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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS


DEPARTAMENTO DE FÍSICA - FÍSICA EXPERIMENTAL IV

Circuito RLC em série em corrente Alternada

Aluno: Alan Hiroyuki Fujimori – RA: 98755


Engenharia Elétrica- Turma 02.

Maringá, 03 de outubro de 2017


Fundamentação Teórica
Circuitos RLC são usados em diversas aplicações no mundo, dentre as que mais se destacam, em
circuitos de sintonização variável, receptor de rádio, filtros de frequências, osciladores, multiplicadores de
voltagem e em circuitos de descarga de pulso. Adentrando à modelagem desse sistema, formado por um
indutor, um capacitor e um resistor, pode-se usar a lei de Kirchhoff das voltagens (KVL) para escrever a
equação correspondente às tensões envolvidas no circuito.
Fazendo-se uso de KVL, temos que:
𝑞 𝑑𝑖
𝜀 = 𝑅𝑖 + +𝐿 (1)
𝐶 𝑑𝑡
Supondo que a fonte tem uma alimentação 𝜀 = 𝜀0 cos(𝜔𝑡), é
possível escrever (1) da seguinte forma:
𝑞 𝑑𝑖
𝜀0 cos(𝜔𝑡) = 𝑅𝑖 + +𝐿 (2)
𝐶 𝑑𝑡
Figura 1: Circuito RLC em série em CA
A fim de facilitar a manipulação algébrica e agilizar o processo
de modelagem, convém trabalhar com notação complexa e com a fórmula de Euler, a saber que: 𝑒 𝑗𝜓 =
𝑐𝑜𝑠𝜓 + 𝑗𝑠𝑖𝑛𝜓, sendo 𝑗 = √−1. Dessa forma, pode-se escrever (2) como:
𝑞 𝑑𝑖
𝑅𝑒[𝜀0 𝑒 𝑗𝜔𝑡 ] = 𝑅𝑖 + +𝐿
𝐶 𝑑𝑡
É possível supor uma solução da forma 𝐼̃(𝑡) = 𝐼̃𝑒 𝑗𝜔𝑡 e posteriormente tomar a parte real como
solução. Usando essa expressão, implica que:

𝑑𝐼̃(𝑡) 𝐼̃𝑒 𝑗𝜔𝑡


= 𝑗𝜔𝐼̃𝑒 𝑗𝜔𝑡 𝑒 𝑞̃(𝑡) = ∫ 𝐼̃𝑒 𝑗𝜔𝑡 𝑑𝑡 =
𝑑𝑡 𝑗𝜔
Substituindo essas equações, temos:

𝐼̃𝑒 𝑗𝜔𝑡
𝜀0 𝑒 𝑗𝜔𝑡 = 𝑅(𝐼̃𝑒 𝑗𝜔𝑡 ) + ( ) + 𝐿(𝑗𝜔𝐼̃𝑒 𝑗𝜔𝑡 )
𝑗𝜔𝐶

Dividindo a última equação por 𝑒 𝑗𝜔𝑡 , resulta em:


1 𝜀0
𝐼̃ (𝐿𝑗𝜔 + 𝑅 + ) = 𝜀0 → 𝐼̃ = (3)
𝑗𝜔𝐶 1
(𝐿𝑗𝜔 + 𝑅 + 𝑗𝜔𝐶 )

Ainda, é possível escrever (3) na forma de um número complexo característico e em seguida dividir
e multiplicar pelo seu conjugado:
1 1
𝜀0 [𝑅 − 𝑗 (𝜔𝐿 − 𝜔𝐶 )] 𝜀0 [𝑅 − 𝑗 (𝜔𝐿 − 𝜔𝐶 )]
𝐼̃ = ∙ = (4)
1 1
[𝑅 + 𝑗 (𝜔𝐿 − 𝜔𝐶 )] [𝑅 − 𝑗 (𝜔𝐿 − 𝜔𝐶 )] 1 2
𝑅 2 + (𝜔𝐿 − 𝜔𝐶 )

