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AS~OCIAÇÀO ' ACADÉ;MtCA DE ÇÇ>IMl3RA

ESTATUTOS

ART 12 - A S ecção da Mulher da A.A.C. é uma Secção socio-cultural, cu-


ja actividade se exerce no domínio da luta pela emancipação
da Mulher e consequentemente das suas reivindicações específ!
cas e sua ligação com os problemas e lutas sociais no seu con
junto.
ART 22 - Os objectivos fundamentais da sua acção, explicitados mais em
pormenor no programa da Secção, são entendidos aos seguintes
níveis:
a) Uma acção permanente de divulgação dos problemas específicos
da Hulher, contribuindo no seio dos estudantes e da população
em geral para uma crescente tomada de consci~ncia acerca da
situação ~do papel da Mulher na sociedade.
b) Um trabalho de mobilização constante em torno de problemas es
pecíficos, de campanhas nacionais ou internacionais.
c) O apoi02~vo ~s lutas da Hulher (com relevo para a Hulher
(trabalhadora) em Coimbra, no País e em todo o mundo.
d) A cooperação com outras estruturas: políticas, sociais ou cul
turais, em particular com todos os grupos, organizações, de-~

partamentos ou Associações, constituídas para a lutá pela e-


mancipação da Hulher, quer em Portugal, quer em todo o mundo.
e) A divulgação da contracepção e Planeamento Familiar em Coim-
bra, em estreita cooperação com a A.P. F . de Coimbra.
o
ART 3 2 - A Secção é constituída por estudantes e não estudant es, com
a designação de colaboradores.
§ 11NICO Não poderão pertencer a ela estudantes que não estejam no g~

zo dos seus direitos associativos de quem não aceite os obje~

tivos gerais da S ecção expressos no programa.


ART 42 As inscrições estão abertas durante todo o ano.
ART 5 2 A Secção rege-se segundo princípios de democraticidade inter-
na, sendo a sua actividade desenvolvida de acordo com o progr~

ma de acção votado por todos os colaboradores. As reuniões se


rão semanais e nelas todos os colabo~adores presentes discut!
rão e votarão as campanhas ou actividades a levar a cabo, bem
como a orientação do trabalho.
ART 62 - A Secção terá uma coordenadora estudantil, eleita com base num
programa de acção, numa reunião especi~icamente convocada para
. -I

ASSOCIAÇAO ACADÉMICA DE ÇOIMBRA

o efeito. Esta coordenadora será eleita pelos colaboradores


e terá como função a coordenação do trabalho, a preparação
das reuniões e a representação da Secção em reuniões de âm-
bito associativo e outras em q u e a Secção participe • . A co-
ordenadora é eleita anualmente e deverá apresentar no fim
de cada ano o balanço da sua actividade, em reunião d a S ec-
ção.
ART . 72 - A S ecção terá uma publicação peri6dica de âmbito associati-
vo e tanto quanto possível mais amplo, que reflectirá a ac-
. , tividade da Secção •

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ASSOCIAÇAO ACADÉM ICA DE COlMaRA

PROJECTO DE E C ÇÃO

1 - ~ op ressão d a lulhe r não está de terminada pelos seus caract res


b io1 6giCos, como muitos a firmam. As suas origens são de carácter
h istóri t o, econ6mico e social . Ao longo da evoluçAo, tanto cm s .....
ó
ciedades cla ssistas como pr~-classistas, a :função reprodltora da
. ulher existiu sempre 41 ..las 1), seu estatuto social nem sempre :foi
o de uma servente d oméstic a ,su j eita ao controle e direcção do
h omem .
/ - 2 ... A f'am{lia patriarc al, baseada na submissão da Hulher , surgiu ; j un'
...... --:--

