º, do NCPC. DO DISPOSITIVO Em razão dos fundamentos antecedentes, julgo
PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido deduzido pela autora MARIA DA GLÓRIA PIRES DA ROCHA,
para, na forma do art. 487, I, do NCPC: a. Condenar as rés CKOM ENGENHARIA LTDA e META
EMPREENDIMENTO IMOBIIÁRIO LTDA a indenizar a autora, a título de danos materiais/lucros
cessantes, pagando a esta a quantia equivalente a 0,5% (meio por cento) do valor atualizado do imóvel
objeto do contrato firmado entre as partes, como prestação mensal (aluguel) no período compreendido
entre a data de previsão da entrega do imóvel, conforme estabelecido no contrato, incluindo-se a
prorrogação contida no contrato firmado entre as partes, até a data da efetiva entrega do bem, ou seja, a
partir de 31/01/2010 (data em que se iniciou a mora), até a efetiva entrega do empreendimento. Para fins
de cumprimento de sentença, o valor atualizado do imóvel deverá ser fixado por cálculos aritméticos (art.
509, §2º, NCPC), levando-se em consideração os seguintes critérios: a.1. Atualização o valor do imóvel
previsto no contrato, através de índice INCC, desde a data em que se iniciou a mora, até a efetiva entrega
do empreendimento. a.2. Cada parcela do aluguel mensal, que será fixada conforme os parâmetros
definidos nesta sentença, levando-se em consideração a atualização determinada no item anterior, deverá
ser atualizada a partir de 31/01/2010 (data em que se iniciou a mora), até a efetiva entrega do
empreendimento, e acrescida de juros remuneratórios de 1% ao mês. b. Condenar as rés a indenizar, a
título de danos morais, pelas razões já assentadas, no importe de R$ 10.000,00 (dez mil reais), valor este
que deverá ser corrigido monetariamente pelo índice do IGPM, a partir da data desta sentença, e, juros
remuneratórios de 1% (um por cento) ao mês, a contar da citação (art. 405, CC). c. Condenar, finalmente,
as rés em custas processuais, tanto as adiantadas pela requerente, quanto as que porventura ainda
estiverem pendentes, e honorários advocatícios, os quais fixo em 10% (dez por cento) do valor da
condenação. Ficam as rés advertidas de que em caso de não pagamento das custas processuais, no
prazo de 15 (quinze) dias, o crédito delas decorrente sofrerá atualização monetária e incidência dos
demais encargos legais e será encaminhado para inscrição em dívida ativa. Havendo apelação, intime-se
os apelados para apresentarem, caso queiram, contrarrazões, no prazo legal. Após, certifique-se e
encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça do Estado do para Pará para os devidos fins. Na
hipótese de trânsito em julgado, a parte interessada deverá deflagrar o procedimento para o cumprimento
definitivo de sentença, sob pena de arquivamento. Cumprimento de sentença: Transitada essa em julgado,
o que a serventia certificará, o cumprimento da sentença definitivo far-se-á a requerimento da parte
exequente, observando o disposto no inciso II do art. 509 do CPC, e, por conseguinte, intimando a parte
executada para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze dias), acrescido das custas, se houver (Código de
Processo Civil, artigo 523 c.c. artigo 513, §§ 1.º,2.º e incisos, e §§ 3.º e 5.º). Quando do requerimento
previsto no artigo 523, o exequente deverá instruí-lo com os requisitos do artigo 524 do Código de
Processo Civil, em especial: I - o nome completo, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas
ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica do exequente e do executado, observado o disposto no art.
319, §§ 1.º a 3.º; II - o índice de correção monetária adotado; III - os juros aplicados e as respectivas taxas;
IV - o termo inicial e o termo final dos juros e da correção monetária utilizados; V - a periodicidade da
capitalização dos juros, se for o caso; VI - especificação dos eventuais descontos obrigatórios realizados;
VII - indicação dos bens passíveis de penhora, sempre que possível. Não havendo o pagamento voluntário
no prazo indicado, o débito será acrescido de multa e honorários advocatícios no importe de 10% (artigo
523, §1º), expedindo-se mandado de penhora, avaliação e intimação (§3º), observando-se que em caso de
pagamento parcial do débito a incidência da multa e dos honorários se dará somente sobre eventual
diferença apurada a desfavor do devedor (§2º). P.R.I.C. Belém, 08 de outubro de 2018. CRISTIANO
ARANTES E SILVA Juiz de Direito JA PROCESSO: 00520679120138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CRISTIANO ARANTES E SILVA Ação:
Procedimento Comum em: 21/02/2019 AUTOR:MARIA FERNANDA GOUVEIA DE OLIVEIRA
Representante(s): OAB 11054 - EDINETH DE CASTRO PIRES (ADVOGADO) REU:BANCO BRADESCO
FINANCIAMENTOS Representante(s): OAB 49142 - OLAVO PEREIRA DE OLIVEIRA (ADVOGADO) . Cls.
À vista do teor da certidão retro, procedi nesta data novo cadastramento do documento para fins de
publicação no sistema Libra. Belém, 21 de fevereiro de 2019. CRISTIANO ARANTES E SILVA Juiz de
Direito - 13 ª Vara Cível. PROCESSO: 00520679120138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CRISTIANO ARANTES E SILVA Ação:
Procedimento Comum em: 21/02/2019 AUTOR:MARIA FERNANDA GOUVEIA DE OLIVEIRA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
titular da 13ª Vara Cível da Capital JA PROCESSO: 00807463320158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CRISTIANO ARANTES E SILVA Ação: Execução
de Título Extrajudicial em: 21/02/2019 EXEQUENTE:BANCO BRADESCO SA Representante(s): OAB
14011 - CAMILO CASSIANO RANGEL CANTO (ADVOGADO) EXECUTADO:JS AMARAL DE LIMA ME
EXECUTADO:JOAO SERGIO AMARAL DE LIMA. Cls. À vista do teor da certidão retro, procedi nesta data
novo cadastramento do documento para fins de publicação no sistema Libra. Belém, 21 de fevereiro de
2019. CRISTIANO ARANTES E SILVA Juiz de Direito - 13 ª Vara Cível. PROCESSO:
00807463320158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
CRISTIANO ARANTES E SILVA Ação: Execução de Título Extrajudicial em: 21/02/2019
EXEQUENTE:BANCO BRADESCO SA Representante(s): OAB 14011 - CAMILO CASSIANO RANGEL
CANTO (ADVOGADO) EXECUTADO:JS AMARAL DE LIMA ME EXECUTADO:JOAO SERGIO AMARAL
DE LIMA. Processo despachado no Meta 2 A fim de se evitar eventual esforço desnecessário em relação
à prática de atos processuais, considerando o lapso temporal decorrido desde a última movimentação
deste feito, determino que as partes se manifestem sobre se ainda persiste o interesse no prosseguimento
do feito, no prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de extinção do feito. Após, encaminhe-se os autos à UNAJ
para o cálculo das custas finais, devendo o requerente promover o recolhimento no prazo de 05 dias, se
houver. Feito tudo, volvam-me os autos conclusos para sentença. Belém, 06 de setembro de 2018.
CRISTIANO ARANTES E SILVA Juiz de Direito - 13ª Vara Cível PROCESSO: 00967028920158140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CRISTIANO ARANTES
E SILVA Ação: Arresto em: 21/02/2019 AUTOR:AGA FACTORING FOMENTO LTDA Representante(s):
OAB 14810 - THEO SALES REDIG (ADVOGADO) REU:JOSUE MAESTRI Representante(s): OAB 14702
- JULIANA RIOS VAZ MAESTRI (ADVOGADO) . Cls. À vista do teor da certidão retro, procedi nesta data
novo cadastramento do documento para fins de publicação no sistema Libra. Belém, 21 de fevereiro de
2019. CRISTIANO ARANTES E SILVA Juiz de Direito - 13 ª Vara Cível. PROCESSO:
00967028920158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
CRISTIANO ARANTES E SILVA Ação: Arresto em: 21/02/2019 AUTOR:AGA FACTORING FOMENTO
LTDA Representante(s): OAB 14810 - THEO SALES REDIG (ADVOGADO) REU:JOSUE MAESTRI
Representante(s): OAB 14702 - JULIANA RIOS VAZ MAESTRI (ADVOGADO) . Vistos etc. Trata-se de
Embargos de Declaração opostos em face da sentença de fl. 277, sustentando erro material no decisum.
Analisando os autos, de fato há vício na sentença, à medida que foram pactuados expressamente na
minuta do acordo, que "eventuais custas processuais pendentes de pagamento nos processos nº
00244420-12.2007.814.0301 (Ação de Execução) e nº 0096702-89.2015.814.0301 (Ação Cautelar de
Arresto) ficarão a cargo do SEGUNDO ACORDANTE". Isso posto, conheço dos embargos de declaração e
lhes dou provimento, passando a figurar o tópico final da r. sentença de fl. 277 com a seguinte redação:
CUSTAS PROCESSUAIS, SE HOUVER, NA FORMA PACTUADA. Publique-se. Registre-se. Intime-se.
Cumpridas as providências, arquivem-se os presentes autos, com as cautelas legais, dando-se baixa na
distribuição. Belém, 06 de fevereiro de 2018. Cristiano Arantes e Silva Juiz de Direito
objeto de penhora de suas contas correntes pois trata-se de fatos ocorridos anteriores ao pedido de
recuperação judicial e, portanto, sujeitos ao plano de recuperação.Pleiteou a concessão de tutela de
urgência com fundamento no art. 300 do CPC, para que o valor seja reservado para pagamento no plano
até que haja o julgamento de mérito do recurso de apelação, bem como seja liberado o montante
bloqueado e impedido qualquer outro ato de constrição de seu patrimônio decorrente da ação.É o relatório.
Reconheço a competência em favor deste juízo para o presente feito e determino o seu prosseguimento e
instrução, haja vista que se trata de situação que compromete diretamente o caixa e o patrimônio da
empresa, cuja tramitação da recuperação judicial encontra-se perante esta vara.Ressalvo que embora o
pedido de reserva baseado no art. 6º §3º da Lei 11.101/05 deva ser impulsionado pelo juízo onde tramita a
ação de origem, não vislumbro impedimento para o requerimento formulado pela própria Recuperanda,
seja em razão da constrição patrimonial sofrida na referida ação, seja em analogia ao art. 8º também da
Lei 11.101/05.Passo a analisar o pedido de tutela de urgência.De início, destaco que a jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça se fixou no sentido de reconhecer a competência do juízo onde tramita a
recuperação judicial para tratar das questões relativas à constrição do patrimônio e/ou acerca de
pagamentos de crédito que se sujeitam ao plano de recuperação judicial. Confira-se: "AGRAVO INTERNO
NO CONFLITO POSITIVO DE COMPETÊNCIA SUSCITADO POR EMPRESA EM RECUPERAÇÃO
JUDICIAL EM FACE DE JUÍZO DO TRABALHO. COMPETÊNCIA DO JUÍZO FALIMENTAR.1. A execução
individual trabalhista e a recuperação judicial apresentam nítida incompatibilidade concreta, porque uma
não pode ser executada sem prejuízo da outra.2. O Juízo universal é o competente para julgar as causas
em que estejam envolvidos interesses e bens da empresa recuperanda, inclusive para o prosseguimento
dos atos de execução, ainda que o crédito seja anterior ao deferimento da recuperação judicial, devendo,
portanto, se submeter ao plano, sob pena de inviabilizar a recuperação. Precedentes do STJ.3.
Competência do Juízo de Direito da 1.ª Vara Cível de Santa Helena de Goiás/GO, para o prosseguimento
de execuções trabalhistas.4. Agravo interno desprovido."(AgInt no CC 148.536/GO, Rel. Ministro MARCO
BUZZI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 08/03/2017, DJe15/03/2017 - grifei.) "AGRAVO INTERNO NO
CONFLITO DE COMPETÊNCIA. RECUPERAÇÃO JUDICIAL. CRÉDITOS TRABALHISTAS. PENHORA
ANTERIOR.1. Encontra-se pacificado na jurisprudência desta Corte o entendimento de que, deferido o
pedido de recuperação judicial, as ações e execuções trabalhistas devem prosseguir no âmbito do juízo
universal, mesmo nos casos de penhora anterior ou naqueles em que ultrapassado o prazo de suspensão
de que trata o artigo 6º, § 4, da Lei 11.101/2005.2. Agravo interno não provido."(AgInt no CC 146.036/RS,
Rel.Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 14/09/2016, DJe
20/09/2016.) Por outro lado, constato que a ação judicial que originou o bloqueio nas constas da CELPA
remonta do ano de 2009 e a sentença condenatória data de 2010, portanto, anteriores ao pedido de
recuperação judicial distribuído em 28.02.2012.João Pedro Scalzilli, Luis Felipe Spinelli e Rodrigo
Tellechea, ao cuidarem do tema envolvendo os créditos sujeitos à recuperação judicial, ensinam o
seguinte: ?Em outras palavras, não só as dívidas já vencidas e impagas, como também as obrigações por
vencer, desde que derivadas de operações/fatos geradores anteriores ao pedido, ficam sujeitas aos efeitos
de eventual pedido de recuperação.O crédito sujeito pode ser de natureza contratual, extracontratual ou
cambiário, bastando que tenha sido originado por fato anterior ao pedido de recuperação pouco
importando que eventual sentença condenatória seja posterior ao pedido?(Recuperação de empresas e
falência. Teoria e prática na Lei n. 11.101/2005, Almedina, 2016, p. 241). Mesmo porque, tal fato
concederia um privilégio em face de todos os demais credores da CELPA que receberam e vem
recebendo seus créditos na forma como estabelecido no plano de recuperação judicial. Acerca do tema é
a jurisprudência:?Entendemos que crédito existente é aquele decorrente de relação de direito material que
já existia no momento do ajuizamento do pedido de recuperação. A sentença e o respectivo trânsito em
julgado apenas chancelam judicialmente o direito material já existente?(TJSP - AI n. 2109838-
19.2015.8.26.0000, rel. Des. Teixeira Leite, j. 14.10.2015).Ainda,?HABILITAÇÃO DE CRÉDITO - Ausência
de trânsito em julgado da decisão que reconhece a existência do crédito e determina seu quantum não
constitui óbice à inserção do crédito em plano de recuperação judicial. Inteligência do art. 49 da Lei nº
11.101/05.Hipótese em que o direito de crédito tem existência anterior ao pedido de recuperação judicial,
apenas pendia de reconhecimento e determinação exata de seu valor pelo Poder Judiciário. Crédito
constituído antes do pedido de recuperação, mas ilíquido, se encontra sujeito aos efeitos da moratória,
apenas com a peculiaridade de ensejar pedido de reserva da importância devida, nos termos do § 3º do
art. 6º da lei 11.101/05, no aguardo do trânsito em julgado da sentença condenatória proferida na fase de
conhecimento. RECURSO PROVIDO?(TJSP - AI n. 0055093- 94.2013.8.26.0000, rel. Des. Francisco
Loureiro, j. 31.7.12). Logo, é nítida a aplicação do art. 49 da Lei 11.101/05 que prescreve sujeitar-se aos
efeitos da recuperação judicial os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos.E não
poderia ser diferente, haja vista que a Lei 11.101/05 prevê em seu art. 6º §1º que a ação que demanda
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quantia ilíquida terá prosseguimento no juízo onde se processa e, complementa no §3º, que após a
liquidação do crédito, este será incluído no quadro de credores.O Superior Tribunal de Justiça já
consolidou o entendimento acerca do tema: DIREITO EMPRESARIAL. RECURSO ESPECIAL.
RECUPERAÇÃO JUDICIAL. EXECUÇÕES INDIVIDUAIS SUSPENSAS. IMPUGNAÇÃO AO CRÉDITO.
POSSIBILIDADE DE PROCESSAMENTO. APROVAÇÃO DO PLANO FORA DO PRAZO DE 180 DIAS.
IRRELEVÂNCIA. NOVAÇÃO RECONHECIDA.1. O STJ, sem prever nenhuma condicionante, definiu a
tese de que: "A novação resultante da concessão da recuperação judicial após aprovado o plano em
assembleia é sui generis,e as execuções individuais ajuizadas contra a própria devedora devem ser
extintas, e não apenas suspensas" (REsp 1272697/DF, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA
TURMA, julgado em 02/06/2015, DJe 18/06/2015).2. É sedimentada, ademais, a jurisprudência mitigando
o rigor do prazo de suspensão das ações e execuções, que poderá ser ampliado em conformidade com as
especificidades do caso concreto; de modo que, em regra, uma vez deferido o processamento ou, a
fortiori, aprovado o plano de recuperação judicial, é incabível o prosseguimento automático das execuções
individuais, mesmo após transcorrido o referido lapso temporal. Precedentes.3. Nesse período de
suspensão do feito executivo é que surgem os incidentes de habilitação e impugnação, instaurados logo
após o deferimento do processamento da recuperação (art. 52, §1° e 7° §§ 1° e 2° e 8° da Lei
11.101/2005).4. Na hipótese, tramitavam, ao mesmo tempo, uma execução em face do devedor que
estava suspensa pelo processamento da recuperação e o pleito de impugnação pela discordância do
montante do crédito consignado na relação proposta pelo administrador judicial. Em razão disso, o
magistrado entendeu que a impugnação deveria ser extinta sem exame do mérito, haja vista que os feitos
teriam o mesmo objeto: discussão do montante devido.5. No entanto, levando em conta uma interpretação
sistemática da norma, nenhum dos processos deveria, de plano, ter sido extinto naquele momento
processual, uma vez que remanesce interesse do credor na impugnação, sendo justamente a fase
estipulada pela norma para discussão e reconhecimento do quantum devido e qualificação do crédito.6. O
processamento da impugnação traz uma série de consequências processuais específicas para o credor
peticionante. Conforme se verifica do rito, o Juízo da impugnação pode conceder efeito suspensivo ou
determinar a inscrição ou modificação do valor ou classificação no quadro, "para fins de exercício de
direito de voto em assembleia geral" (parágrafo único do art. 17). Ademais, o magistrado determinará, com
processamento da impugnação, a reserva de numerário em favor do credor para seu eventual atendimento
(art. 16). Além disso, a homologação do plano extingue a execução que estava suspensa pela novação; na
impugnação, ao revés, não haverá necessariamente a extinção do incidente, que poderá continuar
discutindo o montante devido.7. No caso, mostra-se recomendável o prosseguimento da impugnação, seja
pelo ângulo do credor, que almeja a correção de seu crédito, seja pela sociedade recuperanda, que tem
interesse na definição do quadro-geral de credores para o bom caminhar do plano de recuperação. 8.
Recurso especial provido.(Recurso Especial nº 1.212.243-SP. Rel. Min Luis Felipe Salomão. DJe
29/09/2015). DIANTE DO EXPOSTO, determino o processamento do presente incidente de reserva de
crédito eDEFIRO A TUTELA DE URGÊNCIApleiteada, determinando que seja oficiado ao Exmo. Juízo da
Vara Única da Comarca de Pacajá/PA, nos autos do processonº 0005712-64.2018.8.14.0069,
comunicando-o sobre o teor desta decisão e solicitando a liberação dos valores eventualmente
bloqueados na referida ação.Intime-se aPromotoria de Justiça da Comarca de Pacajá/PA, por carta a ser
encaminhada para o seu endereço, para que se manifeste em 10 dias.Após, manifeste-se o Administrador
Judicial.Publique-se.Cumpra-se. Belém, 19 de dezembro de 2018. CRISTIANO ARANTES E SILVAJuiz de
Direito
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a parte for manifestamente ilegítima ou carecer o autor de interesse processual, o juiz deve indeferir a
petição inicial ( CPC 295 II e III). Quando a ilegitimidade de parte não for manifesta , mas depender de
prova , o juiz não pode indeferir a inicial. Por sua vez, ter interesse de agir ou processual significa que o
demandante deve buscar o binômio adequação x necessidade na lide que elegeu. Ou seja, a via
processual escolhida para discutir a pretensão resistida se obriga a ser necessária, correta e apta para
atingir o resultado útil e prático, caso contrário, será, indiscutivelmente, carecedor o Autor do exercício do
direito de ação desde o início de sua propositura ensejando, por consequência, a extinção do processo
sem resolução do mérito. Nesse sentido, aduz a doutrina de Antônio Carlos Marcato, em sua Obra "
Código de Processo Civil Interpretado, São Paulo, Editora Atlas: 2004, p.774: 7.2. O interesse de agir: De
acordo com Liebman, o interesse de agir consiste na relação de utilidade entre a afirmada lesão de um
direito e o provimento de tutela jurisdicional do pedido.(...)Assim, é preciso que o acionamento do Poder
Judiciário se possa extrair algum resultado útil e, mais, que em cada caso concreto a prestação
jurisdicional solicitada seja necessária e adequada Muito bem. Diretamente. Até a presente data, não há
decisão alguma acerca da relação de parentesco entre os litigantes, pressuposto(filiação paterna)
indispensável ao prosseguimento da presente demanda. Portanto, sem sombra de pálida dúvida, não
posso impor a obrigação alimentar assistencial aos Demandados em face de a Demandante se não há
decisão judicial com trânsito em julgado que, por sua vez, afirme serem todos irmãos. E, em razão disso, a
demanda anuncia a perda de objeto por ausência da comprovação do tema: paternidade/relação de
parentesco. Ante o exposto e por tudo o que nos autos consta, com base e fundamento no artigo 485,
VI,§3º c do Estatuto Processual Civil, julgo extinto o presente pedido em tela: Guarda e Direito de
Visitação, elevando-se à carência da Autora quanto ao exercício do direito de ação na modalidade de
ausência de interesse processual, em sede superveniente, em face dos argumentos acima exarados,
ensejando o arquivamento com as cautelas legais, Sem condenação em custas e honorários advocatícios.
Publique-se. Registre-se.Certifique-se. Após, ao Arquivo Geral com as cautelas legais. Se houver pedido
para desarquivamento dos presentes autos do processo, então, que as custas processuais sejam
pagas(se assim for devido) e os mesmos encaminhados ao Juízo todo digitalizado. Belém-Pará, 22 de
fevereiro de 2019 DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT JUÍZA DE DIREITO PROCESSO:
00182489520158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
MARGUI GASPAR BITTENCOURT Ação: Processo Cautelar em: 22/02/2019 REU:J. K. R. S.
Representante(s): OAB 7174 - CARMEN SOCORRO BARBOSA DO NASCIMENTO (ADVOGADO)
AUTOR:C. M. L. T. AUTOR:S. R. T. Representante(s): OAB 15799 - DIEGO FELIPE REIS PINTO
(ADVOGADO) OAB 11822 - FLAVIA BARBOSA DA COSTA (ADVOGADO) OAB 13940-B - DEBORA
KALINE DE LUNA TEIXEIRA (ADVOGADO) . Processo 298/15 R.Hoje Ø Diga a Requerida quanto ao
pedido de desistência ora formulado(5 dias úteis). Ø Se optar pelo silêncio, este Juízo entenderá pela
aceitação da medida. Ø Após, conclusos. Ø Belém-Pará, 22 de FEVEREIRO de 2019 DRA.MARGUI
GASPAR BITTENCOURT JUÍZA DE DIREITO PROCESSO: 00193747720058140301 PROCESSO
ANTIGO: 200510618505 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARGUI GASPAR
BITTENCOURT Ação: Execução de Alimentos em: 22/02/2019 EXECUTADO:C. F. L. EXEQUENTE:E. G.
M. S. REPRESENTANTE:S. L. M. S. Representante(s): ALCIDES ALEXANDRE FERREIRA DA SILVA
(ADVOGADO) AUTOR:C. L. M. S. . DESPACHO-MANDADO servirá o presente, por cópia digitada, como
mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009 - CJRMB.
Cumpra-se na forma e sob as penas da lei. DESPACHO/MANDADO DE INTIMAÇ"O DA EXEQUENTE
Tratam os presentes da Ação Judicial em sua fase executiva proposta por EMÍLIA GRAZIELA MARTISN
SALGADO contra CELSO FERREIRA LIMA. PROCESSO: 1328/07 R.Hoje 1. Nos termos do artigo 178 e
698 do Código de Processo Civil fica excluído do feito o Ministério Público. 2. Face a impossibilidade de,
por agora, se prosseguir com a presente execução, ante a ausência de valores a serem retidos, de acordo
com o documento de fls. 231 (ficha financeira do executado), o que impossibilita, neste momento a
aplicação do artigo 529, § 3o do CPC, Intime-se, pessoalmente, a Exequente (endereço as fls. 03) para
que, no prazo de 05(cinco) dias, contados da juntada do mandado, diga quais são e onde estão os bens
passíveis de penhora, com seus respectivos valores e apresente a planilha de débitos exequendos
devidamente atualizada. 3. Oficie-se à fonte pagadora do executado para que encaminhe a este juízo, no
prazo de 05 dias contados do recebimento do expediente, informações detalhadas, acerca dos ganhos do
executado, bem como individualize a quem de direito cabe cada uma das pensões alimentícias informadas
em sua ficha financeira. 4. Ultimadas as diligencias, conclusos Belém-Pará, 22 de fevereiro de 2019
DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT JUÍZA DE DIREITO PROCESSO: 00200275120168140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARGUI GASPAR
BITTENCOURT Ação: Ação de Alimentos em: 22/02/2019 EXEQUENTE:N. C. N. F.
REPRESENTANTE:N. C. N. Representante(s): OAB 6762 - LUIZ HELENO SANTOS DO VALE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 22/02/2019 REP LEGAL:M. E. B. M. Representante(s): ADIENE
MARTINS CAVALCANTE BRABO (ADVOGADO) REU:G. L. L. REQUERENTE:K. Y. M. L.
Representante(s): OAB 11471 - FABRICIO DOS REIS BRANDAO (ADVOGADO) OAB 11471 - FABRICIO
DOS REIS BRANDAO (ADVOGADO) . Intime-se o(a) Advogado(a) do(a) Requerente/Exequente, Dr(a). a
restituir os autos no prazo de 24 (vinte e quatro) horas (Art. 1º, § 2º, XXIV do Provimento 006/2006 da
CJRMB). De ordem, em / / 2019 Resenhado em / / 2019 Publicado em / / 2019 PROCESSO:
00344611920108140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
MARGUI GASPAR BITTENCOURT Ação: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 22/02/2019
EXEQUENTE:R. L. C. REPRESENTANTE:T. C. L. Representante(s): OAB 3930 - MARIA CANDIDA
COSTA FEITOSA (DEFENSOR) EXECUTADO:R. S. C. . Processo 712/10 DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
R.L.C, representado por sua materna TARCILA DA COSTA LIMA, apresentou pedido de cumprimento de
sentença em desfavor de RENATO DA SILVA CESAR, todos qualificados, argumentando, em síntese, ser
credor da parte adversa na importância inicial de R$ 716,36(SETECENTOS E DEZESSEIS REAIS E
TRINTA E SEIS CENTAVOS) em face da inadimplência relativa à obrigação alimentar, razão pela qual
requer a adoção das medidas legais cabíveis à satisfação do respectivo crédito. Acostou documentos ao
longo da demanda. Comunicado às fls. 38, o Executado optou pelo silêncio, fls. 39v. O processo seguiu
seu trâmite normal. Às fls. 46/49, consta parecer ministerial posicionando-se pelo decreto de prisão civil,
ante o comprovado inadimplemento da obrigação alimentar correspondente. RELATADO EM APERTADA
SÍNTESE DECIDO A prisão civil encontra fundamento legal nos termos do artigo 528 do CPC: Art. 528. No
cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão
interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado
pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de
efetuá-lo. § 3o Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de
mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1o, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um)
a 3 (três) meses. § 4o A prisão será cumprida em regime fechado, devendo o preso ficar separado dos
presos comuns. § 5o O cumprimento da pena não exime o executado do pagamento das prestações
vencidas e vincendas. § 6o Paga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá o cumprimento da ordem de
prisão. § 7o O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até as 3
(três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo. É
dizer, a prisão civil age como meio coercitivo para que o devedor pague o crédito tido como especial e
sensível, o qual está sendo exigido pela outra parte diante, frisa-se muito bem, da escusa voluntária e
inescusável do Executado. Atente-se: A prisão civil protege ou tutela os alimentos provisórios, quiçá os
definitivos e provisionais, inequivocadamente, eis a natureza jurídica da verba exigir seu fiel e imediato
cumprimento. Há quem apoie o uso da coerção civil. Nesse sentido, vejamos o que definiu a jurisprudência
advinda do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul: EMENTA: HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO DE
ALIMENTOS PELO RITO DO ARTIGO 733 DO CPC. AUSÊNCIA DE QUALQUER ILEGALIDADE OU
ABUSIVIDADE NA DECISÃO QUE DETERMINOU A PRISÃO CIVIL DO DEVEDOR, CASO NÃO
QUITADO O DÉBITO ALIMENTAR. Não se vislumbra qualquer ilegalidade ou abuso de poder na
decretação da prisão do devedor de alimentos, na execução pelo rito do artigo 733 do CPC, pois
indubitável o descumprimento da obrigação do devedor de pagar a integralidade dos alimentos. Ordem
denegada. (Habeas Corpus Nº 70027908623, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Ricardo Raupp Ruschel, Julgado em 18/12/2008) EMENTA: HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO DE
ALIMENTOS. DÉBITO ALIMENTAR. CONVERSÃO DO RITO PROCESSUAL. Rejeitada a justificativa e
existindo o débito alimentar, não há qualquer abuso ou ilegalidade na decisão que decretou a prisão civil.
Descabe postular mudança de rito do art. 733 para o do art. 732 do CPC. Ordem denegada. (Habeas
Corpus Nº 70027720978, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Ataídes Siqueira
Trindade, Julgado em 18/12/2008) No caso em tela, restam provados os requisitos e pressupostos de
admissão à prisão civil do Alimentante, ora Executado. Vejamos: EXISTÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO
Pressupõe a execução a existência anterior de título executivo judicial a qual define o quantum relativo à
obrigação alimentar, visando a aplicabilidade do dispositivo 528 e §5º do CPC: "o cumprimento da pena
não exime o Executado do pagamento das prestações vencidas e vincendas".(grifei). Ora, às fls. 23,
consta o título executivo judicial cujo teor quantificou a obrigação alimentar do Executado em 26%( VINTE
E SEIS por cento) do salário mínimo vigente, com formação da coisa julgada formal. Logo, havendo um
inequívoco e indiscutível título judicial, satisfeito está um dos pressupostos objetivos da Execução de
Alimentos, permitindo o seguimento constritivo, repisa-se, à luz do artigo 528 do CPC. INADIMPLEMENTO
VOLUNTÁRIO E INESCUSÁVEL O Executado silenciou quando de sua defesa, o que não afasta o
inadimplemento de a obrigação em comento. Muito bem. Regra geral, os devedores de alimentos utilizam
a argumentação de estarem desempregados, ou em dificuldades econômico financeiras ou, ainda, por
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
terem constituído nova família para se eximirem do pagamento dos alimentos, algo abraçado pelo
Alimentante, no que se refere à primeira pontuação. Ora, dificuldade financeira jamais será causa
excludente e tampouco extintiva da obrigação alimentar eis que presentes estão direitos fundamentais
constitucionais como, por exemplo, o da dignidade da pessoa humana, tanto é assim que, frisa-se, a
prisão civil é meio instrumentador para que o Executado pague o que deve à sua filha que, por sua vez,
merece se vestir, alimentar e educar, exemplificando. Atente-se: DIFICULDADE FINANCEIRA NÃO É
CAUSA PARA JUSTIFICATIVA DO INADIMPLEMENTO ALIMENTAR! Diz a jurisprudência: EMENTA:
HABEAS CORPUS. PRISÃO CIVIL. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. JUSTIFICATIVA. REJEIÇÃO.
Adequada a rejeição da justificativa, porquanto a alegação de impossibilidade do alimentante não veio
cabalmente demonstrada. Necessidade de buscar a via ordinária. Pensionamento fixado em valor certo
para o caso de desemprego do alimentante. Desemprego superveniente que, por isso mesmo, não serve
como justificativa para o inadimplemento. DENEGARAM A ORDEM. (Habeas Corpus Nº 70024401614,
Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rui Portanova, Julgado em 11/09/2008)
EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. INADIMPLENTO DO DEVEDOR. ALEGAÇÃO DE DESEMPREGO.
INCONSISTÊNCIA. HABEAS CORPUS. DENEGAÇÃO DA ORDEM. Segundo entendimento oriundo do e.
STJ, a mera alegação de desemprego não se avulta suficiente para arredar o devedor do pagamento das
prestações alimentícias devidas (RHC 13799-PR, 4ª Turma, Rel. Min. Barros Monteiro). Ordem
denegada.(20080020038160HBC, Relator J.J. COSTA CARVALHO, 2ª Turma Cível, julgado em
06/08/2008, DJ 03/09/2008 p. 56) De outra banda, a insistência do Executado em não pagar os alimentos
para seus filhos, à revelia da ordenamento jurídico constitucional, sob a frágil alegação de que está
dificuldade econômica e desempregado ou outro argumento tal, muito embora possa explicar, não justifica
o descumprimento de um dever JURÍDICO e MORAL de alimentar seu fruto. DA AUSÊNCIA DAS
DIFICULDADES FINANCEIRAS Ora, como aceitar os possíveis levantes do Executado diante da mais
completa ausência de provas quanto à sua impossibilidade de pagamento alimentar? Não há! A simples
alegativa de desemprego ou dificuldades financeiras jamais terão condão de destituir o compromisso
paterno existente e vigente desde o nascimento de seu fruto. Então, questiono: Será que o Executado está
em dificuldades financeiras que lhe impeça de alimentar seu próprio filho? A meu ver, claro que não! O
Demandado não quer ser adimplente de sua obrigação alimentar junto ao seu fruto por motivos outros, os
quais nada tem a ver com o alegado em sua justificativa, algo que esta Julgadora jamais admitirá, vez os
interesses indisponíveis envoltos na demanda, somado ao fato do Executado deter plenas condições
econômico-financeiras para pagar o que deve ao seu filho. Nesse sentido, à luz da prudência, da
razoabilidade, bem como das regras máximas da experiência, tirocínio indispensável a função judicante,
reputo frágil a alegação do Executado de que sua dificuldade econômico-financeira seja óbice ao
inadimplemento de seu dever de PAI, somada à desculpa outra , eis que, se não pode pagar, porquanto
passa por ditas dificuldades, há meio legal para ajustar o pensionamento de acordo com suas
possibilidades como, por exemplo, a utilização da Ação Revisional de Alimentos. Entender o contrário,
bastará aos Devedores de pensão alimentícia a alegação de dificuldades financeiras e as demais acima
anunciadas e tudo estará resolvido, em detrimento do Alimentante, máxime quando se trata de uma
criança em idade escolar, a quem a Ordem Jurídica confere especial proteção, necessitando de cuidados
especiais, senão o amor de seu pai, a obrigação deste em custear suas necessidades materiais. Em
suma, satisfeitas as exigências legais, o Executado não só deixou de pagar as três prestações anteriores à
execução, como as posteriores, não havendo, ao menos, meros indícios de futuro adimplemento. Com a
palavra, a recente Súmula 04 do Tribunal de Justiça do Estado do Pará: A prisão civil de inadimplente de
pensão alimentícia somente pode ser decretada tomando como base as três prestações em atraso
anteriores ao ajuizamento da execução e as que forem devidas no decorrer do processo instaurado para
esse fim. Importa dizer que, a constituição de nova família, a meu ver, apenas demonstra a possibilidade
do Executado em arcar com o pagamento sensível da verba alimentar, por outro lado, muito embora tenha
alegado constituição de nova família e dificuldades financeiras, o mesmo nada comprovou, o que eleva os
argumentos iniciais em seu grau absoluto de certeza ensejando, por consequência, o decreto de prisão
civil. Isto posto, com base e fundamentos no artigo 528 e seguintes do Código de Processo Civil, c/c o
artigo 5º, inciso LXVII, da Carta Magna, DECRETO A PRISÃO DO EXECUTADO RENATO DA SILVA
CESAR, pelo período de 90(noventa) dias, a ser cumprida no Centro de Recuperação de Americano, se
outro Estabelecimento Penal não for mais conveniente, a juízo da Superintendência do Sistema
Penal(SUSIPE), ACASO EM BELÉM, OU EM NO ESTABELECIMENTO PENAL DE MACAPÁ-AP. O
cumprimento da prisão será por regime fechado, conforme dita o artigo 528, §4º do CPC. Entretanto, o
mesmo deverá ser recolhido em qualquer Delegacia da Capital, ou do interior, caso lá se encontre, para
posteriormente ser encaminhado pelo Estado do Pará, sob sua guarda e responsabilidade, ao
Estabelecimento penal apropriado, como dito acima. Expeça-se Mandado de Prisão, autorizando desde já,
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razões de fato e de direito, com que impugna o direito do autor e especificando as provas que pretende
produzir. Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato
constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: I - não for
admissível, a seu respeito, a confissão; II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a
lei considerar da substância do ato; III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu
conjunto. Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor
público, ao advogado dativo e ao curador especial. 2.De outro norte, há contestar por negação geral o
inteiro teor, cuja legitimidade ativa se restringe aos personagens jurídicos eleitos no artigo 341, parágrafo
único, do Código de Processo Civil, cujo texto tenho por repetir: Art.341. omissis Parágrafo único. O ônus
da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador
especial 3. Frisa-se muito bem: Se a Demandada não estiver sob o patrocínio de curador especial,
advogado dativo, bem como na condição de substituído processual, os quais, por lei, podem contestar por
negação geral ou rechaçar a inicial em seu inteiro teor, então, deve a defesa particular observar, estrita e
inarredavelmente, os princípios norteadores da contestação, qual seja, diretriz da eventualidade e o da
impugnação especificada, cuja indiferença ou desatenção acarretará, sem qualquer dúvida, o decreto de
revelia. 4. Muito bem. 5. No caso em tela, de modo inequívoco, entendo pela presença da revelia, à luz
dos artigos 344, 345 e 346 todos do CPC, diante do silêncio indiferente da SENHORA EDICILENE
MARTINS MAGNO DE OLIVEIRA quanto à apresentação de defesa, hei por bem decretar a revelia em
comento porém, com a destituição de seus efeitos, diante da necessidade de curador especial. Explico
melhor: A revelia se impõe como medida pacificadora à Requerida, frisa-se muito bem, vez a indiferença
da mesma aos termos da lide. Todavia, no meu entender, deve haver a participação de curador especial,
haja vista que os interesses da genitora, sem sombra de dúvida, colidem agora com o do filho ( S.M.M.O.
FLS. 18.) agora parte na demanda, efetivamente. 6. A meu ver, a partir do momento em que um dos
genitores deixa de contestar por motivos desconhecidos, ou se o faz intempestivamente, os seus
interesses passam a colidir com os interesses do menor, emanando a participação de curador especial à
finalidade de direito, frisa-se muito bem, apenas e tão somente, para defender o direito das crianças,
mesmo que todos ajustem a concordância presumida aos termos da inicial. 7. Diante disso, por força do
artigo 72, inciso I, do Código de Processo Civil, encaminhem-se os autos do processo ao curador especial
para atuar, apenas e tão somente, na defesa da criança/adolescente , recebendo-o para a contestação por
negação geral. 8. Encaminhem-se. 9. Observe-se que, contra a parte revel (materna/paterno)são
aplicados os termos dos artigos 348 e 349 ambos do CPC. 10.Em seguida, voltem-me conclusos para
designação de a audiência de saneamento e organização do processo. Belém-Pará, 22 de fevereiro 2019
DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT JUÍZA DE DIREITO PROCESSO: 00399543120028140301
PROCESSO ANTIGO: 200210477203 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIO
OSWALDO SILVA DE MENDONCA Ação: Separação Litigiosa em: 22/02/2019 EXECUTADO:H. N. N.
Representante(s): OAB 5082 - MARTA MARIA VINAGRE BEMBOM (ADVOGADO) OAB 17213 - DIEGO
FIGUEIREDO BASTOS (ADVOGADO) EXEQUENTE:L. N. S. N. Representante(s): OAB 5129 - LUIZ
PAULO DE ALMEIDA ZOGHBI (ADVOGADO) OAB 5154 - EVANDRO DE OLIVEIRA COSTA
(ADVOGADO) ENVOLVIDO:A. E. T. C. Representante(s): OAB 19319 - ABEL EXPEDITO TRINDADE DA
CONCEICAO (ADVOGADO) . Intime-se o(a) Advogado(a) do executado(a), Dr(a). DIEGO FIGUEIREDO
BASTOS, a restituir os autos no prazo de 24 (vinte e quatro) horas (Art. 1º, § 2º, XXIV do Provimento
006/2006 da CJRMB). De ordem, em, ___/___/2019 Resenhado em ___/___/2019 Publicado em
___/___/2019 PROCESSO: 00400438920178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARGUI GASPAR BITTENCOURT Ação:
Averiguação de Paternidade em: 22/02/2019 REQUERENTE:L. M. D. Representante(s): OAB 11968 -
EMILGRIETTY SILVA DOS SANTOS (DEFENSOR) REQUERIDO:R. F. C. M. Representante(s): OAB
4662 - JOSE MAURICIO MENASSEH NAHON (ADVOGADO) REQUERIDO:B. C. D. . Processo 587/17
R.Hoje 1. Abro o prazo quinzenal, útil e sucessivo, para impugnação ao meio de prova pericial. 2.
Encaminhem-se. 3. Após, ao Ministério Público para igual medida. 4. Remeta-se. 5. Após, conclusos para
prosseguimento. 6. Belém-Pará,22 de fevereiro de 2019 DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT JUÍZA
DE DIREITO PROCESSO: 00443014520178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARGUI GASPAR BITTENCOURT Ação: Ação de
Alimentos em: 22/02/2019 REQUERENTE:M. T. M. Representante(s): OAB 10857 - LANNA PATRICIA
JENNINGS PEREIRA E SILVA (ADVOGADO) REQUERIDO:J. B. Q. M. N. Representante(s): OAB 19693 -
LUIZ FELIPE MEIRELES LOIO (ADVOGADO) . PROCESSO: 784/2017 SENTENÇA MARCIO TAVARES
MONTEIRO propôs Ação Judicial em face de JOÃO BOSCO QUEIROZ MONTEIRO NETO, ambos
qualificados, argumentando, em síntese, ser devido a medida para revisionar o quantum da obrigação
alimentar em função de sua nova situação familiar e com valores que superam as necessidades do
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alimentando, motivo pelo qual almeja o acolhimento integral do pedido ora eleito. Acostou documentos de
fls. 18/78. Às fls. 79/80, consta decisão interlocutória indeferindo a antecipação de tutela. Às fls. 81/85,
consta pedido de reconsideração acerca da decisão de fls. Às fls. 86/87, consta decisão interlocutória
reduzindo a pensão alimentícia para o importe de 20% da base de cálculo anteriormente arbitrada. Às fls.
99, consta certidão de citação do requerido. Às fls. 100, consta decisão interlocutória que decretou a
revelia do requerido Às fls. 106/107, consta habilitação da advogada do requerido no feito. RELATADO EM
APERTADA SÍNTESE DECIDO De início e nos termos do artigo 178 e 698 do Código de Processo Civil
fica excluído do feito o Ministério Público. Nos termos do despacho de fls. 108, entendo que a presente
lide está apta ao julgamento antecipado do mérito, uma vez observadas as disposições do artigo 355 do
do diploma processual civil vigente. DOS ALIMENTOS E SUA REVISÃO Devemos entender a obrigação
alimentar como um múnus familiar regulado pela lei, cujos fundamentos são os vínculos diretos
(consanguíneo) e também na solidariedade familiar, onde, através deste encargo, estão os parentes
obrigados a prestarem-se assistência mútua, de forma a viverem de modo compatível com a sua condição
social, inclusive para atender às necessidades de sua educação, desde que não tenham bens suficientes,
nem possam prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, possa
fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento. O código Civil Preceitua em seu artigo 1.694:
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que
necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às
necessidades de sua educação. Vejamos que o dispositivo acima colacionado carrega em seu bojo a
possibilidade de pleito alimentar em virtude da necessidade, o que, por sua vez deve ser entendido como
uma real precisão, não caracterizando-se como um abuso no pedir, uma vingança entre genitores
separados e entre estes e seus filhos, e também um não fomento à prática do ócio de quem recebe e até
mesmo o enriquecimento ilícito, pois o mais comum, ético e justo é que cada pessoa seja responsável por
seu próprio sustento. O substrato fundamental das pensões alimentícias é a existência de vínculo
consanguíneo, seja por afinidade ou, ainda, decorrente do término da união estável ou enlace matrimonial,
e ainda com a aplicabilidade do trinômio necessidade/possibilidade/proporcionalidade, ou seja, comprova-
se a necessidade de quem as recebe, a possibilidade de quem as paga dentro de um juízo de
proporcionalidade. Os alimentos devem se destinar estritamente à subsistência digna daquele(s) que(s)
depende(m) de recursos alheios para viver. Ou seja, servem para as despesas com alimentação, saúde,
moradia e vestuário. A presente contenda tem como cerne a revisão do quantum alimentar, de um lado o
paterno busca a redução e de outra banda o filho, já maior de idade, (revel) não manifestou interesse
algum na demanda apesar de estar representado autos. É sabido ainda que a obrigação alimentar, com o
advento da maioridade dos alimentandos, transmuta-se do caráter presumido para o assistencial, ou seja,
o que antes era um dever, passa a ser exercício de solidariedade. A obrigação alimentar devida aos filhos
"transmuda-se do dever de sustento inerente ao poder familiar, com previsão legal no artigo 1.566, inciso
IV, do Código Civil (CC), para o dever de solidariedade resultante da relação de parentesco, que tem como
causa jurídica o vínculo ascendente-descendente e previsão expressa no artigo 1.696 do CC", vejamos:
Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges: I - fidelidade recíproca; II - vida em comum, no domicílio
conjugal; III - mútua assistência; IV - sustento, guarda e educação dos filhos; Art. 1.696. O direito à
prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a
obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros. De acordo com jurisprudência pacificada no
Superior Tribunal de Justiça (STJ), o advento da maioridade não extingue automaticamente o direito ao
recebimento de pensão alimentícia. Nesta linha, a Súmula 358 do STJ dispõe: "o cancelamento de pensão
alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, ainda
que nos próprios autos". Em outras falas, é admitido o pedido alimentar revisional, seja ele de majoração
ou minoração (uma vez que a ação de alimentos já que não faz coisa julgada material), deve ser analisado
sob o prisma do campo assistencial. É o dever de assistência mútua entre os envolvidos, preconizada no
artigo 1.694 do Código Civil Pátrio: Art. 1.694. (...) § 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das
necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. § 2o Os alimentos serão apenas os
indispensáveis à subsistência, quando a situação de necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia.
Art. 1.703. Para a manutenção dos filhos, os cônjuges separados judicialmente contribuirão na proporção
de seus recursos." Devemos entender que o que cessa com a maioridade é o poder familiar e
consequentemente o dever de sustento da obrigação presumida, o que, de outra banda, não se confunde
com o dever prestar alimentos por força da relação de parentesco, baseando-se na solidariedade, o que
por sua vez não cessa com a maioridade. Nos ensinamentos de VENOSA: in Direito Civil - Direito de
Família -VI. 5 ed., São Paulo: Atlas, 2005, p. 406 "(...) com relação ao direito de os filhos maiores pedirem
alimentos aos pais, não é o pátrio poder que o determina, mas a relação de parentesco, que predomina e
acarreta a responsabilidade alimentícia. Entende-se, porém que a pensão poderá distender-se por mais
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algum tempo, até que o filho complete os estudos superiores ou profissionalizantes, com idade razoável, e
possa prover a própria subsistência. Outras situações excepcionais, como condição de saúde, poderão
fazer com que os alimentos possam ir além da maioridade, o que deverá ser examinado no caso
concreto."(grifos nossos) Atentem-se muito bem: A Ação de Alimentos (no caso em tela revisional), como
dito alhures, objetiva a definição do quantum alimentar cuja causa mediata se localiza na melhoria de
condições na esfera de a possibilidade do Alimentante, seguindo-se da necessidade dos Alimentandos. O
certo é que, provadas as circunstâncias argumentativas, compete o emprego da porção mais justa e
atinente aos interesses envolvidos, claro, sempre se validando o princípio trino do direito alimentar, a
saber, necessidade x possibilidade x proporcionalidade, eis ser sua fonte basilar de definição. Vejamos
como Maria Berenice Dias, em sua obra Manual de Direito das Famílias, 4ª Edição, Revista, Atualizada e
Ampliada, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007,p.482 assim discorreu acerca deste vetor
imprescindível à fixação do valor dos alimentos: ________ Tradicionalmente, invoca-se o binômio
necessidade-possibilidade, ou seja, perquirem-se as necessidades do alimentando e as possibilidades do
alimentante para estabelecer o valor da pensão. No entanto, essa mensuração é feita para que se respeite
a diretriz da proporcionalidade. Por isso se começa a falar, com mais propriedade, em trinômio:
proporcionalidade-necessidade-possibilidade. Atente-se: O julgamento dos alimentos deve, como se
obriga para tanto, a gravitar em torno do princípio acima declinado, eis ser o vetor justo e definidor de um
encargo tão importante e nobre quanto esse. É meu entendimento! Digo que a viabilização da procedência
do almejo só será frutífera se desde o Demandante cumprir seu mister probatório agendado no artigo 373
do Código de Processo Civil: Art. 373. O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo
de seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do
autor. Vejamos. DO ÔNUS DA PROVA Veja, em sede alimentar, o ônus da prova compete ao Autor eis
compor fatos constitutivos do direito ora alegado. É seu encargo probatório! A título de conhecimento,
colaciono a jurisprudência advinda do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios: ALIMENTOS -
EX-COMPANHEIRA - NECESSIDADE DA ALIMENTANDA - PROVAS - COMPROVAÇÃO CAPACIDADE
DO ALIMENTANTE DEMONSTRADA - APELO CONHECIDO E PROVIDO. 1. O dever de mútua
assistência existente entre os cônjuges se materializa no encargo alimentar, quando existente a
necessidade. 2. Provada a capacidade econômica do alimentante, deve este arcar com o ônus dos
alimentos. 3. O fato do Recorrido ter constituído nova família e ainda pagar alimentos ao filho que teve
com a Apelante não o desonera do dever de prestar alimentos à ex-esposa que deles necessite. 4. É
razoável a fixação dos alimentos no mesmo percentual que vem sendo pago ao filho que possuem em
comum, qual seja, 5% (cinco por cento) dos rendimentos do Recorrido, abatidos os descontos
compulsórios. 5. Recurso parcialmente provido. Unânime. (20060610053686APC, Relator ROMEU
GONZAGA NEIVA, 5ª Turma Cível, julgado em 07/05/2008, DJ 12/06/2008 p. 62) PROCESSUAL CIVIL -
AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE ALIMENTOS - EX-MULHER - NECESSIDADE NÃO
COMPROVADA - DILAÇÃO PROBATÓRIA - IMPOSSIBILIDADE NA VIA ELEITA - DECISÃO
REFORMADA. 1. Para a fixação de alimentos provisórios, deve ser demonstrada de plano a necessidade
da requerente. O binômio necessidade versus possibilidade, sob o qual deve o Juiz pautar-se para definir
os alimentos provisórios, deve estar suficientemente provado, sob pena de, por prudência, não se deferir a
pensão alimentícia até que uma instrução mais completa seja realizada. 2. Na hipótese, as informações e
documentos apresentados demonstram a inexistência de incapacidade laboral da autora/agravada e as
dificuldades financeiras que atravessa o requerido/agravante, circunstâncias que desconstituem anterior
juízo de existência de plausibilidade do direito e autoriza a reforma da decisão que fixou os alimentos
provisórios. 3. Esclarece-se que a manifestação preliminar deste entendimento não importa na
antecipação do julgamento da causa, que deverá enfrentar as alegações e as evidências das provas a
serem produzidas no curso do processo. Inviável decidir-se o mérito da ação nos lindes estreitos do
Agravo de Instrumento, sob pena de supressão de instância. É dizer, as diferenças serão afastadas com o
julgamento da ação principal, oportunidade em que a questão será definitivamente elucidada pela
instância "a quo", na qual o juiz avaliará toda a prova produzida e formará sua convicção. 3. Agravo de
Instrumento conhecido e provido. (20110020118908AGI, Relator HUMBERTO ADJUTO ULHÔA, 3ª Turma
Cível, julgado em 17/08/2011, DJ 19/08/2011 p. 122) Então, caso demonstre indiferença ao teor
processual, o pedido deverá ser inacolhido, como ocorre no caso em comento. Vejamos. Remonto que o
pedido de revisão minorativa deu-se em função de o paterno, alegar quer os valores que estavam sendo
repassados iam bem além das necessidades de seu filho, cujo repasse, em alguns meses, ultrapassou a
quantia de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) e anda devido ao fato de o alimentante ter constituído nova
família. Em uma análise bem simples, não há de se falar, atualmente, em queda brusca de rendimentos do
autor, uma vez que o mesmo continua no exercício do labor formal, contudo restou demonstrado que os
repasses, em alguns meses, arcavam com todas as despesas do alimentando, fugindo ao que preceituam
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os princípios que norteiam a questão alimentar. Relembro, os valores a serem repassados aos
alimentandos devem ser arbitrados de acordo com o trinômio Necessidade-Possibilidade-
Proporcionalidade. NECESSIDADE-POSSIBILIDADE-PROPORCIONALIDADE DA POSSIBILIDADE DO
ALIMENTANTE A possibilidade gira em torno da condição econômico financeira do Alimentante, seguindo-
se de sua estabilidade laboral, emprego ou outra atividade autônoma ou empresarial inclusive, pois é um
vetor possível e eficaz de definição do quantum alimentar. Atente-se muito bem: A quantificação dos
alimentos deve ser analisada sopesando as necessidades do beneficiado, seguindo-se da possibilidade de
adimplemento da obrigação alimentar do provedor, dentro da esfera da proporcionalidade, vez o respeito
aos direitos ora envolvido como, por exemplo, o da dignidade da pessoa humana aplicável aos litigantes. A
título de conhecimento, vejamos o que discorreu o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios:
_________ REVISÃO DE ALIMENTOS. REDUÇÃO DO ENCARGO. SITUAÇÃO FÁTICA QUE
COMPROVA A ALTERAÇÃO DO BINÔMIO NECESSIDADE-POSSIBILIDADE. MANUTENÇÃO DA
SENTENÇA. A revisional de alimentos reclama a apreciação das provas que demonstrem a modificação
do estado econômico para pior daquele que presta os alimentos ou da situação fática de quem os recebe
e deles necessita. Se ficou comprovada a alteração fática no tocante ao binômio necessidade-
possibilidade, não há razão para a reforma da sentença que acertou em reduzir o percentual dos alimentos
originalmente estabelecido.(20080310010913APC, Relator NATANAEL CAETANO, 1ª Turma Cível,
julgado em 04/03/2009, DJ 16/03/2009 p. 86). FAMÍLIA, CIVIL E PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL.
ALIMENTOS. FIXAÇÃO. REQUISITOS. RESPONSABILIDADE NA CRIAÇÃO DA PROLE. IGUALDADE
ENTRE OS GENITORES. REVELIA. EFEITOS. DIREITOS INDISPONÍVEIS. 1.As necessidades do
alimentando e as possibilidades do alimentante compõem as duas variáveis na fixação dos alimentos e,
também, em sua revisão. Inteligência do artigo 1.694, § 1º, do Código Civil. 2.O dever de sustento da prole
compete igualmente a ambos os pais, com rateio equilibrado das despesas. 3.Tem-se entendido em ações
de alimentos que a ausência de contestação não induz aos efeitos da revelia, porquanto se trata de direito
indisponível (artigo 320, inciso II CPC) e para a fixação da verba alimentar deve-se atentar para o
regramento do § 1º do artigo 1.694 do Código Civil, o qual reza que os alimentos devem ser fixados de
acordo com o binômio necessidade-possibilidade. 4.Recurso parcialmente provido. (20080710126295APC,
Relator MARIO-ZAM BELMIRO, 3ª Turma Cível, julgado em 04/03/2009, DJ 12/03/2009 p. 88) _________
Em reforço, leiamos as decisões advindas e mais recentes do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:
___________ EMENTA: APELAÇÃO. AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS. INEXISTÊNCIA DE
ALTERAÇÃO NO BINÔMIO ALIMENTAR. CONSTITUIÇÃO DE NOVA FAMÍLIA. Os alimentos devem ser
fixados observando-se o binômio necessidade/possibilidade, sendo imperiosa, em ação revisional, além de
prova das necessidades do alimentado, a demonstração da alteração da capacidade financeira do
alimentante. Embora sejam evidentes os gastos com a constituição de nova família, para que haja redução
da pensão alimentícia, imprescindível a comprovação da impossibilidade de manter o pensionamento ou
desnecessidade da alimentada. Inteligência do art. 1.699 do código civil. RECURSO IMPROVIDO.
(Apelação Cível Nº 70034004390, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Claudir Fidelis
Faccenda, Julgado em 04/02/2010) EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ALIMENTOS. BINOMIO
NECESSIDADE/POSSIBILIDADE. MAJORAÇÃO. Se o alimentante não demonstrou sua impossibilidade
de arcar com verba alimentar superior àquela fixada em sentença, e as necessidades do alimentado se
presumem, os alimentos fixados merecem ser moderadamente majorados, buscando melhor suprir as
carências do infante. DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO APELO. (Apelação Cível Nº 70033573510,
Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 28/01/2010)
Como se vê, mesmo que o Alimentante constitua nova família, inclusive com frutos do novo enlace
matrimonial ou união estável, ou, ainda, que sustente outro rebento, não restam dúvidas que tal
circunstância jamais será, individualmente, causa excludente ou diminutiva da obrigação alimentar, não,
pois mesmo insurgindo novidade no campo fático do provedor, porém, não havendo provas substanciais
de sua queda econômico financeira, os alimentos inicialmente arbitrados, a meu ver, podem ser majorados
e tornados definitivos. É meu entendimento! E, pelo caso em tela, restou comprovado que não ocorreram
mudanças drásticas, na atualidade, na capacidade econômico financeira do autor/paterno, contudo alguns
repasses ultrapassam o limite da razoabilidade e proporcionalidade o que de pronto onera somente uma
das partes, pois cabe a ambos os genitores a manutenção das necessidades de seus filhos, ainda que o
caráter de repasse de valores alimentares seja tenha transmutado de presumido para assistencial. É
imprescindível esclarecer acerca do dever mútuo de ambos os genitores quanto à manutenção alimentar
dos seus filhos, pois, somente assim, será seu quantum definido com a mais plena e correta justiça. DO
DEVER MÚTUO DE MANUTENÇ"O ALIMENTAR O dever dos alimentos destinada aos beneficiários
pertence a ambos os pais, sempre na medida de suas respectivas disponibilidades, eis que, os dois, sem
distinção, obrigam-se na desenvoltura dos cuidados com a criança, pois esta é a regra do artigo 1.703 do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Código Civil a ser aplicada, analogicamente, ao caso: _________ Para a manutenção dos filhos, os
cônjuges separados judicialmente contribuirão na proporção de seus recursos Em apoio, aduz a recente
jurisprudência advinda do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e Distrito Federal e Territórios:
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. INVESTIGAÇ"O DE PATERNIDADE. QUANTUM ALIMENTAR.
DEVER DE AMBOS OS PAIS. Cabe a ambos os genitores concorrer para com o sustento dos filhos
menores, devendo cada qual contribuir na medida da própria disponibilidade, por se tratar de obrigaç"o
divisível. Pens"o reduzida para 15% dos rendimentos líquidos do alimentante, a fim de atender ao binômio
necessidade/possibilidade. Possibilidade de alteraç"o dos alimentos fixados em caráter provisório, a
qualquer tempo no curso do feito. AGRAVO DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO.
(SEGREDO DE JUSTIÇA) (Agravo de Instrumento Nº 70027728633, Sétima Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: André Luiz Planella Villarinho, Julgado em 18/02/2009) EMENTA: APELAÇ"O.
DISSOLUÇ"O DE SOCIEDADE DE FATO C/C GUARDA E ALIMENTOS. PEDIDO DE ALTERAÇ"O DE
GUARDA INDEFERIDO. ALIMENTOS. DEVER DE AMBOS OS PAIS PROVER O SUSTENTO DOS
FILHOS, DENTRO DE SUAS POSSIBILIDADES. Demonstrado no contexto probatório dos autos que o pai
dos menores detém melhores condições para exercer a guarda dos filhos, os quais estão consigo desde
que a genitora se ausentou do lar, não há porque modificar-se diante de pretensão da mãe, que não se
encontra respaldada em fundamento que evidencie ser medida de melhor interesse dos menores.
Compete a ambos os genitores o dever de sustento dos filhos e, enquanto o guardião presta alimentos in
natura aos filhos que com ele residem, cabe a genitora prestar-lhes pensão in pecúnia, em valor de acordo
com suas possibilidades, visando atender as necessidades do alimentados. APELAÇ"O DESPROVIDA.
(Apelação Cível Nº 70026954354, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: André Luiz
Planella Villarinho, Julgado em 18/02/2009) FAMÍLIA, CIVIL E PROCESSO CIVIL. APELAÇ"O CÍVEL.
ALIMENTOS. FIXAÇ"O. REQUISITOS. RESPONSABILIDADE NA CRIAÇ"O DA PROLE. IGUALDADE
ENTRE OS GENITORES. REVELIA. EFEITOS. DIREITOS INDISPONÍVEIS. 1.As necessidades do
alimentando e as possibilidades do alimentante compõem as duas variáveis na fixação dos alimentos e,
também, em sua revisão. Inteligência do artigo 1.694, § 1º, do Código Civil. 2.O dever de sustento da prole
compete igualmente a ambos os pais, com rateio equilibrado das despesas. 3.Tem-se entendido em ações
de alimentos que a ausência de contestação não induz aos efeitos da revelia, porquanto se trata de direito
indisponível (artigo 320, inciso II CPC) e para a fixação da verba alimentar deve-se atentar para o
regramento do § 1º do artigo 1.694 do Código Civil, o qual reza que os alimentos devem ser fixados de
acordo com o binômio necessidade-possibilidade. 4.Recurso parcialmente provido. (20080710126295APC,
Relator MARIO-ZAM BELMIRO, 3ª Turma Cível, julgado em 04/03/2009, DJ 12/03/2009 p. 88 - TJDFT).
CIVIL - REVIS"O ALIMENTOS - BINÔMIO NECESSIDADE X POSSIBILIDADE - ALTERAÇ"O SITUAÇ"O
FINANCEIRA - IGUALDADE - GENITORES - RECURSO N"O PROVIDO. I - Autorizada está a revis"o de
alimentos fixados, quando comprovada modificaç"o superveniente das necessidades/despesas de quem
os recebe ou na situaç"o financeira de quem os paga. Na hipótese vertente, efetivamente comprovada a
alteraç"o da situaç"o financeira do alimentante. II - Demais disso, n"o se discute que o dever de sustento
da prole compete a ambos os pais, conforme disciplina inserta no artigo 1566, inciso IV, do Código Civil e,
assim, a contribuiç"o do pai para a criaç"o e educaç"o da filha deverá ser distribuída igualmente com a
genitora. III - Negou-se provimento aos recursos. (20070310329175APC, Relator LECIR MANOEL DA
LUZ, 5ª Turma Cível, julgado em 26/11/2008, DJ 29/01/2009 p. 62-TJDFT). Como se vê, é inequívoco e
patente que o dever de alimentar e sustentar os requeridos pertence a ambos os pais, frisa-se, sempre na
medida de suas respectivas disponibilidades, não se justificando a ausência de comprometimento com os
alimentos da infante, eis que a obrigação é mútua e os alimentos pertence a prole, somente. Grave-se,
ainda, muito bem: O dever de prestar alimentos é mútuo, é de responsabilidade de ambos os pais,
portanto, a fixação ou quantum alimentar será arbitrado de acordo com as reais necessidades dos
alimentandos, sempre de acordo com a patente possibilidade do Alimentante. É o meu entendimento! Por
tanto, face o exposto, se o Requerente não demonstrar sua real capacidade em minorar os alimentos,
sendo indiferente ao seu encargo probatório, não haverá como atender ao pleito deste para com a
obrigação alimentar pleiteada. É meu entendimento! Ora, no caso em discussão, após a análise geral e
profunda das circunstâncias tangencias e envolventes do almejo, o Autor, a meu ver, conseguiu
demonstrar a real necessidade em minorar a referida pensão, uma vez que alguns dos repasses
ultrapassam as necessidades acordadas nos autos do processo: 00410938720168140301, devendo ser
observado o dever mutuo de prestar alimentos. Neste Interim, os documentos acostados aos autos,
postam-se como aptos e suficientes para fundamentar a decisão quanto à necessidade de revisão da
verba alimentar. Repito que as verbas alimentares devem ser arbitradas sempre levando em conta o
trinômio dissertado até mesmo como forma de evitar o ócio e possibilidade de enriquecimento ilícito ou
outra ilegalidade que ultrapasse a finalidade da questão alimentar. Ante o exposto e por tudo o que nos
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autos consta, com base e fundamento nos artigos 355, 373, inciso I, e 487, inciso I, todos do Estatuto
Processual Civil, c/c os artigos 1.566, 1.694/1.696 e 1.703 do Código Civil Pátrio, JULGO
PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO INICIAL e, por consequência, torno definitiva a obrigação
alimentar do paterno em 19% (dezenove por cento) de seus vencimentos e vantagens, excluídos APENAS
E TÃO SOMENTE os descontos legais (IR e INSS), com os descontos ocorrendo na fonte pagadora do
autor. O novo quantum estabelecido, 19% (dezenove por cento) dos vencimentos e vantagens, deverá ser
depositado na conta bancária em nome do requerido, uma vez o mesmo já possuir maior idade e servirá
para custear as despesas com curso superior e outras despesas pessoais do autor (incluindo alimentos
propriamente ditos). O paterno/autor continuará arcando com as despesas referentes aos planos de saúde
e odontológico cujos pagamentos ocorrerão sob sua responsabilidade. A redução dar-se-á a partir do
recebimento do expediente pela fonte pagadora (fls. 20), sem a espera do trânsito em julgado desta
decisão. Face a maioridade do requerido determino o prazo de 05 (cinco) dias a contar da publicação
desta decisão, que informe conta bancária, em seu respectivo nome, para que sejam feitos os respectivos
depósitos. Esta decisão vale como oficio à fonte pagadora do paterno/autor para que sejam feitos os
descontos atinentes a pensão alimentícia. À Secretaria da Vara e as partes adotarem as medidas legais
cabíveis ao feito, atentando-se que o autor NÃO se encontra com a gratuidade processual. Como o autor
NÃO está sob o manto da gratuidade processual, cabe ao mesmo o valor de custas finais no importe de
50% (cinquenta por cento) a ser calculado pela UNAJ, no prazo de 30(trinta) dias contados da data de
emissão do boleto bancário sob pena de inserção de dados do requerido na dívida ativa estatal,
observando-se que as custas cobradas tiveram seu termo inicial no despacho de fls. 131. P.R.I e cumpra-
se e expeça-se, decorrido o prazo recursal. Determino que os autos sejam arquivados com todas as
cautelas legais. Belém-Pará, 22 de fevereiro de 2019 DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT JUÍZA DE
DIREITO PROCESSO: 00452691720138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARGUI GASPAR BITTENCOURT Ação:
Homologação de Transação Extrajudicial em: 22/02/2019 EXECUTADO:A. C. C. EXEQUENTE:C. G. O.
Representante(s): OAB 3752 - ANTONIO CARLOS DE ANDRADE MONTEIRO (DEFENSOR) OAB 4807 -
ALCIDES ALEXANDRE FERREIRA DA SILVA (DEFENSOR) . Processo 808/13 R.Hoje Ø O que se
apresentou às fls. 66/71 é a defesa do texto de fls. 64. Ø Muito bem. diga a Exequente quanto ao seu
teor(15 dias úteis, a dobrar) e apresente a planilha de a dívida atualizada,segundo a evolução mensal
devida. Ø Após, sem nova conclusão, sigam ao Ministério Público para parecer. Ø Após, conclusos para
decisão. Ø Belém-Pará, 22 de FEVEREIRO de 2019 DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT JUÍZA DE
DIREITO PROCESSO: 00526818320008140301 PROCESSO ANTIGO: 199110096031
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIO OSWALDO SILVA DE MENDONCA Ação:
Separação Consensual em: 22/02/2019 AUTOR:MARIA JOSE DE AMORIM FRAGA AUTOR:PAULO
AVELINO RODRIGUES FRAGA Representante(s): OAB 12172 - MARCOS JAYME ASSAYAG
(ADVOGADO) . Intime-se o(a) Advogado(a) do(a) Requerente/Exequente, Dr(a). MARCOS JAYME
ASSAYAG, a restituir os autos no prazo de 24 (vinte e quatro) horas (Art. 1º, § 2º, XXIV do Provimento
006/2006 da CJRMB). De ordem, em / / 2019 Resenhado em / / 2019 Publicado em / / 2019 PROCESSO:
00533822320148140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
MARIO OSWALDO SILVA DE MENDONCA Ação: Guarda em: 22/02/2019 AUTOR:J. C. B.
Representante(s): OAB 3114 - CARMEN SUELY DOS SANTOS COSTA (ADVOGADO) REU:L. L. M.
ENVOLVIDO:Y. M. B. . Intime-se o(a) Advogado(a) do(a) Requerente/Exequente, Dr(a). CARMEN SUELY
DOS SANTOS COSTA, a restituir os autos no prazo de 24 (vinte e quatro) horas (Art. 1º, § 2º, XXIV do
Provimento 006/2006 da CJRMB). De ordem, em / / 2019 Resenhado em / / 2019 Publicado em / / 2019
PROCESSO: 00537725620158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARGUI GASPAR BITTENCOURT Ação:
Execução de Alimentos em: 22/02/2019 EXEQUENTE:A. G. S. F. EXECUTADO:I. D. A. F.
REPRESENTANTE:J. D. C. S. Representante(s): OAB 12711 - ANDREA LUISA FONSECA SARRAF
(ADVOGADO) . DESPACHO-MANDADO servirá o presente, por cópia digitada, como mandado, na forma
do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009 - CJRMB. Cumpra-se na forma e
sob as penas da lei. Processo 538/15: INTIMAÇÃO PESSOAL:AUTORIZO O SENHOR OFICIAL DE
JUSTIÇA A CUMPRIR A MEDIDA APÓS O HORÁRIO REGULAR, FERIADOS E FINAIS DE SEMANA. R.
Hoje 10 Por mandado/carta precatória: 30 dias, intime(m)-se pessoalmente o(a) Autor(a) A.G.S.F.,
representada pela materna JOALENE DANIELE COSTA DE SOUZA, para que, em CINCO úteis,
manifeste(m) seu(s) respectivo(s) interesse(s) , dizendo se ainda tem interesse quanto ao prosseguimento
do feito, e caso queria dar continuidade ao processo, QUE ATUALIZE SUE ENDEREÇO, FORNECENDO
TELEFONE E E-MAIL E FAÇA A MESMA DIIGÊNCIA COM O REQUERIDO, EIS O TEXTO DE FLS. 46,
SOB PENA DE EXTINÇÃO. O expediente ser cumprido à luz do artigo 212 do CPC.(cumprimento,
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também, fora do expediente forense, inclusive nos dias de domingo e feriados). 20 Observe o senhor
oficial de justiça que a diligência NÃO SERÁ CUMPRIDA se deixar o mandado com terceiro, mesmo que
este seja próxima ao(s) Autor(es) , porque a intimação SE OBRIGA A SER PESSOAL(valendo estes
termos para ambos, com sentença a ser prolatada se um ou outro for intimado, se assim houver). 30
Acostado o expediente, voltem-me conclusos. 40 Belém-Pará, 22 de FEVEREIRO de 2019 DRA.MARGUI
GASPAR BITTENCOURT JUÍZA DE DIREITO PROCESSO: 00698535120138140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARGUI GASPAR BITTENCOURT
Ação: Averiguação de Paternidade em: 22/02/2019 AUTOR:C. S. M. Representante(s): OAB 11809 -
RAFAELA CRISTINA BERGH PEREIRA (ADVOGADO) OAB 11870 - LUCIANA NEVES GLUCK PAUL
(ADVOGADO) OAB 15812 - SAUL FALCAO BEMERGUY (ADVOGADO) REU:G. S. V. F. . PROCESSO:
1251/2013 SENTENÇA CLAUDIONOR SENA DE MELO propôs Ação Judicial em desfavor de GÉSSICA
SIUSU VIDINHA DE FREITAS, todos qualificados, argumentando, em síntese, ser devido a medida para
reconhecimento da paternidade biológica, razão pela qual requer a procedência integral da pretensão
eleita para assim regularizar os fatos ora expostos na pretensão. Acostou documentos de fls. 10/11. Às fls.
16/17, consta certidão de citação da requerida. Às fls. 18, consta decisão que decretou a revelia da
requerida. Às fls. 20/23, consta manifestação apresentada pelo Ministério Público. Às fls. 29, consta termo
de audiência datado de 21.01.2016 onde foi colhido o material genético das partes para realização do
exame de DNA. Às fls. 32/37, consta o laudo de exame pericial cuja conclusão excluiu a paternidade
arguida, não havendo impugnação quanto ao teor do laudo pericial. Às fls. 20/23, consta manifestação
apresentada pelo Ministério Público para verificação de paternidade sócio afetiva. Às fls. 43/45, consta
meio de prova pericial relativo ao estudo psicossocial em cujo teor anunciou a existência de a paternidade
sócio afetiva entre o autor e a requerida, não havendo real impugnação. Às fls. 47, consta manifestação
apresentada pelo Ministério Público. RELATADO EM APERTADA SÍNTESE DECIDO De início e nos
termos do artigo 178 e 698 do Código de Processo Civil fica excluído do feito o Ministério Público. DA
PATERNIDADE E SUA LEGITIMIDADE Rege o princípio da filiação o direito do pleiteante em ver
reconhecido seja registralmente, seja sócio afetivamente seus genitores ou um de seus formadores, haja
vista a necessidade de se impor a estabilidade familiar e a proteção de seus efeitos. Daí, a previsão legal
quanto ao uso da via comum ordinária à definição da paternidade na eleição da verdade real, concretizada
mediante prova pericial conhecida como DNA. Sabe-se que o direito ao reconhecimento da paternidade é
personalíssimo, indisponível e imprescritível, bem delineado nos termos do artigo 1.606, onde o direito
garantido aos filhos posta-se acima de qualquer interesse particular de seus pais. Aliando-se a esta
legitimidade temos o Ministério Público, nos termos da Lei 8.560/92, e em sentido oposto a doutrina e a
jurisprudência se colocam de forma contrária quanto ao ajuizamento da ação de investigação de
paternidade tendo como polo ativo o possível pai biológico, o que por sua vez pode deixar, injustamente, o
suposto pai com uma dúvida pelo resto de sua vida, de saber se aquele é ou não seu filho, e, o filho, sem
a devida paternidade conhecida e reconhecida. A lei 12.010/2009 trouxe alterações na Lei 8.560/92,
incluindo o parágrafo 6º permitindo que quem tenha legitimo interesse possa ajuizar a ação cabível a tal
pleito, o que em uma visão mais holística se amolda ao princípio constitucional da dignidade da pessoa
humana, desta forma auxiliando na Busca da Verdade Real, atendendo não só o interesse do suposto pai,
mas principalmente o da parte adversa e até mesmo o poder judiciário, que neste trilhar descontrói filtros
buscando a efetividade da tutela jurisdicional amoldando-se ao princípio da primazia do julgamento de
mérito das ações judiciais. Colaciono a mudança legislativa ocorrida na Lei 8.560/92, vejamos: (...) § 6o A
iniciativa conferida ao Ministério Público não impede a quem tenha legítimo interesse de intentar
investigação, visando a obter o pretendido reconhecimento da paternidade. Conclui-se pelo acima
transcrito que resta assegurado a quem de legitimo interesse (neste caso até mesmo o suposto pai) o
direito de um pai ajuizar a Ação de Investigação de Paternidade a fim de ter seu direito e de seu suposto
filho resguardados. PROSSIGO. Cumpre ressaltar que o ônus probandi pertence a quem alega fatos, no
caso em especial, ao Requerente, haja vista formular circunstâncias fáticas constitutivas do direito
alegado, a saber, paternidade apontada e direcionado à Requerida, pois assim dispõe o artigo 373 do
Estatuto Processual Civil: __________ Art.373. O ônus da prova incumbe: I-ao autor, quanto ao fato
constitutivo do seu direito Logo, se não consegue fazer bom manejo de seu corpo de provas, intercalando
e associando os fundamentos legais e fáticos com os meios probatórios, não há falar em acolhimento do
pedido inicial ante a fragilidade e confronto interno da pretensão. Nesse sentido, aduz a jurisprudência:
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. FAMÍLIA. AÇÃO ANULATÓRIA DE RECONHECIMENTO DE
PATERNIDADE IMPROPRIAMENTE DENOMINADA NEGATÓRIA DE PATERNIDADE. VÍCIO DE
VONTADE NA ORIGEM DO ATO NÃO COMPROVADO. ÔNUS QUE INCUMBE À PARTE AUTORA.
IRREVOGABILIDADE DO RECONHECIMENTO VOLUNTÁRIO DE PATERNIDADE. 1. A ação negatória
de paternidade se presta exclusivamente para contestar a presunção pater is est, de modo que se a
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filiação não surge em decorrência de referida presunção, mas de um ato de vontade do autor, cuida-se,
em verdade, de ação anulatória de reconhecimento de paternidade. 2. Não tendo o demandando logrado
produzir qualquer prova acerca da ocorrência de erro ou outro vício de vontade apto a nulificar o
reconhecimento de paternidade operado, não se desincumbindo a contento do ônus probatório que lhe
competia, conforme o art. 333, inc. I, do Código de Processo Civil, deve prevalecer a irrevogabilidade e
irretratabilidade do ato (arts. 1.609 e 1.610 do Código Civil), pois praticado de forma livre e consciente.
POR MAIORIA, NEGARAM PROVIMENTO, VENCIDO O RELATOR. (Apelação Cível Nº 70067444380,
Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rui Portanova, Julgado em 03/03/2016) Ementa:
APELAÇÃO CÍVEL. PATERNIDADE. RECONHECIMENTO JUDICIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL.
INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 186 E 927 DO CCB. DANO MORAL. AUSÊNCIA DE PROVAS (ART. 333, I,
DO CPC). A verificação de efetivo dano de natureza extrapatrimonial, perpetrado no âmbito familiar ou fora
dele, requer prova da veracidade dos fatos alegados, além do nexo de causalidade entre o dano e a
conduta atribuída ao suposto ofensor, ônus que incumbe à quem alega (art. 333, I, do CPC). Na ausência
de tais provas, não há cogitar direito à reparação. APELO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº
70065033300, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sandra Brisolara Medeiros,
Julgado em 04/11/2015) _________ Ora, o direcionamento dado à paternidade do autor em face da
Requerida quedou-se quanto ao resultado técnico do meio de prova pericial acostado às fls. 32/37 , em
cujo teor assim exararam, respectivamente: Meio de prova pericial: DNA - fls. 32/37 (...) 4.CONCLUSÃO
(..) Tendo como verdade as informações de identificação de todos os envolvidos e a procedência das
amostras analisadas, pode-se considerar que o suposto pai CLAUDIONOR SENA DE MELO NÃO É O PAI
BIOLÓGICO do (a) filho (a) investigante GÉSSICA SIUSU VIDINHA DE FREITAS. ______________ A
conclusão acima descrita obsta o julgamento imediato do mérito em virtude da manifestação requerida
pelo Ministério Público (fls. 41) o qual requereu a verificação, através de estudo psicossocial, de
paternidade sócio afetiva, ainda que excluído do feito busca-se a verdade real da lide em comento através
dos princípios da primazia de julgamento de mérito, o da dignidade da pessoa humana. DA FILIAÇÃO
SÓCIO AFETIVA A filiação sócio afetiva deve ser entendida como aquela que não advêm do vínculo
biológico, mas sim do vínculo afetivo, ampliando-se o conceito de paternidade, compreendendo-se, assim,
o parentesco psicológico, prevalecendo (em alguns casos) sobre a biológica. Este tipo de filiação decorre
do ato de vontade, respeito recíproco e o amor construído ao longo do tempo, dia após dia, com base no
afeto, independentemente de vínculo sanguíneo, tendo sido ampliado o conceito de paternidade que agora
vai além do vínculo biológico. O Código Civil, sobre o tema, assim de põe: Art. 1953 O parentesco é
natural ou civil, conforme resulte da consanguinidade ou outra origem. No mesmo sentido, Maria Berenice
Dias, Manual do Direito das Famílias. 5ª Ed. São Paulo: Editora RT, 2009, p.324: "As transformações mais
recentes por que passou a família, deixando de ser unidade de caráter econômico, social e religioso para
se afirmar fundamentalmente como grupo de afetividade e companheirismo, imprimiram considerável
reforço ao esvaziamento biológico da paternidade". Nos ensinamentos de Jorge Fujita (Filiação na
Contemporaneidade. 2010, p. 475) "filiação sócio afetiva é aquela consistente na relação entre pai e filho,
ou entre mãe e filho, ou entre pais e filho, em que inexiste liame de ordem sanguínea entre eles" Dimas
Messias CARVALHO em sua obra: Direito de Família: direito civil . 2. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2009.
Assim nos ensina sobre a filiação sócio afetiva: "Aquela que envolve os aspectos e os vínculos afetivos e
sociais entre os parentes não biológicos. Sendo que sua constituição se dá mediante o reconhecimento da
filiação pela posse do estado de filho, configurada na presença caracterizadora do nome, com a utilização
pela pessoa do nome do pai, ao qual se identifica; do trato, que consiste no tratamento e criação como
filho pelo pai socioafetivo; e na fama, que representa a exteriorização, o conhecimento externo do terceiros
que consideram a relação paterno-filial entre o pai e o filho afetivo. Face a lei (Código Civil) e a Doutrina
acima colacionada podemos depreender que as fontes do Direito convergem no sentido de que nem
sempre o melhor para uma pessoa é conviver com seus pais biológicos (não estamos aqui negando este
tipo de parentesco), pois não é o sangue ou o DNA que produz amor de pai ou de mãe, mas sim, de
acordo com o caso concreto, o afeto/amor entre pessoas que não possuem laços de sangue se põe com
mais intensidade sobre os que possuem vinculo natural, uma vez que nem sempre procriação leva a
filiação. Procriar não leva, necessariamente, a amar, cuidar, respeitar o que sem sombra de dúvida fora
observado no caso em comento, pois mesmo ao saber da não relação biológica as partes mantiveram a
convivência como se paio e filha fossem. Aliando-se a este entendimento temos o enunciado 256 da III
Jornada de Direito Civil da CEJ, o qual assim se põe: "256 - Art. 1.593: A posse do estado de filho
(parentalidade socioafetiva) constitui modalidade de parentesco civil". A filiação acima declinada restou
demonstrada diante do texto emanado pelo Setor Social, às fls. 43/45, cujo teor comprovou a existência de
relação sócio afetiva entre o requerente e a menor A.C.D.S.S (fls. 20), cujo texto assim expõe: VI -
Conclusão: (...) "Requerente e requerida afirmaram que o resultado negativo do exame de DNA, em nada
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modificará a relação paterno filial já existente, haja vista ambos haverem desenvolvido lações de afeto no
período em que estão convivendo. Além do que, a requerida afirmou que o núcleo familiar do requerente é
também o seu referencial de família, na qual evidencia um "amor incondicional" (textuais) entre todos os
seus integrantes. (...) Na situação estudada, torna-se evidente a existência da relação parental
socioafetiva entre o requerente e a requerida. Ora, como desconsiderar as informações do parecer técnico
e deixar que as partes tenham seus interesses protegidos, principalmente após a confirmação da não
existência de vínculo biológico entre os mesmos. Sinceramente, não há como! Então, por haver
pressupostos de existência quanto à filiação sócio afetiva entre o Demandante e a demandada, justo é que
seja acolhido o almejo inicial, ainda que de forma diferida do pleito inicial (possibilidade de filiação
biológica), ante a total comprovação acerca da paternidade sócio afetiva. É o meu entendimento! DAS
PROVAS O artigo 373 do Código de Processo Civil assim dispõe: Art. O ônus da prova incumbe: I-Ao
autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II-Ao réu, quanto à existência de fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do autor. Diante disso, frisa-se mais uma vez, compete ao Autor provar
a existência dos fatos que constituem seus direitos. Vejamos. DAS PROVAS ACOSTADAS AOS AUTOS
Digo de pronto que tanto as provas apresentadas aos autos apenas corroboram com o que foi discorrido,
uma vez que fora comprovado o vínculo sócio afetivo entre as partes. Ante o exposto e por tudo o que nos
autos consta, com base e fundamento no artigo 373, inciso I, do Estatuto Processual Civil, e todos c/c o
487, inciso I do Código de Processo Civil, c/c o artigo 1.593 e 1.603/1.604 do Código Civil Pátrio e 227 da
Constituição federal, JULGO TOTALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO INICIAL, para assim declarar a
existência de vínculo sócio afetivo entre o autor CLAUDIONOR SENA DE MELO e GÉSSICA SIUSU
VIDINHA DE FREITAS vez a mais plena certeza e convicção de seus elementos de caracterização. Diante
disso, DECLARO VÁLIDA a alteração e acréscimo dos dados constantes no registro de nascimento da
requerida GÉSSICA SIUSU VIDINHA DE FREITAS, fazendo constar a filiação sócio afetiva, sem excluir a
possibilidade de uma futura filiação biológica, observando-se os dados inerentes à filiação paterna e
ascendentes agendados na Certidão de Assento de Nascimento da mesma - Cartório de Registro Civil de
Nascimento, Casamento e óbitos e mais anexos da Vila de Mosqueiro, Estado do Pará, certidão de
nascimento nº 11.452, Fls. 570, Livro 116, promovendo a inserção dos dados do pai sócio afetivo, senhor
CLAUDIONOR SENA DE MELO, cujas alterações assim restam fixadas: De: (I) Nome da requerida:
GÉSSICA SIUSU VIDINHA DE FREITAS Para: (I) Nome da requerida: GÉSSICA SIUSU FREITAS DE
MELO (II) Filiação Paterna: CLAUDIONOR SENA DE MELO (II) Nome dos ascendentes paternos: FLÁVIO
JOÃO DUARTE DE MELO e ANTONIA SENA DE MELO À Secretaria da Vara adotar as medidas legais
cabíveis à eficácia da decisão, observando-se que, segundo o Provimento nº. 01/2010-CJRMB/TJPA, em
seu artigo 2º., a emissão da segunda via da certidão de assento de nascimento da requerida estará,
também, abraçada pela Assistência Judiciária. Sem custas e honorários advocatícios, eis conceder as
partes os benefícios da gratuidade processual, nesta compreendida honorários advocatícios. P.R.I e
certificado o trânsito em julgado, expeça-se e, em seguida, determino que os autos sejam arquivados com
todas as cautelas legais. Belém-Pará, 22 de fevereiro de 2019 DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT
JUÍZA DE DIREITO PROCESSO: 00724692820158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARGUI GASPAR BITTENCOURT Ação:
Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 22/02/2019 EXEQUENTE:T. S. L. Representante(s): OAB 17423
- MILENE CORREA FERREIRA (ADVOGADO) REP LEGAL:D. M. D. S. Representante(s): OAB 16572 -
ALDO ALEXANDRE TRINDADE SANTOS (ADVOGADO) EXECUTADO:M. C. L. M. Representante(s):
OAB 3000 - MARIA DO SOCORRO DE FIGUEIREDO MIRALHA DA SILVA (ADVOGADO) . SENTENÇA-
MANDADO-OFÍCIO servirá o presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº
003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009 - CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.
Processo 648/15 SENTENÇA DECLARATÓRIA EXTINTIVA DA EXECUÇÃO PESSOAL E PATRIMONIAL
(ESTA SENTENÇA VALE COMO ALVARÁ DE SOLTURA ) T.S.L., ., representada por sua materna Diana
Marlia Damasceno de SOUZA nos autos da Ação Judicial em comento em que move contra MAURO
CEZAR LIMA DE MORAES, todos qualificados, expôs argumentos inerentes às execuções de cunho
pessoal e patrimonial , acostando documentos correspondentes com direcionamento para prisão civil,
inclusive. Às fls. 122, consta manifestação da Exequente ao não pagamento integral da obrigação
assumida, ensejando a extinção processual . O processo seguiu seu trâmite normal. RELATADO EM
APERTADA SÍNTESE DECIDO Através da fase executiva, o credor visa satisfazer seu crédito definido por
um título executivo judicial(provisório ou não) ou extrajudicial. Iniciado o procedimento, compete ao
devedor defender-se mediante as vias processuais cabíveis como, por exemplo, Embargos à Execução ou
a excepcional Exceção de Pré-Executividade ou, ainda, reconhecendo o débito, adimpli-lo de modo efetivo
e pleno gerando, por consequência, a extinção da obrigação antes declarada, observando-se que, por
opção da parte, a mesma pode propor a constrição à luz do artigo 523 ou do dispositivo 528 ou, ainda,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
através do artigo 528 do Código de Processo Civil. No caso em discussão, constata-se o adimplemento da
obrigação assumida. Vale dizer, a meu ver, evidente estar o crédito da Exequente satisfeito cuja postura
de aceitação insurge sua perda de interesse no prosseguimento do feito, circunstância fático-processual
que faz insurgir a declaração de extinção da obrigação, repito, do período ora exigido. Nesse sentido, aduz
a doutrina de Antônio Carlos Marcato, em sua obra Código de Processo Civil Interpretado, São Paulo:
Atlas, 2004, p.2213/2214: 2. SATISFAÇÃO DA OBRIGAÇÃO. (INCISO I): Embora o texto legal fale em
satisfação da obrigação pelo devedor, o que vai importar, na prática, ainda que por terceiro ou ato estatal
de alienação patrimonial, às expensas do devedor. Se o devedor cumpre a obrigação exigida por meio do
processo de execução, seja espontaneamente, seja coercitivamente, perde o credor o interesse no
prosseguimento do feito, já que terá visto seu direito satisfeito... Em reforço, preleciona a jurisprudência:
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO DOS ALIMENTOS. RITO DA QUANTIA CERTA " ART. 732
DO CPC. PAGAMENTO DA QUANTIA INDICADA NA INICIAL. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. Evidenciado
nos autos que a exeqüente ingressou com e execução de alimentos pelo rito do art. 732 do CPC " quantia
certa " bem como o executado, efetivamente, pagou o débito apontado na inicial, de rigor a extinção da
execução. Não é lícito alterar para o rito do art. 733 do CPC, porquanto o exeqüente em nenhum momento
concordou nesse sentido. Quando se trata de ação que, ao fim e ao cabo, pode levar a parte a perder a
sua liberdade, não cabe outro tipo de interpretação que não seja a restrita. Quando se teme prisão injusta
a forma é garantia da liberdade. APELAÇÃO NÃO PROVIDA, EM MONOCRÁTICA. (Apelação Cível Nº
70022347876, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rui Portanova, Julgado em
26/03/2008) EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. QUITAÇÃO. EXTINÇÃO DO
FEITO EXECUTIVO. Comprovado que o alimentante efetuou o pagamento dos valores cobrados pelo
alimentado, impõe-se a extinção da execução, com fundamento no artigo 794, inciso I, do Código de
Processo Civil. RECURSO IMPROVIDO. (SEGREDO DE JUSTIÇA) (Apelação Cível Nº 70021388673,
Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Claudir Fidelis Faccenda, Julgado em
25/10/2007) Frisa-se, seja voluntariamente, seja coercitivamente, quando o débito é adimplido pelo
devedor, deve a obrigação ser declarada extinta, algo ocorrente no caso em questão, não havendo mais
nada a discutir quanto a débitos cobrados dentro do período relativo aos meses em comento. Ante o
exposto e por tudo o que nos autos consta, com base e fundamento no artigo 924, inciso II, do Estatuto
Processual Civil, c/c o artigo 528 seguintes do mesmo Diploma Processual, declaro extinta a execução em
comento exaurindo-se integralmente a questão desejada envolvendo as partes, QUANTO À
CONSTRIÇÃO PESSOALE PATRIMONIAL , NÃO HAVENDO MAIS NADA A COBRAR ATÉ A
PRESENTE DATA. Deve a Secretaria da Vara emitir ofícios aos Órgãos de Proteção ao Crédito a fim de
que os dados pessoais do Executado sejam retirados para fins devidos(acaso emitidos para fins de a
constrição pessoal e patrimonial). Ainda, deve ser expedido o competente alvará de soltura se assim
estiver preso,encaminhando-se à SUSIPE via Sistema Libra. Sem c ustas e verba honorária, eis estarem
todos com a gratuidade processual. P.R.I e expeça-se o que necessário for e,em seguida, determino que
os autos do processo sejam encaminhados ao Arquivo Geral com as cautelas legais. Belém-Pará, 22 de
fevereiro de 2019 DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT JUÍZA DE DIREITO PROCESSO:
01201401320168140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
MARGUI GASPAR BITTENCOURT Ação: Cumprimento de sentença em: 22/02/2019 EXEQUENTE:C. S.
S. REPRESENTANTE:E. D. F. S. Representante(s): OAB 10080 - PRISCILLA PAULA PEREIRA
GONCALVES (ADVOGADO) OAB 15506 - KASSIANA RENE GOMES (ADVOGADO) OAB 16319 - NADIA
HELLEN GAIA DE ALMEIDA (ADVOGADO) EXECUTADO:J. O. S. Representante(s): OAB 25707 -
SABRINA SOUZA DO NASCIMENTO MAIA (ADVOGADO) . Processo 159/16 R.Hoje Ø Apresentação a
destempo da defesa, fls. 124v. Portanto, nada tem de justificativa e Embargos à Execução. Ø Apresente a
Exequente(15 dias úteis) as planilhas de as constrições desejadas, segundo a evolução mensal
correspondente. Ø Simultaneamente, à Secretaria da Vara oficiar à Caixa Econômica Federal para que, no
prazo de 10(dez) dias, contados do recebimento do expediente, por e-mail funcional, informe acerca de
saldo disponível de FGTS. Ø Ainda, oficie-se ao Ministério do Trabalho e Emprego para que, no prazo
acima assinalado, informe quanto à in(existência) de vínculo empregatício do Executado. Ø Porém, se a
resposta do Ministério do Trabalho e Emprego for negativa, ent"o, sigam os autos do processo direto ao
Ministério Público para parecer quanto ao pedido de pris"o civil e constriç"o patrimonial. Ø Após, conclusos
para decisão. Ø Belém-Pará, 22 de FEVEREIRO de 2019 DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT JUÍZA
DE DIREITO PROCESSO: 01216639420158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARGUI GASPAR BITTENCOURT Ação: Divórcio
Litigioso em: 22/02/2019 REQUERENTE:N. S. A. Representante(s): OAB 10758 - FRANCINALDO
FERNANDES DE OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 13013 - ALINE CRISTIANE ANAISSI DE MORAES
BRAGA (ADVOGADO) REQUERIDO:E. C. C. S. Representante(s): OAB 7012 - GILBERTO CARLOS
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
COSTA SENA (ADVOGADO) . Processo 863/15 R.Hoje Antes de dar prosseguimento com decisão final,
vou tentar conciliar as partes. Então, hei por bem designar audiência de mediação/conciliação para o dia
07 de março de 2019, às 11:00 horas. 1. As partes serão apresentadas em Juízo por seus patronos,
independentemente de intimação, cujas ausências dos litigantes ou dos advogados prejudicará o ato
processual em comento, seguindo-se a demanda em todos os seus moldes. 2. Observem as partes que,
tal audiência servirá para tentarmos resolver a demanda da melhor forma possível seja de forma total, seja
parcial, sem perder de vista que todas as questões suscitadas serão postas em ata e decididas após o ato
processual. 3. Ainda, caso decidam por não conciliar, os autos ficarão em gabinete para prosseguimento e
decisão. 4. Cientes os Advogados e Ministério Público. 5. Belém-Pará,22 de fevereiro de 2019 DRA.
MARGUI GASPAR BITTENCOURT JUÍZA DE DIREITO PROCESSO: 01521345920168140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARGUI GASPAR
BITTENCOURT Ação: Averiguação de Paternidade em: 22/02/2019 AUTOR:A. L. N. P.
REPRESENTANTE:E. N. P. Representante(s): OAB 8734 - LILIAN CRISTINA CAMPOS NEVES DOS
SANTOS (ADVOGADO) OAB 5636 - EMILIA DE FATIMA DA SILVA FARINHA PEREIRA (ADVOGADO)
OAB 15584 - ADELVAN OLIVERIO SILVA (ADVOGADO) OAB 24527 - FLAVIA KLAUTAU ACATAUASSU
NUNES (ADVOGADO) REU:K. A. D. L. Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO
ESTADO DO PARA (DEFENSOR) . Processo 209/16 R.Hoje 1. Abro o prazo quinzenal, útil e sucessivo,
para impugnação ao meio de prova pericial. 2. Encaminhem-se. 3. Após, ao Ministério Público para igual
medida. 4. Remeta-se. 5. Após, conclusos para prosseguimento. 6. Belém-Pará,22 de fevereiro de 2019
DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT JUÍZA DE DIREITO PROCESSO: 01530647720168140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARGUI GASPAR
BITTENCOURT Ação: Execução de Alimentos em: 22/02/2019 EXEQUENTE:J. F. M. Representante(s):
OAB 16751 - JOSE CLAUDIO PALHETA PIRES JUNIOR (ADVOGADO) EXECUTADO:J. A. M.
Representante(s): OAB 8901 - LUCIANA MARTINS GOMES (ADVOGADO) . SENTENÇA-MANDADO-
OFÍCIO servirá o presente, por cópia digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009,
alterado pelo Provimento nº 011/2009 - CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei. Processo
211/16 SENTENÇA DECLARATÓRIA EXTINTIVA DA EXECUÇÃO PESSOAL E PATRIMONIAL (ESTA
SENTENÇA VALE COMO ALVARÁ DE SOLTURA ) JAMILLE FERREIRA MONTEIRO nos autos da Ação
Judicial em comento em que move contra JEFFERSON AMORIM MONTEIRO, todos qualificados, expôs
argumentos inerentes às execuções de cunho patrimonial e pessoal , acostando documentos
correspondentes com direcionamento para prisão civil, inclusive. Às fls.110/111, consta anúncio da
Exequente quanto ao pagamento integral da obrigação assumida, ensejando a extinção processual . O
processo seguiu seu trâmite normal. RELATADO EM APERTADA SÍNTESE DECIDO Através da fase
executiva, o credor visa satisfazer seu crédito definido por um título executivo judicial(provisório ou não) ou
extrajudicial. Iniciado o procedimento, compete ao devedor defender-se mediante as vias processuais
cabíveis como, por exemplo, Embargos à Execução ou a excepcional Exceção de Pré-Executividade ou,
ainda, reconhecendo o débito, adimpli-lo de modo efetivo e pleno gerando, por consequência, a extinção
da obrigação antes declarada, observando-se que, por opção da parte, a mesma pode propor a constrição
à luz do artigo 523 ou do dispositivo 528 ou, ainda, através do artigo 528 do Código de Processo Civil. No
caso em discussão, constata-se o adimplemento da obrigação assumida. Vale dizer, a meu ver, evidente
estar o crédito da Exequente satisfeito cuja postura de aceitação insurge sua perda de interesse no
prosseguimento do feito, circunstância fático-processual que faz insurgir a declaração de extinção da
obrigação, repito, do período ora exigido. Nesse sentido, aduz a doutrina de Antônio Carlos Marcato, em
sua obra Código de Processo Civil Interpretado, São Paulo: Atlas, 2004, p.2213/2214: 2. SATISFAÇÃO DA
OBRIGAÇÃO. (INCISO I): Embora o texto legal fale em satisfação da obrigação pelo devedor, o que vai
importar, na prática, ainda que por terceiro ou ato estatal de alienação patrimonial, às expensas do
devedor. Se o devedor cumpre a obrigação exigida por meio do processo de execução, seja
espontaneamente, seja coercitivamente, perde o credor o interesse no prosseguimento do feito, já que terá
visto seu direito satisfeito... Em reforço, preleciona a jurisprudência: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL.
EXECUÇÃO DOS ALIMENTOS. RITO DA QUANTIA CERTA " ART. 732 DO CPC. PAGAMENTO DA
QUANTIA INDICADA NA INICIAL. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. Evidenciado nos autos que a exeqüente
ingressou com e execução de alimentos pelo rito do art. 732 do CPC " quantia certa " bem como o
executado, efetivamente, pagou o débito apontado na inicial, de rigor a extinção da execução. Não é lícito
alterar para o rito do art. 733 do CPC, porquanto o exeqüente em nenhum momento concordou nesse
sentido. Quando se trata de ação que, ao fim e ao cabo, pode levar a parte a perder a sua liberdade, não
cabe outro tipo de interpretação que não seja a restrita. Quando se teme prisão injusta a forma é garantia
da liberdade. APELAÇÃO NÃO PROVIDA, EM MONOCRÁTICA. (Apelação Cível Nº 70022347876, Oitava
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rui Portanova, Julgado em 26/03/2008) EMENTA:
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10/12/2008, DJ 12/01/2009 p. 35) Ora, como se depreende dos termos iniciais, constata-se que a guarda
do(a) filho(a) do casal (M.P.S.F., fls. 10; L.O.C.S., fls. 11; M.E.C.S., fls. 12 e M.C.C.S., fls.13) deverá
permanecer com o PATERNO,UNILATERALMENTE, eis a mantença da circunstância fática ora envolvida,
cumulado à ausência de comprovaç"o de atitudes desabonadoras à conduta e comportamento do mesmo,
o que, repisa-se muito bem, permite-se, por agora, manter a guarda provisória com o genitor. Veja,
imponho assim a modalidade de guarda judicial(unilateral), até que haja elementos fáticos substanciais
para a alteraç"o, indo de unilateral para compartilhada, SE ASSIM FOR APURADO E NECESSÁRIO. De
outro norte, no que se refere ao direito de visitaç"o, o mesmo encontra amparo legal no artigo 1.589, do
Código Civil Pátrio. Note os termos do dispositivo: O pai ou a m"e em cuja guarda n"o estejam os filhos,
poderá visitá-los e tê-los em sua companhia , segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado
pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenç"o e educaç"o. Como se vê, muito embora tenha havido a
desestruturaç"o da vida em comum com a cessaç"o de algumas obrigaç"es legais e firmadas entre os
genitores do fruto, o direito de visita de um dos polos em relaç"o ao seu filho n"o é alcançado pela
dissoluç"o do matrimônio ou uni"o estável ou, ainda, da simples convivência amorosa, eis a existência de
relaç"o jurídica diferenciada envolvendo genitor-rebento. De outra banda, a visitaç"o n"o é apenas um
direito pertencente a um dos genitores, n"o, pois o direito é majoritariamente do filho , eis que a
convivência com a figura materna , desde sempre com início na terna infância, trar-lhe-á vínculo
afetivossocial capaz de gerir os princípios e comandos da trajetória de vida. Todavia, quando comprovado
ou estando presentes indícios de a existência de agressividade e violência física dentro do seio familiar,
com autoria materna , a meu ver, o direito de visitaç"o deve ser observado e assegurado à genitora, após
a confecç"o da perícia psicossocial, eis a natureza da discuss"o em anexo. No caso em tela, configurado
está a aparência do bom direito quanto à concess"o da tutela de urgência, frisa-se, eis a presença dos
requisitos e pressupostos autorizadores. A Tutela de Urgência detém como princípio estruturante o da
efetividade do processo cuja finalidade precípua é o dar celeridade ou adiantamento dos efeitos fático
legais de uma futura sentença favorável. Regida pelo artigo do Estatuto Processual Civil: Art. 300. A tutela
de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. § 1o Para a concess"o da tutela de urgência, o juiz
pode, conforme o caso, exigir cauç"o real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte
possa vir a sofrer, podendo a cauç"o ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente n"o puder
oferecê-la. § 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificaç"o prévia. § 3o A
tutela de urgência de natureza antecipada n"o será concedida quando houver perigo de irreversibilidade
dos efeitos da decis"o. A tutela de urgência aduz a existência de os requisitos de admiss"o abaixo
delineados: 1.DA PROBABILIDADE DO DIREITO(ANTERIOR FUMUS BONI IURIS - CONVICÇ"O DE
VEROSSIMILHANÇA Na liç"o de Fredie Didier Jr, em sua obra Curso de Direito Processual Civil, Volume
2, 2007, Ediç"o Podivm, p. 538: Prova inequívoca n"o é aquela que conduza a uma verdade plena,
absoluta, real ... tampouco a que conduz à melhor verdade possível( a mais próxima da realidade)...Trata-
se de prova robusta, consistente, que conduza o magistrado a um juízo de probabilidade, o que é
perfeitamente viável no contexto da cogniç"o sumária. Por outro lado, Luiz Guilherme Marinoni, em sua
Obra Curso de Processo Civil, volume 4, 2ª tiragem, S"o Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008, p.
147, ensina-nos que: O juiz julga o pedido cautelar com base em fumus boni iuris. Assim, a sua convicç"o
jamais deve ultrapassar a veorssimilhança, pois de outra forma estar-se-á diante de um processo de
cogniç"o exauriente, em que a convicç"o é de certeza e o juízo acerca do litígio permite a declaraç"o capaz
de gerar a coisa material. O processo cautelar é necessariamente limitado à convicç"o de verossimilhança.
Ora, a convicç"o de verossimilhança se encontra robustamente patente quando do vínculo consanguíneo
envolvendo a Requerida e seu fruto, eis que, como dito alhures, o direito de visitaç"o n"o pertence apenas
à genitora e sim, em nível elevadíssimo, ao fruto do casal, o qual precisa manter os laços afetivo
emocional familiares intactos, desde que n"o haja anúncio quanto à violência doméstica, o que imp"e
cautelaridade quanto à regulamentaç"o imediata da visitaç"o materna, o que, pelo menos por agora,
inocorre na demanda eleita(violência doméstica: N"o há mínima comprovaç"o nesse sentido). 2.PERIGO
DE DANO(ANTERIOR PERICULUM IN MORA ) O periculum in mora, HOJE MENCIONADO "PERIGO DE
DANO" se posta como outro requisito validador para a concess"o de a tutela de urgência, desde que
efetivamente comprovado a sua urgência e imprescindibilidade, cuja demora acarretará prejuízos de tal
monta ao necessitado, inclusive com grau irreversível, insurgindo o nominado perigo de dano. Atente-se:
O perigo de dano se encontra vinculado ao perigo de dano cuja demora na decis"o acarretará danos
irreparáveis . Vejamos o que o doutrinador Luiz Guilherme Marinoni, em sua obra acima nominada, agora
na página28, afirmou acerca deste pressuposto de admiss"o: O perigo de dano deve ser fundado em
elementos objetivos, capazes de serem expostos de forma racional, e n"o em meras conjecturas de ordem
subjetiva. Além disto, embora o perigo de dano faça surgir uma situaç"o de urgência, tornando insuportável
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a demora do processo, n"o há raz"o para identificar perigo de dano com o periculum in mora, como se
ambos tivessem o mesmo significado. O perigo de dano faz surgir o perigo na demora do processo,
existindo, aí, uma relaç"o de causa e efeito. Por isto mesmo, para se evidenciar a necessidade das tutela
cautelar, n"o basta alegar o periculum in mora, sendo preciso demonstrar a existência de causa, ou seja, o
perigo de dano. Assim , ser indiferente à medida é negar um direito patente dos envolvidos, visando o
respeito e a adequaç"o aos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e preservaç"o da
família remanescente, motivo pelo qual entendo por conceder o pedido relativo à medida inicial, de modo
integral. Veja, n"o imponho a guarda compartilhada diante do nível de afastamento e conflito envolvendo o
casal, o que, a meu ver, acaso concedida, afrontaria o princípio do melhor interesse da criança. Todavia,
tal postura poderá ser alterada, em especial, após a confecç"o do meio de prova relativo ao estudo
psicossocial ou no momento apropriado. É meu entendimento! Assim, ser indiferente à medida é negar um
direito patente dos envolvidos, visando o respeito e a adequaç"o aos princípios constitucionais da
dignidade da pessoa humana e preservaç"o da família remanescente, motivo pelo qual entendo por
conceder o pedido relativo à medida inicial. Isto posto, com base e fundamento no artigo 300 e seguintes
do Código de Processo Civil, DEFIRO, de modo parcial, o pedido de tutela de urgência (quanto aos temas
guarda, direito de visitaç"o e alimentos presumidos) por conceder a guarda provisória UNILATERAL do(a)
filhos(a) do casal (M.P.S.F., fls. 10; L.O.C.S., fls. 11; M.E.C.S., fls. 12 e M.C.C.S., fls.13) ao paterno
MARCELO PALHETA DE SOUZA, cuja regulamentaç"o do direito de visitaç"o materna da seguinte
forma(n"o conforme o pedido inicial): (i) finais de semana e feriados alternados, iniciando-se com o
paterno. Quando da vez da materna, o fruto ficará na companhia da genitora da seguinte forma: sexta-feira
às 18:00 horas, com entrega no domingo às 20:00 horas. Nos feriados de um dia, segue-se o mesmo
horário; nos longos, obedecerá igual parâmetro de tempo. (ii) dia das m"es e aniversário da mesma, a(s)
criança(s) / adolescente(s) estará na companhia de seu homenageado, no horário inicial de 08:00 às 20:00
horas, seguindo-se a devoluç"o na casa paterna . (iii)nas férias escolares, cada genitor terá uma quinzena
dos meses correspondentes, destinando-se sempre a primeira ao paterno. (iv)festas de final de ano
alternados, destinando-se o natal/2017 ao paterno e o ano novo à materna, com entrega na casa paterna
no primeiro dia útil seguinte, até o horário de 08:00 horas e (v) aniversário da(s) criança (s)
/adolescente(s), o paterno terá a companhia de seu(s) filho(s) no horário de 10:00 às 18:00 horas, com a
outra parte do dia sendo destinado à materna, salvo ajuste melhor entre as partes( Estipulo assim diante
da necessidade de contato da criança com ambos os pais nesse dia especial). Cumpre dizer que, ao longo
da demanda, a fora de visitaç"o poderá ser alterada, segundo os termos e moldes legais. Porém, vedado
está o deslocamento das crianças para municípios do Estado do Pará e demais Estados sem ordem
judicial, sob pena de ser adotada a medida judicial cabível, dentre tais a busca e apreens"o. Digo que este
parâmetro de a visitaç"o materna é a melhor a ser adotada no momento, uma vez a necessidade de
convivência familiar da(s) criança (s) ou adolescente(s) com a sua genitora. A verba alimentar presumida
vai estar estipulada em 50%(cinquenta por cento) do salário mínimo vigente, reajustados de acordo com a
política governamental, cujo valor será depositado na conta bancária do paterno( Caixa Econômica
Federal, agência 3079, operaç"o 013 e conta poupança 0052455-8), respeitando-se a data limite do dia
10(dez) mensal.Do universo alimentar acima declinado, destinar-se-á a fraç"o de ¼(um quarto) para cada
Autor. Se estiver desenvolvendo labor formal, fixarei, ent"o, a verba alimentar em 40% (vinte por cento) de
os vencimentos e vantagens da materna, incluindo-se férias, FGTS, 13º salário, aviso prévio, horas extras,
salário família, auxílio alimentaç"o, verbas rescisórias, participaç"o nos lucros e rendimentos, prêmios,
subsídios e demais gratificaç"es, com exclus"o, apenas e t"o somente, dos descontos obrigatórios(INSS e
IR), cujo valor será depositado na conta bancária do paterno(segundo a disposiç"o acima), respeitando-se
a data limite do recebimento dos rendimentos da materna. Do universo alimentar acima declinado,
destinar-se-á o quantum de 10%(dez por cento) para cada Autor. Oficie-se à fonte pagadora(quando
identificada), para que, no prazo de 10(dez) dias, contados do recebimento do expediente, informem os
ganhos reais da materna, em detalhes. Expeça-se o competente termo de guarda provisória ao paterno à
finalidade de direito, com amplos poderes de representaç"o e assistência, com esfera de atuaç"o no
campo da educaç"o, saúde, assistência, bancário e dentre outras que forem necessárias para proteger os
interesses da criança. Esta decis"o vale como oficio e mandado/carta precatória, esta última com prazo de
cumprimento de 30(trinta) dias. O processo seguirá o procedimento comum ordinário, eis a cumulaç"o de
pedidos assim possibilitar. Cite-se, PESSOALMENTE, (por oficial de justiça:), à luz do art. 212 do CPC,
com as advertências dos artigos 344 e 345 todos do CPC. (O expediente será cumprido, também, fora do
horário forense, 06:00 às 20:00 horas, com cumprimento da diligência nos dias de domingo e feriados). O
prazo para apresentaç"o de defesa será de 15(quinze) dias, sob pena de decreto de revelia, ante as
advertências expostas no respectivo mandado. No mais, digo ao oficial de justiça que, caso haja suspeita
fundada de ocultaç"o, em último caso, a citaç"o ocorrerá por hora certa, detalhando-se as diligências
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
correspondentes.(A diligência quanto à citaç"o por hora certa deve ser bem detalhada, com anúncio dos
dias e horários de cumprimento e com que se falou acerca da diligência). Alerto ao senhor oficial de justiça
que o mandado de citaç"o n"o deve ser deixados com terceiros, mesmo que tais sejam parentes dos
litigantes(m"e, irm", tio, dentre outros), uma vez que as diligências em comento se obrigam a ser
PESSOAL. A desatenç"o ao tema, certamente, provocará a declaraç"o de nulidade de a certid"o,
permitindo-se a emiss"o de novos expedientes. Observe a Secretaria da Vara que a materna se encontra
com a gratuidade processual. Autorizo o senhor Diretor de Secretaria ou outro servidor por ele indicado a
assinar digitalmente os expedientes ao objetivo desejado. N"o vou designar audiência de
conciliaç"o/mediaç"o diante da desnecessidade no feito, porque vejo a imprescindibilidade de estabilizaç"o
objetiva da demanda, em seu início, sem prejuízo de haver mediaç"o/conciliaç"o ao longo da demanda.
Publique-se. Registre-se.Intime-se.Cumpra-se. Acautelem-se. Após, conclusos. Belém-Pará, 22 de
fevereiro de 2019 DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT JUÍZA DE DIREITO ARTIGOS EXTRAÍDOS
DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ACIMA NOMINADOS (i)Art. 243. A citaç"o poderá ser feita em
qualquer lugar em que se encontre o réu, o executado ou o interessado. (ii)Art. 344. Se o réu n"o contestar
a aç"o, será considerado revel e presumir-se-"o verdadeiras as alegaç"es de fato formuladas pelo autor.
(iii)Art. 345. A revelia n"o produz o efeito mencionado no art. 344 se: I - havendo pluralidade de réus,
algum deles contestar a aç"o; II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; III - a petiç"o inicial n"o estiver
acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato; IV - as alegaç"es de fato
formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradiç"o com prova constante dos autos.
(iv)Art. 346. Os prazos contra o revel que n"o tenha patrono nos autos fluir"o da data de publicaç"o do ato
decisório no órg"o oficial. Parágrafo único. O revel poderá intervir no processo em qualquer fase,
recebendo-o no estado em que se encontrar. (v)Art. 695. Recebida a petiç"o inicial e, se for o caso,
tomadas as providências referentes à tutela provisória, o juiz ordenará a citaç"o do réu para comparecer à
audiência de mediaç"o e conciliaç"o, observado o disposto no art. 694. § 1o O mandado de citaç"o conterá
apenas os dados necessários à audiência e deverá estar desacompanhado de cópia da petiç"o inicial,
assegurado ao réu o direito de examinar seu conteúdo a qualquer tempo. § 2o A citaç"o ocorrerá com
antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data designada para a audiência. § 3o A citaç"o será feita na
pessoa do réu. § 4o Na audiência, as partes dever"o estar acompanhadas de seus advogados ou de
defensores públicos. (vi)Art. 694. Nas aç"es de família, todos os esforços ser"o empreendidos para a
soluç"o consensual da controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de
conhecimento para a mediaç"o e conciliaç"o. Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode
determinar a suspens"o do processo enquanto os litigantes se submetem a mediaç"o extrajudicial ou a
atendimento multidisciplinar. (vii)Art. 695. Recebida a petiç"o inicial e, se for o caso, tomadas as
providências referentes à tutela provisória, o juiz ordenará a citaç"o do réu para comparecer à audiência de
mediaç"o e conciliaç"o, observado o disposto no art. 694. § 1o O mandado de citaç"o conterá apenas os
dados necessários à audiência e deverá estar desacompanhado de cópia da petiç"o inicial, assegurado ao
réu o direito de examinar seu conteúdo a qualquer tempo. § 2o A citaç"o ocorrerá com antecedência
mínima de 15 (quinze) dias da data designada para a audiência. § 3o A citaç"o será feita na pessoa do
réu. § 4o Na audiência, as partes dever"o estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores
públicos. (viii)Art. 696. A audiência de mediaç"o e conciliaç"o poderá dividir-se em tantas sess"es quantas
sejam necessárias para viabilizar a soluç"o consensual, sem prejuízo de providências jurisdicionais para
evitar o perecimento do direito. (ix)Art. 697. N"o realizado o acordo, passar"o a incidir, a partir de ent"o, as
normas do procedimento comum, observado PROCESSO: 05026796020168140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARGUI GASPAR BITTENCOURT
Ação: Execução de Alimentos em: 22/02/2019 EXEQUENTE:P. V. M. S. REPRESENTANTE:C. L. M.
Representante(s): OAB 9321 - ALBERTO INDEQUI (ADVOGADO) OAB 18407 - SERGIO ESPINHEIRO
ARAUJO JUNIOR (ADVOGADO) EXECUTADO:V. O. R. S. Representante(s): OAB 17858 - DANIELLA
MARTINS DE SOUZA (ADVOGADO) . SENTENÇA-MANDADO-OFÍCIO servirá o presente, por cópia
digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009
- CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei. Processo 599/16 SENTENÇA DECLARATÓRIA
EXTINTIVA DA EXECUÇÃO PESSOAL (ESTA SENTENÇA VALE COMO ALVARÁ DE SOLTURA )
P.V.M.S., representada por sua materna CEMILLES LIMA MICHILES nos autos da Ação Judicial em
comento em que move contra VICTOR OTAVIO RAIOL DE SOUSA, todos qualificados, expôs argumentos
inerentes às execuções de cunho pessoal , acostando documentos correspondentes com direcionamento
para prisão civil, inclusive. Às fls. 80v, consta silêncio da Exequente quanto ao não pagamento integral da
obrigação assumida, ensejando a extinção processual . O processo seguiu seu trâmite normal.
RELATADO EM APERTADA SÍNTESE DECIDO Através da fase executiva, o credor visa satisfazer seu
crédito definido por um título executivo judicial(provisório ou não) ou extrajudicial. Iniciado o procedimento,
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compete ao devedor defender-se mediante as vias processuais cabíveis como, por exemplo, Embargos à
Execução ou a excepcional Exceção de Pré-Executividade ou, ainda, reconhecendo o débito, adimpli-lo de
modo efetivo e pleno gerando, por consequência, a extinção da obrigação antes declarada, observando-se
que, por opção da parte, a mesma pode propor a constrição à luz do artigo 523 ou do dispositivo 528 ou,
ainda, através do artigo 528 do Código de Processo Civil. No caso em discussão, constata-se o
adimplemento da obrigação assumida. Vale dizer, a meu ver, evidente estar o crédito da Exequente
satisfeito cuja postura de aceitação insurge sua perda de interesse no prosseguimento do feito,
circunstância fático-processual que faz insurgir a declaração de extinção da obrigação, repito, do período
ora exigido. Nesse sentido, aduz a doutrina de Antônio Carlos Marcato, em sua obra Código de Processo
Civil Interpretado, São Paulo: Atlas, 2004, p.2213/2214: 2. SATISFAÇÃO DA OBRIGAÇÃO. (INCISO I):
Embora o texto legal fale em satisfação da obrigação pelo devedor, o que vai importar, na prática, ainda
que por terceiro ou ato estatal de alienação patrimonial, às expensas do devedor. Se o devedor cumpre a
obrigação exigida por meio do processo de execução, seja espontaneamente, seja coercitivamente, perde
o credor o interesse no prosseguimento do feito, já que terá visto seu direito satisfeito... Em reforço,
preleciona a jurisprudência: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO DOS ALIMENTOS. RITO DA
QUANTIA CERTA " ART. 732 DO CPC. PAGAMENTO DA QUANTIA INDICADA NA INICIAL. EXTINÇÃO
DA EXECUÇÃO. Evidenciado nos autos que a exeqüente ingressou com e execução de alimentos pelo
rito do art. 732 do CPC " quantia certa " bem como o executado, efetivamente, pagou o débito apontado na
inicial, de rigor a extinção da execução. Não é lícito alterar para o rito do art. 733 do CPC, porquanto o
exeqüente em nenhum momento concordou nesse sentido. Quando se trata de ação que, ao fim e ao
cabo, pode levar a parte a perder a sua liberdade, não cabe outro tipo de interpretação que não seja a
restrita. Quando se teme prisão injusta a forma é garantia da liberdade. APELAÇÃO NÃO PROVIDA, EM
MONOCRÁTICA. (Apelação Cível Nº 70022347876, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Rui Portanova, Julgado em 26/03/2008) EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO DE
ALIMENTOS. QUITAÇÃO. EXTINÇÃO DO FEITO EXECUTIVO. Comprovado que o alimentante efetuou o
pagamento dos valores cobrados pelo alimentado, impõe-se a extinção da execução, com fundamento no
artigo 794, inciso I, do Código de Processo Civil. RECURSO IMPROVIDO. (SEGREDO DE JUSTIÇA)
(Apelação Cível Nº 70021388673, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Claudir Fidelis
Faccenda, Julgado em 25/10/2007) Frisa-se, seja voluntariamente, seja coercitivamente, quando o débito
é adimplido pelo devedor, deve a obrigação ser declarada extinta, algo ocorrente no caso em questão, não
havendo mais nada a discutir quanto a débitos cobrados dentro do período relativo aos meses em
comento. Ante o exposto e por tudo o que nos autos consta, com base e fundamento no artigo 924, inciso
II, do Estatuto Processual Civil, c/c o artigo 528 seguintes do mesmo Diploma Processual, declaro extinta a
execução em comento exaurindo-se integralmente a questão desejada envolvendo as partes, QUANTO À
CONSTRIÇÃO PESSOAL , NÃO HAVENDO MAIS NADA A COBRAR ATÉ A PRESENTE DATA. Deve a
Secretaria da Vara emitir ofícios aos Órgãos de Proteção ao Crédito a fim de que os dados pessoais do
Executado sejam retirados para fins devidos(acaso emitidos para fins de a constrição pessoal e
patrimonial). Ainda, deve ser expedido o competente alvará de soltura se assim estiver
preso,encaminhando-se à SUSIPE via Sistema Libra. Sem c ustas e verba honorária, eis estarem todos
com a gratuidade processual. P.R.I e expeça-se o que necessário for e,em seguida, determino que os
autos do processo sejam encaminhados ao Arquivo Geral com as cautelas legais. Belém-Pará, 22 de
fevereiro de 2019 DRA.MARGUI GASPAR BITTENCOURT JUÍZA DE DIREITO PROCESSO:
05166432320168140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
MARIO OSWALDO SILVA DE MENDONCA Ação: Procedimento Comum em: 22/02/2019 AUTOR:E. S. S.
Representante(s): OAB 2915 - CORINA DE MARIA CARVALHO FRADE (ADVOGADO) OAB 12038 -
CARIMI HABER CEZARINO (ADVOGADO) OAB 18710 - PEDRO HENRIQUE GOMES DE FREITAS
(ADVOGADO) REU:J. S. A. Representante(s): OAB 3614 - RAIMUNDO PINTO DA SILVA (ADVOGADO)
OAB 3514 - JOAO BRITO DE MORAES FILHO (ADVOGADO) TERCEIRO:JOAO SANDIM DE ALMEIDA.
Intime-se o(a) Advogado(a) do(a) Requerido(a)/Executado(a), Dr(a). JOAO BRITO DE MORAES FILHO, a
restituir os autos no prazo de 24 (vinte e quatro) horas (Art. 1º, § 2º, XXIV do Provimento 006/2006 da
CJRMB). De ordem, em / / 2019 Resenhado em / / 2019 Publicado em / / 2019 PROCESSO:
05166960420168140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
MARGUI GASPAR BITTENCOURT Ação: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 22/02/2019 AUTOR:E.
C. C. S. Representante(s): OAB 7012 - GILBERTO CARLOS COSTA SENA (ADVOGADO) REU:V. A. S.
REPRESENTANTE:N. S. A. . Processo 617/16 R.Hoje Antes de dar prosseguimento com decisão final,
vou tentar conciliar as partes. Então, hei por bem designar audiência de mediação/conciliação para o dia
07 de março de 2019, às 11:00 horas. 1. As partes serão apresentadas em Juízo por seus patronos,
independentemente de intimação, cujas ausências dos litigantes ou dos advogados prejudicará o ato
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processual em comento, seguindo-se a demanda em todos os seus moldes. 2. Observem as partes que,
tal audiência servirá para tentarmos resolver a demanda da melhor forma possível seja de forma total, seja
parcial, sem perder de vista que todas as questões suscitadas serão postas em ata e decididas após o ato
processual. 3. Ainda, caso decidam por não conciliar, os autos ficarão em gabinete para prosseguimento e
decisão. 4. Cientes os Advogados e Ministério Público. 5. Belém-Pará,22 de fevereiro de 2019 DRA.
MARGUI GASPAR BITTENCOURT JUÍZA DE DIREITO PROCESSO: 05816428220168140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARGUI GASPAR
BITTENCOURT Ação: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 22/02/2019 EXEQUENTE:C. C. B.
REPRESENTANTE:C. C. H. C. Representante(s): OAB 10677 - VERENA MAUES FIDALGO BARROS
(DEFENSOR) EXECUTADO:L. V. B. . SENTENÇA-OFÍCIO-MANDADO servirá o presente, por cópia
digitada, como mandado, na forma do PROVIMENTO Nº 003/2009, alterado pelo Provimento nº 011/2009
- CJRMB. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei. Processo 699/16 SENTENÇA-MANDADO-OFÍCIO
C.C.B., representado por sua materna CARLA CRISTINA HONORATO DA COSTA, nos autos da Ação
Judicial em comento proposta contra LEONAN VIANA BARROSO, todos qualificados, apresentou pedido
de cumprimento de sentença expondo argumentos de fls. 26/31 , além de acostar documentos
correspondentes. O processo seguiu seu trâmite normal. Às fls. 58, consta ordem de intimação pessoal do
Autor para que, dentro do prazo legal, cumprisse com os termos do texto de fls. 57e , simultaneamente,
demonstrasse seu interesse quanto ao prosseguimento da questão, sob pena de extinção. Às fls. 61v,
consta a certeza da intimação e o desinteresse do Requerente para tanto. RELATADO EM APERTADA
SÍNTESE DECIDO O artigo 485, inciso III, CPC., prescreve: Art. 485. O juiz não resolverá o mérito
quando: I - Omissis II - Omissis III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor
abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; Ora, os autos do processo se encontram paralisados sem
que o Autor tenha atendido, de forma correta, a determinação judicial de fls.57. Diante disso, clara a
demonstração de desinteresse pela causa, o que acarreta a extinção do processo sem resolução de
mérito por abandono de causa. Trilhando igual entendimento, prescreve a recente jurisprudência:
PROCESSUAL CIVIL - EXTINO DO FEITO - FALTA DE PRESSUPOSTO PROCESSUAL - INTIMAO
PESSOAL - DESNECESSIDADE - INTIMAO PELO CORREIO - RECEBIMENTO NO ENDEREÇO DO
AUTOR - CONSUMAÇÃO DO ATO - SENTENçA MANTIDA. 1. A extinção do feito por falta de
pressuposto processual (ausência de citação), com fulcro no art. 267, inc. IV do CPC, prescinde de
intimação pessoal da parte. 2. Por outro lado, no presente caso, o autor foi intimado pessoalmente, eis que
válida a intimação quando a correspondência recebida no endereço constante nos autos. 3. Recurso
conhecido e improvido. (20070150053069APC, Relator ANA CANTARINO, 1j Turma Cível, julgado em
08/10/2007, DJ 29/11/2007 p. 89 TJDFT).(grifei) Ora, a postura adotada pelos Autor , a meu ver, anuncia
seu completo desinteresse no pedido, o que faz quedar a continuidade da questão diante de seu claro
desinteresse na lide que elegeu, repito. Isto posto, com fundamento no artigo 485, inciso III e §1º, c/c o
artigo 486, ambos do Código de Processo Civil, extingo o processo sem resolução de mérito, vez o real
abandono de causa, DESCONSTITUINDO-SE INTEGRALMENTE TODOS OS ATOS INERENTES AO
PEDIDO DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. Sem custas e honorários advocatícios, eis estar com a
justiça gratuita. P.R.I. e certificado o trânsito em julgado e em seguida, determino o arquivamento dos
autos com as cautelas legais. Se houver, após a remessa dos autos do procedimento ao Arquivo Geral,
novo pedido de desarquivamento, que seja o mesmo acolhido, porém, com remessa do presente todo
digitalizado, para fins devidos. Belém-Pará, 22 de FEVEREIRO de 2019 DRA.MARGUI GASPAR
BITTENCOURT JUÍZA DE DIREITO PROCESSO: 06586859520168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARGUI GASPAR BITTENCOURT Ação:
Procedimento Comum em: 22/02/2019 REQUERENTE:J. C. V. N. Representante(s): OAB 1395 -
HAROLDO GUILHERME PINHEIRO DA SILVA (ADVOGADO) OAB 14143 - LUANA MIRANDA HAGE
(ADVOGADO) REQUERIDO:S. R. P. Representante(s): OAB 15550 - ALESSANDRA ARAUJO TAVARES
(ADVOGADO) OAB 21140 - SAMARA SOBRINHA DOS SANTOS ALVES (ADVOGADO) ENVOLVIDO:J.
R. P. . Processo 800/16 R.Hoje Vou decidir se me retrato ou não da decisão ora atacada, após a audiência
de conciliação que será designada antes da data marcada à instrução e julgamento. Muito bem. Hei por
bem designar audiência de mediação/conciliação para o dia 07 de março de 2019, às 10:00 horas. 1. As
partes serão apresentadas em Juízo por seus patronos, independentemente de intimação, cujas ausências
dos litigantes ou dos advogados prejudicará o ato processual em comento, seguindo-se a demanda em
todos os seus moldes. 2. Observem as partes que, tal audiência servirá para tentarmos resolver a
demanda da melhor forma possível seja de forma total, seja parcial, sem perder de vista que todas as
questões suscitadas serão postas em ata e decididas após o ato processual. 3. Ainda, caso decidam por
não conciliar, os autos ficarão em gabinete para prosseguimento: decisão quanto ao Juízo de Retratação .
4. Cientes os Advogados e Ministério Público. 5. Belém-Pará,22 de fevereiro de 2019 DRA. MARGUI
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úteis, manifestar interesse no prosseguimento do feito, em sendo positivas as respostas deverão indicar o
endereço atualizado do requerido, sob pena de arquivamento. II. Servirá o presente, por cópia digitada,
como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei. (Provimento n. 011/2009 - CJRMB). Int.
Belém, 19 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício
PROCESSO: 00061373220068140301 PROCESSO ANTIGO: 200610203628
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): THAYANNE VIANNA DA SILVA Ação: Divórcio
Consensual em: 21/02/2019 AUTOR:C. I. S. P. AUTOR:C. S. S. F. EXEQUENTE:C. T. F. P.
Representante(s): OAB 15812 - SAUL FALCAO BEMERGUY (ADVOGADO) OAB 23283 - TAMIRES
VASCONCELOS TAVARES (ADVOGADO) . Í ATO ORDINATÓRIO A Diretora de Secretaria intima a parte
autora, na pessoa de seu (sua) Advogado(a), nos termos do art. 1º, §2º, inciso I do Provimento nº
006/2006 - CJRMB, para, no prazo de 05 (cinco) dias, manifestar-se sobre o AR juntado aos autos, afim
de darmos prosseguimento ao presente feito. Belém, 21 de fevereiro de 2019. THAYANNE VIANNA DA
SILVA BORGES Diretora de Secretaria da 5ª Vara de Família da Comarca da Capital PROCESSO:
00063309220048140301 PROCESSO ANTIGO: 200410215831
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Procedimento Comum em: 21/02/2019 REU:LUIS CARLOS DE SOUZA AUTOR:E. S. S.
Representante(s): RENILDE DA SILVA O. O. COSTA (ADVOGADO) AUTOR:B. S. S. S. . R. hoje. Dê-se
vista dos autos ao MP. Após, conclusos. Int. Belém, 14 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE
CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO: 00064255620178140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): THAYANNE VIANNA DA SILVA Ação:
Procedimento Comum em: 21/02/2019 AUTOR:J. P. N. Representante(s): OAB 11968 - EMILGRIETTY
SILVA DOS SANTOS (DEFENSOR) REU:C. R. T. S. Representante(s): OAB 0000 - DEFENSORIA
PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) . ATO ORDINATÓRIO Em atendimento ao Princípio
Constitucional da Celeridade Processual e em vista ao parecer ministerial de fl. 63, a Direção de
Secretaria da 5ª Vara de Família da Capital intima a parte executada, na pessoa de seu Defensor, a fim de
que se manifeste acerca da proposta de parcelamento da dívida apresentada pela exequente às fls. 51/52.
Belém, 21 de fevereiro de 2019. Thayanne Vianna da Silva Borges Diretora de Secretaria da 5ª Vara de
Família da Capital PROCESSO: 00091898520108140301 PROCESSO ANTIGO: 201010144339
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Procedimento Comum em: 21/02/2019 REU:L. C. V. B. REP LEGAL:S. C. F. C. Representante(s): MARIA
CANDIDA COSTA FEITOSA - DEF. PUBLICA (ADVOGADO) AUTOR:N. A. F. C. . Sentença: Vistos etc.
Trata-se de ação de INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE C/C ALIMENTOS ajuizada por N. A. F. C.,
menor, representado por sua genitora S. C. F. C., em face de L. C. V. D. B.. Após o reconhecimento
voluntário da paternidade pelo requerido, os autos prosseguiram somente com relação ao pedido de
alimentos, com designação de audiência. A Representante Legal do menor não foi localizada segundo AR
de fl. 38 e certidão do Oficial de Justiça de fl. 43, o processo foi extinto sem resolução do mérito. A
Defensoria Pública ingressou com recurso de apelação, que foi conhecido e provido e a sentença anulada.
Com o retorno dos autos, foi designada audiência de conciliação, instrução e julgamento para o dia
07/08/2017, porém foi certificado pelo Oficial de Justiça à fl. 73 que a Representante Legal do menor não
mais residia no endereço que consta nos autos, e inclusive que ela estava residindo no Estado do Amapá.
O requerido também não mais residia no endereço declinado nos autos. Encaminhado os autos à
Defensoria Pública foi requerido prazo de 60 (sessenta) dias para se tentar localizar as partes, o que foi
deferido pelo Juízo. Decorrido o prazo solicitado, foi determinado remessa dos autos à Defensoria Pública
para que informasse se a autora havia comparecido no referido Órgão a fim de atualizar seu endereço,
porém foi informado que o endereço que consta no sistema interno da Defensoria é o mesmo no qual já
havia sido tentada sua intimação pessoal, cuja diligência restou negativa. Estabelece o art. 485, III, VI § 1º
do CPC: Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: III - por não promover os atos e as diligências que
lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; VI - verificar ausência de legitimidade
ou de interesse processual; § 1o Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada
pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias. Verifica-se pelas certidões dos Oficiais de
Justiça de fls. 43 e 73, o descumprimento a regra estabelecida no art. 77, IV do CPC, o que inviabiliza a
intimação pessoal do autor. Por outro lado, pela regra do parágrafo único do art. 274 do CPC, presume-se
válida a intimação dirigida ao endereço constante dos autos, se a mudança não tiver sido devidamente
comunicada ao Juízo, que foi o que ocorreu no presente caso. Art. 274. Não dispondo a lei de outro modo,
as intimações serão feitas às partes, aos seus representantes legais, aos advogados e aos demais
sujeitos do processo pelo correio ou, se presentes em cartório, diretamente pelo escrivão ou chefe de
secretaria. Neste caso, intimado o Defensor Público, foi informado a impossibilidade de atualizar o
endereço da parte autora. Isto posto, cumpridas as exigências legais, julgo extinto o processo, sem
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resolução do mérito, o que o faço com fundamento no art. 485, III e VI do CPC, por consequência revogo
os alimentos provisórios. Condeno o autor ao pagamento das custas processuais e honorários
advocatícios (art. 485, § 2º do CPC), estes últimos que fixo em 10% (dez por cento) do valor da causa,
contudo suspendo a exigibilidade em razão de o mesmo ser beneficiário da assistência judiciária.
Transitada em julgado, arquive-se com as cautelas legais, dando-se baixa no registro. P. R. I. Belém, 19
de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito, respondendo
PROCESSO: 00100961220108140301 PROCESSO ANTIGO: 201010154940
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Execução de Alimentos em: 21/02/2019 EXEQUENTE:M. M. B. EXECUTADO:C. M. S. R. REP LEGAL:J.
M. B. Representante(s): TIAGO COIMBRA ARAUJO (ADVOGADO) . DESPACHO - MANDADO R. hoje. I.
Defiro o pedido da Defensoria de fls. 52/53, determino a intimação do exequente, na pessoa de sua
Representante Legal, para, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, manifestar interesse no prosseguimento do
feito, em sendo positiva a resposta deverá cumprir o despacho de fl. 51, bem como informar se pretende
ser representada pela Defensoria Pública ou pelos advogados habilitados nos autos. II. Servirá o presente,
por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei. (Provimento n. 011/2009 -
CJRMB). Int. Belém, 19 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito -
em exercício PROCESSO: 00104828820158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 21/02/2019 AUTOR:M. L. B. S. REPRESENTANTE:L. C. B.
Representante(s): OAB 4807 - ALCIDES ALEXANDRE FERREIRA DA SILVA (DEFENSOR) REU:M. C. S.
. DESPACHO - MANDADO R. hoje. 1. Intime-se o executado, pessoalmente, por mandado a ser cumprido
por Oficial de Justiça, para, nos termos do artigo 528, caput, do CPC, em 03 (três) dias, efetuar o
pagamento das parcelas da pensão alimentícia em atraso, anteriores ao ajuizamento do pedido de
Cumprimento de Sentença, cujo montante é de R$-2.980,22 (dois mil novecentos e oitenta reais e vinte e
dois centavos), conforme planilha atualizada até janeiro de 2019, acrescido de honorários advocatícios, e
as demais parcelas que se vencerem ao longo da demanda, até a data de seu efetivo pagamento, provar
que já o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo, sob pena de ter decretada sua prisão civil, além de
serem adotadas outras providências a requerimento da parte. (artigo 528, §§ 1º e 3º do CPC). 2. Servirá o
presente, por cópia digitada, como mandado de intimação. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.
(Provimento n.º 011/2009 - CJRMB). Int. Belém, 18 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS
BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO: 00108314420118140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 21/02/2019 AUTOR:P. H. C. P. REPRESENTANTE:D. M. C. P.
Representante(s): OAB 20892 - LUIZ CLAUDIO DA SILVA QUARESMA (ADVOGADO)
REPRESENTANTE:A. K. C. P. REU:J. A. L. Representante(s): OAB 7448 - MANOEL DE JESUS SILVA
FILHO (ADVOGADO) . R. hoje. 1. Indefiro os pedidos de fls. 122/123, uma vez que o executado ainda não
foi intimado da presente execução. Concedo ao exequente o prazo de 15 (quinze) dias para informar o
endereço do executado ou requer o que entender necessário. Int. Belém, 20 de fevereiro de 2019.
ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO:
00112456020138140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
WILTON BRIAN NEVES DE ALMEIDA Ação: Execução de Alimentos em: 21/02/2019 EXEQUENTE:W. C.
F. REPRESENTANTE:D. C. Representante(s): OAB 4346 - ODOLDIRA AUXILIADORA E. DE
FIGUEIREDO (ADVOGADO) EXECUTADO:W. C. F. F. . Í ATO ORDINATÓRIO A Diretora de Secretaria
intima a parte autora, na pessoa de seu (sua) Advogado(a), nos termos do art. 1º, §2º, inciso I do
Provimento nº 006/2006 - CJRMB, para, no prazo de 05 (cinco) dias, manifestar-se sobre a certidão que
acompanha o mandado de intimação juntado aos autos, afim de darmos prosseguimento ao presente feito.
Belém, 21 de fevereiro de 2019. THAYANNE VIANNA DA SILVA BORGES Diretora de Secretaria da 5ª
Vara de Família da Comarca da Capital PROCESSO: 00114537320158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Execução de Alimentos em: 21/02/2019 EXEQUENTE:V. C. P. D. EXECUTADO:V. C. F. D.
REPRESENTANTE:D. C. P. Representante(s): OAB 4807 - ALCIDES ALEXANDRE FERREIRA DA SILVA
(DEFENSOR) . DESPACHO - MANDADO R. hoje. I. Defiro o pedido da Defensoria de fl. 32, determino a
intimação da exequente, na pessoa de sua Representante Legal, para, no prazo de 05 (cinco) dias úteis,
manifestar interesse no prosseguimento do feito, em sendo positiva a resposta deverá indicar o endereço
atualizado do executado, sob pena de arquivamento. II. Servirá o presente, por cópia digitada, como
mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei. (Provimento n. 011/2009 - CJRMB). Int. Belém, 19
de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício
PROCESSO: 00115097720138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
673
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Nos dias atuais, o divórcio não se encontra submetido a qualquer tipo de questionamento. É, portanto, um
pleito incontroverso. E no caso do presente feito, a autora expressamente alega que não deseja mais
conviver com o requerido, bem como ele não se opôs ao pedido. O casal já está separado de fato há mais
de dois anos, de modo que não há mais sentido manter o vínculo matrimonial vigente, prolongando,
desnecessariamente, a situação de casados das partes. Outra não é a lição do professor PABLO
STOLZE, quando afirma: embora o pedido de divórcio seja de meridiana clareza e inegável simplicidade -
por não exigir exposição de motivos ou fundamento - os demais poderão exigir uma instrução mais
complexa, demorada e desgastante, impedindo a solução imediata da lide. (STOLZE, PABLO. Divórcio
Liminar. Jus Navigandi, Teresina, ano 19, n.º 3960, 5 maio 2014. Disponível em:
http://jus.com.br/artigos/28187). Trata-se a questão, comumente chamada de divórcio liminar, de um caso
de resolução, parcial, do mérito, que deve ser apreciada sob a ótica da antecipação dos efeitos da tutela, o
que ora o faço. Ante o expendido e com espeque no artigo 356, I, do Código de Processo Civil, decreto o
divórcio do casal M. D. S. S. B. S. e P. A. A. D. S., voltando a divorcianda a utilizar seu nome de solteira M.
D. S. S. B.. Deste modo, dar-se-á prosseguimento ao feito no que se refere a guarda, direito de visita e
alimentos e partilha de bens. Intimem-se e, decorrido o prazo recursal, expeça-se o respectivo mandado
ao cartório de registro civil competente, para proceder à averbação do divórcio ora concedido. 4. QUANTO
À GUARDA, DIREITO À VISITA, ALIMENTOS e PARTILHA DE BENS 4.1- São questões de fato
controvertidas a guarda, o direito à visita e os alimentos, relativamente aos menores M. e J. P. e a partilha
de bens do casal. A parte autora não requereu produção de provas (art. 319, VI do CPC), na inicial e
réplica. Defiro as provas da parte requerida: oitiva de testemunhas, depoimento pessoal das partes e
juntada de documentos. 4.2. A distribuição do ônus da prova seguirá a regra geral insculpida no artigo 373,
incisos I e II, do NCPC 4.3. As questões de direito relevantes consistem na aplicação das Leis n.º
5.478/68, 8.069/90, 6.515/77, e artigos 1.583, 1.589 e 1.696 do Código Civil; 4.4. Designo audiência de
instrução e julgamento para o dia 14/05/2019 às 10h, devendo as partes serem, pessoalmente, intimadas.
4.5. O requerido deverá apresentar, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, o rol de testemunhas, estas que
deverão ser no máximo de 03 (três), (a identificação das testemunhas deverá conter, sempre que possível:
nome, profissão, estado civil, idade, número de CPF, número de identidade e endereço completo da
residência e do local de trabalho), sob a pena de preclusão (§ 4º do art. 357 do CPC). 4.6. Em se tratando
de testemunha arrolada pela Defensoria Pública ou por advogado que patrocina a causa em função do
convênio da assistência judiciária, expeça-se mandado para intimação das respectivas testemunhas
(exceto se houver compromisso de apresentação em audiência independentemente de intimação). 5.
Cientifique-se a RMP e a DP. 6. Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na
forma e sob as penas da lei. (Provimento n.º 011/2009 - CJRMB). Belém, 06 de fevereiro de 2018.
ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO:
00206100720148140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 21/02/2019
AUTOR:A. M. L. S. AUTOR:D. S. L. S. REPRESENTANTE:P. C. S. L. Representante(s): OAB 3956 -
MARIA DE NAZARE RUSSO RAMOS (DEFENSOR) REU:P. A. L. S. . R. hoje. 1. Uma vez que restou
comprovado que o executado se encontra foragido do sistema prisional, defiro o pedido de fl. 54 e
determino que o executado seja intimado do teor do despacho de fl. 43, por edital, com prazo de 20 (vinte)
dias. Devendo constar a advertência de que caso seja decretada sua revelia será nomeado Curador
Especial para promover sua defesa (art. 257, IV do CPC). Int. Belém, 14 de fevereiro de 2019. ROSANA
LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO: 00207650520178140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE
CANELAS BASTOS Ação: Guarda em: 21/02/2019 AUTOR:R. M. F. Representante(s): OAB 2639 -
HELENA MARIA SILVA CARNEIRO (ADVOGADO) OAB 23065 - RAMON WILLIAM SILVA CARNEIRO
BARATA (ADVOGADO) REU:A. I. S. C. Representante(s): OAB 18716 - JULIANA CARDOSO
PARAGUASSU (ADVOGADO) ENVOLVIDO:R. C. C. F. . R. hoje, 1. Dê-se vista dos autos a
Representante do Ministério Público, nos termos dos arts. 178 e 179, I e II do CPC. Após, voltem-me
conclusos para decisão de saneamento e organização do processo. Belém, 19 de fevereiro de 2019.
ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito, respondendo PROCESSO:
00212870820128140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação: Procedimento Comum em: 21/02/2019 AUTOR:MIRIAM
RIBEIRO DA SILVA Representante(s): OAB 1232 - CESAR ZACHARIAS MARTYRES (ADVOGADO) OAB
15630 - CARLA DE ARAUJO LIMA (ADVOGADO) OAB 11054 - EDINETH DE CASTRO PIRES
(ADVOGADO) REU:IGEPREV Representante(s): MARTA NASSAR CRUZ (PROCURADOR(A))
REQUERIDO:M. R. O. P. . DECISÃO - MANDADO R. hoje. Nos termos do artigo 357 do NCPC, passo ao
saneamento e organização do processo: 1. Defiro o pedido de prioridade na tramitação do feito, a pedido
677
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
da parte requerida (fl.226) nos termos do artigo 71 da Lei nº 10.741/2003 - Estatuto do Idoso, com a
anotação desta circunstância em local visível nos autos do processo. 2. Defiro a gratuidade da justiça à
requerida. Declaro o processo saneado. 3. São questões de fato controvertidas: a existência da união
estável entre a autora e o de cujus e o período de convivência, no que defiro as provas requeridas pela
autora e pela requerida, in casu, depoimento das partes e oitiva de testemunhas. 4. A distribuição do ônus
da prova seguirá a regra geral insculpida no artigo 373, incisos I e II, do NCPC. 5. As questões de direito
relevantes consistem na aplicação da Lei n.º 9278/96; 6. Designo audiência de instrução e julgamento
para o dia 11/06/2019 às 10h, devendo as partes serem intimadas, pessoalmente. 7. A advogada
constituída pela autora deverá informar ou intimar cada testemunha por si arrolada às fls. 209, da
audiência designada (observadas as regras do artigo 455 do CPC). 8. Intimem-se as testemunhas
arroladas pela requerida à fl. 227, conforme requerido pela Defensoria Pública. 9. Cientifique-se a
Defensoria Pública. Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as
penas da lei. (Provimento n.º 011/2009 - CJRMB). Belém, 18 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE
CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO: 00214700320178140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS
BASTOS Ação: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 21/02/2019 REQUERENTE:E. B. C. S.
REPRESENTANTE:B. T. C. B. Representante(s): OAB 4807 - ALCIDES ALEXANDRE FERREIRA DA
SILVA (DEFENSOR) REQUERIDO:E. S. F. . R. hoje. Ante o teor da petição de fls. 25/34, passo assim a
deliberar: "Art. 531. O disposto neste Capítulo aplica-se aos alimentos definitivos ou provisórios. § 1o A
execução dos alimentos provisórios, bem como a dos alimentos fixados em sentença ainda não transitada
em julgado, se processa em autos apartados. Determino: Que seja desentranhada a petição e documentos
de fls. 25/34, e entregues à Defensora subscritora da referida peça para que faça a distribuição por
dependência a estes autos. Dê cumprimento a deliberação de fl. 20-verso. Int. Belém, 18 de fevereiro de
2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO:
00219140820068140301 PROCESSO ANTIGO: 200610639774
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 21/02/2019 REU:F. S. A. Representante(s): OAB 13430 -
PAULINE MONTE DUARTE (ADVOGADO) AUTOR:P. R. R. A. REPRESENTADO:A. P. A. R.
Representante(s): OAB 16022 - ANNA PAULA ANDRADE ROLO (ADVOGADO) OAB 15045 - NATASCHA
RAMOS RODRIGUES DAMASCENO (ADVOGADO) OAB 25434 - MANOEL DE JESUS SANTOS
BARRETO (ADVOGADO) . R. hoje. I. Concedo ao advogado CLAUBER DUARTE (OAB/PA 23.621) o
prazo de 15 (quinze) dias, para juntar procuração outorgada por sua constituinte ou termo de
substabelecimento. 2. Intime-se a exequente, por intermédio dos advogados habilitados nos autos, para,
no prazo de 15 (quinze) dias, regularizar sua representação, vez que já atingiu a maioridade, devendo,
ainda, no mesmo prazo, indicar o endereço atualizado do executado. Belém, 14 de fevereiro de 2019.
ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO:
00236330420048140301 PROCESSO ANTIGO: 200410805088
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Procedimento Comum em: 21/02/2019 AUTOR:C. L. P. Representante(s): OAB 24799 - GISLAINE SALES
DO NASCIMENTO (ADVOGADO) OAB 25751 - RAFAEL AIRES DA SILVA COSTA (ADVOGADO) OAB
24799 - GISLAINE SALES DO NASCIMENTO (ADVOGADO) OAB 25751 - RAFAEL AIRES DA SILVA
COSTA (ADVOGADO) REU:S. D. Representante(s): ALCIDES ALEXANDRE FERREIRA DA SILVA - DEF.
PUBLICO (ADVOGADO) REP LEGAL:E. L. P. . R. hoje. Ante o teor da certidão de fl. 35-verso, arquive-se.
Int. Belém, 18 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em
exercício PROCESSO: 00247927020138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 21/02/2019 AUTOR:Y. L. G. REPRESENTANTE:R. L. E. L.
Representante(s): OAB 3279 - ROSINEI RODRIGUES DA SILVA CASTRO (DEFENSOR) REU:J. R. F. G.
. R. hoje. 1. Em que pese a manifestação da exequente de fl. 33, verifico que resta comprovado pelo
documento de fl. 29, o pagamento do mês de novembro de 2016. 2. À Defensoria Pública para informar se
ainda há algum requerimento a ser feito. Em caso negativo, arquive-se. Int. Belém, 18 de fevereiro de
2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO:
00252452620178140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação: Divórcio Consensual em: 21/02/2019 AUTOR:R. H. R. P.
S. AUTOR:R. C. P. S. Representante(s): OAB 12033 - ALESSANDRA OLIVEIRA DAMASCENO
(DEFENSOR) . R. hoje. Intimem-se os requerentes, na pessoa da Defensora que os assiste, para, no
prazo de 15 (quinze) dias, cumprirem a diligência requerida pela Representante do Ministério Público,
conforme manifestação de fl. 48. Cumprida a determinação supra, retornem os autos ao MP. Belém, 18 de
678
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito, respondendo PROCESSO:
00254230720108140301 PROCESSO ANTIGO: 201010387012
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 21/02/2019 AUTOR:E. W. M. C. REP LEGAL:D. C. S. M.
Representante(s): SUZY SOUZA DE OLIVEIRA (ADVOGADO) REU:E. L. C. . R. hoje. Dê-se vista dos
autos ao MP. Após, conclusos. Int. Belém, 14 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS
BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO: 00254643920178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Averiguação de Paternidade em: 21/02/2019 REQUERENTE:C. A. D. C. Representante(s): OAB 22884 -
LUIZ ANTONIO FERREIRA MARTINS JUNIOR (ADVOGADO) REPRESENTANTE:A. C. C. C. O.
Representante(s): OAB 7485 - ANA CARLA CUNHA DA CUNHA (ADVOGADO) OAB 22884 - LUIZ
ANTONIO FERREIRA MARTINS JUNIOR (ADVOGADO) REQUERIDO:L. S. F. Representante(s): OAB
17496 - MERCELINDA MOTA RÊGO (ADVOGADO) . Sentença: __________/2019 (c/ mérito) I.
RELATÓRIO Cuidam os presentes autos de AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE POST
MORTEM ajuizada por C. A. D. DA C. N., menor impúbere, representado por sua genitora, A. C. C. DA C.,
em desfavor de L. S. F., filha e herdeira de A. P. P. F., com fundamento na Lei nº 8.560/92. Diz a inicial
que a genitora do requerente foi casada com A. P. P. F. entre os anos de 1987 e 1989, e que depois de
terem se divorciando, seu ex-marido convolou núpcias com a Sra. L. S. DOS S., mãe da requerida, de
quem ele também veio a se divorciar. Afirma que decorridos 11 anos de seu divórcio, acabou por reatar o
relacionamento com A. P. P. F., do qual adveio o nascimento do requerente. Diz que o suposto pai sempre
manteve um relacionamento com o requerente e participou de seu crescimento e criação, contudo deixou
de reconhecer sua paternidade, pois a mãe da requerida o ameaçou que caso assim o fizesse, não mais
veria a filha. Assevera que desde o falecimento de A. P. P. F., ocorrido em 16/04/2014, a requerida vem
recebendo os benefícios hereditários, especialmente, seguro DPVAT e aluguel de imóvel por ele deixado.
Requer, ao final, a realização do exame de DNA com a genitora do falecido, Sra. H. R. DE P. F., o
bloqueio do único bem imóvel do falecido e depósito dos alugueis em Juízo. Devidamente citada (fl. 18-
verso), a requerida apresentou contestação às fls. 21/25, reconhecendo o relacionamento da genitora do
requerente com o de cujus, entretanto, por não haver uma boa convivência entre as partes, desconhece o
motivo para a demora na propositura da presente demanda. Diz não saber por que razão seu pai não
reconheceu a paternidade do requerente, vez que convivia em harmonia com ele e sua genitora. Requer a
improcedência do pedido, ante a ausência da paternidade comprovada. Em réplica (fls. 31/36), o
requerente rechaçou as alegações contidas na contestação. Pelo despacho de fl. 37, com o fim de evitar
medida drástica de exumação dos restos mortais de suposto pai biológico do requerente, foi determinada
a intimação da requerida para indicar no mínimo 02 (dois) parentes próximos do de cujus e do sexo
masculino, para fornecerem material genético visando a realização do exame de DNA. Dando
cumprimento ao supracitado despacho, a requerida informou o nome e endereço de P. F. J., irmão do de
cujus (fl. 38), e o requerente por sua vez, já que havia sido informado o nome de apenas 01 (um) parente,
juntou à fl. 40, declaração de outro irmão do cujus, F. P. P. F., que se comprometeu a realizar o exame.
Por ocasião da audiência realizada em 09/05/2018 (fl. 47), foi coletado o material genético do requerente,
C. A. D. DA C. N., de sua genitora, A. C. C. DA C., da requerida, L. S. F., e dos irmãos do de cujus, P. F. J.
e F. P. P. F. O laudo do exame de DNA juntado às fls. 50/54 chegou à seguinte conclusão: "De acordo
com a tabela contendo 14 regiões alélicas o (a) filho (a) investigante C. A. D. DA C. N., apresenta uma
identidade de 50% de suas bandas com a Mãe do (a) filho (a) investigante A. C. C. DA C. e 50% com o
perfil alélico reconstruído a partir dos alelos da Filha do Suposto Pai e dos alelos dos Irmãos do Suposto
Pai, com índice de paternidade calculado de 208.664.053,98. A análise do perfil alélico do cromossomo
sexual Y confirmou o vínculo genético conforme tabela 2. Tendo como verdade as informações de
identificação de todos os envolvidos e a procedência das amostras analisadas, pode-se considerar que o
(a) filho (a) investigante C. A. D. DA C. N. possui a probabilidade de vínculo genético de 99,99999999%
com a Filha do Suposto Pai L. S. F. e com os Irmãos do Suposto Pai, Irmão 01 do Suposto Pai P. F. J. e
Irmão 02 do Suposto Pai F. P. P. F. (tendo-se como probabilidade a priori de paternidade 0,5). O
requerente se manifestou sobre o exame às fls. 57/58, concordando com o seu resultado, no requereu a
inclusão do nome do pai biológico em seu registro de nascimento, bem como que sejam decididas
questões relativas ao bem imóvel deixado pelo de cujus. A requerida, por seu turno, manifestou-se às fls.
59/61, também concordando com o resultado do exame, contudo, opôs-se ao pedido sucessório, sob a
alegação de que só pode ser reivindicado a partir do reconhecimento da relação de parentesco.
Encaminhados os autos ao Ministério Público, este, por intermédio de sua digna representante, em
judicioso parecer de fls. 64/69, opinou pela procedência do pedido de reconhecimento de paternidade. II.
FUNDAMENTAÇÃO O requerente, com a presente ação, pretende que seja declarada a sua paternidade
679
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
em relação ao de cujus A. P. P. F., com quem sua representante legal foi casada e reatou o
relacionamento anos após de terem se divorciado, tendo ele vindo a falecer em 16/04/2004. O presente
feito não merece maiores delongas em sua resolução, tendo sido a paternidade atribuída ao de cujus
comprovada pelo resultado do exame de DNA realizado e, em não havendo necessidade de produzir
provas em audiência, a ação comporta julgamento antecipado, nos termos do artigo 355, inciso I, do
Código de Processo Civil. É cediço que o juiz não está obrigado a examinar todos os elementos de prova,
bastando, para o seu convencimento sobre a matéria debatida, a análise da prova específica que
alicerçará o seu convencimento, a sua convicção sobre a questão posta, e que traduzirá um suporte
seguro para exarar uma decisão adaptada ao caso em julgamento. Sendo o juiz o destinatário da prova,
cabe a ele, depois de uma análise perfunctória, estabelecer dentre aquelas apresentadas, quais as que
servirão para formar o seu convencimento. Nesse diapasão, entendo que, com a apresentação do laudo
de exame de DNA, tornou-se desnecessária seguir-se com a instrução processual, posto que, no meu
sentir, serviria, apenas e no máximo, para corroborar o resultado encontrado pela prova científica. Acerca
do julgamento antecipado da lide o Colendo Superior Tribunal de Justiça assim se manifesta:
PROCESSUAL CIVIL. VIOLAÇÃO DO ART. 458 DO CPC. INEXISTÊNCIA. DEVIDO ENFRENTAMENTO
DAS QUESTÕES RECURSAIS. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. CERCEAMENTO DE DEFESA.
INOCORRÊNCIA. PRECEDENTES. INVIABILIDADE DE ANÁLISE. SÚMULA 7/STJ. 1. Não configura
ofensa ao art. 458, inciso II, do Código de Processo Civil o acórdão proferido por Tribunal que decide a
matéria de direito valendo-se dos elementos que julga aplicáveis e suficientes para a solução da lide. 2.
"Não ocorre cerceamento de defesa por julgamento antecipado da lide, quando o julgador ordinário
considera suficiente a instrução do processo" (REsp 1252341/SP, Rel. Ministra ELIANA CALMON,
SEGUNDA TURMA, julgado em 05.09.2013, DJe 17.09.2013). 3. Insuscetível de revisão, nesta via
recursal, o entendimento do Tribunal de origem que, com base nos elementos de convicção dos autos,
entendeu que não ocorreu cerceamento de defesa com o julgamento antecipado da lide, e concluiu como
suficientes as provas contidas nos autos. Para modificar tal entendimento, seria necessária a reapreciação
de matéria fática, o que é obstado pela Súmula 7/STJ. Agravo regimental improvido. (AgRg no Agravo em
Recurso Especial nº 573.982/PE (2014/0220739-0), 2ª Turma do STJ, Rel. Humberto Martins. j.
21.10.2014, DJe 29.10.2014). No que concerne ao julgamento antecipado da lide, para os casos de
investigação de paternidade com base na prova técnica do exame de DNA, os nossos Tribunais têm se
manifestado da seguinte forma: CIVIL AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE C/C ANULAÇÃO
DE REGISTRO CIVIL E ALIMENTOS EXAME DE DNA REGULARMENTE EFETUADO RESULTADO
NEGATIVO - PEDIDO DE DILAÇÃO PROBATÓRIA PARA COMPROVAÇÃO DA RELAÇÃO AFETIVA
EXISTENTE ENTRE REQUERENTE E REQUERIDO JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE NÃO
APRESENTAÇÃO DE OUTROS ELEMENTOS CAPAZES DE ILIDIR O EXAME DESNECESSIDADE DE
PRODUÇÃO DE OUTRAS PROVAS SENTENÇA MANTIDA. I - CONFORME SABIDO, O EXAME DE
DNA É O MEIO DE PROVA MAIS EFICAZ NA BUSCA DA VERDADE REAL, DADA A SUA PRECISÃO
TÉCNICA, RAZÃO PELA QUAL PODE SER DISPENSADA A PRODUÇÃO DE OUTRAS PROVAS NA
INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. DESSA FORMA, AUSENTE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA QUE
TORNE INIDÔNEO O EXAME REALIZADO, CONFIGURA-SE DESCABIDO O PLEITO DE REALIZAÇÃO
DE AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO PARA A DILAÇÃO PROBATÓRIA; II - RESTOU COMPROVADO QUE
O REQUERIDO NÃO É PAI DA APELANTE, CONFORME SE OBSERVA NO LAUDO JUNTADO AOS
AUTOS, NÃO HAVENDO QUE SE FALAR EM ANULAÇÃO DE REGISTRO DE NASCIMENTO JÁ
EXISTENTE, PARA CONSTAR NOVO GENITOR, APENAS PELO RECONHECIMENTO DE EXISTÊNCIA
DE RELAÇÃO AFETIVA. III - RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (Apelação Cível nº
201600823968 (6240/2017), Grupo IV da 2ª Câmara Cível do TJSE, Rel. Luiz Antônio Araújo Mendonça.
unânime, DJe 06.04.2017). APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE -
PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO REJEITADA - AUSÊNCIA DO PAI
NA AUDIÊNCIA PARA COLETA DE EXAME DE DNA - PARENTESCO COMPROVADO ANTE A
PRESUNÇÃO DE PATERNIDADE - SÚMULA 301 DO STJ - DESNECESSIDADE DE PRODUÇÃO DE
OUTRAS PROVAS - CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO CONFIGURADO - JULGAMENTO IMEDIATO
DA AÇÃO ANTE O CONVENCIMENTO DO JUIZ - PRESENTES ELEMENTOS SUFICIENTES -
RECURSO IMPROVIDO - MANTIDA INTEGRALMENTE A DECISÃO A QUO. 1. A Carta Federal outorgou
ao Ministério Público a incumbência de promover a defesa dos interesses individuais indisponíveis,
podendo, para tanto, exercer outras atribuições prescritas em lei, desde que compatível com sua finalidade
institucional (CF, artigos 127 e 129), portanto a substituição processual extraordinária do Ministério Público
é legítima (CF, artigo 129, CPC, artigo 81, Lei 8.560/92, artigo 2º, § 4º) e socialmente relevante, em
especial quando se trata de direito da criança e do adolescente. Preliminar de ilegitimidade ativa rejeitada.
2. Súmula 301 do STJ registra a presunção de paternidade para o suposto pai que se negar em realizar a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
perícia técnica e não comprovar, de outra forma, a inexistência de vínculo consanguíneo com o filho. 3.
Cabe ao Juiz decidir sobre a necessidade ou não da apresentação de prova testemunhal, não implicando
cerceamento de defesa ou violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa o julgamento com
base em prova exclusivamente documental, se esta for suficiente para formação de seu convencimento,
podendo dispensar as demais provas requeridas. 4. À unanimidade, nos termos do voto do
Desembargador Relator, recurso de apelação improvido. (Apelação Cível nº 20123013653-8 (130991), 1ª
Câmara Cível Isolada do TJPA, Rel. Leonardo de Noronha Tavares. j. 10.03.2014, DJe 25.03.2014).
PROCESSO CIVIL - AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE CUMULADA COM ALIMENTOS -
CERCEAMENTO DE DEFESA - INOCORRÊNCIA - EXAME DE DNA - RESULTADO POSITIVO -
FIXAÇÃO DE PENSÃO ALIMENTÍCIA - MANUTENÇÃO DO VALOR ARBITRADO NA SENTENÇA -
TERMO INICIAL DA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR - CITAÇÃO - RECURSO DESPROVIDO - SENTENÇA
MANTIDA. 1. O exame de investigação genética de paternidade por impressões de DNA é prova de rigor e
precisão técnica capaz de levar ao reconhecimento da paternidade perseguida, apresentando
elevadíssimo grau de confiabilidade, tornando desprezível sua margem de erro. 2. As alegações dispostas
nas razões recursais não tisnam, nem de leve, a sentença profligada, eis que, sem nenhuma
fundamentação para que o exame de DNA fosse refeito, pois confirmada a paternidade no primeiro
exame, confirmada seria também no segundo exame. Em nada mudaria o deslinde dado à lide. 3. Em
investigação de paternidade, a prova pericial científica concernente ao exame de DNA constitui prova
direta, e, quando seus resultados forem categóricos na afirmação da paternidade, deve ser considerada
prova superior e incontestável na formação do livre convencimento do Julgador. 4. Não configura
cerceamento de defesa o indeferimento de prova requerida pelo réu, se a mesma não é essencial ao
deslinde da controvérsia. 5. Devem ser mantidos os alimentos fixados em observância às necessidades da
autora. 6. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida. (Apelação nº 0003525-59.2000.8.06.0062,
7ª Câmara Cível do TJCE, Rel. Francisco Bezerra Cavalcante. Unânime, DJe 19.09.2014). Entendo que a
prova técnica que consta dos autos é suficiente para embasar a decisão deste juízo acerca dos fatos
alegados. O exame de DNA é a prova central para os casos de investigação de paternidade, porque
consegue, praticamente, sem erro, determinar a paternidade, sendo o seu resultado cientificamente
reconhecido. Com o advento da prova científica através do exame de DNA, os demais meios de prova, em
casos de investigação de paternidade, tornaram-se obsoletos e desnecessários, por permitir, essa prova
técnica, descobrir a paternidade com mais de 99,99% de probabilidade. A perícia do DNA é hoje uma
prova incontestável, sobrepondo-se a todos os demais meios probatórios, pelo seu alto grau de
confiabilidade, ante a certeza obtida com o seu resultado, afastando-se, de vez, o velho sistema de
presunções. Nesse contexto, tornou-se desnecessário o prosseguimento da instrução do processo, com a
colheita de outras provas, máxime a testemunhal, porque, como já dito antes, só viria a confirmar o que a
prova técnica atestou, que A. P. P. F. é o pai biológico do requerente. III - DISPOSITIVO Em face do
exposto, nos termos da fundamentação supra, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO DE
RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE FORMULADO NA PETIÇÃO INICIAL PARA: I. Com fulcro nos
artigos 227, § 6º, da CF, artigo 1.596 do Código Civil e artigos 20 e 27 da Lei nº 8.069/90 (ECA) cumulado
com o artigo 7º da Lei nº 8.560/92, DECLARAR A PATERNIDADE DE A. P. P. F. EM RELAÇÃO A C. A. D.
DA C. N., no que determino a inclusão em seu assento de nascimento, do nome do pai e dos ascendentes
deste, in casu, P. F. N. e H. R. P. F. Somente após o trânsito em julgado desta decisão, atendendo ao
disposto na Lei nº 6.015/73, artigo 29, § 1º, "d", e artigo 109, inciso. 4º, expeça-se mandado de averbação
para cumprimento ao Cartório de Registro Civil do Município de Belém para os devidos fins acima
especificados, devendo permanecer inalterados os demais dados lançados no assento de registro civil de
nascimento em nome do requerente, observadas as formalidades e vedações legais. Em relação aos
pedidos "e" e "f" formulados na inicial, não há o que deliberar, em razão da incompetência absoluta deste
Juízo para processar e julgar pedidos de natureza sucessória. II. Condeno a requerida ao pagamento das
custas processuais e honorários advocatícios, estes últimos que com fulcro no artigo 85, § 8º, do CPC, fixo
em R$-998,00 (novecentos e noventa e oito reais), contudo, suspendo a exigibilidade da sucumbência, vez
que lhe concedo os benefícios da gratuidade processual pleiteadas na contestação (artigo 98, § 3º, do
CPC). Por conseguinte, extingo o processo, com resolução de mérito (artigo 487, I, do CPC). Certificado o
trânsito em julgado, expeça-se mandado de averbação ao cartório de registro civil competente e, arquive-
se os presentes autos, com as cautelas legais, dando-se baixa no registro. Publique-se. Registre-se.
Intimem-se. PROCESSO: 00263533220138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Execução de Alimentos em: 21/02/2019 EXEQUENTE:F. G. A. EXEQUENTE:F. G. A.
REPRESENTANTE:J. G. A. Representante(s): OAB 5496 - SERGIO SENA GONCALVES (ADVOGADO)
EXECUTADO:A. L. A. Representante(s): OAB 7158 - AMIRALDO NUNES PARDAUIL (DEFENSOR) . R.
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hoje. 1. Defiro o pedido de fl. 87, nos termos do art. 112, § 2º do CPC, devendo ser excluído o nome do
advogado peticionante do sistema. 2. Habilite-se no sistema o nome da advogada que consta na
procuração de fl. 31. Após, cumpra-se o despacho de fl. 95. Belém, 13 de fevereiro de 2019. ROSANA
LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito PROCESSO: 00295687920148140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS
BASTOS Ação: Procedimento Comum em: 21/02/2019 AUTOR:M. N. O. S. Representante(s): OAB 13220
- LUDMILA CARDOSO LOBAO (DEFENSOR) ENVOLVIDO:P. V. S. A. Representante(s): OAB 11850 -
ALANA DA SILVA FERNANDES (CURADOR) REU:A. P. G. S. REU:V. M. A. . R. hoje. 1. Ante o teor da
certidão de fl. 46, na qual consta que a requerida A. P. G. D. S., citada pessoalmente, não contestou a
presente ação, decreto sua revelia, sem os efeitos do art. 344 do CPC. 2. Tendo em vista que já foram
tomados os depoimentos da requerente e do requerido P. V. (fls. 28/29), e que a requerida V. M. D. A.,
citada por edital, apresentou contestação por negativa geral dos fatos, por intermédio da Curadora
Especial (fls. 48/49), designo audiência para oitiva das testemunhas arroladas à fl. 23, para o dia
05/06/2019 às 12h. 3. Intime-se a parte autora, pessoalmente, para comparecer a audiência acompanhada
de suas testemunhas. 4. Ciência à Defensoria Pública e a Curadoria Especial. Servirá o presente, por
cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei. (Provimento n.º 011/2009 -
CJRMB). Belém, 13 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito,
respondendo PROCESSO: 00300817620168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 21/02/2019 AUTOR:E. N. L. G. REPRESENTANTE:F. C. L.
Representante(s): OAB 11071 - FELICIA MARQUES FIUZA (DEFENSOR) REQUERIDO:J. E. G.
PROCURADOR(A):ADAO RONALDO CORREA CARDOSO. ãProcesso: 0030081-76.2016.8.14.0301
Ação: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 Réu(s)/Executado(s): JOAO EMERSON GONCALVES
DESPACHO - MANDADO R. hoje. I.Em cumprimento ao §4º do art. 46 da Lei Estadual nº 8.328/2015,
INTIME-SE a parte acima indicada para que, no prazo de 15 (quinze) dias, proceda ao recolhimento das
custas finais constantes no boleto em anexo, em razão da condenação em custas processuais a si
atribuída pela sentença exarada nos autos acima epigrafado. II.Ressalte-se que uma vez não paga as
referidas custas, será encaminhada certidão circunstanciada à Procuradoria Geral do Estado do Pará, a
fim de que a mesma promova a inscrição do débito na Dívida Ativa, assim como sua consequente
cobrança judicial. III.Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado, nos termos do Provimento nº
010/2009-CJRMB. Belém, 21 de fevereiro de 2019. Dra. ROSANA LÚCIA DE CANELAS BASTOS Juíza
de Direito, respondendo pela 5ª Vara de Família . PROCESSO: 00300964520168140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS
BASTOS Ação: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 21/02/2019 AUTOR:J. G. C. C. REU:O. A. C.
REPRESENTANTE:I. D. C. Representante(s): OAB 7782 - ROSEMARY DOS REIS SILVA (DEFENSOR) .
I. RELATÓRIO Tratam os autos de ação de ALIMENTOS proposta por J. G. C. D. C., menor, representado
por sua genitora I. A. D. C., em face de O. A. D. C. Consta na inicial que o requerido e a Representante
Legal do menor viveram em união estável por três anos e que após a separação do casal, o demandado
deixou de contribuir para o sustento do filho. Consta, ainda, que o menor é portador de disfunção de TDAH
e necessita de cuidados especiais. Relata que sua mãe ainda sustenta outro filho, do relacionamento com
o requerido, cuja paternidade está sendo pleiteada em ação própria de Investigação de Paternidade.
Requer, ao final, que sejam fixados alimentos em ½ (meio) salário mínimo. Em decisão de fl. 12, foram
concedidos os benefícios da AJG (art. 98 do CPC); determinado o processamento do feito em segredo de
justiça, fixados alimentos provisórios em 20% (vinte por cento) do vencimento e vantagens auferidos pelo
requerido e designada audiência de conciliação, instrução e julgamento, com a citação e intimação das
partes e dada ciência a digna RMP para comparecimento. Após várias remarcações de datas de
audiências, em razão de não intimação/citação das partes, a audiência realizou-se em 23/02/2017,
conforme fls. 69/70. O requerido não compareceu, porém se fez representar por advogado, que requereu
prazo para juntar procuração, que foi concedido por 15 (quinze) dias. O requerido, por seu advogado,
apresentou oralmente sua contestação. O autor, por intermédio da Defensora Pública, apresentou réplica.
Após, foi tomado o depoimento da Representante Legal do autor e de uma testemunha D. L. O requerido
não apresentou testemunhas. Ao final, foi aberto prazo para alegações finais e determinado vista dos
autos ao RMP. O autor apresentou suas alegações finais, juntadas às fls. 71/74. À fl. 74-verso foi
certificado que o requerido não apresentou qualquer manifestação, não apresentou alegações finais e não
juntou instrumento de procuração. Tendo em vista que decorreu o prazo concedido ao advogado do
requerido e não tendo este juntado aos autos instrumento de procuração outorgado por seu constituinte,
declaro ineficaz os atos por ele praticados (in casu, a contestação oral apresentada por ocasião da
audiência), nos termos do art. 104, § 2º do CPC. Por consequência, decreto a revelia do requerido, sem,
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no entanto, os efeitos do art. 344 do CPC. Encaminhados os autos ao Ministério Público, seu ilustre
representante, em manifestação conclusiva, opinou pela procedência parcial do pedido. II.
FUNDAMENTAÇÃO Analisando os autos, verifico que o processo se encontra instruído e pronto para
sentença, inclusive com a manifestação prévia do Ministério Público. Estatui o art. 1.696 do Código Civil:
"O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes,
recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta dos outros." Dessa forma, encontra-se
regular a legitimidade das partes, o interesse de agir e a possibilidade do pedido, presentes, portanto, os
pressupostos de admissibilidade do julgamento do mérito. O art. 1.566 do CC, estabelece que o dever de
sustento da prole incumbe a ambos os pais, sendo que o sustento do Requerente, vinha sendo suportado,
somente por sua genitora, devendo o Requerido, portanto, contribuir com a parte que lhe cabe para
subsistência do filho, em face do vínculo paterno filial entre eles existente. No presente caso, o autor
requereu a título de alimentos, na inicial, que fossem fixados em um ½ (meio) salário mínimo. Conforme a
inteligência do artigo 1.694, § 1º do Código de Processo Civil, quando da fixação dos alimentos deverá ser
observado o binômio necessidade (alimentando) x possibilidade (alimentante), e no que se refere à
primeira, sua demonstração cinge-se às alegações contidas na inicial e ratificadas em audiência e
alegações finais, tratando-se o autor, de menor com 07 (sete) anos de idade, suas necessidades são
presumidas, bem como comprovou ser portador de autismo, hiperatividade e possuir déficit de atenção,
necessitando de tratamento especializado e medicação, justificando-se, portanto, o pedido, e quanto à
última (possibilidade do alimentante), a contestação apresentada em audiência informa que o mesmo
possui outros quatro filhos, porém não comprovou sua alegação, muito menos apresentou os gastos que
possui, ressaltando, que os atos praticados pelo advogado que compareceu em audiência, foram tornados
ineficaz, vez que não apresentou a procuração outorgada por seu constituinte no prazo concedido pelo
Juízo. O diligente Promotor de Justiça realizou consulta no Diário Oficial do Estado onde localizou a
nomeação do requerido para cargo comissionado e funções temporárias nos anos de 2012 e 2014, não
localizando se ainda possui vínculo com qualquer ente público. O ilustre Promotor de Justiça, em
manifestação conclusiva, opinou pela fixação de alimentos no percentual de 35% (trinta e cinco por cento)
do salário mínimo em caso de desemprego ou equivalente a 25% (vinte e cinco) por cento dos
vencimentos e vantagens, em caso de vínculo formal de trabalho, a título de alimentos definitivos,
atendendo ao trinômio necessidade do alimentando - possibilidade do alimentante e a proporcionalidade
entre as necessidades e possibilidades. III. DISPOSITIVO Isto posto, considerando tudo o que mais consta
dos autos, e o parecer favorável do nobre representante do Ministério Público, JULGO PARCIALMENTE
PROCEDENTE O PEDIDO, sopesados a necessidade do alimentando e possibilidade do alimentante,
acompanho o parecer ministerial para fixar a pensão alimentícia, em definitivo, no percentual de 35%
(trinta e cinco por cento) do salário mínimo, a serem depositados até o dia 05 (cinco) de cada mês,
subsequente ao vencido, na conta bancaria de titularidade da Representante Legal do menor. Caso o
requerido esteja inserido no mercado formal de trabalho os alimentos deverão incidir no percentual de 25%
(vinte e cinco por cento) dos vencimentos e vantagens auferidos pelo mesmo, a serem descontados
diretamente de sua fonte pagadora, mediante a expedição de ofício, decisão esta que prolato com
fundamento na Lei n. 5.478/68 c/c o artigo 1.694, § 1º do Código Civil e no artigo 229 da Constituição
Federal. Condeno o requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, estes
últimos que, com fulcro no artigo 85, § 8º do CPC, fixo em 10% (dez por cento) do valor da causa. Ciência
a DP e MP. Após o trânsito em julgado, arquive-se com as cautelas legais, dando-se baixa no registro. P.
R. I. Belém, 12 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito,
respondendo PROCESSO: 00316836820178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Ação de Alimentos em: 21/02/2019 REQUERENTE:K. F. L. C. Representante(s): OAB 17496 -
MERCELINDA MOTA RÊGO (ADVOGADO) REQUERENTE:K. F. L. C. Representante(s): OAB 17496 -
MERCELINDA MOTA RÊGO (ADVOGADO) REQUERENTE:E. L. C. Representante(s): OAB 17496 -
MERCELINDA MOTA RÊGO (ADVOGADO) REQUERENTE:L. L. C. Representante(s): OAB 17496 -
MERCELINDA MOTA RÊGO (ADVOGADO) REPRESENTANTE:O. F. L. C. Representante(s): OAB 17496
- MERCELINDA MOTA RÊGO (ADVOGADO) REQUERIDO:A. R. C. . DESPACHO - MANDADO R. hoje. I.
Designo audiência conciliação, instrução e julgamento para o dia 29/05/2019 às 12h. II. Cite-se o
requerido, por mandado a ser cumprido por Oficial de Justiça, no endereço de fl. 47 e intime-se o(a)
requerente, na pessoa de sua Representante Legal, para se fazerem presentes à audiência,
acompanhados de seus advogados/Defensores e testemunhas, estas que deverão comparecer
independentemente de prévio depósito de rol e intimação, importando a ausência do(a) requerente em
extinção da ação e arquivamento do processo e do requerido em revelia e confissão quanto à matéria de
fato. III. Não havendo conciliação na audiência, o requerido poderá contestar a presente ação, desde que
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o faça por intermédio de advogado, passando-se em seguida à oitiva das testemunhas e à prolação da
sentença. IV. Ciência ao MP. Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma
e sob as penas da lei. (Provimentos n. 003 e 011/2009 - CJRMB). Belém, 14 de fevereiro de 2019.
ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito, respondendo PROCESSO:
00326163420018140301 PROCESSO ANTIGO: 200110392411
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Procedimento Comum em: 21/02/2019 EXEQUENTE:LIGIA ROSANA MENDES PEREIRA
Representante(s): OAB 5121 - KATIA MARIA MENDES MARTINS (ADVOGADO) ADVOGADO:LUIZ
CARLOS MAXIMO EXECUTADO:NELSON LUIZ BRAGATTO Representante(s): OAB 217220 - JOAO
JULIO MAXIMO (ADVOGADO) . R. hoje. 1. Considerando que a intimação por hora certa levada a efeito à
fl. 222 não obedeceu aos ditames do artigo 252 do CPC, pois o Oficial de Justiça encarregado da
diligência não refere a circunstância de acreditar que a exequente estava se ocultando de recebê-la, aliás
não há como admitir tal possibilidade em sendo ela a pessoa mais interessada no prosseguimento e
deslinde da execução, daí porque chamo o processo à ordem para declarar a nulidade do ato. 2.
Outrossim, considerando, ainda, que a publicação do despacho de fl. 213 ocorreu quando os advogados
ANTONIO CARVALHO LOBO e ANTONIO CARVALHO LOBO JÚNIOR não mais assistiam a exequente,
conforme se constata pela revogação do mandato a eles outorgado formalizada em 14/12/2017 (fl. 216),
determino a republicação do referido despacho para intimação da exequente, na pessoa de sua nova
patrona. 3. Uma vez intimada e decorrido o prazo legal, com ou sem manifestação, voltem-me conclusos.
PROCESSO: 00366908020138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 21/02/2019 AUTOR:E. C. S. S. REPRESENTANTE:M. C. M. B.
S. Representante(s): OAB 17303 - LUDMILLA VIANA SOARES (ADVOGADO) REU:E. C. S.
Representante(s): OAB 11968 - EMILGRIETTY SILVA DOS SANTOS (DEFENSOR) . DESPACHO -
MANDADO R. hoje. 1. Defiro o pedido da Representante do Ministério Público de fl. 61 e com fundamento
nos arts. 3º, § 3º e 694, ambos do CPC, designo audiência de conciliação, para o dia 24/04/2019 às 12h.
2. Intimem-se as partes, para se fazerem presentes à audiência, nos endereços indicados à fl. 67,
acompanhados de seus advogados. 3. Ciência ao MP. Servirá o presente, por cópia digitada, como
mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei. (Provimentos nº 003 e 011/2009 - CJRMB). Belém,
13 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito, respondendo
PROCESSO: 00381595920168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Divórcio Litigioso em: 21/02/2019 REQUERENTE:U. L. N. F. Representante(s): OAB 3275 - ION ELOI DE
RAUJO VIDIGAL (ADVOGADO) REQUERIDO:M. R. N. . R. hoje. Arquive-se. Int. Belém, 20 de fevereiro
de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO:
00382242020178140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação: Guarda em: 21/02/2019 AUTOR:M. M. S.
Representante(s): OAB 18275 - RODRIGO DE FIGUEIREDO BRANDAO (ADVOGADO) REU:D. C. B. O.
MENOR:M. C. B. M. . R. hoje. 1. Defiro o pedido de fl. 38, proceda-se consulta no sistema SIEL/TRE/PA a
fim de se tentar localizar o endereço da requerida. 2. Em caso positivo, renove-se a diligência de citação,
nos termos do despacho de fl. 29. Em caso negativo, intime-se a parte autora para se manifestar. Após,
conclusos. Int. Belém, 18 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito -
em exercício PROCESSO: 00395161620128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Execução de Alimentos em: 21/02/2019 EXEQUENTE:H. B. C. F. REPRESENTANTE:K. R. C. F.
Representante(s): OAB 3956 - MARIA DE NAZARE RUSSO RAMOS (DEFENSOR) EXECUTADO:A. R. F.
. R. hoje. Dê-se vista dos autos ao MP. Após, conclusos. Int. Belém, 12 de fevereiro de 2019. ROSANA
LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO: 00398853420178140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE
CANELAS BASTOS Ação: Divórcio Litigioso em: 21/02/2019 AUTOR:G. G. S. Representante(s): OAB
11968 - EMILGRIETTY SILVA DOS SANTOS (DEFENSOR) REU:J. A. T. S. . Sentenç Cuidam os
presentes autos de AÇ"O DE DIVÓRCIO LITIGIOSO ajuizada por G. G. D. S., devidamente qualificada
nos autos, POR INTERMÉDIO DA Defensoria Pública, em face de J. A. T. D. S.. Narra a petição inicial que
o casal contraiu matrimônio em 25/09/1996 e estão separados de fato desde 2012; que os filhos do casal
são maiores e capazes; que não há bens a partilhar; que as partes possuem meios próprios de
subsistência. Requereu a decretação do divórcio liminar. Em 04/08/2017 foi proferida sentença parcial de
mérito decretando o divórcio do casal e determinado a citação do requerido para apresentar defesa. O
requerido foi citado pessoalmente (fl. 26), porém não apresentou defesa, conforme certidão da secretaria
684
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
de fl. 34, razão pela qual decreto sua revelia, neste ato, sem, contudo, os efeitos do art. 344 do CPC.
Desnecessária a intervenção do Ministério Público, uma vez que não há interesse de menores e
incapazes. Considerando que não há outros pedidos para deliberar, que o divórcio do casal já foi
decretado, extingo o processo, com resolução de mérito, nos termos do artigo 487, I do CPC. Condeno o
requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, estes últimos que arbitro, com
fulcro no artigo 85 § 8º do CPC, em R$-998,00 (novecentos e noventa e oito reais). Transitada em julgado,
arquive-se com as cautelas legais, dando-se baixa no registro. P. R. I. Belém, 14 de fevereiro de 2019.
ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito, respondendo PROCESSO:
00402602720108140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação: Averiguação de Paternidade em: 21/02/2019 AUTOR:T.
C. P. REPRESENTANTE:D. F. Representante(s): ALCIDES ALEXANDRE FERREIRA DA SILVA
(DEFENSOR) REU:J. W. M. S. . DESPACHO - MANDADO R. hoje. Nos termos do art. 357 do CPC, passo
ao saneamento e organização do processo: 1. Declaro o processo saneado. 2. São questões de fato
controvertidas: a paternidade do autor e o valor dos alimentos devidos ao mesmo, caso confirmada a
paternidade. Defiro as provas requeridas na pelas partes, in casu: depoimento pessoal das partes e oitiva
de testemunhas. 3. A distribuição do ônus da prova seguirá a regra geral insculpida no artigo 373, incisos I
e II, do CPC. 4. São questões de direito relevantes: artigo 227, § 6º da CF, artigos 2º-A § único e 7º da Lei
nº 8.560/92 e Súmula nº 301 do STJ. 5. Designo o dia 11/06/2019 às 09h para audiência de instrução e
julgamento. Intime-se a Representante Legal do menor pessoalmente. 6. O autor deverá apresentar, no
prazo de 10 (dez) dias úteis, o rol de testemunhas, estas que deverão ser no máximo de 03 (três), (a
identificação das testemunhas deverá conter, sempre que possível: nome, profissão, estado civil, idade,
número de CPF, número de identidade e endereço completo da residência e do local de trabalho), sob a
pena de preclusão (§ 4º do art. 357 do CPC). 7. Em se tratando de testemunha arrolada pela Defensoria
Pública ou por advogado que patrocina a causa em função do convênio da assistência judiciária, expeça-
se mandado para intimação das respectivas testemunhas (exceto se houver compromisso de
apresentação em audiência independentemente de intimação). 8. Cientifique-se a RMP e a DP. Servirá o
presente, por cópia digitada, como MANDADO DE INTIMAÇÃO da(s) parte(s). Cumpra-se na forma e sob
as penas da lei. (Provimento nº 011/2009 - CJRMB). Belém, 14 de fevereiro de 2019. ROSANA LÚCIA DE
CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO: 00407141520178140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS
BASTOS Ação: Divórcio Litigioso em: 21/02/2019 AUTOR:H. S. M. Representante(s): OAB 11111 -
DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) REU:L. S. S. M. . R. hoje. Dê-se vista dos
autos ao MP. Após, conclusos. Int. Belém, 12 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS
BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO: 00412821620088140301 PROCESSO ANTIGO:
200811115515 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS
BASTOS Ação: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 21/02/2019 REQUERENTE:J. S. M.
Representante(s): OAB 19376 - ELIANA DO CARMO SILVA PINHO (ADVOGADO) STEPHAN
FERNANDES HOUAT (ADVOGADO) AUTOR:A. J. M. C. REU:A. J. C. . R. hoje. Defiro, em parte, o pedido
de fl. 62, determino que seja realizada consulta no sistema SIEL/TRE/PA, a fim de obter o endereço do
requerido. Após, voltem os autos conclusos. Int. Belém, 13 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE
CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO: 00416067120008140301 PROCESSO
ANTIGO: 200010149024 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): WILTON BRIAN NEVES
DE ALMEIDA Ação: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 21/02/2019 REU:JAYME MENEZES DA
SILVA DE LIMA Representante(s): OAB 18275 - RODRIGO DE FIGUEIREDO BRANDAO (ADVOGADO)
OAB 23416 - FERNANDA DA COSTA SILVA CUNHA (ADVOGADO) AUTOR:ANA DO SOCORRO
PASSINHO DE LIMA Representante(s): LIGIA NEVES DEF. PUBLICA (ADVOGADO) . ATO
ORDINATÓRIO Fica(m) a(s) parte interessada(s) intimado(a.s) de que os autos foram devolvidos do
Arquivo Geral e encontram-se em Secretaria. Belém (PA), 21 de fevereiro de 2019. THAYANNE VIANNA
DA SILVA BORGES Diretora de Secretaria da 5ª Vara de família PROCESSO: 00418892020128140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE
CANELAS BASTOS Ação: Homologação de Transação Extrajudicial em: 21/02/2019 AUTOR:M. A. C. M.
AUTOR:M. G. S. M. REPRESENTANTE:M. C. N. S. Representante(s): OAB 3956 - MARIA DE NAZARE
RUSSO RAMOS (DEFENSOR) . I. RELATÓRIO Cuidam os presentes autos de pedido de EXECUÇÃO DE
ALIMENTOS proposta por M. G. D. S. M., menor, representado por sua genitora M. C. N. D. S. em
desfavor de M. A. C. M., ambos devidamente qualificados nos autos, com fundamento no artigo 528 do
CPC. Após ter sido decretada a prisão civil do executado, ele apresentou comprovantes de pagamento.
Intimado a se manifestar, o exequente, por intermédio de sua Defensora, informou que o executado está
quite com a obrigação (fl. 44). II. FUNDAMENTAÇÃO O artigo 924 do Novo Código de Processo Civil
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
determina: Art. 924. Extingue-se a execução quando: II - a obrigação for satisfeita; III. DISPOSITIVO Isto
posto, com fulcro no art. 924, inciso II do Código de Processo Civil, julgo extinto o processo, pela
satisfação da obrigação. Sem custas e honorários advocatícios. Defiro o pedido de expedição de ofício à
fonte pagadora do alimentante para que proceda ao desconto do valor fixado a título de alimentos, 24%
(vinte e quatro por cento) do salário mínimo a serem depositados na conta bancaria da Representante
Legal do menor. Ciência ao MP e DP. Transitada em julgado, arquive-se com as cautelas legais, dando-se
baixa no registro. P. R. I. Belém, 14 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza
de Direito - em exercício PROCESSO: 00426256220178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 21/02/2019 AUTOR:S. M. B. Representante(s): OAB 4676 - LUIZ
PAULO DE ALBUQUERQUE FRANCO (DEFENSOR) REU:E. P. B. REU:E. P. B. REPRESENTANTE:R.
N. P. Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) . R.
hoje. Ante o acordo homologado à fl. 29, indefiro o pedido de fls. 30/31. Ciência à DP. Após, arquive-se.
Int. Belém, 18 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em
exercício PROCESSO: 00429824220178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 21/02/2019 AUTOR:A. F. F. Representante(s): OAB 6976 -
CARLOS JOSE DE AMORIM PINTO (ADVOGADO) REPRESENTANTE:G. S. R. REU:S. K. R. F. . R.
hoje. Dê-se vista dos autos ao MP. Após, conclusos. Int. Belém, 15 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA
DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO: 00450567920118140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): WILTON BRIAN NEVES
DE ALMEIDA Ação: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 21/02/2019 AUTOR:W. C. F.
REPRESENTANTE:D. C. Representante(s): OAB 16285-B - FRANCISCO JOSE PINHO VIEIRA
(DEFENSOR) REU:W. C. F. F. . Í ATO ORDINATÓRIO A Diretora de Secretaria intima a parte autora, na
pessoa de seu (sua) Advogado(a), nos termos do art. 1º, §2º, inciso I do Provimento nº 006/2006 -
CJRMB, para, no prazo de 05 (cinco) dias, manifestar-se sobre a certidão que acompanha o mandado de
intimação juntado aos autos, afim de darmos prosseguimento ao presente feito. Belém, 21 de fevereiro de
2019. THAYANNE VIANNA DA SILVA BORGES Diretora de Secretaria da 5ª Vara de Família da Comarca
da Capital PROCESSO: 00472833720148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Averiguação de Paternidade em: 21/02/2019 AUTOR:A. J. P. A. REPRESENTANTE:M. F. P. A.
Representante(s): OAB 12129-B - ETELVINO QUINTINO MIRANDA DE AZEVEDO (DEFENSOR) REU:A.
R. B. Representante(s): ROSINEI RODRIGUES DA SILVA CASTRO (DEFENSOR) . R. hoje. 1. Verifico
que os autos vieram conclusos desnecessariamente, tendo em vista que não foi cumprido integralmente o
despacho de fl. 113, razão pela qual devolvo-os à Secretaria para que faça remessa ao MP como fora
determinado. Int. Belém, 14 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de
Direito - em exercício PROCESSO: 00483665920128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Execução de Alimentos em: 21/02/2019 EXEQUENTE:C. M. F. P. EXEQUENTE:C. E. M. F. P.
REPRESENTANTE:A. M. C. M. Representante(s): OAB 3645 - MARILENE BARBOSA SANTANA
DAMASCENO (DEFENSOR) EXECUTADO:C. E. F. P. . R. hoje. Intimem-se as exequentes, na pessoa da
Defensora que as assiste, para, no prazo de 10 (dez) dias, apresentar planilha atualizada do débito. Após,
voltem os autos, imediatamente, conclusos para deliberação acerca do pedido de fls. 37/38. Int. Belém, 19
de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício
PROCESSO: 00483743620128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Divórcio Consensual em: 21/02/2019 AUTOR:J. A. S. M. Representante(s): OAB 4833 - KATIA HELENA
COSTEIRA GOMES (DEFENSOR) AUTOR:A. V. S. Representante(s): LUIZ PAULO DE ALBUQUERQUE
FRANCO (DEFENSOR) . R. hoje. Dê-se vista dos autos ao MP. Após, conclusos. Int. Belém, 20 de
fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO:
00513429720168140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação: Regularização de Registro Civil em: 21/02/2019
AUTOR:LIGIA MARIA DA SILVA ESTUMANO Representante(s): OAB 3537 - RAIMUNDO ELIAS DE
SOUZA MENDES (DEFENSOR) . R. hoje. Dê-se vista dos autos ao MP. Após, conclusos. Int. Belém, 14
de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício
PROCESSO: 00538172920008140301 PROCESSO ANTIGO: 200010295821
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Divórcio Litigioso em: 21/02/2019 REQUERIDO:LILIAN DE NAZARE MENDONCA DE ALMEIDA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Representante(s): OAB 9192 - ODALY MATOS VALE (ADVOGADO) ISIS KRISHINA SADECK RABELO
(ADVOGADO) AUTOR:NELIO CEZAR GUIMARAES DE ALMEIDA Representante(s): IEDA MARIA
GOMES DOS SANTOS (ADVOGADO) TERCEIRO:DANIEL MENDONCA DE ALMEIDA Representante(s):
OAB 26691 - THAIS TORRES MONTEIRO (ADVOGADO) . R. hoje. 1. Defiro o pedido de expedição de
ofício à fonte pagadora do alimentante para que os alimentos devidos a D. M. D. A. sejam depositados
diretamente em sua conta bancaria, vez que já atingiu a maioridade. Após, retornem os autos ao arquivo.
Int. Belém, 15 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em
exercício PROCESSO: 00563502620148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Divórcio Litigioso em: 21/02/2019 AUTOR:R. V. P. Representante(s): OAB 22823 - CATIANE DE SOUSA
TELES (ADVOGADO) REU:F. S. A. Representante(s): OAB 4534 - MARCELO MARINHO MEIRA
MATTOS (ADVOGADO) . DESPACHO - MANDADO R. hoje. 1. Designo o dia 11/06/2019 às 11h para
continuidade da audiência de instrução e julgamento. 2. Intimem-se as partes para comparecerem à
audiência acompanhadas de seus advogados e suas testemunhas. 3. Ciência ao Ministério Público.
Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.
(Provimento n.º 011/2009 - CJRMB). Belém, 19 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS
BASTOS Juíza de Direito, respondendo PROCESSO: 00587689720158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Averiguação de Paternidade em: 21/02/2019 REQUERENTE:V. S. S. Representante(s): OAB 20564 -
RUAN PATRICK TEIXEIRA DA COSTA (ADVOGADO) REQUERIDO:E. A. R. REQUERIDO:E. A. R.
REQUERIDO:E. A. R. REQUERIDO:E. A. R. REQUERIDO:E. A. R. . R. hoje. 1. Tendo em vista a certidão
de fl. 40 na qual o Oficial de Justiça informa que o requerido estava viajando, determino que seja renovada
a diligência de citação do mesmo. Belém, 19 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS
BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO: 00601855620138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Averiguação de Paternidade em: 21/02/2019 REQUERENTE:S. C. Representante(s): OAB 22448 -
NATANAEL BRUNO SANTOS NASCIMENTO (ADVOGADO) ENVOLVIDO:M. G. S. J. REQUERIDO:JOZE
DE SOUZA JOFRE HO Representante(s): OAB 10449 - JOSEANE ROCHA GODOY SANTANA
(DEFENSOR) REQUERIDO:A. R. M. M. Representante(s): OAB 16693 - JEFFERSON FRANK SILVEIRA
NASCIMENTO (ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO ) . R. hoje. Dê-se vista dos autos ao MP. Após, conclusos.
Int. Belém, 20 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em
exercício PROCESSO: 00625830520158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Execução de Alimentos em: 21/02/2019 REPRESENTANTE:E. K. O. S. Representante(s): OAB 10959 -
FABIO RANGEL PEREIRA DE SOUZA (DEFENSOR) OAB 25054 - MARCELO FARIAS GONÇALVES
NEGRÃO (ADVOGADO) EXECUTADO:F. R. G. P. Representante(s): OAB 4346 - ODOLDIRA
AUXILIADORA E. DE FIGUEIREDO (DEFENSOR) EXEQUENTE:K. F. S. P. EXEQUENTE:K. R. S. P. . R.
hoje. Intime-se a exequente, na pessoa de seu advogado, para, no prazo de 10 (dez) dias, apresentar
planilha atualizada do débito. Após, voltem os autos imediatamente conclusos para deliberação acerca dos
pedidos de fls. 106/107. Int. Belém, 13 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS
Juíza de Direito - em exercício PROCESSO: 00955925520158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Execução de Alimentos em: 21/02/2019 AUTOR:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA
PROMOTOR:MARIA DE NAZARE ABBADE PEREIRA EXEQUENTE:M. N. A. REPRESENTANTE:M. P.
N. EXECUTADO:S. S. A. . R. hoje. Dê-se vista dos autos ao MP. Após, conclusos. Int. Belém, 18 de
fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO:
01104490920158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação: Execução de Alimentos em: 21/02/2019 EXEQUENTE:E.
F. S. J. EXEQUENTE:G. S. S. REPRESENTANTE:G. B. S. Representante(s): OAB 16966 - ARIANE DE
NAZARE CUNHA AMORAS (ADVOGADO) REQUERIDO:E. F. S. Representante(s): OAB 3279 - ROSINEI
RODRIGUES DA SILVA CASTRO (DEFENSOR) . R. hoje. 1. Expeça-se alvará judicial para levantamento
dos valores bloqueados, conforme decisão de fl. 74-verso. 2. Após, voltem os autos conclusos para
deliberar acerca dos demais pedidos de fls. 83. Int. Belém, 18 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE
CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO: 01140681020168140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS
BASTOS Ação: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 21/02/2019 AUTOR:G. K. A. A.
REPRESENTANTE:S. C. B. A. Representante(s): OAB 11240 - PAULA CUNHA DA SILVA DENADAI
(DEFENSOR) REU:H. C. A. F. Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
PARA (DEFENSOR) . R. hoje. 1. Tendo em vista que foi nomeado um Defensor Público desta Comarca
para assistir a parte requerida, conforme se verifica pelo despacho de fl.66, item 3, a Secretaria deveria ter
encaminhado os autos à Defensoria Pública para apresentar alegações finais, pela parte requerida e após
vista ao MP conforme já havia sido determinado na parte final da deliberação de audiência (fl. 99-verso) e,
somente, após, feito conclusão dos autos. 2. Cumpridas as determinações supras os autos deverão vir
conclusos para sentença. Int. Belém, 14 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS
Juíza de Direito - em exercício PROCESSO: 01220706620168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Divórcio Consensual em: 21/02/2019 REQUERENTE:M. H. O. R. Representante(s): OAB 17325 - DJULI
BARBOSA SAMPAIO (ADVOGADO) OAB 17907 - ADRIANA INEZ ELUAN DA SILVA COSTA
(ADVOGADO) REQUERENTE:A. A. R. . DESPACHO - MANDADO R. hoje. 1. Intime-se o executado,
pessoalmente, para, em 15 (quinze) dias, efetuar o pagamento do débito exequendo, cujo montante é de
R$ 15.520,56 (quinze mil, quinhentos e vinte reais e cinquenta e seis centavos), conforme planilha que
conta nos autos (fl. 120), advertindo-o de que em caso de não cumprimento da obrigação, ao montante do
débito será acrescido multa de 10% (dez por cento), os honorários advocatícios abaixo arbitrados e
expedir-se-á mandado de penhora e avaliação, conforme estabelece o artigo 523 §§ 1º e 3º do CPC. 2.
Transcorrido o lapso temporal acima aludido sem a quitação do débito, inicia-se o prazo de 15 (quinze)
dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, ofereça impugnação
(artigo 525 do CPC). 3. Fixo honorários advocatícios no percentual de 10% (dez por cento) do valor da
execução, dos quais o executado ficará isento no caso do pagamento integral da dívida (Súmula 517 do
STJ). Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado de intimação. Cumpra-se na forma e sob as
penas da lei. (Provimento n. 011/2009 - CJRMB). Int. Belém, 14 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE
CANELAS BASTOS Juíza de Direito, respondendo PROCESSO: 01301147420168140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): THAYANNE VIANNA DA SILVA Ação:
Divórcio Consensual em: 21/02/2019 EXECUTADO:P. F. D. Representante(s): OAB 14073 - CARLA DO
SOCORRO RODRIGUES ALVES (ADVOGADO) REQUERENTE:E. C. C. D. Representante(s): OAB
10159 - ITA CAVALEIRO DE MACEDO MENDONCA (ADVOGADO) OAB 15550 - ALESSANDRA
ARAUJO TAVARES (ADVOGADO) EXEQUENTE:RENAN CORREA DA COSTA DUARTE
Representante(s): OAB 10159 - ITA CAVALEIRO DE MACEDO MENDONCA (ADVOGADO) OAB 15550 -
ALESSANDRA ARAUJO TAVARES (ADVOGADO) . ATO ORDINATÓRIO Em atendimento ao Princípio
Constitucional da Celeridade Processual, a Direção de Secretaria da 5ª Vara de Família da Capital intima
o RMP, em cumprimento aos arts. 178, II, do CPC, e 1ª, §2º, inciso X do Provimento nº 006/2006 -
CJRMB, para que se manifeste nos autos em vista a apresentação de acordo entabulado entre as partes
(fls. 145/147). Belém, 21 de fevereiro de 2019. Thayanne Vianna da Silva Borges Diretora de Secretaria da
5ª Vara de Família da Capital PROCESSO: 01351491520168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Homologação de Transação Extrajudicial em: 21/02/2019 AUTOR:L. C. A. P. AUTOR:C. M. C. B.
Representante(s): OAB 11077 - RODRIGO CERQUEIRA DE MIRANDA (DEFENSOR) . R. hoje. Dê-se
vista dos autos ao MP. Após, conclusos. Int. Belém, 18 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE
CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO: 01942585720168140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS
BASTOS Ação: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 21/02/2019 AUTOR:A. F. O.
REPRESENTANTE:D. R. F. Representante(s): OAB 15019 - DANILO COSTA MOREIRA (ADVOGADO)
REU:A. H. O. Representante(s): OAB 3279 - ROSINEI RODRIGUES DA SILVA CASTRO (DEFENSOR) .
Sentença I. RELATÓRIO Cuidam os presentes autos de pedido de EXECUÇÃO DE ALIMENTOS proposta
por A. F. O., menor, representada por sua genitora D. R. F. em desfavor de A. H. O., devidamente
qualificados nos autos, com fundamento no artigo 528 do CPC. Após ter sido devidamente intimado, o
executado apresentou justificativa, por intermédio da Defensoria Pública, juntando comprovantes de
pagamento. Intimada, a exequente não se manifestou. O Ministério Público requereu a extinção da
execução pelo adimplemento da obrigação. II. FUNDAMENTAÇÃO O artigo 924 do Novo Código de
Processo Civil determina: Art. 924. Extingue-se a execução quando: II - a obrigação for satisfeita; III.
DISPOSITIVO Isto posto, com fulcro no art. 924, inciso II do Código de Processo Civil, julgo extinto o
processo, pela satisfação da obrigação. Defiro a gratuidade da justiça ao executado. Sem custas e
honorários advocatícios. Ciência ao MP e DP. Transitada em julgado, arquive-se com as cautelas legais,
dando-se baixa no registro. P. R. I. Belém, 18 de fevereiro de 2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS
BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO: 03512643020168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Procedimento Comum em: 21/02/2019 AUTOR:J. S. L. Representante(s): OAB 4676 - LUIZ PAULO DE
688
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
LINDALVA PEREIRA DE OLIVEIRA PENELA (ADVOGADO) . Adoto como relatório o que consta dos
autos, considerando que o único pedido objeto pendente são os alimentos para o filho do casal. O direito
do menor à percepção da verba alimentar é inconteste em face do estado de filiação. A necessidade,
nesse caso, é presumida por ser menor e foi corroborada com os documentos dos autos e as provas
colhidas em audiência, e com base na possibilidade do alimentante que possui emprego fixo, julgo
procedente o pedido e, levando-se em consideração o trinômio necessidade x possibilidade x
proporcionalidade, fixo o valor dos alimentos no percentual de 30% (trinta por cento) dos vencimentos e
vantagens do requerido, excluídos apenas os descontos obrigatórios (imposto de renda e previdência
social) a ser descontado pela fonte pagadora e depositado em conta bancária em nome da representante
legal mais 50% do material escolar anual. Assim, JULGO EXTINTO O PRESENTE FEITO COM
RESOLUÇÃO DE MÉRITO, nos termos do artigo 487, I do CPC. Custas e honorários na forma da Lei nº
1.060/50. Publicada em audiência. Expeça-se oficio e mandado de averbação PROCESSO:
06076379720168140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação: Averiguação de Paternidade em: 21/02/2019 AUTOR:W.
T. V. D. REPRESENTANTE:A. R. V. D. Representante(s): OAB 14611-A - LIANDRO MOREIRA DA
CUNHA FARO (ADVOGADO) OAB 8513 - YUDICE RANDOL ANDRADE NASCIMENTO (ADVOGADO)
REQUERIDO:E. M. B. . R. hoje. 1. Tendo em vista que restou infrutífera a tentativa de citação dos
requeridos nos endereços informados, bem como não há nos autos dados que permitam realizar consulta
nos bancos de dados do TRE, INFOJUD e outros, defiro o pedido formulado à fl. 43 e determino a citação
do requerido por edital, com prazo de 20 (vinte) dias, advertindo-o do prazo de 15 (quinze) dias para
apresentar defesa, sob pena de se presumirem aceitos os fatos alegados pelo autor na inicial nos termos
do art. 335 e 344 do CPC. Devendo constar a advertência de que caso seja decretada sua revelia será
nomeado Curador Especial para promover sua defesa (art. 257, IV do CPC). Int. Belém, 13 de fevereiro de
2019. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO:
07336608820168140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação: Homologação de Transação Extrajudicial em: 21/02/2019
AUTOR:E. S. R. AUTOR:E. A. G. Representante(s): OAB 11240 - PAULA CUNHA DA SILVA DENADAI
(DEFENSOR) . DESPACHO-MANDADO R. hoje. I. Intime o executado, para, em 03 (três) dias, efetuar o
pagamento das 03 (três) últimas parcelas da pensão alimentícia em atraso, anteriores ao ajuizamento do
pedido de cumprimento de sentença, que compreende os meses de SETEMBRO a NOVEMBRO/2018,
cujo montante é de R$-613,20 (seiscentos e treze reais e vinte centavos), acrescido de honorários
advocatícios, abaixo fixados, e as demais parcelas que se vencerem ao longo da demanda, até a data de
seu efetivo pagamento, provar que já o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo, sob pena de ter
decretada sua prisão civil, além de serem adotadas outras providências a requerimento da parte (artigo
528, §§ 1º e 3º, do CPC). II. Intime-o, ainda, para, em 15 (quinze) dias, efetuar o pagamento do débito
exequendo, referente ao período de JANEIRO a AGOSTO/2018, cujo montante é de R$-1.235,20 (um mil
duzentos e trinta e cinco reais e vinte centavos), advertindo-o de que em caso de não cumprimento da
obrigação, ao montante do débito será acrescido multa e honorários advocatícios, sendo ambos de 10%
(dez por cento), e expedir-se-á mandado de penhora e avaliação, conforme estabelece o artigo 523, §§ 1º
e 3º, do CPC. III. Transcorrido o lapso temporal do item II sem a quitação do débito, inicia-se o prazo de 15
(quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, ofereça
impugnação (artigo 525 do CPC). IV. Fixo honorários advocatícios em 10% (dez por cento) do valor da
execução, dos quais o executado ficará isento no caso do pagamento integral da dívida (Súmula n º 517
do STJ). V. Oficie-se à fonte pagadora, qual seja, LOJA AVENIDA, conforme requerido às fls. 28/29, para
que proceda com o desconto na folha de pagamento do alimentante. Belém, 05 de fevereiro de 2019.
ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em exercício PROCESSO:
07516786020168140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
THAYANNE VIANNA DA SILVA Ação: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 21/02/2019
REQUERENTE:R. H. G. C. REPRESENTANTE:L. S. G. Representante(s): OAB 3279 - ROSINEI
RODRIGUES DA SILVA CASTRO (DEFENSOR) REQUERIDO:R. S. C. Representante(s): OAB 4676 -
LUIZ PAULO DE ALBUQUERQUE FRANCO (DEFENSOR) . ATO ORDINATÓRIO Em atendimento ao
Princípio Constitucional da Celeridade Processual, a Direção de Secretaria da 5ª Vara de Família da
Capital intima o RMP, em cumprimento aos arts. 178, II, do CPC, e 1ª, §2º, inciso X do Provimento nº
006/2006 - CJRMB, para que se manifeste nos autos em vista a não apresentação de justificativa e
impugnação pelo executado. Belém, 21 de fevereiro de 2019. Thayanne Vianna da Silva Borges Diretora
de Secretaria da 5ª Vara de Família da Capital PROCESSO: 07526953420168140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS
BASTOS Ação: Execução de Título Extrajudicial em: 21/02/2019 EXEQUENTE:R. S. C.
690
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
configurada. Neste sentido é a jurisprudência que ora transcrevo: ARGUIÇÃO DE SUSPEIÇÃO. AMIZADE
ÍNTIMA COM A PARTE. AUSÊNCIA DE PROVAS. CONVÍVIO DIÁRIO DECORRENTE DE RELAÇÃO
PROFISSIONAL, POR SI SÓ, NÃO CONFIGURA SUSPEIÇÃO. EXCEÇÃO REJEITADA. I - Em virtude de
implicar o afastamento do magistrado da presidência e da condução do processo por conta da
parcialidade, a suspeição deve estar amparada em conjunto probatório seguro e induvidoso, que contenha
fato grave e relevante, cujo ônus da prova compete ao excipiente, na forma do art. 146, caput, do
CPC/2015. II - O simples fato de a autora trabalhar como Policial Militar no mesmo fórum em que o
excepto exerce as suas funções não caracteriza, por si só, suspeição. O convívio diário decorrente de
relação profissional, sem qualquer comprovação da existência de amizade íntima, não se subsume a
qualquer das hipóteses elencadas no artigo 145 do CPC/2015. III - Exceção de Suspeição rejeitada.
(TJAM 06118069120168040015 AM 0611806-91.2016.8.04.0015, Relator: João de Jesus Abdala Simões,
Data de Julgamento: 22/08/2017, Câmaras Reunidas). EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO. AMIZADE ÍNTIMA
DO JUIZ E DA PARTE AUTORA NÃO COMPROVADA. CONTATO EM REDE SOCIAL. REJEIÇÃO. 1. No
feito em exame nenhuma das hipóteses legais de suspeição se opera em razão de a parte autora ter
contato em rede social com o julgador que preside a causa. 2. Amizade íntima não demonstrada. Rejeição
da exceção, que resta afastada na medida em que contato em rede social por si só não demonstra a
existência da relação interpessoal íntima alegada. 3. No caso em exame, trata-se de decisão recorrida
publicada até 17 de março de 2016. Assim, segundo os enunciados do Superior Tribunal de Justiça sobre
a aplicação do novel Código de Processo Civil, há a incidência da legislação anterior, de acordo o
entendimento uniformizador daquela Egrégia Corte que tem a competência para regular a forma de
aplicação da lei federal. 4. A interpretação precitada coaduna com os princípios conformadores da atual
legislação processual civil, que dizem respeito a não ocasionar prejuízo à parte ou gerar surpresa a esta
com a modificação do procedimento em relação aos atos já efetivados, consoante estabelece o art. 9o,
caput, e art. 10, ambos do novel Código Processo Civil. Rejeitada a exceção de suspeição. (TJRS, nº
70065758989 -nº CNJ: 261276-19.2015.8.21.7000 - Exceção de Suspeição, 5ª Câmara Cível, Relator
Jorge Luís Lopes do Canto, julgamento: 30/03/2016) EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO. IMPUTAÇÃO DE
PARCIALIDADE. AUSÊNCIA DE PROVA DE AMIZADE ÍNTIMA. INCIDENTE OPOSTO APÓS O
JULGAMENTO DO RECURSO SOBRE O QUAL É ALEGADA A EIVA. JURISDIÇÃO ESGOTADA. A
constatação de que o advogado do réu/apelante é "amigo" no facebook do excepto não ostenta o condão
de referendar a alegada suspeição. Indispensável que aportasse aos autos prova escorreita da incidência
do inciso I do art. 135 do Código de Processo Civil. Ademais, esgotada a jurisdição do excepto, haja vista
o fato de que a apelação cível na qual constaria a mácula de parcialidade já foi julgada. Atualmente, há o
Recurso Especial dela decorrente cujo exame da admissibilidade está pendente. EXCEÇÃO DE
SUSPEIÇÃO IMPROCEDENTE. (Exceção de Suspeição Nº 70056656226, Tribunal Pleno, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Guinther Spode, Julgado em 30/10/2013). Dessa forma, a Exceção de Suspeição é
totalmente infundada. Nos termos do §1º do artigo 146, NÃO RECONHEÇO por isso a suspeição, no que
determino que sejam os autos remetidos ao Egrégio TJ para o processamento do incidente.
DESENTRANHE E ENTREGUE A PETIÇÃO DE FLS. 15/21 AO ADVOGADO SIGNATÁRIO, POIS NÃO
HÁ LUGAR PARA A MANIFESTAÇÃO DA AUTORA NESTE INCIDENTE, FORTE NO ARTIGO 146 DO
CPC. Int. Belém, 22 de fevereiro de 2019. ROSANA LÚCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito - em
exercício (Portaria nº 2.695/2016-GP, publicada no DJ do dia 08/06/2016) PROCESSO:
00047549520178140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
THAYANNE VIANNA DA SILVA Ação: Procedimento Comum em: 22/02/2019 AUTOR:M. S. S. A.
Representante(s): OAB 7448 - MANOEL DE JESUS SILVA FILHO (ADVOGADO) REQUERIDO:B. H. J. A.
S. Representante(s): OAB 14357 - LUIZ ALBERTO BARRETO NEPOMUCENO (ADVOGADO)
REQUERIDO:P. C. A. S. Representante(s): OAB 19830-B - ELIANA QUEIROZ DA SILVA (ADVOGADO)
REQUERIDO:A. A. M. S. Representante(s): OAB 8726 - PAULO SERGIO DE LIMA PINHEIRO
(ADVOGADO) OAB 12815 - RAPHAEL AUGUSTO CORREA (ADVOGADO) . ATO ORDINATÓRIO A
Diretora de Secretaria nos termos do art. 1º, §2º, inciso XI do Provimento nº 006/2006 - CJRMB, intima a
patrona do patrono do Executado A.A.M.S a recolher as custas judiciais constantes no boleto constante
dos autos. Belém, 22 de fevereiro de 2019. THAYANNE VIANNA DA SILVA BORGES Diretora de
Secretaria da 5ª Vara de Família da Capital PROCESSO: 00114537320158140301 PROCESSO ANTIGO:
---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): THAYANNE VIANNA DA SILVA Ação:
Execução de Alimentos em: 22/02/2019 EXEQUENTE:V. C. P. D. EXECUTADO:V. C. F. D.
REPRESENTANTE:D. C. P. Representante(s): OAB 4807 - ALCIDES ALEXANDRE FERREIRA DA SILVA
(DEFENSOR) . ATO ORDINATÓRIO A Diretora de Secretaria intima a parte autora, na pessoa de seu
(sua) Advogado(a), nos termos do art. 1º, §2º, inciso I do Provimento nº 006/2006 - CJRMB, para, no prazo
de 05 (cinco) dias, manifestar-se sobre a certidão que acompanha o mandado de penhora juntado aos
692
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
autos, afim de darmos prosseguimento ao presente feito. Belém, 22 de fevereiro de 2016. THAYANNE
VIANNA DA SILVA BORGES Diretora de Secretaria da 5ª Vara de Família da Comarca da Capital
PROCESSO: 00163877420158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): THAYANNE VIANNA DA SILVA Ação: Execução
de Alimentos em: 22/02/2019 REPRESENTANTE:C. S. M. S. Representante(s): OAB 14946 - ARTHUR
LAERCIO HOMCI DA COSTA SILVA (ADVOGADO) EXEQUENTE:R. C. M. S. EXECUTADO:B. D. C. .
ATO ORDINATÓRIO A Diretora de Secretaria intima a parte autora, na pessoa de seu (sua) Advogado(a),
nos termos do art. 1º, §2º, inciso I do Provimento nº 006/2006 - CJRMB, para, no prazo de 05 (cinco) dias,
manifestar-se sobre a certidão que acompanha o mandado de penhora juntado aos autos, afim de darmos
prosseguimento ao presente feito. Belém, 22 de fevereiro de 2016. THAYANNE VIANNA DA SILVA
BORGES Diretora de Secretaria da 5ª Vara de Família da Comarca da Capital PROCESSO:
00187298720178140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
WILTON BRIAN NEVES DE ALMEIDA Ação: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em: 22/02/2019
AUTOR:M. E. R. S. REPRESENTANTE:F. A. R. Representante(s): OAB 3197 - ADIENE MARTINS
CAVALCANTE BRABO (ADVOGADO) REU:A. S. S. Representante(s): OAB 13106 - STENIO RAYOL
ELOY (ADVOGADO) . Í ATO ORDINATÓRIO A Diretora de Secretaria intima a parte autora, na pessoa de
seu (sua) Advogado(a), nos termos do art. 1º, §2º, inciso I do Provimento nº 006/2006 - CJRMB, para, no
prazo de 05 (cinco) dias, manifestar-se sobre a certidão que acompanha o mandado de prisão juntado aos
autos, afim de darmos prosseguimento ao presente feito. Belém, 22 de fevereiro de 2019. THAYANNE
VIANNA DA SILVA BORGES Diretora de Secretaria da 5ª Vara de Família da Comarca da Capital
PROCESSO: 02792747620168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Ação:
Divórcio Litigioso em: 22/02/2019 REQUERENTE:C. B. M. P. Representante(s): OAB 14973 - LIVIA
BURLE DA MOTA (ADVOGADO) OAB 20131 - CAIO CESAR DIAS SANTOS (ADVOGADO) OAB 10604 -
KELLY CRISTINA GARCIA SALGADO TEIXEIRA (ADVOGADO) REQUERIDO:M. B. P. Representante(s):
OAB 10367 - ANDRE BECKMANN DE CASTRO MENEZES (ADVOGADO) OAB 14423 - ROMULO
RAPOSO SILVA (ADVOGADO) OAB 23344 - DIEGO MAUES DA COSTA DO VALE (ADVOGADO) . R.
hoje. I. Com fundamento no artigo 313, III, do CPC, suspendo o processo em virtude da arguição de
SUSPEIÇÃO formulada pelo requerido, ficando, por consequência, prejudicada a realização da audiência
de instrução e julgamento designada para o próximo dia 25/02. II. Acautelem-se os autos em Secretaria,
aguardando pela informação do (a) Relator (a) quanto aos efeitos em que será recebido o incidente,
visando à continuidade da tramitação. Int. Belém, 22 de fevereiro de 2019. ROSANA LÚCIA DE CANELAS
BASTOS Juíza de Direito - em exercício (Portaria nº 2.695/2016-GP, publicada no DJ do dia 08/06/2016)
REQUERIDO Nome: D. D. S. R.R. hoje.I. Processe o feito em segredo de justiça (art. 189, II, do
CPC).II.Verifico que a requerente postulou, por meio de seu advogado, a concessão dos benefícios da
gratuidade da justiça, contudo sem que tenha juntado aos autos a respectiva declaração de
hipossuficiência econômica.Ocorre que seria necessário que constasse da procuração cláusula específica
dando poderes ao advogado para assinar a referida declaração, o que não ocorreu.Assim, determino a
intimação da requerente para, em 15 (quinze) dias, emendar a inicial, a fim de juntar aos autos o
instrumento de procuração com poderes específicos ou, então, a declaração de hipossuficiência por ela
assinada, sob pena de indeferimento do pedido (artigos 105 e 321 do CPC). III. Uma vez intimada e
decorrido o referido prazo, com ou sem manifestação, voltem-me conclusos os autos. Belém, 20 de
fevereiro de 2019. ROSANA LÚCIA DE CANELAS BASTOSJuíza de Direito ? em exercício(Portaria nº
2.695/2016-GP, publicada no DJ do dia 08/06/2016)
(69)Requerente: SAMUEL HENRIQUE LOPES DIAS, menor impúbere, representado por sua
genitora,HELEN RAFAELA PARAENSE LOPES Requerido: LUIZ FELIPE CASTRO DIASDECISÃO -
MANDADOR. hoje.I. Concedo ao requerente os benefícios da gratuidade da justiça (artigo 98 do CPC).II.
Processe o feito em segredo de justiça (artigo 189, II, do CPC).III. Em virtude da relação de parentesco
existente entre as partes, comprovada pela certidão de nascimento (ID 8455283), e que o dever de
sustento da prole incumbe a ambos os pais (artigo 1.566 do Código Civil), entendo, por justo e razoável,
considerando o trinômio necessidade x possibilidade x proporcionalidade e os elementos de prova que ora
se apresentam, em arbitrar os alimentos provisórios em 30% (trinta por cento) do salário mínimo, cujo
valor deverá ser depositado,até o dia 10 (dez) de cada mês subsequente ao vencido, na conta bancária
indicada na inicial.IV. Designo audiência de conciliação, instrução e julgamento para o dia1º/08/2019 às
9h30min.V. Cite/intime o réu,na forma do § 2º do artigo 5º da Lei nº 5.478/68, e intime o requerente,na
pessoa de sua representante legal e pelo presente mandado, para se fazerem presentes à audiência,
acompanhados de seus advogados e testemunhas, estas que deverão comparecer independentemente de
prévio depósito de rol e intimação, importando a ausência da representante legal do requerente em
extinção da ação e arquivamento do processo, e do réu em revelia e confissão quanto à matéria de fato.VI.
Não havendo conciliação na audiência, poderá o réu contestar a presente ação, desde que o faça por
intermédio de advogado, passando-se em seguida à oitiva das testemunhas e à prolação da sentença.VII.
Intime, ainda, o Ministério Público.VIII. Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se
na forma e sob as penas da lei (Provimentos nº 003 e 011/2009 ? CJRMB).Belém, 19 de fevereiro de 2019
ROSANA LÚCIA DE CANELAS BASTOSJuíza de Direito ? em exercício(Portaria nº 2.695/2016-GP,
publicada no DJ do dia 08/06/2016)
forma e sob as penas da lei. (Provimentos nº 003 e 011/2009 ? CJRMB). Belém, 19 de fevereiro de 2019.
ROSANA LÚCIA DE CANELAS BASTOSJuíza de Direito ? em exercício(Portaria nº 2.695/2016-GP,
publicada no DJ do dia 08/06/2016)
valor por eles atribuído à causa,in casu, R$-28.620,00 (vinte e oito mil seiscentos e vinte reais), sob pena
de cancelamento da distribuição (artigo 290 do CPC).Uma vez intimados, decorrido o prazo legal e
cumprida a referida determinação, dê-se vista dos autos ao Ministério Público, caso contrário, voltem-me,
novamente, conclusos. Belém, 18 de fevereiro de 2019. ROSANA LÚCIA DE CANELAS BASTOSJuíza de
Direito ? em exercício(Portaria nº 2.695/2016-GP, publicada no DJ do dia 08/06/2016)
apresentam,em fixar os alimentos provisórios pleiteados na ordem de 30% (trinta por cento) do vencimento
e demais vantagens auferidos pelo requerido, excluídos, apenas, os descontos obrigatórios (imposto de
renda e contribuição previdenciária), devendo ser oficiado à fonte pagadora para proceder à inclusão do
respectivo desconto em folha de pagamento,cujo valor deverá ser depositado, até o dia 10 (dez) de cada
mês subsequente ao vencido, na conta bancária indicada na inicial.VI. Designo audiência de conciliação
para o dia1º/08/2019 às 11h, devendo o requerido ser citado/intimado,pessoalmente e pelo presente
mandado, e a 1ª requerente intimada,pessoalmente e presente mandado,para se fazerem presentes à
audiência, acompanhados de seus advogados ou defensores públicos (artigo 334, caput, do CPC). Caso
não haja acordo, daquela audiência correrá o prazo de 15 (quinze) dias para o requerido apresentar
defesa, sob pena de ser decretada sua revelia e se presumirem verdadeiras as alegações de fato
formuladas pelos requerentes (artigos 335, I e 344 do CPC). Ficando, desde logo, as partes advertidas de
que, o não comparecimento injustificado à audiência é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e
será sancionado com multa de até 2% (dois por cento) da vantagem econômica pretendida ou do valor da
causa (artigo 334 § 8º do CPC).VII. Caso o requerido informe não ter interesse pela conciliação,devea
Secretaria retirar, imediatamente, a audiência da pauta, aguardando o prazo para oferecimento de
contestação e, somente após, retornar os autos conclusos.VIII.Atente a Secretaria que o mandado de
citação conterá apenas os dados necessários à audiência e deverá estar desacompanhado de cópia da
petição inicial, assegurado ao requerido o direito de examinar seu conteúdo a qualquer tempo, nos termos
dos artigos 693 e 695, § 1o, do CPC.IX. Intimem, ainda, a Defensoria Pública e o Ministério Público.X.
Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei.
(Provimentos nº 003 e 011/2009 ? CJRMB). Belém, 20 de fevereiro de 2019. ROSANA LÚCIA DE
CANELAS BASTOSJuíza de Direito ? em exercício(Portaria nº 2.695/2016-GP, publicada no DJ do dia
08/06/2016)
autor alegou que o imóvel adquirido na constância do casamento, ainda está pendente de regularização, o
que impede a partilha do referido bem, uma vez que que não foi cumprida a determinação do art. 1.227 do
Código Civil. Merece destaque, ainda, o impacto da modificação do texto constitucional na seara do direito
aos alimentos, vez que a pretensão alimentar do cônjuge não poderá se fundar na conduta desonrosa do
outro consorte ou em qualquer ato culposo que implique violação dos deveres conjugais, conforme
preceituam os arts. 1.702 e 1.704 do Código Civil Brasileiro. Pois, se não mais subsiste, diante da nova
norma constitucional, a aferição do elemento subjetivo da culpa, o pedido de pensão alimentícia deve ser
pautado simplesmente no binômio necessidade (credor) e possibilidade econômica (devedor). A
jurisprudência também se manifestado nesse sentido: Apelação Cível. Ação de Divórcio Direto
Consensual. Prova colhida perante central de conciliação. Contagem do lapso de separação de fato.
Emenda Constitucional nº 66/2010. Aplicação imediata e eficácia plena. Ausência superveniente de
interesse recursal. Recurso não conhecido. A Emenda Constitucional nº 66/2010 é norma de eficácia
plena e de aplicabilidade direta, imediata e integral, que regulamenta, inclusive, os processos em curso,
como `in casu". Diante do fato de que a prova questionada se prestaria única e exclusivamente à aferição
do lapso entre a separação de fato e o pedido de divórcio direto, com o advento da nova norma
constitucional, pela qual o divórcio passou a independer de restrição temporal ou causal, tornando-se o
simples exercício de um direito potestativo das partes, a controvérsia resta esvaziada de interesse
recursal. (...) (TJMG, AC nº 0616652-46.2009.8.13.0210, 8ª Câmara Cível, Rel. Des. Vieira de Brito, j. em
21/10/2010). A nova redação do §6º do art. 226 da Constituição Federal reforçou o entendimento do
princípio de que ninguém está obrigado a permanecer casado a outro, se esta não for a sua vontade,
como já vinha determinado no art. 5º, XX da própria Constituição. Assim se criou a figura do divórcio
potestativo, onde para que haja o fim da sociedade conjugal, basta haver o pedido de um dos cônjuges,
perante a autoridade judiciária, mediante a propositura da competente ação de divórcio, sem a
necessidade do preenchimento de qualquer condição ou prazo para sua propositura. Dessa forma, mesmo
que o outro cônjuge não concorde com a dissolução do casamento, o divórcio não poderá ser obstado.
Tem-se ainda que, com a nova redação dada ao §6º do art. 226 da Constituição Federal pela Emenda
Constitucional 66/2010, as normas infraconstitucionais que impunham qualquer tipo de restrição ao
deferimento do pedido de divórcio, não foram recepcionadas, bastando, como já mencionado, a vontade
do interessado. A natureza jurídica do divórcio é a de declaração unilateral de vontade, cujos os seus
requisitos e validade são exclusivamente os necessários a qualquer outro ato jurídico, como exemplo
temos a opinião e a posição eventualmente adotada pelo outro cônjuge. Por outras palavras, o pedido de
divórcio não comporta sequer contestação, sobre a dissolução do vínculo conjugal considerado em si
mesmo. Nesse sentido: APELAÇÃO CÍVEL. DIVÓRCIO LITIGIOSO. DIREITO POTESTATIVO.
DESNECESSIDADE DE ATRIBUIÇÃO DE CULPA A UM DOS CÔNJUGES OU LAPSO TEMPORAL. EC
Nº 66/2010. SENDO O DIVÓRCIO DIREITO POTESTATIVO, ESTÁ CONDICIONADO APENAS E TÃO-
SOMENTE AO PEDIDO DE UMA DAS PARTES, NÃO HAVENDO FALAR-SE EM NECESSIDADE DE
VERIFICAÇÃO DE CULPA OU LAPSO TEMPORAL PARA SUA DECRETAÇÃO, APÓS A
PROMULGAÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 66/2010, A QUAL MODIFICOU A REDAÇÃO DO
ART. 226, § 6º DA CF/88. (TJ-DF - APC: 20110111726092 DF 0043413-11.2011.8.07.0001, Relator:
CARMELITA BRASIL, Data de Julgamento: 26/06/2013, 2ª Turma Cível.) Dessa forma, como nos
presentes autos a discussão resta em torno somente sobre a questão do divórcio, não há que se
demandar maiores necessidades de produção de prova quanto a este ponto. Assim, no presente caso, em
face da nova lei do divórcio, é dispensável a produção de prova testemunhal, não havendo mais nenhum
empecilho legal, para que os suplicantes se divorciem, nem a necessidade de realização de audiência
para a oitiva de testemunhas, uma vez que o processo já está devidamente instruído. Consoante se
observam dos artigos 37 da lei do divórcio e do 330 do CPC, confira-se: Art 37 - O juiz conhecerá
diretamente do pedido, quando não houver contestação ou necessidade de produzir prova em audiência, e
proferirá sentença dentro em 10 (dez) dias. Nesse sentido, colaciona-se o seguinte julgado: Ementa:
CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRENCIA. DIVÓRCIO DIRETO. JULGAMENTO ANTECIPADO DA
LIDE. POSSIBILIDADE. MATÉRIA EXCLUSIVAMENTE DE DIREITO. PRELIMINAR REJEITADA.
DIVÓRCIO. DIRETO. ADMISSIBILIDADE. LAPSO TEMPORAL, ADEMAIS, QUE É O ÚNICO REQUISITO
EXIGIDO PARA A DECRETAÇÃO DO DIVÓRCIO. APLICAÇÃO DO ART. 226, § 6o, DA CR. E 1.580, § 2º
DO CC/02. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. (TJSP - APL: 990101207362 SP, Relator:
Vito Guglielmi, Data de Julgamento: 06/05/2010, 6ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação:
18/05/2010). 3- Do Nome da divorcianda A divorcianda permanecerá usando o nome de casada ante o
direito de alteração do nome ser um direito personalíssimo. 4- Dos Alimentos para a divorcianda As fls. 19,
o juízo deferiu a oferta de alimentos feita pelo autor a requerida, pelo prazo de 06 (meses) já tendo se
passado tal prazo, sem oposição ou outros requerimentos da mesma, uma vez que é revel nos autos.5-DA
703
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
residual das Varas Cíveis, não obstante o bem seja fruto de partilha efetivada em ação de dissolução de
união estável.- Uma vez homologado o acordo de dissolução da união estável perante o juiz de família,
com trânsito em julgado, encerra-se a prestação jurisdicional respectiva, o que afasta a possibilidade de
conexão entre as causas, nos termos da Súmula nº 235 do STJ.- Competência do juiz
suscitante.(ACTJMG00604569320118130000 14.04.2011, DJ 02.05.2012). Nesse sentido ainda: Resp.
25419/SP, STJ. Min. NANCY ANDRIGH cessada a comunhão universal pela separação judicial pode o
patrimônio comum subsistir sob a forma de condomínio se não for ultimada a partilha. No mesmo sentido
TJDF Ac. 20040810026658APC, Rel. NIVIO GERALDO GONÇALVES, 1ª. T. Cív. Julg.03.10.2005, DJ
24.11.2005. Portanto, com a decretação do divórcio, é constituído condomínio entre as partes, exaurida
está a jurisdição da Vara de Família, restando caracterizado que a competência para processar e julgar a
ação é do Juízo da Vara Cível, devendo a partilha ser feita mediante AÇÃO PRÓPRIA. Nesse sentido são
as recentes decisões do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e da Bahia, respectivamente: Ementa:
APELAÇÃO CÍVEL. DIVÓRCIO. PARTILHA DE BENS. VIA PRÓPRIA. AUSÊNCIA DE CONTESTAÇÃO.
ART. 1581 DO CÓDIGO CIVIL. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DO DIVÓRCIO. IMPROCEDÊNCIA
COM RELAÇÃO A PARTILHA. 1. Sentença de procedência com relação ao divórcio. 2. Partilha de bens,
que deve ser ajuizada em demanda própria. SENTENÇA MANTIDA. PRECEDENTE JURISPRUDENCIAL.
NEGATIVA DE PROVIMENTO AO RECURSO. (TJ-RJ - APL: 00514059020128190021 RJ 0051405-
90.2012.8.19.0021, Relator: DES. MÔNICA DE FARIA SARDAS, Data de Julgamento: 22/08/2013,
VIGÉSIMA PRIMEIRA CAMARA CIVEL, Data de Publicação: 26/03/2014 20:03) Ementa: SEPARAÇÃO
JUDICIAL. CONVERSÃO EM DIVÓRCIO. DESNECESSIDADE DE PRÉVIA PARTILHA DOS BENS DO
CASAL E CONSENSO QUANTO AOS ALIMENTOS. ART. 1581 DO CÓDIGO CIVIL. SÚMULA 197 DO
EG.STJ. O divórcio é o ato judicial que tem como finalidade a dissolução da sociedade conjugal. Com o
advento da Emenda Constitucional nº 66/2010, suprimiu-se o requisito de prévia separação judicial por
mais de 1 (um) ano ou de comprovada separação de fato por mais de 2 (dois) anos. A redução do texto
constitucional tem o condão de possibilitar que o casamento civil se dissolva imediatamente após a sua
celebração se assim desejarem os contraentes, facilitando sobremaneira a concretização, no mundo
jurídico, da vontade dos cônjuges em deixar de sêlo. O único requisito para o divórcio se restringe à
iniciativa de uma das partes em dissolver a sociedade conjugal. O divórcio é um direito potestativo, não
mais existindo qualquer requisito objetivo ou subjetivo para a sua concessão, salvo o estado civil de
casado e a vontade de um dos cônjuges de se separar. In casu, ressalte-se que, conquanto não mais se
exija o lapso temporal, este efetivamente ocorreu porquanto as partes estão separadas judicialmente
desde 2005. Infere-se que as razões recursais aludem ao inconformismo da autora sobre a partilha de
bens do casal e o pensionamento de um dos filhos, argumentos que não merecem prosperar. A partilha
não constitui óbice à decretação do divórcio ante a expressa disposição do art. 1581 do Código Civil1. A
Súmula 197 do Eg. STJ é de idêntico teor. Ressalte-se que, a partilha posterior ao divórcio há que ser
intentada em via própria consoante disposto no art. 1121, § 1º do Código de Processo Civil. Demais, é
certo que o fim da relação conjugal não altera os direitos e deveres dos pais em relação à sua prole e, na
hipótese, o direito de alimentos à filha está resguardado, devendo ser objeto de ação própria. RECURSO
A QUE SE NEGA SEGUIMENTO. ART. 557 DO CPC. (TJ-RJ - APL: 1707873120128190004 RJ 0170787-
31.2012.8.19.0004, Relator: DES. ROBERTO DE ABREU E SILVA, Data de Julgamento: 18/12/2013,
NONA CAMARA CIVEL, Data de Publicação: 07/04/2014 11:10) Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIVÓRCIO
DIRETO. PARTILHA DE BENS. INEXISTÊNCIA DE ACORDO ENTRE AS PARTES. IMPÕE-SE A
DISCUSSÃO EM SEDE DE AÇÃO PRÓPRIA. PARTILHA DOS BENS QUE NÃO É REQUISITO PARA
DECRETAÇÃO DO DIVÓRCIO, CONFORME PREVISTO NO ART. 1581, DO CÓDIGO CIVIL.
PRECEDENTES DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA. REFORMA DA SENTENÇA PARA, MANTIDA A
DECRETAÇÃO DO DIVÓRCIO NOS TERMOS DA SENTENÇA DE 1º GRAU, DETERMINAR QUE A
PARTILHA DOS BENS SEJA REALIZADA EM VIA PRÓPRIA. PARCIAL PROVIMENTO DO RECURSO
DE APELAÇÃO, NA FORMA DO ARTIGO 557, § 1º-A, DO CPC. (TJ-RJ - APL: 00195133620118190204
RJ 0019513- 36.2011.8.19.0204, Relator: DES. GUARACI DE CAMPOS VIANNA, Data de Julgamento:
10/02/2014, DÉCIMA NONA CAMARA CIVEL, Data de Publicação: 14/02/2014 00:00) Ementa:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE SEPARAÇÃO JUDICIAL LITIGIOSA CONVERTIDA EM DIVÓRCIO
DIRETO SEM PARTILHA DE BENS. AUSÊNCIA DE CONCORDÂNCIA EXPRESSA DO DIVORCIANDO.
POSSIBILIDADE DA PROVIDENCIA EM MOMENTO POSTERIOR. ART. 1581 DO CÓDIGO CIVIL E
SUMULA 197 DO STJ. ORIENTAÇÃO DOUTRINÁRIA E JURISPRUDENCIAL. APELO IMPROVIDO. O
divórcio pode ser decretado sem que haja prévia partilha de bens, consoante dispõe expressamente o art.
1581 do Código Civil e, ainda, a Súmula 197 do STJ. A sentença atacada não merece qualquer reparo, ao
acolher a pretensão do autor, ora apelado, e decretado o divórcio do casal, deixando a questão patrimonial
para ser discutida em ação própria ou, mesmo, podendo ser resolvida de forma consensual. (TJ-BA - APL:
705
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
através de seu patrono para comparecer em Secretaria, uma vez que, os autos já foram desarquivados, e
requerer o que de direto. Belém, 22 de fevereiro de 2019. EU, Vanessa Mansur Silva, Diretora de
Secretaria, em exercício, da 8ª Vara de Família digitei e assino. __________________
serviço de coleta, transporte e destinação de resíduos sólidos, mas sim ao ente municipal em cessar a
prestação, não mais sendo disponibilizado à autora, inobstante se trate de serviço público de utilização
compulsória.A Lei Municipal nº 7.192/81, alterada pela lei nº 8.623/07, que modificou o nome do tributo de
Taxa de Limpeza Pública para Taxa de Resíduos Sólidos, dispõe no art. 2º que a referida taxa tem como
fato gerador a utilização, efetiva ou potencial, dos serviços de limpeza pública, prestados aos contribuintes
ou postos à sua disposição, incluindo as atividades de coleta periódica, o transporte de lixo domiciliar e a
destinação sanitária dada ao lixo coletado.Anote-se que o critério material da norma, para fins de
incidência da taxa, é a utilização, efetiva ou potencial, dos serviços de limpeza pública, prestados ao
contribuinte oupostos a sua disposição,o que não se vislumbra no caso em análise, sendo plausível de
tutela o direito da Autora, por se tratar de exação indevida.No que tange ao perigo de dano, caso cesse o
pagamento do tributo pela Autora, existe a possibilidade de o Réu promover a cobrança de valores
correspondentes à taxa em questão, com consequências prejudiciais à sua atividade econômica, tais
como, restrições, autuações fiscais, negativas de expedição de CND e inscrições em órgãos de
controle.Dessa forma, as provas trazidas aos autos são suficientes para, em sede de cognição sumária,
formar o convencimento deste juízo acerca da existência de probabilidade do direito e do perigo de dano,
estando presentes os requisitos autorizadores para a concessão da tutela provisória de urgência requerida
na exordial.Vislumbra-se, ainda, a segura reversibilidade do provimento, legitimando a concessão da tutela
antecipada, nos termos do disposto no § 3º do art. 300 do CPC, sendo possível reverter o provimento em
caso de sua revogação ou modificação (CPC, art. 296), ou em caso de improcedência do pedido, hipótese
em que a autora será compelida a pagar os valores devidos à título de taxa, podendo o Réu proceder as
autuações devidas e efetivar a cobrança do crédito tributário, na forma da legislação pertinente, não se
vislumbrando prejuízo à Municipalidade em caso de reconhecimento, a final, de existência de débito
tributário.ANTE O EXPOSTO, estando presentes os pressupostos autorizadores da medida (probabilidade
do direito e perigo de dano),DEFIROo requerimento de antecipação dos efeitos da tutela provisória de
urgência, com supedâneo nos arts. 294 e 300 do Código de Processo Civil,inaudita altera parte, para
suspender a exigibilidade do crédito tributário referente à taxa de coleta de resíduos orgânicos (TRS),
discutido na presente ação, com fulcro no art. 151, inciso V, do CTN,Sendo o crédito tributário
caracterizado como direito indisponível, dispensável a realização de audiência de conciliação ou
mediação, nos termos do art. 334, § 4º, inciso II, do CPC.Destarte,impulsionando o andamento do
processo: (I) CERTIFIQUE a Secretaria seo advogado Alexandre Brandão Bastos Freire, OAB/DF nº
20.812 e OAB/PA nº 18.246-A, consta na procuração anexada aos autos, a fim de subsidiar a apreciação
do pedido de intimação nominal formulado na inicial; (II) INTIME-SE o Réu para cumprir a presente
decisão e, CITE-SEpara, querendo, contestar a ação, no prazo legal (CPC, arts. 335 c/c 183).Intimem-se.
Diligencie-se. Belém, 22 de fevereiro de 2019. Dra. Kédima Pacífico Lyra Juíza de Direito da 1ª Vara de
Execução Fiscal de Belém
712
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CJRM, art. 1°, § 2°,II). Int. Belém, 20 de fevereiro de 2019 SECRETARIA DA UPJ DAS VARAS DE
FAZENDA DA CAPITAL
IV- A Militares, inclusive o concurso em todas as suas fases; V- À Previdência dos Militares do Estado; VI-
A Atos administrativos que, direta ou indiretamente, envolvam direitos e obrigações dos Militares,
excluindo a competência da Justiça Militar. Diante desse contexto, considerando que a matéria tratada
nos presentes autos não mais se enquadra em nenhuma das hipóteses que autorizam a intervenção
legitima deste Juízo para processar e julgar a causa, e por não se tratar sequer de matéria de competência
comum aos quatro Juízos (art. 5º, da Resolução n. 14/17) determino a imediata remessa dos autos à
Central de Distribuição Cível para que proceda à redistribuição do feito à 3ª ou 4º Vara de Fazenda.
Intimem-se as partes desta decisão. Escoado o prazo legal, cumpra-se. Belém, 14 de dezembro
de 2018. Andréa Ferreira Bispo Juíza de Direito Respondendo pela 1ª Vara de Fazenda da Capital.
(ADVOGADO) ROSANE BAGLIOLI DAMMSKI (ADVOGADO) OAB 22447 - ANA CAROLINA LOBATO
DA SILVA (ADVOGADO) . DECISÃO Vistos etc. Com o advento da Resolução n. 14/2017, de 06
de setembro de 2017, a 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Varas de Fazenda da Capital tiveram suas competências
redefinidas para o julgamento privativo dos assuntos especificados em seus arts. 3º e 4º, assim redigidos:
Art. 3º - À 1ª e a 2ª Varas da Fazenda Pública compete processar e julgar, privativamente, as ações
relativas: I- A Licitações; II- A Contratos Administrativos; III- À Ordem Urbanística; IV- À Intervenção do
Estado no Domínio Econômico; V- A Servidores Públicos Civis, inclusive o concurso em todas as suas
fases; VI- À Previdência dos Servidores Públicos Civis; VII- A Atos administrativos que, direta ou
indiretamente, envolvam direitos e obrigações dos Servidores Públicos Civis; VIII- A
Servidores/Empregados Temporários. Art. 4º - À 3ª e 4ª Varas da Fazenda Pública compete processar e
julgar, privativamente, as ações relativas: I- À Intervenção do Estado na Propriedade II- A Domínio Público;
III- A Serviços Públicos; IV- A Militares, inclusive o concurso em todas as suas fases; V- À Previdência dos
Militares do Estado; VI- A Atos administrativos que, direta ou indiretamente, envolvam direitos e
obrigações dos Militares, excluindo a competência da Justiça Militar. Diante desse contexto,
considerando que a matéria tratada nos presentes autos não mais se enquadra em nenhuma das
hipóteses que autorizam a intervenção legitima deste Juízo para processar e julgar a causa, e por não se
tratar sequer de matéria de competência comum aos quatro Juízos (art. 5º, da Resolução n. 14/17)
determino a imediata remessa dos autos à Central de Distribuição Cível para que proceda à redistribuição
do feito à 3ª ou 4º Vara de Fazenda. Intimem-se as partes desta decisão. Escoado o prazo legal,
cumpra-se. Belém, 14 de dezembro de 2018. Andréa Ferreira Bispo Juíza de Direito Respondendo pela 1ª
Vara de Fazenda da Capital.
dezembro de 2018. Andréa Ferreira Bispo Juíza de Direito Respondendo pela 1ª Vara de Fazenda da
Capital.
¿são requisitos de ordem processual, intrinsecamente instrumentais, e existem, em última análise, para se
verificar se a ação deverá ser admitida ou não. São requisitos-meios para, admitida a ação, ser julgado o
mérito¿. Ora, da narrativa da causa de pedir e dos documentos acostados aos autos, verifica-se
que a relação jurídica material discutida nos autos foi protagonizada pela Requerente e pela SUSIPE.
Nesse norte, tenho que a preliminar de ilegitimidade passiva deve ser acolhida, uma vez que a
Superintendência do Sistema Penitenciário, com que a parte autora manteve a relação jurídica de direito
material discutida em juízo, é autarquia estadual que dispõe de personalidade jurídica própria e autonomia
administrativa, operacional e financeira, nos termos da Lei Estadual n. 6.688/2004. Logo, possui
legitimidade passiva para responder aos termos da demanda e sofrer os efeitos de eventual condenação
judicial. Desta forma, diante da ilegitimidade do Estado do Pará para figurar no polo passivo da
presente demanda, deve-se aplicar o disposto no artigo 485, VI do CPC/2015, no sentido de extinguir o
processo sem resolução de mérito. Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: VI - verificar ausência
de legitimidade ou de interesse processual; Dispositivo. Posto isto JULGO EXTINTO O
PROCESSO, sem resolução de mérito, com base no art. 485, VI do novo Código de Processo Civil e
determino que após certificado o trânsito em julgado, os autos sejam ARQUIVADOS, observadas as
formalidades legais. CONDENO a parte autora a pagar as custas do processo e honorários
advocatícios, que arbitro em R$ 500,00 (quinhentos reais), ficando com a exigibilidade suspensa pelo
prazo de 05 (cinco) anos, dado o deferimento da justiça gratuita, nos termos do artigo 98, §§ 2º e 3º, do
novo CPC. P.R.I.C. Belém-PA, 14 de dezembro de 2018. Andréa Ferreira Bispo Juíza de
Direito Respondendo pela 1ª Vara de Fazenda da Capital.
autos sobre MANDADO DE SEGURANÇA impetrado por AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO contra o
PRESIDENTE DO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DO
PARÁ - IGEPREV, ambos qualificados nos autos. Narra o impetrante que é pensionista e que o IGEPREV
estava descontando 30% do valor que sua falecida esposa recebia, ato que acoima de ilegal, pois entende
ter direito à integralidade dos vencimentos da mesma. Concedida a liminar, o IGEPREV foi notificado e
prestou informações, oportunidade em que alegou que procedeu a redução do valor em 30% em
cumprimento ao disposto na Lei Estadual 5011/1981, que prevê o pagamento de pensão aos dependentes
do servidor falecido no percentual de 70% do salário de contribuição. O Ministério Público apresentou
parecer pela concessão da segurança. RELATEI. DECIDO. Conforme relatado, o objetivo do impetrante
era obter o direito da integralidade de pensão por morte. Ao justificar porque estava efetuando o
pagamento de 70% dos vencimentos do servidor instituinte da pensão, O IGEPREV argumentou que o fez
com sucedâneo no art. 40, § 5º, da CRFB, alterado pela Emenda Constitucional 041/2003, mas cuja
redação obrigava que o cálculo da pensão fosse feito sobre a totalidade dos vencimentos, mas, segundo o
IGEPREV, permitia que lei ordinária fixasse percentuais sobre tal base. Confira-se: § 5º - O benefício da
pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido, até o
limite estabelecido em lei, observado o disposto no parágrafo anterior. Assim, o IGEPREV invocou o art.
27 da Lei Estadual 5011/1981, que estabelece o percentual de 70% do valor dos vencimentos como o
valor da pensão a ser paga aos dependentes do servidor público falecido para efetuar o desconto de 30%
sobre o valor da pensão: Art. 27 - A pensão garantirá, aos dependentes do segurado que falecer, uma
importância correspondente a 70% (setenta por cento) do salário de contribuição e será devida a partir da
data do óbito. Dessa forma, a controvérsia cinge-se à compatibilidade do art. 27 da Lei Estadual
5011/1981 com o art. 40, § 5º, da Constituição Federal, uma vez que o IGEPREV argumenta que esse
dispositivo admitia que lei ordinária fixasse percentual a ser pago ao beneficiário da pensão. Como bem
observou a representante do Ministério Público, o comando do artigo 40, § 5º, da Constituição Federal, no
ponto em que usava a expressão ¿até o limite máximo estabelecido em lei¿ não se referia à possibilidade
de que lei ordinária reduzisse o valor, mas ao teto remuneratório dos demais servidores públicos, bem
como ao reajuste e a revisão anual previstos no art. 37, XI, da CRFB. Tem razão a representante do
Ministério Público, porque se o art. 40, § 5º, dispunha que a pensão deveria corresponder à totalidade dos
vencimentos ou proventos do servidor falecido, isso significa que lei ordinária não poderia fixar um
percentual para tais pagamentos, pois isso corresponderia a eliminar essa totalidade, como o fez o art. 27
da Lei Estadual 5011/1981. De outra banda, acrescento que as Emendas Constitucionais 41/2003 e
47/2005 promoveram profundas alterações no sistema previdenciário, donde devem ser guardadas as
devidas proporções no que diz respeito à paridade e integralidade, de modo que esta sentença se limita ao
exame de ponto específico sobre a aplicabilidade do art. 27 da Lei Estadual 5011/1981 para concluir por
sua incompatibilidade constitucional. Posto isso, CONCEDO A SEGURANÇA para reconhecer que na
época da impetração, o impetrante tinha o direito à percepção do valor integral da pensão instituída a seu
favor. Sem custas e honorários. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpram-se. Belém, 13 de
dezembro de 2018. Andrea Ferreira Bispo Juíza de Direito Respondendo pela 1ª Vara da Fazenda
Pública de Belém
Da impugnação ao valor da causa. Nos autos apensos, o Estado do Pará contesta o valor de
R$ 300,00 (trezentos reais) que o autor atribuiu à causa, afirmando que o proveito econômico perseguido
é superior. Pois bem. Na época em que ajuizada a ação, ainda vigorava o CPC/73, cujo art. 259
fixava os parâmetros que deveriam ser adotados para a fixação do valor da causa. No presente
caso, o Autor não postula tutela de natureza condenatória, mas eminentemente declaratória, qual seja, a
fixação do teto do funcionalismo público de acordo com o subsidio dos Ministros do STF. Em que
pese a natureza da tutela, é inegável que existe um proveito econômico imediato perseguido, que é o de
receber seus vencimentos de acordo com aquele limite, o qual, de acordo com a inicial, correspondia ao
valor de R$ 24.000,00, na época em que ajuizada a ação. É esse, portanto, o valor que entendo o mais
adequado para a fixação do valor da causa. Por essa razão, acolho a impugnação apresentada para
retificar o valor da causa para R$ 24.000,00 (vinte e quatro mil reais). Das preliminares e do mérito.
As preliminares suscitadas pelo Autor se confundem com o mérito e com este serão analisadas.
Conforme relatado, a pretensão do Autor é receber sua remuneração de acordo com o teto do
subsidio percebido pelos Ministros do Supremo Tribunal Federal, bem como excluir desse computo as
vantagens pessoais. A ação é improcedente. Ao contrário do que afirma o Autor, a
remuneração por ele percebida no cargo de Delegado de Polícia Civil submete-se ao teto do Governador
do Estado do Pará, conforme redação expressa constante do art. 37, XI, da CF/88, que segue
reproduzida: XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes
políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não,
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal,
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o
subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do
Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o
subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no
âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e
aos Defensores Públicos; Ora, de acordo com o dispositivo em foco, a remuneração dos ocupantes
de cargos, empregos e funções na Administração Direta Estadual, como é o caso do Requerente, que
ocupa o cargo de Delegado de Polícia Civil, não pode ultrapassar o subsidio mensal percebido pelo
Governador do Estado. Quanto às vantagens de natureza pessoal, é firme o entendimento de que
elas não estão imunes ao teto do funcionalismo fixado pela EC n. 41/03, ainda que elas tenha sido
incorporadas antes do novo regramento constitucional, não havendo que se falar, no caso, em ofensa a
direito adquirido. O Plenário do STF, em julgamento do RE n. 609.381, entendeu que a regra do teto
remuneratório dos servidores públicos do inciso XI, do art. 37, da CF/88, é de eficácia imediata, admitindo
a reduç¿o de vencimentos daqueles que percebem acima do limite constitucional. O relator do recurso,
Ministro Teori Zavascki, destacou que todas as verbas remuneratórias percebidas pelos servidores da
Uni¿o, Estados e Municípios, ainda que adquiridas sob o regime legal anterior, est¿o submetidas às
referências de valor máximo fixadas pela EC nº 41/2003, vejamos: Ementa: CONSTITUCIONAL E
ADMINISTRATIVO. TETO DE RETRIBUIÇ¿O. EMENDA CONSTITUCIONAL 41/03. EFICÁCIA IMEDIATA
DOS LIMITES MÁXIMOS NELA FIXADOS. EXCESSOS. PERCEPÇ¿O N¿O RESPALDADA PELA
GARANTIA DA IRREDUTIBILIDADE. 1. O teto de retribuiç¿o estabelecido pela Emenda Constitucional
41/03 possui eficácia imediata, submetendo às referências de valor máximo nele discriminadas todas as
verbas de natureza remuneratória percebidas pelos servidores públicos da Uni¿o, Estados, Distrito
Federal e Municípios, ainda que adquiridas de acordo com regime legal anterior. 2. A observância da
norma de teto de retribuiç¿o representa verdadeira condiç¿o de legitimidade para o pagamento das
remuneraç¿es no serviço público. Os valores que ultrapassam os limites pré-estabelecidos para cada nível
federativo na Constituiç¿o Federal constituem excesso cujo pagamento n¿o pode ser reclamado com
amparo na garantia da irredutibilidade de vencimentos. 3. A incidência da garantia constitucional da
irredutibilidade exige a presença cumulativa de pelo menos dois requisitos: (a) que o padr¿o remuneratório
nominal tenha sido obtido conforme o direito, e n¿o de maneira ilícita, ainda que por equívoco da
Administraç¿o Pública; e (b) que o padr¿o remuneratório nominal esteja compreendido dentro do limite
máximo pré-definido pela Constituiç¿o Federal. O pagamento de remuneraç¿es superiores aos tetos de
retribuiç¿o de cada um dos níveis federativos traduz exemplo de violaç¿o qualificada do texto
constitucional. 4. Recurso extraordinário provido. (RE 609381, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal
Pleno, julgado em 02/10/2014, ACÓRD¿O ELETRÔNICO REPERCUSS¿O GERAL - MÉRITO DJe-242
DIVULG 10-12-2014 PUBLIC 11-12-2014). Ressalto por oportuno que o julgamento do RE 609.381
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
alcançou ¿todo e qualquer efeito potencialmente produzido pela EC 41/03, desde que provoque eventual
reduç¿o nos vencimentos¿. Logo, de certo que o caso em comento também se encontra abrangido
pela força do julgado da Suprema Corte Dispositivo. Posto isso, JULGO IMPROCEDENTE o
pedido inicial, extinguindo o processo com resolução do mérito, na forma do art. 487, I, do CPC/15.
Intimem-se as partes. Escoado o prazo de lei sem manifestação recursal, arquivem-se os autos,
observadas as cautelas de praxe. Custas pelo autor, bem como honorários que fixo no valor de R$
500,00 (quinhentos reais). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se. Belém,
13 de dezembro de 2018. Andrea Ferreira Bispo Juíza de Direito Respondendo pela 1ª Vara da Fazenda
Pública
Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos,
na forma e nos casos previstos nesta Constituição. § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da
República as leis que: I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; II - disponham sobre: a)
criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua
remuneração; b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços
públicos e pessoal da administração dos Territórios; c) servidores públicos da União e Territórios, seu
regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; d) organização do Ministério Público
e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da
Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; e) criação e extinção de Ministérios e
órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI; f) militares das Forças Armadas,
seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência
para a reserva. § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de
projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por
cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. (grifei)
Segundo jurisprudência assentada no Supremo Tribunal Federal (ADIs 774, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, DJ de 26/2/1999; 2420, Relª. Minª. Ellen Gracie, DJ de 8/4/2005; 2113, Relª. Minª. Cármen
Lúcia, DJe de 21/8/2009; e 2856, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 1/3/2011), as regras de atribuição de
iniciativa no processo legislativo previstas na Constituição Federal formam cláusulas elementares do
arranjo de distribuição de poder no contexto da Federação, razão pela qual devem ser necessariamente
reproduzidas no ordenamento constitucional dos Estados-membros e dos Municípios. Trata-se do princípio
da simetria, cabendo ao chefe do executivo a iniciativa das leis que disponham sobre o regime jurídico dos
servidores públicos. Com efeito, a Constituição do Estado do Pará, em seu artigo 105, e a Lei
Orgânica do Município de Belém, em seu artigo 75, assim dispõe sobre a competência para legislar sobre
servidores públicos, respectivamente: Art. 105. São de iniciativa privativa do Governador as leis que: I -
fixem ou modifiquem os efetivos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar; II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de
sua remuneração, ressalvada a competência dos demais Poderes, órgãos e instituições referidos nesta
Constituição; b) servidores públicos do Estado, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e
aposentadoria de civis, reforma e transferência de militares para a inatividade; c) organização da
Procuradoria-Geral do Estado e da Defensoria Pública; d) criação, estruturação e atribuições das
Secretarias de Estado e órgãos da administração pública; e) o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias
e os orçamentos anuais. Art. 75. São de iniciativa privativa do Prefeito as leis que disponham sobre: I -
criação, alteração e extinção de cargos e funções públicas da administração direta, autárquica e
fundacional, ressalvada a competência do Legislativo Municipal; II - servidores públicos, seu regime
jurídico e plano de cargos; III - criação, estruturação e atribuições dos órgãos da administração pública,
suas autarquias e fundações; IV - o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais;
V - matéria tributária, abertura de crédito, fixação dos serviços públicos e aumento das despesas públicas.
Sendo, pois, de competência do Chefe do Poder Executivo Municipal a iniciativa de Lei que disponha
sobre servidores públicos civis, é flagrante a inconstitucionalidade formal, por vício de iniciativa, da Lei
Municipal de n.º 8.953/2012. Especificamente no que diz respeito à necessidade de observância das
regras de iniciativa para fins de inovações normativas em sede de regime jurídico de servidores, eis os
julgados do C. Supremo Tribunal Federal: EMENTA: INCONSTITUCIONALIDADE. Ação direta. Art. 288 da
Constituição do Estado do Amazonas, introduzido pela EC nº 40/2002. Competência legislativa. Servidor
Público. Regime jurídico. Aposentadoria. Proventos. Acréscimo de vantagem pecuniária. Adicional de
12%, por mandato eletivo, aos servidores que o tenham exercido. Emenda parlamentar aditiva.
Inadmissibilidade. Matéria de iniciativa exclusiva do Governador do Estado, Chefe do Poder Executivo.
Caso de proposta de emenda à Constituição. Irrelevância. Usurpação caracterizada. Inconstitucionalidade
formal reconhecida. Ofensa ao art. 61, § 1º, II, alíneas ¿a¿ e ¿c¿, da CF, aplicáveis aos estados. Ação
julgada procedente. Precedentes. É inconstitucional a norma de Constituição do Estado-membro que,
oriunda de emenda parlamentar, disponha sobre concessão de acréscimo de vantagem pecuniária a
proventos de servidores públicos que hajam exercido mandato eletivo. (ADI 3295, Relator(a): Min. CEZAR
PELUSO, Tribunal Pleno, julgado em 30/06/2011, DJe de 05/08/2011) E mesmo no que se refere a
alterações sem caráter financeiro, a exigência se mantém: EMENTA: AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE. LEI N. 9.293, DE 20 DE JUNHO DE 1.990, DO ESTADO DO PARANÁ.
ANISTIA. INTEGRANTES DO MAGISTÉRIO E DEMAIS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DO
PARANÁ. PUNIÇÃO DECORRENTE DE INTERRUPÇÃO DAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS.
PARALISAÇÃO. PUNIÇÕES SEM EFEITOS DE 1º DE JANEIRO A 20 DE JUNHO DE 1.990.
NÃOCUMPRIMENTO DO PRECEITO. CRIME DE RESPONSABILIDADE. COMPETÊNCIA DO CHEFE
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DO PODER EXECUTIVO. VIOLAÇÃO DO DISPOSTO NOS ARTIGOS 22, INCISO I; 25, CAPUT; 61, § 1º,
INCISO II, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. AÇÃO DIRETA JULGADA PROCEDENTE. 1. O ato
normativo impugnado respeita a "anistia" administrativa. A lei paranaense extingue punições
administrativas às quais foram submetidos servidores estaduais. 2. Lei estadual que concede "anistia"
administrativa a servidores públicos estaduais que interromperam suas atividades --- paralisação da
prestação de serviços públicos. 3. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que cabe ao Chefe
do Poder Executivo deflagrar o processo legislativo referente a lei de criação de cargos, funções ou
empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração, bem assim
disponha sobre regime jurídico e provimento de cargos dos servidores públicos. 4. Aplica-se aos Estados-
membros o disposto no artigo 61, § 1º, inciso II, da Constituição do Brasil. Precedentes. 5. Inviável o
projeto de lei de iniciativa do Poder Legislativo que disponha a propósito servidores públicos --- "anistia"
administrativa, nesta hipótese --- implicando aumento de despesas para o Poder Executivo. 6. Ao Estado-
membro não compete inovar na matéria de crimes de responsabilidade --- artigo 22, inciso I, da
Constituição do Brasil. Matéria de competência da União. "São da competência legislativa da União a
definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e
julgamento" [Súmula 722]. 7. Ação direta julgada procedente, por maioria, para declarar a
inconstitucionalidade da Lei n. 9.293/90 do Estado do Paraná. (ADI 341, Relator(a): Min. EROS GRAU,
Tribunal Pleno, julgado em 14/04/2010, DJe 11/06/2010) Em assim sendo, declaro, em sede de
controle difuso de constitucionalidade de lei ou ato normativo municipal em face da Constituição Federal
de 1.988, inconstitucional a lei municipal de n.º 8.953/2012, por vício formal subjetivo na fase de iniciativa,
na forma prevista no artigo 61 da CF/88, de reprodução obrigatória pelos Estados-membros e Municípios,
face o princípio da simetria, eis que a iniciativa para leis que disponham sobre servidores públicos
municipais, seu regime jurídico e plano de cargos é do chefe do Poder Executivo Municipal.
Dispositivo. Ante o exposto, declaro, em sede de controle difuso de constitucionalidade de lei
ou ato normativo municipal em face da Constituição Federal de 1.988, inconstitucional a lei de n.º
8.953/2012, por vício formal subjetivo na fase de iniciativa, na forma prevista no artigo 61 da CF/88, e
JULGO IMPROCEDENTE o pedido inicial, extinguindo o processo com resolução do mérito na forma do
artigo 487, inciso I do CPC/2015. Em razão da sucumbência e por força do disposto nos artigos 82, §
2º, 84 e 85, todos do Código de Processo Civil, condeno a requerente ao pagamento das despesas
processuais e honorários ao advogado do vencedor que fixo em R$ 500,00 (quinhentos reais), observado
o disposto no parágrafo 8º do artigo 85 do Código de Processo Civil e tendo em vista os parâmetros
delineados nos incisos I a IV do parágrafo 2º do artigo 85 também do Código de Processo Civil.
Tratando-se de pessoa pobre na acepção jurídica do termo (CPC, artigo 98, caput), defiro a
gratuidade da justiça, conforme as isenções estabelecidas no artigo 98, § 1º, do Código de Processo Civil.
Por ser a autora beneficiário do instituto da Justiça Gratuita, as obrigações decorrentes de sua
sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos
5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado desta decisão, o credor demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se,
passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário (CPC, artigo 98, §§ 2º e 3º). Publique-se.
Registre-se. Intime-se. Cumpra-se. Transcorrido o prazo legal sem a interposição de recurso,
arquivem-se. Belém, 13 de dezembro de 2018. Andréa Ferreira Bispo Juíza de Direito Respondendo pela
1ª Vara de Fazenda da Capital.
Públicos Civis; VII- A Atos administrativos que, direta ou indiretamente, envolvam direitos e obrigações dos
Servidores Públicos Civis; VIII- A Servidores/Empregados Temporários. Art. 4º - À 3ª e 4ª Varas da
Fazenda Pública compete processar e julgar, privativamente, as ações relativas: I- À Intervenção do
Estado na Propriedade II- A Domínio Público; III- A Serviços Públicos; IV- A Militares, inclusive o concurso
em todas as suas fases; V- À Previdência dos Militares do Estado; VI- A Atos administrativos que, direta
ou indiretamente, envolvam direitos e obrigações dos Militares, excluindo a competência da Justiça Militar.
Diante desse contexto, considerando que a matéria tratada nos presentes autos não mais se
enquadra em nenhuma das hipóteses que autorizam a intervenção legitima deste Juízo para processar e
julgar a causa, e por não se tratar sequer de matéria de competência comum aos quatro Juízos (art. 5º, da
Resolução n. 14/17) determino a imediata remessa dos autos à Central de Distribuição Cível para que
proceda à redistribuição do feito à 3ª ou 4º Vara de Fazenda. Intimem-se as partes desta decisão.
Escoado o prazo legal, cumpra-se. Belém, 12 de dezembro de 2018. Andréa Ferreira Bispo Juíza de
Direito Respondendo pela 1ª Vara de Fazenda da Capital.
cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,
no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores
e aos Defensores Públicos; Ora, de acordo com o dispositivo em foco, a remuneração dos ocupantes
de cargos, empregos e funções na Administração Direta Estadual, como é o caso do Requerente, que
ocupa o cargo de Delegado de Polícia Civil, não pode ultrapassar o subsidio mensal percebido pelo
Governador do Estado. Quanto às vantagens de natureza pessoal, é firme o entendimento de que
elas não estão imunes ao teto do funcionalismo fixado pela EC n. 41/03, ainda que elas tenha sido
incorporadas antes do novo regramento constitucional, não havendo que se falar, no caso, em ofensa a
direito adquirido. O Plenário do STF, em julgamento do RE n. 609.381, entendeu que a regra do teto
remuneratório dos servidores públicos do inciso XI, do art. 37, da CF/88, é de eficácia imediata, admitindo
a reduç¿o de vencimentos daqueles que percebem acima do limite constitucional. O relator do recurso,
Ministro Teori Zavascki, destacou que todas as verbas remuneratórias percebidas pelos servidores da
Uni¿o, Estados e Municípios, ainda que adquiridas sob o regime legal anterior, est¿o submetidas às
referências de valor máximo fixadas pela EC nº 41/2003, vejamos: Ementa: CONSTITUCIONAL E
ADMINISTRATIVO. TETO DE RETRIBUIÇ¿O. EMENDA CONSTITUCIONAL 41/03. EFICÁCIA IMEDIATA
DOS LIMITES MÁXIMOS NELA FIXADOS. EXCESSOS. PERCEPÇ¿O N¿O RESPALDADA PELA
GARANTIA DA IRREDUTIBILIDADE. 1. O teto de retribuiç¿o estabelecido pela Emenda Constitucional
41/03 possui eficácia imediata, submetendo às referências de valor máximo nele discriminadas todas as
verbas de natureza remuneratória percebidas pelos servidores públicos da Uni¿o, Estados, Distrito
Federal e Municípios, ainda que adquiridas de acordo com regime legal anterior. 2. A observância da
norma de teto de retribuiç¿o representa verdadeira condiç¿o de legitimidade para o pagamento das
remuneraç¿es no serviço público. Os valores que ultrapassam os limites pré-estabelecidos para cada nível
federativo na Constituiç¿o Federal constituem excesso cujo pagamento n¿o pode ser reclamado com
amparo na garantia da irredutibilidade de vencimentos. 3. A incidência da garantia constitucional da
irredutibilidade exige a presença cumulativa de pelo menos dois requisitos: (a) que o padr¿o remuneratório
nominal tenha sido obtido conforme o direito, e n¿o de maneira ilícita, ainda que por equívoco da
Administraç¿o Pública; e (b) que o padr¿o remuneratório nominal esteja compreendido dentro do limite
máximo pré-definido pela Constituiç¿o Federal. O pagamento de remuneraç¿es superiores aos tetos de
retribuiç¿o de cada um dos níveis federativos traduz exemplo de violaç¿o qualificada do texto
constitucional. 4. Recurso extraordinário provido. (RE 609381, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal
Pleno, julgado em 02/10/2014, ACÓRD¿O ELETRÔNICO REPERCUSS¿O GERAL - MÉRITO DJe-242
DIVULG 10-12-2014 PUBLIC 11-12-2014). Ressalto por oportuno que o julgamento do RE 609.381
alcançou ¿todo e qualquer efeito potencialmente produzido pela EC 41/03, desde que provoque eventual
reduç¿o nos vencimentos¿. Logo, de certo que o caso em comento também se encontra abrangido
pela força do julgado da Suprema Corte Dispositivo. Posto isso, JULGO IMPROCEDENTE o
pedido inicial, extinguindo o processo com resolução do mérito, na forma do art. 487, I, do CPC/15.
Intimem-se as partes. Escoado o prazo de lei sem manifestação recursal, arquivem-se os autos,
observadas as cautelas de praxe. Custas pelo autor, bem como honorários que fixo no valor de R$
500,00 (quinhentos reais). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se. Belém,
13 de dezembro de 2018. Andrea Ferreira Bispo Juíza de Direito Respondendo pela 1ª Vara da Fazenda
Pública
responsabilizar pelo pagamento dos honorários correspondentes ao quesito, sob a pena de indeferimento.
4 - Observado o grau de especialidade e complexidade da perícia, fixo os honorários provisórios em
R$ 2.000,00 (dois mil reais). O complemento dos honorários, se requerido pelo perito, e devidamente
fundamentado, será determinado após a realização do laudo. 5 - Nos termos do artigo 95 do Código
de Processo Civil, cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a
do perito adiantada pela Requerente. Feito o depósito, comunique-se o perito (por correio eletrônico) para
que sejam iniciados os trabalhos. 6 - O pagamento do perito será realizado somente ao final, depois
de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários. 7 - Advirto ao perito que o
laudo pericial deverá ser elaborado em consonância com o disposto no artigo 473 do Código de Processo
Civil, bem como que deverá assegurar aos assistentes das partes o acesso e o acompanhamento das
diligências e dos exames que realizar, com prévia comunicação, comprovada nos autos, com
antecedência mínima de 5 (cinco) dias (CPC, artigo 466, § 2º). 8 - Apresentados os laudos, intime-se
as partes para que no prazo comum de quinze dias se manifestem sobre o resultado, mesma oportunidade
em que deverão providenciar a apresentação de seus pareceres técnicos. 9 - Após, retornem os
autos conclusos. 10 - P.R.I.C. Belém, 10 de dezembro de 2018. Andréa Ferreira Bispo Juíza de
Direito Respondendo pela 1ª Vara de Fazenda da Capital.
época em que determinada a intimação da parte a impulsionar o feito assim dispunha: Art. 267. Extingue-
se o processo, sem resolução de mérito: III - quando, por não promover os atos e diligências que lhe
competir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; Parágrafo Primeiro. O juiz ordenará, nos
casos dos nos II e II, o arquivamento dos autos, declarando a extinção do processo, se a parte, intimada
pessoalmente, não suprir a falta em quarenta e oito horas. Atualmente, essa sistemática encontra-se
reproduzida no art. 485 do CPC/2015, que assim dispõe: Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: II
- o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; III - por não promover os
atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; § 1o Nas
hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5
(cinco) dias. Ora, tanto na codificação anterior quanto na atual, a manifestação de interesse pela parte
constitui condição essencial para o enfrentamento do mérito do pedido inaugural. No caso dos autos,
verifico que o D. Juízo requereu a intimação pessoal do autor, para que este manifestasse interesse em
prosseguir no feito, o que restou infrutífera, conforme certidão de fl. 110. Patente, pois, a falta de interesse
que justifica a extinção prematura do processo. Sobre o assunto, note-se as palavras do doutrinador
HUMBERTO THEODORO JUNIOR: ¿A inércia das partes diante dos deveres e ônus processuais,
acarretando a paralisação do processo, faz presumir desistência da pretensão à tutela jurisdicional.
Equivale ao desaparecimento do interesse, que é condição para o regular exercício do direito de ação.¿
Neste sentido, trago à colação a seguinte jurisprudência: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. BUSCA E
APREENSÃO. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. AUSÊNCIA DE
INTERESSE PROCESSUAL. INÉRCIA DA PARTE AUTORA. FUNDAMENTO JURÍDICO DA SENTENÇA
EQUIVOCADO. ABANDONO DE PROCESSO. NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO PESSOAL DO AUTOR.
SENTENÇA ANULADA. RECURSO PROVIDO. 1. Deixando a parte de promover as diligências que lhe
incumbiam, necessárias para o prosseguimento do feito, cabe a sua extinção por abandono, na forma do
art. 267, III, do CPC. 2. A efetiva intimação pessoal da parte autora, como exige o § 1º do art. 267 do
Código de Processo Civil, é imprescindível para a extinção do feito pelo fundamento do abandono de
causa, previsto no inc. III do art. 267 do diploma processual civil. 3. À unanimidade, nos termos do voto do
relator, recurso de apelação conhecido e provido. (2015.03508474-60, 151.110, Rel. LEONARDO DE
NORONHA TAVARES, Órgão Julgador 1ª CÂMARA CÍVEL ISOLADA, Julgado em 2015-09-14, Publicado
em 2015-09-21). O processo, portanto, deve ser extinto. Dispositivo. Dispositivo. Ex positis,
de acordo com o art. 485, inciso II do CPC/2015, JULGO EXTINTO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO
DO MÉRITO, determinando o arquivamento dos autos, após o decurso do prazo legal. Em razão da
sucumbência e por força do disposto nos artigos 82, § 2º, 84 e 85, todos do Código de Processo Civil,
condeno o requerente ao pagamento das despesas processuais e honorários ao advogado réu que fixo
em R$ 500,00 (quinhentos reais). Tratando-se de pessoa pobre na acepção jurídica do termo (CPC,
artigo 98, caput), defiro a gratuidade da justiça, conforme as isenções estabelecidas no artigo 98, § 1º, do
Código de Processo Civil. Por ser o autor beneficiário do instituto da Justiça Gratuita, as obrigações
decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser
executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado desta decisão, o credor
demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de
gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário (CPC, artigo 98, §§ 2º e
3º). Escoado o prazo de recurso sem manifestação, arquivem-se, observadas as cautelas de praxe.
Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se. Belém (PA), 14 de dezembro de 2018. Andréa
Ferreira Bispo Juíza de Direito Respondendo pela 1ª Vara de Fazenda da Capital.
ações relativas: I- À Intervenção do Estado na Propriedade II- A Domínio Público; III- A Serviços Públicos;
IV- A Militares, inclusive o concurso em todas as suas fases; V- À Previdência dos Militares do Estado; VI-
A Atos administrativos que, direta ou indiretamente, envolvam direitos e obrigações dos Militares,
excluindo a competência da Justiça Militar. Diante desse contexto, considerando que a matéria tratada
nos presentes autos não mais se enquadra em nenhuma das hipóteses que autorizam a intervenção
legitima deste Juízo para processar e julgar a causa, e por não se tratar sequer de matéria de competência
comum aos quatro Juízos (art. 5º, da Resolução n. 14/17) determino a imediata remessa dos autos à
Central de Distribuição Cível para que proceda à redistribuição do feito à 3ª ou 4º Vara de Fazenda.
Intimem-se as partes desta decisão. Escoado o prazo legal, cumpra-se. Belém, 14 de dezembro
de 2018. Andréa Ferreira Bispo Juíza de Direito Respondendo pela 1ª Vara de Fazenda da Capital.
do redutor importaria em lesão ao direito adquirido. Entretanto, conforme já decidido pelo STF, a
existência de uma sentença ou de uma lei não diferem, quando se trata de determinação de pagamento, a
um ato de conteúdo abstrato e, portanto, ambas não podem ser invocadas como direitos imutáveis face a
uma nova regra que se estabelece no nível constitucional. O redutor deve ser aplicado porque é uma
regra instituída para todos os pagamentos futuros ao funcionalismo público, isto é, ela se torna cogente,
porque é uma norma que, universal e abstratamente, formulou as condições em que deve se dar a
remuneração pública, seja sob a forma de vencimentos, proventos ou pensão. Esse teto, por sinal,
ao fixar o limite máximo, não desconsidera que no campo fático esse teto é excedido. Aliás, a justificativa
para a imposição do teto é justamente o reconhecimento de que há pagamentos a servidores que
ultrapassam o limite politicamente considerado aceitável. Destarte, ainda que as verbas a que o
autor alude tenham sido incorporadas aos vencimentos/proventos/pensão, não há direito fundamental
(coisa julgada ou direito adquirido) que possa sustentar a imunidade ao teto que a parte pretende. O
Plenário do STF, em julgamento do RE n. 609.381, entendeu que a regra do teto remuneratório dos
servidores públicos do inciso XI, do art. 37, da CF/88, é de eficácia imediata, admitindo a reduç¿o de
vencimentos daqueles que percebem acima do limite constitucional. O relator do recurso, Ministro Teori
Zavascki, destacou que todas as verbas remuneratórias percebidas pelos servidores da Uni¿o, Estados e
Municípios, ainda que adquiridas sob o regime legal anterior, est¿o submetidas às referências de valor
máximo fixadas pela EC nº 41/2003, vejamos: Ementa: CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. TETO
DE RETRIBUIÇ¿O. EMENDA CONSTITUCIONAL 41/03. EFICÁCIA IMEDIATA DOS LIMITES MÁXIMOS
NELA FIXADOS. EXCESSOS. PERCEPÇ¿O N¿O RESPALDADA PELA GARANTIA DA
IRREDUTIBILIDADE. 1. O teto de retribuiç¿o estabelecido pela Emenda Constitucional 41/03 possui
eficácia imediata, submetendo às referências de valor máximo nele discriminadas todas as verbas de
natureza remuneratória percebidas pelos servidores públicos da Uni¿o, Estados, Distrito Federal e
Municípios, ainda que adquiridas de acordo com regime legal anterior. 2. A observância da norma de teto
de retribuiç¿o representa verdadeira condiç¿o de legitimidade para o pagamento das remuneraç¿es no
serviço público. Os valores que ultrapassam os limites pré-estabelecidos para cada nível federativo na
Constituiç¿o Federal constituem excesso cujo pagamento n¿o pode ser reclamado com amparo na
garantia da irredutibilidade de vencimentos. 3. A incidência da garantia constitucional da irredutibilidade
exige a presença cumulativa de pelo menos dois requisitos: (a) que o padr¿o remuneratório nominal tenha
sido obtido conforme o direito, e n¿o de maneira ilícita, ainda que por equívoco da Administraç¿o Pública;
e (b) que o padr¿o remuneratório nominal esteja compreendido dentro do limite máximo pré-definido pela
Constituiç¿o Federal. O pagamento de remuneraç¿es superiores aos tetos de retribuiç¿o de cada um dos
níveis federativos traduz exemplo de violaç¿o qualificada do texto constitucional. 4. Recurso extraordinário
provido. (RE 609381, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2014,
ACÓRD¿O ELETRÔNICO REPERCUSS¿O GERAL - MÉRITO DJe-242 DIVULG 10-12-2014 PUBLIC 11-
12-2014). Ressalto por oportuno que o julgamento do RE 609.381 alcançou ¿todo e qualquer efeito
potencialmente produzido pela EC 41/03, desde que provoque eventual reduç¿o nos vencimentos¿.
Logo, de certo que o caso em comento também se encontra abrangido pela força do julgado da
Suprema Corte, o qual inclusive teve como pano de fundo a situaç¿o de aposentados e pensionistas do
Estado de Goiás, que após a EC 41/03, experimentaram reduç¿es em seus rendimentos a fim de adequá-
los aos subsídios do Governador de Estado. O Min. Rel. Teori Zavascky, corrobora o disposto na
Carta Magna ao enfatizar em seu Voto que: Ao condicionar a fruiç¿o da garantia de irredutibilidade à
observância do teto de retribuiç¿o, a literalidade destes dispositivos deixa fora de dúvida que o respeito ao
teto representa verdadeira condiç¿o de legitimidade para o pagamento das remuneraç¿es no serviço
público. Portanto, nada, nem mesmo concepç¿es de estabilidade fundamentadas na cláusula do art. 5º,
XXXVI, da CF, justificam o excepcionamento da imposiç¿o do teto de retribuiç¿o. A garantia da
irredutibilidade, que hoje assiste igualmente a todos os servidores, constitui salvaguarda que protege a sua
remuneraç¿o de retraç¿es nominais que venham a ser determinadas por meio de lei. É o que acontece,
por exemplo, nos casos de modificaç¿o legal da composiç¿o remuneratória dos servidores, que, como
seguidamente afirmado pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, n¿o pode provocar perda de
retribuiç¿o. E é o que sucede, também, quando os entes federativos deliberam instituir tetos de retribuiç¿o
inferiores àqueles estabelecidos pela Constituiç¿o Federal, os chamados ¿subtetos¿. (...) O mesmo n¿o
ocorre, porém, quando a alteraç¿o do limite remuneratório é determinada pela reformulaç¿o da própria
norma constitucional de teto de retribuiç¿o. Isso porque, como visto, a cláusula da irredutibilidade possui
âmbito de incidência vinculado ao próprio conceito de teto de retribuiç¿o, operando somente dentro do
intervalo remuneratório por ele definido. N¿o há dúvida de que, como acentuou o Min. Sepúlveda Pertence
no MS 24.875 e em outros precedentes, a irredutibilidade de vencimentos constitui modalidade qualificada
de direito adquirido. Todavia, o seu âmbito de incidência exige a presença de pelo menos dois requisitos
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
cumulativos: (a) que o padr¿o remuneratório nominal tenha sido obtido conforme o direito, e n¿o de
maneira juridicamente ilegítima, ainda que por equívoco da Administraç¿o Pública; e (b) que o padr¿o
remuneratório nominal esteja compreendido dentro do limite máximo pré-definido pela Constituiç¿o
Federal. Os excessos eventualmente percebidos fora dessas condiç¿es, ainda que com o beneplácito de
disciplinas normativas anteriores, n¿o est¿o amparados pela regra da irredutibilidade. O pagamento de
remuneraç¿es superiores aos tetos de retribuiç¿o, além de se contrapor a noç¿es primárias de
moralidade, de transparência e de austeridade na administraç¿o dos gastos com custeio, representa uma
gravíssima quebra da coerência hierárquica essencial à organizaç¿o do serviço público. Antes, portanto,
de constituir uma modalidade qualificada de direito adquirido, a percepç¿o de rendimentos excedentes aos
respectivos tetos de retribuiç¿o traduz exemplo de violaç¿o manifesta do texto constitucional, que, por tal
raz¿o, deve ser prontamente inibida pela ordem jurídica, e n¿o o contrário. Como visto, a Suprema
Corte deixou claramente assente que ¿nada, nem mesmo concepç¿es de estabilidade fundamentadas na
cláusula do art. 5º, XXXVI, da CF, justificam o excepcionamento da imposiç¿o do teto de retribuiç¿o¿.
Considerando, pois, que o inciso XXXVI, do art. 5º, da CF, traz em seu bojo como garantias
constitucionais o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, e que nem mesmo a força
destes excepciona a imposiç¿o do teto remuneratório, segundo o Supremo Tribunal Federal, resta claro e
inequívoco que a pretens¿o autoral de n¿o incidência do redutor constitucional nas verbas que considera
de caráter pessoal, tais como, representaç¿o e adicional por tempo de serviço, em virtude de tê-las
incorporado antes da EC 41/03, n¿o merece prosperar. Esse é o entendimento da Egrégia Corte do
TJPA, o qual reiteradamente tem se manifestado nesse sentido: MANDADO DE SEGURANÇA.
SERVIDOR PÚBLICO. TETO CONSTITUCIONAL. EMENDA Nº 41/2003. EFICÁCIA IMEDIATA.
INCIDÊNCIA SOBRE VANTAGEM PESSOAL. DECESSO REMUNERATÓRIO. RELAÇ¿O DE TRATO
SUCESSIVO. DECADÊNCIA N¿O CONFIGURADA. COISA JULGADA. INOPONIBILIDADE.
SEGURANÇA DENEGADA. 1. O caso sob julgamento n¿o versa sobre supress¿o de vantagem, mas sim
de reduç¿o de remuneraç¿o pela aplicaç¿o do teto remuneratório constitucional, o que nessa perspectiva
n¿o é possível considerar como ato único de efeitos permanentes, pois a cada mês em que a
remuneraç¿o é paga com a incidência do mencionado redutor a suposta les¿o se renova, configurando,
portanto, uma relaç¿o de trato sucessivo, raz¿o pela qual n¿o há decadência. Precedente do STJ. 2.