O número complexo no numerador da equação (4) pode ser reescrito, implicando na seguinte
relação:

𝜀0 𝑒 𝑗𝜙
𝐼̃ =
2
√𝑅 2 + (𝜔𝐿 − 1 )
𝜔𝐶
em que 𝜙 é o argumento do número complexo no plano complexo, sendo que o mesmo pode ser relacionado
como:
1 𝜔𝐿
𝜙 = tan−1 ( − ) (4.1)
𝑅𝜔𝐶 𝑅
Dessa forma, é possível escrever 𝐼̃(𝑡) = 𝐼̃𝑒 𝑗𝜔𝑡 como:

𝜀0 𝑒 𝑗𝜙 𝑒 𝑗𝜔𝑡 𝜀0 𝑒 𝑗(𝜔𝑡+𝜙)
𝐼̃(𝑡) = = (5)
2 2
√𝑅 2 + (𝜔𝐿 − 1 ) √𝑅 2 + (𝜔𝐿 − 1 )
𝜔𝐶 𝜔𝐶
Tomando a parte real da solução fornecida por (5), vem que:

𝜀0 𝑒 𝑗(𝜔𝑡+𝜙) 𝜀0
𝑅𝑒[ 𝐼̃(𝑡)] = 𝑅𝑒 → 𝐼(𝑡) = cos(𝜔𝑡 + 𝜙) (6)
2 2
√𝑅 2 + (𝜔𝐿 − 1 ) √𝑅 2 + (𝜔𝐿 − 1 )
[ 𝜔𝐶 ] 𝜔𝐶
A expressão no numerador da equação (6) é definida como a impedância 𝑍 do circuito, que tem dimensão
1
de Resistência, ou seja, é medida em Ω. As expressões 𝜔𝐿 e são, respectivamente, definidas como
𝜔𝐶
reatância indutiva e reatância capacitiva do circuito. Ao ângulo 𝜙, dá-se a definição de ângulo de fase.
A potência média nesse circuito é calculada de forma semelhante à de um circuito em corrente contínua,
exceto que neste caso, a potência calculada é um valor médio. Define-se a potência de forma usual como
𝑃 = 𝜀𝐼 = 𝜀0 cos(𝜔𝑡)𝐼0 cos(𝜔𝑡 + 𝜙). Trabalhando com a soma de arcos da função cosseno, é possível ver
que essa expressão se reduz a 𝑃 = 𝜀0 𝐼0 (𝑐𝑜𝑠 2 𝜔𝑡𝑐𝑜𝑠𝜙 − 𝑠𝑖𝑛𝜔𝑡𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡𝑠𝑖𝑛𝜙). Para calcular o valor médio
dessa potência, usamos as definições do cálculo diferencial para encontrar o valor médio de uma função.
Consideremos um intervalo 0 < 𝑡 < 𝑇, e assim podemos calcular o valor médio de P:
𝑇 𝑇
1 1
〈𝑃〉 = 𝜀0 𝐼0 ( 𝑐𝑜𝑠𝜙 ∫ 𝑐𝑜𝑠 2 𝜔𝑡 𝑑𝑡 − 𝑠𝑖𝑛𝜙 ∫ 𝑠𝑖𝑛𝜔𝑡𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡 𝑑𝑡)
𝑇 𝑇
0 0