--.../ to com o utras instituições da sociedade de classes para garantir


as d ivisões d e cla sse e perpetuar a acumulação d e riquezas . A i e,2
logia d ominant. j ogou um papel importante na justificação da o ....
pre ssão d o sex o feminino.
3 - Disse- se que a Mu1ber era :física e mentalmente inferior a o hanem
e que por isso era "natural" e "biológi co" que f'osse consider ada
como segundo sexo.
c e bem que a situação d a Mulher tenha consequências d iferentes p~

ra QS diver sos estratos sociais, todas a s Mulheres são o p r imidas


como parte d o sexo feminino .
4 ... I~uma s ocied ade baseada na produção d e v alores de t r oca, a 3itUt -
ção em que a Mulher está colo c ada (o seu papel é no essencial a
~ rcprodução da espáeie e tarefas domésticas - produção de v alores
d e uso) ; confere ... lhe à partida um estatutco ,inferi or •
.5 - A in,c orporação progressiva da ulher no mercad o de t r abalho não
modificou r adicalmente est a situação , pois a Mulhlrr ficou colo-
cada per ante wna dupla j ornada de trabalho .
6 - O sistema famil i ar patriarc al é a instituição da sociedade de elas
ses que determina e m ant~m o carácter espe cif'ico da opressito do. u
l hcr c omo sexo .
7 - Sob o . capitalismo, Q sistema familiar proporciona o mecanismo P2;
ra a sobre- exploração da Nulher como ,~.l.hadora assalariada
a) Coloca- a como componente para o e xé.t·c ... to industrial de' re serva .
b)Como sup8e que"o lugar da Mulher é e. c asa" relega- a para traba
1.110 não qualif'icado e de baixos salários .
8 ,.:.. .lu l.her trabalhador a não é 56 explorad a como assalariada, I as 02-

, mo Hulher . i'l ssim é duplamente oprimida .


/
ASSOCIAÇAO •
ACADÉMICA DE COIMBRA

9 - o :facto d e que a opressão da Mulher se entrela ç a h is toricamente, c oro


a divisão da socied ade em classes e com a :função da :fam:fl i a COlHO u-
n i dade económic a básica da sociedade de classes, :faz com que cota
opressão seS possa ser aboli da com a aboliçã o da sociedade d e c lç s -
ses e transferência para a sociedade no seu conj unto das funções
s ociais e econ6micas atribuidas à actual fa~m:flia individual .
1 0 ... Há que recenhecer c l aramente a opressão da Mulher como sexo ao l(),n -
go d a ieJt6~*a da s ociedade de c lasses e não perspectivá - la apenas
c omo um aspecto particular da opressão da classe operária , o que 1.2-
varia a recusar a luta específic a da Mulher pelas suas r e ivindic ...
ções e não entender a dinâmica progressiva d o l ovimento de lulJ:l crcs .
'ão p o d e mos negar também que a luta pela libertação da l',lul.her seja
um aspecto d a luta de classes, p e l o que d eve estar ligada a todaS
aS lutas sociais no seu con junto . P erspectivá-la d e outrQ nodo seria
is ol~- la e não a levar ao seu termo.
1 1 .- O ·lovimento d e L ibertação da r-tu lher tem por obje ctivo o par e ._ cau-
sa a situação e papel da Hulher, as suas r epr e c u rções sob r e o conjun
..-
to d e sociedades, mobilizand o as mulh eres em torno das suas r,~ ivin­

dicaç ~es especificas .


12 ortu gal é um d os países da Lu ropa em que o des conheciment o sobr e
re ivind icaç8es especifica s da Hulher ~ maior, e a s ua luta maio a tra
sada , o que não q uer porém d i zer que a sua situação seja menos, S'ra-
ve .
13 Com a incorp oração d a Nulher nas lutas sociais des encadeadas "'pós o
2S d e Abril , que t iveram como resultado imp ortante, p or e : -.empl o , a s
aI terações d a c6d igo Civil, permitindo uma igualdade (se b er que com
1imi t a ções) j ur:íd ic a sda Mulher 1'10 interior da família, com o ta ure -
cimento d e c ada ve z maior número de g rupos d e Nulheres n as Escola""
. indicatos , etc ., ••• , abriram-se as p ortas para novas lutas c uma
crescente tomada de constiênciapor parte da Mulher.
1.4 - ÀS ~}> ssas reivind ic a çõe s ori entadas no s entido de e l i mi nar a oprc s -
sã?! específica d a Mu lher, centram-se nos seguintes p ont os:
A - COMPLETA I GU DAD LEGAL , POL !TI CA E SOCIAL P ARA A MUL 1ER
• n / feito da Bulher a control a r as suas f'unçêSes re p rod utoras . ó a
./ /
l\1;ul her tem d irei to a de cid ir o nwnero d e :filhos que quer ter c
, quando os de sej a - a Mulher tem d ire ito a uma maternidade e n s -
ciente e desejada.
Is ~o inclui a recusa dos esquemas de controle da população ( ex .
/ e'sterilização forçada). --
ASSOCIAÇAO •
ACAQÉMICA DE COIMBRA

1 - P&r ~im a todas as restrições do Governo sobre o aborto c


contracepção,
~ - P ela despenalização e regulamentação d o aborto, livre e
tuito, desde que a pedido da Hulher e integrado na assist~:n­

cia de , aúde do País .