Durante algum tempo prevaleceu entendimento de que as vantagens pessoais, incorporadas antes da
vigência da Emenda Constitucional 41/2003, n¿o estariam sujeitas ao chamado teto remuneratório. 3. O
Supremo Tribunal Federal, entretanto, no julgamento do RE 609.381/GO, sob a sistemática da
Repercuss¿o Geral (Tema 480), por maioria, declarou a eficácia imediata do mencionado teto
constitucional ao qual est¿o submetidas todas as verbas de natureza remuneratórias percebidas por
servidores públicos, ainda que adquiridas de acordo com o regime legal anterior. 4. Por outras palavras,
afirmou-se a eficácia imediata dos limites máximos fixados na Emenda Constitucional nº 41/2003, aos
quais est¿o submetidas as verbas adquiridas de acordo com regime legal anterior. 5. Em julgado ainda
mais recente. RE 606.358/SP, também sob a sistemática da Repercuss¿o Geral (Tema 257), a Suprema
Corte fixou tese no sentido de computar para efeito de observância do teto remuneratório do art. 37, XI, da
Constituiç¿o da República também os valores percebidos anteriormente à vigência da Emenda
Constitucional nº 41/2003 a título de vantagens pessoais pelo servidor público, dispensada a restituiç¿o
dos valores recebidos em excesso e de boa-fé até o dia 18 de novembro de 2015. 6. A alegaç¿o de
violaç¿o da coisa julgada n¿o impressiona, especialmente em raz¿o da eficácia limitada desta garantia
constitucional sobre situaç¿es jurídicas continuativas tal como ocorre na espécie. 7. Com o advento das
Emendas Constitucionais nº 19/98 e nº 41/2003, foi instituído um novo regime jurídico constitucional para
os servidores públicos, havendo, assim, novos paradigmas para aferiç¿o da legitimidade quanto a
percepç¿o da remuneraç¿o e consequentemente aplicaç¿o do teto constitucional. 8. Segurança
denegada. (2016.03214172-23, 163.015, Rel. LUZIA NADJA GUIMARAES NASCIMENTO, Órg¿o
Julgador TRIBUNAL PLENO, Julgado em 2016-08-10, Publicado em 2016-08-11). EMENTA: APELAÇ¿O
CÍVEL. AÇ¿O DE COBRANÇA. TETO CONSTITUCIONAL. EMENDA 41/03. APLICAÇ¿O A TODAS AS
VERBAS DE NATUREZA REMUNERATÓRIA PERCEBIDAS PELOS SERVIDORES DAS TRES
ESFERAS DA FEDERAÇ¿O, MESMO QUE ADQUIRIDAS NO REGIME LEGAL ANTERIOR. APLICAÇ¿O
DA DECIS¿O DO STF EM REPERCUSS¿O GERAL. RECUSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1. DA
ALEGADA ILEGITIMIDADE PASSIVA DO ESTADO DO PARÁ. Ent¿o em uma análise apressada, poder-
se-ia considerar que o pagamento a menor recebido pelo militar da reserva deve ser cobrado do
IGEPREV-PA, na forma indicada na tese de ilegitimidade do Estado, mas isto n¿o pode ser acatado.
Primeiro porque em 1997 e 1998, época dos descontos considerados indevidos pelo Acórd¿o n. 34.531
(fls. 85/91), transitado em julgado (certid¿o de fl. 93), n¿o existia o IGEPREV. De fato, foi ato da Secretaria
de Estado de Gest¿o que realizou o desconto, portanto cabe ao Estado a responsabilidade pela eventual
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
devoluç¿o. 2. DA PRESCRIÇ¿O. O prazo prescricional no caso em tela deve ser aquele expresso em lei
especial, qual seja o de cinco anos nos termos do art. 1º -C da Lei n. 9494/1997, ou seja, o quinquenal. 3.
MÉRITO. Apesar de que o direito líquido e certo pleiteado pelo apelado foi reconhecido pelo Judiciário e
esta decis¿o transitou em julgado, tal fato n¿o tem o cond¿o de imediatamente permitir o pagamento das
diferenças apontadas. Isto ocorre porque atualmente o STF tem compreendido que o teto constitucional se
aplica a todos os servidores militares ou civis aposentados mesmo antes da entrada em vigor da Emenda
Constitucional n. 41/2003, pois n¿o existe direito adquirido frente à Constituiç¿o Federal, chegando
mesmo a ter sido reconhecida a repercuss¿o geral da matéria no REsp 609.381-GO. 4. MÉRITO. O teto
de retribuiç¿o estabelecido pela Emenda Constitucional 41/03 possui eficácia imediata, submetendo às
referências de valor máximo nele discriminadas todas as verbas de natureza remuneratória percebidas
pelos servidores públicos da Uni¿o, Estados, Distrito Federal e Municípios, ainda que adquiridas de acordo
com regime legal anterior? (RE 609381, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em
02/10/2014, ACÓRD¿O ELETRÔNICO REPERCUSS¿O GERAL - MÉRITO DJe-242 DIVULG 10-12-2014
PUBLIC 11-12-2014). (2016.01903142-54, 159.462, Rel. DIRACY NUNES ALVES, Órg¿o Julgador 5ª
CAMARA CIVEL ISOLADA, Julgado em 2016-05-12, Publicado em 2016-05-17). EMENTA: MANDADO
DE SEGURANÇA. REDUTOR DO TETO CONSTITUCIONAL. ART. 37, XI DA CONSTITUIÇ¿O
FEDERAL. JULGAMENTO SOB A SISTEMÁTICA DO ARTIGO 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL EM FUNÇ¿O DO RE 609.381/GO. ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O VOTO DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL E O PROFERIDO NO PRESENTE MANDADO DE SEGURANÇA. APRECIAÇ¿O
DE DISTINGUISHING. ELEMENTO DIFERENCIADOR N¿O CONSTATADO. NECESSIDADE DE
REFLUIR PARCIALMENTE O VOTO NO CAPÍTULO DISSONANTE DA DECIS¿O PARADIGMA.
MATÉRIA CONSOLIDADA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. SISTEMA DE REPERCUSS¿O
GERAL. VANTAGENS PERCEBIDAS ANTES DA VIGÊNCIA DA EC Nº 41/03 SOFREM INCIDÊNCIA DO
REDUTOR CONSTITUCIONAL. ARTIGO 37, XI DA CONSTITUIÇ¿O FEDERAL COMO NORMA DE
EFICÁCIA IMEDIATA. INOCORRÊNCIA DE VIOLAÇ¿O À IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIOS. TETO
CONSTITUCIONAL COMO LIMITE À IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIOS. TELEOLOGIA DO ARTIGO
37, XV DA CONSTITUIÇ¿O FEDERAL. VOTO RETRATADO PARA INCLUIR AS VANTAGENS
RECEBIDAS ANTES DA EC 41/03 NO CÁLCULO DO REDUTOR CONSTITUCIONAL. DECIS¿O
MANTIDA NOS DEMAIS TERMOS. ABONO DE PERMANÊNCIA COMO VERBA INDENIZATÓRIA. N¿O
INCIDÊNCIA DO REDUTOR CONSTITUCIONAL. ART. 37, §11º DA CONSTITUIÇ¿O FEDERAL.
NATUREZA JURÍDICA N¿O IMPUGNADA POR RECURSO ESPECIAL E, PORTANTO, IMUTÁVEL
NESTE MOMENTO. (2015.04723166-80, 154.522, Rel. RICARDO FERREIRA NUNES, Órg¿o Julgador
TRIBUNAL PLENO, Julgado em 2015-12-02, Publicado em 2015-12-14). ADMINISTRATIVO.
CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. MILITAR DA RESERVA. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO
DE INSTRUMENTO. TETO REMUNERATÓRIO. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 41/2003. AUSÊNCIA
DE DIREITO ADQUIRIDO. PRECEDENTES RE Nº 609.381. É firme a orientaç¿o no sentido de que as
disposiç¿es da EC n. 41/2003, relativas à instituiç¿o do teto remuneratório do serviço público, s¿o auto-
aplicáveis. - O Superior Tribunal de Justiça, seguindo a orientaç¿o do Supremo Tribunal Federal, firmou
entendimento no sentido de que n¿o há direito adquirido ao recebimento de remuneraç¿o, proventos ou
pens¿o acima do teto remuneratório estabelecido pela EC n. 41/2003, nem ato jurídico perfeito que se
sobreponha ao mencionado teto. Tampouco há preponderância da garantia da irredutibilidade de
vencimentos em face da nova ordem constitucional, nos termos do art. 17 do ADCT. Recurso de Agravo
Interno a que se nega provimento. (2015.04561080-77, 154.183, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA
BUARQUE, Órg¿o Julgador 3ª CÂMARA CÍVEL ISOLADA, Julgado em 2015-11-26, Publicado em 2015-
12-02). (GRIFOS NOSSOS). Neste sentido, entendo que n¿o faz jus o autor ao direito alegado, por
absoluta falta de amparo legal. Dispositivo. Pelo exposto, JULGO IMPROCEDENTES OS
PEDIDOS, extinguindo o processo com solução do mérito, na forma do art. 487, inciso I do Novo CPC.
Em razão da sucumbência e por força do disposto nos artigos 82, § 2º, 84 e 85, todos do Código de
Processo Civil, condeno o requerente ao pagamento das despesas processuais e honorários ao advogado
do vencedor que fixo em R$ 500,00 (quinhentos reais), observado o disposto no parágrafo 16 do artigo 85
do Código de Processo Civil e tendo em vista os parâmetros delineados nos incisos I a IV do parágrafo 2º
do artigo 85 do mesmo diploma. Caso não seja interposto recurso, após o trânsito em julgado,
arquive-se, observadas as formalidades legais. P.R.I.C. Belém, 14 de dezembro de 2018. Andrea
Ferreira Bispo Juíza de Direito Respondendo pela 1ª Vara de Fazenda da Capital.
que, tratando-se de impugnação parcial, a parte não questionada pela executada será, desde logo, objeto
de cumprimento. Intime-se. Cumpra-se. Belém, 14 de dezembro de 2018. Andrea Ferreira Bispo Juíza
de Direito, respondendo pela 1ª Vara de Fazenda de Belém
realizar o pagamento do boleto de custas, em dez (10) dias. 5- Caso a parte esteja beneficiada pela
gratuidade de justiça, ou mesmo que tenha formulado pedido de gratuidade ainda não apreciado, fica a
UPJ dispensada de remeter os autos à UNAJ, caso em que deverá fazer os autos conclusos após o
cumprimento da diligência constante do item ¿2¿ supra. 6- Intimem-se. Cumpra-se. 7- Ao final,
voltem conclusos para sentença. Belém, 14 de dezembro de 2018. Andréa Ferreira Bispo Juíza de
Direito Respondendo pela 1ª Vara de Fazenda da Capital.
se. Belém, 14 de dezembro de 2018. Andrea Ferreira Bispo Juíza de Direito Respondendo pela
1ª Vara da Fazenda Pública de Belém
verifico que o D. Juízo requereu a intimação pessoal do autor, para que este manifestasse interesse em
prosseguir no feito, o que restou infrutífera, conforme certidão de fl. 94. Patente, pois, a falta de interesse
que justifica a extinção prematura do processo. Sobre o assunto, note-se as palavras do doutrinador
HUMBERTO THEODORO JUNIOR: ¿A inércia das partes diante dos deveres e ônus processuais,
acarretando a paralisação do processo, faz presumir desistência da pretensão à tutela jurisdicional.
Equivale ao desaparecimento do interesse, que é condição para o regular exercício do direito de ação.¿
Neste sentido, trago à colação a seguinte jurisprudência: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. BUSCA E
APREENSÃO. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. AUSÊNCIA DE
INTERESSE PROCESSUAL. INÉRCIA DA PARTE AUTORA. FUNDAMENTO JURÍDICO DA SENTENÇA
EQUIVOCADO. ABANDONO DE PROCESSO. NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO PESSOAL DO AUTOR.
SENTENÇA ANULADA. RECURSO PROVIDO. 1. Deixando a parte de promover as diligências que lhe
incumbiam, necessárias para o prosseguimento do feito, cabe a sua extinção por abandono, na forma do
art. 267, III, do CPC. 2. A efetiva intimação pessoal da parte autora, como exige o § 1º do art. 267 do
Código de Processo Civil, é imprescindível para a extinção do feito pelo fundamento do abandono de
causa, previsto no inc. III do art. 267 do diploma processual civil. 3. À unanimidade, nos termos do voto do
relator, recurso de apelação conhecido e provido. (2015.03508474-60, 151.110, Rel. LEONARDO DE
NORONHA TAVARES, Órgão Julgador 1ª CÂMARA CÍVEL ISOLADA, Julgado em 2015-09-14, Publicado
em 2015-09-21). Dispositivo. Ex positis, de acordo com o art. 485, inciso III e seu parágrafo
primeiro do CPC/2015, JULGO EXTINTO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, determinando
o arquivamento dos autos. Em razão da sucumbência e por força do disposto nos artigos 82, § 2º e
84, todos do Código de Processo Civil, condeno o requerente ao pagamento das despesas processuais.
Sem honorários advocatícios. Escoado o prazo de recurso sem manifestação, arquivem-se,
observadas as cautelas de praxe. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se. Belém (PA), 14 de
dezembro de 2018. Andréa Ferreira Bispo Juíza de Direito Respondendo pela 1ª Vara de Fazenda da
Capital.
cumprimento imediato da decisão de fls. 35-42. Parecer do Ministério Público, às fls. 144-149, pela
procedência do pedido, aduzindo tratar-se de medicamento essencial à vida do autor; a solidariedade no
que diz respeito às prestações positivas em saúde pública e a obrigação de fornecimento de
medicamento, ainda que não previsto na lista oficial do SUS. Em decisão de fl. 151, este Juízo
determinou a intimação do requerido para cumprimento da tutela de urgência e cominou multa pelo
descumprimento, comprovando o requerido, em petição de fls. 170-189, o fornecimento do fármaco.
Em decisão de fl. 191, a instrução fora encerrada e determinada a apresentação de alegações finais.
Alegações finais do autor e do réu, respectivamente, às fls. 193-196, 197-203. Contra a decisão
que determinou o julgamento antecipado da lide, insurgiu-se o requerido, através da interposição de
agravo de instrumento, cuja cópia se encontra às fls. 204-216. Em decisão monocrática, fora negado o
seguimento ao recurso acima mencionado, consoante cópia da decisão de fls. 314-316, transitando em
julgado, consoante certidão de fls. 352. Em petição de fls. 353-358, o autor informa novo
descumprimento da tutela de urgência e requer o seu respectivo cumprimento, pelo requerido. Vieram
conclusos os autos. É o relatório. II - FUNDAMENTAÇÃO. Compulsando os autos, constato que o
feito se encontra devidamente instruído, inclusive tendo sido apresentadas as alegações finais das partes.
Nesse contexto, apesar da notícia de descumprimento da tutela de urgência, às fls. 353-358, e do
consequente pedido a este Juízo para compelir o requerido a satisfazer o que havia sido determinado em
sede de cognição precária, inclusive, com a cominação de multa diária, entendo que, na hipótese dos
autos, deve-se atender, ao paradigma estabelecido pelo Código de Processo Civil de 2015, quanto à
primazia da solução integral do mérito (art. 4º), seja em razão de a causa se encontrar pronta para
julgamento, seja em função do grande lapso temporal em que se tem discutido, nos autos, o cumprimento
ou não da tutela concedida de modo precário. Deste modo, passo ao exame das preliminares e, após,
do mérito. II.1. Das preliminares. II.1.a. Da preliminar de ilegitimidade passiva do Estado do Pará, nas
ações que objetivam o fornecimento de medicamento não previsto na RENAME. Embora correta a
premissa de que a responsabilidade pela incorporação, exclusão ou alteração de medicamentos no âmbito
do Sistema Único de Saúde (SUS) seja da União, nos termos do artigo 19-Q, da Lei 8.080/90, através do
Ministério da Saúde e assessorado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS
(CONITEC), não merece prosperar a tese da ilegitimidade passiva do Estado, em se tratando de demanda
que tem por objeto a dispensação de fármaco não previsto na RENAME. Nesse sentido, a recente
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça abaixo colacionada vem mantendo o entendimento de que é
perfeitamente possível ao usuário do SUS intentar demanda com o objetivo já citado anteriormente, em
face de quaisquer dos entes federativos. Trata-se do REsp nº 1.662.782, em que se confirma a regra
da solidariedade entre os entes federativos, no que diz respeito ao fornecimento de remédio de alto custo,
destacando-se, ainda, a possibilidade de a parte litigar contra um, uns ou todos os respectivos entes.
Trago a ementa: RECURSO ESPECIAL Nº 1.662.782 - PR (2017/0069862-9) RELATOR : MINISTRO
BENEDITO GONÇALVES RECORRENTE : UNIÃO RECORRIDO : K F H (MENOR) REPR. POR : A F
ADVOGADO : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO RECORRIDO : ESTADO DO PARANÁ ADVOGADO :
RODOLFO FAIÇAL COUTO E OUTRO (S) - PR061979 RECORRIDO : MUNICÍPIO DE FOZ DO
IGUAÇU/PR PROCURADOR : CLÁUDIA CANZI E OUTRO (S) - PR015565 PROCESSUAL CIVIL.
RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC/1973. NÃO OCORRÊNCIA. FORNECIMENTO
DE MEDICAMENTO/TRATAMENTO SAÚDE. FÁRMACO. IMPRESCINDIBILIDADE. PRETENSÃO QUE
ENCONTRA ÓBICE NA SÚMULA 7/STJ. RECURSO NÃO PROVIDO. DECISÃO Trata-se de recurso
especial interposto com fundamento no artigo 105, III, a, da Constituição Federal, contra acórdão proferido
pelo TRF 4ª Região, assim ementado (fl. 661): ADMINISTRATIVO. MEDICAMENTO. UNIÃO, ESTADO-
MEMBRO E MUNICÍPIO. LEGITIMIDADE PASSIVA. LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO. MEDICAMENTO
SEM REGISTRO NA ANVISA. DOENÇA RARA E DE DIFÍCIL CONTROLE. AUSÊNCIA DE
ALTERNATIVAS PARA O TRATAMENTO. PRECEDENTES SUPERIORES CONCEDENDO A
MEDICAÇÃO EM CASO ANÁLOGO. 1. A União, Estados-Membros e Municípios têm legitimidade passiva
e responsabilidade solidária nas causas que versam sobre fornecimento de medicamentos. 2. A
solidariedade não induz litisconsórcio passivo necessário, mas facultativo, cabendo à parte autora a
escolha daquele contra quem deseja litigar, sem obrigatoriedade de inclusão dos demais. Se a parte
escolhe litigar somente contra um ou dois dos entes federados, não há a obrigatoriedade de inclusão dos
demais. 3. Para fazer jus ao recebimento de medicamentos fornecidos por entes políticos, deve a parte
autora comprovar a sua atual necessidade e ser aquele medicamento requerido insubstituível por outro
similar/genérico no caso concreto. [...] Ante o exposto, nego provimento ao recurso especial. Publique-se.
Intimem-se. Brasília-DF, 18 de setembro de 2018. Ministro BENEDITO GONÇALVES Relator (STJ - REsp:
1662782 PR 2017/0069862-9, Relator: Ministro BENEDITO GONÇALVES, Data de Publicação: DJ
19/09/2018) Deste modo, rejeito a preliminar em questão. II.1.b. Da preliminar de incompetência da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Justiça Estadual. Pelas razões citadas acima, que dizem respeito à legitimidade do ente público
estadual para figurar no polo passivo de demanda em que se pleiteia dispensação de medicamento de alto
custo, também não merece prosperar a tese de que a Justiça Estadual seria incompetente para o feito.
Como já dito, o que objetiva o autor, nesta ação, não é, propriamente, a incorporação do medicamento
no âmbito da RENAME, o que, sem dúvida, configuraria nítida hipótese de interesse da União, ante a
responsabilidade do Ministério da Saúde para as questões relacionadas à RENAME e seus componentes,
mas a dispensação de medicamento de alto custo fora dessa lista, apesar do que estabelece o Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas do SUS, para a doença conhecida como púrpura trombocitopênica
imunológica. Uma vez que, nos termos da jurisprudência dos Tribunais Superiores, a parte pode
escolher contra quem deseja litigar nas demandas envolvendo prestação relacionada à saúde pública, não
merece prosperar a preliminar de incompetência da Justiça Estadual. Corroborando o exposto, registro
entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF): O recebimento de medicamentos pelo Estado é direito
fundamental, podendo o requerente pleiteá-los de qualquer um dos entes federativos, desde que
demonstrada sua necessidade e a impossibilidade de custeá-los com recursos próprios. Isso por que, uma
vez satisfeitos tais requisitos, o ente federativo deve se pautar no espírito de solidariedade para conferir
efetividade ao direito garantido pela Constituiç¿o, e n¿o criar entraves jurídicos para postergar a devida
prestaç¿o jurisdicional. (RE 607.381-AgR, rel. min. Luiz Fux, julgamento em 31-5-2011, Primeira Turma,
DJE de 17-6-2011.) No mesmo sentido: ARE 774.391-AgR, rel. min. Marco Aurélio, julgamento em 18-2-
2014, Primeira Turma, DJE de 19-3-2014. Deste modo, também rejeito esta preliminar. II.2 - Do mérito.
Cuida-se de ação de obrigação de fazer, em que pleiteia o autor a determinação ao requerido para
que este seja compelido a fornecer o medicamento Eltrombopag, destinado ao tratamento de púrpura
trombocitopênica, condição que o autor comprova possuir, de acordo com laudo médico de fls. 20-21.
Importa registrar que o medicamento Eltrombopag não integra a Relação Nacional de Medicamentos
Essenciais (RENAME), tampouco encontra-se previsto como medida terapêutica prevista no Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas para a Púrpura Trombocitopênica (disponível em
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/junho/13/Retifica----o-Portaria-1316-de-2013.pdf).
Contudo, constato, nos autos, a existência de laudo médico fundamentando a necessidade de
utilização do Eltrombopag, firmado no âmbito do próprio serviço de Hematologia (fl. 17) da Fundação
HEMOPA, vinculada, pois, ao Sistema Único de Saúde. Verifico, ainda, que o laudo médico de fls. 20-
21 apresenta o histórico do paciente, indicando a sua condição de pessoa em estado grave de púrpura
trombocitopênica, bem como a ocorrência de indesejáveis e danosos efeitos colaterais em função do uso
dos corticoides tradicionalmente ministrados na hipótese. Além disso, o laudo médico em questão
aponta a eficácia do fármaco eltrombopag na situação apresentada pelo autor, mediante terapia de uso
contínuo. Consta nos autos, ainda, outro laudo médico (fl. 121), subscrito por profissional
hematologista da Fundação HEMOPA, diverso do que, originalmente, prescreveu o medicamento,
apontando, por seu turno, que as altas doses de corticoide não surtiram o efeito pretendido, ao contrário,
incrementaram o risco e os danos à saúde do autor, tais como diabetes, hipertensão, osteoporose e
outros. De se ver, portanto, que o pedido de fornecimento do eltrombopag encontra-se revestido de
justificativa médica suficiente, seja em função dos possíveis efeitos benéficos para a condição do autor-
paciente, seja em razão dos danos ocasionados pela terapêutica recomendada no PCDT da doença em
questão. O que significa dizer: não se trata de mera escolha por terapia farmacológica diversa da
prevista no PCDT da púrpura trombocitopênica, mas de prescrição de tratamento eficaz, diante da
tentativa infrutífera de permanecer com o tratamento tradicionalmente ministrado no âmbito do SUS. O
medicamento requerido é de alto custo, uma vez que este Juízo constatou que o preço médio de uma
caixa da apresentação comercial Revolade (cujo princípio ativo é o eltrombopag) corresponde, em média,
a R$4.000,00 (quatro mil reais). O autor argumenta que, diante da prescrição médica - realizada no
âmbito do próprio SUS - e do elevado custo do medicamento, não pode arcar, às próprias expensas com o
seu tratamento, pelo que resulta prejudicada, cada vez mais, sua condição de saúde. Há, nos autos,
prova de incapacidade financeira de o autor arcar com os custos do medicamento, uma vez que este
comprovou que é pessoa incapacitada definitivamente para o trabalho (laudo pericial de fl. 31) e que
realiza o tratamento de sua doença grave no âmbito dos serviços disponibilizados pelo SUS. Deste
modo, exsurge dos autos que, tratando-se de terapia justificada pelo profissional médico do SUS, como
também diante do elevado custo do medicamento, o acesso ao mencionado recurso de saúde através das
políticas públicas de dispensação de medicamentos é a única via de que dispõe o autor, no sentido de ter
assegurado o direito à saúde, de fundamento constitucional. Entretanto, a aquisição de fármacos não
previstos nas listas oficiais do SUS deve ser realizada de modo a levar em consideração critérios de
racionalidade, sobretudo porque financiada através de recurso público. Tanto é assim que a
problemática em questão foi submetida ao rito dos recursos repetitivos (REsp 1.657.156) e culminou na
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
fixação do Tema 106, do STJ que, em razão da modulação de seus efeitos, não vincula a presente ação,
por ter sido distribuída anteriormente à fixação das teses ali elencadas. Entretanto, tal circunstância
serve para elucidar a necessidade de se verificar, no caso concreto, a característica da excepcionalidade,
para fins de concessão de medidas, precárias ou com força definitiva, referentes ao fornecimento de
medicamentos não previstos na RENAME. Nesse contexto, verifico que o fármaco eltrombopague
olamina (cujo nome comercial encontra-se registrado como Revolade) possui registro na Agência Nacional
de Vigilância Sanitária, com validade até 05/2020. Além disso, cuida-se de registro que aponta as
seguintes indicações para a utilização do medicamento: ¿indicado para pacientes adultos (>18 anos) e
pediátricos acima de 6 anos com púrpura trombocitopênica idiopática de origem imune que foram tratados
previamente com corticosteroides, imunoglobulinas ou tiveram o baço retirado, mas não responderam ao
tratamento e que apresentam risco aumentado de sangramento e hemorragia; indicado também para o
tratamento de pacientes adultos com baixas contagens de células do sangue causadas por Anemia
Aplásica Severa (AAS) adquirida, que não apresentaram resposta à terapia imunossupressora prévia ou
que receberam muitos tratamentos anteriormente e não sejam elegíveis ao transplante de células tronco
hematopoiéticas (transplante de medula óssea)¿ (grifei) De se ver que uma das indicações do fármaco
encontra rigorosa identidade com a narrada pelo autor e corroborada por meio de laudo médico de fls 20-
21, subscritos por profissional médico hematologista da Fundação HEMOPA. Ocorre que o Estado do
Pará, em sua peça contestatória, aponta a restrição da CONITEC quanto à incorporação do Eltrombopag
na RENAME, o que se confirma na base de dados disponível no portal eletrônico . Tal circunstância
poderia despontar como característica prejudicial à possível concessão do fármaco em questão pela via
judicial, apesar do laudo médico indicar a sua necessidade para o tratamento. Ocorre que, nos
Embargos de Declaração no Recurso Especial mencionado acima (REsp 1.657.156), o Estado do Rio de
Janeiro havia requerido exatamente a inclusão de requisito adicional no Tema 106, consistente na
¿impossibilidade de fornecimento de medicamentos nos casos em que os órgãos técnicos competentes
hajam expressamente decidido, técnica e fundamentadamente, pela inviabilidade de os dispensar pelo
SUS¿. Eventualmente admitida a referida pretensão, descaberia a concessão de medicamentos,
acerca dos quais a CONITEC houvesse se manifestado pela não incorporação, como é o caso do
Eltrombopag. Nas razões da decisão dos Embargos de Declaração citados, pontuou o eminente
Ministro: ¿Esta questão desvela-se como mero inconformismo da parte, que busca agregar requisito
estranho àqueles fixados no acórdão embargado, o que importa em rejulgamento da matéria. Ademais, a
Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde - CONITEC, que
atualmente é responsável pela elaboração de relatório sobre a inclusão de medicamentos no SUS, não se
limita a análise das evidências científicas quanto à eficácia do medicamento, mas também leva em
consideração a avaliação econômica do custo-benefício da incorporação, nos termos do art. 18 do Decreto
n. 7.646/2011. Assim, tenho que, mesmo em se tratando de um medicamento cuja incorporação ao
SUS ainda não tenha se dado, tal circunstância não impede, diante do quadro probatório apresentado, o
seu deferimento no âmbito do SUS, diante das circunstâncias do caso concreto. Inclusive porque, em
relação às doenças raras, o paradigma normativo também é o da integralidade, como estabelece,
propriamente, a Portaria GM/MS nº 199 de 30/01/2014, que traça as Diretrizes para atenção integral às
pessoas com doenças raras no Sistema Único de Saúde1. Além disso, não merecem prosperar as
teses de reserva do possível ou de indevida invasão do Poder Judiciário na gestão da Saúde Pública,
como argumenta o requerido, na peça contestatória. O direito à saúde é um direito fundamental social
autoaplicável, e não uma norma eminentemente programática, portanto, é um direito social autoexigível.
Por ser direito fundamental, o direito à saúde não pode estar condicionado ao Princípio da Reserva do
Possível, uma vez que, como já dito, é do próprio paradigma adotado pelo SUS que exsurge o caráter de
integralidade no atendimento. É nesta ocasião que o Poder Judiciário intervém, em respeito aos
princípios da cidadania e da dignidade humana dos jurisdicionados, bem como do acesso universal aos
recursos de saúde, no âmbito da política pública estabelecida nessa seara. Pela letra dos artigos 196
e 198, §1º da CF/88, o Estado deve garantir políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco
de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção,
proteção e recuperação, bem como está determinado que o sistema único de saúde será financiado, nos
termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, além de outras fontes. O Supremo Tribunal Federal já sedimentou o
entendimento quanto à supremacia do direito à saúde e do princípio da dignidade da pessoa humana
sobre quaisquer outros direitos atinentes a execução dos serviços públicos, conforme julgamento da ADPF
n° 45/DF. O mesmo relator, Min. Celso de Mello, ao proferir voto como relator no ARE 745745 AgR/MG,
esclareceu muito bem tal discussão constitucional, que julgo conveniente transcrever trecho bastante
elucidativo: ¿Impende assinalar, contudo, que a incumbência de fazer implementar políticas públicas
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do artigo 2º, §3º da citada Portaria Conjunta.Cumpra-se.Belém, 21 de fevereiro de 2019. MARISA BELINI
DE OLIVEIRAJuíza de Direito da 3ª Vara de Fazenda Pública da Capital
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FÓRUM CRIMINAL
O Excelentíssimo Doutor RAIMUNDO MOISÉS ALVES FLEXA, Juiz Diretor do Fórum Criminal da Capital
e Gestor da Central Unificada- Prov. 003/2018-CJRMB, no uso de suas atribuições legais etc.
PORTARIA Nº 031/2019-Plantão/DFCrim
Resolve:
0 1 , 0 2 e Dia: 01/03¿ 14h 3ª Vara Penal Distrital de Icoaraci Diretor (a) de Secretaria: Ewerton
03 às 17h Rodrigues Saavedra
Dr. Deomar Alexandre de Pinho
D i a s : 0 2 a Barroso, Juiz de Direito, ou Servidor (a) de Secretaria: Anderson da
03/03- 08h às substituto Silva Miranda (02 e 03/03)
14h
Assessor (a): Rodrigo Moura
Distribuição:
Oficial de Justiça:
(Sobreaviso)
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Art. 2º Poderá haver alteração desta Portaria a qualquer momento a critério da Administração, para se
adequar ao que determina o Art. 10, da Resolução 013/2009-GP.
Criminal e de conformidade com o provimento n.º 006/2006, art. 1º, § 1º, inc. I, procedo a remessa do
presente procedimento a Secretaria do Ministério Público. Belém, 14/02/2019. Sandra Maria Lima do
Carmo Diretora de Secretaria. PROCESSO: 00030916820188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 14/02/2019 DENUNCIADO:ANDERSON DE SOUZA WANZELER
Representante(s): OAB 25332 - OSVALDO BRITO DE MEDEIROS NETO (ADVOGADO) VITIMA:J. A. S. .
DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Conclusos para análise do pedido formulado pela defesa. Defiro o
pedido da defesa para oitiva das testemunhas de defesa Ana Cleice Pereira de Sousa; Jennifer Gomes
Teixeira; Marta do Socorro Mota de Sousa; Rogerio Batista da Conceição. Oficie-se à SUSIPE para que
certifique o motivo da não apresentação do preso para a respectiva audiência. Comunique-se a
corregedoria que o preso não foi apresentado. Nada mais havendo a declarar mandou o(a) MM. Juiz(a)
encerrar a presente audiência, deu-se este termo por findo e que, lido e achado conforme, vai
devidamente assinado. Eu, ............., o digitei e subscrevi. PROCESSO: 00032273120198140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SANDRA MARIA LIMA
DO CARMO Ação: Inquérito Policial em: 14/02/2019 INDICIADO:ORIVALDO TAVEIRA DA SILVA
VITIMA:M. S. G. . De ordem da MM Juíza de Direito da 3ª Vara Criminal e de conformidade com o
provimento n.º 006/2006, art. 1º, § 1º, inc. I, procedo a remessa do presente procedimento a Secretaria do
Ministério Público. Belém, 14/02/2019. Sandra Maria Lima do Carmo Diretora de Secretaria. PROCESSO:
00035260820198140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
SANDRA MARIA LIMA DO CARMO Ação: Inquérito Policial em: 14/02/2019 INDICIADO:GRACIEMA DA
SILVA MARTINS INDICIADO:LUIZ CESAR DA SILVA MARTINS INDICIADO:ELIANA MARIA DA SILVA
MARTINS VITIMA:A. S. M. . De ordem da MM Juíza de Direito da 3ª Vara Criminal e de conformidade com
o provimento n.º 006/2006, art. 1º, § 1º, inc. I, procedo a remessa do presente procedimento a Secretaria
do Ministério Público. Belém, 14/02/2019. Sandra Maria Lima do Carmo Diretora de Secretaria.
PROCESSO: 00044735420138140601 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Sumário em: 14/02/2019 AUTOR:JAMILSON OLIVEIRA DE FARIAS Representante(s):
OAB 0000 - DEFENSOR PUBLICO (DEFENSOR) VITIMA:O. E. . DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA:
Considerando a insistência do RMP na oitiva das testemunhas ausentes Simone Batista Campos; Teodoro
Junior, redesigno a presente audiência para o dia 02.10.2019 as 09h00min. Renovem-se as diligências de
intimação das testemunhas ausentes. Nada mais havendo a declarar mandou o(a) MM. Juiz(a) encerrar a
presente audiência, deu-se este termo por findo e que, lido e achado conforme, vai devidamente assinado.
Eu, .............., o digitei e subscrevi. PROCESSO: 00091495820168140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 14/02/2019 DENUNCIADO:GRACIETE VALE DA SILVA Representante(s):
OAB 18714 - ISRAEL BARROSO COSTA (ADVOGADO) VITIMA:O. E. . SENTENÇA Processo nº.
0009149-58.2016.8.14.0401 Comarca de Belém - PA - 3ª Vara Criminal do Juízo Singular Ação penal
pública Autor: Ministério Público do Estado do Pará Imputação penal: art. 33, caput, da Lei nº. 11.343/2006
Ré(s): Graciete Vale da Silva Advogado(as): Israel Barroso Costa Juíza Prolatora: Eva do Amaral Coelho
O MINISTÉRIO PÚBLICO do Estado do Pará por um de seus Promotores de Justiça do Juízo Singular
denunciou a nacional GRACIETE VALE DA SILVA, já devidamente qualificado no presente processo, pela
violação do artigo 33, caput, da Lei 11.343/2006. A peça inicial acusatória está formalizada às fls. 02/03. A
persecução criminal teve início por prisão em flagrante delito no dia 04/05/2016. Determinação de citação
da ré à fl. 04/04v. Citação pessoal da ré à fl. 10. Defesa prévia apresentada pela ré às fls. 11/12.
Recebimento da denúncia às fls. 14/15, com designação de instrução e julgamento. Na instrução
processual foram ouvidas 03 (três) testemunhas de acusação, sendo a ré devidamente qualificada e
interrogada, conforme se vê das atas de audiências de fls. 26/28, 40/42 e das mídias juntadas às fls. 29 e
43. Encerrada a instrução, a acusação requereu diligências, enquanto a defesa nada pugnou. Os debates
orais foram convertidos em memoriais escritos, tendo o Ministério Público em suas alegações derradeiras
de fls. 47/52 requerido a absolvição da ré, nos termos do artigo 386, inciso VII, do CPP. Já a defesa em
seus memoriais finais de fls. 54/59 também pugnou pela absolvição de sua constituinte. Não há juntada de
certidão de antecedentes criminais. Em síntese, é o relatório. Decido. Mérito. Como é cediço, o Ministério
Público é a instituição estatal no âmbito da administração da Justiça, essencial à prestação jurisdicional,
detentora da titularidade da promoção da ação penal pública, consoante artigo 129, inciso I da
Constituição Federal. Frise-se que durante toda a persecução penal - instrução criminal - o Órgão
Ministerial não deixa de ostentar a condição de titular privativo da ação penal, para dispor da mesma ante
as provas de acordo com o princípio do livre convencimento de cada um de seus agentes. Decerto que o
artigo 129, inciso I, da Carta Magna, na qualidade de dispositivo constitucional é linha mestra interpretativa
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
para compreensão das demais normas presentes no ordenamento jurídico. Daí é possível inferir que a
promoção da ação penal pública não se exaure com o simples oferecimento da denúncia, vez que encerra
uma série de prerrogativas e atribuições a serem exercidas pelo Ministério Público ao longo da jornada
processual até o deslinde da causa. Portanto, não há como sustentar uma ação penal ou uma condenação
de um réu quando o próprio Órgão Acusador - Ministério Público, titular da ação penal - declina pela sua
impropriedade. Como se sabe, a Constituição de 1988 adotou de forma clara, o sistema acusatório,
prevendo a nítida separação entre órgão acusador (Ministério Público) e Órgão Judicante (Estado-Juiz).
Destarte, a ação penal e o processo não se confundem, de maneira que não se coaduna com a ordem
dessa sistemática, o fato de um único órgão concentrar as atividades de acusar e julgar
concomitantemente. Assim, aquele que detém legitimidade para acusar não poderá ostentar de igual
forma, a capacidade para julgar, uma vez que nesse sistema processual não se deduz por meio da ação
penal, pretensão punitiva, mas sim pretensão acusatória, razão pela qual não poderá haver condenação
sem que haja acusação formal pelo órgão que dispõe de legitimidade para tanto. Não são raras as
ocasiões em que se estabelece uma relação de prejudicialidade entre o convencimento do Órgão
Acusador e do Órgão Julgador, como por exemplo na situação em que o Ministério Público pugna pela não
existência de crime ou pela absolvição do réu pela insuficiência de provas e, o Magistrado contrariando-o,
decide pela condenação. Nesse caso, não cabe ao Magistrado exercer qualquer juízo de valor sobre a
existência ou não do crime, tampouco pela condenação do réu, quando o próprio Órgão Acusador
reconhece a insuficiência de provas para legitimar um decreto condenatório, pois ao fazê-lo o Magistrado
estaria atuando de ofício, ou seja, sem a pretensão punitiva, sem a acusação e em manifesta
inobservância aos preceitos norteadores do sistema acusatório consagrados na Lei Maior. Da leitura e
interpretação dos comandos pertinentes a esta sistemática processual inseridos na Consituição Cidadã, é
possivel extrair-se o entendimento de que tanto o "ius persequendi" e o "ius puniendi" pertencem ao
Ministério Público, fazendo parte de sua tarefa constitucional na seara da Justiça Criminal isto é, de sua
missão institucional. Nesse sentido, é forçoso concluir que o "ius puniendi" não é função do Poder
Judiciário, eis que o Ministério Público é titular da ação penal, com exclusividade portanto, tanto quando se
manifesta de oficio pelo arquivamento do inquérito policial como pela absolvição do réu. Sendo assim,
quando o Juiz discorda da posição ministerial sobre a absolvição, investe-se de parcialidade e assume por
conseguinte, a figura de acusador, que não está em consonância com as regras e princípios que informam
o direito processual penal moderno, tais como ônus da prova e o contraditório, vez que inexiste entre as
partes litigantes posições opostas, quando a acusação e defesa fundam suas razões em uma mesma
tese. Essa conclusão encontra total ressonância na doutrina conforme se depreende dos ensinamentos
transcritos a seguir: (...)(...)No momento em que o julgador assume o papel de acusador, toda a
sistemática existencial do processo dialético entra em crise. Não há mais falar, então, em imparcialidade,
em eqüidistância (no que tange ao Poder Judiciário) e em presunção de inocência (no que diz respeito ao
acusado).(...)(...) (FERRAJOLI, Luigi. Direito e razão: teoria do garantismo penal. 1.ed. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2006, p. 534). (...)(...)Essa "judicialização da acusação" (a ponto de desprezar o
posicionamento técnico do Órgão acusador oficial, que, invariavelmente, mantém contato direto com a
produção probatória) ou, em outros termos, essa encampação do discurso popular acusatório pelo Órgão
julgador, não deixa de refletir, em um contexto particularizado, o ideal globalizado de "eficiência
repressiva", em prejuízo da política de "eficiência inclusiva". Resumindo: é o axioma invertido "direito penal
máximo, direito social mínimo" expandindo-se nas regiões marginais. Quanto ao alcance da expressão
"regiões marginais.(...)(...) (ZAFFARONI, Eugenio Raúl. Em busca das penas perdidas: a perda da
legitimidade do sistema penal. Tradução de Vânia Romano Pedrosa e Amir Lopez da Conceição. Rio de
Janeiro: Revan, 1991, passim). (...)(...)Enfim, o Ministério Público não tem atribuição de julgar, e o Juiz não
tem a de acusar. Quando aquele, em primeiro ou segundo graus, pede o trancamento da ação ou a
absolvição, este não pode prosseguir com o processo ou condenar o cidadão. Se assim fizer, estará
atuando como acusador, e não enquanto representante do poder Judiciário.(...)(...) (BITENCOURT, Cezar
Roberto, SCHMIDT, Andrei Zenker. Direito Penal Econômico Aplicado. Rio de Janeiro: Editora Lumen
Juris, 2004, p. 38.). Portanto, resta evidente que para reconhecer autoria e materialidade, o Juiz precisa do
pedido de condenação do Ministério Público. Se aquele a quem cabe acusar entende que a imputação não
mais se sustenta, seja porque o fato não tem relevância penal, seja porque a tendo, não há prova
convincente da sua ocorrência, não pode o Juiz condenar o réu, sob pena de desvirtuar com tal decisão a
essência do sistema acusatório entabulado na Constituição Federal. No vertente caso, o Ministério Público
requereu em alegações finais a absolvição da acusada, por não existir prova suficiente para a
condenação. Desta sorte, o desfecho do feito não pode ser outro nessas circunstâncias, a não ser o da
absolvição da ré pelos fundamentos invocados pelo Órgão Ministerial. CONCLUSÃO Diante do exposto,
JULGO IMPROCEDENTE a pretensão acusatória deduzida na denúncia de fls. 02/03, ABSOLVENDO a ré
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
GRACIETE VALE DA SILVA, já qualificada, da conduta criminosa prevista no artigo 33, caput, da Lei nº.
11.343/2006, com arrimo legal no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal Brasileiro.
DISPOSIÇÕES FINAIS Não vejo necessidade da decretação da prisão da ré no presente processo, eis
que foi absolvida e caso haja interposição de recurso, para tanto lhe concedo o direito de apelar em
liberdade. Em face da absolvição da ré, deixo de observar o que prevê o artigo 387, inciso IV, do CPP.
Considerando a entrega da prestação jurisdicional, de ofício, determino, com permissivo legal no artigo 72
da Lei nº.11.343/2006, a INCINERAÇÃO do material ENTORPECENTE apreendido no presente feito. A
incineração deverá ser executada pela Autoridade Policial competente, no prazo máximo de 15 (quinze)
dias, na presença de um representante do Ministério Público e Autoridade Sanitária Estadual, devendo ser
lavrado competente auto circunstanciado que deverá ser enviado ao Juízo, conforme o comando legal do
artigo 50, §§ 4º e 5º, da Lei antidroga supramencionada. Determino o perdimento dos demais bens, caso
existam, em favor da União, devendo ser enviado ao SENAD a relação dos mesmos, na forma do artigo 63
da Lei 11.343/06. Após o trânsito em julgado, diligencie a senhora diretora da secretaria com escopo de
dar baixa do feito nos assentamentos criminais da nacional acima absolvida, obedecidas as prescrições
que regulam a matéria. Oficie-se ao Órgão encarregado da estatística criminal, de acordo com o artigo 809
do Código de Processo Penal Brasileiro. Publique-se na íntegra a presente sentença no Diário de Justiça
do Estado do Pará, conforme o comando legal do artigo 387, inciso VI, do Código de Processo Penal. Por
ser a vítima a saúde pública, deixo de proceder nos termos do §2º, do artigo 201 do CPP. Intimem-se a ré,
bem como seu patrono da presente sentença. Intime-se o representante do Ministério Público da entrega
da prestação jurisdicional. Após as providências legais necessárias e demais comunicações de estilo, e
em não havendo interposição de recursos voluntários pelas partes, ARQUIVEM-SE os autos. Sem custas.
Belém do Pará, 14 de fevereiro 2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara
Criminal do Juízo Singular de Belém - PA PROCESSO: 00144796520188140401 PROCESSO ANTIGO: --
-- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 14/02/2019 DENUNCIADO:SOLANGE ENILDA BARBOSA DE OLIVEIRA
VITIMA:S. L. C. S. D. . DESPACHO RH., Renovem-se as diligências de fls. 08/09, para audiência de
suspensão condicional do processo nos termos do artigo 89 da Lei nº.9.099/95, designando para tanto o
dia 07/06/2019, às 11:30 horas. Cite-se a acusada SOLANGE ENILDA BARBOSA DE OLIVEIRA, no novo
endereço fornecido pela Ministério Público às fls. 13/14 dos autos. Diligencie-se. Cumpra-se. Belém - PA.,
14 de fevereiro de 2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo
Singular de Belém - PA PROCESSO: 00184470620188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Procedimento
Comum em: 14/02/2019 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:VIVIANE PANTOJA DA SILVA. DELIBERAÇÃO EM
AUDIÊNCIA: Oficie-se ao Centro de Perícia Renato Chaves para que encaminhe o laudo toxicológico
definitivo. Após, façam-se os autos com vista às partes para apresentação de memoriais por escrito. Após
venham conclusos para sentença. Nada mais havendo a declarar mandou o(a) mm. Juiz(a) encerrar a
presente audiência, deu-se este termo por findo e que, lido e achado conforme, vai devidamente assinado.
Eu, ............., o digitei e subscrevi. PROCESSO: 00207161820188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HEYDER TAVARES DA SILVA FERREIRA Ação:
Inquérito Policial em: 14/02/2019 INVESTIGADO:EM APURACAO VITIMA:O. E. . Considerando que o
inquérito policial pertinente ao presente processo encontra-se relatado e concluído pela autoridade policial,
encaminhado para esta Vara de Inquéritos Policiais em razão do art. 2º, da Resolução TJE-PA nº 17/2008,
com redação dada pela Resolução nº 10/2009-GP de 15/06/2009, Determino DE ORDEM do Exmo. Sr. Dr.
Heyder Tavares da Silva Ferreira, Juiz de Direito titular da 1ª Vara de Inquéritos Policiais, fundado na
Portaria 001/2014 - 1ª Vara de Inquéritos Policiais (Publicada no DJE 03/04/2014), o encaminhamento dos
autos à distribuição para as providências ulteriores, em tudo observada a literalidade da Resolução nº
17/2008-GP, com sua redação alterada pela resolução nº 010/2009-GP. Publique-se. Cumpra-se. Belém
(PA), 14 de fevereiro de 2019. ____________________ ROSEANE SCHWOB Diretora de Secretaria 1ª
Vara de Inquéritos Policiais PROCESSO: 00210575420128140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Sumário em: 14/02/2019 DENUNCIADO:CLAUDIO MALUZENSKI LEAO DE SALES
Representante(s): OAB 13983 - RODRIGO TAVARES GODINHO (ADVOGADO) OAB 15381 - ANDRE
SILVA TOCANTINS (ADVOGADO) OAB 11816 - EDUARDO IMBIRIBA DE CASTRO (ADVOGADO)
VITIMA:O. E. AUTORIDADE POLICIAL:DPC - EDER MAURO CARDOSO BARRA. DESPACHO R.H; Dou
prosseguimento a audiência de instrução e julgamento e designo o dia 12/08/2019, às 11:00 horas, para a
realização do ato. Acato às justificativas do causídico EDUARDO IMBIRIBA - OAB/PA nº. 11.816, sobre a
ausência injustificada na audiência de instrução e julgamento do dia 05/02/2019, justificativas estas
apresentadas em petitório de fl. 127 dos autos. Saliento, por oportuno, que a vítima ALCIDEMAR
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
para acusar não poderá ostentar de igual forma, a capacidade para julgar, uma vez que nesse sistema
processual não se deduz por meio da ação penal, pretensão punitiva, mas sim pretensão acusatória, razão
pela qual não poderá haver condenação sem que haja acusação formal pelo órgão que dispõe de
legitimidade para tanto. Não são raras as ocasiões em que se estabelece uma relação de prejudicialidade
entre o convencimento do Órgão Acusador e do Órgão Julgador, como por exemplo na situação em que o
Ministério Público pugna pela não existência de crime ou pela absolvição do réu pela insuficiência de
provas e, o Magistrado contrariando-o, decide pela condenação. Nesse caso, não cabe ao Magistrado
exercer qualquer juízo de valor sobre a existência ou não do crime, tampouco pela condenação do réu,
quando o próprio Órgão Acusador reconhece a insuficiência de provas para legitimar um decreto
condenatório, pois ao fazê-lo o Magistrado estaria atuando de ofício, ou seja, sem a pretensão punitiva,
sem a acusação e em manifesta inobservância aos preceitos norteadores do sistema acusatório
consagrados na Lei Maior. Da leitura e interpretação dos comandos pertinentes a esta sistemática
processual inseridos na Consituição Cidadã, é possivel extrair-se o entendimento de que tanto o "ius
persequendi" e o "ius puniendi" pertencem ao Ministério Público, fazendo parte de sua tarefa constitucional
na seara da Justiça Criminal isto é, de sua missão institucional. Nesse sentido, é forçoso concluir que o
"ius puniendi" não é função do Poder Judiciário, eis que o Ministério Público é titular da ação penal, com
exclusividade portanto, tanto quando se manifesta de oficio pelo arquivamento do inquérito policial como
pela absolvição do réu. Sendo assim, quando o Juiz discorda da posição ministerial sobre a absolvição,
investe-se de parcialidade e assume por conseguinte, a figura de acusador, que não está em consonância
com as regras e princípios que informam o direito processual penal moderno, tais como ônus da prova e o
contraditório, vez que inexiste entre as partes litigantes posições opostas, quando a acusação e defesa
fundam suas razões em uma mesma tese. Essa conclusão encontra total ressonância na doutrina
conforme se depreende dos ensinamentos transcritos a seguir: (...)(...)No momento em que o julgador
assume o papel de acusador, toda a sistemática existencial do processo dialético entra em crise. Não há
mais falar, então, em imparcialidade, em eqüidistância (no que tange ao Poder Judiciário) e em presunção
de inocência (no que diz respeito ao acusado).(...)(...) (FERRAJOLI, Luigi. Direito e razão: teoria do
garantismo penal. 1.ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2006, p. 534). (...)(...)Essa
"judicialização da acusação" (a ponto de desprezar o posicionamento técnico do Órgão acusador oficial,
que, invariavelmente, mantém contato direto com a produção probatória) ou, em outros termos, essa
encampação do discurso popular acusatório pelo Órgão julgador, não deixa de refletir, em um contexto
particularizado, o ideal globalizado de "eficiência repressiva", em prejuízo da política de "eficiência
inclusiva". Resumindo: é o axioma invertido "direito penal máximo, direito social mínimo" expandindo-se
nas regiões marginais. Quanto ao alcance da expressão "regiões marginais.(...)(...) (ZAFFARONI, Eugenio
Raúl. Em busca das penas perdidas: a perda da legitimidade do sistema penal. Tradução de Vânia
Romano Pedrosa e Amir Lopez da Conceição. Rio de Janeiro: Revan, 1991, passim). (...)(...)Enfim, o
Ministério Público não tem atribuição de julgar, e o Juiz não tem a de acusar. Quando aquele, em primeiro
ou segundo graus, pede o trancamento da ação ou a absolvição, este não pode prosseguir com o
processo ou condenar o cidadão. Se assim fizer, estará atuando como acusador, e não enquanto
representante do poder Judiciário.(...)(...) (BITENCOURT, Cezar Roberto, SCHMIDT, Andrei Zenker.
Direito Penal Econômico Aplicado. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2004, p. 38.). Portanto, resta
evidente que para reconhecer autoria e materialidade, o Juiz precisa do pedido de condenação do
Ministério Público. Se aquele a quem cabe acusar entende que a imputação não mais se sustenta, seja
porque o fato não tem relevância penal, seja porque a tendo, não há prova convincente da sua ocorrência,
não pode o Juiz condenar o réu, sob pena de desvirtuar com tal decisão a essência do sistema acusatório
entabulado na Constituição Federal. No vertente caso, o Ministério Público requereu em alegações finais a
absolvição dos acusados, por não existir prova suficiente para a condenação. Desta sorte, o desfecho do
feito não pode ser outro nessas circunstâncias, a não ser o da absolvição dos réus pelos fundamentos
invocados pelo Órgão Ministerial. CONCLUSÃO Diante do exposto, JULGO IMPROCEDENTE a pretensão
acusatória deduzida na denúncia de fls. 02/05, ABSOLVENDO os réus FÁBIO ANTÔNIO SILVA DAS
NEVES e DIEGO DOS ANJOS MARTINS, já qualificados, da conduta criminosa prevista no artigo 155,
§4º, inciso II, do Código Repressivo Nacional, com arrimo legal no artigo 386, inciso VII, do Código de
Processo Penal Brasileiro. DISPOSIÇÕES FINAIS Se os réus FÁBIO ANTÔNIO SILVA DAS NEVES e
DIEGO DOS ANJOS MARTINS, estiverem presos revoga as prisões, expedindo-se alvarás de soltura. Se
os réus FÁBIO ANTÔNIO SILVA DAS NEVES e DIEGO DOS ANJOS MARTINS, estiverem com prisões
preventivas decretadas, revogo-as neste ato, expedindo-se contramandados de segregação social,
comunicando a quem de direito. Promovo o confisco e para tanto declaro a perda, em favor da União,
ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé, das coisas apreendidas cujo o fabricos, alienação,
uso, porte ou detenção forem proibidos, de acordo com o estabelecido no artigo 91, incisos I e II, letra "a"
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e "b", do CPB, devendo as armas ou munições eventualmente apreendidas serem destinadas ao Exército
Brasileiro, conforme dispõe o artigo 25, da Lei nº.10.826/2003, se for o caso. As coisas apreendidas cujo
fabrico, alienação, uso, porte ou detenção forem permitidos, se não reclamadas no prazo de 90 (noventa)
dias após o trânsito em julgado desta sentença, serão vendidas em leilão, depositando-se o valor
arrecadado em conta bancária à disposição do Juízo de Ausentes, nos termos do comando legal do artigo
123, do CPP, ressalvados os direitos de terceiros de boa-fé. A fiança é agregada ao processo a fim de,
eventualmente, o réu, quando condenado, pagar custas e às despesas processuais e também a
indenização material do ofendido. Em caso de absolvição cai por terra esta obrigatoriedade. Deve, pois,
ser restituído o valor da fiança. Em sendo assim, caso haja fiança depositada, determino que a mesma
seja reavida pelos réus, com correção monetária, ordenando a restituição da fiança recolhida em Juízo,
devendo os réus serem intimados para tanto. Caso os réus não compareçam em Juízo, intime-se o
causídico que os defende, se constituído, para receber os valores depositados a título de fiança. Em não
comparecendo os réus nem seus patronos constituídos em juízo com a finalidade de reaver a fiança, o
valor deve ser recolhido ao fundo penitenciário, na forma da lei, conforme os artigos 336 e 345 do CPP.
Oficie-se ao Órgão encarregado da estatística criminal, de acordo com o artigo 809 do Código de
Processo Penal Brasileiro. Publique-se na íntegra a presente sentença no Diário de Justiça do Estado do
Pará, conforme o comando legal do artigo 387, inciso VI, do Código de Processo Penal. Em cumprimento
ao disposto no artigo 201, §2º, do CPP, e de acordo com a redação alterada pela Lei nº. 11.690/2008,
especificamente no §3º, do mencionado artigo, determino que à vítima seja cientificada da presente
sentença por meio eletrônico, se fornecido pela mesma, ou alternativamente pela via postal. Intimem-se os
réus e seus defensores da presente sentença, nos parâmetros constantes do artigo 392 do CPP. Intime-se
o Promotor de Justiça da entrega da prestação jurisdicional, conforme o previsto no artigo 390 do CPP.
Após o trânsito em julgado, diligencie a senhora diretora da secretaria com escopo de dar baixa do feito
nos assentamentos criminais dos nacionais acima absolvidos, obedecidas as prescrições que regulam a
matéria. Promovidas às demais providências legais necessárias, ARQUIVEM-SE os autos. Sem Custas.
P.R e I. Belém - PA., 14 de fevereiro de 2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª
Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA PROCESSO: 00237466120188140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SANDRA MARIA LIMA DO CARMO
Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 14/02/2019 DENUNCIADO:MOISES VASCONCELOS
BRITO Representante(s): OAB 25753 - LUCIANA SÁ HIRAKAWA PRESTES (ADVOGADO) VITIMA:O. E.
. De ordem da MM Juíza de Direito da 3ª Vara Criminal, e de conformidade com o provimento n.º
006/2006, art. 1º, § 1º, inc. V, vista do presente autos a(o) DEFENSOR PÚBLICO - a fim de apresentar
resposta escrita, item III conforme despacho de fls. , Belém, 14 de fevereiro de 2019. Sandra Maria Lima
do Carmo Diretora de Secretaria, subscrevo. PROCESSO: 00245965220178140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação:
Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 14/02/2019 DENUNCIADO:BERNARD RAMOS PINHEIRO
DENUNCIADO:DENIS DAVIDSON DE CASTRO BRAGA. DESPACHO RH., Renovem-se as diligências de
fls. 10/10v, para audiência de suspensão condicional do processo nos termos do artigo 89 da Lei
nº.9.099/95, designando para tanto o dia 28/06/2019, às 11:00 horas. Citem-se os acusados BERNARD
RAMOS PINHEIRO e DENIS DAVIDSON DE CASTRO BRAGA, nos novos endereços fornecidos pelo
Ministério Público às fls. 17/19 dos autos. Diligencie-se. Cumpra-se. Belém - PA., 14 de fevereiro de 2019.
EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA
PROCESSO: 00269649720188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 14/02/2019 VITIMA:R. R. S. VITIMA:S. K. L. R. VITIMA:R. J. P. VITIMA:V. V.
N. S. DENUNCIADO:MATHEUS DOS SANTOS LEAO Representante(s): OAB 21503 - OLDEMAR
PEREIRA ALVES (ADVOGADO) . ANÁLISE DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA Processo n.º 0026964-
97.2018.8.14.0401 Comarca de Belém - PA - 3ª Vara Criminal do Juízo Singular Ação Penal Pública Autor:
Ministério Público do Estado do Pará Imputação penal: art. 157, §2º, II, e §2º-A, I, do CP Réu(s): Matheus
dos Santos Leão Advogado(s): Daniel Sabbag (Defensor Público) Juíza prolatora: Eva do Amaral Coelho
D E C I S Ã O O réu, ora requerente, MATHEUS DOS SANTOS LEÃO, citado, por Defensor Público,
apresentou às f1s. 17/22, resposta à acusação prevista nos artigos 396 e 396-A do Código de Processo
Penal, e após detida análise, este Juízo não verificou das alegações apresentadas como absolvê-lo
sumariamente. Em consonância com o art. 397 do Código de Processo Penal, apresentada a resposta, o
Juiz deve absolver sumariamente o acusado, desde que verifique uma das seguintes circunstâncias: a) a
existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; b) a existência manifesta de causa
excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; c) o fato narrado evidentemente não
constituir crime; ou d) extinta a punibilidade do agente. Como se observa, salvo a hipótese de extinção da
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punibilidade do agente, que se trata de questão de ordem objetiva, nas demais, para que o Juiz, nessa
fase, prolate sentença absolvendo, sumariamente, o acusado, é preciso que a decisão seja calcada em
um juízo de certeza, tal como se lhe é exigido para exarar, no final do processo, sentença condenatória.
Vejam-se as expressões usadas, corretamente, pelo legislador, que foram grifadas acima: existência
manifesta e fato narrado evidentemente. É que, aqui, não vigora o princípio do in dubio pro reo, mas sim o
do in dubio pro societate, de modo que, na dúvida, o Juiz deve deixar para analisar essa questão no
momento natural, que é quando do final do processo. Por conseguinte, ela somente é admissível quando o
Juiz tiver certeza da inculpabilidade, da inimputabilidade ou de que, efetivamente, o fato imputado ao
acusado não é crime. Aqui, inverte-se a lógica do processo: para absolver, sumariamente, a decisão do
Juiz, na sua motivação, tem de estar acompanhada de prova robusta em prol do acusado - prova material.
Isso porque, em rigor, ela é uma decisão de exceção, que somente deve ser dada nas hipóteses em que o
Juiz está seguro, com base na robustez da prova, de que o acusado deve ser, independentemente da
instrução do processo, desde logo, absolvido. CONCLUSÃO Diante do exposto, rejeito os argumentos
contidos nas respostas à acusação do réu MATHEUS DOS SANTOS LEÃO, constante às fls. 17/22, e
determino o prosseguimento do feito, nos termos do artigo 399 e seguintes do Código de Processo Penal,
designando audiência de instrução e julgamento para o dia 14/08/2019, às 10:00 horas, sendo promovidas
as seguintes medidas: 01 - Intimação das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa do réu,
para fazerem-se presentes a audiência acima designada. Se as testemunhas arroladas pelas partes
residem foram da jurisdição do Juízo, por medida de economia processual e tendo em vista o princípio
constitucional da razoável duração do processo, expeça-se carta precatória nos termos do artigo 222 do
CPP, com prazo de 30 (trinta) dias, intimando-se acusação e defesa; 02 - Requisição (preso) ou intimação
(solto) do réu, se necessário expeça-se carta precatória, com prazo de 30 (trinta) dias, para conhecimento
da audiência de instrução e julgamento; 03 - Intimação pessoal do Defensor Público; 04 - Intimação do
advogado constituído pelo Diário de Justiça; 05 - Intimação do assistente acusatório pelo Diário de Justiça;
06 - Intimação pessoal do Promotor de Justiça; 07 - Juntada das certidões de antecedentes criminais e de
primariedade atualizadas do réu, caso ainda não tenham sido providenciadas; Diligencie-se. Cumpra-se.
Segue em folhas separadas e computadorizadas decisão acerca do pleito de revogação da prisão
preventiva formulado pela defesa do réu MATHEUS DOS SANTOS LEÃO. Belém - PA., 14 de fevereiro de
2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de Belém
- PA PROCESSO: 00272723620188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 14/02/2019 VITIMA:F. A. N. M. DENUNCIADO:WUERLES VICTOR SOUZA
PALHANO Representante(s): OAB 5522 - MARIA AMELIA DELGADO VIANA (ADVOGADO) .
MANUTENÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA Processo n.º 0027272-36.2018.8.14.0401 Comarca de Belém
- PA - 3ª Vara Criminal do Juízo Singular Ação Penal Pública Autor: Ministério Público do Estado do Pará
Imputação penal: art. 157, §2º, II, e §2º-A, I, c/c art. 69, todos do CP Denunciado(s): Wuerles Victor Souza
Palhano Advogado(as): Maria Amélia Delgado - OAB/PA nº. 5.522 Juíza prolatora: Eva do Amaral Coelho
Decisão O réu, ora requerente, WUERLES VICTOR SOUZA PALHANO, já qualificado no feito, por
advogado, reiterou às fls. 25/28 o pedido de REVOGAÇÃO de PRISÃO PREVENTIVA, a fim de responder
em liberdade ao processo, no qual está sendo acusado da prática criminosa prevista no artigo157, §2º, II,
e §2º-A, I, c/c art. 69, todos do CP Instado a se manifestar sobre o pedido, o Ministério Público exarou
parecer nos autos às fls. 29/30, opinando pelo indeferimento do pleito. Vieram-me os autos conclusos. É o
breve relatório. Decido. Reza o artigo 316 de nosso Estatuto Processual Penal que o Juiz poderá revogar
a prisão preventiva se, no decorrer do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como
de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. São requisitos para a decretação da custódia
preventiva: a garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação
da Lei, no caso de uma eventual condenação, bem como se houverem provas do crime e indícios
suficientes de autoria. No caso ora em exame, a segregação cautelar foi decretada em virtude de o réu
representar perigo à ordem pública e social, bem como para garantir a instrução processual e a futura
aplicação da lei penal, em caso de condenação. Ressaltamos que após detida análise, verifico que
persistem, ainda, os requisitos para a segregação social daquele, expostos na decisão de decretação de
prisão constante às fls. 40/42 do IPL e da manutenção da prisão de fls. 19/20 dos autos. CONCLUSÃO
Considerando que as razões que justificam a custódia preventiva do acusado, neste processo, ainda
subsistem, eis que não foram encontrados fatos novos que alterem esta condição, chancelada pelo
parecer do Órgão Ministerial de fls. 29/30, no qual é pelo não acolhimento do requerimento, indefiro o
pedido da defesa de fls. 25/28, mantendo a prisão decretada nos precisos termos da decisão de fls. 40/42
do IPL e da manutenção da prisão de fls. 19/20 do feito, contra WUERLES VICTOR SOUZA PALHANO,
qualificado, recomendando-o no Estabelecimento Penal onde se encontra segregado do convívio social.
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P.R e I. Belém - PA., 14 de fevereiro de 2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª
Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA PROCESSO: 00298766720188140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação:
Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 14/02/2019 VITIMA:C. N. S. VITIMA:D. C. C.
DENUNCIADO:IURY DA COSTA ROSARIO. MANUTENÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA Processo n.º
0029876-67.2018.8.14.0401 Comarca de Belém - PA - 3ª Vara Criminal do Juízo Singular Ação Penal
Pública Autor: Ministério Público do Estado do Pará Imputação penal: art. 157, §2º, II, c/c art. 14, II, ambos
do CP Denunciado(as): Iury da Costa Rosário Advogado(as): Daniel Sabbag (Defensor Público) Juíza
Prolatora: Eva do Amaral Coelho Decisão O réu, ora requerente, IURY DA COSTA ROSÁRIO, já
qualificado, por Defensor Público, requereu às fls. 09/13 a REVOGAÇÃO de sua PRISÃO PREVENTIVA
decretada nos autos, a fim de responder em liberdade ao processo, no qual está sendo acusado da prática
criminosa prevista no artigo 157, §2º, inciso II, c/c o artigo 14, inciso II, ambos do Código Penal Brasileiro.
Instado a se manifestar sobre o pedido o Ministério Público exarou parecer nos autos às fls. 16/17,
opinando pelo indeferimento do pleito. Vieram os autos a este Juízo para decisão. É o breve relatório.
Decido. Os pleitos não devem ser deferidos. A prisão preventiva, de natureza cautelar (processual),
pressupõe o preenchimento de dois requisitos. O primeiro é o fumus commissi delicti, que no Direito Penal
nada mais é que a justa causa, ou seja, a prova da existência do crime, e a prova de que é o acusado o
autor do mesmo, ou que ao menos exista indícios que apontem para tal. Outro requisito é o periculum
libertatis, que se subdivide em duas categorias; a da Cautelaridade Social, que compreende as hipóteses
de garantia da ordem pública e garantia da ordem econômica; e a da Cautelaridade Processual, que por
sua vez compreende a conveniência da instrução criminal, e a segurança para a aplicação da lei penal. É
o artigo 312 do Código de Processo Penal. No que tange ao caso concreto, verifica-se que há nos autos
prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria (fumus commissi delicti), demonstrados pelas
provas até então colhidas no inquérito policial, em especial, pelos depoimentos das vítimas e das
testemunhas ali coletadas, são indicações suficientes de que este é, em tese, o autor do crime. Também
se observam presentes os fundamentos da conveniência da instrução processual, da segurança da futura
aplicação da lei penal e da ordem Pública (periculum libertatis). Em primeiro plano, porque o acusado já
responde a outro processo na Comarca de Belém, vivendo no limiar da criminalidade, e solto, certamente,
voltará ao perverso submundo do crime, devendo o Juízo se assegurar, com medidas duras, que a
sociedade paraense não volte a sofrer com as reiterações criminosas por parte do mesmo. Estas são
provas mais do que concretas que o acusado não quer se submeter à Lei e a ordem, e caso obtenha sua
liberdade, prejudicará, sobremaneira, a instrução processual, a futura aplicação da lei penal e a ordem
pública, pois não será mais encontrado, eis que poderá tomar rumo ignorado, sem contar que retornará a
delinquir, sendo, portanto, necessária a mantença do mesmo segregado do convívio social. CONCLUSÃO
Assim, haja vista existirem provas da materialidade do crime e indícios suficientes de autoria e, ainda,
considerando, a gravidade do crime, o perigo de vir a ser solto, fugindo para local incerto, bem como voltar
a delinquir, e por não existir fatos novos que alterem a decisão de segregação social do denunciado,
chancelada pelo parecer desfavorável do Ministério Público, INDEFIRO o PEDIDO e MANTENHO a
PRISÃO PREVENTIVA decretada em desfavor de IURY DA COSTA ROSÁRIO, nos termos do artigo 312,
do Código de Processo Penal, justificada esta decisão no fundamento da garantia da instrução processual,
futura aplicação da lei penal e da ordem pública, recomendando-o no estabelecimento penal onde se
encontra preso. Diligencie-se. Cumpra-se. P. R e I. Belém - PA, 14 de fevereiro de 2019. EVA DO
AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA
PROCESSO: 00298766720188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 14/02/2019 VITIMA:C. N. S. VITIMA:D. C. C. DENUNCIADO:IURY DA
COSTA ROSARIO. ANÁLISE DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA Processo n.º 0029876-67.2018.8.14.0401
Comarca de Belém - PA - 3ª Vara Criminal do Juízo Singular Ação Penal Pública Autor: Ministério Público
do Estado do Pará Imputação penal: art. 157, §2º, II, c/c art. 14, II, e art. 70, todos do CP Réu(s): Iury da
Costa Rosário Advogado(s): Daniel Sabbag (Defensor Público) Juíza prolatora: Eva do Amaral Coelho D E
C I S Ã O O réu, ora requerente, IURY DA COSTA ROSÁRIO, citado, por Defensor Público, apresentou às
f1s. 09/13, resposta à acusação prevista nos artigos 396 e 396-A do Código de Processo Penal, e após
detida análise, este Juízo não verificou das alegações apresentadas como absolvê-lo sumariamente. Em
consonância com o art. 397 do Código de Processo Penal, apresentada a resposta, o Juiz deve absolver
sumariamente o acusado, desde que verifique uma das seguintes circunstâncias: a) a existência manifesta
de causa excludente da ilicitude do fato; b) a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do
agente, salvo inimputabilidade; c) o fato narrado evidentemente não constituir crime; ou d) extinta a
punibilidade do agente. Como se observa, salvo a hipótese de extinção da punibilidade do agente, que se
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trata de questão de ordem objetiva, nas demais, para que o Juiz, nessa fase, prolate sentença absolvendo,
sumariamente, o acusado, é preciso que a decisão seja calcada em um juízo de certeza, tal como se lhe é
exigido para exarar, no final do processo, sentença condenatória. Vejam-se as expressões usadas,
corretamente, pelo legislador, que foram grifadas acima: existência manifesta e fato narrado
evidentemente. É que, aqui, não vigora o princípio do in dubio pro reo, mas sim o do in dubio pro societate,
de modo que, na dúvida, o Juiz deve deixar para analisar essa questão no momento natural, que é quando
do final do processo. Por conseguinte, ela somente é admissível quando o Juiz tiver certeza da
inculpabilidade, da inimputabilidade ou de que, efetivamente, o fato imputado ao acusado não é crime.
Aqui, inverte-se a lógica do processo: para absolver, sumariamente, a decisão do Juiz, na sua motivação,
tem de estar acompanhada de prova robusta em prol do acusado - prova material. Isso porque, em rigor,
ela é uma decisão de exceção, que somente deve ser dada nas hipóteses em que o Juiz está seguro, com
base na robustez da prova, de que o acusado deve ser, independentemente da instrução do processo,
desde logo, absolvido. CONCLUSÃO Diante do exposto, rejeito os argumentos contidos nas respostas à
acusação do réu IURY DA COSTA ROSÁRIO, constante às fls. 09/13, e determino o prosseguimento do
feito, nos termos do artigo 399 e seguintes do Código de Processo Penal, designando audiência de
instrução e julgamento para o dia 28/03/2019, às 11:00 horas, sendo promovidas as seguintes medidas:
01 - Intimação das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa do réu, para fazerem-se presentes
a audiência acima designada. Se as testemunhas arroladas pelas partes residem foram da jurisdição do
Juízo, por medida de economia processual e tendo em vista o princípio constitucional da razoável duração
do processo, expeça-se carta precatória nos termos do artigo 222 do CPP, com prazo de 30 (trinta) dias,
intimando-se acusação e defesa; 02 - Requisição (preso) ou intimação (solto) do réu, se necessário
expeça-se carta precatória, com prazo de 30 (trinta) dias, para conhecimento da audiência de instrução e
julgamento; 03 - Intimação pessoal do Defensor Público; 04 - Intimação do advogado constituído pelo
Diário de Justiça; 05 - Intimação do assistente acusatório pelo Diário de Justiça; 06 - Intimação pessoal do
Promotor de Justiça; 07 - Juntada das certidões de antecedentes criminais e de primariedade atualizadas
do réu, caso ainda não tenham sido providenciadas; Diligencie-se. Cumpra-se. Segue em folhas
separadas e computadorizadas decisão acerca do pleito de revogação da prisão preventiva formulado pela
defesa do réu IURY DA COSTA ROSÁRIO. Belém - PA., 14 de fevereiro de 2019. EVA DO AMARAL
COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA PROCESSO:
00010040820198140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
EVA DO AMARAL COELHO Ação: Procedimento Comum em: 15/02/2019 DENUNCIADO:ROBSON DE
SOUZA MOREIRA INDICIADO:EM APURACAO VITIMA:R. F. S. . RECEBIMENTO DE DENÚNCIA
Processo n.º 0001004-08.2019.8.14.0401 Comarca de Belém - PA - 3ª Vara Criminal do Juízo Singular
Ação Penal Pública Autor: Ministério Público do Estado do Pará Imputação penal: art. 302, §1º, I, do CTB
Réu(s): Robson de Souza Moreira Juíza prolatora: Eva do Amaral Coelho DECISÃO I - Recebo a denúncia
oferecida pelo MINISTÉRIO PÚBLICO do Estado do Pará contra ROBSON DE SOUZA MOREIRA, por
preencher os requisitos formais de admissibilidade do artigo 41 do CPP, descrevendo fato de relevância
penal, sem que se possa vislumbrar, em análise inicial, situação excludente de ilicitude ou de
culpabilidade. A justa causa para a ação penal está, por sua vez, satisfatoriamente consubstanciada nos
elementos colhidos no inquérito policial. Desta forma, não vislumbro razão para rejeitá-la liminarmente (art.
395 do CPP). II- Cite(m)-se o(s) acusado(s) para se ver(em) processado(s) até final decisão e nos termos
do artigo 396 do CPP, responder a acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias consoante disposto no
artigo 396-A, do supramencionado Diploma Processual Penal. Na resposta o(s) acusado(s) poderá(rão)
arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações,
especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas (CPP art. 401, até o número de 8), qualificando-as
e requerendo sua intimação, quando necessário. III- Conste do mandado de citação que não sendo
apresentada resposta no prazo legal, fica desde já nomeada a Defensora Pública para tal fim, devendo a
senhora Diretora de Secretaria certificar o decurso do prazo sem oferecimento da resposta e em seguida
dar vista dos autos a Defensoria Pública para que ofereça a resposta no prazo em dobro de 20 (vinte)
dias. IV- Em caso de eventuais EXCEÇÕES apresentadas no prazo de resposta escrita. A SECRETARIA
DEVERÁ PROCESSAR EM AUTOS APARTADOS. V- Apresentada a DEFESA, havendo arguição de
preliminares e documentos novos, deverá à senhora Diretora de Secretaria dar vista ao Ministério Público,
para manifestação no prazo de 05(cinco) dias (CPP art. 409). VI- Tratando-se de RÉU SOLTO (se for o
caso) desde já fica advertido (a) de que a partir do recebimento da denúncia, quaisquer mudanças de
endereço deverão ser informadas ao Juízo, para fins de adequada intimação e comunicação oficial. Caso
contrário o processo seguirá sem a presença do acusado que, CITADO ou INTIMADO pessoalmente para
qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não
comunicar o novo endereço ao Juízo (CPP art. 367). VII- Verificando o Senhor Oficial de Justiça que o(s)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
réu(s) se oculta(m) para não ser(em) citado(s), deverá certificar a ocorrência e proceder à citação com
hora certa, na forma estabelecida nos artigos 227 a 229 do CPC, usado subsidiariamente pelo Código de
Processo Penal Brasileiro. VIII- Verificando-se nos autos que há advogado constituído intime-se o mesmo
para apresentar a defesa no prazo legal. IX - Se o(s) denunciado(s) não for(em) encontrado(s), confirme
seu(s) endereço(s) ou encontre o(s) seu(s) paradeiro(s) junto ao sistema SIEL da Justiça Eleitoral. Sendo
negativa a diligência, vista ao Ministério Público para que forneça o endereço atualizado do denunciado.
Ainda assim, não sendo possível a citação pessoal do(s) denunciado(s), e havendo informação de que se
encontra(m) em local incerto, expeça-se edital, com o prazo de 15 (quinze) dias. X - No caso de o(s)
denunciado(s) residir(em) fora da jurisdição do Juízo, expeça-se carta precatória, com prazo de 30 (trinta)
dias, para citação do(s) mesmo(s). XI - No caso de não ser(em) o(s) denunciado(s) civilmente
identificado(s), requisite-se à autoridade policial a identificação criminal do(s) mesmo(s) no prazo de 10
(dez) dias. XII - Juntem-se certidões de antecedentes e primariedade. XIII- Certifique-se se houve
encaminhamento de LAUDOS PERICIAIS eventualmente necessários. Em caso do não atendimento,
reiterar as solicitações imediatamente com prazo de 05 (cinco) dias. XIV - Oportunamente, retornem os
autos conclusos para análise de eventual absolvição sumária, nos termos do artigo 397 do CPP.
Diligencie-se. Cumpra-se. Belém - PA, 15 de fevereiro de 2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de
Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA PROCESSO: 00024487620198140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HEYDER TAVARES DA
SILVA FERREIRA Ação: Inquérito Policial em: 15/02/2019 VITIMA:O. E. INDICIADO:EVALDO MAGNO
CORREA Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) . Considerando que o
inquérito policial pertinente ao presente processo encontra-se relatado e concluído pela autoridade policial,
encaminhado para esta Vara de Inquéritos Policiais em razão do art. 2º, da Resolução TJE-PA nº 17/2008,
com redação dada pela Resolução nº 10/2009-GP de 15/06/2009, Determino DE ORDEM do Exmo. Sr. Dr.
Heyder Tavares da Silva Ferreira, Juiz de Direito titular da 1ª Vara de Inquéritos Policiais, fundado na
Portaria 001/2014 - 1ª Vara de Inquéritos Policiais (Publicada no DJE 03/04/2014), o encaminhamento dos
autos à distribuição para as providências ulteriores, em tudo observada a literalidade da Resolução nº
17/2008-GP, com sua redação alterada pela resolução nº 010/2009-GP. Publique-se. Cumpra-se. Belém
(PA), 15 de fevereiro de 2019. ____________________ ROSEANE SCHWOB Diretora de Secretaria 1ª
Vara de Inquéritos Policiais PROCESSO: 00030916820188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 15/02/2019 DENUNCIADO:ANDERSON DE SOUZA WANZELER
Representante(s): OAB 25332 - OSVALDO BRITO DE MEDEIROS NETO (ADVOGADO) VITIMA:J. A. S. .
DESPACHO RH, Designo o dia 01/08/2019, às 11:30 horas, para continuidade da audiência de instrução e
julgamento. Intime-se (solto) ou requisite-se (preso) o denunciado ANDERSON DE SOUZA WANZELER.
Defiro, por oportuno, a inclusão no Sistema LIBRA do nome do causídico OSVALDO BRITO DE
MEDEIROS NETO - OAB-PA nº. 25.332, como patrono do réu ANDERSON DE SOUZA WANZELER,
procuração de fl. 44 dos autos. Intime-se o advogado constituído pelo Diário de Justiça. Intime-se
pessoalmente o Promotor de Justiça. Diligencie-se. Cumpra-se. Segue em folhas separadas e
computadorizadas decisão acerca do pleito de revogação da prisão preventiva formulado pela defesa do
réu ANDERSON DE SOUZA WANZELER. Belém - PA, 15 de fevereiro de 2019. EVA DO AMARAL
COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA PROCESSO:
00058707420008140401 PROCESSO ANTIGO: 200020064542
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 15/02/2019 DEFENSOR:DEFENSORA PUBLICA ADVOGADO:RICARDO
JERONIMO DE O. FROES VITIMA:B. B. L. A. M. VITIMA:B. L. A. M. INDICIADO:MIGUEL RODRIGUES
CARNEIRO INDICIADO:PAULO SERGIO OLIVEIRA SOUZA INDICIADO:JOSE TADEU DE OLIVEIRA
MORAES DENUNCIADO:WLADIMIR LUCIANO DENUNCIADO:WALTER LUIZ SOUZA DA FONSECA
DENUNCIADO:LUIZ PAULO LUCIANO COATOR:IPN. 043/2000 - DRF/VEICULOS
ADVOGADO:DR.SERGIO CARDOSO BASTOS -ASSIS. ACUSACA. SENTENÇA Processo n.º 0005870-
74.2000.8.14.0401 Comarca de Belém - PA - 3ª Vara Criminal do Juízo Singular Ação penal pública Autor:
Ministério Público do Estado do Pará Imputação penal: art. 180, caput, do CP Réu(s): Walter Luiz Souza
da Fonseca Juíza Prolatora: Eva do Amaral Coelho O MINISTÉRIO PÚBLICO do Estado do Pará por um
de seus Promotores de Justiça do Juízo Singular denunciou WALTER LUIZ SOUZA DA FONSECA, já
qualificado nos autos, como incurso nas sanções punitivas do artigo 180, caput, do Diploma Repressivo
Brasileiro. A denúncia ofertada contra o acusado foi recebida em 19/04/2000, conforme se pode verificar à
fl. 82 dos autos. O processo teve o seu curso suspenso, bem como o curso do prazo prescricional em
25/10/2002, de acordo com a decisão de fl. 109 do feito. A prescrição passou a fluir novamente a partir de
25/10/2010, conforme decisão de fl. 159. O Ministério Público exarou parecer às fls. 171/172, no qual
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requereu a extinção do processo pela prescrição. É o relatório. Decido. Após longos anos sem solução,
realmente deve ser declarada extinta a punibilidade do réu WALTER LUIZ SOUZA DA FONSECA, eis que
a pena do crime praticado pelo mesmo, que se encontra capitulado no artigo 180, caput, do Código Penal
Brasileiro, foi atingida pela prescrição. O crime previsto no artigo 180, caput, do CP, em tese, praticado
pelo réu, tem pena máxima privativa de liberdade de 04 (quatro) anos de reclusão e, nos termos do artigo
109, inciso IV, do CPB, a prescrição da referida pena opera-se em 08 (oito) anos. Vejamos o que diz o
artigo 109, do Código Penal Pátrio: (...)Art. 109 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença
final, salvo o disposto no § 1º do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de
liberdade cominada ao crime, verificando-se: I - em 20 (vinte) anos, se o máximo da pena é superior a 12
(doze); II - em 16 (dezesseis) anos, se o máximo da pena é superior a 8 (oito) anos e não excede a 12
(doze); III - em 12 (doze) anos, se o máximo da pena é superior a 4 (quatro) anos e não excede a 8 (oito);
IV - em 8 (oito) anos, se o máximo da pena é superior a 2 (dois) anos e não excede a 4 (quatro); V - em 4
(quatro) anos, se o máximo da pena é igual a 1 (um) ano ou, sendo superior, não excede a 2 (dois); VI -
em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.(...) (grifos meus) Ora, se a denúncia
constante do presente processo foi recebida em 19/04/2000, ficando o processo suspenso de 25/10/2010,
após este marco passou o prazo prescricional a fluir novamente até 25/10/2018, ocorrendo por
consequência, a extinção da pretensão punitiva Estatal pela prescrição, nos termos do artigo 107, inciso
IV, primeira figura, do CP. (...)Art. 107. Extingue-se a punibilidade: IV - pela prescrição, decadência ou
perempção;(...). (grifos meus) Portanto, a extinção do processo torna-se absolutamente necessária, por
tratar-se de disposição obrigatória, podendo inclusive ser decretada de ofício, como se observa do artigo
61 do Código de Processo penal, que assim determina: (...) Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz,
se reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-lo de ofício.(...) (grifos meus) Assim, reconheço a
prescrição da pretensão punitiva estatal, pela pena máxima abstrata com declaração da extinção da
punibilidade em relação ao acusado WALTER LUIZ SOUZA DA FONSECA. CONCLUSÃO Posto isto,
reconheço a perda do direito de punir do Estado, e com sustentáculo legal nos artigos 107, inciso IV, c/c
109, inciso IV, do Código Penal Pátrio e 61 do Caderno Processual Penal Brasileiro, declaro a extinção da
pretensão punitiva Estatal em relação ao acusado WALTER LUIZ SOUZA DA FONSECA, já devidamente
qualificado nos autos. DISPOSIÇÕES FINAIS Levando-se em conta a declaração da prescrição e a
consequente extinção da punibilidade do acusado WALTER LUIZ SOUZA DA FONSECA, caso haja,
PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA, e com sustentáculo legal no artigo 316 do CPP, REVOGO A
ORDEM, determinando expedição de ofício, a que de direito, em especial autoridade policial competente,
informando a presente decisão, sustando os efeitos do mandado anteriormente encaminhado aos entes
públicos, com baixa no banco de cadastro de prisões do CNJ. A fiança é agregada ao processo a fim de,
eventualmente, o réu, quando condenado, pagar custas e as despesas processuais e também a
indenização material do ofendido. Em caso de extinção da punibilidade pela prescrição cessa o poder de
processar do Estado. Deve, pois, ser restituído o valor da fiança. Em sendo assim, determino que a fiança,
caso exista, deve ser reavida pelo réu, com correção monetária, ordenando a restituição da fiança
recolhida em Juízo, devendo o réu ser intimado para tanto. Caso o réu não compareça em Juízo, intime-se
o causídico que o defende, se constituído, para receber os valores depositados a título de fiança. Em não
comparecendo o réu e seu patrono constituído em juízo com a finalidade de reaver a fiança, o valor deve
ser recolhido ao fundo penitenciário, na forma da lei, conforme os artigos 336 e 345 do CPP. Promovo o
confisco e para tanto declaro a perda, em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de
boa-fé, das coisas apreendidas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção forem proibidos, de acordo
com o estabelecido no artigo 91, incisos I e II, letra ¨a¨ e ¨b¨, do CPB, devendo as armas brancas ser
destinadas a destruição e as armas de fogo e munições eventualmente apreendidas serem encaminhadas
ao Exército Brasileiro, conforme dispõe o artigo 25, da Lei nº.10.826/2003, se for o caso. As coisas
apreendidas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção forem permitidos, se não reclamadas no prazo
de 90 (noventa) dias após o trânsito em julgado desta sentença, serão vendidas em leilão, depositando-se
o valor arrecadado em conta bancária à disposição do Juízo de Ausentes, nos termos do comando legal
do artigo 123, do CPP, ressalvados os direitos de terceiros de boa-fé. Publique-se na íntegra a presente
sentença no Diário de Justiça do Estado do Pará, conforme o comando legal do artigo 387, inciso VI, do
Código de Processo Penal. Em cumprimento ao disposto no artigo 201, §2º, do CPP, e de acordo com a
redação alterada pela Lei nº. 11.690/2008, especificamente no §3º, do mencionado artigo, determino que à
vítima seja cientificada da presente sentença por meio eletrônico, se fornecido pela mesma, ou
alternativamente pela via postal. Intimem-se o réu e seu defensor da presente sentença, nos parâmetros
constantes do artigo 392 do CPP. Intime-se o Promotor de Justiça da entrega da prestação jurisdicional,
conforme o previsto no artigo 390 do CPP. Após as providências legais necessárias e demais
comunicações de estilo, e em não havendo interposição de recursos voluntários pelas partes, ARQUIVEM-
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
SE os autos. Isento o réu de custas. P. R e I. Belém do Pará, 15 de fevereiro de 2019. EVA DO AMARAL
COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém - PA PROCESSO:
00073065820168140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 15/02/2019
DENUNCIADO:ELIZANDRA CRISTINA SILVA VITIMA:O. E. . DESPACHO R.H; Dou prosseguimento a
audiência de instrução e julgamento e designo o dia 08/08/2019, às 10:30 horas, para a realização do ato.
Saliento, por oportuno, que testemunha JEAN GEORGE MESQUITA PEDROSA, indicada pela acusação
em sua vestibular de fl. 02/04, já foi devidamente inquirida, conforme se vê da mídia de fl. 28. Requisite-se
a testemunha GILBERTO LUIZ DE OLIVEIRA, arrolada pela acusação em sua inicial de fls. 02/04, ao
Delegado Geral de Polícia Civil do Estado do Pará. Intime-se as testemunhas ANTÔNIO LUCAS SILVA
DE MORAES e JOSIMARA SODRÉ MARINHO, indicada pela acusação em sua peça de ingresso de fls.
02/04, nos endereços fornecidos às fls. 48/50 do feito. Observo que a defesa da ré ELIZANDRA CRISTINA
SILVA em sua resposta à acusação de fls. 08/10, arrolou as mesmas testemunhas indicadas pelo
Ministério Público. Requisite-se (preso) ou intime-se (solto) a ré ELIZANDRA CRISTINA SILVA, para ser
devidamente qualificada e interrogada. Intime-se pessoalmente o Defensor Público. Intime-se
pessoalmente o Promotor de Justiça Diligencie-se. Cumpra-se. Belém - PA, 15 de fevereiro de 2019. EVA
DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA
PROCESSO: 00092380220048140401 PROCESSO ANTIGO: 200420231786
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 15/02/2019 VITIMA:A. R. C. M. REU:FRANCIS LEVY DA SILVA FINNEGAN
Representante(s): DORIVALDO ALMEIDA BELEM (ADVOGADO) REU:MARIANO ALBERTO CORREA
DOS SANTOS Representante(s): JANDIRA PINHEIRO DE CARVALHO (ADVOGADO)
DENUNCIADO:JUCELINO GOMES PASSARINHO Representante(s): DEFENSORA PUBLICA
(ADVOGADO) . SENTENÇA Processo n.º 0009238-02.2004.8.14.0401 Comarca de Belém - PA - 3ª Vara
Criminal do Juízo Singular Ação penal pública Autor: Ministério Público do Estado do Pará Imputação
penal: art. 180, §3º, do CP Réu(s): Jucelino Gomes Passarinho Juíza Prolatora: Eva do Amaral Coelho O
MINISTÉRIO PÚBLICO do Estado do Pará por um de seus Promotores de Justiça do Juízo Singular
denunciou JUCELINO GOMES PASSARINHO, já qualificado nos autos, como incurso nas sanções
punitivas do artigo 180, §3º, do Código Penal Brasileiro. A denúncia ofertada contra o acusado foi recebida
em 21/02/2005, conforme se pode verificar à fl. 34 dos autos. O processo teve o seu curso suspenso, bem
como o curso do prazo prescricional em 10/01/2006, de acordo com a decisão de fl. 78 do feito. O
Ministério Público exarou parecer às fls. 228/229, no qual requereu a extinção do processo pela
prescrição. É o relatório. Decido. Após longos anos sem solução, realmente deve ser declarada extinta a
punibilidade do acusado JUCELINO GOMES PASSARINHO, eis que a pena do crime praticado pelo
mesmo, que se encontra capitulado no artigo 180, §3º, do Código Penal Brasileiro, foi atingida pela
prescrição. O crime previsto no artigo 180, §3º, do CP, em tese, praticado pelo réu, tem pena máxima
privativa de liberdade de 01 (um) ano de detenção, e, nos termos do artigo 109, inciso V, do CPB, a
prescrição da referida pena opera-se em 04 (quatro) anos. Vejamos o que diz o artigo 109, do Código
Penal Pátrio: (...)Art. 109 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no
§ 1º do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime,
verificando-se: I - em 20 (vinte) anos, se o máximo da pena é superior a 12 (doze); II - em 16 (dezesseis)
anos, se o máximo da pena é superior a 8 (oito) anos e não excede a 12 (doze); III - em 12 (doze) anos, se
o máximo da pena é superior a 4 (quatro) anos e não excede a 8 (oito); IV - em 8 (oito) anos, se o máximo
da pena é superior a 2 (dois) anos e não excede a 4 (quatro); V - em 4 (quatro) anos, se o máximo da
pena é igual a 1 (um) ano ou, sendo superior, não excede a 2 (dois); VI - em 3 (três) anos, se o máximo da
pena é inferior a 1 (um) ano.(...) (grifos meus) Ora, se a denúncia constante do presente processo foi
recebida em 21/02/2005, ficando o processo suspenso até 10/01/2010, após este marco passou o prazo
prescricional a fluir novamente até 10/01/2014, ocorrendo por consequência, a extinção da pretensão
punitiva Estatal pela prescrição, nos termos do artigo 107, inciso IV, primeira figura, do CP. (...)Art. 107.
Extingue-se a punibilidade: IV - pela prescrição, decadência ou perempção;(...). (grifos meus) Portanto, a
extinção do processo torna-se absolutamente necessária, por tratar-se de disposição obrigatória, podendo
inclusive ser decretada de ofício, como se observa do artigo 61 do Código de Processo penal, que assim
determina: (...) Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, deverá
declará-lo de ofício.(...) (grifos meus) Assim, reconheço a prescrição da pretensão punitiva estatal, pela
pena máxima abstrata com declaração da extinção da punibilidade em relação ao acusado JUCELINO
GOMES PASSARINHO. CONCLUSÃO Posto isto, reconheço a perda do direito de punir do Estado, e com
sustentáculo legal nos artigos 107, inciso IV, c/c 109, inciso V, do Código Penal Pátrio e 61 do Caderno
Processual Penal Brasileiro, declaro a extinção da pretensão punitiva Estatal em relação ao acusado
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
encontra capitulado no artigo 155, caput, do Código Penal Brasileiro, foi atingida pela prescrição. O crime
previsto no artigo 155, caput, do CP, em tese, praticado pelo réu, tem pena máxima privativa de liberdade
de 04 (quatro) anos de reclusão e, nos termos do artigo 109, inciso IV, do CPB, a prescrição da referida
pena opera-se em 08 (oito) anos. Vejamos o que diz o artigo 109, do Código Penal Pátrio: (...)Art. 109 - A
prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1º do art. 110 deste
Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: I - em 20
(vinte) anos, se o máximo da pena é superior a 12 (doze); II - em 16 (dezesseis) anos, se o máximo da
pena é superior a 8 (oito) anos e não excede a 12 (doze); III - em 12 (doze) anos, se o máximo da pena é
superior a 4 (quatro) anos e não excede a 8 (oito); IV - em 8 (oito) anos, se o máximo da pena é superior a
2 (dois) anos e não excede a 4 (quatro); V - em 4 (quatro) anos, se o máximo da pena é igual a 1 (um) ano
ou, sendo superior, não excede a 2 (dois); VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um)
ano.(...) (grifos meus) Ora, se a denúncia constante do presente processo foi recebida em 03/01/2002,
ficando o processo suspenso até 04/12/2010, após este marco passou o prazo prescricional a fluir
novamente até 04/12/2018, ocorrendo por consequência, a extinção da pretensão punitiva Estatal pela
prescrição, nos termos do artigo 107, inciso IV, primeira figura, do CP. (...)Art. 107. Extingue-se a
punibilidade: IV - pela prescrição, decadência ou perempção;(...). (grifos meus) Portanto, a extinção do
processo torna-se absolutamente necessária, por tratar-se de disposição obrigatória, podendo inclusive
ser decretada de ofício, como se observa do artigo 61 do Código de Processo penal, que assim determina:
(...) Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-lo
de ofício.(...) (grifos meus) Assim, reconheço a prescrição da pretensão punitiva estatal, pela pena máxima
abstrata com declaração da extinção da punibilidade em relação ao acusado LIRIVAL DE NAZARÉ
TEIXEIRA PRADO. CONCLUSÃO Posto isto, reconheço a perda do direito de punir do Estado, e com
sustentáculo legal nos artigos 107, inciso IV, c/c 109, inciso IV, do Código Penal Pátrio e 61 do Caderno
Processual Penal Brasileiro, declaro a extinção da pretensão punitiva Estatal em relação ao acusado
LIRIVAL DE NAZARÉ TEIXEIRA PRADO, já devidamente qualificado nos autos. DISPOSIÇÕES FINAIS
Levando-se em conta a declaração da prescrição e a consequente extinção da punibilidade do acusado
LIRIVAL DE NAZARÉ TEIXEIRA PRADO, caso haja, PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA, e com
sustentáculo legal no artigo 316 do CPP, REVOGO A ORDEM, determinando expedição de ofício, a que
de direito, em especial autoridade policial competente, informando a presente decisão, sustando os efeitos
do mandado anteriormente encaminhado aos entes públicos, com baixa no banco de cadastro de prisões
do CNJ. A fiança é agregada ao processo a fim de, eventualmente, o réu, quando condenado, pagar
custas e as despesas processuais e também a indenização material do ofendido. Em caso de extinção da
punibilidade pela prescrição cessa o poder de processar do Estado. Deve, pois, ser restituído o valor da
fiança. Em sendo assim, determino que a fiança, caso exista, deve ser reavida pelo réu, com correção
monetária, ordenando a restituição da fiança recolhida em Juízo, devendo o réu ser intimado para tanto.
Caso o réu não compareça em Juízo, intime-se o causídico que o defende, se constituído, para receber os
valores depositados a título de fiança. Em não comparecendo o réu e seu patrono constituído em juízo
com a finalidade de reaver a fiança, o valor deve ser recolhido ao fundo penitenciário, na forma da lei,
conforme os artigos 336 e 345 do CPP. Promovo o confisco e para tanto declaro a perda, em favor da
União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé, das coisas apreendidas cujo fabrico,
alienação, uso, porte ou detenção forem proibidos, de acordo com o estabelecido no artigo 91, incisos I e
II, letra ¨a¨ e ¨b¨, do CPB, devendo as armas brancas ser destinadas a destruição e as armas de fogo e
munições eventualmente apreendidas serem encaminhadas ao Exército Brasileiro, conforme dispõe o
artigo 25, da Lei nº.10.826/2003, se for o caso. As coisas apreendidas cujo fabrico, alienação, uso, porte
ou detenção forem permitidos, se não reclamadas no prazo de 90 (noventa) dias após o trânsito em
julgado desta sentença, serão vendidas em leilão, depositando-se o valor arrecadado em conta bancária à
disposição do Juízo de Ausentes, nos termos do comando legal do artigo 123, do CPP, ressalvados os
direitos de terceiros de boa-fé. Publique-se na íntegra a presente sentença no Diário de Justiça do Estado
do Pará, conforme o comando legal do artigo 387, inciso VI, do Código de Processo Penal. Em
cumprimento ao disposto no artigo 201, §2º, do CPP, e de acordo com a redação alterada pela Lei nº.
11.690/2008, especificamente no §3º, do mencionado artigo, determino que à vítima seja cientificada da
presente sentença por meio eletrônico, se fornecido pela mesma, ou alternativamente pela via postal.
Intimem-se o réu e seu defensor da presente sentença, nos parâmetros constantes do artigo 392 do CPP.
Intime-se o Promotor de Justiça da entrega da prestação jurisdicional, conforme o previsto no artigo 390
do CPP. Após as providências legais necessárias e demais comunicações de estilo, e em não havendo
interposição de recursos voluntários pelas partes, ARQUIVEM-SE os autos. Isento o réu de custas. P. R e
I. Belém do Pará, 15 de fevereiro de 2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara
Criminal da Comarca de Belém - PA PROCESSO: 00190212920188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
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partir do recebimento da denúncia, quaisquer mudanças de endereço deverão ser informadas ao Juízo,
para fins de adequada intimação e comunicação oficial. Caso contrário o processo seguirá sem a presença
do acusado que, CITADO ou INTIMADO pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem
motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao Juízo (CPP
art. 367). VII- Verificando o Senhor Oficial de Justiça que o(s) réu(s) se oculta(m) para não ser(em)
citado(s), deverá certificar a ocorrência e proceder à citação com hora certa, na forma estabelecida nos
artigos 227 a 229 do CPC, usado subsidiariamente pelo Código de Processo Penal Brasileiro. VIII-
Verificando-se nos autos que há advogado constituído intime-se o mesmo para apresentar a defesa no
prazo legal. IX - Se o(s) denunciado(s) não for(em) encontrado(s), confirme seu(s) endereço(s) ou
encontre o(s) seu(s) paradeiro(s) junto ao sistema SIEL da Justiça Eleitoral. Sendo negativa a diligência,
vista ao Ministério Público para que forneça o endereço atualizado do denunciado. Ainda assim, não
sendo possível a citação pessoal do(s) denunciado(s), e havendo informação de que se encontra(m) em
local incerto, expeça-se edital, com o prazo de 15 (quinze) dias. X - No caso de o(s) denunciado(s)
residir(em) fora da jurisdição do Juízo, expeça-se carta precatória, com prazo de 30 (trinta) dias, para
citação do(s) mesmo(s). XI - No caso de não ser(em) o(s) denunciado(s) civilmente identificado(s),
requisite-se à autoridade policial a identificação criminal do(s) mesmo(s) no prazo de 10 (dez) dias. XII -
Juntem-se certidões de antecedentes e primariedade. XIII- Certifique-se se houve encaminhamento de
LAUDOS PERICIAIS eventualmente necessários. Em caso do não atendimento, reiterar as solicitações
imediatamente com prazo de 05 (cinco) dias. XIV - Oportunamente, retornem os autos conclusos para
análise de eventual absolvição sumária, nos termos do artigo 397 do CPP. Diligencie-se. Cumpra-se.
Belém - PA, 18 de fevereiro de 2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara
Criminal do Juízo Singular de Belém - PA PROCESSO: 00018303420198140401 PROCESSO ANTIGO: --
-- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Inquérito
Policial em: 18/02/2019 INDICIADO:EM APURACAO VITIMA:M. N. R. . DECLARAÇÃO DE
INCOMPETÊNCIA Processo nº. 0001830-34.2019.8.14.0401 Comarca de Belém - PA - 3ª Vara Criminal
do Juízo Singular Ação penal pública Autor: Ministério Público do Estado do Pará Imputação penal: art.
171 do CP Réu(s): em apuração Juíza Prolatora: Eva do Amaral Coelho Decisão O MINISTÉRIO
PÚBLICO do estado do Pará interpôs EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA, sob o fundamente de que o
crime em apuração, em tese, de estelionato, artigo 171 do CP, e considerando que a conta bancária para
a qual foram transferidos os valores localiza-se na Cidade de CASCAVEL/CE, realmente é competente o
Juízo daquela comarca, para apreciar à presente demanda penal, devendo o feito ser redistribuído. Os
autos vieram conclusos. É o que basta relatar. Decido. Dispõe o Código de Processo Penal em seu artigo
109, abaixo transcrito: (...) Se em qualquer fase do processo o juiz reconhecer motivo que o torne
incompetente, declará-lo-á nos autos, haja ou não alegação da parte, prosseguindo-se na forma do artigo
anterior.(...) É o caso dos autos em que este Juízo é incompetente em razão do lugar para processar a
presente ação penal, por se tratar de ilícito cometido, em tese, na Cidade de Cascavel/CE, sendo portanto
aquele Juízo o competente para determinar o prosseguimento do feito, conforme se vê. A incompetência
da 3ª Vara Criminal da Capital decorre do fato de ter sido a infração criminosa de estelionato, alvo do
presente procedimento policial, enquadrada na figura delitiva do artigo 171 do CP, em tese, ter ocorrido na
Cidade de Cascavel/CE, onde a conta bancária para a qual foram transferidos os valores se localiza. Em
razão disto, fica vedado ao Juízo dar prosseguimento ao presente procedimento criminal contra a autora
dos fatos em apuração, por ser caso de competência do Juízo Comum de uma das Varas Penais da
Comarca de Cascavel/CE. Rezam os artigos 69, I, e 70, ambos do Código de Processo Penal: (...)
Determinará a competência jurisdicional: I - o lugar da infração; (...) (grifos meus). (...) A competência será,
de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em
que for praticado o último ato de execução. (...) (grifos meus). Dessa forma, antevejo a competência
ratione loci, de natureza absoluta, que não pode ser prorrogada sob pena de nulidade por ofensa ao
princípio constitucional do Juízo natural da causa. Logo, ficando evidenciada a competência da Comarca
de Cascavel/CE, para o processamento da presente investigação policial, apesar de não haver denúncia
formalizada, em consonância com o princípio delineado no artigo 5º, inciso LIII, da Carta política vigente
que dispõe que (...) Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente. (...).
CONCLUSÃO Pelo exposto, declaro a INCOMPETÊNCIA DESTE JUÍZO, em razão do lugar, para
processo e julgar o presente procedimento policial em caso de futura ação penal, nos termos do artigo 5º,
inciso LIII e artigo 69, I, c/c o artigo 70, ambos do CPP, e determino a redistribuição ao Juízo de
CASCAVEL/CE, competente para processar a investigação já concluída, ou, alternativamente, suscite o
conflito negativo de competência. Baixa do processo no acervo da Vara. Belém - PA, 18 de fevereiro de
2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém - PA
PROCESSO: 00032853420198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
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MM. Juiz(a) encerrar a presente audiência, deu-se este termo por findo e que, lido e achado conforme, vai
devidamente assinado. Eu, ............., o digitei e subscrevi. PROCESSO: 00110826620168140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CYNTHIA MOURAO
AYAN Ação: Inquérito Policial em: 18/02/2019 INDICIADO:DEBORA FERNANDA DOS SANTOS FONA
VITIMA:M. S. L. G. . EDITAL DE INTIMAÇÃO PRAZO 15 DIAS A Dra. EVA DO AMARAL COELHO, Juíza
de Direito titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém, FAZ SABER a(o) nacional DEBORA
FERNANDA DOS SANTOS FONA, brasileiro(a), RG 3921412 PC/PA, CPF 741.359.612-15, filho(a) de
Maria Sandia dos Santos Fona e João Leonardo de Souza, residente à época do fato, à Rua Raul Soares,
nº 41 A, Marambaia, Belém/PA, e não sendo encontrado(a) para ser intimado(a), estando em lugar incerto
e não sabido, expede-se o presente Edital, INTIMANDO-O(A) para que se apresente, neste Juízo, no
prazo de 05 (cinco) dias, a fim de justificar o descumprimento das condições impostas para a suspensão
condicional do processo nº 0011082-66.2016.814.0401, sob pena da revogação do referido benefício.
Belém (PA), 18 de fevereiro de 2019. Eu, Cynthia Ayan, Analista Judiciário lotada na Secretaria da 3ª Vara
Criminal, o digitei. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de
Belém PROCESSO: 00117948520188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 18/02/2019 DENUNCIADO:JOAO BATISTA FIEL MENDES Representante(s):
OAB 11302 - JORGE MOTA LIMA (ADVOGADO) VITIMA:M. G. P. . DECISÃO: Homologo a proposta do
Ministério Público. Considerando que o denunciado JOAO BATISTA FIEL MENDES aceitou a proposta
feita pelo Órgão Ministerial, homologo os termos da suspensão condicional do processo. Nada mais dito
ou perguntado, a MMa. Juíza mandou encerrar o presente termo que, após lido e achado conforme, vai
devidamente assinado por todos os presentes. Eu,______, digitei e subscrevi. PROCESSO:
00150373720188140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 18/02/2019 VITIMA:C. M. C.
C. ACUSADO:LEANDRO CRISTIANO SOUZA ALMEIDA. DESPACHO RH, Homologo a desistência da
oitiva da vítima CHEILANE MATIA COSMO CARDOSO, requerida pela acusação em petitório de fl. 63 dos
autos. Não havendo mais testemunhas a serem ouvidas, vista a acusação e a defesa do acusado para
diligências finais, artigo 402 do CPP, e em não havendo requerimento de diligências, em alegações
derradeiras, por memoriais, artigo 403, do mesmo Diploma Legal. Após a juntada das certidões que ainda
se fizerem necessárias, conclusos para sentença. Diligencie-se. Cumpra-se. Belém - PA., 18 de fevereiro
de 2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de
Belém - PA PROCESSO: 00152895020128140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 18/02/2019 DENUNCIADO:JOAO ESTUMANO CARDOSO Representante(s):
OAB 0000 - DEFENSOR PUBLICO (DEFENSOR) VITIMA:D. G. B. P. AUTORIDADE POLICIAL:DPC
MIGUEL CUNHA FILHO. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Homologo a desistência da oitiva da
testemunha ausente Drielly Giselly Brito Pereira. Encerrada a instrução processual, façam-se os autos
com vista às partes para apresentação de memoriais por escrito. Após venham conclusos para sentença.
Nada mais havendo a declarar mandou o(a) mm. Juiz(a) encerrar a presente audiência, deu-se este termo
por findo e que, lido e achado conforme, vai devidamente assinado. Eu, ............., o digitei e subscrevi.
PROCESSO: 00203784420188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 18/02/2019 DENUNCIADO:WELTON JOSE DOS SANTOS BARBOSA
VITIMA:M. P. P. . DESPACHO RH., Designo o dia 09/08/2019, às 12:00 horas, para proposta de
suspensão do processo pelo Ministério Público em relação ao réu WELTON JOSÉ DOS SANTOS
BARBOSA, nos termos do artigo 89 da Lei nº. 9.099/95. Intime-se o acusado WELTON JOSÉ DOS
SANTOS BARBOSA. Intime-se a vítima MARCELO PINTO ORESTES. Intime-se pessoalmente o
Defensor Público. Intime-se pessoalmente o Promotor de Justiça. Cumpra-se. Belém - PA., 18 de fevereiro
de 2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém -
PA PROCESSO: 00252102320188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 18/02/2019 DENUNCIADO:JEORGINA RODRIGUES DOS SANTOS
Representante(s): OAB 16655 - WILLIAM JAN DA SILVA ROCHA (ADVOGADO) VITIMA:O. E. . PEDIDO
DE SUBSTITUIÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR DIVERSA DA PRISÃO Processo n.º 0025210-
23.2018.8.14.0401 Comarca de Belém - PA - 3ª Vara Criminal do Juízo Singular Ação Penal Pública Autor:
Ministério Público do Estado do Pará Imputação Penal: art. 33, caput, da Lei nº. 11.343/2006 Ré: Jeorgina
Rodrigues dos Santos Advogado(as): William Jan da Silva Rocha - OAB/PA nº. 16.655 Juíza Prolatora:
Eva do Amaral Coelho A ré, ora requerente, JEORGINA RODRIGUES DOS SANTOS, já qualificada nos
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autos, vem requerer, por advogado constituído, às fls. 12/17, a substituição ou revogação de Medida
Cautelar, qual seja, de recolhimento domiciliar e monitoramento eletrônico, por outras menos prejudiciais
ao seu status libertatis, dentre ela as previstas nos incisos I, II e IV, do artigo 319 do CPP. O Ministério
Público, em parecer juntados aos autos, foi desfavorável ao pedido. É o que basta relatar. Passo a decidir.
A Lei nº 12.403/11, com o claro intento de reduzir as hipóteses de prisão preventiva e, consequentemente,
reduzir o contingente carcerário antes do trânsito em julgado da sentença condenatória, previu a
possibilidade de decretação de diversas medidas cautelares alternativas, todas, contudo, com a mesma
finalidade, isto é, para resguardar a ordem pública. Melhor dizendo, evidenciado que as medidas
cautelares são suficientes para prevenir o cometimento de novas práticas delituosas, o magistrado deverá
aplicá-las e, apenas em caso de eventual descumprimento, decretar a prisão preventiva, ou seja, a
segregação provisória somente será estabelecida como última hipótese. Na certíssima concepção de
Edílson Mougenot Bonfim, medidas cautelares são providenciais estatais que buscam garantir a utilidade e
a efetividade do resultado da tutela jurisdicional, que será dada pela sentença penal condenatória ou,
absolutória. (BONFIM, Edilson Mougenot. Reforma do código de processo penal, p. 19). A nova lei trouxe
alguns critérios que servirão para ajudar o magistrado a se orientar a escolher a medida cautelar mais
adequada para as situações que deverão ser analisadas nos casos concretos, devendo o aplicador do
direito levar sempre em conta uma série de fatores, como a gravidade do crime e a intensidade da medida
cautelar a ser tomada. Inúmeras são as características das medidas cautelares a serem aplicadas no
curso do inquérito ou do processo penal. Dentre tantas características, podemos destacar o fato dela ser
provisória, de ter sua natureza revogável, de ser substitutiva, além de ser, também, excepcional. A
jurisprudência vem entendendo que as medidas cautelares são caracterizadas pela "provisoriedade". Ou
seja, elas devem ser sempre provisórias, para que a situação que esteja sendo preservada ou constituída
no provimento cautelar, não se revista de caráter definitivo. A medida cautelar é justificável quando
houverem situações de emergência. Quando esta situação não mais existir, ou quando sobrevier o
resultado do processo principal, poderá esta medida deixar de existir. Devido ao fato de terem as medidas
cautelares natureza provisória, obviamente não poderíamos deixar de falar de sua natureza revogável.
Podemos dizer que a revogabilidade deverá ocorrer sempre junto à provisoriedade, já que a sua
revogação sempre deverá ocorrer quando a medida não mais se fizer necessária no caso concreto.
Renato Brasileiro nos mostra que a manutenção da medida cautelar depende da persistência dos motivos
que evidenciaram a urgência da medida necessária à tutela do processo. A medida cautelar está sempre
sujeita à nova verificação de seu cabimento, seja para eventual revogação, quando cessada a causa que a
justificou, seja para nova decretação, diante do surgimento de hipótese que a autorize.(LIMA, Renato
Brasileiro de. Nova prisão cautelar: doutrina, jurisprudência e prática, p. 52.) De acordo com os parágrafos
5º e 6º do art. 282, da nova lei, o juiz poderá exofficio ou a requerimento das partes, substituir uma medida
cautelar por outra. (...)(...)Art. 282, § 5. O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando
verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decreta-la, se sobrevirem razões que a
justifiquem. § 6º. A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra
medida cautelar.(...)(...) Sendo assim, vemos que é perfeitamente possível a substituição de uma medida
cautelar por outra. Notamos assim a sua substitutividade. No caso concreto a ré, antes da fase de
instrução e julgamento, teve sua prisão preventiva revogada e foi concedida a mesma o direito de
responder o feito solta, para tanto deveria ficar monitorada eletronicamente. Observando atentamente os
autos, o Juízo verificou que não mais se faz necessária a medida de monitoramento eletrônico a ela
imposta, conforme decisão de fls. 23/23v, mas sim outras, em substituição àquela se fazem necessárias
como: 01) Comparecer a todos os atos do processo dos quais for devidamente intimada; 02) Não mudar
de residência sem a devida comunicação ao Juízo; 03) Não voltar a cometer novo delito doloso; 04)
Recolher-se a sua residência entre às 23:00 e 06:00 horas do dia seguinte, salvo motivo imperioso e
justificável, e também, caso trabalhe, nos dias de folgas; são suficientes, entende o Juízo, como medidas
diversas da prisão, para que assim responda o feito em liberdade. A ré deve comparecer em Juízo e
assumir o compromisso de cumprir à risca todas as medidas a ela impostas, sob pena de revogação das
mesmas e a decretação da prisão preventiva daquela, sendo recolhida a um dos estabelecimentos penais
do Estado. Assim, prudentemente, vejo que a medida de monitoramento eletrônico em prisão domiciliar
como estipulada, deva ser substituída por outras, menos gravosas, ao norte indicadas, para que a ré
possa trabalhar e cuidar de seus afazeres diários, sem qualquer embaraço. CONCLUSÃO Face ao todo
ponderado, apesar do parecer desfavorável do Ministério Público, DEFIRO O PEDIDO constante das fls.
12/17, para SUBSTITUIR as medidas de MONITORAMENTO ELETRÔNICO EM PRISÃO DOMICILIAR
pelas seguintes: 01) Comparecer a todos os atos do processo dos quais for devidamente intimada; 02)
Não mudar de residência sem a devida comunicação ao Juízo; 03) Não voltar a cometer novo delito
doloso; 04) Recolher-se a sua residência entre às 23:00 e 06:00 horas do dia seguinte, salvo motivo
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imperioso e justificável, e também, caso trabalhe, nos dias de folgas, a ré JEORGINA RODRIGUES DOS
SANTOS, por entender ser a mais adequadas ao caso concreto. DISPOSIÇÕES FINAIS Intime-se a ré
para comparecer em Juízo, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, contados da intimação, a fim de tomar
conhecimento da presente decisão e assumir as novas obrigações impostas, sob pena de revogação das
medidas e a decretação de sua prisão. Expedir ofício ao Núcleo Gestor de Monitoramento Eletrônico
dando conhecimento da presente decisão. Intimações necessárias. Diligencie-se. Cumpra-se. Belém - PA.,
18 de fevereiro de 2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo
Singular de Belém - PA PROCESSO: 00269790320178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Inquérito
Policial em: 18/02/2019 DENUNCIADO:ANDRE LUIZ HENRIQUE TAVARES DE MELO RODRIGUES
Representante(s): OAB 9550 - MARIA DE NAZARE NORONHA DE PINHO (ADVOGADO) VITIMA:J. A. G.
S. ASSISTENTE DE ACUSACAO:EMPRESA DE TELEFONIA CELULAR TIM CELULAR SA
Representante(s): OAB 214.643 - TAISSA VENTURA ANTUNES (ADVOGADO) OAB 106.067 - DAVID
MARQUES MUNIZ RECHULSKI (ADVOGADO) OAB 378242 - MAYARA ROBERTA LEITE ALVES
(ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO ) . DESPACHO RH; Determino o acautelamento dos autos na secretaria
do Juízo no aguardo da audiência de instrução e julgamento designada às fls. 23/24, promovendo a
Senhora diretora de Secretaria as providências necessárias à realização do ato. Diligencie-se. Cumpra-se.
Belém - PA., 18 de fevereiro de 2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara
Criminal do Juízo Singular de Belém - PA PROCESSO: 00277703520188140401 PROCESSO ANTIGO: --
-- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 18/02/2019 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:RODOLFO RONALDO NOBRE
OLIVEIRA. RECEBIMENTO DE DENÚNCIA Processo n.º 0027770-35.2018.8.14.0401 Comarca de Belém
- PA - 3ª Vara Criminal do Juízo Singular Ação Penal Pública Autor: Ministério Público do Estado do Pará
Imputação penal: art. 303, §1º, c/c art. 302, §1º, III, ambos do CTB e art. 306, também do CTB, c/c art. 69
do CPB Réu(s): Rodolfo Ronaldo Nobre Oliveira Juíza prolatora: Eva do Amaral Coelho DECISÃO I -
Recebo a denúncia oferecida pelo MINISTÉRIO PÚBLICO do Estado do Pará contra RODOLFO
RONALDO NOBRE OLIVEIRA, por preencher os requisitos formais de admissibilidade do artigo 41 do
CPP, descrevendo fato de relevância penal, sem que se possa vislumbrar, em análise inicial, situação
excludente de ilicitude ou de culpabilidade. A justa causa para a ação penal está, por sua vez,
satisfatoriamente consubstanciada nos elementos colhidos no inquérito policial. Desta forma, não
vislumbro razão para rejeitá-la liminarmente (art. 395 do CPP). II- Cite(m)-se o(s) acusado(s) para se
ver(em) processado(s) até final decisão e nos termos do artigo 396 do CPP, responder a acusação, por
escrito, no prazo de 10 (dez) dias consoante disposto no artigo 396-A, do supramencionado Diploma
Processual Penal. Na resposta o(s) acusado(s) poderá(rão) arguir preliminares e alegar tudo o que
interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar
testemunhas (CPP art. 401, até o número de 8), qualificando-as e requerendo sua intimação, quando
necessário. III- Conste do mandado de citação que não sendo apresentada resposta no prazo legal, fica
desde já nomeada a Defensora Pública para tal fim, devendo a senhora Diretora de Secretaria certificar o
decurso do prazo sem oferecimento da resposta e em seguida dar vista dos autos a Defensoria Pública
para que ofereça a resposta no prazo em dobro de 20 (vinte) dias. IV- Em caso de eventuais EXCEÇÕES
apresentadas no prazo de resposta escrita. A SECRETARIA DEVERÁ PROCESSAR EM AUTOS
APARTADOS. V- Apresentada a DEFESA, havendo arguição de preliminares e documentos novos, deverá
à senhora Diretora de Secretaria dar vista ao Ministério Público, para manifestação no prazo de 05(cinco)
dias (CPP art. 409). VI- Tratando-se de RÉU SOLTO (se for o caso) desde já fica advertido (a) de que a
partir do recebimento da denúncia, quaisquer mudanças de endereço deverão ser informadas ao Juízo,
para fins de adequada intimação e comunicação oficial. Caso contrário o processo seguirá sem a presença
do acusado que, CITADO ou INTIMADO pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem
motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao Juízo (CPP
art. 367). VII- Verificando o Senhor Oficial de Justiça que o(s) réu(s) se oculta(m) para não ser(em)
citado(s), deverá certificar a ocorrência e proceder à citação com hora certa, na forma estabelecida nos
artigos 227 a 229 do CPC, usado subsidiariamente pelo Código de Processo Penal Brasileiro. VIII-
Verificando-se nos autos que há advogado constituído intime-se o mesmo para apresentar a defesa no
prazo legal. IX - Se o(s) denunciado(s) não for(em) encontrado(s), confirme seu(s) endereço(s) ou
encontre o(s) seu(s) paradeiro(s) junto ao sistema SIEL da Justiça Eleitoral. Sendo negativa a diligência,
vista ao Ministério Público para que forneça o endereço atualizado do denunciado. Ainda assim, não
sendo possível a citação pessoal do(s) denunciado(s), e havendo informação de que se encontra(m) em
local incerto, expeça-se edital, com o prazo de 15 (quinze) dias. X - No caso de o(s) denunciado(s)
residir(em) fora da jurisdição do Juízo, expeça-se carta precatória, com prazo de 30 (trinta) dias, para
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citação do(s) mesmo(s). XI - No caso de não ser(em) o(s) denunciado(s) civilmente identificado(s),
requisite-se à autoridade policial a identificação criminal do(s) mesmo(s) no prazo de 10 (dez) dias. XII -
Juntem-se certidões de antecedentes e primariedade. XIII- Certifique-se se houve encaminhamento de
LAUDOS PERICIAIS eventualmente necessários. Em caso do não atendimento, reiterar as solicitações
imediatamente com prazo de 05 (cinco) dias. XIV - Oportunamente, retornem os autos conclusos para
análise de eventual absolvição sumária, nos termos do artigo 397 do CPP. Diligencie-se. Cumpra-se.
Defiro, finalmente, a diligência complementar requerida pelo Ministério Público na parte final de sua
vestibular, promovendo à senhora Diretora de Secretaria às providências necessárias para o cumprimento
do ali requerido. Belém - PA, 18 de fevereiro de 2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular
da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA PROCESSO: 00287400620168140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação:
Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 18/02/2019 DENUNCIADO:KATSUYUKI AZUMA JUNIOR
VITIMA:O. E. . DESPACHO RH, O denunciado KATSUYUKI AZUMA JUNIOR encontra-se com o processo
suspenso, conforme se vê à fl. 18, eis que foi citado por edital, não tendo constituído advogado e nem
declinou o deseja da nomeação de um Defensor Público para patrocinar sua defesa. O parágrafo único do
artigo 396 do CPP dispõe que no caso de citação por edital, o prazo para a defesa apresentar resposta
escrita, no decêndio legal, começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou de
defensor constituído. Os autos noticiam que o acusado KATSUYUKI AZUMA JUNIOR, conforme ofício de
fl. 26, encontra-se preso, e considerando que a este ainda não foi oportunizado defender-se das
acusações constantes da denúncia, determino que no estabelecimento penal onde se encontra segregado
do convívio social, seja CITADO PESSOALMENTE e cientificado que deverá replicar por escrito as
imputações irrogadas contra si pela PROMOTORIA PÚBLICA do Estado do Pará em sua vestibular, por
advogado constituído ou Defensor Público, se assim o desejar, no prazo de 10 (dez) dias, conforme dispõe
o artigo 396 do CPP. Determino ainda que o acusado seja advertido de que caso não seja apresentada
resposta no prazo legal ou não constitua advogado, o Juízo nomeará o Defensor Público, para oferecê-la e
atuar no patrocínio da sua causa. O processo passará a fluir novamente a partir da presente data.
Cumpra-se. Belém - PA, 18 de fevereiro de 2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da
3ª Vara Criminal da Comarca de Belém - PA PROCESSO: 00010445220128140201 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação:
Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 19/02/2019 DENUNCIADO:ALAN COSME NOGUEIRA
AUTORIDADE POLICIAL:DPC ELIZETE MENDES CARDOSO SA VITIMA:E. L. D. . RECEBIMENTO DE
APELAÇÃO Processo Criminal n.º 0001044-52.2012.8.14.0201 Comarca de Belém - PA - 3ª Vara Criminal
do Juízo Singular Recurso de apelação Recorrente(s): Alan Cosme Nogueira Advogado(as): Daniel
Sabbag (Defensor Público) Recorrido(as): Ministério Público do Estado do Pará Juíza prolatora: Eva do
Amaral Coelho DECISÃO Do recurso de apelação do réu ALAN COSME NOGUEIRA Uma vez satisfeitos
os pressupostos recursais, em especial o da tempestividade, RECEBO o RECURSO de APELAÇÃO
interposto pela defesa do réu ALAN COSME NOGUEIRA à fl. 187, nos seus legais e jurídicos efeitos.
Abra-se vista pelo prazo de 08 (oito) dias, primeiramente a defesa técnica do recorrente, para oferecer
suas razões, e, depois, ao recorrido para contrarrazoar, pelo mesmo prazo, sob pena de subir o recurso
sem manifestação das partes. Do encaminhamento ao Tribunal do Justiça Apresentadas as razões do
recorrente e as contrarrazões do recorrido, encaminhem os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, com as homenagens deste Juízo. Belém - PA., 19 de fevereiro de 2019. EVA DO
AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA
PROCESSO: 00026886520198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HEYDER TAVARES DA SILVA FERREIRA Ação:
Inquérito Policial em: 19/02/2019 VITIMA:B. S. A. INDICIADO:VINICIUS LOPES DA SILVA
Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) INDICIADO:MICHAEL SARGES
MASCARENHAS Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) . Considerando que
o inquérito policial pertinente ao presente processo encontra-se relatado e concluído pela autoridade
policial, encaminhado para esta Vara de Inquéritos Policiais em razão do art. 2º, da Resolução TJE-PA nº
17/2008, com redação dada pela Resolução nº 10/2009-GP de 15/06/2009, Determino DE ORDEM do
Exmo. Sr. Dr. Heyder Tavares da Silva Ferreira, Juiz de Direito titular da 1ª Vara de Inquéritos Policiais,
fundado na Portaria 001/2014 - 1ª Vara de Inquéritos Policiais (Publicada no DJE 03/04/2014), o
encaminhamento dos autos à distribuição para as providências ulteriores, em tudo observada a literalidade
da Resolução nº 17/2008-GP, com sua redação alterada pela resolução nº 010/2009-GP. Publique-se.
Cumpra-se. Belém (PA), 19 de fevereiro de 2019. ____________________ ROSEANE SCHWOB Diretora
de Secretaria 1ª Vara de Inquéritos Policiais PROCESSO: 00027720320188140401 PROCESSO ANTIGO:
---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal
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artigo 107, inciso IV, primeira figura, do CP. (...)Art. 107. Extingue-se a punibilidade: IV - pela prescrição,
decadência ou perempção;(...). (grifos meus) Portanto, a extinção do processo torna-se absolutamente
necessária, por tratar-se de disposição obrigatória, podendo inclusive ser decretada de ofício, como se
observa do artigo 61 do Código de Processo penal, que assim determina: (...) Art. 61. Em qualquer fase do
processo, o juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-lo de ofício.(...) (grifos meus) Assim,
reconheço a prescrição da pretensão punitiva estatal, pela pena máxima abstrata com declaração da
extinção da punibilidade em relação ao acusado RABIBI ALVES DE OLIVEIRA. CONCLUSÃO Posto isto,
reconheço a perda do direito de punir do Estado, e com sustentáculo legal nos artigos 107, inciso IV, c/c
109, inciso VI, do Código Penal Pátrio e 61 do Caderno Processual Penal Brasileiro, declaro a extinção da
pretensão punitiva Estatal em relação ao acusado RABIBI ALVES DE OLIVEIRA, já devidamente
qualificado nos autos. DISPOSIÇÕES FINAIS Levando-se em conta a declaração da prescrição e a
consequente extinção da punibilidade do acusado RABIBI ALVES DE OLIVEIRA, caso haja, PRISÃO
PREVENTIVA DECRETADA, e com sustentáculo legal no artigo 316 do CPP, REVOGO A ORDEM,
determinando expedição de ofício, a que de direito, em especial autoridade policial competente,
informando a presente decisão, sustando os efeitos do mandado anteriormente encaminhado aos entes
públicos, com baixa no banco de cadastro de prisões do CNJ. A fiança é agregada ao processo a fim de,
eventualmente, o réu, quando condenado, pagar custas e as despesas processuais e também a
indenização material do ofendido. Em caso de extinção da punibilidade pela prescrição cessa o poder de
processar do Estado. Deve, pois, ser restituído o valor da fiança. Em sendo assim, determino que a fiança,
caso exista, deve ser reavida pelo réu, com correção monetária, ordenando a restituição da fiança
recolhida em Juízo, devendo o réu ser intimado para tanto. Caso o réu não compareça em Juízo, intime-se
o causídico que o defende, se constituído, para receber os valores depositados a título de fiança. Em não
comparecendo o réu e seu patrono constituído em juízo com a finalidade de reaver a fiança, o valor deve
ser recolhido ao fundo penitenciário, na forma da lei, conforme os artigos 336 e 345 do CPP.
Considerando a extinção do feito, de ofício, determino, com permissivo legal no artigo 72 da Lei
nº.11.343/2006, a INCINERAÇÃO do material ENTORPECENTE apreendido no presente autos. A
incineração deverá ser executada pela Autoridade Policial competente, no prazo máximo de 15 (quinze)
dias, na presença de um representante do Ministério Público e Autoridade Sanitária Estadual, devendo ser
lavrado competente auto circunstanciado que deverá ser enviado ao Juízo, conforme o comando legal do
artigo 50, §§ 4º e 5º, da Lei antidroga supramencionada. Determino o perdimento dos demais bens, caso
existam, em favor da União, devendo ser enviado ao SENAD a relação dos mesmos, na forma do artigo 63
da Lei 11.343/06. Publique-se na íntegra a presente sentença no Diário de Justiça do Estado do Pará,
conforme o comando legal do artigo 387, inciso VI, do Código de Processo Penal. Por ser a vítima a saúde
pública, deixo de proceder nos termos do §2º, do artigo 201 do CPP. Intimem-se o réu e seu defensor da
presente sentença, nos parâmetros constantes do artigo 392 do CPP. Intime-se o Promotor de Justiça da
entrega da prestação jurisdicional, conforme o previsto no artigo 390 do CPP. Após as providências legais
necessárias e demais comunicações de estilo, e em não havendo interposição de recursos voluntários
pelas partes, ARQUIVEM-SE os autos. Isento o réu de custas. P. R e I. Belém do Pará, 19 de fevereiro de
2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém - PA
PROCESSO: 00037495820198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SANDRA MARIA LIMA DO CARMO Ação: Inquérito
Policial em: 19/02/2019 INDICIADO:PAULO REGINALDO SILVA DA SILVA VITIMA:J. M. F. . De ordem da
MM Juíza de Direito da 3ª Vara Criminal e de conformidade com o provimento n.º 006/2006, art. 1º, § 1º,
inc. I, procedo a remessa do presente procedimento a Secretaria do Ministério Público. Belém, 19/02/2019.
Sandra Maria Lima do Carmo Diretora de Secretaria. PROCESSO: 00058174920178140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): CYNTHIA MOURAO AYAN Ação:
Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 19/02/2019 VITIMA:A. C. DENUNCIADO:FABRICIO FERREIRA
BORGES Representante(s): OAB 2554 - GERSON DE OLIVEIRA SOUZA (ADVOGADO) OAB 19110 -
ELENIZE DAS MERCES MESQUITA (ADVOGADO) DENUNCIADO:LUAN GABRIEL DO NASCIMENTO
MONTEIRO Representante(s): OAB 8269 - PAULO DE TARSO DE SOUSA PEREIRA (ADVOGADO)
DENUNCIADO:HUGO PATRICK ANTUNES PEREIRA Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA
PUBLICA (DEFENSOR) DENUNCIADO:CARLOS ANTONIO LOURINHO DA CONCEICAO
Representante(s): OAB oabpa - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) . De
ordem da MM Juíza de Direito, Dra. Eva do Amaral Coelho, titular da 3ª Vara Criminal de Belém, e de
conformidade com o provimento n.º 006/2006, art. 1º, § 1º, inc. V, VISTA DOS PRESENTES AUTOS a(o)
advogado PAULO DE TARSO DE SOUZA PEREIRA, OAB/PA 8.269 - para apresentação de MEMORIAIS
por escrito, em defesa do denunciado Luan Gabriel do Nascimento Monteiro, no prazo de 5 (cinco) dias,
conforme art. 403, §3º do CPP. Belém, 19/02/2019 Sandra Maria Lima do Carmo Diretora de Secretaria,
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Comarca de São José dos Campos cobrando a execução do acordo firmado às fls. 116/116 do presente
processo. Cumprido o acordo, conclusos. Belém - PA., 19 de fevereiro de 2019. EVA DO AMARAL
COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Penal da Comarca de Belém - PA PROCESSO:
00199033020148140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 19/02/2019 AUTORIDADE
POLICIAL:ANTONIO JORGE MORAIS GONCALVES DPC DENUNCIADO:RAIMUNDO NEIDSON SILVA
DO ESPIRITO SANTO Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) VITIMA:J. P. M.
. DECRETAÇÃO DE PRISÃO POR FORÇA DE SENTENÇA CONDENATÓRIA TRANSITADA EM
JULGADO Processo n.º 0019903-30.2014.8.14.0401 Comarca de Belém - PA - 3ª Vara Criminal do Juízo
Singular Ação penal pública Autor: Ministério Público do Estado do Pará Imputação penal: art. 157, caput,
do CP Réu: Raimundo Neidson Silva do Espírito Santo Advogado (a): Daniel Sabbag (Defensor Público)
Juíza prolatora: Eva do Amaral Coelho DECISÃO Cuida-se de ação penal que foi movida pelo
MINISTÉRIO PÚBLICO do Estado do Pará contra RAIMUNDO NEIDSON SILVA DO ESPÍRITO SANTO,
já devidamente qualificado nos autos, por incidência na conduta tipificada no artigo 157, caput, do CP. O
réu foi condenado a pena privativa de liberdade de 04 (quatro) anos de reclusão e a pagamento de multa
de 10 (dez) dias-multa, em regime aberto, pelo crime previsto no artigo 157, caput, do CP, conforme
sentença exarada às fls. 69/73. A sentença condenatória transitou livremente em julgado, conforme
certidão de fls. 76. O réu até a presente data não compareceu em Juízo para cumprimento da pena a si
imposta. É o que basta relatar. Decido. O réu RAIMUNDO NEIDSON SILVA DO ESPÍRITO SANTO, teve
contra si transitada em julgado sentença condenatória de fls. 69/73; contudo, o condenado até a presente
data, não compareceu neste Juízo, a fim de dar cumprimento a sentença prolatada, impossibilitando assim
o início da execução penal. O não comparecimento do condenado em Juízo está prejudicando a aplicação
da lei penal. O condenado é forçoso convir, ao não comparecer em Juízo deixou evidenciado que não
deseja arcar com as consequências jurídico-penais de sua ação. A execução está parada, situação que,
no entanto, não pode se prolongar eternamente. Compreendo que a situação do processo sub examine,
na atual fase, prejudicado a execução da pena imposta, em face da indiferença do condenado em relação
a sentença contra si prolatada, reclama deste juízo a adoção de medidas enérgicas. É preciso convir que,
no atual estágio, a prisão do condenado é a última ratio. Não há mais o que esperar. CONCLUSÃO
Portanto por todas as considerações supra, determino a PRISÃO POR FORÇA DE SENTENÇA
CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO do nacional RAIMUNDO NEIDSON SILVA DO ESPÍRITO
SANTO, já identificado, sobretudo e fundamentalmente, pelo fato do mesmo não comparecer em Juízo, a
fim de dar cumprimento a sentença contra si prolatada às fls. 69/73, demonstrando com isso sua real
intenção de não responder pelos seus atos, prejudicando a aplicação de Lei penal. EXPEÇA-SE ORDEM
DE PRISÃO contra o condenado RAIMUNDO NEIDSON SILVA DO ESPÍRITO SANTO, já qualificado,
acautelando-se o feito na secretária do Juízo, no aguardo da captura do mesmo para que possibilite a
expedição de guia de recolhimento ao Juízo da Execução Penal. Determino ainda à senhora diretora de
secretaria a inclusão do Mandado de Prisão no Banco Nacional de Mandados de Prisão II, e que
semestralmente requeira informações a autoridade policial competente acerca do cumprimento da referida
ordem de Prisão expedido em desfavor do condenado supra, bem como ao Sistema Penal, com o objetivo
de sabemos se aquele faz parte da população carcerária do Estado. Belém - PA., 19 de fevereiro de 2019.
EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA
PROCESSO: 00202404820168140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 19/02/2019 DENUNCIADO:ANDREZIO VIANA MOREIRA DO NASCIMENTO
VITIMA:I. M. L. . DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Considerando que o réu não foi localizado, de acordo
com a certidão de fl. 17 v., vista ao RMP para manifestação. Após, conclusos. Nada mais havendo a
declarar mandou o(a) MM. Juiz(a) encerrar a presente audiência, deu-se este termo por findo e que, lido e
achado conforme, vai devidamente assinado. Eu, ............., o digitei e subscrevi. PROCESSO:
00226649220188140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 19/02/2019
DENUNCIADO:GRACELI DA SILVA NUNES Representante(s): OAB 19209 - SILVANA CORREA
BORGES PINHEIRO (ADVOGADO) VITIMA:L. F. S. VITIMA:R. F. S. . ANÁLISE DE ABSOLVIÇÃO
SUMÁRIA Processo n.º 0022664-92.2018.8.14.0401 Comarca de Belém - PA - 3ª Vara Criminal do Juízo
Singular Ação Penal Pública Autor: Ministério Público do Estado do Pará Imputação Penal: art. 303, §1º,
da Lei nº. 9/503/97, c/c art. 70, do CP Ré(s): Graceli da Silva Nunes Advogado(as): Silvana Corrêa Borges
Pinheiro - OAB/PA nº. 19.209 Juíza prolatora: Eva do Amaral Coelho A ré, GRACELI DA SILVA NUNES,
citada, por advogado, apresentou às fls. 14/22, resposta à acusação prevista nos artigos 396 e 396-A do
Código de Processo Penal, e após detida análise, este Juízo não verificou das alegações apresentadas
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como absolvê-la sumariamente. Em consonância com o art. 397 do Código de Processo Penal,
apresentada a resposta, o Juiz deve absolver sumariamente o acusado, desde que verifique uma das
seguintes circunstâncias: a) a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; b) a existência
manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; c) o fato narrado
evidentemente não constituir crime; ou d) extinta a punibilidade do agente. Como se observa, salvo a
hipótese de extinção da punibilidade do agente, que se trata de questão de ordem objetiva, nas demais,
para que o Juiz, nessa fase, prolate sentença absolvendo, sumariamente, o acusado, é preciso que a
decisão seja calcada em um juízo de certeza, tal como se lhe é exigido para exarar, no final do processo,
sentença condenatória. Vejam-se as expressões usadas, corretamente, pelo legislador, que foram grifadas
acima: existência manifesta e fato narrado evidentemente. É que, aqui, não vigora o princípio do in dubio
pro reo, mas sim o do in dubio pro societate, de modo que, na dúvida, o Juiz deve deixar para analisar
essa questão no momento natural, que é quando do final do processo. Por conseguinte, ela somente é
admissível quando o Juiz tiver certeza da inculpabilidade, da inimputabilidade ou de que, efetivamente, o
fato imputado ao acusado não é crime. Aqui, inverte-se a lógica do processo: para absolver,
sumariamente, a decisão do Juiz, na sua motivação, tem de estar acompanhada de prova robusta em prol
do acusado - prova material. Isso porque, em rigor, ela é uma decisão de exceção, que somente deve ser
dada nas hipóteses em que o Juiz está seguro, com base na robustez da prova, de que o acusado deve
ser independentemente da instrução do processo, desde logo, absolvido. CONCLUSÃO Diante do
exposto, rejeito os argumentos dispostos na resposta à acusação da ré GRACELI DA SILVA NUNES,
constante às fls. 14/22, para determinar o prosseguimento do feito, nos termos do artigo 399 e seguintes
do Código de Processo Penal, designando audiência de instrução e julgamento para o dia 13/08/2019, às
11:00 horas, sendo promovidas as seguintes medidas: 01- Intimação das testemunhas arroladas pela
acusação e pela defesa do réu, para fazerem-se presentes a audiência acima designada. Se as
testemunhas arroladas pelas partes residem foram da jurisdição do Juízo, por medida de economia
processual e tendo em vista o princípio constitucional da razoável duração do processo, expeça-se carta
precatória nos termos do artigo 222 do CPP, com prazo de 30 (trinta) dias, intimando-se acusação e
defesa; 02 - Requisição (preso) ou intimação (solto) do réu, se necessário expeça-se carta precatória, com
prazo de 30 (trinta) dias, para conhecimento da audiência de instrução e julgamento; 03 - Intimação
pessoal do Defensor Público; 04 - Intimação do advogado constituído pelo Diário de Justiça; 05 - Intimação
do assistente acusatório pelo Diário de Justiça; 06 - Intimação pessoal do Promotor de Justiça; 07 -
Juntada das certidões de antecedentes criminais e de primariedade atualizadas do réu, caso ainda não
tenham sido providenciadas; Diligencie-se. Cumpra-se. Belém - PA, 19 de fevereiro de 2019. EVA DO
AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA
PROCESSO: 00231784520188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 19/02/2019 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:THAINA WALERIA OLIVEIRA DE
MOURA Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) OAB 20460 - FERNANDO
ANTONIO PESSOA DA SILVA (ADVOGADO) . DELIBERAÇ?O EM AUDIÊNCIA: Vista ao promotor
natural. Com o parecer, conclusos. Oficie-se ao Comando da PM para que justifique a ausência das
testemunhas Alberto de Araújo Fausto; Jovan Heiller de Miranda Santiago; Elan Rosário de Melo. A
denunciada THAINA WALERIA OLIVEIRA DE MOURA foi requisitada mediante oficio anexado nos autos
de fls. 59, porém, não foi apresentada. Considerando que situações desta natureza são constantes, o que
prejudica o andamento do processo e a consequente prestação jurisdicional, oficie-se a Corregedoria de
Justiça e ao TJEPA dando ciência do fato para as providencias que o caso requer. Nada mais havendo a
declarar mandou o(a) MM. Juiz(a) encerrar a presente audiência, deu-se este termo por findo e que, lido e
achado conforme, vai devidamente assinado. Eu, .............., o digitei e subscrevi. PROCESSO:
00237770220068140401 PROCESSO ANTIGO: 200620623642
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 19/02/2019 VITIMA:J. M. R. S. DENUNCIADO:ADILSON DA SILVA
MADEIRA. DESPACHO Em face da notícia da morte do réu ADILSON DA SILVA MADEIRA, determino a
senhora diretora de secretária que se oficie o Juízo da Comarca de Salvaterra/PA, em caráter de
¨URGÊNCIA¨, com o objetivo de que encaminhe cópia autenticada da certidão do óbito existente à fl. 41
do processo criminal nº. 0004565-73.2014.8.14.0091, em que o réu teve o feito extinto. Junte ao
expediente as decisões de fls. 47 e 48 dos autos. Com a resposta, conclusos. Belém - PA, 19 de janeiro
de 2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de
Belém - PA PROCESSO: 00252787020188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Procedimento
Comum em: 19/02/2019 VITIMA:O. E. VITIMA:A. M. A. DENUNCIADO:MARIA RAIMUNDA AMANCIO DA
802
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
265 do CPP. Belém, 19/02/2019 Sandra Maria Lima do Carmo Diretora de Secretaria, subscrevo.
PROCESSO: 00226903220148140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ---- Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em:
AUTORIDADE POLICIAL: F. P. A. D. VITIMA: G. J. B. DENUNCIADO: J. B. R. R. Representante(s): OAB
15755 - SUSAN NATALYA DA PAIXAO SANTIAGO (ADVOGADO) MENOR: V. M. I. DENUNCIADO: R. G.