A segunda integral da equação acima, é a integração de uma função impar em um intervalo definido, que
quando calculada, é nula. Já a primeira integral resulta em ½. Dessa forma, podemos concluir que a potência
média nesse circuito é:
𝜀0 𝐼0 𝑐𝑜𝑠𝜙
〈𝑃〉 = (7)
2
Da equação 7, definimos duas grandezas, as quais chamamos de tensão e corrente eficaz e/ou efetiva,
𝜀𝑟𝑚𝑠 𝑒 𝐼𝑟𝑚𝑠 do inglês Root Mean square. As grandezas enunciadas são definidas da seguinte forma:
𝜀0 𝐼0
𝜀𝑟𝑚𝑠 = 𝑒 𝐼𝑟𝑚𝑠 =
√2 √2
sendo a expressão 𝑐𝑜𝑠𝜙 na equação 7 chamada de fator de potência.
Em tratando-se de circuitos RLC, um fenômeno muito importante de se abordar é o de frequência de
ressonância do sistema. Tal fenômeno ocorre quando a corrente na equação (6) tem sua amplitude
maximizada. Para que tal ocorra, deve acontecer 𝜔𝐿 = 1/𝜔𝐶. Simplificando esta expressão, tem se que:
1
𝜔 = 𝜔0 = (8)
√𝐿𝐶
Chamamos de 𝜔0 essa oscilação característica, quando a reatância indutiva e capacitiva se equivalem e
tornam o circuito puramente resistivo, resultando em um pico na amplitude de corrente. É interessante
notar que essa frequência depende somente dos valores de L e C, e não da resistência. Quando a condição
de ressonância é atingida, temos, pela equação 4.1 que tan 𝜙 = 0 e consequentemente, que 𝜙 = 0.
Analisando também a relação para a potência média em (7), vemos que quando 𝜙 = 0 a potência
transmitida é máxima, já que a função cosseno assume seu maior valor quando o ângulo de fase é nulo.
Explicitamente, o valor da frequência de ressonância é dado por

1 1
𝑓0 = √ (8.1)
2𝜋 𝐿𝐶

Ainda no que tange às nuances deste gênero de circuitos, é importante ressaltar uma grandeza denominada
fator de qualidade, representada pela letra Q. Este número expressa o amortecimento relativo em um
oscilador. Por exemplo, quanto menor o amortecimento, maior o fator Q. De uma forma intuitiva, Q pode
ser definido como o número de radianos do argumento 𝜔𝑡 para que a energia do oscilador diminua em um
fator de 1/𝑒. De um ponto de vista quantitativo, podemos definir Q como:
𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑧𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎
𝑄=𝜔∙ (9)
𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑖𝑠𝑠𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎
No circuito RLC em série, a energia está armazenada no campo elétrico do capacitor e no campo magnético
do indutor. No entanto, quando a carga se torna nula, toda a energia se armazena no indutor; analogamente,
quando a corrente se anula, toda a energia passa a ser armazenada no capacitor. Dessa forma, o numerador
𝐿𝐼0 2 𝑞0 2
da equação (9) pode ser escrito como: 𝑈 = = . O resistor acaba encarregado de dissipar toda a
2 2𝐶
potência, e assim, o denominador da equação (9) é 〈𝑃〉 = 𝑅〈𝐼²〉. Como esse valor é médio, fazemos um
procedimento semelhante ao da dedução da equação (7), e assim, vem que:
𝑇
𝑅𝐼0 ² 𝑅𝐼0 ²
〈𝑃〉 = ∫ 𝑐𝑜𝑠 2 (𝜔𝑡 + 𝜙)𝑑𝑡 = (9.1)
𝑇 2
0

Substituindo (9.1) e a energia armazenada no indutor, e fazendo 𝜔 ≈ 𝜔0 , podemos reescrever a equação


(9) para o circuito RLC:

𝐿𝐼0 2 𝜔0 𝐿
𝑄 = 𝜔0 ∙ 2 = (9.2)
𝑅𝐼0 𝑅
No circuito RLC com uma fonte oscilante aplicada, a medida de 1/𝑄 dá uma quantificação da largura das
curvas de potência e corrente como funções de 𝜔. Quanto maior
o 𝑄, mais estreitas são essas curvas. A figura 2 ilustra esse fato.
Se removermos a fonte, a corrente e energia vão decair; 𝑄 dá
uma medida de quão lento é esse decaimento. Quanto maior o
valor de 𝑄, mais oscilações levam para que a amplitude decresça
em uma dada quantidade.
Receptores de rádio usam circuitos ressonantes com um fator 𝑄
de centenas, possibilitando a seleção de estações em particular
(sintonização). A aplicação para circuitos tanto de baixos e altos
Figura 2: Curvas de corrente em função da valores de 𝑄 são vastas.
frequência com diferentes valores de Q.
Objetivos
Estudar o circuito RLC em corrente alternada e o comportamento de sua resposta estacionária
(steady-state solution). Fazer definições quantitativas e qualitativas a respeito dos componentes envolvidos
no circuito e do circuito como um todo, analisando as características das curvas geradas pelas funções tensão
(no resistor, indutor e capacitor), reatâncias capacitiva e indutiva, impedância e ângulo de fase em função
da frequência de oscilação. Observar o fenômeno de ressonância e suas implicações físicas e práticas e
analisar o fator 𝑄 do circuito como uma medida da “qualidade” do oscilador elétrico RLC.

Materiais
Para realizar o experimento do circuito RLC em série em corrente alternada e coletar os dados
concernentes, foram necessário um osciloscópio, um indutor de 2,689mH, um capacitor de 20,48nF e uma
resistência de 68,65Ω. Além disso, foi usada a ponte LCR, a placa de bornes, cabos axiais, e o gerador de
corrente alternada (para as devidas variações nas frequências).

Descrição
Para coletar os dados necessários para análise e estudo do sistema RLC em corrente alternada, o
indutor, capacitor e a resistência tiveram seus valores medidos com a ponte LCR e foram colocados em série
na placa de bornes. Foi calculada a frequência de ressonância do sistema, dada pela equação (8.1) e
resultando em 21,44 kHz. A fonte de tensão alternada (por onde as frequências foram controladas), foi ligada
aos pinos correspondentes para energizar o sistema da forma requerida no experimento. Os cabos coaxiais
do osciloscópio foram ligados ao sistema para realizar as medidas de Vc, 𝑉𝐿 , 𝑒 𝑉𝑅 . Os equipamentos foram
ligados. A forma de onda foi ajustada no modo de onda triangular a fim de tornar o comportamento
simétrico e não gerar possíveis problemas nos resultados e no decorrer do experimento e a tensão pico a
pico foi ajustada para 10V.Configurou-se então, pelo menu de medidas, o osciloscópio para medir as
grandezas de interesse para o experimento. Dessa forma, a frequência foi variada, abordando inclusive a
frequência de ressonância, de acordo com os valores da tabela 1, e os valores de Vc, 𝑉𝐿 , 𝑒 𝑉𝑅 foram anotados,
juntamente com o ângulo de fase também lido pelo osciloscópio em cada caso, até a frequência máxima de
55kHz.
Resultados

f(kHz) VR(V) VL(V) VC(V) Φ(°)


Os dados foram anotados e relacionados na
2 0,4 0,216 10,2 1,49
tabela 1 ao lado. Foi possível ver que os valores tendem
5 0,72 0,928 11 3,02
a aumentar enquanto a frequência tende à frequência de
7 0,96 1,52 11,6 3,73
ressonância, e posteriormente, ter um pico no valor de
9 1,36 3,04 13,4 6,55
21,44 kHz. Após esse valor, a tensão no indutor se torna
11 1,84 4,4 14,6 7,41
maior que no capacitor, resultando, consequentemente,
13 2,16 6,4 16,6 7,03
15,3 2,8 10,6 20,2 11,7
em ângulos de fase negativos (pela equação 4.1) como
17,3 4,24 17,8 26,8 17,5 mostra a última coluna da tabela 1. Foi importante notar
19 6,4 28,8 36,6 27,6 que perto da ressonância, temos valores maiores na
21,44 9,12 30,6 30,8 * tensão do indutor e capacitor que a fornecida pelo
23 7,76 30,6 27 -39,6 sistema e também um pico de tensão no resistor. O pico
25,1 5,2 27,2 20,2 -24,2 de tensão no resistor pôde ser explicado já que na
30,2 2,72 20,2 11 -13,6 ressonância (21,44 kHz), os valores das reatâncias
33,9 2,16 17,4 7,8 -8,52 capacitiva e indutiva se anulam, e o circuito da figura 1 se
37,2 1,84 15 5,28 -8,7 torna puramente resistivo, e a tensão fornecida ao
42,3 1,52 13,6 4 -6,59 resistor é praticamente toda a tensão do circuito.
47,6 1,28 12,8 3,12 -4,2
55 1,12 12,2 2,32 -3,64