3 - In~ormaçã() ampla e gratuita sobre a contracepção e os seus
mecanismos .
Aiucação sexual e sobre contracepção nas Escolas e Cl.:{nic .s ,
C - Protecção estatal à mãe solteira e fundos estatais para o bem
estar económico e qualificação para o trabalho para esta s e a
ra as Mulheres d ivorciadas,
D - Sanç3es legais para todos os abusos físicos, assassinatos e vi o
l ações contra as !vlulheres.
E .... 1'&1'" fim a tod a:::: as leis que tornem vitimas as prostitutas. __b o-
1ir todas as leis que re~orcem o duplo-estatuto, do han e m c Q
da '1 ulher, nos assuntos sexuais . Eliminação d e todas as le i s
que re~lictam a ideia de que as liulheres vítimas de vio lução
são em parte "culpadas I! . \ cabar toda a legislação que penaJ.i-
....

ze a homossexualidade.
1" - TOTAL INDEP E-TD1tNCIA E CONO:HICA P ArtA A }-1ULHER
l - Direito a dispar do seu salário e propriedade ,
2 • A trabalho igual, salário igual .
J Não à discriminação d a ~ulher em qualquer pro:fissão, c a tegoria
ou trabalho, ou cursos d e formação e qualificação pro:fis siol~al .

l~ ... P elo d irei to ao trabalho - contra o d esemprego, contra a p o l í-


tiCa de despe d imentos d e Mulheres , ' alegandO que o SéU lu8'<:U? é
p "lar",.
5 - Pela aplicação d o pagamento d e salários d urante os J meSeS c
parto e reintegração da ulh or , com salário e re galias actua-
lizadas.
,- .

6 - pagamento, por ausência para cuid ar dos filhos, em caso d e uo-


e nça, para homem e 1ulh e r.
7/- Óbrigatoriedade da const rução de cre"'ch es em todos os lQcaise
( 't rabalho t onde o número de mulheres o Justifique .
G - I~UALDADE DE OPO TUN.ID. DE DE EDUCAÇÃO
.... im à educação e cond ições que reduz am a Nulher a wn estatuto i E:
:feriar.
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ASSOCIAÇAo
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ACADÉM ICA DE COIMBRA

1 .... Criação de programas especiais para estimular a prticipação


nas ~ ulheres em áreas tradicionalmente d ominadas pelo homem .
2 - El iminar todas as formas de pressão para preparar a liulher
p ara trabalh os "tradicionalmente" femininos, tais como tare
f a s domésticas, trabalho d e secretaria, enfermagem, ensino .
-
J .. Pela criação de creches e infantários nos estabele·ciroen-éoo
de ensino.
Y'-

J P ·e lo direito ao ensino - rede nacional de alfabetização •


... E liminaç~o nos textos e meio s de comunicação da imagem d o.
~1ulher como objecto sexual, estt1pido , débil, ou ser emocio-
nalmente d ependente . Criação de cursos destinados ao ensino
da verdad.:taa história da luta da Hulher contra a sua op;i.~es­

s~o~
5 - Não à expulsão de estud antes grávidas ou m1ães solteiras , ou
sua discriminação em instalações espe c iais .
6 - Contra a discriminação sexual na educação das c r ianças .
fI REORGAl'\TIZAÇÃO DA SOCIEDADE PARA ELIMINAR A ESCRAVIDÃO DO!·ffisT
CA. DA MULHER
1 Creches infantis e escolas perma:.nentes e gratuitas, f'inancia-
das pelo estado , abertas a todas as crianças , sem- d iscrimina-
ção em relação ao estado ci.vil da mãe .
2 .. ssistência mádica gratuita para todas - pela criàç5.o Q Ser-
vi.ço ~Tac i onal de ~ aúde controlad o pelo s organismos dos traba-
lhador es .
3 - Desenvolvimento sistemático d e serviços sociais d e ba;t.~ o 1'r9-
90 e alta qualidade, tais como lavandarias e cantinas , aQ al -
cance de todos.

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