C. A. Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) OAB 16904 - MAURO
ROBERTO MENDES DA COSTA JUNIOR (ADVOGADO)
Direito, titular da 3ª Vara Penal da Capital, FAZ SABER a(o) nacional LIRIVAL DE NAZARE TEIXEIRA
PRADO, brasileiro(a), filho(a) de Lourival Batista Prado e Liria Teixeira Prado, residente à época do fato,
ao Conj. Cidade Nova II, WE 19, casa 31, Coqueiro, Ananindeua/PA, e não sendo encontrado(a) para ser
intimado(a), expede-se o presente Edital, INTIMANDO-O(A) para que compareça neste Juízo, no prazo de
90 (noventa) dias, a fim de tomar ciência da sentença prolatada nos autos do Processo nº 0018280-
28.2001.814.0401, em 15/02/2019, a qual DECLAROU A PRESCRIÇÃO DA PRETENSAO PUNITIVA com
fundamento no art. 107, IV c/c art. 109, IV, ambos do CPB e art. 61 do CPP. Ficando ciente também que
poderá interpor apelação da decisão retro mencionada no prazo de 05 (cinco) dias após findo o prazo
supra mencionado. Belém (PA), 20 de fevereiro de 2019. Eu, Cynthia Ayan, Analista Judiciário, lotada na
Secretaria da 3ª Vara Criminal, o digitei. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito titular da 3ª Vara
Penal da Comarca da Capital. PROCESSO: 00184210820188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 20/02/2019 VITIMA:L. D. L. DENUNCIADO:FABRICIO DA SILVA
QUARESMA Representante(s): OAB 0000 - DEFENSOR PUBLICO (ADVOGADO) . DELIBERAÇÃO EM
AUDIÊNCIA: Considerando a insistência do RMP na oitiva das testemunhas ausentes Lucileia Duarte de
Lima; Carlindo Carvalho Mesquita; Camilo Tiago Ribeiro Pontes; Jesus Nazareno Moraes de Melo,
redesigno a presente audiência para o dia 02.10.2019 as 09h30min. Renovem-se as diligências de
intimação das testemunhas ausentes. Expeça-se mandado de intimação para o réu no endereço
informado às fls. 29. Nada mais havendo a declarar mandou o(a) MM. Juiz(a) encerrar a presente
audiência, deu-se este termo por findo e que, lido e achado conforme, vai devidamente assinado. Eu,
.............., o digitei e subscrevi. PROCESSO: 00193008320168140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 20/02/2019 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:HENRIQUE LLOHAN ANDRADE
SILVA Representante(s): OAB 0000 - DEFENSOR PUBLICO (DEFENSOR) . DELIBERAÇÃO EM
AUDIÊNCIA: Encerrada a instrução processual, façam-se os autos com vista às partes para apresentação
de memoriais por escrito. Após venham conclusos para sentença. Nada mais havendo a declarar mandou
o(a) mm. Juiz(a) encerrar a presente audiência, deu-se este termo por findo e que, lido e achado
conforme, vai devidamente assinado. Eu, ............., o digitei e subscrevi. PROCESSO:
00206481020148140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal - Procedimento Sumário em: 20/02/2019 VITIMA:O. E.
DENUNCIADO:HILTON ALEXANDRE GIL MENEZES Representante(s): OAB 15966 - MARCUS
VINICIUS PRAZERES CAVALEIRO DE MACEDO (ADVOGADO) OAB 16668 - MARCELO RODRIGO
CORIOLANO DE OLIVEIRA (ADVOGADO) AUTORIDADE POLICIAL:ANTONIO JOSE DE SOUZA
LIMADPC. DESPACHO RH; Vista ao Ministério Público para manifestação ou requerer o que entender de
direito. Com a manifestação, conclusos. Belém - PA, 20 de fevereiro de 2019. EVA DO AMARAL COELHO
Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA PROCESSO:
00254674820188140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
SANDRA MARIA LIMA DO CARMO Ação: Inquérito Policial em: 20/02/2019 INDICIADO:EM APURACAO
VITIMA:D. S. F. . De ordem da MM Juíza de Direito da 3ª Vara Criminal e de conformidade com o
provimento n.º 006/2006, art. 1º, § 1º, inc. I, procedo a remessa do presente procedimento a Secretaria do
Ministério Público. Belém, 20/02/2019. Sandra Maria Lima do Carmo Diretora de Secretaria. PROCESSO:
00256124120178140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019 VITIMA:O. E.
DENUNCIADO:AILTON ALAN PINHEIRO CUNHA. DESPACHO RH; Vista ao Ministério Público para
manifestação ou requerer o que entender de direito. Com a manifestação, conclusos. Belém - PA, 20 de
fevereiro de 2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo
Singular de Belém - PA PROCESSO: 00311648420178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 20/02/2019 VITIMA:M. R. T. P. DENUNCIADO:CLEBERSON KLEY
SARDINHA TOTA Representante(s): OAB 0000 - DEFENSOR PUBLICO (DEFENSOR) . DELIBERAÇÃO
EM AUDIÊNCIA: Defiro o pedido da defesa. Redesigno a presente audiência para o dia 18.09.2019 as
09h30min. Renovem-se as diligências de intimação das testemunhas Marta Ruth Tavares Pessoa; Alcides
Borges Lobo Junior. Nada mais havendo a declarar mandou o(a) MM. Juiz(a) encerrar a presente
audiência, deu-se este termo por findo e que, lido e achado conforme, vai devidamente assinado. Eu,
.............., o digitei e subscrevi. PROCESSO: 00050758720188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Sumário em: 21/02/2019 VITIMA:A. C. O. E. INDICIADO:JEFFERSON ALVES MONTEIRO
Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) .
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
doloso. Ressalte-se que o não cumprimento de quaisquer das medidas cautelares impostas, implicará em
revogação automática das mesmas e, consequentemente, a decretação da prisão preventiva com o
recolhimento do denunciado a uma das casas Penais do Estado. Intime-se o advogado ROCIVALDO DOS
SANTOS BRITO - OAB/PA nº. 6.524 para, que no prazo de 05 (cinco) dias úteis, contados de sua
intimação, apresente o seu constituinte em Juízo a fim de assumir as obrigações impostas, sob pena de
revogação das medidas cautelares e o restabelecimento do decreto de segregação social. Por derradeiro
determino baixa no cadastro de Prisões do CNJ e expedição de contramandado de prisão, comunicando a
quem de direito, por ofício, em especial autoridade policial competente, sobre a presente decisão, na qual
susta os afeitos do mandado de segregação social anteriormente encaminhado àqueles Órgãos Públicos,
devendo o mandado, se possível, ser devolvido. Intimações necessárias. Diligencie-se. Cumpra-se. Belém
- PA, 21 de fevereiro de 2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do
Juízo Singular de Belém/PA PROCESSO: 00092191720168140097 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 DENUNCIADO:ANTONIO DE JESUS AUGUSTO MARQUES
TAVARES Representante(s): OAB 15605 - MARCOS VINICIUS NASCIMENTO DE ALMEIDA
(ADVOGADO) VITIMA:G. E. S. K. . ANÁLISE DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA Processo nº. 0009219-
17.2016.8.14.0097 Comarca de Belém - PA - 3ª Vara Criminal do Juízo Singular Ação Penal Pública Autor:
Ministério Público do Estado do Pará Imputação penal: art. 316, caput, do Cp Denunciado: Antônio de
Jesus Augusto Marques Tavares Advogado(as): Marcos Vinícius Nascimento de Almeida - OAB/PA nº.
15.605 Juíza prolatora: Eva do Amaral Coelho D E C I S Ã O O acusado, ora requerente, ANTÔNIO DE
JESUS AUGUSTO MARQUES TAVARES, citado, por advogado constituído, procuração de fl. 28,
apresentou às fls. 32/47, resposta à acusação prevista nos artigos 396 e 396-A do Código de Processo
Penal, e após detida análise, este Juízo não verificou das alegações apresentadas como absolvê-lo
sumariamente. Em consonância com o artigo 397 do Código de Processo Penal, apresentada a resposta,
o Juiz deve absolver sumariamente o acusado, desde que verifique uma das seguintes circunstâncias: a) a
existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; b) a existência manifesta de causa
excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; c) o fato narrado evidentemente não
constituir crime; ou d) extinta a punibilidade do agente. Como se observa, salvo a hipótese de extinção da
punibilidade do agente, que se trata de questão de ordem objetiva, nas demais, para que o Juiz, nessa
fase, prolate sentença absolvendo, sumariamente, o acusado, é preciso que a decisão seja calcada em
um juízo de certeza, tal como se lhe é exigido para exarar, no final do processo, sentença condenatória.
Vejam-se as expressões usadas, corretamente, pelo legislador, que foram grifadas acima: existência
manifesta e fato narrado evidentemente. Na dúvida o Juiz deve deixar para analisar essa questão no
momento natural, que é quando do final do processo. Por conseguinte, ela somente é admissível quando o
Juiz tiver certeza da inculpabilidade, da inimputabilidade ou de que, efetivamente, o fato imputado ao
acusado não é crime. Aqui, inverte-se a lógica do processo: para absolver, sumariamente, a decisão do
Juiz, na sua motivação, tem de estar acompanhada de prova robusta em prol do acusado - prova material.
Isso porque, em rigor, ela é uma decisão de exceção, que somente deve ser dada nas hipóteses em que o
Juiz está seguro, com base na robustez da prova, de que o acusado deve ser, independentemente da
instrução do processo, desde logo, absolvido. Quanto a alegada inépcia da peça vestibular, verifico que
não tem razão o acusado, eis que à peça vestibular descreve conduta típica, antijurídica e culpável,
contendo em si todos os elementos necessários a possibilitar ao réu o seu direito de ampla defesa.
Portanto, a alegação de que não há nos autos qualquer meio de prova, nem mesmo o menor indício
contundente, que leve à conclusão de que o réu cometeu o delito apontado na peça de ingresso, gerando
carência de ação por falta de justa causa, é matéria fática, a ser debatidas quando da instrução do feito.
Contudo, o Juízo, num primeiro momento, vislumbra lastro probatório mínimo e firme, indicativo da autoria
e materialidade da infração penal narrada na inicial acusatória, havendo justa causa, que constitui
condição para o exercício regular da presente ação penal. Quanto ao pleito de violação do princípio da
indivisibilidade da ação penal, cabe enfatizar, que é inerente à ação penal privada e consiste na
necessidade de o querelante oferecer queixa contra todos os autores do fato, sob pena de extinção de
punibilidade se houver renúncia com relação a algum deles. O aludido princípio conjuga-se com o princípio
da oportunidade, que em sede de ação penal privada se contrapõe ao da obrigatoriedade, que vigora na
ação penal pública. Dessa forma, se cabe ao querelante escolher processar ou não o autor do fato, e se o
fizer, terá que oferecer queixa contra todos os envolvidos. O princípio da indivisibilidade, próprio da ação
penal de iniciativa privada, não se aplica à ação penal pública. O fato de o Ministério Público deixar de
oferecer denúncia contra quem não reconheceu a existência de indícios de autoria na prática do delito não
ofende o princípio da indivisibilidade da ação penal, pois o princípio do artigo 48 do CPP, não compreende
a ação penal pública, que, não obstante, é inderrogável. Assim, não prospera tal pedido. Já em relação a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
incompetência territorial, já foi devidamente discutida e decidida às fls. 63/64 dos autos, haja vista que o
Juízo da 3ª Vara Criminal de Belém, encontra-se prevento para apreciação e julgamento do presente
processo, sendo que o réu, em tese, vinha numa sequência delitiva, ou seja, a peça vestibular descreve,
ou melhor dizendo, narra a saga criminosa, tendo esta iniciada na Cidade de Belém, depois de deram no
Municípios de Ananindeua e por último na Comarca de Benevides, e por já existir formalizada e recebida
denúncia, dando o Juízo impulso oficial o que a tornou preventa, fixando a competência deste Juízo para o
prosseguimento e julgamento da presente demanda penal, nos termos do artigo 83 do CPP. Vale ainda,
por oportuno, ressaltar que, ultrapassado o momento processual para analisar se a exordial acusatória
atende ou não aos requisitos formais (CPP, art.41) para seu recebimento, visto que a mesma já foi
recebida às fls. 09/11, sendo, por ventura, alegado inépcia, falta de pressupostos processuais, de
condições da ação ou de falta de justa causa para o exercício da ação penal, previstos no artigo 395, do
CPP, a via adequada será a do Habeas Corpus impetrado no Tribunal de Justiça, que poderá conduzir,
obviamente, se for o caso, ao trancamento da ação penal. Destaco ainda que eventual vício formal da
denúncia não se enquadra em nenhuma das hipóteses previstas no artigo 397 do CPP, a ensejar
absolvição sumária. CONCLUSÃO Diante do exposto, rejeito os argumentos contidos nas respostas à
acusação do réu ANTÔNIO DE JESUS AUGUSTO MARQUES TAVARES, constantes às fls. 32/47, e
determino o prosseguimento do feito, nos termos do artigo 399 e seguintes do Código de Processo Penal,
designando audiência de instrução e julgamento para o dia 10/06/2019, às 09:00 horas, sendo promovidas
as seguintes medidas: 01-Intimação das testemunhas arroladas pela acusação, defesa e o assistente
acusatório, se houver, para se fazerem presentes a audiência acima designada. Se as testemunhas
arroladas pelas partes residem foram da jurisdição do Juízo, por medida de economia processual e tendo
em vista o princípio constitucional da razoável duração do processo, expeça-se carta precatória nos
termos do artigo 222 do CPP, com prazo de 60 (sessenta) dias, intimando-se acusação e defesa; 02-
Intimação também do acusado e seu defensor, se necessário expeça-se carta precatória, com prazo de 30
(trinta) dias, para ciência da audiência de instrução e julgamento; 03-Juntada das certidões de
antecedentes criminais e de primariedade atualizadas do acusado, caso ainda não tenham sido
providenciadas; 04-Intimação da defesa do réu, pelo Diário de Justiça, para, no prazo de 05 (cinco) dias
úteis, contados da publicação do presente, apresentar novo rol de testemunhas até o máximo de 08 (oito),
sob pena de indeferimento da oitiva de todas aquelas indicadas às fls. 32/47. Encerrado o prazo e
certificado nos autos, com ou sem manifestação, conclusos. 05-Indefiro o pedido de reabertura do prazo
para apresentação de nova resposta à acusação, haja vista a defesa apresentada às fls. 32/47, está em
acordo com o previsto no artigo 396 do CPP. 06-Indefiro o pedido de juntado dos antecedentes criminais
das pessoas indicadas na peça de fls. 32/47. Diligencie-se. Cumpra-se. Belém - PA., 21 de fevereiro de
2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém - PA
PROCESSO: 00151225720178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:ERICA DO SOCORRO MIRANDA
TRINDADE Representante(s): OAB 17543 - SIMONE GEMAQUE DOS SANTOS (ADVOGADO) .
DESPACHO RH., Em face do petitório de fl. 129 dos autos, remarco a audiência de instrução e julgamento
determinada às fls. 98, para o dia 01/04/2019, às 11:00 horas, promovendo a senhora diretora de
secretaria às providências necessárias a realização do ato. Diligencie-se. Cumpra-se. Belém - PA., 21 de
fevereiro de 2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de direito Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de
Belém - PA PROCESSO: 00192188120188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Inquérito
Policial em: 21/02/2019 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:TIAGO DA SILVA LIMA Representante(s): OAB -- -
DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) DENUNCIADO:KLEBER WILKER SILVA DE SOUZA
Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) . SENTENÇA Processo Criminal nº.
0019218-81.2018.8.14.0401 Comarca de Belém - PA - 3ª Vara Criminal do Juízo Singular Ação penal
pública Autor: Ministério Público do Estado do Pará Imputação Penal: art. 33, caput, da Lei nº.
11.343/2006 Réu(s): Tiago da Silva Lima e Kleber Wilker da Silva de Souza Advogado(as): Daniel Sabbag
(Defensor Público) Juíza Prolatora: Eva do Amaral Coelho O MINISTÉRIO PÚBLICO do Estado do Pará
por um de seus Promotores de Justiça do Juízo Singular denunciou os nacionais TIAGO DA SILVA LIMA e
KLEBER WILKER DA SILVA DE SOUZA, já devidamente qualificados nos autos em epígrafe, como
incursos nas sanções punitivas do artigo 33, caput, da Lei n.º 11.343/2006 (Lei antidrogas). A peça inicial
acusatória está formalizada às fls. 02/05. A persecução criminal teve início por prisão em flagrante delito
no dia 28/08/2018. Determinação de citação dos réus às fls. 11/11v. O réu KLEBER foi devidamente citado
à fl. 12a. O réu TIAGO foi devidamente citado à fl. 34a. Defesa prévia apresentada em favor do réu KLBER
às fls. 39/44. Defesa prévia apresentada em favor do réu TIAGO à fl. 45. Os argumentos contidos das
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
defesas prévias dos réus não foram acolhidos, sendo recebida a denúncia às fls. 48/49, sendo designada
audiência de instrução e julgamento. Na instrução criminal foram ouvidas as testemunhas HUMBERTO
AUGUSTO CARDOSO MATTOS, ANDERSON RAFAEL LIMA ESTÁCIO e ANÍZIO SANTIAGO SANTOS
arroladas pela acusação, bem como os réus TIAGO DA SILVA LIMA e KLEBER WILKER DA SILVA DE
SOUZA, foram devidamente qualificados e interrogados, conforme se vê da ata de audiências de fls. 56/58
e da mídia juntada à fl.59 dos autos. Encerrada a instrução, as partes não requereram diligências. Os
debates orais foram convertidos em alegações finais escritas, tendo o Ministério Público em suas
derradeiras alegações de fls. 63/68 requerido a condenação dos réus nas penas do artigo 33, caput, da Lei
n.º 11.343/2006. Já a defesa de ambos os réus em seus memoriais finais de fls. 91/92 requereu pela
absolvição de seus constituintes, com arrimo legal no artigo 386, inciso VII, do CPP. As certidões de
antecedentes criminais dos réus foram juntadas às fls. 82/90 e 91/92. Em síntese, é o relatório. Decido. O
representante Ministerial imputa aos acusados TIAGO DA SILVA LIMA e KLEBER WILKER DA SILVA DE
SOUZA, a conduta descrita no artigo 33, caput, da Lei nº 11343/06, abaixo transcrito. (...)(...)Art. 33.
Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer
drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar: Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500
(mil e quinhentos) dias-multa.(...)(...) As provas trazidas ao álbum processual corroboram a existência do
crime de tráfico de material entorpecente proibido no território Brasileiro, além da responsabilidade penal
dos réus TIAGO DA SILVA LIMA e KLEBER WILKER DA SILVA DE SOUZA. A materialidade não há que
ser questionada, sobretudo porque suficientemente demonstrada por meio do auto de prisão em flagrante
delito de fls. 01/45, em especial destaque pelo auto de apreensão fl. 18 IPL, no qual se observa que foram
apreendidos 01 (um) tablete, de substância esverdeada, prensada, semelhante a Maconha, pesando
295,5 gramas, e 31 (trinta e uma) petecas de substância petrificada, envolvida em saco plástico
transparente e mais uma porção, embalada em saco plástico verde, semelhantes a cocaína, pesando no
total 26,5 gramas, e, dos exames periciais constantes às fls. 18 do IPL e 15 dos autos, que identificou nas
porções encaminhadas para perícia à presença de cocaína e maconha, substâncias capazes de causar
dependência psíquica e que estão enquadradas na Portaria da Secretaria de Vigilância Sanitária do
Ministério da Saúde nº. 344, de 12/05/98. A autoria, de igual forma foi comprovada pelas provas coletadas
na fase inquisitorial, bem como pelas produzidas em Juízo. Consta da denúncia que no dia 27/08/2018,
por volta das 23:40 horas, policias militares fazendo ronda ostensiva na VTR 2406, no bairro da
Cabanagem em Belém, obtiveram informações de populares que dois indivíduos estariam armados e
fazendo tráfico de drogas no Conjunto Panorama XXI, mais precisamente na rua do tubo, localizada no
referido bairro. Ao chegarem ao endereço indicado, os indivíduos ao verem a guarnição policial, puseram-
se em fuga, mas foram perseguidos e logo em seguida presos. Em revista pessoal foi encontrado na
posse de TIAGO LIMA 01 (um) tablete de maconha e na de KLEBER 31 (trinta e uma) petecas de cocaína
e mais uma porção também de cocaína, sendo então dada voz de prisão e os indivíduos, sendo estes
encaminhados à seccional da Marambaia. Portanto, vislumbro da narrativa, 02 (dois) dos núcleos do tipo
constante do artigo 33, caput, da Lei nº 11.343/06, quais sejam: ¨transportar¨ e ¨trazer consigo¨. As
testemunhas e policiais militares HUMBERTO AUGUSTO CARDOSO MATTOS e ANÍZIO SANTIAGO
SANTOS inquiridas durante a instrução do feito, mídia fl. 59, confirmaram os fatos descritos na denúncia,
ou seja, que os produtos entorpecentes eram de propriedade dos réus e que estes as traziam consigo em
via pública ou seja, transportavam pelo bairro da Cabanagem em Belém, e por tais motivos foram as
substâncias apreendidas e os réus levados presos. Ressalto que não há testemunhas indicadas pela
defesa dos réus, que pudessem elidir a acusação de tráfico de drogas e que ajudassem a tese defensiva
de que a droga não pertencia aos acusados. Desta forma, muito embora os réus TIAGO DA SILVA LIMA e
KLEBER WILKER DA SILVA DE SOUZA, tenham negado na fase pré-processual, fls. 05 e 06 do IPL, bem
como negado o crime em sede judicial, mídia de fl. 59, os depoimentos das testemunhas HUMBERTO
AUGUSTO CARDOSO MATTOS e ANÍZIO SANTIAGO SANTOS, inquiridas durante a instrução do feito,
mídia de fl. 59, servem de amparo para um decreto condenatório, eis que confrontadas encontram entre si
coerência que lhes dão credibilidade. O elemento subjetivo do tipo também emerge dos autos de forma
bem definida, consistindo no dolo de ¨transportar¨ e ¨trazer consigo¨, produtos entorpecentes que
determine dependência física ou psíquica, sem autorização legal. Quanto à tese defensiva de insuficiência
de provas, esta restou devidamente afastada pelo que já se demonstrou da análise e valoração probatória.
Nesse aspecto, é importante destacar que as circunstâncias fáticas em que as drogas foram encontradas
definem bem que se está diante da figura do artigo 33, caput, da Lei Antidrogas, pois a quantidade de
entorpecentes apreendida, as investigações que antecederam as prisões, conforme afirmado pelas
testemunhas em Juízo e no inquérito, de que as substâncias entorpecentes foram encontradas com os
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réus em revista pessoal, quando estes estavam em via público do bairro da Cabanagem em Belém, tendo
sido apreendida pelos policiais, e se destinava a comercialização, me conduz à conclusão de que não se
trata de meros usuários. Com as provas obtidas nos autos, dúvidas não restam de que os acusados
praticaram o delito descrito pelo representante do Ministério Público em sua peça de ingresso. Destarte,
restando inconteste a materialidade e a autoria da prática delitiva de tráfico de drogas, narrada na peça
vestibular acusatória. CONCLUSÃO Ante o exposto e o que mais dos autos consta, julgo procedente a
pretensão acusatória do estado formulada na denúncia de fls. 02/05, para CONDENAR os réus TIAGO DA
SILVA LIMA e KLEBER WILKER DA SILVA DE SOUZA, já qualificados, nas sanções punitivas do artigo
33, caput, da Lei nº 11.343/2006. DOSIMETRIA E FIXAÇÃO DA PENA Atenta às diretrizes do artigo 5º,
XLVI, da Constituição da República, ao artigo 42 da Lei nº. 11.343/2006, artigo 68 do Código Penal
Brasileiro e às circunstancias judiciais do artigo 59 do mesmo Diploma Legal, passo à individualização e
fixação das penas a serem impostas aos réus TIAGO DA SILVA LIMA e KLEBER WILKER DA SILVA DE
SOUZA. Do réu TIAGO DA SILVA LIMA Culpabilidade evidenciada, o acusado denotou elevada
reprovabilidade, tendo pleno conhecimento do caráter ilícito de sua conduta, além do que a culpabilidade
apresenta contornos especiais, tendo em vista a quantidade de droga apreendida e a natureza do produto
entorpecente, no caso cocaína e maconha, que provoca sérios danos físicos e psíquicos ao ser humano
(artigo 42 da lei nº 11343/06) (negativa); Antecedentes criminais imaculados, não registrando sentença
condenatória transitada em julgado (neutra); Conduta social e Personalidade são dados inerentes ao
acusado que em nada se relacionam ao fato por ele praticado, de modo que sua valoração em seu
prejuízo significaria a adoção de um insustentável direito penal do autor (neutras); Motivos do crime o lucro
e a obtenção de dinheiro fácil, não desbordam do ilícito de tráfico de entorpecentes, nada a valor (neutra);
Circunstância do crime normal a espécie do crime de tráfico de produtos entorpecentes, sem valoração
(neutra); consequências do crime relevantes, ressaltando dentre elas os sérios e irreversíveis prejuízos à
saúde pública (negativa); Comportamento da vítima (a saúde pública), não facilitou e nem incentivou o ato
criminoso (neutra); Situação econômica do réu não é boa, haja vista ser pessoa sem posses, que vive em
condições financeiras precárias, não possuindo emprego lícito, ou seja, não possui estrutura para suportar
as despesas e custas processuais (neutra). Portanto, levando-se em conta todas as circunstâncias acima
analisadas ou seja, culpabilidade, antecedentes criminais, conduta social, personalidade, motivos,
circunstâncias e consequências do crime, além do comportamento da vítima (a saúde pública), situação
econômica do réu, fixo a pena base privativa de liberdade em 08 (oito) anos de reclusão, bem como ao
pagamento de multa de 700 (setecentos) dias-multa, calculada em 1/30 (um trigésimo) do Salário Mínimo
vigente à época dos fatos. Considerando a inexistência de circunstâncias atenuantes que militem em favor
do réu, mantenho a pena privativa de liberdade em 08 (oito) anos de reclusão, bem como ao pagamento
de multa de 700 (setecentos) dias-multa, calculada em 1/30 (um trigésimo) do Salário Mínimo vigente à
época dos fatos. Considerando a inexistência de circunstâncias agravantes que militem em desfavor do
réu, mantenho a pena privativa de liberdade fixada em 08 (oito) anos de reclusão e a de pagamento de
multa em 700 (setecentos) dias-multa, calculada em 1/30 (um trigésimo) do Salário Mínimo vigente à
época dos fatos. Mostra-se inviável a aplicação da causa de diminuição de pena prevista no artigo 33, §4º,
da Lei nº.11.343/2006 e, eis que o réu não preenche todos os requisitos para tal, apesar de ser primário,
registra antecedentes criminais, se dedicando à atividade criminosa de tráfico de entorpecentes como
meio de vida, além da droga (maconha) apreendida consigo ser em quantidade expressiva e
extremamente nociva ao ser humano. Assim, considerando a inexistência de outras causas de diminuição
de pena a se observar que militem em seu favor, mantenho a pena privativa de liberdade fixada em 08
(oito) anos de reclusão, bem como ao pagamento de multa de 700 (setecentos) dias-multa, calculada em
1/30 (um trigésimo) do Salário Mínimo vigente à época dos fatos. Considerando o não reconhecimento de
causas de aumento de pena que militem em desfavor do réu, fixo em definitivo a pena privativa de
liberdade em 08 (oito) anos de reclusão, bem como ao pagamento de multa de 700 (setecentos) dias-
multa, calculada em 1/30 (um trigésimo) do Salário Mínimo vigente à época dos fatos. Levando-se em
conta que o acusado não satisfaz um dos requisitos do inciso I, do artigo 44 do CPB, ou seja, pena
privativa de liberdade fixada num patamar acima de 04 (quatro) anos, deixo de promover a substituição da
pena imposta. Examinando também os requisitos elencados no artigo 77 do Código Penal Pátrio, deixo de
aplicar os benefícios de SURSIS, eis que a pena aplicada ter sido acima de 02 (dois) anos, o que lhe veda
a concessão do referido benefício. Em atenção ao disposto no artigo 387, §2º do CPP, comuto a
quantidade de tempo de cumprimento de prisão provisória de 28/08/2018 a 21/02/2019, totalizando 05
(cinco) meses e 28 (vinte e oito) dias, remanescendo 07 (sete) anos, 06 (seis) meses e 02 (dois) dias de
reclusão a serem executados. A pena imposta ao réu deve ser cumprida em regime SEMIABERTO, de
acordo com o artigo 33, §1º, letra ¨b¨ c/c o §2º, letra ¨b¨, do CPB, em casa penal competente. Do réu
KLEBER WILKER DA SILVA DE SOUZA Culpabilidade evidenciada, o acusado denotou elevada
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reprovabilidade, tendo pleno conhecimento do caráter ilícito de sua conduta, além do que a culpabilidade
apresenta contornos especiais, tendo em vista a quantidade de droga apreendida e a natureza do produto
entorpecente, no caso cocaína e maconha, que provoca sérios danos físicos e psíquicos ao ser humano
(artigo 42 da lei nº 11343/06) (negativa); Antecedentes criminais maculados, registrando sentença
condenatória transitada em julgado (negativa); Conduta social e Personalidade são dados inerentes ao
acusado que em nada se relacionam ao fato por ele praticado, de modo que sua valoração em seu
prejuízo significaria a adoção de um insustentável direito penal do autor (neutras); Motivos do crime o lucro
e a obtenção de dinheiro fácil, não desbordam do ilícito de tráfico de entorpecentes, nada a valor (neutra);
Circunstância do crime normal a espécie do crime de tráfico de produtos entorpecentes, sem valoração
(neutra); consequências do crime relevantes, ressaltando dentre elas os sérios e irreversíveis prejuízos à
saúde pública (negativa); Comportamento da vítima (a saúde pública), não facilitou e nem incentivou o ato
criminoso (neutra); Situação econômica do réu não é boa, haja vista ser pessoa sem posses, que vive em
condições financeiras precárias, não possuindo emprego lícito, ou seja, não possui estrutura para suportar
as despesas e custas processuais (neutra). Portanto, levando-se em conta todas as circunstâncias acima
analisadas ou seja, culpabilidade, antecedentes criminais, conduta social, personalidade, motivos,
circunstâncias e consequências do crime, além do comportamento da vítima (a saúde pública), situação
econômica do réu, fixo a pena base privativa de liberdade em 09 (nove) anos de reclusão, bem como ao
pagamento de multa de 800 (oitocentos) dias-multa, calculada em 1/30 (um trigésimo) do Salário Mínimo
vigente à época dos fatos. Considerando a inexistência de circunstâncias atenuantes que militem em favor
do réu, mantenho a pena privativa de liberdade em 09 (nove) anos de reclusão, bem como ao pagamento
de multa de 800 (oitocentos) dias-multa, calculada em 1/30 (um trigésimo) do Salário Mínimo vigente à
época dos fatos. Considerando a existência de circunstância agravante que milita em desfavor do réu tal
seja, a reincidência, prevista no artigo 61, inciso I, do CP, a mesma, no caso concreto, não pode conduzir
à exasperação da pena, pois é defeso ao julgador utilizar-se num mesmo processo como circunstância
judicial negativa para a fixação da pena base e depois fazê-la incidir como agravante de reincidência, eis
que afronta o princípio ¨ne bis in idem¨, nos termos da Súmula 241do STJ, razão pela qual impossível a
agravação da sanção, sendo forçada a manter a pena privativa de liberdade fixada em 09 (nove) anos de
reclusão e a pagamento de multa de 800 (oitocentos) dias-multa, calculada em 1/30 (um trigésimo) do
Salário Mínimo vigente à época dos fatos. Mostra-se inviável a aplicação da causa de diminuição de pena
prevista no artigo 33, §4º, da Lei nº.11.343/2006 e, eis que o réu não preenche todos os requisitos para tal,
pois e reincidente em crime doloso, ostenta maus antecedentes criminais, se dedicando à atividade
criminosa de tráfico de entorpecentes como meio de vida, além da droga (cocaína) apreendida consigo ser
em quantidade expressiva e extremamente nociva ao ser humano. Assim, considerando a inexistência de
outras causas de diminuição de pena a se observar que militem em seu favor, mantenho a pena privativa
de liberdade fixada em 09 (nove) anos de reclusão, bem como ao pagamento de multa de 800 (oitocentos)
dias-multa, calculada em 1/30 (um trigésimo) do Salário Mínimo vigente à época dos fatos. Considerando
o não reconhecimento de causas de aumento de pena que militem em desfavor do réu, fixo em definitivo a
pena privativa de liberdade em 09 (nove) anos de reclusão, bem como ao pagamento de multa de 800
(oitocentos) dias-multa, calculada em 1/30 (um trigésimo) do Salário Mínimo vigente à época dos fatos.
Levando-se em conta que o acusado não satisfaz um dos requisitos do inciso I, do artigo 44 do CPB, ou
seja, pena privativa de liberdade fixada num patamar acima de 04 (quatro) anos, deixo de promover a
substituição da pena imposta. Examinando também os requisitos elencados no artigo 77 do Código Penal
Pátrio, deixo de aplicar os benefícios de SURSIS, eis que a pena aplicada ter sido acima de 02 (dois)
anos, o que lhe veda a concessão do referido benefício. Em atenção ao disposto no artigo 387, §2º do
CPP, comuto a quantidade de tempo de cumprimento de prisão provisória de 28/08/2018 a 21/02/2019,
totalizando 05 (cinco) meses e 28 (vinte e oito) dias, remanescendo 08 (oito) anos, 06 (seis) meses e 02
(dois) dias de reclusão a serem executados. A pena imposta ao réu deve ser cumprida em regime
FECHADO, de acordo com o artigo 33, §1º, letra ¨a¨ c/c o §2º, letra ¨a¨, do CPB, em casa penal
competente. DISPOSIÇÕES FINAIS Os réus TIAGO DA SILVA LIMA e KLEBER WILKER DA SILVA DE
SOUZA, foram presos durante as investigações policiais mediante prisão em flagrante delito, e
permaneceram toda a instrução do feito segregados do convívio social, sendo temerário e até mesmo
irresponsável restituir-lhes a liberdade neste momento, pois com as penas agora concretizadas poderão
ocultarem-se ou fugirem do distrito da culpa, frustrando a finalidade útil do processo, que é proporcionar ao
Estado o exercício do seu direito efetivo de punir, aplicando a sanção devida a quem é considerado autor
de infração penal ou seja, frustrará o Estado de exercitar o seu direito de punir. Assim, mantenho as
prisões dos réus, para assegurar a aplicação da Lei penal nos termos dos artigos 312 c/c 387, § único,
ambos do Código de Processo Penal Brasileiro, negando aos mesmos o direito de apelarem em liberdade.
Reconheço os elevados danos materiais que as condutas nefastas dos réus causaram à vítima, contudo
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deixo de fixá-los nos termos do artigo 387, inciso IV, do CPP, porque não se aplica ao caso, já que o
sujeito passivo é a saúde pública, e, mesmo que houvesse o Juízo não teria como fazê-lo, eis que tal
indenização cível, considerando a pacífica jurisprudência do STJ, colecionada no informativo nº. 528,
RESP. 1.193.083/RS, publicado em 27/08/2013, não foi requerida pelo Ministério Público em sua peça
inicial, muito menos em suas alegações derradeiras. Caso haja dinheiro ou objetos dados como fiança,
estes servirão ao pagamento das custas, da indenização do dano, da prestação pecuniária e da multa se o
réu for condenado. Assim após os abatimentos devidos, restitua-se o saldo remanescente ao réu, ao
defensor constituído, ou a quem prestou a fiança. Na ausência deles o valor deve ser recolhido ao fundo
penitenciário na forma da lei, conforme os artigos 336 e 345 do CPP. Passada em julgado à sentença
condenatória, intimado o réu para dar início ao cumprimento da pena imposta e em não comparecendo em
Juízo, entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, devendo a importância ser recolhida ao
fundo penitenciário nas formas previstas nos artigos 344 e 345 do CPP. Considerando a entrega da
prestação jurisdicional, de ofício, determino, com permissivo legal no artigo 72 da Lei nº. 11.343/2006, a
INCINERAÇÃO do material ENTORPECENTE apreendido no presente feito. A incineração deverá ser
executada pela Autoridade Policial competente, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, na presença de um
representante do Ministério Público e Autoridade Sanitária Estadual, devendo ser lavrado competente auto
circunstanciado, que deverá ser enviado ao Juízo, conforme o comando legal do artigo 50, §§ 4º e 5º, da
Lei antidroga supramencionada. Determino o perdimento dos demais bens, caso existam, em favor da
União, devendo ser enviado ao SENAD a relação dos mesmos, na forma do artigo 63 da Lei 11.343/06.
Transitada em julgado a presente decisão, lancem-se os nomes dos réus no rol dos culpados, conforme o
artigo 5º, inciso LVII da Constituição Federal Brasileira. Expeçam-se guias à execução penal em relação
ao réu para cumprimento da sanção imposta, com cópias das peças indispensáveis, nos termos da Lei nº.
7.210/1984. Expeça-se guia de recolhimento da multa, a qual deve ser paga em 10 (dez) dias após o
trânsito em julgado da decisão, nos termos dos artigos 50 do CP e 686 do CPP, caso não haja o
pagamento espontâneo no prazo legal, oficie-se a Fazenda Pública Estadual para que tome as
providências que entender cabíveis. Ciência por correio eletrônico a Justiça Eleitoral para fins de
suspensão dos direitos políticos dos réus, de acordo com o previsto no artigo 71, parágrafo 2º, do Código
Eleitoral c/c o inciso III, do artigo 15, da Carta Política Brasileira. Oficie-se ao Órgão encarregado da
estatística criminal, de acordo com o artigo 809 do Código de Processo Penal Brasileiro. Publique-se na
íntegra a presente sentença no Diário de Justiça do Estado do Pará, conforme o comando legal do artigo
387, inciso VI, do Código de Processo Penal. Por ser a vítima a saúde pública, deixo de proceder nos
termos do §2º, do artigo 201 do CPP. Intimem-se os réus e seus defensores da presente sentença, nos
parâmetros constantes do artigo 392 do CPP. Intime-se o Promotor de Justiça da entrega da prestação
jurisdicional, conforme o previsto no artigo 390 do CPP. Após as providências legais necessárias e demais
comunicações de estilo, e em não havendo interposição de recursos voluntários pelas partes, ARQUIVEM-
SE os autos. Pela penúria econômica, isento os réus do pagamento de custas. P. R e I. Belém do Pará, 21
de fevereiro de 2019. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo
Singular de Belém - PA PROCESSO: 00249637620178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Sumaríssimo em: 21/02/2019 DENUNCIADO:WILLIAN DA SILVA DE MORAES VITIMA:O.
E. . DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Considerando que o réu não foi localizado, de acordo com a certidão
de fl. 08, vista ao RMP para manifestação. 2) Após, conclusos. Nada mais havendo a declarar mandou
o(a) MM. Juiz(a) encerrar a presente audiência, deu-se este termo por findo e que, lido e achado
conforme, vai devidamente assinado. Eu, ............., o digitei e subscrevi. PROCESSO:
00278425620178140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
CYNTHIA MOURAO AYAN Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 VITIMA:C. E. P.
DENUNCIADO:WOLFGANG STHEPHAN RHENNAN RODRIGUES KRUEGER. EDITAL DE CITAÇÃO "15
DIAS" A DRA. EVA DO AMARAL COELHO, Exma. Sra. Juíza de Direito, titular da 3ª Vara Penal de
Belém, faz saber aos que este lerem ou dele tomarem conhecimento que, pelo (a) Dr(a). Roberto Antônio
Pereira de Souza, 2º Promotor(a) de Justiça do Juízo Singular, foi denunciado(a) WOLFGANG
STHEPHAN RHENNAN RODRIGUES KRUEGER, brasileiro(a), nascido(a) em 10/07/1990, filho(a) de
Simone Rodrigues Krueger e Wolfgang Andreas Krueger, residente à época do fato à Rua Riachuelo, nº
25 altos, Belém/PA, atualmente em local incerto e não sabido, incurso(a) nas sanções punitivas do artigo
155, §3º do CPB, e como não foi(ram) encontrado(s) para ser(em) citado(s) pessoalmente, expede-se o
presente EDITAL, para CITÁ-LO(A) das imputações contra si impostas pela Justiça Pública, ficando desde
já ciente de que deverá apresentar resposta escrita, no processo nº 0027842-56.2017.814.0401, através
de defensor constituído, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de suspensão do processo e do prazo
prescricional. Ressalte-se que, no silencio do réu, lhe será nomeado Defensor Público para apresentação
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de Defesa Previa, no prazo legal. Belém - PA, 21 de fevereiro de 2019. Eu, Cynthia Ayan, Analista
Judiciário lotada na 3ª Vara Penal, digitei e subscrevi. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito titular
da 3ª Vara Penal da Comarca de Belém. PROCESSO: 00282739020178140401 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 INDICIADO:FABIO JOSE GOES LEAL VITIMA:C. C. E. P. .
DECISÃO: Homologo a proposta do Ministério Público. Considerando que o denunciado FABIO JOSE
GOES LEAL aceitou a proposta feita pelo Órgão Ministerial, homologo os termos da suspensão
condicional do processo. Nada mais dito ou perguntado, a MMa. Juíza mandou encerrar o presente termo
que, após lido e achado conforme, vai devidamente assinado por todos os presentes. Eu,______, digitei e
subscrevi.
satisfatoriamente consubstanciada nos elementos colhidos no inquérito policial. Desta forma, não
vislumbro razão para rejeitá-la liminarmente (art. 395 do CPP). II- Cite(m)-se o(s) acusado(s) para se
ver(em) processado(s) até final decisão e nos termos do artigo 396 do CPP, responder a acusação, por
escrito, no prazo de 10 (dez) dias consoante disposto no artigo 396-A, do supramencionado Diploma
Processual Penal. Na resposta o(s) acusado(s) poderá(rão) arguir preliminares e alegar tudo o que
interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar
testemunhas (CPP art. 401, até o número de 8), qualificando-as e requerendo sua intimação, quando
necessário. III- Conste do mandado de citação que não sendo apresentada resposta no prazo legal, fica
desde já nomeada a Defensora Pública para tal fim, devendo a senhora Diretora de Secretaria certificar o
decurso do prazo sem oferecimento da resposta e em seguida dar vista dos autos a Defensoria Pública
para que ofereça a resposta no prazo em dobro de 20 (vinte) dias. IV- Em caso de eventuais EXCEÇÕES
apresentadas no prazo de resposta escrita. A SECRETARIA DEVERÁ PROCESSAR EM AUTOS
APARTADOS. V- Apresentada a DEFESA, havendo arguição de preliminares e documentos novos, deverá
à senhora Diretora de Secretaria dar vista ao Ministério Público, para manifestação no prazo de 05(cinco)
dias (CPP art. 409). VI- Tratando-se de RÉU SOLTO (se for o caso) desde já fica advertido (a) de que a
partir do recebimento da denúncia, quaisquer mudanças de endereço deverão ser informadas ao Juízo,
para fins de adequada intimação e comunicação oficial. Caso contrário o processo seguirá sem a presença
do acusado que, CITADO ou INTIMADO pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem
motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao Juízo (CPP
art. 367). VII- Verificando o Senhor Oficial de Justiça que o(s) réu(s) se oculta(m) para não ser(em)
citado(s), deverá certificar a ocorrência e proceder à citação com hora certa, na forma estabelecida nos
artigos 227 a 229 do CPC, usado subsidiariamente pelo Código de Processo Penal Brasileiro. VIII-
Verificando-se nos autos que há advogado constituído intime-se o mesmo para apresentar a defesa no
prazo legal. IX - Se o(s) denunciado(s) não for(em) encontrado(s), confirme seu(s) endereço(s) ou
encontre o(s) seu(s) paradeiro(s) junto ao sistema SIEL da Justiça Eleitoral. Sendo negativa a diligência,
vista ao Ministério Público para que forneça o endereço atualizado do denunciado. Ainda assim, não
sendo possível a citação pessoal do(s) denunciado(s), e havendo informação de que se encontra(m) em
local incerto, expeça-se edital, com o prazo de 15 (quinze) dias. X - No caso de o(s) denunciado(s)
residir(em) fora da jurisdição do Juízo, expeça-se carta precatória, com prazo de 30 (trinta) dias, para
citação do(s) mesmo(s). XI - No caso de não ser(em) o(s) denunciado(s) civilmente identificado(s),
requisite-se à autoridade policial a identificação criminal do(s) mesmo(s) no prazo de 10 (dez) dias. XII -
Juntem-se certidões de antecedentes e primariedade. XIII- Certifique-se se houve encaminhamento de
LAUDOS PERICIAIS eventualmente necessários. Em caso do não atendimento, reiterar as solicitações
imediatamente com prazo de 05 (cinco) dias. XIV - Oportunamente, retornem os autos conclusos para
análise de eventual absolvição sumária, nos termos do artigo 397 do CPP. Diligencie-se. Cumpra-se.
Belém - PA., 08 de Janeiro de 2019. BLENDA NERY RIGON CARDOSO Juíza de Direito Respondendo
pela 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA PROCESSO: 00298766720188140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HEYDER TAVARES DA
SILVA FERREIRA Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 08/01/2019 VITIMA:C. N. S. VITIMA:D.
C. C. INDICIADO:IURY DA COSTA ROSARIO. R.H. Considerando que o Inquérito Policial encontra-se
concluído e relatado pela Autoridade Policial. Considerando o disposto no art. 2º, § 3º da Resolução TJE-
PA nº 17/2008, com redação dada pela Resolução nº 10/2009-GP de 15/06/2009. DECLARO
ENCERRADA A COMPETÊNCIA DESTA VARA DE INQUÉRITOS PARA PROCESSAR E JULGAR O
FEITO, razão pela qual determino o encaminhamento dos presentes autos à Central de Distribuição do
Fórum Criminal para as providências ulteriores, em tudo observada a literalidade da Resolução nº
17/2008-GP, com sua redação alterada pela resolução nº 010/2009-GP. P.R.I. Belém (PA), 8 de janeiro de
2019. HEYDER TAVARES DA SILVA FERREIRA Juiz de Direito Titular da 1ª Vara de Inquéritos Policiais e
Medidas Cautelares
(Defensor Público) Juíza Prolatora: Eva do Amaral Coelho O MINISTÉRIO PÚBLICO do Estado do Pará
por um de seus Promotores de Justiça do Juízo Singular denunciou o nacional MATEUS CARDOSO
MIRANDA, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe, como incurso nas sanções punitivas do
artigo 33, caput, da Lei n.º 11.343/2006 (Lei antidrogas). A peça inicial acusatória está redigida nos
seguintes termos, verbis: (...)(...) que no dia 24/02/2016, por volta das 13h30min, os policiais militares
DAVID DE ARAÚJO PARDAL, ALBERTO MARTINS DE SOUZA e ERISSON FARIAS LAURENTINO,
estavam em ronda ostensiva pelo bairro da Terra Firme, mais precisamente no beco da Passagem Vera
Cruz, averiguando uma ¨denúncia¨ de crime de roubo, quando avistaram embaixo de uma casa, um
indivíduo em posse de um recipiente de plástico nas mãos. Ao ser ordenado que saísse do local, o
denunciado, posteriormente identificado como MATEUS CARDOSO MIRANDA, largou o recipiente
embaixo da casa, tendo o policial David de Araújo Pardal buscando tal objeto. Ao abrir o recipiente, foi
constatado que se tratava de 30 (trinta) petecas de substância semelhante a droga conhecida
popularmente por ¨pasta de cocaína¨. Segundo os policias, os entorpecentes estavam acondicionados
prontos para serem comercializados. Diante dos fatos narrados, toda a substância encontrada fora
apreendida e o denunciado foi conduzido até à Unidade Integrada Pró-Paz da Terra Firme. Em
depoimento em sede policial, à fl. 05, o denunciado Mateus Cardoso Miranda negou a autoria do ato
delituoso. Declarou que por volta das 13h30min, encontrava-se na Pass. Vera Cruz e Beco, entre a Pass.
Barbosinha e Rua Rui Barbosa, no bairro da Terra Firme, quando ali compareceu uma viatura da PM e os
policias realizaram revista nos transeuntes. Enquanto isso, o depoente teria resolvido pegar seu par de
sandálias, que estava embaixo do assoalho de uma residência. Ato contínuo, os policiais realizaram
revista exatamente no local onde o depoente teria pego as suas sandálias, e encontraram um vasilhame
de manteiga contendo embalagens de cocaína. Porém negou que estivesse em sua posse. (...)(...) A
persecução criminal teve início por prisão em flagrante delito no dia 25/02/2016. Denúncia formalizada às
fls. 02/05. Determinação de citação do réu às fls. 06/06v. O réu foi devidamente citado à fl. 07. Defesa
prévia apresentada em favor do réu às fls. 09/11. Os argumentos contidos da defesa prévia do réu não
foram acolhidos, sendo recebida a denúncia às fls. 16/17, sendo designada audiência de instrução e
julgamento. Na instrução criminal foram ouvidas as testemunhas DAVID DE ARAÚJO PARDAL e
ERISSON FARIAS LAURENTINO arroladas pela acusação, bem como o réu MATEUS CARDOSO
MIRANDA, foi devidamente qualificado e interrogado, conforme se vê da ata de audiências de fls. 24/27 e
da mídia juntada à fl. 28 dos autos. Encerrada a instrução a acusação requereu diligências, enquanto a
defesa nada pugnou. Os debates orais foram convertidos em alegações finais escritas, tendo o Ministério
Público em suas derradeiras alegações de fls. 32/34 requerido a condenação do réu nas penas do artigo
33, caput, da Lei n.º 11.343/2006. Já a defesa em seus memoriais finais de fls. 35/41 requereu pela
absolvição de seu constituinte, com arrimo legal no artigo 386, inciso VII, do CPP. A certidão de
antecedentes criminais do réu foi juntada às fls. 42/43. Em síntese, é o relatório. Decido. O representante
Ministerial imputa ao acusado MATEUS CARDOSO MIRANDA, a conduta descrita no artigo 33, caput, da
Lei nº 11343/06, abaixo transcrito. (...)(...)Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar,
adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever,
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e
pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.(...)(...) As provas trazidas ao álbum
processual corroboram a existência do crime de tráfico de material entorpecente proibido no território
Brasileiro, além da responsabilidade penal do réu MATEUS CARDOSO MIRANDA. A materialidade não há
que ser questionada, sobretudo porque suficientemente demonstrada por meio do auto de prisão em
flagrante delito de fls. 02/26, em especial destaque pelo auto de apreensão fl. 17 IPL, no qual se observa
que foram apreendidas trinta (30) embalagens feitas de plástico brancos com detalhes em vermelho
contendo substância pastosa beje popularmente conhecida por cocaína, pesando no total 41,860 gramas,
e, dos exames periciais constantes às fls. 19 do IPL e 31 dos autos, que identificou nas 04 (quatro)
embalagens, pesando 5,768 gramas encaminhadas para perícia à presença de cocaína, substância capaz
de causar dependência psíquica e que está enquadrada na Portaria da Secretaria de Vigilância Sanitária
do Ministério da Saúde nº. 344, de 12/05/98. A autoria, de igual forma foi comprovada pelas provas
coletadas na fase inquisitorial, bem como pelas produzidas em Juízo. Consta da denúncia que na tarde do
dia 24/02/2016, por volta das 13:30 horas, policiais militares estavam em ronda ostensiva pelo bairro da
Terra Firme, mais precisamente no beco da Passagem Vera Cruz, averiguando uma ¨denúncia¨ de crime
de roubo, quando avistaram embaixo de uma casa o acusado em posse de um recipiente de plástico nas
mãos. Ao ser ordenado que saísse do local o réu largou o recipiente embaixo da casa, tendo um dos
policias militares buscando tal objeto e o abrir o recipiente, foi constatado que se tratava de 30 (trinta)
petecas de substância semelhante a droga conhecida popularmente por ¨pasta de cocaína¨, prontos para
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
serem comercializados. Diante dos fatos narrados, toda a substância encontrada fora apreendida e o
denunciado foi conduzido até à Unidade Integrada Pró-Paz da Terra Firme. Portanto, vislumbro da
narrativa, 01 (um) dos núcleos do tipo constante do artigo 33, caput, da Lei nº 11.343/06, qual seja, ¨Trazer
Consigo¨. As testemunhas e policiais militares ALBERTO MARTINS DE SOUZA ouvida na fase inquisitiva,
fl. 03 IPL, DAVID DE ARAÚJO PARDAL e ERISSON FARIAS LAURENTINO inquiridas durante a instrução
do feito, mídia fl. 28, confirmaram os fatos descritos na denúncia, ou seja, que o produto entorpecente era
de propriedade do réu e que este a escondia debaixo de um assoalho de uma casa localizada no bairro da
Terra Firme, e por tal motivo foi a substância apreendida e o réu levado preso. Ressalto que não há
testemunhas indicadas pela defesa, que pudessem elidir a acusação de tráfico de drogas e que
ajudassem a tese defensiva de que a droga não pertencia ao réu MATEUS CARDOSO MIRANDA. Desta
forma, muito embora o acusado MATEUS CARDOSO MIRANDA tenha negado na fase pré-processual, fl.
05 do IPL, bem como negado o crime em sede judicial, mídia de fl. 28, os depoimentos das testemunhas
ALBERTO MARTINS DE SOUZA, DAVID DE ARAÚJO PARDAL e ERISSON FARIAS LAURENTINO,
sendo a primeira ouvida na polícia, fl. 03 do IPL, e as duas últimas inquirida durante a instrução do feito,
mídia de fl. 28, servem de amparo para um decreto condenatório, eis que confrontadas encontram entre si
coerência que lhes dão credibilidade. O elemento subjetivo do tipo também emerge dos autos de forma
bem definida, consistindo no dolo de ¨trazer consigo¨, produto entorpecente que determine dependência
física ou psíquica, sem autorização legal. Quanto à tese defensiva de insuficiência de provas, esta restou
devidamente afastada pelo que já se demonstrou da análise e valoração probatória. Nesse aspecto, é
importante destacar que as circunstâncias fáticas em que a droga foi encontrada definem bem que se está
diante da figura do artigo 33, caput, da Lei Antidrogas, pois a quantidade de entorpecente apreendida, as
investigações que antecederam a prisão, conforme afirmado pelas testemunhas em Juízo e no inquérito,
de que a substância entorpecente foi escondida pelo réu debaixo de uma casa localizada em uma das
vielas do bairro da Terra Firme em Belém, tendo sido apreendida pelos policiais, e se destinava a
comercialização, me conduz à conclusão de que não se trata de mero usuário. Com as provas obtidas nos
autos, dúvidas não restam de que o acusado praticou o delito descrito pelo representante do Ministério
Público em sua peça de ingresso. Destarte, restando inconteste a materialidade e a autoria da prática
delitiva de tráfico de drogas, narrada na peça vestibular acusatória. CONCLUSÃO Ante o exposto e o que
mais dos autos consta, julgo procedente a pretensão acusatória do estado formulada na denúncia de fls.
02/05, para CONDENAR o réu MATEUS CARDOSO MIRANDA, já qualificado, nas sanções punitivas do
artigo 33, caput, da Lei nº 11.343/2006. DOSIMETRIA E FIXAÇÃO DA PENA Atenta às diretrizes do artigo
5º, XLVI, da Constituição da República, ao artigo 42 da Lei nº. 11.343/2006, artigo 68 do Código Penal
Brasileiro e às circunstancias judiciais do artigo 59 do mesmo Diploma Legal, passo à individualização e
fixação das penas a serem impostas ao réu MATEUS CARDOSO MIRANDA. Culpabilidade evidenciada, o
acusado denotou elevada reprovabilidade, tendo pleno conhecimento do caráter ilícito de sua conduta,
além do que a culpabilidade apresenta contornos especiais, tendo em vista a quantidade de droga
apreendida e a natureza do produto entorpecente, no caso cocaína, que provoca sérios danos físicos e
psíquicos ao ser humano (artigo 42 da lei nº 11343/06) (negativa); Antecedentes criminais imaculados, não
registrando sentença condenatória transitada em julgado (neutra); Conduta social e Personalidade são
dados inerentes ao acusado que em nada se relacionam ao fato por ele praticado, de modo que sua
valoração em seu prejuízo significaria a adoção de um insustentável direito penal do autor (neutras);
Motivos do crime o lucro e a obtenção de dinheiro fácil, não desbordam do ilícito de tráfico de
entorpecentes, nada a valor (neutra); Circunstância do crime normal a espécie do crime de tráfico de
produtos entorpecentes, sem valoração (neutra); consequências do crime relevantes, ressaltando dentre
elas os sérios e irreversíveis prejuízos à saúde pública (negativa); Comportamento da vítima (a saúde
pública), não facilitou e nem incentivou o ato criminoso (neutra); Situação econômica do réu não é boa,
haja vista ser pessoa sem posses, que vive em condições financeiras precárias, não possuindo emprego
lícito, ou seja, não possui estrutura para suportar as despesas e custas processuais (neutra). Portanto,
levando-se em conta todas as circunstâncias acima analisadas ou seja, culpabilidade, antecedentes
criminais, conduta social, personalidade, motivos, circunstâncias e consequências do crime, além do
comportamento da vítima (a saúde pública), situação econômica do réu, fixo a pena base privativa de
liberdade em 08 (oito) anos de reclusão, bem como ao pagamento de multa de 700 (setecentos) dias-
multa, calculada em 1/30 (um trigésimo) do Salário Mínimo vigente à época dos fatos. Considerando a
inexistência de circunstâncias atenuantes que militem em favor do réu, mantenho a pena privativa de
liberdade em 08 (oito) anos de reclusão, bem como ao pagamento de multa de 700 (setecentos) dias-
multa, calculada em 1/30 (um trigésimo) do Salário Mínimo vigente à época dos fatos. Considerando a
inexistência de circunstâncias agravantes que militem em desfavor do réu, mantenho a pena privativa de
liberdade fixada em 08 (oito) anos de reclusão e a de pagamento de multa em 700 (setecentos) dias-
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
multa, calculada em 1/30 (um trigésimo) do Salário Mínimo vigente à época dos fatos. Considerando que
faz jus o réu da causa de diminuição obrigatória de pena, prevista no artigo 33, §4º, da Lei nº.11.343/2006,
eis que é primário e sem registro de antecedentes criminais, a não ser o caso dos autos, além de não ficar
provado nos autos que se dedique como meio de vida a atividade delituosa e nem integre a alguma
organização criminosa, e considerando também a pequena quantidade de substância entorpecente
apreendida, qual seja, 41,860 gramas de cocaína, embora a mesma ser extremamente nociva ao ser
humano, reduzo a pena privativa de liberdade e a de pagamento de multa em 2/3 (dois terços), fixando-as
em 02 (dois) anos e 08 (oito) meses de reclusão e a pagamento de multa em 234 (duzentos e trinta e
quatro) dias-multa, calculada em 1/30 (um trigésimo) do Salário Mínimo vigente à época dos fatos, em face
da inexistência de outras causas de diminuição de pena a observar. Considerando o não reconhecimento
de causas de aumento de pena que militem em desfavor do réu, fixo em definitivo a pena privativa de
liberdade em 02 (dois) anos e 08 (oito) meses de reclusão, bem como ao pagamento de multa de 234
(duzentos e trinta e quatro) dias-multa, calculada em 1/30 (um trigésimo) do Salário Mínimo vigente à
época dos fatos. O réu teve como reprimenda estatal concreta a pena privativa de liberdade fixada em 02
(dois) anos e 08 (oito) meses em crime doloso, bem como na ação criminosa cometida pelo mesmo não foi
utilizada violência ou grave ameaça à pessoa, é primário, e sem registro de antecedentes criminais,
conforme certidão apensa aos autos, somando-se a isso a natureza e a quantidade de droga apreendida,
que não denota contornos de maior gravidade ao tráfico ilícito de entorpecentes, bem como a não
comprovação de dedicação do réu, como meio de vida a atividade delituosa e nem integrar nenhuma
organização criminosa, verifico que é socialmente cabível e recomendável a substituição, fazendo jus o
réu à aplicação do artigo 44 do Código Penal, eis que presentes os requisitos legais, apesar das vedações
do artigo 44 da Lei nº. 11.343/2006, que as tenho como inconstitucionais, na esteira das reiteradas
decisões do STF, substituo a pena privativa de liberdade aplicada por 02 (duas) restritivas de direitos
previstas no artigo 43, incisos IV e VI, do Código Repressivo, tais sejam: Primeira: prestação de serviços à
comunidade, pelo tempo de duração da pena, na forma do artigo 46 do mesmo Estatuto Penal, em
entidade assistencial a ser indicada na Vara de Execuções Penais. Segunda: Limitação de fim de semana,
de acordo com o artigo 48 do mesmo Código, devendo o réu recolher-se à casa do albergado ou outro
estabelecimento similar, aos sábados e domingos, por 05 (cinco) horas diárias, em horário a ser
estabelecido pelo Juízo competente. Eventualmente, a pena imposta ao réu deve ser cumprida em regime
ABERTO, de acordo com o artigo 33, §1º, letra ¨c¨, c/c o §2º, letra ¨c¨, do CPB, em casa penal competente.
DISPOSIÇÕES FINAIS Não vejo necessidade da decretação da prisão do réu no presente processo, eis
que respondeu boa parte do feito solto e assim deve este permanecer caso haja interposição de recurso,
para tanto lhe concedo o direito de apelar em liberdade. Reconheço os elevados danos materiais que a
conduta nefasta do réu causou a vítima, contudo deixo de fixá-los nos termos do artigo 387, inciso IV, do
CPP, porque não se aplica ao caso, já que o sujeito passivo é a saúde pública, e, mesmo que houvesse o
Juízo não teria como fazê-lo, eis que tal indenização cível, considerando a pacífica jurisprudência do STJ,
colecionada no informativo nº. 528, RESP. 1.193.083/RS, publicado em 27/08/2013, não foi requerida pelo
Ministério Público em sua peça inicial, muito menos em suas alegações derradeiras. Caso haja dinheiro ou
objetos dados como fiança, estes servirão ao pagamento das custas, da indenização do dano, da
prestação pecuniária e da multa se o réu for condenado. Assim após os abatimentos devidos, restitua-se o
saldo remanescente ao réu, ao defensor constituído, ou a quem prestou a fiança. Na ausência deles o
valor deve ser recolhido ao fundo penitenciário na forma da lei, conforme os artigos 336 e 345 do CPP.
Passada em julgado à sentença condenatória, intimado o réu para dar início ao cumprimento da pena
imposta e em não comparecendo em Juízo, entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança,
devendo a importância ser recolhida ao fundo penitenciário nas formas previstas nos artigos 344 e 345 do
CPP. Considerando a entrega da prestação jurisdicional, de ofício, determino, com permissivo legal no
artigo 72 da Lei nº. 11.343/2006, a INCINERAÇÃO do material ENTORPECENTE apreendido no presente
feito. A incineração deverá ser executada pela Autoridade Policial competente, no prazo máximo de 15
(quinze) dias, na presença de um representante do Ministério Público e Autoridade Sanitária Estadual,
devendo ser lavrado competente auto circunstanciado, que deverá ser enviado ao Juízo, conforme o
comando legal do artigo 50, §§ 4º e 5º, da Lei antidroga supramencionada. Determino o perdimento dos
demais bens, caso existam, em favor da União, devendo ser enviado ao SENAD a relação dos mesmos,
na forma do artigo 63 da Lei 11.343/06. Transitada em julgado a presente decisão, lance-se o nome do réu
no rol dos culpados, conforme o artigo 5º, inciso LVII da Constituição Federal Brasileira. Expeçam-se guias
à execução penal em relação ao réu para cumprimento da sanção imposta, com cópias das peças
indispensáveis, nos termos da Lei nº. 7.210/1984. Expeça-se guia de recolhimento da multa, a qual deve
ser paga em 10 (dez) dias após o trânsito em julgado da decisão, nos termos dos artigos 50 do CP e 686
do CPP, caso não haja o pagamento espontâneo no prazo legal, oficie-se a Fazenda Pública Estadual
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para que tome as providências que entender cabíveis. Ciência por correio eletrônico a Justiça Eleitoral
para fins de suspensão dos direitos políticos do réu, de acordo com o previsto no artigo 71, parágrafo 2º,
do Código Eleitoral c/c o inciso III, do artigo 15, da Carta Política Brasileira. Oficie-se ao Órgão
encarregado da estatística criminal, de acordo com o artigo 809 do Código de Processo Penal Brasileiro.
Publique-se na íntegra a presente sentença no Diário de Justiça do Estado do Pará, conforme o comando
legal do artigo 387, inciso VI, do Código de Processo Penal. Por ser a vítima a saúde pública, deixo de
proceder nos termos do §2º, do artigo 201 do CPP. Intimem-se o réu e seu defensor da presente
sentença, nos parâmetros constantes do artigo 392 do CPP. Intime-se o Promotor de Justiça da entrega
da prestação jurisdicional, conforme o previsto no artigo 390 do CPP. Após as providências legais
necessárias e demais comunicações de estilo, e em não havendo interposição de recursos voluntários
pelas partes, ARQUIVEM-SE os autos. Pela penúria econômica, isento o réu de pagamento de custas. P.
R e I. Belém do Pará, 28 de novembro de 2018. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª
Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA PROCESSO: 00095846620158140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação:
Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 28/11/2018 AUTORIDADE POLICIAL:DPC - WALTER
RESENDE DE ALMEIDA DENUNCIADO:EDIVALDO DOS SANTOS SILVA VITIMA:L. C. M. . SENTENÇA
Processo nº. 0009584-66.2015.8.14.0401 Comarca de Belém - PA - 3ª Vara Criminal do Juízo Singular
Ação penal pública Autor: Ministério Público do Estado do Pará Imputação penal: art. 155, §4º, II, do CP
Réu(s): Edivaldo dos Santos Silva Advogado(as): Daniel Sabbag (Defensor Público) Juíza Prolatora: Eva
do Amaral Coelho O MINISTÉRIO PÚBLICO do Estado do Pará por um de seus Promotores de Justiça do
Juízo Singular denunciou o nacional EDIVALDO DOS SANTOS SILVA, já devidamente qualificado no
presente processo, pela violação do artigo 155, §4º, inciso II, do Código Penal Brasileiro. A peça inicial
acusatória está redigida nos seguintes termos, verbis: (...)(...) que, no dia 31 de março de 2015, por volta
de 14h, o denunciado, mediante escala de um muro, adentrou o depósito da Oficina Radiador Lima,
localizada na Travessa Lomas Valentinas, entre Marques de Herval e Visconde de Inhaúma, e efetuou a
subtração de 21 Kg de farinha, 01 (uma) caixa de isopor de 180 litros, 12 Kg de uva, 15 Kg de manga, 01
(um) encerado e 01 (uma) faca de cabo branco. Ao constatar a ausência dos objetos furtados, a vítima
diligenciou junto a alguns vizinhos, que a informaram que o autor do crime teria sido o denunciado. Sendo
assim, a vítima se dirigiu à casa do agente, localizada na Travessa Pirajá nº. 628, bairro da Pedreira, e,
em conversa com o irmão do acusado, questionou se Edivaldo Silva estaria com a mão cortada, já que a
pessoa que furtara os objetos teria se cortado durante a empreitada delituosa. Recebendo a resposta
afirmativa, a vítima relatou o furto ocorrido, ocasião em que o indivíduo de prenome Dilson confirmou a
pratica do delito pelo denunciado. Diante disso, a polícia foi acionada, tendo o agente sido encaminhado
até a autoridade policial, onde confessou a autoria do delito. Na ocasião, esclareceu o indivíduo que já
havia sido detido bárias vezes sob a mesma acusação e que é dependente químico, praticando furtos para
manter seu vício. (...)(...) A persecução criminal teve início por Portaria no dia 24/02/2015. Denúncia
formalizada às fls. 02/04. Recebimento da denúncia às fls. 05/06. Citação do réu por edital à fl. 12. O curso
do processo e do prazo prescricional foi suspenso, conforme decisão de fls. 14. O curso do processo e do
prazo prescricional voltou a fluir novamente em relação ao réu, conforme se vê da decisão de fl. 22..
Resposta à acusação pela defesa do réu às fls. 37/39. Análise de absolvição sumária às fls. 45/45v. O réu
foi declarado revel à fl. 49. Na instrução processual foi inquirida somente a testemunha de acusação
JOVENTINO DA COSTA LIMA, conforme ata de audiência de fls. 49/51 e da mídia juntada à fl. 52 dos
autos. O réu EDIVALDO DOS SANTOS SILVA deixou de ser devidamente qualificado e interrogado, ante
a declaração de sua revelia à fl. 49 do feito. Encerrada a instrução, as partes não requereram diligências.
Os debates orais foram convertidos em alegações finais escritas de fls. 64/66 e 67/71 tendo o Ministério
Público requerido à absolvição do réu, pedido este ratificado pela defesa. Não há juntada de certidão de
antecedentes criminais do réu. Em síntese, é o relatório. Decido. Como é cediço, o Ministério Público é a
instituição estatal no âmbito da administração da Justiça, essencial à prestação jurisdicional, detentora da
titularidade da promoção da ação penal pública, consoante artigo 129, inciso I da Constituição Federal.
Frise-se que durante toda a persecução penal - instrução criminal - o Órgão Ministerial não deixa de
ostentar a condição de titular privativo da ação penal, para dispor da mesma ante as provas de acordo
com o princípio do livre convencimento de cada um de seus agentes. Decerto que o artigo 129, inciso I, da
Carta Magna, na qualidade de dispositivo constitucional é linha mestra interpretativa para compreensão
das demais normas presentes no ordenamento jurídico. Daí é possível inferir que a promoção da ação
penal pública não se exaure com o simples oferecimento da denúncia, vez que encerra uma série de
prerrogativas e atribuições a serem exercidas pelo Ministério Público ao longo da jornada processual até o
deslinde da causa. Portanto, não há como sustentar uma ação penal ou uma condenação de um réu
quando o próprio Órgão Acusador - Ministério Público, titular da ação penal - declina pela sua
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impropriedade. Como se sabe, a Constituição de 1988 adotou de forma clara, o sistema acusatório,
prevendo a nítida separação entre órgão acusador (Ministério Público) e Órgão Judicante (Estado-Juiz).
Destarte, a ação penal e o processo não se confundem, de maneira que não se coaduna com a ordem
dessa sistemática, o fato de um único órgão concentrar as atividades de acusar e julgar
concomitantemente. Assim, aquele que detém legitimidade para acusar não poderá ostentar de igual
forma, a capacidade para julgar, uma vez que nesse sistema processual não se deduz por meio da ação
penal, pretensão punitiva, mas sim pretensão acusatória, razão pela qual não poderá haver condenação
sem que haja acusação formal pelo órgão que dispõe de legitimidade para tanto. Não são raras as
ocasiões em que se estabelece uma relação de prejudicialidade entre o convencimento do Órgão
Acusador e do Órgão Julgador, como por exemplo na situação em que o Ministério Público pugna pela não
existência de crime ou pela absolvição do réu pela insuficiência de provas e, o Magistrado contrariando-o,
decide pela condenação. Nesse caso, não cabe ao Magistrado exercer qualquer juízo de valor sobre a
existência ou não do crime, tampouco pela condenação do réu, quando o próprio Órgão Acusador
reconhece a insuficiência de provas para legitimar um decreto condenatório, pois ao fazê-lo o Magistrado
estaria atuando de ofício, ou seja, sem a pretensão punitiva, sem a acusação e em manifesta
inobservância aos preceitos norteadores do sistema acusatório consagrados na Lei Maior. Da leitura e
interpretação dos comandos pertinentes a esta sistemática processual inseridos na Consituição Cidadã, é
possivel extrair-se o entendimento de que tanto o "ius persequendi" e o "ius puniendi" pertencem ao
Ministério Público, fazendo parte de sua tarefa constitucional na seara da Justiça Criminal isto é, de sua
missão institucional. Nesse sentido, é forçoso concluir que o "ius puniendi" não é função do Poder
Judiciário, eis que o Ministério Público é titular da ação penal, com exclusividade portanto, tanto quando se
manifesta de oficio pelo arquivamento do inquérito policial como pela absolvição do réu. Sendo assim,
quando o Juiz discorda da posição ministerial sobre a absolvição, investe-se de parcialidade e assume por
conseguinte, a figura de acusador, que não está em consonância com as regras e princípios que informam
o direito processual penal moderno, tais como ônus da prova e o contraditório, vez que inexiste entre as
partes litigantes posições opostas, quando a acusação e defesa fundam suas razões em uma mesma
tese. Essa conclusão encontra total ressonância na doutrina conforme se depreende dos ensinamentos
transcritos a seguir: (...)(...)No momento em que o julgador assume o papel de acusador, toda a
sistemática existencial do processo dialético entra em crise. Não há mais falar, então, em imparcialidade,
em eqüidistância (no que tange ao Poder Judiciário) e em presunção de inocência (no que diz respeito ao
acusado).(...)(...) (FERRAJOLI, Luigi. Direito e razão: teoria do garantismo penal. 1.ed. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2006, p. 534). (...)(...)Essa "judicialização da acusação" (a ponto de desprezar o
posicionamento técnico do Órgão acusador oficial, que, invariavelmente, mantém contato direto com a
produção probatória) ou, em outros termos, essa encampação do discurso popular acusatório pelo Órgão
julgador, não deixa de refletir, em um contexto particularizado, o ideal globalizado de "eficiência
repressiva", em prejuízo da política de "eficiência inclusiva". Resumindo: é o axioma invertido "direito penal
máximo, direito social mínimo" expandindo-se nas regiões marginais. Quanto ao alcance da expressão
"regiões marginais.(...)(...) (ZAFFARONI, Eugenio Raúl. Em busca das penas perdidas: a perda da
legitimidade do sistema penal. Tradução de Vânia Romano Pedrosa e Amir Lopez da Conceição. Rio de
Janeiro: Revan, 1991, passim). (...)(...)Enfim, o Ministério Público não tem atribuição de julgar, e o Juiz não
tem a de acusar. Quando aquele, em primeiro ou segundo graus, pede o trancamento da ação ou a
absolvição, este não pode prosseguir com o processo ou condenar o cidadão. Se assim fizer, estará
atuando como acusador, e não enquanto representante do poder Judiciário.(...)(...) (BITENCOURT, Cezar
Roberto, SCHMIDT, Andrei Zenker. Direito Penal Econômico Aplicado. Rio de Janeiro: Editora Lumen
Juris, 2004, p. 38.). Portanto, resta evidente que para reconhecer autoria e materialidade, o Juiz precisa do
pedido de condenação do Ministério Público. Se aquele a quem cabe acusar entende que a imputação não
mais se sustenta, seja porque o fato não tem relevância penal, seja porque a tendo, não há prova
convincente da sua ocorrência, não pode o Juiz condenar o réu, sob pena de desvirtuar com tal decisão a
essência do sistema acusatório entabulado na Constituição Federal. No vertente caso, o Ministério Público
requereu em alegações finais a absolvição do acusado, por não existir prova suficiente para a
condenação. Desta sorte, o desfecho do feito não pode ser outro nessas circunstâncias, a não ser o da
absolvição do réu pelos fundamentos invocados pelo Órgão Ministerial. CONCLUSÃO Diante do exposto,
JULGO IMPROCEDENTE a pretensão acusatória deduzida na denúncia de fls. 02/04, ABSOLVENDO o
réu EDIVALDO DOS SANTOS SILVA, já qualificado, da conduta criminosa prevista no artigo 155, §4º,
inciso II, do Código Penal Brasileiro, com arrimo legal no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo
Penal Nacional. DISPOSIÇÕES FINAIS Se o réu EDIVALDO DOS SANTOS SILVA estiver preso revoga a
prisão, expedindo-se alvará de soltura. Se o réu EDIVALDO DOS SANTOS SILVA estiver com prisão
preventiva decretada, revogo-a neste ato, expedindo-se contramandado de segregação social,
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comunicando a quem de direito. Promovo o confisco e para tanto declaro a perda, em favor da União,
ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé, das coisas apreendidas cujo o fabrico, alienação,
uso, porte ou detenção forem proibidos, de acordo com o estabelecido no artigo 91, incisos I e II, letra "a"
e "b", do CPB, devendo as armas ou munições eventualmente apreendidas serem destinadas ao Exército
Brasileiro, conforme dispõe o artigo 25, da Lei nº.10.826/2003, se for o caso. As coisas apreendidas cujo
fabrico, alienação, uso, porte ou detenção forem permitidos, se não reclamadas no prazo de 90 (noventa)
dias após o trânsito em julgado desta sentença, serão vendidas em leilão, depositando-se o valor
arrecadado em conta bancária à disposição do Juízo de Ausentes, nos termos do comando legal do artigo
123, do CPP, ressalvados os direitos de terceiros de boa-fé. A fiança é agregada ao processo a fim de,
eventualmente, o réu, quando condenado, pagar custas e às despesas processuais e também a
indenização material do ofendido. Em caso de absolvição cai por terra esta obrigatoriedade. Deve, pois,
ser restituído o valor da fiança. Em sendo assim, caso haja fiança depositada, determino que a mesma
seja reavida pelo réu, com correção monetária, ordenando a restituição da fiança recolhida em Juízo,
devendo o réu ser intimado para tanto. Caso o réu não compareça em Juízo, intime-se o causídico que o
defende, se constituído, para receber os valores depositados a título de fiança. Em não comparecendo o
réu nem seu patrono constituído em juízo com a finalidade de reaver a fiança, o valor deve ser recolhido
ao fundo penitenciário, na forma da lei, conforme os artigos 336 e 345 do CPP. Oficie-se ao Órgão
encarregado da estatística criminal, de acordo com o artigo 809 do Código de Processo Penal Brasileiro.
Publique-se na íntegra a presente sentença no Diário de Justiça do Estado do Pará, conforme o comando
legal do artigo 387, inciso VI, do Código de Processo Penal. Em cumprimento ao disposto no artigo 201,
§2º, do CPP, e de acordo com a redação alterada pela Lei nº. 11.690/2008, especificamente no §3º, do
mencionado artigo, determino que à vítima seja cientificada da presente sentença por meio eletrônico, se
fornecido pela mesma, ou alternativamente pela via postal. Intimem-se o réu e seu defensor da presente
sentença, nos parâmetros constantes do artigo 392 do CPP. Intime-se o Promotor de Justiça da entrega
da prestação jurisdicional, conforme o previsto no artigo 390 do CPP. Após o trânsito em julgado,
diligencie a senhora diretora da secretaria com escopo de dar baixa do feito nos assentamentos criminais
do nacional acima absolvido, obedecidas as prescrições que regulam a matéria. Promovidas às demais
providências legais necessárias, ARQUIVEM-SE os autos. Sem Custas. Belém - PA., 28 de novembro de
2018. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de Belém
- PA PROCESSO: 00119014220128140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 28/11/2018 DENUNCIADO:DOUGLAS FEIO LIRA Representante(s): OAB
XRL8 - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) DENUNCIADO:GLEISON FEIO LIRA Representante(s):
OAB XRL8 - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) VITIMA:L. C. S. M. AUTORIDADE POLICIAL:DPC
CYNTHIA DE FATIMA DE SOUZA VIANA. SENTENÇA Processo nº. 0011901-42.2012.8.14.0401
Comarca de Belém - PA - 3ª Vara Criminal do Juízo Singular Ação penal pública Autor: Ministério Público
do Estado do Pará Imputação penal: art. 157, §1º e §4º, IV, do CP Réu(s): Douglas Feio Lira e Gleison
Feio Lira Advogado(as): Daniel Sabbag (Defensor Público) Juíza Prolatora: Eva do Amaral Coelho O
MINISTÉRIO PÚBLICO do Estado do Pará por um de seus Promotores de Justiça do Juízo Singular
denunciou os nacionais DOUGLAS FEIO LIRA e GLEISON FEIO LIRA, já devidamente qualificados no
presente processo, pela violação do artigo 157, §1º e §4º, inciso IV, do Código Penal Brasileiro. A peça
inicial acusatória está redigida nos seguintes termos, verbis: (...)(...) No dia 12 de junho de 2012, por volta
das 07h, a vítima, Luis Carlos Silva Moraes, ao abrir seu estabelecimento comercial, qual seja um depósito
de distribuição de gás, localizado na Avenida Tucunduba, no bairro do Guamá, surpreendeu-se com a falta
de cinco botijões de gás. Imediatamente, buscou informações a respeito da ausência dos botijões com
seus vizinhos e foi informado que o furto teria sido cometido por dois irmãos, um deles conhecido pela
alcunha de ''Chupa Cabra''. Na manhã do dia 13 de junho do corrente ano, a vítima avistou o ora
denunciado Gleison Feio Lira e acionou uma viatura da polícia militar que efetuou a detenção do mesmo e
encaminhou-o a delegacia para as providências cabíveis. Gleison Feio Lira, ao ser interrogado pela
autoridade policial, confessou a autoria do crime, que foi cometido juntamente com seu irmão Douglas
Feio Lira e outro indivíduo não identificado, na oportunidade, informou o paradeiro de dois botijões de gás,
que foram recuperados e entregues à vítima. (...)(...) A persecução criminal teve início por Portaria no dia
13/06/2012. Denúncia formalizada às fls. 02/04. Recebimento da denúncia às fls. 06/07. Citação dos réus
às fls. 11 e 16. Resposta à acusação pela defesa dos réus às fls. 24/31. Análise de absolvição sumária às
fls. 33/34. Sentença de extinção da punibilidade por morte do réu GLEISON FEIO LIRA, exarada às fls.
58/59 dos autos. Foi declarada revelia do réu DOUGLAS FEIO LIRA, à fl. 68. Na instrução processual foi
ouvida a testemunha LUIS CARLOS SILVA MORAES, conforme ata de audiência de fls. 68/70 e da mídia
juntada à fl. 71 dos autos. O réu DOUGLAS FEIO LIRA deixou de ser devidamente qualificado e
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
interrogado, ante a declaração de sua revelia à fl. 68. Encerrada a instrução, as partes não requereram
diligências. Os debates orais foram convertidos em alegações finais escritas de fls. 100/102 e 103/107,
tendo o Ministério Público retificado o enquadramento legal da denúncia para o crime previsto no artigo
155, §§ 1º e 4º, inciso IV, do CP e a absolvição do réu, pedido este ratificado pela defesa. Não há juntada
de certidão de antecedentes criminais do réu. Em síntese, é o relatório. Decido. Preliminarmente Da morte
do réu GLEISON FEIO LIRA Antes de adentrar no mérito da questão, faz-se por oportuno ressaltar que o
processo foi extinto pela morte do réu GLEISON FEIO LIRA, conforme sentença exarada às fls. 58/59 dos
autos. Seguindo o processo somente em relação ao réu DOUGLAS FEIO LIRA. Da Emendatio Libelli O
representante do Ministério Público denunciou o acusado DOUGLAS FEIO LIRA, visando ter reconhecida
a pretensão punitiva estatal, em face da conduta do agente caracterizar o tipo descrito no artigo 157, §1º e
§4º, inciso IV, do Código Penal Brasileiro. Deflui do exame minucioso dos autos, que houve o
enquadramento equivocado por parte do Órgão denunciante, quando pugna em sua peça primeira a
condenação do réu nas penas do crime de roubo, pois na verdade o crime e de furto. Entretanto, no caso
em análise, necessário se faz a aplicação do artigo 383 do CPP, o que não configura surpresa para a
defesa, pois o acusado se defende do fato delituoso narrado e não da classificação jurídico-penal
constante na denúncia ou até mesmo constante das alegações finais. Houve apenas, como dito
anteriormente, um equívoco quando do enquadramento legal, podendo o Juízo em sentença corrigir a
falha, não havendo mudança no conteúdo da acusação. A narrativa dos fatos feita pelo Ministério Público
na peça preambular, configura em relação ao réu DOUGLAS FEIO LIRA, o crime de furto qualificado,
previsto no artigo 155, §§1º e 4º, inciso IV, do Código Penal Nacional. Fazendo estas rápidas
ponderações, julga-se a questão em relação ao acusado DOUGLAS FEIO LIRA. Mérito. Como é cediço, o
Ministério Público é a instituição estatal no âmbito da administração da Justiça, essencial à prestação
jurisdicional, detentora da titularidade da promoção da ação penal pública, consoante artigo 129, inciso I
da Constituição Federal. Frise-se que durante toda a persecução penal - instrução criminal - o Órgão
Ministerial não deixa de ostentar a condição de titular privativo da ação penal, para dispor da mesma ante
as provas de acordo com o princípio do livre convencimento de cada um de seus agentes. Decerto que o
artigo 129, inciso I, da Carta Magna, na qualidade de dispositivo constitucional é linha mestra interpretativa
para compreensão das demais normas presentes no ordenamento jurídico. Daí é possível inferir que a
promoção da ação penal pública não se exaure com o simples oferecimento da denúncia, vez que encerra
uma série de prerrogativas e atribuições a serem exercidas pelo Ministério Público ao longo da jornada
processual até o deslinde da causa. Portanto, não há como sustentar uma ação penal ou uma condenação
de um réu quando o próprio Órgão Acusador - Ministério Público, titular da ação penal - declina pela sua
impropriedade. Como se sabe, a Constituição de 1988 adotou de forma clara, o sistema acusatório,
prevendo a nítida separação entre órgão acusador (Ministério Público) e Órgão Judicante (Estado-Juiz).
Destarte, a ação penal e o processo não se confundem, de maneira que não se coaduna com a ordem
dessa sistemática, o fato de um único órgão concentrar as atividades de acusar e julgar
concomitantemente. Assim, aquele que detém legitimidade para acusar não poderá ostentar de igual
forma, a capacidade para julgar, uma vez que nesse sistema processual não se deduz por meio da ação
penal, pretensão punitiva, mas sim pretensão acusatória, razão pela qual não poderá haver condenação
sem que haja acusação formal pelo órgão que dispõe de legitimidade para tanto. Não são raras as
ocasiões em que se estabelece uma relação de prejudicialidade entre o convencimento do Órgão
Acusador e do Órgão Julgador, como por exemplo na situação em que o Ministério Público pugna pela não
existência de crime ou pela absolvição do réu pela insuficiência de provas e, o Magistrado contrariando-o,
decide pela condenação. Nesse caso, não cabe ao Magistrado exercer qualquer juízo de valor sobre a
existência ou não do crime, tampouco pela condenação do réu, quando o próprio Órgão Acusador
reconhece a insuficiência de provas para legitimar um decreto condenatório, pois ao fazê-lo o Magistrado
estaria atuando de ofício, ou seja, sem a pretensão punitiva, sem a acusação e em manifesta
inobservância aos preceitos norteadores do sistema acusatório consagrados na Lei Maior. Da leitura e
interpretação dos comandos pertinentes a esta sistemática processual inseridos na Consituição Cidadã, é
possivel extrair-se o entendimento de que tanto o "ius persequendi" e o "ius puniendi" pertencem ao
Ministério Público, fazendo parte de sua tarefa constitucional na seara da Justiça Criminal isto é, de sua
missão institucional. Nesse sentido, é forçoso concluir que o "ius puniendi" não é função do Poder
Judiciário, eis que o Ministério Público é titular da ação penal, com exclusividade portanto, tanto quando se
manifesta de oficio pelo arquivamento do inquérito policial como pela absolvição do réu. Sendo assim,
quando o Juiz discorda da posição ministerial sobre a absolvição, investe-se de parcialidade e assume por
conseguinte, a figura de acusador, que não está em consonância com as regras e princípios que informam
o direito processual penal moderno, tais como ônus da prova e o contraditório, vez que inexiste entre as
partes litigantes posições opostas, quando a acusação e defesa fundam suas razões em uma mesma
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tese. Essa conclusão encontra total ressonância na doutrina conforme se depreende dos ensinamentos
transcritos a seguir: (...)(...)No momento em que o julgador assume o papel de acusador, toda a
sistemática existencial do processo dialético entra em crise. Não há mais falar, então, em imparcialidade,
em eqüidistância (no que tange ao Poder Judiciário) e em presunção de inocência (no que diz respeito ao
acusado).(...)(...) (FERRAJOLI, Luigi. Direito e razão: teoria do garantismo penal. 1.ed. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2006, p. 534). (...)(...)Essa "judicialização da acusação" (a ponto de desprezar o
posicionamento técnico do Órgão acusador oficial, que, invariavelmente, mantém contato direto com a
produção probatória) ou, em outros termos, essa encampação do discurso popular acusatório pelo Órgão
julgador, não deixa de refletir, em um contexto particularizado, o ideal globalizado de "eficiência
repressiva", em prejuízo da política de "eficiência inclusiva". Resumindo: é o axioma invertido "direito penal
máximo, direito social mínimo" expandindo-se nas regiões marginais. Quanto ao alcance da expressão
"regiões marginais.(...)(...) (ZAFFARONI, Eugenio Raúl. Em busca das penas perdidas: a perda da
legitimidade do sistema penal. Tradução de Vânia Romano Pedrosa e Amir Lopez da Conceição. Rio de
Janeiro: Revan, 1991, passim). (...)(...)Enfim, o Ministério Público não tem atribuição de julgar, e o Juiz não
tem a de acusar. Quando aquele, em primeiro ou segundo graus, pede o trancamento da ação ou a
absolvição, este não pode prosseguir com o processo ou condenar o cidadão. Se assim fizer, estará
atuando como acusador, e não enquanto representante do poder Judiciário.(...)(...) (BITENCOURT, Cezar
Roberto, SCHMIDT, Andrei Zenker. Direito Penal Econômico Aplicado. Rio de Janeiro: Editora Lumen
Juris, 2004, p. 38.). Portanto, resta evidente que para reconhecer autoria e materialidade, o Juiz precisa do
pedido de condenação do Ministério Público. Se aquele a quem cabe acusar entende que a imputação não
mais se sustenta, seja porque o fato não tem relevância penal, seja porque a tendo, não há prova
convincente da sua ocorrência, não pode o Juiz condenar o réu, sob pena de desvirtuar com tal decisão a
essência do sistema acusatório entabulado na Constituição Federal. No vertente caso, o Ministério Público
requereu em alegações finais a absolvição do acusado, por não existir prova suficiente para a
condenação. Desta sorte, o desfecho do feito não pode ser outro nessas circunstâncias, a não ser o da
absolvição do réu pelos fundamentos invocados pelo Órgão Ministerial. CONCLUSÃO Diante do exposto,
JULGO IMPROCEDENTE a pretensão acusatória deduzida na denúncia de fls. 02/04, ABSOLVENDO o
réu DOUGLAS FEIO LIRA, já qualificado, da conduta criminosa prevista no artigo 155, §§1º e 4º, inciso IV,
do Código Penal Brasileiro, com arrimo legal no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal
Nacional. DISPOSIÇÕES FINAIS Se o réu DOUGLAS FEIO LIRA estiver preso revoga a prisão,
expedindo-se alvará de soltura. Se o réu DOUGLAS FEIO LIRA estiver com prisão preventiva decretada,
revogo-a neste ato, expedindo-se contramandado de segregação social, comunicando a quem de direito.
Promovo o confisco e para tanto declaro a perda, em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de
terceiro de boa-fé, das coisas apreendidas cujo o fabrico, alienação, uso, porte ou detenção forem
proibidos, de acordo com o estabelecido no artigo 91, incisos I e II, letra "a" e "b", do CPB, devendo as
armas ou munições eventualmente apreendidas serem destinadas ao Exército Brasileiro, conforme dispõe
o artigo 25, da Lei nº.10.826/2003, se for o caso. As coisas apreendidas cujo fabrico, alienação, uso, porte
ou detenção forem permitidos, se não reclamadas no prazo de 90 (noventa) dias após o trânsito em
julgado desta sentença, serão vendidas em leilão, depositando-se o valor arrecadado em conta bancária à
disposição do Juízo de Ausentes, nos termos do comando legal do artigo 123, do CPP, ressalvados os
direitos de terceiros de boa-fé. A fiança é agregada ao processo a fim de, eventualmente, o réu, quando
condenado, pagar custas e às despesas processuais e também a indenização material do ofendido. Em
caso de absolvição cai por terra esta obrigatoriedade. Deve, pois, ser restituído o valor da fiança. Em
sendo assim, caso haja fiança depositada, determino que a mesma seja reavida pelo réu, com correção
monetária, ordenando a restituição da fiança recolhida em Juízo, devendo o réu ser intimado para tanto.
Caso o réu não compareça em Juízo, intime-se o causídico que o defende, se constituído, para receber os
valores depositados a título de fiança. Em não comparecendo o réu nem seu patrono constituído em juízo
com a finalidade de reaver a fiança, o valor deve ser recolhido ao fundo penitenciário, na forma da lei,
conforme os artigos 336 e 345 do CPP. Oficie-se ao Órgão encarregado da estatística criminal, de acordo
com o artigo 809 do Código de Processo Penal Brasileiro. Publique-se na íntegra a presente sentença no
Diário de Justiça do Estado do Pará, conforme o comando legal do artigo 387, inciso VI, do Código de
Processo Penal. Em cumprimento ao disposto no artigo 201, §2º, do CPP, e de acordo com a redação
alterada pela Lei nº. 11.690/2008, especificamente no §3º, do mencionado artigo, determino que à vítima
seja cientificada da presente sentença por meio eletrônico, se fornecido pela mesma, ou alternativamente
pela via postal. Intimem-se o réu e seu defensor da presente sentença, nos parâmetros constantes do
artigo 392 do CPP. Intime-se o Promotor de Justiça da entrega da prestação jurisdicional, conforme o
previsto no artigo 390 do CPP. Após o trânsito em julgado, diligencie a senhora diretora da secretaria com
escopo de dar baixa do feito nos assentamentos criminais do nacional acima absolvido, obedecidas as
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prescrições que regulam a matéria. Promovidas às demais providências legais necessárias, ARQUIVEM-
SE os autos. Sem Custas. Belém - PA., 28 de novembro de 2018. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de
Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA PROCESSO: 00176449120168140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL
COELHO Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 28/11/2018 DENUNCIADO:BENEDITO BALBI
MEDEIROS VITIMA:D. P. V. . SENTENÇA Processo nº. 0017644-91.2016.8.14.0401 Comarca de Belém -
PA - 3ª Vara Criminal do Juízo Singular Ação penal pública Autor: Ministério Público do Estado do Pará
Imputação penal: art. 157, §2º, II, do CP Réu(s): Benedito Balbi Medeiro Advogado(as): Daniel Sabbag
(Defensor Público) Juíza Prolatora: Eva do Amaral Coelho O MINISTÉRIO PÚBLICO do Estado do Pará
por um de seus Promotores de Justiça do Juízo Singular denunciou o nacional BENEDITO BALBI
MEDEIRO, já devidamente qualificado no presente processo, pela violação do artigo 157, §2º, inciso II, do
Código Penal Brasileiro. A peça inicial acusatória está redigida nos seguintes termos, verbis: (...)(...)
Consta do Inquérito Policial n° 00005/2016.100.318-5 que, no dia 26 de julho de 2016, por volta das 15h, a
vítima, Deivison Pereira Viana, encontra-se desempenhando serviço para a empresa 55 soluções,
terceirizada da rede CELPA, na Passagem Miramar, esquina com o Canal do Jacaré, bairro do Telegrafo,
quando foi abordado por dois homens em uma bicicleta, dentre eles o denunciado. Na ocasião, os
agentes, mediante grave ameaça, simulando estarem armados, subtraíram da vítima 01 (um) aparelho de
''PDA'' que realiza a leitura do registro na unidade consumidora de energia elétrica. Consumada a infração,
os indivíduos empreenderam fuga na condução da bicicleta, porém policiais militares que passavam pelo
local foram acionados pela vítima e conseguiram efetuar a captura do denunciado, tendo o outro agente de
alcunha ''Cacaio'' se evadido do local. Encaminhado a autoridade policial, Benedito Balbi Medeiros
confessou a autoria do delito, além de ter sido reconhecido pela vítima como um dos autores do roubo.
(...)(...) A persecução criminal teve início por prisão em flagrante delito no dia 26/07/2016. Denúncia
formalizada às fls. 02/04. Recebimento da denúncia às fls. 05/05v. Citação do réu à fl. 08. Resposta à
acusação pela defesa do réu às fls. 09/11. Análise de absolvição sumária às fls. 13/14. Na instrução
processual foi ouvida a testemunha EMERSON AUGUSTO OLIVEIRA SOARES, bem como o réu
BENEDITO BALBI MEDEIRO, foi devidamente qualificado e interrogado, conforme atas de audiências de
fls. 22/24, 35/37 e das mídias juntadas às fls. 25 e 38 dos autos. Encerrada a instrução, as partes não
requereram diligências. Os debates orais foram convertidos em alegações finais escritas de fls. 39/41 e
42/48, tendo o Ministério Público requerido à absolvição do réu, pedido este ratificado pela defesa. Não há
juntada de certidão de antecedentes criminais do réu. Em síntese, é o relatório. Decido. Como é cediço, o
Ministério Público é a instituição estatal no âmbito da administração da Justiça, essencial à prestação
jurisdicional, detentora da titularidade da promoção da ação penal pública, consoante artigo 129, inciso I
da Constituição Federal. Frise-se que durante toda a persecução penal - instrução criminal - o Órgão
Ministerial não deixa de ostentar a condição de titular privativo da ação penal, para dispor da mesma ante
as provas de acordo com o princípio do livre convencimento de cada um de seus agentes. Decerto que o
artigo 129, inciso I, da Carta Magna, na qualidade de dispositivo constitucional é linha mestra interpretativa
para compreensão das demais normas presentes no ordenamento jurídico. Daí é possível inferir que a
promoção da ação penal pública não se exaure com o simples oferecimento da denúncia, vez que encerra
uma série de prerrogativas e atribuições a serem exercidas pelo Ministério Público ao longo da jornada
processual até o deslinde da causa. Portanto, não há como sustentar uma ação penal ou uma condenação
de um réu quando o próprio Órgão Acusador - Ministério Público, titular da ação penal - declina pela sua
impropriedade. Como se sabe, a Constituição de 1988 adotou de forma clara, o sistema acusatório,
prevendo a nítida separação entre órgão acusador (Ministério Público) e Órgão Judicante (Estado-Juiz).
Destarte, a ação penal e o processo não se confundem, de maneira que não se coaduna com a ordem
dessa sistemática, o fato de um único órgão concentrar as atividades de acusar e julgar
concomitantemente. Assim, aquele que detém legitimidade para acusar não poderá ostentar de igual
forma, a capacidade para julgar, uma vez que nesse sistema processual não se deduz por meio da ação
penal, pretensão punitiva, mas sim pretensão acusatória, razão pela qual não poderá haver condenação
sem que haja acusação formal pelo órgão que dispõe de legitimidade para tanto. Não são raras as
ocasiões em que se estabelece uma relação de prejudicialidade entre o convencimento do Órgão
Acusador e do Órgão Julgador, como por exemplo na situação em que o Ministério Público pugna pela não
existência de crime ou pela absolvição do réu pela insuficiência de provas e, o Magistrado contrariando-o,
decide pela condenação. Nesse caso, não cabe ao Magistrado exercer qualquer juízo de valor sobre a
existência ou não do crime, tampouco pela condenação do réu, quando o próprio Órgão Acusador
reconhece a insuficiência de provas para legitimar um decreto condenatório, pois ao fazê-lo o Magistrado
estaria atuando de ofício, ou seja, sem a pretensão punitiva, sem a acusação e em manifesta
inobservância aos preceitos norteadores do sistema acusatório consagrados na Lei Maior. Da leitura e
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interpretação dos comandos pertinentes a esta sistemática processual inseridos na Consituição Cidadã, é
possivel extrair-se o entendimento de que tanto o "ius persequendi" e o "ius puniendi" pertencem ao
Ministério Público, fazendo parte de sua tarefa constitucional na seara da Justiça Criminal isto é, de sua
missão institucional. Nesse sentido, é forçoso concluir que o "ius puniendi" não é função do Poder
Judiciário, eis que o Ministério Público é titular da ação penal, com exclusividade portanto, tanto quando se
manifesta de oficio pelo arquivamento do inquérito policial como pela absolvição do réu. Sendo assim,
quando o Juiz discorda da posição ministerial sobre a absolvição, investe-se de parcialidade e assume por
conseguinte, a figura de acusador, que não está em consonância com as regras e princípios que informam
o direito processual penal moderno, tais como ônus da prova e o contraditório, vez que inexiste entre as
partes litigantes posições opostas, quando a acusação e defesa fundam suas razões em uma mesma
tese. Essa conclusão encontra total ressonância na doutrina conforme se depreende dos ensinamentos
transcritos a seguir: (...)(...)No momento em que o julgador assume o papel de acusador, toda a
sistemática existencial do processo dialético entra em crise. Não há mais falar, então, em imparcialidade,
em eqüidistância (no que tange ao Poder Judiciário) e em presunção de inocência (no que diz respeito ao
acusado).(...)(...) (FERRAJOLI, Luigi. Direito e razão: teoria do garantismo penal. 1.ed. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2006, p. 534). (...)(...)Essa "judicialização da acusação" (a ponto de desprezar o
posicionamento técnico do Órgão acusador oficial, que, invariavelmente, mantém contato direto com a
produção probatória) ou, em outros termos, essa encampação do discurso popular acusatório pelo Órgão
julgador, não deixa de refletir, em um contexto particularizado, o ideal globalizado de "eficiência
repressiva", em prejuízo da política de "eficiência inclusiva". Resumindo: é o axioma invertido "direito penal
máximo, direito social mínimo" expandindo-se nas regiões marginais. Quanto ao alcance da expressão
"regiões marginais.(...)(...) (ZAFFARONI, Eugenio Raúl. Em busca das penas perdidas: a perda da
legitimidade do sistema penal. Tradução de Vânia Romano Pedrosa e Amir Lopez da Conceição. Rio de
Janeiro: Revan, 1991, passim). (...)(...)Enfim, o Ministério Público não tem atribuição de julgar, e o Juiz não
tem a de acusar. Quando aquele, em primeiro ou segundo graus, pede o trancamento da ação ou a
absolvição, este não pode prosseguir com o processo ou condenar o cidadão. Se assim fizer, estará
atuando como acusador, e não enquanto representante do poder Judiciário.(...)(...) (BITENCOURT, Cezar
Roberto, SCHMIDT, Andrei Zenker. Direito Penal Econômico Aplicado. Rio de Janeiro: Editora Lumen
Juris, 2004, p. 38.). Portanto, resta evidente que para reconhecer autoria e materialidade, o Juiz precisa do
pedido de condenação do Ministério Público. Se aquele a quem cabe acusar entende que a imputação não
mais se sustenta, seja porque o fato não tem relevância penal, seja porque a tendo, não há prova
convincente da sua ocorrência, não pode o Juiz condenar o réu, sob pena de desvirtuar com tal decisão a
essência do sistema acusatório entabulado na Constituição Federal. No vertente caso, o Ministério Público
requereu em alegações finais a absolvição do acusado, por não existir prova suficiente para a
condenação. Desta sorte, o desfecho do feito não pode ser outro nessas circunstâncias, a não ser o da
absolvição do réu pelos fundamentos invocados pelo Órgão Ministerial. CONCLUSÃO Diante do exposto,
JULGO IMPROCEDENTE a pretensão acusatória deduzida na denúncia de fls. 02/04, ABSOLVENDO o
réu BENEDITO BALBI MEDEIRO, já qualificado, da conduta criminosa prevista no artigo 157, §2º, inciso II,
do Código Penal Brasileiro, com arrimo legal no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal
Nacional. DISPOSIÇÕES FINAIS Se o réu BENEDITO BALBI MEDEIRO estiver preso revoga a prisão,
expedindo-se alvará de soltura. Se o réu BENEDITO BALBI MEDEIRO estiver com prisão preventiva
decretada, revogo-a neste ato, expedindo-se contramandado de segregação social, comunicando a quem
de direito. Promovo o confisco e para tanto declaro a perda, em favor da União, ressalvado o direito do
lesado ou de terceiro de boa-fé, das coisas apreendidas cujo o fabrico, alienação, uso, porte ou detenção
forem proibidos, de acordo com o estabelecido no artigo 91, incisos I e II, letra "a" e "b", do CPB, devendo
as armas ou munições eventualmente apreendidas serem destinadas ao Exército Brasileiro, conforme
dispõe o artigo 25, da Lei nº.10.826/2003, se for o caso. As coisas apreendidas cujo fabrico, alienação,
uso, porte ou detenção forem permitidos, se não reclamadas no prazo de 90 (noventa) dias após o trânsito
em julgado desta sentença, serão vendidas em leilão, depositando-se o valor arrecadado em conta
bancária à disposição do Juízo de Ausentes, nos termos do comando legal do artigo 123, do CPP,
ressalvados os direitos de terceiros de boa-fé. A fiança é agregada ao processo a fim de, eventualmente, o
réu, quando condenado, pagar custas e às despesas processuais e também a indenização material do
ofendido. Em caso de absolvição cai por terra esta obrigatoriedade. Deve, pois, ser restituído o valor da
fiança. Em sendo assim, caso haja fiança depositada, determino que a mesma seja reavida pelo réu, com
correção monetária, ordenando a restituição da fiança recolhida em Juízo, devendo o réu ser intimado
para tanto. Caso o réu não compareça em Juízo, intime-se o causídico que o defende, se constituído, para
receber os valores depositados a título de fiança. Em não comparecendo o réu nem seu patrono
constituído em juízo com a finalidade de reaver a fiança, o valor deve ser recolhido ao fundo penitenciário,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
na forma da lei, conforme os artigos 336 e 345 do CPP. Oficie-se ao Órgão encarregado da estatística
criminal, de acordo com o artigo 809 do Código de Processo Penal Brasileiro. Publique-se na íntegra a
presente sentença no Diário de Justiça do Estado do Pará, conforme o comando legal do artigo 387, inciso
VI, do Código de Processo Penal. Em cumprimento ao disposto no artigo 201, §2º, do CPP, e de acordo
com a redação alterada pela Lei nº. 11.690/2008, especificamente no §3º, do mencionado artigo,
determino que à vítima seja cientificada da presente sentença por meio eletrônico, se fornecido pela
mesma, ou alternativamente pela via postal. Intimem-se o réu e seu defensor da presente sentença, nos
parâmetros constantes do artigo 392 do CPP. Intime-se o Promotor de Justiça da entrega da prestação
jurisdicional, conforme o previsto no artigo 390 do CPP. Após o trânsito em julgado, diligencie a senhora
diretora da secretaria com escopo de dar baixa do feito nos assentamentos criminais do nacional acima
absolvido, obedecidas as prescrições que regulam a matéria. Promovidas às demais providências legais
necessárias, ARQUIVEM-SE os autos. Sem Custas. Belém - PA., 28 de novembro de 2018. EVA DO
AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA
PROCESSO: 00032455720168140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ---- Ação: Procedimento Comum em:
DENUNCIADO: W. S. V. Representante(s): OAB 3618 - ROSA MARIA DA SILVA RAIOL (DEFENSOR)
VITIMA: F. A. B. S. VITIMA: L. A. G. MENOR: V. M. I.
legal nos artigos 107, inciso IV, c/c 109, inciso IV, do Código Penal Pátrio e 61 do Caderno Processual
Penal Brasileiro, declaro a extinção da pretensão punitiva Estatal em relação ao acusado JORGE LUIZ
DOS SANTOS TAVARES, já devidamente qualificado nos autos. DISPOSIÇÕES FINAIS Levando-se em
conta a declaração da prescrição e a consequente extinção da punibilidade do acusado JORGE LUIZ DOS
SANTOS TAVARES, caso haja, PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA, e com sustentáculo legal no artigo
316 do CPP, REVOGO A ORDEM, determinando expedição de ofício, a que de direito, em especial
autoridade policial competente, informando a presente decisão, sustando os efeitos do mandado
anteriormente encaminhado aos entes públicos, com baixa no banco de cadastro de prisões do CNJ. A
fiança é agregada ao processo a fim de, eventualmente, o réu, quando condenado, pagar custas e as
despesas processuais e também a indenização material do ofendido. Em caso de extinção da punibilidade
pela prescrição cessa o poder de processar do Estado. Deve, pois, ser restituído o valor da fiança. Em
sendo assim, determino que a fiança, caso exista, deve ser reavida pelo réu, com correção monetária,
ordenando a restituição da fiança recolhida em Juízo, devendo o réu ser intimado para tanto. Caso o réu
não compareça em Juízo, intime-se o causídico que o defende, se constituído, para receber os valores
depositados a título de fiança. Em não comparecendo o réu e seu patrono constituído em juízo com a
finalidade de reaver a fiança, o valor deve ser recolhido ao fundo penitenciário, na forma da lei, conforme
os artigos 336 e 345 do CPP. Promovo o confisco e para tanto declaro a perda, em favor da União,
ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé, das coisas apreendidas cujo fabrico, alienação,
uso, porte ou detenção forem proibidos, de acordo com o estabelecido no artigo 91, incisos I e II, letra ¨a¨ e
¨b¨, do CPB, devendo as armas brancas ser destinadas a destruição e as armas de fogo e munições
eventualmente apreendidas serem encaminhadas ao Exército Brasileiro, conforme dispõe o artigo 25, da
Lei nº.10.826/2003, se for o caso. As coisas apreendidas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção
forem permitidos, se não reclamadas no prazo de 90 (noventa) dias após o trânsito em julgado desta
sentença, serão vendidas em leilão, depositando-se o valor arrecadado em conta bancária à disposição do
Juízo de Ausentes, nos termos do comando legal do artigo 123, do CPP, ressalvados os direitos de
terceiros de boa-fé. Publique-se na íntegra a presente sentença no Diário de Justiça do Estado do Pará,
conforme o comando legal do artigo 387, inciso VI, do Código de Processo Penal. Deixo de determinar o
cumprimento do disposto no artigo 201, §2º, do CPP, eis que a vítima (a coletividade) é meramente formal.
Intimem-se o réu e seu defensor da presente sentença, nos parâmetros constantes do artigo 392 do CPP.
Intime-se o Promotor de Justiça da entrega da prestação jurisdicional, conforme o previsto no artigo 390
do CPP. Após as providências legais necessárias e demais comunicações de estilo, e em não havendo
interposição de recursos voluntários pelas partes, ARQUIVEM-SE os autos. Isento o réu de custas. Belém
- PA., 30 de Janeiro de 2019. BLENDA NERY RIGON CARDOSO Juíza de Direito Respondendo pela 3ª
Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA
manifestar-se, expressamente, nos autos, sobre o interesse do prosseguimento do feito, com proposta de
suspensão prevista na Lei. 9099/95. Certificado nos autos a inércia processual do querelante. É o que
basta relatar. Passo a decidir. Impõe-se nos termos do artigo 60, I, do Código de Processo Penal, declarar
perempta a presente ação penal privada ante à inércia injustificada do ora querelante, consoante atesta a
certidão de fls. 270 da secretaria deste Juízo, consistente em haver deixado de se manifestar sobre o
interesse do prosseguimento do feito, conforme despacho de fls. 265 dos autos. Da exposição desses
fatos, evidencia-se, claramente, que o presente processo penal está paralisado há mais de 30 (trinta) dias
após a publicação do despacho de fls. 265, no Diário de Justiça do Estado do Pará, sem que o querelante
houvesse, ao longo desse lapso temporal referido no artigo 60, I, do Código de Processo Penal, adotado
qualquer providência destinada a impulsionar a persecutio criminis instaurado perante este Juízo Criminal.
O reconhecimento da perempção da ação penal privada traduz - com a consequência que lhe é inerente
(declaração da extinção da punibilidade da ora querelada) - medida que se justifica ante a constata inércia
processual do querelante. CONCLUSÃO Ante ao exposto, e com fundamento no artigo 60, inciso I, do
Código de Processo Penal, c/c o artigo 107, inciso IV, 3ª figura, do Códex Repressivo Pátrio, DECLARO
EXTINTA A PUNIBILIDADE dos querelados LUIZ DA ROCHA CARDOSO e SONIA REGINA LINDO DA
SILVA, pelos fatos descritos na presente QUEIXA-CRIME. DISPOSIÇÕES FINAIS Cientifique-se, da
presente decisão, o querelante, bem como o seu patrono Judicial e o representante do Órgão Ministerial.
Transcorrido o prazo recursal, arquive-se os autos com baixa na distribuição e demais cautelas legais.
Sem custas. P.R.I e C. Belém - PA, 05 de novembro de 2018. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de
Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA PROCESSO: 00048974620158140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL
COELHO Ação: Ação Penal - Procedimento Sumário em: 05/11/2018 DENUNCIADO:CLAUDENILSON
COELHO LOPES VITIMA:A. C. AUTORIDADE POLICIAL:ADRIANA CARLA MAGNO BARBOSA DPC.
SENTENÇA Processo criminal n.º 0004897-46.2015.8.14.0401 Comarca da Belém - PA - 3ª Vara Criminal
do Juízo Singular Ação Penal Pública Autor: Ministério Público do Estado do Pará Imputação penal: art. 56
da Lei 9.605/98 Réu(s): Claudenilson Coelho Lopes Advogado(as): Daniel Sabbag (Defensor Público)
Juíza prolatora: Eva do Amaral Coelho O MINISTÉRIO PÚBLICO do Estado do Pará, por um de seus
Promotores de Justiça do Juízo Singular denunciou CLAUDENILSON COELHO LOPES, já qualificado nos
autos, como incurso nas sanções punitivas do artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro. O réu foi
agraciado com o benefício da suspensão condicional do processo, artigo 89 da Lei 9.099/95, pelo período
de 02 (dois) anos, tendo o mesmo cumprido o período de prova sem revogação. O representante do
Ministério Público exarou parecer às fls. 46, pugnando pela extinção da punibilidade. Conclusos os autos.
Decido. Referindo-se à suspensão condicional do processo, estabelece o §5º, do artigo 89, da Lei nº.
9.099/98, abaixo transcrito: (...)(...)Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior
a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a
suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou
não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão
condicional da pena (art. 77 do Código Penal). § 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na
presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a
período de prova, sob as seguintes condições: I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; II -
proibição de freqüentar determinados lugares; III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem
autorização do Juiz; IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e
justificar suas atividades. § 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a
suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado. § 3º A suspensão será
revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem
motivo justificado, a reparação do dano. § 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser
processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta. § 5º
Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade. § 6º Não correrá a prescrição
durante o prazo de suspensão do processo. § 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste
artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos.(...)(...)(grifos meus). Na hipótese vertente, o réu
cumpriu as condições impostas durante o transcorrer do período de prova, de modo que se impõe a
extinção supramencionada. CONCLUSÃO Isto posto, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE do réu
CLAUDENILSON COELHO LOPES, já qualificado, com arrimo legal no artigo 89, §5º, da Lei 9.099/95.
DISPOSIÇÕES FINAIS A fiança é agregada ao processo a fim de, eventualmente, o réu, quando
condenado, pagar custas e as despesas processuais e também a indenização material do ofendido. Em
caso de extinção da punibilidade pelo sursis processual previsto no artigo 89 da Lei nº. 9.099/95, não há
condenação, cessando o poder de processar do Estado. Deve, pois, ser restituído o valor da fiança. Em
sendo assim, determino que a fiança, caso exista, deve ser reavida pelo réu, com correção monetária,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
ordenando a restituição da fiança recolhida em Juízo, devendo o réu ser intimado para tanto. Caso o
acusado não compareça em Juízo, intime o causídico que o defende, se constituído, para receber os
valores depositados a título de fiança. Em não comparecendo o réu ou seu patrono constituído em juízo
com a finalidade de reaver a fiança, o valor deve ser recolhido ao fundo penitenciário, na forma da lei,
conforme os artigos 336 e 345 do CPP. Promovo o confisco e para tanto declaro a perda, em favor da
União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé, das coisas apreendidas cujo fabrico,
alienação, uso, porte ou detenção forem proibidos, de acordo com o estabelecido no artigo 91, incisos I e
II, letra "a" e "b", do CPB, devendo as armas brancas ser destinadas a destruição e as armas de fogo e
munições eventualmente apreendidas serem encaminhadas ao Exército Brasileiro, conforme dispõe o
artigo 25, da Lei nº.10.826/2003, se for o caso. As coisas apreendidas cujo fabrico, alienação, uso, porte
ou detenção forem permitidos, se não reclamadas no prazo de 90 (noventa) dias após o trânsito em
julgado desta sentença, serão vendidas em leilão, depositando-se o valor arrecadado em conta bancária à
disposição do Juízo de Ausentes, nos termos do comando legal do artigo 123, do CPP, ressalvados os
direitos de terceiros de boa-fé. Publique-se na íntegra a presente sentença no Diário de Justiça do Estado
do Pará, conforme o comando legal do artigo 387, inciso VI, do Código de Processo Penal. Em
cumprimento ao disposto no artigo 201, §2º, do CPP, e de acordo com a redação alterada pela Lei nº.
11.690/2008, especificamente no §3º, do mencionado artigo, determino que à vítima seja cientificada da
presente sentença por meio eletrônico, se fornecido pela mesma, ou alternativamente pela via postal.
Intimem-se o réu e seu defensor da presente sentença. Intime-se o Promotor de Justiça. Efetuem-se as
comunicações e as baixas necessárias, e após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos em relação ao
denunciado acima mencionado. Sem custas. Belém do Pará, 05 de Novembro de 2018. EVA DO AMARAL
COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA PROCESSO:
00102125520158140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 05/11/2018
DENUNCIADO:ENIVALDO MANOEL SANTOS Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA
(DEFENSOR) VITIMA:R. M. L. VITIMA:A. L. P. VITIMA:J. M. M. VITIMA:A. B. M. VITIMA:T. Q. R.
VITIMA:F. S. F. VITIMA:V. C. R. S. VITIMA:L. L. A. AUTORIDADE POLICIAL:DPC NEYVALDO COSTA
DA SILVA. SENTENÇA Processo nº. 0010212-55.2015.8.14.0401 Comarca de Belém - PA - 3ª Vara
Criminal do Juízo Singular Ação penal pública Autor: Ministério Público do Estado do Pará Imputação
penal: art. 171, caput, do CP Réu(s): Enivaldo Manoel Santos Diogo Sarmento Freire Advogado(as):
Daniel Sabbag (Defensor Público) Juíza prolatora: Eva do Amaral Coelho O MINISTÉRIO PÚBLICO do
Estado do Pará por um de seus Promotores de Justiça do Juízo Singular denunciou os nacionais
ENIVALDO MANOEL SANTOS e DIOGO SARMENTO FREIRE, já qualificados nos autos, como incursos
nas sanções punitivas do artigo 171, caput, do Código Penal Brasileiro. A peça inicial acusatória está
redigida nos seguintes termos, verbis: (...)(...) Consta do inquérito policial no 273/2015.000056-0 que, no
mês de maio de 2015, o Investigador de Polícia, Civil Luiz Augusto Miranda de Souza, recebeu
determinação superior para proceder à investigação de um suposto golpe que vinha sendo aplicado pelo
denunciado Enivaldo Manoel Santos, o qual estaria recebendo dinheiro de diversas pessoas, sob o
argumento de que iria providenciar emprego a elas. Diante disso, foi instaurado inquérito policial para
apurar os fatos, tendo sido realizadas inúmeras diligências investigatórias. Efetuada a oitiva de inúmeras
vítimas e testemunhas, foi apurado que, no próprio mês de maio de 2015, ENIVALDO MANOEL SANTOS,
juntamente com DIOGO SARMENTO FREIRE, recrutou cerca de oitenta pessoas, informando a elas que
eram proprietários de uma empresa denominada AD Vigilância, supostamente localizada na Av. João
Paulo 11, s/n., entre Trav. Mauriti e Trav. Angustura, e que esta iria encaminhá-las para laborar como
vigilantes em diversos condomínios nesta cidade. Assim, os indivíduos realizaram algumas reuniões com
as vítimas, destacando-se as ocorridas em 15/05/2015 e 23/05/2015, no líder da Travessa Humaitá e no
estabelecimento comercial denominado "Sílvio's Bar", localizado na Av. Marques de Herval, entre Mauriti e
Barão do Triunfo. Na ocasião, os agentes exigiram das vítimas o pagamento das quantias de R$100,00 e
R$200,00, informando a elas que os referidos valores seriam para custear um suposto curso de vigilância,
a ser realizado na empresa Fortaleza, localizada na Avenida 16 de novembro. Diante da promessa de
emprego, as vítimas adimpliram os valores, além de terem entregado aos agentes uma série de
documentos para providenciar o encaminhamento aos empregadores como, por exemplo, curriculum vitae,
RG, CPF e demais documentos de identificação, cujas cópias estão acostadas às fls. 40/134. Contudo, foi
descoberto posteriormente que a empresa de propriedade dos denunciados sequer existia, tendo as
vítimas inclusive sido impedidas de participar do curso de vigilância, já que os denunciados se apropriaram
dos valores recebidos, deixando de repassá-los à empresa Fortaleza. (...)(...) A persecução criminal teve
início por prisão em flagrante delito no dia 29/05/2015. Denúncia formalizada às fls. 02/06. Recebimento
da denúncia às fls. 10/11. Citação do réu ENIVALDO à fl. 16. Resposta à acusação apresentada pela
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
defesa do réu ENIVALDO às fls. 17/18. Citação do réu DIOGO por edital à fl. 25. O curso do processo e do
prazo prescricional em relação ao réu DIOGO foi suspenso, conforme decisão de fl. 42. O pleito de
absolvição sumária do réu ENIVALDO não foi acolhido como se vê às fls. 45/46, sendo designada
audiência de instrução e julgamento. Na instrução criminal foram ouvidos os ofendidos THAYNARA
QUARESMA RODRIGUES, ADELCIO RODRIGUES DA SILVA, VALERIA CRISTINA RODRIGUES
SILVA, LUCIVALDO DOS ANJOS SILVA, as testemunhas ANDERSON BOTELHO DE MELO e LUIZ
AUGUSTO MIRANDA DE SOUZA, sendo o réu ENIVALDO MANOEL SANTOS, qualificado e interrogado,
conforme se vê da ata de audiência de fls. 73/76 e da mídia constante à fl. 77 dos autos. Encerrada a
instrução, houve somente pedido do Ministério Público. Os debates orais foram substituídos por memoriais
escritos, tendo o Ministério Público em suas alegações derradeiras de fls. 78/81, requerido a retificação da
denúncia para pugnar pela condenação do réu ENIVALDO nas penas do crime previsto no artigo 171,
caput, c/c o artigo 71, ambos do CPB. Já a defesa do referido réu requereu em suas alegações finais de
fls. 82/90 pela a absolvição de seu constituinte nos termos do artigo 386, inciso III, do CPP. Certidão de
antecedentes criminais do réu às fls. 91/92. O feito foi desmembrado em relação ao réu DIOGO
SARMENTO FREIRE, conforme se vê da decisão de fl.105 do feito. Em síntese, é o relatório. Decido.
Preliminarmente. Da separação dos autos Antes de adentrar no mérito da questão, faz-se por oportuno
ressaltar que o processo e o prazo prescricional encontram-se suspensos em relação ao acusado DIOGO
SARMENTO FREIRE, conforme decisão de fl. 42 dos autos. Além do que, o feito foi desmembrado em
relação ao referido réu DIOGO SARMENTO FREIRE, seguindo a demanda em autos apartados, conforme
se pode observar da decisão constante às fls. 105, dos autos. Da Emendatio Libelli O representante do
Ministério Público denunciou o acusado visando ter reconhecido a pretensão punitiva estatal, em face da
conduta da agente caracterizar o tipo descrito no artigo 171, caput, do Código Penal Brasileiro. Deflui do
exame minucioso dos autos, que procede o novo enquadramento legal feito pelo Órgão denunciante,
quando pugna em seus arrazoados finais a condenação do réu nas penas do artigo 171, caput, c/c o artigo
71, ambos do Código Penal Pátrio. Entretanto, no caso em análise, necessário se faz a aplicação do artigo
383 do CPP, o que não configura surpresa para a defesa, pois o acusado se defende do fato delituoso
narrado e não da classificação jurídico-penal constante na denúncia ou até mesmo constante das
alegações finais. Houve apenas um equívoco quando do enquadramento legal, podendo o Juízo em
sentença, corrigir a falha, não havendo mudança no conteúdo da acusação. A narrativa dos fatos feita pelo
Ministério Público na peça preambular, configura o crime de estelionato continuado, previsto no artigo 171,
caput, c/c o artigo 71, ambos do Código Penal Nacional. Fazendo estas rápidas ponderações, julga-se a
questão em relação ao acusado ENIVALDO MANOEL SANTOS. Mérito. O Ministério Público Estadual
acusa o réu ENIVALDO MANOEL SANTOS, por ter cometido o crime de estelionato continuado, artigo
171, caput, c/c o artigo 71, ambos do CPB, a seguir transcrito: (...)(...)Estelionato. Art. 171 - Obter, para si
ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante
artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de 01 (um) a 05 (cinco) anos, e
multa.(...)(...) (...)(...)Crime continuado. Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou
omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de
execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro,
aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em
qualquer caso, de um sexto a dois terços.(...)(...) A autoria e a materialidade do delito no presente caso
acham-se devidamente evidenciadas, pois existem no mundo dos autos provas inequívocas que
corroboram a existência do fato criminoso e de que o réu ENIVALDO MANOEL SANTOS, é um dos
autores. A materialidade não há que ser questionada, sobretudo porque suficientemente demonstrada por
meio do inquérito policial de fls. 01/175, em especial destaque pelas declarações das vítimas, dando conta
de como foram enganadas pelo acusado e seu comparsa, e os prejuízos que sofreram, bem como pelos
depoimentos das testemunhas ali existentes, pela documentação apresentada, e pelos autos de
apreensão e entregas de objetos. A autoria de igual forma comprovada pelas provas coletadas na fase
inquisitorial, bem como pelas produzidas em Juízo. Os depoimentos dos ofendidos THAYNARA
QUARESMA RODRIGUES, ADELCIO RODRIGUES DA SILVA, VALERIA CRISTINA RODRIGUES
SILVA, LUCIVALDO DOS ANJOS SILVA, e das testemunhas ANDERSON BOTELHO DE MELO e LUIZ
AUGUSTO MIRANDA DE SOUZA, durante a fase judicial, mídia fl. 77, confirmaram os fatos descritos na
denúncia. O réu ENIVALDO MANOEL SANTOS, inquirido durante as investigações policiais, fls. 31/32 do
IPL, confessou a empreitada delitiva. Em Juízo, mídia fl. 77, onde foram assegurados todos os seus
direitos constitucionais, principalmente acobertado pelo manto do contraditório e da ampla defesa, mais
uma vez, confessa o crime, dando ao Magistrado à certeza que realmente foi um dos autores da conduta
criminosa. Portanto, a confissão na polícia e ratificada em Juízo da autoria do crime pelo réu ENIVALDO
MONOEL SANTOS, agregada aos depoimentos dos ofendidos THAYNARA QUARESMA RODRIGUES,
830
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
ADELCIO RODRIGUES DA SILVA, VALERIA CRISTINA RODRIGUES SILVA, LUCIVALDO DOS ANJOS
SILVA, na fase processual, e das testemunhas ANDERSON BOTELHO DE MELO e LUIZ AUGUSTO
MIRANDA DE SOUZA, também em Juízo, bem como pelos demais elementos fáticos e probatórios,
arregimentados no curso das investigações e da presente ação penal, são suficientes a arrimar a sua
condenação. Outrossim, destaco, não há nos autos provas apresentadas pela defesa do réu ENIVALDO
MANOEL SANTOS, para convencer o Juízo de que este realmente não enganou as vítimas THAYNARA
QUARESMA RODRIGUES, ADELCIO RODRIGUES DA SILVA, VALERIA CRISTINA RODRIGUES
SILVA, LUCIVALDO DOS ANJOS SILVA, ou seja, de que não obteve para si vantagem ilícita em prejuízo
dos ofendidos, diante da promessa de emprego, ante ao pagamento antecipado de valores para um curso
de vigilante inexistente, causando danos financeiros, contaminando, assim, com o germe da dúvida a
pretensão acusatória. Portanto, não há que se falar em absolvição por insuficiência probatória. Patente
nos autos que o réu ENIVALDO MANOEL SANTOS, auferiu vantagem patrimonial ilícita, induzindo em
erro e causando prejuízos aos ofendidos THAYNARA QUARESMA RODRIGUES, ADELCIO RODRIGUES
DA SILVA, VALERIA CRISTINA RODRIGUES SILVA, LUCIVALDO DOS ANJOS SILVA, quando ofereceu
curso de vigilante, mediante pagamento antecipado de certa quantia em dinheiro, ficando com estas
quantias, enquanto as vítimas experimentavam e suportavam os ônus dos prejuízos deixados pelo réu e
seu comparsa, sendo tal conduta praticada de forma livre e consciente, ou seja, dolosamente. Do crime
continuado (art. 71, do CP) Ademais, como se pode perceber neste caso em exame, vislumbra-se a figura
da continuidade delitiva prevista no "caput" do artigo 71 do CPB, haja vista que os delitos acima narrados
por sua natureza e condições fáticas, foram cometidos em repetição, porém em conjunto, e tomaram
feição de um esforço homogêneo prolongado no tempo, além de serem crimes dolosos, praticados contra
vítimas distintas, sem a ocorrência de grave ameaça e violência à pessoa. O que a lei exige efetivamente
para que se considere o crime como continuado, além de ser da mesma espécie ou natureza, é que pelas
condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhanças, se possam considerar os
subsequentes, como mera continuação dos anteriores, impondo-se neste caso o reconhecimento da ficção
jurídica do crime continuado. É a posição da Jurisprudência: (...)(...)não há concurso material ou real
quando, pelas condições de tempo, lugar e modo de execução, torna-se claro que a segunda infração foi
continuação da primeira". (TACRIM-SP - AC - Rel. Rubens Elias - RDJ 7/72).(...)(...) (...)(...)Sem se
desprezarem a teoria do crime e as conveniências da política criminal, impõe-se considerar, na apreciação
da continuidade delituosa, a prática pelo mesmo autor de crime da mesma espécie e as condições de
tempo, lugar e modo de execução que antemostrem incontestável vínculo de continuação. A sua aferição
compete ao Juiz, dentro de razoável arbítrio, vista do caso concreto". (RE, Rel.: Ministro Djaci Falcão, RT
537/407).(...)(...) Patente nos autos que o réu ENIVALDO MANOEL SANTOS, auferiu vantagem
patrimonial ilícita, induzindo em erro e causando prejuízos aos ofendidos THAYNARA QUARESMA
RODRIGUES, ADELCIO RODRIGUES DA SILVA, VALERIA CRISTINA RODRIGUES SILVA, LUCIVALDO
DOS ANJOS SILVA, quando os enganou oferecendo curso de vigilante inexistente, por certa quantia em
dinheiro, que recebeu, causando prejuízos aqueles de forma livre e consciente, ou seja, dolosamente.
Portanto, deve ser reconhecido o crime continuado. CONCLUSÃO Posto isso e por tudo o que consta nos
autos, julgo procedente a pretensão punitiva estatal de fls. 02/06, para CONDENAR o réu ENIVALDO
MANOEL SANTOS, já qualificado, nas sanções punitivas do artigo 171, caput, c/c o artigo 71, ambos do
Código Repressivo Nacional. DOSIMETRIA E FIXAÇÃO DA PENA Atenta às diretrizes do artigo 5º, XLVI,
da Constituição da República, ao artigo 68 do Código Penal Brasileiro e às circunstancias judiciais do
artigo 59 do mesmo Diploma Legal, passo à individualização e fixação das penas a serem impostas ao réu
ENIVALDO MANOEL SANTOS. Culpabilidade do réu comprovada, não tendo este agido com dolo que
ultrapasse os limites da norma penal, portanto como grau de censura da ação ou omissão do agente
mostra-se normal a espécie, nada tendo a se valorar (neutra); Antecedentes do acusado imaculados, a par
do princípio constitucional esculpido no artigo 5º, LVII, da Constituição Federal, eis que não registra
condenação anterior com trânsito em julgado (neutra); Conduta social e Personalidade são dados
inerentes ao acusado que em nada se relacionam ao fato por ele praticado, de modo que sua valoração
em seu prejuízo significaria a adoção de um insustentável direito penal do autor (neutras); Motivos do
crime estes foram normais à espécie do delito de estelionato, isto é, a obtenção de lucro fácil em prejuízo
de terceiro, nada a valorar (neutra); Circunstancias do fato criminoso comum a espécie do delito ora em
análise, cuja a gravidade é clara do tipo penal (neutra); Consequências extrapenais nada a valorar, eis que
são comuns à espécie (neutra); Comportamento da vítima não facilitou e nem incentivou a ação criminosa
do réu, não sendo ela ¨colaboradora¨ da ação criminosa (neutra); Situação econômica do acusado
presumidamente não é boa, haja vista ser pessoa pobre, que vive em condições econômicas precárias e
nessa conjuntura não há como este suportar os ônus das despesas processuais (neutra). Portanto,
levando-se em conta todas às circunstâncias acima analisadas, ou seja, culpabilidade, antecedentes,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
julgado à sentença condenatória, intimado o réu para dar início ao cumprimento da pena imposta e em não
comparecendo em Juízo, entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, devendo a importância
ser recolhida ao fundo penitenciário, na forma previstas nos artigos 344 e 345 do CPP. Transitada em
julgado a presente decisão, lance-se o nome do réu no rol dos culpados, conforme o artigo 5º, inciso LVII
da Constituição Federal Brasileira. Expeça-se guia à execução penal, conforme a norma prevista no artigo
105 da Lei de Execuções Penais. Expeça-se guia de recolhimento da multa, a qual deve ser paga em 10
(dez) dias após o trânsito em julgado da decisão, caso não haja o pagamento espontâneo no prazo legal,
oficie-se a Fazenda Pública Estadual para que tome as providências que entender cabíveis. Ciência por
correio eletrônico a Justiça Eleitoral para fins de suspensão dos direitos políticos do réu, de acordo com o
previsto no artigo 71, parágrafo 2º, do Código Eleitoral c/c o inciso III, do artigo 15, da Carta Política
Brasileira. Oficie-se ao Órgão encarregado da estatística criminal, de acordo com o artigo 809 do Código
de Processo Penal Brasileiro. Publique-se, na íntegra, a presente sentença no Diário de Justiça do Estado
do Pará, conforme o comando legal do artigo 387, inciso VI, do Código de Processo Penal. Em
cumprimento ao disposto no artigo 201, §2º, do CPP, e de acordo com a redação alterada pela Lei nº.
11.690/2008, especificamente no §3º, do mencionado artigo, determino que às vítimas sejam cientificadas
da presente sentença por meio eletrônico, se fornecido pelas mesmas, ou alternativamente pela via postal.
Intimem-se o réu e seu defensor da presente sentença, nos parâmetros constantes do artigo 392 do CPP.
Intime-se o Promotor de Justiça da entrega da prestação jurisdicional, conforme o previsto no artigo 390
do CPP. Após as providências legais necessárias e demais comunicações de estilo, e em não havendo
interposição de recursos voluntários pelas partes, ARQUIVEM-SE os autos. Pela penúria econômica,
isento o réu de custas. P. R e I. Belém do Pará, 05 de novembro de 2018. EVA DO AMARAL COELHO
Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA
alterada pela Lei nº. 11.690/2008, especificamente no §3º, do mencionado artigo, determino que à vítima
seja cientificada da presente sentença por meio eletrônico, se fornecido pela mesma, ou alternativamente
pela via postal. Intimem-se o réu e seu defensor da presente sentença. Intime-se o Promotor de Justiça.
Efetuem-se as comunicações e as baixas necessárias, e após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos
em relação ao denunciado acima mencionado. Sem custas. P. R e I. Belém do Pará, 04 de setembro de
2018. EVA DO AMARAL COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de Belém
- PA PROCESSO: 00057895720128140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): EVA DO AMARAL COELHO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 20/08/2018 DENUNCIADO:FABIO ALEX COSTA VIEIRA Representante(s):
OAB 16982 - PAOLA KASSIA FERREIRA SALES (ADVOGADO) OAB 18736 - CELSO ROBERTO DE
MIRANDA RIBEIRO JUNIOR (ADVOGADO) DENUNCIADO:JEFFERSON WILLIAM PEREIRA VIEIRA
Representante(s): OAB 16982 - PAOLA KASSIA FERREIRA SALES (ADVOGADO) OAB 18736 - CELSO
ROBERTO DE MIRANDA RIBEIRO JUNIOR (ADVOGADO) DENUNCIADO:HERNAN SILVA FARIAS
Representante(s): OAB 16982 - PAOLA KASSIA FERREIRA SALES (ADVOGADO) OAB 18736 - CELSO
ROBERTO DE MIRANDA RIBEIRO JUNIOR (ADVOGADO) DENUNCIADO:LUIZ FILIPI CORDOVIL
SILVA Representante(s): OAB 16982 - PAOLA KASSIA FERREIRA SALES (ADVOGADO) OAB 18736 -
CELSO ROBERTO DE MIRANDA RIBEIRO JUNIOR (ADVOGADO) VITIMA:O. M. B. AUTORIDADE
POLICIAL:ARNALDO DE OLIVEIRA MENDES - DPC. SENTENÇA Processo criminal n.º 0005789-
57.2012.8.14.0401 Comarca da Belém - PA - 3ª Vara Criminal do Juízo Singular Ação Penal Pública Autor:
Ministério Público do Estado do Pará Imputação penal: art. 163, §único, III, e art. 288, ambos do CPB
Réu(s): Fábio Alex Costa Vieira Advogado(as): Celso Roberto de Miranda Ribeiro Junior - OAB/PA nº.
18.736 Juíza prolatora: Eva do Amaral Coelho O MINISTÉRIO PÚBLICO do Estado do Pará, por um de
seus Promotores de Justiça do Juízo Singular denunciou FÁBIO ALEX COSTA VIEIRA, já qualificado nos
autos, como incurso nas sanções punitivas do artigo 288 do Código Penal Brasileiro. O réu foi agraciado
com o benefício da suspensão condicional do processo, artigo 89 da Lei 9.099/95, pelo período de 02
(dois) anos, tendo o mesmo cumprido o período de prova sem revogação. O representante do Ministério
Público exarou parecer às fls. 230/231, pugnando pela extinção da punibilidade. Conclusos os autos.
Decido. Referindo-se à suspensão condicional do processo, estabelece o §5º, do artigo 89, da Lei nº.
9.099/98, abaixo transcrito: (...)(...)Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior
a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a
suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou
não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão
condicional da pena (art. 77 do Código Penal). § 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na
presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a
período de prova, sob as seguintes condições: I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; II -
proibição de freqüentar determinados lugares; III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem
autorização do Juiz; IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e
justificar suas atividades. § 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a
suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado. § 3º A suspensão será
revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem
motivo justificado, a reparação do dano. § 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser
processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta. § 5º
Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade. § 6º Não correrá a prescrição
durante o prazo de suspensão do processo. § 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste
artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos.(...)(...)(grifos meus). Na hipótese vertente, o réu
cumpriu as condições impostas durante o transcorrer do período de prova, de modo que se impõe a
extinção supramencionada. CONCLUSÃO Isto posto, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE do réu FÁBIO
ALEX COSTA VIEIRA, já qualificado, com arrimo legal no artigo 89, §5º, da Lei 9.099/95. DISPOSIÇÕES
FINAIS A fiança é agregada ao processo a fim de, eventualmente, o réu, quando condenado, pagar custas
e as despesas processuais e também a indenização material do ofendido. Em caso de extinção da
punibilidade pelo sursis processual previsto no artigo 89 da Lei nº. 9.099/95, não há condenação,
cessando o poder de processar do Estado. Deve, pois, ser restituído o valor da fiança. Em sendo assim,
determino que a fiança, caso exista, deve ser reavida pelo réu, com correção monetária, ordenando a
restituição da fiança recolhida em Juízo, devendo o réu ser intimado para tanto. Caso o acusado não
compareça em Juízo, intime o causídico que o defende, se constituído, para receber os valores
depositados a título de fiança. Em não comparecendo o réu ou seu patrono constituído em juízo com a
finalidade de reaver a fiança, o valor deve ser recolhido ao fundo penitenciário, na forma da lei, conforme
os artigos 336 e 345 do CPP. Promovo o confisco e para tanto declaro a perda, em favor da União,
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ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé, das coisas apreendidas cujo fabrico, alienação,
uso, porte ou detenção forem proibidos, de acordo com o estabelecido no artigo 91, incisos I e II, letra "a"
e "b", do CPB, devendo as armas brancas ser destinadas a destruição e as armas de fogo e munições
eventualmente apreendidas serem encaminhadas ao Exército Brasileiro, conforme dispõe o artigo 25, da
Lei nº.10.826/2003, se for o caso. As coisas apreendidas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção
forem permitidos, se não reclamadas no prazo de 90 (noventa) dias após o trânsito em julgado desta
sentença, serão vendidas em leilão, depositando-se o valor arrecadado em conta bancária à disposição do
Juízo de Ausentes, nos termos do comando legal do artigo 123, do CPP, ressalvados os direitos de
terceiros de boa-fé. Publique-se na íntegra a presente sentença no Diário de Justiça do Estado do Pará,
conforme o comando legal do artigo 387, inciso VI, do Código de Processo Penal. Em cumprimento ao
disposto no artigo 201, §2º, do CPP, e de acordo com a redação alterada pela Lei nº. 11.690/2008,
especificamente no §3º, do mencionado artigo, determino que à vítima seja cientificada da presente
sentença por meio eletrônico, se fornecido pela mesma, ou alternativamente pela via postal. Intimem-se o
réu e seu defensor da presente sentença. Intime-se o Promotor de Justiça. Efetuem-se as comunicações e
as baixas necessárias, e após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos em relação ao denunciado
acima mencionado. Sem custas. P. R e I. Belém do Pará, 04 de setembro de 2018. EVA DO AMARAL
COELHO Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Criminal do Juízo Singular de Belém - PA
o máximo da pena é superior a 4 (quatro) anos e não excede a 8 (oito); IV - em 8 (oito) anos, se o máximo
da pena é superior a 2 (dois) anos e não excede a 4 (quatro); V - em 4 (quatro) anos, se o máximo da
pena é igual a 1 (um) ano ou, sendo superior, não excede a 2 (dois); VI - em 3 (três) anos, se o máximo da
pena é inferior a 1 (um) ano.(...) (grifos meus) A perda da pretensão executória do Estado é regulada pela
pena aplicada, ou seja, a sanção estabelecida concretamente pelo juiz na sentença, de regra, entre a data
da sentença transitada em julgado para a acusação, e entre esta e a data do início do efetivo cumprimento
da pena aplicada. Assim dispõe o artigo 110 do Código penal em seu parágrafo 1°: (...)A prescrição,
depois de sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação, ou depois de improvido seu
recurso, regula-se pela pena aplicada(...). De acordo com o artigo 112, I, primeira parte, do Código Penal,
abaixo transcrito, a prescrição da pretensão executória começa a correr do dia em que transita em julgado
a sentença condenatória para a acusação. (...) No caso do artigo 110 deste Código, a prescrição começa a
correr: I - do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação, ou a que revoga a
suspensão condicional da pena ou o livramento condicional; - do dia em que se interrompe a execução,
salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se na pena.(...). (grifos meus) Portanto, levando-se
em conta a data do trânsito em julgado do Acórdão, 10/09/2004, até a presente data, 07/01/2019, sem que
se tenha dado início ao cumprimento da pena pelo condenado, se observa mais de 08 (oito) anos, lapso
temporal superior ao exigido no artigo 109, inciso IV, do CP, daí porque a extinção do processo executório
torna-se absolutamente necessária, por tratar-se de disposição obrigatória, podendo inclusive ser
decretada de oficio, como se observa do artigo 61 do Código de Processo penal, que assim determina:
(...)Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-lo
de ofício." (grifos meus) Diz a jurisprudência sedimentada do Supremo Tribunal Federal sobre a prescrição
da pretensão executória: (...)Ementa: PENAL. PROCESSUAL PENAL. CRIME DE TRÂNSITO.