Tabela 1: Dados obtidos experimentalmente

Análise
Com os dados coletados, foram calculados os valores da impedância experimental, das reatâncias
capacitiva e indutiva, de 𝑉𝑇 e da corrente em mA. Os valores obtidos foram registrados na tabela 2. Com os
valores da tensão no indutor, no capacitor, no resistor e de 𝑉𝑇 calculado, foi construído o gráfico dessas
grandezas em função da frequência (Gráfico 1.1 em anexo). Desse gráfico, foi possível encontrar o valor
experimental da frequência de ressonância da intersecção das curvas da tensão no indutor e no capacitor.
Essa intersecção resultou em uma impedância que se reduziu a resistência, já que nesse caso, 𝜔𝐿 = 1/𝜔𝐶
implica no valor de impedância 𝑍 = √𝑅 2 + (𝜔𝐿 − 𝜔𝐿)2 = 𝑅. Assim, na ressonância, o circuito se tornou
puramente resistivo, e atingiu seus picos de corrente e tensão como pode ser visto nas tabelas 1 e 2. O valor
da frequência de ressonância, como indicado no gráfico 1.1 em linha tracejada, foi de 22,3 kHz, gerando
assim, um erro de aproximadamente 4,01%. A análise quando a frequência é menor que a frequência de
ressonância mostrou que a reatância capacitiva é maior que a reatância indutiva, e dessa forma, o circuito
possui uma característica predominantemente capacitiva.

O diagrama de fasores ao lado ilustra a situação quando a frequência é


𝑉𝑅 menor que a de ressonância e o circuito é predominantemente capacitivo.

𝑉𝐶 − 𝑉𝐿 𝑉𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒
Circuito RLC em série em corrente alternada-Tabela 2