SENTENÇA CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO. CUMPRIMENTO DA PENA NÃO INICIADO
E AUSÊNCIA DE NOVOS MARCOS INTERRUPTIVOS. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA
DA PENA. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. 1. A prescrição regula-se pela pena aplicada depois de
proferida a sentença condenatória, sendo que, cuidando-se de execução da pena, o lapso prescricional flui
do dia em que transita em julgado para a acusação, conforme previsto no artigo 112, combinado com o
artigo 110 do Código Penal. 2. In casu, o agente foi condenado à pena de sete meses de detenção e,
decorridos mais de dois anos do trânsito em julgado da sentença para a acusação e defesa, não se deu
início à execução da pena nem se apontou a existência de causa interruptiva da prescrição executória da
pena. Extinção da punibilidade em virtude da superveniente prescrição da pretensão executória do Estado,
nos termos do artigo 112, inciso I, do Código Penal. 3. Ordem de habeas corpus concedida.(...) (HC
110.133, Rel. Min. Luiz Fux, DJ 19.4.2012) (grifos meus) (...)PENAL. PROCESSUAL PENAL. HABEAS
CORPUS. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA. CP, ART. 110, CAPUT, C/C O ART. 112, I. I. -
Pena de 5 (cinco) meses de detenção: prescrição em 2 (dois) anos (CP, art. 109, VI). A prescrição da
pretensão executória iniciou-se na data do trânsito em julgado para a acusação (28.02.94). Como ainda
não teve início o cumprimento da pena - a causa interruptiva (CP, art. 117, V) - ocorreu a prescrição da
pretensão executória. II. - H.C. Deferido.(...) (Habeas Corpus n. 74.141, Relator Ministro Carlos Velloso,
Segunda Turma, DJ 31.10.1996) (grifos meus). Assim, obrigatoriamente, sou forçada a reconhecer a
prescrição da pretensão executória, com declaração da extinção punitiva Estatal em relação ao réu
RAIMUNDO PAULO MESQUITA DE ARAUJO. CONCLUSÃO Pelos motivos supra expostos, diante do
tempo decorrido desde o trânsito em julgado da sentença condenatória para o Ministério Público, operou-
se a prescrição da pretensão executória do Estado, nos termos do artigo 61 do CPP, e artigos 107, IV,
109, IV, 110 e 112, I, 117,V, todos do Código Penal, IMPONDO-SE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE do
condenado RAIMUNDO PAULO MESQUITA DE ARAUJO, O QUE DECRETO, POR SENTENÇA, com
esteio nas disposições legais já referidas. DISPOSIÇÕES FINAIS Levando-se em conta a decretação da
prescrição e a consequente extinção da punibilidade do acusado RAIMUNDO PAULO MESQUITA DE
ARAUJO, caso haja PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA, e com sustentáculo legal no artigo 316 do
CPP, REVOGO A PRISÃO, determinando expedição de ofício, a quem de direito, em especial autoridade
policial competente, informando a presente decisão, sustando os efeitos do mandado segregatório
anteriormente encaminhado aos entes públicos, com baixa no banco de cadastro de prisões do CNJ. A
fiança é agregada ao processo a fim de, eventualmente, o réu, quando condenado, pagar custas e as
despesas processuais e também a indenização material do ofendido. Em caso de extinção da punibilidade
pela prescrição, não há condenação, cessando o poder de processar do Estado. Deve, pois, ser restituído
o valor da fiança. Em sendo assim, determino que a fiança, caso exista, deve ser reavida pelo réu, com
correção monetária, ordenando a restituição da fiança recolhida em Juízo, devendo o réu ser intimado
para tanto. Caso o réu não compareça em Juízo, intime-se o causídico que o defende, se constituído, para
receber os valores depositados a título de fiança. Em não comparecendo o réu ou seu patrono constituído
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em juízo com a finalidade de reaver a fiança, o valor deve ser recolhido ao fundo penitenciário, na forma
da lei, conforme os artigos 336 e 345 do CPP. Promovo o confisco e para tanto declaro a perda, em favor
da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé, das coisas apreendidas cujo fabrico,
alienação, uso, porte ou detenção forem proibidos, de acordo com o estabelecido no artigo 91, incisos I e
II, letra "a" e "b", do CPB, devendo as armas brancas ser destinadas a destruição e as armas de fogo e
munições eventualmente apreendidas serem encaminhadas ao Exército Brasileiro, conforme dispõe o
artigo 25, da Lei nº.10.826/2003, se for o caso. As coisas apreendidas cujo fabrico, alienação, uso, porte
ou detenção forem permitidos, se não reclamadas no prazo de 90 (noventa) dias após o trânsito em
julgado desta sentença, serão vendidas em leilão, depositando-se o valor arrecadado em conta bancária à
disposição do Juízo de Ausentes, nos termos do comando legal do artigo 123, do CPP, ressalvados os
direitos de terceiros de boa-fé. Publique-se, na íntegra, a presente sentença no Diário de Justiça do
Estado do Pará, conforme o comando legal do artigo 387, inciso VI, do Código de Processo Penal. Intime-
se o réu e seu defensor da presente sentença. Intime-se o Promotor de Justiça. Após as providências
legais necessárias e demais comunicações de estilo, e em não havendo interposição de recursos
voluntários pelas partes, ARQUIVEM-SE os autos. Sem custas. Belém - PA., 07 de Janeiro de 2019.
BLENDA NERY RIGON CARDOSO Juíza de Direito Respondendo pela 3ª Vara Criminal do Juízo Singular
de Belém - PA
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diligência para intimação da vítima VITORIA RIBEIRO PALMEIRA a fim de que compareça à audiência de
instrução e julgamento outrora designada, fornecendo, para tanto, endereço atualizado, uma vez que a
pessoa a ser intimada não reside mais no endereço indicado anteriormente, conforme certifica o Oficial de
Justiça. Assim: I) Determino a intimação pessoal da vítima em referência, no novo endereço indicado, para
que compareça a este Juízo no dia 12/03/2019 às 11 horas e 30 minutos, a fim de participar da audiência
de instrução e julgamento designada. Deve a vítima ser advertida de que, caso não compareça ao ato sem
motivo justo, será conduzida coercitivamente (art. 201, § 1º, do CPP / art. 218 do CPP), além da
possibilidade de incorrer em multa, crime por desobediência e custas da diligência (art. 219 do CPP). II)
Determino, ainda, que o cumprimento da diligência se dê em regime de urgência, de modo a assegurar a
realização da audiência designada, nos termos do § 1º do art. 6º do Provimento Conjunto n. 002/2015,
tendo em conta o exíguo espaço de tempo. III) Consigno que, conforme art. 797 do CPP, para efetivação
do contato direto e pessoal com a pessoa a ser intimada, a diligência intimatória poderá ser realizada em
qualquer horário, inclusive aos domingos e dias feriados, observado, evidentemente, o art. 5º, inciso XI, da
Constituição Federal. Serve o presente despacho como MANDADO(S) DE INTIMAÇÃO, anexando-se
cópia de documento com a indicação do endereço da diligência. Belém (PA), 20 de fevereiro de 2019.
Altemar da Silva Paes JUIZ DE DIREITO 4ª Vara Criminal PROCESSO: 00142804320188140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALTEMAR DA SILVA
PAES Ação: Procedimento Especial da Lei Antitóxicos em: 20/02/2019 VITIMA:O. E.
DENUNCIADO:VICTOR HUGO BARROS FERREIRA DENUNCIANTE:MINISTERIO PUBLICO
ESTADUAL. Processo nº 0014280-43.2018.8.14.0401 R. Hoje. Notifique-se o denunciado VICTOR HUGO
BARROS FERREIRA para ofertar resposta escrita através de advogado ou Defensor Público, no prazo de
10 (dez) dias, conforme dispõe o artigo 55 da Lei nº 11.343/06, cientificando-lhe que na resposta poderá
arguir preliminares e alegar tudo o que interesse a sua defesa, oferecer documentos e justificações,
especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas com sua qualificação completa com endereço
para a devida intimação das mesmas ou comprometer-se a trazê-las independente de notificação. Não
apresentada respostas no prazo legal ou se o acusado notificado não constituir advogado, nomeio
automaticamente o Defensor Público vinculado a esta Vara para oferecê-la e atuar na defesa do
denunciado no presente processo, concedendo-lhe vista dos autos por dez dias (art. 396 § 2º, CPP). Int.
Belém (PA), 20 de fevereiro de 2019. Dr. Altemar da Silva Paes. Juiz de Direito Titular da 4ª Vara Penal do
Juízo Singular da Capital. (np) PROCESSO: 00295925920188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALTEMAR DA SILVA PAES Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 20/02/2019 VITIMA:R. D. M. VITIMA:S. C. A. VITIMA:S. R. S. C.
DENUNCIADO:SIDNEY HEITOR SANTANA DOS SANTOS Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA
PUBLICA (DEFENSOR) DENUNCIANTE:MINISTERIO PUBLICO ESTADUAL . Processo nº 0029592-
59.2018.814.0401 R. Hoje. 1. Considerando os argumentos da resposta escrita inicial, formulado pelo
Defensor Público do denunciado SIDNEY HEITOR SANTANA DOS SANTOS, à fl. 98-99, observa-se que
a peça acusatória descreve conduta típica, antijurídica e culpável, contendo em si todos os elementos
necessários a possibilitar ao acusado seu direito de ampla defesa. Não foram demonstrados nos
argumentos expostos na resposta escrita inicial elementos probatórios veementes, que possam ensejar e
fundamentar uma sentença de absolvição sumária, estando demonstrada nos autos a necessidade da
instrução processual criminal para a devida análise probatória, decorrente da peça acusatória e dos fatos
narrados nos autos policiais (Auto de Prisão em Flagrante Delito e Inquérito Policial). Assim, não sendo o
caso de absolvição sumária por não se encontrar caracterizada no caso em comento nenhuma das
hipóteses delineadas no artigo 397 do CPP, designo AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO,
prevista no art. 400 do CPP, para o dia 18 de março de 2019, às 11h30. Na referida audiência proceder-
se-á à tomada de declarações do ofendido, se for o caso, à inquirição das testemunhas arroladas pela
acusação e pela defesa, que ainda não tenham sido ouvidas ou desistida pelas partes, bem como os
demais atos previstos no referido artigo, caso sejam necessários no presente processo, interrogando-se
em seguida o acusado. Procedam-se as intimações do acusado, de seu Defensor ou advogado, do
Ministério Público e do assistente de acusação, se for o caso, e das testemunhas devidamente arroladas.
Proceda-se, ainda, a Secretaria do juízo, as expedições de ofícios, Cartas Precatórias, Mandados de
Condução Coercitiva e demais providências indispensáveis e necessárias para a realização da audiência,
com observância das formalidades legais. 2. Considerando o Provimento Conjunto nº 002/2015-
CJRMB/CJCI, de 22/01/2015, das Corregedorias de Justiça do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do
Pará, observa-se que em seu art. 9º, inciso III, estipula o prazo mínimo de 40 (quarenta) dias para
cumprimento dos mandados judiciais referentes às diligências necessárias para a realização das
audiências de Instrução e Julgamento. Entretanto, no mesmo Provimento, em seu art. 6º, § 1º, estipula o
cumprimento de "medidas urgentes" durante o expediente normal da unidade judiciária, entendendo-se
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
como "medidas urgentes" os mandados de regime de urgência, entre eles depreende-se da interpretação
do texto normativo, o cumprimento dos mandados judiciais de réus presos, eis que a não realização de
audiências com datas próximas de autos de réus encarcerados viola os princípios constitucionais da
razoável duração do processo (art. 5º, inciso LXXVIII), proporcionalidade e, até, o princípio da presunção
de inocência (art. 5º LVII). Em face do exposto, determino o cumprimento das diligências para a realização
da audiência na data acima designada, DEVENDO, AINDA, A DILIGÊNCIA SER CUMPRIDA POR
OFICIAL DE JUSTIÇA NO PLANTÃO DO FÓRUM CRIMINAL, CASO SEJA NECESSÁRIO PARA O
DEVIDO CUMPRIMENTO CÉLERE DA AUDIÊNCIA DESIGNADA, por entender como "medida urgente" e
necessária para os autos. Belém (PA), 20 de fevereiro de 2019. Dr. Altemar da Silva Paes. Juiz de Direito
da 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (jm) PROCESSO: 00006776320198140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA
Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 DENUNCIADO:CRISTIANO BRAGA MATOS
DENUNCIADO:CINTIA ROBERTA SILVA DA SILVA VITIMA:C. T. M. U. B. DENUNCIANTE:MINISTERIO
PUBLICO ESTADUAL. Processo nº 0000677-63.2019.8.14.0401 Vistos. 1. Recebo a denúncia por
preencher os requisitos de admissibilidade insculpidos na legislação em vigor, descrevendo em tese fato
delituoso imputado aos acusados CRISTIANO BRAGA MATOS e CINTIA ROBERTA SILVA DA SILVA. 2.
Procedam-se as diligencias necessárias para a citação dos réus com objetivo de que ofereça resposta
escrita através de advogado ou Defensor Público, no prazo de 10 (dez) dias, conforme dispõe o artigo 396
do CPP, com nova redação dada pela Lei nº 11.719/08, cientificando-lhes que, na resposta poderão arguir
preliminares e alegar tudo o que interesse as suas defesas, oferecer documentos e justificações,
especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas com sua qualificação completa com endereço
para a devida intimação das mesmas ou comprometer-se a trazê-las independente de notificação. 2.1
Caso os acusados não sejam localizados em estabelecimento prisional ou no endereço dos autos,
procedam-se diligências junto ao TRE e a Receita Federal no sentido de se tentar localizar o endereço do
denunciado que por ventura não seja citado, procedendo automaticamente nova diligência de citação dos
denunciados. 2.2. Em caso de não ser possível o cumprimento do item anterior, cite-se os acusados por
edital, com prazo dilatório de 15 (quinze) dias (art. 361, CPP), para ofertar resposta escrita através de
advogado ou Defensor Público, no prazo de 10 (dez) dias, conforme dispõe o artigo 396 do CPP,
cientificando-lhes que, nas respostas poderão arguir preliminares e alegar tudo o que interesse as suas
defesas, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas
com sua qualificação completa com endereço para a devida intimação da mesma ou comprometer-se a
trazê-las independente de notificação. 3. Não apresentada resposta no prazo legal ou se os acusados
citados não constituir advogado, nomeio o Defensor Público vinculado a esta Vara, para oferecê-la na
defesa dos denunciados no presente processo, concedendo-lhe vista dos autos por dez dias (art. 396 2º
CPP). Caso os réus citados requeiram a assistência da Defensoria Pública, fica desde já nomeado o
referido Defensor por este juízo. 4. Após o oferecimento de resposta pelo Defensor dos réus e do
cumprimento das diligências necessárias dos itens acima, voltem os autos conclusos para análise de
eventual absolvição sumária, nos termos do artigo 397 do CPP e demais fins de direito. Int. Cumpra-se.
Belém (PA), 20 de fevereiro de 2019. Dra. Maria de Fatima Alves da Silva Juíza de Direito Auxiliando a 4ª
Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (np) PROCESSO: 00012167320128140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA
Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:ALBERTO
SALOMAO JUNIOR AUTORIDADE POLICIAL:ANTONIO MARIA MARCAL AMERICODPC. Processo nº
0001216-73.2012.8.14.0401 Vistos Considerando a análise dos presentes autos e observando o petitório
de fls. 153/154, determino que se encaminhe os presentes ao representante do Ministério Público, para
que se manifeste sobre uma possível prescrição retroativa e demais fins de direito. Após parecer
ministerial, voltem-me conclusos. Belém (PA), 21 de fevereiro de 2019. Dra. Maria de Fatima Alves da
Silva Juíza de Direito Auxiliando a 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (np) PROCESSO:
00015012220198140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA Ação: Procedimento Especial da Lei Antitóxicos em: 21/02/2019
VITIMA:O. E. DENUNCIADO:JONATHAN VINICIUS MACIEL DA SILVA DENUNCIADO:MARCUS LUAN
VIEIRA DIAS Representante(s): OAB 7829 - NEY GONCALVES DE MENDONCA JUNIOR (ADVOGADO)
OAB 25293 - RICARDO AUGUSTO MINAS DA SILVA (ADVOGADO) DENUNCIADO:MARCIO ANDRE
LOPES FERREIRA DENUNCIADO:DIEGO PINHEIRO NORONHA DENUNCIANTE:MINISTERIO
PUBLICO ESTADUAL. Processo nº 0001501-22.2019.814.0401 Vistos. Trata-se de pedido de revogação
de prisão preventiva, formulado às fls. 179-187, pela defesa de JONATHAN VINICIUS MACIEL DA SILVA,
acusado, em companhia de outros denunciados, do crime de Tráfico de Substâncias Entorpecentes (art.
33, caput, da Lei n. 11.343/2006). A representante do Ministério Público se manifestou contrária ao pedido
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de revogação da prisão do requerente JONATHAN VINICIUS MACIEL DA SILVA, às fls. 206-207, por
entender a necessidade de garantia de ordem pública, prova da existência do crime, indícios de autoria,
entre outros argumentos. Brevemente relatado. Decido. Sabe-se que, indiscutivelmente, no processo
penal pátrio vige a regra de que a prisão de caráter processual é a exceção, só podendo ser decretada ou
mantida quando houver razões suficientes para sua concretização. Nesse contexto, observa-se que para
subsistir a prisão cautelar, mister se faz que estejam presentes os pressupostos e um dos requisitos da
prisão preventiva. Os pressupostos, também chamados de fumus comissi delict, a prova da existência do
crime e indícios suficientes de autoria, sem dúvida alguma, constam dos autos pelos elementos de
convicção colhidos no Inquérito Policial, uma vez que as testemunhas policiais reconheceram o acusado
na esfera policial, prendendo-o em flagrante. A segregação cautelar do acusado é imprescindível para a
garantia da ordem pública (CPP, art. 312), em razão da gravidade do crime imputado ao mesmo na peça
acusatória. Narram os autos que o requerente foi preso em flagrante delito, juntamente com outros
denunciados, com 677g (seiscentos e setenta e sete gramas) da substância vulgarmente conhecida como
maconha (Cannabis Sativa L) e, 56g (cinquenta e seis gramas) da substância vulgarmente conhecida
como cocaína (Benzoilmetilecgonina), o que denota mercancia de substância entorpecente. Diante da
gravidade dos fatos, da considerável quantidade de droga areendida, verifica-se a necessidade da
manutenção da medida cautelar para garantir a ordem pública. A medida incide também como forma de
acautelar o meio social e preservar a credibilidade da justiça, pois a adoção das medidas previstas em lei
diminuirá a sensação de impunidade junto à população e aos infratores, estimulando a redução dos
índices de cometimento de infrações penais. Nesse entendimento: STF - Incidência do [...] art. 312 do CPP
[...] possibilidade de prisão preventiva [...] em virtude da necessidade de preservar-se [...] a ordem pública
ante a atuação profícua de instituições -- a Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário (STF, HC
102732/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 4.3.2010 - Informativo STF nº 577/2010). Tem decidido a mais recente
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça que: a preservação da ordem pública não se restringe às
medidas preventivas da irrupção de conflitos e tumultos, mas abrange também a promoção daquelas
providências de resguardo à integridade das instituições, à sua credibilidade social e ao aumento da
confiança da população nos mecanismos oficiais de repressão às diversas formas de delinquência (HC
91.926/SP, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Quinta Turma, julgado em 21/10/2008, DJe
09/12/2008.). Ademais, condições favoráveis, tais como bons antecedentes, primariedade, ocupação lícita
e residência fixa no distrito da culpa, por si sós, não têm o condão de garantir ao acusado a revogação da
prisão preventiva se há, nos autos, elementos hábeis a recomendar a manutenção da custódia cautelar.
STJ, HC 125.059-GO, Rel. originária Min. Laurita Vaz, rel. para acórdão Min. Felix Fischer, j. 16.6.2009
(Informativo STJ nº 399/2009). Naquele sentido: "A circunstância de o paciente ser primário e ter bons
antecedentes, à evidência, não se mostra obstáculo ao decreto de prisão preventiva, desde que presentes
os pressupostos e condições previstas no art. 312, do CPP" (STF, HC nº 83.868-AM, rel. para o acórdão.
Min. Ellen Gracie - Informativo STF nº 542/2009). Ainda: "condições subjetivas favoráveis do paciente não
obstam a segregação cautelar" (STF, HC nº 104.087-RO, rel. Min. Ricardo Lewandowski - Informativo STF
nº 610/2010). À propósito, ainda nesse entendimento, colaciono jurisprudências: A Constituição Federal,
não paira dúvida, tem como regra geral ficar-se em liberdade, enquanto se aguarda o desenrolar do
processo penal. Todo cidadão é inocente, até que seja irremediavelmente condenado (CF, art. 5º, LVII). É
que o preso, por sofrer restrição em sua liberdade de locomoção, não deixa de ter o direito de ampla
defesa diminuído. Mas por outro lado, pode estar em jogo valor que também deve ser protegido para
apuração da verdade real. Daí a mesma Constituição permitir a prisão em circunstâncias excepcionais.
Por tal motivo, mesmo o primário e de bons antecedentes pode ser preso sem nenhum arranhão aos
princípios constitucionais. (STJ, 6ª T., RHC 3.715-6/MG, rel. Min. Adhemar Maciel, RSTJ, 11/690).
Evidenciada a gravidade dos delitos e as circunstâncias em que foram praticados, roubos duplamente
qualificados, praticados em coautoria e com emprego de arma, não há como se afastar a decretação da
prisão preventiva, ainda que o acusado seja primário, possua residência fixa, vínculo empregatício e não
tem antecedentes. (TJMT, RT 775/650). A inegável periculosidade do paciente, realçada pela forma de
execução do delito e pela possibilidade de nova fuga do distrito da culpa, impõe a manutenção da prisão
preventiva como forma de garantia da ordem pública e da aplicação da Lei Penal. Ordem denegada.
Unânime. Denegar a ordem à unanimidade. (TJDF - HBC 20010020056762 - 1ª T.Crim. - Rel. Des. Otávio
Augusto - DJU 06.02.2002 - p. 56). Soma-se a argumentação que não foram juntados nos autos novos
fatos que afastem os requisitos da prisão preventiva, havendo indícios nos autos de conduta voltada a
prática delitiva, possuindo ainda o requerente antecedentes criminais. Outrossim, destaca-se que os autos
estão com tramitação regular, aguardando a notificação dos denunciados e a apresentação de respostas
escritas iniciais. Diante do exposto, acompanho o parecer ministerial e INDEFIRO o pedido, formulado em
favor do requerente JONATHAN VINICIUS MACIEL DA SILVA. Belém (PA), 20 de fevereiro de 2019. Dra.
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Maria de Fatima Alves da Silva Juíza de Direito Auxiliando a 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital.
(jm) PROCESSO: 00015099620198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA Ação:
Procedimento Comum em: 21/02/2019 VITIMA:A. N. F. DENUNCIADO:MARCIO ROBERTO PANTOJA DE
ALMEIDA Representante(s): OAB 22317 - THUFI ALBUQUERQUE DA COSTA SARE (ADVOGADO)
DENUNCIANTE:MINISTERIO PUBLICO ESTADUAL. Processo nº 0001509-96.2019.814.0401 R. Hoje. 1.
Compulsando os autos, observa-se que a certidão de fl. 88, proveniente da Superintendência do Sistema
Penal, reporta que não dado cumprimento ao Alvará de Soltura do acusado MARCIO ROBERTO
PANTOJA DE ALMEIDA, em face da divergência de nomes, uma vez que no teor do documento de Alvará
de Soltura, foi denominado Marcio Roberto Pantoja Cavalcante. Verifica-se, ainda, que ocorreu equívoco,
erro material na decisão de fls. 87-87v, pois o réu foi erroneamente denominado como Marcio Roberto
Pantoja Cavalcante. Considerando a análise dos autos e o teor da decisão de fls. 87-87v, onde foi
revogada a prisão cautelar do réu, razão pelo qual determino, que a secretaria deste juízo expeça o
competente Alvará de Soltura em favor denunciado, com base na fundamentação da referida decisão,
retificando o nome de Marcio Roberto Pantoja Cavalcante, para MARCIO ROBERTO PANTOJA DE
ALMEIDA, com a qualificação completa nos autos, devendo, ainda, a Secretaria informar a SUSIPE a
retificação do Alvará anterior, de nº 2019.00639143-77, em face do exposto. 2. Cumpra-se os itens 2 a 4
da decisão de fls. 82 dos autos. Belém (PA), 21 de fevereiro de 2019. Dra. Maria de Fatima Alves da Silva
Juíza de Direito Auxiliando a 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (jm) PROCESSO:
00016632220168140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ALTEMAR DA SILVA PAES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019
DENUNCIADO:PAULO HENRIQUE SIQUEIRA SILVA DENUNCIADO:ROBERTO YURI SILVA DE
ARAUJO Representante(s): OAB 4472 - LUIZ CARLOS CORREIA (ADVOGADO) DENUNCIADO:HIGOR
LANDEIRA DE MENEZES VITIMA:T. E. B. C. . Processo nº 0001663-22.2016.814.0401 R. Hoje. Intime-se
o senhor advogado ÁLVARO AUGUSTO DE PAULA VILHENA, OAB/PA 4.771, para que junte a
procuração de outorga de poderes no prazo de 05 (cinco) dias para proceder na defesa do acusado
ROBERTO YURI SILVA DE ARAUJO. Após, conclusos. Belém (PA), 20 de fevereiro de 2019. Dra. Maria
de Fatima Alves da Silva Juíza de Direito Auxiliando a 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (np)
PROCESSO: 00017403620138140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 DENUNCIADO:ALYSSON QUARESMA DOS SANTOS
Representante(s): OAB 17854 - MARTHA PANTOJA ASSUNCAO (ADVOGADO) VITIMA:A. S. C.
AUTORIDADE POLICIAL:ANTONIO MARIA MARCAL AMERICODPC. Processo nº 0001740-
36.2013.8.14.0401 Vistos Considerando a análise dos presentes autos e observando o Oficio n°
0193/2019 de fls 146/147, determino que se encaminhe os presentes ao representante do Ministério
Público, para que se manifeste sobre uma possível decretação de prisão preventiva em desfavor do
acusado ALYSSON QUARESMA DOS SANTOS e demais fins de direito. Após parecer ministerial, voltem-
me conclusos. Belém (PA), 21 de fevereiro de 2019. Dra. Maria de Fatima Alves da Silva Juíza de Direito
Auxiliando a 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (np) PROCESSO: 00019152020198140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIA DE FATIMA
ALVES DA SILVA Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 DENUNCIADO:EDSON
SILVA DA SILVA DENUNCIADO:RAYSSA SAMARA GOMES GONCALVES VITIMA:B. P. R. VITIMA:L. S.
P. VITIMA:E. R. G. . Processo nº 0001915-20.2019.814.0401 Vistos. 1. Recebo a denúncia por preencher
os requisitos de admissibilidade insculpidos na legislação em vigor, descrevendo em tese fato delituoso
imputado aos acusados EDSON SILVA DA SILVA e RAYSSA SAMARA GOMES GONÇALVES. 2.
Procedam-se as diligencias necessárias para as citações dos réus com objetivo de que ofereçam
respostas escritas através de advogado ou Defensor Público, no prazo de 10 (dez) dias, conforme dispõe
o artigo 396 do CPP, com nova redação dada pela Lei nº 11.719/08, cientificando-lhes que, nas respostas
poderão arguir preliminares e alegarem tudo o que interesse as suas defesas, oferecerem documentos e
justificações, especificarem as provas pretendidas e arrolarem testemunhas com sua qualificação
completa com endereço para a devida intimação das mesmas ou comprometerem-se a trazê-las
independente de notificação. 2.1 Caso os acusados não sejam localizados em estabelecimento prisional
ou nos endereços dos autos, procedam-se diligências junto ao TRE e a Receita Federal no sentido de se
tentar localizar o endereço dos denunciados que por ventura não sejam citados, procedendo
automaticamente nova diligência de citação dos denunciados. 2.2. Em caso de não ser possível o
cumprimento do item anterior, cite-se o acusado por edital, com prazo dilatório de 15 (quinze) dias (art.
361, CPP), para ofertar resposta escrita através de advogado ou Defensor Público, no prazo de 10 (dez)
dias, conforme dispõe o artigo 396 do CPP, cientificando-lhe que, na resposta poderá arguir preliminares e
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alegar tudo o que interesse a sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas
pretendidas e arrolar testemunhas com sua qualificação completa com endereço para a devida intimação
da mesma ou comprometer-se a trazê-las independente de notificação. 3. Não apresentada respostas no
prazo legal ou se os acusados citados não constituírem advogados, nomeio o Defensor Público vinculado
a esta Vara, para oferecê-la na defesa dos denunciados no presente processo, concedendo-lhe vista dos
autos por dez dias (art. 396 2º, CPP). Caso o réu citado requeira a assistência da Defensoria Pública, fica
desde já nomeado o referido Defensor por este juízo. 4. Após o oferecimento de resposta pelos
Defensores dos réus e do cumprimento das diligências necessárias dos itens acima, voltem os autos
conclusos para análise de eventual absolvição sumária, nos termos do artigo 397 do CPP e demais fins de
direito. Belém (PA), 20 de fevereiro de 2019. Dra. Maria de Fatima Alves da Silva Juíza de Direito
Auxiliando a 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (jm) PROCESSO: 00023708220198140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIA DE FATIMA
ALVES DA SILVA Ação: Inquérito Policial em: 21/02/2019 INDICIADO:EM APURACAO VITIMA:S. M. S.
G. E. S. L. . Inquérito Policial nº 0002370-82.2019.814.0401 Vistos. Trata-se de inquérito policial
instaurado para apurar delito de Receptação (art. 180 do CP). Compulsando o Inquérito Policial, verifica-se
no bojo do relatório que a Autoridade Policial de origem não identificou e qualificou os autores do delito,
deixando de proceder o indiciamento. Encaminhado os autos para análise, o Ministério Público postulou
pelo arquivamento, trilhando entendimento de que não há autoria delitiva delimitada para instauração da
ação penal, pois é desconhecida. Vieram conclusos. Relatei. Decido. A titularidade da ação penal é do
Ministério Público. Assim o disposto no art. 100 do Código Penal e o artigo 24 do Código de Processo
Penal. Nesse sentido, tendo o Ministério Público avaliado os autos do inquérito e requerido o seu
arquivamento, e não sendo o caso (como efetivamente não é o dos autos) de desídia, ou de má apuração
dos elementos do inquérito, cumpre o acatamento do requerimento do Ministério Público e a determinação
de arquivamento. Assim o disposto no artigo 28 do Código de Processo Penal. Assim sendo, a
representante do Parquet, opinou pelo arquivamento dos autos por se mostrar impossibilitado de proceder
a Ação Penal, em razão de ser autoria do crime desconhecida, não estando delimitada. Ensina
TOURINHO FILHO (Prática de Processo Penal, p. 78), que: Recebendo os autos de inquérito, pode, como
vimos, o Promotor de Justiça requerer o seu arquivamento. E assim procede quando: a) o fato é atípico; b)
a autoria é desconhecida; c) não há prova razoável do fato ou de sua autoria. Ante o exposto, nos termos
do art. 28 do Código de Processo Penal e súmula 524 do STF, determino o ARQUIVAMENTO destes
autos de Inquérito Policial, com as devidas cautelas legais, até que surjam novas provas que possibilitem a
denúncia. P.R.I. Após, arquivem-se os autos. Belém, 21 de fevereiro de 2019. Dra. Maria de Fatima Alves
da Silva Juíza de Direito Auxiliando a 4ª Vara Penal do juízo Singular da Capital (np) PROCESSO:
00030004120198140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019
VITIMA:G. S. Q. DENUNCIADO:SILVIO MACIEL SANTIAGO Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA
PUBLICA (DEFENSOR) . Processo nº 0003000-41.2019.814.0401 Vistos. 1. Recebo a denúncia por
preencher os requisitos de admissibilidade insculpidos na legislação em vigor, descrevendo em tese fato
delituoso imputado ao acusado SILVIO MACIEL SANTIAGO. 2. Procedam-se as diligencias necessárias
para a citação do réu com objetivo de que ofereça resposta escrita através de advogado ou Defensor
Público, no prazo de 10 (dez) dias, conforme dispõe o artigo 396 do CPP, com nova redação dada pela Lei
nº 11.719/08, cientificando-lhe que, na resposta poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse a
sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas
com sua qualificação completa com endereço para a devida intimação das mesmas ou comprometer-se a
trazê-las independente de notificação. 2.1 Caso o acusado não seja localizado em estabelecimento
prisional ou no endereço dos autos, procedam-se diligências junto ao TRE e a Receita Federal no sentido
de se tentar localizar o endereço do denunciado que por ventura não seja citado, procedendo
automaticamente nova diligência de citação do denunciado. 2.2. Em caso de não ser possível o
cumprimento do item anterior, cite-se o acusado por edital, com prazo dilatório de 15 (quinze) dias (art.
361, CPP), para ofertar resposta escrita através de advogado ou Defensor Público, no prazo de 10 (dez)
dias, conforme dispõe o artigo 396 do CPP, cientificando-lhe que, na resposta poderá arguir preliminares e
alegar tudo o que interesse a sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas
pretendidas e arrolar testemunhas com sua qualificação completa com endereço para a devida intimação
da mesma ou comprometer-se a trazê-las independente de notificação. 3. Não apresentada resposta no
prazo legal ou se o acusado citado não constituir advogado, nomeio o Defensor Público vinculado a esta
Vara, para oferecê-la na defesa da denunciada no presente processo, concedendo-lhe vista dos autos por
dez dias (art. 396 2º, CPP). Caso o réu citada requeira a assistência da Defensoria Pública, fica desde já
nomeado o referido Defensor por este juízo. 4. Após o oferecimento de resposta pelo Defensor do réu e do
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cumprimento das diligências necessárias dos itens acima, voltem os autos conclusos para análise de
eventual absolvição sumária, nos termos do artigo 397 do CPP e demais fins de direito. Int. Cumpra-se.
Belém (PA), 21 de fevereiro de 2019. Dra. Maria de Fatima Alves da Silva Juíza de Direito Auxiliando a 4ª
Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (jm) PROCESSO: 00030236620108140401 PROCESSO
ANTIGO: 201020116790 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIA DE FATIMA
ALVES DA SILVA Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 VITIMA:V. M. I.
DENUNCIADO:ALAN SENA DA SILVA Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA
(ADVOGADO) VITIMA:L. K. S. O. VITIMA:E. B. Q. VITIMA:R. L. C. DENUNCIANTE:MINISTERIO
PUBLICO ESTADUAL . Processo nº 0003023-66.2010.814.0401 R. H. Em face da análise dos autos,
encaminhem-se os presentes ao representante do Ministério Público, para que se manifeste sobre a não
localização do endereço e intimação do acusado ALAN SENA DA SILVA, para as audiências de instrução
e julgamento anteriormente designadas e, assim como as testemunhas ausentes as audiências. Após
manifestação ministerial, voltem-me conclusos. Cumpra-se. Belém (PA), 20 de fevereiro de 2019. Dra.
Maria de Fatima Alves da Silva Juíza de Direito Auxiliando a 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital.
(jm) PROCESSO: 00034895620058140401 PROCESSO ANTIGO: 200520087740
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 DENUNCIADO:ISABEL BRABO FERNANDES
Representante(s): OAB 8419 - FRANCISCO LINDOLFO COELHO DOS SANTOS (ADVOGADO)
VITIMA:J. C. L. C. . PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ COMARCA
DE BELÉM 4ª VARA PENAL DO JUÍZO SINGULAR PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DO PARÁ COMARCA DE BELÉM 4ª VARA PENAL DO JUÍZO SINGULAR PROCESSO Nº
0003489-56.2005.8.14.0401 AÇÃO: LESÃO CORPORAL (ARTS. 129, §1°, INCISO I DO CPB). AUTOR: A
JUSTIÇA PÚBLICA. ACUSADA: ISABEL BRABO FERNANDES Vistos. SENTENÇA. EMENTA: PENAL E
PROCESSUAL PENAL - CRIME CONTRA A PESSOA - LESÃO CORPORAL - Prescrição - Extinção da
punibilidade - Inteligência do art. 107, IV, do CP e do art. 61 do CPP. ISABEL BRABO FERNANDES foi
denunciada pelo Ministério Público em 04.07.2006, como incurso nas sanções punitivas do art. 129, §1°,
inciso I do CPB, tendo em vista que, em resumo, no dia 20 de fevereiro de 2005 a ré surpreendeu a vítima
com 04 (quatro) golpes de faca, sendo 02(dois) facadas nas costas e 02(duas) facadas no rosto do lado
esquerdo da vítima, após o ato delituoso a denunciada evadiu-se do local A denúncia, acompanhada do
inquérito policial e do rol de testemunhas foi recebida em 13.07.2006, à fl.123. Das testemunhas arroladas
na denúncia, foi ouvido ERINALDO DA SILVA CARDOSO (fl.149). Em fase de diligências do artigo 402 do
CPP a defesa requereu a Prescrição Punitiva da ré e o Representante do Ministério Público acompanhou
o requerimento da defesa requerendo a extinção da punibilidade em face da prescrição. É o que importa
relatar. Decido. Imputa-se a ISABEL BRABO FERNANDES a prática do crime de lesão corporal previsto
no artigo 129, § 1°, inciso I do CPB. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o
disposto nos §§ 1º e 2º do art. 110 do Código Penal, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade
cominada ao crime. É o caso destes autos. Consta dos autos que o fato ocorreu em 20.02.2005, sendo
que a denúncia foi recebida em 13 de julho de 2006. Logo, desde o recebimento da peça acusatória, já se
passaram 12 (doze) anos, tendo, assim, indubitavelmente, ocorrido a prescrição da pretensão punitiva do
Estado em relação a crimes imputado a acusada nos autos. A prescrição é a perda do direito de punir do
Estado pelo decurso do tempo. E como se trata de matéria de ordem pública, uma vez se verificando,
deve o magistrado, de ofício, declarar a extinção da punibilidade do réu, nos precisos termos do art. 107,
IV, do CP e do art. 61 do CPP. De fato, o transcurso do tempo possui efeitos relevantes no ordenamento
jurídico, operando nascimento, alteração, transmissão ou perda de direitos. No campo penal, tal decurso
incide sobre a conveniência política de ser mantida a persecução criminal contra o autor de uma infração
ou de ser executada a sanção. In casu, o que se observa é que não há provas de que a lesão seja de
natureza grave, tanto porque não foi feito o exame complementar para se analisar a extensão da
gravidade, como porque não houve depoimento da vítima. Ademais, em se tratando da prescrição da
pretensão punitiva, é inegável que o decurso do tempo enfraquece ou faz mesmo as provas
desaparecerem, de modo que a sentença que viria a ser proferida não mais atenderia aos interesses da
Justiça, por não corresponder à verdade do fato criminoso. Finalmente, seria inadmissível que alguém
ficasse ad eternum sob a ameaça de uma ação penal ou sujeito indefinidamente aos seus efeitos,
pesando sobre ele a pecha interminável da suspeita. Sobre o instituto da prescrição, ensina-nos Aníbal
Bruno: "Poder-se-ia alegar para justificá-la que nem a razão, nem a humanidade, nem mesmo o interesse
social, tornariam admissível deixar pesar sobre o criminoso indefinidamente a ameaça do processo ou da
execução da pena. Mas há dois motivos que realmente concorrem para legitimá-la, um de Direito Penal,
que é haver desaparecido o interesse do Estado em punir, outro de ordem processual, aplicável à
prescrição anterior à sentença condenatória, que é a dificuldade de coligir provas que possibilitem uma
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justa apreciação do delito cometido" (Direito Penal, 1967, t. 3, p. 210/211). Assim, a conclusão a que se
chega é a de que o decurso do tempo torna sem sentido a imposição da sanção penal, seja esta
concebida como instrumento a serviço da segurança jurídica (teoria da prevenção geral), seja ela
idealizada com o objetivo de defesa social (teoria da prevenção especial). Isto posto, restando evidenciada
a ocorrência da prescrição da pretensão punitiva do Estado, com fulcro no art. 107, IV, art. 109, incisos V e
VI, todos do CP, c/c art. 61 § único do CPP, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE do crime de Lesão
Corporal ( art. 129, §1°, inciso I do CP), imputado a ISABEL BRABO FERNANDES. P.R.I.C. Após o
trânsito em julgado e feitas as necessárias anotações e comunicações, arquivem-se. Sem custas. Belém,
20 de fevereiro de 2019. MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA Juiza de Direito Auxiliando a 4ª Vara
Criminal do Juízo Singular da Capital PROCESSO: 00036018120188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 VITIMA:A. C. O. E. DENUNCIADO:CLAUDIO BARROSO
GOMES Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR)
DENUNCIADO:ARLEN JOAO DE ALMEIDA Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO
ESTADO DO PARA (DEFENSOR) DENUNCIADO:RONILSON FAVACHO ALVES Representante(s): OAB
23083 - SANDRO FIGUEIREDO DA COSTA (ADVOGADO) OAB 23727 - FERNANDO PINHEIRO
QUARESMA (ADVOGADO) DENUNCIANTE:MINISTERIO PUBLICO ESTADUAL . Processo nº 0003601-
81.2018.814.0401 R. Hoje. 1. Considerando a análise dos autos, do petitório de fl. 271v, o parecer
ministerial às fls. 273-276 e, observando que os autos estão em fase de alegações finais, manifestar-me-ei
sobre a revogação da prisão preventiva imposta ao réu CLAUDIO BARROSO GOMES após a prolação da
sentença. 2. Encaminhem-se os autos às partes, para que se manifestem sobre as alegações finais. Após
manifestação das partes, voltem-me conclusos. Belém (PA), 21 de fevereiro de 2019. Dra. Maria de
Fatima Alves da Silva Juíza de Direito Auxiliando a 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (jm)
PROCESSO: 00042816620188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA Ação:
Insanidade Mental do Acusado em: 21/02/2019 PACIENTE:LUIZ FERNANDO MATA DE SOUZA
Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (CURADOR) . Processo
nº 0004281-66.2018.814.0401 R. Hoje. Considerando a análise dos presentes autos e observando o
parecer ministerial à fl. 146, verifica-se que o réu LUIZ FERNADO DA MATA é natural da zona rural da
comarca de Bujarú, neste Estado, declarando que após a morte dos pais veio para esta comarca,
tornando-se morador de rua. Constata-se, ainda, que não há registros nos presentes de outros parentes
do réu. Em face ao exposto, nomeio como curador do denunciado, ora paciente LUIZ FERNADO DA
MATA, o Defensor Público Estadual vinculado a este juízo, devendo os presentes autos ser juntados e
arquivados aos autos principais, de nº 0011720-65.2017.8.14.0401, para o devido prosseguimento do
feito. Belém (PA), 21 de fevereiro de 2019. Dra. Maria de Fatima Alves da Silva Juíza de Direito Auxiliando
a 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (jm) PROCESSO: 00045718120188140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA
Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 DENUNCIADO:SHIRLEY FURTADO
MONTEIRO VITIMA:M. C. B. D. DENUNCIANTE:MINISTERIO PUBLICO ESTADUAL . Processo nº
0004571-81.2018.8.14.0401 R. Hoje. 1) Compulsando os autos, observa-se que até a presente data a
denunciada SHIRLEY FURTADO MONTEIRO não foi devidamente citada, em que pese as diligências e
esforços do juízo. Considerando a análise dos presentes, em face do parecer ministerial à fl. 53 e estando
a ré em lugar incerto e não sabido, determino que a denunciada seja CITADO POR EDITAL, com prazo
dilatório de 15 (quinze) dias (art. 361, CPP), para ofertar resposta escrita através de advogado ou
Defensor Público, no prazo de 10 (dez) dias, conforme dispõe o artigo 396 do CPP, cientificando-lhe que,
na resposta poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse a sua defesa, oferecer documentos e
justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas com sua qualificação completa com
endereço para a devida intimação das mesmas ou comprometer-se a trazê-las independente de
notificação. 2) Não apresentada resposta no prazo legal ou se a acusada citada por edital não constituir
advogado, nomeio automaticamente o Defensor Público vinculado a esta Vara para oferecê-la e atuar na
defesa da denunciada no presente processo, concedendo-lhe vista dos autos por dez dias (art. 396 § 2º,
CPP). Cumpra-se com observância das formalidades legais e de estilo. Após, voltem-me conclusos. Belém
(PA), 20 de fevereiro de 2019. Dra. Maria de Fatima Alves da Silva. Juíza de Direito Auxiliando a 4ª Vara
Penal do Juízo Singular da Capital. (np) PROCESSO: 00049058620118140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALTEMAR DA SILVA PAES Ação: Ação Penal -
Procedimento Sumário em: 21/02/2019 DENUNCIADO:IVAM AZEVEDO VITIMA:V. T. S. . Processo
n°0004905-86.2011.8.14.0401 Vistos. Em face da readequação da pauta e do parecer da Defesa,
redesigno a AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO, prevista no art. 400 do CPP, para o dia 11 de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
dos presentes autos, embora reste comprovada a materialidade, tem-se que existem relevantes dúvidas e
incertezas a respeito da autoria delitiva, registrando-se, desde logo, ser caso de absolvição do acusado.
Ressalte-se que, efetivamente, não ficou evidenciado nos autos, diante das provas carreadas, que o
acusado tenha praticado o delito imputado, pois o denunciado não portava substância entorpecente e em
momento algum assumiu ser o possuidor da substância entorpecente encontrada, declinando, desde o
inquérito policial, que o verdadeiro possuidor era uma mulher de nome "Kelly", hipótese que não foi
enfrentada durante as investigações. O acusado, quando foi interrogado perante a autoridade policial,
sustentou sua inocência, ratificando-a durante o interrogatório judicial, afirmando que no dia dos fatos
estava na rua com seu filho quando foi abordado por policiais, mas que consigo foi encontrado somente
um aparelho celular e que, no momento da abordagem, ele recebeu a ligação de uma amiga de nome
"Kelly", a qual perguntou se o policial tinha encontrado o "bagulho" e que, pretendendo colaborar com os
policiais, indicou onde estava e a quem pertencia a substância entorpecente, afirmando ser de propriedade
de Kelly, conforme consta do interrogatório registrado mediante recursos audiovisuais, cujo termo de
audiência encontra-se juntado às fl. 55 a 57. Assim, essa história pode não ser a verdadeira e pode ser
que o denunciado tenha de fato cometido o crime, contudo, cabia à instrução probatória desvelar a
verdade a respeito dos fatos, o que se entende não ter ocorrido no presente processo, pois, conforme
acima já mencionado, as testemunhas que presenciaram os fatos afirmaram que a substância
entorpecente foi encontrada dentro de um cano, tendo o denunciado informado que pertencia a Kelly e
indicado o endereço onde a mesma residia, versão que guarda compatibilidade com aquela narrada pelo
acusado. Desta forma, as declarações prestadas pelas testemunhas durante o inquérito policial não foram
ratificadas de igual forma na instrução processual, não possuindo, portanto, força probante para sustentar
a condenação do denunciado, pois o que existe nos autos são apenas relatos desacompanhados de
qualquer prova contundente de que foi o acusado a autor do delito, pelo que entendo que não ficou
comprovada satisfatória e suficientemente a autoria do acusado na alegada prática delitiva. Registre-se
que as provas coligidas aos autos são tênues, débeis e insuficientes, incapazes de servirem de
sustentáculo a uma decisão negativa em desfavor do acusado, não se podendo, por conseguinte, ter-se
absoluta certeza a respeito da autoria delitiva, condição básica exigida para um decreto condenatório,
razão pela qual se impõe a absolvição do acusado, conforme requerido pela Defesa. Com efeito, saliente-
se que o nosso ordenamento jurídico penal busca acima de tudo a busca da verdade real sobre os fatos.
Diante de um mar de incertezas e dúvidas não seria justo nem legal ter uma decisão condenatória
arrimada em provas que não sejam concretas, concludentes, elucidativas e suficientes. A situação fática,
em que pese o esforço da Promotora de Justiça, não ficou satisfatoriamente comprovada, não havendo,
pois, elementos embasadores para a condenação do acusado ou mesmo para a desclassificação para o
art. 28 da Lei nº 10.340/2006, posto que o denunciado tanto perante a autoridade policial como em juízo
registrou não ser usuário de substância entorpecente. Destarte, conforme jurisprudência farta e dominante,
uma vez existindo dúvida ou incerteza diante das provas coligidas aos autos, impõem-se a absolvição do
acusado, fazendo-se valer a máxima admitida em nosso Direito, qual seja "in dubio pro reo". III - DO
DISPOSITIVO: Diante do exposto e considerando tudo o mais que dos autos constam, JULGO
IMPROCEDENTE a denúncia de fls. 02/05 para, em consequência, com fundamento no art. 386, inc. VI,
do Código de Processo Penal, ABSOLVER o acusado MAGDIEL XAVIER ROCHA, da imputação que lhe
é feita, da prática do crime tipificado no art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06, por não existir prova suficiente
para a condenação. Considerando que restou comprovado que o nome do absolvido é MAGDIEL XAVIER
ROCHA e não MAGADIEL XAVIER ROCHA, conforme doc. de fl. 98, promova-se a retificação nos autos,
bem como no sistema LIBRA, se necessário. Após o trânsito em julgado, promovam-se as baixas,
comunicações e anotações necessárias. Publique-se, registre-se e intimem-se. Belém, 21 de fevereiro de
2019. MARIA DE FÁTIMA A. DA SILVA Juíza de Direito PROCESSO: 00071316420168140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIA DE FATIMA
ALVES DA SILVA Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 DENUNCIADO:WILLIAM
COSTA DA COSTA Representante(s): OAB 0660 - ROMULO DE SOUZA DIAS (ADVOGADO)
DENUNCIADO:CARLOS TIAGO PINHEIRO PEREIRA DENUNCIADO:DANIELA COSTA DA SILVA
VITIMA:L. A. . Processo nº 0007131-64.2016.8.14.0401 R. H. Considerando o Termo de Adiamento de
Audiência à fl.272, constatou-se a presença do acusado WILLIAM COSTA DA COSTA, o qual ficou
devidamente intimado da nova data de audiência redesignada para o dia 16 de maio de 2019 às 09h30,
data posterior a certidão de fl.279 que informou que o denunciado havia falecido. Determino que a
Secretaria do juízo realize e proceda todas as diligências necessárias para a intimação das partes e
testemunhas arroladas, para a realização da audiência de instrução e julgamento, redesignada no Termo
de audiência à fl. 272 dos autos. Belém (PA), 20 de fevereiro de 2019. Dra. Maria de Fatima Alves da
Silva. Juíza de Direito Auxiliando a 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital (np) PROCESSO:
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uma vez que a pessoa a ser intimada não reside mais no endereço indicado anteriormente, conforme
certifica o Oficial de Justiça. Assim: I) Determino a intimação pessoal da vítima/testemunha em referência,
no novo endereço indicado, para que compareça a este Juízo no dia 15/04/2019 às 09 horas e 30 minutos,
a fim de participar da audiência de instrução e julgamento designada. Deve a vítima/testemunha ser
advertida de que, caso não compareça ao ato sem motivo justo, será conduzida coercitivamente (art. 201,
§ 1º, do CPP / art. 218 do CPP), além da possibilidade de incorrer em multa, crime por desobediência e
custas da diligência (art. 219 do CPP). II) Determino, ainda, que o cumprimento da diligência se dê em
regime de urgência, de modo a assegurar a realização da audiência designada, nos termos do § 1º do art.
6º do Provimento Conjunto n. 002/2015, tendo em conta o exíguo espaço de tempo. III) Consigno que,
conforme art. 797 do CPP, para efetivação do contato direto e pessoal com a pessoa a ser intimada, a
diligência intimatória poderá ser realizada em qualquer horário, inclusive aos domingos e dias feriados,
observado, evidentemente, o art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal. Serve o presente despacho como
MANDADO(S) DE INTIMAÇÃO, anexando-se cópia de documento com a indicação do endereço da
diligência. Belém (PA), 21 de fevereiro de 2019. Altemar da Silva Paes JUIZ DE DIREITO 4ª Vara Criminal
PROCESSO: 00148908420138140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 DENUNCIADO:JOAO EVANGELISTA DE SOUSA SILVA
VITIMA:M. A. M. S. AUTORIDADE POLICIAL:DPC ELIEZER PUREZA MACHADO. Processo nº 0014890-
84.2013.8.14.0401 Vistos. Tratam-se os presentes autos de Ação Penal, onde figura com réu JOAO
EVANGELISTA DE SOUSA SILVA, denunciado pelo crime de Lesão Corporal (art. 129, § 2º, incisos III e
IV do CPB). A denúncia foi recebida em 22/01/2014, às fls. 44, sendo determinada a citação do acusado e
a apresentação de resposta escrita inicial. O réu foi devidamente citado apresentada resposta escrita
inicial através de Advogado (fl.57), foi designada pelo juízo audiência de instrução e julgamento (decisão fl.
70). Conforme certidão de fls. 198 não foi possível realizar a intimação de JOAO EVANGELISTA DE
SOUSA SILVA, pois conforme devolução da carta precatória, fl.190/192, o denunciado não foi localizado
no endereço da Comarca de SC. Encaminhado os autos à representante do Ministério Público, esta
manifestou-se pela decretação da revelia do réu (parecer fl. 199). Em face dos fatos, observa-se que o réu
não foi localizado, em que pese os esforços do juízo, ocasionando manifestação por parte da
representante do Ministério Público (parecer fl.199), o que está causando embaraços à instrução
processual, pois não compareceu à audiência de instrução e julgamento designada pelo juízo, razão pelo
qual decreto à revelia de JOAO EVANGELISTA DE SOUSA SILVA, nos termos do art. 367 do Código
Processual Penal. Ante ao exposto, colaciono jurisprudências nesse entendimento: TACRSP: Depois de
citado, o réu tem os seguintes ônus: deve comparecer ao interrogatório e aos demais atos para os quais
for ulteriormente intimado (art. 366) e não poderá mudar de residência ou dela ausentar-se por mais de
oito dias, sem comunicar a autoridade processante o lugar onde poderá ser encontrado (art. 369).
Descumprindo qualquer um desses ônus, o prejuízo advindo para ele é o de prosseguir à sua revelia o
curso do processo (RT 532/384). TACRSP: Tendo o acusado, em razão da revelia, perdido o direito de
receber as cientificações para os atos do processo, são válidos aqueles praticados na sua ausência
(RJDTACRIM 5/129). Processo: APL 322958820078030001 AP. Relator(a): Desembargador RAIMUNDO
VALES. Julgamento: 16/08/2011. Órgão Julgador: CÂMARA ÚNICA. Publicação: no DJE N.º 155 de
Terça, 23 de Agosto de 2011. Ementa: PROCESSUAL PENAL. NULIDADE PROCESSUAL POR
AUSÊNCIA DE INTIMAÇAO. RÉU NAO LOCALIZADO. MUDANÇA DE RESIDÊNCIA SEM
COMUNICAÇAO AO JUÍZO [ART. 367, CPP]. REVELIA. PROSSEGUIMENTO DO PROCESSO SEM A
PRESENÇA DO ACUSADO. 1) Ao se constatar que o réu mudou-se de residência sem comunicar seu
novo endereço ao Juízo, incidindo com isso na regra do art. 367 do CP, resta autorizada a decretação de
sua revelia, bem como o prosseguimento do processo sem sua presença, daí não se poder falar em
nulidade do processo por falta de intimação para ato processual; 2) Apelo improvido. STJ. HC153718/RJ
HABEAS CORPUS 2009/0223864-9. Relatora: Ministra LAURITA VAZ (1120). Órgão julgador: T5 -
QUINTA TURMA. Data do julgamento: 27/03/2012. Data da publicação: DJe 03/04/2012. Ementa:
HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. ROUBO CIRCUNSTANCIADO E FORMAÇÃO DE
QUADRILHA. SUSPENSÃO DO PROCESSO PREVISTA NOART. 366, DO CÓDIGO DE PROCESSO
PENAL. ADVOGADO CONSTITUÍDO NOS AUTOS. JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU QUE RECONSIDEROU
A DECISÃO DE SUSPENSÃO DO FEITO. POSSIBILIDADE. PROSSEGUIMENTO DO FEITO.
ADVOGADA QUE, MESMO INTIMADA, NÃO APRESENTA RESPOSTA À ACUSAÇÃO. NOMEAÇÃO DE
DEFENSOR PÚBLICO, NOS TERMOS DO ART. 396-A, § 2.º, DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL.
AUSÊNCIA DE RESPOSTA À ACUSAÇÃO. DEFESA QUE, EMBORA TENDO INÚMERAS
OPORTUNIDADES PARA APRESENTAR A PEÇA DEFENSIVA, NÃO O FAZ. AUSÊNCIA DE
CERCEAMENTO DE DEFESA. NULIDADE NÃO CONFIGURADA. ORDEM DENEGADA. 1. Para
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
restabelecer a tramitação do processo, impõe-se a prolação de nova decisão, como na hipótese, em que o
Juiz, verificando que no caso dos autos descabia a suspensão do feito, determinou o seu prosseguimento.
2. O art. 366 do Código de Processo Penal dispõe que se o acusado, citado por edital, não comparecer,
nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional. Destaque-se que
a suspensão do feito, prevista no referido dispositivo, não tem caráter definitivo, pois o curso do processo
deve ser retomado quando cessada a condição que motivou a suspensão. 3. Na hipótese, nem sequer
havia razão para a suspensão do processo, tanto que, percebido o equívoco, o Magistrado determinou o
prosseguimento do curso processual, uma vez que presente nos autos Advogada constituída pelo Réu. 4.
No caso dos autos, aplicam-se as disposições legais referentes ao procedimento comum após as
modificações realizadas pela Lei n.º 11.719/08. Decretada a revelia do Paciente, o Juízo processante
determinou o prosseguimento do feito em 12/09/2008 (portanto, quando já em vigor as modificações
promovidas pela referida norma). Dessa forma, o Magistrado, ante a ausência de apresentação de
resposta à acusação pelo defensor constituído, pela legislação processual penal em vigor é obrigado a
nomear defensor público ao Paciente para que a apresente. 5. O Juízo processante realizou todos os atos
previstos em lei: ante a inércia do advogado constituído nos autos, devidamente intimado para
apresentação de resposta à acusação, o Juiz, nos termos do art. 396-A, § 2.º, do Código de Processo
Penal, nomeou ao Réu defensor público para que o fizesse. 6. Foi dada à Defesa a oportunidade de
apresentar resposta à acusação. Contudo, embora manifestando-se nos autos, o Defensor Público ateve-
se, tão-somente, a questões preliminares, não apresentando qualquer tese de mérito. 7. Não constitui
nulidade a nomeação de defensor público para apresentação de resposta à acusação quando o advogado
constituído não o faz, uma vez que expressamente previsto no art. 396-A, § 2.º, do Código de Processo
Penal. Da mesma forma, não constitui nulidade a ausência de apresentação de resposta à acusação, uma
vez que oportunizado o momento à Defesa, nos termos do art. 396-A, do Código de Processo Penal. 8.
Ordem denegada. Belém (PA), 21 de fevereiro de 2019. Dra. Maria de Fatima Alves da Silva. Juíza de
Direito Auxiliando a 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (np) PROCESSO:
00148908420138140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019
DENUNCIADO:JOAO EVANGELISTA DE SOUSA SILVA VITIMA:M. A. M. S. AUTORIDADE
POLICIAL:DPC ELIEZER PUREZA MACHADO. Processo nº 0014890-84.2013.8.14.0401 Vistos
Considerando a análise dos presentes autos e observando as certidões de fls. 193/194, determino que se
encaminhe os presentes ao representante do Ministério Público, para que se manifeste no prazo de 05
(cinco) dias, sobre a não localização das testemunhas de acusação MARCILENE SANTOS DA SILVA e
MARCIA CRISTINA SANTOS, em face da proximidade da data de audiência de Instrução e Julgamento
redesignada à fl.197 e demais fins de direito. Após parecer ministerial, voltem-me conclusos. Belém (PA),
21 de fevereiro de 2019. Dra. Maria de Fatima Alves da Silva Juíza de Direito Auxiliando a 4ª Vara Penal
do Juízo Singular da Capital. (np) PROCESSO: 00156650220138140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 DENUNCIADO:PAULO SERGIO CARDOSO MACHADO
VITIMA:F. E. AUTORIDADE POLICIAL:LEILA CHRISTIAN LIMA DE MENDONÇA FREIRE - DPC.
Processo nº 0015665-02.2013.8.14.0401 Vistos. 1. Tratam-se os presentes autos de Ação Penal, onde
figura com réu PAULO SERGIO CARDOSO MACHADO, denunciado pelo crime de Roubo Majorado (art.
157, § 2º, incisos I e II do CP). A denúncia foi recebida em 14/08/2013, às fls. 46, sendo determinada a
citação do acusado e a apresentação de resposta escrita inicial. O réu foi devidamente citado apresentada
resposta escrita inicial através de Defensor Púbico (fl.60), foi designada pelo juízo audiência de instrução e
julgamento (decisão fl. 61). Conforme documentos de fls. 149/154 não foi possível realizar a intimação de
PAULO SÉRGIO CARDOSO MACHADO, pois o mesmo encontra-se evadido do sistema carcerário desde
01/01/2016. Encaminhado os autos à representante do Ministério Público, esta manifestou-se pela
decretação da revelia do réu (parecer fl. 160). Em face dos fatos, observa-se que o réu não foi localizado,
em que pese os esforços do juízo, ocasionando manifestação por parte da representante do Ministério
Público (parecer fl.160), o que está causando embaraços à instrução processual, pois não compareceu à
audiência de instrução e julgamento designada pelo juízo, razão pelo qual decreto à revelia de PAULO
SÉRGIO CARDOSO MACHADO, nos termos do art. 367 do Código Processual Penal. Ante ao exposto,
colaciono jurisprudências nesse entendimento: TACRSP: Depois de citado, o réu tem os seguintes ônus:
deve comparecer ao interrogatório e aos demais atos para os quais for ulteriormente intimado (art. 366) e
não poderá mudar de residência ou dela ausentar-se por mais de oito dias, sem comunicar a autoridade
processante o lugar onde poderá ser encontrado (art. 369). Descumprindo qualquer um desses ônus, o
prejuízo advindo para ele é o de prosseguir à sua revelia o curso do processo (RT 532/384). TACRSP:
Tendo o acusado, em razão da revelia, perdido o direito de receber as cientificações para os atos do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
processo, são válidos aqueles praticados na sua ausência (RJDTACRIM 5/129). Processo: APL
322958820078030001 AP. Relator(a): Desembargador RAIMUNDO VALES. Julgamento: 16/08/2011.
Órgão Julgador: CÂMARA ÚNICA. Publicação: no DJE N.º 155 de Terça, 23 de Agosto de 2011. Ementa:
PROCESSUAL PENAL. NULIDADE PROCESSUAL POR AUSÊNCIA DE INTIMAÇAO. RÉU NAO
LOCALIZADO. MUDANÇA DE RESIDÊNCIA SEM COMUNICAÇAO AO JUÍZO [ART. 367, CPP].
REVELIA. PROSSEGUIMENTO DO PROCESSO SEM A PRESENÇA DO ACUSADO. 1) Ao se constatar
que o réu mudou-se de residência sem comunicar seu novo endereço ao Juízo, incidindo com isso na
regra do art. 367 do CP, resta autorizada a decretação de sua revelia, bem como o prosseguimento do
processo sem sua presença, daí não se poder falar em nulidade do processo por falta de intimação para
ato processual; 2) Apelo improvido. STJ. HC153718/RJ HABEAS CORPUS 2009/0223864-9. Relatora:
Ministra LAURITA VAZ (1120). Órgão julgador: T5 - QUINTA TURMA. Data do julgamento: 27/03/2012.
Data da publicação: DJe 03/04/2012. Ementa: HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. ROUBO
CIRCUNSTANCIADO E FORMAÇÃO DE QUADRILHA. SUSPENSÃO DO PROCESSO PREVISTA
NOART. 366, DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. ADVOGADO CONSTITUÍDO NOS AUTOS. JUÍZO
DE PRIMEIRO GRAU QUE RECONSIDEROU A DECISÃO DE SUSPENSÃO DO FEITO.
POSSIBILIDADE. PROSSEGUIMENTO DO FEITO. ADVOGADA QUE, MESMO INTIMADA, NÃO
APRESENTA RESPOSTA À ACUSAÇÃO. NOMEAÇÃO DE DEFENSOR PÚBLICO, NOS TERMOS DO
ART. 396-A, § 2.º, DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. AUSÊNCIA DE RESPOSTA À ACUSAÇÃO.
DEFESA QUE, EMBORA TENDO INÚMERAS OPORTUNIDADES PARA APRESENTAR A PEÇA
DEFENSIVA, NÃO O FAZ. AUSÊNCIA DE CERCEAMENTO DE DEFESA. NULIDADE NÃO
CONFIGURADA. ORDEM DENEGADA. 1. Para restabelecer a tramitação do processo, impõe-se a
prolação de nova decisão, como na hipótese, em que o Juiz, verificando que no caso dos autos descabia a
suspensão do feito, determinou o seu prosseguimento. 2. O art. 366 do Código de Processo Penal dispõe
que se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o
processo e o curso do prazo prescricional. Destaque-se que a suspensão do feito, prevista no referido
dispositivo, não tem caráter definitivo, pois o curso do processo deve ser retomado quando cessada a
condição que motivou a suspensão. 3. Na hipótese, nem sequer havia razão para a suspensão do
processo, tanto que, percebido o equívoco, o Magistrado determinou o prosseguimento do curso
processual, uma vez que presente nos autos Advogada constituída pelo Réu. 4. No caso dos autos,
aplicam-se as disposições legais referentes ao procedimento comum após as modificações realizadas pela
Lei n.º 11.719/08. Decretada a revelia do Paciente, o Juízo processante determinou o prosseguimento do
feito em 12/09/2008 (portanto, quando já em vigor as modificações promovidas pela referida norma).
Dessa forma, o Magistrado, ante a ausência de apresentação de resposta à acusação pelo defensor
constituído, pela legislação processual penal em vigor é obrigado a nomear defensor público ao Paciente
para que a apresente. 5. O Juízo processante realizou todos os atos previstos em lei: ante a inércia do
advogado constituído nos autos, devidamente intimado para apresentação de resposta à acusação, o Juiz,
nos termos do art. 396-A, § 2.º, do Código de Processo Penal, nomeou ao Réu defensor público para que
o fizesse. 6. Foi dada à Defesa a oportunidade de apresentar resposta à acusação. Contudo, embora
manifestando-se nos autos, o Defensor Público ateve-se, tão-somente, a questões preliminares, não
apresentando qualquer tese de mérito. 7. Não constitui nulidade a nomeação de defensor público para
apresentação de resposta à acusação quando o advogado constituído não o faz, uma vez que
expressamente previsto no art. 396-A, § 2.º, do Código de Processo Penal. Da mesma forma, não constitui
nulidade a ausência de apresentação de resposta à acusação, uma vez que oportunizado o momento à
Defesa, nos termos do art. 396-A, do Código de Processo Penal. 8. Ordem denegada. 2. Considerando a
desistência ministerial da única testemunha que faltava ser ouvida, encaminhem-se os autos ao
representante do Ministério Público para se manifestar na forma de Memoriais Escritos, em seguida a
defesa com a mesma finalidade. Após, conclusos para prolação da sentença. Belém (PA), 21 de fevereiro
de 2019. Dra. Maria de Fatima Alves da Silva. Juíza de Direito Auxiliando a 4ª Vara Penal do Juízo
Singular da Capital. (np) PROCESSO: 00156801720058140401 PROCESSO ANTIGO: 200520391670
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 VITIMA:R. C. S. P. DENUNCIADO:LUCIANO RICARDO
DA SILVA LOBO Representante(s): OAB 8400-A - LEIDE MARCIA LIMA GOMES (ADVOGADO) DR.
DORIVALDO DE ALMEIDA BELEM (ADVOGADO) DENUNCIANTE:MINISTERIO PUBLICO ESTADUAL .
Processo nº 0015680-17.2005.8.14.0401 Vistos Considerando a análise dos presentes autos, verificou-se
que a prescrição ocorreu em 22 de julho de 2018, determino que se encaminhe os presentes ao
representante do Ministério Público, para que se manifeste sobre uma possível prescrição e demais fins de
direito. Após parecer ministerial, voltem-me conclusos. Belém (PA), 21 de fevereiro de 2019. Dra. Maria de
Fatima Alves da Silva Juíza de Direito Auxiliando a 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (np)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Levando em consideração o parecer ministerial à fl. 73, e a análise dos autos, designo AUDIÊNCIA DE
PROPOSTA DE SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO, para o dia 06 de fevereiro de 2020 às
10:00. 2. Procedam-se as intimações da acusada, de seu Defensor ou advogado, do Ministério Público e
do assistente de acusação, se for o caso, e da vítima. Proceda-se, ainda, a Secretaria do juízo, as
expedições de ofícios, Cartas Precatórias, Mandados de Condução Coercitiva e demais providências
indispensáveis e necessárias para a realização da audiência, com observância das formalidades legais.
Belém (PA), 20 de fevereiro de 2019. Dra. Maria de Fatima Alves da Silva. Juíza de Direito Auxiliando a 4ª
Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (np) PROCESSO: 00269700720188140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALTEMAR DA SILVA PAES Ação:
Procedimento Especial da Lei Antitóxicos em: 21/02/2019 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:FRANCILENE
VITORIA DE LIMA Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (ADVOGADO)
DENUNCIANTE:MINISTERIO PUBLICO ESTADUAL. Processo nº 0026970-07.2018.8.14.0401 R. Hoje.
Notifique-se a denunciada FRANCILENE VITORIA DE LIMA para ofertar resposta escrita através de
advogado ou Defensor Público, no prazo de 10 (dez) dias, conforme dispõe o artigo 55 da Lei nº
11.343/06, cientificando-lhe que na resposta poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse a
sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas
com sua qualificação completa com endereço para a devida intimação das mesmas ou comprometer-se a
trazê-las independente de notificação. Não apresentada respostas no prazo legal ou se a acusada
notificada não constituir advogado, nomeio automaticamente o Defensor Público vinculado a esta Vara
para oferecê-la e atuar na defesa da denunciada no presente processo, concedendo-lhe vista dos autos
por dez dias (art. 396 § 2º, CPP). Int. Belém (PA), 20 de fevereiro de 2019. Dra. Maria de Fatima Alves da
Silva Juíza de Direito Auxiliando a 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (np) PROCESSO:
00284719320188140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019
VITIMA:O. E. DENUNCIADO:ALYSON JORGE MELO DE SOUSA Representante(s): OAB 5654 - SERGIO
PAULO NASCIMENTO DA SILVA (ADVOGADO) OAB 26279 - RONIE ALEX GARCIA BATISTA
(ADVOGADO) DENUNCIADO:THIAGO JOSE DOS SANTOS FERREIRA Representante(s): OAB 6232 -
LUIS CELSO ACACIO BARBOSA (ADVOGADO) DENUNCIADO:LAYSA COIMBRA SA
DENUNCIADO:MARIA EDUARDA GOMES VIANA. Processo nº 0028471-93.2018.814.0401 Vistos. Trata-
se de pedido de revogação de prisão preventiva, formulado às fls. 292-305, volume II, pela defesa de
ALYSON JORGE MELO DE SOUSA, acusado, em companhia de outros denunciados, do crime de Tráfico
de Substâncias Entorpecentes (art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006). A representante do Ministério
Público se manifestou contrária ao pedido de revogação da prisão do requerente ALYSON JORGE MELO
DE SOUSA, às fls. 324-327, do mesmo volume, por entender a necessidade de garantia de ordem pública,
prova da existência do crime, indícios de autoria, entre outros argumentos. Brevemente relatado. Decido.
Sabe-se que, indiscutivelmente, no processo penal pátrio vige a regra de que a prisão de caráter
processual é a exceção, só podendo ser decretada ou mantida quando houver razões suficientes para sua
concretização. Nesse contexto, observa-se que para subsistir a prisão cautelar, mister se faz que estejam
presentes os pressupostos e um dos requisitos da prisão preventiva. Os pressupostos, também chamados
de fumus comissi delict, a prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria, sem dúvida
alguma, constam dos autos pelos elementos de convicção colhidos no Inquérito Policial, uma vez que as
testemunhas policiais reconheceram o acusado na esfera policial, prendendo-o em flagrante. A
segregação cautelar do acusado é imprescindível para a garantia da ordem pública (CPP, art. 312), em
razão da gravidade do crime imputado ao mesmo na peça acusatória. Narram os autos que o requerente
foi preso em flagrante delito, com 2.966g (dois quilogramas e novecentos e sessenta e seis gramas) da
substância vulgarmente conhecida como cocaína (Benzoilmetilecgonina), o que denota mercancia de
substância entorpecente. Diante da gravidade dos fatos, verifica-se a necessidade da manutenção da
medida cautelar para garantir a ordem pública. A medida incide também como forma de acautelar o meio
social e preservar a credibilidade da justiça, pois a adoção das medidas previstas em lei diminuirá a
sensação de impunidade junto à população e aos infratores, estimulando a redução dos índices de
cometimento de infrações penais. Nesse entendimento: STF - Incidência do [...] art. 312 do CPP [...]
possibilidade de prisão preventiva [...] em virtude da necessidade de preservar-se [...] a ordem pública ante
a atuação profícua de instituições -- a Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário (STF, HC
102732/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 4.3.2010 - Informativo STF nº 577/2010). Tem decidido a mais recente
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça que: a preservação da ordem pública não se restringe às
medidas preventivas da irrupção de conflitos e tumultos, mas abrange também a promoção daquelas
providências de resguardo à integridade das instituições, à sua credibilidade social e ao aumento da
confiança da população nos mecanismos oficiais de repressão às diversas formas de delinquência (HC
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91.926/SP, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Quinta Turma, julgado em 21/10/2008, DJe
09/12/2008.). Ademais, condições favoráveis, tais como bons antecedentes, primariedade, ocupação lícita
e residência fixa no distrito da culpa, por si sós, não têm o condão de garantir ao acusado a revogação da
prisão preventiva se há, nos autos, elementos hábeis a recomendar a manutenção da custódia cautelar.
STJ, HC 125.059-GO, Rel. originária Min. Laurita Vaz, rel. para acórdão Min. Felix Fischer, j. 16.6.2009
(Informativo STJ nº 399/2009). Naquele sentido: "A circunstância de o paciente ser primário e ter bons
antecedentes, à evidência, não se mostra obstáculo ao decreto de prisão preventiva, desde que presentes
os pressupostos e condições previstas no art. 312, do CPP" (STF, HC nº 83.868-AM, rel. para o acórdão.
Min. Ellen Gracie - Informativo STF nº 542/2009). Ainda: "condições subjetivas favoráveis do paciente não
obstam a segregação cautelar" (STF, HC nº 104.087-RO, rel. Min. Ricardo Lewandowski - Informativo STF
nº 610/2010). À propósito, ainda nesse entendimento, colaciono jurisprudências: A Constituição Federal,
não paira dúvida, tem como regra geral ficar-se em liberdade, enquanto se aguarda o desenrolar do
processo penal. Todo cidadão é inocente, até que seja irremediavelmente condenado (CF, art. 5º, LVII). É
que o preso, por sofrer restrição em sua liberdade de locomoção, não deixa de ter o direito de ampla
defesa diminuído. Mas por outro lado, pode estar em jogo valor que também deve ser protegido para
apuração da verdade real. Daí a mesma Constituição permitir a prisão em circunstâncias excepcionais.
Por tal motivo, mesmo o primário e de bons antecedentes pode ser preso sem nenhum arranhão aos
princípios constitucionais. (STJ, 6ª T., RHC 3.715-6/MG, rel. Min. Adhemar Maciel, RSTJ, 11/690).
Evidenciada a gravidade dos delitos e as circunstâncias em que foram praticados, roubos duplamente
qualificados, praticados em coautoria e com emprego de arma, não há como se afastar a decretação da
prisão preventiva, ainda que o acusado seja primário, possua residência fixa, vínculo empregatício e não
tem antecedentes. (TJMT, RT 775/650). A inegável periculosidade do paciente, realçada pela forma de
execução do delito e pela possibilidade de nova fuga do distrito da culpa, impõe a manutenção da prisão
preventiva como forma de garantia da ordem pública e da aplicação da Lei Penal. Ordem denegada.
Unânime. Denegar a ordem à unanimidade. (TJDF - HBC 20010020056762 - 1ª T.Crim. - Rel. Des. Otávio
Augusto - DJU 06.02.2002 - p. 56). Soma-se a argumentação que não foram juntados nos autos novos
fatos que afastem os requisitos da prisão preventiva, havendo indícios nos autos de conduta voltada a
prática criminosa, possuindo ainda o requerente antecedentes criminais (certidão fls. 268-269v).
Outrossim, destaca-se que os autos estão com tramitação regular, aguardando a notificação dos
denunciados e a apresentação de respostas escritas iniciais. Diante do exposto, acompanho o parecer
ministerial e INDEFIRO o pedido, formulado em favor do requerente ALYSON JORGE MELO DE SOUSA.
Belém (PA), 20 de fevereiro de 2019. Dra. Maria de Fatima Alves da Silva Juíza de Direito Auxiliando a 4ª
Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (jm) PROCESSO: 00287334320188140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA
Ação: Procedimento Especial da Lei Antitóxicos em: 21/02/2019 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:DANIEL
HENRIQUE ANDRADE AMARAL. Processo nº 0028733-43.2018.814.0401 Vistos. 1. Recebo a denúncia
por preencher os requisitos de admissibilidade insculpidos na legislação em vigor, descrevendo em tese
fato delituoso imputado ao acusado DANIEL HENRIQUE ANDRADE AMARAL. 2. Considerando os
argumentos da resposta escrita inicial, formulado pela Defensor Público do denunciado às fls. 88-93,
observa-se que a peça acusatória descreve conduta típica, antijurídica e culpável, contendo em si todos os
elementos necessários a possibilitar a acusada seu direito de ampla defesa. Não foram demonstrados nos
argumentos expostos na resposta escrita inicial elementos probatórios veementes, que possam ensejar e
fundamentar uma sentença de absolvição sumária, estando demonstrada nos autos a necessidade da
instrução processual criminal para a devida análise probatória, decorrente da peça acusatória e dos fatos
narrados nos autos policiais (Auto de Prisão em Flagrante Delito e Inquérito Policial). 3. Não sendo o caso
de absolvição sumária por não se encontrar caracterizada no caso em comento nenhuma das hipóteses
delineadas no artigo 397 do CPP, designo AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO, prevista no art.
400 do CPP, para o dia 03 de abril de 2019, às 11h30. 3.1. Na referida audiência proceder-se-á à tomada
de declarações dos ofendidos, se for o caso, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela
defesa, que ainda não tenham sido ouvidas, bem como os demais atos previstos no referido artigo, caso
sejam necessários no presente processo, interrogando-se em seguida o acusado. 3.2. Procedam-se as
intimações do acusado, de seu Defensor ou advogado, do Ministério Público e do assistente de acusação,
se for o caso, e das testemunhas devidamente arroladas. Procedam-se, ainda, expedições de ofícios e
demais providências necessárias com observância das formalidades legais. 4. Cite-se o réu DANIEL
HENRIQUE ANDRADE AMARAL, para que tome ciência da ação penal, conforme dispõe o artigo 56 da
Lei 11.343/2006. 5. Considerando o item 4 do requerimento constante no parecer ministerial à fl. 03v, no
bojo da denúncia, determino, preservada a contraprova, a incineração da droga apreendida e constante
destes autos, o que faço sob o manto do art. 50, § 3º, da Lei nº 11.343/2006, devendo ser oficiado à
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autoridade policial de origem, para que proceda à destruição dos entorpecentes nos moldes do § 4º, do
mencionado artigo, devendo, pois, o respectivo auto circunstanciado de destruição de drogas ser remetido
a este Juízo no prazo de 05 (cinco) dias, a contar da data da incineração. Belém (PA), 21 de fevereiro de
2019. Dra. Maria de Fatima Alves da Silva Juíza de Direito Auxiliando a 4ª Vara Penal do Juízo Singular da
Capital. (jm) PROCESSO: 00298385520188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 VITIMA:T. M. F. DENUNCIADO:MATHEUS PEREIRA DA
SILVA Representante(s): OAB 11302 - JORGE MOTA LIMA (ADVOGADO) DENUNCIADO:SAINT CLAIR
LUIS PEDROSA BARBOSA Representante(s): OAB 23486 - VICTOR THEMISTOCLES COSTA
TAVARES (ADVOGADO) . Processo nº 0029838-55.2018.814.0401 Vistos Em que pese não haver no
procedimento comum regra semelhante ao quanto disposto no art. 409 do CPP (norma relativa aos
processos da competência do Tribunal do Júri), hei por bem, por fiel observância ao princípio do
contraditório, resguardar a oitiva prévia do Ministério Público antes da análise de possível absolvição
sumária (Art. 397 do CPP). Nesse sentido, precedente do STF: (...) apresentada defesa prévia em que são
articuladas, até mesmo, preliminares, é cabível a audição do Estado-acusador, para haver definição
quanto à sequência, ou não, da ação penal. (STF, 1ª Turma, HC 105.739/RJ, rel. min. Marco Aurélio, j.
07/02/2012, DJe 27/02/2012). Assim, remetam-se os autos ao Ministério Público, para manifestação
acerca do articulado nas respostas à acusação de fls. 179-182 e fls. 184-193. Após parecer ministerial,
voltem-me conclusos. Belém (PA), 20 de fevereiro de 2019. Dra. Maria de Fatima Alves da Silva Juíza de
Direito Auxiliando a 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (jm) PROCESSO:
00308833120178140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019
DENUNCIADO:DALVA MARIA DOS SANTOS RODRIGUES Representante(s): OAB 19745 - MARCOS
HENRIQUE MACHADO BISPO (ADVOGADO) DENUNCIADO:PATRICK ALIAGA OLIVEIRA DE SOUZA
VITIMA:L. C. S. N. R. DENUNCIANTE:MINISTERIO PUBLICO ESTADUAL. Processo nº 0030883-
31.2017.814.0401 Vistos. Trata-se de autos de Ação Penal, onde figuram como denunciado PATRICK
ALIAGA OLIVEIRA DE SOUZA, sendo-lhe imputado o delito de Roubo Majorado (art. 157, § 2º, incisos I e
II do CP). Através de Defensor Público, a defesa ingressou com pedido de revogação de prisão preventiva,
à fl. 143v. A representante do Ministério Público emanou parecer contrário a revogação da prisão
preventiva (parecer fls. 148-152), em face da presença dos requisitos da prisão preventiva. Brevemente
relatado. Decido. Sabe-se que, indiscutivelmente, no processo penal pátrio vige a regra de que a prisão de
caráter processual é a exceção, só podendo ser decretada ou mantida quando houver razões suficientes
para sua concretização. Nesse contexto, observa-se que para subsistir a prisão cautelar, mister se faz que
estejam presentes os pressupostos e um dos requisitos da prisão preventiva. Os pressupostos, também
chamados de fumus comissi delict, a prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria,
constam dos autos pelos elementos de convicção colhidos no inquérito policial. A segregação cautelar do
denunciado é imprescindível para a garantia da ordem pública (CPP, art. 312), em razão da gravidade do
delito, pois foi cometido com violência e grave ameaça em relação à vítima, subtraindo objetos pessoais
da mesma. Destaca-se, ainda, que a vítima e testemunhas reconheceram na Unidade Policial onde foi
lavrado o Boletim de Ocorrência Policial, narrando com detalhes os fatos delituosos. Destaca-se, também,
que não foram juntados aos autos fatos novos que possam justificar a revogação da prisão do acusado. A
medida incide também como forma de acautelar o meio social e preservar a credibilidade da justiça, pois a
adoção das medidas previstas em lei diminuirá a sensação de impunidade junto à população e aos
infratores, estimulando a redução dos índices de cometimento de infrações penais. Nesse entendimento:
STF - Incidência do [...] art. 312 do CPP [...] possibilidade de prisão preventiva [...] em virtude da
necessidade de preservar-se [...] a ordem pública ante a atuação profícua de instituições -- a Polícia
Federal, o Ministério Público e o Judiciário (STF, HC 102732/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 4.3.2010 -
Informativo STF nº 577/2010). Tem decidido a mais recente jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça
que: a preservação da ordem pública não se restringe às medidas preventivas da irrupção de conflitos e
tumultos, mas abrange também a promoção daquelas providências de resguardo à integridade das
instituições, à sua credibilidade social e ao aumento da confiança da população nos mecanismos oficiais
de repressão às diversas formas de delinquência (HC 91.926/SP, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia
Filho, Quinta Turma, julgado em 21/10/2008, DJe 09/12/2008.). Ademais, condições favoráveis, tais como
bons antecedentes, primariedade, ocupação lícita e residência fixa no distrito da culpa, por si sós, não têm
o condão de garantir aos acusados a revogação da prisão preventiva se há, nos autos, elementos hábeis a
recomendar a manutenção da custódia cautelar. STJ, Rel. originária Min. Laurita Vaz, rel. para acórdão
Min. Felix Fischer, j. 16.6.2009 (Informativo STJ nº 399/2009). Naquele sentido: A circunstância de o
paciente ser primário e ter bons antecedentes, à evidência, não se mostra obstáculo ao decreto de prisão
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preventiva, desde que presentes os pressupostos e condições previstas no art. 312, do CPP (STF, HC nº
83.868-AM, rel. para o acórdão. Min. Ellen Gracie - Informativo STF nº 542/2009). Ainda: condições
subjetivas favoráveis do paciente não obstam a segregação cautelar (STF, HC nº 104.087-RO, rel. Min.
Ricardo Lewandowski - Informativo STF nº 610/2010). À propósito, ainda nesse entendimento, colaciono
jurisprudências: A Constituição Federal, não paira dúvida, tem como regra geral ficar-se em liberdade,
enquanto se aguarda o desenrolar do processo penal. Todo cidadão é inocente, até que seja
irremediavelmente condenado (CF, art. 5º, LVII). É que o preso, por sofrer restrição em sua liberdade de
locomoção, não deixa de ter o direito de ampla defesa diminuído. Mas por outro lado, pode estar em jogo
valor que também deve ser protegido para apuração da verdade real. Daí a mesma Constituição permitir a
prisão em circunstâncias excepcionais. Por tal motivo, mesmo o primário e de bons antecedentes pode ser
preso sem nenhum arranhão aos princípios constitucionais. (STJ, 6ª T., RHC 3.715-6/MG, rel. Min.
Adhemar Maciel, RSTJ, 11/690). Evidenciada a gravidade dos delitos e as circunstâncias em que foram
praticados, roubos duplamente qualificados, praticados em coautoria e com emprego de arma, não há
como se afastar a decretação da prisão preventiva, ainda que o acusado seja primário, possua residência
fixa, vínculo empregatício e não tem antecedentes. (TJMT, RT 775/650). A inegável periculosidade do
paciente, realçada pela forma de execução do delito e pela possibilidade de nova fuga do distrito da culpa,
impõe a manutenção da prisão preventiva como forma de garantia da ordem pública e da aplicação da Lei
Penal. Ordem denegada. Unânime. Denegar a ordem à unanimidade. (TJDF - HBC 20010020056762 - 1ª
T.Crim. - Rel. Des. Otávio Augusto - DJU 06.02.2002 - p. 56). Ademais, soma-se a fundamentação que o
crime foi praticado com violência e grave ameaça, subtraindo objetos da vítima, o que denota
periculosidade nos autos. Ressalta-se, ainda, que os presentes estão com tramitação regular, com data de
audiência de instrução e julgamento designada em data próxima. Diante do exposto, acompanho o parecer
ministerial e indefiro a revogação de prisão preventiva, formulado pela defesa de PATRICK ALIAGA
OLIVEIRA DE SOUZA. Belém (PA), 20 de fevereiro de 2019. Dra. Maria de Fatima Alves da Silva Juíza de
Direito Auxiliando a 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (jm) PROCESSO:
00346331220158140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019
DENUNCIADO:WERLEN DAVID NEVES DOS SANTOS Representante(s): OAB 21070 - IGOR ALESSIO
TORRINHA CAMPELO (ADVOGADO) VITIMA:O. E. . Processo nº 0034633-12.2015.814.0401 Vistos.
Cuida-se de Ação Penal para apurar a prática do crime definido no art. 306, caput da Lei nº 9.503/97,
tendo como acusado WERLEN DAVID NEVES DOS SANTOS, devidamente identificado nos autos.
Encaminhado os autos ao representante do Ministério Público, este emanou parecer favorável a
revogação da suspensão do direito de dirigir do réu, às fls. 135-136. É o Relatório. Decido. A decisão
proferida em 21/08/2015 (fl. 69), aplicou a medida cautelar de suspensão do direito de dirigir, sendo que a
Secretaria da 1ª Vara de Inquéritos Policiais encaminhou ofício ao Departamento Estadual de Trânsito do
Pará - DETRAN/PA, comunicando a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação do requerente. Ocorre
que, na mencionada decisão, a fundamentação na aplicação da medida restritiva é escassa, e passado o
decurso do tempo da suspensão do direito de dirigir, a representante se manifestou de forma revogação
da decisão de fl. 69, referente a suspensão do direito de dirigir. Da análise dos autos, observa-se que o
réu faz jus ao direito de dirigir, uma vez que, segundo o art. 93, IX, da CF, todas as decisões proferidas
pelos juízes devem ser fundamentadas, dando o direito às partes envolvidas a oportunidade de entender
os motivos daquela decisão, sob pena de ofensa ao princípio do contraditório, uma vez que prejudicaria
qualquer elaboração de recursos das decisões proferidas. Observa-se, ainda, que transcorreu o prazo da
suspensão do direito de dirigir imposto ao réu. Desta forma, não há como manter a medida cautelar
aplicada ao denunciado de suspensão do direito de dirigir, ante a escassa fundamentação da decisão de
fls. 69 que restringiu seu direito. Ante o exposto, acompanho o parecer ministerial de fls. 135-136 e revogo
a medida referida na decisão de fls. 69 do Inquérito Policial, devendo a Secretaria do juízo intimar o
acusado WERLEN DAVID NEVES DOS SANTOS e a sua defesa, para que tomem ciência. Determino,
ainda, que a Secretaria do Juízo oficie ao Departamento Estadual de Trânsito do Pará - DETRAN/PA,
comunicando a revogação da decisão que suspendeu o direito de dirigir de WERLEN DAVID NEVES DOS
SANTOS. Cumpra-se. Belém (PA), 20 de fevereiro de 2019. Dra. Maria de Fatima Alves da Silva Juíza de
Direito Auxiliando a 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (jm) PROCESSO:
00375994520158140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019
DENUNCIADO:WELLINGTON ROBSON DOS SANTOS NEVES Representante(s): OAB 16655 - WILLIAM
JAN DA SILVA ROCHA (ADVOGADO) DENUNCIADO:EDINELSON RAMOS E RAMOS Representante(s):
OAB 16655 - WILLIAM JAN DA SILVA ROCHA (ADVOGADO) VITIMA:O. E. DENUNCIADO:EDSON DOS
SANTOS FERREIRA Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) OAB 16655 -
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Penal, nomeou ao Réu defensor público para que o fizesse. 6. Foi dada à Defesa a oportunidade de
apresentar resposta à acusação. Contudo, embora manifestando-se nos autos, o Defensor Público ateve-
se, tão-somente, a questões preliminares, não apresentando qualquer tese de mérito. 7. Não constitui
nulidade a nomeação de defensor público para apresentação de resposta à acusação quando o advogado
constituído não o faz, uma vez que expressamente previsto no art. 396-A, § 2.º, do Código de Processo
Penal. Da mesma forma, não constitui nulidade a ausência de apresentação de resposta à acusação, uma
vez que oportunizado o momento à Defesa, nos termos do art. 396-A, do Código de Processo Penal. 8.
Ordem denegada. 2. Em face do parecer ministerial à fl. 422, redesigno a AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E
JULGAMENTO, prevista no art. 400 do CPP, para o dia 10 de fevereiro de 2020, às 09h00. Na referida
audiência proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se for o caso, à inquirição das
testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, que ainda não tenham sido ouvidas ou desistidas
pelas partes, bem como os demais atos previstos no referido artigo, caso sejam necessários no presente
processo, interrogando-se em seguida os denunciados e os acusados revéis, caso os mesmos
compareçam espontaneamente a audiência. Procedam-se as intimações do acusado, do Defensor ou
advogado dos acusados, do Ministério Público e do assistente de acusação, se for o caso, e das
testemunhas devidamente arroladas. Proceda-se, ainda, expedições de ofícios, Cartas Precatórias,
Mandados de Condução Coercitiva, e demais providências indispensáveis com observância das
formalidades legais. Belém (PA), 20 de fevereiro de 2019. Dra. Maria de Fatima Alves da Silva Juíza de
Direito Auxiliando a 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (jm) PROCESSO:
00466420620158140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
MARIA DE FATIMA ALVES DA SILVA Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019
DENUNCIADO:MAURICIO TONDIN MEIRA Representante(s): OAB 7320 - HUMBERTO FEIO
BOULHOSA (ADVOGADO) OAB 18301-A - JULIANA DA GAMA RIBEIRO BRAGANCA (ADVOGADO)
OAB 21805 - DULCE MARIA FAVACHO LOBATO (ADVOGADO) VITIMA:R. C. O. C.
DENUNCIANTE:MINISTERIO PUBLICO ESTADUAL. Processo nº 0046642-06.2015.814.0401 Vistos
Considerando a análise dos presentes autos e observando o petitório às fls. 240-242, determino que se
encaminhe os presentes ao representante do Ministério Público, para que se manifeste sobre o exposto e
demais fins de direito. Após parecer ministerial, voltem-me conclusos. Belém (PA), 20 de fevereiro de
2019. Dra. Maria de Fatima Alves da Silva Juíza de Direito Auxiliando a 4ª Vara Penal do Juízo Singular da
Capital. (jm) PROCESSO: 00001765620128140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALTEMAR DA SILVA PAES Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 VITIMA:A. C. B. DENUNCIADO:CLAYTON JUNIOR GOMES DE
ANDRADE DENUNCIADO:CARLOS LUIS PURIFICACAO COSTA DA SILVA Representante(s): OAB
13646 - VIRGINIA RAIMUNDA DOS REIS SEABRA (ADVOGADO) OAB 13558 - CRISTIANE DO
SOCORRO CUNHA DE OLIVEIRA (ADVOGADO) . Processo nº 0000176-56.2012.814.0401 Vistos. Ao
denunciado CLAYTON JUNIOR GOMES DE ANDRADE, é atribuído à prática do crime previsto no art.
157, § 2º, incisos I e II do CP, encontrando-se foragido do distrito da culpa, com prisão preventiva
decretada por este juízo nestes autos, em 22/09/2014 (fls. 59-60). Às fls. 183-186, ingressou advogado
nos autos, habilitando-se como defesa do réu, requerendo a revogação da prisão preventiva do mesmo.
Às fls. 198-200, a representante do Ministério Público emanou parecer favorável a revogação da Prisão
Preventiva, em face da ausência dos pressupostos da prisão cautelar. Brevemente relatado. Decido. A
prisão preventiva do agente, embora formalmente correta, deve ser revogada, nos termos do art. 5º inciso
LXV, da Constituição Federal, pois ela é materialmente ilegal, tendo em vista que afronta o princípio
constitucional da proporcionalidade/ homogeneidade. Estando, pois, presentes os pressupostos, faz-se
necessário que se observe a existência de pelo menos um dos requisitos da custódia preventiva, ou seja,
o periculum libertatis, consubstanciado na necessidade da garantia da ordem pública, na conveniência da
instrução criminal e na garantia de aplicação da futura lei penal. A Liberdade provisória é admitida quando
ausentes os elementos que autorizam a decretação ou a manutenção da prisão preventiva. Não estando
em perigo a ordem pública e não havendo indícios de que o réu em liberdade causará transtorno à
instrução processual ou se furtará a eventual aplicação da lei penal, deverá ser colocado em liberdade,
pois é preventiva, como no presente caso, é medida odiosa, que só deve ser adotada quando estritamente
necessária, posto que fere a liberdade de quem ainda não foi condenado em definitivo. Sabe-se que,
indiscutivelmente, no processo penal pátrio vige a regra de que a prisão de caráter processual é a
exceção, só podendo ser decretada ou mantida quando houver razões suficientes para sua concretização.
Nesse contexto, observa-se que para subsistir a prisão cautelar, mister se faz que estejam presentes os
pressupostos e um dos requisitos da prisão preventiva. Diante do exposto, revogo a prisão preventiva de
CLAYTON JUNIOR GOMES DE ANDRADE, devendo o réu comparecer na Secretaria do juízo e ser
pessoalmente citado. Determino que a secretaria do juízo expeça o competente CONTRAMANDADO DE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
PRISÃO PREVENTIVA EM FAVOR DE CLAYTON JUNIOR GOMES DE ANDRADE, devendo ser feita as
exclusões e alterações nos sistemas de cadastro e acompanhamento processual (BNMP2 e LIBRA).
Belém (PA), 22 de fevereiro de 2019. Dr. Altemar da Silva Paes. Juiz de Direito da 4ª Vara Penal do Juízo
Singular da Capital. (jm) PROCESSO: 00018840520168140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALTEMAR DA SILVA PAES Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 DENUNCIADO:ARLAN DA SILVA E SILVA
DENUNCIADO:RENAN MESQUITA LEAO DENUNCIADO:ALEX DA SILVA ALBERTINO
DENUNCIADO:WILIAMIS SILVA DE ARAUJO FILHO VITIMA:O. D. C. J. DENUNCIANTE:MINISTERIO
PUBLICO ESTADUAL. Processo nº 0001884-05.2016.814.0401 Vistos. Compulsando os autos e
considerando o parecer do representante do Ministério Público Estadual, constante no bojo da peça
acusatória, observa-se que a capitulação penal ação penal atribuída aos denunciados ARLAN DA SILVA E
SILVA, RENAN MESQUITA LEÃO, ALEX DA SILVA ALBERTINO e WILIAMIS SILVA DE ARAÚJO FILHO,
pelo crime de Roubo Majorado e Corrupção de Menores (art. 157, § 2º, II do CP e art. 244-B da lei nº
8.069/90). Brevemente relatado. Decido. É cediço que o art. 227 da Constituição Federal, elevou a
proteção ao menor ao status de garantia fundamental, tal artigo versa sobre o Princípio da Prioridade
Absoluta dos Direitos da Criança e do Adolescente, na qual os crimes que tenham como vítima o menor de
idade tenha prioridade em sua apuração, visando maior proteção da criança e do adolescente. Por força
deste princípio, bem como do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei nº 8.069/90), que
estabelece em seu artigo 18: "É dever de todos zelar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-
os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante vexatório ou constrangedor", foi
criada neste Fórum Criminal a Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes do Estado do Pará, através
da Lei Estadual nº 6.709 de 14 de janeiro de 2005, a qual define que: "Art.1º. Fica criado na comarca de
Belém, Estado do Pará, uma Vara Criminal Privativa para o processamento dos Crimes Contra Crianças e
Adolescentes". Com a criação desta Vara, tornou-se possível o processamento destes delitos com maior
celeridade, uma vez que as Varas Comuns estavam abarrotadas de processos, sem a possibilidade de
priorizar e dar atenção especial a crimes que tenham como vítima o menor de idade. Destarte, a
competência da Vara de Crimes Contra Crianças e Adolescentes de Belém-PA foi melhor especificada e
delimitada, através de julgados recentes do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, onde
observaram que em razão da condição de vulnerabilidade da vítima perante o adulto que, aproveitando-se
dessa condição, comete o crime, tornando competente o referido juízo especializado. Neste entendimento,
se faz importante trazer à baila vários julgados do TJE/PA, onde declararam a competência da Vara de
Crimes Contra Crianças e Adolescentes de Belém-PA, em face de delitos previstos no art. 244-B da Lei nº
8.069/90: CONFLITO NEGATIVO DE JURISDIÇÃO ENTRE JUÍZO DA 4.ª VARA PENAL DE BELÉM E
JUÍZO DA VARA DE CRIMES CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE BELÉM. ROUBO
QUALIFICADO E CORRUPÇÃO DE MENORES. COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA. JUÍZO DA
VARA ESPECIALIZADA. 1. Tendo o acusado praticado, em tese, os crimes previstos no art. 157, §2º, I e
II, do Código Penal e no art. 244-B, do Estatuto da Criança e do Adolescente, em concurso formal,
evidenciada está a competência da vara especializada para o processamento do feito, em razão da
matéria. 2. Conflito de jurisdição dirimido para determinar a competência do Juízo da Vara de Crimes
contra Crianças e Adolescentes para processar e julgar o presente feito. Decisão unânime. (Acórdão
121.395, Des. Milton Nobre, DJ 26/06/2013). CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUÍZO DA
VARA DE CRIMES CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES E JUÍZO COMUM. CRIME DE
CORRUPÇÃO DE MENORES EM CONCURSO COM TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES E
ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. SÚMULA 500 DO STJ. DELITO FORMAL. 1. Segundo a Súmula 500
do STJ, a configuração do crime previsto no art. 244-B do Estatuto da Criança e do Adolescente
independe de prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal, razão pela qual o dolo na
conduta dos agentes é irrelevante no presente caso, fixando, dessa forma, a competência da vara
especializada. 2. Conflito conhecido e improcedente. Decisão unânime. (Acórdão 143.388, Des. Raimundo
Reis, DJ 26/02/2015). PROCESSO Nº: 0006064-14.2011.8.14.0401. CONFLITO NEGATIVO DE
COMPETÊNCIA. JUÍZO DA 3ª VARA PENAL DA COMARCA DE BELÉM/PA E JUÍZO DE DIREITO DA
VARA DE CRIMES CONTRA A CRIANÇA E ADOLESCENTES DA COMARCA DE BELÉM/PA.
APURAÇÃO DO CRIME PREVISTO NO ART. 157, §2º, I E II, DO CÓDIGO PENAL E, EM TESE, DO
CRIME TIPIFICADO NO ART. 244-B DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, EM
CONCURSO FORMAL. COMPETÊNCIA DA VARA ESPECIALIZADA PARA O PROCESSAMENTO DO
FEITO EM RAZÃO DA MATÉRIA. PRECEDENTES DA CORTE. CONFLITO CONHECIDO.
DETERMINAÇÃO DA COMPETÊNCIA DA VARA ESPECIALIZADA DE CRIMES CONTRA CRIANÇAS E
ADOLESCENTES PARA PROCESSAR E JULGAR O PRESENTE CASO. DECISÃO UNÂNIME.
RELATORA: DESA. VERA ARAÚJO DE SOUZA. Considerando a análise dos autos e dos julgados do
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Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, julgo incompetente o juízo e determino a redistribuição dos
presentes autos à Vara Penal da Capital de Crimes Contra Crianças e Adolescentes, competente para
processar e julgar o feito, em razão da matéria (ratione materiae), com espeque no art. 74 do Código de
Processo Penal. Encaminhem-se os autos à Secretaria da Distribuição do Fórum Criminal, para proceder à
devida redistribuição à Vara competente. Dê-se baixa na distribuição, fazendo-se as anotações devidas no
Sistema de Acompanhamento processual - LIBRA. Intimem-se. Diligencie-se. Belém (PA), 22 de fevereiro
de 2019. Dr. Altemar da Silva Paes. Juiz de Direito da 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (jm)
PROCESSO: 00026321020028140401 PROCESSO ANTIGO: 200220030308
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALTEMAR DA SILVA PAES Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 DENUNCIANTE:MINISTERIO PUBLICO ESTADUAL
DENUNCIADO:VANDERLEIA FERREIRA DE OLIVEIRA Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA
PUBLICA (ADVOGADO) DENUNCIADO:EMANOEL SANTOS DENUNCIADO:DENIZE FERREIRA DE
OLIVEIRA DENUNCIADO:RICARDO LUIZ RODRIGUES DENUNCIADO:SONIA MARIA CRUZ
NASCIMENTO DENUNCIADO:RAIMUNDO NONATO CALANDRINI AZEVEDO FILHO. Processo nº
0002632-10.2002.814.0401 R. H. Em face da análise dos autos e da certidão de fl. 629, volume II,
encaminhem-se os presentes à representante do Ministério Público, para que se manifeste sobre a não
localização do endereço e intimação da acusada DENIZE FERREIRA DE OLIVEIRA, para a audiência de
instrução e julgamento por carta precatória. Após manifestação ministerial, voltem-me conclusos. Cumpra-
se. Belém (PA), 22 de fevereiro de 2019. Dr. Altemar da Silva Paes. Juiz de Direito da 4ª Vara Penal do
Juízo Singular da Capital. (jm) PROCESSO: 00033636220188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALTEMAR DA SILVA PAES Ação: Procedimento
Comum em: 22/02/2019 DENUNCIADO:RICARDO WAGNELE CESAR CABRAL VITIMA:O. E. . Processo
nº 0003363-62.2018.814.0401 Vistos. 1. Tendo em vista que o acusado RICARDO WAGNELE CESAR
CABRAL, apesar de regularmente citado, por edital (fl. 65), não nomeou procurador legal e não foi
localizado nos endereços dos autos, em que pese os esforços e diligências do juízo, suspendo o processo
e o prazo prescricional em relação ao réu, nos termos do art. 366 do CPP. 2. Nomeio o Defensor Público
vinculado a esta Vara Penal, para a defesa do acusado citado por Edital, devendo o mesmo apresentar
resposta escrita inicial, nos moldes do art. 396 do CPP. Belém (PA), 22 de fevereiro de 2019. Dr. Altemar
da Silva Paes. Juiz de Direito da 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (jm) PROCESSO:
00066764320148140701 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ALTEMAR DA SILVA PAES Ação: Crimes Ambientais em: 22/02/2019 DENUNCIADO:ADAILTON DA
SILVA PEREIRA VITIMA:A. C. DENUNCIANTE:MINISTERIO PUBLICO ESTADUAL . Processo nº
0006676-43.2014.814.0701 Vistos. 1. Tendo em vista que o acusado ADAILTON DA SILVA PEREIRA,
apesar de regularmente citado, por edital (fl. 56), não nomeou procurador legal e não foi localizado nos
endereços dos autos, em que pese os esforços e diligências do juízo, suspendo o processo e o prazo
prescricional em relação ao réu, nos termos do art. 366 do CPP. 2. Nomeio o Defensor Público vinculado a
esta Vara Penal, para a defesa do acusado citado por Edital, devendo o mesmo apresentar resposta
escrita inicial, nos moldes do art. 396 do CPP. Belém (PA), 22 de fevereiro de 2019. Dr. Altemar da Silva
Paes. Juiz de Direito da 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (jm) PROCESSO:
00095632220178140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
ALTEMAR DA SILVA PAES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 VITIMA:A. S. C.
DENUNCIADO:ADILSON JOSE LIMA ANDRADE JUNIOR DENUNCIANTE:MINISTERIO PUBLICO
ESTADUAL . Processo nº 0009563-22.2017.814.0401 Vistos. 1. Tendo em vista que o acusado ADILSON
JOSÉ LIMA ANDRADE JÚNIOR, apesar de regularmente citado, por edital (fl. 85), não nomeou procurador
legal e não foi localizado nos endereços dos autos, em que pese os esforços e diligências do juízo,
suspendo o processo e o prazo prescricional em relação ao réu, nos termos do art. 366 do CPP. 2.
Nomeio o Defensor Público vinculado a esta Vara Penal, para a defesa do acusado citado por Edital,
devendo o mesmo apresentar resposta escrita inicial, nos moldes do art. 396 do CPP. Belém (PA), 22 de
fevereiro de 2019. Dr. Altemar da Silva Paes. Juiz de Direito da 4ª Vara Penal do Juízo Singular da
Capital. (jm) PROCESSO: 00105266420168140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALTEMAR DA SILVA PAES Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 DENUNCIADO:MAICON PATRICIO DINIZ DA CUNHA
Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR)
VITIMA:A. S. G. . Processo nº 0010526-64.2016.814.0401 R. Hoje. Considerando analise dos autos,
determino que a Secretaria do juízo realize e proceda todas as diligências necessárias para a intimação
das partes e testemunhas arroladas, para a realização da audiência de instrução e julgamento, designada
à fl. 146 dos autos. Belém (PA), 22 de fevereiro de 2019. Dr. Altemar da Silva Paes. Juiz de Direito da 4ª
Vara Penal do Juízo Singular da Capital. (jm) PROCESSO: 00110127720058140401 PROCESSO
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registrado, a decisão foi fundamentada na garantia da ordem pública e que as medidas cautelares, no
caso concreto, são insuficientes para resguardar a conveniência da instrução processual, fundamentos
que se mantem para lastrear a prisão cautelar já decretada, pois a ação delituosa de roubo, mediante o
emprego de arma de fogo, com concurso de pessoas, ocorreu em via pública, tendo a vítima travado luta
corporal com o denunciado KALEU NACIMENTO DA SILVA e sido surpreendida pelo requerente,
WASHINGTON LUIZ DA PAIXÃO NETO, o qual teria apontado a arma para a cabeça da vítima e pedido
que a mesma entregasse o celular se não iria morrer, caracterizando a periculosidade do agente,
necessária para autorizar a custódia cautelar. Ademais, a instrução processual ocorre em seus tramites
normais, sem excesso de prazo, com audiência já designada para o dia 09/04/2019, oportunidade na qual
será concluída a instrução com a oitiva da vítima e interrogatórios dos denunciados, não sendo motivo
para a revogação da custódia cautelar. Vale asseverar, que a revogação da prisão preventiva, nos termos
dispostos no art. 316 do Código de Processo Penal, somente é possível quando houver alteração
substancial no estado da causa, ou seja, quando desaparecerem as razões de sua decretação, o que não
é o caso dos presentes autos, pois subsistem íntegros os fundamentos da prisão preventiva decretada.
Diante do exposto, INDEFIRO O PEDIDO DE REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA, por entender que
se mantem presentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva, mantendo a PRISÃO CAUTELAR
de WASHINGTON LUIZ DA PAIXÃO NETO. Sem prejuízo, cumpram-se as demais determinações
constantes do termo de audiência à fl. 138. Intimem-se. Belém/PA, 22 de fevereiro de 2019. MARIA DE
FÁTIMA A DA SILVA Juíza de Direito Auxiliando a 4ª Vara Penal do Juízo Singular da Capital.
PROCESSO: 00331948420158140200 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ALTEMAR DA SILVA PAES Ação: Processo
Administrativo em: 22/02/2019 ENCARREGADO:KAYDSON FERNANDO DOS REIS CUNHA
INDICIADO:JEFFERSON FARIAS DOS SANTOS VITIMA:R. L. S. VITIMA:G. C. R. VITIMA:R. N. S. A. .
Autos nº 0033194-84.2015.814.0200 R. Hoje. Em face do parecer ministerial à fl. retro, observa-se que os
autos de nº 0005156-46.2012.814.0401, onde figura como acusado JEFFERSON FARIAS DOS SANTOS,
foram encaminhados à 1ª Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares da Capital, para o
cumprimento de diligências requeridas pelo representante do Ministério Público. Em face do exposto,
encaminhem-se os autos à 1ª Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares da Capital, para que
juntem os presentes aos autos de nº 0005156-46.2012.814.0401, onde figura como acusado JEFFERSON
FARIAS DOS SANTOS. Após a juntada, façam-se as alterações necessárias no sistema de
acompanhamento processual e arquivem-se os autos, com as devidas cautelas legais e de praxe.
Cumpra-se. Belém (PA), 22 de fevereiro de 2019. Dr. Altemar da Silva Paes. Juiz de Direito da 4ª Vara
Penal do Juízo Singular da Capital. (jm)
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que ninguém no futuro possa alegar ignorância, será o presente publicado e afixado na forma da Lei. Dado
e passado nesta Cidade de Belém, Capital do Estado do Pará, secretaria da 5ª. Vara Criminal, aos 14
(quatorze) dias do mês de FEVEREIRO do ano de 2019. Eu, Antônio Hilário Pereira da Costa, Diretor de
Secretaria, da 5ª. Vara Criminal, o digitei e subscrevi. HELOÍSA HELENA DA SILVA GATO Juíza de
Direito Auxiliar da Comarca da Capital respondendo pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém Portaria
nº 1.061/2017 PROCESSO: 00230612520168140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ANTONIO HILARIO PEREIRA DA COSTA Ação:
Procedimento Comum em: 14/02/2019 VITIMA:O. E. INDICIADO:BRUNO POMBO MONTORIL.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ FÓRUM CRIMINAL DA CAPITAL/ 5ª VARA DO JUÍZO
SINGULAR Rua Tomázia Perdigão, 260. Anexo São João. Cidade Velha. 66.015-260. Belém-PA
Secretaria: (91) 3205-2158 CERTIDÃO DE TRÂNSITO EM JULGADO Certifico e dou fé que a decisão que
concedeu suspensão condicional do processo ao denunciado: BRUNO POMBO MONTORIL, transitou em
julgado ao Ministério Público em 15/05/2018 e para a Defesa em 15/05/2018. O referido é verdade e dou
fé. Belém, 14 de fevereiro de 2019. Antônio Hilário Pereira da Costa Diretor de Secretaria 5ª Vara Criminal
da Capital PROCESSO: 00003156120198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação:
Inquérito Policial em: 15/02/2019 INVESTIGADO:EM APURACAO VITIMA:M. V. N. . DESPACHO /
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Processo nº 0000315-61.2019.814.0401 Trata-se de Inquérito Policial
instaurado para a apuração de suposto crime de receptação (artigo 180, do Código Penal Brasileiro), em
tese praticado por PEDRO HENRIQUE BLASBERG PINHEIRO. Após a conclusão do procedimento
investigativo, o Ministério Público requereu o arquivamento do presente Inquérito Policial, por atipicidade
da conduta, visto que o fato investigado evidentemente não constitui crime. Compulsando os autos, e as
razões expostas pelo Parquet, constata-se que não há igualmente a presença da justa causa para
propositura de ação penal, visto que para o início do processo, é necessária a presença de lastro
probatório mínimo quanto à prática do delito e quanto à autoria. É o denominado fumus comissi delicti, a
ser compreendido como a presença de prova da existência do crime e de indícios de autoria. Desta feita,
esgotadas as diligências investigatórias, e tendo verificado o Promotor de Justiça que não há elementos
de informação quanto à autoria do fato delituoso, opinou pelo arquivamento dos autos Isto posto, acolho o
parecer ministerial, em todos os seus termos, e determino o ARQUIVAMENTO dos autos do inquérito
policial, nos moldes do art. 28, do CPP, sem prejuízo aos requisitos dispostos do Art. 18, do mesmo
Código, bem como à Súmula 524, do Supremo Tribunal Federal. Intime-se o Ministério Público. Dê-se
baixa no sistema LIBRA e efetuem-se as anotações e comunicações de estilo. Cumpra-se. Belém-PA, 15
de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital
Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO:
00009239020108140401 PROCESSO ANTIGO: 201020037631
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 15/02/2019 DENUNCIADO:ALEXANDRE DE MOURA TEIXEIRA
Representante(s): DEFENSORIA PUBLICA (ADVOGADO) OAB 21529 - FABIELE MONTENEGRO
MENDES FACIOLA (ADVOGADO) DENUNCIADO:EVANDRO JOSE SOUZA DA SILVA Representante(s):
OAB 100101002301 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) NAO
INFORMADO:IVANILDO PEREIRA DOS SANTOS-DPC DENUNCIADO:ALVARO AUGUSTO FERREIRA
DA SILVA JUNIOR Representante(s): OAB 11857 - SEVERINO ANTONIO ALVES (ADVOGADO)
VITIMA:A. N. C. F. DENUNCIADO:ANDREY GILMAR DE OLIVEIRA CAMPELLO Representante(s): OAB
9089 - MARCIA HELENA RAMOS AGUIAR (ADVOGADO) OAB 5146 - ADEMAR GALVAO DE LIMA
NETO (ADVOGADO) DENUNCIADO:HILTON LIMA DE FREITAS Representante(s): OAB 7949 -
HELIANA MAIA FEITOSA (ADVOGADO) OAB 11225 - BENEDITA PEREIRA COSTA (ADVOGADO) .
DESPACHO / DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Processo 0000923-90.2010.814.0401 Considerando as
certidões apresentadas às fls. 770, 777 e 778, intime-se o acusado ALEXANDRE DE MOURA TEIXEIRA,
devendo ser diligenciado pelo Senhor Oficial de Justiça no sentido de retornar ao local da diligência em
dias e horários alternados quantas vezes forem necessárias. Intime-se o Réu HILTON LIMA DE FREITAS
no endereço constante à fl. 559 do Volume III dos presentes autos. Intime-se o Réu ANDREY GILMAR DE
OLIVEIRA CAMPELO no endereço constante à fl. 537 do Volume III dos presentes autos CUMPRA-SE
COM URGÊNCIA. Processo de meta do CNJ. Belém-PA, 15 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA
SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca de
Belém Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO: 00019767520198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação:
Inquérito Policial em: 15/02/2019 INDICIADO:EM APURACAO VITIMA:J. B. A. . DESPACHO / DECISÃO
INTERLOCUTÓRIA Processo nº 0001976-75.2019.814.0401 Trata-se de Inquérito Policial instaurado para
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a apuração de suposto crime de furto qualificado (Artigo 155, §4 do Código Penal Brasileiro). Após a
conclusão do procedimento investigativo, o Ministério Público requereu o arquivamento do presente
Inquérito Policial, por não ter sido elucidada a autoria delitiva. Compulsando os autos, e as razões
expostas pelo Parquet, constata-se que não há a presença da justa causa para propositura de ação penal,
visto que para o início do processo, é necessária a presença de lastro probatório mínimo quanto à prática
do delito e quanto à autoria. É o denominado fumus comissi delicti, a ser compreendido como a presença
de prova da existência do crime e de indícios de autoria. Desta feita, esgotadas as diligências
investigatórias, e tendo verificado o Promotor de Justiça que não há elementos de informação quanto à
autoria do fato delituoso, opinou pelo arquivamento dos autos Isto posto, acolho o parecer ministerial, em
todos os seus termos, e determino o ARQUIVAMENTO dos autos do inquérito policial, nos moldes do art.
28, do CPP, sem prejuízo aos requisitos dispostos do Art. 18, do mesmo Código, bem como à Súmula
524, do Supremo Tribunal Federal. Intime-se o Ministério Público. Dê-se baixa no sistema LIBRA e
efetuem-se as anotações e comunicações de estilo. Cumpra-se. Belém-PA, 15 de fevereiro de 2019.
HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara
Criminal da Comarca de Belém Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO: 00025855820198140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HEYDER TAVARES DA
SILVA FERREIRA Ação: Inquérito Policial em: 15/02/2019 VITIMA:O. E. INDICIADO:MAIK HENRIQUE
DAMASCENO DOS SANTOS Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR)
INDICIADO:EMERSON BARBOSA E BARBOSA Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA
(DEFENSOR) . Considerando que o inquérito policial pertinente ao presente processo encontra-se
relatado e concluído pela autoridade policial, encaminhado para esta Vara de Inquéritos Policiais em razão
do art. 2º, da Resolução TJE-PA nº 17/2008, com redação dada pela Resolução nº 10/2009-GP de
15/06/2009, Determino DE ORDEM do Exmo. Sr. Dr. Heyder Tavares da Silva Ferreira, Juiz de Direito
titular da 1ª Vara de Inquéritos Policiais, fundado na Portaria 001/2014 - 1ª Vara de Inquéritos Policiais
(Publicada no DJE 03/04/2014), o encaminhamento dos autos à distribuição para as providências
ulteriores, em tudo observada a literalidade da Resolução nº 17/2008-GP, com sua redação alterada pela
resolução nº 010/2009-GP. Publique-se. Cumpra-se. Belém (PA), 15 de fevereiro de 2019.
____________________ ROSEANE SCHWOB Diretora de Secretaria 1ª Vara de Inquéritos Policiais
PROCESSO: 00028519520178140601 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): GILDES MARIA SILVEIRA LIMA Ação: Termo
Circunstanciado em: 15/02/2019 AUTOR DO FATO:GILMAR DE SOUZA MERCES VITIMA:A. J. V. S. .
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL
CRIMINAL DE BELEM PROC. Nº. 0003652-55.2010.8.14.0601, art. 129 do CPB AUTOR DO FATO:
ADRIANA JOYCE VIEIRA DA SILVA VÍTIMA: GILMAR DE SOUZA MERCES PROC. Nº. 0002851-
95.2017.8.14.0601, art. 163 do CPB AUTOR DO FATO: GILMAR DE SOUZA MERCES VÍTIMA: ADRIANA
JOYCE VIEIRA DA SILVA DEFENSOR PÚBLICO: TERMO DE AUDIÊNCIA PRELIMINAR Às dez horas e
dez minutos do dia 12 de fevereiro de 2019, nesta cidade de Belém, na sala de audiências da 1ª Vara do
Juizado Especial Criminal, onde se encontravam presentes a Exma. Sra. GILDES MARIA SILVEIRA LIMA,
Juíza de Direito Titular, a ilustre Representante do Ministério Público, na pessoa da Dra. ROSANA PAES
PINTO, comigo Carlos Vale, analista judiciário. Aí, no horário aprazado para a audiência e após o pregão
de praxe, compareceu o sr. GILMAR DE SOUZA MERCES, RG 2763628 PC/PA, CPF 723.907.602-44.
Ausente a sra. ADRIANA JOYCE VIEIRA DA SILVA, embora devidamente intimada, conforme Certidão de
fls. 41 do processo 0003652-55.2010.8.14.0601 e 46 do processo 0002851-95.2017.8.14.0601. O sr.
GILMAR DE SOUZA MERCES declara neste ato que tramita na 5a Vara Criminal de Belém o feito nº
0018708-05.2017.8.14.0401, envolvendo as mesmas partes e os fatos ocorridos no dia 04/06/2017, objeto
também dos feitos 0003652-55.2010.8.14.0601 e 0002851-95.2017.8.14.0601, que tramitam nesta Vara
de Juizado. Dada a palavra ao Órgão do Ministério Público este se manifestou nos seguintes termos:
"MMa. Juíza, da análise dos autos observo que há outro processo, em trâmite na 5a Vara Criminal
(Processo 0018708-05.2017.8.14.0401), acerca de fatos ocorridos na mesma data e envolvendo as
mesmas partes, com capitulação de pena que extrapola a competência do JECrim, do que se presume a
conexão com as presentes ações, atraindo a competência também para processar e julgar os presentes
feitos. Assim sendo, o MP requer que sejam os feitos 0003652-55.2010.8.14.0601 e 0002851-
95.2017.8.14.0601 encaminhados à 5a Vara Penal da Capital para os fins de direito. Pede deferimento.
DECISÃO: Acolho a manifestação do Órgão do Ministério Público tendo em vista que o presente feito tem
identidade de partes, com fatos ocorridos em mesmo local e espaço temporal (Processo 0018708-
05.2017.8.14.0401), pelo que se depreende a conexão entre os feitos, nos termos do art. 76, I e 78, III,
razão pela qual determino a remessa dos autos 0003652-55.2010.8.14.0601 e 0002851-
95.2017.8.14.0601 à 5a Vara Penal da Capital, para os fins de direito. Cumpra-se com as cautelas de
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estilo. Nada mais havendo, encerrou-se o presente termo às 11:00h, que lido e achado conforme, vai
devidamente assinado. Eu ,........, Carlos Vale, analista judiciário, digitei e assino. Juíza de Direito
___________________________________ Promotora de Justiça _______________________________
Autor do fato / vítima GILMAR _________________________ PROCESSO: 00083098820048140401
PROCESSO ANTIGO: 200420209543 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA
HELENA DA SILVA GATO Ação: Petição Criminal em: 15/02/2019 REQUERENTE:RAIMUNDO
BENASSULY MAUES JUNIOR REQUERIDO:ELEMENTO DE ALCUNHA EDSON OU TIOZINHO.
DESPACHO / DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Processo 0008309-88.2004.814.0401 Trata-se de
representação da Autoridade Policial por Busca e Apreensão Domiciliar e Pessoal deferida às fls. 11/13, e
remetida ao Arquivo Geral do Tribunal de Justiça em 26.01.2018. Ademais, fora realizada consulta ao
sistema LIBRA, não se obtendo qualquer informação acerca da existência de ação penal instaurada em
virtude do supracitado mandado. Isto posto, acolho o parecer ministerial (à fl. 17), em todos os seus
termos, e determino o ARQUIVAMENTO dos autos de Busca e Apreensão, por perda do objeto. Intime-se
o Ministério Público. Dê-se baixa no sistema LIBRA e efetuem-se as anotações e comunicações de estilo.
Cumpra-se. Belém-PA, 15 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito
Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém Portaria nº 1060/2017-
GP PROCESSO: 00083759120178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Crimes
de Calúnia, Injúria e Difamação de Competência d em: 15/02/2019 QUERELANTE:MARCIO PEREIRA
BITENCOURTE Representante(s): OAB 15457 - TADZIO GERALDO NAZARETH DIAS (ADVOGADO)
QUERELANTE:JOSEANE DOS SANTOS PENHA Representante(s): OAB 15457 - TADZIO GERALDO
NAZARETH DIAS (ADVOGADO) QUERELADO:ADA MENDONCA RESENDE Representante(s): OAB 977
- ROSOMIRO CLODOALDO ARRAIS B.T.DE CASTRO (ADVOGADO) OAB 20115 - LUAN ATA QUEIROZ
ABADESSA DA SILVA (ADVOGADO) OAB 20839 - MARIA ALESSANDRA DA SILVA COSTA
(ADVOGADO) OAB 3609 - IONE ARRAIS DE CASTRO OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 26058 - CEZAR
VILLAR MAGALHÃES PANTOJA (ADVOGADO) OAB 26245 - MANFREDO CARLOS LAMBERG NETO
(ADVOGADO) OAB 26408 - VERONICA ARAUJO PACHECO (ADVOGADO) OAB 26588 - REBEKA
VILAROUCA PEREIRA E SILVA (ADVOGADO) OAB 8425-E - ANA PRISCILA CORREA COSTA
(ADVOGADO) OAB 26935 - RAFAELA LEMOS DA COSTA (ADVOGADO) OAB 5555 - FERNANDO
AUGUSTO BRAGA OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 7760 - FABIO LUIS FERREIRA MOURAO
(ADVOGADO) OAB 15352 - BARBARA ARRAIS DE CASTRO CARVALHO (ADVOGADO) OAB 15234 -
SIMONE HATHERLY ARRAIS DE CASTRO FERREIRA (ADVOGADO) QUERELADO:LUIZ RESENDE
Representante(s): OAB 977 - ROSOMIRO CLODOALDO ARRAIS B.T.DE CASTRO (ADVOGADO) OAB
20115 - LUAN ATA QUEIROZ ABADESSA DA SILVA (ADVOGADO) OAB 3609 - IONE ARRAIS DE
CASTRO OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 26058 - CEZAR VILLAR MAGALHÃES PANTOJA (ADVOGADO)
OAB 26245 - MANFREDO CARLOS LAMBERG NETO (ADVOGADO) OAB 26408 - VERONICA ARAUJO
PACHECO (ADVOGADO) OAB 26588 - REBEKA VILAROUCA PEREIRA E SILVA (ADVOGADO) OAB
8425-E - ANA PRISCILA CORREA COSTA (ADVOGADO) OAB 26935 - RAFAELA LEMOS DA COSTA
(ADVOGADO) OAB 5555 - FERNANDO AUGUSTO BRAGA OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 15352 -
BARBARA ARRAIS DE CASTRO CARVALHO (ADVOGADO) . DESPACHO / DECISÃO
INTERLOCUTÓRIA Processo 0008375-91.2017.814.0401 Considerando a petição juntada às fls. 220/221,
expeça-se Carta Precatória à Comarca de Marabá, para que o Juízo deprecado proceda a oitiva da
testemunha ITALO FERNANDO MENDONÇA MOTA SILA, visto que não reconheço prejuízo em sua oitiva
em momento posterior. CUMPRA-SE. Belém-PA, 14 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA
GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém
Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO: 00123015620128140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 15/02/2019 VITIMA:P. D. S. DENUNCIADO:ELCIONE DE
ASSUNCAO SOARES BARROS Representante(s): OAB 18301-A - JULIANA DA GAMA RIBEIRO
BRAGANCA (ADVOGADO) AUTORIDADE POLICIAL:DPC - OCIONE MARIA FERREIRA GUIDAO DA
SILVA DENUNCIADO:FRANCIELI EVANGELISTA DOS ANJOS Representante(s): OAB 3044 - CARLOS
RAIMUNDO GUERRA VEIGA (ADVOGADO) . DESPACHO / DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Processo nº
0012301-56.2012.814.0401 1. Recebo a Apelação interposta pela Defensoria Pública (fl. 288) em favor de
FRANCIELI EVANGELISTA DOS ANJOS, eis que tempestiva. 2. Dê-se vista dos autos ao Defensor
Público para arrazoar o recurso, no prazo de 08 (oito) dias, conforme se depreende do artigo 600, do
Código de Processo Penal. 3. Após, ao Ministério Público para que apresente as contrarrazões,
igualmente no prazo de 08 (oito) dias. 4. Apresentadas, encaminhem-se os autos ao Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado do Pará, com as homenagens de estilo e sob as cautelas legais, na forma do Artigo 602,
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do Código Processual Penal. CUMPRA-SE COM URGÊNCIA. Processo de Meta do CNJ. Belém-PA, 15
de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital
Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO:
00138912920168140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Procedimento Comum em: 15/02/2019 INDICIADO:ANTONIO
VIEIRA DE LIMA Representante(s): OAB 22599 - CHIDI HENRY SANCHES OTOBO (ADVOGADO)
VITIMA:A. S. B. R. VITIMA:N. C. S. M. . SENTENÇA Processo nº 0013891-29.2016.814.0401 Ação Penal
- Art. 303, § único, Art. 304, Art. 305, da Lei nº 9.503/97 Autor: Ministério Público Denunciado: Antonio
Vieira de Lima Vítima: Antonio Sergio Belém Rodrigues Niejila Cristina de Sousa Melo I - Relatório: O
MINISTÉRIO PÚBLICO no uso de suas atribuições ofereceu DENÚNCIA em face de ANTONIO VIEIRA
DE LIMA, brasileiro, paraense, solteiro, nascido em 27.08.1964, filho de Raimundo Freitas de Lima e
Domingas Vieira de Lima, residente e domiciliado na Avenida Augusto Montenegro, Invasão Fé em Deus,
Rua Tancredo Neves, Quadra 05, casa nº 101, bairro Aguas Negras, Distrito de Icoaraci, neste município,
pela prática do delito tipificado no Art. 303, parágrafo único, Art. 304 e 305, da Lei nº 9.503/97. Relata a
Denúncia de fls. 02/06: "(...) Narra a peça policial que embasa a presente denúncia que no dia 16/04/2016,
por volta das 11h, as vítimas Antonio e Niejila estavam trafegando na Rodovia Augusto Montenegro, numa
motocicleta Honda NXR150, de placa OFK-8802, próximo ao Supermercado Líder, quando o veículo foi
"fechado" por duas vezes pelo automóvel Fiat/Palio de placa JUL-6551, que trafegava na pista lateral do
mesmo sentido que as vítimas. Num dado momento, de maneira repentina e sem sinalizar, o denunciado
tentou passar para a mesma pista em que as vítimas trafegavam, momento em que colidiu com a
motocicleta em que elas estavam trafegando, as quais caíram no chão. Como resultado da imprudência do
acusado, a vítima ANTONIO SERGIO BELÉM RODRIGUES sofreu lesão em seu pé direito, com múltiplas
escoriações também em seu joelho e ombro esquerdo, conforme consta às fls. 11 dos autos. Já a vítima
NIEJILA CRISTINA DE SOUSA MELO apresentou escoriações no pé esquerdo e na região glútea, além
de lesão na coxa esquerda (fls. 15). Ademais, após a colisão, o denunciado acelerou seu veículo,
ultrapassou outros carros e fugiu do local sem prestar nenhum socorro às vítimas, que foram socorridas
por populares e levadas até o Hospital Metropolitano de Belém, onde receberam atendimento médico.
(...)". A instrução criminal foi realizada de forma regular. Em Sede de Memoriais Escritos, o Ministério
Público pugnou pela procedência da ação penal, com a consequente condenação do Denunciado nas
penas descritas no Art. 303 parágrafo único, Art. 304 e Art. 305, da Lei nº 9.503/97, conforme fls. 111/113:
"(...) Ante o exposto, estando provada a culpabilidade do réu no crime pelo qual está sendo processado,
este órgão Ministerial, requer a CONDENAÇÃO de ANTONIO VIEIRA DE LIMA, já qualificado nos autos,
na pena disposta nos arts. 303, parágrafo único, 304 e 305 da Lei nº 9.503/97. (...)". A Defensoria Pública,
em Memoriais Escritos pugna pela improcedência da ação penal, com a absolvição do Denunciado pela
inexistência de tipicidade culposa quanto aso delitos de lesão corporal culposa no trânsito e deixar de
prestar socorro à vítima e ainda, pela absolvição ante a fragilidade do suporte probatório e, no caso de
condenação, que o acusado seja beneficiado com o reconhecimento de circunstâncias judiciais favoráveis,
a fixação do regime inicial de cumprimento da pena mais favorável e substituição de pena privativa de
liberdade pela restritiva de direitos. Tudo conforme razões de fls. 114/122, dos autos. II - Fundamentação:
Cuida-se de Denúncia formulada pelo Ministério Público visando apurar a prática do delito tipificado no Art.
303, parágrafo único, Art. 304 e Art. 305, da Lei nº 9.503/97, tendo como autor do crime o denunciado
ANTONIO VIEIRA DE LIMA. Não existem preliminares para serem analisadas. Passo ao mérito da ação
penal. Do delito capitulado no Art. 303, parágrafo único, da Lei nº 9.503/97 Da Materialidade. A prova da
existência do crime resta consubstanciada pela Ficha de Atendimento de Urgência nº 00337015, de
16.04.2016 do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (fls. 17/19), da Vítima Antonio Sergio
Belém Rodrigues e da Ficha de Atendimento de Urgência nº 00337016, de 6.04.2016 do Hospital
Metropolitano de Urgência e Emergência (fls. 21/23, da Vítima Niejila Cristina de Sousa Melo que apontam
as lesões corporais sofridas por ocasião do acidente de trânsito. Ainda como prova da existência do delito
temos as declarações da Vítima ANTONIO SERGIO BELÉM RODRIGUES quando ouvida em Juízo (fl.
110, gravação audiovisual): Relata a Vítima que no dia do fato estava pilotando sua motocicleta, levando
como passageira sua mulher quando pela manhã, na altura da rotatória da Avenida Augusto Montenegro
com a Avenida do Tapanã, foi "cortado" pela direita pelo veículo conduzido pelo Denunciado. Relata que o
Denunciado resolveu ultrapassar pela "direita" onde estava trafegando a Vítima, e que então jugou seu
veículo de encontro ao veículo d Vítima. Que com o impacto caiu no chão. Relata que o Denunciado não
parou o seu veículo e fugiu do local. Relata ainda que somente conseguiu identificar o veículo acusador do
acidente porque um mototaxista que passou a seguir o veículo do Denunciado, conseguiu localizar o
endereço e a placa do carro. Afirma que não recebeu qualquer "ajuda financeira" por parte do Denunciado,
e que não foi realizada perícia pelo DETRAN no local o acidente, assim como seu veículo não foi
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
periciado. Materialidade comprovada. Da Autoria. A autoria do delito não restou cabalmente demonstrada,
eis que as provas técnicas e testemunhais não foram suficientes para o convencimento deste juízo quanto
a conduta culposa do Réu. Explico. Relata a Vítima ANTONIO SERGIO BELÉM RODRIGUES (fl. 110,
gravação audiovisual) que no dia do fato estava pilotando sua motocicleta, levando como passageira sua
mulher quando pela manhã, na altura da rotatória da Avenida Augusto Montenegro com a Avenida do
Tapanã, foi "cortado" pela direita pelo veículo conduzido pelo Denunciado. Relata que o Denunciado
resolveu ultrapassar pela "direita" onde estava trafegando a Vítima, e que então "jogou" seu veículo de
encontro ao veículo da Vítima. Que com o impacto, a vítima caiu no chão. Relata que o Denunciado não
parou o seu veículo e fugiu do local. Relata ainda que somente conseguiu identificar o veículo causador do
acidente porque um mototaxista que passou a seguir o veículo do Denunciado, conseguiu localizar o
endereço e a placa do carro. Afirma que não recebeu qualquer "ajuda financeira" por parte do Denunciado,
e que não foi realizada perícia pelo DETRAN no local o acidente, assim como seu veículo não foi
periciado. Por sua vez, a testemunha inquirida durante a instrução criminal, VALMIR BILA BARBOSA (fl.
110, gravação audiovisual), relata que não presenciou o momento do acidente, e como estava trabalhando
próximo da avenida, "ouviu" o barulho do acidente e resolveu ir até o local. Relata que já encontrou a
vítima caída, porém, o outro veículo envolvido no acidente não estava mais no local. Por fim, não sabe
informar se houve realização de perícia pela SEMOB ou pelo DETRAN no local do acidente. A outra vítima
NIEJILA CRISTINA DE SOUSA MELO, não foi inquirida em juízo. Por fim, o acusado ANTONIO VIEIRA
DE LIMA, no seu interrogatório em Juízo à fl. 110 - Gravação Audiovisual, não confessa os termos da
denúncia, relatando em resumo que: Relata que não foi responsável pelo acidente envolvendo os dois
veículos. Que na ocasião foi a motocicleta que após realizar uma ultrapassagem em um Ônibus Circular e
que por desatenção não "viu" o veículo do Denunciado que naquele momento trafegava na mesma faixa
da pista, o que acabou por "bater na porta dianteira esquerda (lado do carona) do veículo do Denunciado.
Relata que saiu do local do acidente, porque ficou com "medo". Afirma que seu veículo não foi periciado.
Não sabe informar que o outro veículo envolvido no acidente foi periciado. Diz do Art. 303, parágrafo
único, da Lei nº 9.503/97: "Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:
Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a
habilitação para dirigir veículo automotor. Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade,
se ocorrer qualquer das hipóteses do § 1o do art. 302. § 1o do Art. 302. No homicídio culposo cometido na
direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente: I - não
possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na
calçada III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente; IV
- no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros. O
crime de lesão corporal culposa, não restou cabalmente caracterizado, pois as provas colhidas não
revelam com certeza qual dos dois motoristas dos veículos envolvidos no acidente praticou a conduta
imprudente. Desta forma a versão do acusado assim como a versão da Vítima não encontram amparos
nas provas existentes nos autos, posto que a única testemunha inquirida em juízo, relata que não
presenciou o momento do acidente, não soube informar se houve realização de perícia no local do fato e
ainda se os veículos foram periciados. Por fim, não já nos autos a juntada de laudos periciais do local do
crime ou ainda perícias nos veículos envolvidos que pudessem vir a esclarecer ou corroborar com uma
das versões apresentadas. Do crime culposo: Art. 18, do Código Penal1: Quando o agente deu causa ao
resultado por imprudência, imperícia ou negligência. O crime culposo consiste numa conduta voluntária
que realiza um fato ilícito não querido pelo agente, mas que foi por ele previsto (culpa consciente) ou lhe
era previsível (culpa inconsciente) e que podia ser evitado se o autor atuasse com o devido cuidado. No
crime culposo pune-se a conduta mal dirigida, por falta de cuidado necessário do agente, o que no
presente caso as provas não foram suficientes para apontar com certeza se houve a conduta imprudente
do Denunciado ao dirigir veículo automotor. A absolvição se faz necessária. Do delito capitulado no Art.
304, da Lei nº 9.503/97. Diz o artigo 304: "Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente,
de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de
solicitar auxílio de autoridade pública: Penas - detenção, de 6 (seis) a 1(um) ano, ou multa, se o fato não
constituir elemento de crime mais grave.". Da materialidade. A prova da existência do delito resta
inconteste, ante os documentos juntados nos autos de IPL nº 247/2016.000014-5, especialmente a
ocorrência policial de fl. 10, que assim relata: "Compareceu nesta seccional urbana da SACRAMENTA o
nacional ANTONIO SERGIO BELÉM RODRIGUES, informa que na data e hora acima citado, enquanto
conduzia seu veículo de PLACA OFK 8802/CHASSI 9C2KD0550CR007786, foi surpreendido por um
veículo carro, que cortou a sua frente sem sinalizar e ocasionou uma colisão com o seu veículo, que no
momento foi lançado de sua motocicleta e obteve várias lesões em seu corpo. Relata este para os devidos
fins de direito. //CAUSADOR DO ACIDENTE - VEÍCULO DE PLACA JUL-6551// QUE SE EVADIU DO
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LOCAL//". Ainda como prova da existência do delito temos a confissão em parte do Réu, quando de seu
interrogatório em juízo à fl. 110, gravação audiovisual. Vejamos: Relata que não foi responsável pelo
acidente envolvendo os dois veículos. Que na ocasião foi a motocicleta que após realizar uma
ultrapassagem em um Ônibus Circular e que por desatenção não "viu" o veículo do Denunciado que
naquele momento trafegava na mesma faixa da pista, o que acabou por "bater na porta dianteira esquerda
(lado do carona) do veículo do Denunciado. Relata que saiu do local do acidente, porque ficou com
"medo". Afirma que seu veículo não foi periciado. Não sabe informar que o outro veículo envolvido no
acidente foi periciado. Da existência do delito, resta comprovada. Da Autoria. Da autoria do delito resta
não menos evidente, eis que as provas produzidas durante a instrução criminal restaram concretas em
apontar o Denunciado como autor do delito tipificado no Art. 304, da Lei nº 9.503/97. Como se sabe, o tipo
penal descrito no artigo 304, tem como elemento do tipo, a conduta (verbo) "deixar" o condutor do veículo
de "prestar" imediato socorro à vítima. É tipo autônomo, não se confundindo com a causa de aumento
prevista no Art. 302, § único, III, do Código de Trânsito. Resta inconteste, que o Denunciado como
motorista de veículo, e se envolveu em um acidente de trânsito, conforme as provas juntadas nos autos e
acima especificadas. Das provas produzidas restou comprovado que o Denunciado após a colisão, se
evadiu do local, sem prestar socorro às vítimas do sinistro. Quando de seu interrogatório (fl. 110, gravação
audiovisual), o Denunciado confessa que era um dos motoristas que se envolveu no acidente de trânsito, e
que saiu do local do sinistro porque ficou com "medo". A argumentação do Denunciado não encontra
respaldo probatório nos autos. Não há nenhum elemento no processo que indique situação possível e
concreta que levasse ao Denunciado a possibilidade de sofrer qualquer desconforto, ou que indicasse o
perigo à sua vida ou sua integridade física em permanecer no local e prestar socorro às vítimas, mesmo
porque tal conduta NÃO traz o condão de reconhecimento de culpa pelo acidente de trânsito, eis que, para
averiguação de responsabilidade civil ou penal a apuração será em procedimento próprio. Resta
igualmente comprovado, que o Denunciado não solicitou qualquer auxilio por partes das autoridades
públicas quanto ao socorro às vítimas. Temos provas nos autos, em especial as declarações da Vítima
Antonio Sergio Belém Rodrigues (fl. 110, gravação audiovisual) de que após o acidente, esta foi socorrida
por populares que passavam no local e que acionaram o serviço de ambulância (SAMU). Diante do
exposto, tenho por provas concretas que o Denunciado por ocasião de acidente de veículo, deixou de
prestar socorro às vítimas, sem comprovação de justa causa assim como também não solicitou auxílio às
autoridades públicas, de modo que reconheço como autor do delito tipificado no Art. 304, da Lei nº
9.503/97, de modo que afasto as razões apresentadas pela Defensoria Pública quando de seus memoriais
finais. A condenação se faz necessária. Do delito capitulado no Art. 305, da Lei nº 9.503/97. Do artigo 305:
"Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil
que lhe possa ser atribuída: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 01(um) ano, ou multa. Da existência do
delito. A prova da existência do delito resta inconteste, ante os documentos juntados nos autos de IPL nº
247/2016.000014-5, especialmente a ocorrência policial de fl. 10, que assim relata: "Compareceu nesta
seccional urbana da SACRAMENTA o nacional ANTONIO SERGIO BELÉM RODRIGUES, informa que na
data e hora acima citado, enquanto conduzia seu veículo de PLACA OFK 8802/CHASSI
9C2KD0550CR007786, foi surpreendido por um veículo carro, que cortou a sua frente sem sinalizar e
ocasionou uma colisão com o seu veículo, que no momento foi lançado de sua motocicleta e obteve várias
lesões em seu corpo. Relata este para os devidos fins de direito. //CAUSADOR DO ACIDENTE -
VEÍCULO DE PLACA JUL-6551// QUE SE EVADIU DO LOCAL//". Ainda como prova da existência do
delito temos a confissão em parte do Réu, quando de seu interrogatório em juízo à fl. 110, gravação
audiovisual. Vejamos: Relata que não foi responsável pelo acidente envolvendo os dois veículos. Que na
ocasião foi a motocicleta que após realizar uma ultrapassagem em um Ônibus Circular e que por
desatenção não "viu" o veículo do Denunciado que naquele momento trafegava na mesma faixa da pista,
o que acabou por "bater na porta dianteira esquerda (lado do carona) do veículo do Denunciado. Relata
que saiu do local do acidente, porque ficou com "medo". Afirma que seu veículo não foi periciado. Não
sabe informar que o outro veículo envolvido no acidente foi periciado. Da existência do delito, resta
comprovada. Da Autoria. Da autoria do delito resta não menos evidente, eis que as provas produzidas
durante a instrução criminal restaram concretas em apontar o Denunciado como autor do delito tipificado
no Art. 305, da Lei nº 9.503/97. Como se sabe, o tipo penal descrito no artigo 305, tem como elemento do
tipo, a conduta (verbo) "afastar" o condutor do veículo do local do acidente, para "fugir" à responsabilidade.
É tipo autônomo. Resta inconteste, que o Denunciado como motorista de veículo, e se envolveu em um
acidente de trânsito, conforme as provas juntadas nos autos e acima especificadas. Das provas
produzidas restou comprovado que o Denunciado após a colisão, se evadiu do local do sinistro, com a
finalidade de fugir às responsabilidades. Quando de seu interrogatório (fl. 110, gravação audiovisual), o
Denunciado confessa que era um dos motoristas que se envolveu no acidente de trânsito, e que saiu do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
local do sinistro porque ficou com "medo". A argumentação do Denunciado não encontra respaldo
probatório nos autos. Não há nenhum elemento no processo que indique situação possível e concreta que
levasse ao Denunciado a possibilidade de sofrer qualquer desconforto, ou que indicasse o perigo à sua
vida ou sua integridade física em permanecer no local e prestar todas as informações necessárias visando
facilitar a apuração dos fatos, mesmo porque tal conduta NÃO traz o condão de reconhecimento de culpa
pelo acidente de trânsito, eis que, para averiguação de responsabilidade civil ou penal a apuração será em
procedimento próprio. Resta igualmente comprovado, que o Denunciado após a colisão, se evadiu do local
dos fatos, com a clara intenção de fugir às responsabilidades. Temos provas nos autos, em especial as
declarações da Vítima Antonio Sergio Belém Rodrigues (fl. 110, gravação audiovisual) de que após o
acidente, o Denunciado se evadiu do local e somente foi identificado após uma terceira pessoa conseguir
sua localização, o que reforça e comprova a saída do Denunciado do local do acidente com a clara
intenção de eximir-se das responsabilidade civis ou penais que poderiam ser-lhes atribuídas
posteriormente. Assim entende a jurisprudência. EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - LESÃO CORPORAL
NA DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR (ART. 303, CTB), CIRCUNSTANCIADO POR NÃO POSUIR
PERMISSÃO/HABILITAÇÃO PARA DIRIGIR - ABSOLVIÇÃO POR INSUFICIÊNCIA DE PROVAS -
AUTORIA E MATERIALIDADE DEVIDAMENTE COMPROVADAS - FUGA DO LOCAL PARA EXIMIR-SE
DA RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL (ART. 305, CTB) - INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA
- NÃO COMPROVADO - INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 305 DO CTB - DIREITO AO
SILÊNCIO - SEM RAZÃO - CONCESSÃO DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA - COMPETÊNCIA DO JUÍZO
DA EXECUÇÃO PENAL - RECURSO DESPROVIDO. 1. Não há falar em absolvição por insuficiência de
provas quando a autoria e a materialidade encontram-se sobejamente comprovadas. 2. As provas
apontam que o apelante foi negligente, pois, voluntariamente, deixou de observar dever objetivo de
cuidado ao dirigir veículo automotor com os faróis desligados, em momento de forte chuva e no período
noturno, colidindo com a motocicleta da vítima e causando nesta as lesões descritas no laudo de exame
de corpo de delito. Criou um risco não permitido, que se realizou no caso concreto, encontrando-se dentro
do alcance do tipo. 3. No direito penal não há compensação de culpas. Logo, acaso o condutor da
motocicleta tenha incorrido em comportamento também negligente ou imprudente, essa valoração deve
ser feita no momento de fixação da reprimenda (pena-base), transmudando-se em circunstância judicial
favorável (comportamento da vítima, artigo 59 do Código Penal). 4. A fuga do local para eximir-se da
responsabilidade civil ou penal que lhe possa ser atribuída é delito autônomo (art. 305, do CTB), não se
confundindo com o tipo de deixar de prestar socorro à vítima (art. 304, do CTB) ou com a causa de
aumento de pena do homicídio culposo e lesão corporal culposa de deixar de prestar socorro à vítima
(artigo 302, parágrafo único, III, CTB). 5. Não há falar em inexigibilidade de conduta diversa, quando as
provas demonstram que o único intuito do apelante, ao fugir do local dos fatos, era de se escusar das
obrigações legais a ele impostas, especialmente pelo fato de não possuir carteira de habilitação, não
havendo qualquer elemento probatório nos autos que indicasse o perigo à sua vida ou integridade física. 6.
A artigo 305 do Código de Trânsito não é inconstitucional e não viola a garantia de não se produzir provas
contra si mesmo, pois apenas determina que os sujeitos envolvidos em acidente automobilístico
permaneçam no local para facilitar a apuração dos fatos e a averiguação da responsabilidade civil e
criminal dos envolvidos. 7. O pedido de concessão de justiça gratuita deve ser formulado perante o Juízo
da Execução Penal, órgão competente para verificar a condição de hipossuficiência econômica do
condenado, tendo em vista que não cabe à Turma Recursal, em sede de apelação, fazer tal avaliação. 8.
Recurso desprovido. (TJDF - Apelação Criminal - Processo 20090510083840 APR - 2ª Turma Criminal -
Rel. Des. Silvanio Barbosa, julgado em 28.08.2014) Diante do exposto, tenho por provas concretas que o
Denunciado por ocasião de acidente de veículo, se afastou do local do acidente, sem comprovação de
justa causa com a clara intenção de se eximir das responsabilidades por ventura apuradas posteriormente,
consequentemente reconheço como autor do delito tipificado no Art. 305, da Lei nº 9.503/97, de modo que
rechaço as razões apresentadas pela Defensoria Pública quando de seus memoriais finais. A condenação
se faz necessária. III - Dosimetria: Quanto ao delito capitulado no Art. 304, da Lei nº 9.503/97. Passo ao
que determina o Art. 59 do Código Penal: O RÉU não apresenta antecedentes criminais (fl. 123); A
culpabilidade é das mais censuráveis. Mais censurável, ainda, pela opção deliberada do agente criminoso
em agir ao arrepio da norma legal, podendo fazê-lo em conformidade com ela. A conduta social sem
dados específicos nos autos para uma avaliação mais detalhada; Os motivos determinantes do crime são
desconhecidos; As circunstâncias do crime sem dados específicos para uma avaliação. Por fim, as
consequências do crime concorrem para o aumento da violência no trânsito, o que desencadeia uma série
de malefícios à sociedade e atinge diretamente os cidadãos de bem. Fixação da Pena-Base/Definitiva:
Diante do que, fixo a pena-base em 01 (um) ano de detenção. Ausência de agravantes. Presente a
atenuante da confissão espontânea, prevista no artigo 65, III, "d", do Código Penal, razão pela qual
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
diminuo em 06 (seis) meses, tornando a pena-base em 06 (seis) meses de detenção. Ausência de causa
de Diminuição e de Aumento. IV - Da Detração - Lei nº 12. 736/2012. Constate-se que o Denunciado
respondeu ao processo em liberdade, razão pela qual deixo de aplicar a detração, restando a pena-base
de 06 (SEIS) MESES DE DETENÇÃO. Quanto ao delito capitulado no Art. 305, da Lei nº 9.503/97. Passo
ao que determina o Art. 59 do Código Penal: O RÉU não apresenta antecedentes criminais (fl. 123); A
culpabilidade é das mais censuráveis. Mais censurável, ainda, pela opção deliberada do agente criminoso
em agir ao arrepio da norma legal, podendo fazê-lo em conformidade com ela. A conduta social sem
dados específicos nos autos para uma avaliação mais detalhada; Os motivos determinantes do crime são
desconhecidos; As circunstâncias do crime sem dados específicos para uma avaliação. Por fim, as
consequências do crime concorrem para o aumento da violência no trânsito, o que desencadeia uma série
de malefícios à sociedade e atinge diretamente os cidadãos de bem. Fixação da Pena-Base/Definitiva:
Diante do que, fixo a pena-base em 01 (um) ano de detenção. Ausência de agravantes. Presente a
atenuante da confissão espontânea, prevista no artigo 65, III, "d", do Código Penal, razão pela qual
diminuo em 06 (seis) meses, tornando a pena-base em 06 (seis) meses de detenção. Ausência de causa
de Diminuição e de Aumento. IV - Da Detração - Lei nº 12. 736/2012. Constate-se que o Denunciado
respondeu ao processo em liberdade, razão pela qual deixo de aplicar a detração, restando a pena-base
de 06 (SEIS) MESES DE DETENÇÃO. Deixo de aplicar o preceito contido no Art. 70, do Código Penal, por
entender incabível no caso concreto, posto que a ação praticada pelo Denunciado foi comprovadamente
dolosa e os dois crimes resultaram de desígnios autônomos. V - Da Soma das Penas: Soma-se a pena do
Crime do Art. 304, da Lei nº 9.503/97 de 06 (seis) meses de detenção e mais a do Crime do Art. 305, da
Lei nº 9.503/97 de 06 (seis) meses de detenção, resultando em uma pena final de 01 (um) ano de
detenção, como concreta, definitiva e final. VI - DISPOSITIVO: Ante o exposto julgo procedente em parte a
denúncia de fls. 02/06 para ABSOLVER o réu ANTONIO VIEIRA DE LIMA, brasileiro, paraense, solteiro,
nascido em 27.08.1964, filho de Raimundo Freitas de Lima e Domingas Vieira de Lima, residente e
domiciliado na Avenida Augusto Montenegro, Invasão Fé em Deus, Rua Tancredo Neves, Quadra 05,
casa nº 101, bairro Aguas Negras, Distrito de Icoaraci, neste município, pela prática do delito capitulado no
Art. 303, Parágrafo único, da Lei nº 9.503/97, com fundamento no Art. 386, VII, do Código de Processo
Penal e para CONDENAR o Denunciado pela prática dos delitos tipificados nos Art. 304 e Art. 305, da Lei
nº 9.503/97, eis que comprovadas materialidade e autoria delitivas. O regime de cumprimento da pena é o
ABERTO, posto que as circunstâncias judicias possibilitam a aplicação do Art. 33, § 2º, "c" e § 3º, do
Código Penal. O sentenciado preenche os requisitos objetivos e subjetivos de que trata o Art. 44, do
Código Penal, razão pela SUBSTITUO a pena de detenção pela pena restritiva de direitos, consistente em
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE, pelo prazo de 01 (um) ano, na forma do Art. 44, I, III e
Parágrafo 2º, do Código Penal, em local e horário estabelecidos pelo Juízo da Execução Penal
competente. Para fins de recurso, permanece a situação atual do denunciado. Após o Trânsito em
Julgado, Expeça-se a Guia de Cumprimento de Penas e Medidas Alternativas acompanhada dos
documentos necessários e remeta-se ao Juízo da Execução competente - VEPMA. Proceda-se todas as
comunicações e as anotações de estilo, inclusive as de interesse estatísticos e à Justiça Eleitoral. Para o
caso de objetos apreendidos, determino o cumprimento do que determinam os Provimentos nº 006/2008 e
010/2008 da CJRMB. Isento de Custas. Após proceder às respectivas baixas, inclusive os apensos.
CUMPRA-SE COM URGÊNCIA Belém, 15 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO
Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Penal da Comarca da Capital Portaria
nº 1060/2017-GP 1 Cunha, Rogério Sanches. Código Penal para concursos. 5ª edição ver.ampl.atual.
2012, Editora JusPodiuvm, p. 48/51 PROCESSO: 00145622320148140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 15/02/2019 DENUNCIADO:HELIVELTON VASCONCELOS DOS
SANTOS AUTORIDADE POLICIAL:JURANDIR JESUS DE FIGUEIREDO DPC VITIMA:O. E. . Processo
nº. 0014562-23.2014.814.0401 Capitulação Penal - Artigo 33 da Lei 11.343/06 Réu: HELIVELTON
V A S C O N C E L O S D O S S A N T O S
____________________________________________________________________________________
SENTENÇA Trata-se de Ação Penal iniciada através de Denúncia formulada pelo Ministério Público para
apurar delito tipificado no Artigo 33 da Lei 11.343/06, crime este praticado em tese pelo nacional
HELIVELTON VASCONCELOS DOS SANTOS, brasileiro, natural de Parauapebas-PA, solteiro, nascido
em 22.10.1993, filho de Ana Zelia Vasconcelos dos Santos e José Francisco dos Santos, residente em
Rua 19, nº 142, esquina com Rua J, bairro União, Parauapebas-PA. A certidão de óbito, à fl. 166,
comprova a morte do agente, não sendo possível mais para o Estado exercer o seu jus puniendi. Em
razão do princípio jurídico mors omnia solvit, a declaração de extinção da punibilidade do réu é
imprescindível para a extinção do feito em relação à sua pessoa. Neste sentido, a doutrina assevera: "A
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morte do réu é o primeiro dos fatos apontados no art. 107 como causa de extinção do direito estatal de
punir. Se a pena é eminentemente pessoal, é óbvio que o direito de punir se extingue com a morte do
sujeito passivo da relação jurídico-penal. O Estado tinha direito de aplicar a sanctio juris contra o autor do
crime; se este morre, desaparece a relação jurídica, porquanto o Estado não pode exigir que preceito
sancionador seja aplicado contra outra pessoa. Mors omnia solvit: este princípio se aplica plenamante no
Direito Penal, pois a punição não pode recair em pessoa morta, e a pena não irá atingir, por sua própria
natureza, outra pessoa diferente da do autor do crime" (José Frederico Marques, Tratado de Direito Penal,
ED. Millenium, 1999, vol. III, p. 490). A propósito, a interpretação jurisprudencial é unânime ao tratar da
prova da morte, no sentido da juntada da certidão de óbito aos autos e posterior oitiva do Ministério
Público: "Para o julgamento de extinção de punibilidade por parte do réu, não basta simples informação
verbal, sendo imprescindível a juntada aos autos da competente certidão de óbito" (TACRIM-SP - AC -
Rel. Ferreira Leite - JUTACRIM 16/213). "No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista de certidão
de óbito, e depois de ouvido o Ministério Público, declarará extinta a punibilidade (art. 62 do CPP)" (TJSP -
AC - Rel. Evaristo dos Santos - RT 615/272). Ante o exposto, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE do
acusado HELIVELTON VASCONCELOS DOS SANTOS, brasileiro, natural de Parauapebas-PA, solteiro,
nascido em 22.10.1993, filho de Ana Zelia Vasconcelos dos Santos e José Francisco dos Santos,
residente em Rua 19, nº 142, esquina com Rua J, bairro União, Parauapebas-PA, tudo com fulcro no
Artigo 107, I, do Código Penal. Publique-se, registre-se, intime-se e cumpra-se. Após, arquivem-se com as
cautelas legais. Belém-PA, 15 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito
Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém Portaria nº 1060/2017-
GP PROCESSO: 00147819420188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 15/02/2019 INDICIADO:SIDNEY PATRICK LOPES DOS SANTOS
VITIMA:M. S. V. VITIMA:D. C. S. C. . DESPACHO / MANDADO (Provimento nº. 011/2009-CJRMB) 1.
Recebo a presente Denúncia (fls. 02/05) e seu aditamento (fl. 31), eis que preenchidos os pressupostos do
Artigo 41, do Código de Processo Penal. 2. Cite-se o Denunciado: · SIDNEY PATRICK LOPES DOS
SANTOS, brasileiro, paraense, nascido em 18.08.1998, filho de Sheila Lopes dos Santos, residente em
Conjunto Jardim Sevilha, Bloco 2-A (ou 24 ou 24-b), Apto 401, Bairro Parque Verde, CEP 66635-210,
Belém-PA, a fim de responder à acusação por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. Na resposta, o acusado
poderá arguir preliminares e alegar tudo que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações,
especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação,
quando necessário, ex vi do Art. 396/406 e seguintes, do Código de Processo Penal. 3. Servirá o presente,
por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei. 4. Desde logo fica o
denunciado ciente de que, a partir deste momento, quaisquer mudanças de endereço deverão ser
informadas a este Juízo para fins de adequada intimação. 5. Antecedentes e primariedade, certifiquem-se.
6. Se o acusado, citado, não constituir advogado, nomeio, desde logo, o Nobre Defensor Público que atua
nesta comarca, para oferecer Resposta Escrita, concedendo-lhe vista dos autos por igual período.
CUMPRA-SE. Belém/PA, 15 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito
Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Penal da Comarca de Belém Portaria nº 1061/2017-GP
PROCESSO: 00157086020188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HEYDER TAVARES DA SILVA FERREIRA Ação:
Inquérito Policial em: 15/02/2019 INVESTIGADO:EM APURACAO VITIMA:B. V. F. S. A. C. F. E. I. .
Considerando que o inquérito policial pertinente ao presente processo encontra-se relatado e concluído
pela autoridade policial, encaminhado para esta Vara de Inquéritos Policiais em razão do art. 2º, da
Resolução TJE-PA nº 17/2008, com redação dada pela Resolução nº 10/2009-GP de 15/06/2009,
Determino DE ORDEM do Exmo. Sr. Dr. Heyder Tavares da Silva Ferreira, Juiz de Direito titular da 1ª
Vara de Inquéritos Policiais, fundado na Portaria 001/2014 - 1ª Vara de Inquéritos Policiais (Publicada no
DJE 03/04/2014), o encaminhamento dos autos à distribuição para as providências ulteriores, em tudo
observada a literalidade da Resolução nº 17/2008-GP, com sua redação alterada pela resolução nº
010/2009-GP. Publique-se. Cumpra-se. Belém (PA), 15 de fevereiro de 2019. ____________________
ROSEANE SCHWOB Diretora de Secretaria 1ª Vara de Inquéritos Policiais PROCESSO:
00158032720178140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Procedimento Comum em: 15/02/2019 VITIMA:O. E.
DENUNCIADO:JOEL DE SOUZA ALMEIDA. DESPACHO / DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Processo nº
0015803-27.2017.814.0401 1. Trata-se de pedido formulado, às fls. 47/48, pelo Réu JOEL DE SOUZA
ALMEIDA, com o fito de obter autorização judicial para mudança de domicílio em razão de trabalho. 2.
Entretanto, como bem observado pela Representante do Ministério Público, às fls. 51/52, não fora
efetuada juntada de qualquer documento comprobatório da proposta de trabalho supracitada. 3. Neste
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
sentido, intime-se a Defensoria Pública para, querendo, apresentar documentos que justifiquem a
mudança de domicílio do Réu por motivo de emprego para São Sebastião da Boa Vista-PA. 4. Após,
voltem conclusos. CUMPRA-SE. Belém-PA, 15 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO
Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém
Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO: 00188917820148140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ANTONIO HILARIO PEREIRA DA COSTA Ação:
Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 15/02/2019 DENUNCIADO:MILENA DOS ANJOS POMPEU
Representante(s): OAB 4553 - PEDRO HAMILTON DE OLIVEIRA NERY (ADVOGADO) VITIMA:O. E.
AUTORIDADE POLICIAL:RICARDO OLIVEIRA DO ROSARIO DPC DENUNCIADO:DELSON BARBOSA
DA TRINDADE Representante(s): OAB 7890 - FERNANDO MAGALHAES PEREIRA (ADVOGADO) OAB
15053 - FABRICIO MARTINS PEREIRA (ADVOGADO) OAB 19674 - FERNANDO MAGALHAES
PEREIRA JUNIOR (ADVOGADO) . EDITAL DE INTIMAÇÃO.CONSTITUIR NOVO DEFENSOR PRAZO
DE 15 (QUINZE) DIAS A Excelentíssima Senhora HELOÍSA HELENA DA SILVA GATO, Juíza de Direito
Auxiliar da Comarca da Capital, respondendo pela 5ª Vara Penal da Comarca de Belém (Portaria nº
1.061/2017), no uso de suas atribuições legais, etc. FAZ SABER a todos que lerem este edital ou dele
tomarem conhecimento, que foi denunciada pela 2ª Promotoria de Justiça de Entorpecentes, a nacional
MILENA DOS ANJOS POMPEU, natural de Belém-PA, filha de Arnaldo da Silva Pompeu e de Valdenora
Lima dos Anjo, nascida aos 11/12/1993, residente na Rua da Paz, nº. 07, Quadra 52, Bairro Almir Gabriel,
Marituba -PA, nos autos da AÇ"O PENAL POR INFRAÇ"O DOS ARTIGOS 33, CAPUT, DA Lei nº
11.343/2006, processo nº 0018891-78.2014.8.14.0401, que lhe move a JUSTIÇA PÚBLICA, e como
consta dos autos SE ENCONTRA EM LOCAL INCERTO E NÃO SABIDO, expediu-se este edital, pelo qual
fica a mesma I N T I M A D A a constituir novo advogado, no prazo de dez (10) dias, sob pena de não o
fazendo, ser patrocinada pela Defensoria Pública. E, para que ninguém possa alegar ignorância no futuro,
expediu-se este, o qual será publicado na forma da lei e afixado nos lugares públicos de costume. Dado e
passado nesta Cidade e Comarca de Belém, Estado do Pará, 15/02/2019. Eu _____________ (ANTONIO
HILÁRIO PEREIRA DA COSTA), Diretor de Secretaria, digitei e subscrevo (art. 1°, §1°, inciso IX, do
Provimento n° 06/2006-CJRMB). Cumpra-se na forma da lei. HELOÍSA HELENA DA SILVA GATO Juíza
de Direito Auxiliar da Comarca da Capital respondendo pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém
Portaria nº 1.061/2017 PROCESSO: 00198891720128140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação:
Procedimento Comum em: 15/02/2019 AUTORIDADE POLICIAL:RONALDO HELIO DE OLIVEIRA DPC
VITIMA:R. R. L. B. DENUNCIADO:FELIPE SANTOS DA SILVA. DESPACHO / DECISÃO
INTERLOCUTORIA Processo nº 0019889-17.2012.814.0401 Conforme se depreende à fl. 113, a genitora
do Réu informou seu suposto óbito em 05.06.2017. É válido ressaltar, todavia que apesar de existir esta
informação, o fato não fora comprovado, conforme se pode aduzir à fl. 114. A propósito, a interpretação
jurisprudencial é unânime ao tratar da prova da morte, no sentido da necessidade de juntada da certidão
de óbito aos autos e posterior oitiva do Ministério Público: "Para o julgamento de extinção de punibilidade
por parte do réu, não basta simples informação verbal, sendo imprescindível a juntada aos autos da
competente certidão de óbito" (TACRIM-SP - AC - Rel. Ferreira Leite - JUTACRIM 16/213). "No caso de
morte do acusado, o juiz somente à vista de certidão de óbito, e depois de ouvido o Ministério Público,
declarará extinta a punibilidade (art. 62 do CPP)" (TJSP - AC - Rel. Evaristo dos Santos - RT 615/272).
Desta feita, ante a certidão de fl. 113, expeça-se edital de intimação de sentença para o réu FELIPE
SANTOS DA SILVA pelo prazo de 90 (noventa) dias e na forma do Artigo 392, §1º, do Código de Processo
Penal. CUMPRA-SE. Belém/PA, 15 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de
Direito Auxiliar da Comarca da Capital Respondendo pela 5ª Vara Penal da Comarca de Belém Portaria nº
1.061/2017 PROCESSO: 00203268220178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação:
Inquérito Policial em: 15/02/2019 VITIMA:E. L. C. S. VITIMA:R. N. M. DENUNCIADO:LUIZ ALEX LOPES
VIRGINO Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR)
. DESPACHO / DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Processo 0020326-82.2017.814.0401 1. Tendo em vista
petição formulada Pela Defensoria Pública, às fls. 32/33, certifique a Secretaria deste Juízo acerca do
cumprimento das demais medidas cautelares diversas da prisão impostas ao Réu. 2. Ademais,
compulsando os autos observa-se que foram expedidos Mandados de Intimação (às fls. 34 e 37) para a
Área incorreta (4ª). Neste sentido, cumpra-se o deliberado em audiência (à fl. 31) nos endereços
constantes às fls. 07 dos presentes autos, e 38, dos autos de Inquérito Policial em apenso. 3. Após, voltem
conclusos. CUMPRA-SE. Belém-PA, 15 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza
de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém Portaria nº
1060/2017-GP PROCESSO: 00240679620188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
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pelas seguintes MEDIDAS CAUTELARES diversas da prisão, na forma estabelecida no Art. 319, do
Código de Processo Penal: 1. APRESENTAR EM JUÍZO cópias da Carteira de Identidade e do
Comprovante de Residência atualizado; 2. COMPARECER mensalmente em juízo para informar e
justificar suas atividades, até final julgamento; 3. PROIBIÇÃO de ausentar-se da comarca por mais de 10
(dez) dias, salvo com autorização do juízo, até final julgamento. A PRESENTE DECISÃO SERVIRÁ
COMO ALVARÁ DE SOLTURA, com certificado digital, para cumprimento na forma da lei, se por outro
motivo não deva permanecer preso. Intime-se. CUMPRA-SE COM URGÊNCIA. Belém/PA, 15 de fevereiro
de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela
5ª Vara Penal da Comarca da Capital Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO: 00264314120188140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA
SILVA GATO Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 15/02/2019 INDICIADO:WILLIAN
HENRIQUE DA SILVA DAMASCENO INDICIADO:LEANDRO CRISTIANO SOUZA ALMEIDA
INDICIADO:DENILSON CRISTIANO SOUZA ALMEIDA INDICIADO:EZEQUIEL DOS SANTOS VITIMA:N.
R. M. D. VITIMA:R. S. M. D. . DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Processo nº 0026431-41.2018.814.0401
Cuida-se de Ação Penal para apurar a prática do crime definido no Artigo 157, II do Código Penal, tendo
como acusados WILLIAN HENRIQUE DA SILVA DAMASCENO, DENILSON CRISTIANO SOUZA
ALMEIDA e LEANDRO CRISTIANO SOUZA ALMEIDA devidamente identificados nos autos. Na forma do
Artigo 396-A, do Código de Processo Penal, a Defensoria Pública e Advogado Particular apresentaram
Respostas Escritas, conforme petições de fls. 34/35 e 39/41 dos presentes autos. Não há preliminares
para serem analisadas em ambas as peças. Cumprindo o que determina o Artigo 397, do Código de
Processo Penal, entendo não ser o caso de absolvição sumária de qualquer dos réus. Vejamos: A
absolvição sumária deve ser concedida pelo juiz quando este se convencer da existência nos autos de
circunstâncias que excluam o crime ou isente de pena o réu. Examinando as provas até aqui coligidas,
não resta cristalino e sem extreme de dúvida de que os réus estejam acobertados por quaisquer dessas
circunstâncias. Sabe-se que para a absolvição sumária as provas carreadas aos autos, devem ser
seguras, sem qualquer resquício de dúvida. Deve a prova apresentar-se límpida e segura, de modo a
convencer o Juízo da existência de uma circunstância que exclua o crime ou isente de pena o réu. Não
pode haver dúvidas quanto à existência dessa circunstância. Assim já se manifestou o mestre Julio Fabrini
Mirabete: "Para a absolvição sumária nos crimes de competência do Júri é necessário que haja prova
segura, incontroversa, plena, límpida, cumpridamente demonstrada e escoimada de qualquer dúvida
pertinente à justificativa ou dirimente, de tal modo que a formulação de um juízo de admissibilidade de
acusação representaria uma manifesta injustiça.". Não é o caso dos autos. As provas se mostram frágeis e
inconclusivas para o reconhecimento de qualquer circunstância que absolva sumariamente os Réus.
Defiro a produção de provas requeridas pelo Ministério Público. Quanto ao pedido da Defensoria Pública
bem como do Advogado Particular acerca da indicação futura de testemunhas, INDEFIRO, visto que o
prazo para apresentação do rol de testemunhas consta do Art. 396-A, do CPP, qual seja a resposta à
acusação. Neste diapasão, considero preclusa a apresentação de rol de testemunhas pelas defesas em
momento posterior. No que se refere ao pedido realizado pela Defensoria Pública, à fl. 40, de resposta a
ofícios já realizados à SUSIPE, defiro. Ante o exposto, designo audiência de INSTRUÇÃO E
JULGAMENTO para o dia 13 de março de 2019, às 11h:00min, ante a extensa pauta de audiências.
Oficie-se com URGÊNCIA à SUSIPE, para que informe quanto aos quadros clínicos de saúde dos Réus
LEANDRO CRISTIANO SOUZA ALMEIDA e DENILSON CRISTIANO SOUZA ALMEIDA, informando
acerca da existência de cuidados especiais em razão de eventual tratamento de saúde. Intime(m)-se o(s)
Acusado(s). Intimem o Ministério Público, o Advogado Particular habilitado e a Defensoria Pública.
Intimem-se as testemunhas arroladas pelas partes, requisitando-as se necessário. As testemunhas
residentes em outra comarca, deverão ser intimadas através de carta Precatória, e inquiridas perante o
juízo deprecado. CUMPRA-SE COM URGÊNCIA! Belém/PA, 15 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA
DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca
de Belém Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO: 00278434120178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação:
Inquérito Policial em: 15/02/2019 DENUNCIADO:DIEGO FERREIRA CARDOSO VITIMA:C. E. P. .
DESPACHO / DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Processo nº 0027843-41.2017.814.0401 1. Ante a
manifestação Ministerial, à fl. 13, cite-se o réu no referido logradouro nos temos do Despacho-Mandado às
fls. 08/09. 2. Tendo em vista, inclusive a existência de Proposta de Suspensão Condicional do Processo
formulada pelo Ministério Público, designo audiência para a data de 25 de abril de 2019, às 09:00h, ante a
extensa pauta de audiências. 3. Expeça-se intimação à vítima, para que compareça ao ato, caso tenha
interesse em eventual reparação do dano. CUMPRA-SE. Belém/PA, 15 de fevereiro de 2019. HELOISA
HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Penal da
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Policiais em razão do art. 2º, da Resolução TJE-PA nº 17/2008, com redação dada pela Resolução nº
10/2009-GP de 15/06/2009, Determino DE ORDEM do Exmo. Sr. Dr. Heyder Tavares da Silva Ferreira,
Juiz de Direito titular da 1ª Vara de Inquéritos Policiais, fundado na Portaria 001/2014 - 1ª Vara de
Inquéritos Policiais (Publicada no DJE 03/04/2014), o encaminhamento dos autos à distribuição para as
providências ulteriores, em tudo observada a literalidade da Resolução nº 17/2008-GP, com sua redação
alterada pela resolução nº 010/2009-GP. Publique-se. Cumpra-se. Belém (PA), 18 de fevereiro de 2019.
____________________ ROSEANE SCHWOB Diretora de Secretaria 1ª Vara de Inquéritos Policiais
PROCESSO: 00026419120198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HEYDER TAVARES DA SILVA FERREIRA Ação:
Inquérito Policial em: 18/02/2019 VITIMA:O. E. INDICIADO:PAULO HENRIQUE CORDEIRO COSTA
INDICIADO:PAULO ANDRE MARQUES BRAGA. Considerando que o inquérito policial pertinente ao
presente processo encontra-se relatado e concluído pela autoridade policial, encaminhado para esta Vara
de Inquéritos Policiais em razão do art. 2º, da Resolução TJE-PA nº 17/2008, com redação dada pela
Resolução nº 10/2009-GP de 15/06/2009, Determino DE ORDEM do Exmo. Sr. Dr. Heyder Tavares da
Silva Ferreira, Juiz de Direito titular da 1ª Vara de Inquéritos Policiais, fundado na Portaria 001/2014 - 1ª
Vara de Inquéritos Policiais (Publicada no DJE 03/04/2014), o encaminhamento dos autos à distribuição
para as providências ulteriores, em tudo observada a literalidade da Resolução nº 17/2008-GP, com sua
redação alterada pela resolução nº 010/2009-GP. Publique-se. Cumpra-se. Belém (PA), 18 de fevereiro de
2019. ____________________ ROSEANE SCHWOB Diretora de Secretaria 1ª Vara de Inquéritos Policiais
PROCESSO: 00029859820168140200 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação:
Procedimentos Investigatórios em: 18/02/2019 ENCARREGADO:HENDERSON RODRIGUES COSTA
INDICIADO:SEM INDICIAMENTO VITIMA:A. F. S. . Processo nº. 0002985-98.2016.814.0200 Ação Penal -
Artigo 147, caput do Código Penal Investigado: TARCISIO MEIRA DE PAIVA Vítima: Antônio Fonseca dos
Santos ______________________________________________________________________
SENTENÇA Trata-se de Inquérito Policial Militar instaurado para apurar delito de ameaça, supostamente
praticado por TARCISIO MEIRA DE PAIVA contra Antônio Fonseca dos Santos, na data de 28.01.2014.
Após a conclusão do procedimento investigativo, o Ministério Público requereu o arquivamento do
presente Inquérito Policial, por entender prescrito o delito de ameaça. Analisando os autos,
especificamente quanto ao crime de ameaça definido no Artigo 147, caput do Código Penal, constata-se
que não foi apresentada Denúncia contra o investigado, tendo decorrido inclusive mais de 05 anos da data
do fato. Assevera o Art. 109, inciso VI, do Código Penal: "Art. 109. A prescrição antes de transitar em
julgado a sentença final, salvo o disposto nos parágrafos 1º e 2º do art. 110 deste Código, regula-se pelo
máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: (...) VI - em três anos, se o
máximo da pena é inferior a um ano". O crime capitulado nestes autos, e que está sendo imputado ao PM
Tarcísio Meira, possui pena máxima abstrata igual a 06 (seis) meses de detenção (Artigo 147, caput do
Código Penal). A data do fato se deu em 27/01/2014, logo, o prazo prescricional do Art. 109, inciso VI, do
Código Penal fora atingido em 27/01/2017, para o crime tipificado no Artigo 147, caput do Código Penal.
Logo, extinta a pretensão punitiva do Estado quanto ao fato em questão. Ante o exposto reconheço
prescrita a pretensão punitiva do Estado, quanto ao nacional TARCISIO MEIRA DE PAIVA, brasileiro,
natural de Belém-PA, casado, filho de Benedito Vitor de Paiva e Jacirema Pereira Palheta, residente em
Passagem Mirandinha, nº 3ª, bairro Barreiro, Belém/PA, pela suposta prática do delito capitulado no artigo
147, caput, do CPB, e por consequência declaro EXTINTA A PUNIBILIDADE, nos moldes do Art. 107, IV
c/c Art. 109, VI, ambos do Código Penal Brasileiro. Publique-se, registre-se, intime-se e cumpra-se. Após,
arquivem-se com as cautelas legais. Belém/PA, 18 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA
GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Penal da Comarca da Capital
Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO: 00081949520148140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação:
Procedimento Comum em: 18/02/2019 DENUNCIADO:FABIO PEREIRA TORRES AUTORIDADE
POLICIAL:DPC DAVID LEAO DOS SANTOS VITIMA:T. F. S. S. DENUNCIADO:JORDAN EDUARDO DA
CRUZ GENU Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) VITIMA:R. L. A. .
EDITAL DE SENTENÇA - 5ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL PRAZO DE 90 (NOVENTA) DIAS A
Excelentíssima Senhora HELOÍSA HELENA DA SILVA GATO, Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da
Capital, respondendo pela 5ª Vara Penal da Comarca de Belém (Portaria nº 1.061/2017), no uso de suas
atribuições legais, etc. A Dra. HELOÍSA HELENA DA SILVA GATO, MMa. Juíza de Direito, em exercício,
da 5ª Vara Criminal faz saber aos que lerem ou dele tomarem conhecimento que foi denunciado, pela 4ª
Promotoria de Justiça, o (a) nacional JORDAN EDUARDO DA CRUZ GENU, brasileiro (a), paraense,
solteiro, nascido em 19.10.1995, filho de Luciana da Cruz Genu, sem endereço atualizado nos autos,
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como incurso nas penas do(s) art. 157 §2º, INCISOS I E II DO CPB, dos autos de nº 0008194-
95.2014.814.0401. E como não foi encontrado para ser intimado pessoalmente, estando atualmente em
lugar incerto e não sabido, expede-se o presente EDITAL, nos termos do Art. 392, §1º do CPB, para que o
denunciado tome ciência DO INTEIRO CONTEÚDO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA PROLATADA
POR ESTE JUÍZO DE FLS. 193/225, QUE O CONDENOU A PENA DE 06(SEIS) ANOS E 4 (QUATRO)
MESES DE RECLUSÃO, ALÉM DE 136(CENTO E TRINTA E SEIS) DIAS-MULTA A SER CUMPRIDA A
SER CUMPRIDA EM REGIME SEMIABERTO. E, para que ninguém no futuro possa alegar ignorância,
será o presente publicado e afixado na forma da Lei. Dado e passado nesta Cidade de Belém, Capital do
Estado do Pará, secretaria da 5ª. Vara Criminal, aos 18 (DEZOITO) dias do mês de FEVEREIRO do ano
de 2019. Eu, Antônio Hilário Pereira da Costa, Diretor de Secretaria, da 5ª. Vara Criminal, o digitei e
subscrevi. HELOÍSA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital
respondendo pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém Portaria nº 1.061/2017 PROCESSO:
00205196320188140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 18/02/2019
VITIMA:K. S. K. DENUNCIADO:CAIO ALEF VASCONCELOS MONTEIRO DENUNCIADO:ALDO HELIO
DA SILVA MUNHOZ JUNIOR. DESPACHO / MANDADO (Provimento nº. 011/2009-CJRMB) 1. Recebo a
presente Denúncia e seu aditamento, eis que preenchidos os pressupostos do Artigo 41, do Código de
Processo Penal. 2. Citem-se os Denunciados: · CAIO ALEF VASCONCELOS MONTEIRO, brasileiro,
paraense, nascido em 09.06.1999, filho de Jacirema Tobias de Vasconcelos e Raimundo Waldemir
Sampaio Monteiro, residente à Travessa Orquídea, nº 1592-B, bloco 10, bairro Brasília, Outeiro/PA; ·
ALDO HELIO DA SILVA MUNHOZ JUNIOR, brasileiro, paraense, nascido em 11.07.1987, filho de Rosiene
Deivid Rodrigues e Aldo Hélio da Silva MUnhoz, residente à Av. Governador Magalhães Barata, nº 1.122,
bairro Nazaré, Belém-PA (MORADOR DE RUA), Para responderem à acusação por escrito, no prazo de
10 (dez) dias. Na resposta, os acusados poderão arguir preliminares e alegar tudo o que interessar às
suas defesas, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar
testemunhas, qualificando-as e requerendo suas intimações, quando necessário, ex vi do Art. 396/406 e
seguintes, do Código de Processo Penal. 3. Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado.
Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei. 4. Desde logo ficam os denunciados cientes de que, a partir
deste momento, quaisquer mudanças de endereço deverão ser informadas a este Juízo para fins de
adequada intimação. 5. Antecedentes e primariedade, certifiquem-se. 6. Se os acusados, citados, não
constituírem Advogado(s), nomeio, desde logo, o Nobre Defensor Público que atua nesta comarca, para
oferecer Resposta Escrita, concedendo-lhe vista dos autos por igual período. CUMPRA-SE. Belém/PA, 18
de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital
Resp. pela 5ª Vara Penal da Comarca de Belém Portaria nº 1061/2017-GP PROCESSO:
00243502220188140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 18/02/2019
VITIMA:O. E. VITIMA:B. R. G. M. DENUNCIADO:YURI WENDEL SOUZA E SILVA Representante(s): OAB
5522 - MARIA AMELIA DELGADO VIANA (ADVOGADO) DENUNCIADO:SILVIO MARQUES AMARAL
Representante(s): OAB 5522 - MARIA AMELIA DELGADO VIANA (ADVOGADO) . DESPACHO /
MANDADO (Provimento nº. 011/2009-CJRMB) Processo nº 0024350-22.2018.814.0401 1. Notifiquem-se
os denunciados: · YURI WENDEL SOUZA E SILVA, brasileiro, paraense, nascido em 06.03.2000, filho de
Ana Claudia Souza Braga e Walter Siqueira da Silva, residente à Rua Coração de Jesus, nº 86, bairro
Terra Firme, Belém/PA, CEP 66077-840; · SILVIO MARQUES AMARAL, brasileiro, paraense, nascido em
13.02.1976, filho de Maria das Graças Marques e Eladio Teixeira do Amaral, residente à Rua Motorizada,
nº 1.205, entre Apinagés e Tupinambás, bairro da Condor, Belém-PA, CEP 66033-530, Para responderem
à acusação por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. Na resposta, os acusados poderão arguir preliminares e
alegar tudo que interessar às suas defesas, oferecer documentos e justificações, especificar as provas
pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário, ex vi
do Artigo 55, da Lei nº. 11.343/06. 2. Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na
forma da lei e sob as penas da Lei. 3. Antecedentes e primariedade, certifiquem-se. 4. Se os acusados,
notificados, não constituírem Advogado(s), nomeio desde logo, o Nobre Defensor Público que atua nesta
comarca, para oferecer Defesa Prévia, concedendo-lhe vista dos autos por igual período, nos termos do
Art. 55, §3º da Lei 11.343/06. 5. Notifique-se o Réu quanto à obrigatoriedade de manter endereço
atualizado nos autos, ou ainda, a mudança de endereço, sob pena das sanções pertinentes. 6. Oficie-se à
Delegacia de origem para que proceda a incineração da droga apreendida, garantidas as medidas
necessárias à salvaguarda da prova, devendo assim ser preservada quantidade suficiente para
contraprova, atendendo ao disposto no art. 50, §3º e seguintes da Lei nº 11.343/2006. CUMPRA-SE.
Belém-PA, 18 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém Portaria nº 1060/2018-GP
PROCESSO: 00017429320198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação:
Inquérito Policial em: 19/02/2019 VITIMA:O. E. INDICIADO:EVERSON MESQUITA DE AGUIAR
Representante(s): OAB 22245 - MARCELO BRASIL CAMPOS (ADVOGADO) OAB 1590 - AMERICO LINS
DA SILVA LEAL (ADVOGADO) OAB 8283 - ARTHEMIO MEDEIROS LINS LEAL (ADVOGADO) OAB
24782 - SAMIO GUSTAVO SARRAFF ALMEIDA (ADVOGADO) OAB 25052 - DEBORA ELEONORA DIAS
DA SILVA LEAL (ADVOGADO) OAB 26671 - MATHEUS CALANDRINI SILVA GRAIM (ADVOGADO) .
DECIS"O INTERLOCUTÓRIA Processo nº 0001742-93.2019.814.0401 Capitulação Penal - Artigo 33 da lei
11.343/06 Indiciado: EVERSON MESQUITA DE AGUIAR Trata-se de Inquérito Policial visando apurar a
prática do delito capitulado no Artigo 33 da lei 11.343/06 em que é indiciado EVERSON MESQUITA DE
AGUIAR. O suspeito encontra-se preso desde a data de 21.01.2019, por força de prisão em flagrante
convertida em decreto preventivo. Passo ao reexame da decisão que decretou a medida cautelar
preventiva. DECIDO. A liberdade provisória deve ser concedida quando não ocorrer qualquer das
hipóteses que autorizam a decretação da prisão preventiva, quais sejam: para a garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei
penal. No caso em exame, as hipóteses que autorizam a manutenção da prisão preventiva não se fazem
presentes quanto ao Indiciado, que se encontra custodiado desde a data de 22.01.2019. O Indiciado
reside no distrito da culpa, não possui antecedentes criminais, e não reconheço que se colocado em
liberdade, irá prejudicar ou dificultar a instrução criminal além da aplicação da lei penal, razão pela qual
entendo preenchidas as hipóteses autorizadoras da revogação de sua prisão cautelar, na forma do art.
316, do Código de Processo Penal. Ante os fundamentos esposados, não vejo razão para manter o
Indiciado custodiado. Sabe-se que a prisão anterior à sentença condenatória é medida excepcional, que
só deve ser mantida quando evidenciada sua necessidade. Sem a comprovação da necessidade, não há
como negar o benefício da revogação da prisão. Posto isto, nos termos da fundamentação, REVOGO a
PRISÃO PREVENTIVA do Indiciado EVERSON MESQUITA DE AGUIAR, brasileiro, paraense, nascido
31.03.1995, filho de Edson Januário de Aguiar e Walquiria Martins Mesquita, e SUBSTITUO pelas
MEDIDAS CAUTELARES, diversas da prisão, na forma estabelecida no Art. 319, do Código de Processo
Penal, a seguir: 1 - COMPARECER mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades, até
final julgamento; 2 - PROIBIÇÃO de ausentar-se da comarca por mais de 10 (dez) dias, salvo com
autorização do juízo, até final julgamento. A PRESENTE DECISÃO SERVIRÁ COMO ALVARÁ DE
SOLTURA, com certificado digital, para cumprimento na forma da lei, se por outro motivo não deva
permanecer preso. Intime-se. CUMPRA-SE COM URGÊNCIA. Belém/PA, 19 de fevereiro de 2019.
HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara
Penal da Comarca da Capital Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO: 00025855820198140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA
SILVA GATO Ação: Inquérito Policial em: 19/02/2019 VITIMA:O. E. INDICIADO:MAIK HENRIQUE
DAMASCENO DOS SANTOS Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR)
INDICIADO:EMERSON BARBOSA E BARBOSA Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA
(DEFENSOR) . DECIS"O INTERLOCUTÓRIA Processo nº 0002585-58.2019.814.0401 Capitulação Penal
- Artigo 288 do Código Penal Indiciados: EMERSON BARBOSA E BARBOSA E OUTRO Vítima: O Estado
Trata-se de Inquérito Policial visando apurar a prática do delito capitulado nos Artigo 288 do Código Penal
em que é indiciado EMERSON BARBOSA E BARBOSA. O suspeito encontra-se preso desde a data de
31.01.2019, por força de prisão em flagrante convertida em decreto preventivo. Passo ao reexame da
decisão que decretou a medida cautelar preventiva. DECIDO. A liberdade provisória deve ser concedida
quando não ocorrer qualquer das hipóteses que autorizam a decretação da prisão preventiva, quais sejam:
para a garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para
assegurar a aplicação da lei penal. No caso em exame, as hipóteses que autorizam a manutenção da
prisão preventiva não se fazem presentes quanto ao Indiciado, que se encontra custodiado desde a data
de 31.01.2019. O Indiciado reside no distrito da culpa, e embora seja reincidente, não reconheço que se
colocado em liberdade, irá prejudicar ou dificultar a instrução criminal e ainda a aplicação da lei penal,
razão pela qual reconheço preenchidas as hipóteses autorizadoras da revogação de sua prisão cautelar,
na forma do art. 316, do Código de Processo Penal. Ante os fundamentos esposados, não vejo razão para
manter o Indiciado custodiado. Sabe-se que a prisão anterior à sentença condenatória é medida
excepcional, que só deve ser mantida quando evidenciada sua necessidade. Sem a comprovação da
necessidade, não há como negar o benefício da revogação da prisão. Posto isto, nos termos da
fundamentação, REVOGO a PRISÃO PREVENTIVA do Indiciado EMERSON BARBOSA E BARBOSA,
brasileiro, paraense, nascido 22.08.1984, filho de Maria Elizabeth Barbosa e José Raimundo Barbosa, e
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
SUBSTITUO pelas MEDIDAS CAUTELARES, diversas da prisão, na forma estabelecida no Art. 319, do
Código de Processo Penal, a seguir: 1. COMPARECER mensalmente em juízo para informar e justificar
suas atividades, até final julgamento; 2. APRESENTAR em Juízo, cópias da Carteira de Identidade e
comprovante de residência atualizado; 3. MONITORAMENTO ELETRÔNICO, pelo prazo de 06 (seis)
meses. A PRESENTE DECISÃO SERVIRÁ COMO ALVARÁ DE SOLTURA, com certificado digital, para
cumprimento na forma da lei, se por outro motivo não deva permanecer preso. Oficie-se ao Núcleo de
Monitoramento Eletrônico para cumprimento da presente decisão. Intimem-se. CUMPRA-SE COM
URGÊNCIA. Belém/PA, 19 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito
Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Penal da Comarca da Capital Portaria nº 1060/2017-GP
PROCESSO: 00025855820198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação:
Inquérito Policial em: 19/02/2019 VITIMA:O. E. INDICIADO:MAIK HENRIQUE DAMASCENO DOS
SANTOS Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) INDICIADO:EMERSON
BARBOSA E BARBOSA Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) . DECIS"O
INTERLOCUTÓRIA Processo nº 0002585-58.2019.814.0401 Capitulação Penal - Artigo 288 do Código
Penal Indiciados: MAIK HENRIQUE DAMASCENO DOS SANTOS E OUTRO Vítima: O Estado Trata-se de
Inquérito Policial visando apurar a prática do delito capitulado nos Artigo 288 do Código Penal em que é
indiciado MAIK HENRIQUE DAMASCENO DOS SANTOS. O suspeito encontra-se preso desde a data de
31.01.2019, por força de prisão em flagrante convertida em decreto preventivo. Passo ao reexame da
decisão que decretou a medida cautelar preventiva. DECIDO. A liberdade provisória deve ser concedida
quando não ocorrer qualquer das hipóteses que autorizam a decretação da prisão preventiva, quais sejam:
para a garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para
assegurar a aplicação da lei penal. No caso em exame, as hipóteses que autorizam a manutenção da
prisão preventiva não se fazem presentes quanto ao Indiciado, que se encontra custodiado desde a data
de 31.01.2019. O Indiciado reside no distrito da culpa, e embora seja reincidente, não reconheço que se
colocado em liberdade, irá prejudicar ou dificultar a instrução criminal e ainda a aplicação da lei penal,
razão pela qual reconheço preenchidas as hipóteses autorizadoras da revogação de sua prisão cautelar,
na forma do art. 316, do Código de Processo Penal. Ante os fundamentos esposados, não vejo razão para
manter o Indiciado custodiado. Sabe-se que a prisão anterior à sentença condenatória é medida
excepcional, que só deve ser mantida quando evidenciada sua necessidade. Sem a comprovação da
necessidade, não há como negar o benefício da revogação da prisão. Posto isto, nos termos da
fundamentação, REVOGO a PRISÃO PREVENTIVA do Indiciado MAIK HENRIQUE DAMASCENO DOS
SANTOS, brasileiro, paraense, nascido 13.09.1993, filho de Katia Cilene Caldas Damasceno e Lucio
Mauro Barbosa dos Santos, e SUBSTITUO pelas MEDIDAS CAUTELARES, diversas da prisão, na forma
estabelecida no Art. 319, do Código de Processo Penal, a seguir: 1. COMPARECER mensalmente em
juízo para informar e justificar suas atividades, até final julgamento; 2. APRESENTAR em Juízo, cópias da
Carteira de Identidade e comprovante de residência atualizado; 3. MONITORAMENTO ELETRÔNICO,
pelo prazo de 06 (seis) meses. A PRESENTE DECISÃO SERVIRÁ COMO ALVARÁ DE SOLTURA, com
certificado digital, para cumprimento na forma da lei, se por outro motivo não deva permanecer preso.
Oficie-se ao Núcleo de Monitoramento Eletrônico para cumprimento da presente decisão. Intimem-se.
CUMPRA-SE COM URGÊNCIA. Belém/PA, 19 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO
Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Penal da Comarca da Capital Portaria
nº 1060/2017-GP PROCESSO: 00050054620138140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): VALERIA DE NAZARE FEIO ALVARES DA SILVA
Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 19/02/2019 INDICIADO:HERICK BORGES DA SILVA
Representante(s): OAB XLR8 - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) VITIMA:L. A. R. S. AUTORIDADE
POLICIAL:PAULO GUILHERME BARRETO TRINDADE DPC. CERTID"O DE TRÂNSITO EM JULGADO
Certifico que a sentença de fls.163 a 166 transitou em julgado ao Ministério Público em 30/04/2018, a
Defensoria Pública em 14/12/2018. O referido é verdade e dou fé. Belém, 19 de fevereiro de 2018. Antônio
Hilário Pereira da Costa Diretor de Secretaria da 5ª VPJS PROCESSO: 00081949520148140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA
SILVA GATO Ação: Procedimento Comum em: 19/02/2019 DENUNCIADO:FABIO PEREIRA TORRES
AUTORIDADE POLICIAL:DPC DAVID LEAO DOS SANTOS VITIMA:T. F. S. S. DENUNCIADO:JORDAN
EDUARDO DA CRUZ GENU Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR)
VITIMA:R. L. A. . EDITAL DE SENTENÇA - 5ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL PRAZO DE 90 (NOVENTA)
DIAS A Excelentíssima Senhora HELOÍSA HELENA DA SILVA GATO, Juíza de Direito Auxiliar da
Comarca da Capital, respondendo pela 5ª Vara Penal da Comarca de Belém (Portaria nº 1.061/2017), no
uso de suas atribuições legais, etc. A Dra. HELOÍSA HELENA DA SILVA GATO, MMa. Juíza de Direito,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
em exercício, da 5ª Vara Criminal faz saber aos que lerem ou dele tomarem conhecimento que foi
denunciado, pela 4ª Promotoria de Justiça, o (a) nacional FABIO PEREIRA TORRES, brasileiro (a),
maranhense, solteiro, nascido em 29.03.1988, filho de Marilsa Pereira e Adeciolino Sale Torres , sem
endereço atualizado nos autos, como incurso nas penas do(s) art. 157 §2º, INCISOS I E II DO CPB, dos
autos de nº 0008194-95.2014.814.0401. E como não foi encontrado para ser intimado pessoalmente,
estando atualmente em lugar incerto e não sabido, expede-se o presente EDITAL, nos termos do Art. 392,
§1º do CPB, para que o denunciado tome ciência DO INTEIRO CONTEÚDO DA SENTENÇA
CONDENATÓRIA PROLATADA POR ESTE JUÍZO DE FLS. 193/225, QUE O CONDENOU A PENA DE
05(CINCO) ANOS E 9 (NOVE) MESES DE RECLUSÃO E 2(DOIS) DIAS DE RECLUSÃO, ALÉM DE 106
(CENTO E SEIS) DIAS-MULTA A SER CUMPRIDA A SER CUMPRIDA EM REGIME SEMIABERTO. E,
para que ninguém no futuro possa alegar ignorância, será o presente publicado e afixado na forma da Lei.
Dado e passado nesta Cidade de Belém, Capital do Estado do Pará, secretaria da 5ª. Vara Criminal, aos
19 (DEZENOVE) dias do mês de FEVEREIRO do ano de 2019. Eu, Antônio Hilário Pereira da Costa,
Diretor de Secretaria, da 5ª. Vara Criminal, o digitei e subscrevi. HELOÍSA HELENA DA SILVA GATO
Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital respondendo pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém
Portaria nº 1.061/2017 PROCESSO: 00096435920128140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): VALERIA DE NAZARE FEIO ALVARES DA SILVA
Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 19/02/2019 DENUNCIADO:LEONARDO DO CARMO
OLIVEIRA VITIMA:G. A. C. MENOR:MENOR DE IDADE AUTORIDADE POLICIAL:MARIA DO SOCORRO
RODRIGUES BEZERRA SILVA DPC VITIMA:R. B. C. C. S. DENUNCIADO:RAIMUNDO NONATO SENA
GONCALVES. EDITAL DE SENTENÇA - 5ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL PRAZO DE 90 (NOVENTA)
DIAS A Excelentíssima Senhora HELOÍSA HELENA DA SILVA GATO, Juíza de Direito Auxiliar da
Comarca da Capital, respondendo pela 5ª Vara Penal da Comarca de Belém (Portaria nº 1.061/2017), no
uso de suas atribuições legais, etc. A Dra. HELOÍSA HELENA DA SILVA GATO, MMa. Juíza de Direito,
em exercício, da 5ª Vara Criminal faz saber aos que lerem ou dele tomarem conhecimento que foi
denunciado, pela 4ª Promotoria de Justiça, o (a) nacional LEONARDO DO CARMO OLIVEIRA, brasileiro
(a), paraense, solteiro, nascido em 04.05.1991, filho de José Maria de Oliveira e Maria José do Carmo de
Oliveira, sem endereço atualizado nos autos, como incurso nas penas do(s) art. 157 §2º, INCISOS I E II
DO CPB, dos autos de nº 0009643-59.2012.814.0401. E como não foi encontrado para ser intimado
pessoalmente, estando atualmente em lugar incerto e não sabido, expede-se o presente EDITAL, nos
termos do Art. 392, §1º do CPB, para que o denunciado tome ciência DO INTEIRO CONTEÚDO DA
SENTENÇA CONDENATÓRIA PROLATADA POR ESTE JUÍZO DE FLS. 154/171, QUE O CONDENOU A
PENA DE 04(QUATRO) ANOS 9 (NOVE) MESES E 10(DEZ) DIAS DE RECLUSÃO, ALÉM DE 133
(CENTO E TRINTA E TRÊS) DIAS-MULTA A SER CUMPRIDA A SER CUMPRIDA EM REGIME
SEMIABERTO. E, para que ninguém no futuro possa alegar ignorância, será o presente publicado e
afixado na forma da Lei. Dado e passado nesta Cidade de Belém, Capital do Estado do Pará, secretaria da
5ª. Vara Criminal, aos 19 (DEZENOVE) dias do mês de FEVEREIRO do ano de 2019. Eu, Antônio Hilário
Pereira da Costa, Diretor de Secretaria, da 5ª. Vara Criminal, o digitei e subscrevi. HELOÍSA HELENA DA
SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital respondendo pela 5ª Vara Criminal da
Comarca de Belém Portaria nº 1.061/2017 PROCESSO: 00220173420178140401 PROCESSO ANTIGO: -
--- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação:
Inquérito Policial em: 19/02/2019 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:JOSIANE DE FATIMA DE SOUZA
CORREA Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR)
. DESPACHO / DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Processo 0022017-34.2017.814.0401 1. Considerando
documento anexado às fls. 62/63 dos presentes autos, oficie-se à Superintendência do Sistema
Penitenciário informando que a Denunciada JOSIANE DE FÁTIMA DE SOUZA CORREA encontra-se em
liberdade desde 22.01.2018 em razão de decisão prolatada por este Juízo, às fls. 20/21 dos presentes
autos. 2. Tudo para fins de retificação das informações constantes do sistema INFOPEN, visto que à fl. 63,
consta a Ré em situação de presa provisória em virtude deste processo. 3. CUMPRA-SE. Belém-PA, 19
de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital
Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO:
00265847420188140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Inquérito Policial em: 19/02/2019 INDICIADO:IGOR DE
OLIVEIRA NERY DA COSTA VITIMA:V. F. A. C. . DESPACHO / DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Processo
nº 0026584-74.2018.814.0401 Trata-se de Inquérito Policial instaurado para a apuração de suposto crime
de homicídio culposo na direção de veículo automotor (Artigo 302 da Lei 9.503/97) praticado por IGOR DE
OLIVEIRA NERY DA COSTA contra Virgínia Ferreira Amaral de Castro. Após a conclusão do
procedimento investigativo, o Ministério Público requereu o arquivamento do presente Inquérito Policial,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
por inexistência de conduta típica praticada por IGOR DE OLIVEIRA NERY DA COSTA, e concluiu por
culpa exclusiva da vítima em razão de não ter tomado os devidos cuidados ao trafegar na via.
Compulsando os autos, bem como as razões expostas pelo Parquet, constata-se que não há a presença
da justa causa para propositura de ação penal. É necessário ressaltar que o Direito Processual Penal
pátrio condicionou o implemento de certos elementos para a propositura da Ação Penal. Nesse sentido,
têm-se posicionamento JÚLIO FABRINI MIRABETE, in verbis: "Em qualquer hipótese, porém, é
necessário que a denúncia venha arrimada em elementos que comprovem a materialidade do crime e em
indícios de sua autoria, sob pena de ficar reconhecida a ausência de justa causa para a ação penal. É
sempre necessária a presença, mesmo no procedimento sumaríssimo dos Juizados Especiais Criminais,
do fumus boni iuris, indispensável à propositura de uma ação penal. Não afasta a lei, aliás, a necessidade
de estarem presentes as condições da ação penal; possibilidade jurídica do pedido, interesse de agir etc".
(MIRABETE, Júlio Fabrini. Juizados Especiais Criminais. São Paulo: Atlas, p.95.) Ante o exposto, acolho a
manifestação do Representante do Ministério Público, em todos os seus termos, relativamente a este
Inquérito Policial e lhe determino o ARQUIVAMENTO, com fulcro no Artigo 28, do Código de Processo
Penal, sem prejuízo aos requisitos dispostos do Art. 18 do mesmo Código, bem como à Súmula 524, do
Supremo Tribunal Federal. Dê-se baixa no sistema LIBRA e efetuem-se as anotações e comunicações de
estilo. Belém-PA, 19 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar
da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém Portaria nº 1060/2017-GP
PROCESSO: 00275114020188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 19/02/2019 VITIMA:A. P. S. R. B. DENUNCIADO:ADELSON
BARBOSA DOS SANTOS Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) . DECISÃO
INTERLOCUTÓRIA Processo nº 0027511-40.2018.814.0401 Cuida-se de Ação Penal para apurar as
práticas dos crimes definidos nos Artigos 129, caput; 147; 331; e 163, parágrafo único, I e III, todos do
Código Penal Brasileiro, tendo como acusado(a) ADELSON BARBOSA DOS SANTOS devidamente
identificado(a) nos autos. Na forma do Artigo 396-A, do Código de Processo Penal, a Defensoria Pública
apresentou Resposta Escrita, conforme petição de fls. 29/30. Não há preliminares para serem analisadas.
Cumprindo o que determina o Artigo 397, do Código de Processo Penal, entendo não ser o caso de
absolvição sumária do réu. Vejamos: A absolvição sumária deve ser concedida pelo juiz quando este se
convencer da existência nos autos de circunstâncias que excluam o crime ou isente de pena o réu.
Examinando as provas até aqui coligidas, não resta cristalino e sem extreme de dúvida de que o réu esteja
acobertado por quaisquer dessas circunstâncias. Sabe-se que para a absolvição sumária as provas
carreadas aos autos, devem ser seguras, sem qualquer resquício de dúvida. Deve a prova apresentar-se
límpida e segura, de modo a convencer o Juízo da existência de uma circunstância que exclua o crime ou
isente de pena o réu. Não pode haver dúvidas quanto à existência dessa circunstância. Assim já se
manifestou o mestre Julio Fabrini Mirabete: "Para a absolvição sumária nos crimes de competência do Júri
é necessário que haja prova segura, incontroversa, plena, límpida, cumpridamente demonstrada e
escoimada de qualquer dúvida pertinente à justificativa ou dirimente, de tal modo que a formulação de um
juízo de admissibilidade de acusação representaria uma manifesta injustiça." Não é o caso dos autos. As
provas se mostram frágeis e inconclusivas para o reconhecimento de qualquer circunstância que absolva
sumariamente o Réu. Defiro a produção de provas requeridas pelo Ministério Público. Quanto ao pedido
da Defensoria Pública acerca da indicação futura de testemunhas, INDEFIRO, visto que o prazo para
apresentação do rol de testemunhas consta do Art. 396-A, do CPP, qual seja a resposta à acusação.
Neste diapasão, considero preclusa a apresentação de rol de testemunhas pela defesa em momento
posterior. Ante o exposto, designo audiência de INSTRUÇÃO E JULGAMENTO para o dia 13 de março de
2019, às 13:00h, ante a extensa pauta de audiências. Intime(m)-se o(s) Acusado(s). Intimem o Ministério
Público e a Defensoria Pública. Intimem-se as testemunhas arroladas pelas partes, requisitando-as se
necessário. As testemunhas residentes em outra comarca, deverão ser intimadas através de carta
Precatória, e inquiridas perante o juízo deprecado. CUMPRA-SE. Belém/PA, 15 de fevereiro de 2019.
HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara
Criminal da Comarca de Belém Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO: 00275711320188140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA
SILVA GATO Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 19/02/2019 VITIMA:M. M. N. VITIMA:S. R.
C. VITIMA:D. S. E. S. DENUNCIADO:SILVIO MARQUES AMARAL. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Processo nº 0027571-13.2018.814.0401 Cuida-se de Ação Penal para apurar a prática do crime definido
no Artigo 155, §4º, I do Código Penal Brasileiro, tendo como acusado(a) SILVIO MARQUES AMARAL
devidamente identificado(a) nos autos. Na forma do Artigo 396-A, do Código de Processo Penal, a
Defensoria Pública apresentou Resposta Escrita, conforme petição de fls. 09/10. Não há preliminares para
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
serem analisadas. Cumprindo o que determina o Artigo 397, do Código de Processo Penal, entendo não
ser o caso de absolvição sumária do réu. Vejamos: A absolvição sumária deve ser concedida pelo juiz
quando este se convencer da existência nos autos de circunstâncias que excluam o crime ou isente de
pena o réu. Examinando as provas até aqui coligidas, não resta cristalino e sem extreme de dúvida de que
o réu esteja acobertado por quaisquer dessas circunstâncias. Sabe-se que para a absolvição sumária as
provas carreadas aos autos, devem ser seguras, sem qualquer resquício de dúvida. Deve a prova
apresentar-se límpida e segura, de modo a convencer o Juízo da existência de uma circunstância que
exclua o crime ou isente de pena o réu. Não pode haver dúvidas quanto à existência dessa circunstância.
Assim já se manifestou o mestre Julio Fabrini Mirabete: "Para a absolvição sumária nos crimes de
competência do Júri é necessário que haja prova segura, incontroversa, plena, límpida, cumpridamente
demonstrada e escoimada de qualquer dúvida pertinente à justificativa ou dirimente, de tal modo que a
formulação de um juízo de admissibilidade de acusação representaria uma manifesta injustiça." Não é o
caso dos autos. As provas se mostram frágeis e inconclusivas para o reconhecimento de qualquer
circunstância que absolva sumariamente o Réu. Defiro a produção de provas requeridas pelo Ministério
Público. Quanto ao pedido da Defensoria Pública acerca da indicação futura de testemunhas, INDEFIRO,
visto que o prazo para apresentação do rol de testemunhas consta do Art. 396-A, do CPP, qual seja a
resposta à acusação. Neste diapasão, considero preclusa a apresentação de rol de testemunhas pela
defesa em momento posterior. Ante o exposto, designo audiência de INSTRUÇÃO E JULGAMENTO para
o dia 12 de março de 2019, às 13:00h, ante a extensa pauta de audiências. Intime(m)-se o(s) Acusado(s).
Intimem o Ministério Público e a Defensoria Pública. Intimem-se as testemunhas arroladas pelas partes,
requisitando-as se necessário. As testemunhas residentes em outra comarca, deverão ser intimadas
através de carta Precatória, e inquiridas perante o juízo deprecado. CUMPRA-SE. Belém/PA, 15 de
fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital
Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO:
00316287920158140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Procedimento Comum em: 19/02/2019 INDICIADO:MARIA DO
CARMO CONCEICAO Representante(s): OAB 16693 - JEFFERSON FRANK SILVEIRA NASCIMENTO
(ADVOGADO) VITIMA:O. E. . EDITAL DE INTIMAÇÃO PARA AUDIÊNCIA - 5ª VARA CRIMINAL DA
CAPITAL PRAZO DE 15 (QUINZE) DIAS A Excelentíssima Senhora HELOÍSA HELENA DA SILVA GATO,
Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital, respondendo pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém
(Portaria nº 1.061/2017), no uso de suas atribuições legais, etc. FAZ SABER aos que lerem ou dele
tomarem conhecimento que foi denunciado, pela 2ª Promotoria de Justiça, a nacional MARIA DO CARMO
CONCEIÇÃO, brasileira, natural de Ourem-PA, nascido em 17/01/1948, filho de ESTERLITA PEREIRA DA
CRUZ e RUFINO BORGES DA CRUZ, sem endereço nos Autos como incurso nas penas do(s) artigo(s)
33 da lei 11.343/2006, dos autos nº 00316287920158140401. E como não foi encontrada para ser
intimada pessoalmente, estando atualmente em lugar incerto e não sabido, expede-se o presente EDITAL,
para que a denunciada tome ciência do abando de causa de seu Defensor, na forma do art. 265 do CPP,
bem como, caso queira, constitua novo Defensor, tudo no prazo de 10 dias, sob pena de não o fazendo,
ser-lhe nomeada a Defensoria Pública do Estado. E, para que ninguém no futuro possa alegar ignorância,
será o presente publicado e afixado na forma da Lei. Dado e passado nesta Cidade de Belém, Capital do
Estado do Pará, secretaria da 5ª. Vara Criminal, aos 19 (dezenove) dias do mês de fevereiro do ano de
2019. Eu, Antônio Hilário Pereira da Costa, Diretor de Secretaria, da 5ª. Vara Criminal, o digitei e
subscrevi. HELOÍSA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital
respondendo pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém (Portaria nº 1.061/2017) PROCESSO:
00004013220198140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019
VITIMA:M. M. S. M. DENUNCIADO:ANTONIO DA SILVA CARDOSO DE SOUZA. DESPACHO /
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Processo 0000401-32.2019.814.0401 Quando do oferecimento da exordial,
o Ilustre Promotor de Justiça não forneceu o endereço completo do denunciado ANTONIO DA SILVA
CARDOSO DE SOUZA, impossibilitando assim sua regular citação. Motivo pelo qual, encaminhem-se os
presentes autos ao Ministério Público, para que, querendo, proceda o aditamento da denúncia de fls.
02/04. CUMPRA-SE. Belém-PA, 20 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de
Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém Portaria nº
1060/2017-GP PROCESSO: 00007651620158140701 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Termo
Circunstanciado em: 20/02/2019 DENUNCIADO:MANOEL RODRIGUES DA SILVA VITIMA:A. C. AUTOR
DO FATO:JOSE MARCOS SAMPAIO MIRANDA. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Processo nº 0000765-
16.2015.814.0701 Cuida-se de Ação Penal para apurar as práticas dos crimes definidos nos Artigos 54,
887
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
§2º, inciso V; e 60, ambos da Lei 9.605/98, tendo como acusado MANOEL RODRIGUES DA SILVA
devidamente identificado(a) nos autos. Na forma do Artigo 396-A, do Código de Processo Penal, a
Defensoria Pública apresentou Resposta Escrita, conforme petição de fls. 19/20. Não há preliminares para
serem analisadas. Cumprindo o que determina o Artigo 397, do Código de Processo Penal, entendo não
ser o caso de absolvição sumária do réu. Vejamos: A absolvição sumária deve ser concedida pelo juiz
quando este se convencer da existência nos autos de circunstâncias que excluam o crime ou isente de
pena o réu. Examinando as provas até aqui coligidas, não resta cristalino e sem extreme de dúvida de que
o réu esteja acobertado por quaisquer dessas circunstâncias. Sabe-se que para a absolvição sumária as
provas carreadas aos autos, devem ser seguras, sem qualquer resquício de dúvida. Deve a prova
apresentar-se límpida e segura, de modo a convencer o Juízo da existência de uma circunstância que
exclua o crime ou isente de pena o réu. Não pode haver dúvidas quanto à existência dessa circunstância.
Assim já se manifestou o mestre Julio Fabrini Mirabete: "Para a absolvição sumária nos crimes de
competência do Júri é necessário que haja prova segura, incontroversa, plena, límpida, cumpridamente
demonstrada e escoimada de qualquer dúvida pertinente à justificativa ou dirimente, de tal modo que a
formulação de um juízo de admissibilidade de acusação representaria uma manifesta injustiça." Não é o
caso dos autos. As provas se mostram frágeis e inconclusivas para o reconhecimento de qualquer
circunstância que absolva sumariamente o Réu. Defiro a produção de provas requeridas pelo Ministério
Público. Quanto ao pedido da Defensoria Pública acerca da indicação futura de testemunhas, INDEFIRO,
visto que o prazo para apresentação do rol de testemunhas consta do Art. 396-A, do CPP, qual seja a
resposta à acusação. Neste diapasão, considero preclusa a apresentação de rol de testemunhas pela
defesa em momento posterior. Ante o exposto, designo audiência de INSTRUÇÃO E JULGAMENTO para
o dia 02 de maio de 2019, às 09:00h, ante a extensa pauta de audiências. Intime-se o Acusado. Intimem o
Ministério Público e a Defensoria Pública. Intimem-se as testemunhas arroladas pelas partes, requisitando-
as se necessário. As testemunhas porventura residentes em outra comarca, deverão ser intimadas através
de carta Precatória, e inquiridas perante o juízo deprecado. CUMPRA-SE. Belém/PA, 20 de fevereiro de
2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª
Vara Criminal da Comarca de Belém Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO: 00008525720198140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA
SILVA GATO Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019 VITIMA:O. E.
DENUNCIADO:DAERCIO GOMES QUADROS. DESPACHO / MANDADO (Provimento nº. 011/2009-
CJRMB) 1. Recebo a presente Denúncia, eis que preenchidos os pressupostos do Artigo 41, do Código de
Processo Penal. 2. Tendo em vista que há Proposta de Suspensão Condicional do Processo formulada
pelo Ministério Público designo audiência para a data de 25 de abril de 2019, às 13:00h, ante a extensa
pauta de audiências. 3. Cite-se o Denunciado: § DAERCIO GOMES QUADROS, brasileiro, paraense,
natural de Cametá, filho de Marize Gomes Quadros, nascido na data de 29.08.1971, residente em Rua
Teixeirinha, nº 372, Bairro Cremação, CEP 66045-500, Belém/Pa, a fim de comparecer em Juízo para
manifestar-se acerca da suspensão condicional do processo, sendo que a sua ausência será tomada
como recusa dos termos da proposta formulada e abertura do prazo de 10 (dez) dias para a apresentação
de Resposta à Acusação, onde acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo que interessar à sua
defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas,
qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário, ex vi do Art. 396/406 e seguintes, do
Código de Processo Penal. 4. Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma
e sob as penas da Lei. 5. Desde logo fica o denunciado ciente de que, a partir deste momento, quaisquer
mudanças de endereço deverão ser informadas a este Juízo para fins de adequada intimação. 6. Expeça-
se certidão de antecedentes. CUMPRA-SE. Belém/PA, 20 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA
SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Penal da Comarca de
Belém Portaria nº 1061/2017-GP PROCESSO: 00017844520198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019 DENUNCIADO:ABRAAO DE SOUZA DO NASCIMENTO
VITIMA:M. F. B. . DESPACHO / DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Processo 0001784-45.2019.814.0401
Quando do oferecimento da exordial, o Ilustre Promotor de Justiça não forneceu o endereço completo do
denunciado ABRAÃO DE SOUZA DO NASCIMENTO, impossibilitando assim sua regular citação. Motivo
pelo qual, encaminhem-se os presentes autos ao Ministério Público, para que, querendo, proceda o
aditamento da denúncia de fls. 02/04. CUMPRA-SE. Belém-PA, 20 de fevereiro de 2019. HELOISA
HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Criminal da
Comarca de Belém Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO: 00019103120028140401 PROCESSO
ANTIGO: 200220020935 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA
SILVA GATO Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019 PROMOTOR:4ª PROMOTORIA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Pimenta afirmou que não tinha dinheiro, mas diante das ameaças entregou a quantia de R$ 408,00
(quatrocentos e oito reais), e ainda, o aparelho celular, a aliança e seu relógio. Logo em seguida, rendeu
Antonio Rafael Santos Sales, funcionário da loja, e subtraiu seu celular, tendo empreendido fuga
posteriormente em uma motocicleta preta. (...). Por volta das 10:30 horas, CAMILO GLEISON DA
CONCEIÇÃO entrou na Auto Escola Vale, localizada na Av. Almirante Barroso, nº 1946, entre Rua Lomas
Valentina e Rua Angustura, bairro do Marco, CEP 66093020, nesta cidade, e pediu um orçamento para
tirar uma habilitação para a atendente Cinara Soraia Feitosa. Assim que saíram os clientes que estavam
no local e ficaram sozinhas as atendentes Cinara e Lana Fernandes da Silva, o denunciado sacou uma
arma de fogo e anunciou o assalto, ameaçando atirar e exigindo a renda do estabelecimento, que foi de
R$ 236,00 (duzentos e trinta e seis reais) e os celulares das vítimas, e empreendeu fuga em uma
motocicleta preta, e assim, que o denunciado saiu as vítimas acionaram a polícia militar. (...)". A instrução
criminal restou regular. Em sede de memoriais escritos (fls. 47/50), o Ministério Público pugnou pela
procedência da denúncia e consequente condenação do Denunciado, nas sanções previstas no Art. 157, §
2º-A, I c/c Art. 71, todos do Código Penal. A Defensoria Pública quando da apresentação dos Memoriais
Escritos (fls. 51/56) pugnou pelo reconhecimento da atenuante genérica da confissão espontânea, a
incidência das circunstâncias favoráveis de que trata o Art. 59, do Código Penal, fixação do regime inicial
diverso do fechado e multa fixada em parâmetros reduzidos. II - Fundamentação: Se trata de Denúncia
formulada pelo Ministério Público, visando apurar a prática do delito capitulado no Art. 157, § 2º-A, I c/c
Art. 71, todos do Código Penal. Em sede final, o Ministério Público pugnou pela condenação do
Denunciado CAMILO GLEISON DA CONCEIÇÃO, ante comprovadas materialidade e autoria delitivas. Por
seu turno, a Defensoria Pública em sede de razões derradeiras, pugnou pela aplicação da atenuante
genérica da confissão espontânea, assim requer a aplicação da pena em seu mínimo legal, e, regime de
prisão diverso do fechado. Após regular instrução criminal, tenho que restaram satisfatoriamente
comprovadas a materialidade e autoria delitiva, esta última na pessoa do denunciado CAMILO GLEISON
DA CONCEIÇÃO. Explico. Não há preliminares para análise. Passo ao mérito da ação penal. Do crime
definido no Art. 157, § 2º-A, I, do Código Penal. Quanto às Vítimas CINARA SORAIA FEITOZA SANTOS e
AUTOESCOLA VALE. Da materialidade. A prova da existência do delito restou comprovada anto o Auto
de Apresentação e Apreensão de fl. 20, do IPL, onde constam: "(...) Celular: SAMSUNG, Operadora,
Número 98146-0448, IMEI: 3524500...; categoria: JÓIA, Tipo: RELÓGIO,...; CATEGORIA: VALOR EM
ESPÉCIE,...; Categoria: ARMA, Tipo: PISTOLA, Marca: TAURUS, ... (...)". Ainda como prova da existência
do delito, temos o depoimento de uma das Vítimas, CINARA SORAIA FEITOZA SANTOS quando ouvida
em Juízo à fl. 34 - Gravação Audiovisual - deixa clara a ocorrência do crime tipificado na denúncia. Relata
a VÍTIMA, que no dia do fato, estava trabalhando normalmente na loja autoescola quando entrou um
homem que pediu algumas informações o que passado alguns minutos, após a saída de clientes que ali se
encontravam, o mesmo sacou de uma arma de fogo e anunciou o assalto. Declara que o homem ordenou
que a Vítima passasse o dinheiro. Seu aparelho de telefone, o que foi atendido pela Vítima. Relata ainda
que, o assaltante, ainda subtraiu pertences de outros empregados que estavam no local. Sempre
apontando uma arma de fogo. Após subtrair os pertences e certa quantia em dinheiro, o homem se evadiu
do local usando um veículo do tipo motocicleta que deixou estacionado na frente da loja. Relata ainda, que
após a fuga, alguns minutos a Vítima tomou conhecimento de que a polícia militar em operação acabou
por localizar e prender um autor do delito. A Vítima esteve na delegacia de polícia e reconheceu, com
segurança, o homem que praticou no crime, sendo então o Denunciado CAMILO GLEISON DA
CONCEIÇÃO, posto que no momento da prática delituosa o réu estava de "cara limpa", o que então pode
ver o seu rosto. Relata por fim, que os bens subtraídos foram encontrados na posse do Denunciado e
posteriormente devolvidos. Da existência do crime comprovada. Do crime consumado. Resta claro que o
delito de roubo foi consumado no momento em que o Denunciado após subtração, fuga, perseguição e
prisão em flagrante, e quando da subtração desses bens, retirando o bem da esfera de vigilância e
disponibilidade dos ofendidos. Confirma-se que objetos roubados foram restituídos, conforme Auto de
Apresentação de fl. 20, do IPL e Auto de Entrega de fls. 22/26, do IPL. Assim entende a jurisprudência de
nossos tribunais: PENAL - ROUBO - MOMENTO CONSUMATIVO - PRESCINDIBILIDADE DA POSSE
TRANQUILA DA RES - PRECEDENTES - RECURSO PROVIDO. 1.O crime de roubo está consumado se
o agente, ainda que por breve momento, tem, após o desapossamento violento, a disponibilidade dos
objetos. Não é exigível a posse tranquila da res, bastando que cesse a violência ou a clandestinidade.
2.Recurso provido. (STJ - Resp 200400925881 - (694621 SP) - 6ª T. - Rel. Min. Hélio Quaglia Barbosa -
DJU 21.03.2005, p. 00450) Da autoria. Em suas alegações escritas, o Ministério Público manifestou-se
pela condenação do acusado CAMILO GLEISON DA CONCEIÇÃO, posto que comprovadas materialidade
e autoria do crime tipificado no Art. 157, § 2º-A, I, do Código Penal. Entendo assistir razão ao Ministério
Público, eis que as provas produzidas durante a instrução criminal foram suficientes para reconhecimento
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
da autoria delitiva pela prática do crime descrito no Art. 157, § 2º-A, I, do Código Penal, na pessoa do
Denunciado CAMILO GLEISON DA CONCEIÇÃO. Da Autoria quanto ao Denunciado CAMILO GLEISON
DA CONCEIÇÃO. como prova da autoria do delito, temos o depoimento de uma das Vítimas, CINARA
SORAIA FEITOZA SANTOS quando ouvida em Juízo à fl. 34 - Gravação Audiovisual - deixa clara a
ocorrência do crime tipificado na denúncia. Relata a VÍTIMA, que no dia do fato, estava trabalhando
normalmente na loja autoescola quando entrou um homem que pediu algumas informações o que
transcorridos alguns minutos, após a saída de clientes que ali se encontravam, o mesmo sacou de uma
arma de fogo e anunciou o assalto. Declara que o homem ordenou que a Vítima passasse o dinheiro. Seu
aparelho de telefone, o que foi atendido pela Vítima. Relata ainda que, o assaltante, ainda subtraiu
pertences de outros empregados que estavam no local. Sempre apontando uma arma de fogo. Após
subtrair os pertences e certa quantia em dinheiro, o homem se evadiu do local usando um veículo do tipo
motocicleta que deixou estacionado na frente da loja. Relata ainda, que após a fuga, alguns minutos a
Vítima tomou conhecimento de que a polícia militar em operação acabou por localizar e prender um autor
do delito. A Vítima esteve na delegacia de polícia e reconheceu, com segurança, o homem que praticou no
crime, sendo então o Denunciado CAMILO GLEISON DA CONCEIÇÃO, posto que no momento da prática
delituosa o réu estava de "cara limpa", o que então pode ver o seu rosto. Relata que, os bens subtraídos
foram encontrados na posse do Denunciado e posteriormente devolvidos. A Vítima ainda relata com
detalhes acerca do mesmo crime praticado pelo Denunciado, no mesmo dia, inclusive relata que esteve
conversando com a Vítima do crime anterior, quando esteve na delegacia de polícia para prestar
depoimento. Relata que tomou conhecimento de que o Denunciado subtraiu pertences de pessoas que se
encontravam trabalhando em uma loja de informática, inclusive um dos aparelhos de telefone celular que
foi subtraído, acabou por localizar o Denunciado, posto que estava com sistema de GPS ativado. Para
corroborar temos as testemunhas, todos policiais militares que participaram da diligência que culminou
com a prisão em flagrante do Denunciado, confirmaram os fatos relatados na denúncia. As testemunhas:
MARCO ANTONIO GONÇALVES DE BRITO, IGOR DE SOUSA VIANA e EVERALDO GLEDSON DE
JESUS LIMA, ouvidas à fl. 34, gravação audiovisual, relatam que foram acionados via rádio, sobre a
ocorrência dos crimes, e então, passaram a monitorar a localização do Denunciado, via GPS de um dos
aparelhos de telefone subtraído, o que culminou com a prisão em flagrante do Réu. Relatam que com o
réu no momento da prisão, foram encontrados alguns aparelhos de telefone, dinheiro e joia. Afirmam que
presenciaram quando as Vítimas Carlos Mendes Pimenta e Cinara Soraia Feitoza Santos reconheceram o
Denunciado como o autor dos crimes, quando de sal apresentação perante a autoridade policial. Por fim, o
Denunciado CAMILO GLEISON DA CONCEIÇÃO, quando de seu interrogatório em juízo (fl. 35, gravação
audiovisual), CONFESSA a autoria dos crimes. Relata que praticou os delitos porque estava passando por
dificuldades financeiras. A palavra da vítima nos crimes de roubo tem seu valor ampliado, por ter sido ela a
principal testemunha dos fatos. Maior ainda é a sua credibilidade quando em consonância com as demais
provas produzidas, e se ocorre o reconhecimento do agente delitivo e a narrativa com riqueza de detalhes.
Estas, conforme já frisado acima, confirmaram que identificaram o denunciado, como sendo o indivíduo
que lhes tomou de assalto no dia do fato. Assim reflete o entendimento Jurisprudencial: Ementa:
APELAÇÃO CRIMINAL - ROUBO QUALIFICADO - CONDENAÇÃO - INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA -
INOCORRÊNCIA - PALAVRA DA VÍTIMA - RELEVO PROBATÓRIO - DEPOIMENTOS DE POLICIAIS -
ADMISSIBILIDADE - PLEITO DE DESCLASSIFICAÇÃO PARA TENTATIVA DE ROUBO -
IMPOSSIBILIDADE - DESNECESSIDADE DE QUE O BEM SAIA DA ESFERA DE VIGILÂNCIA DA
VÍTIMA - RECURSO IMPROVIDO - DECISÃO UNÂNIME. I- Em delitos dessa espécie, a palavra da vítima
ganha relevo probatório, se coerente e harmônica com os demais elementos existentes no processo,
especialmente como no caso, quando inexiste motivo para incriminação falsa. II- O fato das duas
testemunhas serem os policiais que prenderam em flagrante delito os acusados não ilide a validade das
suas declarações, mormente quando, colhidas elas em juízo, mostram-se em consonância com outros
elementos de prova e, nem de longe, evidenciam algum interesse em acusar um inocente. III- O delito de
roubo, assim como o de furto, consuma-se com a simples posse, ainda que breve, da coisa alheia móvel
subtraída clandestinamente, sendo desnecessário que o bem saia da esfera de vigilância da vítima. IV-
Recurso improvido. Decisão unânime. (TJPA - Acórdão 86184 - 1ª CCRIM ISOLADA - Data de
Julgamento: 23/03/2010 - Proc. nº. 20083008749-8 - Rec.: Apelação Criminal - Relator: Des. João José da
Silva Maroja) - (grifo nosso) Sendo assim, não há que se duvidar acerca da autoria do delito, diante de
robustos elementos probatórios, mormente pelas palavras dos Ofendidos, que foram harmoniosas e
precisas, encontrando amparo em todo o bojo processual, dotadas de coerência e idoneidade. Como se
vê, as declarações prestadas pelas vítimas e ainda testemunhas (fl. 35 - gravação audiovisual - por
ocasião de seus depoimentos perante este Juízo são uníssonas, incontroversas e absolutamente
convergentes quanto à autoria e materialidade do delito com relação ao acusado. As provas produzidas
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
foram concretas para apontar o Denunciado como autor do delito. As vítimas foram seguras ao apontarem
o Denunciado CAMILO GLEISON DA CONCEIÇÃO, como autor do crime. Até porque, não há nos autos
qualquer elemento que nos identifique ou aponte a vítima com a intenção de reconhecer pessoas, que
concretamente, não participaram da conduta delituosa. Entendimento jurisprudencial pacífico: ROUBO
IMPRÓPRIO - PROVA - PALAVRA DA VÍTIMA - CARACTERIZAÇÃO. Em termos de prova convincente, a
palavra da vítima, evidentemente, prepondera sobre a do réu. Esta preponderância resulta do fato de que
uma pessoa, sem desvios de personalidade, nunca irá acusar desconhecido da prática de um delito,
quando isso não ocorreu. E quem é acusado, em geral, procura fugir da responsabilidade de seu ato.
Tratando-se de pessoa idônea, sem qualquer animosidade específica contra o agente, não se poderá
imaginar que ela vá mentir em juízo e acusar um inocente. Foi o que ocorreu no caso em julgamento. O
apelante foi reconhecido pela vítima de forma segura que, também, informou sobre o roubo. Ficou
caracterizado o roubo impróprio, porque a ofendida informou que, após a subtração de seus bens e
surpreendendo o ladrão, foi impedido por ele de tentar reavê-los. O recorrente a ameaçou com uma faca
que portava, afirmando que lhe faria mal e a seu filho. Esta ameaça foi repetida para um vizinho. Decisão:
Apelo defensivo desprovido. Unânime. (TJRS - AC 70012931150 - 7ª C. Crim. - Rel. Sylvio Baptista Neto -
j. 24.11.2004) (negrito nosso) A condenação se faz necessária. Quanto à Vítima CARLOS MENDES
PIMENTA. Da materialidade. A prova da existência do delito restou comprovada anto o Auto de
Apresentação e Apreensão de fl. 20, do IPL, onde constam: "(...) Celular: SAMSUNG, Operadora, Número
98146-0448, IMEI: 3524500...; categoria: JÓIA, Tipo: RELÓGIO,...; CATEGORIA: VALOR EM
ESPÉCIE,...; Categoria: ARMA, Tipo: PISTOLA, Marca: TAURUS, ... (...)". Ainda como prova da existência
do delito temos os depoimentos das testemunhas: MARCO ANTONIO GONÇALVES DE BRITO, IGOR DE
SOUSA VIANA e EVERALDO GLEDSON DE JESUS LIMA, ouvidas à fl. 35, gravação audiovisual, que
relatam que foram acionados via rádio, sobre a ocorrência dos crimes, e então, passaram a monitorar a
localização do Denunciado, via GPS de um dos aparelhos de telefone subtraído, o que culminou com a
prisão em flagrante do Réu. Relatam que com o réu no momento da prisão, foram encontrados alguns
aparelhos de telefone, dinheiro e joia. Afirmam que presenciaram quando as Vítimas Carlos Mendes
Pimenta e Cinara Soraia Feitoza Santos reconheceram o Denunciado como o autor dos crimes, quando de
sua apresentação perante a autoridade policial. Por fim, o Denunciado CAMILO GLEISON DA
CONCEIÇÃO, quando de seu interrogatório em juízo (fl. 35, gravação audiovisual), CONFESSA a autoria
dos crimes. Relata que praticou os delitos porque estava passando por dificuldades financeiras. Da
existência do crime comprovada. Do crime consumado. Resta claro que o delito de roubo foi consumado
no momento em que o Denunciado após subtração, fuga, perseguição e prisão em flagrante, e quando da
subtração desses bens, retirando o bem da esfera de vigilância e disponibilidade dos ofendidos. Confirma-
se que objetos roubados foram restituídos, conforme Auto de Apresentação de fl. 20, do IPL e Auto de
Entrega de fls. 22/26, do IPL. Assim entende a jurisprudência de nossos tribunais: PENAL - ROUBO -
MOMENTO CONSUMATIVO - PRESCINDIBILIDADE DA POSSE TRANQUILA DA RES -
PRECEDENTES - RECURSO PROVIDO. 1.O crime de roubo está consumado se o agente, ainda que por
breve momento, tem, após o desapossamento violento, a disponibilidade dos objetos. Não é exigível a
posse tranquila da res, bastando que cesse a violência ou a clandestinidade. 2.Recurso provido. (STJ -
Resp 200400925881 - (694621 SP) - 6ª T. - Rel. Min. Hélio Quaglia Barbosa - DJU 21.03.2005, p. 00450)
Da autoria. Em suas alegações escritas, o Ministério Público manifestou-se pela condenação do acusado
CAMILO GLEISON DA CONCEIÇÃO, posto que comprovadas materialidade e autoria do crime tipificado
no Art. 157, § 2º-A, I, do Código Penal. Entendo assistir razão ao Ministério Público, eis que as provas
produzidas durante a instrução criminal foram suficientes para reconhecimento da autoria delitiva pela
prática do crime descrito no Art. 157, § 2º-A, I, do Código Penal, na pessoa do Denunciado CAMILO
GLEISON DA CONCEIÇÃO. Da Autoria quanto ao Denunciado CAMILO GLEISON DA CONCEIÇÃO. Os
policiais militares que participaram da diligência que culminou com a prisão em flagrante do Denunciado,
confirmaram os fatos relatados na denúncia. As testemunhas: MARCO ANTONIO GONÇALVES DE
BRITO, IGOR DE SOUSA VIANA e EVERALDO GLEDSON DE JESUS LIMA, ouvidas à fl. 35, gravação
audiovisual, relatam que foram acionados via rádio, sobre a ocorrência dos crimes, e então, passaram a
monitorar a localização do Denunciado, via GPS de um dos aparelhos de telefone subtraído, de
propriedade da Vítima Carlos mendes Pimenta, o que culminou com a prisão em flagrante do Réu.
Relatam que com o réu no momento da prisão, foram encontrados alguns aparelhos de telefone, dinheiro
e joia. Afirmam que presenciaram quando as Vítimas Carlos Mendes Pimenta e Cinara Soraia Feitoza
Santos reconheceram o Denunciado como o autor dos crimes, quando de sua apresentação perante a
autoridade policial. Por fim, o Denunciado CAMILO GLEISON DA CONCEIÇÃO, quando de seu
interrogatório em juízo (fl. 35, gravação audiovisual), CONFESSA a autoria dos crimes. Relata que
praticou os delitos porque estava passando por dificuldades financeiras. A palavra da vítima nos crimes de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
roubo tem seu valor ampliado, por ter sido ela a principal testemunha dos fatos. Maior ainda é a sua
credibilidade quando em consonância com as demais provas produzidas, e se ocorre o reconhecimento do
agente delitivo e a narrativa com riqueza de detalhes. Estas, conforme já frisado acima, confirmaram que
identificaram o denunciado, como sendo o indivíduo que lhes tomou de assalto no dia do fato. Assim
reflete o entendimento Jurisprudencial: Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL - ROUBO QUALIFICADO -
CONDENAÇÃO - INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA - INOCORRÊNCIA - PALAVRA DA VÍTIMA - RELEVO
PROBATÓRIO - DEPOIMENTOS DE POLICIAIS - ADMISSIBILIDADE - PLEITO DE
DESCLASSIFICAÇÃO PARA TENTATIVA DE ROUBO - IMPOSSIBILIDADE - DESNECESSIDADE DE
QUE O BEM SAIA DA ESFERA DE VIGILÂNCIA DA VÍTIMA - RECURSO IMPROVIDO - DECISÃO
UNÂNIME. I- Em delitos dessa espécie, a palavra da vítima ganha relevo probatório, se coerente e
harmônica com os demais elementos existentes no processo, especialmente como no caso, quando
inexiste motivo para incriminação falsa. II- O fato das duas testemunhas serem os policiais que prenderam
em flagrante delito os acusados não ilide a validade das suas declarações, mormente quando, colhidas
elas em juízo, mostram-se em consonância com outros elementos de prova e, nem de longe, evidenciam
algum interesse em acusar um inocente. III- O delito de roubo, assim como o de furto, consuma-se com a
simples posse, ainda que breve, da coisa alheia móvel subtraída clandestinamente, sendo desnecessário
que o bem saia da esfera de vigilância da vítima. IV- Recurso improvido. Decisão unânime. (TJPA -
Acórdão 86184 - 1ª CCRIM ISOLADA - Data de Julgamento: 23/03/2010 - Proc. nº. 20083008749-8 - Rec.:
Apelação Criminal - Relator: Des. João José da Silva Maroja) - (grifo nosso) Sendo assim, não há que se
duvidar acerca da autoria do delito, diante de robustos elementos probatórios, mormente pelas palavras
dos Ofendidos, que foram harmoniosas e precisas, encontrando amparo em todo o bojo processual,
dotadas de coerência e idoneidade. Como se vê, as declarações prestadas pelas vítimas e ainda
testemunhas (fl. 35 - gravação audiovisual - por ocasião de seus depoimentos perante este Juízo são
uníssonas, incontroversas e absolutamente convergentes quanto à autoria e materialidade do delito com
relação ao acusado. As provas produzidas foram concretas para apontar o Denunciado como autor do
delito. As vítimas foram seguras ao apontarem o Denunciado CAMILO GLEISON DA CONCEIÇÃO, como
autor do crime. Até porque, não há nos autos qualquer elemento que nos identifique ou aponte a vítima
com a intenção de reconhecer pessoas, que concretamente, não participaram da conduta delituosa.
Entendimento jurisprudencial pacífico: ROUBO IMPRÓPRIO - PROVA - PALAVRA DA VÍTIMA -
CARACTERIZAÇÃO. Em termos de prova convincente, a palavra da vítima, evidentemente, prepondera
sobre a do réu. Esta preponderância resulta do fato de que uma pessoa, sem desvios de personalidade,
nunca irá acusar desconhecido da prática de um delito, quando isso não ocorreu. E quem é acusado, em
geral, procura fugir da responsabilidade de seu ato. Tratando-se de pessoa idônea, sem qualquer
animosidade específica contra o agente, não se poderá imaginar que ela vá mentir em juízo e acusar um
inocente. Foi o que ocorreu no caso em julgamento. O apelante foi reconhecido pela vítima de forma
segura que, também, informou sobre o roubo. Ficou caracterizado o roubo impróprio, porque a ofendida
informou que, após a subtração de seus bens e surpreendendo o ladrão, foi impedido por ele de tentar
reavê-los. O recorrente a ameaçou com uma faca que portava, afirmando que lhe faria mal e a seu filho.
Esta ameaça foi repetida para um vizinho. Decisão: Apelo defensivo desprovido. Unânime. (TJRS - AC
70012931150 - 7ª C. Crim. - Rel. Sylvio Baptista Neto - j. 24.11.2004) (negrito nosso) A condenação se faz
necessária. Das majorantes de que trata o Art. 157, § 2º-A, I, do Código Penal. Delito praticado com uso
de arma de fogo: Restou cabalmente demonstrado que o Denunciado praticou o delito usando de uma
arma de fogo, posto que que as Vítimas à fl. 25 (gravação audiovisual), são unânimes na afirmação do uso
da arma. Ainda para corroborar a presença da majorante temos o Termo de Apresentação e Apreensão de
fl. 20, do IPL, dando conta da apreensão de arma de fogo, do tipo pistola, marca Taurus, calibre .380,
contendo 10 cartuchos intactos. Por fim, o Laudo Pericial nº 2018.01.001139-BAL, de fl. 11/13, confirma a
potencialidade lesiva da arma de fogo. Majorante comprovada. Portanto, por tudo que foi exposto, acolho
as razões do Ministério Público, para reconhecer a prática do crime de roubo - na sua forma consumada -
tendo na autoria delitiva o acusado CAMILO GLEISON DA CONCEIÇÃO, e ainda o reconhecimento da
majorante do uso de arma fogo, tudo mediante as provas dos autos. III - Dosimetria: Quanto ao
Denunciado CAMILO GLEISON DA CONCEIÇÃO: Passo a dosimetria da pena, na forma do Artigo 59, do
Código Penal. O réu, à época do delito, apresentava antecedentes criminais (FAC à 57). A culpabilidade é
censurável. Mais censurável, ainda, pela opção deliberada do agente criminoso em agir ao arrepio da
norma legal. A conduta social e a personalidade do agente sem dados específicos para uma avaliação. O
comportamento da vítima é desfavorável ao réu, uma vez que em nada contribuiu para a ocorrência do
crime. Os motivos determinantes do crime almejavam vantagem patrimonial e lucro fácil. As circunstâncias
do crime são as normais do tipo. E, por fim, as consequências do crime restaram provadas, embora não
ter havido prejuízo patrimonial para as vítimas, em razão da res furtiva ter sido devolvida na sua totalidade,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
forma do disposto no Artigo 33, § 2º, "a" c/c §3º, do Código Penal. O Réu cumprirá a pena aplicada no
estabelecimento carcerário indicado pelo Juízo da Vara de Execução Penal competente. Para fins de
recurso permanece a situação atual do réu. Da necessidade da manutenção da prisão cautelar. Preceitua
o Artigo 312, do Código de Processo Penal: "Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de
autoria.". Analisando os autos, verifico estar presente um dos motivos para a manutenção da prisão dos
sentenciados. O que se procura no instituto da liberdade provisória, é assegurar o regular desenvolvimento
do processo sem que do acusado seja retirada a sua liberdade. Somente em casos excepcionais e
comprovada a imperiosa necessidade da medida acauteladora deve-se restringir a liberdade do cidadão.
Dispõe a Constituição Federal, que "ninguém será levado a prisão ou nela mantido quando a lei admitir a
liberdade provisória, com ou sem fiança" (art. 5º, LXVI). No caso em comento, havendo motivos para uma
segregação cautelar, deve o juízo restringir a liberdade do acusado posto que em liberdade, apresenta
motivo que poderá vir a prejudicar o andamento da instrução criminal, ou se furtar à aplicação da lei penal
ou ainda para a garantia da ordem pública. Vejamos: Depreende-se dos autos, após regular instrução
criminal da existência de provas de autoria e materialidade do crime formulado nos autos, a sentença
penal condenatória que o diga. Sabe-se que para a aplicação da medida cautelar devem estar presentes
os pressupostos para tal, quais sejam o fumus comissi delicti e periculum libertatis. Da existência do crime,
conforme dito acima resta comprovada. A segregação cautelar se faz necessária para garantia a aplicação
da lei penal. Levo em conta, a periculosidade comum que se reveste o crime de roubo majorado pelo uso
de arma de fogo em continuidade delitiva. O sentenciado deve ser mantido fora do convívio social, posto
que visando acautelar o meio social e ainda garantir a credibilidade da justiça, que restou afetada por mais
um crime praticado com covardia e violência, merecendo mais rigor e severidade. A possibilidade de lucro
fácil, com a subtração do bem de propriedade da vítima, não pode prevalecer sobre o direito do cidadão
comum de ir e vir com tranquilidade, e no caso concreto, se viu tolhido diante da conduta violenta e
desproporcional do sentenciado. Visa a medida cautelar, assegurar a aplicação da lei penal. O acusado foi
condenado a uma pena de reclusão, em regimes inicialmente fechado. Não apresenta o acusado garantia
alguma que irá se submeter à aplicação da lei, caso seja posto em liberdade, mesmo porque foi
condenado a uma pena restritiva de liberdade. Mantenho a medida cautelar de prisão preventiva, posto
que presente ainda, um dos motivos autorizadores de que trata o Art. 312, do Código de Processo Penal.
A multa aplicada deverá ser cobrada em conformidade com o Artigo 50, do Código Penal, devendo ser
adotado o procedimento para seu recolhimento. Para o caso de objetos apreendidos, determino o
cumprimento do que determinam os Provimentos nº 006/2008 e 010/2008 da CJRMB. Intimem-se
pessoalmente o Denunciado, Ministério Público e Defensoria Pública. Após o trânsito em julgado para o
Ministério Público, expeça-se GUIA DE RECOLHIMENTO PROVISÓRIA, com os documentos necessários
e enviar à Vara de Execução Penal da Região Metropolitana de Belém. Após o prazo, sem interposição de
recurso, expedir Guia de Recolhimento Definitiva com os documentos necessários e enviar à vara
competente para a execução de sentença. Proceder as anotações e informações necessárias, inclusive as
de interesse da Justiça Eleitoral. PARA O CASO DE ARMA DE FOGO APREENDIDA, DETERMINO A
REMESSA AO EXÉRCITO BRASILEIRO PARA IMEDIATA DESTRUIÇÃO. Isento de Custas. Publique-se,
registre-se e intimem-se. Belém, 20 de fevereiro de 2019. CUMPRA-SE COM URGÊNCIA. HELOISA
HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Penal da
Comarca da Capital Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO: 00255125220188140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO
Ação: Inquérito Policial em: 20/02/2019 INDICIADO:EM APURACAO VITIMA:A. O. F. . DESPACHO /
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Processo nº 0025512-52.2018.814.0401 Trata-se de Inquérito Policial
instaurado para a apuração de suposto crime de injúria racial (Artigo 140, §3º, do CPB) praticado em tese
por ALINE SOCORRO VEIGA COSTA contra a vítima Andrelina de Oliveira Freitas. Após a conclusão do
procedimento investigativo, o Ministério Público requereu o arquivamento do presente Inquérito Policial,
por entender que não há indícios suficientes de que a autora do fato possuía o dolo de injuriar e ofender a
honra subjetiva da vítima com fim discriminatório, mas que as ofensas se deram em razão de resposta a
outra ofensa proferida inicialmente pela ora vítima, tratando-se assim de retorsão imediata (art. 140, §1º, II,
do Código Penal), não havendo possibilidade para o oferecimento da denúncia em razão de falta de justa
causa para a ação penal. Compulsando os autos, bem como as razões expostas pelo Parquet, constata-se
ademais não haver a presença de justa causa para a propositura da ação penal, visto que para o início do
processo, é necessária a presença de lastro probatório mínimo quanto à prática do delito e quanto à sua
autoria. É o denominado fumus comissi delicti, a ser compreendido como a presença de prova da
existência do crime e de indícios de autoria. É necessário ressaltar que o Direito Processual Penal pátrio
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condicionou o implemento de certos elementos para a propositura da Ação Penal. Nesse sentido, têm-se
posicionamento JÚLIO FABRINI MIRABETE, in verbis: "Em qualquer hipótese, porém, é necessário que a
denúncia venha arrimada em elementos que comprovem a materialidade do crime e em indícios de sua
autoria, sob pena de ficar reconhecida a ausência de justa causa para a ação penal. É sempre necessária
a presença, mesmo no procedimento sumaríssimo dos Juizados Especiais Criminais, do fumus boni iuris,
indispensável à propositura de uma ação penal. Não afasta a lei, aliás, a necessidade de estarem
presentes as condições da ação penal; possibilidade jurídica do pedido, interesse de agir etc".
(MIRABETE, Júlio Fabrini. Juizados Especiais Criminais. São Paulo: Atlas, p.95.) Ante o exposto, acolho a
manifestação do Representante do Ministério Público, em todos os seus termos, relativamente a este
Inquérito Policial e lhe determino o ARQUIVAMENTO, com fulcro no Artigo 28, do Código de Processo
Penal, sem prejuízo aos requisitos dispostos do Art. 18 do mesmo Código, bem como à Súmula 524, do
Supremo Tribunal Federal. Dê-se baixa no sistema LIBRA e efetuem-se as anotações e comunicações de
estilo. Belém-PA, 20 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar
da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém Portaria nº 1060/2017-GP
PROCESSO: 00277221320178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): FLAVIO SANCHEZ LEAO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 20/02/2019 DENUNCIADO:RAILENE BEZERRA CARDIM VITIMA:M. C. B. R.
DENUNCIANTE:MINISTERIO PUBLICO ESTADUAL . Vistos, etc. 1 - Declaro-me suspeito por motivo de
foro íntimo, face o disposto no art. 145, § 1º, do NCPC. " Os fatos do presente processo possuem estreita
relação com outros, sobre os quais proferi, em sede inquisitorial, decisão que repercutiu significativamente
nesta Cidade, com inúmeras referências a este julgador em redes sociais, comprometendo a aparência de
imparcialidade de qualquer futuro decisum que possa pronunciar. Sabe-se que a Corte Europeia de
Direitos do Homem tem consagrado a Teoria da Aparência de Imparcialidade de Justiça, a qual preconiza
que além da imparcialidade subjetiva necessária para legitimar a atuação do juiz, mostra-se igualmente
importante a impressão dessa imparcialidade, fazendo com que a sociedade acredite que o julgamento foi
proferido por um juiz objetivamente imparcial. Ainda que flexibilizada pelo referido Tribunal, que afastou a
teoria de casos em que o julgador, na fase de investigação, decidiu sem vínculo psicológico, isto é, sem
precipitar um juízo de valor sobre os fatos, vejo que na presente hipótese, em virtude da grande
repercussão que ganhou aquela decisão, ainda que este julgador não tenha ali decidido adiantando
qualquer convencimento, decerto não será assim recebido pelos "interessados" e, sobretudo, pela
sociedade. O contexto fático que foi desencadeado comprometeu a aparência de imparcialidade deste juiz,
o que consequentemente afetou minha própria consciência sobre a moralidade de eventual julgamento, o
que recai no conceito de foro íntimo, ensejando e legitimando esta declaração de suspeição, muito
embora, como já assinalado, certo esteja de que nunca realizei qualquer juízo de valor sobre quaisquer
desses fatos. 2 - Oficie-se com urgência ao juízo substituto, no caso o responsável pela 8ª Vara Criminal
da Capital, fazendo-lhe concluso os autos, conforme determinação da Portaria nº. 320/2017-GP, sem
necessidade de redistribuição dos autos, pois a suspeição é do juiz e não da vara, segundo parágrafo
único, do art. 1º, da referida norma. Portaria nº. 320/2017-GP: "Art. 1º. Reordenar a tabela de substituição
automática de Magistrados nos casos de férias, impedimentos e suspeições, e outros afastamentos.
Parágrafo Único. Na hipótese de impedimento ou suspeição não ocorrerá redistribuição de autos, sendo
que a substituição se dará pelo tempo necessário ao julgamento dos processos que deram causa ao
afastamento do juiz natural. Art. 3º. § 2º. Para viabilizar a substituição nos casos de impedimentos ou
suspeição, o substituto legal automático deve ser comunicado imediatamente pelo Magistrado substituído
ou pela Divisão de Apoio Técnico-Jurídico da Presidência, através do e-mail institucional" 3 - Oficie à
Corregedoria da Capital informando acerca da presente suspeição, com cópia da presente decisão.
Cumpra-se. Belém/PA, 20 de fevereiro de 2019. Flávio Sánchez Leão Juiz de Direito Titular da 7ª Vara
Criminal PROCESSO: 00281912520188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019 VITIMA:I. C. I. DENUNCIADO:ANDRE HOLLANDA SILVA
Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) . DESPACHO / MANDADO
(Provimento nº. 011/2009-CJRMB) 1. Recebo a presente Denúncia, eis que preenchidos os pressupostos
do Artigo 41, do Código de Processo Penal. 2. Tendo em vista que há Proposta de Suspensão Condicional
do Processo formulada pelo Ministério Público designo audiência para a data de 30 de abril de 2019, às
09:00h, ante a extensa pauta de audiências. 3. Cite-se o Denunciado: § ANDRE HOLLANDA SILVA,
brasileiro, paraense, natural de Ananindeua, filho de Marilza Hollanda Silva e Adelino Ferreira da Silva,
nascido na data de 14.08.1971, residente em Rua Dez de Agosto, nº 69 (acesso pela Rua Santo Antônio),
podendo ser encontrado na casa nº 16, bairro da Cabanagem, CEP 66625-727, Belém/Pa, a fim de
comparecer em Juízo para manifestar-se acerca da suspensão condicional do processo, sendo que a sua
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ausência será tomada como recusa dos termos da proposta formulada e abertura do prazo de 10 (dez)
dias para a apresentação de Resposta à Acusação, onde acusado poderá arguir preliminares e alegar
tudo que interessar à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e
arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário, ex vi do Art.
396/406 e seguintes, do Código de Processo Penal. 4. Servirá o presente, por cópia digitada, como
mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei. 5. Desde logo fica o denunciado ciente de que, a
partir deste momento, quaisquer mudanças de endereço deverão ser informadas a este Juízo para fins de
adequada intimação. 6. Expeça-se certidão de antecedentes. CUMPRA-SE. Belém/PA, 20 de fevereiro de
2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª
Vara Penal da Comarca de Belém Portaria nº 1061/2017-GP PROCESSO: 00301027220188140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA
SILVA GATO Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019 DENUNCIADO:ALBERLIA
COLARES CARVALHO BARBOSA DENUNCIADO:GLAUBER LIRA PEREIRA VITIMA:K. S. P. R. .
DESPACHO / MANDADO (Provimento nº. 011/2009-CJRMB) 1. Recebo a presente Denúncia, eis que
preenchidos os pressupostos do Artigo 41, do Código de Processo Penal. 2. Tendo em vista que há
Proposta de Suspensão Condicional do Processo formulada pelo Ministério Público designo audiência
para a data de 24 de abril de 2019, às 13:00h, ante a extensa pauta de audiências. 3. Citem-se os
Denunciados: § ALBERLIA COLARES CARVALHO, brasileiro, natural de Belém-Pa, nascido em
28.12.1979, filha de Maria Angélica Colares Carvalho, portadora do RG nº 3380290 PC/PA, residente em
Passagem Saldanha Marinho, nº 130, bairro da Campina, CEP 66015-903, Belém/PA; § GLAUBER LIRA
PEREIRA, brasileiro, natural de Fortaleza-Ce, nascido em 22.12.1970, filho de Maria do Carmo Lira
Pereira e Manoel Pereira Junior, residente em Travessa Felipe Camarão, QD-X, nº 50, CEP 67120-493,
Conjunto Antonio Queiroz, Quarenta Horas (Coqueiro), Ananindeua/PA, a fim de comparecerem em Juízo
para manifestarem-se acerca da suspensão condicional do processo, sendo que suas ausências serão
tomadas como recusa dos termos da proposta formulada e abertura do prazo de 10 (dez) dias para a
apresentação de Respostas à Acusação, onde os acusados poderão arguir preliminares e alegar tudo que
interessar às suas defesas, oferecer documento e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar
testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário, ex vi do Art. 396/406 e
seguintes, do Código de Processo Penal. 4. Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado.
Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei. 5. Desde logo ficam os denunciados cientes de que, a partir
deste momento, quaisquer mudanças de endereço deverão ser informadas a este Juízo para fins de
adequada intimação. 6. Expeça-se intimação à vítima, para que compareça ao ato, caso tenha interesse
em eventual reparação do dano. 7. Expeçam-se certidões de antecedentes. CUMPRA-SE. Belém/PA, 20
de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital
Resp. pela 5ª Vara Penal da Comarca de Belém Portaria nº 1061/2017-GP PROCESSO:
00306264020168140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Procedimento Comum em: 20/02/2019
DENUNCIADO:RENAN JUNIOR MAIA FAGUNDES DENUNCIADO:FABIO ANDRIANO DOS SANTOS
BALERA VITIMA:R. S. B. N. VITIMA:M. L. L. M. . DESPACHO / DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Processo
nº 0030626-40.2016.814.0401 1. Considerando a certidão de trânsito em julgado constante da fl. 305,
cumpra-se na totalidade as sentenças de fls. 213/221 e 222/228, mantidas em suas integralidades pelo
Acórdão de fls. 291/300. 2. CUMPRA-SE. Belém-PA, 20 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA
SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca de
Belém Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO: 00003448720118140701 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação:
Procedimento Comum em: 21/02/2019 AUTOR:ROGERIO QUEIROZ SOUZA AUTOR:ADEILSON
AMORIM DE LIMA Representante(s): OAB 20767 - CLEBER WILLIAMS PEREIRA DE LIMA
(ADVOGADO) VITIMA:A. C. O. E. . DESPACHO / DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Processo nº 0000344-
87.2011.814.0701 1. Indefiro o Pedido formulado por ADEILSON AMORIM DE LIMA, às fls. 165/166 dos
autos, uma vez que a ausência do réu se deu por mera liberalidade, não sendo o curso justificativa
suficiente para não comparecimento em audiência. 2. Torno sem efeito a deliberação de nº "3" proferida
em audiência, à fl. 160. 3. Determino a intimação por edital do Réu ADEILSON AMORIM DE LIMA a fim de
constituir novo advogado, no prazo máximo de 10 (dez) dias, face ao abandono do causídico neste
processo, com fulcro no Art. 265 do CPP, decidido à fl. 160, advertindo-lhe que ao final do prazo
estabelecido não havendo manifestação expressa, ficará, desde logo, nomeada a Defensoria Pública do
Estado para atuar no feito. 4. CUMPRA-SE COM URGÊNCIA POR TRATAR-SE DE PROCESSO
INCLUSO EM META DO CNJ. Belém-PA 21 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO
Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém
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PA, 21 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da
Capital Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO:
00157614120188140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
VALERIA DE NAZARE FEIO ALVARES DA SILVA Ação: Inquérito Policial em: 21/02/2019 VITIMA:A. J. V.
S. REU:HARLEY RIBEIRO PAIXAO Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) .
CERTIDÃO DE TRÂNSITO EM JULGADO Certifico, observadas as atribuições legais que me são
conferidas, que a sentença de fl.75/83, transitou em julgado ao Ministério Público em 04/02/2019. Belém,
21 de fevereiro de 2019. Antônio Hilário Pereira da Costa Diretor de Secretaria da 5ª VPJS PROCESSO:
00176286920188140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Inquérito Policial em: 21/02/2019 VITIMA:M. L. O. Q.
INDICIADO:WESLEY ALVES MADUREIRA Representante(s): OAB 27840 - TÂNIA ELÍDIA MONTEIRO
CAMORIM (ADVOGADO) . SENTENÇA Processo nº 0017628-69.2018.814.0401 Ação Penal - Art. 157, §
2º-A, I e § 2º, II, do Código Penal Autor: Ministério Público Denunciado: Wesley Alves Madureira Vítima:
Maria Leonor Oliveira de Queiroz e Outros I - Relatório: O MINISTÉRTIO PÚBLICO no uso de suas
atribuições institucionais, ofereceu DENÚNCIA em face de WESLEY ALVES MADUREIRA, brasileiro,
paraense, solteiro, nascido em 07.09.1994, filho de Maria Lucia Alves Nunes e Lino da Silva Madureira,
residente e domiciliado na Rua Tancredo Neves, nº 124, bairro Maracacuera, Distrito de Icoaraci, neste
município pela prática do delito capitulado no Art. 157, § 2º-A, I e § 2º, II, do Código Penal. Relata a
denúncia de fls. 02/05: "(...) Narra os autos de inquérito policial que embasa a presente denúncia que no
dia 08/08/2018, por volta das 15:30h, a vítima Maria Leonor Oliveira Queiroz, foi surpreendida em sua
residência, localizada na rua WE-11, nº1046, por dois indivíduos armados com arma de fogo enquanto
estava em companhia de seus sobrinhos e sua filha. Os indivíduos os abordaram ordenaram para que
entrassem na casa ameaçando-os com arma de fogo. Logo após trancarem todas as janelas e o portão,
pegaram a chave do carro da vítima, modelo FOX/COR VERMELHA, seu aparelho celular, o valor de
R$150,00 (cento e cinquenta reais), 02 anéis em ouro pertencentes a uma das sobrinhas chamada
Alecsandra, 02 aparelhos de TV, 01 furadeira e 01 caixa de som, colocando-os dentro do automóvel da
vítima. Antes de empreenderem fuga, um dos assaltantes mostrou a pistola ameaçando a todos com as
textuais "ESSA ARMA ESTÁ CHEIA DE BALA E NÃO É PRA MIM, NÃO TENHO NADA A PERDER, NÃO
QUERO QUE NINGUÉM SAIA DO LOCAL ATÉ A GENTE DESAPARECER. " . (...)". A instrução criminal
restou regular. Em sede de memoriais escritos (fls. 34/38), o Ministério Público pugnou pela procedência
da denúncia e consequente condenação do Denunciado, nas sanções previstas no Art. 157, § 2º-A, I e §
2º, II, do Código Penal. A Defesa quando da apresentação dos Memoriais Escritos (fls. 40/43) pugnou pelo
reconhecimento da improcedência da denúncia ante a negativa de autoria (Art. 386, V, do Código de
Processo Penal) ou ainda pela insuficiência de provas para uma condenação (Art. 386, VII, do Código de
Processo Penal). II - Fundamentação: Se trata de Denúncia formulada pelo Ministério Público, visando
apurar a prática do delito capitulado no Art. 157, § 2º-A, I e § 2º, II, do Código Penal. Em sede final, o
Ministério Público pugnou pela condenação do Denunciado WESLEY ALVES MADUREIRA, ante
comprovadas materialidade e autoria delitivas. Por seu turno, a Defesa em sede de razões derradeiras,
pugnou pela improcedência da denúncia ante a negativa de autoria ou ainda pela insuficiência de provas
para uma condenação. Após regular instrução criminal, tenho que restaram satisfatoriamente
comprovadas a materialidade e autoria delitiva, esta última na pessoa do denunciado Wesley Alves
Madureira. Explico. Não há preliminares para análise. Passo ao mérito da ação penal. Do artigo 157, do
Código Penal: Art. 157. Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa. § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até
metade: I - revogado II - se há concurso de duas ou mais pessoas; § 2º-A. A pena aumenta-se de 2/3 (dois
terços): I - se a violência é exercida com emprego de arma de fogo; Da materialidade. A prova da
existência do delito restou comprovada com a Ocorrência Policial de fl. 13, do IPL e ainda com o Auto de
Apresentação e Apreensão de fl. 37, do IPL, onde constam: "(...) 1 Telefone Celular Modelo SAMSUNG
IMEI 1: 352607095578940-01 IMEI 2: 352608095578948-01; 2 TELEVISORES Tela Placa Modelo SONY
e AOC; 1 aparelho de som; 1 (uma) Furadeira Modelo Ecofler e 1(um) automóvel Modelo FOX/Placa OVR-
5025/CHASSI 9BWAB45Z7E4119912/Cor Vermelha/ ano: 2014/ em nome de Maria Leonor Oliveira de
Queiroz; (...)". Ainda como prova da existência do delito, temos o depoimento de uma das Vítimas, MARIA
LEONOR OLIVEIRA DE QUEIROZ quando ouvida em Juízo à fl. 22 - Gravação Audiovisual - deixa clara a
ocorrência do crime tipificado na denúncia. Relata a VÍTIMA, que no dia do fato, estava em sua residência
acompanhada de familiares quando em dado momento, que deixou o portão da casa aberto, foi
surpreendida pela entranha de dois homens, todos portando arma de fogo, inclusive um estava com uma
pistola e o outro com um revólver. O que estava portando a pistola, já entrou na casa fechando as janelas
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e ameaçando a todos. Ordenou que entregassem todos os objetos de valor, como telefones celulares,
dinheiro, joias, televisão, som. Na ocasião os dois assaltantes se portavam de forma violenta, sempre
ameaçando matar as vítimas. Após retirarem os pertences das vítimas, pediram a chave do veículo que
estava no local, e após colocarem todos os outros objetos subtraídos no interior do veículo, se evadiram
do local. Relata ainda, que no momento da fuga, o assaltante que estava portando a pistola foi quem
dirigiu o veículo. A Vítima ainda em juízo reconheceu o Denunciado por fotografia e apontou com certeza
como sendo a pessoa que praticou o crime. Por fim, afirma que esteve na delegacia de polícia e
reconheceu, com segurança, o homem que praticou no crime, sendo então o Denunciado WESLEY
ALVES MADUREIRA, inclusive relata que embora o Denunciado no momento do crime, estivesse usando
boné e óculos escuros, não tem dúvidas que se trata da mesma pessoa. Por fim, relata que o outro
homem que participou do delito, não foi preso, assim como todos os objetos subtraídos não foram
recuperados. Para corroborar temos as declarações d e uma das testemunhas, RENAN FARIAS
VICENTE, ouvida em juízo, gravação audiovisual de fl. 22, policial militar que participou da diligência que
findou com a prisão em flagrante do Denunciado. Relata que na data do fato, estava de serviço quando
recebeu uma chamada para averiguar uma denúncia de um crime de roubo, que teria ocorrido na região
do Conjunto Maguari. Após todas as informações, a testemunha chegou ao Denunciado através de
informações de populares e ainda quando encontraram o veículo roubado e abandonado em uma das
travessas do conjunto citado. Após algumas rondas pela local, foram informados que o Réu já estava
detido por populares, o que de fato era verdadeiro. Afirma que quando encontraram o veículo roubado, no
seu interior ainda estavam alguns dos outros objetos subtraídos. Relata ainda, que quando da prisão em
flagrante do Denunciado, a Vítima Maria Leonor Oliveira esteve na Delegacia de Polícia para realizar a
ocorrência, e, lá recebeu seus pertences de volta, assim como no local presenciou quando esta
reconheceu sem sombras de dúvidas, o nacional WESLEY ALVES MADUREIRA, como autor do crime.
Inclusive a VÍTIMA relata que o Denunciado estava usando com a mesma roupa no momento da prática
do delito. Por fim, afirma que o outro homem que participou do crime, não foi encontrado assim como não
foi apreendida arma de fogo. Da existência do crime comprovada. Do crime consumado. Resta claro que o
delito de roubo foi consumado no momento em que o Denunciado após subtração, fuga, perseguição e
prisão em flagrante, e quando da subtração desses bens, retirando o bem da esfera de vigilância e
disponibilidade dos ofendidos. Confirma-se que objetos roubados foram restituídos em parte, conforme
Auto de Apresentação de fl. 37, do IPL e Auto de Entrega de fl. 38, do IPL. Assim entende a jurisprudência
de nossos tribunais: PENAL - ROUBO - MOMENTO CONSUMATIVO - PRESCINDIBILIDADE DA POSSE
TRANQUILA DA RES - PRECEDENTES - RECURSO PROVIDO. 1.O crime de roubo está consumado se
o agente, ainda que por breve momento, tem, após o desapossamento violento, a disponibilidade dos
objetos. Não é exigível a posse tranquila da res, bastando que cesse a violência ou a clandestinidade.
2.Recurso provido. (STJ - Resp 200400925881 - (694621 SP) - 6ª T. - Rel. Min. Hélio Quaglia Barbosa -
DJU 21.03.2005, p. 00450) Da autoria. Em suas alegações escritas, o Ministério Público manifestou-se
pela condenação do acusado WESLEY ALVES MADUREIRA, posto que comprovadas materialidade e
autoria do crime tipificado no Art. 157, do Código Penal. Entendo assistir razão ao Ministério Público, eis
que as provas produzidas durante a instrução criminal foram suficientes para reconhecimento da autoria
delitiva pela prática do crime descrito no Art. 157, do Código Penal, na pessoa do Denunciado Wesley
Alves Madureira. Da Autoria quanto ao Denunciado WESLEY ALVES MADUREIRA. Como prova da
autoria do delito, temos o depoimento de uma das Vítimas, MARIA LEONOR OLIVEIRA DE QUEIROZ
quando ouvida em Juízo à fl. 22 - Gravação Audiovisual - deixa clara a ocorrência do crime tipificado na
denúncia. Relata a VÍTIMA, que no dia do fato, estava em sua residência acompanhada de familiares
quando em dado momento, que deixou o portão da casa aberto, foi surpreendida pela entranha de dois
homens, todos portando arma de fogo, inclusive um estava com uma pistola e o outro com um revólver. O
que estava portando a pistola, já entrou na casa fechando as janelas e ameaçando a todos. Ordenou que
entregassem todos os objetos de valor, como telefones celulares, dinheiro, joias, televisão, som. Na
ocasião os dois assaltantes se portavam de forma violenta, sempre ameaçando matar as vítimas. Após
retirarem os pertences das vítimas, pediram a chave do veículo que estava no local, e após colocarem
todos os outros objetos subtraídos no interior do veículo, se evadiram do local. Relata ainda, que no
momento da fuga, o assaltante que estava portando a pistola foi quem dirigiu o veículo. A Vítima ainda em
juízo reconheceu o Denunciado por fotografia e apontou com certeza como sendo a pessoa que praticou o
crime. Por fim, afirma que esteve na delegacia de polícia e reconheceu, com segurança, o homem que
praticou no crime, sendo então o Denunciado WESLEY ALVES MADUREIRA, inclusive relata que embora
o Denunciado no momento do crime, estivesse usando boné e óculos escuros, não tem dúvidas que se
trata da mesma pessoa. Por fim, relata que o outro homem que participou do delito, não foi preso, assim
como todos os objetos subtraídos não foram recuperados. Para corroborar temos as declarações de uma
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das testemunhas, RENAN FARIAS VICENTE, ouvida em juízo, gravação audiovisual de fl. 22, policial
militar que participou da diligência que findou com a prisão em flagrante do Denunciado. Relata que na
data do fato, estava de serviço quando recebeu uma chamada para averiguar uma denúncia de um crime
de roubo, que teria ocorrido na região do Conjunto Maguari. Após todas as informações, a testemunha
chegou ao Denunciado através de informações de populares e ainda quando encontraram o veículo
roubado e abandonado em uma das travessas do conjunto citado. Após algumas rondas pela local, foram
informados que o Réu já estava detido por populares, o que de fato era verdadeiro. Afirma que quando
encontraram o veículo roubado, no seu interior ainda estavam alguns dos outros objetos subtraídos.
Relata ainda, que quando da prisão em flagrante do Denunciado, a Vítima Maria Leonor Oliveira esteve na
Delegacia de Polícia para realizar a ocorrência, e, lá recebeu seus pertences de volta, assim como no local
presenciou quando esta reconheceu sem sombras de dúvidas, o nacional WESLEY ALVES MADUREIRA,
como autor do crime. Inclusive a VÍTIMA relata que o Denunciado estava usando com a mesma roupa no
momento da prática do delito. Por fim, afirma que o outro homem que participou do crime, não foi
encontrado assim como não foi apreendida arma de fogo. As testemunhas: VALDENILDO CAMPOS
GOUVEIA e OSVALDINO LIMA DA CONCEIÇÃO, inquiridas à fl. 33, gravação audiovisual, todos policiais
militares que participaram da operação que culminou com a prisão em flagrante do Denunciado,
confirmam os fatos relatados na Denúncia, inclusive a testemunha Osvaldino Lima da Conceição afirma
que presenciou a Vítima Maria Leonor reconhecer o denunciado como o autor do crime quando esteve na
delegacia de polícia. Confirma que os objetos roubados foram encontrados em parte. Por fim, o
Denunciado WESLEY ALVES MADUREIRA quando de seu interrogatório em Juízo fl. 33 - Gravação
Audiovisual - não confessa autoria do crime, afirma que foi preso porque os policiais militares obtiveram a
informação de que o Denunciado era foragido do sistema penitenciário. Relata que foi preso quando
estava visitando uma tia, que residia no Conjunto Maguari. O Denunciado não trouxe para os autos
qualquer prova de suas alegações que pudessem vir a elidir as provas produzidas pela acusação, o que
vem de encontro a necessidade de reconhecer provada a autoria do crime na pessoa do Réu. Certo que a
palavra da vítima nos crimes de roubo tem seu valor ampliado, por ter sido ela a principal testemunha dos
fatos. Maior ainda é a sua credibilidade quando em consonância com as demais provas produzidas, e se
ocorre o reconhecimento do agente delitivo e a narrativa com riqueza de detalhes. Esta, conforme já
frisado acima, confirmou que identificou o denunciado, como sendo o indivíduo que lhe tomou de assalto
no dia do fato. Assim reflete o entendimento Jurisprudencial: Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL - ROUBO
QUALIFICADO - CONDENAÇÃO - INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA - INOCORRÊNCIA - PALAVRA DA
VÍTIMA - RELEVO PROBATÓRIO - DEPOIMENTOS DE POLICIAIS - ADMISSIBILIDADE - PLEITO DE
DESCLASSIFICAÇÃO PARA TENTATIVA DE ROUBO - IMPOSSIBILIDADE - DESNECESSIDADE DE
QUE O BEM SAIA DA ESFERA DE VIGILÂNCIA DA VÍTIMA - RECURSO IMPROVIDO - DECISÃO
UNÂNIME. I- Em delitos dessa espécie, a palavra da vítima ganha relevo probatório, se coerente e
harmônica com os demais elementos existentes no processo, especialmente como no caso, quando
inexiste motivo para incriminação falsa. II- O fato das duas testemunhas serem os policiais que prenderam
em flagrante delito os acusados não ilide a validade das suas declarações, mormente quando, colhidas
elas em juízo, mostram-se em consonância com outros elementos de prova e, nem de longe, evidenciam
algum interesse em acusar um inocente. III- O delito de roubo, assim como o de furto, consuma-se com a
simples posse, ainda que breve, da coisa alheia móvel subtraída clandestinamente, sendo desnecessário
que o bem saia da esfera de vigilância da vítima. IV- Recurso improvido. Decisão unânime. (TJPA -
Acórdão 86184 - 1ª CCRIM ISOLADA - Data de Julgamento: 23/03/2010 - Proc. nº. 20083008749-8 - Rec.:
Apelação Criminal - Relator: Des. João José da Silva Maroja) - (grifo nosso) Sendo assim, não há que se
duvidar acerca da autoria do delito, diante de robustos elementos probatórios, mormente pelas palavras da
Ofendida, que foram harmoniosas e precisas, encontrando amparo em todo o bojo processual, dotadas de
coerência e idoneidade. Como se vê, as declarações prestadas pela vítima e ainda pelas testemunhas (fl.
22/33 - gravação audiovisual - por ocasião de seus depoimentos perante este Juízo são uníssonas,
incontroversas e absolutamente convergentes quanto à autoria e materialidade do delito com relação ao
acusado. As provas produzidas foram concretas para apontar o Denunciado como autor do delito. A vítima
foi segura ao apontar o Denunciado WESLEY ALVES MADUREIRA, como autor do crime. Até porque, não
há nos autos qualquer elemento que nos identifique ou aponte a vítima com a intenção de reconhecer
pessoas, que concretamente, não participaram da conduta delituosa. Entendimento jurisprudencial
pacífico: ROUBO IMPRÓPRIO - PROVA - PALAVRA DA VÍTIMA - CARACTERIZAÇÃO. Em termos de
prova convincente, a palavra da vítima, evidentemente, prepondera sobre a do réu. Esta preponderância
resulta do fato de que uma pessoa, sem desvios de personalidade, nunca irá acusar desconhecido da
prática de um delito, quando isso não ocorreu. E quem é acusado, em geral, procura fugir da
responsabilidade de seu ato. Tratando-se de pessoa idônea, sem qualquer animosidade específica contra
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o agente, não se poderá imaginar que ela vá mentir em juízo e acusar um inocente. Foi o que ocorreu no
caso em julgamento. O apelante foi reconhecido pela vítima de forma segura que, também, informou sobre
o roubo. Ficou caracterizado o roubo impróprio, porque a ofendida informou que, após a subtração de seus
bens e surpreendendo o ladrão, foi impedido por ele de tentar reavê-los. O recorrente a ameaçou com
uma faca que portava, afirmando que lhe faria mal e a seu filho. Esta ameaça foi repetida para um vizinho.
Decisão: Apelo defensivo desprovido. Unânime. (TJRS - AC 70012931150 - 7ª C. Crim. - Rel. Sylvio
Baptista Neto - j. 24.11.2004) (negrito nosso) A condenação se faz necessária. Das majorantes de que
trata o Art. 157, § 2º, II e § 2º-A, I, do Código Penal. Crime praticado por duas ou mais pessoas: As
declarações da Vítima (fl. 22, gravação audiovisual) confirmam que o crime foi praticado por duas pessoas
- sendo uma delas identificada como WESLEY ALVES MADUREIRA- posto que pelas declarações
colhidas na instrução processual, a majorante restou comprovada, eis que o acusado cometeu o assalto
em comunhão de vontades, com a finalidade de subtrair coisa alheia móvel. Ademais, a não identificação
das outras pessoas participantes do delito, não impede o reconhecimento da majorante, se,
concretamente, diante das provas colhidas, o crime foi cometido em concurso de agentes. Majorante
comprovada. Crime praticado com uso de arma de fogo. A majorante não restou comprovada, eis que não
houve a apreensão de arma de fogo, posto que para sua configuração, entendo pela necessária
comprovação de se tratar de arma de fogo, nos moldes da legislação que rege a matéria, assim como sua
potencialidade lesiva no momento do fato criminoso. Majorante não comprovada. Portanto, por tudo que
foi exposto, acolho em parte as razões do Ministério Público, para reconhecer a prática do crime de roubo
- na sua forma consumada - tendo na autoria delitiva o acusado WESLEY ALVES MADUREIRA, e ainda o
reconhecimento da majorantes do concurso de pessoas, tudo mediante as provas dos autos, que rechaço
as razões finais apontadas pela Defesa. III - Dosimetria: Quanto ao Denunciado WESLEY ALVES
MADUREIRA: Passo a dosimetria da pena, na forma do Artigo 59, do Código Penal. O réu, à época do
delito, apresentava antecedentes criminais (FAC à 44/45). A culpabilidade é censurável. Mais censurável,
ainda, pela opção deliberada do agente criminoso em agir ao arrepio da norma legal. A conduta social e a
personalidade do agente sem dados específicos para uma avaliação. O comportamento da vítima é
desfavorável ao réu, uma vez que em nada contribuiu para a ocorrência do crime. Os motivos
determinantes do crime almejavam vantagem patrimonial e lucro fácil. As circunstâncias do crime são as
normais do tipo. E, por fim, as consequências do crime restaram provadas, eis ter havido prejuízo
patrimonial para a vítima, em razão da res furtiva não ter sido devolvida na sua totalidade, e ainda as
consequências de ordem moral e psicológica restaram indubitavelmente reconhecidas. Considero como
suficiente e necessária a fixação da pena-base em 05 (cinco) anos de reclusão e multa no valor de 100
(cem) dias-multa, no valor unitário de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente ao tempo do fato. Sem
Agravantes e Atenuantes. Ausentes causas de diminuição de pena, mas reconhecidas a causa de
aumento de pena (Artigo 157, § 2º, Inciso II, do Código Penal), elevo a pena-base no percentual de 1/3, e
fixo a pena privativa de liberdade em 06 (seis) anos e 08 (oito) meses de reclusão e mais 133 (cento e
trinta e três) dias-multa, calculados no valor de 1/30 (um trinta avos) sobre o valor do salário mínimo
vigente à época do fato. IV - Da Detração da Lei nº 12.367/2012. Constate-se que o Denunciado se
encontra preso em razão de decretação de prisão preventiva desde a data de 08.08.2018, razão pela qual
faço a detração de 06 (seis) meses e 13 (doze) dias, restando a pena-base em 06 (seis) anos, 01 (um)
mês e 17 (dezessete) dias, de reclusão e mais 133(cento e trinta e três) dias-multa, calculados no valor de
1/30 (um trinta avos) sobre o valor do salário mínimo vigente à época do fato como CONCRETA,
DEFINITIVA E FINAL. V - Dispositivo: Ante o exposto, e por tudo mais que nos autos consta, julgo
procedente em parte a Denúncia para CONDENAR o réu WESLEY ALVES MADUREIRA, brasileiro,
paraense, solteiro, nascido em 07.09.1994, filho de Maria Lucia Alves Nunes e Lino da Silva Madureira,
residente e domiciliado na Rua Tancredo Neves, nº 124, bairro Maracacuera, Distrito de Icoaraci, neste
município, pela prática do crime tipificado no Artigo 157, § 2º, II, do Código Penal, eis que provadas
materialidade e autoria delitivas. A pena de reclusão será cumprida em regime inicialmente semiaberto,
posto que as circunstâncias judiciais possibilitam a aplicação do disposto no Artigo 33, § 2º, "b" c/c §3º, do
Código Penal. O Réu cumprirá a pena aplicada na Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel, neste estado.
Para fins de recurso permanece a situação atual do réu. Da necessidade da manutenção da prisão
cautelar. Preceitua o Artigo 312, do Código de Processo Penal: "Art. 312. A prisão preventiva poderá ser
decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal,
ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício
suficiente de autoria.". Analisando os autos, verifico estar presente um dos motivos para a manutenção da
prisão dos sentenciados. O que se procura no instituto da liberdade provisória, é assegurar o regular
desenvolvimento do processo sem que do acusado seja retirada a sua liberdade. Somente em casos
excepcionais e comprovada a imperiosa necessidade da medida acauteladora deve-se restringir a
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liberdade do cidadão. Dispõe a Constituição Federal, que "ninguém será levado a prisão ou nela mantido
quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança" (art. 5º, LXVI). No caso em comento,
havendo motivos para uma segregação cautelar, deve o juízo restringir a liberdade do acusado posto que
em liberdade, apresenta motivo que poderá vir a prejudicar o andamento da instrução criminal, ou se furtar
à aplicação da lei penal ou ainda para a garantia da ordem pública. Vejamos: Depreende-se dos autos,
após regular instrução criminal da existência de provas de autoria e materialidade do crime formulado nos
autos, a sentença penal condenatória que o diga. Sabe-se que para a aplicação da medida cautelar devem
estar presentes os pressupostos para tal, quais sejam o fumus comissi delicti e periculum libertatis. Da
existência do crime, conforme dito acima resta comprovada. A segregação cautelar se faz necessária para
garantia a aplicação da lei penal. Levo em conta, a periculosidade comum que se reveste o crime de roubo
majorado pelo concurso de pessoas. O sentenciado deve ser mantido fora do convívio social, posto que
visando acautelar o meio social e ainda garantir a credibilidade da justiça, que restou afetada por mais um
crime praticado com covardia e violência, merecendo mais rigor e severidade. A possibilidade de lucro
fácil, com a subtração do bem de propriedade da vítima, não pode prevalecer sobre o direito do cidadão
comum de ir e vir com tranquilidade, e no caso concreto, se viu tolhido diante da conduta violenta e
desproporcional do sentenciado. Visa a medida cautelar, assegurar a aplicação da lei penal. O acusado foi
condenado a uma pena de reclusão, em regimes inicialmente semiaberto. Não apresenta o acusado
garantia alguma que irá se submeter à aplicação da lei, caso seja posto em liberdade, mesmo porque foi
condenado a uma pena restritiva de liberdade. Mantenho a medida cautelar de prisão preventiva, posto
que presente ainda, um dos motivos autorizadores de que trata o Art. 312, do Código de Processo Penal.
A multa aplicada deverá ser cobrada em conformidade com o Artigo 50, do Código Penal, devendo ser
adotado o procedimento para seu recolhimento. Para o caso de objetos apreendidos, determino o
cumprimento do que determinam os Provimentos nº 006/2008 e 010/2008 da CJRMB. Intimem-se
pessoalmente o Denunciado, Ministério Público e Defensoria Pública. Após o trânsito em julgado para o
Ministério Público, expeça-se GUIA DE RECOLHIMENTO PROVISÓRIA, com os documentos necessários
e enviar à Vara de Execução Penal da Região Metropolitana de Belém. Após o prazo, sem interposição de
recurso, expedir Guia de Recolhimento Definitiva com os documentos necessários e enviar à vara
competente para a execução de sentença. Proceder as anotações e informações necessárias, inclusive as
de interesse da Justiça Eleitoral. Isento de Custas. Publique-se, registre-se e intimem-se. Belém, 21 de
fevereiro de 2019. CUMPRA-SE COM URGÊNCIA. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito
Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Penal da Comarca da Capital Portaria nº 1060/2017-GP
PROCESSO: 00228522220178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação:
Inquérito Policial em: 21/02/2019 VITIMA:C. L. N. S. DENUNCIADO:FRANCISCO DAS CHAGAS DE
OLIVEIRA PALHETA JUNIOR Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO
PARA (DEFENSOR) DENUNCIADO:CARLOS EDMUNDO QUARESMA DA SILVA Representante(s): OAB
11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) . Processo nº. 0022852-
22.2017.814.0401 Capitulação Penal - Artigo 157, §2º, II do CPB Réu: FRANCISCO DAS CHAGAS DE
O L I V E I R A P A L H E T A J U N I O R E O U T R O
____________________________________________________________________________________
SENTENÇA Trata-se de Ação Penal iniciada através de Denúncia formulada pelo Ministério Público para
apurar delito tipificado no Artigo 157, §2º, II do CPB, crime este praticado em tese pelo nacional
FRANCISCO DAS CHAGAS DE OLIVEIRA PALHETA JUNIOR, brasileiro, natural do Maranhão, nascido
em 10/04/1995, filho de Dalva Maria Abreu, residente em Rua Rui Barbosa, nº 822, CEP 66075-373, bairro
do Guamá, Belém/PA. A certidão de óbito, juntada à fl. 30, comprova a morte do agente, não sendo
possível mais para o Estado exercer o seu jus puniendi. Em razão do princípio jurídico mors omnia solvit, a
declaração de extinção da punibilidade do réu é imprescindível para a extinção do feito em relação à sua
pessoa. Neste sentido, a doutrina assevera: "A morte do réu é o primeiro dos fatos apontados no art. 107
como causa de extinção do direito estatal de punir. Se a pena é eminentemente pessoal, é óbvio que o
direito de punir se extingue com a morte do sujeito passivo da relação jurídico-penal. O Estado tinha direito
de aplicar a sanctio juris contra o autor do crime; se este morre, desaparece a relação jurídica, porquanto o
Estado não pode exigir que preceito sancionador seja aplicado contra outra pessoa. Mors omnia solvit:
este princípio se aplica plenamante no Direito Penal, pois a punição não pode recair em pessoa morta, e a
pena não irá atingir, por sua própria natureza, outra pessoa diferente da do autor do crime" (José Frederico
Marques, Tratado de Direito Penal, ED. Millenium, 1999, vol. III, p. 490). A propósito, a interpretação
jurisprudencial é unânime ao tratar da prova da morte, no sentido da juntada da certidão de óbito aos
autos e posterior oitiva do Ministério Público: "Para o julgamento de extinção de punibilidade por parte do
réu, não basta simples informação verbal, sendo imprescindível a juntada aos autos da competente
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certidão de óbito" (TACRIM-SP - AC - Rel. Ferreira Leite - JUTACRIM 16/213). "No caso de morte do
acusado, o juiz somente à vista de certidão de óbito, e depois de ouvido o Ministério Público, declarará
extinta a punibilidade (art. 62 do CPP)" (TJSP - AC - Rel. Evaristo dos Santos - RT 615/272). Ante o
exposto, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE do acusado FRANCISCO DAS CHAGAS DE OLIVEIRA
PALHETA JUNIOR, brasileiro, natural do Maranhão, nascido em 10/04/1995, filho de Dalva Maria Abreu,
residente em Rua Rui Barbosa, nº 822, CEP 66075-373, bairro do Guamá, Belém/PA, tudo com fulcro no
Artigo 107, I, do Código Penal. Publique-se, registre-se, intime-se e cumpra-se. Após, arquivem-se com as
cautelas legais. Belém-PA, 21 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito
Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém Portaria nº 1060/2017-
GP PROCESSO: 00262342320178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação:
Inquérito Policial em: 21/02/2019 DENUNCIADO:GLEYDSON WILLIAN DA SILVA CUITE VITIMA:M. R. S.
S. . DESPACHO / DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Processo 0026234-23.2017.814.0401 1. Considerando
não haver tempo hábil para o cumprimento de intimação da Vítima MARCIA REGINA DA SILVA SOUZA
requerida pelo Ministério Público (às fls. 65/66), para comparecer em audiência na data de 28/02/2019,
não reconheço prejuízo em sua oitiva em momento posterior. 2. CUMPRA-SE. Belém-PA, 21 de fevereiro
de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela
5ª Vara Criminal da Comarca de Belém Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO: 00290192120188140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA
SILVA GATO Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 VITIMA:O. E.
DENUNCIADO:JEFERSON OLIVEIA BARROS Representante(s): OAB 21699 - CAMILA CHAVES COSTA
(ADVOGADO) . DESPACHO / DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Processo nº 0029019-21.2018.814.0401 1.