𝑓(𝑘𝐻𝑧) 𝑉𝑅 (𝑉) 𝑉𝐿 (𝑉) 𝑉𝐶 (𝑉) Φ(graus) 𝑉𝑇 (𝑉) 𝑋𝐿 exp(𝑉) 𝑋𝐶 exp(𝑉) 𝑍𝑒𝑥𝑝 (𝑉) 𝐼(𝐴) 𝐼(𝑚𝐴)
2 0,4 0,216 10,2 1,49 9,99201 37,071 1750,575 69,3722 0,005827 5,8267
5 0,72 0,928 11 3,02 10,0977 88,48222 1048,819 69,38492 0,010488 10,4880
7 0,96 1,52 11,6 3,73 10,12561 108,6958 829,5208 69,38609 0,013984 13,9840
9 1,36 3,04 13,4 6,55 10,44889 153,4529 676,4044 69,42732 0,019811 19,8106
11 1,84 4,4 14,6 7,41 10,36463 164,163 544,7228 69,40362 0,026803 26,8026
13 2,16 6,4 16,6 7,03 10,4262 203,4074 527,588 69,40362 0,031464 31,4639
15,3 2,8 10,6 20,2 11,7 10 259,8893 495,2607 69,31798 0,040787 40,7866
17,3 4,24 17,8 26,8 17,5 9,948749 288,2005 433,9198 69,23744 0,061763 61,7626
19 6,4 28,8 36,6 27,6 10,0896 308,925 392,5922 69,0917 0,093227 93,2265
21,44 9,12 30,6 30,8 * 9,122193 230,3388 231,8443 68,65029 0,132848 132,8478
23 7,76 30,6 27 -39,6 8,554391 270,7075 238,8595 68,74433 0,113037 113,0371
25,1 5,2 27,2 20,2 -24,2 8,720092 359,0923 266,6788 69,00596 0,075747 75,7465
30,2 2,72 20,2 11 -13,6 9,593665 509,8272 277,6287 69,26372 0,039621 39,6213
33,9 2,16 17,4 7,8 -8,52 9,84 553,0139 247,9028 69,31798 0,031464 31,4639
37,2 1,84 15 5,28 -8,7 9,892624 559,6467 196,9957 69,3347 0,026803 26,8026
42,3 1,52 13,6 4 -6,59 9,719588 614,2368 180,6579 69,31798 0,022141 22,1413
47,6 1,28 12,8 3,12 -4,2 9,764261 686,5 167,3344 69,32911 0,018645 18,6453
55 1,12 12,2 2,32 -3,64 9,943279 747,7946 142,2036 69,35731 0,016315 16,3146
Já quando a frequência é maior que a de ressonância, temos o caso em
que o circuito passa a ser predominantemente indutivo, e o diagrama de
𝑉𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 fasores a seguir ilustra essa situação:
𝑉𝐿 − 𝑉𝐶 Quando a frequência é igual a de ressonância, o diagrama de
fasores não possui a componente das tensões indutivas e capacitivas,
𝑉𝑅 somente a tensão no resistor e a tensão na fonte. Dessa forma, a tensão
da fonte é a própria tensão no resistor e os dois estão exatamente em fase,
𝜙 = 0. Esses fatos foram evidenciados pelo gráfico 1.1, gerado pelos
valores da tabela 1.
Na análise dos dados, foi ainda possível ver que os valores de tensão lidos no indutor e capacitor
eram maiores do que os fornecidos pela fonte. No entanto, verificou-se que tal fato se deve a diferença de
natureza de medidas. De primeira, esses valores parecem violar as Leis de Kircchoff, porem estas são
aplicáveis a valores instantâneos de corrente e tensão. Todavia, como as medidas realizadas foram de
valores médios (root mean square), os valores lidos devem ser tratados não como escalares, mas como
fasores. Dessa forma, essa aparente contradição foi sanada por essa análise.
O gráfico 1.2 em anexo, mostra as curvas da resistência, reatâncias indutiva e capacitiva
experimentais e da impedância experimental em função da frequência. A frequência de ressonância foi
calculada tendo como base a intersecção das curvas de reatância capacitiva e indutiva, uma vez que quando
estas são iguais, o sistema oscila de acordo com a equação 8.1. O valor obtido através das curvas
experimentais de 𝑋𝐿 e 𝑋𝐶 para a ressonância foi de 21,25 kHz. Se comparado ao valor calculado, de 21,44
kHz, o erro percentual foi de 0,89%. Como previsto pela fundamentação teórica, a reatância indutiva do
circuito tende a crescer com a frequência, próxima de algo linear, já que 𝑋𝐿 = 𝜔𝐿. Por sua vez, a reatância
capacitiva tende a diminuir conforme a frequência aumenta. Dessa forma, foi possível ver que para valores
de 𝑓 menores que 𝑓0 , o circuito é predominantemente capacitivo (como já havia sido notado em
considerações anteriores), e para valores de 𝑓 maiores que 𝑓0 , torna-se predominantemente indutivo
(concordando com fatos anteriores na análise das tensões). Quando 𝑓 = 𝑓0 , as reatâncias são iguais e o