Diante da Denúncia formulada pelo Ministério Público Estadual às fls. 02/04, de suposto crime tipificado no
art. 16, parágrafo único, inciso IV, da Lei 10.826/03, praticado em tese por JEFERSON OLIVEIRA
BARROS, observa-se na narrativa da mencionada exordial acusatória que não há descrição de a arma de
fogo portada possuir numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou
adulterado, conforme se depreende do trecho a seguir, constante da fl. 02: "fora encontrada na cintura do
denunciado uma arma de fogo do tipo revolver, calibre aparente `.38" com quatro munições", apesar da
tipificação penal imputada ao acusado. 2. Motivo pelo qual retornem os autos ao Ministério Público, para,
querendo, aditar a referida denúncia dos presentes autos. 3. Intime-se. Cumpra-se. Belém/PA 21 de
fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital
Resp. pela 5ª Vara Penal da Comarca da Capital Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO:
00012839120198140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019
DENUNCIADO:DANIEL LUCIAN LIMA GUERREIRO VITIMA:J. A. S. C. VITIMA:F. C. S. M. . DESPACHO
/ MANDADO (Provimento nº. 011/2009-CJRMB) 1. Recebo a presente Denúncia, eis que preenchidos os
pressupostos do Artigo 41, do Código de Processo Penal. 2. Tendo em vista que há Proposta de
Suspensão Condicional do Processo formulada pelo Ministério Público designo audiência para a data de
02 de maio de 2019, às 10:00h, ante a extensa pauta de audiências. 3. Cite-se o Denunciado: § DANIEL
LUCIAN LIMA GUERREIRO, brasileiro, paraense, natural de Belém, filho de Antonio Bararua Guerreiro
Junior e Lucidea de Sousa Silva, nascido na data de 10.04.1985, residente em Avenida Senador Lemos,
nº 4567, entre Vila Nova e Santos Drummond, bairro Sacramenta, Belém/Pa, telefone nº (91)98355-2662,
a fim de comparecer em Juízo para manifestar-se acerca da suspensão condicional do processo, sendo
que a sua ausência será tomada como recusa dos termos da proposta formulada e abertura do prazo de
10 (dez) dias para a apresentação de Resposta à Acusação, onde acusado poderá arguir preliminares e
alegar tudo que interessar à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas
pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário, ex vi
do Art. 396/406 e seguintes, do Código de Processo Penal. 4. Servirá o presente, por cópia digitada, como
mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei. 5. Desde logo fica o denunciado ciente de que, a
partir deste momento, quaisquer mudanças de endereço deverão ser informadas a este Juízo para fins de
adequada intimação. 6. Expeça-se intimação à vítima, para que compareça ao ato, caso tenha interesse
em eventual reparação do dano 7. Expeça-se certidão de antecedentes. CUMPRA-SE. Belém/PA, 21 de
fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital
Resp. pela 5ª Vara Penal da Comarca de Belém Portaria nº 1061/2017-GP PROCESSO:
00085460620168140200 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Sindicância em: 22/02/2019 ENCARREGADO:LOURIVAL
CARDOSO RODRIGUES FILHO INDICIADO:SEM INDICIAMENTO VITIMA:B. S. M. . DESPACHO /
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Processo nº 0008546-06.2016.814.0200 Trata-se de Inquérito Policial
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Militar instaurado para a apuração de suposto crime de lesão corporal grave (Artigo 129, § 7º, do CPB)
praticado em tese por ISRAEL BARBOSA BRAGA contra a vítima Bruno da Silva Monte. Após a conclusão
do procedimento investigativo, o Ministério Público requereu o arquivamento do presente Inquérito Policial,
por entender que o autor do fato agiu sob o manto da legítima defesa putativa, incorrendo assim em erro
sobre elemento do tipo, não havendo possibilidade para o oferecimento da denúncia em razão de falta de
justa causa para a ação penal. Sabe-se que descriminante putativa é a causa de exclusão da ilicitude que
não existe concretamente, mas apenas na mente do autor de um fato típico. Basta que, por erro
plenamente justificado pelas circunstâncias, o agente suponha situação de fato que, se existisse, tornaria
a sua ação legítima. Assim entende a doutrina penal pátria: "O art. 23 do CP prevê as causas de exclusão
da ilicitude e em todas elas é possível que o agente as considere presentes por erro plenamente
justificado pelas circunstâncias: estado de necessidade putativo, legítima defesa putativa, estrito
cumprimento de dever legal putativo e exercício regular do direito putativo. Basta que, por erro plenamente
justificado pelas circunstâncias, o agente suponha situação de fato que, se existisse, tornaria a sua ação
legítima. - Espécies: As descriminantes putativas relacionam-se intrinsecamente com a figura do erro, e
podem ser de três espécies: a) erro relativo aos pressupostos de fato de uma causa de exclusão da
ilicitude: É o caso daquele que, ao encontrar seu desafeto, e notando que tal pessoa coloca a mão no
bolso, saca de seu revólver e o mata. Descobre, depois, que a vítima fora acometida por cegueira, por ele
desconhecida, e não poderia sequer ter visto o seu agressor. Ausente, portanto, um dos requisitos da
legítima defesa, qual seja, a `agressão injusta" (...) Para a teoria limitada da culpabilidade, constitui-se em
erro de tipo permissivo. Surgem então as descriminantes putativas por erro de tipo. No exemplo acima
indicado (item "a"), se escusável o erro, exclui-se o dolo e a culpa, acarretando na atipicidade do fato, pois
no finalismo tais elementos compõem a estrutura da conduta. Sem eles não há conduta, e sem conduta o
fato é atípico. Mas, se inescusável o erro, afasta-se o dolo, subsistindo a responsabilidade por crime
culposo, se previsto em lei (art. 20, § 1º, do CP). Filiam-se a essa posição, entre outros, Damásio E. de
Jesus e Francisco de Assis Toledo. O item 19 da Exposição de Motivos da Parte Geral do CP acolheu esta
concepção". (MASSON, Cleber. Código Penal Comentado. 2ª. Ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
Método. p.165.) Grifos meus. Compulsando os autos, bem como as razões expostas pelo Parquet,
constata-se que não há a presença de justa causa para a propositura da ação penal, visto que para o
início do processo, é necessária a presença de lastro probatório mínimo quanto à prática do delito e
quanto à sua autoria. É o denominado fumus comissi delicti, a ser compreendido como a presença de
prova da existência do crime e de indícios de autoria. É necessário ressaltar que o Direito Processual
Penal pátrio condicionou o implemento de certos elementos para a propositura da Ação Penal. Nesse
sentido, têm-se posicionamento JÚLIO FABRINI MIRABETE, in verbis: "Em qualquer hipótese, porém, é
necessário que a denúncia venha arrimada em elementos que comprovem a materialidade do crime e em
indícios de sua autoria, sob pena de ficar reconhecida a ausência de justa causa para a ação penal. É
sempre necessária a presença, mesmo no procedimento sumaríssimo dos Juizados Especiais Criminais,
do fumus boni iuris, indispensável à propositura de uma ação penal. Não afasta a lei, aliás, a necessidade
de estarem presentes as condições da ação penal; possibilidade jurídica do pedido, interesse de agir etc".
(MIRABETE, Júlio Fabrini. Juizados Especiais Criminais. São Paulo: Atlas, p.95.) Ante o exposto, acolho a
manifestação do Representante do Ministério Público, em todos os seus termos, relativamente a este
Inquérito Policial e lhe determino o ARQUIVAMENTO, com fulcro no Artigo 28, do Código de Processo
Penal, sem prejuízo aos requisitos dispostos do Art. 18 do mesmo Código, bem como à Súmula 524, do
Supremo Tribunal Federal. Dê-se baixa no sistema LIBRA e efetuem-se as anotações e comunicações de
estilo. Belém-PA, 22 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar
da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém Portaria nº 1060/2017-GP
PROCESSO: 00128912320188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 VITIMA:P. S. B. DENUNCIADO:RAFAEL MENDES DOS
SANTOS. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Processo nº 0012891-23.2018.814.0401 Cuida-se de Ação
Penal para apurar a prática do crime definido no Artigo 157, caput do Código Penal Brasileiro, tendo como
acusado RAFAEL MENDES DOS SANTOS devidamente identificado(a) nos autos. Na forma do Artigo
396-A, do Código de Processo Penal, a Defensoria Pública apresentou Resposta Escrita, conforme
petição de fls. 06/07. Não há preliminares para serem analisadas. Cumprindo o que determina o Artigo
397, do Código de Processo Penal, entendo não ser o caso de absolvição sumária do réu. Vejamos: A
absolvição sumária deve ser concedida pelo juiz quando este se convencer da existência nos autos de
circunstâncias que excluam o crime ou isente de pena o réu. Examinando as provas até aqui coligidas,
não resta cristalino e sem extreme de dúvida de que o réu esteja acobertado por quaisquer dessas
circunstâncias. Sabe-se que para a absolvição sumária as provas carreadas aos autos, devem ser
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
seguras, sem qualquer resquício de dúvida. Deve a prova apresentar-se límpida e segura, de modo a
convencer o Juízo da existência de uma circunstância que exclua o crime ou isente de pena o réu. Não
pode haver dúvidas quanto à existência dessa circunstância. Assim já se manifestou o mestre Julio Fabrini
Mirabete: "Para a absolvição sumária nos crimes de competência do Júri é necessário que haja prova
segura, incontroversa, plena, límpida, cumpridamente demonstrada e escoimada de qualquer dúvida
pertinente à justificativa ou dirimente, de tal modo que a formulação de um juízo de admissibilidade de
acusação representaria uma manifesta injustiça." Não é o caso dos autos. As provas se mostram frágeis e
inconclusivas para o reconhecimento de qualquer circunstância que absolva sumariamente o Réu. Defiro a
produção de provas requeridas pelo Ministério Público. Quanto ao pedido da Defensoria Pública acerca da
indicação futura de testemunhas, INDEFIRO, visto que o prazo para apresentação do rol de testemunhas
consta do Art. 396-A, do CPP, qual seja a resposta à acusação. Neste diapasão, considero preclusa a
apresentação de rol de testemunhas pela defesa em momento posterior. Ante o exposto, designo
audiência de INSTRUÇÃO E JULGAMENTO para o dia 02 de maio de 2019, às 12:00h, ante a extensa
pauta de audiências. Intimem-se o Acusado e a Vítima. Intimem o Ministério Público e a Defensoria
Pública. Intimem-se as testemunhas arroladas pelas partes, requisitando-as se necessário. As
testemunhas porventura residentes em outra comarca, deverão ser intimadas através de carta Precatória,
e inquiridas perante o juízo deprecado. CUMPRA-SE. Belém/PA, 22 de fevereiro de 2019. HELOISA
HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Criminal da
Comarca de Belém Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO: 00177585920188140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO
Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 VITIMA:F. E. DENUNCIADO:ANDERSON
RODRIGO BIZOMN Representante(s): DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) . DESPACHO / DECISÃO
INTERLOCUTÓRIA Processo 0017758-59.2018.814.0401 Quando do oferecimento da exordial, o Ilustre
Promotor de Justiça não forneceu o endereço completo do denunciado ANDERSON RODRIGO BIZOMN,
impossibilitando assim sua regular citação. Motivo pelo qual, encaminhem-se os presentes autos ao
Ministério Público, para que, querendo, proceda o aditamento da denúncia de fls. 02/04. CUMPRA-SE.
Belém-PA, 22 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da
Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém Portaria nº 1060/2017-GP
PROCESSO: 00196812320188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 INDICIADO:MAGNO LEONARDO SILVA DA CRUZ
Representante(s): OAB 21835 - ELIEZER SILVA DE SOUSA (ADVOGADO) INDICIADO:YURI QUEIROZ
KAUFFMANN Representante(s): OAB 21835 - ELIEZER SILVA DE SOUSA (ADVOGADO)
INDICIADO:RAPHAEL GALVAO SANTA ROSA COSTA AMARAL INDICIADO:PATRICK LUCAS SERRAO
FERREIRA INDICIADO:BRYAN WESLEY SOUZA LUZ INDICIADO:CRISTIAN DA SILVA PAIXAO
VITIMA:L. L. F. L. VITIMA:J. I. N. A. VITIMA:J. T. F. K. N. VITIMA:D. C. B. O. VITIMA:C. A. L. VITIMA:M. L.
C. G. VITIMA:A. K. C. S. VITIMA:K. P. M. C. . DESPACHO / MANDADO (Provimento nº. 011/2009-
CJRMB) 1. Recebo a presente Denúncia, eis que preenchidos os pressupostos do Artigo 41, do Código de
Processo Penal. 2. Tendo em vista que há Proposta de Suspensão Condicional do Processo formulada
pelo Ministério Público designo audiência para a data de 14 de maio de 2019, às 11:00h, ante a extensa
pauta de audiências. 3. Citem-se os Denunciados: § DANIEL ANDRE AZEVEDO SOUTO, brasileiro,
natural de Belém-Pa, nascido em 26.04.1994, filho de Carlos Andre da Silva Souto e Rosana Azevedo
Monteiro, residente em Rua Veiga Cabral, nº 1128, Alameda João Gomes, entre Rua São Pedro e Rua
São Francisco, Belém/PA, telefone nº 98464-2423; § JOBSON NAZARENO DE OLIVEIRA DO CARMO,
brasileiro, nascido em 25.06.1994, filho de Shirley Santiago Barros e Jobson Nazareno Oliveira do Carmo,
portador do CPF de nº 018.869.222-33, residente em Rua Jacarandá, nº 30, Jorge Teixeira II, CEP 69088-
250, Manau/AM, telefone nº 983186892; § MAGNO LEONARDO SILVA DA LUZ, brasileiro, nascido em
01.10.1995, filho de Magno Herbert Sousa da Luz e Ana Cleia dos Reis Silva Luz, residente no Conjunto
Cidade Nova VI, Travessa WE 67, nº 791, bairro do Coqueiro, Ananindeua/PA, telefone nº 98519-0690; e
§ YURI QUEIROZ KAUFFMANN, brasileiro, nascido em 22.08.1996, filho de Edvaldo Chaves Kauffmann e
Ermelinda Maria Vitoria Pereira Queiroz, residente em Rua Nova, nº 368, bairro da Pedreira, Belém/PA,
telefone nº 98196-8526, A fim de comparecerem em Juízo para manifestarem-se acerca da suspensão
condicional do processo, sendo que suas ausências serão tomadas como recusa dos termos da proposta
formulada e abertura do prazo de 10 (dez) dias para a apresentação de Respostas à Acusação, onde os
acusados poderão arguir preliminares e alegar tudo que interessar às suas defesas, oferecer documento e
justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua
intimação, quando necessário, ex vi do Art. 396/406 e seguintes, do Código de Processo Penal. 4. Servirá
o presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei. 5. Desde logo
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ficam os denunciados cientes de que, a partir deste momento, quaisquer mudanças de endereço deverão
ser informadas a este Juízo para fins de adequada intimação. 6. Expeça-se Carta Precatória à Comarca
de Manaus/AM, para que o Juízo deprecado proceda a citação do acusado JOBSON NAZARENO DE
OLIVEIRA DO CARMO, nos termos do artigo 353 e seguintes do Código de Processo Penal. 7. Expeçam-
se certidões de antecedentes. CUMPRA-SE. Belém/PA, 22 de fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA
SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Penal da Comarca de
Belém Portaria nº 1061/2017-GP PROCESSO: 00206888420178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 REU:DANIEL DA SILVA CASTRO VITIMA:A. A. C. C.
VITIMA:N. S. S. VITIMA:V. A. E. S. AUTORIDADE POLICIAL:DPC BRUNO BRASIL LIMA. DESPACHO /
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Processo nº 0020688-84.2017.814.0401 1. Recebo a Apelação interposta
pela Defensoria Pública (fl. 65) em favor de DANIEL DA SILVA CASTRO, eis que tempestiva. 2. Dê-se
vista dos autos ao Defensor Público para arrazoar o recurso, no prazo de 08 (oito) dias, conforme se
depreende do artigo 600, do Código de Processo Penal. 3. Após, ao Ministério Público para que apresente
as contrarrazões, igualmente no prazo de 08 (oito) dias. 4. Apresentadas, encaminhem-se os autos ao
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará, com as homenagens de estilo e sob as cautelas legais, na
forma do Artigo 602, do Código Processual Penal. CUMPRA-SE COM URGÊNCIA! Belém-PA, 22 de
fevereiro de 2019. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito Auxiliar da Comarca da Capital
Resp. pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Belém Portaria nº 1060/2017-GP PROCESSO:
00210938620188140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019
VITIMA:B. P. N. R. DENUNCIADO:FRANCINALDO COSTA DA SILVA Representante(s): OAB -- -
DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) . SENTENÇA Processo nº 0021093-86.2018.814.0401 Ação Penal
- Art. 157, § 2º, II e § 2º-A, I, do Código Penal Autor: Ministério Público Denunciado: Francinaldo Costa da
Silva Vítima: Bruna Priscila Nascimento Rodrigues I - Relatório: O MINISTÉRTIO PÚBLICO no uso de
suas atribuições institucionais, ofereceu DENÚNCIA em face de FRANCINALDO COSTA DA SILVA,
brasileiro, paraense, solteiro, nascido em 15.04.1982, filho de Lourdes Ferreira da Costa e Francisco de
Assis Mamede da Silva, residente e domiciliado na Rua Primeiro de Abril, Conjunto Paracuri II, nº 62,
Distrito de Icoaraci, neste município pela prática do delito capitulado no Art. 157, § 2º-A, I e § 2º, II, do
Código Penal. Relata a denúncia de fls. 02/04: "(...) Consta dos autos de inquérito policial que no dia
19.09.2018, por volta das 15h, a vítima Bruna Priscila Nascimento Rodrigues, estava saindo do veículo da
marca/modelo HILUX CD 4X2, cor prata, placa QDA-5689, de propriedade da Locadora Salmo 23 LTDA,
quando foi abordada por dois indivíduos armados, sendo um destes o ora denunciado Francinaldo Costa
da Silva, o qual anunciou o assalto dizendo "Perdeu, me dá a chave!", tendo a vítima entregado de pronto,
tanto a chave do automóvel, quanto sua bolsa, na qual continha objetos pessoais e dois aparelhos de
marca/modelo SAMSUNG J7 e SAMSUNG J1. Após consumado o crime, os assaltantes adentraram no
automóvel, empreendendo fuga rumo Av. 25 de Setembro, (...)". A instrução criminal restou regular. Em
sede de memoriais escritos (fls. 39/44), o Ministério Público pugnou pela procedência em parte da
denúncia e consequente condenação do Denunciado, nas sanções previstas no Art. 157, § 2º, II, do
Código Penal. A Defensoria Pública quando da apresentação dos Memoriais Escritos (fls. 51/60) pugnou
pelo afastamento da majorante de concurso de agentes, e, ainda pela incidência da atenuante da
confissão espontânea, das circunstâncias judiciais favoráveis, na fixação do regime diverso do fechado, a
substituição da pena privativa de liberdade pela pena restritiva de direitos e por fim, pela aplicação do valor
da multa em parâmetros reduzidos. II - Fundamentação: Se trata de Denúncia formulada pelo Ministério
Público, visando apurar a prática do delito capitulado no Art. 157, § 2º-A, I e § 2º, II, do Código Penal. Em
sede final, o Ministério Público pugnou pela condenação do Denunciado FRANCINALDO COSTA DA
SILVA, pela prática do delito capitulado no Art. 157, § 2º, II, do Código Penal ante comprovadas
materialidade e autoria delitivas. Por seu turno, a Defensoria Pública em sede de razões derradeiras,
pugnou pelo afastamento da majorante do concurso de agentes, e, ainda pela incidência da atenuante da
confissão espontânea, das circunstâncias judiciais favoráveis, na fixação do regime diverso do fechado, a
substituição da pena privativa de liberdade pela pena restritiva de direitos e por fim, pela aplicação do valor
da multa em parâmetros reduzidos. Após regular instrução criminal, tenho que restaram satisfatoriamente
comprovadas a materialidade e autoria delitiva, esta última na pessoa do denunciado Francinaldo Costa
da Silva pela prática do delito capitulado no Art. 157, § 2º, II, do Código Penal. Explico. Não há
preliminares para análise. Passo ao mérito da ação penal. Do artigo 157, do Código Penal: Art. 157.
Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou
depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de 4
(quatro) a 10 (dez) anos, e multa. § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: I - revogado II -
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
se há concurso de duas ou mais pessoas; § 2º-A. A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): I - se a
violência é exercida com emprego de arma de fogo; Da materialidade. A prova da existência do delito
restou comprovada com a Ocorrência Policial de fl. 18, do IPL e ainda com o Auto de Apresentação e
Apreensão de fl. 16, do IPL, onde constam: "(...) Celular: SAMSUNG, Operadora, Número 98899-2850,
IMEI 3580/1307/3070/626-3580/1407/3070/624, Complemento: MODELO J1, Categoria: CARRO, Marca
TOYOTA, Unidade Medida: Unidade, Quantidade: 1, Modelo: HILUX CD4X2 SR/PRATA, Placa: QDA-
5689/PA, Ano (Mod/Fab): 2014, Cor: PRATA, (...)". Ainda como prova da existência do delito, temos o
depoimento da Vítima, BRUNA PRISCILA NASCIMENTO RODRIGUES quando ouvida em Juízo à fl. 38 -
Gravação Audiovisual - deixa clara a ocorrência do crime tipificado na denúncia. Relata a VÍTIMA, que no
dia do fato, estava estacionando seu veículo próximo da residência de uma parente quando assim que
saiu do veículo, foi abordado por um homem que de imediato ordenou que a Vítima entregasse as chaves
do carr. Nesse momento a Vítima relata que o Assaltante fez menção de "meter a mão embaixo da blusa",
o que levou a Vítima a presumir ser uma arma de fogo, o que também acabou por fazer esta a entregar
sua bolsa com todos os pertences pessoais. Nesse momento se aproximou do carro e do assaltante um
outro home, que entrou no veículo juntamente com o primeiro assaltante, foi quem dirigiu o veículo, se
evadindo do local. Após retirarem os pertences das vítimas, pediram a chave do veículo que estava no
local, e após colocarem todos os outros objetos subtraídos no interior do veículo, se evadiram do local.
Relata ainda, que após o fato, ainda tentou seguir o veículo dirigido por um dos assaltantes, porém
desistiu e se dirigiu até a Delegacia de Roubo de Veículos e fez a ocorrência policial. Declara que algumas
horas após o crime, foi acionada pela autoridade policial para comparecer até a seccional e lá prestou
depoimento e na ocasião reconheceu o Denunciado como autor do crime de roubo. Afirma que dos objetos
roubados, somente o veículo foi restituído. Por fim, relata que o outro homem que participou do delito, não
foi preso, assim como todos os objetos subtraídos não foram recuperados. Para corroborar temos as
declarações das testemunhas: CARLOS WALDECYR SANTOS DE SOUZA, MARCIO ADGERSON
AZEVEDO BRITO e JOSIETE CRISTINA COSTA DE SANTA BRÍGIDA, ouvidas em juízo, gravação
audiovisual de fl. 38, todas policiais civis que participaram da diligência que findou com a prisão em
flagrante do Denunciado. Relatam que na data do fato, estavam de serviço quando receberam ordem de
missão da autoridade policial para averiguar uma denúncia de um crime de roubo, que teria ocorrido na
região da avenida Dr. Freitas. Após todas as informações, as testemunhas chegaram ao Denunciado
através de informações de GPS do aparelho celular da Vítima que estava ativado e que se encontrava em
poder dos assaltantes quando da subtração da bolsa da vítima. Após algumas rondas e "campana" pelo
local indicado pelo GPS, avistaram o veículo roubado estacionado em uma via pública. Passadas algumas
horas, presenciaram quando um dos assaltantes se aproximou do veículo e após destravar o alarme do
carro, este entrou e saiu com veículo, o que nesse momento as testemunha passaram a seguir o veículo,
quando em determinado perímetro da via pública, realizaram uma manobra "trancando o veículo roubado",
o que de imediato saíram da viatura descaracterizada e deram voz de prisão para o Denunciado, que foi
preso em flagrante de delito. Relatam ainda, que quando da prisão em flagrante do Denunciado, a Vítima
esteve na Delegacia de Polícia para prestar depoimento, e, lá recebeu o veículo de sua propriedade,
assim como no local presenciaram quando esta reconheceu sem sombras de dúvidas, o nacional
FARNCINALDO COSTA DA SILVA, como autor do crime. Por fim, afirmam que segundo relatos da Vítima,
havia um outro homem que participou do crime, porém este não foi preso e nem identificado. Confirmam
que nenhuma arma de fogo foi apreendida na posse do denunciado. Da existência do crime comprovada.
Do crime consumado. Resta claro que o delito de roubo foi consumado no momento em que o Denunciado
após subtração, fuga, perseguição e prisão em flagrante, e quando da subtração desses bens, retirando o
bem da esfera de vigilância e disponibilidade dos ofendidos. Confirma-se que objetos roubados foram
restituídos em parte, conforme Auto de Apresentação de fl. 16, do IPL e Auto de Entrega de fl. 19, do IPL.
Assim entende a jurisprudência de nossos tribunais: PENAL - ROUBO - MOMENTO CONSUMATIVO -
PRESCINDIBILIDADE DA POSSE TRANQUILA DA RES - PRECEDENTES - RECURSO PROVIDO. 1.O
crime de roubo está consumado se o agente, ainda que por breve momento, tem, após o desapossamento
violento, a disponibilidade dos objetos. Não é exigível a posse tranquila da res, bastando que cesse a
violência ou a clandestinidade. 2.Recurso provido. (STJ - Resp 200400925881 - (694621 SP) - 6ª T. - Rel.
Min. Hélio Quaglia Barbosa - DJU 21.03.2005, p. 00450) Da autoria. Em suas alegações escritas, o
Ministério Público manifestou-se pela condenação do acusado FRANCINALDO COSTA DA SILVA, posto
que comprovadas materialidade e autoria do crime tipificado no Art. 157, do Código Penal. Entendo assistir
razão ao Ministério Público, eis que as provas produzidas durante a instrução criminal foram suficientes
para reconhecimento da autoria delitiva pela prática do crime descrito no Art. 157, do Código Penal, na
pessoa do Denunciado FRANCINALDO COSTA DA SILVA. Da Autoria quanto ao Denunciado
FRANCINALDO COSTA DA SILVA. Ainda como prova da existência do delito, temos o depoimento da
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Vítima, BRUNA PRISCILA NASCIMENTO RODRIGUES quando ouvida em Juízo à fl. 38 - Gravação
Audiovisual - deixa clara a ocorrência do crime tipificado na denúncia. Relata a VÍTIMA, que no dia do fato,
estava estacionando seu veículo próximo da residência de uma parente quando assim que saiu do veículo,
foi abordado por um homem que de imediato ordenou que a Vítima entregasse as chaves do carr. Nesse
momento a Vítima relata que o Assaltante fez menção de "meter a mão embaixo da blusa", o que levou a
Vítima a presumir ser uma arma de fogo, o que também acabou por fazer esta a entregar sua bolsa com
todos os pertences pessoais. Nesse momento se aproximou do carro e do assaltante um outro home, que
entrou no veículo juntamente com o primeiro assaltante, foi quem dirigiu o veículo, se evadindo do local.
Após retirarem os pertences das vítimas, pediram a chave do veículo que estava no local, e após
colocarem todos os outros objetos subtraídos no interior do veículo, se evadiram do local. Relata ainda,
que após o fato, ainda tentou seguir o veículo dirigido por um dos assaltantes, porém desistiu e se dirigiu
até a Delegacia de Roubo de Veículos e fez a ocorrência policial. Declara que algumas horas após o
crime, foi acionada pela autoridade policial para comparecer até a seccional e lá prestou depoimento e na
ocasião reconheceu o Denunciado como autor do crime de roubo. Afirma que dos objetos roubados,
somente o veículo foi restituído. Por fim, relata que o outro homem que participou do delito, não foi preso,
assim como todos os objetos subtraídos não foram recuperados. Para corroborar temos as declarações
das testemunhas: CARLOS WALDECYR SANTOS DE SOUZA, MARCIO ADGERSON AZEVEDO BRITO
e JOSIETE CRISTINA COSTA DE SANTA BRÍGIDA, ouvidas em juízo, gravação audiovisual de fl. 38,
todas policiais civis que participaram da diligência que findou com a prisão em flagrante do Denunciado.
Relatam que na data do fato, estavam de serviço quando receberam ordem de missão da autoridade
policial para averiguar uma denúncia de um crime de roubo, que teria ocorrido na região da avenida Dr.
Freitas. Após todas as informações, as testemunhas chegaram ao Denunciado através de informações de
GPS do aparelho celular da Vítima que estava ativado e que se encontrava em poder dos assaltantes
quando da subtração da bolsa da vítima. Após algumas rondas e "campana" pelo local indicado pelo GPS,
avistaram o veículo roubado estacionado em uma via pública. Passadas algumas horas, presenciaram
quando um dos assaltantes se aproximou do veículo e após destravar o alarme do carro, este entrou e
saiu com veículo, o que nesse momento as testemunha passaram a seguir o veículo, quando em
determinado perímetro da via pública, realizaram uma manobra "trancando o veículo roubado", o que de
imediato saíram da viatura descaracterizada e deram voz de prisão para o Denunciado, que foi preso em
flagrante de delito. Relatam ainda, que quando da prisão em flagrante do Denunciado, a Vítima esteve na
Delegacia de Polícia para prestar depoimento, e, lá recebeu o veículo de sua propriedade, assim como no
local presenciaram quando esta reconheceu sem sombras de dúvidas, o nacional FARNCINALDO COSTA
DA SILVA, como autor do crime. Por fim, afirmam que segundo relatos da Vítima, havia um outro homem
que participou do crime, porém este não foi preso e nem identificado. Confirmam que nenhuma arma de
fogo foi apreendida na posse do denunciado. Por fim, o Denunciado FRANCINALDO COSTA DA SILVA
quando de seu interrogatório em Juízo fl. 38 - Gravação Audiovisual - confessa em parte autoria do crime,
relatando que cometeu o delito porque estava passando por dificuldades financeiras. Afirma que subtraiu o
veículo e uma bolsa contendo pertences pessoais da Vítima. Confirma que estava na companhia de um
outro homem de alcunha "Rodrigues" e que no momento da prática delituosa este acabou por também
concordar na prática do roubo. Informa que a bolsa subtraída e que continha objetos pessoais da vítima,
não foi restituída porque estava em poder de "Rodrigues". Que foi ideia de "Rodrigues" fazer com que o
Denunciado voltasse para buscar o veículo que tinha deixado abandonado na via pública, foi quando então
foi preso em flagrante delito. Por fim, confessa que não estava de posse de arma de fogo, e que só fez
menção de portar a arma com a intenção de fazer a Vítima entregar o veículo de sua propriedade. Certo
que a palavra da vítima nos crimes de roubo tem seu valor ampliado, por ter sido ela a principal
testemunha dos fatos. Maior ainda é a sua credibilidade quando em consonância com as demais provas
produzidas, e se ocorre o reconhecimento do agente delitivo e sua confissão com riqueza de detalhes.
Esta, conforme já frisado acima, confirmou que identificou o denunciado, como sendo o indivíduo que lhe
tomou de assalto no dia do fato. Assim reflete o entendimento Jurisprudencial: Ementa: APELAÇÃO
CRIMINAL - ROUBO QUALIFICADO - CONDENAÇÃO - INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA -
INOCORRÊNCIA - PALAVRA DA VÍTIMA - RELEVO PROBATÓRIO - DEPOIMENTOS DE POLICIAIS -
ADMISSIBILIDADE - PLEITO DE DESCLASSIFICAÇÃO PARA TENTATIVA DE ROUBO -
IMPOSSIBILIDADE - DESNECESSIDADE DE QUE O BEM SAIA DA ESFERA DE VIGILÂNCIA DA
VÍTIMA - RECURSO IMPROVIDO - DECISÃO UNÂNIME. I- Em delitos dessa espécie, a palavra da vítima
ganha relevo probatório, se coerente e harmônica com os demais elementos existentes no processo,
especialmente como no caso, quando inexiste motivo para incriminação falsa. II- O fato das duas
testemunhas serem os policiais que prenderam em flagrante delito os acusados não ilide a validade das
suas declarações, mormente quando, colhidas elas em juízo, mostram-se em consonância com outros
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
elementos de prova e, nem de longe, evidenciam algum interesse em acusar um inocente. III- O delito de
roubo, assim como o de furto, consuma-se com a simples posse, ainda que breve, da coisa alheia móvel
subtraída clandestinamente, sendo desnecessário que o bem saia da esfera de vigilância da vítima. IV-
Recurso improvido. Decisão unânime. (TJPA - Acórdão 86184 - 1ª CCRIM ISOLADA - Data de
Julgamento: 23/03/2010 - Proc. nº. 20083008749-8 - Rec.: Apelação Criminal - Relator: Des. João José da
Silva Maroja) - (grifo nosso) Sendo assim, não há que se duvidar acerca da autoria do delito, diante de
robustos elementos probatórios, mormente pelas palavras da Ofendida, que foram harmoniosas e
precisas, encontrando amparo em todo o bojo processual, dotadas de coerência e idoneidade. Como se
vê, as declarações prestadas pela vítima e ainda pelas testemunhas (fl. 38 - gravação audiovisual - por
ocasião de seus depoimentos perante este Juízo são uníssonas, incontroversas e absolutamente
convergentes quanto à autoria e materialidade do delito com relação ao acusado. As provas produzidas
foram concretas para apontar o Denunciado como autor do delito. A vítima foi segura ao apontar o
Denunciado FRANCINALDO COSTA DA SILVA, como autor do crime. Até porque, não há nos autos
qualquer elemento que nos identifique ou aponte a vítima com a intenção de reconhecer pessoas, que
concretamente, não participaram da conduta delituosa. Entendimento jurisprudencial pacífico: ROUBO
IMPRÓPRIO - PROVA - PALAVRA DA VÍTIMA - CARACTERIZAÇÃO. Em termos de prova convincente, a
palavra da vítima, evidentemente, prepondera sobre a do réu. Esta preponderância resulta do fato de que
uma pessoa, sem desvios de personalidade, nunca irá acusar desconhecido da prática de um delito,
quando isso não ocorreu. E quem é acusado, em geral, procura fugir da responsabilidade de seu ato.
Tratando-se de pessoa idônea, sem qualquer animosidade específica contra o agente, não se poderá
imaginar que ela vá mentir em juízo e acusar um inocente. Foi o que ocorreu no caso em julgamento. O
apelante foi reconhecido pela vítima de forma segura que, também, informou sobre o roubo. Ficou
caracterizado o roubo impróprio, porque a ofendida informou que, após a subtração de seus bens e
surpreendendo o ladrão, foi impedido por ele de tentar reavê-los. O recorrente a ameaçou com uma faca
que portava, afirmando que lhe faria mal e a seu filho. Esta ameaça foi repetida para um vizinho. Decisão:
Apelo defensivo desprovido. Unânime. (TJRS - AC 70012931150 - 7ª C. Crim. - Rel. Sylvio Baptista Neto -
j. 24.11.2004) (negrito nosso) A condenação se faz necessária. Das majorantes de que trata o Art. 157, §
2º, II e § 2º-A, I, do Código Penal. Crime praticado por duas ou mais pessoas: As declarações da Vítima (fl.
38, gravação audiovisual) confirmam que o crime foi praticado por duas pessoas - sendo uma delas
identificada como FRANCINALDO COSTA DA SILVA- posto que pelas declarações colhidas na instrução
processual, a majorante restou comprovada, eis que o acusado cometeu o assalto em comunhão de
vontades, com a finalidade de subtrair coisa alheia móvel. Ademais, a não identificação das outras
pessoas participantes do delito, não impede o reconhecimento da majorante, se, concretamente, diante
das provas colhidas, o crime foi cometido em concurso de agentes. Por fim, o Denunciado confessa (Fl.
38, gravação audiovisual) a participação de uma segunda pessoa, de alcunha "Rodrigues". Majorante
comprovada. Crime praticado com uso de arma de fogo. A majorante não restou comprovada, eis que não
houve a apreensão de arma de fogo, posto que para sua configuração, entendo pela necessária
comprovação de se tratar de arma de fogo, nos moldes da legislação que rege a matéria, assim como sua
potencialidade lesiva no momento do fato criminoso. Majorante não comprovada. Portanto, por tudo que
foi exposto, acolho em parte as razões do Ministério Público, para reconhecer a prática do crime de roubo
- na sua forma consumada - tendo na autoria delitiva o acusado FRANCINALDO COSTA DA SILVA, e
ainda o reconhecimento da majorantes do concurso de pessoas, tudo mediante as provas dos autos,
fundamentos pelos quais não acolho as razões da Defensoria Pública. III - Dosimetria: Quanto ao
Denunciado WESLEY ALVES MADUREIRA: Passo a dosimetria da pena, na forma do Artigo 59, do
Código Penal. O réu, à época do delito, apresentava antecedentes criminais (FAC à 61). A culpabilidade é
censurável. Mais censurável, ainda, pela opção deliberada do agente criminoso em agir ao arrepio da
norma legal. A conduta social e a personalidade do agente sem dados específicos para uma avaliação. O
comportamento da vítima é desfavorável ao réu, uma vez que em nada contribuiu para a ocorrência do
crime. Os motivos determinantes do crime almejavam vantagem patrimonial e lucro fácil. As circunstâncias
do crime são as normais do tipo. E, por fim, as consequências do crime restaram provadas, eis ter havido
prejuízo patrimonial para a vítima, em razão da res furtiva não ter sido devolvida na sua totalidade, e ainda
as consequências de ordem moral e psicológica restaram indubitavelmente reconhecidas. Considero como
suficiente e necessária a fixação da pena-base em 05 (cinco) anos de reclusão e multa no valor de 100
(cem) dias-multa, no valor unitário de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente ao tempo do fato. Sem
Agravantes. Reconheço a atenuante genérica da confissão espontânea - Art. 65, III, "d", do Código Penal -
razão pela qual atenuo em 01 (um) ano, restando a pena-base em 04 (quatro)anos de reclusão mais a
multa no valor de 50 (cinquenta) dias-multa, no valor unitário de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo
vigente ao tempo do fato Ausentes causas de diminuição de pena, mas reconhecida a causa de aumento
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
de pena (Artigo 157, § 2º, Inciso II, do Código Penal), elevo a pena-base no percentual de 1/3, e fixo a
pena privativa de liberdade em 05 (cinco) anos e 04 (quatro) meses de reclusão e mais 66 (sessenta e
seis) dias-multa, calculados no valor de 1/30 (um trinta avos) sobre o valor do salário mínimo vigente à
época do fato. IV - Da Detração da Lei nº 12.367/2012. Constate-se que o Denunciado se encontra preso
em razão de decretação de prisão preventiva desde a data de 19.09.2018, razão pela qual faço a detração
de 05 (seis) meses e 03 (doze) dias, restando a pena-base em 04 (quatro) anos, 10 (dez) meses e 27
(vinte e sete) dias, de reclusão e mais 66(sessenta e seis) dias-multa, calculados no valor de 1/30 (um
trinta avos) sobre o valor do salário mínimo vigente à época do fato como CONCRETA, DEFINITIVA E
FINAL. V - Dispositivo: Ante o exposto, e por tudo mais que nos autos consta, julgo procedente em parte a
Denúncia para CONDENAR o réu FRANCINALDO COSTA DA SILVA, brasileiro, paraense, solteiro,
nascido em 15.04.1982, filho de Lourdes Ferreira da Costa e Francisco de Assis Mamede da Silva,
residente e domiciliado na Rua Primeiro de Abril, Conjunto Paracuri II, nº 62, Distrito de Icoaraci, neste
município, pela prática do crime tipificado no Artigo 157, § 2º, II, do Código Penal, eis que provadas
materialidade e autoria delitivas. A pena de reclusão será cumprida em regime inicialmente semiaberto,
posto que as circunstâncias judiciais possibilitam a aplicação do disposto no Artigo 33, § 2º, "b" c/c §3º, do
Código Penal. O Réu cumprirá a pena aplicada na Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel, neste estado.
Para fins de recurso permanece a situação atual do réu. Da necessidade da manutenção da prisão
cautelar. Preceitua o Artigo 312, do Código de Processo Penal: "Art. 312. A prisão preventiva poderá ser
decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal,
ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício
suficiente de autoria.". Analisando os autos, verifico estar presente um dos motivos para a manutenção da
prisão dos sentenciados. O que se procura no instituto da liberdade provisória, é assegurar o regular
desenvolvimento do processo sem que do acusado seja retirada a sua liberdade. Somente em casos
excepcionais e comprovada a imperiosa necessidade da medida acauteladora deve-se restringir a
liberdade do cidadão. Dispõe a Constituição Federal, que "ninguém será levado a prisão ou nela mantido
quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança" (art. 5º, LXVI). No caso em comento,
havendo motivos para uma segregação cautelar, deve o juízo restringir a liberdade do acusado posto que
em liberdade, apresenta motivo que poderá vir a prejudicar o andamento da instrução criminal, ou se furtar
à aplicação da lei penal ou ainda para a garantia da ordem pública. Vejamos: Depreende-se dos autos,
após regular instrução criminal da existência de provas de autoria e materialidade do crime formulado nos
autos, a sentença penal condenatória que o diga. Sabe-se que para a aplicação da medida cautelar devem
estar presentes os pressupostos para tal, quais sejam o fumus comissi delicti e periculum libertatis. Da
existência do crime, conforme dito acima resta comprovada. A segregação cautelar se faz necessária para
garantia a aplicação da lei penal. Levo em conta, a periculosidade comum que se reveste o crime de roubo
majorado pelo concurso de pessoas. O sentenciado deve ser mantido fora do convívio social, posto que
visando acautelar o meio social e ainda garantir a credibilidade da justiça, que restou afetada por mais um
crime praticado com covardia e violência, merecendo mais rigor e severidade. A possibilidade de lucro
fácil, com a subtração do bem de propriedade da vítima, não pode prevalecer sobre o direito do cidadão
comum de ir e vir com tranquilidade, e no caso concreto, se viu tolhido diante da conduta violenta e
desproporcional do sentenciado. Visa a medida cautelar, assegurar a aplicação da lei penal. O acusado foi
condenado a uma pena de reclusão, em regimes inicialmente semiaberto. Não apresenta o acusado
garantia alguma que irá se submeter à aplicação da lei, caso seja posto em liberdade, mesmo porque foi
condenado a uma pena restritiva de liberdade. Mantenho a medida cautelar de prisão preventiva, posto
que presente ainda, um dos motivos autorizadores de que trata o Art. 312, do Código de Processo Penal.
A multa aplicada deverá ser cobrada em conformidade com o Artigo 50, do Código Penal, devendo ser
adotado o procedimento para seu recolhimento. Para o caso de objetos apreendidos, determino o
cumprimento do que determinam os Provimentos nº 006/2008 e 010/2008 da CJRMB. Intimem-se
pessoalmente o Denunciado, Ministério Público e Defensoria Pública. Após o trânsito em julgado para o
Ministério Público, expeça-se GUIA DE RECOLHIMENTO PROVISÓRIA, com os documentos necessários
e enviar à Vara de Execução Penal da Região Metropolitana de Belém. Após o prazo, sem interposição de
recurso, expedir Guia de Recolhimento Definitiva com os documentos necessários e enviar à vara
competente para a execução de sentença. Proceder as anotações e informações necessárias, inclusive as
de interesse da Justiça Eleitoral. Isento de Custas. Publique-se, registre-se e intimem-se. Belém, 22 de
fevereiro de 2019. CUMPRA-SE COM URGÊNCIA. HELOISA HELENA DA SILVA GATO Juíza de Direito
Auxiliar da Comarca da Capital Resp. pela 5ª Vara Penal da Comarca da Capital Portaria nº 1060/2017-GP
PROCESSO: 00292357920188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): HELOISA HELENA DA SILVA GATO Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 DENUNCIADO:SUELEN BRAGA DE FREITAS VITIMA:O.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
não se afigura legítima a custódia cautelar de um réu, que, em tese, preenche todos os requisitos em
cumprir pena em um regime aberto ou semiaberto, de modo que se revela mais severa a prisão do que a
eventual pena imposta ao final do processo em caso de condenação. Aliando-se a isso, deve se
considerar, ainda, o esforço que o Judiciário e os demais órgãos relacionados com a política criminal estão
atualmente promovendo para a diminuição da população carcerária, razão pela qual concluo que a
revogação da prisão cautelar é de rigor. Friso, em reforço, que trata-se de denunciado que ostenta a
condição de primário e possui residência fixa nesta comarca, fatores que corroboram a tese de que, em
liberdade, não representará ameaça à ordem pública, de sorte que deve ser revogada a prisão cautelar na
linha da remansosa jurisprudência dos tribunais superiores acerca da matéria (neste sentido: STJ RHC n.
49.799"BA, Rel. Ministra Maria Thereza de Assis Moura, 6ª T., DJe 5"9"2014; STF - HC 93498/MS,
Segunda Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 18/10/2012; e STJ - HC 130.106"SP, Rel. Ministro Jorge
Mussi, Quinta Turma, julgado em 28"09"2010, DJe 11"10"2010). Ante o exposto, e considerando o
comando do art.316, do CPP, revogo a prisão preventiva de Carlos Henrique Amorim de Souza,
qualificado nos autos, por não vislumbrar presentes os requisitos previstos no art. 312 do CPP. Por outro
lado, entendo que há necessidade de assegurar, minimamente, o regular curso do processo e a eficaz
aplicação da lei penal, nos termos do art. 282, I e II, do CPP, o que somente será possível através da
aplicação, em caráter substitutivo da prisão preventiva, das seguintes medidas cautelares do art.319, do
CPP: a) Comparecimento trimestral ao juízo da 6ª Vara Criminal da Capital, para informar e justificar
atividades; b) Proibição de ausentar-se da comarca de Belém-PA sem prévia autorização do juízo; c)
Monitoramento eletrônico. Expeça-se ALVARÁ DE SOLTURA, do qual deverá constar expressamente a
aplicação das medidas cautelares e a advertência para que o réu compareça à secretaria da 6ª Vara
Criminal da Comarca de Belém-PA em 72h (setenta e duas) para a lavratura do termo de compromisso e
apresentação de endereço atualizado. Expeça-se ofício a SUSIPE, comunicando o teor desta decisão, a
fim de que seja providenciada a aplicação da medida cautelar de monitoramento eletrônico em relação ao
réu. Comunique-se a vítima, na forma do art. 201, §2º, do CPP. Oportunamente, retornem-me conclusos.
Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 21 de fevereiro de 2019. Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues
Juíza de Direito Titular da 6º Vara Criminal da Comarca de Belém/PA PROCESSO:
00001416820188140601 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO RODRIGUES Ação: Crimes de Calúnia, Injúria e Difamação de
Competência d em: 22/02/2019 QUERELANTE:FABRICIO BACELAR MARINHO Representante(s): OAB
7617 - FABRICIO BACELAR MARINHO (ADVOGADO) QUERELADO:MARIO RENAN CABRAL PRADO
SA Representante(s): OAB 20818 - MARIO RENAN CABRAL PRADO SA (ADVOGADO) . Vistos etc.
Compulsando os autos, observo que, em despacho de fls. 284, foi designada audiência de reconciliação,
razão pela qual julgo prejudicada a análise da defesa previa, de fls. 287/299, oferecida pelo querelado,
afim de não causar inversão de atos processuais a ensejar configuração de nulidade. Não obstante,
entendo que não é caso de promover o desentranhamento da peça, uma vez que a mesma ainda pode ser
objeto de apreciação em momento oportuno. Mantidas as demais deliberações constantes no despacho
supra. Oportunamente, retornem-me os autos conclusos. Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 20 de
fevereiro de 2019. Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues Juíza de Direito Titular da 6ª Vara Criminal
de Belém/PA PROCESSO: 00002443020178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 DENUNCIADO:ALEX CALADO
DE OLIVEIRA DENUNCIADO:ANTONIO DA SILVA OLIVEIRA Representante(s): OAB 14069 - MARCUS
NASCIMENTO DO COUTO (ADVOGADO) DENUNCIADO:GABRIEL PACHECO MIRANDA DA CRUZ
VITIMA:C. R. L. VITIMA:E. S. S. VITIMA:E. M. R. G. VITIMA:F. T. P. VITIMA:W. P. S. VITIMA:B. C. S. A.
S. VITIMA:V. M. C. VITIMA:J. M. S. C. VITIMA:Y. A. S. T. VITIMA:G. F. L. . Vistos etc. Recebo os autos
nesta data e no estado em que se encontram. Considerando o teor da certidão exarada à fl.90, chamo o
feito a ordem para tornar sem efeito item da decisão de fl.106, correspondente à data designada para a
realização da audiência de instrução e julgamento. Mantidas as demais deliberações contidas na certidão
de fl.90 e na decisão de fl.106. Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 19 de fevereiro de 2019. Sarah
Castelo Branco Monteiro Rodrigues Juíza de Direito Titular da 6º Vara Criminal da Comarca de Belém/PA
PROCESSO: 00007036120198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 DENUNCIADO:ARLINDO
DINIZ MELO VITIMA:A. C. P. A. VITIMA:M. N. S. P. . Vistos etc. A denúncia constante às fls.02/04
preenche os requisitos do art. 41 do CPP. Descreve fato de relevância penal, sem que se possa
vislumbrar, em análise inicial, situação excludente de ilicitude ou de culpabilidade. A justa causa para a
ação penal está, por sua vez, satisfatoriamente consubstanciada nos elementos colhidos no inquérito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
policial. Assim, não havendo motivo para rejeição liminar (art. 395 do CPP), recebo a denúncia e
determino a citação de ARLINDO DINIZ MELO, para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10
(dez) dias, quando poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer
documentos e justificações, especificar as provas que pretende produzir e arrolar testemunhas, na forma
prevista pelo art. 396-A do CPP. Para a hipótese de o(a) denunciado(a), citado(a) pessoalmente, não
apresentar resposta no prazo legal, não constituir advogado, ou se manifestar pela designação de
defensor dativo, fica desde logo nomeado o Defensor Público com atuação neste juízo, que deverá ser
intimado(a), mediante vista dos autos, para os fins indicados no item anterior (art. 396-A, § 2º, do CPP).
Caso o oficial de justiça perceba que o(a) denunciado(a) possa estar se ocultando, determino, desde já, a
citação por hora certa, nos termos do art. 362 do Código de Processo Penal. Caso o(a) denunciado(a) não
seja localizado(a), determino, desde já, que se dê vista ao Ministério Público para manifestação quanto à
citação pessoal. Expeça-se o necessário. Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 19 de fevereiro de 2019.
Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues Juíza de Direito Titular da 6ª Vara Criminal da Comarca de
Belém/PA PROCESSO: 00007348120198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 VITIMA:S. C. C.
DENUNCIADO:ADRIANO DE OLIVEIRA PINTO. Vistos etc. Cuida-se de pedido de revogação da prisão
preventiva ajuizado pela Defensoria Pública por Adriano de Oliveira Pinto às fls.09-12. Instado a se
manifestar, o Ministério Público exarou parecer pelo indeferimento do pleito às 17-18. Passo a decidir nos
seguintes termos. Analisando o teor das manifestações precitadas, observo que não houve apresentação
de argumentos no sentido de demonstrar configuração inequívoca de hipótese prevista no art.397 do CPP
ou existência de nulidade processual a comprometer o desenvolvimento regular do processo, sendo
indispensável, ao meu ver, a realização de adequada dilação probatória em fase de instrução processual.
Destarte, considerando que a denúncia de fls.02/03, preenche os requisitos do art. 41 do CPP,
descrevendo fato de relevância penal, sem que se possa vislumbrar, em análise inicial, situação
excludente de ilicitude ou de culpabilidade, e que a justa causa para a ação penal, está, por sua vez,
satisfatoriamente, consubstanciada nos elementos colhidos no inquérito policial, entendo que o processo
deva seguir para realização de audiência de instrução e julgamento. . Designo para o dia 16.04.2019, às
10:30hs, a realização da audiência supra, a qual seguirá os termos dos arts.400 a 404 do CPP. Expeça-se
o necessário. A prisão preventiva é medida que não mais se justifica no vertente caso. Não vislumbro
situação que configure qualquer das circunstâncias elencadas no art. 312 do CPP. Como é cediço, a
custódia preventiva reclama a comprovação de circunstância indicativa de que a liberdade do denunciado
representa risco para o regular curso da persecução penal. Pressupõe a necessidade de encarceramento
antes da sentença condenatória definitiva como única forma de assegurar a regularidade da instrução
criminal ou a efetividade da aplicação da lei penal. E nada vejo, na espécie, que me convença desta
necessidade. Em que pese a gravidade do crime, não vislumbro periculosidade concreta que autorize
concluir que, nesta fase processual, em sendo garantida ao denunciado a condição de responder ao
processo em liberdade, ameaçará testemunhas, destruirá provas, prejudicando a futura instrução
processual, ou fugirá para local incerto, frustrando o Estado de aplicar a Lei Penal. Ademais, segundo
jurisprudência do STJ, a medida segregatória é inadequada na hipótese em que seja plausível antever que
o início do cumprimento da reprimenda, em caso de eventual condenação, dar-se-á em regime menos
rigoroso que o fechado, pois, a prisão cautelar, quando fundamentada para garantia da ordem pública ou
qualquer outro motivo, será sempre desproporcional com o resultado final do processo nestes termos.
Sobre o tema, é remansosa a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, conforme se pode constatar
pelo julgado colacionado a seguir: "DIREITO PROCESSUAL PENAL. ILEGALIDADE DE PRISÃO
PROVISÓRIA QUANDO REPRESENTAR MEDIDA MAIS SEVERA DO QUE A POSSÍVEL PENA A SER
APLICADA. É ilegal a manutenção da prisão provisória na hipótese em que seja plausível antever que o
início do cumprimento da reprimenda, em caso de eventual condenação, dar-se-á em regime menos
rigoroso que o fechado. De fato, a prisão provisória é providência excepcional no Estado Democrático de
Direito, só sendo justificável quando atendidos os critérios de adequação, necessidade e
proporcionalidade. Dessa forma, para a imposição da medida, é necessário demonstrar concretamente a
presença dos requisitos autorizadores da preventiva (art. 312 do CPP) -- representados pelo fumus
comissi delicti pelo periculum libertatis -- e, além disso, não pode a referida medida ser mais grave que a
própria sanção a ser possivelmente aplicada na hipótese de condenação do acusado. É o que se defende
com a aplicação do princípio da homogeneidade, corolário do princípio da proporcionalidade, não sendo
razoável manter o acusado preso em regime mais rigoroso do que aquele que eventualmente lhe será
imposto quando da condenação". Precedente citado: STJ - HC 64.379-SP, Sexta Turma, DJe
3/11/2008.HC182.750-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 14/5/2013. Assim pelo conteúdo expresso,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
não se afigura legítima a custódia cautelar de um réu, que, em tese, preenche todos os requisitos em
cumprir pena em um regime aberto ou semiaberto, de modo que se revela mais severa a prisão do que a
eventual pena imposta ao final do processo em caso de condenação. Aliando-se a isso, deve se
considerar, ainda, o esforço que o Judiciário e os demais órgãos relacionados com a política criminal estão
atualmente promovendo para a diminuição da população carcerária, razão pela qual concluo que a
revogação da prisão cautelar é de rigor. Friso, em reforço, que trata-se de denunciado que ostenta a
condição de primário e possui residência fixa nesta comarca, fatores que corroboram a tese de que, em
liberdade, não representará ameaça à ordem pública, de sorte que deve ser revogada a prisão cautelar na
linha da remansosa jurisprudência dos tribunais superiores acerca da matéria (neste sentido: STJ RHC n.
49.799"BA, Rel. Ministra Maria Thereza de Assis Moura, 6ª T., DJe 5"9"2014; STF - HC 93498/MS,
Segunda Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 18/10/2012; e STJ - HC 130.106"SP, Rel. Ministro Jorge
Mussi, Quinta Turma, julgado em 28"09"2010, DJe 11"10"2010). Ante o exposto, e considerando o
comando do art.316, do CPP, revogo a prisão preventiva de Adriano de Oliveira Pinto, qualificado nos
autos, por não vislumbrar presentes os requisitos previstos no art. 312 do CPP. Por outro lado, entendo
que há necessidade de assegurar, minimamente, o regular curso do processo e a eficaz aplicação da lei
penal, nos termos do art. 282, I e II, do CPP, o que somente será possível através da aplicação, em
caráter substitutivo da prisão preventiva, das seguintes medidas cautelares do art.319, do CPP: a)
Comparecimento trimestral ao juízo da 6ª Vara Criminal da Capital, para informar e justificar atividades; b)
Proibição de ausentar-se da comarca de Belém-PA sem prévia autorização do juízo; c) Monitoração
eletrônica. Expeça-se ALVARÁ DE SOLTURA, do qual deverá constar expressamente a aplicação das
medidas cautelares e a advertência para que o réu compareça à secretaria da 6ª Vara Criminal da
Comarca de Belém-PA em 72h (setenta e duas) para a lavratura do termo de compromisso e
apresentação de endereço atualizado. Expeça-se ofício a SUSIPE, comunicando o teor desta decisão, a
fim de que seja providenciada a aplicação da medida cautelar de monitoramento eletrônico em relação ao
réu. Comunique-se a vítima, na forma do art. 201, §2º, do CPP. Oportunamente, retornem-me conclusos.
Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 22 de fevereiro de 2019. Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues
Juíza de Direito Titular da 6º Vara Criminal da Comarca de Belém/PA PROCESSO:
00007859720168140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em:
22/02/2019 DENUNCIADO:JOSE RIBAMAR BARBOSA GOMES VITIMA:F. A. A. S. . Vistos etc.
Considerando a cota ministerial exarada às fls. 34, renovem-se as diligências no afã de intimar a
testemunha GABRIELA DE JESUS FREITAS DE SOUZA, bem como a vítima, FRANKLIN AUGUSTO
ALMEIDA DE SOUZA, procedendo suas conduções coercitivas, na forma do art. 218 e 201, §1º do CPP,
respectivamente, para audiência de instrução e julgamento já designada. Expeça-se o necessário.
Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 19 de fevereiro de 2019. Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues
Juíza de Direito Titular da 6º Vara Criminal de Belém/PA. PROCESSO: 00009317020188140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO
BRANCO MONTEIRO RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019
DENUNCIADO:FRANCIVALDO DIAS FERREIRA DENUNCIADO:JONAS PINHEIRO SANTOS VITIMA:D.
A. B. . Vistos etc. Cuida-se de resposta escrita à acusação cumulada com pedido de revogação da prisão
preventiva oferecida pelo defensor do Jonas Pinheiro Santos às fls.47-50, denunciado pelo Ministério
Público pelo cometimento do crime capitulado no art.155, §4º, I e IV, do Código Penal. Analisando o teor
da manifestação precitada, observo que não foram suscitados argumentos aptos a revelar, de forma
inequívoca, configuração de hipótese prevista no art.397 do CPP, sendo indispensável, ao meu ver,
realização de adequada dilação probatória em fase de instrução processual. Destarte, considerando que a
denúncia de fls.02/03, preenche os requisitos do art. 41 do CPP, descrevendo fato de relevância penal,
sem que se possa vislumbrar, em análise inicial, situação excludente de ilicitude ou de culpabilidade, e que
a justa causa para a ação penal, está, por sua vez, satisfatoriamente, consubstanciada nos elementos
colhidos no inquérito policial, entendo que o processo deva seguir para realização de audiência de
instrução, a qual já fora designada pelo juízo, conforme decisão de fl.33. Intimem-se o réu para audiência
supra. Expeça-se o necessário. No que tange ao pedido de revogação da prisão cautelar, julgo
prejudicado tal requerimento, uma vez que o requerente se encontra, atualmente, na condição de réu
solto, beneficiado por decisão proferida às fls.39-41, na qual houve determinação para expedição de
alvará de soltura em seu favor, consoante atesta certidão de fl.54. Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 20
de fevereiro de 2019. Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues Juíza de Direito Titular da 6ª Vara
Criminal da Comarca de Belém/PA PROCESSO: 00012648520198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 DENUNCIADO:FRANCISCO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
de crianças de até 12 anos e fixar, em substituição, a prisão domiciliar, acolhendo pleito recursal da
Defensoria Pública da União e das defensorias estaduais e do DF e reconhecendo a figura do writ coletivo
para solução de temas como este, sendo que o entendimento atinge apenas presas que ainda não foram
condenadas. Ainda, segundo a orientação da Suprema Corte, deve prevalecer o direito à dignidade das
mães e das grávidas, além do direito das crianças a terem liberdade, educação e família, como determina
a Constituição. Segue a ementa da decisão em comento:"STF - HC 143641 / SP- Ementa: HABEAS
CORPUS COLETIVO. ADMISSIBILIDADE. DOUTRINA BRASILEIRA DO HABEAS CORPUS. MÁXIMA
EFETIVIDADE DO WRIT. MÃES E GESTANTES PRESAS. RELAÇÕES SOCIAIS MASSIFICADAS E
BUROCRATIZADAS. GRUPOS SOCIAIS VULNERÁVEIS. ACESSO À JUSTIÇA. FACILITAÇÃO.
EMPREGO DE REMÉDIOS PROCESSUAIS ADEQUADOS. LEGITIMIDADE ATIVA. APLICAÇÃO
ANALÓGICA DA LEI 13.300/2016. MULHERES GRÁVIDAS OU COM CRIANÇAS SOB SUA GUARDA.
PRISÕES PREVENTIVAS CUMPRIDAS EM CONDIÇÕES DEGRADANTES. INADMISSIBILIDADE.
PRIVAÇÃO DE CUIDADOS MÉDICOS PRÉ-NATAL E PÓS-PARTO. FALTA DE BERÇARIOS E
CRECHES. ADPF 347 MC/DF. SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO. ESTADO DE COISAS
INCONSTITUCIONAL. CULTURA DO ENCARCERAMENTO. NECESSIDADE DE SUPERAÇÃO.
DETENÇÕES CAUTELARES DECRETADAS DE FORMA ABUSIVA E IRRAZOÁVEL. INCAPACIDADE
DO ESTADO DE ASSEGURAR DIREITOS FUNDAMENTAIS ÀS ENCARCERADAS. OBJETIVOS DE
DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO E DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA ORGANIZAÇÃO
DAS NAÇÕES UNIDAS. REGRAS DE BANGKOK. ESTATUTO DA PRIMEIRA INFÂNCIA. APLICAÇÃO À
ESPÉCIE. ORDEM CONCEDIDA. EXTENSÃO DE OFÍCIO". Assim, deve ser promovida a substituição da
prisão preventiva pela domiciliar - sem prejuízo da aplicação concomitante das medidas alternativas
previstas no art. 319 do CPP - de todas as mulheres presas, gestantes, puérperas, ou mães de crianças e
deficientes sob sua guarda, nos termos do art. 2º do ECA e da Convenção sobre Direitos das Pessoas
com Deficiências (Decreto Legislativo 186/2008 e Lei 13.146/2015), relacionadas no processo, enquanto
perdurar tal condição, excetuados os casos de crimes praticados por elas mediante violência ou grave
ameaça, contra seus descendentes ou, ainda, em situações excepcionalíssimas, as quais deverão ser
devidamente fundamentadas pelos juízes que denegarem o benefício. No caso dos autos, observo que a
Jéssica Suellem de Souza Fernandes se encontra com prisão preventiva decretada com fundamento na
garantia da ordem pública, conforme decisão de proferida em audiência de custódia. Analisando o pedido
formulado pela defesa, é forçoso reconhecer que Jéssica Suellem de Souza Fernandes é mãe de 02
(duas) crianças menores de 12 (doze) anos, conforme se atesta pelos documentos juntados às fls.26-27,
crianças estas para quem se destina a Lei 13.257/2016, conhecida como marco legal da primeira infância,
ou seja, crianças que foram o foco do legislador em detrimento, até certo ponto, dos fundamentos da
prisão preventiva, na linha do precedente fixado acima pelo Supremo. Destarte, em análise perfunctória
dos autos, não constato circunstância excepcional capaz de obstar a referida substituição da prisão, de
modo que a revogação da custódia cautelar é medida de que se impõe. Ante o exposto, considerando o
disposto no art.316, do CPP, revogo a prisão preventiva de Jéssica Suellem de Souza Fernandes e
promovo sua substituição por prisão domiciliar, nos termos do art.316 c/c 318, V, ambos do CPP, em
observância à jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF - HC 143641 / SP). Ademais,
considerando o comando do art.282, I e II, do CPP, fixo, ainda, cumulativamente, a medida cautelar de
monitoração eletrônica prevista no art.319, IX, do CPP, a fim de assegurar, minimamente, a aplicação da
lei penal para instrução processual. Expeça-se Alvará de Soltura e oficio à SUSIPE, a fim de que seja
providenciada o cumprimento da prisão domiciliar cumulada com a medida cautelar de monitoração
eletrônica. Comunique-se a vítima, na forma do art. 201, §2º, do CPP Oportunamente, retornem-me
conclusos. Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 22 de fevereiro de 2019. Sarah Castelo Branco Monteiro
Rodrigues Juíza de Direito Titular da 6ª Vara Criminal da Comarca de Belém-PA. PROCESSO:
00019143520198140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em:
22/02/2019 DENUNCIADO:KELLY CRISTINA DA SILVA ALVES VITIMA:A. C. . Vistos etc. A denúncia
constante às fls.02/04 preenche os requisitos do art. 41 do CPP. Descreve fato de relevância penal, sem
que se possa vislumbrar, em análise inicial, situação excludente de ilicitude ou de culpabilidade. A justa
causa para a ação penal está, por sua vez, satisfatoriamente consubstanciada nos elementos colhidos no
inquérito policial. Assim, não havendo motivo para rejeição liminar (art. 395 do CPP), recebo a denúncia e
determino a citação de KELLY CRISTINA DA SILVA ALVES, para responder à acusação, por escrito, no
prazo de 10 (dez) dias, quando poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa,
oferecer documentos e justificações, especificar as provas que pretende produzir e arrolar testemunhas,
na forma prevista pelo art. 396-A do CPP. Para a hipótese de o(a) denunciado(a), citado(a) pessoalmente,
não apresentar resposta no prazo legal, não constituir advogado, ou se manifestar pela designação de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
defensor dativo, fica desde logo nomeado o Defensor Público com atuação neste juízo, que deverá ser
intimado(a), mediante vista dos autos, para os fins indicados no item anterior (art. 396-A, § 2º, do CPP).
Caso o oficial de justiça perceba que o(a) denunciado(a) possa estar se ocultando, determino, desde já, a
citação por hora certa, nos termos do art. 362 do Código de Processo Penal. Caso o(a) denunciado(a) não
seja localizado(a), determino, desde já, que se dê vista ao Ministério Público para manifestação quanto à
citação pessoal. Expeça-se o necessário. Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 19 de fevereiro de 2019.
Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues Juíza de Direito Titular da 6ª Vara Criminal da Comarca de
Belém/PA PROCESSO: 00019268820158140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 DENUNCIADO:ISAIAS
RIBEIRO DA COSTA VITIMA:O. E. AUTORIDADE POLICIAL:VERA FRANCISCA BATISTA FERREIRA -
DPC. Vistos etc. Recebi os autos nesta data e no estado em que se encontram. Considerando a
manifestação da defesa, de fls. 35, intime-se o réu ISAIAS RIBEIRO DA COSTA, para que informe seu
novo endereço, no afã de dar continuidade no cumprimento da proposta de suspensão condicional do
processo na comarca de Barcarena/PA. Oportunamente, retornem-me os autos conclusos. Intimem-se e
cumpra-se. Belém/PA, 20 de fevereiro de 2019. Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues Juíza de Direito
Titular da 6ª Vara Criminal de Belém/PA PROCESSO: 00021776720198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 VITIMA:O. E.
DENUNCIADO:PAULO RITHELLY LIMA ARAUJO Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA
(DEFENSOR) . Vistos etc. Notifique-se Paulo Rithelly Lima Araujo, na forma legal, para que ofereça
defesa prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias, nos termos do art.55 da Lei nº.11.343/2006. Caso a
manifestação supra não seja apresentada no prazo legal, nomeio, desde já, Defensor Público oficiante
neste Juízo para oferecê-la, nos termos do art.55, §3º, da Lei nº.11.343/2006. Caso o oficial de justiça
perceba que o(a)(s) denunciado(a)(s) possa(m) estar se ocultando, determino, desde já, a notificação por
hora certa, nos termos do art. 362 do Código de Processo Penal. Caso o(a)(s) denunciado(a)(s) não
seja(m) localizado(a)(s), determino, desde já, que se dê vista ao Ministério Público para manifestação
quanto à notificação pessoal. Expeça-se o necessário. Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 20 de fevereiro
de 2019. Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues Juíza de Direito Titular da 6ª Vara Criminal da
Comarca de Belém/PA PROCESSO: 00026713920138140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 DENUNCIADO:ALEXANDRE
LOPO MARTINS LIRA VITIMA:N. M. O. S. VITIMA:N. O. S. VITIMA:N. O. S. AUTORIDADE
POLICIAL:KLELTON MAMEDE DE FARIAS DPC MENOR:VITIMA MENOR DE IDADE. VISTOS ETC. 1 -
Considerando a manifestação ministerial na insistência das oitivas das testemunhas de acusação
ausentes, designando desde já o dia 08/10/2019, às 11:30h, para a continuação da audiência de instrução
e julgamento, saindo os presentes intimados para o ato. 2 - Determino vistas dos autos ao Representante
do MP para se manifestar acerca das ausências. 3 - Após, conclusos aos ulteriores de direito. 4 - Int. e
cumpra-se, observadas as cautelas de lei. Belém (PA), 21 de fevereiro de 2019. SARAH CASTELO
BRANCO MONTEIRO RODRIGUES, Juíza de Direito, Titular da 6ª Vara Criminal. PROCESSO:
00034437620168140601 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em:
22/02/2019 DENUNCIADO:LUIZ CARLOS DAMOUS DA CUNHA Representante(s): OAB 18307 -
CARLOS FELIPE ALVES GUIMARAES (ADVOGADO) OAB 19922 - IVANILDO FERREIRA ALVES
(ADVOGADO) VITIMA:M. R. P. B. Representante(s): OAB 1286 - HAROLDO FERNANDES (ADVOGADO)
. Vistos etc. Recebi os autos nesta data e no estado em que se encontram. Em relação ao teor da
manifestação de fls.83/84, julgo prejudicado o pedido de condenação antecipada do réu, tendo em vista a
ausência de previsão legal para tal. Quanto ao pedido de decretação de revelia, indefiro-o tendo em vista
que o ato processual não aconteceu, sendo a audiência justificadamente adiada. Mantidas as demais
deliberações de fls.79. Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 21 de fevereiro de 2019. SARAH CASTELO
BRANCO MONTEIRO RODRIGUES Juíza de Direito Titular da 6ª Vara Criminal da Comarca de Belém/PA
PROCESSO: 00051677020158140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 AUTORIDADE
POLICIAL:PAULO RENATO DE LIMA PINTO DPC VITIMA:A. P. S. C. DENUNCIADO:MIKE BRUNO
SOUZA DA COSTA DENUNCIADO:MAURO DIORGNI BRASIL FERREIRA Representante(s): OAB 4472 -
LUIZ CARLOS CORREIA (ADVOGADO) DENUNCIADO:FABRICIO DE SOUSA CABRAL
DENUNCIADO:LUIS CLAUDIO MOURA DE SOUSA. Vistos etc. Recebi os autos nesta data e no estado
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
em que se encontram. Tendo em vista a petição de fls.152/153, intime-se o réu MAURO DIOGINI BRASIL
FERREIRA, no afã de que constitua novo defensor, no prazo de 05 (cinco) dias, para assisti-lo no
processo, sendo cientificado que, em caso de inércia, ser-lhe-á nomeado Defensor Público com atuação
neste juízo, conforme art. 261 do CPP. Recebo a apelação interposta pelo defensor, constante à fl. 145,
uma vez preenchidos os pressupostos para sua interposição, em especial o da tempestividade, conforme
certidão exarada à fl. 151. Considerando que o apelante deseja apresentar razões em segunda instância,
na forma do art.600, 4º, do CPP, determino a remessa dos autos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado
do Pará, com as homenagens de estilo e observadas as formalidades legais. Expeça-se o necessário.
Intime-se e cumpra-se. Belém/PA, 20 de fevereiro de 2019. Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues
Juíza de Direito titular da 6º Vara Criminal da Comarca de Belém/PA PROCESSO:
00057444120108140401 PROCESSO ANTIGO: 201020216805
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 VITIMA:R. C. F.
PROMOTOR:SETIMA PROMOTORIA DE JUSTICA DO JUIZO SINGULAR DENUNCIADO:NAZARENO
DE JESUS RAMOS NAO INFORMADO:M. C. C. S. ACUSADO:TATHIANA DI PAULA GOMES
RODRIGUES SANTOS Representante(s): OAB 19258 - SAULO ESTEVES SOARES (ADVOGADO) .
VISTOS ETC. 1 - Considerando o término da instrução processual, determino a juntada dos antecedentes
criminais atualizados dos denunciados. 2 - Considerando, ainda, a manifestação das partes, os quais nada
requereram na fase do Art. 402 do CPP, determino vistas dos autos, primeiramente, ao Representante do
MP, e posteriormente, ao Representante da Defesa dos denunciados para apresentarem alegações finais
de forma escrita, no prazo de lei. 3 - Após, conclusos para os ulteriores de direito. 4 - Cumpra-se,
observadas as cautelas de lei. Belém (PA), 21 de fevereiro de 2019. SARAH CASTELO BRANCO
MONTEIRO RODRIGUES, Juíza de Direito, Titular da 6ª Vara Criminal. PROCESSO:
00069131620108140401 PROCESSO ANTIGO: 201020263327
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 PROMOTOR:MARIA DE
NAZARE DOS SANTOS CORREA APENADO:DJADISON MEDEIROS MATTOS Representante(s):
DEFENSORIA PUBLICA (ADVOGADO) VITIMA:J. G. S. NAO INFORMADO:MAURY GONCALVES DE
SOUZA. Vistos etc. Considerando o teor da certidão de fl. 282, que atesta o trânsito em julgado do
acórdão de fls. 278/280, determino que se dê cumprimento às disposições da sentença condenatória de
fls. 106/112. Expeça-se mandado de prisão em face de DJADISON MEDEIROS MATTOS, com fulcro no
art. 283, caput, do Código de Processo Penal. Uma vez cumprida a ordem de prisão, encaminhe-se a
respectiva guia de recolhimento ao juízo da execução penal. Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 19 de
fevereiro de 2019. Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues Juíza de Direito Titular da 6º Vara Criminal
da Comarca de Belém/PA. PROCESSO: 00071899620188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 VITIMA:O. E. VITIMA:T. R. S.
DENUNCIADO:REGINALDO ANTONIO MENDES DA SILVA. Vistos etc. Acautelem-se os autos em
secretaria para o cumprimento das demais condições constantes na Suspensão Condicional do processo
(fls.22/23). Oportunamente, volvam-me conclusos. Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 19 de fevereiro de
2018. Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues Juíza de Direito titular da 6º Vara Criminal da Comarca
de Belém/PA PROCESSO: 00084039320168140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 DENUNCIADO:WALBER JOSE
ALMEIDA DA SILVA Representante(s): OAB 6232 - LUIS CELSO ACACIO BARBOSA (ADVOGADO) OAB
21029 - THIAGO ARAUJO PINHEIRO MENDES (ADVOGADO) OAB 8715 - LENICE PINHEIRO MENDES
(ADVOGADO) VITIMA:L. O. P. DENUNCIADO:PAULO ALEXANDRE E SILVA VIANA Representante(s):
OAB 5522 - DR MARIA AMELIA DELGADO VIANA OAB (ADVOGADO) . Vistos etc. Considerando o teor
da certidão exarada às fls.129, intime-se PAULO ALEXANDRE E SILVA VIANA, para que, no prazo de 05
(cinco) dias, constitua novo defensor para assisti-lo no processo, sendo cientificado que, em caso de
inércia, ser-lhe-á nomeado Defensor Público com atuação neste juízo, conforme art.261, do CPP.
Oportunamente, retornem-me os autos conclusos. Intimem-se, Cumpra-se. Belém/PA, 19 de fevereiro de
2019. Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues Juíza de Direito Titular da 6º Vara Criminal de Belém/PA.
PROCESSO: 00098218120088140401 PROCESSO ANTIGO: 200820353768
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 DENUNCIADO:JHEIME
RAFAEL DA SILVA VINAGRE Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR)
DENUNCIADO:FRANCISCO DA ROCHA SANTOS ARAUJO Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
PUBLICA (DEFENSOR) VITIMA:A. M. . Vistos etc. Recebi os autos nesta data e no estado em que se
encontram Dê-se vista dos autos às partes para que se manifestem nos termos do art. 402, do CPP. Não
havendo pedido de diligências, dê-se vista às partes para que apresentem memoriais finais, nos termos do
art. 403, §3º, do CPP. Após, conclusos. Expeça-se o necessário. Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 19
de fevereiro de 2019. Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues Juíza de Direito Titular da 6ª Vara
Criminal de Belém/PA PROCESSO: 00104862420128140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 VITIMA:O. E.
DENUNCIADO:DIONE CRISTIANO DOS SANTOS PENA Representante(s): OAB XRL8 - DEFENSORIA
PUBLICA (DEFENSOR) AUTORIDADE POLICIAL:CLAUDIA PIMENTEL RIBEIRO DPC. Vistos, etc.
Recebi os autos nesta data e no estado em que se encontram. Considerando o teor da certidão exarada à
fl.203, na qual atesta o trânsito em julgado do acordão que julgou extinta a punibilidade de Dione Cristiano
dos Santos Pena pela prescrição, determino o arquivamento dos autos, observadas as cautelas legais.
Arquivem-se. Intimem-se e cumpra-se, observadas as cautelas legais. Belém/PA, 18 de fevereiro de 2019.
Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues. Juíza de Direito titular da 6º Vara Criminal da Comarca de
Belém/PA. PROCESSO: 00125075020048140401 PROCESSO ANTIGO: 200420314368
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Procedimento Comum em: 22/02/2019 VITIMA:O. E. PROMOTOR:MARIA DE
NAZARE DOS SANTOS CORREA DENUNCIADO:EDUARDO DE OLIVEIRA SOUZA
DENUNCIADO:ROBSON JOSE DOS SANTOS LIMA DENUNCIADO:JAIR CABRAL. Vistos etc. Recebi os
autos nesta data e no estado em que se encontram. Compulsando os autos, observo a existência de erro
material na sentença absolutória de fls.333-335, razão pela qual chamo o processo à ordem e procedo à
retificação do conteúdo exposto, para que aonde se lê: "(...)absolvo Eduardo Oliveira de Souza, qualificado
nos autos, do crime previsto no art.16, IV, da Lei nº.10.826-2003(...)" leia-se: "(...)absolvo Eduardo Oliveira
de Souza, qualificado nos autos, dos crime previstos no art.16, IV, da Lei nº.10.826-2003 e no art. 288,
§único, do CP(...). Mantidas as demais deliberações constantes da sentença absolutória de fls.333-335.
Belém/PA, 20 de fevereiro de 2019. Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues Juíza de Direito Titular da
6ª Vara Criminal da Comarca de Belém-PA. PROCESSO: 00127706320168140401 PROCESSO ANTIGO:
---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 DENUNCIADO:YVANILSON
DANIEL DANTAS DE AZEVEDO Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR)
DENUNCIADO:DIEGO DA CONCEICAO ASSIS Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA
(DEFENSOR) VITIMA:C. M. C. . VISTOS ETC. 1 - Considerando o término da instrução processual,
determino a juntada dos antecedentes criminais atualizados dos denunciados. 2 - Considerando, ainda, a
manifestação das partes, os quais nada requereram na fase do Art. 402 do CPP, determino vistas dos
autos, primeiramente, ao Representante do MP, e posteriormente, ao Representante da Defesa dos
denunciados para apresentarem alegações finais de forma escrita, no prazo de lei. 3 - Após, conclusos
para os ulteriores de direito. 4 - Cumpra-se, observadas as cautelas de lei. Belém (PA), 21 de fevereiro de
2019. SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO RODRIGUES, Juíza de Direito, Titular da 6ª Vara
Criminal. PROCESSO: 00137256020178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 DENUNCIADO:M V S DIAS
VILHENA ME Representante(s): OAB 16601 - ROBERTA BESSA FERREIRA (ADVOGADO) VITIMA:A. C.
. Vistos etc. Tendo em vista a cota ministerial de fl.199, homologo a desistência da oitiva da testemunha
JACILDO CANETT DE MORAES. Considerando o teor da certidão de fl.201, decreto à revelia de M V S
VILHENA ME, na forma do art. 367 do CPP. Dê-se vista dos autos às partes para que se manifestem nos
termos do art. 402, do CPP. Não havendo pedido de diligências, dê-se vista às partes para que
apresentem memoriais escritos, nos termos do art. 403, §3º, do CPP. Após, conclusos. Expeça-se o
necessário. Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 19 de fevereiro de 2019. Sarah Castelo Branco Monteiro
Rodrigue Juíza de Direito Titular da 6ª Vara Criminal da Comarca de Belém/PA PROCESSO:
00138596320128140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em:
22/02/2019 AUTORIDADE POLICIAL:ELIEZER PUREZA MACHADO - DPC DENUNCIADO:WALLACE DA
SILVA BARBOSA Representante(s): OAB 3776 - RAIMUNDO PEREIRA CAVALCANTE (ADVOGADO)
OAB 9944 - CHRISTINE DE SOUZA (ADVOGADO) VITIMA:T. O. V. L. VITIMA:L. E. S. E. S. . Vistos etc.
Recebi os autos nesta data e no estado em que se encontram. Considerando o teor da certidão de fl.260,
bem como o fato de o réu responder a outro processo neste juízo, na qual registra paradeiro conhecido,
qual seja, Rua Fauze Selhe, nº. 229, Jardim Monte Cristo, Campinas-SP, CEP nº.13049-066, intime-se
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Wallace da Silva Barbosa, via carta precatória, para que seja cientificada da sentença condenatória de
fls.245-254 no endereço precitado. Expeça-se o necessário. Oportunamente, retornem-me os autos
conclusos. Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 20 de fevereiro de 2019. Sarah Castelo Branco Monteiro
Rodrigues Juíza de Direito Titular da 6º Vara Criminal de Belém/PA. PROCESSO:
00172920220178140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em:
22/02/2019 DENUNCIADO:JOAO CAETANO NUNES DOS SANTOS Representante(s): OAB 7147 -
SEBASTIAO PINHEIRO DA SILVA (ADVOGADO) DENUNCIADO:IZAN SILVA DA COSTA JUNIOR
Representante(s): OAB 21319 - THAIS NAZARETH FROTA VALENTE (ADVOGADO) OAB 23179 -
RENAN REIS LIRA (ADVOGADO) OAB 23468 - RAFAEL FERNANDES TITAN (ADVOGADO)
DENUNCIADO:GLAUBER RAFAEL NAIFF FERREIRA ROCHA Representante(s): OAB 20803 - RAFAEL
QUEMEL SARMENTO (ADVOGADO) OAB 12290 - EDUARDO CESAR TRAVASSOS CANELAS
(ADVOGADO) DENUNCIADO:RODRIGO PINA BARROS Representante(s): OAB 7147 - SEBASTIAO
PINHEIRO DA SILVA (ADVOGADO) DENUNCIADO:ITALO FAVACHO DE OEIRAS Representante(s):
OAB 7147 - SEBASTIAO PINHEIRO DA SILVA (ADVOGADO) VITIMA:E. S. A. S. . Vistos etc. Recebo os
autos nesta data e no estado em que se encontram. Considerando o teor da certidão exarada à fl.77,
chamo o feito a ordem para tornar sem efeito item da decisão de fl.124, correspondente à data designada
para a realização da audiência de instrução e julgamento. Mantidas as demais deliberações contidas na
certidão de fl.77 e na decisão de fl.124. Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 19 de fevereiro de 2019.
Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues Juíza de Direito Titular da 6º Vara Criminal da Comarca de
Belém/PA PROCESSO: 00175400220168140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 DENUNCIADO:ANDERSON
VELOSO CARVALHO DE OLIVEIRA Representante(s): OAB 15311 - LEANDRO ARTHUR OLIVEIRA
LOUREIRO (ADVOGADO) OAB 14955 - VITOR ANTONIO OLIVEIRA BAIA (ADVOGADO)
DENUNCIADO:RUAN GABRIEL DOS SANTOS FRANCO Representante(s): OAB 15311 - LEANDRO
ARTHUR OLIVEIRA LOUREIRO (ADVOGADO) OAB 14955 - VITOR ANTONIO OLIVEIRA BAIA
(ADVOGADO) DENUNCIADO:EVERSON MARCILIO TRINDADE CORDEIRO Representante(s): OAB
7613 - TANIA LAURA DA SILVA MACIEL (ADVOGADO) DENUNCIADO:DANIEL BARBOSA DE
OLIVEIRA Representante(s): OAB 5301 - MARIA DE FATIMA CARDOSO (ADVOGADO) OAB 3044 -
CARLOS RAIMUNDO GUERRA VEIGA (ADVOGADO) VITIMA:J. F. L. VITIMA:E. P. O. VITIMA:J. O. L. .
Vistos etc. Considerando a manifestação ministerial de fls. 161, bem como o pedido de fls. 143/144,
intime-se a defesa para que junte aos autos, no prazo de 05 (cinco) dias, documento oficial com foto do
réu DANIEL BARBOSA DE SOUZA. Em face a petição de fls. 156/157, defiro o arrolamento da
testemunha por parte da defesa, e determino que se proceda sua intimação no endereço declinado em
petição supra, a fim de que compareça em audiência de instrução e julgamento já designada. Expeça-se o
necessário. Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 19 de fevereiro de 2019. Sarah Castelo Branco Monteiro
Rodrigues Juíza de Direito Titular da 6º Vara Criminal de Belém/PA. PROCESSO:
00195504820188140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em:
22/02/2019 VITIMA:J. R. B. S. F. DENUNCIADO:FELIPE MACIEL RAMOS Representante(s): OAB -- -
DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) OAB 2708 - ROBERTO SANTOS ARAUJO (ADVOGADO) .
VISTOS ETC. 1 - Considerando a manifestação ministerial na insistência das oitivas da vítima e da
testemunha de acusação ausentes, designando desde já a expedição do competente mandado de
condução coercitiva à vítima e a renovação do oficio ao Policial arrolado na denúncia para o próximo ato. 2
- Determino vistas dos autos ao Representante do MP para se manifestar acerca do pedido de revogação
da prisão preventiva do denunciado. 3 - Após, conclusos aos ulteriores de direito. 4 - Int. e cumpra-se,
observadas as cautelas de lei. Belém (PA), 21 de fevereiro de 2019. SARAH CASTELO BRANCO
MONTEIRO RODRIGUES, Juíza de Direito, Titular da 6ª Vara Criminal. PROCESSO:
00197067520148140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em:
22/02/2019 DENUNCIADO:ZONILDO FONSECA ANTUNES Representante(s): OAB 5522 - MARIA
AMELIA DELGADO VIANA (ADVOGADO) OAB 14870 - MARCOS JOSE SIQUEIRA DAS DORES
(ADVOGADO) AUTORIDADE POLICIAL:DPC - FLAVIA RENATA RODRIGUES LEAL
DENUNCIADO:FABRICIO MONTEIRO DA COSTA Representante(s): OAB 14870 - MARCOS JOSE
SIQUEIRA DAS DORES (ADVOGADO) VITIMA:G. R. S. A. . Vistos etc. Recebi os autos nesta data e no
estado em que se encontram. Considerando o teor do ofício de fls.135/136 Remetam-se os autos ao E.
Tribunal de Justiça do Pará. Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 20 de fevereiro de 2019. Sarah Castelo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Branco Monteiro Rodrigues Juíza de Direito Titular da 6ª Vara Criminal da Comarca de Belém/PA
PROCESSO: 00198769420108140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 DENUNCIADO:WILLIAMS DA
CRUZ LEITE Representante(s): OAB 3000 - MARIA DO SOCORRO DE FIGUEIREDO MIRALHA DA
SILVA (ADVOGADO) OAB 7228 - IVANILDA BARBOSA PONTES (ADVOGADO) VITIMA:A. C. O. E.
VITIMA:B. S. PROMOTOR:MARIA DE NAZARE DOS SANTOS CORREA. Vistos etc. Cuida-se de ação
penal pública incondicionada que move o Ministério Público do Estado do Pará, no uso de suas atribuições
constitucionais, ofereceu denúncia em face de Williams da Cruz Leite, qualificado nos autos à fl.02,
imputando-lhe o cometimento do crime previsto no art.304, do Código Penal Brasileiro. Os autos de IPL
que originaram a presente ação foram instaurados mediante flagrante registrada sob o nº.
487/2010.000034-5. A denúncia foi recebida juízo no dia 06/12/2010 (fls.301). O réu foi citado em
09/12/2010 (fls.303). Em 14/12/2010 apresentou resposta escrita à acusação (fls.308/311). Durante a
instrução probatória, foi realizada audiência de instrução e julgamento registrada em mídia audiovisual,
onde foram ouvidas as testemunhas de acusação (fls.567/569). Na fase do art. 402 do CPP, nenhuma
diligência foi requerida. Em 09/04/2018, o Ministério Público apresentou memoriais, pugnando pela
condenação do réu, nos termos da denúncia (fls.570/573). No dia 26/04/2018, a defesa apresentou
memoriais, requerendo a absolvição do réu, bem como a aplicação da pena em seu mínimo legal
(fls.574/580). Em 24.08.2018, foi publicada sentença condenatória em face do réu, conforme certidão de
fl.589v. Por fim, em 12.09.2018, a sentença supra transitou em julgado para o Ministério Público,
consoante certidão de fl.592. É o breve relatório. Decido. Cumpre verificar hipótese de extinção da
punibilidade pela prescrição retroativa da pretensão punitiva estatal, com base na pena concretamente
fixada em sentença penal condenatória, o que passo a apreciar na forma do art.61, do CPP. No presente
processo, constato que a pretensão punitiva estatal referente ao crime imputado ao réu foi alcançada pela
prescrição, causa extintiva da punibilidade, segundo o art. 107, inciso IV, do Código Penal. Compulsando
os autos, observo que em 24.08.2018 fora publicada sentença julgando, parcialmente, procedente o
pedido formulado na denúncia para condenar o acusado e apená-lo em 01 (um) ano de reclusão pelo
crime de estelionato simples (art.171, caput, do CP) e 02 (dois) anos de reclusão pelo crime de uso de
documento falso (art.304, caput, do CP), a qual transitou em julgado para o Ministério Público no dia
12.09.2018, conforme certidão de fl.592. Como é cediço, segundo o art. 110, § 1.º, do Código Penal, o
prazo prescricional, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação, regula-se
pela pena aplicada. Assim, no caso em comento, o prazo prescricional a ser considerado corresponde a
04 (quatro) anos para ambos os crimes pelos quais restou condenado o réu, nos termos do art.109, inciso
V, do Código Penal. É válido frisar que a denúncia foi recebida no dia 06.12.2010 (fl.301), implementando-
se, assim, marco interruptivo da prescrição, consoante art.117, inciso I, do Código Penal, iniciando-se a
partir desta data a contagem do prazo prescricional acima referido. De outro lado, observa-se que após a
publicação da sentença penal condenatória em 24.08.2018, outro marco interruptivo se implementou, na
forma do art.117, inciso IV, do CP, sendo este o termo final de contagem do prazo da prescrição. Neste
contexto, levando em consideração a pena aplicada em concreto, verifica-se que, no caso presente, é de
rigor a declaração da extinção da punibilidade pela prescrição, na forma retroativa, porquanto restou
transcorrido o lapso temporal superior aos 04 (quatro) anos exigidos pela lei penal entre os marcos
interruptivos acima especificados. ISTO POSTO, e por tudo mais que dos autos consta, reconheço a
ocorrência da prescrição da pretensão punitiva estatal no caso presente, na forma do art. 61, do Código de
Processo Penal Brasileiro, razão pela qual julgo extinta a punibilidade de Williams da Cruz Leite, com
fulcro no art. 107, inciso IV c/c art. 109, inciso V e art.110, §1º, ambos do Código Penal Brasileiro,
extinguindo, destarte, o presente feito com resolução do mérito em relação aos crimes imputados ao réu.
Considerando o teor da certidão de fl.591, renovem-se diligências no sentido de intimar pessoalmente o
réu das sentenças condenatória e extintiva. Custas ex legis. Após o trânsito em julgado desta decisão,
arquivem-se os autos, observadas as formalidades legais. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.
Belém/PA, 18 de fevereiro de 2019. Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues Juíza de Direito Titular da
6ª Vara Criminal da Comarca de Belém-PA PROCESSO: 00215320520158140401 PROCESSO ANTIGO:
---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 AUTORIDADE
POLICIAL:JOSELMA NUNES ALVES DE MENEZES DPC VITIMA:A. A. M. DENUNCIADO:HUENDEL
RAMOM MELO DE LIMA Representante(s): OAB 10224 - OLGA DARCY GOUVEA MENDES DE SOUZA
(ADVOGADO) . Vistos etc. Cuida-se de defesa prévia oferecida pelo defensor do réu HUENDEL RAMON
MELO DE LIMA, às fls. 58/59-V, denunciado pelo Ministério Público pelo cometimento do crime capitulado
no art.180 e art.311, caput ambos do CPB. Analisando o teor da manifestação precitada, observo que os
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
argumentos suscitados pela defesa remetem diretamente ao mérito da questão, cuja resolução não
comporta, nesta fase, julgamento antecipado mediante absolvição sumária, eis que o acervo probatório
ainda não é suficientemente robusto a ponto de revelar, de forma inequívoca, hipótese prevista no art.397
do CPP ou existência de prova ilícita produzida em sede de inquérito policial, sendo indispensável, ao meu
ver, adequada dilação probatória a ser realizada em fase de instrução processual. Destarte, considerando
que a denúncia de fls.02/04, preenche os requisitos do art. 41 do CPP, descrevendo fato de relevância
penal, sem que se possa vislumbrar, em análise inicial, situação excludente de ilicitude ou de
culpabilidade, e que a justa causa para a ação penal, está, por sua vez, satisfatoriamente,
consubstanciada nos elementos colhidos no inquérito policial, entendo que o processo deva seguir para
realização de audiência de instrução. Designo para o dia 27.11.2019, às 11:00hs, a realização da
audiência supra, a qual seguirá os termos dos arts.400 a 404 do CPP. Expeça-se o necessário. Intimem-
se e cumpra-se. Belém/PA, 20 de fevereiro de 2019. Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues Juíza de
Direito Titular da 6ª Vara Criminal da Comarca de Belém/PA PROCESSO: 00220423120108140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO
BRANCO MONTEIRO RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019
QUERELADO:GYSELE AMANAJAS SOARES Representante(s): OAB 10909 - MICHELLE COELHO
POMPEU (ADVOGADO) QUERELANTE:S. A. S. S. Representante(s): OAB 5541 - ALBERTO ANTONIO
DE ALBUQUERQUE CAMPOS (ADVOGADO) OAB 9720 - MARIA STELA CAMPOS DA SILVA
(ADVOGADO) . Vistos etc. Recebo o recurso interposto pela defesa da ré GYSELE AMANAJAS SOARES
fls. 193, uma vez que estão preenchidos os pressupostos para sua interposição, em especial o da
tempestividade, conforme certidão de fls.194. Dê-se vistas ao Ministério Público para apresentação das
contrarrazões no prazo legal. Após, remetam-se os autos ao E. Tribunal de Justiça do Estado do Pará.
Intimem-se e cumpram-se. Belém/PA, 18 de fevereiro de 2019. Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues
Juíza de Direito Titular da 6ª Vara Criminal da Comarca de Belém/PA PROCESSO:
00225079520138140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em:
22/02/2019 DENUNCIADO:PAULO DE TARSO SOUZA DO COUTO Representante(s): OAB 26644 -
ALFREDO DE JESUS SOUZA DO COUTO (ADVOGADO) VITIMA:J. O. P. C. AUTORIDADE
POLICIAL:LEILA CHRISTIAN LIMA DE MENDONÇA FREIRE - DPC. Vistos etc. Considerando o teor da
manifestação de fls.53/67, dê-se vista ao Ministério Público para manifestação. Oportunamente, retornem-
me os autos conclusos. Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 20 de fevereiro de 2019. Sarah Castelo
Branco Monteiro Rodrigues Juíza de Direito Titular da 6ª Vara Criminal da Comarca de Belém/PA
PROCESSO: 00228639020138140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 AUTORIDADE
POLICIAL:ROSALINA DE MORAES ARRAES - DPC DENUNCIADO:MAURICIO ADRIANO PIMENTEL
DA SILVA Representante(s): OAB 16804 - MAXIMILIANO DE ARAUJO COSTA (ADVOGADO) VITIMA:O.
E. . VISTOS ETC. 1 - Considerando que o Ilustre Advogado, Dr. Maximiliano de Araújo Costa juntou cópia
da certidão de óbito do denunciado MAURICIO ADRIANO PIMENTEL DE SILVA, determino vistas dos
autos ao Representante ao MP para se manifestar nos fins de direito. 2 - Após, conclusos aos ulteriores de
direito. 3 - Cumpra-se, observadas as cautelas de lei. Belém (PA), 21 de fevereiro de 2019. SARAH
CASTELO BRANCO MONTEIRO RODRIGUES, Juíza de Direito, Titular da 6ª Vara Criminal. PROCESSO:
00249123120188140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em:
22/02/2019 QUERELANTE:JOCEANNY CRISTINA HAICK DOS ANJOS Representante(s): OAB 12753 -
LUZELY BATISTA LIMA (ADVOGADO) QUERELADO:FRANSUELY MORAES RODRIGUES. Vistos etc.
Considerando o teor da manifestação de fls.21/29, dê-se vista ao Ministério Público para manifestação.
Oportunamente, retornem-me os autos conclusos. Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 19 de fevereiro de
2019. Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues Juíza de Direito Titular da 6ª Vara Criminal da Comarca
de Belém/PA PROCESSO: 00259706920188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 VITIMA:O. E.
DENUNCIADO:MAURICIO ALMEIDA RIBEIRO. Vistos etc. Cuida-se de pedido de revogação da prisão
preventiva ajuizado pela Defensoria Pública por Mauricio Almeida Ribeiro às fls.28-31. Instado a se
manifestar, o Ministério Público exarou parecer pelo indeferimento do pleito à fl.33. Passo a decidir nos
seguintes termos. A prisão preventiva é medida que não mais se justifica no vertente caso. Não vislumbro
situação que configure qualquer das circunstâncias elencadas no art. 312 do CPP. Como é cediço, a
custódia preventiva reclama a comprovação de circunstância indicativa de que a liberdade do denunciado
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
representa risco para o regular curso da persecução penal. Pressupõe a necessidade de encarceramento
antes da sentença condenatória definitiva como única forma de assegurar a regularidade da instrução
criminal ou a efetividade da aplicação da lei penal. E nada vejo, na espécie, que me convença desta
necessidade. Em que pese a gravidade do crime, não vislumbro periculosidade concreta que autorize
concluir que, nesta fase processual, em sendo garantida ao denunciado a condição de responder ao
processo em liberdade, ameaçará testemunhas, destruirá provas, prejudicando a futura instrução
processual, ou fugirá para local incerto, frustrando o Estado de aplicar a Lei Penal. Ademais, segundo
jurisprudência do STJ, a medida segregatória é inadequada na hipótese em que seja plausível antever que
o início do cumprimento da reprimenda, em caso de eventual condenação, dar-se-á em regime menos
rigoroso que o fechado, pois, a prisão cautelar, quando fundamentada para garantia da ordem pública ou
qualquer outro motivo, será sempre desproporcional com o resultado final do processo nestes termos.
Sobre o tema, é remansosa a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, conforme se pode constatar
pelo julgado colacionado a seguir: "DIREITO PROCESSUAL PENAL. ILEGALIDADE DE PRISÃO
PROVISÓRIA QUANDO REPRESENTAR MEDIDA MAIS SEVERA DO QUE A POSSÍVEL PENA A SER
APLICADA. É ilegal a manutenção da prisão provisória na hipótese em que seja plausível antever que o
início do cumprimento da reprimenda, em caso de eventual condenação, dar-se-á em regime menos
rigoroso que o fechado. De fato, a prisão provisória é providência excepcional no Estado Democrático de
Direito, só sendo justificável quando atendidos os critérios de adequação, necessidade e
proporcionalidade. Dessa forma, para a imposição da medida, é necessário demonstrar concretamente a
presença dos requisitos autorizadores da preventiva (art. 312 do CPP) -- representados pelo fumus
comissi delicti pelo periculum libertatis -- e, além disso, não pode a referida medida ser mais grave que a
própria sanção a ser possivelmente aplicada na hipótese de condenação do acusado. É o que se defende
com a aplicação do princípio da homogeneidade, corolário do princípio da proporcionalidade, não sendo
razoável manter o acusado preso em regime mais rigoroso do que aquele que eventualmente lhe será
imposto quando da condenação". Precedente citado: STJ - HC 64.379-SP, Sexta Turma, DJe
3/11/2008.HC182.750-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 14/5/2013. Assim pelo conteúdo expresso,
não se afigura legítima a custódia cautelar de um réu, que, em tese, preenche todos os requisitos em
cumprir pena em um regime aberto ou semiaberto, de modo que se revela mais severa a prisão do que a
eventual pena imposta ao final do processo em caso de condenação. Aliando-se a isso, deve se
considerar, ainda, o esforço que o Judiciário e os demais órgãos relacionados com a política criminal estão
atualmente promovendo para a diminuição da população carcerária, razão pela qual concluo que a
revogação da prisão cautelar é de rigor. Friso, em reforço, que trata-se de denunciado que ostenta a
condição de primário, não registra antecedentes criminais e possui residência fixa nesta comarca, fatores
que corroboram a tese de que, em liberdade, não representará ameaça à ordem pública, de sorte que
deve ser revogada a prisão cautelar na linha da remansosa jurisprudência dos tribunais superiores acerca
da matéria (neste sentido: STJ RHC n. 49.799"BA, Rel. Ministra Maria Thereza de Assis Moura, 6ª T., DJe
5"9"2014; STF - HC 93498/MS, Segunda Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 18/10/2012; e STJ - HC
130.106"SP, Rel. Ministro Jorge Mussi, Quinta Turma, julgado em 28"09"2010, DJe 11"10"2010). Ante o
exposto, e considerando o comando do art.316, do CPP, revogo a prisão preventiva de Mauricio Almeida
Ribeiro, qualificado nos autos, por não vislumbrar presentes os requisitos previstos no art. 312 do CPP.
Por outro lado, entendo que há necessidade de assegurar, minimamente, o regular curso do processo e a
eficaz aplicação da lei penal, nos termos do art. 282, I e II, do CPP, o que somente será possível através
da aplicação, em caráter substitutivo da prisão preventiva, das seguintes medidas cautelares do art.319,
do CPP: a) Comparecimento trimestral ao juízo da 6ª Vara Criminal da Capital, para informar e justificar
atividades; b) Proibição de ausentar-se da comarca de Belém-PA sem prévia autorização do juízo;
Expeça-se ALVARÁ DE SOLTURA, do qual deverá constar expressamente a aplicação das medidas
cautelares e a advertência para que o réu compareça à secretaria da 6ª Vara Criminal da Comarca de
Belém-PA em 72h (setenta e duas) para a lavratura do termo de compromisso e apresentação de
endereço atualizado. Acautelem-se os autos em secretaria, no aguardo da realização da audiência de
instrução já designada. Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 22 de fevereiro de 2019. Sarah Castelo
Branco Monteiro Rodrigues Juíza de Direito Titular da 6º Vara Criminal da Comarca de Belém/PA
PROCESSO: 00262313420188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO
RODRIGUES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019 DENUNCIADO:LEANDRO
BARRADAS BEZERRA Representante(s): OAB 3024 - ONEIDE MARIA BARROS DA SILVA
(ADVOGADO) VITIMA:J. M. S. . Vistos etc. Cuida-se de pedido de revogação da prisão preventiva
ajuizado pela Defensoria Pública por Leandro Barradas Bezerra às fls.62-73. Instado a se manifestar, o
Ministério Público exarou parecer pelo indeferimento do pleito às fls.60-61. Passo a decidir nos seguintes
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
termos. A prisão preventiva é medida que não mais se justifica no vertente caso. Não vislumbro situação
que configure qualquer das circunstâncias elencadas no art. 312 do CPP. Como é cediço, a custódia
preventiva reclama a comprovação de circunstância indicativa de que a liberdade do denunciado
representa risco para o regular curso da persecução penal. Pressupõe a necessidade de encarceramento
antes da sentença condenatória definitiva como única forma de assegurar a regularidade da instrução
criminal ou a efetividade da aplicação da lei penal. E nada vejo, na espécie, que me convença desta
necessidade. Em que pese a gravidade do crime, não vislumbro periculosidade concreta que autorize
concluir que, nesta fase processual, em sendo garantida ao denunciado a condição de responder ao
processo em liberdade, ameaçará testemunhas, destruirá provas, prejudicando a futura instrução
processual, ou fugirá para local incerto, frustrando o Estado de aplicar a Lei Penal. Ademais, segundo
jurisprudência do STJ, a medida segregatória é inadequada na hipótese em que seja plausível antever que
o início do cumprimento da reprimenda, em caso de eventual condenação, dar-se-á em regime menos
rigoroso que o fechado, pois, a prisão cautelar, quando fundamentada para garantia da ordem pública ou
qualquer outro motivo, será sempre desproporcional com o resultado final do processo nestes termos.
Sobre o tema, é remansosa a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, conforme se pode constatar
pelo julgado colacionado a seguir: "DIREITO PROCESSUAL PENAL. ILEGALIDADE DE PRISÃO
PROVISÓRIA QUANDO REPRESENTAR MEDIDA MAIS SEVERA DO QUE A POSSÍVEL PENA A SER
APLICADA. É ilegal a manutenção da prisão provisória na hipótese em que seja plausível antever que o
início do cumprimento da reprimenda, em caso de eventual condenação, dar-se-á em regime menos
rigoroso que o fechado. De fato, a prisão provisória é providência excepcional no Estado Democrático de
Direito, só sendo justificável quando atendidos os critérios de adequação, necessidade e
proporcionalidade. Dessa forma, para a imposição da medida, é necessário demonstrar concretamente a
presença dos requisitos autorizadores da preventiva (art. 312 do CPP) -- representados pelo fumus
comissi delicti pelo periculum libertatis -- e, além disso, não pode a referida medida ser mais grave que a
própria sanção a ser possivelmente aplicada na hipótese de condenação do acusado. É o que se defende
com a aplicação do princípio da homogeneidade, corolário do princípio da proporcionalidade, não sendo
razoável manter o acusado preso em regime mais rigoroso do que aquele que eventualmente lhe será
imposto quando da condenação". Precedente citado: STJ - HC 64.379-SP, Sexta Turma, DJe
3/11/2008.HC182.750-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 14/5/2013. Assim pelo conteúdo expresso,
não se afigura legítima a custódia cautelar de um réu, que, em tese, preenche todos os requisitos em
cumprir pena em um regime aberto ou semiaberto, de modo que se revela mais severa a prisão do que a
eventual pena imposta ao final do processo em caso de condenação. Aliando-se a isso, deve se
considerar, ainda, o esforço que o Judiciário e os demais órgãos relacionados com a política criminal estão
atualmente promovendo para a diminuição da população carcerária, razão pela qual concluo que a
revogação da prisão cautelar é de rigor. Friso, em reforço, que trata-se de denunciado que ostenta a
condição de primário, não registra antecedentes criminais, desenvolve atividade profissional lícita e possui
residência fixa nesta comarca, fatores que corroboram a tese de que, em liberdade, não representará
ameaça à ordem pública, de sorte que deve ser revogada a prisão cautelar na linha da remansosa
jurisprudência dos tribunais superiores acerca da matéria (neste sentido: STJ RHC n. 49.799"BA, Rel.
Ministra Maria Thereza de Assis Moura, 6ª T., DJe 5"9"2014; STF - HC 93498/MS, Segunda Turma, Rel.
Min. Celso de Mello, DJe de 18/10/2012; e STJ - HC 130.106"SP, Rel. Ministro Jorge Mussi, Quinta
Turma, julgado em 28"09"2010, DJe 11"10"2010). Ante o exposto, e considerando o comando do art.316,
do CPP, revogo a prisão preventiva de Leandro Barradas Bezerra, qualificado nos autos, por não
vislumbrar presentes os requisitos previstos no art. 312 do CPP. Por outro lado, entendo que há
necessidade de assegurar, minimamente, o regular curso do processo e a eficaz aplicação da lei penal,
nos termos do art. 282, I e II, do CPP, o que somente será possível através da aplicação, em caráter
substitutivo da prisão preventiva, das seguintes medidas cautelares do art.319, do CPP: a)
Comparecimento trimestral ao juízo da 6ª Vara Criminal da Capital, para informar e justificar atividades; b)
Proibição de ausentar-se da comarca de Belém-PA sem prévia autorização do juízo; c) Monitoração
eletrônica. Expeça-se ALVARÁ DE SOLTURA, do qual deverá constar expressamente a aplicação das
medidas cautelares e a advertência para que o réu compareça à secretaria da 6ª Vara Criminal da
Comarca de Belém-PA em 72h (setenta e duas) para a lavratura do termo de compromisso e
apresentação de endereço atualizado. Expeça-se ofício a SUSIPE, comunicando o teor desta decisão, a
fim de que seja providenciada a aplicação da medida cautelar de monitoramento eletrônico em relação ao
réu. Comunique-se a vítima, na forma do art. 201, §2º, do CPP. Acautelem-se os autos em secretaria, no
aguardo da realização da audiência de instrução já designada. Intimem-se e cumpra-se. Belém/PA, 22 de
fevereiro de 2019. Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues Juíza de Direito Titular da 6º Vara Criminal
da Comarca de Belém/PA PROCESSO: 00273133720178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
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reclusão em regime ABERTO. No tocante ao comando do art.387, §2º do CPP, deixo de proceder ao
cálculo da detração, pois se trata de operação que não implicará em alteração do regime de cumprimento
da pena acima fixado. Entretanto, considerando o disposto no art. 44 e incisos, do CPB, substituo a pena
privativa de liberdade acima imposta pela prestação de serviços à comunidade, ex vi do artigo 46 e
parágrafos do CPB, cabendo ao Juízo da Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas definir da
entidade ou programa comunitário ou estatal junto ao qual o condenado deverá prestar serviços,
gratuitamente, de acordo com as suas aptidões, ex vi do art. 149, incisos e parágrafos da Lei nº.
7210/1984. Inoportuna a decretação da prisão preventiva do réu, devendo prevalecer a orientação firmada
pelo Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça que pacificaram entendimento de que não
se deve admitir a utilização da custódia cautelar a título de execução provisória da pena privativa de
liberdade antes do trânsito em julgado da condenação, se o acusado respondeu ao processo em liberdade
e não estão presentes os pressupostos autorizadores da medida cautelar, na forma do art. 312 do CPP
(neste sentido: STJ - HC 261.490/SP, Rel. Ministro Jorge Mussi, 5 Turma, julgado em 09/04/2013, DJe
24/04/2013; e STF - HC 107547, Relator (a): Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, julgado em
17/05/2011, PJE DJe-103, divulgado em 30-05-2011, publicado 31-05-2011 RB v. 23, n. 572, 2011, p. 51-
54). Custas ex legis. Transitada em julgado a presente sentença, cumpram-se as seguintes deliberações:
a) Lance-se o nome do condenado no rol dos culpados; b) Oficie-se ao TRE-PA para cumprimento do
disposto no art.15, inciso III da CF c/c art. 71, § 2º do Código Eleitoral c) Expeça-se guia de execução
penal, fazendo-se as devidas comunicações, inclusive para fins de estatística; d) Encaminhem-se os autos
à Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Belém/PA, 19 de fevereiro de 2019. SARAH CASTELO BRANCO MONTEIRO RODRIGUES. Juíza de
Direito Titular da 6ª Vara Criminal da Comarca de Belém/PA. PROCESSO: 00249987020168140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ---- Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: VITIMA: F. G. A. Representante(s): OAB 5496 - SERGIO SENA
GONCALVES (ADVOGADO) DENUNCIADO: J. L. S. Representante(s): OAB 9752 - ALEXANDRE SALES
SANTOS (ADVOGADO) OAB 19359-B - JOAO CARLOS FONSECA (ADVOGADO) OAB 7508 - REGINA
MARIA SOARES BARRETO DE OLIVEIRA (ADVOGADO)
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devido a sua ausência. As partes nada requereram em fase de diligências. Na fase do art. 403 do CPP, as
partes requerem vista dos autos para apresentação de Alegações Finais da forma de MEMORIAIS.
DELIBERAÇÃO EM JUÍZO: I- Defiro o requerido pelas partes, junte-se aos autos Certidão de
Antecedentes Criminais atualizada em nome do réu e abra-se vista dos autos ao MP e intime-se a Defesa,
respectivamente, para apresentação de alegações finais em forma de memoriais. II- Ciente os presentes.
III- Cumpra-se. E como nada mais houvesse, encerrou o MM. Juiz a audiência. Eu, Brena Barbosa,
Analista Judiciário da 7ª Vara Criminal da Capital, o digitei. FLÁVIO SANCHEZ LEÃO Juiz de Direito
Titular da 7ª Vara Criminal da Capital Promotor de Justiça:
_____________________________________________ Alexandre Tourinho
Advogado:___________________________________________________________ Dr. Nelson Maurício
de Araújo Nasser, OAB/PA nº 18.898 . PROCESSO: 00155149420178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): FLAVIO SANCHEZ LEAO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 DENUNCIADO:ASTRID BEATRIZ BATISTA AGE VITIMA:A. M.
C. G. VITIMA:S. M. M. M. . Vistos, etc. 1 - Julgo-me suspeito para atua no presente feito pelos seguintes
fundamentos. Este magistrado discordou do pedido inicial formulado pela representante do Ministério
Público de arquivamento do inquérito policial (fls. 60/64 do IPL), motivo pelo qual determinou a remessa
dos autos ao Procurador Geral de Justiça (fls. 65/66 do IPL). O Exmo. Sr. Procurador-Geral de Justiça
acampou a tese por mim aventada, determinado assim que outro Promotor de Justiça oferecesse
denúncia em desfavor da acusada (fls. 68/70 do IPL), o que foi devidamente realizado (fls. 02/04). Entendo
desta forma já ter emitido opinião acerca do fato criminoso objeto da denúncia, motivo pelo qual a fim de
não ofender a imparcialidade necessária que se faz para o julgamento do caso, forçoso se faz declarar-me
suspeito para sentenciar o feito. 2 - Oficie-se com urgência ao juízo substituto, no caso o responsável pela
8ª Vara Criminal da Capital, fazendo-lhe concluso os autos, conforme determinação da Portaria nº.
320/2017-GP, sem necessidade de redistribuição dos autos, pois a suspeição é do juiz e não da vara,
segundo parágrafo único, do art. 1º, da referida norma. Portaria nº. 320/2017-GP: "Art. 1º. Reordenar a
tabela de substituição automática de Magistrados nos casos de férias, impedimentos e suspeições, e
outros afastamentos. Parágrafo Único. Na hipótese de impedimento ou suspeição não ocorrerá
redistribuição de autos, sendo que a substituição se dará pelo tempo necessário ao julgamento dos
processos que deram causa ao afastamento do juiz natural. Art. 3º. § 2º. Para viabilizar a substituição nos
casos de impedimentos ou suspeição, o substituto legal automático deve ser comunicado imediatamente
pelo Magistrado substituído ou pela Divisão de Apoio Técnico-Jurídico da Presidência, através do e-mail
institucional" 3 - Oficie à Corregedoria da Capital informando acerca da presente suspeição, com cópia da
presente decisão. Cumpra-se. Belém/PA, 21 de fevereiro de 2019. Flávio Sánchez Leão Juiz de Direito
Titular da 7ª Vara Criminal PROCESSO: 00197903720188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): FLAVIO SANCHEZ LEAO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 VITIMA:A. K. F. C. VITIMA:S. B. F. DENUNCIADO:MAX SANDRO
DA CONCEICAO ALVES Representante(s): OAB 20764 - THADEU WAGNER SOUZA BARAUNA LIMA
(ADVOGADO) . TERMO DE AUDIÊNCIA Data: 21/02/2019 às 10:00h Audiência de Instrução e
Julgamento PRESENÇAS: Juiz de Direito: Flávio Sanchez Leão Ministério Público: Alexandre Tourinho
Advogado: Thadeu Wagner Souza Baraúna Lima, OAB/PA 20.764 DENUNCIADO: MAX SANDRO DA
CONCEIÇÃO ALVES Testemunha(s) arrolada(s) pelo Ministério Público: Antônio Batista de Lima Júnior
Diego Henrique Oliveira e Silva AUSÊNCIAS: Testemunha(s) arrolada(s) pelo Ministério Público: Andréa
Karla Fernandes Costa (vítima) Suely Bastos Fernandes (vítima) Realizado o pregão de praxe, conforme
acima epigrafado, foi aberta a audiência realizada por meio audiovisual (Art. 405, §1º, do Código de
Processo Penal), constando do suporte de mídia (CD), em anexo. Foram ouvidas as testemunhas de
acusação Antônio Batista de Lima Júnior e Diego Henrique Oliveira e Silva. O MP requereu a intimação
das vítimas no endereço que deve ser requisitado à Susipe por ofício expedido por esta Vara, tendo em
vista que verificou que uma das vítimas é funcionária do órgão citado e reside com a outra.
DELIBERAÇÃO EM JUÍZO: I- Defiro o requerido pelo MP, oficie-se à Susipe para que informe com
urgência, caso tenha, o endereço da vítima Suely Bastos Fernandes a fim de que seja intimada para a
continuação da audiência. II- Designo o dia 19/03/2019, às 12h30, para a realização da audiência de
instrução e julgamento. III- Ciente os presentes. IV- Cumpra-se. E como nada mais houvesse, encerrou o
MM. Juiz a audiência. Eu, Brena Barbosa, Analista Judiciária da 7ª Vara Criminal da Capital, o digitei.
FLÁVIO SANCHEZ LEÃO Juiz de Direito Titular da 7ª Vara Criminal da Capital Promotor de Justiça:
_____________________________________________ Alexandre Tourinho
Advogado:___________________________________________________________ Dr. Thadeu Wagner
S o u z a B a r a ú n a L i m a , O A B / P A 2 0 . 7 6 4
DENUNCIADO:________________________________________________________ MAX SANDRO DA
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Corregedoria da Capital informando acerca da presente suspeição, com cópia da presente decisão.
Cumpra-se. Belém/PA, 21 de fevereiro de 2019. Flávio Sánchez Leão Juiz de Direito Titular da 7ª Vara
Criminal PROCESSO: 00299736720188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): FLAVIO SANCHEZ LEAO Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 VITIMA:C. A. S. P. DENUNCIADO:JEREMIAS PINHEIRO DA
CONCEICAO DENUNCIADO:MATIAS VIDAL DA SILVA. Visto, etc. 1 - Em análise à resposta à acusação
de MATIAS VIDAL DA SILVA (fls. 14/15), constato que não está presente nenhuma das hipóteses
previstas no art. 397 e incisos, devendo a instrução prosseguir, nos termos do art. 400, do CPP. A defesa
reserva-se a arguir as teses defensivas por ocasião do transcurso da instrução criminal. Neste primeiro
momento vigora o princípio do in dubio pro societate, o qual, a bem da ordem pública e da paz social,
relativiza, a priori, o princípio do estado de inocência em favor do interesse maior da Administração
Pública, que é a instauração da persecução criminal judicial, com vistas à apuração de fatos, em tese,
criminosos. 2 - No tocante ao pedido da Defesa para que lhe seja oportunizada a apresentação do rol de
testemunhas em momento posterior, cumpre tecer alguns comentários. Senão, veja-se. Em atenção ao
disposto no art. 396-A do CPP é possível concluir que o momento adequado para apresentação do rol de
testemunhas é na resposta à acusação: "Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e
alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas
pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário".
Entendo, contudo, que, além das hipóteses legais, em alguns casos a apresentação de testemunha pela
Defesa depois da resposta pode ser admita, sempre que seja oportunizado ao órgão ministerial o
contraditório, isto é, desde que as testemunhas sejam apresentadas em tempo hábil para cientificar o
Parquet antes de sua oitiva. Assim, considerando já haver data designada para audiência de instrução e
julgamento, não resta alternativa na presente hipótese a não ser alertar a Defesa no sentido de que
empreenda as diligências necessárias para que seu rol de testemunhas seja apresentado em tempo hábil
para comunicação do Ministério Público antes do ato designado, a fim de propiciar-lhe o contraditório, sob
pena de a produção de sua prova testemunhal restar prejudicada. 3 - Providencie-se o necessário para a
audiência já designada. 4 - Oficie-se om urgência a Central de Mandados do Fórum Criminal para que o
mandado de citação de fl. 11 seja devolvido, devidamente cumprido, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas,
por já ter extrapolado, em muito, o prazo de 05 (cinco) dias para cumprimento de mandados de processos
que envolvem réus presos. 5 - Dê-se vistas ao Ministério Público para manifestação acerca do
requerimento de revogação da prisão preventiva de fls. 16/17. Cumpra-se. Belém/PA, 21 de fevereiro de
2019. Flávio Sánchez Leão Juiz de Direito Titular da 7ª Vara Criminal
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atualizado em que possa ser encontrado. Além de que, não cumpriu a condição de comparecer
bimestralmente ao juízo de Altamira/PA. Sobre o descumprimento de condições estabelecidas para a
suspensão condicional do processo, o § 4° do artigo 89 da Lei nº 9.099/95 afirma: Art. 89. Nos crimes em
que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério
Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde
que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os
demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal). [...] § 4º A
suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção,
ou descumprir qualquer outra condição imposta. Sobre o tema, afirma a jurisprudência do STJ:
PROCESSUAL PENAL. SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO. DESCUMPRIMENTO DE
CONDIÇÃO JUDICIAL IMPOSTA PELO JUÍZO. TRANSCURSO DO PERÍODO DE PROVA. FATO
IMPEDITIVO. REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO. POSSIBILIDADE. 1. A inobservância das condições legais
ou judiciais impostas ao beneficiado pela suspensão condicional do processo constitui fato impeditivo do
direito à declaração de extinção da punibilidade baseada no término do período de prova. 2. O
entendimento firmado nesta Corte Superior, bem como no Supremo Tribunal Federal, é no sentido de que
"o benefício da suspensão condicional do processo pode ser revogado mesmo após o transcurso do
período de prova, desde que a causa da revogação tenha ocorrido durante o referido lapso temporal"
(REsp 1.391.677/RJ, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, Quinta Turma, DJe 18/10/2013). 3. Habeas corpus
não conhecido. (STJ - Processo HC 311771 RS 2014/0331206-0; Órgão Julgador: T5 - QUINTA TURMA;
Publicação: DJe 09/04/2015; Julgamento: 24 de Março de 2015; Relator: Ministro GURGEL DE FARIA).
Pelo Exposto: Tendo em vista que a ré deixou de comparecer bimestralmente ao juízo de Altamira/PA e
por não residir mais no endereço constante nos autos, não tendo informado novo logradouro, REVOGO O
BENEFÍCIO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO que havia sido concedido a ré LEILA
LIMA DA ROCHA, com fundamento no § 4° do artigo 89 da Lei nº 9.099/95. Em face da revogação do
benefício, deve o processo ter curso normal com relação a referida ré, motivo pelo qual determino a
citação da ré para apresentação de resposta à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias, nos
termos do art. 396 do CPP, fazendo-se observância de que decorrido referido lapso temporal sem
manifestação, será nomeado Defensor Público para tal finalidade. Ademais, considerando que a acusado
não foi localizada no endereço constante nos autos, proceda-se a pesquisas nos sistemas SIEL e
INFOPEN, a fim de tentar localizar novo endereço da ré ou verificar eventual prisão. Encontrado endereço
diverso do constante nos autos ou estando presa a ré, cite-a, nos termos supramencionados. Não
encontrado novo endereço e não estando presa, encaminhem-se os autos ao MP, a fim de tentar localizar
novo endereço da denunciada. Intimem-se. Cumpra-se. Belém, 21 de fevereiro de 2019. Dr. JORGE LUIZ
LISBOA SANCHES Juiz de Direito Titular da 8ª Vara Criminal da Capital PROCESSO:
00090329620188140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
JORGE LUIZ LISBOA SANCHES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019
DENUNCIADO:RENATO NAZARENO DE MOURA PINHEIRO PROMOTOR:SETIMA PROMOTORIA DE
JUSTICA DO JUIZO SINGULAR. DELIBERAÇÃO: ?Considerando que após diversas tentativas o réu não
foi localizado no endereço fornecido na denúncia nem no logradouro constante no SIEL, tão pouco faz
parte da população carcerária do Estado, rematam-se os autos a RMP para tentar localizar novo endereço
do acusado. Encontrado endereço diverso, conclusos para designar nova data para audiência. Não
encontrado, expeça-se edital de citação com prazo de 15 dias?. Belém/PA, 21 de fevereiro de 2019. Jorge
Luiz Lisboa Sanches, Juiz de Direito Titular da 8ª Vara Criminal?. PROCESSO: 00102837820078140401
PROCESSO ANTIGO: 200720297248 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): JORGE
LUIZ LISBOA SANCHES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019
DENUNCIADO:THIAGO HENRIQUE PASCHOAL SOUZA Representante(s): ANTONIO QUARESMA -
DEFENSOR PUBLICO (ADVOGADO) DENUNCIADO:ARIANA SALES E SILVA Representante(s):
ANTONIO QUARESMA - DEFENSOR PUBLICO (ADVOGADO) DENUNCIADO:JOSE AUGUSTO SOUZA
SILVA Representante(s): DEFENSOR PUBLICO (ADVOGADO) VITIMA:P. A. R. E. . DESPACHO
Considerando a localização de novo endereço dos réus THIAGO HENRIQUE PASCOAL SOUZA e
ARIANA SALES E SILVA (fl.349) proceda-se a citação dos referidos acusados nos termos do art. 396 do
CPP, devendo, no caso da ré ARIANA, ser expedida carta Precatória à Comarca de NATAL/RN. Cumpra-
se. Belém, 21 de fevereiro de 2019. Dr. Jorge Luiz Lisboa Sanches Juiz de Direito Titular da 8ª Vara
Criminal da Capital PROCESSO: 00107832120188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): JORGE LUIZ LISBOA SANCHES Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 DENUNCIADO:NAIRA SILVA DE CARVALHO VITIMA:O.
E. PROMOTOR:SETIMA PROMOTORIA DE JUSTICA DO JUIZO SINGULAR. DESPACHO Considerando
o teor do certificado de fl. 79, nomeio Defensor Público para atuar na defesa da acusada NAIRA SILVA DE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
CARVALHO, nos termos do art. 396-A, § 2º, do CPP, devendo ser intimada, pois, a Defensoria Pública
para, no prazo legal, apresentar resposta à acusação em favor de referido denunciado. Intime-se. Cumpra-
se. Retornando os autos, conclusos. Belém, 21 de fevereiro de 2019. Dr. JORGE LUIZ LISBOA SANCHES
Juíza de Direito Titular da 8ª Vara Criminal da Capital PROCESSO: 00129597020188140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): JORGE LUIZ LISBOA SANCHES
Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:JORGE
ALISSON PACHECO MARINHO Representante(s): OAB 5522 - MARIA AMELIA DELGADO VIANA
(ADVOGADO) DENUNCIADO:AUREA DA SILVA PACHECO Representante(s): OAB 5522 - MARIA
AMELIA DELGADO VIANA (ADVOGADO) DENUNCIADO:ARLEY ADRIANO PACHECO MARINHO
Representante(s): OAB 5522 - MARIA AMELIA DELGADO VIANA (ADVOGADO) PROMOTOR:SEGUNDA
PROMOTORIA DE JUSTICA/ENTORPECENTES. DESPACHO Considerando o teor da certidão de fl. 225,
oficie-se aos Cartórios de Registros Civis de Pessoas Naturais de Belém a fim de que informem se há em
seus assentamentos a certidão de óbito do acusado ARLEY ADRIANO PACHECO MARINHO. Em caso
positivo, que encaminhe-se a mesma a este juízo e após, dê-se vista ao MP para manifestação. Cumpra-
se. Belém, 21 de fevereiro de 2019. Dr. JORGE LUIZ LISBOA SANCHES Juiz de Direito Titular da 8ª Vara
Criminal da Capital PROCESSO: 00149647520128140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): JORGE LUIZ LISBOA SANCHES Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 DENUNCIADO:RODRIGO DE SOUZA GONCALVES
VITIMA:K. N. C. F. VITIMA:J. R. S. DENUNCIADO:ADAILTON DOS SANTOS VASCONCELOS
PROMOTOR:SETIMA PROMOTORIA DE JUSTICA DO JUIZO SINGULAR. DESPACHO Considerando o
teor do certificado de fl. 96, nomeio Defensor Público para atuar na defesa do acusado RODRIGO DE
SOUZA GONÇALVES, nos termos do art. 396-A, § 2º, do CPP, devendo ser intimada, pois, a Defensoria
Pública para, no prazo legal, apresentar resposta à acusação em favor de referido denunciado. Intime-se.
Cumpra-se. Retornando os autos, conclusos. Belém, 21 de fevereiro de 2019. Dr. JORGE LUIZ LISBOA
SANCHES Juíza de Direito Titular da 8ª Vara Criminal da Capital PROCESSO: 00152848620168140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): JORGE LUIZ LISBOA
SANCHES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 VITIMA:J. P. O.
DENUNCIADO:WALBER DOS SANTOS DE AZEVEDO PROMOTOR:SETIMA PROMOTORIA DE
JUSTICA DO JUIZO SINGULAR. DESPACHO Considerando o certificado à fl. 86, reitere-se ofício de fl.
84. Após, conclusos. Belém, 21 de fevereiro de 2019. Dr. JORGE LUIZ LISBOA SANCHES Juiz de Direito
Titular da 8ª Vara Criminal da Capital PROCESSO: 00159829720138140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): JORGE LUIZ LISBOA SANCHES Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 AUTORIDADE POLICIAL:ARNALDO DE OLIVEIRA
MENDES - DPC DENUNCIADO:JOAO MARCOS MAIA GUERREIRO Representante(s): OAB 4672 -
MARLI SOUSA SANTOS (ADVOGADO) OAB 8927 - ALIPIO RODRIGUES SERRA (ADVOGADO) OAB
XRL8 - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) DENUNCIADO:LUCAS PABLO CORDEIRO VALE
Representante(s): OAB 9479 - EDILMA DOS SANTOS MODESTO (ADVOGADO) OAB 17205 - ALINE
DANIEL MELO (ADVOGADO) VITIMA:C. L. M. PROMOTOR:SETIMA PROMOTORIA DE JUSTICA DO
JUIZO SINGULAR. DESPACHO Considerando a manifestação ministerial de fl. 433, determino o
encaminhamento da arma de fogo apreendida, referida na certidão de fl. 430, ao Exército Brasileiro para
os procedimentos necessários à destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças
Armadas, conforme disposto no art. 25 da Lei n° 10.826/03. Após, arquive-se. Cumpra-se. Belém, 21 de
fevereiro de 2019. Dr. JORGE LUIZ LISBOA SANCHES Juiz de Direito Titular da 8ª Vara Criminal da
Capital PROCESSO: 00181486820148140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): JORGE LUIZ LISBOA SANCHES Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 AUTORIDADE POLICIAL:RONALDO HELIO OLIVEIRA E
SILVADPC DENUNCIADO:DENIS REIS DA SILVA Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA
(DEFENSOR) VITIMA:R. B. B. PROMOTOR(A):SETIMA PROMOTORIA DE JUSTICA DO JUIZO
SINGULAR. DESPACHO Analisando os autos, verifico que foi designada data para a perícia psiquiátrica
do réu DENIS REIS DA SILVA para o dia 20/11/2018, às 09:00 horas e assim, foi determinada a intimação
do denunciado e seu representante legal para comparecer ao CPC Renato Chaves, contudo, tal diligência
restou infrutífera, conforme consta à fl. 52-apenso. Desta feita, dê-se vista ao MP para manifestação
acerca do que entender pertinente. Cumpra-se. Belém, 21 de fevereiro de 2019. Dr. JORGE LUIZ LISBOA
SANCHES Juiz de Direito Titular da 8ª Vara Criminal da Capital PROCESSO: 00186908120178140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): JORGE LUIZ LISBOA
SANCHES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 VITIMA:J. P. G. C. VITIMA:E. M.
A. DENUNCIADO:ELLEN MOURA DA SILVA Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA
DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) PROMOTOR:SETIMA PROMOTORIA DE JUSTICA DO JUIZO
935
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
SINGULAR. DELIBERAÇÃO: ?Considerando a ausência de diligências na fase do art. 402 do CPP, abra-
se vista às partes para memoriais, no prazo igual e sucessivo de 05 (cinco) dias, nos termos do art. 403,
§3º, do CPP. Após, conclusos para sentença. Belém/PA, 21 de fevereiro de 2019. Jorge Luiz Lisboa
Sanches, Juiz de Direito Titular da 8ª Vara Criminal? PROCESSO: 00191053020188140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): JORGE LUIZ LISBOA SANCHES
Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 DENUNCIADO:RUAN FELIPE MARQUES E
SILVA Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) VITIMA:C. P. C. VITIMA:V. M. I.
. DESPACHO Em análise dos autos, verifico que a defesa pleiteou diligências às fls. 97/98, contudo, estas
restaram infrutíferas em razão dos motivos expostos às fls. 103/105 e foram juntados aos autos o laudo de
fls. 108/117. Desta feita, dê-se vista à defesa para ciência e manifestação. Outrossim, considerando as
certidões de fls. 106/107, dê se vista ao MP, a fim de tentar localizar o endereço da testemunha
CRISTIANO PINHEIRO COSTA e do réu RUAN FELIPE MARQUES E SILVA, bem como para manifestar-
se acerca do laudo acostado aos autos. Retornando os autos, conclusos. Belém, 21 de fevereiro de 2019.
Dr. JORGE LUIZ LISBOA SANCHES Juíza de Direito Titular da 8ª Vara Criminal da Capital PROCESSO:
00198224220188140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
JORGE LUIZ LISBOA SANCHES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019
DENUNCIADO:JAKSON ROBERTO MACHADO AVELAR VITIMA:M. C. M. PROMOTOR:SETIMA
PROMOTORIA DE JUSTICA DO JUIZO SINGULAR. DESPACHO Considerando o teor do certificado de fl.
32, nomeio Defensor Público para atuar na defesa do acusado JACKSON ROBERTO MACHADO
AVELAR, nos termos do art. 396-A, § 2º, do CPP, devendo ser intimada, pois, a Defensoria Pública para,
no prazo legal, apresentar resposta à acusação em favor de referido denunciado. Intime-se. Cumpra-se.
Retornando os autos, conclusos. Belém, 21 de fevereiro de 2019. Dr. JORGE LUIZ LISBOA SANCHES
Juíza de Direito Titular da 8ª Vara Criminal da Capital PROCESSO: 00198406320188140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): JORGE LUIZ LISBOA SANCHES
Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 DENUNCIADO:DIPAULA CARDIAS DA
COSTA Representante(s): OAB 23083 - SANDRO FIGUEIREDO DA COSTA (ADVOGADO) VITIMA:J. L.
L. L. VITIMA:D. C. S. PROMOTOR:SETIMA PROMOTORIA DE JUSTICA DO JUIZO SINGULAR.
DESPACHO Considerando a certidão de fl. 118, intime-se novamente a defesa da acusada DIPAULA
CARDIAS DA COSTA para, no prazo de 05 (cinco) dias, juntar aos autos procuração outorgada pela ré,
sob pena de adoção das medidas legais cabíveis. Cumpra-se. Belém, 21 de fevereiro de 2019. Dr. JORGE
LUIZ LISBOA SANCHES Juiz de Direito Titular da 8ª Vara Criminal da Capital PROCESSO:
00198622420188140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
JORGE LUIZ LISBOA SANCHES Ação: Inquérito Policial em: 21/02/2019 INDICIADO:EM APURACAO
VITIMA:A. S. R. . DESPACHO Considerando a manifestação ministerial, determino o encaminhamento da
arma de fogo apreendida, ao Exército Brasileiro para os procedimentos necessários à destruição ou
doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, conforme disposto no art. 25 da Lei n°
10.826/03. Após, arquive-se. Cumpra-se. Belém, 21 de fevereiro de 2019. Dr. JORGE LUIZ LISBOA
SANCHES Juiz de Direito Titular da 8ª Vara Criminal da Capital PROCESSO: 00207555420148140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): JORGE LUIZ LISBOA
SANCHES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 DENUNCIADO:PAULO JUNIOR
DA SILVA MAGALHAES VITIMA:A. C. G. AUTORIDADE POLICIAL:ANA DO SOCORRO DE ARRUDA
BASTOS - DPC PROMOTOR:SETIMA PROMOTORIA DE JUSTICA DO JUIZO SINGULAR. DESPACHO
Considerando o teor do certificado de fl. 54, nomeio Defensor Público para atuar na defesa do acusado
PAULO JUNIOR DA SILVA MAGALHÃES, nos termos do art. 396-A, § 2º, do CPP, devendo ser intimada,
pois, a Defensoria Pública para, no prazo legal, apresentar resposta à acusação em favor de referido
denunciado. Intime-se. Cumpra-se. Retornando os autos, conclusos. Belém, 21 de fevereiro de 2019. Dr.
JORGE LUIZ LISBOA SANCHES Juíza de Direito Titular da 8ª Vara Criminal da Capital PROCESSO:
00220213720188140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
JORGE LUIZ LISBOA SANCHES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 VITIMA:S. I.
L. DENUNCIADO:JONATHAN PAIVA DE ALMEIDA Representante(s): OAB 8419 - FRANCISCO
LINDOLFO COELHO DOS SANTOS (ADVOGADO) PROMOTOR:SETIMA PROMOTORIA DE JUSTICA
DO JUIZO SINGULAR. DESPACHO Analisando aos autos: 1) Homologo a desistência (fl. 164) do órgão
acusatório na quebra dos sigilos telefônicos solicitados; 2) Considerando que à fl. 155, o advogado que
atuava na defesa do réu renunciou e que quando intimado para apresentar novo advogado para atuar em
sua defesa, nada veio a declarar, nomeio, nos termos legais, a Defensoria Pública para atuar na defesa do
supramencionado; 3) Acolho os quesitos apresentados às fls. 17/18-apensos, pela defesa do acusado.
Desse modo, considerando que já foram apresentados quesitos pelo RMP (fl.11- apenso) e por este
Magistrado (fl. 13-verso/apenso), oficie-se requisitando o Exame ao CPC Renato Chaves, encaminhando
936
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
com o ofício, o incidente e cópia dos autos principais. Devendo ainda, após a comunicação do dia, hora e
local para a apresentação do denunciado, que seja intimado o réu, um familiar deste e o curador para
realização do exame. Após, conclusos. Dr. JORGE LUIZ LISBOA SANCHES Juiz de Direito Titular da 8ª
Vara Criminal da Capital PROCESSO: 00227812520148140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): JORGE LUIZ LISBOA SANCHES Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 AUTORIDADE POLICIAL:LOYANA SELMA NOGUEIRA
DA SILVA DPC VITIMA:O. E. DENUNCIADO:ANDRE LUIZ COSTA PAUXIS Representante(s): OAB
23022 - ANDERSON NOGUEIRA SOUZA DA SILVA (ADVOGADO) PROMOTOR:SETIMA PROMOTORIA
DE JUSTICA DO JUIZO SINGULAR. DESPACHO Considerando o teor do certificado de fl. 102, nomeio
Defensor Público para atuar na defesa do acusado ANDRÉ LUIZ COSTA PAUXIS, nos termos do art. 396-
A, § 2º, do CPP, devendo ser intimada, pois, a Defensoria Pública para, no prazo legal, apresentar
resposta à acusação em favor de referido denunciado. Intime-se. Cumpra-se. Retornando os autos,
conclusos. Belém, 21 de fevereiro de 2019. Dr. JORGE LUIZ LISBOA SANCHES Juíza de Direito Titular
da 8ª Vara Criminal da Capital PROCESSO: 00245814920188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): JORGE LUIZ LISBOA SANCHES Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:CARLOS VINICIUS LEAL
CUNHA Representante(s): OAB 7165 - JOAO BATISTA FERREIRA MASCARENHAS (ADVOGADO)
PROMOTOR:SEGUNDA PROMOTORIA DE JUSTICA/ENTORPECENTES. DESPACHO Considerando a
certidão de fl. 82, intime-se novamente a defesa do acusado CARLOS VINICIUS LEAL CUNHA habilitada
nos autos para, no prazo de 10 (dez) dias, apresentar resposta à acusação, sob pena de adoção das
medidas legais cabíveis. Cumpra-se. Belém, 21 de fevereiro de 2019. Dr. JORGE LUIZ LISBOA
SANCHES Juiz de Direito Titular da 8ª Vara Criminal da Capital PROCESSO: 00256262520178140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): JORGE LUIZ LISBOA
SANCHES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 VITIMA:O. E.
DENUNCIADO:CLAUDIA DO SOCORRO SANTOS OLIVEIRA Representante(s): OAB 21111 -
FERNANDA ALVES CAMPBELL GOMES (ADVOGADO) PROMOTOR:SETIMA PROMOTORIA DE
JUSTICA DO JUIZO SINGULAR. DESPACHO Considerando a certidão de fl. 134, intime-se novamente a
defesa da acusada CLAUDIA DO SOCORRO SANTOS OLIVEIRA, no prazo de 05 (cinco) dias, apresentar
memoriais finais, sob pena de adoção das medidas legais cabíveis. Cumpra-se. Belém, 21 de fevereiro de
2019. Dr. JORGE LUIZ LISBOA SANCHES Juiz de Direito Titular da 8ª Vara Criminal da Capital
PROCESSO: 00258303520188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): JORGE LUIZ LISBOA SANCHES Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 DENUNCIADO:FRANCISCA PEREIRA DA SILVA
Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) DENUNCIADO:FERNANDO DA SILVA
E SILVA Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) DENUNCIADO:LUIZ
CLEIDINALDO ROSA DO NASCIMENTO Representante(s): OAB 9612 - MARCIO FABIO NUNES DA
SILVA (ADVOGADO) DENUNCIADO:CARLOS RUDINEI DE ARRUDA Representante(s): OAB 9612 -
MARCIO FABIO NUNES DA SILVA (ADVOGADO) VITIMA:O. E. TERCEIRO:FRANCISCA PEREIRA DA
SILVA TERCEIRO:LUIZ CLEIDINALDO ROSA DO NASCIMENTO TERCEIRO:FRANCISCA PEREIRA DA
SILVA. DELIBERAÇÃO: ?A promotora de justiça insiste no depoimento das testemunhas Carlos Augusto
Ferreira dos Santos, Dênis Fernandez de Moraes, Sérgio Murilo dos Santos, requerendo designação de
nova data para continuidade da instrução. O magistrado acolhe o pleito da promotoria designando a data
de 12 de março de 2019 às 11:00 horas, para continuidade da instrução ficando intimados os réus,
devendo ser requisitado os policiais civis faltosos. Seja observado no mandado que caso não compareçam
sem motivo justificado seja aplicada multa de 1/8 de salário mínimo independente dos procedimentos
penais. Ficando cientes promotoria e defesa. O advogado dos réus pede a palavra para assim pleitear:
?Meritíssimo juiz titular dessa vara a defesa dos réus aqui presente reitera o pedido acerca da custodia
cautelar preventiva ainda em vigor, ante a ausência injustificada das testemunhas de acusação arroladas
pelo RMP causando assim prejuízo processual sem que os denunciados tenham dado causa e não
podendo os mesmos sofrer o ônus de suas liberdades até a próxima audiência instrutória, são os termos.?
O magistrado delibera no sentido de ser dado vista a promotoria para manifestação acerca do pedido de
revogação da custódia. Após conclusos.? Belém/PA, 21 de fevereiro de 2019. Jorge Luiz Lisboa Sanches,
Juiz de Direito Titular da 8ª Vara Criminal?. PROCESSO: 00275702820188140401 PROCESSO ANTIGO:
---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): JORGE LUIZ LISBOA SANCHES Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 VITIMA:M. S. L. C. DENUNCIADO:NATALIA MONIQUE
FRANCA PEREIRA Representante(s): OAB 19828-A - JOSE ALLYSON ALEXANDRE COSTA
(ADVOGADO) OAB 22788 - CARLOS REUTEMAN SANTOS DA SILVA (ADVOGADO)
DENUNCIADO:WELLINGTON THIAGO COSTA DE SOUSA Representante(s): OAB oabpa -
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. 1. A periculosidade do paciente, revelada pelo modo concreto com que
teria agido, confere idoneidade ao decreto prisional preventivo, uma vez que demonstra a imperiosa
necessidade de se resguardar a ordem pública, acautelando, pois, o meio social. 2. A reiteração criminosa
é atitude que abala e perturba a ordem social, exigindo a adoção de uma postura mais rígida por parte do
Poder Judiciário no que diz respeito à liberdade dos acusados em processo penal. Portanto, conclui este
Magistrado que o réu não reúne elementos para responder ao crime em liberdade, observando que a
presença do fumus comissi delicti e do periculum libertatis, não autorizam a substituição da Medida
Cautelar Segregativa por outras medidas cautelares diversas da prisão. Por outro lado, não se apresentam
fatos novos que venham a influir na decisão interlocutória anteriormente apresentada, devendo
permanecer o denunciado custodiado. MANTENHOPOIS A PRISÃO CAUTELAR PREVENTIVA DO
DENUNCIADO WELLINGTON THIAGO COSTA DE SOUSA. QUANTO AO PLEITEADO EM RESPOSTA
A ACUSAÇÃO PELO RÉU WELLINGTON E PELA RÉ NATÁLIA As argumentações da defesa da ré
NATÁLIA MONIQUE FRANÇA PEREIRA e do réu WELLINGTON THIAGO COSTA DE SOUSA em defesa
prévia, são eminentemente matérias cuja discussão envolve instrução e julgamento e alegações finais,
pois meramente meritórias, não alicerçando absolvição sumária, vez que não se apresentam quaisquer
dos requisitos do artigo 397, do CPP, que reza: Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e
parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação
dada pela Lei nº 11.719, de 2008). I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do
agente, salvo inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). III - que o fato narrado
evidentemente não constitui crime; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). IV - extinta a punibilidade do
agente. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). QUANTO APRESENTAÇÂO DE ROL DE TESTEMUNHAS
APÓS DEFESA PRÉVIA PLEITEADA PELO DEFENSOR DE WELLINGTON Conforme análise dos artigos
396 e 396-A, do CPP, a fase para apresentação do rol das testemunhas é o da Resposta à Acusação, fase
esta já superada, pelo que precluso o direito. Neste sentido: Processual penal. CERCEAMENTO DE
DEFESA. Defesa prévia não apresentada pelo defensor dativo. Faculdade processual. Rol de
testemunhas extemporaneamente apresentado. Preclusão. Inteligência do art. 395, CPP" (TJMG - Ap.
1.0000.00.162395-8/000 - Rel. Des. Herculano Rodrigues - j. 16-03-00). "Não se vislumbra ilegalidade na
decisão que indeferiu a inquirição de testemunhas arroladas em defesa prévia oferecida
intempestivamente. II. O oferecimento da defesa prévia está condicionado ao prazo legalmente
estabelecido, sendo que a não observância deste acarreta a preclusão do direito da parte de arrolar
testemunhas. Precedentes do STJ e do STF" (STJ - T5 - HC 15001/AC - Rel. Min. Gilson Dipp - j. 02-03-
04). Assim, indefiro a pretensão do defensor do réu quanto apresentação do rol de testemunhas a
posteriori, pois não se enquadra nos permissivos da norma ao norte. Desta feita, não havendo elementos
para absolvição Sumária, designo audiência de instrução e julgamento para o dia 07 de março de 2019 às
12:00 horas. Intimem-se. Cumpra-se com as deliberações anteriores. Intimem-se. Belém, 21 de fevereiro
de 2019. Dr. Jorge Luiz Lisboa Sanches Juiz de Direito Titular da 8ª. Vara Criminal PROCESSO:
00527297520158140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
JORGE LUIZ LISBOA SANCHES Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019
DENUNCIADO:RAPHAEL FARIAS DE JESUS Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA
(DEFENSOR) VITIMA:O. E. PROMOTOR:SETIMA PROMOTORIA DE JUSTICA DO JUIZO SINGULAR.
DESPACHO Compulsando os autos, verifico que o acusado RAPHAEL FARIAS DE JESUS aceitou a
proposta de suspensão condicional do processo aos dias 24.01.2017 (fls. 131/132), ocorre que, não foi
possível o cumprimento da execução deste benefício em razão do réu não ter sido localizado (fls.
135/136.) Todavia, RAPHAEL DE JESUS compareceu neste juízo informando que reside no mesmo
endereço constante nos autos, tendo tal logradouro sido confirmado pelo MP à fl. 145. Desta feita, acolho
manifestação ministerial no sentido de que seja dado início ao cumprimento do supramencionado
benefício e consequentemente, seja expedido o que for necessário para o processo de execução desta
medida alternativa. Intimem-se. Cumpra-se. Belém, 21 de fevereiro de 2019. Dr. JORGE LUIZ LISBOA
SANCHES Juiz de Direito Titular da 8ª. Vara Criminal da Capital PROCESSO: 00015954320148140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ---- Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: MENOR: V. M. I. DENUNCIADO: G. R. B. Representante(s): OAB 11111 -
DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) AUTORIDADE POLICIAL: R. M. A. D. VITIMA: L. R. N.
PROMOTOR: S. P. J. J. S. PROCESSO: 00139268620168140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ---- Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em:
DENUNCIADO: A. M. L. VITIMA: D. W. C. S. MENOR: V. M. I. PROCESSO: 00293279120178140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ---- Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: DENUNCIADO: M. C. A. G. Representante(s): OAB 18045 - JOSE EDUARDO
939
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
PEREIRA ROCHA (ADVOGADO) OAB 19745 - MARCOS HENRIQUE MACHADO BISPO (ADVOGADO)
VITIMA: D. V. V. ASSISTENTE DE ACUSACAO: L. P. M. Representante(s): OAB 18859 - JOAO PAULO
DE CASTRO DUTRA (ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO ) OAB 25092 - THAMMYZE VERGOLINO
PINHEIRO (ADVOGADO) OAB 25930 - TARCILA DA CONCEICAO MACEDO MENDES (ADVOGADO)
PROMOTOR: S. P. J. J. S. PROCESSO: 00695332120158140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ---- Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em:
DENUNCIADO: E. C. N. Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) VITIMA: M. N.
S. VITIMA: J. S. R. MENOR: V. M. I. PROMOTOR: S. P. J. J. S.
940
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
RESENHA: 20/02/2019 A 21/02/2019 - SECRETARIA DA 10ª VARA CRIMINAL DE BELEM - VARA: 10ª
VARA CRIMINAL DE BELEM PROCESSO: 00002818620198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SANDRA MARIA FERREIRA CASTELO BRANCO
Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:HENRIQUE
WILLIAN DA SILVA DENUNCIANTE:PRIMEIRA PROMOTORIA DE ENTORPECENTES. Processo nº:
0000281-86.2019.8.14.0401 Autor: Justiça Pública Estadual Denunciado: HENRIQUE WILLIAM DA SILVA
Capitulação Provisória: art. 33, § 1º, II da Lei 11.343/2006 I. R. H. II. Oferecida a denúncia (02/05),
notifique-se o acusado HENRIQUE WILLIAM DA SILVA, para que, no prazo de 10 (dez) dias, ofereça
Defesa Escrita, nos termos do art. 55 da Lei nº 11.343/2006. Na oportunidade, o denunciado poderá arguir
preliminares, e alegar tudo o que interesse à sua defesa, tal como oferecer documentos e justificações,
especificar provas que pretenda produzir e arrolar até 05 (cinco) testemunhas de defesa, qualificando-as e
requerendo suas intimações, na forma prevista no art. 55, § 1º da lei 11.343/2006. III. No mandado de
notificação deverá constar que, se o denunciado, regularmente citado, não apresentar Defesa no prazo
legal e não nomear advogado nos autos, ser-lhe-á constituído a Defensora Pública do Estado para tal fim,
devendo o Senhor Diretor de Secretaria certificar o decurso do prazo sem oferecimento da resposta e, em
seguida, dar vistas dos autos à Defensoria Pública do Estado para que ofereça a resposta no prazo em
dobro; IV. Verificando o Senhor Oficial de Justiça que o réu se oculta para não ser citado, deverá certificar
a ocorrência e proceder a citação com hora certa, na forma estabelecida nos artigos 252 a 255, do CPC.
V. Verificando-se nos autos que há advogado constituído, intime-se o mesmo para apresentar a Defesa
Preliminar no prazo legal. VI. Se o Denunciado não for encontrado para citação e havendo informação de
que se encontra em local incerto e não sabido, expeça-se edital de citação com prazo de 20(vinte) dias,
nos termos do artigo 256 e 257 do CPC; VI. No caso de não ser o denunciado civilmente identificado,
requisite-se à autoridade policial a identificação criminal do mesmo no prazo de 10 (dez) dias. VII. Junte-se
a Certidão Criminal e seu relatório analítico, havendo informações de processo criminal julgado ou em
grau de recurso, fazer juntada na certidão do trânsito em julgado e cópia da sentença, e ou certificar sobre
a real situação. VIII. Requisite-se o LAUDO TOXICOLÓGICO DEFINITIVO. IX. Reservo-me ao direito de
analisar o pedido de revogação de prisão preventiva, em apenso, somente após a citação e o
oferecimento da defesa preliminar do acusado e manifestação do Ministério Público. P.R.I.C. Belém-Pará,
20 de fevereiro de 2019. SANDRA MARIA FERREIRA CASTELO BRANCO Juíza de Direito Titular da 10ª
Vara Criminal de Belém TM PROCESSO: 00014600220128140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SANDRA MARIA FERREIRA CASTELO BRANCO
Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019 AUTORIDADE POLICIAL:DPC MARA
CRISTINA DA COSTA SANTOS DENUNCIADO:ROSIVALDO BRITO DA SILVA Representante(s): OAB
00000 - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) VITIMA:E. O. A. T. . Proc. nº 0001460-02.2012.8.14.0401
Autor: Justiça Pública Estadual Denunciado: ROSIVALDO BRITO DA SILVA Vítima: ELTON ODINEY
AQUINO TAVARES Capitulação provisória: art. 157, § 2º, I e II, do Código Penal
********************************************************** SENTENÇA nº 26/2019 (C/M): Visto etc.... Trata-se de
Ação Penal Pública incondicionada ajuizada pelo Ministério Público Estadual contra ROSIVALDO BRITO
DA SILVA, qualificado nos presentes autos, pela prática do delito previsto no art. 157, § 2º, I e II, do CP,
pelo seguinte fato narrado na denúncia: "(...) no dia 26/01/2012, por volta das 05hs30min., o denunciado
acima identificado, na companhia de uma terceira pessoa, menor de idade, identificada por
WASHINGTON DOS SANTOS BRABO, portanto uma arma de brinquedo, revólver apreendido, abordaram
a vítima E. O. T., quando caminhava pela Rua Celso Malcher, nesta cidade, mediante grave ameaça,
subtraíram aparelho celular e bicicleta da vítima, empreendendo fuga do local, posteriormente, foram vista
pela vítima na Rua dos Mundurucus, ocasião em que a Polícia Militar foi acionada, prendeu o acusado e
apreendeu o menor, além de apreender o simulacro de arma de fogo, utilizado no assalto, somente nesta
ocasião foi constatado tratar-se de uma arma de brinquedo. Os objetos da vítima não foram recuperados,
mesmo com a assertiva de que o menor havia vendido a um desconhecido pela importância de cento e
dez reais, repartido entre os autores. O Inquérito Policial foi encerrado, encaminhado ao Ministério Público,
que com base nas provas coletadas na fase investigativa, ofereceu Denúncia (fls. 02/03), a qual foi
recebida em 28/02/2012 (fls. 97), citado (fls.98), ofereceu defesa preliminar (fls. 102/verso), analisada (fls.
104), sem arguição de preliminares, não sendo o caso de absolvição sumária, designou audiência de
instrução e julgamento, na data aprazada, presente as partes, dando início a audiência com a inquirição da
vítima ELTON ODINEY AQUINO TAVARES, em ato contínuo passou-se a oitiva das testemunhas
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arroladas pelo Ministério Público os dois Policiais Militares que executaram a prisão em flagrante do
acusado, PM JOSÉ CARLOS DO CARMO FARIAS e NIVALDO RODRIGUES DE FRANÇA,
posteriormente, o RMP requereu a desistência da testemunha WASHINGTON DOS SANTOS BRABO (fls.
148), não havendo testemunhas para serem inquiridas, deixou de ser realizada a qualificação e
interrogatório do réu, não encontrado, reconhecida sua ausência, nos termos do art. 367, do CPP, não foi
requerido diligência pelas partes, concedido prazo para oferecimento dos memoriais por escrito. O
Representante do Ministério Público, ofereceu suas alegações finas, em memoriais escritos (fls. 150/151),
após análise das provas colhidas na instrução processual, restou configurado a materialidade e autoria do
crime, ao final pugnou pela condenação do acusado pela prática do crime tipificado no art. 157, § 2º, II, do
Código Penal. Por seu turno, a defesa do réu ROSIVALDO BRITO DA SILVA, ofereceu suas alegações
finais, através de memoriais escritos (fls. 152/160), em análise as provas coletadas, alegando que, o
depoimento da vítima não se coaduna com o depoimento das testemunhas, pugnando pela absolvição do
réu, subsidiariamente, requer a desclassificação para a modalidade tentada, alegando que, o réu foi preso
logo depois, em perseguição, impedindo a consumação e a posse mansa e tranquila do bem, ao final seja,
requer que a pena aplicada no mínimo legal, isenção das custas processuais. Em suma é o relato. Tudo
bem-visto e ponderado, passo a decidir. II. FUNDAMENTAÇÃO: Concluída a instrução processual,
estando o feito pronto para julgamento, impõe-se, em razão da atual fase procedimental, o exame das
provas produzidas, a fim de ser valorada a pretensão do Ministério Público e, em contrapartida, a que
resultou da defesa, de modo a ser realizada, diante dos fatos que ensejaram a presente persecução
criminal, a prestação jurisdicional do Estado. 2.1. MATERIALIDADE DELITIVA: Em face de ROSIVALDO
BRITO DA SILVA, é atribuída a prática do delito tipificado no artigo 157, § 2º, I e II, do Código Penal. A
ocorrência material do fato se encontra plenamente comprovada nos autos através do boletim de
ocorrência (fls. 30/31), auto de prisão em flagrante (fls. 47/95), auto de apresentação e apreensão da arma
utilizada na execução do crime (fls. 32), bem como, através das declarações da vítima (ELTON ODINEY
AQUINO TAVARES) e testemunhas Policiais Militares que executaram a prisão do acusado (JOSÉ
CARLOS DO CARMO FARIAS e NIVALDO RODRIGUES DE FRANÇA), inquiridas nas fases investigativa
e judiciais, no decorrer da instrução processual todos gravados em mídia acostada (fls. 132), fazendo
parte integrante desta decisão. Assim, de forma inconteste, verifico que a materialidade do crime em
comento encontra-se comprovada. Na data do fato, a vítima transitava em plena via pública quando foi
surpreendida pela abordagem da dupla (acusado e seu comparsa menor de idade)subtraíram o seu
aparelho celular e sua bicicleta, horas depois, os avistou acusado e seu comparsa menor de idade, a
polícia foi acionada, em diligência até o local, executaram a prisão em flagrante do acusado e a apreensão
do menor, com ele foi encontrado a arma utilizada na execução do evento criminoso, quando então vieram
a saber que a arma era de brinquedo, a vítima afirmou que o seu aparelho celular e sua bicicleta, não
foram recuperados, que já haviam vendido. Os Policiais Militares (JOSÉ CARLOS DO CARMO FARIAS E
NIVALDO RODRIGUES DE FRANÇA), afirmaram terem sido acionados pela vítima que, relatou ter sido
vítima de um roubo, se deslocaram até o local, onde eles estariam, e lá a vítima reconheceu a dupla como
sendo os executores do roubo, com eles foi apreendido a arma usada no crime, e que o aparelho celular
teria sido recuperado e entregue a vítima, enquanto que a bicicleta havia sido vendida. Como visto e
relatado, a ocorrência do fato se encontra plenamente comprovado nos autos, não pairando quaisquer
dúvidas quanto ao evento delituoso, na modalidade consumada, e não tentada, consoante entendimento
prevalecente na doutrina, o crime de roubo se consuma com a efetiva subtração da coisa, que é retirada
da esfera de proteção da vítima pelo agente criminoso, o qual, ainda que por breve tempo, passa a
desfrutar de sua posse tranquila, portanto, concretamente, ocorreu o crime de roubo, não há que se falar
em tentativa, como quer fazer crer a defesa do acusado uma vez que a res furtiva não foi recuperada, a
única apreensão que ocorreu foi da aram empregada no deslinde da ação criminosa, quando então
souberam que era uma arma de brinquedo. Neste sentido é o entendimento de nossos tribunais pátrios,
eis que, o roubo consuma-se no exato instante em que o agente, após empregar a violência ou grave
ameaça, consegue apoderar-se do bem da vítima, ainda que seja preso no local, sem que tenha
conseguido a posse tranquila da res. Senão vejamos: PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
ESPECIAL. FUNDAMENTOS NÃO INFIRMADOS. SÚMULA 182/STJ. ROUBO. MOMENTO DA
CONSUMAÇÃO DO DELITO. DESNECESSIDADE DE POSSE TRANQÜILA DA RES FURTIVA.
RECURSO NÃO CONHECIDO. 1. Compete ao recorrente, nas razões do agravo regimental, infirmar
especificamente os fundamentos expostos na decisão agravada. Incidência, por analogia, da Súmula
182/STJ. 2. As jurisprudências do Superior Tribunal de Justiça, bem como do Supremo Tribunal Federal,
firmaram orientação no sentido de que se considera consumado o crime de roubo no momento em que,
cessada a clandestinidade ou violência, o agente se torna possuidor da res furtiva, ainda que por curto
espaço de tempo, sendo desnecessário que o bem saia da esfera de vigilância da vítima, incluindo-se,
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portanto, as hipóteses em que é possível a retomada do bem por meio de perseguição imediata. 3. Agravo
regimental não conhecido. (STJ " Resp.984572/RS, Rel.Min. Arnaldo Esteves Lima, 5ª Turma, D.J
19/08/2008, Dje 15/09/2008) RECURSO ESPECIAL. PENAL. CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO.
CONSUMAÇÃO. POSSE TRANQUILA DA RES. DESNECESSIDADE. AUSÊNCIA DE EXAME PERICIAL.
INADMISSÍVEL PROVA INDIRETA. EXISTÊNCIA DE VESTÍGIOS. 1. Considera-se consumado o crime
de roubo no momento em que o agente se torna possuidor da res furtiva, ainda que não obtenha a posse
tranquila do bem, sendo prescindível que o objeto do crime saia da esfera de vigilância da vítima.
Precedentes. 2. Somente é possível a prova indireta quando os vestígios tiverem desaparecido por
completo, impossibilitando a realização do exame de corpo de delito, o que não ocorreu no presente caso.
3. Recurso parcialmente conhecido e, nessa parte, provido. (STJ " Resp. 908053/RS, Recurso Especial,
Min. Relatora Laurita Vaz, 5ª Turma, DJ 11/09/2008, Dje 29/09/2008). 2. 2. DA AUTORIA DELITIVA:
Resta, no entanto, aferir-se sobre a autoria do delito e responsabilidade penal do Réu ROSIVALDO BRITO
DA SILVA, para quais procederei à análise conjunta, cotejando os fatos relacionados na denúncia com as
provas carreadas aos autos. Pois, senão vejamos: No decorrer da instrução criminal, foram coletados os
depoimentos da vítima ELTON ODINEY AQUINO TAVARES e testemunhas arroladas pelo Ministério
Público os dois Policiais Militares JOSÉ CARLOS DO CARMO FARIAS E NIVALDO RODRIGUES DE
FRANÇA, oportunidade em que todos foram uníssonos e unânimes, em confirmar os autores do roubo, a
forma com se deu a prisão em flagrante do acusado e apreensão de seu comparsa (o menor de idade) e a
apreensão da arma utilizada na execução do crime, o único ponto divergente recaiu apenas na questão da
recuperação do aparelho celular, que segundo os policiais teria sido recuperado, mas a própria vítima
afirmou que nem o celular e nem a sua bicicleta foram recuperados, e que eles teria vendido. Mas que tal
divergência não invalida a prova. Apesar da negativa do réu ROSIVALDO BRITO DA SILVA, na fase
investigativa, em que foi interrogado, todavia, o seu comparsa WASHINGTON DOS SANTOS BRABO
quando inquirido perante a autoridade policial, com riqueza de detalhes, afirmou estar na companhia do
INDICIADO naquele dia e que eles haviam "trombado" com ele que lhe convidou para fazerem juntos um
assalto a qualquer popular que passasse pela via pública, e que o próprio acusado havia apresentado uma
arma de brinquedo de material plástico para utilizar durante o roubo, que na Av. Celso Malcher,
perceberam a vítima que estava na direção de uam bicicleta, então se aproximaram e anunciaram o
assalto, com o uso da referida arma de brinquedo, o informante e seu comparsa (INDICIADO) subtraíram
da vítima a bicicleta e um aparelho celular, mas afirma que não houve violência física a vítima, após
empreenderam fuga, e ainda na manhã de hoje encontraram um homem de identidade desconhecida a
quem venderam a bicicleta e o aparelho celular da vítima pela quantia de cento e dez reais (R$ 110,00),
R$ 50,00 (cinquenta reais) para cada um e os R$ 10,00 (dez reais) comparam lanche (Fls. 11). Como visto
e relatado, o depoimento do menor de idade (WASHINGTON DOS SANTOS BRABO), está em perfeita
harmonia com a versão apresentada pela vítima e demais elementos de prova, existentes no bojo dos
autos, não havendo razão ou motivação para desconsiderar o depoimento da vítima e dos policiais
miliatres, restando, portanto, claramente demonstrada a autoria do crime de roubo, recaindo na figura do
ora denunciado, apesar da sua negativa na fase inquisitorial, já que em juízo, não foi interrogado, sendo
reconhecida sua ausência nos termos do art. 367, do CPP, encontrando-se até hoje, em local incerto e
não sabido. Restou, definitivamente comprovado, que a arma empregada no deslinte da ação criminosa
era uma arma de brinque, portanto, não caracterizado a majorante prevista no § 2º, I, do art. 157, do CP.
2.3. CONCURSO DE AGENTES: Por outro lado, restou evidente que ROSIVALDO BRITO DA SILVA e
seu comparsa (o menor de idade WASHINGTON DOS SANTOS BRABO), ambos, no mesmo desígnio de
vontade, mediante grave ameaça, subtraíram os pertences da vítima ELTON ODINEY AQUINO
TAVARES, assim, agindo, praticaram o crime de roubo, majorado, pelo concurso de agente, contudo,
restou evidente e que o crime de roubo, foi consumado, e não tentado, e, praticado em concurso de
agente, Rosivaldo e Washington, estavam juntos na empreitada criminosa, no caso, e tratando-se de crime
de roubo, em concurso de agentes, pela regra contida no § 2º, II, do art. 157, do Código Penal, o aumento
da pena será fixado no mínimo legal, ou seja, na fração de 1/3 (um terço), por me parecer o adequado
diante do quadro apresentado. III " DISPOSITIVO: Ante o exposto, considerando a quota ministerial (fls.
150/151), fazendo parte integrante desta decisão, por tudo mais que dos autos consta, em parte, JULGO
PROCEDENTE o pedido formulado na denúncia (fls. 02/03), para CONDENAR o réu ROSIVALDO BRITO
DA SILVA, nas penas do art. 157, § 2º, II, do CP, razão pela qual passo a dosar-lhe a pena em estrita
observância ao disposto pelo artigo 68, caput, do Código Penal: Analisadas as diretrizes do artigo 59, do
Código Penal, denoto que o Réu não agiu com dolo que ultrapasse os limites da norma penal, o que torna
sua conduta inserida no próprio tipo; Antecedente Judicial: bons antecedentes, em vista da informação
trazida pela certidão (fls. 161), sendo este um caso isolado; Conduta Social e Personalidade: poucos
elementos foram coletados acerca da conduta social do acusado, tampouco sobre sua personalidade,
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motivo pelo qual deixo de valorá-las; O motivo do crime: é caracterizado pelo desejo de obter lucro fácil, o
qual já é punido pelo próprio tipo penal, razão porque deixo de valorá-lo; circunstâncias do crime: se
encontram relatadas nos autos, sendo que se constitui causa de aumento de pena, razão pela qual deixo
de valorar neste momento para não incorrer em bis in idem; consequências: havendo portanto prejuízo
material já que os bens roubados da vítima não foram recuperados; Comportamento da vítima: em nada
influenciou à prática do delito, nada havendo a ser valorado. Por derradeiro, não existem nos autos
elementos para se aferir a situação econômica do réu: encontrando-se sob a assistência da Defensoria
Pública, logo, presume-se não ser boa, fazendo jus ao benefício previsto no art. 40, IV, da Lei nº
8.328/2015. À vista dessas circunstâncias analisadas individualmente é que fixo a pena-base em 04
(quatro) anos de reclusão e o pagamento de 10 (dez) DM, cada um no equivalente a 1/30 (um trigésimo)
do salário-mínimo vigente à época do fato, em observância ao disposto no artigo 60, do Código Penal.
Inexistindo as circunstâncias agravantes e/ou atenuantes, em via de consequência, militando em desfavor
do réu a majorante prevista no inciso, II, do § 2º do artigo 157 da legislação penal, aumento a pena,
anteriormente fixada, em 1/3 (um terço), elevando-a para 05 (cinco) anos, 04 (quatro) meses reclusão e o
pagamento de 13 (treze) DM, a qual tenho como concreta e definitiva, em via de consequência, estabeleço
o regime semiaberto para o cumprimento inicial da pena, nos termos do art. 33 §§1º, 2º "b" c/c § 3º e art.
35, do CP, tendo em vista o quantum da pena. O réu não faz jus à substituição da pena privativa de
liberdade por restritiva de direito, por não preencher os requisitos do artigo 44, do CP e porque a
substituição não se mostra adequada à repressão do delito. Tampouco pode gozar do benefício do art. 77
do CP frente ao quantum da pena. Deixo de aplicar o benefício da detração, previsto no §2º do art. 387 do
Código Penal, já que responderam o processo em liberdade. Do mesmo modo, deixo de fixar valor mínimo
para a reparação do delito, prevista no art. 387, IV do CPP, em respeito ao princípio da ampla defesa e do
contraditório, frente a ausência de pedido neste sentido, não havendo nenhum valor a ser aferido. O não
pagamento da multa será considerado dívida de valor, aplicando-se-lhe a norma da legislação relativa à
Dívida Ativa da Fazenda Pública (Lei nº 6.830/80, Lei de Execução Fiscal). O réu ROSIVALDO BRITO DA
SILVA, respondeu o processo em liberdade, encontrando-se nessa situação assim, CONCEDO AO RÉU O
DIREITO DE APELAR em liberdade. Oportunamente, após o trânsito em julgado (CF, art. 5º, LVII) dessa
decisão, tomem-se as seguintes providências de praxe: 1) lance-se o nome do Réu ROSIVALDO BRITO
DA SILVA, no rol dos culpados; 2) Em observância a regra contida no artigo 71 § 2º do Código Eleitoral c/c
art. 15, III, da Constituição Federal, registre-se junto ao E. Tribunal Regional Eleitoral deste Estado, no
cadastro do Sistema (INFODIP) acerca desta decisão; 3) Encaminhem-se a guia definitiva à Vara de
Execução Penal - VEP; 4) Isento de custas nos termos art. 40, IV, da Lei nº 8.328/2015; 5 )Cumprindo
determinação do art. 4º da Resolução n.º 06/2008 " CJRMB, que dispõe sobre a destinação das armas de
fogo e munições apreendidas, havendo arma ou objetos apreendidos, no presente caso, uma arma de
brinquedo, que deverá ser imediatamente destruída, conforme disposto no art. 25 da Lei nº 10.826/2003,
vez que não interessa à persecução penal, oficiando-se ao Setor de Depósito deste Tribunal, para o
cumprimento desta determinação e demais providências. Intime-se, pessoalmente. o réu ROSINALDO
BRITO DA SILVA, no endereço constante dos autos, não sendo encontrado, deverá ser certificado nos
autos pelo Oficial de Justiça, mediante por Edital com prazo de 90 (noventa dias), nos termos do artigo
392, II c/c § 1º, do Código de Processo Penal. Intime-se a vítima (ELTON ODINEY AQUINO TAVARES)
na forma do art. 201 §2º do CPP. Servirá a presente decisão, por cópia digitada, de mandado de acordo
com o Provimento 003/2009, alterado pelo Provimento 11/2009 da CJRMB. Publique-se e Registre-se,
conforme disposto art. 387, VI, (em resumo no Diário de Justiça) c/c art. 389 do CPP. Cumpra-se, com as
cautelas legais. Belém-Pará, 20 de fevereiro de 2019. SANDRA MARIA FERREIRA CASTELO BRANCO
Juíza de Direito Titular da 10ª VCB PROCESSO: 00035819020188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): JEFFERSON ALCANTARA VEIGA DE OLIVEIRA
Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:NILTON
FIGUEIREDO DE MATOS Representante(s): OAB 17447 - LILIAN MIRANDA DA SILVA (ADVOGADO) .
DELIBERAÇÃO: 1) Diante do exposto, redesigno a presente audiência para o dia 09 de OUTUBRO de
2019 às 10:00 horas; 2) Defiro o pedido do RMP: Requisite-se a testemunha arrolada pela acusação PM
ADONAIDE OLIVEIRA FERREIRA e conduza-se coercitivamente a testemunha ANDRÉ ROBSON
ROCHA DE OLIVEIRA para a audiência designada no item ?1?; 3) Cientes e intimados os presentes que
deverão comparecer à audiência designada no item ?1?. Cumpra-se. PROCESSO:
00036879120148140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
SANDRA MARIA FERREIRA CASTELO BRANCO Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em:
20/02/2019 AUTORIDADE POLICIAL:DPC - EDER MAURO CARDOSO BARRA
DENUNCIADO:BARBARA MOURA MARTINS Representante(s): OAB 7320 - HUMBERTO FEIO
BOULHOSA (ADVOGADO) OAB 20908 - RADMILA PANTOJA CASTELLO (ADVOGADO) VITIMA:O. E.
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1º e 4º, I e IV do Código Penal Despacho Vistos, etc. Recebi hoje, Compulsando os autos verifico que há
erro material no segundo parágrafo do despacho de fls. 23, pelo que retificando o período de suspensão
do processo, onde se lê 13.02.2035, leia-se 13.02.2039. Cumpra-se com as cautelas legais. Belém - Pará,
19 de fevereiro de 2019. Sandra Maria Ferreira Castelo Branco Juíza de Direito Titular da 10ª VCB TM
PROCESSO: 00213680620108140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SANDRA MARIA FERREIRA CASTELO BRANCO
Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019 DENUNCIADO:FERNANDA SUELY SANTOS
ARAUJO Representante(s): OAB 14713 - RAFAELA BRATTI (ADVOGADO) OAB 18301-A - JULIANA DA
GAMA RIBEIRO BRAGANCA (ADVOGADO) OAB 7320 - HUMBERTO FEIO BOULHOSA (ADVOGADO)
DENUNCIADO:EDSON CARVALHO BRASIL Representante(s): OAB 7228 - IVANILDA BARBOSA
PONTES (ADVOGADO) OAB 10223 - ANDREI MANTOVANI (ADVOGADO) OAB 13421 - ELIZEU DE
PAULA GUIMARAES JUNIOR (ADVOGADO) OAB 14713 - RAFAELA BRATTI (ADVOGADO) OAB 18301-
A - JULIANA DA GAMA RIBEIRO BRAGANCA (ADVOGADO) OAB 7320 - HUMBERTO FEIO BOULHOSA
(ADVOGADO) OAB 26768 - BRUNA EDWIRGES CUNHA BOULHOSA (ADVOGADO) OAB 27937 -
VICTOR JOSE CARVALHO DE PINHO MORGADO (ADVOGADO) VITIMA:A. C. O. E. AUTORIDADE
POLICIAL:FERNANDO BERBERT DE CASTRO - DELEGADO PF DENUNCIADO:MARIA CLAUDIA
PINHEIRO COROA Representante(s): OAB 7228 - IVANILDA BARBOSA PONTES (ADVOGADO) OAB
13252 - ALESSANDRA SOUZA PEREIRA (ADVOGADO) OAB 14713 - RAFAELA BRATTI (ADVOGADO)
OAB 18301-A - JULIANA DA GAMA RIBEIRO BRAGANCA (ADVOGADO) OAB 7320 - HUMBERTO FEIO
BOULHOSA (ADVOGADO) DENUNCIADO:JOAO AUGUSTO TEIXEIRA DE OLIVEIRA Representante(s):
OAB 15814 - ALEXANDRE CARNEIRO PAIVA (ADVOGADO) OAB 17403 - VICTOR BRASIL XAVIER DE
ALMEIDA (ADVOGADO) OAB 26593 - HENDER CLAUDIO SOUZA GIFONI (ADVOGADO)
DENUNCIADO:LUCAS STEFFEN VELASCO Representante(s): OAB 7164 - AGNALDO WELLINGTON
SOUZA CORREA (ADVOGADO) OAB 15119 - ANA PAULA FRIAS LOUREIRO (ADVOGADO)
DENUNCIADO:MARIO CARLOS PENNA MOURAO JUNIOR DENUNCIADO:FERNANDO LUIZ DIAS
MOUTA Representante(s): OAB 5154 - EVANDRO DE OLIVEIRA COSTA (ADVOGADO) OAB 13421 -
ELIZEU DE PAULA GUIMARAES JUNIOR (ADVOGADO) OAB 20692 - ULYSSES CABETTE NOOBLATH
(ADVOGADO) . Proc. nº 0021368-06.2.010.8.14.0401 Rh, Compulsando os autos, observa-se, tratar-se de
uma ação penal, em tramitação perante este juízo da 10ª VCB, sentença condenatória para os nacionais:
EDSON CARVALHO BRASIL, FERNANDA SUELY SANTOS ARAÚJO, JOÃO AUGUSTO TEIXEIRA DE
OLIVEIRA, LUCAS STEFFEN VELASCO, MARIA CLÁUDIA PINHEIRO COROA e MÁRIO CARLOS
PENNA MOURÃO (fls. 3.962/3.971 VOL XVI), devidamente Publicada no Diário de Justiça no dia
07/01/2019 (fls. 3.972). EXPEDIDOS OS RESPECTIVOS MANDADOS DE INTIMAÇÃO DA SENTENÇA
(fls. 3.973, 3.974, 3.975, 3.976 E 3.977). Independente das intimações dos réus: 1) o Réu JOÃO
AUGUSTO TEIXEIRA DE OLIVEIRA peticionou manifestou seu interesse em recorrer da sentença
condenatória, ao final, requerendo que, sejam apresentadas suas razões em instância superior (fls. 3.998)
devidamente intimado no dia 03/02/2019 (fls. 4012) RAZÕES APRESENTADAS (FLS. 4014/ 4030; 2) Ré
FERNANDA SUELY SANTOS ARAÚJO peticionou manifestou seu interesse em recorrer da sentença
condenatória, ao final, requerendo que, sejam apresentadas suas razões em instância superior (fls. 3.999)
e foi devidamente intimada no dia 24/01/2.019 (fls. 4011); 3) O Réu LUCAS STEFFEN VELASCO
peticionou manifestou seu interesse em recorrer da sentença condenatória, ao final, requerendo que,
sejam apresentadas suas razões em instância superior (fls. 4.001/4.002; 4) O Réu MÁRIO CARLOS PENA
MOURÃO JÚNIOR peticionou manifestou seu interesse em recorrer da sentença condenatória, ao final,
requerendo que, sejam apresentadas suas razões em instância superior (fls. 4. 008/4.009) devolvido o
MANDADO DE INTIMAÇÃO NÃO FOI ENCONTRADO (fls. 4036); 5) O Réu EDSON CARVALHO BRASIL
peticionou manifestou seu interesse em recorrer da sentença condenatória, ao final, requerendo que,
sejam apresentadas suas razões em instância superior (fls. 4032); 6) A Ré MARIA CLÁUDIA PINHEIRO
COROA peticionou manifestou seu interesse em recorrer da sentença condenatória, ao final, requerendo
que, sejam apresentadas suas razões em instância superior (fls. 4034). Tempestivamente, os réus acima
identificados, manifestaram seu desejo de apelar (fls. 3.998, 3.999, 4001/4002, 4008/4009, 4032 e 4034) e
JOÃO AUGUSTO TEIXEIRA DE OLIVEIRA apresentou suas RAZÕES (fls. 4014 e 4030), preenchido os
requisitos legais, RECEBO a apelação, em vista do réu JOÃO AUGUSTO TEIXEIRA DE OLIVEIRA, ter
apresentado suas razões (fls.4014/4030), vista ao Representante do Ministério Público arrazoar, no prazo
legal (CPP, art. 600), após, cumpridas todas as formalidades legais, remetam-se os autos ao E. Tribunal,
para conhecimento e julgamento do recurso apelativa. Belém-Pará, 20 de fevereiro de 2.019 Sandra Maria
Ferreira Castelo Branco Juíza de Direito Titular da 10ª VCB PROCESSO: 00231482220058140401
PROCESSO ANTIGO: 200520572783 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SANDRA
MARIA FERREIRA CASTELO BRANCO Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019
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pessoalmente (fls. 14), através de sua Defensora Pública ofereceu defesa preliminar (fls. 15/19), sem
arguição de preliminares, reservando-se a debater o mérito em alegações finais, por memoriais,
requerendo seja franqueado ao acusado a indicação futura de novas testemunhas dentro do numerário
legal estabelecido, e ao final, requer, a revogação da prisão preventiva do réu, alegando, em síntese,
ausência de fundamentação, não preenchimento dos requisitos ensejadores, requer a revogação. II.
Ressai dos autos que, o denunciado adentrou no coletivo, fazendo-se passar por passageiro, sentando
próximo ao cobrador, no trajeto, sob ameaças, puxou a "faca", anunciou o assalto, subtraindo a renda do
dia, empreendendo fuga, contudo, a viatura policial em ronda pelas cercanias, saiu em diligência obtendo
êxito com a prisão do acusado, com ele foi recuperado o valor em dinheiro roubado e a arma utilizada no
deslinde da ação criminosa, nestas circunstância foi preso em flagrante delito, os objetos foram
apreendidos (fls. 14 do IPL), imediatamente, conduzido à presença da autoridade, naquela oportunidade
reservou-se a permanecer calado (fls. 08 do IPL). III. Vejo que a denúncia oferecida (fls. 02/03), contém a
exposição do fato criminoso, com todas as circunstâncias, preenchendo, portanto, os requisitos legais
enumerados no Art. 41 do CPP, não sendo o caso de absolvição sumária, razão pela qual ratifico
integralmente, os termos do despacho (fls. 07) que recebeu em parte a denúncia, em via de consequência,
designo audiência de instrução e julgamento para 14/03/2019, às 10:00 horas na Sala de audiência desta
10ª VCB. Intimem-se, todos, pessoalmente o réu, as testemunhas arroladas e o Representantes do
Ministério Público e da Defensoria Pública. DEFIRO o pedido da Defensora Pública do réu, nos termos
requerido, devendo a presentar suas testemunhas a audiência a cima designada, independente de
intimação. POR TRATAR-SE DE PROCESSO DE RÉU PRESO DEVERÁ SER CUMPRIDA EM
CARÁTER DE URGÊNCIA. IV. Quanto ao pedido de revogação de prisão preventiva, ouvido o Ministério
Público, que opinou pelo indeferimento do pedido (fls.06/07 autos em apenso). Como visto e relatado, no
caso presente, o denunciado MAILSON GONÇALVES FARIAS, foi preso em flagrante delito, 08/01/2019,
por volta das 10hs40min., pela prática do crime de roubo, sob ameaças, empreendida pelo uso de uma
arma branca tipo "FACA", subtraiu toda renda do coletivo, empreendendo fuga, sendo preso as cercanias
pela Viatura da Polícia, que transitava naquela área, com ele foi apreendido a arma e o valor em dinheiro
roubado. Alega a nobre Defensora Pública, que a prisão carece de fundamentação, decretada por mero
"Achismo", todavia, ressai dos autos, através da certidão acostada (fls. 20) e relatório de Movimentação,
que o investigado, é contumaz na prática de crimes desta natureza, inclusive, condenado anteriormente,
embora esteja em grau de recurso, o que é suficiente para configurar a reiteração de conduta,
demonstrando ser ele, é uma pessoa que optou pela criminalidade como estilo de vida, sendo a medida
extrema necessária, à manutenção da prisão, como forma de evitar a reiteração novas práticas
criminosas, caso contrário, estaríamos estimulando e incentiva a dar continuidade a novas práticas
criminosas, já que anteriormente foi beneficiado, tendo respondido o processo em liberdade, mas, como
visto, novamente voltou a delinquir. Satisfatoriamente, preenchido os requisitos dos artigos 312 e 313 do
CPP, não foi decretada por mero "ACHISMO" como quis dizer a nobre Defensora Público. O fato de ser
primário, por si só, não autoriza sua liberdade, quando, concretamente, encontra fundamento nos termos
acima alinhavado. Logo, não há constrangimento ilegal quanto à prisão em flagrante e decretação da
prisão preventiva, entre a data do fato, até os dias de hoje, ainda persistem a necessidade da manutenção
da prisão preventiva, anteriormente decretada (fls. 22/23 e 26 do IPL), como forma de fazer cessar a
reiteração da conduta criminosa, para a segurar a garantia da ordem pública, caso contrário, estaríamos
incentivando o denunciado a continuar na praticando tal conduta ilícita. Razão pela qual, acolho a quota
ministerial (fls. 06/07 autos em apenso), fazendo parte integrante desta decisão, com fulcro no art. 316 do
CPP, INDEFIRO O PEDIDO, por entender, que ainda hoje, persistem os motivos ensejadores da
manutenção da preventiva anteriormente decretada (fls. 22/23 e 26 do IPL). Cumpra-se com as cautelas
legais. Belém-Pará, 21 de fevereiro de 2019. Sandra Maria Ferreira Castelo Branco Juíza Titular da 10ª
VCB PROCESSO: 00008488820178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SANDRA MARIA FERREIRA CASTELO BRANCO
Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 DENUNCIADO:JOSE RUAN PASTANA DE
SOUZA Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR)
VITIMA:O. E. . Processo: 0000848-88.2017.8.14.0401 Denunciado: JOSE RUAN PASTANA DE SOUZA
Capitulação Penal: art. 303, parágrafo único c/c art. 302, parágrafo único, I da Lei 9.503/97 c/c art. 70 (4x)
do Código Penal, art. 180, Caput e art. 311, Caput c/c art. 69 do Código Penal Despacho Recebi hoje
Considerando a certidão de fls. 20-v, determino o desentranhamento do mandado de nº 2019.00123992-
29 (fls. 13), para que o Sr Oficial de Justiça responsável pelo cumprimento da diligencia intime
pessoalmente a testemunha. Quanto a certidão de fls. 21, dê vistas ao RMP para manifestação quanto a
testemunha. Cumpra-se. Belém-Pará, 20 de fevereiro de 2019. SANDRA MARIA FERREIRA CASTELO
BRANCO Juíza de Direito titular da 10ª VCB TM PROCESSO: 00032801220198140401 PROCESSO
948
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
LUIZ AUGUSTO PINHEIRO DA SILVA, PC ALAN COSTA SOUZA e PC JOSEMAR DE ASSIS FERREIRA
CHAVES, para audiência designada no item "3", solicitando justificativa para o não comparecimento das
mesmas neste ato. 5) Requisite-se o acusado RENAN DE SOUZA CAMPOS, para a audiência designada
no item "3". 6) Cientes e intimados os presentes de que deverão comparecer ao próximo ato,
independente de intimação. Cumpra-se. PROCESSO: 00236551020148140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SANDRA MARIA FERREIRA CASTELO BRANCO
Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 AUTORIDADE POLICIAL:DPC EDEN
BENTES DA SILVA VITIMA:O. E. DENUNCIADO:PAULO ANDRE CORDEIRO SA Representante(s): OAB
11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) . Processo nº: 0023655-
10.2014.8.14.0401 Denunciado: PAULO ANDRE CORDEIRO SA Capitulação Penal: art. 33, Caput da Lei
11.343/2006 Despacho: RH. 1 - Considerando que o denunciado foi citado, ofereceu defesa preliminar,
analisada, teve designada audiência de instrução e julgamento, entretanto não mais foi localizado no
endereço indicado nos autos, porém compareceu na audiência realizada as fls. 62, mas contudo faltou as
audiências realizadas as fls. 71 e 81, e nem compareceu à secretaria a fim de atualizar seu endereço, nos
termos do artigo 367 do CPP teve sua ausência declarada as fls. 80, por não ter comunicado seu novo
endereço, e nem comparecido em audiências designadas. 2 - Homologo a desistência das testemunhas
arroladas pela Defensoria Pública, Sr. Bartolomeu de Gusmão e Srª Lidiana Mafra Ferreira. 3 - Não
havendo mais testemunhas a serem ouvidas, e, diante do reconhecimento de ausência do denunciado,
declaro encerrada a instrução processual. 4 - Abram-se vistas dos autos às partes, pelo prazo sucessivo
de 05 (cinco) dias, para fins do artigo 402 do CPP. Caso nada seja requerido, à secretaria para
cumprimento do artigo 403, § 3º do CPP, vistas às partes para apresentação das alegações finais.
Cumpra-se, com as cautelas da lei. Após, conclusos para sentença. P.R.I.C. Belém - Pará, 20 de fevereiro
de 2019. SANDRA MARIA FERREIRA CASTELO BRANCO Juíza de Direito Titular da 10ª Vara Criminal
de Belém TM PROCESSO: 00250148720178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SANDRA MARIA FERREIRA CASTELO BRANCO
Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 21/02/2019 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:EVANILSON
FERREIRA DOS SANTOS Representante(s): OAB 7043 - RAIMUNDO NONATO CORREA DIAS
(ADVOGADO) . DELIBERAÇÃO: 1) Diante do exposto, redesigno a presente audiência para o DIA 09 DE
OUTUBRO DE 2019, ÀS 09:00 HORAS. 2) Intime-se pessoalmente a vítima ALEX JORGE JAQUES
FERREIRA para audiência designada no item "1". 3) Cientes e intimados os presentes de que deverão
comparecer ao próximo ato, independente de intimação. Cumpra-se. PROCESSO:
00277017120168140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
SANDRA MARIA FERREIRA CASTELO BRANCO Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em:
21/02/2019 DENUNCIADO:GABRIEL FERREIRA CARDOSO Representante(s): OAB 11111 -
DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) VITIMA:M. A. S. E. S. . Processo nº:
0027701-71.2016.8.14.0401 Denunciado: GABRIEL FERREIRA CARDOSO Capitulação Penal: art. 157, §
2º, I e II n/f art. 14, II do Código Penal Despacho Vistos, etc. Recebi hoje, Compulsando os autos verifico
que RMP, levando em consideração os documentos de fls. 59/60, requereu a substituição da testemunha
Joélcio Rodrigues, por Deyvide Alexandre dos Santos Canuto (policial militar), qualificado as fls. 06 do
Inquérito Policial; acolho a quota ministerial de fls. 62. Quanto a certidão de fls. 63, e com as informações
nela contida, intime-se a testemunha Domingos Sebastião Silva dos Passos, em seu endereço
profissional, para a audiência designada as fls. 61. Cumpra-se com as cautelas legais. Belém - Pará, 20 de
fevereiro de 2019. Sandra Maria Ferreira Castelo Branco Juíza de Direito Titular da 10ª VCB TM
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
RESENHA: 20/02/2019 A 20/02/2019 - SECRETARIA DA 12ª VARA CRIMINAL DE BELEM - VARA: 12ª
VARA CRIMINAL DE BELEM PROCESSO: 00015815420178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SERGIO AUGUSTO ANDRADE DE LIMA Ação:
Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:ERNANE DE JESUS
DIAS DA FONSECA. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Defiro o requerido pelas partes quanto à
insistência na oitiva de sua testemunha faltosa. Defiro o requerido pela defesa. Remarco a audiência de
instrução e julgamento para o dia 27/03/2019, às 11:00 horas. Requisite-se a testemunha Edinaldo
Trindade Fonseca. Oficie-se ao NGME a fim de que informe endereço e telefone que consta no cadastro
do acusado. Cientes, o Ministério Público e a Defesa. E nada mais havendo, dou este termo como
encerrado e conforme vai devidamente assinado por todos os presentes. Eu, ____, Analista Judiciário, o
digitei e subscrevi em 20.02.2019. PROCESSO: 00070496220188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SERGIO AUGUSTO ANDRADE DE LIMA Ação:
Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019 DENUNCIADO:CARLOS BRITO BAIAO
Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR)
VITIMA:L. G. M. N. . DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Defiro o requerido pelo RMP. Expeça-se ofício ao
Juízo Deprecado para que preste informações sobre a Carta Precatória expedida. Sem prejuízo, remarco
a audiência de instrução e julgamento para o dia 10/04/2019, às 09:00 horas. Cientes o acusado, o
Ministério Público e a Defesa. E nada mais havendo, dou este termo como encerrado e conforme vai
devidamente assinado por todos os presentes. Eu, ____, Analista Judiciário, o digitei e subscrevi em
20.02.2019. PROCESSO: 00100185020188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SERGIO AUGUSTO ANDRADE DE LIMA Ação:
Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019 VITIMA:L. U. DENUNCIADO:MICHEL MURILO
ALMEIDA MARGARIDO Representante(s): OAB 7164 - AGNALDO WELLINGTON SOUZA CORREA
(ADVOGADO) . R.H. Em resposta à acusação, vislumbro que os argumentos utilizados pela defesa do
denunciado, assentados na negativa de autoria, atacam matéria de mérito, na medida em que pretendem
excluí-lo da autoria delitiva, cujo deslinde necessita de instrução processual. Em relação à alegação
defensiva quanto à incidência do princípio da insignificância, entendo pela inaplicabilidade, considerando
que o valor do bem subtraído ultrapassa o montante de 10% (dez por cento) do salário mínimo vigente à
época do crime, bem assim que o crime foi supostamente praticado em concurso de agentes, o que
denota maior reprovabilidade social e, em consequência, afasta igualmente a incidência da bagatela.
Sendo assim, em análise da resposta à acusação, constato que não estão presentes nenhuma das
hipóteses previstas no art. 397 e incisos, devendo a instrução prosseguir, nos termos do art. 400, do CPP.
Designo o dia 08/04/2019 às 09h00min para audiência de instrução e julgamento. Requisitem-se as
testemunhas guardas municipais. Intimem-se as demais testemunhas arroladas. Fica a Defesa ciente que
deverá apresentar as testemunhas arroladas às fls.31/32, independente de intimação. Concernente ao réu,
a Defesa constituída requereu sua intimação mediante carta precatória (fl.32), eis que o denunciado se
encontra internado para tratamento de desintoxicação no Grupo Recanto, situado no Município de
Igarrasu/PE, conforme declaração de fl.36. Nesse sentido, determino que, após a oitiva das testemunhas
arroladas, seja expedida carta precatória para o Juízo da Comarca de Igarrasu/PE, conforme endereços
indicados na declaração de fl.36, com vistas ao interrogatório do acusado no Juízo Deprecado, devendo a
missiva ser instruída com os documentos necessários ao seu fiel cumprimento. Intime-se a Defesa. Por
oportuno, destaco que, nosso ordenamento jurídico não traz previsão nenhuma que redunde vedação à
realização de interrogatório por meio de Carta Precatória, quando o acusado reside em outra Comarca.
Precedente do Superior Tribunal de Justiça. Esse expediente, ao invés de prejudicar a ampla defesa, a
prestigia, pois viabiliza que o trâmite do processo persista, bem como impulsiona o desenvolvimento dos
atos de uma forma que evita tanto a demora e despesas com deslocamento do acusado até a Comarca
em que está sendo processado quanto a decretação da pena de revelia nos termos do art.367, do CPP.
Dê-se ciência ao Ministério Público e a Defesa. Belém, 20 de fevereiro de 2019. Sérgio Augusto Andrade
L i ma Juiz de Direito P ROCE S S O: 00 1 1 0 6 8 1 4 2 0 1 8 8 1 4 0 4 0 1 P RO CE S S O A NT I G O : - - - -
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SERGIO AUGUSTO ANDRADE DE LIMA Ação:
Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019 VITIMA:F. F. C. B. DENUNCIADO:CAIO CEZAR DE
MIRANDA MEDINA Representante(s): OAB 26305 - HAROLDO TRAZIBULO MATOS GUERRA NETO
(ADVOGADO) . R.H. Retornem-se os autos a Defensoria Pública para apreciação da manifestação
ministerial de fl.87. Após, proceda-se conforme o item 02 do despacho de fl.77. Belém, 20 de fevereiro de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
2019. Sérgio Augusto Andrade Lima Juiz de Direito PROCESSO: 00113968020148140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SERGIO AUGUSTO ANDRADE DE
LIMA Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019 AUTOR DO FATO:MARILENE
BEZERRA DE LIMA VITIMA:O. E. . R.H. Acolho o petitório de fls.46/49. Determino, preservada a
contraprova, a incineração da droga apreendida e constante destes autos, o que faço sob o manto do art.
50, § 3º, da Lei nº 11.343/2006, devendo ser oficiado à autoridade policial, imediatamente, para que
proceda à destruição referida, devendo, pois, o respectivo auto circunstanciado ser remetido a este Juízo
no prazo de 5 (cinco) dias, a contar da data da incineração. No mais, mantenho a decisão de fl.440.
Belém, 20 de fevereiro de 2019. Sérgio Augusto Andrade Lima Juiz de Direito PROCESSO:
00140000920178140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
SERGIO AUGUSTO ANDRADE DE LIMA Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019
VITIMA:L. C. E. DENUNCIADO:ERMERSON ROBERTO DE SOUZA SARAIVA Representante(s): OAB
11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) . R.H. Intime-se a testemunha
para comparecer à audiência designada conforme o endereço fornecido pelo Ministério Público à fl. 34-v.
Cumpra-se, com urgência, tendo em vista a proximidade do ato processual. Belém, 20 de fevereiro de
2019. Sérgio Augusto Andrade Lima Juiz de Direito PROCESSO: 00194215320128140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SERGIO AUGUSTO ANDRADE DE
LIMA Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019 DENUNCIADO:KELLE CRISTINA
RODRIGUES DUARTE Representante(s): DEFENSORIA PUBLICA (ADVOGADO) VITIMA:W. R. S. C. .
SENTENÇA EM AUDIÊNCIA: Vistos e etc. Adotando como relatório o que consta dos autos, bem assim
tendo como fundamento as manifestações favoráveis das partes à absolvição da ré e a ausência de
provas judiciárias quanto à autoria delitiva (art.386, V, CPP), julgo improcedente a pretensão punitiva
deduzida na denúncia pelo que ABSOLVO a acusada Kelle Cristiana Rodrigues Duarte, já qualificada nos
autos. Sentença publicada em audiência, ficando intimadas as partes. O Ministério Público e a Defesa
desistem do prazo recursal, o que me leva a considerar como transitada em julgado. À Secretaria para as
devidas baixas. Arquive-se os autos. E nada mais havendo, dou este termo como encerrado e conforme
vai devidamente assinado por todos os presentes. Intimados em audiência o Ministério Público e a Defesa.
E nada mais havendo, dou este termo como encerrado e conforme vai devidamente assinado por todos os
presentes. Eu, ____, Analista Judiciário, o digitei e subscrevi em 20.02.2019. PROCESSO:
00194215320128140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
SERGIO AUGUSTO ANDRADE DE LIMA Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019
DENUNCIADO:KELLE CRISTINA RODRIGUES DUARTE Representante(s): DEFENSORIA PUBLICA
(ADVOGADO) VITIMA:W. R. S. C. . (omissis) Vistos e etc. Adotando como relatório o que consta dos
autos, bem assim tendo como fundamento as manifestações favoráveis das partes à absolviç"o da ré e a
ausência de provas judiciárias quanto à autoria delitiva (art.386, V, CPP), julgo improcedente a pretens"o
punitiva deduzida na denúncia pelo que ABSOLVO a acusada Kelle Cristiana Rodrigues Duarte, já
qualificada nos autos. Sentença publicada em audiência, ficando intimadas as partes. O Ministério Público
e a Defesa desistem do prazo recursal, o que me leva a considerar como transitada em julgado. À
Secretaria para as devidas baixas. Arquive-se os autos. E nada mais havendo, dou este termo como
encerrado e conforme vai devidamente assinado por todos os presentes. Intimados em audiência o
Ministério Público e a Defesa. E nada mais havendo, dou este termo como encerrado e conforme vai
devidamente assinado por todos os presentes. Eu, ____, Analista Judiciário, o digitei e subscrevi em
20.02.2019. Sérgio Augusto Andrade Lima Juiz de Direito PROCESSO: 00227449520148140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SERGIO AUGUSTO
ANDRADE DE LIMA Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019
DENUNCIADO:ALBERTO JUNIOR FERREIRA DE BRITO Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA
PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) VITIMA:M. F. N. B. AUTORIDADE POLICIAL:DPC LENA
JANNE BOTELHO DE ALMEIDA CHERMONT RODRIGUES. DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: Acolho o
parecer ministerial, mantendo a suspensão do processo nos termos da decisão de fl.76. Aguarde-se
localização do acusado para regular prosseguimento do trâmite processual. E nada mais havendo, dou
este termo como encerrado e conforme vai devidamente assinado por todos os presentes. Eu, Flávia
Moura, Analista Judiciário, o digitei e subscrevi em 20.02.2019. PROCESSO: 00269159020178140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SERGIO AUGUSTO
ANDRADE DE LIMA Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019
DENUNCIADO:MARCOS VINICIUS NASCIMENTO LOBATO Representante(s): OAB 11111 -
DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) VITIMA:E. O. U. A. P. L. VITIMA:L. R. C.
A. . R.H. Considerando os termos da certidão de fl.136, cujo teor dá conta da impossibilidade de intimação
do acusado para comparecer espontaneamente à Secretaria desta Vara a fim de que seja encaminhado
953
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
ao NGME e, assim, inicie o cumprimento da pena privativa de liberdade imposta em regime aberto;
expeça-se mandado de prisão em desfavor do réu em decorrência da sentença penal condenatória
transitada em julgado (fls.113/115 e 135). Conste do mandado que, uma vez cumprido, o sentenciado
deverá ser encaminhado, imediatamente, ao regime adequado de cumprimento de pena, acima
mencionado. Belém, 20 de fevereiro de 2019. Sérgio Augusto Andrade Lima Juiz de Direito PROCESSO:
00289066720188140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
SERGIO AUGUSTO ANDRADE DE LIMA Ação: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 20/02/2019
VITIMA:L. R. S. DENUNCIADO:SUANNY VANESSA AMARO DE FREITAS Representante(s): OAB -- -
DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) . R.H. Em análise da resposta à acusação, constato que não estão
presentes nenhuma das hipóteses previstas no art. 397 e incisos, devendo a instrução prosseguir, nos
termos do art. 400, do CPP. Designo o dia 04/04/2019 às 09h00min para audiência de instrução e
julgamento. Requisitem-se as testemunhas policiais. Intimem-se a acusada e as demais testemunhas
arroladas. Dê-se ciência ao Ministério Público e a Defesa. Belém, 20 de fevereiro de 2019. Sérgio Augusto
Andrade Lima Juiz de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
arquive-se. Belém/PA, 18 de fevereiro de 2019. RAIMUNDO MOISÉS ALVES FLEXA. Juiz de Direito.
Titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, respondendo cumulativamente pela 3ª Vara do Tribunal
do Júri da Capital. PROCESSO: 00294525920178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RAIMUNDO MOISES ALVES FLEXA Ação:
Inquérito Policial em: 18/02/2019 INDICIADO:EM APURACAO VITIMA:A. M. S. J. VITIMA:W. Q. F. N. .
ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO POLICIAL. DECISÃO. PROC.: 00029452-59.2017.8.14.0401 R.H.
Acolho a manifestação do Ministério Público, que consta desses autos de Inquérito Policial, pois conforme
as razões expostas pelo parquet, depreende-se que do conjunto probatório alcançado pelo trabalho
investigativo policial, no momento, não fornece elementos mínimos para o oferecimento de denúncia
crime. Em razão do acima exposto, DETERMINO, como requer o Ministério Público, o ARQUIVAMENTO
do presente Inquérito Policial, ressalvada a hipótese do artigo 18, do Código de Processo Penal. Após as
baixas necessárias, arquive-se. Belém/PA, 18 de fevereiro de 2019. RAIMUNDO MOISÉS ALVES FLEXA.
Juiz de Direito. Titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, respondendo cumulativamente pela 3ª
Vara do Tribunal do Júri da Capital. PROCESSO: 00296177220188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RAIMUNDO MOISES ALVES FLEXA Ação:
Inquérito Policial em: 18/02/2019 INDICIADO:EM APURACAO VITIMA:R. G. P. . ARQUIVAMENTO DE
INQUÉRITO POLICIAL. DECISÃO. PROC.: 0029617-72.2018.8.14.0401 R.H. Acolho a manifestação do
Ministério Público, que consta desses autos de Inquérito Policial, pois conforme as razões expostas pelo
parquet, depreende-se que do conjunto probatório alcançado pelo trabalho investigativo policial, no
momento, não fornece elementos mínimos para o oferecimento de denúncia crime. Em razão do acima
exposto, DETERMINO, como requer o Ministério Público, o ARQUIVAMENTO do presente Inquérito
Policial, ressalvada a hipótese do artigo 18, do Código de Processo Penal. Quanto à juntada do laudo
necroscópico da vítima requerida pelo Ministério Público, INDEFIRO, haja vista que a diligência pode ser
realizada diretamente pelo Parquet. Após as baixas necessárias, arquive-se. Belém/PA, 18 de fevereiro de
2019. RAIMUNDO MOISÉS ALVES FLEXA. Juiz de Direito. Titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri da
Capital, respondendo cumulativamente pela 3ª Vara do Tribunal do Júri da Capital. PROCESSO:
00709224120158140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
RAIMUNDO MOISES ALVES FLEXA Ação: Ação Penal de Competência do Júri em: 18/02/2019
DENUNCIADO:CLEITON ALAN SANTOS BRITO Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA
(ADVOGADO) VITIMA:A. M. S. . R.H. Vistos etc. O Ministério Público Estadual, no dia 14/02/2017,
denunciou o nacional CLEITON ALAN SANTOS BRITO, devidamente qualificado nos autos, como incurso
nas sanções punitivas do art. 121, § 2º, incisos II e IV, do Código Penal Brasileiro. Em síntese, relata a
peça vestibular acusatória que no dia 23/10/2015, por volta de 22h:50min, no Conjunto Tapajós, no Bairro
do Tapanã, praticou o crime de homicídio qualificado contra a vítima Almiran Moraes da Silva. O crime
teria ocorrido no "Bar do Percival", onde o denunciado teria se aproximado da vítima quando esta ingeria
bebida alcóolica na companhia de amigo e iniciado uma briga por causa de um capacete de moto. Que
após a discussão verbal o réu aproveitou-se de um descuido da vítima que estava alcoolizada e desferiu-
lhe um soco, derrubando-o, e em seguida, aproveitando o fato da vítima estar quase desacordada no chão
passou a desferir, com animus necandi, vários golpes de "pernamanca" na cabeça deste, que não resistiu
aos ferimentos e veio a óbito. A denúncia foi recebida através do despacho de fls. 123 dos autos. Citado o
denunciado, foi apresentada resposta escrita à acusação, às fls. 157 dos autos. No curso da instrução
criminal foi ouvida a testemunha André da Silva e Cunha, nesta data, arrolada pelo Ministério Público.
Interrogado o denunciado, esse confessou a autoria das agressões, contudo alegou ter agido em legítima
defesa. Todas as declarações constam da mídia juntada aos autos. Em Alegações Finais, a acusação,
representada pelo Promotor de Justiça, Dr. EDSON CARDOSO, requereu a PRONÚNCIA de CLEITON
ALAN SANTOS BRITO, pelo crime de Homicídio Qualificado contra a vítima Almiran Moraes da Silva, por
encontrarem-se presentes os requisitos mínimos de indícios de autoria e prova da materialidade, retirando
apenas as qualificadoras, conforme manifestação oral constante na mídia juntada aos autos. Por sua vez,
a DEFESA reservou-se ao direito de apresentar sua tese no momento oportuno. É o relatório. Passo à
decisão. Na decisão de pronúncia é vedado ao juiz a análise aprofundada do mérito da questão, tendo em
vista ser atribuição dos integrantes do Conselho de Sentença do Júri Popular, por força do art. 58,
XXXVIII, "c" da Constituição Federal. Nesta fase procedimental, basta a comprovação dos indícios de
autoria e a prova da materialidade do delito. Malgrado essa vedação, a fundamentação da decisão é
indispensável, conforme preceitua o art. 413 do Código de Processo Penal, bem como o art. 93, IX, da
Carta Magna. Assim, passo a análise dos elementos contidos nos autos. Individualizando a conduta
imputada ao denunciado, este está sendo acusado de ter, no dia 23.10.2015, desferido múltiplas pauladas
na cabeça da vítima, intencionalmente ceifando-lhe a vida. A materialidade resta comprovada pelo Laudo
de Necropsia Médico Legal da vítima de fls.124 dos autos. Por sua vez, os indícios de autoria encontram-
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
se presentes, conforme se verifica no depoimento da testemunha ouvida em juízo arrolada pelo Ministério
Público, que coloca o réu no local do crime no dia e hora do fato e também pelo depoimento do próprio
denunciado, que, ainda que tenha alegado ter agido em legítima defesa, confirmou a prática das
agressões. Corroborando a manifestação do Órgão Ministerial, nesta fase processual, havendo indícios
suficientes de autoria e prova da materialidade, não deve a causa ser subtraída da apreciação do seu
Juízo Natural, o Júri Popular, por tratar-se de crime doloso contra a vida, pelo que entendo que o acusado
deve ser pronunciado por esse delito. Deixo de pronunciar o réu pelas qualificadoras anteriormente
suscitadas, nos termos da fundamentação do Ministério Público corroborada pela defesa. Ante o exposto,
com fundamento no art. 413 do Código de Processo Penal, PRONUNCIO, como PRONUNCIADO tenho,
CLEITON ALAN SANTOS BRITO, qualificado nos autos, a fim de que seja submetido a julgamento pelo
Tribunal do Júri desta Comarca da Capital, como incurso nas sanções punitivas do art.121, caput do
Código Penal Brasileiro. Precluso o prazo para a interposição de recurso contra a presente decisão, dê-se
vista dos autos ao representante do Ministério Público, e após, à defesa, no prazo legal, para os fins a que
dispõe o artigo 422 do CPP. Após apresentadas às manifestações, independentemente de novo
despacho, aguarde-se a próxima pauta de júri. Decisão publicada em audiência e intimadas as partes
nesta oportunidade. Belém (PA), 18 de Fevereiro de 2019. RAIMUNDO MOISÉS ALVES FLEXA Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca da Capital, respondendo cumulativamente pela
3ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Belém-Pa. PROCESSO: 00001450220138140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RAIMUNDO MOISES ALVES FLEXA
Ação: Ação Penal de Competência do Júri em: 19/02/2019 DENUNCIADO:FABIANO DA SILVA LOBATO
Representante(s): OAB XLR8 - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) VITIMA:W. S. L. . EDITAL DE
INTIMAÇÃO O Exmo. Sr. Dr. RAIMUNDO MOISÉS ALVES FLEXA, MM. Juiz de Direito Titular da 2ª Vara
do Tribunal do Júri, respondendo pela 3a Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Belém, Estado do Pará,
no uso de suas atribuições legais, FAZ SABER a todos que este lerem ou dele tomarem conhecimento
que o PRONUNCIADO FABIANO DA SILVA LOBATO, filho de Bendito Nunes Lobato e de Ivanete Pereira
da Silva, será submetido a julgamento perante o Tribunal do Júri no dia 24 de JUNHO de 2019, às 08:00
horas, nos autos de processo no 0000145-02.2013.814.0401, estando, ou caso esteja, em lugar incerto e
não sabido, expede-se o presente EDITAL, para fins de intimação. Belém-PA, 19 de fevereiro de 2019. Eu,
Andréia Karina Selbmann, analista judiciária, o digitei. RAIMUNDO MOISÉS ALVES FLEXA Juiz de Direito
Titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri Respondendo pela 3ª Vara do Tribunal do Júri PROCESSO:
00001450220138140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
RAIMUNDO MOISES ALVES FLEXA Ação: Ação Penal de Competência do Júri em: 19/02/2019
DENUNCIADO:FABIANO DA SILVA LOBATO Representante(s): OAB XLR8 - DEFENSORIA PUBLICA
(DEFENSOR) VITIMA:W. S. L. . DESPACHO R.H. Conforme pauta, fica designado o dia 24 de JUNHO de
2019, a partir das 08:00 horas, para julgamento do pronunciado FABIANO DA SILVA LOBATO pelo
Tribunal do Júri. No intuito de dar celeridade e melhor cumprimento à determinação judicial, bem como,
para que não haja prejuízo processual, autorizo que a Secretaria Judicial distribua os mandados para
cumprimento em caráter de urgência, caso necessário. Intimem-se as partes. Expeça-se o necessário.
Belém, 19 de fevereiro de 2019. RAIMUNDO MOISÉS ALVES FLEXA Juiz de Direito Titular da 2ª Vara do
Tribunal do Júri Respondendo pela 3ª Vara do Tribunal do Júri da Capital PROCESSO:
00005891720178140200 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
RAIMUNDO MOISES ALVES FLEXA Ação: Procedimentos Investigatórios em: 19/02/2019
ENCARREGADO:DENISON CARLOS VIEIRA RIBEIRO INDICIADO:SEM INDICIAMENTO VITIMA:A. C.
N. J. . ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO POLICIAL. DECISÃO. R.H. Acolho a manifestação do Ministério
Público, que consta desses autos de Inquérito Policial, pois conforme as razões expostas pelo parquet,
constata-se que o indiciado já responde criminalmente pelo fato sob apreciação nestes autos em processo
diverso, o qual se encontra arquivado por requerimento do Órgão Ministerial, vedando-se, portanto, em
respeito ao princípio do non bis in idem, presente no ordenamento jurídico pátrio, a múltipla persecução
penal em relação à pratica das mesmas condutas. Em razão do acima exposto, DETERMINO, como
requer o Ministério Público, o ARQUIVAMENTO do presente Inquérito Policial, ressalvada a hipótese do
artigo 18, do Código de Processo Penal. Indefiro, ainda, o requerimento de juntada destes autos ao
processo prevento de nº 0089562-92.2015.8.14.0401., uma vez que o feito tramita em outro juízo. Após as
baixas necessárias, arquive-se. Belém/PA, 19 de fevereiro de 2019. RAIMUNDO MOISÉS ALVES FLEXA.
Juiz de Direito. Titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, respondendo cumulativamente pela 3ª
Vara do Tribunal do Júri da Capital. PROCESSO: 00020592820188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): LARISSA NEVES DUARTE Ação: Ação Penal de
Competência do Júri em: 19/02/2019 DENUNCIADO:CHANCES CLEI VILHENA BENJAMIM
Representante(s): OAB 21352 - RAFAEL AUGUSTO LAGOS KOURY (ADVOGADO) OAB 25139 - RUAN
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
prazo de quinze dias fixado neste edital), podendo argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua
defesa, oferecer documentos e justificaçoes, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas,
qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário, referente ao processo n°0009090-
02.2018.814.0401, em que a denúncia foi recebida e determinada a citaçao do acusado, dando-o como
incurso no art. 121, §2°, I e IV, c/c §4°; art. 288 c/c parágrafo único; art. 157, §2°, I (redação anterior à Lei
n. 13654/2018); combinados com o art. 29, todos do Código Penal, sendo que, em caso de da não
apresentaçao de resposta no prazo legal, ou se, citado por edital, nao comparecer, nem constituir
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a
produçao antecipada das provas consideradas urgentes. Eu, Iaf Martins, Diretor de Secretaria, determinei
a digitaçao e o conferi. Fórum Criminal de Belém, 19 de fevereiro de 2019. RAIMUNDO MOISÉS ALVES
FLEXA Juiz de Direito Titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, respondendo cumulativamente pela 3ª Vara
do Tribunal do Júri da Comarca de Belém PROCESSO: 00095244020008140401 PROCESSO ANTIGO:
200020109888 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RAIMUNDO MOISES ALVES
FLEXA Ação: Inquérito Policial em: 19/02/2019 VITIMA:J. S. C. VITIMA:A. S. C. INDICIADO:MARCOS
VINICIUS DE HOLANDA LOPES Representante(s): OAB 8503 - LUCIVALDO ALEXANDRE DE MIRANDA
(ADVOGADO) OAB 8503 - LUCIVALDO ALEXANDRE DE MIRANDA (ADVOGADO) COATOR:IPN.
323/2000 - SU/MARAMBAIA. SENTENÇA. PROC.: 0009524-40.2000.8.14.0401. R.H. Vistos etc., Os
autos em epígrafe revelam inquérito policial instaurado para apurar as circunstâncias das mortes de
JOSIAS SANTOS DA CRUZ e ADIELSON SANTOS DA CRUZ. Destaco que os autos permaneceram
longo período sem qualquer representação ministerial para formação de culpa do indiciado que consta
deste IPL. Por fim, o Ministério Público apresentou nos autos requerimento pela extinção da punibilidade
do indiciado com fundamento na prescrição da pretensão punitiva estatal. É o relatório. O artigo 111 do
Código Penal estipula que: Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa
a correr: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) I - do dia em que o crime se consumou;
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade
criminosa; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) III - nos crimes permanentes, do dia em que
cessou a permanência; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) IV - nos de bigamia e nos de
falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e
adolescentes, previstos neste Código ou em legislação especial, da data em que a vítima completar 18
(dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal. (Redação dada pela Lei nº
12.650, de 2012). Seguindo a redação do artigo ao norte transcrito, destaco que o fato em tela foi
praticado no dia 03/06/2000, conforme indicado nas peças que compõem o trabalho policial. Entretanto,
até a presente data, nenhuma formação de culpa recaí sobre o indiciado, tendo o prazo prescricional fluído
sem interrupções ou suspensões. No trilho acima, destaco que o prazo prescricional não sofreu qualquer
interrupção ou suspensão e, disso, trago à emersão a redação do artigo 109 do Código Penal: Art. 109. A
prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste
Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se:
(Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010). I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; II -
em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze; III - em doze anos,
se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito; IV - em oito anos, se o máximo da
pena é superior a dois anos e não excede a quatro; V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um
ano ou, sendo superior, não excede a dois; VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um)
ano. (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010). O fato criminoso imputados ao indiciado guarda pena
máxima abstrata de 30 (vinte) anos, que prescreve transcorrendo 20 (vinte) anos de tempo, conforme os
termos do artigo acima. Contudo, constato que o indiciado MARCOS VINICIUS DE HOLANDA LOPES era
menor de 21 anos à época do fato, razão pela qual incide sobre o mesmo a regra disposta no artigo 115
do Código Penal, pelo qual o prazo prescricional é reduzido à metade caso o indiciado seja, ao tempo do
crime, menor de 21 anos de idade, senão vejamos: Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de
prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da
sentença, maior de 70 (setenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Logo, para o caso
presente, deve ser contado o lapso prescricional de 10 (dez) anos. Desta forma, observo que da data do
fato, 03/06/2000, até o presente momento já se somam mais de 10 (dez) anos que estes autos estão em
curso, tornando evidente que a punibilidade do indiciado deve ser declarada extinta, pois a pretensão
punitiva estatal foi alcançada pela prescrição, assim sendo, com fulcro no artigo 107, inciso IV, combinado
com o artigo 109, inciso I, e artigo 115, todos do Código Penal e artigo 61 do Código de Processo Penal é
que DECLARO a EXTINÇÃO da PUNIBILIDADE de MARCOS VINICIUS DE HOLANDA LOPES e, por fim,
caso seja, considerando a presente decisão, REVOGO DECRETO de PRISÃO que possa existir em
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
desfavor do indiciado por conta do fato destes autos. Expeça-se CONTRAMANDADO, caso necessário.
Transitada em julgado, arquive-se. P.R.I.C. Belém/PA, 19 de fevereiro de 2019. RAIMUNDO MOISÉS
ALVES FLEXA. Juiz de Direito. Titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, respondendo
cumulativamente pela 3ª Vara do Tribunal do Júri da Capital. PROCESSO: 00100895120108140006
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RAIMUNDO MOISES
ALVES FLEXA Ação: Ação Penal de Competência do Júri em: 19/02/2019 VITIMA:V. S. S.
DENUNCIADO:JOSE REGINALDO ATAIDE ALVES Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA
(ADVOGADO) DENUNCIADO:EVANDRO ROGERIO ATAIDE ALVES Representante(s): OAB -- -
DEFENSORIA PUBLICA (ADVOGADO) . DESPACHO R.H. Conforme pauta, fica designado o dia 26 de
JUNHO de 2019, a partir das 08:00 horas, para julgamento dos pronunciados JOSÉ REGINALDO ATAÍDE
ALVES e EVANDRO ROGÉRIO ATAÍDE ALVES pelo Tribunal do Júri. No intuito de dar celeridade e
melhor cumprimento à determinação judicial, bem como, para que não haja prejuízo processual, autorizo
que a Secretaria Judicial distribua os mandados para cumprimento em caráter de urgência, caso
necessário. Intimem-se as partes. Expeça-se o necessário. Belém, 19 de fevereiro de 2019. RAIMUNDO
MOISÉS ALVES FLEXA Juiz de Direito Titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri Respondendo pela 3ª Vara
do Tribunal do Júri da Capital PROCESSO: 00100895120108140006 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RAIMUNDO MOISES ALVES FLEXA Ação: Ação
Penal de Competência do Júri em: 19/02/2019 VITIMA:V. S. S. DENUNCIADO:JOSE REGINALDO
ATAIDE ALVES Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (ADVOGADO)
DENUNCIADO:EVANDRO ROGERIO ATAIDE ALVES Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA
PUBLICA (ADVOGADO) . EDITAL DE INTIMAÇÃO A Exma. Sr.ª Dr.ª ANGELA ALICE ALVES TUMA, MM.
Juíza de Direito Titular da 3a Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Belém, Estado do Pará, no uso de
suas atribuições legais, FAZ SABER a todos que este lerem ou dele tomarem conhecimento que os
PRONUNCIADOS EVANDRO ROGÉRIO ATAÍDE ALVES, filho de Manoel Noronha Alves e de Ozarina
Ataíde Alves, e JOSÉ REGINALDO ATAÍDE ALVES, vulgo REGIS, filho de Manoel Noronha Alves e de
Ozarina Ataíde Alves, serão submetidos a julgamento perante o Tribunal do Júri no dia 26 de JUNHO de
2018, às 08:00 horas, nos autos de processo no 0010089-51.2010.814.0006, estando, ou caso estejam,
atualmente em lugar incerto e não sabido, expede-se o presente EDITAL, para tomar conhecimento.
Belém-PA, 19 de fevereiro de 2019. Eu, Andréia Karina Selbmann, Analista Judiciária, digitei e conferi.
RAIMUNDO MOISÉS ALVES FLEXA Juiz de Direito Titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri Respondendo
pela 3ª Vara do Tribunal do Júri PROCESSO: 00137244120188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RAIMUNDO MOISES ALVES FLEXA Ação:
Inquérito Policial em: 19/02/2019 INDICIADO:SEM INDICIAMENTO VITIMA:D. V. F. N. . ARQUIVAMENTO
DE INQUÉRITO POLICIAL. DECISÃO. R.H. Acolho a manifestação do Ministério Público, que consta
desses autos de Inquérito Policial, pois conforme as razões expostas pelo parquet, depreende-se que do
conjunto probatório alcançado pelo trabalho investigativo policial, no momento, não fornece elementos
mínimos para o oferecimento de denúncia crime. Em razão do acima exposto, DETERMINO, como requer
o Ministério Público, o ARQUIVAMENTO do presente Inquérito Policial, bem como o apenso de nº
0010653-31.2018.8.14.0401., ressalvada a hipótese do artigo 18, do Código de Processo Penal. Quanto à
juntada do laudo necroscópico da vítima requerida pelo Ministério Público, INDEFIRO, haja vista que a
diligência pode ser requerida diretamente pelo Parquet. Após as baixas necessárias, arquive-se.
Belém/PA, 19 de fevereiro de 2019. RAIMUNDO MOISÉS ALVES FLEXA. Juiz de Direito. Titular da 2ª
Vara do Tribunal do Júri da Capital, respondendo cumulativamente pela 3ª Vara do Tribunal do Júri da
Capital. PROCESSO: 00190615520118140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RAIMUNDO MOISES ALVES FLEXA Ação:
Inquérito Policial em: 19/02/2019 INDICIADO:APURACAO VITIMA:H. S. P. AUTORIDADE POLICIAL:DPC
- GOLDEMBERG GONZAGA DO NASCIMENTO SOUZA. ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO POLICIAL.
DECISÃO. R.H. Acolho a manifestação do Ministério Público, que consta desses autos de Inquérito
Policial, pois conforme as razões expostas pelo parquet, depreende-se que do conjunto probatório
alcançado pelo trabalho investigativo policial, no momento, não fornece elementos mínimos para o
oferecimento de denúncia crime. Em razão do acima exposto, DETERMINO, como requer o Ministério
Público, o ARQUIVAMENTO do presente Inquérito Policial, ressalvada a hipótese do artigo 18, do Código
de Processo Penal. Após as baixas necessárias, arquive-se. Belém/PA, 19 de fevereiro de 2019.
RAIMUNDO MOISÉS ALVES FLEXA. Juiz de Direito. Titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital,
respondendo cumulativamente pela 3ª Vara do Tribunal do Júri da Capital. PROCESSO:
00219812920008140401 PROCESSO ANTIGO: 200020248479
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RAIMUNDO MOISES ALVES FLEXA Ação: Ação
Penal de Competência do Júri em: 19/02/2019 REU:TEODOLINO MOREIRA DOS SANTOS FILHO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
Direito, Raimundo Moisés Alves Flexa, titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, respondendo
cumulativamente pela 3ª Vara do Tribunal do Júri, fica remarcada a audiência de instrução para o dia
05/08/2019, às 09:30 horas. Belém, 20 de fevereiro de 2019. Larissa Neves Duarte Analista Judiciária da
3ª Vara do Tribunal do Júri PROCESSO: 00235742720158140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RAIMUNDO MOISES ALVES FLEXA Ação: Ação
Penal de Competência do Júri em: 20/02/2019 DENUNCIADO:TASSIO WELL DOS SANTOS FARIAS
Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (ADVOGADO) VITIMA:F. S. B. ASSISTENTE DE
ACUSACAO:MARIA DAS NEVES SOARES BAIA Representante(s): OAB 12998 - BRUNO NATAN
ABRAHAM BENCHIMOL (ADVOGADO) OAB 16693 - JEFFERSON FRANK SILVEIRA NASCIMENTO
(ADVOGADO) . R.H. Recebo o Recurso em Sentido Estrito interposto pela defesa do acusado TASSIO
WELL DOS SANTOS FARIAS (fls.140), pois preenche os requisitos de admissibilidade. Dê-se vista as
partes para razões e contrarrazões, na forma da lei. Sem prejuízo, intimem-se os advogados subscritores
da petição de fl. 142 dos autos, para esclarecerem a incongruência apontada na certidão de fl. 146. Após,
conclusos. Intimem-se. Cumpra-se. Belém/PA, 20 de fevereiro de 2019. RAIMUNDO MOISÉS ALVES
FLEXA. Juiz de Direito. Titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, respondendo cumulativamente
pela 3ª Vara do Tribunal do Júri da Capital. PROCESSO: 00709224120158140401 PROCESSO ANTIGO:
---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): IAF LOBATO MARTINS Ação: Ação Penal de
Competência do Júri em: 20/02/2019 DENUNCIADO:CLEITON ALAN SANTOS BRITO Representante(s):
OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (ADVOGADO) VITIMA:A. M. S. . VISTAS AO MINISTÉRIO PÚBLICO
(ART. 422, CPP): Vistas dos autos ao Ministério Público, para, no prazo de cinco dias, manifestar-se
acerca do rol de testemunhas que irão depor em plenário, até o máximo de 5 (cinco), bem como, acerca
de documentos que queira juntar e requerer diligências, nos termos do art. 422 do Código de Processo
Penal. Belém, 20/02/2019. Iaf Lobato Martins, Diretor de Secretaria da 3ª Vara do Tribunal do Júri da
Comarca de Belém PROCESSO: 00002041420188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): RAIMUNDO MOISES ALVES FLEXA Ação: Ação
Penal de Competência do Júri em: 21/02/2019 VITIMA:S. I. S. E. DENUNCIADO:WEIDER ROBERTO DA
SILVA ELLERES Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA
(DEFENSOR) . SENTENÇA. PROC.: 0000204-14.2018.8.14.0401 ACUSADO.: WEIDER ROBERTO DA
SILVA ELLERES. IMPUTAÇÃO.: Art. 121, §2º, incisos II e IV, do CPB. VÍTIMA.: SEBASTIÃO ITAMAR
SOARES ELLERES. Vistos etc., O Ministério Público do Estado do Pará, por meio de um de seus
membros, ofereceu denúncia crime contra WEIDER ROBERTO DA SILVA ELLERES, qualificado nos
autos, imputando-lhe o tipo penal descrito no Art. 121, §2º, II e IV, do Código Penal Brasileiro por fato
cometido contra a vítima SEBASTIÃO ITAMAR SOARES ELLERES. Depreende-se da narrativa ministerial
que, no dia 03 de janeiro de 2018, à noite, na Rua Alenquer, nº 317, bairro da Cidade Velha, nesta cidade,
a vítima SEBASTIÃO ITAMAR SOARES ELLERES encontrava-se em sua residência, momento no qual o
denunciado WEIDER ROBERTO DA SILVA ELLERES tentou se apoderar de um conjunto de panelas com
o objetivo de vendê-las para comprar mais drogas para o seu consumo. No entanto, a vítima não
concordou com a atitude do denunciado, o que gerou discussão entre ambos, motivo pelo qual WEIDER
ROBERTO agrediu a vítima com vários golpes de faca, ocasionando a sua morte. Destaca-se que a vítima
era avô do ora acusado. O acusado foi preso em flagrante delito, razão pela qual o encaminharam à
Audiência de Custódia, na qual foi relaxado o flagrante, conforme o art. 310, I, do CPPB. No entanto, a
autoridade policial que presidiu o Inquérito representou pela decretação da custódia preventiva, bem como
o representante do Ministério Público em requerimento manifestado em sede de Audiência de Custódia.
Desse modo, às fls. 901/91, o Juízo entendeu por decretar a prisão preventiva do acusado. A denúncia
crime foi formalmente recebida pela decisão de fl. 97 dos autos. O acusado WILLIAN LUCAS MARTINS
TEIXEIRA foi regularmente citado, conforme faz prova o documento de fl. 105, apresentando resposta à
acusação à fl. 108. Realizada a instrução probatória da primeira fase dos processos afetos ao Tribunal do
Júri, colheram-se os depoimentos das testemunhas JOSÉ ADAIRTON MACIEL DOS SANTOS, GISELLE
MARIANA ALCÂNTARA DA SILVA, DOMINGOS SAMUEL AMARAL DA SILVA, arroladas pelo Ministério
Público, sendo as demais testemunhas dispensadas. Por fim, o réu foi qualificado e interrogado, tudo
conforme às fls. 125/126 dos autos. Durante este momento processual, a defesa pleiteou pela instauração
de incidente de insanidade mental do acusado, em face da possiblidade de o fato ter ocorrido em situação
de inimputabilidade. Em decisão de fl. 128, o Juízo deferiu o pedido, observando os comandos presentes
na lei processual penal, e formulou quesitos a serem encaminhados ao respectivo perito. Intimada as
partes para apresentação de quesitos, o Ministério Público o fez à fl. 124, ao passo que, à fl. 130, a defesa
não propôs algum, ratificando os apresentados até aquele momento. O laudo foi confeccionado, sendo
juntado às fls. 151/154 dos autos. Após, em manifestação de fl. 221, o representante do Ministério Público
constatou a ausência do laudo necroscópico e o desenho de lesões realizado no cadáver da vítima, de
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modo que oficiou à Diretoria do Instituto Médico-Legal para que lhe fosse remetido o respectivo exame.
Por essa razão, requereu o acautelamento dos autos até a juntada do referido laudo e que retorne o feito
ao Parquet para a apresentação de alegações finais. Encerrada a instrução preliminar, as partes
apresentaram as suas alegações finais por memoriais escritos. O Ministério Público requereu a pronúncia
do acusado, nos termos da denúncia. A defesa WEIDER ROBERTO DA SILVA ELLERES, por sua vez,
deixou de proferir tese defensiva neste momento processual, reservando-se para fazê-la em plenário do
Tribunal do Júri. É o relatório. DECIDO. Concluída a instrução, com a apresentação das alegações finais,
caberá ao Magistrado quatro opções: a PRONÚNCIA, quando convencido da materialidade do fato e
possuir indícios suficientes de autoria; a IMPRONÚNCIA, quando não se convencer da existência do fato e
dos indícios suficientes de autoria; a DESCLASSIFICAÇÃO, prevista no artigo 418, quando o juiz se
convencer, em discordância com a denúncia ou queixa, da existência de crime diverso daquele da
competência do Tribunal do Júri e, por fim, a ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA, quando ocorrente alguma causa
de justificação, na forma do disposto no artigo 415 do Código de Processo Penal. Todavia, como é do
conhecimento técnico, o Juiz de Direito na primeira fase dos processos relativos aos fatos de competência
do Tribunal do Júri, não realiza análise aprofundada do mérito da questão, salvo raras exceções e casos,
tendo em vista que essa atribuição cabe aos integrantes do Conselho de Sentença do Júri Popular,
conforme determina o artigo 5º, inciso XXXVIII, alínea "c" da Constituição Federal, portanto, nesta fase
procedimental, o que se analisa é a comprovação dos indícios suficientes de autoria e a prova da
materialidade do fato. Assim, passo à análise dos elementos contidos nos autos. No sentido acima, a
materialidade do fato está corporificada de forma inconteste pelo laudo necroscópico juntado aos autos à
fl. 180 dos autos. Referente aos indícios suficientes de autoria, destaco que os depoimentos testemunhais
colhidos durante a instrução preliminar foram convergentes em apontar o acusado como sendo possível
autor do delito. Os depoimentos mencionados corroboram, portanto, o produto da investigação criminal,
razão pela qual entendo que constam indícios suficientes de autoria em desfavor do réu WEIDER
ROBERTO DA SILVA ELLERES. Quanto às qualificadoras do crime sustentadas pelo Ministério Público,
em face da ausência de elementos fortes de convicção que venham demonstrar, de maneira
incontroversa, a inadequação das qualificadoras apresentadas na denúncia, não há como em sede de
pronúncia, subtraí-las da apreciação pelo Juízo natural, o Tribunal do Júri, assim entendo necessário
mantê-las. Desta feita, com fundamento no artigo 413 do Código de Processo Penal, PRONUNCIO o
denunciado WEIDER ROBERTO DA SILVA ELLERES, qualificado nos autos, para ser submetido a
julgamento pelo Tribunal do Júri, como incursos nas sanções punitivas do Art. 121, §2º, incisos II e IV do
CPB. Autorizo desde já a intimação por edital, caso frustrada a intimação pessoal dos réus acerca da
pronúncia. Após a preclusão, intimem-se as partes para fins do artigo 422 do CPPB. P.R.I.C. Belém/PA,
21 de fevereiro de 2019. RAIMUNDO MOISÉS ALVES FLEXA. Juiz de Direito. Titular da 2ª Vara do
Tribunal do Júri da Capital, respondendo cumulativamente pela 3ª Vara do Tribunal do Júri da Capital.
PROCESSO: 00041271920168140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): IAF LOBATO MARTINS Ação: Ação Penal de
Competência do Júri em: 21/02/2019 DENUNCIADO:EWERTON DIEGO FERREIRA DA SILVA
Representante(s): OAB 4250 - JANIO ROCHA DE SIQUEIRA (ADVOGADO) OAB 7692 - SIMONE DE
OLIVEIRA FERREIRA (ADVOGADO) DENUNCIADO:MARCELO NERY MAUES Representante(s): OAB
10691 - ANETE DENISE SILVA PEREIRA (ADVOGADO) OAB 7388 - ROBERTO LAURIA (ADVOGADO)
OAB 14928 - LORENA DE OLIVEIRA FERREIRA (ADVOGADO) OAB 19573 - RAFAEL OLIVEIRA
ARAUJO (ADVOGADO) DENUNCIADO:CLEVERSON RODRIGO CORREA DE SOUZA Representante(s):
OAB 4753 - LUCIEL DA COSTA CAXIADO (ADVOGADO) OAB 19774 - BRENO BRAZIL DE ALMEIDA
LINS (ADVOGADO) OAB 21347 - RAFAEL FREIRE GOMES (ADVOGADO) OAB 23554 - FABIOLA
GOMES DA SILVA (ADVOGADO) OAB 24379 - PEDRO AUGUSTO DIAS DA SILVA CAXIADO
(ADVOGADO) DENUNCIADO:ANTONIO CARLOS DA COSTA FILHO Representante(s): OAB 7388 -
ROBERTO LAURIA (ADVOGADO) OAB 14928 - LORENA DE OLIVEIRA FERREIRA (ADVOGADO) OAB
19573 - RAFAEL OLIVEIRA ARAUJO (ADVOGADO) VITIMA:F. A. C. L. VITIMA:R. P. C. ASSISTENTE DE
ACUSACAO:MARIA DO PERPETUO SOCORRO CARDOSO LIMA Representante(s): OAB 11888 -
ROSILEA PACHECO SILVA DO MONTE (ADVOGADO) OAB 20657 - MARCIO DE JESUS ROCHA
RANGEL (ADVOGADO) . VISTAS À DEFESA - INTIMAÇÃO PARA APRESENTAR RAZÕES
RECURSAIS: INTIMAÇÃO: em atenção à decisão de fls. 579, ficam os presentes autos à disposição dos
advogados de defesa dos acusados ANTONIO CARLOS DA COSTA FILHO e MARCELO NERY MAUES,
para apresentação, no prazo legal de 02 (dois) dias, das razões ao Recurso em Sentido Estrito interposto
pelas defesas, servindo a presente publicação como intimação, nos termos do art. 370, §1°, do CPP. Iaf
Martins. Diretor de Secretaria da 3ª Vara do Tribunal do Júri de Belém. PROCESSO:
00041271920168140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
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RAIMUNDO MOISES ALVES FLEXA Ação: Ação Penal de Competência do Júri em: 21/02/2019
DENUNCIADO:EWERTON DIEGO FERREIRA DA SILVA Representante(s): OAB 4250 - JANIO ROCHA
DE SIQUEIRA (ADVOGADO) OAB 7692 - SIMONE DE OLIVEIRA FERREIRA (ADVOGADO)
DENUNCIADO:MARCELO NERY MAUES Representante(s): OAB 10691 - ANETE DENISE SILVA
PEREIRA (ADVOGADO) OAB 7388 - ROBERTO LAURIA (ADVOGADO) OAB 14928 - LORENA DE
OLIVEIRA FERREIRA (ADVOGADO) OAB 19573 - RAFAEL OLIVEIRA ARAUJO (ADVOGADO)
DENUNCIADO:CLEVERSON RODRIGO CORREA DE SOUZA Representante(s): OAB 4753 - LUCIEL DA
COSTA CAXIADO (ADVOGADO) OAB 19774 - BRENO BRAZIL DE ALMEIDA LINS (ADVOGADO) OAB
21347 - RAFAEL FREIRE GOMES (ADVOGADO) OAB 23554 - FABIOLA GOMES DA SILVA
(ADVOGADO) OAB 24379 - PEDRO AUGUSTO DIAS DA SILVA CAXIADO (ADVOGADO)
DENUNCIADO:ANTONIO CARLOS DA COSTA FILHO Representante(s): OAB 7388 - ROBERTO LAURIA
(ADVOGADO) OAB 14928 - LORENA DE OLIVEIRA FERREIRA (ADVOGADO) OAB 19573 - RAFAEL
OLIVEIRA ARAUJO (ADVOGADO) VITIMA:F. A. C. L. VITIMA:R. P. C. ASSISTENTE DE
ACUSACAO:MARIA DO PERPETUO SOCORRO CARDOSO LIMA Representante(s): OAB 11888 -
ROSILEA PACHECO SILVA DO MONTE (ADVOGADO) OAB 20657 - MARCIO DE JESUS ROCHA
RANGEL (ADVOGADO) . R.H. Recebo os Recursos em Sentido Estrito interpostos pelos réus ANTÔNIO
CARLOS DA COSTA FILHO, MARCELO NERY MAUÉS e CLEVERSON RODRIGO CORREA DE SOUZA
às fls.1900, 1898 e 1904 dos autos, respectivamente, posto que preenchidos os requisitos de
admissibilidade. Dê-se vista dos autos às partes para apresentação de razões e contrarrazões, na forma
da lei, observando que o pronunciado CLEVERSON RODRIGO CORREA DE SOUZA já apresentou suas
razões recursais às fls.1939/1961. Quanto ao Recurso de Apelação interposto pela Assistência à
acusação acompanhado de razões recursais (fls.1905/1938), tenho que o mesmo é tempestivo, posto que
interposto dentro do prazo de cinco dias após o trânsito em jugado para o Ministério Público, conforme
certificado pelo Sr. Diretor de Secretaria à fls.1963. Transcrevo esclarecedor julgado neste sentido:
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. DECISÃO QUE NÃO RECEBEU A APELAÇÃO POR
INTEMPESTIVIDADE. INSURGÊNCIA DO ASSISTENTE ACUSAÇÃO. PRELIMINARES. NULIDADE
PROCESSUAL. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. DECISÃO QUE NÃO RECEBEU O RECURSO DE
APELAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE CARÁTER DECISÓRIO. FUNDAMENTAÇÃO CONCISA
PARA SUA VALIDADE. FALTA DE INTIMAÇÃO DO ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO. DESNECESSIDADE.
INEXISTÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL ACERCA DA NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO DO ASSISTENTE
DE ACUSAÇÃO A RESPEITO DO INÍCIO E TÉRMINO DO PRAZO RECURSAL DO MINISTÉRIO
PÚBLICO. PREJUÍZO NÃO DEMONSTRADO. PREFACIAIS AFASTADAS. MÉRITO. PRETENDIDA
DESCONSTITUIÇÃO DA R. DECISÃO QUE NÃO RECEBEU O RECURSO DE APELAÇÃO FRENTE
SUA INTEMPESTIVIDADE. INVIABILIDADE. ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO DEVIDAMENTE
HABILITADO ATÉ A SENTENÇA. EXEGESE DO ARTIGO 598, § Ú, DO CÓDIGO DE PROCESSO
PENAL. PRAZO RECURSAL DE 05 (CINCO) DIAS. SÚMULA 448 DO STJ. CONFIGURADA
INTEMPESTIVIDADE DO RECURSO DE APELAÇÃO. DECISÃO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. 1. Em que pese o acusado ter defendido, nos termos do artigo 93, inciso IX, da
Constituição Federal, de que todas as decisões proferidas no âmbito do Poder Judiciário devam ser
fundamentadas, sob pena de nulidade, entendo que a nulidade pretendida não se suporta diante da
ausência de caráter decisório da certidão, necessitando, apenas, fundamentação concisa para sua
validade. 2. Observa-se que o Ministério Público, titular da ação penal, no decorrer do trâmite processual,
agiu com zelo em todos os atos necessários ao bom andamento do feito, estando presentes em todos os
momentos, o que por certo, e diante do conjunto aqui discutido, caso houvesse uma hipotética ausência
de intimação do assistente de acusação, não vislumbraria qualquer prejuízo à defesa que sujeitasse à
nulidade pretendida. 3. Quando o Assistente de Acusação já estiver habilitado nos autos, o prazo de
interposição do recurso de apelação criminal é de 5 dias, contado do dia posterior ao que findar o lapso do
Ministério Público para recorrer, diante da natureza subsidiária de seu recurso, não devendo ser conhecido
se aviado fora do quinquídio legal. (TJSC, Apelação Criminal n. 0005286-94.2016.8.24.0020, de Criciúma,
rel. Des. Sérgio Rizelo, Segunda Câmara Criminal, j. 27-03-2018) (TJSC, Recurso em Sentido Estrito n.
0005362-72.2012.8.24.0113, de Camboriú, rel. Des. Luiz Neri Oliveira de Souza, Quinta Câmara Criminal,
j. 27-09-2018). Sendo assim recebo o Recurso de Apelação da Assistência à Acusação, determinando
vista dos autos às partes para razões e contrarrazões no prazo de lei. Após cumpridas as determinações,
retornem os autos conclusos. Intimem-se. Cumpra-se. Belém/PA, 21 de fevereiro de 2019. RAIMUNDO
MOISÉS ALVES FLEXA Juiz de Direito Titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, respondendo
cumulativamente pela 3ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Belém-Pa. PROCESSO:
00061650420168140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
LARISSA NEVES DUARTE Ação: Ação Penal de Competência do Júri em: 21/02/2019 VITIMA:P. B. S. J.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
menos fragilizado pelo próprio modo ou em função das circunstâncias em que penalmente violada a esfera
de integridade das pessoas ou do patrimônio de terceiros. Daí a sua categorização jurídico-positiva, não
como descrição de delito ou cominação de pena, mas como pressuposto de prisão cautelar; ou seja, como
imperiosa necessidade de acautelar o meio social contra fatores de perturbação que já se localizam na
peculiar execução de certos crimes. Não da incomum gravidade desse ou daquele delito, entenda-se. Mas
da incomum gravidade da protagonização em si do crime e de suas circunstâncias. 4. Não há como
desenlaçar a necessidade de preservação da ordem pública e o acautelamento do meio social. No mesmo
passo em que o conceito de ordem pública se desvincula do conceito de incolumidade das pessoas e do
patrimônio alheio, ele se liga umbilicalmente ao conceito de acautelamento do meio social. Acautelamento
que não se confunde com a mera satisfação de um sentimento generalizado de insegurança, senão com
medidas de efetiva proteção de uma certa comunidade; ou seja, se a ambiência fática permite ao
magistrado aferir que a liberdade de determinado indivíduo implicará a insegurança objetiva de outras
pessoas, com sérios reflexos no seio da própria comunidade, abre-se espaço para o manejo da prisão em
prol da ordem pública. Insegurança objetiva, portanto, que direciona o juízo do magistrado para a
concretude da realidade que o cerca. Não para um retórico ou especulativo apelo à indeterminação
semântica daquilo que tradicionalmente se entende por ?paz pública?. 5. No caso, a custódia preventiva
do paciente não foi decretada tão-somente em meras suposições de risco à garantia da ordem pública, ou
na gravidade em abstrato do crime debitado ao paciente. Trata-se de decisão que indicou objetivamente
dados concretos quanto à premente necessidade de acautelamento do meio social, notadamente quanto
ao modus operandi brutalmente incomum. Deveras, quando da maneira de execução do delito sobressair
a extrema periculosidade do agente, o decreto de prisão ganha a possibilidade de estabelecer um vínculo
funcional entre o modus operandi do suposto crime e a garantia da ordem pública. Isso na linha de que a
liberdade do paciente implicará a insegurança objetiva de outras pessoas, com sérios reflexos no seio da
própria comunidade. 6. Ordem denegada. (STF - HC: 111244 SP , Relator: Min. AYRES BRITTO, Data de
Julgamento: 10/04/2012, Segunda Turma, Data de Publicação: DJe-124 DIVULG 25-06-2012 PUBLIC 26-
06-2012) Damásio Evangelista de Jesus acentua, apropriadamente, que "o princípio de inocência não
impede que sejam tomadas determinadas medidas contra o réu antes do trânsito em julgado da sentença
condenatória, desde que, de conteúdo cautelar, sejam provisórias e necessárias" (Código de Processo
Penal, p. 724, Saraiva, 1993). Também acentua que "o princípio deve ser empregado com critério e
equilíbrio, buscando-se uma justa posição entre o direito de punir do Estado e o direito penal público
subjetivo de liberdade do cidadão". Dá, ainda, o mesmo autor, que a receita para se buscar o ponto de
equilíbrio é verificar se a prisão resguarda a segurança social e a medida não se mostra injusta ou
desnecessária. Tal instituto justifica-se porque tem por desiderato a garantia da ordem pública, da ordem
econômica, a preservação da instrução criminal e a eventual aplicação da lei penal, arts. 311 e seguintes
do Código de Processo Penal. Todavia, sendo um ato de exceção, somente em hipóteses específicas,
extremamente necessárias, justifica-se. Pois bem, no presente caso, satisfeitos estão os pressupostos da
prisão cautelar, previstos nos artigos 312 e 313 do CPP, tendo em vista que já se tem indícios de autoria e
materialidade que justificam a medida assecuratória e protetora da sociedade. Ressalte-se que não há que
se falar em qualeur constrangimento pelo fato de haver diligência pendente de realização para que seja
possível designar a fata do julgamento do réu, haja vista que a própria defesa do acusado alega ser
necessário o cumprimento da mesma, corroborando o requerimento do representante do parquet. Assim,
por se encontrarem presentes os fundamentos da Prisão Preventiva insculpidos no artigo 312 do CPP,
INDEFIRO o pedido de revogação de WHEIDER DA SILVA GALVÃO, qualificado nos autos. Aguarde-se o
cumprimento da diligência requerida pelas partes. Após, retornem os autos conclusos. Intimem-se.
Belém(PA), 21 de Fevereiro de 2019. RAIMUNDO MOISÉS ALVES FLEXA Juiz de Direito Titular da 2ª
Vara do Tribunal do Júri da Capital, respondendo cumulativamente pela 3ª Vara do Tribunal do Júri da
Comarca de Belém-Pa. PROCESSO: 00088192720178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): LARISSA NEVES DUARTE Ação: Ação Penal de
Competência do Júri em: 21/02/2019 DENUNCIADO:PATRÍCIO VIANA PINHEIRO
DENUNCIADO:RODOLFO NERES AMAR A DEUS Representante(s): OAB 3555 - DORIVALDO DE
ALMEIDA BELEM (ADVOGADO) OAB 15873 - MICHELE ANDREA TAVARES BELEM (ADVOGADO)
OAB 18280 - RODRIGO DE OLIVEIRA CORREA (ADVOGADO) OAB 14469 - DANILO CORREA BELEM
(ADVOGADO) VITIMA:F. F. B. F. . - ATO PROCESSUAL ORDINATÓRIO: Tendo em vista a determinação
judicial para esta Secretaria designar data de audiência, nos termos do art. 1°, §1°, do Provimento
n°006/2006-CJRMB (DJ 20.10.2006), de ordem do MM. Juiz de Direito, Raimundo Moisés Alves Flexa,
titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, respondendo cumulativamente pela 3ª Vara do Tribunal do Júri, fica
remarcada a audiência de instrução para o dia 10/04/2019, às 10:30 horas. Belém, 21 de fevereiro de
2019. Larissa Neves Duarte Analista Judiciária da 3ª Vara do Tribunal do Júri PROCESSO:
968
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
40.2015.8.14.0201 Em cumprimento a determinação do MM. Juiz de Direito, com amparo no artigo 370,
§1º do CPP, INTIMO o(s) advogado(s) constituído(s) Bel(s) JANIO ROCHA DE SIQUEIRA, OAB/PA nº
4250, advogado(s) do(s) acusado(s) GLAUBER FERNANDO DA SILVA, para que, no prazo de 5(cinco)
dias, adeque o quantum das testemunhas arroladas na fase do Art. 422 do CPPB uma vez que
extrapolaram o máximo legal. Belém(PA), 22 de fevereiro de 2019. DENIS MARCELO VILHENA RABELO
Diretor de Secretaria da 4ª Vara do Tribunal do Júri da Capital Art. 1º, § 1º, IX do Provimento no 06/2006-
CRJMB, de 10/10/2006 PROCESSO: 00076947620168140201 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): DENIS MARCELO VILHENA RABELO Ação: Ação
Penal de Competência do Júri em: 22/02/2019 VITIMA:D. M. W. P. ACUSADO:MATEUS BARBOSA DA
COSTA. CERTIDÃO CERTIFICO e dou fé que se esgotou o prazo do edital e o(a) denunciado(a) mesmo
citado(a) por edital não apresentou resposta escrita à acusação, não compareceu em secretaria e nem
constituiu advogado(a) nos presentes autos. Outrossim, CERTIFICO que ao pesquisar no SIEL (Sistema
de Informações Eleitorais) e INFOPEN (Sistema de Informações Penitenciárias) não localizei informações
quanto a endereço atualizado do(a) denunciado(a). Belém/PA, 22 de fevereiro de 2019 . Denis Marcelo
Vilhena Rabelo Diretor de Secretaria 4ª Vara do Tribunal do Júri de Belém/PA PROCESSO:
00200233420188140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A):
DENIS MARCELO VILHENA RABELO Ação: Ação Penal de Competência do Júri em: 22/02/2019
VITIMA:J. L. C. C. ACUSADO:JOSE LUIZ FARIAS ALVES Representante(s): OAB 8064 - ANTONIO
SAMPAIO PORTELA (ADVOGADO) OAB 19214 - JEAN DOS PASSOS LIMA (ADVOGADO) . ATO
ORDINATÓRIO Processo: 0020023-34.2018.8.14.0401 Em cumprimento a determinação do MM. Juiz de
Direito, com amparo no artigo 370, §1º do CPP, INTIMO o(s) advogado(s) constituído(s) Bel(s) JEAN DOS
PASSOS LIMA, OAB/PA nº 19214, advogado(s) do(s) acusado(s) JOSE LUIZ FARIAS ALVES para que no
prazo de 5(cinco) dias informar o endereço atualizado do acusado ou especificar os já apresentados, por
estarem os comprovantes em nome de pessoas estranhas aos autos. Belém(PA), 22 de fevereiro de 2019.
DENIS MARCELO VILHENA RABELO Diretor de Secretaria da 4ª Vara do Tribunal do Júri da Capital Art.
1º, § 1º, IX do Provimento no 06/2006-CRJMB, de 10/10/2006 PROCESSO: 00284161620168140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): DEUZADETE
FERREIRA DA SILVA Ação: Ação Penal de Competência do Júri em: 22/02/2019 REU:GIOVANNI LIMA
MONTEIRO VITIMA:J. B. F. . - ATO PROCESSUAL ORDINATÓRIO REALIZADO INDEPENDENTE DE
DESPACHO: Remessa dos autos ao Ministério Público, nos termos do art. 1°, §1°, do Provimento
n°006/2006-CJRMB (DJ 20.10.2006), para fins de abertura de vista dos autos para, tendo em vista o teor
da certidão de fl. 73, se manifeste sobre a testemunha Josenilson Viana Santa, bem como, tomar ciência
da audiência designada à fl. 75. Belém/PA, 22 de fevereiro de 2019. Deuzadete Ferreira da Silva Analista
Judiciário
972
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
RESENHA: 22/02/2019 A 22/02/2019 - SECRETARIA DA 13ª VARA CRIMINAL DE BELEM - VARA: 13ª
VARA CRIMINAL DE BELEM
PROCESSO: 00122324820178140401 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): SOLANGE MARIA CARNEIRO MATOS Ação: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 22/02/2019---DENUNCIADO:MARIO CARNEIRO BARBOSA
Representante(s): OAB 006547 - ARILDES FURTADO DE ABREU (ADVOGADO)
DENUNCIADO:MARCOS CARNEIRO BARBOSA Representante(s): OAB 006547 - ARILDES FURTADO
DE ABREU (ADVOGADO) DENUNCIADO:F. E. DENUNCIADO:PRIMEIRO PROMOTOR DE JUSTICA
DE CRIMES CONTRA ORDEM TRIBUTARIA. ATO ORDINATÓRIO Por determinação do MM. Juiz de
Direito, Dr. Augusto César da Luz Cavalcante e em cumprimento ao disposto no Art. 203, § 4º do NCPC,
abro vista à Defesa para apresentação das Alegações Finais, na forma do Art. 403, § 3º do Código de
Processo Penal. Belém, 22 de fevereiro de 2019. Solange Maria Carneiro Matos Diretora de Secretaria da
13ª Vara Criminal de Belém
PROCESSO: 00267050520188140401 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE Ação:
Exceção de Incompetência de Juízo em: 22/02/2019---EXCIPIENTE:ENIVAL DIAS DO NASCIMENTO
Representante(s): OAB 11997 - ANDRE MARTINS PEREIRA (DEFENSOR) . AÇÃO PENAL EXCEÇÃO
DE INCOMPETÊNCIA Processos nº. 0024221-90.2013.8.14.0401 e 0026705-05.2018.8.14.0401
Excepientes : ENIVAL DIAS DO NASCIMENTO e ERDSON ADILSON RODRIGUES FERREIRA
MARTINS DECIS¿O INTERLOCUTÓRIA Somente nesta data por acúmulo de serviço. Cuida o
presente procedimento de Ação Penal por crime supostamente cometido por Enival Dias do Nascimento e
Erdson Adilson Rodrigues Ferreira Martins, previsto no art. 1º, I, II, e IV c/c artigos 11 e 12, todos da Lei nº
8137/90, c/c arts. 69, caput e art. 71, ambos do CP. Os acusados como representantes e
administradores da empresa contribuinte E Dias do Nascimento ME, deixaram de recolher ICMS resultante
de operação não escriturada em livros fiscais, conforme foi apurado pelo Fisco no Município de Itaituba,
local onde praticavam o comércio varejista de mercadorias, ferragens, materiais de construção, bebidas e
combustíveis. O débito apurado foi inscrito em dívida ativa em 16/10/2013 (termo nº 2013570011436-
6), no percentual atualizado na época de R$ 228.297,50 (fl. 116). A ação foi recebida em 08/09/2016,
ocasião em que foram determinadas as citações dos acusados, sendo que apenas Enival Dias do
Nascimento foi citado em 17/08/2018 (fl. 127 e fl. 128). Como Enival Dias não se manifestou sobre a
acusação, foi nomeado Defensor Público para apresentar defesa preliminar, o que fez em 26/09/2018,
conforme petição juntada às fls. 136/137, oportunidade em que apresentou esta exceção de
incompetência registrada sob o número 0026705-05.2018.8.14.0401. Nos autos, que estão em apenso,
a Defesa se manifestou pela remessa do processo à Comarca do local onde o crime supostamente
ocorreu, ou seja, onde se deu a saída de mercadoria, que é o fato gerador do tributo, conforme petição
juntada nos autos às fls. 02-03. O Ministério Público se manifestou alegando que o momento da
consumação do crime ocorreu com os atos administrativos lançados em Belém, local de sede da Receita
Estadual (fls. 05/19). Sobre o tema o juízo é instado a apreciar, o que faz nos seguintes termos: A
matéria é um tema que tem gerado inúmeros recursos repetitivos, pois compreende este Juízo que a sua
competência é de ordem material, visto que é definida pela Lei de Organização Judiciária, e, portanto, tem
caráter absoluto, cuja abrangência não alcança expressamente todo o Estado do Pará. De seu lado
sustenta o Órgão Ministerial, em resumo, que o crime previsto no art. 1º da Lei 8.137/90 seria consumado,
tão somente, com o lançamento do crédito tributário e que este ato praticado pelo agente fazendário faria
parte do próprio tipo penal. Desta forma, sendo o ato administrativo de lançamento do crédito tributário
realizado por órgão localizado em Belém do Pará, a 13ª Vara Criminal da Capital seria territorialmente
competente para apreciar o feito. Num primeiro momento este juízo desafiou parcialmente esse
posicionamento, em face da súmula vinculante STF nº. 24., verbis: ¿Não se tipifica crime material contra a
ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do
tributo¿ Nesse sentido, em ação interpretativa, lançou o seguinte posicionamento nos diversos RESES
ora em curso. Transcreve-se: ¿Com base na expressão ¿tipifica¿ contida no verbete retro mencionado, a
promotoria entende que o crime previsto no Art. 1º, incisos I a IV da Lei 8.137/90 se consumaria com o
lançamento definitivo do tributo (ato administrativo realizado em órgão localizado em Belém),
considerando, ainda, o lançamento como sendo parte integrante do tipo penal e que a última elementar do
delito fiscal (supressão total ou a redução do tributo devido) ocorreria em Belém, uma vez que o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
pagamento do débito fiscal só pode ser efetuado em Agência do Banpará localizado nesta capital.
Entendemos de forma diversa, contudo, a respeito de qual seria a natureza jurídica do lançamento do
crédito tributário. A nosso ver, amparado por vasta doutrina e jurisprudência de nossos tribunais
superiores, o lançamento do tributo enquadra-se como condição objetiva de punibilidade, estando
relacionado a procedibilidade da ação penal, não pertencendo, portanto, ao conceito de tipicidade da
conduta descrita no tipo penal. Segundo Roxin, as condições objetivas de punibilidade não pertencem à
tipicidade, à antijuridicidade ou à culpabilidade, devendo ser tratadas como circunstâncias requeridas para
que seja punível a ação injusta do sujeito responsável.1Nos crimes previstos na norma aqui discutida, o
lançamento do crédito definitivo do tributo, enquanto condição objetiva de punibilidade, propicia a fixação
do valor devido ao fisco e a definição da efetiva existência do crédito, propiciando ao contribuinte exercer
seu direito de defesa, podendo, ao final, desconstituir o crédito ou paga-lo, ainda que de forma parcelada.
Após esse caminho na via administrativa, é que o lançamento do crédito tributário funciona como justa
causa para a propositura da ação penal. Colaciono aos autos posicionamento do Supremo Tribunal
Federal a respeito da natureza do lançamento definitivo do tributo e a relação direta com a justa causa
para a propositura da ação penal. É pacífica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal quanto à
necessidade do exaurimento da via administrativa para a validade da ação penal, instaurada para apurar
infração aos incisos I a IV do art. 1º da Lei 8.137/1990. (...) 2. A denúncia ministerial pública foi ajuizada
antes do encerramento do procedimento administrativo fiscal. A configurar ausência de justa causa para a
ação penal. Vício processual que não é passível de convalidação. 3. Ordem concedida para trancar a ação
penal. [HC 100.333, rel. min. Ayres Britto, 2ª T, j. 21-6-2011, DJE 201 de 19-10-2011. ]Em princípio, atesto
que a decisão definitiva do processo administrativo consubstancia condição objetiva de punibilidade. Em
outras palavras, não se pode afirmar a existência, nem tampouco fixar o montante da obrigação tributária
até que haja o efeito preclusivo da decisão final administrativa. Vale ressaltar que, a partir do precedente
firmado no HC 81.611/DF, firmou-se nesta Corte jurisprudência no sentido de que o crime contra a ordem
tributária (art. 1º, I a IV, da Lei 8.137/1990) somente se consuma com o lançamento definitivo. É que, em
razão da pendência de recurso administrativo perante as autoridades fazendárias, não se pode falar de
crime. Uma vez que essa atividade persecutória funda-se tão somente na existência de suposto débito
tributário, não é legítimo ao Estado instaurar processo penal cujo objeto coincida com o de apuração
tributária que ainda não foi finalizada na esfera administrativa.[HC 102.477, voto do rel. min. Gilmar
Mendes, 2ª T, j. 28-6-2011, DJE 153 de 10-8-2011.]Portanto, o lugar onde o crime previsto no art. 1º,
incisos I a IV da Lei 8.137/90 se consuma, é aquele em que o contribuinte pratica as condutas previstas no
tipo. Pensar de forma contraria, seria o mesmo que admitir que a conduta criminosa, para se consumar,
necessitaria da participação de um agente público praticando um ato (lançamento definitivo do tributo), e
que este ato seria elementar do tipo penal. Não nos parece razoável pensar desta maneira.
Impossibilidade deste juízo declarar-se incompetente de ofício por ofensa a Súmula 33 do STJ, haja vista
que a competência territorial é relativa. Embora tenhamos discorrido sobre a natureza jurídica do
lançamento do crédito tributário, para efeito de definição do local de consumação do crime, a decisão
proferida por este juízo, atacada por meio de RESE, fundamentou-se na competência absoluta desta vara
especializada em razão da matéria, podendo, este juízo, de ofício declarar-se incompetente, como o fez,
ante os critérios de especialidade definidos no código de organização judiciária. A matéria sobre
competência, embora seja afeita à Teoria Geral do Direito, não traz o mesmo abalizamento para as
normas que delimitam a prestação jurisdicional entre o juízo cível e juízo penal, visto que são esferas
independentes e possuem garantias e princípios norteadores distintos. Da mesma forma, a competência
administrativa e a produção dos atos fiscais na seara do Poder Executivo, embora realizados pelo Fisco na
Capital, possuem eficácia e repercussão em todo o território do Estado do Pará, abrangendo todos os
Municípios indistintamente. Sob esse viés distintivo, aponto que a competência da 13ª Vara Criminal da
Comarca de Belém, é especializada para julgamento de crimes contra a ordem tributária, regulada nos
termos do art. 74 do CPP, na medida em que é regulamentada pelas Normas de Organização Judiciária.
Isto quer dizer, que possui a competência fixada em razão da matéria, consequentemente, possui
natureza de absoluta. Em face do caráter absoluto, somente outra norma de igual ou superior patamar
pode alterar, prorrogar e delimitar territorialmente tal competência. Em contrapartida, todo ato que seja
praticado sem sua observância, estará viciado e nulo. Assim, não poderá ser modificada pelas partes ou
por fatos processuais como a conexão ou a continência; e a nulidade do processo, quando violada, pode
ser reconhecida de ofício pelo juiz. Ao contrário, da norma de competência relativa, que é passível de
modificação/prorrogação pelas partes por conexão ou continência, porém não pode ser declarada de ofício
(súmula número 33 do STJ).Friso, que hoje na nova sistemática processual civil, o reconhecimento de
incompetência absoluta não induz à automática nulidade do ato proferido por juiz incompetente. O novo
juiz poderá decidir pela sua preservação, ainda que proferida por juiz incompetente. Dentro deste cenário,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
é primordial esclarecer que este Juízo foi criado por norma que previu a matéria para qual seria
competente, porém N¿O instituiu e nem foi estruturada logisticamente para ter competência em todo o
território do Estado do Pará, como acontece hoje com a Vara de Crimes Organizados desta Comarca,
conforme se pode atestar na Resoluç¿o 026/2014 - GP. Na sequência, transcrevia os termos das
Resoluções nº.010/2011-GP e 026/2014-GP. Ocorreu que, no decorrer do debate, este juízo quedou-
se quanto a não mais centrar a discussão em torno da problemática da consumação do crime contra a
ordem tributária em face do conteúdo da súmula vinculante STF 24, mormente em nome da segurança
jurídica e do sistema de precedentes criados pelo CPC/2015. Nessa ordem, assim tem assentado o
STJ: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUÍZES FEDERAIS VINCULADOS A TRIBUNAIS
REGIONAIS FEDERAIS DIVERSOS. SONEGAÇÃO FISCAL: CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA
(ARTS. 1º E 2 DA LEI Nº 8.137/1990). DELITO MATERIAL. COMPETÊNCIA DO LOCAL ONDE SE
CONSUMOU O CRIME, POR MEIO DA CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. 1.
Conforme o disposto no enunciado n. 24 da Súmula vinculante do STF, os delitos contra ordem tributária
tipificados no art. 1o e incisos da Lei 8.137/1990 consumam-se no momento da constituição do crédito
tributário. 2. Não se deve, assim, confundir o momento consumativo da sonegação fiscal com aquele em
que a fraude é praticada, máxime quando se tem em conta que não há tipicidade do delito antes do
lançamento definitivo do crédito tributário. 3. Com isso em mente, a jurisprudência desta Corte assentou-
se no sentido de que, "tratando-se de crime material contra a ordem tributária (art. 1º da Lei n.
8.137/1990), a competência para processar e julgar o delito é do local onde houver ocorrido a sua
consumação, por meio da constituição definitiva do crédito tributário, sendo irrelevante a mudança de
domicílio fiscal do contribuinte" (CC 120.850/BA, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA
SEÇÃO, julgado em 08/08/2012, DJe 30/08/2012). 4. Incide, assim, em tais hipóteses, a regra prevista no
art. 70 do Código de Processo Penal, que determina a competência do Juízo do lugar em que se
consumou o delito ou, na hipótese de tentativa, do lugar em que foi praticado o último ato de execução. 5.
No caso em apreço, embora a empresa investigada tivesse domicílio em Barueri/SP no momento em que
a fraude foi cometida (2005 e 2006), na data da constituição do crédito tributário, em setembro/2010, já
havia transferido seu domicílio fiscal para o Estado do Rio de Janeiro desde novembro/2009. 6. Tem-se,
assim, que, no momento da consumação do crime, seja dizer, no momento da constituição do crédito
tributário, a empresa investigada já possuía domicílio fiscal no Estado do Rio de Janeiro, sendo esse o
local que fixa a competência para a condução do presente inquérito policial e de eventual ação penal daí
decorrente. 7. Conflito conhecido para declarar a competência do Juízo Federal da 1ª Vara Criminal da
Seção Judiciária do Estado do Rio de Janeiro, o suscitante. (CC 144872/RJ, Rel. Min. Reynaldo S da
Fonseca, DJ 02/03/2016). Passou, então, doravante, apenas a questionar a competência material
desta 13ª Vara para os crimes contra a ordem tributária originados no momento em que a pretensa fraude
tivesse sido perpetrada em comarcas de todo o território paraense, PORQUANTO ISENTA A MATÉRIA,
NESSA ORDEM, DE EXPRESSA ESTIPULAÇÃO NAS REGRAS DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA
LOCAL; O QUE IMPORTARIA EM MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA ABSOLUTA. Nada obstante,
entendia-se, e se entende, como já ventilado, que há a necessidade de novo ordenamento resolutivo por
parte do TJE-PA que amplie a competência material desta 13ª Vara para todos os crimes contra a ordem
tributária cometidos no Estado do Pará, reestruturando-a, inclusive, mormente em razão de que os crimes
materiais definidos na lei 8.137/90 têm seu momento consumativo na comarca de Belém, por ocasião do
lançamento do crédito tributário, gerando, assim, a partir daí, eventos típicos e condição objetiva de
punibilidade para início da ação penal. Cumpre ainda a este juízo informar que a matéria já foi,
inclusive, objeto de injunção do próprio MP (que faz menção em sua manifestação) junto a CJRMB, tendo
esta expedido nota nos autos do processo nº. 2018.6.002489-8 no sentido do reconhecimento e ampliação
da competência, no que, agora, este juízo está aguardando posição do Tribunal nesse sentido, após
manifestação da Comissão de Organização Judiciária da Corte. Assente-se por demais que, a
ausência (ainda) de resolução que determine a ampliação da jurisdição material desta 13ª Vara Penal,
compreendendo que, para além de ser matéria jungida à competência de ordem absoluta, tal
entendimento na prática restou por ser absorvido pelo órgão de correição do TJE-PA que deliberou pela
necessidade de se votar e publicar resolução sobre a matéria. Nesse sentido, e por fim, a despeito
de o MP junto a esta Vara ter sugerido (informalmente) a este magistrado que se mantivesse suspensos
procedimentos dessa natureza até que sobreviesse a publicação da respectiva Resolução pelo TJE-PA,
evitando-se, assim, esforços desnecessários, tal assim não se mostra possível ainda que compreensível o
requerimento, mormente porque este juiz titular responde atualmente sindicância administrativa por
representação do próprio MP, por conta de, e por razões similares, ter atrasado a remessa de Reses
(interpostos das decisões desse mesmo jaez) para a instância ad quem. ANTE TODO O
EXPENDIDO, ACOLHO A PRESENTE EXCEÇÃO PARA DETERMINAR A REMESSA DOS AUTOS À
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vítima de violência doméstica e familiar, acima qualificada, requereu, nos termos do Art. 12, III, da Lei n°
11.340/06, as Medidas Protetivas de Urgência em virtude de ter sido ameaçada por seu ex-companheiro,
no dia 19/02/2019. É o relatório. Decido. Satisfeitos os requisitos do art. 12, § 1º, da Lei 11.340/2006,
passo à apreciação do pedido da vítima. Considerando as informações prestadas no pedido de Medidas
Protetivas; e tendo em vista que a demora do provimento jurisdicional pode acarretar dano irreparável ou
de difícil reparação à vida, integridade física, moral e psicológica da vítima, com fundamento no art. 19, §
1º, c/c 22 e 23 da Lei n° 11.340/2006, aplico de imediato, como medidas protetivas de urgência: I -
Afastamento compulsório do agressor do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima, situado à [...],
podendo levar consigo exclusivamente seus objetos de uso pessoal (documentos de identificação, roupas,
utensílios de uso pessoal), excluindo-se os móveis e utensílios adquiridos na constância da relação
conjugal. II - As seguintes proibições ao agressor: a)De se aproximar da vítima a uma distância mínima de
100 (cem) metros; b)De manter contato com a vítima por qualquer meio de comunicação; c)De frequentar
a residência da vítima e o seu local de trabalho, a fim de preservar a integridade física e psicológica da
requerente. O afastamento do agressor do lar familiar deverá ser cumprido por Oficial de justiça, por
ocasião da intimação da medida, podendo requisitar a força policial, se necessária. Caso o Sr. Oficial de
Justiça encontre resistência por parte do requerido, AUTORIZO, desde já, o auxílio de força policial e o
arrombamento da porta do imóvel, caso este se encontre fechado, trocado a fechadura e/ou haver recusa
do requerido em abrir ou fornecer as chaves para abri-lo. ADVIRTA-SE AO AGRESSOR: 1) que poderá se
manifestar sobre o pedido, caso queira, no prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de serem presumidos
verdadeiros os fatos alegados pela vítima; 2) da possibilidade de decretação de sua prisão preventiva e da
aplicação de outras medidas previstas na legislação em vigor, inclusive com a imposição de multa e
requisição de auxílio da força policial; e 3) que, nos termos do art. 24-A da Lei n. 11.340/06, o
descumprimento da presente decisão caracteriza o Crime de Descumprimento de Medidas Protetivas.
INTIME-SE o agressor EM REGIME DE URGÊNCIA (art. 6°, § 3º, do Prov. Conjunto nº 02/2015-
CJRMB/CJCI, c/c o Parágrafo Único do art. 5º, da Portaria nº 001/2018-CMU). INTIME-SE a vítima, por
qualquer meio, ou por distribuição ao zoneamento das Varas de Violência Doméstica, cientificando-a de
que: 1) deverá informar, por meio de advogado, Defensoria Pública ou diretamente na Secretaria: a) a
cessação do risco, para fins de revogação da medida, se for o caso e; b) qualquer mudança de endereço,
sob pena de revogação das medidas. Apresentada a contestação/manifestação e havendo a juntada de
documentos relativos às medidas deferidas, intime-se a vítima para se manifestar, no prazo de 05 (cinco)
dias. Em caso de não terem sido juntados documentos pelo requerido, retornem os autos conclusos para
sentença. Após, remetam-se os autos à distribuição, por se tratar de medida apreciada no núcleo
PROPAZ/MULHER. As medidas protetivas ora deferidas terão vigência por 01 (um) ano, contados da
intimação das partes. O prazo poderá ser prorrogado, mediante comparecimento espontâneo da vítima e
da necessidade de sua manutenção. Cientifique-se o Ministério Público (art. 18, III, da Lei nº 11.340/06).
AS DEMAIS VIAS DESTA DECISÃO SERVIRÃO COMO MANDADO. Publique-se. Intime-se. Belém (PA),
20 de fevereiro de 2019. ADRIANA GRIGOLIN LEITE Juíza de Direito
PROCESSO: 00013628220198145150 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANA GRIGOLIN LEITE Ação: Medidas
Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) em: 21/02/2019---REQUERENTE:HORTENCIA DE SOUSA
TRINDADE REQUERIDO:MATHEUS AUGUSTO GOMES PORTELA. DECISÃO-MANDADO DE
INTIMAÇÃO Autos de Medidas Protetivas Vítima: HORTENCIA DE SOUSA TRINDADE, residente e
domiciliada à [...];Agressor: MATHEUS AUGUSTO GOMES PORTELA, residente e domiciliado à [...].A
vítima de violência doméstica e familiar, acima qualificada, requereu, nos termos do Art. 12, III, da Lei n°
11.340/06, as Medidas Protetivas de Urgência em virtude de ter sofrido lesão corporal por seu ex-
companheiro, no dia 19/02/2019. É o relatório. Decido. Satisfeitos os requisitos do art. 12, § 1º, da Lei
11.340/2006, passo à apreciação do pedido da vítima. Considerando as informações prestadas no pedido
de Medidas Protetivas; e tendo em vista que a demora do provimento jurisdicional pode acarretar dano
irreparável ou de difícil reparação à vida, integridade física, moral e psicológica da vítima, com fundamento
no art. 19, § 1º, c/c 22 e 23 da Lei n° 11.340/2006, aplico de imediato, como medidas protetivas de
urgência: I - As seguintes proibições ao agressor: a)De se aproximar da vítima a uma distância mínima de
100 (cem) metros; b)De manter contato com a vítima por qualquer meio de comunicação; c)De frequentar
a residência da vítima e seu local de trabalho, a fim de preservar a integridade física e psicológica da
requerente. ADVIRTA-SE AO AGRESSOR: 1) que poderá se manifestar sobre o pedido, caso queira, no
prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de serem presumidos verdadeiros os fatos alegados pela vítima; 2) da
possibilidade de decretação de sua prisão preventiva e da aplicação de outras medidas previstas na
legislação em vigor, inclusive com a imposição de multa e requisição de auxílio da força policial; e 3) que,
nos termos do art. 24-A da Lei n. 11.340/06, o descumprimento da presente decisão caracteriza o Crime
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
que entender de direito, no prazo legal. Belém, 19 de Fevereiro de 2019. ADRIANA GRIGOLIN LEITE
Juíza de Direito, respondendo pela 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher
PROCESSO: 00027198520198140401 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANA GRIGOLIN LEITE Ação: Medidas
Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) em: 21/02/2019---REQUERENTE:SILVIA DANIELE SILVA
LOBATO REQUERIDO:EDUARDO DIAS DE OLIVEIRA. DESPACHO Em face da certidão de fl. 14; 17,
renovem-se as diligências para intimação do requerido e da requerente acerca do teor da decisão de fl. 08.
Publique-se. Intime-se. Cumpra-se. Belém (PA), 19 de fevereiro de 2019. ADRIANA GRIGOLIN LEITE
Juíza de Direito, respondendo pela 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher
PROCESSO: 00028368120168140401 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANA GRIGOLIN LEITE Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 21/02/2019---VITIMA:M. C. P. R. DENUNCIADO:MOISES AUGUSTO
COUTINHO DE SOUZA Representante(s): OAB 23498 - VICTOR HUGO RAMOS DE OLIVEIRA
(ADVOGADO) . Deliberação em audiência. DESPACHO: Encerrada a instrução, proceda ao Diretor de
Secretaria as seguintes diligências: 1) Realize a juntada de certidão de antecedentes criminais atualizada
ou eventual documento pendente de juntada relativo ao presente processo. 2) Após, encaminhem-se os
autos às partes para apresentarem alegações finais, sucessivamente no prazo de 05 (cinco) dias,
inicialmente ao Ministério Público e em seguida à Defesa. 3) Ao final, conclusos para sentença. Belém
(PA), quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019. Dra. Adriana Grigolin Leite, Juíza de Direito, respondendo pela
1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.
PROCESSO: 00041622020188145150 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANA GRIGOLIN LEITE Ação: Medidas
Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) em: 21/02/2019---REQUERENTE:ALTAMIRA PINHEIRO
LOBATO REQUERIDO:CARLOS ALEXANDRE MARTINS DA SILVA. Deliberação em audiência.
SENTENÇA: Vistos. Etc. Considero como relatório o que dos autos consta. De início ficam mantidas as
medidas protetivas já deferidas. 2) Revogo a medida protetiva de afastamento na distância de 100 (cem)
metros. 3) Acrescentando às já deridas anteriormente de que o requerido deverá abster-se de adentrar na
área do terreno da casa e na casa da requerente. 4) Deste modo, deferida a medida, após seu
cumprimento, qualquer outra discussão a respeito das consequências penais ou cíveis, deverá ser feita
através do ajuizamento das respectivas Ações no foro competente, sendo desnecessária a tramitação da
presente medida que já atingiu seu objetivo imediato e não apresenta mais interesse (necessidade +
utilidade) processual, considerando, inclusive, que o mérito da controvérsia já restou definido. Todavia,
considerando as peculiaridades do presente processo, bem como visando resguardar eventual interesse
da vítima, entendo necessária a manutenção das medidas protetivas deferidas pelo prazo de 01 (um) ano.
Considerando-se revogadas após o exaurimento desse lapso temporal. Ante o exposto, e por tudo mais
que dos autos consta, JULGO EXTINTO O PROCESSO, COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO, com
fundamento no artigo 487, I, do Código de Processo Civil e mantenho as medidas protetivas de urgência
deferida em decisão liminar com as modificações acima, a partir da publicação desta decisão. Cientes os
presentes. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os presentes autos. Publicada em audiência. Registre-
se. Cumpra-se. Belém (PA), quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019. Dra. Adriana Grigolin Leite, Juíza de
Direito, respondendo pela 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.
PROCESSO: 00058080220178145150 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): JOSÉ CLAUBER SOUZA DOS SANTOS Ação:
Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) em: 21/02/2019---REQUERENTE:KARINA DE
SOUSA TOCANTINS Representante(s): OAB 6771 - CLAUDIONOR DOS SANTOS COSTA
(ADVOGADO) OAB 22012 - KARINE MACEDO MATOS (ADVOGADO) REQUERIDO:JAPURINAN
BERNARDO PEREIRA DE SOUZA Representante(s): OAB 10223 - ANDREI MANTOVANI (ADVOGADO)
. PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ COMARCA DE BELÉM 1ª VARA
DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER CERTIDÃO 0005808-02.2017.814.5150
Certifico e dou fé que até esta data o Dr. ANDREI MANTOVANI, Advogado do Acusado, não devolveu os
Autos de Medidas Protetivas que estão em seu poder desde 18/12/2018 e neste ato faço concluso este
documento. Belém, 21 de fevereiro de 2019 RICARDO RODRIGUES Analista Judiciário
PROCESSO: 00059487020168145150 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANA GRIGOLIN LEITE Ação: Medidas
Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) em: 21/02/2019---REQUERENTE:CYNTHYA OLIVEIRA
TAVARES REQUERIDO:REGINALDO OLIVEIRA DOS SANTOS. DESPACHO Considerando o lapso
temporal da notícia de descumprimento das medidas protetivas, intime-se a vítima para comparecer na
Secretaria deste Juízo, no prazo de 10 (dez) dias, para se manifestar acerca da necessidade de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
manutenção das medidas protetivas ou seu descumprimento por parte do requerido, sob pena de
arquivamento do feito. Belém (PA), 18 de fevereiro de 2019. ADRIANA GRIGOLIN LEITE Juíza de Direito,
respondendo pela 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher
PROCESSO: 00073475920158140401 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANA GRIGOLIN LEITE Ação: Medidas
Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) em: 21/02/2019---REQUERENTE:LAIDE ABOIM NEVES DO
NASCIMENTO REQUERIDO:SERGIO LAMEIRA DE QUEIROZ AUTORIDADE POLICIAL:DANIELA
SOUSA DOS SANTOS DE OLIVEIRA DPC. DESPACHO Considerando o lapso temporal do requerimento
das medidas protetivas de urgência, intime-se a vítima para comparecer na Secretaria deste Juízo, no
prazo de 10 (dez) dias, para manifestar seu interesse acerca da necessidade de imposição das medidas
protetivas, sob pena de extinção do feito. Belém (PA), 14 de Fevereiro de 2019.ADRIANA GRIGOLIN
LEITE Juíza de Direito, respondendo pela 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher
PROCESSO: 00086631020158140401 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANA GRIGOLIN LEITE Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 21/02/2019---VITIMA:T. R. B. C. R. DENUNCIADO:CLAUDIO SILVA
RODRIGUES DENUNCIADO:CLÁUDIO SILVA RODRIGUES. DESPACHO Dê vista ao Ministério Público
para apresentar memoriais finais escritos no prazo legal. Publique-se. Registre-se. Cumpra-se. Belém, 19
de Fevereiro de 2019. ADRIANA GRIGOLIN LEITE Juíza de Direito, respondendo pela 1ª Vara de
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher
PROCESSO: 00091533920188145150 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANA GRIGOLIN LEITE Ação: Medidas
Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) em: 21/02/2019---REQUERENTE:DAYANA CAROLINA DA
SILVA REQUERIDO:GLEBERSON JOSE ARAUJO SILVA. DESPACHO Determino que a secretaria deste
juízo certifique acerca do resultado da diligência de intimação da requerente. Publique-se. Registre-se.
Cumpra-se. Belém (PA), 18 de fevereiro de 2019. ADRIANA GRIGOLIN LEITE Juíza de Direito,
respondendo pela 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher
PROCESSO: 00116748120148140401 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANA GRIGOLIN LEITE Ação: Procedimento
Comum em: 21/02/2019---DENUNCIADO:ERIVELTO TAVARES MATIAS VITIMA:I. B. G. . Deliberação em
audiência. SENTENÇA: SENTENÇA: Vistos. Adoto como relatório tudo o que demais consta nos autos.
Trata-se de Denúncia formulada pelo Ministério Público para apurar prática do delito capitulado no artigo
129, § 9º do CPB, supostamente praticado por ERIVELTO TAVARES MATIAS. Encerrada a instrução
criminal, este Juízo verificou-se que não foram produzidas provas da prática do crime em tela. Antes de
tudo, deve ficar claro que o processo penal é o instrumento pelo qual o Estado, por intermédio do devido
processo legal, pode vir a cercear a liberdade das pessoas, ocorrendo essa situação em face de uma
decisão penal condenatória. Esclareça-se que a liberdade trata-se, depois da vida, do bem jurídico mais
importante que uma pessoa pode ter, de forma que o Estado, através do Poder Judiciário, só pode vir
proferir uma decisão condenatória e, assim, cercear o direito de ir e vir de alguém quando tiver provas
cabais e contundentes da existência de crime e de sua autoria, de forma que o mínimo de dúvida, implica
em uma decisão de caráter absolutório. Entendo, como representante do Estado-Juiz que uma vez
constado que não foi produzido prova capaz de levar a uma condenação, não se faz mais necessário,
qualquer ato em juízo, que não seja a declaração de inocência pelo juízo, por meio da sentença
absolutória, principalmente, porque é cedido, que pelo simples fato de se responder a uma ação penal
ainda em tramite, pode vir a ocasionar danos irreparáveis. Tecidas essas considerações iniciais, passarei
a enfrentar o mérito da causa. Durante a instrução criminal, não foi produzida prova que pudesse
corroborar os fatos asseverados na inicial, tanto que o custos legis, em sua manifestação final, pugnou
pela absolvição do acusado, a qual por essa razão, é medida imperiosa. Nesse sentido: TJRS: ¿Aplicação
do princípio ¿in dúbio pro reo¿. Autoria pelo apelante sinalizada como mera possibilidade. Tal não é o
bastante para a condenação criminal, exigente de certeza plena. Como afirmou Carrara, ¿a prova, para
condenar, deve ser certa como a lógica e exata como a matemática¿. Deram parcial provimento.
Unânime¿. (RJTJERGS 177/136). Existem, pois, dúvidas de que o réu tenha sido o autor do delito que lhe
é imputado, posto que a prova produzida não foi capaz de induzir a um decreto condenatório, de forma
que, em situações como essa, a absolvição é impositiva. Diante do exposto, julgo improcedente o pedido
contido na denúncia, assim como a pretensão punitiva estatal, para ABSOLVER o acusado ERIVELTO
TAVARES MATIAS, nos termos do artigo 386, VII do Código de Processo Penal. Dispenso as custas e
despesas processuais, de acordo com o Provimento n.º 005/2002, da Corregedoria Geral de Justiça do
TJE/PA, por se tratar de ação penal pública, em que o réu é isento de custas. As partes abrem mão do
prazo recursal. Intimados os presentes em audiência, restando transitada em julgado a presente decisão.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6607/2019 - Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019
comprovante às fls. 52-83 e a certidão de fls. 84. Cumpre destacar que conforme manual prático de rotinas
criminais das varas criminais e de execução penal do CNJ, caberá ao juízo de conhecimento após o
trânsito em julgado da sentença condenatória verificar a satisfação do débito. Vieram os autos conclusos.
DECIDO. Ante o exposto, em razão do cumprimento da pena pelo pagamento da pena de multa,
DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE do réu MAICON RIBEIRO VIEIRA, nos termos do artigo 66, II da
Lei nº 7.210 de 11 de julho de 1984. Oficie-se o TRE para providenciar as baixas necessárias. Façam-se
as anotações e comunicações necessárias e arquive. Publique-se. Registre-se. Cumpra-se. Belém (PA),
14 de Fevereiro de 2019.ADRIANA GRIGOLIN LEITE Juíza de Direito, respondendo pela 1ª Vara de
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher
PROCESSO: 00228155820188140401 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANA GRIGOLIN LEITE Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 21/02/2019---DENUNCIADO:ELSON FERREIRA DE SOUZA CUNHA
VITIMA:T. C. F. R. . DESPACHO Como requer o Ministério Público para a devida citação do acusado,
utilizando o 3°endereço do acusado, constando na pesquisa de fl. 08. Belém, 18 de fevereiro de 2019.
ADRIANA GRIGOLIN LEITE Juíza de direito, respondendo pela 1ª Vara do Juizado de Violência
Doméstica e Familiar Contra a Mulher
PROCESSO: 00237690720188140401 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANA GRIGOLIN LEITE Ação: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 21/02/2019---DENUNCIADO:JOSEQUIAS MARINHO MOURA VITIMA:A. C.
O. . DESPACHO Como requer o Ministério Público para a devida citação do acusado, utilizando o
2°endereço do acusado, constando na pesquisa de fl. 08. Belém, 18 de fevereiro de 2019. ADRIANA
GRIGOLIN LEITE Juíza de direito, respondendo pela 1ª Vara do Juizado de Violência Doméstica e
Familiar Contra a Mulher
PROCESSO: 00238245520188140401 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÁRIO(A): ADRIANA GRIGOLIN LEITE Ação: Medidas
Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) em: 21/02/2019---REQUERENTE:DAIANA FERREIRA
VENANCIO REQUERIDO:MAURICIO CABRAL VIEIRA. SENTENÇA Vistos, etc. Trata-se de autos de
pedido de Medidas Protetivas de Urgência, encaminhados pela Autoridade Policial em favor de DAIANA
FERREIRA VENÂNCIO, vítima de violência doméstica e familiar, onde consta como agressor MAURÍCIO
CABRAL VIEIRA, todos qualificados nos autos. Foram deferidas Medidas Protetivas de Urgência em favor
da vítima. Vieram-me os autos conclusos. É o relatório. DECIDO. A Lei nº 11.340, que trata da violência
doméstica e familiar contra a mulher, estabeleceu medidas protetivas em face das vítimas dos delitos
previstos, cabendo ao juiz conhecer do pedido e decidir a respeito da necessidade das medidas protetivas
de urgência, que poderão ser deferidas de imediato sem oitiva das partes ou do Ministério Público. Para
tanto, como medida cautelar, basta que se verifiquem os requisitos do fumus boni iuris e periculum in
mora. A medida foi deferida liminarmente, já que, naquele momento, verificava-se a presença dos
requisitos ensejadores