circuito se encontra em ressonância. Nas curvas de 𝑋𝐿 e 𝑋𝐶 , notou-se uma irregularidade na ressonância,
gerando uma “cratera” no gráfico de 𝑋𝐿 e 𝑋𝐶 .
No gráfico 1.3, foi construída a curva do ângulo de fase em função da frequência. O valor calculado
pelo gráfico é a intersecção da curva com o eixo das frequências, que resultou em 20,87 kHz. Em comparação
ao valor calculado, o erro percentual foi de 2,80%. Viu-se que o ângulo de fase quando a frequência é menor
que a frequência de corte tende a aumentar, até chegar na ressonância quando ele é nulo. Posteriori à
ressonância, o ângulo de fase muda de sinal, ficando negativo por conta da mudança de natureza
predominante no circuito (indutiva ou capacitiva). Para valores da frequência maiores que a de ressonância,
o ângulo de fase diminui por valores negativos com o aumento da frequência.
O gráfico da corrente 𝐼(𝑚𝐴) em função da frequência foi anexado no gráfico 1.4. Para calcular o fator
de qualidade, encontramos os pontos de potência média tomando a corrente de pico. Dessa forma, fazendo
𝐼𝑚 = 𝐼𝑝 /√2, encontramos: 𝐼𝑚 = 132,84𝑚𝐴/√2; Essa conta resulta em 𝐼𝑚 = 93,94𝑚𝐴. Sendo assim,
medindo a largura da curva entre os pontos de potência média, que resultou em 4,75kHz, foi possível calcular
o fator de qualidade:
𝜔0 𝑓0 21,44 𝑘𝐻𝑧
𝑄= = = ≈ 4,51
Δ𝜔 𝑓2 − 𝑓1 4,75 𝑘𝐻𝑧
Usando 9.2, o fator 𝑄 resulta em 5,27. Isso resultou em um erro de 14,42%.
A dependência de 𝑄 com a resistência está relacionada com o amortecimento do oscilador. Quanto
maior a resistência no circuito, maior o fator de amortecimento, menor o fator de qualidade e mais “larga”
é a curva de corrente e potência em função da frequência. Para um circuito com L e C fixos, o aumento da
resistência diminui a seletividade do circuito RLC, já que isso implica em um aumento da largura de banda.
Conclusão
Circuitos RLC em corrente alternada são importantes artefatos para a utilização na comunicação
eletromagnética, na recepção, transmissão e sintonização de ondas de rádio. Uma característica muito
importante nesse tipo de circuito é o fenômeno de ressonância, às vezes chamado de frequência de oscilação
natural do sistema. Nessa frequência específica, dada pela equação 8.1, as reatâncias envolvidas no circuito
(capacitiva e indutiva) se equivalem. Como consequência dessa equivalência, a impedância resultante é a
própria resistência do circuito, tornando-o na ressonância, puramente resistivo, permitindo nesse ponto os
picos de corrente e de tensão, ângulo de fase nulo e máxima potência (relembrada pela equação 7). O fator
de qualidade 𝑄 do circuito foi entendido como de grande importância para o projeto de certos receptores e
transmissores de rádio, uma vez que 𝑄 dá uma medida da seletividade do circuito no que tange às
frequências, dependendo da resistência e da frequência natural de oscilação. Os comportamentos gráficos
das grandezas experimentais medidas foram como esperados e conforme a fundamentação teórica e
matemática já desenvolvida. Entretanto, houve pontos desajustados por conta dos erros propagados pela
grande oscilação dos equipamentos utilizados no procedimento.
Referências
Purcell, E. M.; Morin, D.J. Electricity and Magnetism, Cambridge University Press-2013.
Sadiku, M.N.O; Fundamentals of Electric Circuits- 5th edition, McGraw-Hill, 2015.
HAYT, W., KEMMERLY, J., DURBIN, S. Engineering circuit analysis, 8th edition. New York: McGraw-Hill.
Griffiths, David J. Introduction to Electrodynamics, 3rd edition. Pearson
Fragnito, Hugo L. Circuitos de Corrente Alternada-Notas de Física Experimental. Instituto de Física Gleb
Wataghin (IFGW-Unicamp).

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